Honda
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PROGRAMA
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6 Airbags (frontais, laterais e de cortina). Freio de Estacionamento Eletrônico com Função Brake Hold
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Ceará, 155 Central de vendas: 4063.6241 Wenceslau Escobar, 2121 Central de vendas: 4063.6232
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Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal (LIE) permite que patrocínios e doações para a realização de projetos desportivos sejam descontados do imposto de renda devido. A lei prevê que empresas que declaram o imposto de renda pelo lucro real (7% do total das empresas brasileiras - fonte Ministério do Esporte) poderão aplicar até 1% do imposto devido em projetos esportivos. E que pessoas físicas possam descontar, do seu IR a pagar, cerca de 6%. Em 2010, o Veleiros do Sul foi o primeiro clube náutico do Estado a conseguir aprovar projetos no Ministério do Esporte para busca de incentivos fiscais visando o fortalecimento e estruturação da vela.
Projetos em Captação do Veleiros do Sul Título: Projeto Competições Vela Olímpica Veleiros do Sul N° SLIE: 1509695-54 Processo: 58701.002765/2015-51 Valor autorizado para captação: R$ 476.040.52 Período de Captação: 31/12/2018 Objetivo: O projeto visa custear as despesas de logística de atletas do Veleiros do Sul buscando a preparação para a disputa de competições no exterior e no Brasil.
Título: Projeto Flotilha - Veleiros do Sul N° SLIE: 1509888-50 Processo: 58701.003855/2015-60 Valor autorizado para captação: R$ 682.005,30 Período de Captação: 31/12/2018 Objetivo: O projeto visa oferecer estrutura para o desenvolvimento da Vela Jovem do Veleiros do Sul, com foco na Classe Optimist (custeio de logística de viagens e equipe multidisciplinar).
Mais informações em nosso site: http://www.vds.com.br/administrativo/leis-de-incentivo-e-convenios 4
O MINUANO
PALAVRA DO COMODORO
EXPEDIENTE
Prezados Associados Quem navega sabe que para lançar-se ao mar é necessário planejamento e conhecimento para lidar com os imprevistos, pois na vela como na vida, nem tudo é preciso. Assim tivemos que agir em 2017, corrigindo rumos e nos ajustando conforme as condições de vento. E dessa maneira cruzamos firmes pelo ano. A coletânea de fatos dessa travessia está aqui colocada, para registro do que foi feito nas páginas da edição especial da revista O Minuano, que vem em formato de anuário. No planejamento acertamos muita coisa. Os projetos conveniados entre o Veleiros do Sul e o Comitê Brasileiro de Clubes não deixaram dúvidas quanto a sua eficiência no desenvolvimento. Os projetos iniciaram a partir de 2014 e começamos a colher os frutos em 2017. O Veleiros do Sul aumentou consideravelmente o número de alunos na Escola de Vela Minuano e velejadores nas flotilhas tanto no Projeto Formação de Atletas I como na Formação de Vela de Base. Nossa Vela Jovem expandiu-se, tivemos vitórias no Brasileiro Interclubes da Juventude e pela primeira vez nossos representantes foram ao Mundial da Juventude, e em duas classes: Laser Radial e 420. Na Optimist nossa flotilha levou prêmios e se destacou com os velejadores nos campeonatos nacionais e continentais. A CBVela identificou o clube como polo de treinamento da classe 470 nacional. E com isso também atraiu velejadores de outros países, entre os quais da Argentina, Uruguai e Equador. Houveram melhoras significativas no rendimento dos treinamentos e aulas da Escola de Vela, e nos rendimentos em campeonatos pela qualificação dos materiais e equipamentos oferecidos aos nossos velejadores. A aquisição de equipamentos contribuí de forma relevante e efetiva na formação de atletas olímpicos em todas as classes do clube contempladas pelo projeto. Com isso também aumentamos e qualificamos nosso corpo técnico. Na parte Social o número de eventos aumentou e intensificamos a vida da nossa sociedade, ela ficou mais pulsante. Conseguimos atrair mais a frequência dos associados para as festas e encontros no Clube e isso contribuiu para o inter-relacionamento entre novos integrantes do quadro social e os mais antigos. Na parte administrativa tivemos que corrigir rumos com ações de austeridade. Elas permitiram o Clube chegar ao final de ano com superávit. Sem essas medidas praticadas teríamos caído em problemas de difícil solução. Na parte de patrimônio seguimos nosso plano de manutenção com investimentos constantes na estrutura do Clube, sempre na busca de oferecer o melhor para nossos associados. Dirigir uma associação é um desafio permanente, mas ninguém faz nada sozinho, é preciso contar com uma boa tripulação e a serenidade e compreensão de todos na busca do bem maior que é a família Veleiros do Sul. Bons ventos sempre! Eduardo Ribas
Comodoro Eduardo Ribas Vice-Comodoro Esportivo Diego Quevedo Vice-Comodoro Administrativo Renato Poy da Costa Vice-Comodoro Patrimônio André Huyer Vice-Comodoro Social Luiz Gustavo Geyer de Oliveira Prefeito da Ilha Chico Manoel Carlo De Leo Ouvidoria Eduardo Scheidegger Jr. Escola de Vela Minuano Diretor: André Streppel Diretor de Vela de Cruzeiro Gustavo Erle Lís Conselho Deliberativo Presidente Newton Aerts Vice-Presidente Eduardo Scheidegger Jr. Conselho Fiscal Titulares: Frederico Roth, Cícero Hartmann e Flávio Neumann Suplentes: Luiz G. Tarrago de Oliveira, Ricardo Englert e Paulo A. Hennig O Minuano é uma publicação do clube Veleiros do Sul. Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592 Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil CEP: 91.900-420 E-mail: comunicacao@vds.com.br Site: www.vds.com.br
Editor: Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS Foto Capa: Agência Preview Projeto Gráfico e Diagramação: Renato Nunes Barreto Vianna Impressão: Gráfica Pallotti Distribuição: Sócios do VDS, diretorias dos clubes náuticos e marinas do Brasil. Clubes da Argentina, Chile e Uruguai. Março de 2018
Compromisso na construção do amanhã Convênios entre as duas entidades permitiu o salto de qualidade nos equipamentos para o esporte da vela
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O MINUANO
Barcos completos das classes Optimist, Laser, 470 e 420 foram mostrados no pátio
s investimentos aplicados corretamente pelo Veleiros do Sul mostraram a dimensão material dos seus Projetos de Formação de Atleta e Olímpica. E ainda a construção dessa nova base não só para o Clube mas para a vela brasileira. O presidente do Comitê Brasileiro de Clubes Jair Pereira e o Superintendente Técnico da CBC Lars Grael vieram de São Paulo para a Apresentação dos Equipamentos e Materiais adquiridos nos Editais: nº 01 / Convênio nº 04 – R$ 1.502.513,68 e nº 05 / Convênio nº 51 – R$ 1.067.008,04. O total de aquisições com esses recursos foram: 65
barcos da classe Optimist, nove da classe Laser, quatro da classe 420, um da classe 470, nove botes, além de equipamentos de rádios, coletes, entre outros. Jair e Lars foram recebidos no Clube no dia 6 de maio pela Comodoria do VDS liderada por Eduardo Ribas. Também estiveram presentes, o capitão de fragata Amaury Marcial Gomes Júnior, Capitão dos Portos de Porto Alegre, Gelson Tadeu Pires, Diretor de Esportes da Secretaria da Cultura e Esporte do Governo do Estado e representantes dos clubes e entidades de Porto
Em maio de 2017 foi realizada a Cerimônia de abertura do evento teve a participação de dirigentes esportivos, representantes da Marinha e de clubes de Porto Alegre
Alegre: Grêmio Náutico União, Sogipa, Clube dos Jangadeiros, Fevers, Pão dos Pobres e Federaclubes. A programação do evento começou pela manhã com a palestra do Dr. Eduardo de Rose, médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Membro da Comissão Médico e Cientifica do Comitê Olímpico Internacional (COI) e com participação em 16 Olimpíadas. Ele foi apresentado pelo velejador e árbitro internacional de vela Nelson Ilha. O Dr. de Rose falou para uma plateia com cerca de 120 pessoas, inclusive alunos da Escola de Vela Minuano, flotilha Minuano de OP, técnicos e professores. O tema abordado foi uma breve história do doping, o desejo psicológico do homem de maior vigor e força e suas consequências e danos para a saúde do ser humano. Iniciou com relatos da antiga China e Grécia até os dias atuais. Explicou a evolução do doping e os procedimentos do seu controle. “ Acho importante mostrar para as crianças que estão começando na vela um pouco sobre esse assunto”, comentou. O seu relato foi muito interessante e ao finalizar recebeu muitos aplausos. O Veleiros do Sul aderiu à campanha #JOGOLIMPO anti-
dopagem do Ministério do Esporte que é conduzida pela Autoridade Brasileira de Dopagem. A cerimônia de apresentação dos equipamentos foi no pátio onde estavam os barcos montados. Após o hasteamento de bandeiras o Comodoro Eduardo Ribas falou sobre os Projetos Esportivos do Veleiros do Sul.
Dr. Eduardo de Rose fez uma palestra sobre doping no esporte e seu controle. Campanha #JOGOLIMPO O MINUANO
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No final do evento os velejadores saíram com os barcos para uma demonstração na água dos equipamentos adquiridos pelo convênio
“Ficamos contentes por fazer esses recursos chegarem até a ponta, a vela de base e na construção de um futuro que já é presente. Nossa escola não é só vela, mas também busca a formação de cidadãos. Queremos que esses jovens sejam vencedores na vida, além de um dia representarem bem o Brasil nas competições de vela”. O presidente Jair Pereira falou aos presentes sobre as verbas repassadas para os projetos esportivos.
Comodoro Ribas com a equipe da Escola de Vela Minuano 8
O MINUANO
“A CBC conseguiu descentralizar as verbas para que atinjam todos os níveis de atletas. Tudo isso pertence ao Clube e também a vocês, crianças, que hoje estão no início da vida esportiva. Nos orgulhamos de não desperdiçarmos nenhum recurso e contribuirmos para a formação de atletas olímpicos”. O responsável técnico da CBC Lars Grael também se dirigiu aos jovens ao falar das dificuldades enfrentadas no passado pelo esporte da vela e sobre a trajetória do Veleiros do Sul.
O batismo dos barcos das classes 420, 470 e Optimist
Comodoro Eduardo Ribas e o presidente Jair Pereira celebram a parceria VDS e CBC
“Porto Alegre sempre foi um polo da vela nacional. O Veleiros do Sul tem mantido essa tradição neste esporte. Os seus projetos esportivos confirmam isso”. Ele também comparou os tempos atuais com o passado. “Quando eu iniciei na vela as dificuldades eram muitas, tudo dependia da abnegação dos velejadores que não contavam com nenhum apoio governamental. Hoje isso mudou, há uma estrutura e temos grande esperança de vermos vocês representando o Brasil nas principais competições”, disse Lars que conquistou duas medalhas olímpicas para o Brasil. Ao encerramento dos pronunciamentos foram escolhidos um barco de cada classe: 470,
Optimist do projeto da Vela de Base
420, Laser e Optimist para o batismo simbólico da flotilha. Como manda a tradição foi realizada por mulheres. As velejadoras Eduarda Claudino, Júlia Silva, Martina Szabo, Ana Barbachan e a técnica Carol Boening estouraram champanhe e derramaram pelos conveses das embarcações. Em seguida os velejadores pegaram seus barcos e foram para a água. Na área demarcada por boias em frente ao clube fizeram um desfile para os associados e convidados para finalizar o evento. No sábado também era dia do campeonato Sul-brasileiro da classe Soling no VDS. Lars Grael aproveitou antes da largada da competição para dar uma velejada no barco com Manfred Flöricke e Nelson Ilha. Foto: Agência Dhrone
Flotilhas velejam em frente ao Veleiros do Sul
Melhorias significativas na vela O Veleiros do Sul apresentou no início de 2018 um relatório completo à CBC sobre a evolução da vela no clube graças aos Editais: nº 01 / Convênio nº 04 – PROJETO FORMAÇÃO DE ATLETAS I (2014 – 2017) e o de nº 05 / Convênio nº 51 – Projeto Vela de Base (2015 – 2017).
A aquisição de material e equipamentos permitiram o crescimento de velejadores na escola e flotilhas
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s dados computados mostraram um panorama muito positivo no desenvolvimento da vela e confirmou que quando os investimentos chegam realmente até os atletas os resultados aparecem. A formação de atletas da modalidade olímpica, deu um salto por meio da aquisição de barcos, equipamentos e materiais, todos voltados ao desenvolvimento dos atletas, na escola de vela, nos treinamentos e nas competições, com foco em cinco classes: Optimist, 10
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Laser, 420, 470 e Hobie Cat. Foram atendidos e passaram por processo de formação 94 atletas sendo que inicialmente a previsão era de 46 beneficiados. Melhorias significativas no rendimento dos treinamentos e competições foram alcançadas. Resultado disso pode ser constatado no Campeonato Brasileiro Interclubes da Juventude de 2017 quando o Veleiros do Sul foi o campeão nas classes Laser Radial e 420. Houve melhoras significativas no
rendimento dos treinamentos nos resultados das competições pela qualificação dos materiais e equipamentos. Em 2016 o VDS alcançou o título de melhor Estado no Campeonato Brasileiro de Optimist e em 2017 alcançou o título de melhor flotilha no Campeonato Estadual. O Veleiros do Sul realizou uma pesquisa de satisfação entre as pessoas envolvidas diretamente e indiretamente nos convênios. O projeto contribuiu significativamente para a melhoria das
condições de treinamento e competição oferecido aos atletas e pelas condições oferecidas aos técnicos e instrutores com os novos equipamentos. Os resultados da pesquisa apresentada comprovaram o índice de satisfação de atletas, técnicos, instrutores e steackholders (pais e associados) com 99,0% das respostas entre muito bom (78,4%) e bom (20,6%). No Projeto Vela de Base era mais focado na Escola de Vela, e não propriamente nas competições. Melhorias no convívio e na integração social dos alunos/atletas; autoestima dos atletas; capacidades e habilidades motoras dos atletas; das condições de saúde dos atletas e dos profissionais ou esporte envolvidos. A execução deste projeto contribuiu para minimizar e resolver alguns problemas da escola de vela com relação a materiais e equipamentos, resultando num programa de treinamento nos padrões internacionais, com melhorias nos aspectos, técnico, segurança e comunicação. Foi ampliado o número de atletas atendidos na escola de vela pela aquisição de barcos da classe Optimist e seus respectivos equipamentos necessários para velejar, em condições adequadas para treinamento de novos velejadores. Passamos de 33 alunos/atletas para 51 e aumentamos o número de técnicos e instrutores de 4 para 6 técnicos. Objetivo atingido com o número de 51 alunos/atletas foi alcançado como resultado de um trabalho intenso de captação da Escola de Vela. Este aumento na demanda, consequentemente, obrigou o clube a aumentar o número de técnicos e auxiliares. O trabalho desenvolvido fez com que o clube passasse a colher os frutos, com os excelentes resultados conquistados em competições nacionais e internacionais.
A pesquisa de satisfação apontou os seguintes dados resultados no relatório: Melhoria na infraestrutura do clube: Ótima - 81,4% (79); Muito boa - 17,5% (17); Boa - 1% (1); Ruim - 0% (0); Piorou - 0% (0) Melhoria dos serviços, treinamentos e aulas oferecidas: Ótimo - 78,4% (76); Muito bom - 20,6% (20); Bom - 1% (1); Ruim - 0% (0); Piorou - 0% (0) Contribuição na formação do atleta: Muito - 68,8% (66); Médio - 4,2% (4); Pouco - 0% (0); Não aplicável (steackholders) - 27,1% Avaliação geral do desenvolvimento do projeto: Ótimo - 76,3% (74); Muito bom - 22,7% (22); Bom - 1% (1); Ruim - 0% (0); Piorou - 0% (0)
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Um ano muito favorável para a Vela Jovem Pela primeira vez o Veleiros do Sul participou do Mundial da Juventude e estreou em duas classes.
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Fotos: Jesus Renedo/Sailing Energy
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a Laser Radial masculina, Tiago Quevedo terminou na sétima colocação e na classe 420 masculina a dupla André Fiuza e Erik Hoffmann ficou em 11º lugar. A edição de 2017 foi em dezembro em Sanya, na China. O destaque do Brasil na competição foi o Tiago Quevedo, de 17 anos, que ficou sempre entre os primeiros colocados. Venceu uma das regatas, ficou em segundo lugar em outra prova e manteve a tradição de bons resultados do país na classe Laser. “O campeonato teve um nível bem alto e foi um grande aprendizado para mim. Foi muito positivo ficar no top 10 e representar bem meu país. Agora é treinar mais para conseguir me classificar de novo no ano que vem e fazer bonito”, disse o velejador gaúcho que faz parte do Projeto de Formação Olímpíca do Veleiros do Sul/Comitê Brasileiro de Clubes, assim como os representantes da classe 420 masculina. Com uma média de idade relativamente baixa até mesmo para os padrões de um campeonato de Vela Jovem, a delegação brasileira terminou o evento com uma projeção positiva de evolução no futuro. “As condições em Sanya estavam difíceis, com ventos muito rondados. Mais do que o resultado, a experiência de viver um campeonato como esse é muito importante para os atletas jovens. Foi bom para eles terem a dimensão de um evento neste nível, que é uma versão miniatura da competição de vela dos Jogos Olímpicos, com só um barco por país em cada classe”, analisou o técnico Alexandre Saldanha, chefe da Equipe Brasileira na China. Na disputa por países, o Troféu das Nações, o Brasil terminou na 14ª colocação, com 173 pontos.
Tiago foi o destaque brasileiro no Mundial da Juventude
André Fiúza e Erik Hoffmann alcançaram resultado positivo na classe 420 em Sanya
Resultados do Brasil no Mundial da Juventude: Laser Radial masculino – Tiago Quevedo, 7º lugar; Laser Radial feminino – Chistine Reimer, 31º; 420 feminino – Olivia Belda e Marina Arndt, 10º; 420 masculino – André Fiuza e Erik Hoffmann, 11º; RS:X feminino – Larissa Schenker, 11º; RS:X masculino – Daniel Pereira, 16º ; 29er masculino – Breno Kneipp e Ian Palm, 16º; 29er feminino – Helena de Marchi e Nicole Buuck, 14º e Nacra 15 – Carlos Eduardo Lopes e Lucas Urmenyi, 17º
Campeão brasileiro Interclubes da Juventude
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nova geração do Veleiros do Sul mostrou sua força no Campeonato Brasileiro Interclubes da Juventude 2017 realizado em novembro em Porto Alegre. Tiago Quevedo foi o vencedor na classe Laser e Nicolas Mueller ficou com o bronze. O ex-bicampeão de Optimist mostrou seu talento na Laser ao manter a liderança na competição com boa média de resultados, cinco vitórias em oito regatas e poderia até ter dispensado a última prova, pois já estava confirmado como campeão. E Nicolas também apresentou bom desempenho e chegou na segunda posição nas duas últimas regatas. Após o término do campeonato eles foram comemorar com um banho no Guaíba junto com o técnico Philipp Grotchmann. Na classe 420 a dupla Gabriel Lopes/ João Antônio do VDS liderou do começo ao fim e a vitória também veio por antecipação. Letícia da Silva e Joana Ribas ficaram com o bronze empatadas em pontos com os vices- colocados. Os representantes nas classes 420 e Laser pertencem ao Projeto de Formação de Atletas e Olímpica numa parceria entre o VDS e o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).
Tiago Quevedo foi notável no primeiro Interclubes da Juventude
Gabriel e João também venceram por antecipação na 420 O MINUANO
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Destaque na Copa da Juventude 2017 Velejadores do VDS venceram nas classes Laser Radial e 420 e foram ao Mundial da Juventude na China
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Veleiros do Sul conquistou dois títulos na Copa da Juventude realizada pelo Cabanga Iate Clube – Sub Sede de Maria Farinha e CBVela em setembro. Na Laser Radial Tiago Quevedo chegou à vitória com desempenho bem superior aos demais concorrentes. Nem precisou competir na última regata. Ainda na Laser Radial o VDS participou com Francisco Ruschel, 14º, Nicolas Mueller, 17º e João Otávio Antoniazzi Chaves, 28º. Na 420 teve outro resultado consistente com a dupla André Fiuza/Erik Hoffman que sempre se manteve na frente no campeonato. E na quarta colocação com Gabriel Lopes Camargo/ João Antônio Vilela Gring. A Copa da Juventude teve a participação de 75 velejadores de oito estados nos quatro dias de competição. O técnico Juan Sienra falou sobre a conquista do clube em Marinha Farinha. “Depois de dois anos de trabalho no Veleiros do Sul conseguimos um dos maiores objetivos; ser referência na Vela Jovem no Brasil. Pela primeira
Foto: Tsuey Lan Bizzochi/Cabanga Iate Clube de Pernambuco
Nossos jovens velejadores reunidos em Maria Farinha junto com integrantes do Iate Clube de Santa Catarina
vez o clube tem velejadores classificados para o Mundial da Juventude em duas classes. Isto é produto da confiança depositada pela comodoria, esportiva, Escola de Vela Minuano e famílias, incluso todo nosso staff de técnicos do Programa de Formação de Atletas. Esta é uma vitória de toda a equipe,
André Fiuza e Erik Hoffman foram os campeões, Gabriel Lopes Camargo e João Antônio Grings ficaram em terceiro 14
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dos seus atletas que realmente se dedicaram muito. Para mim é um orgulho poder trabalhar com eles”. Todos eles fazem parte do Projeto de Formação de Atletas do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e VDS. Os velejadores foram acompanhados pelos técnicos Juan Sienra e Ricardo Paranhos.
Tiago Quevedo mostrou seu talento na Laser Radial
Bons ventos na Vela Jovem do VDS Formação de novas gerações é necessária para o desenvolvimento da vela
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compromisso do Veleiros do Sul com a política de investimento na vela vem sendo mostrado por meio dos seus projetos de Formação de Atletas em parceria com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e também com a Confederação Brasileira de Vela (CBVela). Em 2017 a classe Optimist e a flotilha de Vela Jovem se fortaleceram ainda mais no Clube com o aumento no número de atletas (14 no total no primeiro semestre) nas classes Laser Radial e 420 e suas participações em campeonatos. O crescimento da vela feminina também tem apresentado resultados positivos. Atualmente o VDS é um Centro de Vela que tem atraído velejadores de outras partes do país. Na Escola de Vela Minuano, a EVM Jovem, o programa de ensino voltado para a base da vela tem forma-
Nova onda de velejadores surgiu em 2017 nas flotilhas do Clube
do velejadores para as classes intermediárias. O objetivo inicial é que tenham um noção em tipos diferenciados de barcos e depois
optem pela classe de maior afinidade e aptidão. O segundo semestre iniciou com uma turma de 16 alunos.
O programa da EVM Jovem provocou o aumento de novos velejadores O MINUANO
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ESCOLA DE VELA MINUANO
Festival de Optimist Evento completou 10 anos de existência em 2017. O nome diz tudo: uma boa mistura de festa e competição que faz parte do calendário da EVM
C
rianças e pais tomaram conta do pátio do Clube para a preparação e montagem dos 65 barcos. E na hora de velejar era quase o dobro de participantes porque a maioria foi de dupla. A regra oficial da classe de idade limite de 15 anos no Festival nunca conta. E isso é uma das características do seu espírito divertido, ver adultos e crianças dividindo o mesmo barquinho em meio aos timoneiros da atual geração da Optimist. O evento foi em maio na área do Hangar 1 e começou às 14 horas com a reunião dos participantes e Comissão Organizadora para a explicação de como seria a regata. Logo após todos seguiram até a rampa central para entrarem com na água. A raia foi montada em frente ao VDS na baía do Cristal. Teve duas pernas e montagem das boias de contravento próximas ao píer do antigo estaleiro e chegada próximo ao farol do Clube. Leonardo Caminha da flotilha Minuano cruzou em primeiro a linha de chegada. O vento foi de intensidade fraca à média e de direção leste.
Na raia havia muitas duplas formadas por amigos, irmãos, pais e filhos. Para alguns foi o momento de voltar infância dos tempos do Optimist, para outros uma experiência inusitada, ou simplesmente pelo prazer de velejar. Ao término da regata os velejadores foram recepcionados por dois super-heróis: Homem de Ferro e Capitão América, encarregados de distribuírem as medalhas de participação. No final teve a premiação do Festival na classificação geral e por categorias com a presença da Musa do Veleiros do Sul Aline Ilha Scheidegger. O Diretor da Escola de Vela Minuano André Streppel, mentor do Festival, comentou que o evento busca essa relação entre recreação e regata. “Completamos 10 anos desde a primeira edição e o seu ideal se mantém, deixar de lado um pouco a competição para as crianças se divertirem na água acompanhados de seus familiares. Amizade, companheirismo e solidariedade, isso também ensinamos na escola”.
Fotos: Agência Preview
Uma regata divertida para todos
Da orla do Clube podia-se acompanhar a flotilha de Optimist na raia
O evento contou com forte participação das famílias O MINUANO
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Movimentação na rampa na hora de ir para a água
Turminha com os super-heróis
Momento final reuniu os participantes do Festival 18
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Reunião antes da regata
Aulas de vela e lições para toda vida No encerramento do primeiro semestre do ano teve a cerimônia de formatura marcada pela alegria e espírito de equipe entre professores e alunos.
O
salão social ficou lotado com a presença dos pais e familiares dos alunos, professores e associados. O diretor da EVM André Streppel leu uma mensagem muito positiva que comparava o movimento do barco com seus ajustes de vela ao vento à vida das pessoas”, pois educar é também mover a si mesmo. - Crianças, saibam de uma coisa: ninguém espera que vocês ganhem campeonatos. Aliás, se quiserem ganhar a dica é fácil: treine mais que os outros. O que esperamos de vocês é apenas que deem o melhor de si naquilo que decidirem fazer. Façam com coragem, confiança e sem medo
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de errar. Uma coisa é certa: os erros vão acontecer. Mas a frustração é estruturante. E finalizou dizendo que “a escola de vela termina, mas a escola da vela seguirá sempre em diante com eles” O evento de formatura teve a apresentação especial do cantor mirim Luís Seidel, semifinalista do The Voice Kids, que acompanhado por violão cantou o Hino Nacional. O comodoro Eduardo Ribas também falou aos presentes e externou seu orgulhoso de ver esse momento atual da Escola de Vela Minuano.- O que
acontece hoje aqui vejo com alegria, a rampa do clube cheia de Optimist e por isso é importante destacar esse ato. Somos o Clube com maior escola de vela atualmente do país, fato reconhecido pelo presidente Marco Aurélio da CBVela. Temos mais de 80 crianças na escola e isso nos dá orgulho. Mas devemos nos lembrar que quem navega sabe que sempre há ajustes a fazer no barco. Após a fala do Comodoro Eduardo foram feitas as entregas dos certificados dos Cursos de Optimist dos níveis Branco, Amarelo e Verde com
o total de 41 crianças formadas e 11 alunos da Vela Jovem. O diretor da EVM chamou os professores antes de cada entrega para falarem um pouco de como foi o início deles na vela. Um vídeo com uma mensagem da técnica de vela gaúcha Martha Rocha, atualmente radicada no Rio de Janeiro, dirigido aos formandos foi exibido durante o ato. Martinha, como é conhecida por todos, foi pentacampeã de Optimist e um exemplo de vida ligada ao esporte da vela. No final da formatura alunos e professores se reuniram para uma foto.
Professores da EVM Optimist Branco: Marcelino Rodrigues Moreira, Amanda Rodrigues e Guilherme M. Autran de Morais Amarelo: Manuela Barbachan - Verde: Laís Gliesch Silva e Thiago Ribas - Vela Jovem I: Ricardo Titoff
Alunos e treinadores do nível Branco
Turma do nível Amarelo
Formandos da Vela Jovem
Nível Verde
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2º Intercâmbio escolas de vela VDS e YCPE
O
2º Intercâmbio Veleiros do Sul - Yacht Club Punta del Este foi mais uma oportunidade de troca de experiências, convivência e amizade entre crianças da classe Optimist dos dois países. O evento realizado em maio foi durante três dias e apesar do mau tempo em Porto Alegre, com chuvas intensas, os velejadores treinaram juntos e no último dia teve uma série de três regatas. Na parte teórica elas também aprenderam termos de manobras na vela em espanhol e português. No final do Intercâmbio houve a entrega dos certificados e medalhas de participação, além da premiação aos cinco primeiros da série de regatas. O Comodoro Eduardo Ribas do Veleiros do Sul falou aos times brasileiro e uruguaio e aos pais sobre o fortalecimento desse intercâmbio, do aprendizado mútuo e da importância no conjunto da classe Optimist sul-americana. O team líder e técnico Heber Ansorena
Treinos, regatas e amizade uniram as crianças brasileiras e uruguaias
Mussio do YCPE disse que aproximar as crianças dos países é muito saudável e na parte técnica ambos trabalhos se assemelham. Os participantes do intercâmbio também tiveram momentos de confraternização e os uruguaios conheceram o Museu de Ciência da PUC.
Amyr e Marina Klink conversaram com as crianças da EVM e flotilha de OP
Casal Klink reunido com a gurizada no Clube
O Veleiros do Sul teve 21 velejadores dos níveis Verde, Laranja e Azul da Escola de Vela Minuano e flotilha de OP e do YCPE 12, além dos sete técnicos dos dois clubes. O próximo intercâmbio ficou marcado para novembro em Punta.
O Veleiros do Sul recebeu a visita do navegador e a fotógrafa ambiental Amyr e Marina Klink que estiveram na Capital gaúcha para uma conferência sobre Educação na Virada Sustentável Porto Alegre 2017. Amyr e Marina participaram no Clube de um encontro com alunos da Escola de Vela Minuano e velejadores da flotilha de Optimist. Amyr Klink falou sobre suas primeiras travessias oceânicas, projetos de barcos e qualificou como um dos seus maiores desafios, navegar para a Antártica com suas três filhas pequenas e amigas. E contou vários episódios engraçados envolvendo as meninas, a navegação entre o gelo, vida no mar e disciplina. Marina contou como foi sua entrada e das filhas nas aventuras pelos mares antárticos, que já somam oito viagens. Mostrou o livro Férias na Antártica, escrito pelas filhas Laura, Tamara e Marininha, que foi uma espécie de Diário de Bordo da família Klink na visão delas. No final do encontro as crianças fizeram perguntas para o casal.
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Novos tempos, novos horizontes O Centro Cultural Engenho Santo Antônio requalificará uma área central à beira do Guaíba em Barra do Ribeiro e abrigará a subsede do Veleiros do Sul no lado Oeste do rio
O projeto terá uma intervenção paisagística contemporânea, mas leva em consideração o contexto urbano e histórico do antigo engenho de arroz com mais de 7 mil m² de área bruta
A
o falar sobre o projeto no ato de assinatura do protocolo de intenções para a constituição do Centro Cultural celebrado em fevereiro o comodoro Eduardo Ribas mostrou a abrangência do projeto que visa o desenvolvimento turístico, econômico, cultural e social do município. Ele contou aos presentes que ao ser chamado pela Administração da Barra do Ribeiro para oferecer uma área para a construção de uma subsede do Clube na margem oeste do Guaíba, a sua visão de arquiteto imaginou algo maior. - Durante a visita na cidade conheci o antigo prédio do Engenho Santo Antônio desativado à beira do Guaíba. Então 22
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percebi que poderíamos fazer algo não só para o Veleiros do Sul, mas um empreendimento de impacto para toda a população. Assim idealizamos o Centro Cultural que contará com uma escola profissionalizante, comércio, e serviços, que certamente dará outra dinâmica a cidade e revitalizará uma parte do seu centro que estava sem uso. O Comodoro Ribas também ressaltou que para isso foi necessário buscar os parceiros certos na iniciativa privada e nos agentes públicos e de imediato compreenderam que o projeto é voltado para toda a comunidade. O prefeito Jair Machado classificou como um momento importante na história da Barra
do Ribeiro e de seus ideais na busca de um mundo melhor. O empreendimento terá um pequeno shopping, teatro, espaço para promoção de atrações artístico-culturais, turismo e escola profissionalizante e uma marina que será a subsede do Veleiros do Sul. O representante das famílias proprietárias da área do Engenho Santo Antônio, José Terra Lopes comentou sobre a transformação do engenho num Centro de Cultura que irá irradiar benefícios para a população da Barra e da satisfação de estarem juntos nessa parceria. O Diretor da CMPC Celulose Riograndense, Valter Lídio Nunes destacou a futura escola de ensino profis-
Comodoro Ribas com o protocolo de intenções. O evento de assinatura foi na Fábrica de Gaiteiros do Instituto Renato Borghetti.
sionalizante no Centro Cultural como fator de desenvolvimento social e integrada à visão adotada pela empresa, assim como em outros projetos sociais onde estão presentes. No evento ainda falaram os deputados Lucas Redecker (PSDB), Catarina Paladini (PSB), Tiago Simon (PMDB), o comandante da Capitania Fluvial de Porto Alegre, Capitão de Mar-e-Guerra Amaury Marcial Gomes Jr., O Direto de Operações da Catsul – Travessia do Guaíba, Luis D. Bolzam e o Diretor Regional do Ministério da Cultura Álvaro Franco.
O empreendimento tem forte potencial econômico para toda a região e será autossustentável.
Nos prédios do Engenho Santo Antônio foi realizado um ato simbólico com o empilhamento de tijolos que representou a união na construção social do município
Comodoria do VDS e associados, Prefeito e Vice-prefeito da Barra, vereadores, empresários, deputados estaduais, autoridades Militares e do Ministério da Cultura O MINUANO
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Primeiro passeio VDS - Barra do Ribeiro
Sede do antigo Engenho Santo Antônio se distingue na paisagem da orla da Barra
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avegada Veleiros do Sul – Barra do Ribeiro ocorreu no dia 15 de julho, um sábado de sol e vento norte. Os barcos saíram por volta das 10 horas do Clube em direção ao munícipio da costa Oeste do Guaíba, cerca de 14,5 milhas de distância. O primeiro veleiro a chegar foi o Feliz Navegante, seguido por Saint Vincent, Goofy e Fun 4. Os veleiros ficaram fundeados próximos à praia em frente a Fábrica de Gaiteiros, do Instituto Renato Borghetti e o desembarque das tripulações foram feitos por meio de botes do Clube. O dia agradável levou muitos moradores até a orla, onde também teve um passeio de caiaques da Associação de Canoagem e Preservação Biguá. O grupo do Clube almoçou no restaurante Caçarola. O vice-prefeito Carlinhos Salomon compareceu ao local para dar as boas-vindas à comodoria do VDS. 24
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A Navegada até a Barra do Ribeiro foi o primeiro passeio para incentivar os associados do Clube a participarem de outros encontros e conhecerem o município que abrigará a futura subsede do Clube no projeto Centro Cultural Engenho Santo Antônio que está sendo
capitaneado pelo Veleiros do Sul. “Hoje fizemos essa primeira Navegada e posteriormente ocorrerão outras (sai fora). “Nossa contribuição na vida Barra do Ribeiro aumentará o seu potencial turístico e náutico”, comentou o Comodoro Ribas.
Comodoria, associados do VDS e representantes do Governo Municipal divulgam a revitalização do Engenho Santo Antônio
De Dingue de Porto Alegre até o Uruguai A navegação foi pelas lagoas costeiras do RS até o país vizinho
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velejador e técnico de Kitesurf Gustavo Santos realizou a Expedição Águas de Interior Rumo ao Sul neste ano. Ele navegou num veleiro da classe Dingue, em torno de 4 m de comprimento, pelo Guaíba, Lagoa dos Patos, Canal São Gonçalo, e Lagoa Mirim, tendo como destino final Jaguarão na fronteira com o Uruguai. O Veleiros do Sul emprestou o pequeno veleiro para Gustavo realizar a expedição pelas lagoas e ele também teve o apoio de empresas. Temporais, calmarias, capotadas e outros acidentes sem maiores consequências fizeram parte da viagem. Mas também descobertas pessoais sobre a costa da Lagoa dos Patos e sua natureza, ainda pouco conhecida da população. E locais conhecidos com seus rastros acumulados de lixo deixado pelos frequentadores. Além da natureza, Gustavo também se encantou com os tipos humanos encontrados em suas paradas e acampamentos ao longo das costas das lagoas. A Expedição Águas de Interior teve seu papel científico. Gustavo coletou várias amostras de água que foram passadas para o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS para análise técnica da qualidade das águas das lagoas. Ele realizou um bate-papo com associados e convidados em maio no mezanino do salão do Veleiros do Sul. Compareceram 46 pessoas para ouvir os relatos sobre a Expedição e também contou com a participação de representantes do IPH. Como disse Gustavo, “essa aventura foi algo maravilhoso que só a vela pode proporcionar”. A Expedição terá seus relatos transformados em vídeo e livros.
Com o Dingue Aventureiro I, Gustavo navegou centenas de milhas pelas águas interiores
Palestra do Gustavo no Clube
Uma pausa na ilha da Feitoria O MINUANO
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QUEIJOS & VINHOS
Noite de festa e muito sabor Da gastronomia à musica, tudo no Queijos e Vinhos do Veleiros do Sul mandou bem
Banda DeClassic fez uma apresentação musical de ritmos dançantes que contagiou todas as pessoas
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esas de queijos em grande variedade, salames, jamone, frutas e pães, bufê de massas e sobremesas deram o requinte ao jantar preparado pela Barcelos Gastronomia. Mas os Queijos e Vinhos também foi muita energia e alegria. A noite festiva iniciou com o Jantar tendo como anfitriões na entrada do Salão Social o Comodoro Eduardo Ribas e esposa Carla e o casal da vice-comodoria Social Gustavo Geyer e Karina. A edição desse ano apresentou um novo redimensionamento do ambiente, contou com decoração sóbria e arranjos
Ilhas decoradas com variedade de queijos e frios e massas foram colocadas pelo salão e mezanino 26
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de flores que deram um toque especial no salão. No jantar compareceram 260 pessoas entre associados e convidados. O clube também disponibilizou um acantonamento para os pais deixarem suas crianças durante a festa. Os Queijos e Vinhos contou com sorteios de brindes fornecidos pelas empresas parceiras da festa: Vinhos do Mundo, cinco garrafas de vinhos, Salamanca Jamones Serranos uma cesta de produtos, Alisson Sales Hair Stylist, cupons para o Dia de Beleza, Rockfeller curso de Inglês um cupom e Pousada Bahia INN, vouchers para hospedagem de casal em Morro São Paulo. O sorteio teve a participação de Aline Ilha Scheidegger representante do VDS no Concurso Musa dos Clubes Sociais do Brasil da Fenaclubes, em maio em Campinas. O comodoro Eduardo Ribas também agradeceu aos patrocinadores dos Queijos e Vinhos: Kaizen RS, Clave Incorporações, Maiojama, Melnick Even e Smart Arquitetura. A atração musical da noite foi com a Banda DeClassic. Numa apresentação contagiante com hits de sucesso e clássicos do pop internacional levou todos para dançar. Os músicos da banda também interagiram com as pessoas na pista proporcionando um clima de festa bem descontraída e alegre. E na continuação entrou em ação o DJ Jeferson Dutra, que manteve o mesmo entusiasmo nos presentes. Um espelho mágico de tirar fotos também fez a diversão na festa que avançou pela madrugada.
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SOCIAL
1977, o ano que não foi esquecido O 7º Jantar Barvalento foi uma noite de encontros, doces sentimentos e reverência aos velejadores Boris Ostergren e Ernesto Neugebauer
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Comodoria e homenageados reviveram as lembranças do Mundial de Snipe em Copenhague
comemoração pelos 40 anos da conquista do título mundial da classe Snipe de 1977 em Copenhague foi na noite de 19 de agosto. O comodoro Eduardo Ribas acompanhado dos seus vice-comodoros e esposas abriu a cerimônia e comentou os fatos ligados ao Mundial de Snipe, aos seus desdobramentos e o quanto era emocionante relembrá-los. Ribas também leu um e-mail recebido pelo Clube, que para ele reportava o sentimento dos velejadores em geral: “ Impossibilitado de comparecer ao evento, mando minhas congratulações à dupla de campeões que fizeram história na Vela e inspiraram gerações como a minha”, Lars Grael. Esse era o espírito que uniu a todos na festa. Eduardo “Dudi” Scheidegger Jr., um dos mentores da homenagem, recordou a amizade com Ernesto Neugebauer, ainda bem jovens, e depois a chegada no Clube de Boris Ostergren, já então um homem casado. “ A vitória naquele Mundial fez surgir uma espécie de ídolo que perdurou entre nós”, disse Dudi.
No Jantar Barlavento também foi uma noite da classe Snipe. Presentes estavam os gaúchos Marco Aurélio Paradeda e Michael Weinschenck que também competiram no Mundial de 1977 e ficaram em terceiro lugar e 13º, respectivamente, além da velha e jovem guarda de snipistas do Veleiros do Sul e Clube dos Jangadeiros. A flotilha do VDS mostrou o seu carinho ao colocar alguns barcos perfilados no pátio e os seus membros tiraram fotografia com a dupla de campeões. No final da cerimônia foram chamados Boris Ostergen e a esposa Graça, Ernesto Neugebauer e esposa Regina. Eles receberam flores e as placas comemorativas ao avento dos 40 anos do Mundial. Ernesto agradeceu a homenagem e brincou com Boris ao dizer “que fazia tempo que eles não lembravam muito bem como foi o campeonato”. Ele também ressaltou o trabalho da atual comodoria em prol da vela. “ Não moro em Porto Alegre, mas toda vez que venho ao Clube vejo com satisfação o gran-
O vídeo feito para o evento com Boris e Ernesto sobre o Mundial em Copenhague emocionou as pessoas presentes no salão social
de número de crianças na Optimist e jovens velejando nos projetos esportivos. Isso trará benefícios à vela gaúcha, sem dúvida. Agradeço a vocês por isso e estão de parabéns.” Já Boris Ostergren disse que ficou um pouco surpreendido pela dimensão da homenagem, mas vinda da comodoria não era de estranhar. “Vocês não são pessoas comuns, possuem algo mais que os diferenciam, por isso que esse evento é compatível com a dedicação de vocês
Graça, Boris, Ernesto e Regina agradeceram a presença dos amigos e convidados na festa
pelo clube e pela vela. O meu muito obrigado por tudo”, finalizou Boris. Graça e Regina também falaram sobre a homenagem e agradeceram a presença de todos e em especial aos amigos. O tempo e o cenário eram outros, mas o Jantar Barlavento reuniu 40 anos depois os protagonistas, acrescidos de idade, daquele Mundial na Dinamarca e provavelmente a festa permanecerá na memória de todos que estiveram nessa noite ainda por muitos anos.
Velejadores da flotilha de Snipe do VDS também homenagearam os campeão de 1977 O MINUANO
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VDS comemorou os 40 anos da conquista do Mundial de Snipe Boris Ostergren e Ernesto Neugebauer deram o primeiro título mundial ao Clube e influenciaram toda uma geração de velejadores
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oris e Errnesto chegaram a sede do Skovshoved Sejiklub em Copenhague para disputar o 28º Campeonato Mundial de Snipe em 1977 na condição de dois anônimos velejadores na classe internacional - como lembra Boris, mesmo ostentando o título de campeões brasileiros e de pertencerem a um país que já tinha ganho quatro mundiais. A estrela da época era o espanhol Felix Gancedo que foi defender o título e já tinha três mundiais no seu currículo. E ainda a tradição na Snipe dos donos da casa. No entanto, bastou a vitória na primeira regata para eles serem colocados entre os favoritos na competição. Em seguida, uma virada do barco - o Carajás, de fabricação nacional - na segunda regata, esfriou as pretensões de Boris e Ernesto de chegarem ao título. “Nós capotamos e ficamos tentando resgatar o nosso material, salva-vidas e pau de spinnker, e chegamos em 34º lugar. Com isso, já tínhamos de considerar o descarte. Nossa preocupação era não errar mais”, lembra Boris. Sobre esse acidente o Snipe Bulletin fez um registro bem-humorado.
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Boris e Ernesto no alto do pódio em Copenhague com os norte-americanos Tom e Randy em segundo e em terceiro os gaúchos Marco Aurélio e Luís em terceiro.
“Foi nessa regata que Boris Ostergren fez o seu rolo de morte e virou. Apesar de demorar um tempo, ele endireitou seu barco e teve que se contentar em ser o último a terminar a regata e ficou em 34º lugar. Perguntado como aconteceu. Boris disse que era muito simples: “Whoops, whoops, whooooops!” Uma descrição perfeita para uma maneira muito simples de relatar”.
A dupla do Veleiros do Sul ganhou o Mundial com apenas duas vitórias em sete regatas, na primeira e na última, mas a boa média de resultados deixouos sempre na liderança do campeonato. Eles eram ameaçados pelos norte-americanos Tom Nute e Randy Smith e pelos gaúchos, Marco Aurélio Paradeda e Luís Pejnovic, segundo e terceiro colocados, respectivamente no Mundial. A última regata foi de vento fraco e muitas rondadas, além de largadas anuladas. Os americanos chegaram em 19º e terminaram na segunda colocação com 49.4 pontos, enquanto Boris e Ernesto ficaram com 25.7 Após o campeonato, Boris e Ernesto se tornaram figuras conhecidas nas ruas de Copenhague, mas só conseguiram festejar mesmo a vitória quando chegaram em Porto Alegre, desfilaram em carro aberto pelas ruas e foram recebidos com festa no Clube. As classificações de Boris e Ernesto: 1º+34º+4º+2º+2º+6º+1º
Dancin’ Days marcou o 6º Jantar Barlavento
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magia dos anos 70 irradiou o Jantar Barlavento em maio com as músicas do movimento Disco que marcou uma época. O tema Dancin’ Days empolgou as cerca de 170 pessoas com seus ritmos dançantes. Entre os presentes estavam a delegação do Uruguai que participa do Intercâmbio da classe Optimist Veleiros do Sul – Yacht Club Punta del Este. A Barcelos Gastronomia preparou um cardápio especial e adequado a festa com um bufê de hamburguês, costela suína ao molho barbecue, batata e aipim fritos, saladas, entre outros acompanhamentos que agradou o paladar de novos e maduros. O DJ manteve a pista movimentada até o final da festa e o clima era de alegria e diversão entre os grupos.
Noite dançante na festa das flotilhas do Clube
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Rótulas da Diário de Notícias ganham nomes de Comodoros O s agraciados foram: Jorge Bertschinger (1950 a 1959), László Gyösö Böhm (1982 a 1984) e Manfred Flöricke (2000 a 2006).
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o ato de entrega simbólica das placas realizado em junho no Clube, o Comodoro Eduardo Ribas mencionou o quanto significava para o Veleiros do Sul ter os nomes dos seus ex-comodoros naquelas rótulas. “As vias de acesso ao Clube terão a lembrança permanente deles, pessoas formidáveis que engrandeceram o Veleiros”. Ao ex-Comodoro Jorge Alberto Vidal coube a função de orador e falou de maneira emotiva por tratar-se de pessoas de sua amizade e longa convivência. Ele lembrou aspectos da personalidade de cada um, o trabalho de Bertschinger em fazer a transferência da sede do bairro Navegantes para o Cristal na década de 50, a dedicação de Böhm para a vela de oceano estabelecendo os ratings dos barcos, “uma figura extra-
ordinária”, engenheiro e professor de profundo conhecimento em hidráulica. E o Flöricke, um velejador que iniciou na classe Sharpe e depois Oceano, sua alegria e motivação para dirigir o Veleiros do Sul. As palavras de Vidal vieram direto do coração. O vice-prefeito Gustavo Paim destacou a importância do Veleiros do Sul na orla da cidade, suas contribuições para a preservação do Guaíba e também o auxílio ao governo municipal para socorrer pessoas ribeirinhas. A proposição, aprovada por unanimidade pela Câmara de Vereadores, foi do vereador Reginaldo Pujol que participou da cerimônia. “Acertamos na escolha das homenagens” porque foram pessoas que contribuíram muito para a cidade, por meio de sua associação. “Há necessidade de integrar entidades
e governo e vemos aqui um exemplo de cidadania”, disse o vereador. O comandante da Capitania Fluvial de Porto Alegre Amaury Marcial Gomes Jr. assinalou que clubes de perfil do Veleiros do Sul contribuem com a Marinha para o desenvolvimento da mentalidade náutica e ainda o trabalho do clube no esporte da vela, com seus atletas competindo pelo mundo dignificam o nome do Brasil. Os familiares dos comodoros receberam as placas das mãos do vereador Pujol e os seus representantes, os filhos Bruno Bertschinger, Cláudia Flöricke e o irmão György Miklós Böhm agradeceram as homenagens e contaram aspectos das vidas e relacionamento deles com o clube, que tanto prezavam. No clube ficou uma placa em metal com o desenho e localização das rótulas na avenida.
Homenagens e lembranças marcaram a cerimônia da entrega de placas indicativas aos familiares dos ex-comodoros 32
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Fotos: Fenaclubes/divulgação
VDS recebe pela segunda vez o Prêmio TOP 100 da Fenaclubes
Aline Ilha nos representou no Musa 2017
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Foto do associado Fabiano Benedetti que retrata o lindo pôr-do-sol no Clube foi a escolhida pelo júri
comodoria do Veleiros do Sul esteve presente no Congresso Brasileiro de Clubes – Campinas 2017 da Federação Nacional de Clubes (Fenaclubes), realizado em abril. Pela segunda vez o Clube foi agraciado com o Prêmio TOP 100. O Comodoro Eduardo Ribas e a esposa Carla e o vice-comodoro Social Gustavo Geyer e a esposa Karina participaram da homenagem. O VDS também se fez presente no Concurso Musa dos Clubes Sociais do Brasil 2017 durante o Congresso. A representante do Veleiros do Sul foi a associada Aline Ilha Scheidegger que fez uma bonita figu-
ração no Concurso e representou muito bem o Clube neste evento. Este ano no Congresso teve pela primeira vez o Concurso Nacional de Fotografia, na qual concorriam associados dos clubes. O Veleiros do Sul foi o vencedor entre 23 concorrentes com a foto do associado Fabiano Benedetti. “Minha sensação foi de um orgulho muito grande por representar meu Clube. Vencer um Concurso Nacional de Fotografias e, de quebra, mostrar meu Clube me deixou muito feliz, parece um sonho”, revelou o ganhador.
Comodoro Ribas recebe a homenagem de Arialdo Boscolo, presidente da Fenaclubes
Comodoria comemora a vitória do VDS no Concurso Nacional de Fotografias O MINUANO
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A arte da boa cozinha O conceito do VDS Gastrô foi lançado em agosto no Bar Náutico
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Chef Rafa Sampaio veio do Rio de Janeiro para esse projeto piloto no Clube e ministrou o curso direcionado para quem gosta de curtir a gastronomia. Nos dois dias foram ensinadas receitas saborosas, que podem ser feitas tanto na cozinha de casa como a bordo do barco. “Em todo prato bem feito está o carinho de quem o cozinhou”, disse Rafa Sampaio. Além de Chef ele é dono do Barthodomeu; inaugurado em junho de 2009, em pleno burburinho de Ipanema. O bar atrai um público que curte boa gastronomia, cerveja gelada, drinques maravilhosos e badalação. Rafa sagrou-se campeão do Reality Show de gastronomia da Rede Globo, o Jogo de Panelas do Programa Mais Você, em sua 7ª edição, e também apresenta programas de gastronomia na TV, nos canais Sony até Shoptime e dá aulas de gastronomia, presenciais, na internet e na TV. Os participantes da primeira edição do VDS Gastrô, com 50 alunos no total, gostaram muito da dinâmica das aulas, que como o próprio Chef ressaltou foi um encontro gourmet. Em meio as receitas, Rafa contou
Chef Rafa ensinou receitas que podem ser feitas em casa ou no barco
histórias humoradas de cozinha, respondeu dúvidas dos participantes, deu sugestões nas preparações e escolha dos ingredientes e incentivou a ousadia individual no preparo de receitas. No último dia ele foi aplaudido pelos participantes e agradeceu o convite da comodoria para realizar esse curso. A cada prato pronto os alunos fizeram a
A primeira edição do VDS Gastrô contou com a participação de 50 pessoas 34
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degustação. “A Gastronomia está bem presente em nossas vidas atualmente”, disse o Comodoro Eduardo Ribas. “ Ela também é um meio de convívio social e de aproximar as pessoas”. Ribas agradeceu a esposa Carla e aos vices sociais Gustavo Geyer e Karina pela iniciativa do VDS Gastrô.
As aulas foram descontraídas e com pitadas de humor
Sunset Party abriu temporada de verão no VDS
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público respondeu ao chamado do verão e compareceu na Sunset Party do Veleiros do Sul no dia 29 de outubro. O evento marcou a abertura da temporada de piscina do Clube e atraiu cerca de 180 pessoas para o gramado leste com atividades físicas, música, gastronomia e diversão. O professor Ricardo Titoff abriu os trabalhos com ginástica funcional pela manhã. Durante o almoço os food trucks agradaram os paladares com o Rocky Burguer, Taco Pizzas e Consuella’s Brownies. A Sul Náutica esteve presente na festa com um estande expondo novidades para quem quiser se aventurar no verão. A música esteve a cargo de Luciano Lemanski que foi muito aplaudido e ainda contou com uma breve participação da gaita de boca de Henrique Sommer Ilha. Ainda, a associada Paula Di Diego recebeu o quadro sorteado na Oktoberfest com a foto de Fabiano
Benedetti vencedora do Concurso Fenaclubes. A festa foi encerrada com a pre-
miação das classes de Monotipo da Federação de Vela do Estado do Rio Grande do Sul.
Música e muito chope animaram a Oktoberfest
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público compareceu sedento por bom chope e muita diversão e mais de 200 pessoas festejaram a cultura alemã com boa comida na companhia de amigos e familiares. O Jantar Barlavento Oktoberfest foi um grande sucesso na noite de 21 de outubro no Clube. A bandinha típica alemã Macega Show fez a alegria dos presentes. Ainda houve o sorteio do quadro do fotógrafo Fabiano Benedetti e a associada Paula Di Diego levou o prêmio.
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Festa dos 83 anos do VDS foi em estilo Luau Duca Leindecker fez uma apresentação para mais de 500 pessoas num evento feito ao ar livre no pátio do Clube
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a comemoração dos seus 83 anos mais um músico gaúcho renomado veio ao Veleiros do Sul. A apresentação de Duca Leindecker encantou os mais de 500 sócios e convidados que compareceram ao Luau em 10 de dezembro. O local foi a área gramada entre a piscina e a orla que teve uma decoração floral e colorida, com velas e tochas complementando o tom do estilo da festa. As pessoas montaram seus espaços com toalhas, cestas de comidas e bebidas ao gosto de cada uma. Os decks também foram tomados por lanchas e veleiros. No crepúsculo iniciou o esperado show de Duca Leindecker, voz violão e também piano. Com sua sonoridade vibrante e terna, o cantor e compositor conquistou a todos. Por diversas vezes, os fãs cantaram juntos com o ex-líder da Banda Cidadão Quem, e recordaram canções poéticas, sucessos incluídos no repertório da noite. A atmosfera alegre do Luau não poderia ser outra, uma temperatura agradável numa paisagem noturna romântica à beira do Guaíba e brilhante pelas luzes da orla da Cidade. Depois de mais de uma hora, Duca tentou encerrar sua apresentação, mas não conseguiu deixar o palco sem cantar mais duas canções. No final do show a Comodoria liderada por Eduardo Ribas foi ao palco cumprimentar Duca e também agradeceu a associada do VDS Juliana Engels e sua sócia Carla Jacobs, da Criando A festa, que colaborou sem custo na decoração do Luau. 36
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A proposta foi de uma noite descontraída para festejar o aniversário
Luau colorido com clima de verão
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INFORME
De frente para a água A água é elemento que conecta homem e natureza. É vida em movimento. Porto Alegre, finalmente, decidiu explorar tal potencial. Novos e qualificados empreendimentos imobiliários voltam os olhares das pessoas para a Zona Sul e enaltecem o Guaíba. Neste merecido reconhecimento ao estuário que foi elevado a rio, aparecem vocações ainda desconhecidas para a cidade.
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potencial de transformação da cidade a partir das águas é imenso. Mundo afora, a população encara de frente a brisa que vem das águas e faz disso seu diferencial. Chicago e Dallas, Paris, e, sempre precisar ir tão longe, Buenos Aires, podem ser exemplos do estilo de vida que existe à beira d’água. Viver perto do rio - e poder interagir com ele – possibilita acima de tudo um estilo de vida: mais leve, mais natural. Porto Alegre, banhada pelo Rio Guaíba. De longe e de fora, poético – com o dito pôr-do-sol mais bonito do mundo –, cenário do “chimas” e ponto focal para fugir do cinza da selva de pedra. De perto e de dentro, um universo a descobrir. É este universo náutico – do rio adentro – a inspiração da Smart! para o Padre Cacique, empreendimento localizado ao lado da Fundação Iberê Camargo, que deve ter lançamento anunciado em breve. O edifício residencial terá 18 apartamentos de 300 a 400 metros quadrados com planta livre. Na fachada protuberante, sacadas com aberturas amplas permitirão vistas generosas para o Guaíba. O arquiteto Marcio Carvalho, quando visitava terrenos para desenvolvimento deste projeto junto à orla, avistou barcos à vela na água. “Era
diferente dos navios e da ostentação e velocidade das lanchas. Havia algo de misterioso naquele ser, embalado pelo vento, dependendo de muito pouco para se deslocar silenciosamente. Me dei o curso de presente de aniversário e, junto, uma semana de férias. Desligava o celular e me conectava com a água e com aquele universo. Descobri forças que até então desconhecia. A geometria dos ventos e das velas, as correntes, ondas, cabos e nós. Um novo universo se abriu e me fascinou”, relembra. A vela proporcionou um reencontro com algo extremamente simples e significativo. “Uma das principais mudanças foi a percepção do tempo. E não ouvir nada fora o barulho do vento e da água. Isto abriu uma nova escala de contemplação, um efeito similar ao de uma terapia ou uma meditação. Um calmante de efeito imediato, fruto de uma relação de troca direta com a natureza”. Marcio Carvalho levou para a Smart! um novo olhar sobre a Zona Sul. “Descobri que existe um o lado ‘Punta del Este’ em Porto Alegre, que fica na fronteira entre uma Porto Alegre tradicional e uma Porto Alegre mais leve e natural, transformada pelos ares do Guaíba”, constata.
Cenário de transformação
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or identificação com o estilo de vida, Cláudio Spalter sempre apostou na Zona Sul. Mais de duas décadas se passaram desde a primeira obra da Clave Incorporações, reconhecida pelos condomínios de casas que fortalecem a característica da região. “Daquele março de 1995 para cá, muita coisa mudou na Zona Sul. A região evoluiu muito. E temos o maior orgulho de fazer parte deste crescimento que passa pela aproximação do porto-alegrense com o Guaíba. Sempre acreditamos no conceito de morar bem e integrado com a natureza e com o nosso “rio”. Isso é algo muito presente em todos os nossos projetos”, comenta. Para Spalter, a evolução da Zona Sul modifica o perfil dos empreendimentos locais. “Mudamos de uma área essencialmente residencial para um espaço diversificado com uma grande oferta de produtos e serviços. Mas, nisto tudo, a principal característica, que é o convívio com a natureza, segue como um diferencial que pre-
cisa ser preservado”, garante. Os investimentos em mobilidade também ajudaram a encurtar a distância ao desmistifica-la. “Nossa cidade só tem espaço para crescer para cá. E, neste sentido, foram muito importantes as últimas intervenções realizadas para facilitar o trânsito”, revela. Entre os destaques, Spalter aponta o viaduto da Pinheiro Borda, as ampliações das avenidas Edvaldo Pereira Paiva e Padre Cacique, além do píer para o catamarã que liga o centro à zona sul e as ciclovias. Do Altos da Maracá Casas Suspensas, novidade da Clavé Incorporações, é possível observar este cenário mutante. Localizado no alto da Vila Assunção, com uma vista panorâmica da enseada do Clube Veleiros do Sul à Usina Gasômetro, encontram-se três edificações isoladas, com apenas cinco unidades cada, em uma área de 5.400 metros quadrados implantadas junto à natureza. O condomínio, ainda em obras, tem previsão de entrega para agosto de 2019.
INFORME
Zona Sul em expansão
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o passado, a Zona Sul de Porto Alegre caracterizava-se por ser rural e bastante tranquila, longe da movimentação e a vida cultural do centro. Ano após ano, a região recebeu impulsos para novos caminhos: a chegada do trem, a possibilidade de construir casas de veraneio longe do centro - e que, depois, passaram a ser endereço fixo de pessoas importantes de sociedade -, a inauguração dos clubes náuticos. O Hipódromo elevou o status do Cristal no final dos anos 60, trazendo urbanização e arquitetura moderna. Neste processo de qualificação, tiveram papéis importantes a fábrica da Termolar e o Estaleiro Só, este que seguirá sendo marco de transformação. A área do estaleiro prepara-se para receber um novo empreendimento da Melnick Even, que será responsável por guiar o desenvolvimento da região em novo sentido, aproximando a população do rio através de projeto que contempla uma praça urbanizada e de acesso público. Fazem parte também do futuro projeto um centro comercial com lojas, alimentação e serviço e edificação de uso misto que oferecerá diferentes tipologias: hotel, centro de eventos, salas comer-
ciais, salas corporativas e consultórios médicos. Para Juliano Melnick, diretor da Melnick Even, a Zona Sul da cidade teve, na última década, uma grande melhora na oferta de comércio e serviços. “Porém, essa oferta foi muito concentrada no eixo da Avenida Wenceslau Escobar, a partir do Barra Shopping Sul”, observa. E, ainda que a Melnick Even perceba o valor deste movimento e esteja investindo nisso, a incorporadora entende que o potencial da Zona Sul vai além. O complexo multiuso recém-lançado investe em outro eixo de ligação a Zona Sul: a avenida Aparício Borges. O projeto do Linked Teresópolis prevê a combinação de consultórios, salas comerciais e unidades residenciais junto ao Shopping Bourbon, supermercado e Hub da Saúde, resultado de uma parceria com a Cia. Zaffari e Hospital Moinhos de Vento. “Com isso, quem mora ou utiliza esse eixo vai encontrar ali tudo o que precisa. Isso evita deslocamentos desnecessários, economizando tempo e aliviando o trânsito da região. Além de mais conforto, equilibra um pouco mais o crescimento da zona sul da cidade entre seus dois eixos principais de acesso”, revela.
Identidade própria
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Zona Sul de Porto Alegre tem características únicas: um estilo de vida conectado à natureza, a proximidade com o rio e a presença das casas com pátio. Ainda que carregue a vida de bairro – com seus cantos especiais, personagens e muitas histórias – e que tenha um crescimento interessante e constante, por vários anos, a região careceu de inovação e de ofertas mais interessante que permitissem e motivassem uma vida a pé. A Maiojama, ao colocar o W no mercado – numa das esquinas mais emblemáticas da Zona Sul –, mergulhou profundamente na vocação local e descobriu que a combinação de “rústico e chique” faz sentido para quem decide viver ali. “Entendemos também que o novo empreendimento poderia ser mais do que uma novidade com padrão superior, mas uma contribuição importante para o desenvolvimento daquele espaço a partir do uso misto”, comenta Rodrigo Rimolo Salomão, gestor Comercial e Novos Negócios da Maiojama.
O W une mall, unidades residenciais (studios, apartamentos de dois e três dormitórios) e salas comerciais em torres diferentes. “A estrutura completa no mall, com um mix qualificado de 24 operações, e também o estacionamento devem fortalecer todo esse ‘centrinho’ da Wenceslau Escobar. Essa região está se encaminhando para ser ponto turístico entre os próprios portoalegrenses que se descolam para curtir esse estilo de vida”. A conexão com a natureza, que faz parte da identidade da Zona Sul, é celebrada através da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema internacional mais reconhecido e adotado em todo o mundo para certificação de prédios verdes. “Na prática, o LEED significa mais economia e mais sustentabilidade, de forma eficiente e moderna, e promove, entre outros pontos, a eficiência energética e no uso da água. Assim, traz benefícios econômicos, sociais e ambientais. E isso tem tudo a ver com esta região”, afirma.
Alegria na água nas regatas dos 83 anos
Aniversário levou 10 classes de monotipos para a regata comemorativa
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odos os anos o Veleiros do Sul comemora seu aniversário com regatas para classes monotipos e Oceano. A edição dos 83 anos foi muito concorrida em termos de participação. No dia 09 de dezembro (sábado) 10 classes estavam presentes na raia e com mais de 110 velejadores dos clubes náuticos da cidade. Da baia do Cristal até o farolete 129 do canal, em frente ao Museu Iberê, o percurso ficou tomado pelas velas. No domingo a forte disposição para velejar também atingiu a Regata da classe Oceano, que contou com 48
barcos na disputa destinada aos veleiros medidos e de cruzeiro no Veleiraço Marinha do Brasil. A largada ocorreu em frente ao Clube, às 14h05min, com condição propícia de vento que alcançou em torno dos 12 nós de noroeste. Os barcos se espalharam pelo Guaíba e formavam uma flotilha imensa de grandes velas, muitas vezes perfilados numa linda imagem dentro do Guaíba. O fita azul foi o trimarã Wings, de Alberto Quevedo, que chegou às 14h53min35. Além de ser o Fita Azul, ele ficou em primeiro lugar na classe Multicasco e levou o troféu transitório
Regata de Oceano teve número recorde dos últimos anos com 48 barcos 42
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Marinha do Brasil. No final da tarde houve a premiação na área da piscina com a presença de associados, velejadores, convidados e autoridades: Gelson Pires, diretor de esporte da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, representando o governador José Ivo Sartori, Cláudio Franzen, diretor de eventos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte, representando o Prefeito Nelson Marchezan Jr. e o tenente Pedro Brito da Capitania Fluvial de Porto Alegre, representando o comandante Amaury Marcial Gomes Jr.
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1) Soling: 1º Flávio Quevedo, Marcus P. Ribeiro e Alexandre Mueller (VDS) e 2º Roger Lamb, Carlos A.Trein e Caetano dos Anjos (VDS); 2) Hobie Cat 16: 1º Marcelo Hoffmeister, Rafael e Lucca (VDS), 2º Marcus Schmitt, Magaly Schimitt (Sava) e 3º Ladislau Szabo e Martina Szabo (VDS); 3) Hobie Cat 14: 1º Márcio Tozzi (VDS); 4) 420: 1º Nicolas Mueller e João Vilela (VDS), 2º geral e 1º feminino Letícia da Silva e Joana V.B. Ribas; 5) Snipe: 1º Fernando Kessler e Gabriel Kern (CDJ), 2º Ader Santos e Cecílio Goulart (VDS); 6) Laser Standard: 1º Guilherme Roth (VDS), 2º André Passow (VDS) e 3º Marcelo Gallicchio (VDS); 7) Laser Pré – Master: 1º Guilherme Roth (VDS); 8) Master: 1º Diego Quevedo (VDS); 9) Laser Radial: 1º Henrique Dias (VDS), 2º Rodrigo Quevedo (VDS) e 3º geral e 1º Junior, João Otávio (VDS); 10) Laser 4.7: 1º Mariana Teixeira (VDS), 2º Lucas S. Azambuja (VDS) e 3º Fernando Englert (VDS); 11) Optimist Estreantes: 1º Felipe Fraquelli (VDS), 2º Lucas Flores (VDS), 3º Alexandre Zeve (VDS), 4º Sofia Amine (VDS) e 5º Milena Holler (VDS); 12) Estreantes Infantil: 1º Felipe Fraquelli (VDS); 13) Estreantes Mirim: 1º Davi Moreira (VDS); 14) Estreantes Feminino: 1º Sofia Amine (VDS); 15) Veteranos Juvenil: Lorenzo Balestrin (CDJ); 16) Veteranos Infantil: Leonardo Caminha (VDS); 17) Veteranos Mirim: Antonio Claudino (VDS); 18) Veteranos Feminino: Manoela Pereira (CDJ); 19) Optimist Veteranos: 1º Lorenzo Balestrin (CDJ), 2º Pedro Mueller (VDS), 3º Leonardo Caminha (VDS), 4º Gustavo Glimm (VDS) e 5º Erick Carpes (VDS); Classe Oceano 20) Elliott: 1º Letícia Santos, Vitória Chaves, Joana Ribas, e Amanda Rodrigues (VDS); 21) MT19: 1º Thoa Thoa – Carmen Spnwz (Sava); 22) J24: 1º Meu Guri – André Streppel (VDS); 23) BRA RGS: 1º Caulimaran – Emílio Strassburger (CDJ), 2º Taz – Augusto Moreira (VDS) e 3º Spin – Erick Marcondes Carpes (VDS); 24) ORC INT: Delirium – Darci Rebelo Jr. (CDJ); Veleiraço Marinha do Brasil - Vencedores 25) CR20: Cyclone - Rolf Peter Nehm (CDJ); 26) CR23: Calafate - Gustavo Bohrer (VDS); 27) CR30: Escapada - Fábio Santarosa (CDJ); 28) CR35: Desafio 32 - Reinaldo Roesch (ICG); 29) CR40: Xerife - Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira (VDS); 30) Força Livre: Congere – Sergio Neumann (VDS); 31) Multicasco e Fita azul da regata: Wings – Alberto Quevedo (VDS) O MINUANO
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Diplomação da EVM e premiação dos Destaques Esportivos
Associados e velejadores se reuniram na área gramada para o evento de encerramento
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as comemorações finais dos 83 anos do VDS foram realizadas a entrega de diplomas para as turmas da Escola de Vela Minuano e Veteranos. O
diretor André Streppel falou na abertura sobre o trabalho que vem sendo feito na escola, parabenizou os professores, também presentes e as crianças e jovens
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que subiram de níveis ou concluíram os cursos. Na classe Optimist foram 16 no nível Branco, 7 no Amarelo e 5 no Verde. Na EVM Jovem foram 14 alunos.
1) Turma do Nível Branco; 2) Turma do Nível Amarelo; 3) Turma do Nível Verde; 4) Turma da Vela Jovem EVM. 44
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Entrega dos prêmios para os Destaques Esportivos do ano do Veleiros do Sul. Nessa edição os agraciados foram:
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1) Destaque Vela de Oceano - comte Eduardo Plass, do Crioula Sailing Team - Samuel Albrecht. manager do Crioula Team; 2) Destaque Presença Vela Oceano Internacional - comte Átila Böhm, barco Atrevida - Comandante Átila com o troféu e acompanhado dos tripulantes do VDS; 3) Revelação Monotipos - Felipe Fraquelli - classe Optimist Estreantes - Felipe Fraquelli; 4) Destaque Expedição - Gustavo Santos, Expedição Águas de Interior Rumo Sul - Gustavo Santos; 5) Destaque Vela de Base - Tiago Quevedo, classe Laser Radial - Taís recebeu pelo irmão Tiago; 6) Destaque Vela de Base - André Fiúza e Erik Gunnar Hoffmann, classe 420 Miriam Quevedo, capitã da flotilha de 420 recebeu pela dupla; 7) Destaque Formação de Atletas - Juan Sienra - Enzo recebeu o troféu pelo pai; 8) Destaque Monotipos - Nelson Horn Ilha, Manfred Flöricke e Carlo De Leo, classe Soling - Manfredo e Felipe Ilha da equipe Equilibrium.
No evento também foi realizada a entrega de diplomas de veterania e pins com o galhardete do Clube para os sócios que atingiram 30 anos de contribuição. Neste ano foram: Vera Maria Portugal Moreira, Person Thiesen, Luis Francisco Albrecht, Joel Schroder, Angelo Guilherme Scomazzon, João Antônio Magdalena, Paulo Mordente de Oliveira, Cláudio Krug, Alexandre Gauza da Rosa, Roger Lamb, Luiz Fernando Franciosi, Carlos Alberto Brach, Paulo Hampe, Adebal Torres de Amorim e Klaus Dal Pai Bohne.
Entrega de diplomas e pins para os associados que atingiram a categoria de Veteranos O MINUANO
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Cisne Branco, um Clipper do Século XXI
Por Geraldo Sperb
Tempos atrás me deparei com uma matéria na Web que comparava o navio veleiro Cisne Branco da Marinha brasileira a uma réplica das Caravelas
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m grande equívoco! As Caravelas eram barcos dos séculos XV e XVI, deslocavam em média, de 100 a 400 toneladas. Já os Clippers foram projetados no inicio do século XIX, sendo de maior porte chegando a 1.611 toneladas, no auge da navegação a vela. O navio veleiro Cisne Branco da Marinha do Brasil é uma réplica muito aproximada dos antigos Clippers, diferenciado pela inclusões de equipamentos modernos, tal como motorização, eletrônicos e velames feitos com
tecidos sintéticos. Ele exerce funções diplomáticas e de relações públicas. A sua missão é a de representar o Brasil em eventos náuticos nacionais e internacionais. Para buscarmos a origem dos Clippers teremos que retroagir no tempo para o início do século XIX. O Clipper era venerado tanto pelos marinheiros como pelos capitães, que enfatizavam que o navio tinha que ter três características fundamentais: Casco alinhado e afiado; três fortes mastros para suportar a força dos ventos e tempestades;
Cisne Branco em uma de suas visitas a Porto Alegre 46
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e navegar dia e noite com tempo bom ou ruim. Em meados de 1843 o forte consumo de chá na Inglaterra e em toda a Grã-Bretanha fez com que o transporte desde a Índia utilizasse uma importante frota de “Tea clippers”. Infelizmente, o tráfego de droga fez também o uso desta veloz embarcação entre a China e a Europa, o denominado “Opium trade”. Quando existiam dois Clippers em uma mesma rota, apostas eram feitas, parecia que estavam numa regata, o primeiro a chegar ao destino era pre-
Rainha da Inglaterra na inauguração do Cutty Sark na doca seca em junho de 1957
miado, pois lucrava mais, tanto na mercadoria como no frete. Um Clipper que ficou famoso foi o campeão da rota Índia-Inglaterra, era um veleiro de nome “CUTTY SARK , apelidado o “cortador de ondas”. Em várias ocasiões deixou para traz navios concorrentes movidos a vapor, na época uma novidade no transporte marítimo. Hoje o “CUTTY SARK” continua imponente, foi restaurado e está descansando num dique seco aberto a visitação pública em Greenwich, Inglaterra. A figura do CUTTY SARK” também poderá ser vista nas garrafas de rótulo amarelo de um conhecido whisky Escocês que leva seu nome. Porém, o feito mais impressionante de um Clipper aconteceu nos Estados Unidos. Precisamente em 24 de janeiro de 1848, quando os jornais de New York saíram com uma noticia “bomba” de que havia muito ouro aflorando na costa Oeste dos Estados Unidos. Foi o bastante para que milhares de pessoas, oriundas de vários pontos do país e do exterior, se dirigissem à Califórnia. Deu-se então, o inicio da famosa corri-
da do ouro “Califórnia Gold rush”. Os que estavam na costa Leste atravessaram o continente a cavalo para chegar na Califórnia, enfrentando grandes provações ao longo da jornada, pois de New York a São Francisco são mais de 4.000 Kms. Sem estradas, atravessando desertos secos, escalando montanhas, somando-se a isto o risco de enfrentamentos com os índios da região, era raro lograr com vida nesta empreitada. Naquela época New York já era o maior centro financeiro da América e tinha um movimentado porto onde entravam e saiam para qualquer parte do mundo, navios dos mais variados tipos e bandeira. A corrida do ouro mexeu com o transporte marítimo, que aproveitou o bom momento com demanda pelo mercado de passageiros e carga. Quem tinha mais posses viajava nos “modernos” Clippers, que ofereciam algum conforto e um bom espaço para suas tralhas, as vezes ocupavam a maior parte da capacidade de carga do navio. Para os mais ambiciosos e menos abonados, qualquer velho navio servia,
viajavam ora como simples passageiros pagantes ora trabalhando,como parte da tripulação. Eram os marinheiros de primeira viagem. Suspendiam o ferro, subiam os panos e começavam a grande jornada, New York - S.Francisco, seguindo pela costa da América do Norte, passando a linha do Equador, costeando por toda a América do Sul, até extremidade sul do continente, próximo a Antártica, quando cruzavam pelo Cabo Horn, já estavam na metade do caminho. Seguiam pela Passagem de Drake, que é uma das zonas com as piores condições meteorológicas marítimas do mundo. Trocam o rumo de sul pelo norte entrando no Oceano Pacifico, margeando a costa Oeste da América do Sul, passando novamente pelo Equador e finalmente depois de navegar 16.000 milhas,finalmente ancorar na baia de São Francisco da Califórnia, costa Oeste dos Estados Unidos. Foram 200 dias de curtição ou provação. Foi quando na primavera de 1853, o estaleiro de Donald McKay entrega ao armador, Enoch Trein, um veleiro esguio de linhas arrojadas, um verO MINUANO
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Flying Cloud, recordista da rota New York – São Francisco
dadeiro “Corta ondas”. Tratava-se de um novissimo Clipper de nome Flying Cloud, sendo seu primeiro comandante, o experiente Capitão Josiah Perkins Cressy. Seis semanas após seu lançamento n’água, lotado de passageiros e carga no limite, soltam-se as amarras com todos os panos em cima. Ele zarpa do porto de New York, com destino à São Francisco da Califórnia, costa Oeste dos Estados Unidos. Foi uma velejada incrível, fazendo jus ao nome do navio de “Nuvem voadora”. Foram 89 dias e 8 horas, tempo em que o Clipper Flying Cloud levou para percorrer as 16.000 milhas marítimas que separam o porto de New York no Atlântico ao porto de São Francisco no Oceano Pacífico. Este recorde perdurou por 136 anos, somente foi quebrado,quando já no século XX em 1989 o veleiro Thursday Child, singrou a mesma rota com o tempo de 80 dias e 20 horas. 48
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Dizem que navegar é a arte de situar-se na carta, o oficial navegador do Flying Cloud, deveria ser uma artista, pois era uma mulher, Sra. Eleanor Cressy, que tinha profundos conhecimentos sobre Astronomia, Meteorologia, correntes marítimas e que por sinal era esposa do Capitão Josiah Perkins Cressy. Naquela época não era comum dizer-se: “Ao lado de um grande homem tem sempre uma grande mulher.” Nunca se soube em tempo algum no passado que outra mulher tenha sido oficial navegador, pelo menos com tanta eficiência. Com abertura do canal de Suez e navios de propulsão mecânica a vapor, terminou de vez com o reinado dos lendários Clippers. Entramos na modernidade e na poluição. Mas a vela não ficou no esquecimento, muito ainda temos que aprender. “A arte da navegação a vela e tão antiga como a humanidade e tão nova como os caminhos da lua”, H. A. Calahann 1889 - 1965.
Aos velejadores saudosistas e admiradores dos Clippers, resta informar que existe no Mediterrâneo uma empresa chamada Star Clipper, dona de três veleiros para cruzeiros, construídos com inspiração nos Clippers do passado, que impressionam a todos ao atracar nos portos por onde anda. Um Clipper provoca emoção imediata, mal despontam os mastros de um Clipper no horizonte, que qualquer cidadão em terra que disponha de uma embarcação por menor que seja lança-se ao mar para fotografar, filmar ou apenas ver de perto esta maravilha . Forma-se então um cortejo que, antes mesmo da chegada do prático, vão escoltá-lo até a atracação. Nenhum outro navio que aporte em Porto Alegre chama tanta atenção quanto ao navio veleiro Cisne Branco da Marinha Brasileira. Quem quiser conferir a matéria pode acessar no Youtube - https://youtu.be/6WZC_Lfwq1w.
Um projeto em família Construir um barco é tornar realidade um sonho que pode ser acessível, prazeroso e com prazo definido
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s Quevedos uniram-se em torno da construção de um trimaran, o Wings, que foi concebido por toda família: Alberto, pai; Diego, Flávio, Rodrigo, filhos e Tiago, neto. Tradicionais velejadores do Clube, com títulos nas classes Laser, Soling, Oceano e Optimist, o projeto foi gerenciado pelo Flávio, o Faxão, que conta um pouco desse empreendimento. 1 – Como foi a definição do desenho do barco? O projeto é de Wayne Barret, experiente construtor de barcos Australiano com vasta experiência em construção de embarcações em materiais compostos e madeira. Com aprendizado em carpintaria, marcenaria naval e aeronáutica militar. Adequou conhecimento em construção com projetos modernos do amigo e projetista Tony Grainger para desenvolver um projeto de construção amadora em compensado naval - Projeto do “WINGS”. 2 - Por que a escolha de um trimaran? Nós acompanhamos durante muitos anos os Trailables Trimarans ou Trimarans Rebocáveis. São muito difundidos nos Estados Unidos, Países Nórdicos, Europa, Austrália e Nova Zelândia. Desta forma os proprietários podem navegar em locais distantes sem ter de ir por água até o local desejado além de poder guardar os barcos em espaços normais desti-
nados a monocascos em marinas ou até mesmo em casa. Os trimarans adernam pouco, são, em várias situações, extremamente rápidos, podem calar menos de 30 cm, e podem ser retirados da água facilmente. No Brasil, com exceção do Nordeste, não temos cultura de utilização de multicascos. Praticamente não existe um mercado secundário de barcos usados para a aquisição. Quando encontramos o projeto do Wayne na internet estudamos a fundo as plantas, contatamos fornecedores de materiais, mão de obra especializada e decidimos pela fabricação. O projeto inovava pela facilidade de construção, pois foi todo pensado para ser construído artesanalmente, sem a necessidade de um grande estaleiro. O projeto fornece as plantas em PDF e em DWG (AUTOCAD). Foi necessária adequar os planos de corte ao tamanho de compensado naval fornecido no Brasil. Conseguimos encontrar “fornada” de compensado naval prensado 100% de cedro. Enviamos os compensados para indústria em Canoas que possui um CNC Router (Corta de acordo com os formatos Autocad) de 3m por 4m, onde as peças foram todas cortadas e marcadas para posterior assemblagem, inclusive as formas necessárias em MDF foram cortadas com o CNC. Contratamos o Sérgio Froner, experiente construtor de embarcações em madeira com conhecimentos adquiridos desde a época em que trabalhava com seu irmão Plínio na antiga Barcosul.
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3 - Vocês fizeram algumas modificações no projeto para deixá-lo mais próximo daquilo que precisavam? Fizemos pequenas modificações no projeto. Uma no fechamento da popa onde incluímos estrutura triangular de reforço na parte superior da popa, antes era toda aberta. E aumentamos a altura do mastro (alumínio) em 80cm. 4 - Quais as vantagens de construir o seu próprio barco? Toda a parte da construção dá trabalho, mas também muito gratificante. Nos envolvemos muito no projeto, que por ser novidade para nós, exigiu muito contato com o projetista para sanar dúvidas de construção. Gerenciar o projeto, acompanhar as etapas, discutir detalhes com a família, nos uniu muito em torno de um objetivo. O fato de fazer do zero e ir acompanhando diariamente a construção traz o conforto de que tudo está dentro dos conformes e com a qualidade desejada. Em muitos casos com a experiência e sugestões do Sérgio, a qualidade acabou sendo superiora a desejada. Ficamos muito satisfeitos com isto. Durante toda a construção
conseguíamos comemorar cada etapa concluída. Finalmente utilizamos os serviços de pintura do Kako e Magrão e contamos com o auxílio dos Escoteiros do Mar que nos cederam espaço para que pudéssemos realizar a pintura. 5 - O barco foi pensado para toda a família velejar? O barco foi pensado para toda a família. Claro que, pelo histórico de assiduidade que temos, não pensamos em velejar todos ao mesmo tempo, todas as vezes. Somos todos sócios e velejamos juntos ou em companhia de amigos.
Ficha técnica Comprimento: 26 pés - 7,95 metros Largura: 5,9 metros quando aberto e 2,45 m fechado Altura máxima na cabine: 1,75m. Deslocamento: 1.200 quilos
Fotos da Construção: 1 - A construção do casco central em compensado naval; 2- O cockpit tomando forma; 3 - O interior do barco com espaço para três beliches, banheiro, mesa de refeições e assentos; 4 - A montagem das canoas laterais; 5 - O convés fechado e aplicação epoxi nas juntas (colagem); 6 - A madeira dos cascos toda revestida com fibra de vidro e epóxi; 7 - O Folding Sistem ou “Sistema Dobrável” de aço inox e braços reforçados em carbono e epoxi que sustentam as canoas; 8 - O trimaran em fase final de montagem. 50
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Atrevida em tudo
Por Atila Bohm
O nome de batismo era Wildfire, mas no Brasil passou a ser chamada de Atrevida. Quando se fala sobre veleiros clássicos sua imagem é sempre lembrada. Desde o início seu destino seria mostrar uma magnitude composta por aço e velas.
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Atrevida numa orça, sempre com o galhardete do Veleiros do Sul preso ao estai
m maio de 1923 a Schooner WILDFIRE foi para a água em Bristol-RI-USA na carreira do estaleiro Herreshoff M. Co. Foi o primeiro palhabote projetado com a vela grande marconi, antes da WILDFIRE a QUEEN MAB, que originalmente era armada com carangueja, velejou em 1922 com a armação marconi, modificação foi executada por Nathanael Grene Herreshoff, que foi o projetista e construtor. A QUEEN MAB (ex-VGRANT), foi encomendada por Harold S. Vanderbilt, foi para a agua em 1910. Na tradicional regata Puritan’s Cup, a WILDFIRE ainda estava em ajustes. A raia triangular posicionada ao largo da cidade de Boston e organizada pelo Eastern Yacht Club. A WILDFIRE conquistou a fita azul. Nas regatas do Eastern Yacht Club Cruise,
temporada de 1923, a WILDFIRE, com dificuldades na regulagem dos mastros, mostrou seu potencial. A QUEEN MAB do Vice-Comodoro Ayers do Eastern Yacht Club foi a vencedora com três vitórias em tempo corrigido, em segundo a IROLITA IV de E. Walter Clarck do NYYC e em terceiro a WILDFIRE do Eastern Yacht Club com uma vitória em tempo corrigido. Participantes do Eastern Yacht Club Cruise 1923 QUEEN MAB - Nathaniel N. Ayer IROLITA IV - Edward Walter Clark WILDFIRE – Charles L Harding VAGRANT II - Harold S. Vanderbilt SONNICA - Horatio S. Shonnard SHAWNA II - Seth M. Milliken
NYYC ANNUAL CRUISE – Regata de abertura Percurso de 35 mn de New London-CT à Block Island-RI. A largada ocorreu na barra do Thames River, entre a bóia com sino Sarah’s Led-
Foto: Mariners Museum
Largada NYYC Anual Cruise, regata de abertura esq. ENCHANTRESS, IROLITA IV e a WILDFIRE Foto: Mystic Seaport Museum
NYYC ANNUAL CRUISE As regatas do New York Yacht Club Cruise, temporada de 1923, iniciaram em New London, a concentração foi em frente ao píer do Hotel Griswold. Seguindo a tradição o “Flagship” (barco do comodoro), VAGRANT II de Harold S. Vanderbilt foi o último barco a largar e ancorar entre a flotilha, foi recebido com salvas de tiros de canhão. A flotilha foi composta pelas seguintes “Schooners”: WILDFIRE – Charles L. Harding, projeto NGH # 891, estaleiro H.M.Co., comprimento 95’, lançamento em 1923, tipo Aux. Race Schooner (com motor). ENCHANTRESS – William E. Iselin, projeto A. Carry Smith, estaleiro George Lawley & Son, comprimento 136’, lançamento 1911, tipo Race Schooner (sem motor). QUEEN MAB (Ex. VAGRANT) - Nathanael F. Ayer, projeto NGH, estaleiro HMCo., comprimento 76’, lançamento em 1910, tipo Race Schooner transformada em Marconi 1922 (sem motor). VAGRANT II – Harold S. Vanderbilt, projeto NGH, estaleiro Herreshoff M.Co., comprimento 109’, lançamento em 1913, tipo Race Schooner (instalado motor em 1917). IROLITA IV – Cmt. Edward Walter Clark. projeto NGH, estaleiro H.M.Co., comprimento 87’, lançamento em 1907, tipo Race Sloop (sem motor), transformada em palhabote em 1914. WANDERER IX – Harvey J. Flint, projeto Charles D. Mower, estaleiro A. O. Miller, comprimento 65’, lançamento em 1921, Aux. Schooner (com motor). PRINCESS – H. H. S. Noble, projeto NGH, estaleiro H.M.Co., comprimento 91’, lançamento em 1906, tipo Race Sloop, transformada em palhabote em 1912 e com motor em 1923. SONNICA – Horatio S. Shonnard, projeto Arthur Binney, estaleiro Lawley & Son, comprimento 114’, lançamento em 1923, tipo Auxiliar Race Schooner (com motor). NORKA – Harold Wesson, projeto Fred D Lawley, estaleiro George Lawley & Son, comprimento 74’, lançamento em 1902, tipo Race Schooner (sem motor).
Astor Cup R1 esq. WILDFIRE, ENCHANTRESS
ge e o Iate NOURMAHAL de 160’ pertencente a Vincent Astor filho do John Jacob Astor idealizador da Astor Cup, morto no naufrágio do TITANIC em 1912. A primeira marca foi contornar o Farol Race Rock, passaram na seguinte ordem: ENCHANTRESS, IROLITA IV, PRICESS, WILDFIRE, VAGRANT II, SONNICA, QUEEN MAB e VANDERER IX. O resultado em tempo corrigido: 1º - EMCHANTRESS, 2º - IROLITA IV, 3º - WANDERER IX, 4º - WILDFIRE, 5º - VAGRANT II, 6º - PRINCESS, 7º - SONNICA, 8º - QUEEN MAB e DNF – NORKA. ASTOR CUP 1923 Neste ano foram realizadas duas regatas duas regatas para a Astor Cup, uma triangular e outra percurso. A primeira regata da Astor Cup O MINUANO
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Foto: Mystic Seaport Museum
Largada da Astor Cup R2 Esq. WILDFIRE, QUEEN MAB, ENCHANTRESS, SONNICA e IROLITA IV
foi um percurso de 19 mn, partindo de Block Island e a chegada em Brenton Reef em NewportRI. A largada se deu entre a comissão de regatas, Iate NOURMAHAL e a boia com sino Great Salt Point. O vento rondou para sudeste e aumentou de intensidade, os palhabotes abriram as velas para ventos folgados e navegaram rumo a boia de Point Judith, a ENCHENTRESS foi a primeira a cruzar a linha de chegada em seguida da WILDFIRE por uma margem de dois minutos, vencendo por 6 min. no tempo corrigido. Classificação: 1º - WILDFIRE – ano 1923 – comprimento 95’, 2º - ENCHANTRESS – ano 1911 - comprimento 136’, 3º - QUEEN MAB – ano 1910 – comprimento 76’, 4º - VAGRANT II
– ano 1913 – comprimento 109’, 5º - IROLITA IV – ano 1907 – comprimento 87’, 6º - PRINCESS – ano 1906 – comprimento 90’, 7º - NORKA – ano 1902 – comprimento 59’ e 8º - WANDERER IX – ano 1921 – comprimento 65’. A segunda regata da ASTOR CUP foi triangular, a largada foi entre o Iate NOURMHAL e o Barco Farol Brenton Reef, a primeira marca foi Barco Farol Vineyard Sound, a segunda marca o Barco Farol Hen and Chickens na entrada de Buzzards Bay e a chegada em Brenton Reef. O Comandante Charles L. Harding fez uma excelente largada junto a comissão de regata, no tempo exato. Na marca Hen and Chickens a ENCHANTRESS liderava seguido pela WILDFIRE e VAGRANT II. Classificação: 1º - WILDFIRE - Charles L. Harding, 2º - ENCHANTRESS - William E. Iselin, 3º - QUEEN MAB - Nathaniel N. Ayer, 4º - IROLITA IV - Edward Walter Clark, 5º - VAGRANT II - Harold S. Vanderbilt e 6º - SONNICA - Horatio S. Shonnard Ainda na NYYC Cruise 1923 a WILDFIRE venceu a US Navy’s Cup, 3º na Comodore’s Cup, 2º na Vice Comodore’s Cup e 2º na KING’S CUP. Foi o melhor barco do NYYC Cruise na temporada de 1923 seguido da ENCHANTRESS e QUEEN MAB. A armação inovadora da WILDFIRE influenciou para que os palhabotes adotassem a armação para vela grande em Marconi. A maioria dos barcos se transformou em Auxiliar Race Schooner (com motor) nos anos seguintes. Após três anos de bons resultados Charles L Hardin vendeu a WILDFIRE para Ormsbi Michell do NYYC e construiu o ANITRA um 12 Metros, projeto Burgess, Rigg & Morgan. A vinda para o Brasil A WILDFIRE passou por várias mãos até que em 1946 o corretor de barcos John G. Alden efetuou a venda para Jorge Bhering Mattos, então Comodoro do Iate Clube do Rio de Janeiro. Em New Badford o próprio John G. Alden gerenciou as obras visando a grande travessia para o Rio de Janeiro. Entre as providencias foi rebatizada com o nome ATREVIDA. Na tarde de 11 de abril de 1946 a ATREVIDA deixou o porto de New Badford com 14 tripulantes o Cmt. Jorge Bhering de Oliveira Mattos, Felix Mulgrew (Navegador), Gus Gunderson (Imediato), Joseph Smith (Radio telegrafista), Carlos Pires de Melo (Médico), Carlos Amelio
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de Figueiredo (Engenheiro e Chefe de convés), Alvaro Rodrigues Costa, Carlos de Oliveira da Rocha Guinle Filho, André Canela Lombarde, Manoel Santos, João, Firmino, Firmininho e um americano não identificado. Após três dias de mar navegaram sob uma tempestade com ventos de 60 kts rumo a Hamilton, Bermudas, após uma breve escala neste porto partiram novamente com rumo para o Cabo Calcanhar, a primeira parada em porto brasileiro foi em São Luiz do Maranhão, depois Fortaleza, Recife e finalmente chegou ao Rio de Janeiro dia 06 de maio de 1946. Em 1948 a ATREVIDA trocou novamente de mãos, encontrando seu guardião por trinta e oito anos. A primeira aventura nas mãos do Dirceu Fontoura (da família do laboratório do Biotônico Fontoura) foi a Regata Buenos Aires ao Rio de Janeiro de 1950, não conseguiram fazer a largada, um sudeste forte, antes da largada fez o ATREVIDA encalhar logo na saída do Porto de Buenos Aires. Em 1952 iniciou um extensa reforma sob a gerencia do experiente velejador Victor Hector Demaison que foi concluída em 1954. Na ocasião o ATREVIDA correu a regata Rio de Janeiro a Santos (Santos / Rio percurso invertido), alusiva ao aniversário de 400 anos da cidade de Santos. Resultado da Rio / Santos 1954 FA – CANGACEIRO, 1º - CANGACEIRO S&S # Classe Brasil / Arataca 8/8, 2º - SANTOS DUMONT - Domingos Stipanich / Domingos Stipanich, 3º - NATAHALY / CANGREJO - Frers # Narval / Astillero Gomez & Gonzalez, 4º MISTRAL - S&S # Classe Brasil / Arataca 6/8, 5º - ARACATY - S&S # Classe Brasil / Arataca 1/8, 6º - ALDEBARAN II - S&S # 944 / Estaleiro José Mathias, 7º - ATREVIDA / WILDFIRE N.G.Herreshoff # 891 / Herreshoff M. Co., 8º - TAIFUN, DSQ - PROCELARIA - S&S # Classe Brasil / Arataca 5/8, DNF - LAFITE - Henri Willem de Voogt / Gebroeders De Vries NL, DNF - ONDINA - S&S # Classe Brasil / ICRJ, DNF - SIROCCO - Knud Reimers / Abeking & Rasmussen, DNF - MAJOY - S&S # Classe Brasil / Arataca 2/8, DNF - BISCAYA - Colin Arsher / Noruega, DNF – ROCINANTE e DNF - CAIRU II - S&S # Classe Brasil / Arataca 2/8. O ATREVIDA ainda participou de mais duas Santos / Rio em 1956 e 1962, dois DNF por falta de vento.
Largada da Rio / Santos de 1954. Foto Yachting Brasileiro
Reformas e equipamentos modernos Após várias reformas a grande palhabote sofreu modificações, principalmente a mastreação que foi reduzida para tentar tornar o barco mais dócil. Em 2002 iniciou-se uma nova reforma que trouxe o ATREVIDA para o seu aspecto original. Na reforma foram incorporados vários equipamentos modernos, mas o aspecto externo foi preservado. Entre os novos equipamentos foi instalado um sistema hidráulico para acionamento das catracas e do enrolador da Genoa, os cabos de poliéster pré-esticado foram substituídos por cabos de Spectra, mais leves e mais tenaz facilitando a manobra com as velas. As manobras com as velas sempre foram o aspecto complicado deste tipo de barco, com 17 kts de vento verdadeiro, em contravento o barco aderna 27° e a tensão de trabalho da escota da vela grande é de 6 toneladas com uma redução 2x1 chega na catraca 3 toneladas, a Genoa um pouco menos, a escota Carangueja em torno de 3 toneladas com redução 2x1 e o pico
Na parte interna da popa do casco, as chapas ainda estão com os rebites originais de 95 anos de idade. O MINUANO
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deve ser perto disto com redução 2x1. O ATREVIDA passou a navegar com tripulação reduzida, em cruzeiro 4 tripulantes e em regatas 11 tripulantes, bem diferente dos anos 20 quando seria necessária uma tripulação de 20 marinheiros com muito vigor físico para uma boa navegada. Comandar um gênio difícil Em 2008 fui chamado para levar o ATREVIDA de Chaguaramas – Trinidad Tobago para Ilhabela-SP, a rota foi um longo contravento de 2.000 milhas náuticas até o Cabo Calcanhar. Fizemos o percurso até Ilhabela-SP em 17 dias, foi surpreendente o desempenho. Nesta ocasião fui contratado para comandar o palhabote de 85 toneladas de deslocamento e 4m de calado. Inicialmente o desafio foi aprender a manejar um maxi boat, que é muito diferente dos barcos convencionais em termos de operação e manutenção. Após alguns meses, já estávamos dando alguns bordos e aprendendo a velejar o palhabote concebido pelos Herreshoff nos anos 20. O ATREVIDA tem um gênio difícil, não aceita falhas nos equipamentos e sabe o ponto franco da tripulação seja em passeios ou em regatas. Tive acesso a duas cartas entre os Herreshoff e os exproprietários, a indocilidade é recorrente desde 1923. Passada a fase inicial nos dedicamos a fazer um plano de trabalho no setor de manutenção com objetivo de premeditar as falhas, manutenção preventiva. No setor de velejar produzimos uma rotina de manobras que deve ser repetida sempre da mesma forma até que apareça uma ideia nova,
Comandante Átila no timão do Atrevida 56
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O complexo sistema hidráulico do Atrevida. O óleo é bombeado para um conjunto de válvulas que movem as catracas
As válvulas recebem o óleo, duas por catraca, que giram para um lado (velocidade) e para o outro (força)
No convés, as botoeiras que acionam o sistema das catracas
se for adotada e entra em regime de repetição. Com isto conseguimos uma relativa segurança nos tempos de manobra, por exemplo: aproximação da boia de sotavento. A partir da ordem de baixar o balão (Assimétrico de 500m2), serão 4 min até que se possa orçar, ou seja um pouco mais de ½ milha, se tudo der certo! -, não pode ter nenhum obstáculo como praia, pedras, banco de areia e outros a menos de 1 milha na proa, no rumo de baixar o balão. A nossa primeira regata internacional foi em Punta del Este 2011, Semana de Clássicos Punta del Este. A tripulação foi composta por Ralph Hennig, o Tatu, velejador experiente criado no Veleiros do Sul, Horacio G. Pastori Comodoro YCPE foi o tático, Fabio Negrini de Ilhabela regulador da
genoa e sota de balão, Luciano Honorato manutenção geral e proeiro, Carlinhos mecânico e proeiro, Roberto Hering elétrica e eletrônica, Munir Alee, Yury e Rubens de Angelis (Araújo – aviador metido a marujo), completavam a tripulação. Com este grupo fizemos uma excelente participação na Semana de Vela de Punta del Este de 2011. Nos últimos anos continuou a competir na Semana de Clássicos em Punta del Este. No Caribe participou da Antígua Classic Regatta, na 35ª St.Maarten Heineken Regatta, St. Barth New Year’s Eve Regatta. Meu batismo na vela Desde menino gostei de velejar e na época não imaginava que um dia iria comandar um barco do tamanho e da história do Atrevida. Fui criado no Veleiros do Sul, em Porto Alegre, as primeiras velejadas foram a bordo do Guanabara ALCATRAZ, que foi vendido por volta de 1968, depois velejávamos no SAPECA, um 27’ de madeira. Em 1973, lembro vagamente, corri o meu primeiro Troféu Seival a bordo do SAPECA de propriedade do meu pai e do Walter Bromberg, depois me tornei navegador. Ainda não existia o GPS, com a carta náutica, lápis, relógio e alidade tinha que achar na Lagoa dos Patos a boia luminosa do Rio Negro, depois o Farolete das Desertas, marcas da regata longa. No retorno ao Rio Guaíba o desafio era entrar no Canal de Itapuã, fazer a curva do Canal do Junco, isto de madrugada. No rumo para a
Homenagem da SCPDE a participação da ATREVIDA em 2011.
chegada tínhamos outro desfio que era tangenciar as Pedras da Vovó, ao largo da Ilha do Chico, sem acertar as Netinhas! Essa vivência foi minha escola e tenho grande satisfação de escrever para O MINUANO, esse relato. Por isso agradeço ao Veleiros do Sul, clube que frequento ao longo dos meus 56 anos, local onde aprendi a arte de navegar, a marinharia e valorizar a cultura náutica. Bons Ventos Atila
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Copa Brasil de Vela teve dois eventos em 2017 O ciclo olímpico para Tóquio 2020 começou com a IV Copa Brasil de Vela em março em Porto Alegre. No final do ano foi a vez da V Copa Brasil em Ilhabela definir os representantes das classes olímpicas para 2018
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Fotos: Agência Preview
N
a campanha para Tóquio o Veleiros do Sul começou com pé-direito. A dupla da classe 470 masculina formada por Geison Mendes e Gustavo Thiesen foi a vencedora da Copa em março e entrou para a Equipe Brasileira de 2017. Em dezembro seus nomes foram confirmados para 2018 na Equipe Brasileira ao vencerem a V Copa Brasil em Ilhabela. Eles dedicaram o título e a classificação ao time do 470 VDS e ao técnico Juan Sienra. No final do ano eles projetaram a campanha de 2018 com participação em diversos eventos internacionais. Em paralelo as seletivas de 2017 foram realizadas a Copa Brasil de Vela Jovem. Trabalho e dedicação dos velejadores, aliado ao apoio da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) e ao Ministério do Esporte na aquisição de equipamentos contribuíram para a evolução dos resultados e aumento do nível técnico da equipe do VDS. Na seletiva de março, Samuel Albrecht do Veleiros do Sul se classificou na Equipe Brasileira na classe Nacra 1, mas posteriormente ficou de fora ao desfazer a parceria com Isabel Swan, que foi substituída por Bruna Martinelli, como prevê o regulamento. Na Copa Brasil em Ilhabela não houve seletiva da Nacra17 devido a troca para o catamarã com foil. Em Porto Alegre a Copa teve uma novidade que chamou à atenção de toda comunidade náutica. Foram as regatas de Kitesurf Hidrofoil (pipa com prancha) que fará parte do programa olímpico dos Jogos de Tóquio. A Copa foi numa parceria entre os clubes Veleiros do Sul e Jangadeiros com a Confederação Brasileira de Vela (CBVela).
A Equipe Brasileira de Vela 2017, da CBVela, composta pelos vencedores da IV Copa Brasil. Em cima: Roberto Veiga, Carlos Robles, Samuel Albrecht, Patrícia Freitas, Gustavo Thiesen, Gabriela Kidd, Fernanda Oliveira, Geison Mendes e Ana Barbachan. Em baixo: Albert de Carvalho, João Pedro Oliveira, Kahena Kunze, Martine Grael, Marco Grael e Jorge Zarif.
Equipe Brasileira de Vela seleciona para 2018: Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470 feminina), Geison Mendes e Gustavo Thiesen (470 masculina), Jorge Zarif (Finn), Gabriella Kidd (Laser Radial), Bruno Fontes (Laser), Carlos Robles e Marco Grael (49er), Patrícia Freitas (RS:X feminina) e Gabriel Pereira (RS:X masculina).
Classificação do VDS na IV Copa Brasil em Porto Alegre 470 1º Geison Mendes/Gustavo Thiesen 6º Ricardo Paranhos/ Thiago Ribas (3º Júnior) 8º Pedro Correa/Rodolfo Streibel Laser Standard 3º Philipp Grochtmann 10º Marcelo Gallicchio 14º Gustavo Ziperer 15º Yan Zaffari Laser Radial Feminino 3º Maria Cristina Boabaid 13º Júlia Fernanda Silva
Kitesurf Hidrofoil fez sua estreia na Copa Brasil
Classificação do VDS na V Copa Brasil em Ilhabela
Nacra 17 1º Samuel Albrech/ Isabel Swan
Classe 470 1º Geison Mendes e Gustavo Thiesen 4º Pedro Correa e Rodolfo Streibel 5º e 1º Júnior Ignacio Varisco e Federico Garcia 6º Ricardo Paranhos e Thiago Splettstosser.
420 1º André Fiúza/Pedro Zonta 2º Tiago Quevedo/Erik Hoffmann 5º Gabriel Lopes Camargo/ Nicolas Mueller 7º Gabriel Muller/João Kraemer
Laser Standard 3º Philipp Grotchmann em terceiro lugar. Técnico: Juan Sienra
PREMIAÇÃO
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1) Classe Laser Standard: 1º João Pedro de Oliveira (RJ) e 3º Philipp Grochtmann (VDS); 2) Classe 420: 1º André Fiúza (VDS) / Pedro Zonta (CDJ), 2º Tiago Quevedo / Erik Hoffmann (VDS) e 3º Martin Chao / Marco Peek (YCSA); 3) Crianças da Escola de Vela Minuano comemoraram a vitória de Geison e Gustavo na classe 470 da Copa Brasil e o título brasileiro; 4) Categoria Júnior 3º lugar: Ricardo Paranhos (ICB) / Thiago Ribas (VDS) (3º Júnior); 5) Vice-comodoro Esportivo Diego Quevedo, presidente da CBVela Marco Aurélio de Sá Ribeiro e o Comodoro Eduardo Ribas 6) Samuel Albrecht com Isabel Swan, campões na classe Nacra17 O MINUANO
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CLASSE 470
O ano do 470
O
s convênios desenvolvidos entre o Veleiros do Sul, Comitê Brasileiro de Clubes e Ministério do Esporte tiveram impacto positivo no crescimento da flotilha de 470 em 2017. Graças aos projetos de Formação Olímpica o Clube tornou-se um Núcleo de preparação olímpica da classe com abrangência na América do Sul. Durante o ano foram diversas participações em competições, destacando-se a dupla Geison Mendes e Gustavo Thiesen, que por ser a mais experiente do novo grupo formado no VDS, obteve resultados animadores. Eles entraram para a Equipe Brasileira da CBVela em 2017 e confirmaram as vagas para 2018.
Em 2017 veio o tetracampeonato sul-americano
Geison e Gustavo venceram por antecipação o campeonato
Galera reunida na premiação
Geison e Gustavo começaram o ano com a vitória no Campeonato Sul-americano da classe 470 em março no Veleiros do Sul. Em segundo lugar ficaram os cariocas Henrique Haddad e Breno Abdulklech, e em terceiro na geral e primeiro na categoria feminina, as gaúchas olímpicas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan. A dupla nem correu a última regata porque já estava com o título garantido por antecipação e também do tetracampeonato: 2013, 2014, 2015 e 2017.
“Nós optamos por não correr a última regata porque o vento estava muito forte e queríamos preservar as velas e descansarmos um pouco. Conseguimos velejar melhor que os demais porque taticamente fizemos tudo certo”, comentou o timoneiro Geison Mendes. As outras duplas do VDS: Pedro Correa e Rodolfo Streibel, em 7º lugar, e Ricardo Paranhos e Thiago Ribas, em 9º. O Sul-americano teve a participação de 13 tripulações do Brasil, Argentina e Equador.
Copa Mercosul A dupla Geison Mendes e Gustavo Thiesen também venceu a Copa Mercosul da classe 470 em abril no VDS. Em segundo ficaram Fábio Pillar e Ana Barbachan (CDJ) e em terceiro Pedro Correa e Rodolfo Streibel (VDS). A competição teve cinco regatas realizadas no total. Devido ao vento forte no Guaíba, com rajadas de 35 nós de intensidade, as regatas no penúltimo dia suspensas. No dia final as condições melhoraram, a velocidade do vento baixou para 24 nós de direção oeste e três regatas foram disputadas na baía do Cristal. Para os competidores a Copa Mercosul foi uma oportunidade de manter o intercâmbio entre os velejadores do Brasil e Argentina e manter o ritmo técnico de campeonatos.
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Troféu Princesa Sofia
Geison e Gustavo disputaram a Medal Race na 470
O time completo do VDS em Palma
Em março na Espanha a flotilha do VDS participou do 48ª Troféu Princesa Sofia IBEROSTAR realizado em em Palma de Mallorca. A dupla Geison Mendes e Gustavo Thiesen foi para a Medal Race e chegou em sétimo lugar, com um total de 78 pontos perdidos. Eles fecharam a participação no campeonato com o oitavo lugar no geral. O VDS ainda teve a participação de Ricardo Paranhos/Thiago Ribas, 50º lugar, com 228 p.p. e Pedro Correa/ Rodolfo Streibel, 52º, 244 pp. O time foi acompanhado do técnico Juan Sienra. Os resultados consistentes deixaram Geison e Gustavo animados,
e gostaram do novo formato testado no evento em que apenas os oito melhores avançam para a disputa final. “Nosso objetivo desde o início foi este: chegar à medal race e ficar entre os cinco, seis melhores, mas terminamos em oitavo. Fomos bem regulares nos resultados, porém tivemos erros que influenciaram na classificação”, avaliou Geison. EUROPEU DE 470 - Geison Mendes e Gustavo Thiesen foram em maio para Mônaco, onde disputaram o campeonato Europeu. Neste evento a dupla terminou em 28º, entre 49 barcos.
Europeu Júnior no Lago Garda O Campeonato Europeu Júnior da classe 470 foi realizado em agosto no Fraglia Della Vela Riva na Itália. Os representantes do Brasil, André Fiúza (Veleiros do Sul) e Marcelo Peek (Yacht Club de Santo Amaro) finalizaram em 41º lugar.
Campeões Gaúchos invictos A dupla Geison Mendes e Gustavo Thiesen, do Veleiros do Sul, foi a vencedora do Campeonato Estadual da classe 470 (novembro) em Porto Alegre. Em segundo lugar ficaram Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, do Clube dos Jangadeiros. Em terceiro na classificação geral e campeões Júnior Ignácio Varisco e Federico Garcia do VDS. Geison e Gustavo ganharam o título gaúcho de forma invicta. O Estadual teve seis regatas realizadas em três dias. O MINUANO
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Vitórias no campeonato argentino em Buenos Aires Em novembro o Veleiros do Sul conquistou o título do Campeonato da Argentino da classe 470 com Geison Mendes e Gustavo Thiesen e ainda fez mais pódio na competição no Club Náutico San Isidro. Pedro Correa e Rodolfo Streibel ficaram em terceiro lugar e Ricardo Paranhos e Thiago Ribas Splettstosser, campeões da categoria Júnior. A dupla vencedora chegou em primeiro lugar em 13 das 15 regatas realizadas no Rio da Prata o que levou a ficar com uma diferença de 27 pontos sobre os vice-campeões, os argentinos F. Gwozdz e T. Dietric. A flotilha do Veleiros do Sul foi acompanhada do técnico Juan Sienra e seus integrantes fazem parte do Projeto Olímpico do Comitê Brasileiro de Clubes.
O time do VDS levou os troféus de campeões e categoria Júnior
CLASSE OPTIMIST
Copa Brasil de Estreantes A competição foi no Iate Clube do Espirito Santo, em Vitória, antes do campeonato Brasileiro. A flotilha Minuano do Veleiros do Sul/CBC competiu com oito velejadores, acompanhados pelo técnico Cássio Lutz do Canto. O destaque entre o nosso time foi Pedro Mueller que venceu uma das seis regatas disputadas. Das flotilhas gaúchas, ele foi o que obteve melhor resultado na Copa Brasil. Pedro subiu no pódio para receber o prêmio de quinto lugar Juvenil e Antônio Claudino o de segundo lugar na categoria Mirim. Classificação geral do VDS: 17º Pedro Mueller, 26º Giovanna Balbão, 28º Antônio Claudino, 33º Maria Eduarda Claudino, 38º Martin Ibanez, 41º Bernardo Paglioli, 43º Antônio Paglioli, 47º Pedro H. Batista.
Sul-americano no Paraguai O Campeonato Sul-americano de Optimist 2017 foi disputado em abril, na cidade de Encarnacion, Paraguai. Os representantes da flotilha Minuano que fizeram parte da equipe brasileira finalizaram a competição nas seguintes posições: Germano Becker 38º na flotilha amarela, que reuniu os 65 primeiros colocados e Lucas Stolf em 5º lugar na flotilha azul com os demais timoneiros. O total de participantes do Sul-americano foi de 129 competidores.
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Germano Becker fez parte da equipe brasileira
Brasileiro no Espírito Santo
Brasileiro teve 14 integrantes da flotilha de Veteranos
Nossa delegação reunida em Vitória
O primeiro grande evento de 2017 foi o 45º Brasileiro de Optimist no Iate Clube do Espírito Santo. Com 14 representantes, o VDS teve um desempenho positivo no campeonato. Na flotilha ouro, Lucas Stolf terminou em 5º lugar, e foi o melhor dos clubes gaúchos no campeonato, Germano Becker, 17º; Gabriel Rimoli, 20º; Erick Carpes, 32º; Guilherme Becker, 42º; Pedro Amine, 46º e Fernando Rocha, 78º. Na flotilha prata: Leonardo Caminha, 7º; Alexandre Becker, 8º; Gustavo Glimm, 21º; Maria Eduarda Claudino, 30º; Antonio Claudino, 31º; Luan Dullius, 35º e Letícia Santos, 76º. O campeonato foi de vento forte quase todos os dias, que chegou a ter rajadas de 30 nós. Essa condição não favoreceu a nossa jovem flotilha, como comenta o técnico Geison Mendes que acompanhou o time do VDS. “A maioria de nossos 14 velejadores era leve, apenas quatro tinham mais de 46kg, e esse fator influenciou muito nos resultados, como de todos os timoneiros com menos peso no campeonato. Mas no geral eles velejaram bem”, disse Geison.
Flotilha Minuano foi a melhor do Sul-brasileiro Título da Estreante ficou com Felipe Fraquelli do VDS No Campeonato Brasileiro Interclubes da Juventude em novembro foi disputado em paralelo o 39º Sul-brasileiro da classe Optimist. O Veleiros do Sul ficou com o título de melhor flotilha do campeonato. Na classe Veteranos entre os representantes da flotilha Minuano, Germano Becker obteve o quarto lugar na geral. Nas categorias: Erick Carpes foi campeão Infantil e Gustavo Glimm o vice. Antonio Claudino: 1º Mirim e Germano Becker: 3º Juvenil. Na classe Estreante competiram sete velejadores. Felipe Fraquelli foi o campeão e em segundo lugar ficou Milena Holler. Nas categorias: Milena Holler em primeiro no feminino, Sofia Amine - segundo lugar Mirim feminino, Davi Moreira - segundo lugar Mirim, Henrique Becker de Araujo Santos - terceiro Mirim. A Flotilha Minuano integra os projetos de vela de Base entre o Veleiros do Sul e Comitê Brasileiro de Clubes. Veteranos: Germano B Santos, Erick Carpes, Gustavo A. Glimm, Gabriel G. Rímoli, Pedro K. Amine, Guilherme B. de Araujo, Pedro S. Mueller, Leonardo J. Caminha, Martin D. Ibanez, Antonio P. Claudino, Maria Eduarda P. Claudino, Alexandre B. Santos, Antonio T. Paglioli, Bernardo T. Paglioli,
Comemoração de todo o time do Veleiros do Sul pelos bons resultados no campeonato
Pedro H. Batista, Giovanna R Balbão. Estreantes: Felipe M Fraquelli, Milena S G Holler, Alexandre P Zeve, Lucas R Flores, Davi Moreira, Sofia K Amine e Henrique B de Araújo. O MINUANO
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Brasil Centro no Rio de Janeiro O Veleiros do Sul participou em abril do Campeonato Brasil Centro Seletiva de Optimist no Iate Clube do Rio de Janeiro. Entre os representantes da flotilha Minuano Germano Becker foi o melhor ao finalizar em sexto lugar no campeonato veteranos. Na flotilha prata Leonardo Caminha ficou em primeiro lugar. Erick Carpes foi o segundo infantil e Antônio Claudino, segundo mirim. Na Estreantes Pedro Batista ficou em 10º. Demais resultados da flotilha Minuano no Brasil Centro. Ouro: 11º Gabriel C Rímoli, 16º Erick M. Carpes, 18º Pedro H K Amine, 22º Ouro Lucas M Stolf, 29º Gustavo A Glimm, 34º Guilherme Becker Santos Prata: 1º Leonardo Caminha, 5º Martin D Ibañez, 15º Alexandre B Santos, 17º Fernando S Rocha, 24º Antonio P. Claudino, 37º Maria Eduarda P. Claudino, 56º Giovanna R Balbão. O Brasil Centro foi a segunda Seletiva, a primeira foi o Brasileiro em janeiro, para a formação das equipes brasileiras que disputaram os campeonatos internacionais. No acumu-
Turma do veleiros no ICRJ
lado Lucas Stolf ficou em 8º e Germano B. Santos em 9º. O Veleiros do Sul colocou três velejadores classificados nas equipes brasileiras: Germano Becker foi para o Campeonato Europeu e Erick Carpes e Gabriel Rímoli para o Norte-americano.
Germano Becker competiu no Europeu na Bulgária
Equipe brasileira na Bulgária
O Campeonato Europeu da classe Optimist ocorreu em agosto em Port Bourgas na Bulgária. Germano Becker Santos da Flotilha Minuano ficou 49º na flotilha ouro. As classificações dos demais meninos da equipe brasileira foram: Ricardo Coutinho em 12ºlugar e Felipe Berardo em 16º na flotilha Bronze. No feminino a única representante brasileira Ludmila Lira terminou em oitavo lugar na flotilha ouro. As regatas foram disputadas no Mar Negro com a participação de 250 timoneiros de 40 países.
Semana de Buenos Aires 2017 A Semana de Vela de Buenos Aires realizada em outubro no Yacht Club Argentino teve a presença da Flotilha Minuano. Com dez regatas concluídas, os nossos velejadores mostraram muita garra, chegando a vencer três das disputas, Eric Carpes (duas vitórias) e Leonardo Caminha. Gustavo Glimm fez o 25º lugar geral, Germano Becker foi 30º, Eric Carpes foi o 34º, Pedro Amine o 36º, Leonardo Caminha o 43º, Guilherme Becker de Araujo Santos foi o 59º e Alexandre Becker Santos o 140º. “A Semana de Buenos Aires é um campeonato importantíssimo para a formação dos nossos velejadores pois proporciona disputas com raia cheia e com os melhores velejadores 64
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de Optimist de toda América do Sul”, comentou a capitã de flotilha Lígia Becker que acompanhou a turma na Argentina. Também integrou a equipe a técnica Magali Damítio.
Erick e Gabriel foram ao Norte-americano em Toronto O Campeonato Norte-americano de Optimist foi realizado em julho no Royal Canadian Yacht Club em Toronto. O evento teve a participação de dois velejadores da flotilha Minuano do VDS na equipe brasileira. As classificações deles: Erick Carpes, 49º lugar e Gabriel Rimoli em 59º. “Esse foi o primeiro campeonato internacional que participamos”, disse Erick. O Brasil subiu no pódio na Copa das Nações e no individual. Erick Carpes e Gabriel Rimoli da flotilha Minuano
Norte-Nordeste 2017
Os Minuanos no Mar da Bahia
A flotilha Minuano ficou com três velejadores entre os TOP 10 no Campeonato Norte - Nordeste de Optimist em dezembro no Iate Clube da Bahia na flotilha Ouro da Veteranos: 5º Germano Becker Santos, 6º Erick Carpes, 8º Gustavo Glimm, 26º Guilherme B. Santos, 27º Leonardo Caminha, Na flotilha Prata: 3º Alexandre Becker Santos, 5º Pedro Mueller, 7º Pedro Amine, 10º Maria Eduarda Claudino, 32º Antonio Claudino, 35º Pedro H. Batista, 42º Giovanna Balbão. Títulos nas categorias: Mirim - 1º Antônio Claudino, Infantil - 1º Erick Carpes, 2º Gustavo Glimm e 5º Leonardo Caminha; Feminino - 4º Maria Claudino e Juvenil - 5º Germano Becker. Na Estreantes o representante do VDS, Felipe Fraquelli ficou na 4ª colocação. O time VDS foi acompanhado do técnico Geison Mendes e do team leader Mauro Ferreira.
CLASSE SOLING
Vitória do Equilibrium no Sul-brasileiro A tripulação do barco Equilibrium com Nelson Ilha, Manfredo Flöricke e Carlo de Leo foi a vencedora do Campeonato Sul-brasileiro de Soling disputado em maio. O segundo lugar ficou com a equipe do Bossa Nova, de George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro, Regis Silva e em terceiro Don’t Let Me Down com Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard. Pódio formado pelas tripulações: Equilibrium, Bossa Nova e Don’t Let Me Down O MINUANO
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Vice-campeões Mundiais na Holanda A flotilha de Soling do Veleiros do Sul é responsável por manter a tradição brasileira nos eventos internacionais. Dessa vez chegou ainda mais perto. No Mundial de Soling 2017 na Holanda o trio Nelson Ilha, Manfredo Flöricke e Carlo De Leo terminou em segundo lugar no Mundial da classe Soling realizado em setembro em Muiden. Eles tinham chances de levar o título mundial, mas não conseguiram no final superar os húngaros Farkas Litkey, Karoly Vezer e Gabor Oroszlan, campeões desse ano. O comandante Nelson Ilha comentou o resultado obtido na Holanda. “O vice-campeonato foi gratificante, apesar de não alcançarmos o título mundial. O fato de estarmos entre os top três nos últimos três anos, faz com que nos respeitem muito na classe Soling internacional. Isso é o reflexo da flotilha do Veleiros. Nosso objetivo foi parcialmente alcançado que era estar no pódio, mas seguimos buscando o título mundial”. O outro time representante do VDS, o El Demolidor, com Kadu Berghental, Eduardo Cavalli e Renan Abraham terminou em 8º lugar. Comandante Kadu0 também falou sobre o desempenho da tripulação. “Conseguimos melhorar nosso resultado com relação aos últimos mundiais. Foi uma semana com ventos fracos e bem rondados, conseguimos ganhar uma regata durante
As três tripulações que representaram o Brasil na Holanda
o campeonato, que era um dos nossos objetivos”. O Brasil ainda contou com uma terceira equipe, a representante do Rio Grande Yacht Club, com Henrique Ilha, Fernando Ilha e Marcelo Azevedo que ficou em 11º. O Mundial teve a participação de 34 barcos de 13 países.
Brasileiro foi da equipe Bossa Nova
Dessa vez as regatas não foram tão parelhas, pelo menos para os campeões que andaram sempre na frente.
Comemoração no pódio dos três primeiros colocados no campeonato
A turma do Bossa Nova formada por George Nehm, Marcos Pintos Ribeiro e Alexandre Mueller teve um ano de comemorações nos pódios. Em março eles venceram o Campeonato Brasileiro da classe Soling realizado no VDS. Na vice colocação ficou o Don’t Let Me Down, de Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard. E em terceiro
lugar o Equilibrium, de Nelson Ilha, e os filhos Gustavo e Felipe. Ao ter confirmado o título já na penúltima regata, o Bossa Nova voltou mais cedo para terra com a vitória antecipada. O Brasileiro de Soling teve seis regatas no total em três dias de competição com a participação de nove barcos.
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Vitória no Campeonato Sul-americano em Rio Grande A tripulação do barco Bossa Nova formada por George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Alexandre Mueller foi a vencedora do Campeonato Sul-americano da classe Soling em novembro em Rio Grande Yatch Club. Além do título, o Veleiros do Sul completou o pódio com os vices, Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard do Don’t Le Me Down e o terceiro lugar com Kadu Berghental, Eduardo Cavalli e Renan Abraham do El Demolidor. A equipe do Bossa Nova venceu por antecipação com seis vitórias e uma segunda colocação, nem foi para a raia na oitava regata. George e Marcos tornaram-se pentacampeões sul-americano de Soling. O VDS ainda contou com a participação do Equilibrium, Nelson Ilha, Manfredo Flöricke e Carlo De Leo, quinto lugar; Coringão, com Lucas Ostergren, Carlos Trein e Caetano dos Anjos, em sexto e Ice, com Marcelo Chade, Pedro Ilha e Eduardo Carneiro, 13º. O campeonato teve a participação de 13 barcos do Brasil, Argentina, e um time da Alemanha.
Alexandre, Marcos e George, trio campeão
CLASSE LASER
Marcelo Gallicchio foi à Bélgica no Mundial Sub-21 de Standard O Campeonato Mundial Sub-21 da classe Laser Standard foi disputado em agosto na cidade de Nieuwpoort. Marcelo Gallicchio do Veleiros do Sul finalizou em 83º entre 122 velejadores. “ Apesar do resultado ter sido ruim foi um campeonato de muito aprendizado na minha estreia em evento desse nível na classe Laser. As condições foram duras para mim, com ventos fortes e ondas altas”, comentou Marcelo, 18 anos. Gallicchio integrou o time brasileira
Campeonato Mundial Master na Croácia O Mundial Master de Laser foi em setembro em Split, Croácia, com a disputa de sete regatas. O representante do Veleiros do Sul Guilherme Roth ficou em quarto lugar na categoria Pré-master. “Foi um ótimo campeonato apesar da falta de vento que diminuiu o número de regatas do programa. Flotilha de altíssimo nível e fiquei muito contente com o meu resultado”, comentou Guili Roth. Guili no Mundial em Split
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Centro Sul-americano em Mar del Plata
Pipo Grochtmann
Marcelo Gallicchio
O Campeonato Centro Sul-americano da classe Laser Standard e 4.7 ocorreu em fevereiro em Mar del Plata na Argentina. Os representantes do Veleiro do Sul foram: Philipp Grotchtmann, que terminou em 20º lugar e Marcelo Gallicchio em 25º. O título da classe Standard ficou com o argentino Julio Alsogaray e na 4.7 o brasileiro Andrey Godoy foi o campeão.
VDS foi campeão Centro Sul-americano Pré-master Guilherme Roth foi campeão Pré-master no Centro Sulamericano de Laser Master realizado em março no Yacht Club Uruguayo, em Montevidéu. Na classificação geral terminou em terceiro lugar. O Veleiros do Sul contou ainda com mais dois representantes na competição: Augusto Moreira ficou em 16º e Rogério Ruschel em 21º. O vencedor foi o argentino Alejandro Cloos. O Campeonato teve cinco regatas realizadas e a participação de 28 velejadores. Guilherme Roth venceu no Pré-master
Brasileiro de 2017 em Sampa O 43º Campeonato Brasileiro de Laser Standard foi realizado em janeiro na represa de Guarapiranga (SP). O Veleiros do Sul contou com seis representantes. Phillipp Grochtmann subiu no pódio ao ficar em terceiro lugar na Standard. Os demais resultados da flotilha foram: 6º Marcelo Gallicchio, 12º Alan Benkler Willy, 19º André Passow e 42º Yan Zaffari. Marcelo Gallicchio também competiu no Brasileiro Radial e terminou em 14º lugar. O 43º Campeonato Brasileiro de Laser reuniu as classes Radial, 4.7 e Standard durante 13 dias no Yacht Clube de Santo Amaro, na zonal Sul da Capital Paulista. Foram 130 atletas na raia da Represa de Guarapiranga. Velejadores gaúchos no Brasileiro em SP 68
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CLASSE OCEANO
Camiranga venceu a Regata Buenos Aires - Punta del Este 2017 O veleiro Camiranga, do Veleiros do Sul, foi o fita azul da Regata Buenos Aires - Punta del Este no Circuito Atlântico Sul Rolex Cup 2017. O Soto 65 do comandante Eduardo Plass foi o primeiro a cruzar a linha de chegada em Punta no dia 15 de janeiro às 06h49min. No momento da sua chegada as condições de vento eram de NE, com cerca de 8 nós de intensidade. O Camiranga não conseguiu bater o recorde em tempo real da Regata Buenos Aires - Punta del Este ao fazer a regata de 167 milhas em 18h49min. Ele igualou a mesma marca do Fortuna III, de Cesar Recalde, da Armada Argentina, no circuito do Atlântico Sul Rolex Cup 2005. O registro em tempo real permanece nas mãos de Lola, de Alberto Roemmers com 18h06min51s. No time do VDS, na tripulação de 14 velejadores do Camiranga estavam os irmãos Eduardo e Renato Plass, Samuel Albrecht, César Augusto Streppel, Gustavo Thiesen e Alexandre Rosa.
Time do Camiranga comemora vitória em Punta
Crioula Team integrou o pódio do Circuito Atlântico Sul Rolex Cup O Crioula Sailing Team ficou em terceiro lugar na fórmula ORC Internacional do Circuito Atlântico Sul Rolex Cup 2017 em janeiro em Punta del Este. O barco Soto 40 Crioula A da equipe do Veleiros do Sul comandado por Eduardo Plass venceu duas das sete regatas da Série A e terminou como vice-campeão nesta categoria. No Circuito Atlântico Sul Rolex a equipe Crioula correu a regata Buenos Aires- Punta del Este, primeira do evento, com o barco Soto 65 Camiranga, com o qual foi o fita azul. Na continuação da disputa do Circuito no Uruguai o time competiu no Soto 40 Crioula A e descartou a pontuação da regata longa. Os integrantes do VDS que fizeram parte do time Crioula foram: Eduardo e Renato Plass, Samuel Albrecht, César Augusto Streppel, Gustavo Thiesen, Geison Mendes e Alexandre Rosa. Foi o melhor resultado entre as seis equipes representantes do Brasil no Circuito Rolex. “A ORC Internacional foi bem disputada principalmente porque argentinos e uruguaios mantêm os barcos competitivos. Embora sejam antigos possuem boa manutenção, velas boas e tripulação treinada. Também foi de-
Equipe ficou em terceiro lugar da ORC em Punta del Este
safiante disputar o evento sem ter corrido a Buenos Aires - Punta del Este, velejaram no Camiranga, então sabíamos que recuperar esse “prejuízo” na pontuação geral era necessário, comentou o timoneiro do Crioula, Geison Mendes, campeão brasileiro de 470.
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Copa del Rey em Palma de Mallorca O Crioula Team do Veleiros do Sul ficou em sétimo lugar na classe IRC na 36ª Copa del Rey MAPFRE disputada em agosto, em Palma de Mallorca. O time terminou a participação com duas boas classificações nas últimas regatas: 5º e 4º. O tático do barco Samuel Albrecht falou após as regatas sobre a participação da equipe neste famoso evento da vela internacional. “Fomos de pouco a pouco aprendendo sobre o barco e a raia. O TP 52 é fantástico, um barco em constante evolução, há 12 anos vem sofrendo ajustes. Possui sistemas incríveis para velejar, uma estabilidade imensa e muita aérea velica. Regatas radicais, com largadas muito apertadas e navegada com sintonia fina, qualquer comprimento de barco pode te pôr no final da fila. Para nós foi uma excelente experiência, poder estar aqui no meio de tanta gente de alto nível e com os melhores barcos do mundo. Sucesso total”!
O time comandado por Eduardo Plass era formado por 15 velejadores no total; do Veleiros do Sul fizeram parte: Eduardo e Renato Plass, Samuel Albrecht, Alexandre Rimoli, Alexandre Rosa, Augusto e Fabrício Streppel e Gustavo Thiesen.
Búzios Sailing Week O Crioula29 foi vice-campeão na classe ORC da Búzios Sailing Week realizada em abril no Iate Clube Armação de Búzios. O barco Soto40 comandado por Renato Plass obteve uma boa média de pontos, oscilando sempre entre o primeiro e terceiro lugar durante as cinco regatas.
Crioula Sailing Team competiu no Rio com jovens do Clube O Crioula Sailing Team do Veleiros do Sul foi o segundo colocado na classe ORC na Taça Comodoro realizado em junho no Iate Clube do Rio de Janeiro. A equipe do Crioula teve uma participação nesta edição de jovens velejadores do Clube, entre os quais estavam Philipp Grotchmann, Tiago Quevedo, e da velejadora olímpica da classe 470 Ana Barbachan. O time também é composto por Samuel Albrecht, Geison Mendes, Gustavo Thiesen, Alexandre Rosa e Alexandre Rimoli e Antônio Bragança “A proposta é dar oportunidade para os mais jovens competirem no Crioula Sailing Team, de buscarmos a renovação com os velejadores do Clube”, diz Samuca, tático da equipe. 70
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VDS subiu no pódio na Semana de Vela de Ilhabela
Tripulação do Crioula recebe o troféu de campeão sul-americano da ORC
A 44ª Semana de Vela de Ilhabela realizada em julho no litoral norte de São Paulo teve a presença do Veleiros do Sul com o Soto40 Crioula do comandante Renato Plass na classe ORC, o Tranquilo II de Edison Flávio Thomé e contou com tripulantes no veleiro Atrevida comandado por Átila Böhm nos barcos clássicos. O veleiro Crioula 29, do comandante Renato Plass venceu o Campeonato Sul-americano da classe ORC Internacional disputado dentro da Semana de Vela de Ilhabela. A tripulação do Soto40 tem sua base por intergrantes do Veleiros do Sul. Em Ilhabela participaram: Renato Plass, Samuel Albrecht, Alexan-
dre Rosa, Fabrício Streppel, Alexandre Rímoli, Philipp Grochtmann, Gustavo Thiesen e Geison Mendes. A classificação do Crioula29 na Semana de Vela de Ihabela foi o terceiro lugar. Na classe Bico de Proa o barco Tranquilo ficou em quarto lugar. A tripulação era formada por Edison Flávio Thomé (comandante), Roger Lamb, Olavo Torres, Gustavo Geyer, Kadu Bergenthal e Alejandra Orue. E nos Clássicos o Atrevida de 95 pés ficou em 9º lugar. Na tripulação estavam pelo Veleiros do Sul: o comandante Átila Böhm, o tático André Gick, e os trimmers André Renard e Miguel Vírgílio.
Tranquilo II representou o Clube na Bico de Proa
Atrevida carrega o galhardete do Veleiros do Sul O MINUANO
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Camiranga foi pela quarta vez fita azul da REFENO O Camiranga, do comandante Eduardo Plass escreveu mais uma vez, o seu nome na história da Regata Internacional Recife- Fernando de Noronha (Refeno). Pela quarta vez foi o fita azul e estabeleceu nova marca de tempo para barcos monocascos. O Soto65 do Veleiros do Sul cruzou a linha de chegada na praia do Boldró em 1ºoutubro (domingo), após completar o percurso de 292 milhas (cerca de 545 quilômetros), em 19h03min18, reduzindo o tempo que havia feito no ano passado, 19h56min40s. A regata oceânica largou no dia anterior do Marco Zero de Recife. A Refeno de 2017 teve a participação de 47 embarcações e todas completaram a regata. Barcos de 11 estados do Brasil e dois países (Argentina e Reino Unido) e 353 velejadores participantes disputaram a regata Oceânica.
Tripulação a bordo do Camiranga em Recife
Foto: Fred Hoffmann
Crioula29, campeão Brasileiro da classe ORC A O Crioula29 do comandante Eduardo Plass ganhou o Campeonato Brasileiro da classe ORC A. O barco com tripulação do Veleiros do Sul venceu três das seis regatas realizadas em Angra dos Reis. Na prova de percurso longo o Crioula29 ficou em primeiro. O título do Brasileiro ORC ficou com o Pajero, de Eduardo Souza Ramos e na IRC o campeão foi o Rudá, de Mário Martinez. O Brasileiro ocorreu em setembro em Ilha Grande e foi realizado pela ABVO.
Depois a conquista do bicampeonato na regata Santos - Rio e da fita azul pela terceira vez consecutiva com o Camiranga, o Crioula Sailing Team disputou o Circuito Rio com o barco Crioula 29 em novembro A equipe contou com os velejadores do Veleiros do Sul Samuel Albrecht, Geison Mendes, Gustavo Thiesen, Diego Garay, Alexandre Rimoli, Renato Plass, Eduardo Plass, Philipp Grochtmann, Alexandre Rosa e Fabrício Streppel. A tripulação do Crioula, que venceu uma e fez o segundo lugar em duas das sete regatas completadas, terminou no quarto lugar na classe ORC A e ficou em sexto na ORC Geral. 72
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Foto: Fred Hoffmann
Time do comandante Samuca no Circuito Rio
Na Regata Santos-Rio 2017 Camiranga foi bicampeão Pela terceira vez consecutiva o Camiranga do Veleiros do Sul sagrou-se o fita azul da regata Santos-Rio realizada no final de outubro. A 67ª edição da tradicional disputa organizada pelo Iate Clube de Santos e pelo Iate Clube do Rio de Janeiro teve os gaúchos do Veleiros do Sul chegando na frente novamente após percorrer 195 milhas em 24h57m09s, superando o tempo de 28h14m51s da edição de 2016, o que assegurou o bicampeonato na classe ORC. O velejador olímpico Samuel Albrecht, tático da equipe relatou o percurso até o Rio. “Foi uma regata dura, condições muito variadas de vento um pouco de chuva. Até Ilhabela a gente teve a direção do vento mudando muito, mas sempre nos mantivemos na frente e bem posicionados em relação a flotilha. De Ilhabela para frente pegamos um vento terral e conseguimos avançar bastante até o Rio de Janeiro. Entramos na linha de chegada com um restinho desse vento terral, que é um vento norte que acaba pertinho do meio-dia. Durante a noite a gente acabou rompendo algumas velas e perto da chegada essas velas fizeram um pouco de falta, enquanto os outros barcos padeceram na chegada porque o vento foi acabando”. HISTÓRICO DO CAMIRANGA NA SANTOS-RIO 2015: Fita azul da 65ª Regata Santos-Rio cruzando a linha de chegada as 06h43min03 da manhã deste domingo com o tempo de regata de 18h9min3s (195 milhas náuticas percorridas) quebrando o recorde que pertencia ao veleiro Sorsa III (19h33min40s) desde 2006. 2016: A equipe se manteve como líder durante todo
Tripulação Camiranga na 67º Rio Santos
o percurso de 200 milhas náuticas. A tripulação foi a primeira a concluir o percurso de 200 milhas náuticas, após 28h14min51s, consagrando-se pela segunda vez consecutiva como fita azul da prova e vencendo o primeiro campeonato no tempo corrigido. 2017: Alcança a marca de fita azul pela terceira vez consecutiva, chegando na frente novamente após percorrer 195 milhas em 24h57m9s, superando o tempo da edição de 2016 e conquistando o bicampeonato da classe ORC na Santos-Rio.
CLASSE SNIPE
Sul-Brasileiro de Snipe O Campeonato Sul-brasileiro da classe Snipe foi em setembro no Clube dos Jangadeiros. O Veleiros do Sul participou com nove tripulações e o melhor resultado foi a terceira colocação obtida pela dupla Adriano Santos/Christian Franzen. Demais classificações do VDS: 8º Ader José Burgos Santos e Cecílio Goulart, 15º Pedro Mota e Gustavo Santos, 16º Carlos Felipe H. Hofstaetter e Christian H. Hofstaetter, 17º Vilnei Goldmeier e Marília Bassoa, 18º André Gick e Eduardo Carneiro, 20º Carlos A. Silva e Régis F. Silva, 21º Mathias Glimm e Alexandre Brasil Balbão, 23º Adriano L. Rossi e Marcelo Claudino.
Flotilha do VDS no Sul-brasileiro O MINUANO
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Mundial na Espanha O Campeonato Mundial de Snipe ocorreu em agosto em La Coruña. Os representantes do Veleiros do Sul Adriano Santos e Christian Franzen ficaram em 34º lugar na flotilha ouro. O campeonato teve 85 participantes e durante cinco dias foram disputadas sete regatas de nível forte. Os porto-riquenhos Raul Rios/Mac Agnese foram os campeões. Dupla do VDS competiu em La Coruña
VDS no Estadual paulista A dupla Adriano Santos e Christian Franzen representou o Veleiros do Sul no Campeonato Paulista de Snipe e finalizou em quarto lugar. A disputa foi realizada em novembro pelo Yacht Club de Santo Amaro, na represa de Guarapiranga. Adriano e Christian acumularam 18 pontos perdidos, um ponto a menos que o terceiro colocado. Premiação com Adriano e Christian no pódio
Brasileiro de 2017 em Ilhabela Campeonato Brasileiro da classe Snipe de 2017 foi realizado em janeiro em Ilhabela (SP). O Veleiros do Sul participou com dupla formada por Ader Santos e Cecílio Goulart que ficou em 45º lugar. A competição foi durante cinco dias com nove regatas. Participaram 67 duplas de oito estados brasileiros e mais dois países (Argentina e Espanha). Os gaúchos Alexandre Paradeda e Lucas Mazim ficaram com o título de 2017. Regatas tiveram a presença de 67 duplas
Sul-americano na Argentina
Adriano e Christian em San Isidro 74
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O Veleiros do Sul participou do Campeonato Sul-americano de Snipe no feriadão de Páscoa no Club Náutico San Isidro, na Argentina. A dupla formada por Adriano Santos e Cristian Franzen finalizou em oitavo lugar na classificação geral após nove regatas. “O campeonato foi muito bom, de altíssimo nível técnico e dificuldade na raia foram a correnteza forte e as variações de vento, em intensidade e direção”, comentou timoneiro Adriano.
Taça Alberto Lineburger Em junho teve a XXI Taça Alberto Lineburger da classe Snipe na Lagoa dos Esteves, Balneário Rincão (SC). A flotilha do VDS participou com quatro tripulações, o melhor resultado entre eles foi da dupla Ader Santos/Cecílio Goulart, em 9º lugar. As demais classificações foram: Carlos Hofstaetter/ Christian Hofstaetter, 15º, Vilnei Goldmeyer/Lorenzo Medeiros,17º e Miguel Petkovisc/Patrícia Souza 22º. O capitão Ader Santos comentou sobre a competição: “Valeu a parceria dos que foram e valeu a torcida dos que ficaram. Foram dias lindos em um lugar lindo. Apenas uma regata não saiu por falta de vento”.
Velejadores do VDS na Lagoa dos Esteves
CLASSES HOBIE CAT E 420
Brascat 2017 em Porto Alegre
Brasileiro contou com a participação de 84 velejadores no total.
O Campeonato Brasileiro da Classe Hobie Cat 16 e 14 foi em novembro em Porto Alegre. O Veleiros do Sul competiu nas classes HC 16 e HC 14. O melhor resultado na HC 16 foi com a dupla Pierre H. Barbosa e Alexandre Capra, em 14º. O VDS ficou com o título de campeão Estreante com Marcelo Hoffmeister e Matheus Wink, 15º na geral. Demais resultados na HC 16: Guilherme C. Borges e Jaqueline Jardim, 16º; Marcelo B Vera e Maria I Vera, 22º; Eduardo Ekman e Gabriela F. Vera, 26º; André Huyer e Paula L. da Silva, 28º; Clóvis de Oliveira e Kátia Debus, 31º. Na HC 14 Márcio Tozzi ficou em 7º lugar, Reinaldo Bernardes, 8º e Peter Hess em 12º. O Brascat teve 12 regatas no total. Participam 84 velejadores - 35 na HC 16 e 12 na HC 14 de 11 estados.
SulCat em Florianópolis O 43º Campeonato Sul-brasileiro de Hobie Cat 14 e 16 foi no começo de março de 2017 no Iate Clube de Santa Catarina - Veleiros da Ilha. A flotilha do VDS competiu na HC 16. A classificação: Guilherme Cruz Borges e Jaqueline Jardim, 7º lugar; Marcelo B Vera e Maria I Vera, 9º. Participaram 14 barcos.
Brasileiro da classe 420 em Búzios O Campeonato Brasileiro da classe 420 foi disputado em junho no Iate Clube Armação de Búzios. Os representantes da Vela Jovem do Veleiros do Sul, André Fiuza e Erik Hoffmann, ficaram em terceiro lugar na competição que fez parte da Búzios Sailing Week. No total foram realizadas sete regatas. André e Erik foram bronze no Brasileiro O MINUANO
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Circuito Conesul, boas regatas e espírito festivo Edição de 2017 teve clima variado com sol, chuvas e ventos de diferentes intensidades
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uando setembro chega a flotilha gaúcha de Oceano sabe que é o momento de preparar os barcos para o Circuito Conesul de Vela. A 26º edição teve quatro dias de competições de percursos variados durante a semana e
culminou com as regatas de longas distâncias: o 47º Troféu Seival e a 28ª Regata Farroupilha. O título na classe ORC Internacional ficou com o barco San Chico, comandado por Francisco Freitas e em segundo lugar ficou o Hobart, de Airton Schneider.
San Chico ficou com o título da ORC Internacional e foi o fita azul da regata Troféu Seival 76
O MINUANO
Na classe RGS a vitória no Circuito foi do Drakkar, de Leonardo Sant’anna, em vice ficou o Pelayo, de Joaquim Fonseca. Na Microtoner 19, o Batucada, de José Eduardo Araújo foi o campeão e em segundo o Vewaga, de Ronald Kunrath.
Drakkar foi o campeão da BRA RGS, numa disputa forte em sua classe
O tradicional Troféu Seival é a maior regata em água doce do Brasil e há 47 anos é realizado ininterruptamente. Nessa edição a distância foi de 66.5 milhas de distância, com percurso pelo rio Guaíba e Lagoa dos Patos. A largada foi em frente ao Veleiros do Sul às 11h05min de sábado sob intensa garoa. No tempo corrigido o vencedor do Troféu Seival, somente para classe ORC, foi o Hobart e o San Chico levou a Taça Xodó – Bico de proa – por ter sido o primeiro a cruzar a linha de chegada,
Hobart foi o campeão do Troféu Seival
próxima a ilha das Pedras Brancas, às 20h50min20s. Os barcos da classe RGS competiram na Regata Farroupilha, cerca de 42 milhas, e o vencedor foi o Pelayo e na Microtonner 19 o Batucada em primeiro lugar. O vento variou nas direções sul-sudeste de 8 a 15 nós de intensidade. O 26º Circuito Conesul de Vela de Oceano teve a participação de 22 barcos dos clubes de Porto Alegre e Pelotas e iniciou no dia 16. A competição contou com o apoio da Delta Yachts e Equinautic.
Entre os barcos menores, o Batucada saiu vencedor da Microtonner19
Na Regata Farroupilha, de longo percurso da RGS, o Pelayo, de Pelotas ficou em primeiro lugar
PREMIAÇÃO DO 26º CIRCUITO CONESUL
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Classificação Geral - 1) Classe Microtonner: 1º Batucada, José Eduardo Araújo (SAVA) e 2º Vewaga Ronald Kunrath (SAVA); 2) Classe BRA RGS: 1º Drakkar, Leonardo Sant’anna (CDJ), 2º Pelayo, Joaquim Fonseca (ICP) e 3º Alga, Adriano Santos (VDS); 3) Classe ORC INT: 1º San Chico, Francisco Freitas (CDJ), 2º Hobart, Airton Schneider (CDJ) e 3º Kamikaze, Hilton Piccolo (CDJ). 28ª Regata Farroupilha - 4) Classe MC: 1º Batucada, José Eduardo Araújo e 2º Vewaga Ronald Kunrath; 5) Classe BRA RGS: 1º Pelayo, Joaquim Fonseca, 2º Drakkar, Leonardo Sant’anna e 3º Gaivota, Márcio Coutinho. 47º Troféu Seival - 6) Troféu transitório Xodó (Fita azul) : San Chico, Francisco Freitas; 7) Classe ORC INT: 1º Hobart, Airton Schneider, 2º Kamikaze, Hilton Piccolo e 3º San Chico, Francisco Freitas; 8) Troféu Seival transitório: Hobart, Airton Schneider. O MINUANO
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Estadual de Monotipos Fevers - 2017
A Federação de Vela do Rio Grande do Sul (Fevers) finalizou o Campeonato Estadual de Monotipos no dia 29 de outubro e a premiação foi no Veleiros do Sul.
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a classe 420 Gabriel Lopes e João Antônio Vilela Grings foram os campeões gerais, com Thiago Ribas e Erik Hoffman em segundo e Martina Szabo e Vitória Antoniazzi Chaves em terceiro. Martina e Vitória também foram campeãs no feminino, com Letícia Santos e Joana Ribas em segundo e Manuella Toimil Geyer e Camila Oliveira em terceiro. Na classe Soling, George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Alexandre Mueller (VDS) foram os vencedores, com Flávio Quevedo, André Gick e André Renard em terceiro e Kadu Berghental, Eduardo Cavalli e Renan Abrahan em terceiro. O VDS fechou o pódio na classe Laser Standard com o campeão Philipp Grochtmann, André Streppel como vicecampeão e Adrion Santos em terceiro. Na Laser Radial, João Emílio Vasconcellos (CDJ) foi o campeão com Nicolas Mueller (VDS) no segundo lugar. Na classe Hobie Cat 16 Mario Dubeux e Karol Bauerman (CDJ) conquistaram o título, e do VDS: Pierre Horta e Alexandre Capra ficaram em terceiro, Marcelo Hoffmeister e Matheus Lamb, 4º e Guilherme Borges e Sandra Saffer em 5º. Gran Master: 1º Eduardo Ekman Gabriela Vera.
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1) Classe Soling; 2) Classe Hobie Cat 16; 3) Classe Laser Standard; 4) Classe Laser Radial; 5) Classe 420 feminina; 6) Classe 420 masculino
Flotilha Minuano vence Estadual de OP Com um desempenho excelente, a Flotilha Minuano fez dobradinha no Campeonato Estadual de Optimist com Felipe Fraquelli e Germano Becker Santos nas categorias estreante e veterano. A disputa foi de 2 a 5 de novembro com cinco regatas para os estreantes e sete regatas para os veteranos, todas realizadas na raia da Tristeza. Nos estreantes, a regularidade de Felipe Fraquelli foi destaque com o velejador vencendo as regatas de ponta a ponta (com apenas um segundo lugar que foi descartado) com 5 pontos perdidos. O segundo lugar foi de Lucas Flores e o terceiro de Alexandre Paludo . A vitória feminina foi de Milena Holler, todos do VDS. Dos oito velejadores da categoria, sete deles eram da Flotilha Minuano. Já a vitória de Germano Becker Santos nos Estrantes foi decidida no último dia de regatas. O vice-campeão Lorenzo
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Felipe Fraquelli e Germano Becker Santos
Balestrin (CDJ) e o terceiro colocado Erick Carpes (VDS) se alternaram na ponta, mas a regularidade de Germano, que concluiu a disputa com 14 pontos perdidos, fez a diferença. A Flotilha Minuano do Veleiros do Sul ainda venceu o prêmio de melhor flotilha do Rio Grande do Sul.
Samuca e Bruna foram campeões brasileiros da classe Nacra 17 A dupla do VDS liderou todo o campeonato realizado em junho no RJ
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amuel Albrecht e Bruna Martinelli conquistaram o título brasileiro da classe Nacra 17 no Iate Clube do Rio de Janeiro. A dupla do Veleiros do Sul liderou todo o campeonato e venceu com boa diferença de pontos para os segundos colocados, João e Maria Hackerott (SP) e em terceiro João Bulhões e Gabriela Nicolino (RJ). Samuca, que representou o Brasil nos Jogos do Rio 2016 na classe Nacra comentou o desempenho no campeonato com sua nova proeira. “Foi uma estreia acima da expectativa, parecia até que já velejavamos há mais tempo. Fiquei surpreso com o desempenho da Bruna, que ainda não completou 20 velejadas no barco. Nosso esforço e trabalho dos últimos dias valeram a pena e nos deixam animados para seguir na campanha olímpica com mais empenho”. O gaúcho Samuel Albrecht e pernambucana Bruna Martinelli depois de
dois meses velejando juntos em Porto Alegre deram início a campanha olímpica em maio. Após a Copa Brasil de Vela realizada em março em Porto Alegre, Samuca e Isabel Swan, nossos representantes nos Jogos do Rio 2016 na classe Nacra, desfizeram a parceria. No lugar da velejadora carioca entrou Bruna, 30 anos, que competia na prancha a vela olímpica e foi campeã sul-americana 2016. Ela veio de muda para o Sul e desde o começo de abril treina no Veleiros do Sul. Depois de período de adaptação os dois velejadores oficializaram a dupla e a campanha para Tóquio 2020. Por enquanto os treinos estão concentrados no Guaíba. Bruna, que competiu na Copa Brasil ainda na classe RS:X e ficou em segundo, atrás de Patrícia Freitas, diz que não sentiu dificuldade em velejar na nova classe. Samuca falou sobre os planos para este ano. - Nós estamos no início da cam-
Uma estreia com título após dois meses de treinos
panha e começamos a definir nossos objetivos. Nesse ano queremos correr a Copa Brasil em dezembro em Ilhabela e o Sul-americano da classe que ainda não está com data marcada. Nós vamos treinar muito em Porto Alegre. Em 2018 queremos velejar no novo Nacra 17 foiling, barco que fará parte do programa da vela nos Jogos de Tóquio.
Depois da conquista Samuca e Bruna continuam os treinos no Guaíba. A meta é chegar em Tóquio 2020 O MINUANO
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VDS foi sede das clínicas de alto rendimento da CBVela e COB
Retomada de campanha olímpica e aprimoramento técnico para competições internacionais foram os objetivos do encontro de velejadores e técnicos em novembro.
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a classe 470 quatro duplas foram treinadas pelo espanhol Inigo Fernandez, Eneco. O objetivo inicial foi formar um grupo que incorpore gente experiente, como a Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, que estão retornando, com os mais jovens. “ Precisamos melhorar a disparidade técnica para formarmos um grupo equilibrado e que tenha resultados satisfatórios”, disse Eneco. O Veleiros do Sul tornou-se um núcleo da classe 470 no país e isso é importante por concentrar os velejadores aqui. Pois só conseguiremos evoluir se trabalharmos com todos juntos da flotilha ”. Tiago Quevedo, campeão do primeiro Brasileiro Interclubes da Juventude na classe Laser, participo da clínica com
Diretores e técnicos da Confederação Brasileira de Vela e Comitê Olímpico do Brasil reunidos no VDS 80
O MINUANO
o técnico carioca Alexandre Saldanha, o Espanto. Na época da clínica o objetivo era trabalhar com o Tiago para o Mundial da Juventude que ocorreu na China, em dezembro. “Quis vir ao VDS conhecer melhor o Tiago e os treinos não mudamos nada do que ele já sabia, apenas aprimoramos. Nós identificamos nele um grande potencial para a vela de alto rendimento”. O técnico da classe Nacra 17, Bruno Di Bernardi acompanhou a transição do catamarã antigo para o de foil que chegou em novembro para a dupla Samuel Albrecht e Bruna Martinelli. O barco foi montado durante a clínica eles velejaram no Guaíba para os primeiros testes. “Os dois são praticamente os mesmos catamarãs, mas é um recomeço porque precisarão aprender a ‘voar’ com os foils, ter o domínio do barco.” No Veleiros do Sul também acompanharam as clínicas o coordenador técnico da Equipe da CBVela, Torben Grael, o diretor Executivo Daniel Santiago e a gestora de Alto Rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Cristina Gil. VELA DE BASE No fim de semana passado ocorreram no Veleiros do Sul clínicas da Vela Jovem e classe Optimist, com a participação de competidores que vieram para o Sul-Brasileiro de OP, de vários estados, Argentina e Uruguai.
I Copa Marinha do Brasil de Vela Veleiros do Sul foi a sede da Copa Marinha do Brasil de Vela em novembro com a participação de sete equipes do RS, SC e RJ.
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urante três dias foram realizadas sete regatas, mais a medal race, com barcos da classe Elliott 6m. O time formado por Geison Mendes, Gustavo Thiesen e Fábio Pillar foi o vencedor, em segundo lugar ficaram Martha Rocha, Ana Barbachan e Felipe Ilha e na terceira posição Bruno Fontes, Vilnei Goldmeier e Tatiana Almeida. O timoneiro e sargento Geison destacou como ponto principal o nível técnico da Copa após a vitória na regata da medalha. “Velejadores com experiência olímpica, regatas bem disputadas com barcos andando sempre próximos um do outro tornaram o evento bem competitivo. Conseguimos velejar bem e lideramos todo o torneio. Foi bacana reunir todo pessoal aqui”. A timoneira Martha Rocha, primeiro tenente, que comandou o time vice-campeão, também é técnica dos velejadores do Prolimp (Programa Olímpico da Marinha). “Atingimos o objetivo que era fazer um evento que servirá de modelo para realizarmos futuros campeonatos nacionais militares de vela. Em nossa avaliação foi muito positivo e destacamos o apoio do Veleiros do Sul, desde o início, a nossa opção era por esse clube que tem uma estrutura completa de vela”. O chefe da Equipe de Vela da Marinha, o capitão de mar e guerra (CMG) Marco Antônio de Azambuja Montes disse que o Veleiros do Sul poderá sediar em 2020 o Mundial de Vela do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM). “O Clube tem todas as condições para isso e possui uma flotilha de Elliott 6M que poderá ser usada na modalidade de match race. Em 2011 sediamos os Jogos Mundiais Militares no RJ, em 2015 ficamos em segundo lugar na Coréia do Sul e 2019 será na China. Nesse ano fomos campeões do Regional Europeu Militar de Vela com o Geison Mendes, Gabriela de Sá e Mário Tinoco em junho na Polônia”. No encerramento da Copa o comandante Montes falou sobre a acolhida do Veleiros do Sul. “Quero agradecer de coração esse clube por ter realizada a Copa. Esse é um dos clubes de maior tradição na vela brasileira e também conta com uma equipe muito competente que contribuiu para o sucesso da Copa. Aqui é o local do esporte da vela”. Ele também ressaltou a presença dos atletas da Equipe de Vela da Marinha e saudou a entrada de novos integrantes que participaram da competição. O comandante Montes entregou ao vice-presidente do
Competição reuniu velejadores com experiência olímpica e teve regatas de alto nível técnico
Pódio com os três primeiros colocados e todos os participantes da Copa
Dos 21 atletas presentes na Copa, 16 pertencem a Equipe de Vela da Marinha brasileira e ocupam a patente de sargento.
Conselho Deliberativo Eduardo Scheidegger uma placa em homenagem ao Veleiros do Sul por sediar a I Copa Marinha do Brasil de Vela. Dudi agradeceu em nome da comodoria do VDS e falou sobre a antiga parceria do Clube com a Marinha e que atualmente conta com vários atletas em seu quadro. Alto Redimento A vela faz parte do Programa de Alto Rendimento do Ministério da Defesa que conta com cerca de 630 atletas em 41 modalidades, sendo 34 olímpicas e sete não olímpicas, tipicamente militares, como cross country, lifesaving, orientação, paraquedismo, pentatlo aeronáutico, pentatlo militar e pentatlo naval. O MINUANO
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Na Copa Elliott deu a Tri Bala
Competição teve seis equipes. O primeiro dia foi de vento forte e frio no Guaíba.
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equipe Tri Bala comandada por Adrion Santos foi a vencedora da Copa Elliott 6m disputada em junho. A Fura Bolo, liderada por Guilherme Roth ficou na vice-colocação e em terceiro El Demolidor, de Kadu Bergenthal. A competição teve oito regatas realizadas no total e a Tri Bala conseguiu três vitórias e alcançando a melhor média de resultados. O comandante falou sobre a sua vitória e o trabalho de sua equipe com Matias Melecchi e Zezinho Távora. “De certa maneira me surpreendi porque havia velejadores de nível alto. Fiquei bastante tempo sem velejar em virtude do meu acidente e atribuo ao desempenho dos
1º lugar - Tri Bala: Adrion Santos, Matias Melecchi e Zezinho Távora 82
O MINUANO
meus tripulantes. O Matias, que fez o meio, conhece bem o barco e o Zezinho na proa também. A Copa foi legal o pessoal competiu e se divertiu, esperamos a próxima e com mais equipes”. Os competidores pegaram condições de tempo bem distintas na Copa. No primeiro dia foi de vento forte e muito frio já no dia da final o vento foi de intensidade média de 8 a 10 nós de direção noroeste-norte e sol. As regatas foram realizadas em formato de flotilha em frente ao Clube. O Yacht Club Rio Grande participou com uma equipe representante, Da Big, liderada por Eduardo Carneiro. A premiação ocorreu na Vento Sul.
2º lugar – Fura Bolo: Guilherme Roth, Rodolfo Streibel e Marcelo Gallicchio
3º lugar – El Demolidor: Kadu Bergen thal, Eduardo Cavalli e Renan de Oliveira