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PALAVRA DO COMODORO

EXPEDIENTE

Prezados associados O tempo atual que vivemos no Clube merece ser comentado. Acho importante examinarmos estes primeiros seis meses do ano, porque eles estão repletos de fatos representativos do bom momento pelo qual passamos. Como é de conhecimento de todos, desde janeiro estamos numa fase de muitas conquistas esportivas e grandes campeonatos realizados, o que também não deixa de ser uma vitória de todos os associados. Neste período, alcançamos títulos nas classes 470, Laser, Oceano, Soling e Optimist. Destaco este último, porque foi um dos mais emblemáticos. A conquista do Sul-Americano de Optimist “em casa” por Gabriel Lopes representou não só o triunfo pessoal, mas de todo o Clube, por ter feito um campeonato de nível internacional com maestria, que por sua organização impressionou as delegações dos 13 países presentes. Sabemos que não é de agora que o Veleiros do Sul goza de elevado conceito no mundo náutico, graças aos esforços dos associados e dos dirigentes, que procuram manter acesa a tradição de um clube de vela. Quero lembrar que, pelo segundo ano consecutivo, a flotilha Minuano terá um representante na equipe brasileira no Mundial, na Itália. E ainda estaremos no Europeu e no Norte-americano. Porém, para darmos continuidade a essas conquistas, precisamos manter o rumo e investir nas novas gerações. Com essa finalidade, alguns projetos já estão em andamento, e começamos pela Escola de Vela Minuano, que em breve terá novas instalações. Queremos aprimorar as condições do ensino da vela e também atrair maior número de jovens para esta atividade, que é rica de ensinamentos tanto na parte física como psicológica. Mudando de assunto, submetemos ao Conselho Deliberativo nossos projetos na área patrimonial e tivemos a aprovação para darmos andamento às obras. Destaco, entre elas, a reforma do prédio da piscina, que passará por uma modernização para proporcionar melhor comodidade aos associados. Também concluímos o prolongamento do trapiche 3, que abrirá mais vagas molhadas. São investimentos importantes para nossa estrutura patrimonial. Na parte administrativa, informo que agora temos mais duas secretarias: Social e Porto. O objetivo é suprir as demandas de maneira adequada aos nossos associados. E na pasta social teremos nossa tradicional festa Queijos e Vinhos, que atualmente já é referência entre os eventos de clubes na cidade. Pois nesta edição a atração especial será a banda Papas da Língua, uma apresentação que abrilhantará nossa festa, além da nossa requintada gastronomia. Tenho certeza de que teremos uma noite de muita alegria. Para finalizar, digo que, por tudo isso, vivemos um tempo de bons ventos por aqui! Boa leitura! Cícero Hartmann

Comodoro Cícero Hartmann Vice-Comodoro Esportivo Guilherme Schramm Roth Vice-Comodoro Administrativo Paulo A. Hennig Vice-Comodoro Patrimônio Luis Antonio Schneider Vice-Comodoro Social Carlos Alberto Trein Diretor de Porto Luiz Vinícius M. de Magalhães Diretor de Monotipos André Gick Diretor de Oceano Ronaldo Ruschel Diretor de Vela Alto-Rendimento Eduardo Ribas Prefeito da Ilha Chico Manoel Roberto A. Schmitz Diretor Jurídico Lúcio Pinto Ribeiro Conselho Deliberativo Presidente Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira Vice-Presidente Cláudio Ruschel Conselho Fiscal Titulares Newton R. Aerts, Luiz Alberto Morandi e Flávio Neumann Suplentes Ricardo Englert, Jankiel Koster e Homero Jobim Neto O Minuano é uma publicação do clube Veleiros do Sul. Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592 Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil CEP: 91.900-420 E-mail: comunicacao@vds.com.br Site: www.vds.com.br

Editor: Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS Textos e Fotos: Ricardo Pedebos e Ane Meira Foto Capa: Matias Capizzano Projeto Gráfico e Diagramação: Renato Nunes Fotolitos e Impressão: Gráfica Calábria Tiragem: 1.500 exemplares Distribuição: Sócios do VDS, diretorias dos clubes náuticos e marinas do Brasil. Clubes da Argentina, Chile e Uruguai.


Novos ventos na Escola de Vela Minuano Em breve estará de “casa nova” e com melhores instalações. Ela funcionará no prédio da antiga lojinha do clube e na sala de conferência e vídeo, que será integrada a sua estrutura.

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Vela pode ser uma opção extracurricular. É uma atividade que une o desenvolvimento mental, físico e social

mudança faz parte do plano estratégico que a comodoria elaborou para impulsionar o desenvolvimento da vela no clube. Dentro desse novo quadro também ocorreu a troca de comando que passou a ser dirigida pelo comodoro Cícero Hartmann e tem como coordenador Cássio do Canto, empresário e velejador oriundo da escola. A EVM aplicará em sua didática uma visão mais ampla sobre a vela, como explica o seu diretor Cícero: Nossa missão é “despertar a paixão pela vela, este é o espírito que queremos implantar. Esta modalidade pode ser a opção extracurricular para as crianças porque alia esporte e diversão”, avalia o comodoro. Ele destaca alguns pontos importantes: “A vela proporciona vida social desde cedo que poderá se estender para sempre; não existe um tipo físico específico para praticar o esporte, é para qualquer um – menino ou menina; esti-

mula a auto-confiança, a força física, raciocínio rápido e amor pela natureza. E o custo não é elevado, como muita gente pensa. Quem frequenta o curso não precisa necessariamente se tornar um competidor”. O coordenador Cássio do Canto diz que está em fase final de montagem uma programação que proporcionará aulas em dois dias da semana, que serão estabelecidas conforme as demandas, além dos fins de semanas. “Estou conversando com as diretorias de escolas para fazermos parcerias. A vela será uma opção extracurricular para os alunos, uma atividade que também desperta o amor pela natureza,” avalia o coordenador. Para isso os participantes poderão contar com serviço de transporte de vans entre o clube e suas casas e os pais que trouxerem seus filhos ao clube terão direito de fazerem atividades na academia ou caminhadas pelo pátio.


Um esporte que pode ser praticado desde cedo por meninos ou meninas

A EVM contará com maior número de professores para atender os cursos de vela infantil, adultos e habilitação da marinha. “Queremos que a Escola Minuano seja mais uma porta de entrada para novos associados e também a oportunidade para que as pessoas vejam a vela como uma atividade bem mais ampla em suas vidas”, comenta Cícero. Uma atividade rica em ensinamentos Velejar é um esporte dos mais completos para formação física e psicológica das crianças. Por isso no mundo todo é vista não apenas como uma atividade meramente esportiva, mas seu alcance vai mais adiante. Elas aprendem a tomar decisões sozinhas ou em equipe, enquanto navegam. Desenvolvem o sentido de responsabilidade e respeito mútuo. Uma atividade física saudável. As adversidades que enfrentam na água é um maravilhoso meio pedagógico que possibilita ampliar os seus limites pessoais na vida, além de praticarem um esporte que tem contato direto

com o meio-ambiente e aprendem a conhecer melhor a natureza. Tradição no ensino da vela A Escola de Vela Minuano, do Veleiros do Sul, ensina a arte de velejar desde 1975 e conta com profissionais capacitados e experientes na formação de velejadores. Possui um material didático e barcos com equipamentos de total segurança. A classe Optimist é o barco de aprendizado da vela, destinado para crianças e adolescentes de 7 a 15 anos. Da Escola já surgiram muitos campeões da vela, como o caso mais recente do Gabriel Lopes, 12 anos, vice-campeão brasileiro e campeão sul-americano na classe Optimist que se iniciou na vela aos 6 anos de idade na Escola Minuano. Convidamos aos pais a trazerem seus filhos para conhecerem a Escola de Vela Minuano. Não é necessário ser sócio do clube para frequentar o curso de vela.

CURSOS - VAGAS LIMITADAS Iniciação à vela infantil - Aos sábados e domingos das 13h30min às 17 horas. - Instrutores: Alan Willy e Mauro Ferreira (recreação) Iniciação à vela Oceano - Instrutor: Isaak Radin Iniciação à vela adulto - Instrutor: Juan Teixeira

Exercício de vira e desvira. Técnicas de segurança na navegação fazem parte do currículo

Vela é para todos: uma grande vida social, agora e para o resto de seus dias. Vela é para todos: alto, baixo, gordo, magro, menina ou menino, verde com manchas cor de rosa, não importa. Vela é para você. Vela aumenta a autoconfiança, força física, raciocínio rápido e um amor pelo meio ambiente. Vela não custa uma fortuna, como você pode imaginar. O MINUANO

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A vitória do pequeno notável Ao retornar da raia o campeão Gabriel Lopes foi recebido na rampa do Clube com muita festa e teve seu barco carregado nos braços pelos amigos, técnicos e integrantes da equipe brasileira. Mais que um gesto da conquista de um título também representou naquele momento o triunfo de todo o Veleiros do Sul por ter realizado o Campeonato Sul-americano de Optimist de modo magnífico que provocou as melhores considerações possíveis dos participantes.


FOTOS: MATIAS CAPIZZANO


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oram 10 dias de intensa atividade esportiva e boa convivência entre os visitantes. A cerimônia de abertura ocorreu no dia 22 de março e foi marcada pelo desfile das equipes dos 14 países participantes, assistido por cerca de 500 pessoas entre delegações, autoridades e associados, no pátio do Clube. O comodoro Cícero Hartmann e o vice-presidente da IODA (Associação Internacional da classe Optimist) José Quino abriram o evento que teve a brilhante apresentação do show dos jovens músicos da Fábrica de Gaiteiros, projeto desenvolvido pelo famoso músico regionalista Renato Borghetti. A apresentação da

banda de gaitas empolgou os velejadores que ao término dançaram ao som das músicas regionais gaúchas com muita animação. O Sul-americano teve a participação de 144 velejadores que foram divididos em dois grupos (azul e amarelo). Eles largavam separadamente na raia do Cristal no rio Guaíba. No total foram disputadas 10 regatas, em cada grupo, no individual e 31 no campeonato por equipes. O Clube disponibilizou para aluguel 120 barcos da marca Lange fabricados pelo RioTecna, de Buenos Aires, mais carrinhos de encalhe, e 13 botes para uso dos técnicos e comissão organizadora. O ní-


vel técnico da competição agradou os treinadores que acompanharam as delegações. Consideraram que as flotilhas, seguindo uma tendência mundial, estão mais competitivas. E o resultado do campeonato confirmou isso. A vitória do gaúcho Gabriel Lopes, 12 anos, foi disputada proa a proa e, claro, teve um sabor especial para os brasileiros e mais ainda para a flotilha Minuano, do Veleiros do Sul, por ter ficado com o título em casa. Gabriel liderou o campeonato quase todo o tempo e no fim teve como adversário direto o norte-americano Ivan Shestopalov que passou à sua frente na classificação. A última regata foi a de maior peso para Gabriel e Ivan, pois ambos brigavam pela primeira colocação, embora eles velejassem em grupos distintos. No entanto a expectativa geral entre os brasileiros era outra; assegurar pelo menos a vicecolocação para chegar à vitória no Sul-americano. E foi o que aconteceu. Gabriel cruzou a linha de chegada em primeiro lugar na última regata e acabou na vice-colocação na geral. Já o norteamericano chegou em terceiro na regata, mas terminou em primeiro lugar no campeonato. Conforme o regulamento da IODA o competidor pertencente a um país convidado não disputava o título continental. Com a segunda colocação confirmada, Gabriel foi o campeão sul-america-

Cerimônia de abertura foi acompanhada por associados, convidados e autoridades

O show dos jovens da Fábrica de Gaiteiros emocionou o público

O Brasil encerrou o desfile de apresentação das delegações de 14 países O MINUANO

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Gabriel Lopes venceu quatro das 10 regatas disputadas

no. Entre as meninas a argentina Clara Vignati foi a vencedora na categoria feminina. A comemoração dessa conquista foi muita animada. Ao chegar à rampa Gabriel teve seu barco erguido da água com ele dentro e carregado nos braços dos amigos, técnicos e velejadores da equipe brasileira pelo pátio do Clube. Ele recebeu o carinho dos familiares, abraços, e

depois foi jogado na água pelos companheiros, assim como Ivan Shestopalov, cumprindo o ritual de comemoração na vela. O timoneiro gaúcho disse que não se preocupou com a pressão pelo resultado quando se dirigia para raia. “Fui tranquilo, procurei fazer uma boa regata e voltei com sentimento de campeão”, definiu seu estado de espírito. Ele lamentou sua atuação ruim na penúltima regata do dia anterior, quando chegou em 31º e perdeu a liderança que vinha sendo mantida. “O campeonato foi bom, mas difícil para todos por causa das condições do vento, sempre rondado. Mas consegui manter uma média boa de resultados e isso me ajudou nesta conquista”, contou Gabriel que é o atual vice-campeão brasileiro de Optimist. O primeiro colocado, Ivan Shestopalov, 13 anos, veio de St. Louis, Missouri, e está mais acostumado a velejar no mar, mas teve um desempenho inquestionável na raia do rio Guaíba. “Aqui há boas condições para velejar, sempre tem vento, mas é um pouco difícil porque ronda (variação de direção), mas mesmo sim é bem bonito”. Mas o vento, inclusive foi um grande adversário em razão das rondadas, mas Ivan reco-


A argentina Clara Vignati ficou com o título feminino

Ivan Shestopalov comemorou a vitória no Guaíba

nheceu que enfrentar o brasileiro foi ainda mais difícil. “Gabriel veleja muito bem, a disputa foi muito acirrada e ele é super competitivo”. Ainda segundo Ivan, o segredo da vitória é a dedicação: “Foi muito treino, o segredo é velejar

muito” diz o campeão que agradeceu os pais, os treinadores Amanda e Nico, o apoio dos amigos e a todos os companheiros de equipe. A campeã feminina, Clara Vignati, 14 anos, da Argentina, enfrentou problemas de indisposição nos últimos dois dias que lhe dificultaram a vida na competição, mesmo assim foi a melhor entre as meninas. “Num campeonato como esse


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Clara Penteado foi a brasileira melhor classificada entre as meninas

quem ganha é quem rende mais na raia e eu tive esse privilégio. Meu maior adversário mesmo foi o cansaço.” Entre os primeiros colocados, além do Gabriel Lopes, teve outro gaúcho, Pedro Zonta, que

ficou em quinto lugar. O Brasil teve uma equipe composta por 30 velejadores de cinco estados. Os técnicos foram Filipe Novello (RJ), Mário Urban (BA) e Átila Pellin (RS) e o team leader Cássio do Canto (RS). Além do Gabriel Lopes, a flotilha Minuano teve mais três representantes na equipe brasileira: Tiago Quevedo que terminou em 20º na geral e venceu três regatas no campeonato, Erik Hoffmann em 80º e Ana Paula Canto em 112º. O Sul-americano foi uma realização do Veleiros do Sul em conjunto com a Associação Internacional da Classe Optimist (IODA), patrocínio da Bettanin e Banrisul e apoio de Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, Ritter Alimentos, Procempa, PortoVan e Chocolate Florybal. Participaram 144 velejadores de 14 países: Argentina, Antilhas Holandesas, Bermudas, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Estados Unidos, Ilhas Virgens Americanas, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Os 144 competidores foram divididos em dois grupos: amarelo e azul


Sul-americano Bettanin por equipes O campeonato Sul-americano por equipes – Regata Bettanin - de Optimist foi realizado durante um dia na metade da competição com a raia montada em frente ao Clube na baía do Cristal. A final foi argentina. A Equipe ARG 1 venceu a ARG 2 por 2 a 1 na série de melhor de três regatas. Os campeões foram: Clara Vignati, Manuel Garcia, Constanza Ruffinelli, Joaquin Zanardi, Valentin Queirel. Em terceiro lugar ficou o Chile 1. O Brasil terminou na quarta colocação. As equipes BRA 1 e BRA 2 foram eliminadas na fase semifinal pela Argentina e Chile. O resultado

Na disputa por equipes o Brasil não foi bem

Abraços na raia pela vitória no sul-americano por equipes

confirmou a tradição dos argentinos nos campeonatos por equipes na Optimist. As três equipes brasileiras foram compostas pelos velejadores: Nº1 – Gabriel Lopes, Tiago Quevedo, Pedro Correa e Pedro Zonta. Nº 2 – Lucas Faria, Iagor Franco, Gustavo Abdulklech, Clara Penteado, Luiza Cruz e Nº 3 - Erik Hofmann, Luis Dotta, Tiago Monteiro, Rubem Neto.

Copa das Nações Banrisul Os Estados Unidos, México e Bermudas competiram como países convidados na Copa das Nações – Regata Banrisul. Como havia vagas sobrando Peru 3 e Equador 3 também compuseram o grupo. Os Estados Unidos ficaram com os três primeiros lugares: USA 2, USA 1 e USA 3. Nos eventos por equipes as delegações da República Dominicana, Colômbia, Venezuela, Ilhas Virgens e Antilhas Holandesas não participaram porque não atingiram o número mínimo de quatro velejadores cada uma. A competição iniciou por volta das 11 horas.

Estados Unidos confirmou sua liderança em competições por equipe


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Regatas competitivas mostraram o bom nĂ­vel das flotilhas no Sul-americano

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Um ex-bicampeão mundial aprovou o campeonato O argentino Martin Jenkis, 33, foi bicampeão mundial de Optimist em 1994 e 1995, fato raro na classe, e desde 2007 dedica-se integralmente a função de técnico, com experiência no treinamento de equipes no México, Antilhas Holandesas, República Dominicana. Em Porto Alegre veio com a Bermuda Team e aprovou o nível da competição e a organização. “As instalações do Clube são excelentes e o staff mostrou que sabe o que faz. Aqui as pessoas estão sempre dispostas a ajudar. Para Martin a classe Optimist está mais exigente em termos técnicos. “Os investimentos são cada vez maiores e o nível dos velejadores tem aumentado. Isso é positivo para formar uma boa base. E a vela é um excelente esporte na vida das crianças por sua multiplicidade de valores”, diz o técnico.

Martin (esq) com o time da Bermuda

“Um dos melhores campeonatos que já participamos” afirmou team leader dos EUA

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ma das maiores equipes do Sul-americano, em número de velejadores, o time dos Estados Unidos fez um grande campeonato, tanto no individual como por equipes. Eles já vêm participando da disputa há bastante tempo por conta do nível dos velejadores sul-americanos. Desta vez, voltaram para casa encantados, não só pelos bons resultados que conquistaram, mas também pela receptividade com que foram recebidos. “Adoramos tudo, o Clube e o fabuloso trabalho realizado por toda a equipe, desde a comissão de regatas, passando pelo operacional do evento até a comida do restaurante. Já estive em muitos eventos da IODA e certamente este foi um dos melhores que já participamos. Estamos muito agradecidos por essa experiência”, afirmou John Logue, team leader norte-americano. Logue também coordena a Lisot Sailing Foundations, que fomenta a vela jovem em Long Island, no estado de Nova York. 16

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Norte-americano elogiaram a estrutura do Clube


Voluntários deram show de trabalho em equipe

Reconhecimento as pessoas que trabalharam no Sul-americano: associados, voluntários e funcionários

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tradição do Veleiros do Sul não está só nos seus anos de clube, mas também no engajamento dos sócios que não desperdiçaram a oportunidade de mostrar a sua força no sul-americano. Desde as medições, cerca de 73 voluntários se apresentaram à esportiva do clube e executaram várias funções, de acompanhantes das equipes (os anjos) até a montagem das cerimônias de abertura e encerramento. Entre os voluntários, se destacou a presença de dois

visitantes: os velejadores cariocas Felipe Rondina e Rodrigo Luz. Com apenas 15 anos os garotos vieram a Porto Alegre para trabalhar no campeonato. “Mas também vim para reencontrar meus amigos”, enfatiza Rodrigo. Felipe ainda está se acostumando a ver os Optimists de fora da raia. “Saí em julho e ainda tem muito amigo na flotilha competindo. Agora que olho de fora, as regatas até parecem mais fáceis”, brinca.

Homenagens especiais Uma premiação especial foi entregue ao casal Eduardo Ribas e Carla Spletsttosser, trabalhadores incansáveis, responsáveis pela candidatura do Clube e para Daniele Carlini, Amneris Calle e Odécio Adam, que organizaram o evento com maestria. Organização do campeonato foi ressaltada pela direção da IODA e delegações estrangeiras

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Entrega de prêmios foi em ritmo de festa

Eduardo Ribas passa a bandeira da IODA para a delegação da Colômbia, próxima sede do Sul-americano, em Cartagena

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encerramento do Campeonato Sul-americano de Optimist 2013 teve muita festa que começou com a apresentação das delegações participantes, todos premiados com flâmulas do Clube, chaveiro alusivo ao campeonato e ovos de páscoa Florybal. Os velejadores Luis Alberto Aguirre e Cristina Aguirre (Equador) foram premiados por Fair Play com peças Nob Multisports. No discurso de despedida o co-

modoro do Veleiros do Sul Cícero Hartmann agradeceu o trabalho abnegado dos voluntários que fizeram um grande evento, reafirmando a tradição do Clube que às vésperas de completar 80 anos mostra competência e excelência, tanto em receber velejadores do mundo todo quanto na formação de atletas tendo o campeão sul-americano Gabriel Lopes, talento da casa, como maior exemplo. O comodoro anunciou que o Ve-

Festa no salão social ao som da banda Barco de Papel 18

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Time do Brasil comemorou no final com os técnicos Filipe Novello, Átila Pelin e Mário Urban (Maru) e o team leader Cássio Lutz do Canto

leiros do Sul pretende apresentar sua candidatura para sediar o Mundial de Optimist de 2016. Após a entrega de prêmios, um coquetel reuniu competidores, familiares e staff ao som da banda Barco de Papel animando o encerramento de um campeonato elogiado por todos pela qualidade com que foi realizado, conforme ressaltou o vice-presidente da Associação Internacional de Optimist, José “Quino” Nigaglioni.


CLASSIFICAÇÃO GERAL

1º Ivan Shestopalov (USA), 2º Gabriel Lopes (Brasil), 3º Fausto Peralta (Argentina), 4º Valentin Queirel (Argentina), 5º Pedro Zonta (Brasil)

SUL-AMERICANO BETTANIN POR EQUIPES

Campeão: ARG 1 - Valentin Queirel, Clara Vignati, Constanza Ruffinelli, Manuel Garcia, Joaquin Zanardi. Vice-Campeão: ARG 2 - Mônaco Facundo, Fauto Peralta, Dante Cittadini, Luciano Di, Patricio Toms, Santiago Wolf . 3º Lugar: Chile 1 - Santiago Ugarte, Exequiel Grez Colomba Parodi, Tomas Ugarte, Victoria Novion

FEMININO

1º Clara Vignati (Argentina), 2º Sofia Videla (Argentina), 3º Francesca Foronda (Peru), 4º Emma Kaneti (USA) e 5º Clara Penteado (Brasil)

6º Wiley Rogers (USA), 7º Facundo Mônaco (Argentina), 8º Matt Logue (USA), 9º Shawn Harvey (USA), 10º Chase Cooper (Bermudas), 11º Lucas Faria (Brasil), 12º Thomas Rice (USA), 13º Santiago Ugarte (Chile), 14º Clara Vignati (Argentina), 15º Enrique Saavedra (México)

BANRISUL NATIONS CUP

Campeão: USA 2 - Ivan Shestopalov, Emma Kaneti, Sophia Reineke, Hermus JC, Henry Burnes . Vice-Campeão: USA 1 - Romain Screve , Shawn Harvey, Wiley Rogers , Matt Logue, Audrey Giblin . 3º Lugar: USA 3 – Thomas Rice, Dylan Ascenicios, Cooper Yeager, James Westerberg, Louisa Nordstrom

SUB 12

Sub 12 : Dante Cittadini (Argentina)

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SUL-AMERICANO DE OPTIMIST PREMIACAO DO SUL-AMERICANO

Campeão Sul Americano Geral: Gabriel Lopes (VDS/BRA), ViceCampeão Sul Americano Geral: Fausto Peralta (ARG) e 3º Lugar Sul Americano Geral: Valentin Queirel (ARG)

Campeão Sul Americano IODA Feminino: Clara Vignati (ARG)

Campeão Sul Americano IODA Masculino: Gabriel Lopes (VDS/ BRA)

Campeão Geral Masculino: Ivan Shestopalov (USA)


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Nova EsfreBom

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ADMINISTRAÇÃO

Colônia de Férias

Nova carteira social

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heiro de férias de inverno no ar! E para não deixar a criançada parada em casa a Escola de Vela Minuano apresenta mais uma edição da Colônia de Férias de Inverno 2013. Ela ocorre entre os dias 22 e 26 de julho e as inscrições devem ocorrer até o dia 18 de julho. Crianças de 05 a 12 anos podem se inscrever para participar da atividades nos valores de R$ 190 para sócios e R$ 250 para não sócios. Entre as atividades estão previstas trilhas, pescarias, arvorismo, tirolesa, passeio de bote, teatro de bonecos sobre trânsito (com a EPTC) e recursos hídricos (com o DMAE), sessão de cinema com pipoca, passeio a Ilha do Presídio, mini-aula de vela, slackline e muito mais para desafiar a habilidade dos pequenos e trazer muita aventura para as férias dessa gurizada. Elas serão coordenadas pelo professor Mauro Ferreira entre as 9h e as 18h. O almoço e lanche estão inclusos no valor de inscrição, que pode ser feita por e-mail (evm@vds.com.br) ou por telefone 3265 1733 ramal 4.

Com a carteira você mesmo libera sua entrada

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ocê já providenciou a sua nova carteirinha? A implantação e confecção das novas carteiras sociais vêm sendo realizada nos últimos meses. O controle de acesso ao Clube por meio eletrônico já está em vigor. O associado que ainda não possui a nova carteira deve comparecer na Secretaria Administrativa do Clube para solicitar a sua e fazer a foto para proceder com a confecção. O prazo de entrega é de cerca de 20 dias e o valor é R$ 15. A Secretaria Administrativa funciona em horário comercial, das 9h ao 12h e das 14h às 18h. Para mais informações, ligue (51) 3265 1733 ramal 1.

Veleiros do Sul tem novas secretarias

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Clube já conta com duas novas secretarias: Social e Porto, que foram criadas conforme o plano de reformulação administrativo. A Secretaria Social responde pelo gerenciamento dos eventos sociais, incluindo também esta parte nos esportivos, e locações dos espaços no Clube. A responsável por este trabalho é Daniele Carlini, relações públicas experiente nesta área que também desenvolverá ações de marketing de relacionamento entre o Clube e seus associados. Contato: social@vds.com.br O porto do Clube também ganhou uma secretaria para sua administração. O responsável pelo atendimento é o secretário Ricardo Pereira que atuava na Esportiva. Entre suas atribuições está o controle do tráfego da marina, registro de entrada e saída das embarcações, acompanhamento e arquivamento da documentação dos barcos, mapeamento de vagas molhadas e em seco, relatórios de avarias e agendamento do guincho grande. A criação da Secretaria de Porto foi necessária para se integrar ao módulo do software de gerenciamento informatizado adotado pelo VDS. Contato: esportiva@vds.com.br Horário de funcionamento: De terça-feira a domingo das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas.

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CLASSE SOLING

Equipe Bossa Nova é tetra campeã Sul-americana

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O Sul-americano teve sete regatas disputadas no Rio da Prata

tripulação do barco Bossa Nova, com George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Ribeiro, do Veleiros do Sul, conquistou o Sul-americano da classe Soling realizado no Club Náutico San Isidro, de Buenos Aires, de 28 a 30 de abril. Em segundo lugar ficaram os argentinos Pablo Despontin, Pablo Noceti e Ezequiel Sasso. A competição integrou a Semana San Isidro Labrador, importante evento multiclasses da vela argentina. O trio venceu pela quarta vez o campeonato e consolidou a posição de principal equipe do continente na atualidade. Em 2007 eles foram campeões mundiais da classe. “Andamos bem todo o campeonato, mas foi importante termos começado bem nas duas primeiras regatas. Isso nos deu mais confiança. Dessa vez nos preparamos melhor que nas últimas edições”, comentou o timoneiro George Nehm. O Sul-americano de Soling de 2014 será no Veleiros do Sul no feriado de Páscoa.


Marcos Pinto Ribeiro,George Nehm e Lúcio Ribeiro

Os demais resultados das tripulações do VDS:

4º Equilibrium – Nelson Ilha, Paulo Lemos Ribeiro e Flávio Naveira

6º Coringa - Guilherme Roth, Beto Trein e Roger Lamb

7º El Demolidor - Kadu Bergenthal, Frederico Sidou e Vilnei Goldmeier

14º Cachaça – André Gick, Caio Vergo e André Passow

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Vaga para o Mundial de Optimist foi garantida no Sul-Brasileiro

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Gabriel fará parte da equipe brasileira no Mundial, na Itália

Flotilha Minuano mais uma vez se destacou nacionalmente e garantiu ao Veleiros do Sul ter um representante no Mundial de Optimist pelo segundo ano consecutivo. Gabriel Lopes conquistou a vaga para o Mundial da classe após finalizar o Sul-brasileiro de Optimist 2013 em terceiro lugar, como o melhor gaúcho na competição realizada no Clube dos Jangadeiros em Porto Alegre, de 1º a 4 de maio. Tiago Quevedo, que venceu a última regata, ficou em quinto lugar e alcançou a classificação para o Europeu. Erik Hoffmann (27º) e Ana Paula Lutz do Canto (36º) obtiveram vaga para o Norte-americano de Optimist. Neste ano a seletiva foi a soma dos resultados obtidos no Brasileiro e no Sul-bra-

sileiro da classe. Ainda, representando o Veleiros do Sul entre os veteranos, Nicolas Muller ficou em 60º. Já nos Estreantes, Gabriel Rimoli foi o 11º e Eduardo Kloeckner ficou em 19º. Além de Gabriel Lopes, representarão o país no Mundial de Optimist Pedro Correa (YCSA), Lucas Faria (ICB-DF), Pedro Zonta (CDJ) e Gustavo Abdulklech (ICRJ). O título do 35º Sul-brasileiro de Optimist ficou com Pedro Luis Marcondes Correa (YCSA) e o vice-campeão é Lucas Faria (YCB-DF). Clara Penteado (ICRJ) foi a campeã feminina. Conforme o treinador da Flotilha Minuano Geison Mendes, ao conquistarem a classificação para os eventos internacionais da classe, a equipe alcançou seus objetivos. "A gente vem se pre-


parando desde o Brasileiro para a conquista dessas vagas. Havia uma esperança do Quevedo também obter a classificação para o Mundial, sabíamos que era difícil, mas com o sexto lugar ele conquistou a vaga para o Europeu. O Erik e a Ana Paula tinham a vaga para o norteamericano como objetivo principal, o que foi alcançado. O Nicolas, apesar de não ter feito um bom campeonato evoluiu bem, e nos estreantes, o Gabriel Rimoli venceu uma regata, o que fez valer o treino intensivo que ele realizou para este campeonato. Nos estreantes, o

Eduardo no seu primeiro e último campeonato (já está muito grande para o Optimist) ficou feliz com a sua evolução técnica e motivado para estrear no Laser", avalia. Agora, a flotilha pretende seguir a rotina de treinos, planejando um bom desempenho nos campeonatos. O Europeu ocorre entre 29 de junho e 07 de julho na Hungria, o Norteamericano de 03 a 11 de julho nas Bermudas (terá Cássio Lutz do Canto como team leader da equipe brasileira) e o Mundial ocorre entre 15 e 26 de julho em Riva del Garda na Itália.

Flotilha: Erik, Nicolas, Tiago, Geison (técnico), Ana e Gabriel O MINUANO

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Thiago e Philipp foram vice-colocados no San Isidro Labrador

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tripulação formada por Thiago Ribas, Philipp Rump (Gustavo Thiesen) ficou em segundo lugar na classe 420 no Campeonato San Isidro Labrador realizado em dois fins de semana – dias 27/28 de abril e 4/5 de maio, em Buenos Aires. A competição, uma das mais importantes do Rio da Prata, contou na classe 420 com 23 barcos do Brasil, Argentina e Chile. O timoneiro Thiago teve como

Premiação no Club San Isidro

A jovem dupla promissora da classe 420 obteve ótimo resultado em Buenos Aires

proeiros Philipp (na primeira etapa) e Gustavo (na segunda etapa). Após sete regatas realizadas em dois finais de semana — três delas vencidas pelos gaúchos — a dupla ficou com apenas dois pontos de diferença para o primeiro colocado, o timoneiro argentino Agustin Romero do Yacht Club Argentino. "Infelizmente no último dia não

Crioula Team mantém bons resultados O Crioula Sailing Team foi campeão nas classes S40 e na IRC na Búzios Sailing Week realizada no último fim de semana de março. A competição organizada pelo Iate Clube Armação de Búzios, no Rio de Janeiro, marcou a estreia do timoneiro Geison Mendes. Também integraram a tripulação campeã Gustavo Thiesen (trimmer), Fabrício Streppel (navegador), Alexandre Rosa (trimmer), Alexandre Rimoli (trimmer), Renato e Eduardo Plass (secretaria), Frederico Sidou (mastro), Diego Garay (proa). E em maio o Crioula Sailing Team participou da Taça Comodoro, no Rio de Janeiro. A tripulação ficou em terceiro lugar na classe S40. Quem venceu a disputa foi o Carioca.

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aconteceu nenhuma regata por falta de vento o que impossibilitou nossa luta para retornar ao primeiro lugar. Estamos felizes com o resultado obtido em função dos treinos que estamos realizando todas as semanas, é uma evolução constante. Agora é seguir treinando forte para o Campeonato Mundial em julho", comentou Thiago.


Iuca leva mais uma vez o Troféu da Copa J/24

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6ª Copa J/24 teve apenas duas regatas devido a chuva e falta de vento, mas ganhou em entusiasmo das tripulações que fizeram um evento bem disputado. O campeão foi o barco Iuca, do comandante Cláudio Ruschel, vencedor das duas regatas realizadas no sábado, dia 18 de maio, e tricampeão da Copa. Na vice-colocação ficou o Tango, de Alexandre Mueller, que correu com alguns velejadores da classe Optimist e em terceiro o Di Lorenzo, de Lorenzo Medeiros.

O capitão da flotilha e campeão da Copa, Cláudio Ruschel lamentou não ter saído nenhuma regata no domingo, mas ficou satisfeito que a classe voltou a sua competitividade. “Chegamos à sexta edição da Copa e vimos que os barcos retornaram à raia com força. Espero que isso continue durante toda a temporada, pois vivemos alguns altos e baixos. É importante é mantermos o bom nível das tripulações de J/24 como foi demonstrado nesta competição”, disse Ruschel que teve na sua tripulação Guilherme Roth, André Gick e Cláudio Beier, o Tobi.

CLASSIFICAÇÃO FINAL 1º 2º 3º 4º 5º 6º

Comandante Cláudio Rushcel Alexandre Mueller Lorenzo Medeiros George Nehm Nelson Horn Ilha Walther Bromberg

Barco Iuca Tango Di Lorenzo Crioula Sailing Team Equilibrium Zápeka

Clube VDS VDS VDS VDS VDS VDS

Pts. 2 7 7 8 8 10

1º Iuca, Cláudio Ruschel

A flotilha que continua ativa nas competições 2º Tango, Alexandre Mueller

Tripulação do Iuca venceu as duas regatas

3º - Di Lorenzo, de Lorenzo Medeiros O MINUANO

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O desafio da Regata Porto Alegre – Pelotas

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A participação de 18 barcos, recorde das últimas edições, reacendeu a mais longa competição da vela de oceano gaúcha comandante Niels Rump do veleiro Madrugada foi vencedor da classe RGS da regata que largou às 20h05min da noite de sexta-feira, 19 abril, em frente ao Veleiros do Sul. Ele foi o fita azul ao cruzar a linha de chegada às 8h33min14s da manhã de domingo, 21, montada na entrada do Canal da Feitoria, na Lagoa dos Patos, entre as bóias cega verde nº 80 (S 31º41,55 e W 051º55’,80) e Encarnada nº 83 (S 31º41,67 e W 051º55,76). O segundo barco a chegar foi o Maná, de Márcio Lima, às 9h27min19s e o terceiro, o Shogun, de Marcelo Caminha, às 9h51min16s. Dos 18 barcos que participantes apenas estes três cumpriram a regata de 120 milhas de distância, os

Largada noturna em frente ao Veleiros do Sul 30

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demais completaram o percurso a motor. A regata foi demorada devido ao vento fraco que predominou nas direções sudoeste, sul e sudeste. No entanto para o comandante Niels Rump que correu nas classes RGS e Velejaço, a prova não foi desgastante apesar das mais de 36 horas de duração da competição. “A tripulação enfrentou com bom humor as dificuldades de velejar com vento fraco. A regata largou às 20 horas e só saímos do Guaíba e entramos na Lagoa dos Patos às 3 horas da madrugada de sábado. Na noite seguinte pegamos outra calmaria, das 3 às 6 horas da manhã de domingo, quando ficamos parados na Lagoa. Mas foi bacana e


Fotos: Marcos Wetzel da Rosa/divulgação

muito prazeroso de velejar com uma tripulação divertida”, contou o comandante Niels, do veleiro de 40 pés. O horário limite para chegada dos barcos era às 13 horas do domingo. Os barcos Alegro, Wohoo e C‘est la vie estouraram o tempo limite da regata. A comissão de regatas do Veleiros Saldanha da Gama informou que o vento zerou de intensidade na Lagoa no início da tarde. A entrega de prêmios e festa de encerramento ocorreu na sede do Veleiros Saldanha da Gama, em Pelotas. As tripulações retornaram via rodoviária para Porto Alegre. A Regata foi uma realização do Veleiros do Sul e Veleiros Saldanha da Gama. Apoio da Marinha do Brasil, Rio Grande Yacht Club, Clube dos Jangadeiros e Iate Clube Guaíba e das empresas Vipal – 40 anos, Equinautic/Nautos.

Madrugada cruza a linha no Canal da Feitoria

CLASSIFICAÇÃO FINAL Classe RGS 1º 2º 3º

Barco Madrugada C´est La Vie VI Noa Noa II

Comandante Niels Rump Henrique Dias Paulo Angonese

Clube VDS 0,9981 VDS 0,8540 CDJ 0,8736

Tempo 36 28 14 D N F D N F

Classe VELEJAÇO 1º 2º 3º

Barco Madrugada Maná Shogun

Comandante Niels Rump Márcio Lima Marcelo Caminha

Maná chega coberto pelo nevoeiro na Lagoa dos Patos

Classe F Livre F Livre Cruz 40

Clube VDS CDJ VDS

Tempo 36 28 14 37 22 19 37 46 16

Shogun foi o último dos três barcos a completar o percurso da regata a vela O MINUANO

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Madrugada:

O tempo não para

Assim como certas pessoas, existem barcos que possuem carisma. O veleiro Madrugada é um desses casos. Construído na década de 70, ainda hoje é admirado com carinho pelos velejadores. Abandonado e resgatado voltou a velejar com sua antiga imponência e elegância que o tempo não lhe tirou.


Breve relato de como surgiu esse campeão

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Por Carlos Altmayer Gonçalves – Manotaço

urante a Admiral’s Cup de 1977, na qual participávamos com “Órion III”, certo dia, recebemos a visita de Pedro Paulo Fernandes Couto. Ele era tripulante do “SAGA”, eu o conhecia de outras regatas no Rio de Janeiro. Pediu para conhecer nosso barco, no que foi prontamente atendido pelo comandante Egon Barth. Fez perguntas sobre o estaleiro e seu sócio gerente, o saudoso Plínio Froener, olhou detalhes, enfim, ficou um bom tempo conosco, buscando informações. Disse que tinha projeto de construir um Two Tonner, que era como se chamavam os barcos com até 32’ de rating IOR (o “Órion III” é um desses barcos). Já estava confirmado que o mundial da classe Two Ton seria no Rio de Janeiro, em novembro de 1978, ou seja, dali a pouco mais de um ano. Retornou mais vezes durante a realização da Semana de Cowes. Numa delas, veio acompanhado do José (Pepe) Frers, já como contratado para executar o projeto. “Órion III” também foi projetado pelo estúdio Frers. No retorno ao Brasil, Pedro Paulo veio a Porto Alegre para conversar com Plínio, que lhe disse que infelizmente não poderia aceitar a encomenda de seu barco, pois não tinha espaço no galpão. O barco tinha que ser entregue até setembro de 1978. Pedro Paulo ficou chateado, pois não havia no Brasil estaleiro capacitado para construir o barco, no prazo necessário. A essa altura o barco já tinha nome, “MADRUGADA”. Nome escolhido durante a Fastnet de 1977, que foi marcada por ventos fracos e calmaria nas madrugadas, durante as quais, Pedro Paulo e seus parceiros de turno ficavam matutando sobre o projeto do novo barco. Após a reunião com Plínio, Pedro Paulo me procurou e relatou o resultado, muito decepcionado que estava. Disse-lhe que falaria com Plínio, para tentar encontrar uma solução. Consegui convencer Plínio que o barco seria muito simples, interior espartano, que não demandaria muito tempo de acabamento. Algumas partes viriam de fora, como o leme com eixo de carbono. Surgiu então uma possibilidade, havia um pequeno terreno nos fundos do estaleiro, que estava à venda. Caso fosse comprado, seria usa-

Madrugada na capa da revista Vela & Motor, de janeiro de1979

Com o comandante Sérgio Neumann foi campeão de Ilhabela e Circuito Rio O MINUANO

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Madrugada com o seu interior modificado

do para colocar as máquinas de desdobrar madeira e sobraria espaço no galpão principal para construir o “Madrugada”. Problema: Plínio não tinha disponível o valor do terreno e não passava pela cabeça dele pe-

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dir adiantado a Pedro Paulo esse valor, não lhe parecia ser algo eticamente correto. Conversei com Pedro Paulo, que já tinha retornado ao Rio, ele topou na hora. Dois dias depois estava aqui em Porto Alegre, fechando o negócio com Plínio. Desse episódio, resultou que Pedro Paulo convidou-me para gerenciar a construção. Na verdade, minha função foi agilizar a parte de fornecimento de material, que não era diretamente de responsabilidade do Plínio, com objetivo de acelerar a construção. Daí resultou uma amizade que dura até hoje, velejei com o “Madrugada” em várias ocasiões, conquistando muitos campeonatos entre 1979 e 1986. Durante esse período, era comum a participação de gaúchos em sua tripulação, cito alguns que recordo: Nelson Ilha, George Nehm, Paulo Heck, José Paulo Ilha, Person Thiessen, Reinaldo Bernardes. Depois, “Madrugada” foi vendido a Sergio Neumann, do Veleiros do Sul, que conquistou muitos títulos nacionais. Após um período de abandono, foi adquirido e recuperado por Niels Rump, também do Veleiros do Sul, e tem participado de regatas em Porto Alegre.


Manter a história de um projeto bem-sucedido

Niels sentado na popa, velejando com familiares e amigos numa das Regatas Noturnas promovidas pelo Clube.

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Madrugada foi apontado por Gérman Frers como o seu melhor projeto na faixa dos 40 pés na década de 70. O arquiteto Nº1 do ranking mundial concebeu na época uma mudança radical para o barco, por ser todo vazio em madeira moldada com reforço em fibra de carbono e alumínio. Considerava a melhor maneira de aproveitar a rigidez da estrutura e a leveza do conjunto. Logo de saída foi vice-campeão no Mundial de Two Ton Cup, em 1979 no Rio de Janeiro. Uma característica desse barco é que antes mesmo de vir para o Sul tinha tripulantes do Veleiros do Sul. Venceu a Regata Buenos Aires – Rio de 1979 com Nelson Ilha a bordo. A regata para o Madrugada foi um episódio hilário que dá uma história a parte e que poderemos contar mais adiante. No mesmo ano correu a Admiral’s Cup, na Inglaterra, que teve Nelson Ilha e o Manotaço na tripulação e veio a sofrer um acidente que o deixou de fora da competição. Em 1988 já sob o comando de Sérgio Neumann, do Veleiros do Sul, deu continuidade à conquista de títulos dos principais circuitos na-

cionais: bicampeão brasileiro e Circuito Rio de 1989 e 1991, bicampeão da Semana de Vela de Ilhabela, 1989 e 1991, Campeão do Circuito de Santa Catarina, em 1990, e Troféu Seival em 1993. Então trocou novamente de mãos e o proprietário praticamente abandonou o barco. Quase foi o fim da história do Madrugada. No entanto, em 2009 o empresário e velejador Niels Rump resgatou o Madrugada e fez uma reforma. Niels conta que o barco estava “sem dono”, pois o ex-proprietário o havia deixado de lado. Parte da madeira laminada foi trocada, pintura toda nova e algumas modificações internas foram feitas para navegar com mais conforto. “Tive a preocupação de manter a identidade do barco, por isso mexi apenas no seu interno para deixá-lo com maior pé direito, banheiro fechado e cozinha. Tiramos os reforços de alumínio e colocamos anteparas. O peso ficou concentrado no meio do barco. Ele continua com suas linhas harmônicas do projeto original e um veleiro bom para regata. Quis manter a história do barco por ter sido um projeto de sucesso na vela brasileira”. O MINUANO

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Comodoria homenageia Jorge Bertschinger nos seus 95 anos

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ex-comodoro Jorge Guilherme Bertschinger foi homenageado pela Comodoria do Veleiros do Sul durante sua festa de aniversário de 95 anos. Bertschinger comemorou com amigos e familiares na churrasqueira Vento Sul. O comodoro Cícero Hartmann aproveitou a passagem para entregar em nome da comodoria uma placa reverenciando Bertschinger: “O Clube Veleiros do Sul e seus associados parabenizam o excomodoro e conselheiro Jorge Bertschinger por seus 95 anos”. O carioca Bertschinger associou-se ao VDS em 1944 e foi comodoro entre 1950 e 1959. Ele foi responsável pela transferência da sede do Clube do bairro Navegantes para o bairro Vila Assunção. O conselheiro Flávio Neumann, Bertschinger e comodoro Cícero Hartmann na entrega da placa

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MOTONÁUTICA

A época do motor no Clube

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O MINUANO

Prova válida pelo Grand Prix de 1973

nome Veleiros do Sul já traz a definição de uma agremiação de velejadores. No entanto, a motonáutica também fez parte de sua história, com períodos alternados de altos e baixos. Hoje a competição de lancha cessou suas atividades e ficaram apenas as lembranças de muitos títulos conquistados por associados que marcaram seus nomes neste esporte. Em 1945 foi criado no Clube o departamento de motonáutica. Em 1946 realizou uma competição de lanchas junto com as regatas comemorativas do aniversário do VDS realizadas no dia 15 de dezembro, que teve a participação de clubes coirmãos. A nota na revista O Minuano de set./ out. de 1956 revela possivelmente nosso primeiro título na motonáutica : “Sérgio Ruschel nosso prezado associado vencendo as três séries de provas realizadas sagrou-se campeão Brasileiro de Motonáutica,

classe B, para motores até 360 cc cilindradas. O Campeonato ocorreu na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, onde ficou comprovada a classe motonáutica gaúcha ao conquistar o brilhante título.” No começo da década de 1960 a motonáutica começou se desenvolver no Clube. Nas comemorações do 19º aniversário as competições de lanchas foram o ponto alto do programa esportivo. No entanto seria na década de 1970 que tomaria um grande impulso. O destaque desta modalidade foi o gaúcho Lalo Cobertta, que além de vários títulos nacionais destacou-se internacionalmente com as vitórias nas Seis Horas de Paris no rio Sena com sua Scafo Molinari 444. Ao assumirem os esportistas, em 1972, José Alexandre Schlaich, diretor da motonáutica, e Rudy Schuk, diretor do esqui aquático, ambas modalidades tornaram-se ativas. Em 1973 a


comodoria atendeu a reivindicação dos motonautas designando um lugar para a instalação de uma oficina de reparos e conserto. O Veleiros do Sul conquistou o campeonato Gaúcho de Motonáutica durante as regatas comemorativos do seu 40º aniversário em 1974. A equipe vencedora: Benito Chiminazzo, Mauro Bittencourt, Walmor Berger, Hugo Scheler, Rudy Schuck, Luiz Armando Barcellos, Hiran Guimarães, Maribel Coelho, Ascânio Gomes, Julio A. Renner, Alberto San Vicente, Werner Stalander, Vitor Mattos, Roberto Nogueira, Ernesto Dreher e Victor Hoyer. O Veleiros do Sul foi por três anos consecutivos a sede da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Motonáutica de 1975, 76 e 77. No VIII Brasileiro de 1976 participaram 65 concorrentes de sete estados brasileiros e da Argentina. Os visitantes foram alojados no novo pavilhão do clube. As lanchas foram distribuídas em nove classes. A classificação por estados: 1º lugar: RJ e 2º: RS. Lalo Corbetta venceu três das nove regatas incluído o Internacional. Na primeira etapa do IX Campeonato Brasileiro , abril de 1977, foi realizada na raia do Cristal e surpreendeu pelo grande público que compareceu ao Clube. As modalidades de esqui e motonáutica deixaram de ser praticadas no VDS. O último diretor da motonáutica foi o Ernesto Dreher em 1980.

Prova de motonáutica comemorativa dos 12 anos do VDS realizada em dezembro de 1946

O piloto pianista O associado Roberto Nogueira não se destacou somente no teclado de piano da noite porto-alegrense, mas também como piloto nas competições de motonáutica. Sua dedicação o levou assumir os cargos de vice-presidente da Federação Gaúcha de Vela e Motor e diretor do departamento de motonáutica e Diretor para a região Sul da Federação Brasileira de Vela e Motor, na década de 70. Ele conquistou vários títulos gaúchos e em 1972 venceu na categoria OD do IV Campeonato Brasileiro de Motonáutica disputado na La-

Hans Sedelmay e Paulo Mascarello numa disputa em 14 de maio de 1956 O MINUANO

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MOTONÁUTICA

Nogueira, campeão brasileiro de motonáutica em 1972 no Rio de Janeiro

goa Rodrigo de Freitas (RJ). Em 1973 ficou em primeiro lugar no Grand Prix de Motonáutica, importante prova gaúcha, na classe 700cc. Competiu em importantes provas de motonáutica nos anos 60 em Paris, Cidade do Cabo, Miami e no Campeonato Metropolitano em Buenos Aires, em 1973, um evento que reunia os melhores pilotos sul-americanos. Nogueira conta um pouco da sua história e da amizade com Ernani Vieira, o Pintado, um

A dupla Nogueira e Pintado. Uma “equipe de dois” 40

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grande parceiro que construiu suas lanchas e foi até piloto reserva. “ Minha ida para a motonáutica foi motivada pelo automobilismo e é um caso interessante porque eu detestava barcos. Corri de carro algumas provas, como às 24 Horas de Interlagos em SP. Foi nessa época que conheci através de amigos o empresário Henrique de Botton, que dirigia a Mesbla. Eu era militar e oriundo da Escola de Material Bélico e por isso entendia bastante de motores. Recebi uma proposta de pilotar lanchas de corrida com motores Evinrude e Jonhson que começariam a ser importados pela Mesbla, nos anos 60. Então comprei uma lancha ‘chinelo’, com eram popularmente conhecidas devido ao formato dos cascos dos pequenos catamarãs e passei a correr com os motores da Mesbla e logo vieram as vitórias.” Nogueira foi transferido de São Paulo para Porto Alegre e primeiramente começou a frequentar o SAVA Clube, reduto dos motonautas nessa época. E foi aqui que conheceu um marceneiro construtor de barcos no Veleiros do Sul. “O Pintado tinha uma capacidade fabulosa para construir qualquer tipo de embarcação. De um modelo ele fez um casco adaptado para mim que ficou excelente. Foi seu projeto próprio. E passamos a correr juntos. O Pintado era “minha equipe” porque também sabia preparar o barco e motor para corrida como poucos.


Eu tinha um Volks TL e viajávamos pelo Brasil levando a lancha de reboque. Certa vez na saída do Veleiros do Sul a lancha caiu na rua e o casco ficou todo danificado. O Pintado passou a noite inteira arrumando e pela manhã seguimos viagem para o Rio de Janeiro. Tudo isso em troca de um churrasco. No Rio venci o IV Campeonato Brasileiro de Motonáutica, novembro de 72, realizado no Clube dos Caiçaras, na Lagoa Rodrigo de Freitas.” O Pintado às vezes entrava nas provas até como piloto reserva e vencia. São muitas as histórias que Nogueira ainda guarda na lembrança algumas pitorescas e outra nem tanto, e até a que causou a sua parada como piloto para virar cartola da motonáutica. “ Na década de 70 fui correr o Sul-americano em Ipatinga, Minas Gerais, comemorativo ao aniversário da Belgo Mineira. Antes das corridas fiz um concerto de piano e também conheci uns jovens músicos que eram do grupo “Novos Baianos”. Dividimos o mesmo alojamento, mas depois sai porque tinha um cheiro de erva muito forte lá. Havia algumas tradicionais provas no estado: a Maratona Porto Alegre – Montenegro e o Grand Prix de Motonáutica. Numa dessas edições da maratona aconteceu um fato engraçado. Eu consegui vencer o imbatível Lalo Corbetta, que errou o percurso e ficou preso numa cerca de arame farpado submersa devido a grande cheia no rio Caí. Em 1976, correndo na categoria SE, bati num tronco submerso e saltei fora da lancha. Quebrei dentes, costelas e fui resgatado por um

Prova Internacional 100 milhas do Cristal em 1972

colega que até hoje não sei quem foi. Mesmo assim continuei a corrida e conseguiu garantir o quinto lugar na categoria. Depois do acidente desisti de ser piloto e passei a ser cartola. Atuei no Departamento de Motonáutica da Confederação Brasileira de Vela e Motor, cujo presidente Almirante Dantas Torres era meu amigo e também corria de lancha. Também atuei como Diretor de Motonáutica do VDS e em 77 realizamos uma etapa do Brasileiro que foi assistida por 10 mil pessoas na orla do Cristal, número estimado pela Brigada Militar. Só no clube compareceram mais de 1000 pessoas. Com a derrocada da Mesbla perdi o patrocínio e foi a Nautisul, do José Antônio Círio, já falecido, que me deu apoio. Esses anos foram um período muito bom para a motonáutica gaúcha.“

Etapa do Campeonato Gaúcho de 1972, com Roberto Nogueira (dir.) O MINUANO

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PATRIMÔNIO

Plano de investimentos será executado no Clube

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comodoria apresentou no mês de maio ao Conselho Deliberativo o Plano de Investimentos para a área patrimonial do Clube. Os projetos foram aprovados pelo Conselho e agendados para as suas realizações. A obra prioritária será na área da piscina que é uma antiga reivindicação dos associados. A sua estrutura será modernizada para proporcionar mais espaço, melhor atendimento e conforto aos associados. A marina do Clube contará com mais um guincho elétrico de dois braços para carga de até 3 toneladas que dará maior agilidade na colocação e retirada de barcos. O guincho foi doado ao VDS por intermédio do associado Henrique Hemesath, diretor vice-presidente da Construtora Ernesto Woebke, que completa neste ano 90 anos de fundação. Ainda na marina foi concluído o prolongamento do trapiche 3 com a colocação das últimas estacas. Esta obra, que teve início na comodoria anterior, proporcionará mais vagas molhadas para embarcações com boca de até 4,5 m no porto.

Mais vagas para barcos no trapiche 3

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A área da piscina ganhará um novo projeto

Outro trabalho de importância que está sendo implementado é o da regularização de alguns prédios do clube que não possuíam habite-se. Os projetos de regularização foram aprovados em outubro de 2012 junto a SMOV a as obras de ajustes já estão em curso na atual comodoria. A prin-

cipal é a da sede administrativa que passará por uma reforma para melhor atender os nossos associados. Referente à legislação de prevenção de incêndios a atual comodoria está adequando o PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios), que apesar de já existir está sendo atualizado e implementado em vista de algumas mudanças de utilização de alguns prédios do clube. O prédio da antiga loja do clube está sendo adequado para abrigar atividades da Escola de Vela Minuano. Esta decisão levou em consideração uma avaliação a respeito das características e necessidades referentes à estrutura da loja tanto na manutenção do estoque quanto no atendimento pelo pessoal da área administrativa do clube que tinha que se deslocar desta área para abrir a loja. A loja reabrirá em breve e estará localizada na secretaria administrativa do clube que será totalmente remodelada no processo de adequação e regularização em curso.




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