Studios Marina Bracuhy - Loja E Porto Bracuhy - Rio Santos Km 500,5 - Angra dos Reis/RJ (24) 3363-2026 - (24) 7835-7939 - Nextel id 81*37330 dyc@dyc.com.br www.dyc.com.br
PALAVRA DO COMODORO Prezados Associados A capa desta edição é uma foto do trapiche de madeira do Clube em 1935, na antiga sede do bairro Navegantes. É a imagem dos primeiros meses de vida do Clube, fundado em dezembro de 1934. Com isso lembramos que daqui a três meses comemoraremos 80 anos do Veleiros do Sul. Assim, desde já convido os nossos associados e amigos a participarem conosco dos festejos de aniversário em 13 de dezembro. Desejamos fazer um evento que marque esta data. O Veleiros do Sul surgiu do ideal de um grupo de velejadores e na sua primeira ata é mencionada a vela como ideia fundadora da associação. Passaram-se as gerações e esse legado foi transmitido até nós, e agora trabalhamos para que continue pelas gerações vindouras. Dentro dessa linha de pensamento, em junho, eu e o nosso gerente esportivo Odécio Adam estivemos no Congresso da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) - leiam a matéria na página 43 - e ouvimos mais de uma vez a citação do nome do Veleiros do Sul pelo velejador e grande dirigente esportivo Lars Grael. E esse é ponto que desejo enfatizar. Nossa imagem é consolidada como um clube de vela que goza de respeito e admiração em nível nacional. Tanto assim que agora passamos a integrar o Conselho de Interclubes da CBC, composto por tradicionais agremiações esportivas do país. Há uns cinco anos, o Clube tem feito parcerias com o Ministério do Esporte por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Tivemos todos os projetos executados e as contas aprovadas. Neste momento, iniciamos outro grande projeto, mas desta vez pela Lei Pelé, via Confederação Brasileira de Clubes. Conseguimos nos tornar aptos para encaminhar nossos projetos, diga-se de passagem, junto com um grupo restrito de 18 clubes que conseguiu se habilitar. Inclusive, em tempo recorde, adequamos o nosso Estatuto conforme a lei vigente. Fomentaremos a vela jovem e olímpica e esses recursos não ficarão só restritos ao Clube para aquisição de material, mas também serão repassados aos nossos atletas para suas campanhas esportivas. Enquanto isso nossa a vela vai de vento em popa. Neste ano continuamos a nossa trajetória de conquistas de títulos, destacando-se as classes Optimist e a 470. A Escola de Vela Minuano também atravessa um ótimo tempo. As crianças voltaram a frequentar as nossas instalações, por meio da colônia de férias e outras ações de interação com a vela, aumentamos o número da classe Estreante, com alunos oriundos dos cursos de Optimist e Pré-flotilha. O Clube oferece uma excelente atividade esportiva e educacional para os filhos dos associados. Por isso convido a todos que participem da programação da nossa Escola. O Clube como um todo vai bem. Algumas obras em andamento melhorarão muito a nossa estrutura patrimonial, destacando-se a reforma geral dos vestiários e banheiros da sede - que deixará as instalações adequadas ao nível do nosso Clube -, o prolongamento do trapiche 1 e a reordenação das vagas molhadas e o início da construção de novo píer na marina. A nossa subsede ilha Chico Manoel também passou por limpezas e manutenção e com a chegada da primavera, mais florida. Nossa visão é voltada para o conjunto dos sócios. E até a nossa revista passou por um upgrade com novas colunas e assuntos. Nessas oito décadas, muita coisa mudou na sociedade e consequentemente no esporte. Hoje não podemos conviver com fé no improviso, necessitamos nos adequar ao ritmo do tempo atual, e isso exige cada vez mais profissionalismo, planejamento e recursos. Manter a chama acesa é nosso dever imperativo, e no futuro, talvez, ao sermos lembrados, ouviremos das gerações que nos sucederam: “Eles tiveram a coragem de fazer”. Boas navegadas a todos nós. Cícero Hartmann
EXPEDIENTE Comodoro Cícero Hartmann Vice-Comodoro Esportivo Guilherme Schramm Roth Vice-Comodoro Administrativo Paulo A. Hennig Vice-Comodoro Patrimônio Luis Antonio Schneider Vice-Comodoro Social Carlos Alberto Trein Diretor de Porto Luiz Vinícius M. de Magalhães Diretor de Monotipos Kadu Bergenthal Diretor de Oceano Augusto Moreira Diretor Motonáutica Celestino Goulart Diretor de SUP Geraldo G. Gomes da Silveira Escola de Vela Minuano Coordenador: Cássio do Canto Prefeito da Ilha Chico Manoel Roberto A. Schmitz Diretor Jurídico Lúcio Pinto Ribeiro Conselho Deliberativo Presidente Newton Roesch Aerts Vice-Presidente Luiz A. Morandi Conselho Fiscal Titulares: Newton R. Aerts, Luiz Alberto Morandi e Flávio Neumann Suplentes: Ricardo Englert e Homero Jobim Neto O Minuano é uma publicação do clube Veleiros do Sul. Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592 Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil CEP: 91.900-420 E-mail: comunicacao@vds.com.br Site: www.vds.com.br
Editor: Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS Textos e Fotos: Ricardo Pedebos e Ane Meira Foto Capa: Memória VDS/1935 Projeto Gráfico e Diagramação: Renato Nunes Fotolitos e Impressão: Gráfica Calábria Tiragem: 1.300 exemplares Distribuição: Sócios do VDS, diretorias dos clubes náuticos e marinas do Brasil. Clubes da Argentina, Chile e Uruguai.
OPTIMIST
Flotilha Minuano no topo do pódio
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Uma trajetória de vitórias na Optimist
Já Erik Hoffmann integrou a equipe brasileira que disputou em julho o Campeonato Norte-americano de Optimist realizado em Nayarit no México. Ele terminou em 46º lugar na flotilha Azul (equivalente à flotilha
Foto: Matias Capizzano/Divulgação
resença constante nos pódios, a flotilha Minuano do Veleiros do Sul segue acumulando bons resultados desde o início do ano. O destaque do grupo é Tiago Quevedo que chegou ao seu quarto título nesta temporada, entre eles o Brasileiro. Sua última conquista foi o 36º Campeonato Sul-brasileiro e a 11ª Copa Mercosul de Optimist, disputado em julho em Foz do Iguaçu, no Iate Clube Lago de Itaipu (ICLI). Na competição a flotilha Minuano ainda obteve o quinto lugar com Gabriel Lopes, Erik Hoffmann foi o sétimo e Gabriel Rimoli o 28º. Participaram do campeonato 107 velejadores (44 veteranos e 63 estreantes) do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, além dos velejadores da Argentina. Em junho Tiago Quevedo e Gabriel Lopes fizeram uma dobradinha na Búzios Sailing Week, no Armação de Búzios, e no Campeonato Brasil Centro da classe Optimist, na subsede do Iate Clube do Rio de Janeiro, em Cabo Frio. Tiago ficou com o título e Gabriel em vice. Além deles, Erik Hoffmann terminou em 9º lugar e Gabriel Rimoli, em 20º.
Tiago Quevedo já ganhou quatro títulos neste ano
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O MINUANO
prata). A melhor colocação individual da flotilha brasileira foi de João Tatsch em 26º lugar na flotilha amarela (ouro). A equipe brasileira conta com 16 velejadores, o team leader Cássio Lutz do Canto, do VDS, e os técnicos Átila Pellin e Lucas Mazim. Em abril a flotilha Minuano disputou o Campeonato Sul-americano de Optimist 2014, em Punta del Este. Gabriel Lopes, campeão de 2013, ficou em quarto lugar geral e terceiro sulamericano, enquanto Tiago Quevedo finalizou na sexta posição geral e quinta no sul-americano. Erik Hoffman acabou em 45, após conquistar com o time BRA 1 o vice campeonato por equipes. A dupla Gabriel Lopes e Tiago Quevedo fará parte da equipe do Brasil no Mundial de Optimist em outubro, na Argentina. A flotilha Minuano conta com o trabalho dos técnicos Geison Mendes e Philipp Grochtmann.
CLASSE 470
Geison e Gustavo são bicampeões Sul-americanos de 470 Nesta temporada eles também venceram o Campeonato Italiano Open Foto: Fred Hoffmann
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ano tem sido promissor para a dupla Geison Mendes e Gustavo Thiesen. A mais recente conquista dos atletas do Veleiros do Sul foi o bicampeonato Sul-americano da classe 470 ao superarem adversários de 13 países, inclusive de outros continentes, que vieram ao Brasil para o Aquece Rio International Regatta. “Ficamos realmente surpresos com a vitória, pois competimos com gente de todo o mundo, atletas olímpicos que estarão no Aquece Rio e aproveitaram para correr neste sulamericano. Nossa meta era ficar entre os três primeiros. O crucial para essa conquista foi valorizar os treinos na raia do campeonato. Essa preparação com certeza nos garantiu grande vantagem. A conquista mostra o quanto somos capazes de nos destacarmos no caso de obtermos a vaga olímpica”, afirmou Geison. Os norte-americanos Stuart Mcnay e David Hughes foram os vice-campeões gerais e os franceses
Dupla está em campanha olímpica para os Jogos Rio 2016
Sofian Bouvet e Jeremie Mion ficaram em terceiro lugar geral. Além do Sul-americano, Geison e Gustavo ganharam neste ano outro título internacional: o Campeonato Italiano Open de 470 de 2014. Os gaúchos venceram a com-
Muito trabalho e confiança após bons resultados nas competições
petição ao ultrapassarem no dia final os italianos Francesco Falcetelli e Matteo Bernard, segundo colocados. “Foi um bom campeonato muito disputado, com 34 tripulações de quatro continentes. A Itália possui uma flotilha forte e isso eleva o nível da classe 470 no país”, disse Gustavo. O campeonato foi realizado no Fraglia Vela Riva, Lago Garda, nos dias 3 e 4 de maio. Dias depois, a dupla participou da Semana Olímpica de Garda Trentino, primeira etapa da Eurosaf Campeões Sailing Cup, e terminou em 15º lugar. Em abril participaram da etapa final da Copa do Mundo de Vela da Federação Internacional de Vela (ISAF) em Hyères, França. Eles foram a melhor dupla brasileira na classe 470 masculina ao finalizar em 31º lugar entre os 81 barcos participantes na competição. As outras etapas da Copa do Mundo que a dupla competiu foram: Melbourne, Miami e Palma de Mallorca. Geison e Gustavo contam com o patrocínio do Banrisul e Corsan e o apoio do COB, CBVela, Veleiros do Sul, Matracafe e North Sails. O MINUANO
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ESCOLA DE VELA
Vela e lições de vida
A formação de novos velejadores proporcionou número recorde na flotilha de Optimist
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classe Estreantes ganhou 11 velejadores que concluíram o curso de Pré-Flotilha da Escola de Vela Minuano neste ano. Eles começaram a participar das regatas da FEVERS e representarão o Veleiros do Sul na Copa Brasil de Optimist (Estreante), em janeiro de 2015 no Rio de Janeiro, que antecede o Campeonato Brasileiro de veteranos. Todos os alunos passaram primeiramente pelo curso de Optimist (iniciação), para se habilitarem na Pré-flotilha. Os cursos tiveram a duração de três meses cada um e no final foram realizadas formaturas na sede da escola com a presença da comodoria, professores, pais e alunos. A EVM conseguiu montar a maior flotilha de Estreantes nos últimos anos graças às mudanças feitas em 2013, após uma reciclagem na escola que incluiu até uma nova sede. Esse trabalho contribuiu para a formação de velejadores como ressaltou o comodoro Cícero Hartmann na formatura realizada em maio. “É com prazer que vemos essas crianças concluindo os seus cursos de vela. Elas são o futuro e não nos importa se seguirão o caminho da competição. O que vale é que sintam o gosto de navegar, de aprender com a vela muitas lições que lhes servirão para sua vida,
Formatura das primeiras turmas deste ano de Optimist e Pré-flotilha
disse Cícero”. Na formatura de agosto o vicecomodoro esportivo Guilherme Roth falou aos pais sobre o nível da EVM. “Hoje possuímos uma das melhores flotilhas de Optimist do país e temos campeões brasileiro e sul-americano da classe. Lembro que hoje o Clube destaca-se não só na vela de base mas começa despontar na vela olímpica”, finalizou Guili. O reconhecimento da dedicação da EVM veio também da parte dos pais do alunos. Na formatura Jairo Martins agradeceu o Veleiros do Sul em nome de todos por proporcionar essa opor-
tunidade aos seus filhos. “Estamos contentes de vermos nossas crianças velejarem, apreenderem lições para suas vidas e desfrutarem esse entrosamento social que o ambiente proporciona. Como militar gostaria ainda de destacar a liderança do Cássio, que sabe comandar com habilidade a escola.” Numa homenagem surpresa, Jairo Martins entregou três placas com dizeres de reconhecimento dos pais e alunos pela “dedicação dispensada e conhecimentos transmitidos” ao professor Mauro Ferreira, ao coordenador da EVM Cássio Lutz do Canto e ao comodoro Cícero Hartmann.
FORMANDOS Pré-Flotilha: Felipe Gouvea, Gabriel Meneghetti, Fernando Englert, Lucas Mendes e Francisco Ruschel, Pedro Henrique Amine, Leonardo Caminha, Guilherme Becker de Araújo Santos, Germano Becker Santos, Erik de Mattos Carpes, Alexandre Becker Santos e Luan Dullius Martins. Optimist: Daniela Becker, Lucas Flores, Vicenzo Vecchietti, Pedro Henrique Blanco, Eduardo Blanco, Gabriel Ramalho Alunos que concluíram os cursos em agosto 6
O MINUANO
Descobrir o prazer de navegar Evento que homenageou os 50 anos do Colégio João XXIII proporcionou uma experiência de velejar no Guaíba
Uma tarde de vela no Guaíba para os alunos do João XXIII
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ostrar a vela como uma atividade de potencial esportivo e de vivência social levou o Veleiros do Sul a uma política de interação com as entidades de ensino. O contato inicial foi entre a Escola de Vela Minuano e o Colégio João XXIII, num evento realizado no dia 24 de agosto que também marcou o encerramento das festividades dos 50 anos de fundação do colégio. A programação reuniu alunos sem experiência na vela e velejadores infantis da EVM, além de uma regata da classe Optimist do calendário da Federação de Vela do Estado do RS (Fevers). Na atividade dentro do Clube as crianças velejaram em grupos com os instrutores em quatro barcos Elliott 6M, classe que integrou as regatas na Olimpíada de Londres em 2012.
As crianças experimentaram o trabalho de bordo
A experiência de navegar impulsionado pelo vento no Guaíba foi marcante para os alunos. Da orla do Clube os pais acompanharam a movimentação dos veleiros pela baía do Cristal. O comodoro Cícero Hartmann foi um dos timoneiros dos barcos e ficou entusiasmado pelo encontro que também contou com a presença das diretoras do João XXIII, Anelori Lange e Maria Tereza Coelho. “A vela proporciona vida social desde cedo que poderá se estender por toda vida; estimula a autoconfiança, a força física, raciocínio rápido e amor pela natureza. É isso que desejamos passar para elas”, diz Cícero. O projeto da EVM é manter uma relação com os colégios, com a possibilidade da vela se tornar uma modalidade extracurricular para crianças
Divididos em grupos, os alunos velejaram nos quatro veleiros da classe Elliott 6M
porque alia esporte, diversão e conhecimento. O Clube também está em tratativas com o Colégio Leonardo da Vinci da zona sul para que a vela venha a ser um turno estendido aos alunos que desejam participar da atividade. Para isso a EVM terá aulas em dias da semana, que serão estabelecidas conforme as demandas, além dos fins de semana. “Não existe um tipo físico específico para praticar o esporte, é para qualquer um - menino ou menina - e não precisa necessariamente se tornar um competidor. Queremos que a Escola de Vela Minuano seja mais uma porta de entrada para novos associados e também darmos a oportunidade para que as pessoas vejam a vela como uma atividade bem mais ampla em suas vidas”, comenta Cícero.
Entrega de medalhas da Escola de Vela Minuano aos participantes do evento O MINUANO
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OLIMPÍADA 2016
Tripulações do VDS contam com projetos aprovados pela LIE A Lei de Incentivo ao Esporte permite você ajudar nossos velejadores pelo abatimento de sua contribuição sobre a quantia do imposto devido
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Veleiros do Sul participa do ciclo Olímpico para os Jogos do Rio de 2016 com as tripulações nas classes Nacra17, Samuel Albrecht e Geórgia Silva, e 470, Geison Mendes e Gustavo Thiesen. As duplas fazem parte da Equipe Olímpica da CBVela e contam com projetos incentivados pelo Ministério do Esporte abertos a captação para darem suporte as suas campanhas. O projeto Vela Olímpica Veleiros do Sul destinado à classe 470 já recebeu o aporte de R$ 272.000,00 e ain-
da está em execução, o seu período de captação vai até 31/12/2014. Participam do projeto as empresas: Borrachas Vipal, Corsan, Metalúrgica Fallgatter e Banrisul Cartões. O da Nacra17 foi aprovado recentemente pelo ME com valor para captação de: R$ 676.942,16. Empresários e pessoas físicas já podem investir no Projeto Olímpico Nacra17 pela lei de incentivo fiscal. Os projetos olímpicos têm como objetivo adquirir equipamentos, barcos e promover o programa
de treinamento para as tripulações. Regulamentada em 2007, a Lei de Incentivo ao Esporte permite que empresas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos nas áreas de rendimento, participação e esporte educacional. Pela Lei de Incentivo, as empresas podem destinar até 1% do valor do Imposto de Renda e ainda acumular com investimentos proporcionados por outros dispositivos legais. O teto para pessoas físicas é de 6% do IR.
Veja como é fácil financiar o esporte pela Lei de Incentivo – Pessoa Física Entre no site do Ministério do Esporte: www.esporte.gov.br e dirija-se a parte esquerda > Programas e Ações, entre no link > Lei de Incentivo ao Esporte, depois > Pessoa Física. Nesta página você encontrará um simulador de Imposto de Renda no qual será feito o cálculo para o abatimento de sua contribuição sobre a quantia do imposto devido. Depois de calculado procure acima na mesma página o link: Consulta Projetos Aprovados Aptos à Captação e localize os projetos do VDS. Os dados estão em PDF e podem ser impressos. Na página da Pessoa Física também há um vídeo tutorial que ensina o passo a passo, é simples e rápido. Ao ajudar o esporte da vela você terá a garantia que seu investimento estará sendo bem utilizado.
Projetos do VDS aprovados no Ministério do Esporte em fase de captação: Projeto Olímpico Nacra 17
Vela Olímpica Veleiros do Sul
Processo: 58701.009968/2013-15 Nº SLIE: 1307060-60 Proponente: Veleiros do Sul Associação Náutica Desportiva Título: Projeto Olímpico Nacra 17 Registro: 02RS013772007 Manifestação Desportiva: Desporto de Rendimento CNPJ: 92.948.785/0001- 47 Cidade: Porto Alegre UF: RS Valor aprovado para captação: R$ 676.942,16 Dados Bancários: Banco do Brasil Agência nº 2822 DV: 3 Conta Corrente (Bloqueada) Vinculada nº 31079-4 Período de Captação até: 31/12/2015
Processo: 58701.001898/2011-87 Nº SLIE: 1102522-09 Proponente: Veleiros do Sul Associação Náutica Desportiva Título: Vela Olímpica Veleiros do Sul Registro: 02RS013772007 Manifestação Desportiva: Desporto de Rendimento CNPJ: 92.948.785/0001-47 Cidade: Porto Alegre - RS Dados Bancários: Banco do Brasil Agência nº 2822 DV: 3 Conta Corrente (Bloqueada) Vinculada nº 28011-9 Período de Captação: 31/12/2014
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Veleiros é inspiração para Leonid
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beleza paisagística do Veleiros do Sul figura em um dos mais importantes registros fotográficos da Capital gaúcha da atualidade, o livro Porto Alegre, dos fotógrafos Leonid Streliaev e Adriana Franciosi. O lançamento da edição foi em junho no Clube, nas vésperas do início da Copa do Mundo, com a presença de autoridades, convidados, comodoria e associados. O fotógrafo Leonid Streliaev, associado do Veleiros do Sul, comentou que o Clube está bem retratado no livro, sendo sua fonte de inspiração ao seu trabalho, esse em especial já que a temática do Guaíba e a retomada do contato com o rio pelos porto-alegrenses foi mais explorada. O comodoro Cícero Hartmann ainda colabora no livro com um texto sobre o Veleiros do Sul, introduzindo o capítulo que apresenta Porto Alegre e as águas.
“O VDS participou desta magnífica edição e sente-se honrado por isso. Quero agradecer ao Leonid e à Adriana (e também à Rita) por terem escolhido o Clube, por essa parceria. O livro ficou sensacional. Para nós, estar-
mos vinculados a esse projeto, e com o reconhecimento que ele está tendo é bárbaro”, comentou o comodoro Cícero que adianta: “no fim do ano os nossos associados terão uma grande surpresa”.
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CRUZEIRO
Sonhos que se materializam ntrei para o Veleiros do Sul no início de 1985, a partir de um conjunto de circunstâncias que iniciaram em minha adolescência (sonho de me tornar velejador a partir de livros e filmes) e me levaram do interior para o desejo do Mar. Então cheguei no Clube pela mão do Edgar Kuhl, com um RD 16 que achava um iate, mas nunca tinha velejado quando comprei o barco, só tinha a grande expectativa e uma vontade ilimitada, contando com a paciência do Edgar a me ensinar. Nestes anos todos, pois estou quase me jubilando aqui no VDS, fiz no Veleiros maravilhosos e eternos amigos, mas, principalmente, estes amigos e esta vivência no clube me levaram a de fato tentar materializar o sonho de velejar para muito longe, se e quando possível. O desejo deste possível se consolidou como Projeto no feriado de 1º de maio de 2012, quando em um alegre grupo de família e amigos, alugamos dois barcos mais uma vez da Delta Yacht Charter em Angra, onde sempre fomos atendidos de forma VIP, e eu e o Luizinho Ungaretti resolvemos não somente voltar lá navegando, mas irmos além e até onde possível com nossos próprios barcos. Assim, construímos a ideia de fazermos dois
veleiros Delta 36 irmãos para esta viagem, e por incrível que possa parecer... conseguimos!!! Assim, em dezembro de 2013 zarpamos com o Projeto de subirmos a costa do Brasil até Fernando de Noronha e depois de lá fazermos a revisão de nossos planos ou retorno para Porto Alegre. Esta matéria é o relato parcial deste cruzeiro, pois ainda estamos em parte do caminho, mas já realizamos o mais difícil, que é partir... Partimos no dia 30 de novembro, uma belíssima madrugada de primavera, um sábado, pois sair na sexta-feira poderia não trazer melhor sorte. A bordo, a Juliana Trein e o namorado Rafael, ambos amigos queridos, a “Juju” uma garota muito especial que conheço desde pequena. Eles queriam conhecer a Lagoa dos Patos e eu precisava de companhia, já que a minha família neste período estava comprometida com final de ano escolar e vestibular. A previsão era de ventos amenos e uma navegada supostamente tranquila...Não foi bem assim, pois o vento “roncou” na Lagoa, mas era favorável, o Raio de Luar “decolou” rumo a Rio Grande, a 9 felizes nós na Lagoa, surfando, com direito até a uma mareada ao amanhecer em razão da noite em claro. Já a Juju e o Rafa sempre sorrindo, sempre solíci-
Fotos: Arquivo pessoal Cylon R. Neto
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Por Cylon Rosa Neto
O Raio de Luar, Delta 36, atracado no Veleiros do Sul à espera da cerimônia de batismo 10
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tos, tripulantes e amigos exemplares. Junto, todo o tempo, trocando ideias e estratégias, o 4Fun com o Luiz Ungaretti, a Suelen, e meus queridos primos Ike e Valéria, “roubados” pelo Luizinho como tripulantes oficiais do 4Fun. Chegamos na Feitoria no final da tarde do dia 30, muito vento, aí entendo cometemos um erro, deveríamos ter dormido na entrada do canal, pois talvez não desse tempo de chegar ao São Gonçalo antes de escurecer, mas apostamos no horário de verão e ...perdemos. Chegamos na foz com a escuridão, vendo que Deus mandava e ausência de sinalização, havia uma draga saindo do canal, foi um stress desnecessário fazermos o acesso ao São Gonçalo naquelas condições, mas por outro lado um alento chegarmos as 22h no Saldanha da Gama e passarmos uma boa noite de sono após a noite anterior em claro navegando, ainda mais com o vento uivando nos mastros...Como tínhamos de estar segunda em Porto Alegre, também entendo “forçamos a barra”, saindo para Rio Grande no domingo pela manhã naquelas condições, deveríamos ter aguardado mais um dia, assim, enfrentamos os canais não sinalizados, as estacas dos pescadores, as condições desfavoráveis até Rio Grande, chegando após o almoço de domingo no RGYC com porto fechado e vento de até 34 nós nas rajadas. Mas, chegar no RGYC é sempre um prazer e fomos carinhosamente acolhidos pelo Guto e sua turma. Para mim, chegar e estar em Rio Grande é sempre uma enorme satisfação e um “astral salgado”, até quando vou a trabalho, desta forma, organizamos os barcos, conhecemos os outros barcos que esperavam frente para subir e voltamos para Porto Alegre para buscarmos nos encaixar na próxima janela de tempo. Um registro é o estado lamentável de nossa sinalização náutica, todas as boias dos bancos da Lagoa dos Patos são virtuais, e os Canais entre a Feitoria e Rio Grande tem boias faltantes, ou apagadas ou deslocadas, além das estacas dos pescadores estarem novamente dentro dos canais, também haver alteração das boias de acesso ao São Gonçalo, em desacordo com as cartas. O descaso com o modal hidroviário é infelizmente somente mais um aspecto da decadência de nosso querido Estado na sua infraestrutura. Aliás, um dos objetivos desta nossa viagem, na minha condição de Engenheiro da área de infraestrutura, é avaliar o potencial e a situação de nossas hidrovias e portos, neste trecho inicial a decepção foi grande...já com a Juju e o Rafa,
Mergulhando no Arvoredo com a Gabi
nenhuma decepção, somente o agradecimento pelo talento deles como tripulantes e pela alegria da companhia, independentemente das condições, só sorrisos de ambos. Como temos estrela, esperamos somente três dias pela frente, já que haviam barcos esperando há três semanas, assim, na quinta-feira dia 5 de dezembro, com o querido amigo Luiz Dahlem, com o Eduardo Ribas que migrou para o 4Fun, já que os Primos “roubados” ficaram impedidos, saímos cedo do RGYC com o Sul assoprando com tanta vontade, que deixamos uma lembrança do Raio de Luar em um dos postes de amarração...um dos parafusos do motor de popa do bote torto sempre me deixa o recado desta saída um tanto desastrada... Fomos avançando devagar com o vento na cara rumo a barra, pois sabíamos que nestas condições a saída seria um tanto “emocionante”. Liguei para o Guto para confirmar a janela de tempo, me lamentei um pouquinho das condições, ele riu muito e disse: “Barra de Rio Grande é assim mesmo Amiguinho” !!! E lá fomos nós quase sendo engolidos pelas ondas na barra, uma embarcou e quase levou bote e galões e de diesel, assim, um tanto trêmulos do susto, montamos a primeira boia depois do molhe leste, acertamos o rumo para o norte, o Raio de Luar salgou finalmente a quilha e saiu faceiro cavalgando aquele mar que não era nada amistoso, mas nos era favorável, aliás, a única forma de ir para Florianópolis, com a janela de tempo de sul. Como estávamos somente dois a bordo, este início foi um pouco complicado, já que precisávamos nos organizar e concatenar nossa navegaO MINUANO
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CRUZEIRO
Esta cavala estava uma delícia... de pescar e degustar!!!
da com o 4Fun, por segurança e pelo prazer da companhia. Saíram conosco também o Oceano e o Bepaluê, este com o “outro” Luizinho, de Pelotas, mais 2 barcos Argentinos e 2 americanos, também o Muçum, soubemos depois, sendo que um dos argentinos, o New Life do Comandante Ernesto, tive o prazer de um contato mais próximo e fizemos amizade. Esta talvez seja a maior riqueza da ideia de uma viagem de cruzeiro, as amizades que a gente constrói ou reforça, mais no nosso caso, a convivência familiar, prevista a partir de Florianópolis, é eu penso maior valor agregado previsto neste Projeto. Com um sul estabilizado entre 20-25 nós lá fomos nós rumo a Florianópolis, pois depois de sair da barra de Rio Grande, não tem arrependimento, só volta se a janela de tempo não se confirmar e o “nordestão” te mandar de volta... Como a janela se confirmou e Junção Rádio mais Osório rádio somente faziam previsões agourentas, nos restava rezar e desejar que estivessem errados e as coisas não tão ruins quanto eles pintavam nos avisos de mau tempo... Cansados, um tanto estressados, não aproveitamos muito este primeiro dia e primeira noite, nos alimentamos mal, estávamos um pouco mareados e a necessidade de atenção à noite com pesqueiros e redes, mais as incertezas do tempo, nos cobraram um tributo de desgaste que teríamos de administrar. O Luiz é um grande cara, alto astral, mesmo mareado, sempre brincando, nós em contato permanente com o 4Fun trocando ideias, tivemos então de mudar de atitude, ao amanhecer sem dormir nos banhamos, nos alimentamos e mudamos de estratégia, afastando da costa, indo direto para Santa Marta, para não 12
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termos outra noite embolados com pesqueiros, redes e luzes misteriosas ( depois descobri que a cidade alienígena a leste era a P68, que havia saído de Rio Grande 1 dia antes...). Com esta ação o astral mudou, recebi uma chamada de Osório rádio com o Primo Cylon de Florianópolis confirmando a previsão do tempo e preocupado porque não havia enviado sinal do SPOT durante a noite. Nossa janela foi tão perfeita que pegamos nordeste na Ilha de Coral, assim, com este vento, foi tranquilo entrar na barra sul de Florianópolis e chegamos com direito a uma ótima acolhida no Veleiros da Ilha. Passamos janeiro e fevereiro aproveitando os fins de semana, e, finalmente, no dia 1 de março, sábado de carnaval, zarpamos para nosso objetivo de maio de 2012 que era voltarmos a Angra com nossos barcos, agora, com a família completa a bordo, mais o Primo Cylon e a Adriana, no 4Fun o Luizinho e a Suelen, mais os queridos “primos roubados”. Fomos também muito felizes nesta etapa, pois além de velejarmos em família, tivemos muito sucesso com o tempo, pois pegamos mar difícil somente entre Paranaguá e Santos, em uma noite dura, com vento e corrente contra, porém, fomos tão bem acolhidos no Iate Clube de Santos, que ligeiro esquecemos as agruras deste trecho mais longo e sem paradas. Este é um registro que merece ser feito, tivemos acolhidas fantásticas no ICSC, no Capri Iate
Math e Gabi aproveitando até as redes sociais a bordo
Tripulações do Raio de Luar e do 4Fun desfrutando os prazeres da acolhida em Ilhabela
Clube, no Iate Clube de Santos, no Iate Clube de Ilhabela e no Iate Clube de Ubatuba. Na viagem, conhecer estes lugares deixou um gosto de ter ficado mais e de aprofundar o conhecimento local e das pessoas. Infelizmente não tínhamos este tempo de nos inserir na vida de cada um destes lugares, ficou o gosto de querer mais... Além de mares lindos das latitudes mais amenas a partir de Florianópolis, tivemos pescarias, golfinhos, paisagens belíssimas, encontros e conversas com navios, contato com pessoas que não conhecíamos e passamos a admirar, além do aprendizado que uma navegada longa assim nos traz, mas, especialmente, tivemos o privilégio de navegar em família e com amigos de toda uma vida. Até jogamos mensagens em garrafa no mar, a qual depois foi encontrada e fiz mais um amigo...até uma tartaruga doente tentamos salvar, sem sucesso. Quando montamos a ponta da Joatinga, até me emocionei, pois foi um desejo de tantos anos acalentado, desde a época da revista “4 Rodas Mar-década de 70”, e então, de repente, a gente o vê realizado. Também conhecemos alguns
lugares surpreendentes como a Ilha Anchieta, com seu museu e parque estadual, São Francisco do Sul com suas peculiaridades, Santos com sua infraestrutura, Ubatuba com suas surpreendentes belezas, além dos recantos ainda desconhecidos e que aos poucos vamos tentando desbravar da Baía da Ilha Grande e Paraty, começando pelo Saco do Mamanguá, Ilha da Cotia e outros. Chegamos por fim em Angra, na Marina do Bracuhy, para sermos calorosamente recebidos pelo Alexandre Northfleet da DYC, amigo que conquistamos ao longo dos anos de nossos “aperitivos” de cruzeiros anteriores de exploração da Ilha Grande nos veleiros alugados. Aliás, um convite aos nossos associados, se quiserem velejar na Baía da Ilha Grande, procurem o Alexandre. Com esta atracação feliz em Bracuhy, concluímos a primeira parte deste cruzeiro planejado pela costa do Brasil, agora temos de trabalhar para viabilizarmos continuar a rota para o norte, até Fernando de Noronha e talvez além, mas esta etapa terá de ser em 2015, quando espero ter a honra de voltar a este espaço no nosso querido Minuano. Até lá!!!
O MINUANO
13
VELA
Quase pronto para navegar
C
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O MINUANO
om o casco praticamente todo completo, o veleiro em construção do nosso associado Paulo Julius chama atenção de quem passa pelo hangar de obras do Clube. O projeto feito por ele mesmo em madeira deverá ficar pronto até o final do ano. Mas Paulo não gosta de colocar prazo certo, porque construir barcos de forma amadora é uma espécie de diversão que o acompanha desde cedo nos seus 80 anos de vida. A obra teve início em maio de 2013 e está
andando conforme seu plano. “Irei completar o banheiro, cozinha, beliches, paiol de âncora e o berço do motor. Logo tudo ficará pronto e poderei fechar a parte de cima da cabine”, comenta o nosso navegador. Na segunda fase virá o acabamento externo, com a laminação do casco em fibra de vidro. E então, provavelmente, poderemos ver o seu veleiro de 7m20 de comprimento por 3m30 de largura navegando pelas águas do Guaíba.
Homem-âncora
O
Por Capitão Ahab
ocorrido se deu lá nos anos 70
estudada, já que próximo à Ponta Es-
assim que foi dado o ok para o lança-
em uma embarcação de madeira
cura há um baixio perto do canal, esse
mento da âncora, o terceiro tripulante,
entre 23 e 24 pés envolvendo três vele-
bem profundo. No trajeto, os três fize-
que entendeu errado a combinação, se
jadores. O rumo era a Ponta Escura, de-
ram uma reunião a bordo que definiu
lançou na água junto com a âncora. Os
fronte ao Farol de Itapuã (RS). Lá pela
o fundeio. Chegada a hora de fundear,
outros dois tripulantes correram para
terça-feira eles iniciaram a organização
enquanto um cuidava do motor tempe-
acudir o tripulante que emergia e sub-
da velejada traçando a rota e na sexta-
ramental do barco, o segundo ficaria no
mergia agarrado à âncora. O velejador
feira saíram lá pelo meio-dia, ávidos
timão e o terceiro recebeu ordens de ir
foi resgatado do canal e essa tentativa
pela aventura.
para a popa e lançar a âncora.
de fundeio na Ponta Escura com um
Era a primeira navegada do gru-
Conforme combinado, o timoneiro
po naquela área e a chegada foi bem
deu a ordem, o motor foi desligado e
Desequilíbrio de sóbrio
homem-âncora virou uma grande história!
Por Roberto Schmitz
N
um desses finais de semana estávamos com a família curtindo as delícias da ilha Chico Manoel junto a outros associados. Chegou à noite e fomos para o
barco, que estava ancorado no trapiche. Enquanto nos preparávamos para dormir, ouvimos um barulho forte, típico de algo que caiu na água. Saímos e começamos a olhar em volta para vermos alguma coisa quando ouvimos uma pessoa gritar na escuridão: “Aqui, aqui é o Morandi!”. Era o nosso ex-prefeito da ilha Chico, Luiz Morandi, comandante do veleiro Chamonix que havia se desequilibrado e caído na água. Corremos para ajudar, mas antes de qualquer reação, ele não deixou por menos e se adiantou: “Mas vejam bem, eu não estou bêbado!”
Explosão
N
a Comodoria do Augusto He-
Por Astélio Bloise dos Santos mos início aos trabalhos.
calizadas exatamente na proa do barco
cktheuer (1976 - 1978) eu era o
Para isso, tivemos que suspender a
de um desses sócios, chamado Vinícius
vice-comodoro de Patrimônio. As esta-
circulação de pessoas no Clube durante
Maisonnave, que tinha por volta de 70
cas originais da marina, em eucalipto,
a das detonações, alertando inclusive
anos. Ele chegou ao Clube e foi dormir
não eram tratadas e estavam apodreci-
com placas e avisando a todos. Mas ha-
no barco, ignorando todos os avisos.
das. Então para substituí-las resolvemos
viam sócios que tinham dificuldade de
não cortar as antigas estacas abaixo do
seguir as regras.
No dia seguinte, por volta das sete da manhã, tudo pronto para a retoma-
nível do lodo para que não prejudicas-
Um dia, durante a execução do
da do trabalho, e finalmente partimos
sem uma futura dragagem. Para isso
trabalho, o mergulhador não pode
para a detonação daquelas estacas.
contratamos um serviço de explosão
completar a explosão de duas esta-
Booooooooom! Explodiram-se as esta-
por cordéis detonantes e depois de ob-
cas no trapiche do meio, em razão do
cas. Nisto sai de dentro do barco o Mai-
termos todas as licenças e assinarmos
adiantado da hora, deixando para reto-
sonnave, mais branco que papel, muito
documentos de responsabilidade con-
mar a detonação daquelas estruturas no
bravo, xingando todo mundo. Tivemos
forme as exigências de segurança, de-
dia seguinte. Essas estacas estavam lo-
que rir! O MINUANO
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VELAS LATINO-AMERICANAS
Passagem pelo Cabo Horn O projetista naval argentino Néstor Volker conta sobre sua navegada pelo extremo sul do continente americano “Mesmo vivendo nestas latitudes, curiosamente, nunca tinha navegado pelo Cabo Horn e Antártida. A oportunidade que me havia surgido em altas latitudes foi percorrer a Northwest Passage, entre o Pólo Norte e Canadá, no outro extremo. Conforme escrevi no Minuano (nº 128 -2012). Desta vez naveguei num catamarã à vela de 30 metros de comprimento por 13m10 de largura, chamado Ice Lady Patagonia II, projetado por mim. Os donos deste grande catamarã decidiram se juntar ao Encontro Velas Latino-americanas 2014, ocorrido em março, onde participaram os navios veleiros das marinhas de alguns países sul-americanos: Cine Branco (Brasil), Libertad (Argentina), Esmeralda (Chile), Simon Bolivar (Venezuela) Guayas (Equador) e Gloria (Colômbia). Com só uma navegada científica relativamente longa no Atlântico, o novo catamarã teria sua prova de fogo pelas altas latitudes do Sul. Fui convidado para fazer as etapas de meu gosto, e assim não quis perder a perna de Ushuaia a Punta Arenas com o Cabo Horn, incluído. Pensei que o vento seria mais amigável nesta época, já que no outono/ inverno quase não há vento, ao contrário do verão, quando sopra muito forte.
Cheguei de avião a Ushuaia e me dirigi diretamente ao barco que estava amarrado ao molhe junto dos navios escolas. Estes estavam abertos à visitação e havia muita gente dentro deles ou admirando-os do molhe. Cheguei perto do meio-dia e a bordo do Ice Lady ocorria um almoço para os comandantes de todos os navios, entre os quais o capitão do navio brasileiro Cisne Branco, com quem estabeleci uma boa amizade. De uma excelente simpatia. À noite tivemos outro encontro de muitas recordações no Libertad e na noite seguinte outro tanto no Cisne Branco, onde fui amavelmente recebido. Na manhã seguinte partiram todos os barcos, sete e mais os de apoio, até o famoso e temido Cabo Horn, para desfilar ali com as velas enfunadas e no dia seguinte serem filmados de um helicóptero. Partimos rumo ao Atlântico passando entre Puerto Williams e Estancia Harberton, deixando por boreste as ilhas Picton e Lennox, e uma vez no Atlântico rumo sul até a altura do Cabo Horn. Nesta parte, em que se encontravam ventos relativamente suaves com algumas rajadas mais fortes, só nós navegamos à vela. Dali até o Cabo Horn, nós decidimos seguir a motor passando de Leste a Oeste com vento de proa relativamente fraco.
Fotos: Nestor Volker
VELAS LATINO-AMERICANAS
Navios atracados no porto de Ushuaia
Reunidos os barcos a Oeste do Cabo Horn, todos içaram as velas e passamos enfileirados novamente pelo Cabo na direção Leste com vento de uns 20 nós de popa, enquanto éramos filmados de um helicóptero. Quem diria que passaríamos por este lugar de tormentas com uma brisa e tempo excelente. Foi um presente! Deste ponto tivemos que voltar pelo mesmo caminho que fizemos na ida, isso porque os chilenos, por algum motivo que desconhecemos, não permitiram que navegássemos pelo canal Murray, o que deixou mais demorada a nossa navegação. A volta foi de incrível calmaria, voltamos a passar por Ushuaia, dessa vez à noite, e continuando no rumo Oeste pelo Canal de Beagle, até o amanhecer, onde deslumbramos umas paisagens incríveis. Montanhas com paredes altíssimas por nossos costados, incríveis geleiras com blocos de gelo que caem desde os picos até a água dos canais e alguns ficam como icebergs flutuantes. Para quem aprecia tanto a natureza, como eu, é um verdadeiro presente para os olhos. Tudo mui18
O MINUANO
to lindo até passar o meio-dia, quando terminou a calmaria e começou a soprar um vento, como de costume de proa, e de uns 40 nós de intensidade constante. Mas não foi só isso, as rajadas começaram a atingir 60 nós, em seguida 70 - e nesta condição já levantava uma neblina de água que voava pelo ar e anulava a visibilidade quase por completo. Sopraram rajadas de 80 e 90 nós e em seguida duas que passaram dos 100.
Rota feita pelos barcos
O Ice Lady Patagonia II, catamarã de casco de alumínio projetado por Volker
Cisne Branco da Marinha brasileira
Os para-brisas do catamarã frequentemente congelavam e enxergávamos, se é que podemos dizer isso, somente pela parte central do disco que gira em alta velocidade para tirar fora a água ou gelo do vidro, por força centrífuga. Devo confessar que gostei disso. Éramos o único barco que podia avançar nas rajadas mais fortes – claro que com o motor acelerado no máximo e só navegando a 1,5 nós de velocidade. A cabine do timoneiro era bem fechada e tínhamos boa calefação. O barco, por ser catamarã, até podia deixar as garrafas em cima da mesa já que não caiam, diria que era maior o cabeceio que o rodeio. Esclareço que essas rajadas são fenômenos térmicos locais, chamados Williwaws e que duram de 10 a 30 segundos, parece pouco, mas a sensação é de um tempo enorme. Em seguida vinha uma calmaria, porém logo se observaria que na verdade era porque a intensidade caia para 40 nós. Acostumamos com o relativo. Ao anoitecer iam dois navios que haviam ficado para trás por não poderem avançar contra o vento, o Simon Bolivar e o Cisne Branco. Também passamos pelo Guayas. O Esmeralda ia à frente seguido pelo Libertad e Gloria. Quanto a nós, o nosso radar pifou e o ploter parecia ter enlouquecido às vezes nos indicava que navegávamos por cima da costa do lado Norte e outras, por cima do lado Sul do canal. Não sei se era um problema das cartas ou dos satélites com relação
a esta parte do planeta, já me comentaram que se um barco está fundeado nas altas latitudes a sua posição poderá apresentar diferença entre manhã e tarde. Na falta do radar resolvemos que durante a noite seguiríamos a luz de alcançada do Gloria, porém, ao anoitecer nos veio uma dessas rajadas
Veleiros navegam pelo Cabo Horn O MINUANO
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VELAS LATINO-AMERICANAS
Anemômetro com a marcação da velocidade do vento
fortíssimas e a última coisa que enxergaríamos eram o Libertad e Gloria navegarem adernados levados pelo vento de costado. Justo ao entrarem num estreito formou-se uma nuvem de água que voava pelo ar e não deixava vermos a luz de alcançada. Nesse momento propus não seguirmos e passarmos à noite indo e vindo pelo mesmo trajeto dentro de um espaço de 8 a 4 milhas de distância que aparecia no ploter, e por sorte todos estavam de acordo. Navegamos assim a noite inteira. Na manhã seguinte fomos pelo estreito passando por lugares que à noite sem radar seria um total perigo. À tarde chegamos ao Pacífico, às ondas eram de 4 a 6 metros de altura, porém não nos afetava muito. Ali voltamos a passar pelo navio Guayas que havia seguido toda à noite navegando e nos metemos no Estreito de Magalhães, seguindo para Punta Arenas. Como
Gloria, da Colômbia, sendo empurrada pelo forte vento de costado 20
O MINUANO
A beleza dos ventisqueros era apreciada durante a navegação
o vento era firme, abrimos a traquete na proa e navegamos somente com essa vela. À noite chegamos ao lugar de encontro, próximo a Punta Arenas, e onde há muito já estavam arribados o Esmeralda e o Libertad. Na manhã seguinte participamos do desfile em frente a Punta Arenas para finalmente fundear. Punta Arenas é uma cidade extremamente organizada e com bom nível econômico. Antes de existir o Canal de Panamá era a passagem entre o Pacífico e o Atlântico. Fomos ao museu onde está a réplica do barco do navegador Fernão Magalhães, que realizou a primeira circumnavegação ao globo de 1519 até 1522. Incrível que conseguiram passar com um barco daquele tipo nessa zona. Só a paciência de esperar pelo bom tempo poderia ter feito isso. Também está o barquinho com que Shackleton e sua tripulação escaparam da Antártida quando seu navio foi preso e esmagado pelo gelo e com ele chegou até as ilhas Geórgias, numa incrível façanha. A Northwest Passage, se comparado com o Beagle, segue sendo a melhor aventura, e ainda vimos os ursos polares, por outro lado, aqui no Sul as paisagens são muito mais lindas. A primeira está a 75º de latitude Norte e aqui se está a 56º Sul, ou seja, bem mais longe do Polo. Espero que em outra oportunidade, não muito distante, possa contar sobre a Antártida.”
Navios atracados em Punta Arenas
Navios seguindo pelo Canal de Beagle O MINUANO
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MEMÓRIA
Sharpie: Lembranças de um passado de glória na vela Fotos: Memória Veleiros do Sul
Veleiros do Sul foi o vencedor do primeiro Campeonato Brasileiro da classe Sharpie, em 1944, com a tripulação formada por Hugo Baumann e Arno Albino Eli.
O 22
O MINUANO
As primeiras regatas da classe começaram em 1935 em Porto Alegre
Sharpie 12m² internacional já foi uma classe de grande prestígio na vela e marcou sua presença como um dos primeiros barcos monotipos do iatismo. O seu criador foi o projetista J. Kroger, vencedor entre 37 inscritos no concurso organizado pela Associação Alemã Yachting o Deutcher Segler Verband em 1931. Logo teve rápida aceitação entre outros países como, Inglaterra, Holanda, Austrália e Portugal. Em 1933 a classe Sharpie 12m² foi reconhecida como classe internacional pela Internacional Yate Race Union (IYRU) a federação internacional de vela na época. No Brasil a Associação dos Veleiros da classe Sharpie comemorou os seus 80 anos de fundação. A Associação foi criada em 4 de
agosto na sede do Clube dos Caiçaras. No entanto a classe Sharpie 12m² internacional surgiu no Brasil um pouco antes. Em 1932 os primeiros barcos foram construídos no Iate Clube Brasileiro, em Niterói, e em 1935 começam surgir as primeiras flotilhas e regatas na Baía da Guanabara. O Clube dos Caiçaras, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ganhou mais adeptos por melhor se adaptar as condições de velejar em águas abrigadas. O barco nacional foi aprovado pela Square 12 Association Class, com algumas modificações, em 1944, e foi autorizado a participar de competições internacionais. O Veleiros do Sul nasceu no mesmo ano da AVCS e foi o precursor da classe no Sul. As experiências adquiridas com as primeiras rega-
tas evidenciaram aos gaúchos a necessidade de adotar um monotipo e este foi o Sharpie 12m² Internacional. A construção dos Sharpies teve inicio com a aquisição do desenho do barco trazido da Alemanha por Roberto Bromberg, que integrou o grupo de fundadores do Clube, em 1934. A primeira regata da classe Sharpie foi organizada em abril de 1935. A raia foi demarcada por três boias na zona portuária do Guaíba, uma em frente da sede do Frigorífico no cais do porto, a outra no aeroporto da Companhia Condor e a terceira na Ilha Grande dos Marinheiros. Roberto Bromberg foi o vencedor da competição. Pouco tempo depois, nas comemorações da Batalha Naval do Riachuelo, foi realizada uma competição com o Yacht Club de Porto Alegre. Este clube, de efêmera existência, situava-se na Tristeza. Leopoldo Geyer sempre teve o desejo de popularizar o esporte da vela. Preocupado com isso, criou, em junho de 1935, a “Caixa Cooperativista”, com o objetivo de proporcionar financiamento da compra de barcos visando a Regata Farroupilha, primeira competição interestadual de vela no país realizada em novembro do mesmo ano. Walter Bromberg, primo segundo de Roberto, tem boas recordações do Sharpie. “Eu velejei nele quando jovem e na época era considerado um ótimo barco, porém não era estanque, em condições de ondas maiores a água entrava e precisava ser esgotada manualmente, senão, desestabilizava a embarcação. Acho que
Sharpies no trapiche do Clube sendo preparados para uma competição em 1935
se pudesse contar com uma armação moderna, ao invés de mastro e retranca de madeira, teria superado até o 470 em rapidez. As velas, tipo carangueja, eram de algodão importadas da Alemanha e tinham um pano bem fechado e leve, porém havia a preocupação de não molhá-las para não ficarem deformadas”, conta Walter, que aos 83 anos continua a velejar. Na história do Veleiros do Sul, o Sharpie escreveu nomes memoráveis como o de Hugo Baumann, Roberto Bromberg, Hugo Lemcke, Erwin Ettrich, Eberhard Herzfeldt, Alfredo Bercht, Frederico Cativelli, Bruno Richter, Manfred Flöricke, entre outros. Estes foram respon-
Regata Bronze Amizade, competição entre velejadores gaúchos e catarinenses. Foto do torneio de 1943 O MINUANO
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MEMÓRIA
Barco Inca da dupla gaúcha Alfredo Bercht e Rolf Bercht que representou o Brasil na Olimpíada de Melbourne, em 1956
Sharpies do VDS chegam de caminhão em Florianópolis para o campeonato Brasileiro de 1966
sáveis por uma série de importantes prêmios e títulos nacionais, tanto individuais como por equipe. A aprendizagem era longa e difícil, porém teve grande número de velejadores por conta da sua velocidade e sensibilidade. Chegou a ser a classe de monotipos mais numerosa por vários anos no país. No seu auge, entre a década de 40 e 50 haviam 175 barcos inscritos na AVCS. O Sharpie viveu seu bom momento quando passou a ser Olímpico, nos Jogos de Melbourne, em 1956. O Brasil foi representado pela dupla de gaúchos Alfredo Bercht e Rolf Bercht, que ficou em 12º lugar, e a conquista do título mundial por Fernando Melcher em 1957. Sua popularidade foi perdendo espaço para o Snipe, de custo mais barato e mais leve
e para os barcos de casco de fibra. O Sharpie 12m² é um barco de meio convés, com bolina móvel, armado em sloop com área de vela carangueja de (12m²). Construído com cavernas em V. Dados técnicos: Comprimento: Linha d´água: Boca: Calado: Área vélica: Deslocamento: Projetista: Material do casco:
Flotilha velejando no Saco dos Navegantes no final da década 30 24
O MINUANO
5,99m 5,40m 1,40m N/D 12m² 350Kg J. Kroger Madeira
STAND UP PADDLE
Travessia do Lago de Garda Foto: Matias Capizzano
Por Geraldo G. Gomes da Silveira
A 26
O MINUANO
Riva de Garda, local de partida da aventura pelo famoso lago italiano
região alpina do norte da Itália abriga alguns dos mais belos lagos da Europa. O lago de Garda, com aproximadamente 50 km de extensão e mais de 369 km2 de área, é o maior do país, com profundidades que ultrapassam 340 metros em alguns pontos e água azul intenso. Ao seu redor estão mais de 45 povoados. No extremo norte, província de Trento, encontra-se Riva del Garda, local de partida da travessia; no extremo sul, província de Bréscia, está Sirmione, local da chegada. O percurso foi de 49 Km, realizado em 7h20 min. Foi utilizada uma prancha race 14’ x 25”. Os primeiros 20 Km foram com vento de até 15 nós de través ¾ e ondinhas pequenas e picadas. Após, com a parada total do vento, o desafio passou a ser tolerar o calor, que chegou a 33°C. O ar bastante seco fez com que o consumo de líquidos para hidratação ultrapassasse os 6 litros,
os quais foram levados em uma sacola estanque sobre a prancha. O cenário é impressionante durante todo o trajeto! Cercado de penhascos rochosos debruçando-se sobre as águas e montanhas que, mesmo nos dias quentes de verão, têm seus cumes cobertos de neve, o lago de Garda é marcante! Os povoados incrustados entre os rochedos também chamam a atenção pela beleza. Na vegetação da região destacam-se limoeiros e oliveiras, sendo que o azeite de oliva extra virgem e o limão são ingredientes indispensáveis na culinária local. A sensação de remar com profundidades superiores a 300 metros é muito interessante! Na prática pode não fazer muita diferença 30 ou 300m, mas o sentimento é realmente estranho, algo meio maluco! O final da travessia foi no castelo Scaligero, na pitoresca península de Sirmione.
Fotos: Arquivo pessoal Geraldo da Silveira
Geraldo remou mais de sete horas para completar o trajeto de 49 km
Mesmo nos dias quentes os cumes ficam cobertos de neve
Geraldo achou a experiĂŞncia affascinante
A orla do lago ĂŠ marcada por penhascos rochosos e mais de 45 pequenos povoados O MINUANO
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GENTE NOSSA
A bordo de uma estrela Velejador experiente, Manfredo Flöricke relata como é integrar a equipe Angela Star
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O MINUANO
Manfredo trimando o balão do Angela
ma das equipes mais tradicionais, o Angela Star é estrela de primeira grandeza da vela nacional. O velejador Manfredo Flöricke, associado do Veleiros do Sul veleja há quase 15 anos na tripulação do barco de Peter Dirk Siemsen, que hoje navega sob o comando do neto Francisco Siemsen Bulhões C. da Fonseca. Nesse período, Manfredo velejou em dois dos seis barcos Angela Star, no Angela Star V, um Beneteau 47.7, e no Angela Star VI, um Grand Soleil 46, barco italiano que chegou ao país em 2012. “No ano passado tivemos resultados bem significativos com ele. Fechamos o ano como campeões brasileiros do ranking ABVO na Classe ORC Internacional e IRC. No Rio Boat Show deste ano recebemos a premiação do Presidente da ABVO, Lars Grael”, comemora. Lars inclusive já velejou com o Angela Star, assim como Torben Grael e Mauricio Santa Cruz e tantos outros importantes velejadores brasileiros, que no mês de abril reuniram-se para comemorar 30 anos da equipe, que traz na tripulação, além do comandante Pedro Siemsen, Ângela Siemsen (filha de Peter que originou o nome do barco),
Luis Fernando Fabbriani, Norman Macpherson, Andre Lekszycki, Luis Marcelo Maia, Carlos Mesquita e Benedito Conceição dos Santos, marinheiro da série de barcos Angela Star há 30 anos. “O Peter é um grande entusiasta da vela. Participamos de todos os circuitos de vela nos últimos anos, entre elas a Regata Recife - Fernando de Noronha e a Aratu Maragogipe, entre mais de 400 barcos”, relata Manfredo. Para o gaúcho, correr no Angela Star VI é estar em uma grande família. “Velejo com eles há muito tempo e alguns tripulantes têm filhos da mesma idade dos meus, que estão grandes agora, mas que quando pequenos brincavam juntos”, diverte-se. E como todo time vitorioso, o Angela Star também tem os seus rituais, conforme relata Manfredo. “No barco, depois das regatas, é feito um brinde com champagne, sempre! Tem uma placa no barco com a frase do Napoleão Bonaparte que diz ‘Champagne, na vitória merecemos e na derrota precisamos’. Essa confraternização é muito boa. O ambiente a bordo é maravilhoso, todos velejam pelo simples prazer de velejar”, afirma.
O retorno para casa
O
Veleiros do Sul foi seu quintal e desde cedo aprendeu a navegar com o vento do Guaíba. Por isso, José Peña Távora, 40 anos, diz que mesmo quando viveu fora do país a lembrança do Clube sempre esteve em sua mente. E depois que voltou para o Brasil não mudou nada. Zézinho ou Pepe Távora, como é conhecido por todos, cedo começou a velejar incentivado pela família (ele é filho do associado José Pinto de Miranda Távora, o “Mãe” do Grupo dos Cruzeiristas). “Comecei na Escola de Vela Minuano na época do Carvalho Armando (primeiro diretor)”, conta. Depois de velejar na classe Optimist passou a se dedicar ao Pinguim, Snipe, Laser 470 e Oceano. Além de velejar ele também começou a trabalhar com pequenos reparos em barcos. Em 1998 foi morar em Portugal e na Europa começaria sua trajetória profissional na vela, sendo tripulante e técnico de reparos de barcos. Construiu quatro Snipes com sua marca Brazilsailing Pepe Távora. Como prestador de serviços - trabalha com compósitos - ou velejador, ele participou das mais importantes competições e circuitos de vela: Volvo Ocean Race, Barcelona World Race, Vendée Globe, Audi Med Cup - durante
Samuca e Zezinho no Open Nacional de Snipe na Espanha em 2012
quatro anos -, Copa Del Rey. “Fui proeiro do Aifos, TP52, comandado pelo Rei Juan Carlos”, conta Távora. Portugal era sua base, mas costumava se deslocar para a Espanha, Itália, França e Grécia. Em 2013 voltou ao Brasil, “estava já me sentindo um exilado”, diz Pepe Távora que busca dar continuidade ao seu trabalho aqui, e, claro, perto do Veleiros do Sul.
O associado Geraldo Sperb foi agraciado com a comenda de cavaleiro da Ordem do Mérito Naval, ao lado dos generais comandantes do Comando Militar do Sul e outras autoridades, no dia 11 de junho em Rio Grande, data que também é comemorada a Batalha de Riachuelo. A aposição da medalha foi feita pelo almirante Leonardo Puntel, atual comandante do 5º Distrito Naval no Rio Grande RS. Geraldo Sperb é presidente da Sociedade Amigos da Marinha, Porto Alegre (SOAMAR).
Foto: Arquivo pessoal
Ordem do Mérito Naval para Sperb
Geraldo Sperb (C) recebendo a comenda no 5º Distrito Naval
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GENTE NOSSA
Uma história de família
E
Rudi Schultz conta como a paixão pela náutica virou negócio stamos vivenciando uma redescoberta do Guaíba. A cada dia mais pessoas encontram em suas água uma forma agradável de aproveitar a vida. Essa nova postura do porto-alegrense faz a alegria dos Schultz, família que encontrou na navegação o seu ofício. Às vésperas de completar seus 40 anos a Sul Náutica, comércio de artigos náuticos fundado por Rudi Schultz, serve não só aos navegadores gaúchos como também a muita gente do resto do país que encontra na loja produtos e um jeito familiar de atender. Rudi Schultz começou a velejar aos 14 anos. Hoje, com 70, relembra que descobriu a vela com dois ícones da vela gaúcha. “Eu jogava bola com o Dedá (Carlos Henrique De Lorenzi) e o Boris Ostergren era nosso colega. Um dia, estávamos sem muito o que fazer, procurando por novidades. Boris nos convidou para conhecer a vela e desde então ela nunca mais saiu das nossas vidas”, contou o empresário. Começou como lazer, mas ao perceber a oportunidade, Rudi transformou a navegação em negócio. “A loja iniciou simples, tínhamos
Danilo e Rudi, duas gerações unidas pela água 30
O MINUANO
poucos fornecedores. A maioria do material era importado já que ferragens, moitões, quase não existiam por aqui. Quem fazia alguma coisa era o Romeu Gloor, fazia manilhas e moitões artesanais, bons porém simples, não tinha nada roletado”. Daí em diante o empreendimento cresceu, chegando a representar estaleiros vendendo Laser, Hobie Cat e Prancha a Vela e posteriormente Day Sailer, Ranger e O’Day. “A gente sentia que qualquer coisa que fazíamos tinha retorno”, disse. Nessas alturas Rudi passou a contar com a mão de obra familiar. Todos os filhos trabalharam na loja, mas Danilo, que trabalha com o pai desde a adolescência e vem assumindo a gerência acompanhou mudanças de rumo na atividade náutica: as lanchas ganharam maior espaço. “A correria do dia a dia influencia diretamente no lazer. O cara, quando escolhe alguma coisa para se divertir, pensa que o veleiro vai precisar primeiro aprender e a lancha é como um automóvel,comprou, já sai usando”, avalia Danilo que assim como Rudi acompanhou o crescimento da motonáutica recreativa. “Foram criadas marinas, surgiram lojas náuticas, grandes investimentos. Os clubes também começaram a abrir mais espaço para as lanchas, visto que a demanda de espaço para elas cresceu. Isso evidencia um desenvolvimento grande na cidade, do poder aquisitivo das pessoas”, define. Rudi e Danilo também têm percebido a busca por um contato mais intenso com a água. No último verão entrou em evidência o Stand Up Paddle, esporte que já conta com inúmeros adeptos na orla da capital gaúcha e o caiaque também está retomando seu espaço, um crescimento, que segundo Danilo, se deu muito em função da chegada do SUP. O relacionamento foi fundamental para o empreendimento chegar às quatro décadas. Além da venda, os Schultz também dão dicas aos clientes, desde onde navegar, o que usar. “Oferecemos a experiência que o cliente não tem e o conselho que ele precisa”, assegurou Rudi. A fraternidade é uma característica do navegador, correto? Pois os Schultz acertaram na mira ao agregar o espírito familiar na atividade profissional.
PATRIMÔNIO
Upgrade nos vestiários
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visual estava fora de moda, mas o que impulsionou a Comodoria a promover uma reforma completa nos vestiários e banheiros masculino e feminino foi à necessidade de deixá-los adequados as normas atuais de utilização social e a substituição total das colunas hidráulicas do prédio, que vinham apresentando vazamentos crônicos, alguns quase indetectáveis, e por outro lado exigiam a retirada de longos trechos de cerâmica. Na repaginação foram acrescentados outros espaços que se integrarão a sua estrutura, como uma sauna mista - masculino e feminino - e banheiro familiar, destinado para crianças que precisam o acompanhamento dos pais, e fraldário. No banheiro feminino uma ante-sala com bancada e espelhos para retoque no visual e maquiagem. As instalações dos banheiros terão ainda duchas íntimas, os chuveiros dos vestiários contarão com boxes de vidro. O segundo passo da obra será a criação de um vestiário para pessoas portadoras de necessidades especiais. “O projeto foi idealizado para deixar o espaço mais bonito, organizado com uma estrutura adequada ao nível do nosso Clube. E também era uma necessidade, pois as instalações hidráulicas apresentavam constantes vazamentos. Uma reforma bem pensada faz toda a diferença”, salienta o comodoro Cícero Hartmann. Mais obras - O Bar Náutico passa por uma reforma para deixá-lo atualizado, com nova pintura, remodelação na sua decoração, melhoria no espaço interno, entre outros detalhes. Pedimos a compreensão dos associados pelo fechamento temporário do Bar Náutico. Em agosto ele já estará disponível. Outra obra importante no Clube é o prolongamento do trapiche 1 e o novo ordenamento das estacas que ampliará o número de vagas molhadas na marina. Todas essas obras visam aperfeiçoar a estrutura do VDS e melhor serviço aos nossos associados.
Vista superior geral dos vestiários, banheiros e sauna
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SOCIAL
Fotos: Luciane Isaias Valente
Uma festa de sabores e energia contagiante
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A noite era de Queijos e Vinhos, mas foi muito mais. O show da Banda Dublê eletrizou o ambiente com ritmos dançantes
uem esteve no Veleiros do Sul na noite de 28 de junho presenciou uma das festas mais animadas já realizadas no Clube. Cerca de 400 pessoas participaram do Queijos e Vinhos, festa que celebrou o inverno e abriu as comemorações dos 80 anos do VDS. Na chegada associados e convidados puderam fazer uma foto com o icônico farol do Clube ao fundo. O salão aguardava a todos com uma decoração aconchegante. O Barcelos Gastronomia serviu com a qualidade de sempre os queijos sortidos, frios e massas que deliciaram a todos, harmonizados com os vinhos da Vinhos do Mundo, que sorteou mimos para seis sortudos entre o público. No final do jantar, hora da festa. O palco se iluminou para a chegada da Banda Dublê que
O salão recebeu uma estrutura suplementar especialmente para o evento que recebeu cerca de 400 pessoas
trouxe a sua mistura pop e fez sacudir as estruturas do Salão Social. O show foi um sucesso e todos dançaram contagiados pela animação do grupo. Após o show o DJ Pedro Martins Costa deu continuidade à noite com os hits do momento. A comodoria do Clube recebeu muitos parabéns dos associados pelo evento. Ao agradecer o apoio, o comodoro Cícero Hartmann salientou que a sua gestão propôs sair do convencional
para dar uma nova dinâmica ao Queijos e Vinhos. “Demos uma rejuvenescida na festa sem tirar a conexão com o tradicional. Nossa proposta é de um Queijos e Vinhos, leve e divertido e a resposta do corpo social foi muito boa. Nossa visão é que a festa de um clube é o momento de encontro de todos seus integrantes, assim como nos eventos esportivos, porque a comemoração faz parte de nossas vidas.”
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SOCIAL
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BOM A BORDO
Fagottini ao Quatro Queijos Por Vitor Pereira e Ana Mähler Pereira
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Foto: Arquivo pessoal
ozinhar a Bordo é sempre uma delícia, pois o visual do restaurante muda a cada jornada, entretanto alguns itens são muito importantes para se aproveitar ao máximo esses momentos em família ou entre amigos e o mais importante deles é ser prático na hora de escolher os ingredientes para se levar a bordo. Os utensílios como fogão a gás ou elétrico, pelo menos dois tamanhos de panelas e travessas, pegadores, colheres para cozinhar que sejam em material que não risquem nem estraguem as panelas como os de silicone por
Ingredientes • 350 gr de Fagottini • Uma lata de Molho de Tomate Pelado Motti (Italiano) • Meio cubo de Tempero para Legumes • Sal Marinho ralado à gosto • Pimenta do Reino à gosto • Açúcar (uma pitada) • Queijo Parmesão ralado • Azeite de Oliva
Preparando o molho de tomate 36
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Cozinha a bordo na praia da Faxina, Guaíba
exemplo, sem esquecer de ter pratos próprios para náutica. Nós usamos de material acrílico, emborrachados na parte de baixo. Temos algumas receitas que são clássicas em nossos pernoites, seja em água doce ou navegando no mar. Um desses roteiros foi num local lindo as margens do Guaíba que se chama Praia da Faxina, que, diga-se de passagem, o nome não condiz em nada com o lugar, pois é muito limpo e com um visual agradável, já que fica fora das correntezas que levam dejetos pelo nosso rio. O cardápio escolhido foi Fagottini recheado ao Quatro Queijos com molho de Tomate Pelado. A receita é simples. Na panela menor, coloca-se o tomate pelado mexendo até ferver, depois coloca-se o tempero, o sal marinho, pimenta e uma pitada de açúcar para tirar a acidez do molho.
Reserve com tampa e parta para ferver a água e cozinhar a massa. Na panela maior com bastante água se ferve por 10 minutos o Fagottini. Após os 10 minutos, escorra a água, de preferência sem utilizar a pia do barco. Eu sempre prefiro escorrer na plataforma para evitar danos na parte hidráulica da embarcação. Coloque o molho já pronto na panela da massa e mexa com cuidado para não romper os Fagottinis. Sirva em pratos fundos de preferência ou os adequados para o seu barco com uma porção generosa de queijo Parmesão Gran Padano ralado na hora (nosso preferido). Para esse prato acompanha bem uma taça de Vinho Tinto Carmênère, pois se trata de um vinho intenso e adequado a esse prato. Uma bela refeição em 15 minutos que surpreende a todos que provam!
CINCO PERGUNTAS
No comando das panelas Nosso associado Luiz Morandi é um às no comando do seu Chamonix e também das panelas. O sucesso de suas receitas o fez receber um convite do site Popa.com.br para escrever uma seção culinária, o “Cozinhando a Bordo” que completou cinco anos com festa no VDS. Foto: Arquivo pessoal
Já gostavas de cozinhar antes ou foram as navegadas que te levaram à cozinha? As panelas, realmente sempre gostamos de nos divertir em volta delas. Eu de descendência italiana e a Carmen alemã, só podia dar receitas. O cozinhar para nós faz parte de uma parceria, em que criamos lembrando sempre de algum amigo, de um prato, de um cozinheiro de renome, ou de uma invenção por falta de mais ingredientes. Durante anos estivemos no interior de Viamão, todos os finais de semana, as voltas com fogão à lenha, massas caseiras feitas com farinha cinco zero, molhos que ferviam por cinco horas, saborosas paellas, feitas por um amigo descendente de espanhol, sempre na companhia de grandes amigos. Qual é a principal diferença entre cozinhar no barco e em casa? Para nós é a mesma coisa, pois o “Cozinhando a Bordo” prima pela facilidade das receitas, sempre pensando nos nossos amigos a bordo, com suas limitações, sem espaço para grandes churrascos, mas pequenos assados com carnes ou frutos do mar, como uma bela lula recheada. Como recebeste o convite do Popa para fazeres a coluna? O começo do “Cozinhando a Bordo” foi uma ideia do Danilo, editor do Popa. Há cinco anos mandei umas fotos de um camarão para ele, tipo: “dá uma olhada e vê como é fácil cozinhar”. Ele curtiu muito, incentivou e aí fizemos uma parceria, onde o foco,
a missão e a razão de ser é a amizade com que chegamos a todos que curtem o site, e não são poucos.
e como através dele podemos regar nossas amizades, o que é uma receita de vida.
E como foi a comemoração dos cinco anos do projeto? A festa de cinco anos do “Cozinhando a Bordo” foi ideia do Danilo. Sentimos como o site é querido
Qual foi a receita mais elogiada pelos leitores? É difícil enumerar a receita mais famosa, mas, nos cumprimentos, muitas homenagens aos risotos. O MINUANO
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MOTONÁUTICA
Confraria das lanchas
Por Luiz Vinícius Mallmann de Magalhães e Celestino Goulart
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A turma da lancha fez no Clube um Queijos e Vinhos embarcado
o dia 09 de maio congregamos um pequeno grupo de amigos, proprietários de lanchas do Veleiros do Sul, visando aproximar uns dos outros. Esta foi a primeira experiência de uma série de encontros. Começamos com um evento que achávamos relativamente pequeno (apesar de termos juntado 12 barcos), nos flutuantes localizados junto a piscina, onde foram contratados os serviços do nosso economato, que muito bem nos serviu de queijos, frios, pães, vinhos e etc. A ideia era exatamente que todos os participantes pudessem estar confraternizando junto
às suas embarcações, elo de nossa “convivência social náutica”. Como nosso encontro inicial foi de grande sucesso, para os próximos projetamos envolver a comunicação do clube, a fim de divulgar e convidar todos interessados em participar, adiantando que não ficaremos somente em nossa sede, pois também teremos encontros na bela Ilha Chico Manoel, dentre outros tantos recantos a serem explorados. Agradecendo mais uma vez a presença dos que já compareceram, contamos com mais e mais amigos. Aguardem o chamado!
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SOLING
Don’t Let me Down é bicampeão Sul-americano
Brasil, Argentina, Canadá e USA se enfrentaram no Guaíba
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om uma vitória tranquila na última regata do campeonato, a tripulação do barco Don’t Let me Down formada por Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard conquistou o título Sul-americano da classe Soling de 2014 realizado de 17 a 20 de abril. Além dos campeões, o Veleiros do Sul completou o pódio com a equipe do Bossa Nova, de
Um campeonato “sem stress” para a tripulação de Cícero 40
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George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Pinto Ribeiro, segunda colocada, e a Equilibrium, de Nelson Ilha, Gustavo Ilha e Carlo De Leo. O Don’t Let me Down começou e terminou bem no campeonato. Teve apenas um dia ruim, quando caiu na classificação, mas se recuperou no final e voltou ao topo. Ao comemorar mais um título, Cícero disse que sua tripulação velejou praticamente sem erros e sem estresse. “Tivemos apenas um incidente no segundo dia, quando forcei uma passagem na terceira regata, fui protestado pelo Bossa Nova e acabei desclassificado da prova. Fora isso, tudo correu tranquilo”, comentou o comandante. Essa foi a segunda vez que a equipe do comandante Cícero Hartmann venceu o Sul-americano, a primeira ocorreu em 2010. No total foram realizadas sete regatas. O canadense bicampeão mundial de Soling (2011 e 2012) Peter Hall competiu na raia do Guaíba com uma tripulação mista composta pelos gaúchos Marcus Silva e Régis Silva, e pelos Estados Unidos, Matias Colins. O Campeonato Sul-americano de Soling teve o apoio da Fundergs e contou com a participação de 13 barcos do Brasil, Argentina, Canadá e Estados Unidos.
Bossa Nova levou mais um título brasileiro
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equipe do barco Bossa Nova composta por George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Pinto Ribeiro foi a vencedora do 44º Campeonato Brasileiro da classe Soling, de 7 a 9 de março no Clube. A disputa pelo título foi muito parelha e precisou ser confirmada pelo critério de desempate entre o Bossa Nova e a tripulação do Don’t Let Me Down, de Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard, que terminou na segunda colocação. Em terceiro ficou o Equilibrium, de Nelson Ilha, Marcelo Jesus e Gustavo Ilha. “O resultado foi justo porque confirmou o bom desempenho durante a competição, nosso pior resultado foi uma terceira colocação. Para um campeonato desse nível vale ressaltar”, comentou o tripulante Marcos Pinto Ribeiro, que junto com seu irmão Lúcio somam seis títulos brasileiros de Soling, e com o timoneiro George Nehm, quatro.
George, Marcos e Lúcio lutaram até o final pela vitória
O 44º Campeonato Brasileiro de Soling teve a participação de 10 barcos, do Veleiros do Sul, Clube dos Jangadeiros, Rio Grande Yatch Club e do Yatch Club Santo Amaro (SP).
Competição reuniu 10 barcos na raia O MINUANO
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COMPETIÇÕES
Velejaço recordou a regata pioneira em 1934
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Regata festejou os 80 anos da competição que impulsionou a vela gaúcha
Regata 80 anos da Vela Gaúcha aliou competição e comemoração histórica no evento que marcou a disputa da primeira regata oficial realizada em 8 de abril de 1934 no rio Guaíba. À época, ela teve o apoio da Óptica Foernges. Oito décadas depois, a ótica foi novamente a patrocinadora. O Velejaço ocorreu no dia 6 de abril na baía do Cristal com a participação de 31 barcos da classe Cruzeiro. O vento fraco de oeste fez os barcos navegarem lentos pelo canal do Cristal, mas quando a Comissão de Regatas se preparava para encurtar a regata entrou o vento sul de cerca de 8 nós de intensidade que deu outro ânimo aos competidores. Com isso os barcos seguiram até o farol da Piava, onde foi montada a linha de chegada. O veleiro da classe J/24 Bravíssimo, de Renato Plass, foi o fita azul ao cruzar a linha às 17h22min50s. “A regata precisou de técnica e também um pouco de sorte. O começo foi difícil, mas de maneira geral velejamos muito bem, sempre entre os cinco primeiros”, disse o comandante. A primeira regata oficial realizada em Porto Alegre ocorreu por iniciativa de um grupo de velejadores liderados por Leopoldo Geyer. A partir dela seria impulsionada como modalidade
esportiva no estado e levou a fundação do Veleiros do Sul em dezembro de 1934, o pioneiro na capital gaúcha. No final houve a premiação para os vencedores em cada classe. Os comandantes receberam uma réplica da taça da regata de 1934 que hoje pertence ao acervo do Veleiros do Sul. O comodoro Cícero Hartmann disse que o evento foi “um momento de grande significado e boas recordações para os velejadores gaúchos”. E também destacou o patrocínio da Óptica Foernges que esteve no momento inaugural da vela e hoje ainda mantém sua solidez empresarial e vínculo com o Clube. Os vencedores - Classes 20’ - Águia Real, Rolf Peter Nehm (CDJ) 23’ - Chinook, Daniel Weindorfer (VDS) 26’ - Glasgow, Artur Carpes (VDS) 30 ‘ - Escapada, Fábio Santarosa (CDJ) 35’ - Pazzo Per Te, de Josiene Paim (CDJ) 40’ - Macanudo, Person Thiesen (VDS) D36 - Tramonto, Otto Luis Minelli (VDS) FL - Madrugada, Niels Rump (VDS) J/24 - Bravíssimo, Renato Plass (VDS) MC - Charlie Bravo, Paulo Hennig (VDS)
Formação de velejadores ganha reforço com apoio da CBC O VDS foi aprovado para encaminhar seus projetos de vela de base e olímpica com investimentos da Lei Pelé
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ma nova fase para a vela do Clube está em andamento com aprovação do seu nome no Cadastro Geral de Entidades de Prática Desportiva (EPDs), da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) e da Federação Nacional dos Clubes (FNC), que lhe permitirá receber recursos da Lei Pelé, após a aprovação dos seus projetos esportivos. Além dessa conquista, o Veleiros do Sul agora também faz parte do Conselho de Interclubes da CBC-FNC, órgão de planejamento estratégico e especializado com atribuições de fomentar a formação de atletas olímpicos e paralímpicos. Até chegar a esse ponto, foram necessários alguns ajustes que colocaram o Clube em alinhamento com a atual legislação e um árduo trabalho na formatação de nossos projetos, que já receberam menções positivas pela apresentação. “Adequamos nosso novo Estatuto, conforme o Código Civil e as exigências da nova Lei Pelé. Agora estamos incluídos no Cadastro Geral de Entidades de Prática Desportiva - EPDs, foi uma vitória importante”, diz o comodoro Cícero Hartmann. Na primeira reunião do Veleiros do Sul no Conselho de Interclubes, em agosto na Bahia, o comodoro Cícero Hartmann encaminhou a sugestão de que os clubes gozem da isenção de impostos sobre material importado, da mesma maneira como atualmente se dá com os velejadores: “Quando um clube importa um barco, por exemplo, paga até mais de 100% do valor que a pessoa física pagaria, em impostos e taxas. Isso também provocaria uma economia de verba que poderia ser canalizada para outros projetos esportivos”, avalia. O Veleiros do Sul já participou neste ano de dois congressos da CBC - FNC. O primeiro ocorreu em junho em Florianópolis, com a presença do comodoro Cícero e Odécio Adam, gerente de Esporte do VDS, e no segundo, além do comodoro, estiveram Ricardo Pereira e Rafael
Cícero Hartmann, Lars Grael e Edison Antonio B. Garcia, comodoro do Iate Clube de Brasília
Golebiowski da Costa, da Secretaria Esportiva, e Sérgio Rosa, da Secretaria Administrativa. “A nossa presença foi importante para acompanharmos esse processo. Entre centenas de clubes do País ficamos entre as 18 entidades aptas a lançar editais de chamamentos para compras de materiais para o esporte da vela, com recursos diretos da CBC-FNC. Isso contribuirá de forma substancial para a formação e o desenvolvimento de nossos velejadores”, avalia Cícero. “A CBC está aparelhada com regras claras e determinada para receber esses projetos, e com isso permitirá o acesso aos recursos para fomentar as categorias de base e olímpica. Os clubes esportivos sociais são os maiores formadores de atletas do País. O foco das atividades está na gestão dos clubes, em proporcionar ferramentas que auxiliem e gerem uma melhor aplicabilidade e o desenvolvimento das ações necessárias para resultados mais expressivos e eficazes”, afirma Cícero. A nova Lei Pelé repassa à CBC o correspondente a 0,5% de toda a verba arrecadada nos concursos de prognósticos, loterias federais e similares, com destino único e exclusivo para formação de atletas olímpicos e paralímpicos, além de inserir e reconhecer a CBC ao lado do Comitê Olímpico Brasileiro - COB e do Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB no Sistema Nacional do Desporto, passando a representar o seu subsistema: os clubes esportivos sociais de formação de atletas olímpicos e paralímpicos. O MINUANO
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COMPETIÇÕES
Três Tangos na Copa México 2014
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Tango Sailing Team representou o Veleiros do Sul com três equipes na Regata Copa México 2014, tradicional competição internacional da classe J/24 realizada em março em Nayarit no México. O melhor colocado entre os três barcos foi o Tango/Hard Rock de Alex Luiz, Lucas Ostergren, Guilherme Roth e André Passow que ficou em 10° com 90,5 pontos, alcançando o seu objetivo. “Findamos heroicamente em décimo, isso porque corremos as últimas quatro regatas com os dois molinetes quebrados e perdemos muito rendimento”, comentou Guilherme Roth. A equipe Tango 2/Hard Rock de Adriano Santos, Adrion Santos, Ader Santos, Cristian Franzen e Diego Faccio ficou em 13º lugar e a Tango Jr/Hard Rock de Bryan Luiz com Breno Osthoff, Daniel Paris e Rafael Paris, a única das três a vencer uma das regatas da competição, ficou em 26º lugar. O Tango Sailing Team contou com o apoio de Hard Rock Hotel Vallarta e Copa Airli-
Presença marcante das três tripulações na Copa
nes na Regata Copa México. O vencedor da disputa, que também valeu como norte-americano da classe e foi seletiva para o Pan-Americano de 2015 em Toronto foi o barco Digger (USA) do comandante Mike Ingham, com Tim Healy, Enrique Pirez-Ci-
Sudeste Brasileiro do Laser
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rera, Marianne Schoke and Max Holzer. Ainda pelo Brasil, a equipe Bruschetta de Maurício Santa Cruz foi a quarta colocada. Participaram da Copa México 37 equipes do Brasil, Alemanha, Itália, México, Mônaco, Peru, Suécia e Estados Unidos.
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34ª Campeonato Sudeste Brasileiro de Laser foi realizado em julho no Rio de Janeiro. Representaram o Veleiros do Sul: Luiz Eduardo Sokolnik, classe Standard, e Marcelo Galicchio, na Radial. Às vésperas do Aquece Rio o campeonato contou com a participação de velejadores internacionais. Luiz Eduardo Sokolnik ficou em 22º e o campeão foi Robert Scheidt. Já na Radial, Marcelo Galicchio terminou em 19º. Sokolnik analisou o campeonato: “foi uma disputa de alto nível técnico, 15 dos melhores velejadores do ranking mundial estavam na raia. As regatas foram com chuva e vento de sudoeste que variou de 5 a 12 nós de intensidade. O campeonato teve 48 velejadores e eu terminei em 22 no geral e 9º entre os brasileiros.”
VDS na Copa da Juventude
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Veleiros do Sul se destacou na Copa da Juventude de 2014 ao terminar em vice como melhor clube de vela jovem no Brasil, entre os 13 clubes que participaram da disputa em abril, em Jurerê. O título foi conquistado pela soma dos resultados dos seis velejadores de Laser, 420 e Hobie Cat 16 que representaram o Clube. Na Laser Radial Antonio Cavalcanti ficou em segundo lugar e Marcelo Gallicchio em 10º. Na 420, Thiago Ribas e Phillip Rump ficaram em quinto lugar. E a dupla Ricardo Welter Lis e Gustavo Balbela promessas do Hobie Cat 16 do VDS, foi vice. Ainda em abril eles competiram no 40º SulCat, em Camboriu, Santa Catarina e terminaram em quarto lugar.
Thiago e Philipp competiram no Mundial de 420
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Campeonato Mundial da classe 420 teve a participação da nossa dupla Thiago Ribas e Philipp Rump. A competição contou com 10 regatas disputadas em Travemünde, Alemanha, em agosto. Eles ficaram em 40º lugar na flotilha ouro, entre 57 barcos de 27 países. “Nosso objetivo foi alcançado ao ficarmos na flotilha ouro, tivemos um avanço em relação ao Mundial do ano passado”, comentou Thiago. A equipe brasileira era composta por dez barcos e o nosso melhor resultado foi com os gaúchos Tiago Brito e Andrei Kneipp, 26º . O título na categoria Open ficou com Jose Manuel Ruiz/Fernando Davila (ESP) e no feminino com Carlotta Omari/Francesca Russo Cirillo (ITA).
Equipe do VDS em Travemünde
Crioula é bicampeão em Búzios
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Crioula, sob o comando de Samuel Albrecht, venceu pelo segundo ano consecutivo a Búzios Sailing Week na Classe Soto 40, sagrando-se bicampeão. A equipe gaúcha, que teve entre os tripulantes, Renato e Eduardo Plass, Fabrício Streppel e Alexandre Rosa, liderou toda a competição, disputada no feriadão de Páscoa, no Iate Clube Armação de Búzios.
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COMPETIÇÕES Foto: Divulgação Troféu Sofia
Nossas equipes presentes nos campeonatos da Nacra17
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Samuca e Georgia no Troféu Princesa Sofia
17, que ocorreu no início de maio em Brasília, Marcos Pinto Ribeiro e Valéria Fabiano ficaram em terceiro lugar. “A expectativa de barcos era boa, mas na
Mundial Universitário teve equipe do VDS
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Foto: Nelson Ilha/divulgação
7º Mundial de Match Race Universitário foi realizado em julho no Lago Ledro, na Itália. Três equipes correram pelo Brasil e uma delas obteve o bronze feminino. Na categoria masculina Open os representantes foram Philipp Grotchmann, Frederico Sidou, Rodolfo Streibel e Vilnei Goldmeier, da equipe do Veleiros do Sul, eliminada na fase classificatória. Na categoria feminina correram duas tripulações: a BRA1 de Marina Cardia Jardim, Adhara Ginaid, Ana Clara Mantovani e Mariana Gliesch Silva (velejadora do VDS) e BRA2 com Juliana Mota, Maria Hackerott, Juliana Duque e Amanda Rodrigues, que conquistou a medalha de bronze na categoria feminina. Nelson Ilha chefiou a delegação.
última hora três deixaram de participar”, comentou Valéria. Conforme Valéria, a disputa foi marcada por regatas de vento fraco no lago Paranoá.
Julia Silva ganha bronze nos Jogos Sul-Americanos de Praia Foto: Arquivo pessoal
s duas tripulações da Nacra 17 do Clube participaram de importantes competições no primeiro semestre. Integrantes da Equipe Brasileira de Vela de 2014, Samuel Albrecht e Geórgia Silva competiram no 45º Troféu Princesa Sofia - ISAF Sailing World Cup Mallorca 2014, em abril, em Palma de Mallorca na Espanha, e terminaram a etapa em 28º. A dupla, que conta com patrocínio da Wind Brasil, disputou em julho o Campeonato Europeu em La Grande Motte, na França. Encerrou a participação em 36º na flotilha ouro que reuniu as 40 melhores equipes do campeonato. No Campeonato Brasileiro de Nacra
Júlia (VDS) em Vargas
J Time brasileiro reunido na Itália
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ulia Fernanda Silva conquistou para o Brasil a medalha de bronze na classe Sunfish feminino nos Jogos Sul-americanos de Praia realizados em março na Venezuela. O Brasil obteve cinco medalhas: um ouro (RS:X Feminino, Bruna Martinelli), três pratas (Laser Radial, Maria Cristina Boabaid, RS:X Masculino, Albert Carvalho, e Snipe – Lucas Mesquita e Douglas Gomm).