As fanzines, publicações independentes e editadas por fãs de um tema em específico, foram o veículo de comunicação que muitos cidadãos europeus encontraram para exprimir os seus pensamentos e opiniões acerca de uma Europa que é nossa mas muitas vezes fica esquecida. Com mensagens bastantes concretas ou com uma linguagem abstrata, esta publicação recorreu a várias formas de expressão no que toca à sua linguagem gráfica, como a pintura, o desenho, a colagem e o stencil, relacionando-se assim com as primeiras publicações deste género. Esta coleção de fanzines resulta do projeto Variações sobre a Europa e integra alguns dos seus temas: “Este país não é para velhos”, “A pele que habito”; “Quo Vadis Europa?” e “Occupy Politics”. Pretende ser um desafio à reflexão e discussão para a construção de uma Europa democrática.
A velha Europa – jovem inovadora em movimento acelerado durante séculos – envelheceu. Esqueceu-se de algumas datas – coitada -, de algumas pessoas que outrora lhe foram próximas. Já foi uma só – humana. Já foi outros continentes em impérios com fim. Já iluminou. SEMPRE LUTOU. Já ficou em ruínas. Uniu-se: é uma só; assim se apregoa ao mundo. Viu morrer os seus pais, avós e bisavós. Está só. Angustiada, mentirosa, avarenta. Sempre o dinheiro. Europa: faz o que nos ensinaste a fazer. Lê, escreve, canta. Relê, reescreve, encanta. Não te esqueças, Europa, de que vale a pena a nossa diferença. Não te dês à nossa indiferença.
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A participação nos mecanismos de decisão democrática e a recusa dos fatalismos (em terra de comodistas quem se incomoda é rei…) são uma verdadeira declaração de amor aos valores europeus. Porque esgotar as nossas reservas de sentido e de futuro pode ser mais desastroso do que esgotar os nossos meios financeiros.