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PALAVRA DO COMODORO Prezados Associados, Estamos na quarta edição do O Minuano, que neste ano terá um total de cinco edições, sendo a próxima uma especial de fim de ano. A cada nova revista, cresce o número de participações de associados e de patrocinadores, melhorando a qualidade de informações aos leitores. Neste mês, contamos com a colaboração de grandes nomes da vela, Nestor Volker, projetista naval argentino mundialmente conhecido, e também velejador de longa experiência. Nestor narra sua travessia pela lendária Passagem Noroeste, que fica fechada pelo gelo durante quase todo o ano, e que foi alvo dos navegadores exploradores desde o século 17. Esta fantástica navegada ocorreu a bordo do Nordwind, um veleiro de madeira de 84 pés, que pertenceu à marinha alemã na época do nazismo, muito comentado no meio histórico. A matéria do Circuito Conesul conta como foi esse tradicional evento da classe Oceano no estado. E ainda nesta edição trazemos assuntos históricos, como a origem do nosso bate-estaca e a primeira visita de um barco estrangeiro ao clube, em março de 1935. De uma maneira muito especial estamos mantendo grande investimento nos eventos náuticos com a realização de passeios náuticos, campeonatos e regatas que podem ser observadas nos fins de semana. Nesse mês realizaremos o Porto Alegre Match Cup que contará com equipes de grande nível técnico. E ainda podemos destacar o treinamento intenso e o preparo das tripulações na modalidade de match race que tem resultado em grandes campanhas como a vitória no Campeonato Sul-Americano de Match Race em Belo Horizonte. Além de nossa participação no Match Race Brasil. Destacamos com grande orgulho, como estímulo e incentivo às classes de atletas mais jovens, o nosso vice-campeão por equipes na Copa das Nações e o brasileiro melhor colocado no Campeonato Norte-Americano de Optimist, Gabriel Lopes. Nosso grande Clube segue de vento em popa com eventos sociais, como o Jantar Português no dia nove de novembro, e os preparos para a grande festa de aniversário dos setenta e oito anos, no dia 15 de dezembro, com um novo show do famoso Guri de Uruguaiana, vindo diretamente “do Alegrete”. Os investimentos sistemáticos no patrimônio e consequentemente nos associados podem ser acompanhados no dia-a-dia do Clube, com a colocação na água de três novos flutuantes de 15 metros cada um, aumentando as vagas dentro da baía bem como das áreas de embarque e desembarque. Enfim, seguimos realizando mudanças administrativas profundas e de ajuste no gerenciamento, propiciando uma evolução continuada e estável para as próximas Comodorias. Desejamos a todos bons ventos e uma boa leitura. Comodoro Newton Aerts

EXPEDIENTE Comodoro Newton Roesch Aerts Vice-Comodoro Esportivo Eduardo Ribas Vice-Comodoro Administrativo Ricardo Englert Vice-Comodoro Patrimônio Pablo Miguel Vice-Comodoro Social Eduardo Scheidegger Jr. Conselho Deliberativo Presidente Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira Vice-Presidente Cláudio Ruschel Diretor de Sede e Porto Luiz Vinícius M. de Magalhães Diretor da Escola de Vela Minuano Boris Ostergren Diretor de Parques e Jardins Pablo Miguel Prefeito da Ilha Chico Manoel Luiz Morandi O Minuano é uma publicação do clube Veleiros do Sul. Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592 Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil CEP: 91.900-420 E-mails: comunicacao@vds.com.br Twitter: @veleirosdosul Site: www.vds.com.br

Publicação Editor: Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS Textos e Fotos: Ricardo Pedebos e Ane Meira Foto Capa: Nestor Volker Projeto Gráfico e Diagramação: Renato Nunes Fotolitos e Impressão: Gráfica Calábria Tiragem: 1.500 exemplares Distribuição: Sócios do VDS, diretorias dos clubes náuticos e marinas do Brasil. Clubes da Argentina, Chile e Uruguai.


Homenagem ao ex-comodoro esportivo Bruno Richter

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runo Richter foi vice-comodoro esportivo nos anos 70 por oito anos consecutivos e deixou um legado importante para a vela do Clube. Para homenagear a memória do dirigente foi colocado seu nome numa placa no recém construído quiosque Pôr-do-sol na área Oeste, que servira principalmente as flotilhas nas suas confraternizações. O evento foi realizado no dia 7 de outubro com a presença da família Richter. O comodoro Newton Aerts e o vice-social Eduardo Scheidegger Jr. destacaram a figura de Bruno Richter no desenvolvimento da vela no Clube. Rita Richter foi convidada a descerrar a placa, acompanhada dos filhos Mário e Sérgio, e recordou o trabalho de Bruno durante quatro comodorias consecutivas: Frederico Cativelli, Ernesto Negebauer, José Carlos Tozzi e Augusto Hecktheuer.

Família Richter reunida na cerimônia

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Brasil destacou-se no Mundial de Soling

Por Nelson Ilha

Tripulação do Clube formada por Nelson Ilha, Paulo Lemos Ribeiro e Felipe Ilha ficou em quinto lugar no Mundial realizado em setembro nos Estados Unidos. A outra equipe brasileira terminou em 11º lugar

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Nelson venceu duas regatas, uma delas com vento acima de 25 nós

ma campanha fora do Brasil depende de muito planejamento e antecipação. Alugar um bom barco, comprar as passagens com antecedência, reservar hotel, decidir-se se aluga um carro ou não, estudar o local, o regime de ventos, ondas, corrente, tudo fará muita diferença. Com tudo organizado, na volta dos Jogos Olímpicos, perdi o patrocínio. Não havia mais como desistir, passagens compradas, barco pago. Consegui uma gentil oferta de ficar em casa de sócios do Milwaukee Yacht Club, o que nos ajudou muito economizando hotel. Meus irmãos Henrique e Fernando resolveram correr também e convidaram meu filho Gustavo para compor a equipe deles. Emprestei um jogo de velas e mandei-as com o Gustavo

que foi um dia antes, pois a bagagem dele foi perdida e junto as velas. Quando chegamos, ele havia recuperado a mala, mas o tubo com as velas, não. Ele optou por velas alugadas, eu comprei velas novas. Recebemos o barco na sexta-feira anterior ao campeonato, vindo rebocado de Annapolis. O barco tinha fama de rápido, porém o aspecto era desanimador. Montamos o barco e fomos correr um campeonato do tipo Warm up do mundial com três regatas. Ao subir no guincho, vimos que a base da quilha estava com arranhões e batidas profundas. A primeira regata foi de ventos fracos e rondados, conseguimos acertar os bordos e ganhamos a regata de ponta a ponta. A segunda regata,


já com mais vento, perto de 15 nós, começamos a brigar com o barco, a escota do grande não soltava, o back stay não funcionava, a adriça da buja era embaixo do deck, não havia alças de escora no barco, enfim, nos pareceu impossível velejar assim. Resolvemos não correr a terceira regata e voltar para reformar o barco. Nestas alturas o Paulinho e o Felipe já haviam feito uma lista de duas páginas. Começamos trabalhando na quilha e no fundo, aproveitando que o pessoal estava velejando e o guincho estava livre. Quando voltaram, colocamos o barco perto de um poste com luz e começamos as obras de layout. O proprietário do barco se aproximou todo feliz. - E aí gostaram do barco? Perguntou todo animado. Respondi: Sinceramente o barco deixa muito a desejar, me dando serias dúvidas se este barco foi o que aluguei. Seu sorriso desapareceu: “mas vocês ganharam a regata...” Expliquei nossa expectativa e dificuldades com o barco e ele se prontificou a fornecer todas peças, ferramentas e ajudar a colocar o barco em condições. Foi o que fizemos; todos os créditos ao Paulinho e ao Felipe, que trabalharam duramente e não pararam enquanto 90% da lista não estivesse concluída. Era outro barco, mas ainda tivemos algumas pegadinhas, que conto a seguir. No primeiro dia, a previsão de tempo prognosticava ventos de mais de 25 nós e a Comissão de Regatas depois de reunir os velejadores, anunciou que não faria regata naquele dia, sob pena de quebrar os barcos já no primeiro dia. Acabamos indo visitar Sheboygan, cidade ao norte de Milwaukee que tem um centro de treinamento de Match Race com Elliots, como o Veleiros do Sul. A organização programou três regatas por dia até recuperar. Os dois primeiros dias tiveram ventos acima de 20 nós e três regatas. Percursos com seis pernas de 1.1/4 milhas e que duravam 1 hora e 30 minutos. A grande vantagem de regatas longas, é que sempre se tem chance de recuperar de uma mal largada, ou de um bordo errado, ou mesmo de algum acidente. Numa das largadas, rebentou nossa escota da buja. Tivemos que baixar a buja, amarrar a escota direto na vela e subir para recomeçar em último lugar, bem atrás. Aos poucos, fomos buscando e terminamos a regata em sexto lugar, o que foi ótimo devido a circunstâncias. Noutra regata, rebentou a capa da escota do grande, dois minutos antes da largada. Pas-

Troféu para os brasileiros que ficaram em quinto lugar

Susan Becker, Comodora do Milwaukee Yacht Club, recebeu de Nelson Ilha o galhardete do Veleiros do Sul na festa de encerramento

samos todo contravento, tirando a capa para poder soltar a vela no popa. Montamos a primeira boia também muito mal e fomos recuperando, chegando ao final em oitavo lugar. Conseguimos também a proeza de perder nossa bússola, em algum momento de uma regata, simplesmente desapareceu com suporte e tudo. Tivemos também duas regatas que vencemos uma com ventos médios de 15 nós e outra com ventos acima de 25 nós. Nossos adversários mais diretos foram os canadenses que rebocaram seus próprios barcos e realmente eram mais rápidos. Logo se via na largada que abriam e depois administravam esta vantagem. Peter Hall, seu filho Willian, assesO MINUANO

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Brazilian Band fez apresentação no Jantar da Classe durante o evento

sorados pelo famoso Paul Davis, não tomaram conhecimento dos adversários e ganharam sete das nove regatas. Nós ganhamos as outras duas regatas e eles foram segundo. Acabaram descartando um segundo e sagrando-se bicampeões mundiais, pois ganharam no ano passado em Chiemsee. A disputa pelo segundo lugar ficou entre Hans Fogh e Bill Abbott separados por um ponto. Hall, Fogh e Abbott velejam entre si desde 1977 e estão a 35 anos se mantendo entre os 10 melhores do mundo. Em quarto terminou Rudy Den Outer, da Holanda com 32 pontos, nós em quinto com 37 pontos, George Wossala, Húngaro, com 50 pontos em sexto e Steven

Dolan, de Milwaukee, o primeiro americano em sétimo com 51 pontos. Em 2011, o time de Peter Hall ganhou o Mundial com total de 29 pontos, apenas um a frente de George Wossala e três na nossa frente. Os canadenses lideraram o Mundial nesse ano. Creio que o fato deles terem corrido com seus próprios barcos e estarem acostumados a velejar no Lago Michigan, contou para os bons resultados. O nosso desempenho me deixou satisfeito, apesar de não termos ido melhor que no Mundial de 2011, na Alemanha, quando ficamos em terceiro lugar. Se compararmos, neste ano obtivemos maior rendimento, pois conseguimos uma boa regularidade, ficando sempre entre os oito primeiros em cada uma das oito regatas. Nós ganhamos duas regatas, realizadas com duras condições de vento, e ficamos em segundo em outra. Uma média melhor que a anterior, mas o nível das classificações dos competidores foi mais parelho. O entrosamento de minha tripulação valeu para representarmos muito bem o Brasil no Mundial. Durante a competição teve o Jantar da Classe e os brasileiros foram convidados a dar uma “palinha” musical na festa. A Brazilian Band composta por Fernando (bateria), Henrique e Felipe (guitarras) fez uma apresentação que agitou a platéia. No encerramento ao receber o prêmio fui intimado a cantar alguma coisa. E aí “tentei soltar voz” com Garota de Ipanema, mas na verdade não passou de um mico.

Henrique H. Ilha, Fernando Ilha e Gustavo Ilha, também representaram o Brasil no Mundial 8

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Rústica do VDS agradou competidores

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V Corrida Rústica do Veleiros do Sul realizada no dia 21 de outubro teve a participação de 94 corredores, de Porto Alegre e Caxias do Sul. O céu nublado e a temperatura agradável deram condições para prova de 5.500 metros de distância. A largada foi às 10 horas em frente à varanda, no sentido leste-oeste. Na frente do pelotão o velejador Philipp Grochtmann foi de bicicleta como guia da prova. Os corredores saíram do pátio do Clube e seguiram pelas avenidas Guaíba e Diário de Notícias até a rótula do Barra Shopping, contornaram uma boia e retornaram ao VDS. A categoria infantil largou às 10h02min e teve um percurso menor, de 1.400 metros, dentro do pátio. O campeão geral (fita azul) foi Sandro Correa que cruzou a linha de chegada, montada em frente ao monumento do sino, com o tempo de prova de 20min58s. Na segunda colocação ficou Gustavo Fanck Emer com 21min34s. A campeã feminina foi Marilda Oliveira (9º lugar geral) que obteve o tempo de 22min57s e em vice Gladys Dreher (VDS), com 25min10s. Os campeões por categorias – masculino e feminino: até 12 anos – Lorenzo Matos e Cecília Von Daronch; de 20 a 29 anos – Douglas Ribeiro

e Juliana Halal; de 30 a 39 anos – Marcelo Teixeira e Lisiani Pereira; de 40 a 49 anos – César Silveira e Márcia Callai; 50 a 59 anos – Darci José Callai, acima de 50 anos feminina – Susana Serrano; 60 a 69 anos – José Euclésio dos Santos. O corredor mais jovem da prova foi Cauã Simões, de 2 anos, e o de maior idade Susana Serrano, de 62 anos. O representante do Veleiros do Sul

Corredores contornam a boia na rótula da Av. Diários de Notícias e retornam ao Clube para completar o percurso de 5.500 metros O MINUANO

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Sandro e Marilda foram os campeões da Rústica

melhor posicionado na corrida foi Rodrigo Quevedo que chegou em 10º lugar na geral com o tempo de 23min07s. O campeão da V Rústica, Sandro Correa, 40 anos, estava no pelotão da frente, mas preferiu manter um ritmo de corrida controlado, somente um pouco mais da metade do percurso aumentou a velocidade e assumiu a liderança da prova. Sandro cruzou a linha em primeiro lugar sem dificuldade. Sua experiência de atleta de Triatlo

Participantes da Rústica reunidos após a competição 10

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(natação, ciclismo e corrida) contou para chegar à vitória. “Na semana passada participei de uma competição de Triatlo e agora estava num período de descanso quando fui convidado para correr esta Rústica. Foi bem legal a prova, gostei muito do percurso e o Clube é muito lindo”, declarou o campeão. Marilda de Oliveira, 34 anos, é atleta de corridas de ruas há quatro anos e foi sua primeira participação na Rústica do Veleiros do Sul. “Esse lugar é diferente e o percurso bonito. Quero destacar a boa organização do evento e a corrida estava bem disputada. Treino diariamente e tenho acompanhamento da técnica Vanilda Mezzari (campeã da Rústica do VDS em 2010), diz Marilda, da equipe JV Academia. A V Corrida Rústica do VDS também atraiu corredores do interior. A equipe da Base 1 Academia, composta por cinco atletas, veio de Caxias do Sul e levou medalhas. Os corredores ao final da Rústica reconstituíram suas energias com frutas e sucos colocadas numa mesa no Hangar1. A premiação aconteceu no final da manhã com o pódio ao lado do mastro de bandeiras. A V Rústica do Veleiros do Sul teve o apoio da Win Sports.


PÓDIO DA RÚSTICA CATEGORIA INFANTIL

CATEGORIA FEMININA

Feminina: 1º Cecília Von Daronch, 2º Valentina Filomena e 3º Marina Pimentel

20 a 29 anos: 1º Juliana Halal, 2º Camila Cadore e 3º Júlia Castilhos

40 a 49 anos: 1º Márcia Callai e 2º Andréia Bassani

Masculina: 1º Lorenzo Matos, 2º Leonardo Pimentel e 3º Cauã Simões

30 a 39 anos: 1º Lisiani Pereira, 2º Fernanda Lanziotti e 3º Angela Costa

Acima de 50 anos: 1º Susana Serrano, 2º Sueli Zanol e 3º Lúcia Mannany

CATEGORIA MASCULINA

20 a 29 anos: 1º Douglas Ribeiro, 2º Arthur Martins Jr e 3º Fábio Beltrão

30 a 39 anos: 1º Marcelo Teixeira, 2º Fabrício Zanol e 3º João Schmitt

40 a 49 anos: 1º César Silveira, 2º Rodrigo Quevedo e 3º Marco Rodrigues

CLASSIFICAÇÃO GERAL

50 a 59 anos: 1º Darci Callai, 2º Paulo Marocco e 3º Gilberto Simões

60 a 69 anos: 1º José E. Santos e 2º Ivo Rambor

Feminino: 1º Marilda Oliveira, 2º Gladys Dreher, 3º Ângela Vidor, 4º Gabriela Funcke e 5º Marines Nagata

Masculino: 1º Sandro Correa, 2º Gustavo Emer, 3º Maurício de Mello, 4º Gilnei Simões e 5º Diego Santos O MINUANO

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“Northwest Passage 2012” O renomado arquiteto naval argentino Nestor Volker navegou pela lendária Passagem Noroeste em agosto desse ano, final de verão no Círculo Ártico. A aventura foi a bordo do veleiro clássico alemão Nordwind, que também possui uma curiosa história.



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Por Nestor Volker Passagem Noroeste é a rota pelo norte da América, entre as ilhas do Canadá e o Pólo Norte. Pode-se fazer de direção Leste a Oeste, feita por nós, ou de Oeste a Leste, que é o sentido onde normalmente correm os ventos. De qualquer maneira, o trecho da passagem que se abre somente no verão e durante uns poucos dias (às vezes nem isso) fica entre a ilha Resolute e a Baía Cambridge, que é justamente o trecho em que participei junto com o proprietário do veleiro Nordwind, o alemão Hans Albrecht e dois amigos. A tripulação fixa para esta viagem era formada pelo capitão do barco Alex e mais cinco tripulantes (permanentes). No total formávamos um grupo de 10 pessoas, com variadas nacionalidades: três argentinos (Alex, Franco e eu), dois alemães, dois espanhóis, dois ingleses e um norte-americano. Esse trecho é cada vez mais frequentado a cada ano, no entanto ainda são poucos os que se aventuram por lá. Até alguns anos atrás passavam em média cinco barcos por verão e hoje já estão em torno de 10 por temporada. Normalmente todos cruzam quase juntos porque são poucos os dias que a passagem está aberta pelo gelo. Esta quantidade de barcos é a soma dos que fa-

zem o trajeto de ambas as direções. Eu suponho que fomos o primeiro veleiro clássico de lazer e madeira a percorrer essa passagem. E também os três primeiros argentinos a fazerem isso. As histórias dos navegantes que passaram por este lugar podem ser lidas em livros que tra-

Convés coberto pela neve durante a navegação


tam desse grande tema. Porém, recordo especialmente a John Franklin, almirante da marinha britânica e explorador do Ártico, que passou ali vários anos fazendo as cartas da região e procurando encontrar a Passagem Noroeste, até que o clima hostil o levou junto com sua gente, em 1847. Até hoje seguem em busca dos seus restos e de seu último barco. Outro explorador muito conhecido também andou por esses lados, o norueguês Roald Amundsen, que com seu barco Gjoa foi o primeiro a encontrá-la e navegar pela Passagem no início do século passado. Ele passou dois anos ali, incluído dois invernos, para aprender sobre a vida do povo Inuit (esquimós) e depois fazer a primeira expedição que chegou ao Pólo Sul. Como também era pesquisador, encontrou o pólo norte magnético sobre a ilha King William e estudou seu deslocamento. Atualmente passar por ali já é bem mais fácil, embora ainda hoje não se menospreze essa aventura, porque a coisa pode complicar-se, e muito! Na atualidade existem cartas de gelo que podem ser recebidas diariamente via satélite. Com elas sabemos se podemos ir adiante ou se temos que aguardar e refugiar-se em alguma baia protegida até que a barreira de gelo se abra. Por outro lado, nós tínhamos uma câmara instalada na cruzeta que por frequência de ondas emitidas marcava muito bem os blocos de gelos, especialmente à noite (quando elas existiam), e com neve. Na verdade nós roçamos apenas dois

blocos de gelo relativamente pequenos em toda a viagem. Além disso, hoje se sabe onde está à Passagem, eu ficava imaginando na antiguidade quando se chegava até uma parede de gelo e não se sabia se era uma passagem obstruída ou se por detrás dela havia um fundo de baía. Que desagradável devia ser quando esperavam pelo desgelo e descobriam que por ali só havia terra. A navegação nessa região é bem curiosa. Por exemplo, quando descemos de Resolute Bay para o sul, a bússola magnética indicava que íamos ao norte, e isso se devia ao norte magnético que estava ao nosso sul, ou seja, que navegávamos entre ambos os pólos norte. Como o piloto

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dor do horizonte. Se você espera ver muito gelo por essas costas, não vai encontrar. A orla nesta região em geral é baixa. Como a passagem deve ser feita no final do verão, justamente para que os gelos flutuantes não sejam muitos, o gelo da costa já se derreteu. O que se vê são grandes superfícies de pedra e terra com barro. A vegetação é pouca, assim como nas grandes alturas, onde não cresce praticamente nada, mesmo no verão, não há árvores, somente terra e pedras. A temperatura que enfrentamos oscilava entre 1º C e 8º C. Não faz muito frio, ao menos que o vento sopre, nesse caso torna-se bem hostil. A zona mais linda em termos de paisagem por onde passamos foi o estreito de Ballot, que na realidade ficamos ali fazendo tempo para que os gelos se abrissem mais à frente. Este estreito pelo lado norte, tem um lindo e alto paredão na ilha Somerset, onde avistamos dois ursos polares impressionantes, aos quais foram “bombardeados” de fotos e filmagens. Sobre o lado sul há uma há uma larga extensão de terra, onde fica o ponto mais extremo do continente americano, chamado Península Boothia.

A navegação pela Passagem Noroeste

A carta de gelo digital que era recebida diariamente por satélite

automático se dirigia pela bússola magnética e nessa zona há enormes variações de declinação, o certo é timonear manualmente com o GPS, ou se coloca o rumo magnético no piloto automático correspondente ao que lemos no GPS (que pode ser totalmente diferente) e ficar muito atento para corrigi-lo, já que a declinação muda constantemente, e muito. Também nessas latitudes os meridianos estão tão próximos, que quando se navega de Leste para Oeste, necessita-se corrigir o fuso horário frequentemente. Outro fenômeno é o sol que nunca sobe muito, por outro lado nunca se põe, descrevendo uma suave onda ao re16

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O grupo que iria fazer a viagem voou até o Canadá, em Ottawa, e ali pegamos um avião de 18 passageiros para Iqualuk e deste até Hall Beach e Resolute Bay. Este último tem o aeroporto comercial mais perto do Pólo Norte. Resolute Bay é um pequeno povoado com população de 800 habitantes no verão e 400 no inverno e tem um grande número de suicídios. Não deve ser nada fácil passar um inverno ali, com 24 horas de escuridão, temperaturas de 20ºC a 40ºC abaixo de zero, sem internet, sem TV, sem cinema e sem sequer um lugar para tomar um café e conversar. No passado os Inuits, se transladavam para o sul no inverno e subiam ao norte no verão. Porém, a maioria agora é empregada do estado, que os contrata para fazer trabalhos ali e para manter a soberania nacional do Canadá nesta região. Dizem haver petróleo nesta zona. Nós chegamos a Resolute Bay às 6 horas da tarde e fomos até o hotel (ponto de encontro do povoado) e depois até barco, onde ficamos até às 11 horas da tarde, quando partimos, não digo da noite porque nesta época do ano nessa latitude isso não ocorre.



O Dedo´s Delight trazendo a bordo os escaladores

Urso polar é cada vez mais raro na região

De Resolute Bay navegamos à vela com vento firme, soprava de oeste (norte para a bússola magnética) por Peel Sound, entre as ilhas Somerset e Prince of Wales. Passadas as primeiras 24 horas tivemos nossa neve que aos poucos foi cobrindo o convés. No dia seguinte primeiro passamos por um iceberg gigante e mais adiante arriamos as velas para cruzarmos lentamente blocos gelo repartidos em nossa frente. À noite chegamos a False Strait, onde fundeamos e dormimos. Como a carta de gelo nos informava que mais adiante o caminho estava todo fechado decidimos fazer turismo com o barco indo pelo les-

Nestor Volker (dir.) no antigo refúgio da Hudson’s Bay Company, que nos séculos anteriores dominou o comércio de pele e controlou extensas terras na região 18

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te de Ballot Strait, que separa a ilha Somerset da Península Boothia (extremo norte do continente americano). Uma vista muito linda com excelentes paredões rochosos na margem norte. Chegamos a Fort Ross no meio da manhã acompanhados por outro barco, que também estava fazendo tempo, de nome Dedo’s Delight, um veleiro de PRFV de 34 pés, que pertence a um famoso escalador chamado Bob Shepton, acompanhado por outros quatro montanhistas, de quem ficamos muito amigos. Eles vinham de uma escalada num paredão vertical de 1.000 m de altura e ficaram nove dias dormindo em sacos presos juntos a parede, nos mostraram um vídeo sobre a incrível façanha. À tarde descemos em terra, sempre com um fuzil à mão em caso de ataque de urso, subimos a um cerro e visitamos dois refúgios que existem ali. Num deles a chave para abrir a porta é guardada num canto embaixo de uma pedra. É preciso abrir e fechar em seguida para não correr o risco de sofrer um ataque de ursos. São iguais a refúgios de montanha, que guardam material de sobrevivência por uns tempos. O outro refúgio estava destruído por dentro. Estávamos seguros que isso foi obra de algum urso faminto que comeu até o estofamento das cadeiras. À noite jantamos com os escaladores que seriam nossos vizinhos daí em adiante. Na manhã seguinte voltamos a fotogênica Ballot Strait, porém dessa vez havia uma forte corrente contrária de oeste, que começou com cinco nós. Na metade do estreito tivemos sorte de ver dois ursos polares, brancos e enormes. O primeiro que avistamos estava longe comendo alguma caça junto com uma raposa (que só fui


A beleza dos paredões coloridos no estreito de Ballot

notar depois, porque no momento da fotografia não a vi). Quando o urso nos viu saiu correndo, porém por sorte um pouco mais adiante encontramos outro urso, este já bem mais perto, que não se ia sem todo instante dar uma olhada para nós e fugir. Caminhava entre as pedras e se atirou na água nadando relativamente perto e deixando- se mostrar por um bom tempo. Isso foi um real privilegio, já que estão em extinção e há pessoas que vivem nesta região e nunca os viram. Na saída do estreito voltamos a encontrar bastante gelo e nos dirigimos pelo Franklin Strait bem devagar até a ilha Tasmânia, já que a carta de gelo nos mostrava que mais à frente o caminho estava totalmente fechado. O veleiro Dedo’s Delight seguiu a explorar mais adiante e encontrou gelo na saída do canal Shortland, bem próximo a nós. Então eles regressaram e fundearam no mesmo local de nossa ancoragem. Havia

previsão de ventos fortes de SE, isso nos levou a imaginar que se abriria mais tarde uma passagem pela margem sul do estreito de Victoria. À tarde o dono do veleiro e mais três tripulantes desceram em terra e os demais na manhã seguinte, já com bastante vento SE. Nós passeamos pela ilha e desfrutamos da beleza do lugar, mas sempre com o fuzil junto. No começo da tarde o vento aumentou a intensidade para 40/50 nós constante e muito frio. A noite ultrapassou os 50 nós e perdemos a âncora e a corrente. De imediato começamos a rastreá-los com o barco até o momento que o eixo do hélice escapou do motor. Caos total. Por sorte o vento nos mantinha afastados da costa. Largamos uma âncora leve Fortress que felizmente agarrou de imediato. Colocamos um dingue na água e levamos um comprido cabo até a terra onde foi amarrado a uma grande pedra. Começamos a trabalhar em seguida, uma O MINUANO

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Entrada do estreito de Ballot

equipe tratando de consertar o motor enquanto a outra equipe com os dingues tentava recuperar a âncora com a corrente. Trabalhamos assim durante dois dias. Na noite do segundo dia de trabalho se aproximou um iate de uns 100 pés, cujo capitão nos ajudou com o pouco que pre-

cisávamos para terminar a recolocação do eixo, pois este vinha nos tirando o sono. Ele nos emprestou um par de grandes chaves que nos permitiu finalizar o trabalho. Um de nossos tripulantes se atirou na água com traje de neoprene para passar um cabo pelo hélice para trazer o eixo para o lado da proa, com uso das catracas. O capitão do iate também mergulhou para ver se encontrava a âncora e a corrente, no entanto a válvula do tubo de oxigênio congelou e ele teve que voltar urgentemente a superfície. Na manhã seguinte vieram os escaladores que com seus dedos robustos terminaram de apertar as porcas com mais força que nós. Foi um momento de risco, por um lado sabíamos que o forte vento nos ajudaria a fazer a passagem, por outro lado pensávamos que se o vento ronda-se e não tivéssemos o motor consertado seriamos presa fácil dos gelos. Por isso trabalhamos sem parar até sermos vencidos pelo sono. Finalmente da tarde seguinte, com a carta de gelo nos indicando uma baixa densidade no lado sul de Victoria Strait, enquanto no lado norte havia 100% de densidade, partimos rumo a Cambridge Bay saindo pelo canal Shortland.

Os restos do navio Maud que pertenceu ao famoso explorador Amundsen vão virar museu na Noruega 20

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O pequeno navio da expedição que busca encontrar o barco Erebus, do explorador inglês desaparecido no século 19

Mais tarde nos encontramos com o Tranquilo, um veleiro holandês de estilo clássico, porém moderno, que eu já tinha visto em Buenos Aires e que acabava de cruzar pelo estreito em sentido contrário ao nosso. De noite (já mais escura nessa época e latitude) encontramos com muito gelo que por sorte podíamos vê-los muito bem através da câmera da cruzeta que pela medição de frequência da irradiação do frio marcava claramente os icebergs na tela. Mesmo assim roçamos dois blocos pequenos de gelo. Na manhã seguinte encontramos novamente muito gelo e nevoeiro. Em marcha lenta passamos por um local povoado de icebergs. À tarde já nos íamos libertando do gelo, tendo percorrido a parte mais difícil da Northwest Passage. No dia seguinte navegamos a motor com nevoeiro e olhando o radar, até chegarmos a baía de Cambridge onde fundeamos bem próximos ao molhe. Nesta parte estava um naviozinho que usava este porto como base da expedição que buscava encontrar os restos do Erebus, último barco do explorador John Franklin. Também estava um veleiro holandês que cruzou o estreito um pouco à frente de nós. Logo depois chegou o Dedo’s Delight e umas horas mais o grande iate que nos havia ajudado anteriormente. O trecho que o dono do barco, seus dois amigos e eu pretendíamos fazer era de Resolute Bay até Tuk, próximo do Alasca, porém devido o tempo que tivemos de esperar para abrir o gelo, a lenta navegação quando estávamos cruzando pelos icebergs e o conserto do eixo fez nos atingir a data de regresso quando chegamos a Cambridge Bay, ou seja, das mil milhas que pretendíamos navegar conseguimos fazer somente um pouco

Crianças Inuits (esquimós) em Cambridge Bay com roupas leves de verão num dia de 8º C de temperatura

mais da metade. Aproveitamos em Cambridge Bay para visitar os restos naufragados do Maud, o barco de Amundsen com quem tentou fazer a Passagem Noroeste sem êxito. Em 2013 os restos do barco serão levados para a Noruega onde farão um museu para exibi-lo. O Nordwind seguiu rumo Oeste até as ilhas Aleutas, onde pegou ventos fortes de norte que aproveitaram para ir rapidamente até Dutch Bay. Fiquei sabendo depois que o Dedo’s Delight entrou em Tuk e os gelos provenientes do norte, devido ao vento deste quadrante, lhe prenderam na baía. Espero que tenha solucionado a situação antes da chegada do inverno. E quanto a mim, depois dessa experiência única e diferente, fiz outro vôo de mais de 50 horas para voltar à Argentina, parando em Kugluktuk, Yellowknife, Edmonton, Toronto e Santiago do Chile.

Northwest Passage

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Norwind, um clássico alemão Veleiro fez parte da Kriegsmarine na época do nazismo

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Nordwind e seu barco irmão, Ostwind, foram construídos em 1938/1939 para a marinha alemã como substitutos dos veleiros “Astra” e “Orion”, que corriam regatas e faziam parte do programa oficial de treinamento de oficias das bases do Mar do Norte (Wilhelmshaven) e no Báltico (Naval Academy Flensburg Mürwik). O Nordwind foi o primeiro a ser concluído e foi enviado para participar da regata

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Fastnet de 1939 (Inglaterra), no qual teve a honra de estabelecer um novo recorde que se manteve por 24 anos, até que foi quebrado pelo “Gitana IV”, em 1963. Uma série de mitos cercam Nordwind e Ostwind. Foi alegado que o Nordwind pertenceu ao Almirante Karl Döenitz comandante - chefe da Kriegsmarine e que sucedeu a Hitler, após sua morte, como presidente e negociou a rendição incondicional da Alemanha nazista. E o Ostwind dos chefes nazistas, incluindo o próprio Hitler. Mas a verdade não era essa. Os dois eram barcos regulares comissionados da marinha alemã. O Nordwind ficou inicialmente em Wilhelmshaven, onde o almirante Dönitz exerceu o comando. Como tal, ele realmente navegava no veleiro, mas não era de sua propriedade. Da mesma forma, o Ostwind que depois da guerra foi afundado ao largo da costa da Flórida, por supostamente ter sido o “barco de Hitler”, que na verdade nunca pôs os pés nele. Depois da guerra, tanto Nordwind e Ostwind foram confiscados e enviados para a Inglaterra, onde Nordwind foi comprado pelo Lord Hugh Astor que correu regatas por muitos anos no Solent e no Mar do Norte. No final dos anos

70, o arquiteto naval holandês Gerard Dijkstra fez um dos primeiros projetos de restauração dos veleiros clássicos. As obras foram iniciadas no Camper & Nicholson, na Inglaterra, e terminaram na Holanda. Infelizmente, porém, a restauração do casco ficou com defeito e outra restauração tornou-se necessária que foi realizada pelo proprietário atual do Nordwind, entre 2001-2004 na Espanha. O layout interior teve algumas modificações, mas seu projeto original foi mantido. Ele já participou de várias regatas de barcos clássicos. Em 2009/10 Nordwind navegou pelo Cabo Horn, Estreito de Magalhães, Canal Beagle e Costa Sul do Chile. Nome: Nordwind Classe: Yawl Projetista: Henry Gruber Armação: Yawl Marconi Ano de construção: 1939 Construído em: Burmester, Brema, Alemanha Comprimento: 25.7m / 84‘4“ pés Boca: 5,3m / 17‘3“ pés Linha d’água: 18.2m / 50‘10“ pés Área de Vela: 3060² (284m.sq.) Deslocamento: 65 toneladas



CIRCUITO CONESUL

Encontro da classe Oceano gaúcha Num clima de regatas bem disputadas, o 21º Circuito Conesul de Vela de Oceano ocorreu de 15 a 24 de setembro. O campeão foi o C’est la vie, de Henrique Dias, que levou o título na classe RGS A, de maneira invicta. Na classe RGS B o vencedor foi o Hawa C, de Marcelo Kern, na J/24, Tango, de Boris Ostergren, e na Microtoner 19 deu o Thoa Thoa, de Carmen Sprinz.


Fotos: Ricardo Pedebos/VDS


Tripulação do comandante Henrique venceu as cinco regatas da tradicional competição de Oceano

O imbatível C´est la vie

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o comando do seu half tonner Fast, Henrique Dias tornou-se tricampeão do Troféu Seival (2005, 2010 e 2012), e do Circuito Conesul (2004, 2011 e 2012). Não é pouca coisa, principalmente para quem obteve seu primeiro título do Conesul aos 16 anos. “É a vida”, poderia afirmar, mas não é bem assim.

Hobart, ficou na vice-colocação da RGS A 26

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Os títulos vieram de sua dedicação a vela, tanto de oceano como de monotipo. Como sempre faz, Henrique, 24, apostou na preparação antecipada do barco, pois não descuida dos detalhes do seu veleiro de 30 pés. Já a sua tripulação não precisou mexer nada, o grupo está com ele há pelo menos quatro anos. “Fui com o barco bem regulado e medição certa na regra RGS. Mas também desde o começo da competição acertamos nas táticas, andamos com velocidade acima da nossa média em todos os percursos e próximos dos barcos maiores, que eram nossos rivais. Contei com o entrosamento de uma tripulação composta por velejadores experientes que conheço muito bem”, disse o comandante, que teve a bordo Vilnei Goldmeier, Rodolfo Streibel, Frederico Sidou, Isak Radin e Alexis Kneibel.


Apesar da vitória o comandante não anda satisfeito com os rumos da classe oceano e das competições. “Torço para que futuramente o Circuito conte com regatas de percursos maiores e o Seival volte a ser uma prova de 90 milhas de distância. E que tenhamos barcos correndo em regras mais refinadas como a ORC e IRC. Tudo isso contribui para a qualificação da competição”, afirmou Henrique. A classe J24 foi a primeira do Conesul a conhecer o campeão, isso acontece quando as regatas de longa distância, das quais não participa, são as últimas a serem realizadas no Circuito. O título ficou com o barco Tango, do comandante Boris Ostergren que obteve duas vitórias e uma vice-colocação nas regatas barlasotas realizadas do dia 20, feriado gaúcho. Na vice-colocação ficou o Iuca, de Cláudio Ruschel. O comandante Boris Ostergren e sua tripulação formada por Eduardo Cavalli, Bryan Luiz e Rafael Russi também venceu a regata média realizada no primeiro fim de semana da competição. Boris considerou o último dia excelente para competir. “Começamos à tar-

Chegada disputada entre o campeão Tango e o vice Iuca na classe J/24

de com vento forte, depois foi para intensidade média e acabou fraco. Portanto tivemos todas as condições. Minha tripulação velejou muito bem desde o início do campeonato e merecemos a vitória.”

Troféu Seival e Regata Farroupilha

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Circuito encerrou com as disputas das regatas longas, de maior peso na competição, que largaram no dia 23, sábado, às 11h27min, atrás do Centro Cultural Usina do Gasômetro, zona central da Cidade. O 42º Troféu Seival, destinado apenas para os barcos das classes RGS A e Bico de Proa, o percurso era de 70 milhas de distância. No tempo corrigido da regata Seival a vitória foi para o C’est la vie VI, que fez a marca de 8h55min11s de prova. O Soto40 Crioula, de Renato Plass, levou a Taça Xodó por ter sido o primeiro a cruzar a linha de chegada, próxima a Ilha das Pedras Brancas no Guaíba, às 20h08min40s de sábado. Ele foi o vencedor da classe Bico de Proa. Em segundo ficou o Maná, de Márcio Lima, às 20h49m35s. A largada aconteceu de vento noroeste com intensidade de 15 nós. Devido à condição de vento e a forte correnteza em direção ao sul os barcos velejaram com muita velocidade dentro do Guaíba. Na Lagoa dos Patos, O MINUANO

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Crioula foi fita azul do Seival e ficou com o Troféu Xodó

os competidores enfrentaram vento contrário na perna para o farolete da Barba Negra, mas depois retornaram com vento de popa até a chegada. Os barcos Kamikaze XI e Levado abandonaram a prova por motivo de avarias. Na 23ª Regata Farroupilha para barcos

Hawa C ficou com o título da RGS B 28

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da RGS B, com percurso de 42 milhas de distância, a vitória foi do Abaquar, de Fernando Foernges. Ele obteve o tempo corrigido de 6h25min22s. O Hawa C retirou-se da regata porque estava com motor ligado durante o procedimento de largada, mas mesmo assim o título na RGS B foi para Marcelo Kern, pela soma de pontos no Circuito. “Tivemos problemas nas regatas de percurso médio e longo, mas nos garantimos com o bom desempenho nas três barlasotas. A organização do Circuito está de parabéns”, disse o comandante do barco do Clube dos Jangadeiros. E na classe Microtoner 19 o barco 14 Bis, de Humberto Blattner, do Sava Clube, ficou em primeiro lugar na regata. Thoa Thoa chegou em segundo, mas acabou campeão do Circuito. “As regatas estavam ótimas, o tempo ajudou e o Veleiros do Sul mostrou sua grande estrutura para o evento,” comentou a comandanta Carmen Sprinz. Junto com as regatas longas foi realizado o 15ª Velejaço para barcos não medidos que contou na raia com 15 tripulações. O primeiro colocado na classificação geral foi o REX, de André Gick, um veleiro HPE 25, o primeiro dessa classe a navegar pelas águas do Guaíba. O Circuito teve cinco regatas de percursos: média, três de barlasota e uma longa e contou no total com a participação de 44 barcos.

Thoa Thoa, campeão na Microtoner


CLASSIFICAÇÃO DO CIRCUITO CONESUL Classe RGS A 1º C’est La Vie VI - Henrique Silva Dias (VDS) 3 2º Hobart - Airton Schneider (CDJ) 6 3º Mandinga - Gustavo Erler Lis (VDS) 8 4º Bronka – Rodrigo Castro (CDJ) 13 5º Kamikaze XI - Hilton Piccolo (CDJ) 14 6º Madrugada - Niels Rump (VDS) 19 7º Áquila - Natanael Coll Oliveira (VDS) 20 8º Delirium - Carlos Felipe Hofstaetter (CDJ) 21 9º Gaivota - Márcio Coutinho (ICG) 24 Classe RGS B 1º Hawa – Marcelo Kern (CDJ) 4 2º Taz – Augusto Moreira (VDS) 6 3º Anarquia – Roberto Trindade (CDJ) 6

Abaquar, primeiro colocado na Regata Farroupilha

Classe J/24 1º Tango - Boris Ostergren (VDS) 4 2 º Iuca - Cláudio Ruschel (VDS) 4 3 º Vento Negro - José Horácio Ortega (VDS) 9 4º Sapeca II - Walther Bromberg (VDS) 12 Classe Microtoner 19 1º Thoa Thoa - Carmen Sprinz (SAVA) 5 2º 14 Bis - Humberto Blauner (SAVA) 9 3º Thermopylae - José Antônio Campello (CDJ) 11 4 º Guapo 19 - Carlos Tartakowsky (SAVA) 11 Taz, na segunda colocação


PREMIAÇÃO 21º CIRCUITO CONESUL

Classe Microtoner: 1º - Thoa Thoa, Carmen Sprinz, 2º - 14 Bis, Humberto Blauner e 3º Thermopylae, Jose Campello

Classe J/24: 1º - Tango, Boris Ostergren, 2º - Iuca, Cláudio Ruschel e 3º - Vento Negro, José Ortega

Classe RGS A: 1º - C’est La vie, Henrique Dias, 2º - Mandinga, Gustavo Lis e 3º Gaivota, Márcio Coutinho

Classe RGS B: 1º - Hawa C, Marcelo Kern

Classe RGS B: 2º - Taz, Augusto Moreira

Classe RGS B: 3º- Anarquia, Roberto Trindade

23ª REGATA FARROUPILHA

Classe Microtoner: 1º - 14 Bis, Humberto Blauner

Classe RGS B: 1º lugar - Abaquar, Kadu Bergenthal

42º TROFÉU SEIVAL

1º - C’est la vie , Henrique Dias

Troféu Xodó: 1º - Crioula, Renato Plass

15º VELEJAÇO FARROUPILHA

19’: Aloha 1, José Camaratta

23’: Alvará, Cid Paim

30’: Aquário II, Henrique Sommer Ilha 30

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35’: Oceano VI, Marcelo Lopes

36’: Friday Night, Frederico Roth

40º: Aquavit, Léo Penter

Campeão Velejaço: Rex, André Gick


Dupla do VDS embarca no sonho olímpico

Geison e Gustavo começaram campanha na classe 470 para 2016

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classe 470 foi reativada no Clube com a recente dupla formada por Geison Mendes e Gustavo Thiesen. E já começa com objetivo definido visando os Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Eles começaram treinar em setembro e estão programando a grade de competições para 2013. Experiência para campanha olímpica não falta. Os dois velejadores são conhecidos por suas atuações em mais de uma classe. Geison Mendes, 24, foi recentemente campeão sul-americano de match race, veleja ainda na Snipe, Laser e Oceano. No barco 470 ele ainda não possui muita experiência de timoneiro, porém não chega ser uma novidade. Por isso, no início de campanha Geison vinha fazendo um período de adaptação. “Estamos velejando bastante para eu ir sentindo o barco, velocidade, comportamento do leme e aperfeiçoamento de manobras. É um barco muito rápido e sensível as condições de vento mais fortes”, diz Geison. Nessa fase as dicas do seu proeiro tem sido de grande valor. Gustavo Thiesen, 22 anos, conhece muito bem o 470. Foi parceiro por três anos do timoneiro Fábio Pillar na dupla que integrou a equipe da Confederação Brasileira de Vela e Motor na campanha para os

Jogos de Londres de 2012. Não conseguiram a vaga para o Brasil, mas ficou o aprendizado. “Estou trabalhando para fazer uma campanha melhor do que a anterior. Sei quais requisitos devem ser revistos. Nosso projeto é bem fundamentado, o Veleiros do Sul nos apoia e buscamos patrocínios para fazermos uma preparação consistente”, comenta Thiesen. A dupla já conta com a assistência do preparador físico Ariel de Deus, do VDS, e da nutricionista Helena Lutz. E tem sido um trabalho duro, academia, natação e bicicleta. Eles também treinam juntos com a Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, que depois do 6º lugar na Olimpíada de Londres na classe 470 feminina, elas deram início a nova campanha para os Jogos do Rio. “As gurias são uma referência para nós. O momento é de fazer as correções no velejar e ajustes no barco. Quanto mais cedo nos aperfeiçoarmos melhor porque sabemos que outras duplas estão em vias de aparecer, embora nossa atenção seja voltada para conosco,” conta Geison, que também é supervisor técnico do Projeto Match Race do VDS. Em breve a dupla estará na rede com um site próprio para divulgar e acompanhar a campanha deles. O MINUANO

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Empresa a Bordo integra colaboradores do Grupo Randon no VDS

Diretores, coordenadores e analistas das empresas do Grupo Randon reunidos com velejadores

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Veleiros do Sul recebeu no dia 29 de setembro uma equipe de 24 diretores, coordenadores e analistas das empresas do Grupo Randon que participaram do Empresa a Bordo, uma velejada de integração. A atividade fez parte da contrapartida do Veleiros do Sul ao patrocínio da Randon ao projeto Campeonatos de Vela do Rio Grande do Sul, viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) do Ministério do Esporte. Ministrado pela PrimeSail em parceria com a Oceano Training, o Empresa a Bordo utiliza a vela como ferramenta para relacionamentos e treinamentos empresariais. As atividades desempenhadas no barco servem para desenvolver as lideranças e as equipes. Enquanto velejam, os participantes aprimoram as suas capacidades e aprendem na prática a im-

O esporte da vela como ferramenta para treinamento de equipes 32

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portância da integração na vida profissional. Após a apresentação do programa, os participantes conheceram o Clube (acompanhados pelo vice-comodoro esportivo Eduardo Ribas) e a PrimeSail (com os sócios Cássio Lutz do Canto e Marcelo Visintainer Lopes), e tiveram uma pequena aula de introdução à vela. Em seguida, foram divididos em quatro equipes e supervisionados por um skipper profissional, experimentaram velejar em um barco de Oceano e no Elliott 6m — barco adquirido pelo Clube justamente com a colaboração da Randon pela LIE. De volta à sede, a turma ainda se reuniu com os treinadores e encerrou a manhã com um almoço de integração no salão social do Clube. A PrimeSail começou a desenvolver o Empresa a Bordo no Veleiros do Sul neste ano.

Assim como numa empresa, no barco está tudo integrado

Além do treinamento em equipe conheceram os rudimentos do velejar


Comemoração do Dia da Criança no Clube

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Dia da Criança foi festejado no domingo de 7 de outubro e a criançada se divertiu para valer no Veleiros do Sul. A festa reuniu mais de uma centena de crianças, pais e familiares no Campo de Futebol do Clube. A turminha aproveitou até o último minuto as atrações que a Esco-

la de Vela Minuano preparou. E teve bastante coisa: pula-pula, cantinho de leitura, camarim com aplicação de tatuagem, parquinho e muitas brincadeiras que fizeram a gurizada se exercitar no grande gramado verde. Também não faltaram comidinhas gostosas. Pipocas, algodão-doce e cachorro-quente deram energia de

sobra pra galerinha. As oficinas propostas pela Bororó25 também fizeram sucesso e o mural foi disputado pela gurizada. Todos usaram o espaço com as mãos e tinta guache, colorindo e se expressando. A oficina de desenho rendeu desenhos caprichados com muita criatividade.

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Jantar dos Cruzeiristas e Palestra Truk Lagoon

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m uma noite repleta de presenças ilustres o Veleiros do Sul realizou em 3 de outubro a palestra Truk Lagoon, Um museu submerso, com o mergulhador Nestor Magalhães e o jantar de outubro do Grupo dos Cruzeiristas. Cerca de 70 pessoas assistiram a palestra e saborearam o jantar preparado pelo Gastronomia Barcelos, com cardápio do cozinheiro/ cruzeirista do mês, Luiz Vinícius Mallmann de Magalhães. Nestor Magalhães abriu a noite com a palestra, onde mostrou imagens impressionantes e relatou sua série de mergulhos em Truk Lagoon, local mais importante do mundo para os mergulhadores de naufrágios, antiga base japonesa localizada na Micronésia que foi bombardeada por aviões da marinha americana em 1944 e hoje serve como sepultura para navios e aviões japoneses, tendo conservado inclusive restos mortais de soldados. Após a palestra, todos foram convidados a participar do jantar dos Cruzeiristas do VDS, que além de receber de volta o seu “mãe” José Pinto de Miran-

Palestra sobre mergulho no Truk Lagoon, por Nestor Magalhães

da Távora, contou com as presenças do Comandante do 5° Distrito Naval, Vice-Almirante Paulo Cezar de Quadros Küster, do Comandante do 5° COMAR, Brigadeiro Flavio dos Santos Chaves e do Delegado da Capitania do Portos em Porto Alegre, Capitão-de-Fragata Jayme Tavares Alves Filho. O comodoro Newton Aerts recebeu como presente do 5° Distrito Naval um astrolábio, an-

Os convidados presentes no jantar, Comandante do 5° COMAR, Brigadeiro Flavio dos Santos Chaves, Comandante do 5° Distrito Naval, Vice-Almirante Paulo Cezar de Quadros Küster e do Delegado da Capitania do Portos em Porto Alegre, Capitão-de-Fragata Jayme Tavares Alves Filho, receberam os galhardetes do Clube

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tigo instrumento de navegação, como lembrança. Como convidado de Jankiel Coster, também esteve presente um dos mais importantes cruzeiristas do país, o arquiteto João Francisco Sombra de Albuquerque, o Capitão João Sombra, que falou sobre o seu apreço especial pelo Rio Grande do Sul e adiantou com exclusividade a sua participação em um projeto de implantação de um grande pólo náutico em Torres. João Sombra também foi convidado a palestrar sobre suas viagens de circunavegação no veleiro Guardian no próximo jantar dos Cruzeiristas, no dia 07 de novembro. O comodoro Newton Aerts também relatou o andamento das obras de instalação do novo pórtico de entrada do Clube, o cruzeirista Eduardo Scheidegger lembrou da participação das mulheres no Clube e no grupo dos Cruzeiristas, apoiado pela cruzeirista Ediolanda Liedke, que destacou a atitude das velejadoras do clube e propôs homenagem a Walmy Ilha. Após as tradicionais saudações de hip hip hurra, foi encerrado o jantar com a nomeação do ex-comodoro José Carlos Tozzi como próximo cozinheiro.


MEMÓRIA

A história do nosso bate-estaca

O flutuante de cimento está na ponta do trapiche que aparece ao fundo. Esta foto foi tirada por Rubens Varnieri no dia 23 de agosto de 1934, quando o público compareceu à beira do Guaíba para ver o pouso do primeiro “Clipper” da Panair do Brasil

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bate-estaca flutuante que há décadas tem servido o Veleiros do Sul foi incorporado ao patrimônio do Clube em 1945. A sua plataforma de cimento armado pertenceu ao primeiro hidro-aeroporto instalado no Estado. Este flutuador foi instalado pela empresa aérea Panair do Brasil em princípios da década de 1930 na ponta de um trapiche, que ficava nas margens do Guaíba, na rua Voluntários da Pátria, entre as atuais ruas Ramiro Barcelos e Gaspar Martins, local de pouso de seus hidroaviões. Mais tarde foi desativado e o flutuante vendido a um grupo de proprietários de barcos, a maioria a motor, que havia fundado um clube denominado Marcílio Dias, de vida efêmera sendo em seguida fechado. Por iniciativa do Sr. Rubens Varnieri os sócios do Marcílio Dias foram para o Veleiros do Sul. Em 7 de maio de 1945, o Sr. Baltazar Iglesias e a Sra. Alice Varnieri transportaram para o Veleiros do Sul os barcos do extinto clube, e seus integrantes passaram a fazer parte do quadro social do Veleiros do Sul. A entrada do grupo levou a criação do “Departamento de barcos a motor” no Clube. A plataforma de cimento que servia a Panair também passou para o patrimônio do VDS. Junto com ele ainda veio uma garagem flutuante para lanchas. No Veleiros do Sul a plataforma de cimento foi transformada em bate-estaca e até hoje é utilizada nos trabalhos na água para enterrar estacas, principalmente nos trapiches.

Sra. Alice Varnieri com os barcos do extinto Marcílio Dias sendo rebocados para o Veleiros do Sul

A plataforma de cimento com a armação do bate-estaca continua em serviço

Garagem flutuante para barcos que também foi incorporada ao VDS

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MEMÓRIA

De Buenos Aires a Porto Alegre à vela em 1935 O barco argentino foi o primeiro estrangeiro a visitar o Clube

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O Camaron na doca do Mercado Público para ser abastecido na viagem de retorno a Buenos Aires

sede do Veleiros do Sul no bairro Navegantes ainda nem tinha sido inaugurada quando recebeu uma ilustre visita do “yacht” argentino Camaron em março de 1935. Sua presença foi destacada pela imprensa por representar na época algo bem fora do comum por aqui. O proprietário, Diógenes Blaquier, do Yacht Club Argentino, foi recebido pelos sócios do recém fundado clube de vela que lhe ofereceram um “banquete” na Sociedade Germânia. Ele também fez vários passeios por Porto Alegre. O Camaron era um veleiro “doble proa” de madeira de oito metros de comprimento por dois de largura, 1m40cm de calado e 44m² de área de velame. O projeto era do famoso German Frers. Ele ficou fundeado no Saco do Navegantes, em frente a sede do VDS que estava sendo terminada. A inauguração ocorreu em 31 de março. O comandante Blaquier despertou grande

curiosidade entre os velejadores gaúchos, narrou sobre o seu “raid” até Porto Alegre e também sobre outros cruzeiros por Montevidéu e Mar del Plata. O velejador argentino partiu de Buenos Aires em 14 de fevereiro de 1935, no dia 16 parou em Punta del Este e 19 chegou em Rio Grande, onde permaneceu por alguns dias. No dia 2 de março demandou para Porto Alegre. Ele contou que no trecho até Rio Grande velejou próximo à costa e às vezes afastava-se até 40 milhas para dentro do mar. “A Lagoa não estava num dos seus melhores dias, bastante agitada. Deixando-me boa impressão o serviço de balizamento que é, por assim dizer, uma verdadeira avenida,” contou Blaquier. A travessia de Rio Grande até Porto Alegre foi feita em 18 horas, que constituiu um recorde de velocidade na época para o percurso em barco a vela. “Logo na chegada singrando o majestoso Guahyba apreciei vários desses tipos de barcos


(a vela), entre os quais o Pampeiro (José Mônaco) que me trouxe os cumprimentos por meio de uma luzida tripulação”, narrou o argentino a imprensa local. Blaquier disse que sua viagem tinha por finalidade “fazer turismo, vontade de navegar e confraternizar com os brasileiros que sabia existir amor pelo sport da vella.” Também comentou sobre o rápido crescimento do esporte da vela em seus país: “Uma verdadeira febre domina meus compatriotas”. O Camaron partiu de volta para Buenos Aires no dia 4 de março de 1935. A convite de Blaquier, o velejador Leopoldo Geyer timoneou o Camaron do porto do Veleiros do Sul, no Navegantes, até a doca em frente ao Mercado Público, onde o argentino abasteceu de suprimentos para a viagem de retorno. Na despedida o Camaron foi acompanhado por diversos por barcos até certa altura do trajeto no Guaíba. E deixou uma mensagem de prosperidade ao novo clube de vela.

Blaquier (3ª a esq.) junto com os associados na sede recém construída do Veleiros do Sul

A revista argentina Neptunia, de abril de 1936, publicou um diário de bordo do veleiro Martha, do Yacht Club Argentino, de Buenos Aires até Porto Alegre, ficando também ancorado no Veleiros do Sul. O seu comandante Júlio Sieburger, com sua esposa, dois filhos e um marinheiro realizou a viagem em janeiro de 1936. O curioso que não encontramos nenhum registro no Clube sobre essa visita. O comandante Julio descreveu seu roteiro desde sua saída da Argentina, a passagem pelo Uruguai e a entrada em Rio Grande. Ele fundeou

em diversos pontos da Lagoa dos Patos. A tripulação do Martha foi muita bem recebida pelos sócios do Veleiros do Sul ao chegar na doca do Mercado Público. “Apenas aferramos las velas recibimos a bordo a asociados de la Sociedade Veleiros do Sul que nos llevaron a tierra para cenar con un grupo de ellos. Ya nos habían advertido en Río Grande que cuando llegáramos a Porto Alegre correrían ríos de cerveza.” Eles foram convidados para churrascos, jantares no cassino montado no Parque Farroupilha. E ainda fizeram passeios por bairros de Porto Alegre, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Sieburger também narrou sobre a procissão de Nossa Senhora de Navegantes. A revista El Yacht de maio de 2007 republicou esse diário com fotos de Porto Alegre da época feitas pelo navegador.

O barco argentino fundeado no Saco dos Navegantes em frente ao Veleiros do Sul

O Camaron deixando o cais de Porto Alegre com destino a Rio Grande

Visita do “Martha”

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Os benefícios de investir na Lei de incentivo ao Esporte Conheça os projetos do VDS aprovados no ME

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Ministério do Esporte lançou em outubro a campanha de divulgação da Lei de Incentivo ao Esporte. A ideia é informar os empresários e empresas sobre os benefícios de investir em projetos esportivos aprovados pelo Ministério do Esporte. Regulamentada em 2007, a lei permite que empresas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos nas áreas de rendimento, participação e esporte educacional. O Veleiros do Sul foi primeiro clube náutico do Estado a conseguir aprovar no Ministério do Esporte projetos para busca de incentivo fiscais visando o fortalecimento e estruturação da vela e atualmente tem dois projetos abertos à captação. Pela Lei de Incentivo, as empresas podem destinar até 1% do valor do Imposto de Renda e ainda acumular com investimentos proporcionados por outros dispositivos legais. O teto para pessoas físicas é de 6% do IR. “Em 2011, a Lei de Incentivo ao Esporte captou o maior valor anual desde sua criação: foi aproximadamente R$ 220 milhões destinados aos projetos, o que mostra o potencial de crescimento da lei. O objetivo da campanha é ampliar o alcance da legislação junto aos empresários e apresentar as facilidades do processo e os seus benefícios”, afirmou o assessor de Incentivo e Fomento ao Esporte, Paulo Vieira, ressaltando que o país vive a década do esporte e que é importante para os empresários conhecer projetos nos quais possam investir. O número de empresas que investem no esporte por meio da lei só aumenta. As 1.503 empresas de 2011 são mais que o dobro de 2009 (645). Em 2010, 1.226 empresas patrocinaram projetos da Lei de Incentivo; em 2007, foram 54. As entidades que apresentam projetos e conseguem captar os recursos disponibilizados por ela ainda dobraram nos últimos dois anos. Em 2011, foram 349; 172 em 2009; e 12 em 2007. 38

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Saiba quais são os projetos do Veleiros do Sul em que a sua empresa pode investir: Título: Treinamento de Alto Nível de Match Race (aprovado na reunião do ME de 09/11/2010) Iniciou em abril de 2012 e vai até maio de 2013. Estão participando 30 atletas utilizando 6 barcos Elliot 6m. Prazo para captação: até 31/12/2012 Processo: 58701.004204/2010-82 Proponente: Veleiros do Sul Associação Náutica Desportiva Título: Match Race Veleiros do Sul Dados Bancários: Banco do Brasil Agência nº: 2822 DV: 3 Conta Corrente (Bloqueada) Vinculada nº 27166-7 Quem está investindo: Marcopolo, Banrisul, Ritter Alimentos, Empresas Randon, Borrachas Vipal Falta captar: R$ 325.854,29 Título: Vela Olímpica Veleiros do Sul (aprovado na reunião do ME de 06/12/2011) Projeto de dois anos de execução com a finalidade de treinar atletas na vela olímpica visando os Jogos olímpicos de 2016. Prazo para captação: até 31/12/2013 Processo: 58701.001898/2011-87 Proponente: Veleiros do Sul Associação Náutica Desportiva Título: Vela Olímpica Veleiros do Sul CNPJ: 92.948.785/0001-47 Cidade: Porto Alegre - UF: RS Dados Bancários: Banco do Brasil Agência nº 2822 DV: 3 Conta Corrente (Bloqueada) Vinculada nº 28011-9 Quem está investindo: Borrachas Vipal Falta Captar: R$ 1.706.791,97


YachtBrasil projeta crescimento acelerado e com nova estratégia

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YachtBrasil MotorBoats em conjunto com sua rede autorizada em todo país, aprovou no mês de outubro, um novo conceito de atuação nacional para o mercado náutico. “Nosso trabalho que antes focava o produto e as marcas representadas, agora passa a focar o cliente e seus desejos. O mercado náutico brasileiro vem crescendo em bom ritmo, e aproveitaremos o momento para apresentar mais opções para nossos clientes.”, esclarece, Giovanni Luigi, CEO da YachtBrasil. Dando início a esta nova estratégia de expansão, passam agora a fazer parte da rede de empresas licenciadas, as empresas YachtLine e YachtColletion, que atuam nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, e que passarão a representar agora, a marca Princess Yachts em suas regiões. O Brasil vive um bom momento econômico e entendemos que além das marcas que a YachtBrasil representa, a YachtLine e a YachtCollection agregarão muito mais valor à rede com suas opções.

“Novos estaleiros nacionais e internacionais e novas empresas licenciadas em todo país farão parte desta nova estratégia”, completa Luigi. Seguindo com o projeto de expansão, a YachtBrasil Serviços, única rede organizada de Assistência Técnica no país, com 10 pontos de atendimento entre próprios e credenciados, passará a atender além dos barcos da linha Azimut Yachts e Sea Ray Boats, os barcos da linha Princess Yachts, Cabo Yachts, SACS Marine, entre outros, permitindo que seus clientes recebam atendimento capacitado para diferentes modelos de embarcações, por equipe treinada nos próprios fabricantes; passando a contar com este beneficio nos diversos pontos de atendimento da YachtBrasil na costa Brasileira. Para expansão da oferta do mercado de lanchas usadas, a YachtBrasil que mantém a liderança em vendas de lanchas acima de 40 pés, abrirá espaço para lanchas menores através do seu site de usados, que já se tornou a maior ferramenta de vendas do mercado náutico

brasileiro, e que futuramente, permitirá a divulgação de ofertas de produtos dos demais brokers e agentes do mercado. Com marcas internacionais de grande prestígio e reconhecimento mundial, a YACHTBRASIL mantém representações das linhas Azimut-Grande, Benetti Yachts e Atlantis* do grupo Azimut Yachts, as marcas Sea Ray Boats e Cabo Yachts do grupo americano Brunswick, bem como toda linha de Maxi-Boats do estaleiro italiano SACS Marine. A YachtBrasil mantém sua posição de liderança em vendas e assistência aos seus clientes. “Em recente pesquisa com nossos clientes, identificamos que mais de 80% adquiriram seu segundo ou terceiro barco com a nossa rede, independente da marca, e isso é o reconhecimento fiel do mercado com relação à confiança em nossos projetos, seja na nossa forma de comercialização, seja em nosso atendimento exclusivo e personalizado ao longo dos anos”, finaliza Giovanni Luigi.

Lancheiros realizam passeios pelo Delta do Jacuí

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turma de lancha está cada vez maior e mais animada, organizando encontros e passeios divertidos. O diretor de Sede e Porto do Clube, Luiz Vinícius Malmann de Magalhães conta como foi um desses encontros. “No final de semana de 2 de setembro reunimos uma grande turma na Ilha do Laje, Rio Jacuí, na popularmente conhecida como “Prainha do Jacuí”. Na oportunidade, curtimos boa gastronomia, incluindo camarão e churrasco, tudo regado a cerveja bem gelada. Ao fim do dia, acompanhamos um lindo pôr-do-sol e a lua cheia

Encontros têm atraído cada vez mais motonautas

surgindo sobre a ilha. Praia? Litoral? Trânsito? Não. Esta é a nossa praia! Muito melhor, pois que a bordo de nossos barcos e na companhia de bons amigos com os mesmos interesses. Navegar é ser feliz!”

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Foto: Matias Capizzano

Gabriel surpreende no Norte-Americano de Optimist

As regatas foram disputadas no lago Avándaro, no México

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velejador da flotilha Minuano, Gabriel Lopes, 11 anos, marcou de maneira expressiva sua estréia em eventos internacionais. Ele integrou a equipe brasileira no Campeonato Norte-Americano de Optimist, realizado de 20 a 28 de outubro em Valle de Bravo, 156 km da Cidade do México. Gabriel foi o melhor brasileiro classificado na competição ao terminar em 13º lugar na classificação geral. E foi vice-campeão por equipe da Copa das Nações no Campeonato Norte-Americano de Optimist. Os brasileiros perderam na final para o Chile por 2 a 0. A equipe Brasil 1era formada por Gabriel Lopes, Lucas Faria, Pedro Correa e Iagor Simões. As equipes da América do Norte, Canadá, México e Estados Unidos, competiram pelo Campeonato

Trio do VDS: Cássio, Gabriel e Geison


certo. Obteve bom desempenho para sua primeira vez em competição desse nível e obteve uma boa média de resultados, inclusive com uma vitória, lhe garantiu o bom desempenho no Norte-Americano. Acho que o trabalho técnico está direcionado corretamente. O Gabriel é dedicado estamos confiantes no seu futuro na Optimist, pois ele ainda tem quatro anos na classe,” avalia Geison Mendes. Além dos velejadores a delegação brasileira foi acompanhada pelos técnicos, Geison Mendes (RS), Átila Pelin (RS) e Filipe Novello (RS) e Team Leader: Cássio Lutz do Canto, do Veleiros do Sul. Foto: Matias Capizzano

Norte-Americano de Equipes e os países convidados pela Copa das Nações. A equipe USA 1 ganhou o Norte-Americano. Segundo o técnico Geison Mendes, que também pertence ao Veleiros do Sul, o campeonato estava bem organizado e ofereceu estrutura completa aos velejadores. Ele também ressaltou o comportamento da equipe brasileira no evento. “Apesar de ser um grupo grande, formado por 22 velejadores, foi tranqüilo para mantê-los coesos. Eles foram solidários com os companheiros e havia ajuda mútua. Isso foi muito legal”, conta o técnico. “Já o Gabriel mostrou que está no caminho

Gabriel na Equipe Brasil 1 recebendo o prêmio de vice-campeão

Velejaço Noturno voltou a raia

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Velejaço Noturno – Wet Wednesday voltou em setembro para a sua segunda temporada de 2012. A última edição foi no dia 24 de outubro e apenas os barcos Madrugada, de Niels Rump, e o Sapeca, de Walther Bromberg cruzaram a linha de chegada. Eles mereceram o troféu perseverança, pois os demais competidores, nove no total, não agüentaram a calmaria e desistiram da regata. Em novembro tem mais, será no dia 28 com largada às 20 horas e em dezembro, dia 19, às 20 horas. Todos na raia!

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COMPETIÇÕES

Supremacia no Estadual de Laser

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Campeonato Estadual da classe Laser foi realizado de 12 a 14 de outubro na cidade de Rio Grande. Entre os participantes a maior flotilha foi a do Veleiros do Sul, com 18 barcos, e também conquistou os títulos do Estadual na classificação geral e nas categorias. Na classe Laser Standard o campeão foi o velejador André Streppel. Na Laser Radial, André Passow e na 4.7, Mariana Teixeira. O Veleiros do Sul ainda conquistou os títulos nas categorias da standard: Pré-master com Gustavo Zipperer; Máster, Roberto Bortolaso; e Júnior, Philipp Grochtmann. Radial: Pré-Master, Rafael Malinski; Júnior, Antônio Cavalcanti; e Feminino, Júlia Silva. Os ventos foram fortes do quadrante nordeste com rajadas acima de 30 nós, No total foram disputadas cinco regatas. As largadas contaram com mais de 30 barcos nas águas da Lagoa dos Patos, na raia da Marambaia. O evento foi uma parceria entre o Rio Grande Yacht Club e a Guarderia Windplace com apoio da Reparmar e VBR Logística.

André Streppel, campeão da classe Standard

André Passow, campeão da classe Radial

CLASSIFICAÇÃO FINAL Standard 1° André Streppel (VDS), 2° João Hackrott (YCSA), 3° Lucas Ostergren (VDS), 4° Philipp Grochtmann (VDS) e 5° Roberto Bortolaso (VDS) Radial 1° André Passow (VDS), 2° Henrique Dias (VDS), 3° Antônio Cavalcante (VDS), 4° Julia Silva (VDS) e 5° Rodolfo Streibel (VDS) Laser 4.7 1° Mariana Teixeira (VDS) e 2° Lucas Rocha (VDS)

Flotilha Minuano no Sul-Brasileiro de Optimist

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Foto: Alexandre Mueller

34º Campeonato Sul-Brasileiro da Classe Optimist ocorreu de 6 a 9 de setembro no Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha. A flotilha Minuano do VDS participou com cinco velejadores. A classificação na classe veteranos foi: 11º Gabriel Lopes, 13º Tiago Quevedo, 21º Erik Hoffmann e 25º Ana Paula Lutz do Canto. O campeão foi Pedro Zonta e em vice Philipp Rump. Na classe Estreante o VDS ficou em terceiro na geral com Nicolas Mueller que ganhou o título de campeão mirim. O vencedor foi João Luka More.

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COMPETIÇÕES

Estadual de Optimist ocorreu no VDS

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Campeonato Estadual da classe Optimist encerrou no Veleiros do Sul após três dias de muita competição na raia do Cristal. Na classe veteranos o campeão foi Philipp Rump que venceu sete das oito regatas realizadas entre os dias 12 e 14 de setembro. Na vice-colocação ficou Marcelo Galicchio em terceiro Thiago Ribas Splettstosser. Na classe estreantes o campeão foi Lorenzo Bernd, seguido de João Luka More e em terceiro Nicolas Mueller, (1º lugar na cat. mirim). Na estreantes foram disputadas seis regatas. O Campeonato começou com vento forte, com rajadas de até 25 nós. No último dia foi mais brando com vento médio de 9 nós. A direção variou de noroeste, leste e sul. Participaram no total 34 timoneiros.

Campeões gaúchos de Soling e Hobie Cat 16

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s Campeonatos Estaduais das classes Hobie Cat 16 e Soling encerraram no feriadão da Independência, em setembro. As tripulações do Veleiros do Sul foram as campeãs nas duas classes. Na Hobie Cat 16 os

Mais um título para os irmãos Pinto Ribeiro

vencedores foi a dupla Gustavo Lis e Cláudia Welter e na Soling, George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Pinto Ribeiro. Na vice-colocação ficaram Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard.

No final da tarde de domingo, dia 9, a Federação de Vela do Estado do RS realizou a premiação, com um choripan oferecido pelo Veleiros do Sul no quiosque Pôr-do-sol, que homenageia o ex-Comodoro Bruno Richter.

Cláudia e Gustavo, campeões gaúchos de HC16 O MINUANO

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COMPETIÇÕES

Crioula foi o brasileiro melhor colocado no Sul-Americano da S40 Foto: Matias Capizzano

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veleiro Crioula, do Veleiros do Sul, terminou em quarto lugar no Campeonato Sul-Americano da classe Soto 40 que encerrou em setembro em Buenos Aires. Na etapa final, o único representante brasileiro ficou em quinto lugar. Sua melhor classificação entre as oito regatas realizadas no Rio da Prata foi a segunda colocação na última prova. O título do Sul-Americano de S40 ficou com o barco chileno Pisco Sur, de Bernardo Matte, na vice-colocação o Patagônia, de Norberto Alvarez Vitale, da Argentina. Em terceiro o Macaco Claro, de Gag Von Appen, do Chile que ganhou a etapa final em Buenos Aires. O Crioula, sob o comando do tático Samuel Albrecht, correu todas as cinco etapas do Sul-Americano: Algarrobo e Concon, no Chile, Ilhabela e Búzios, no Brasil, e por último em Buenos Aires, Argentina. O Crioula teve a bordo os velejadores: Samuel Albrecht, Guilherme Fasolo, Eduardo Plass, Re-

Crioula na etapa final em Buenos Aires

nato Plass, Fabrício Streppel, George Nehm, Alexandre Rosa, Bruni Zirilli e Diego Garay. A meta do comandante do Crioula para a última etapa era tentar subir na classificação geral no Sul-Americano,

mas não conseguiu e manteve a mesma posição antes de Buenos Aires. “Nossa prioridade é nos concentrarmos nos treinos até o fim do ano visando nosso grande objetivo que será o Mundial da classe em janeiro de 2013, no Chile.

Veleiros do Sul foi campeão do Troféu Cayru

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C’est la vie comemora a conquista de mais um troféu

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om cinco títulos conquistados o Veleiros do Sul tornou-se o campeão do 17º Troféu Cayru da classe Oceano, realizado nos dias 20 e 21 de outubro pelo Clube dos Jangadeiros. O barco C’est la vie, de Henrique Dias, foi o grande vitorioso da classe RGS. O Taz, do comandante Augusto Moreira, ficou com o título da classe RGS B. Na J/24 deu o Tango, de Boris Ostergren, e na HPE 25, o ganhador foi o REX, de André Gick.


COMPETIÇÕES

Sul-Brasileiro de Snipe foi na Lagoa dos Esteves

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s duplas Henrique Dias e Vilnei Goldmeier, Carlos H. Hofstaetter e Fernanda de Araujo participaram do 42º Campeonato Sul-Brasileiro de Snipe, realizado entre os dias 7 e 9 de setembro na Lagoa dos Esteves em Içara, Santa Catarina. Henrique e Vilnei terminaram na quinta colocação, enquanto Carlos e Fernanda ficaram em 13º. A dupla Mario Tinoco e Gabriel Borges (CRG) venceram a disputa, seguidos por Rafael Gagliotti e Henrique Gomes (ICS) em segundo e Alex Juk e Piero Furlan ficaram na terceira colocação (ICSC). Venceram as categorias Master — Roberto Capella e Wallace Lobo Jr; Misto — Alexandre Back e Jacqueline Back e Junior — Diego Montautti e Luca Mazzaferro, todos da Flotilha 555, de Florianópolis.

Dupla vice-campeã do SulCat

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ustavo Lis e Cláudia Welter, do Veleiros do Sul foram os vice-campeões do Sul-Brasileiro da classe Hobie Cat 16 disputado nos dias 7 e 8 de setembro na raia da Pedra Redonda em Porto Alegre. Os vencedores foram Mário Dubeux e Karoline Bauermann, (CDJ). Ricardo Lis e Bryan Matthew (VDS) ficaram com os títulos das categorias júnior e estreante. O campeonato teve no total 10 regatas realizadas. Os demais resultados das equipes do VDS: 4º Adriano de Bernardi Schneider / Michele Oliveira, 6º Eduardo Ekman / Francisco Ekman (Gran Master), 8º Luis Antonio M. Schneider / João Francisco Lanfredi e 9º Ricardo Lis / Bryan Matthew (Junior/Estrante).

Gustavo e Cláudia ficaram em segundo lugar

Ricardo e Bryan, 1º lugar Junior O MINUANO

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PATRIMÔNIO

Autoatendimento Web Churrasqueiras do Quiosque do Mato

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eleiros do Sul começou a operar desde setembro a segunda fase do sistema de gestão informatizado na qual faz parte o módulo Web do sistema Elite. Os associados contam com serviço online em nosso site www.vds.com.br, através do ícone de autoatendimento. O acesso está disponível por meio de uma senha enviada a todos os associados, bem como do seu número de matricula. Esta senha é gerada pelo próprio sistema, portanto é confidencial. É importante que os associados atualizem o seu e-mail pelo adm@vds.com.br , pois sem a atualização não será possível o acesso ao serviço. Por enquanto o acesso no site está disponível somente no horário de expediente, de terça-feira a domingo, e também nos feriados, quando os servidores do clube estão ligados. Pelo autoatendimento o associado pode conferir a sua situação financeira atualizada, o seu cadastro, fazer alteração da senha, emitir segunda via de boleto bancário e também fazer reserva online de áreas sociais (inicialmente apenas a Vento Sul). Neste caso, será necessário preencher a lista nominal dos convidados no momento da reserva, facilitando a conferência, bem como o controle da segurança.

Canhões Navais

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s canhões navais junto ao busto do Almirante Tamandaré passaram por uma reforma, sendo feita pintura e novas bases de madeira. Os canhões são peças históricas, alguns foram recuperados de naufrágios e doados ao Clube pela Marinha brasileira. 46

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freqüência de associados nas áreas de lazer do Clube vem aumentando nos últimos tempos. Devido a esta procura a Comodoria decidiu reformar e investir em novas churrasqueiras e mesas na área do quiosque do mato, ma área leste. E as partes frontais das churrasqueiras coletivas receberam revestimentos em cerâmica preta porque as antigas estavam deterioradas. Contamos agora com sete churrasqueiras descobertas no mato e seis no quiosque coletivo, todas remodeladas e com novo visual, beneficiando ainda mais os momentos de lazer dos associados no Clube.

Novos flutuantes no trapiche e píer

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trapiche 3 terá um prolongamento de 30 metros para aumentar sua capacidade de vagas. Isso será feito com o acoplamento de dois flutuantes, de 15 metros cada um, que foram construídos no Clube pelo funcionário Roque Moraes e auxiliares, em metal e madeira. Além destes, outro flutuante de 17m50 também já está pronto e ficará píer na área leste do Clube.




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