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AGENDA

O tamanho de nosso desafio .......................................................................3 Novas editoras em 2010 e em 2011 ..............................................................5 Nosso desempenho e experiência exportadora .........................................7 O que estamos fazendo? ........................................................................... 12 Próximos capítulos... ................................................................................ 17



O tamanho de nosso desafio Raízes no mercado interno De maneira geral, as editoras brasileiras são prioritariamente voltadas ao mercado interno. Além da forte presença do governo, como um dos principais compradores de livros, as especificidades setoriais, caracterizado como concorrência monopolística e, assim de abundante oferta de produtos diferenciados e com poucas barreiras à entrada (muitos players), acabam por exigir grande esforço, tempo e energia das editoras que querem atuar no exterior. Para atuar no mercado externo é preciso selecionar títulos vendáveis nos mercados, investir em catálogos internacionais e em comunicação/marketing internacional, ir às feiras de outros países, manter relacionamentos com editoras estrangeiras etc. É um investimento e demanda estratégia. Ainda em profissionalização A maioria das editoras nacionais tem equipes enxutas e são raros os profissionais dedicados exclusivamente às vendas internacionais. Muitas vezes cabe ao editor, decidir o que lançar, trabalhar o texto e pensar em vender no exterior. São majoritariamente empresas de pequeno e médio portes. Aos poucos é que estão surgindo “vendedores” para o mercado internacional e profissionais de foreign rights, dedicados à negociação dos direitos de títulos brasileiros. É recente o olhar de oportunidade das editoras brasileiras para o mercado internacional. Elas estão avaliando a fonte de prestígio e de recursos financeiros que pode estar lá fora. O BP está ajudando nisto. Domínio absoluto do conteúdo inglês no mercado internacional O mercado editorial internacional é dominado há séculos pelo conteúdo dos países de língua inglesa (Reino Unido, sobretudo). Barreiras de linguagem e necessidade de boa tradução das obras impactam nas vendas internacionais. Neste cenário, a tradição brasileira é a de ser comprador de conteúdo estrangeiro. Mais concorrentes no mercado brasileiro Nos últimos, o crescimento da economia, a melhor distribuição da renda brasileira e o tamanho atual e potencial de nosso setor editorial (nosso setor está florescendo! Em números e em qualidade editorial! R$ 4,8 bilhões de faturamento e quase 500 milhões de cópias vendidas em 2011. Fipe: 2012.) têm atraído grandes players internacionais ao Brasil. São editoras portuguesas, espanholas, americanas, alemãs de diferentes segmentos que vieram para cá. Isto tem demandado ainda mais esforços das editoras nacionais para se fortalecer no mercado local. 3


Momento propício do Brasil O bom momento econômico e social brasileiro e nossa evidência como o País sede dos principais eventos esportivos mundiais (Copa do Mundo, em 2014 e Olimpíadas, em 2016) têm despertado interesse por nossa cultura e nossa produção editorial. O Brasil também será convidado de honra de grandes feiras internacionais de livro (de Frankfurt, de Bolonha e de Paris, por exemplo), aumentando nossa exposição. Claro que o interesse por nosso conteúdo é mais do que bem-vindo. Mas, o desafio é dar continuidade a esta demanda, aproveitando esta oportunidade para mostrar o que podemos oferecer ao mundo. Indústria em transformação A indústria editorial passa por um momento de transformação, que é a digitalização do conteúdo e o aumento do consumo e-books frente aos formatos tradicionais (papel/imprenso). Nos mercados mais maduros (EUA e Reino Unido), o formato digital já ultrapassou o imprenso em alguns gêneros de ficção. Novos dispositivos eletrônicos de leitura surgem nos mercados e despontam possibilidades editoriais, como a autopublicação. O cenário ainda é incerto, mas as editoras estão investindo progressivamente no mercado digital. O meio digital também possibilita novas formas de vendas de conteúdo no exterior. Novas oportunidades lá fora Apesar de as adversidades e desafios, as editoras brasileiras têm percebido os ganhos da internacionalização: novos parceiros, prestígio/reconhecimento, aperfeiçoamento e melhoria de conteúdos e, claro, resultados financeiros das vendas externas. Outro fato que merece atenção são as diferentes modalidades de exportação que o setor pode operar: venda de direitos autorais (serviços), exportações de livros, coproduções e recentemente a venda via varejistas online internacionais, como a Amazon. O que dificulta nossa tarefa de medir nosso avanço exportador, sobretudo em vendas de direitos autorais, item intangível! De nossa parte procuramos motivar a realização dos negócios internacionais e aumentar a participação brasileira no cenário editorial global.

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Novas editoras em 2010 e em 2011 A seguir as editoras que aderiram ao BP nos anos de 2010 e 2011. Foram seis em 2010 e oito novas parceiras em 2011. Elas possuem portes distintos e são de diferentes segmentos editorais. Segundo a Produção e Vendas do Setor Editorial do Brasil, da Câmara Brasileira do Livro (CBL), do Sindicado Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o número de editoras do Brasil foi de 750 nos dois anos e de 458, considerando os critérios da UNESCO, que qualifica como editora aquela que produz no mínimo 5 títulos por ano e 5 mil cópias. A relação novas editoras do BP vis a vis o mercado total mostra uma evolução modesta, porém bastante positiva, dado o tamanho de nosso desafio, já relatado em O tamanho de nosso desafio. Estamos angariando novas editoras e contribuindo, na medida do possível, para criar uma cultura exportadora setorial.

Artmed Editora S.A. Casa dos Espiritos Editora Ltda

Adesão ao Projeto BP_2010 87.133.666/0001-04 07.761.926/0001-49

Conselho Espirita Internacional - CEI

24/05/2010 24/05/2010

D.A. Produções Artisticas Ltda Editora Atheneu Ltda

02.469.711/0001-35 04.899.002/0001-15 33.078.353/0001-63

03/09/2010 21/09/2010 29/03/2010

GEN- Grupo Editorial Nacional Participações S/A

08.914.167/0001-70

16/03/2010

Adesão ao Projeto BP_2011 64.597.784/0001-60 61.259.958/0001-96 09.514.089/0001-89 04.067.191/0001-60 09.039.467/0001-10 44.127.355/0001-11 00.084.592/6000-18 10.517.601/0001-20

04/08/2011 04/08/2011 03/08/2011 22/08/2011 14/12/2011 04/08/2011 31/03/2011 03/08/2011

Difusão Editora Ltda Editora Ática S.A Editora Fama Ltda Editora Gobo SA Editora Magia de Ler Ltda Editora Scipione S.A. Girassol Brasil Edições Ltda Toriba Editora S/A

Pelo parâmetro de quantidade (número de editoras), representamos 11% do setor editorial em 2011 – considerando os critérios da UNESCO, mais indicativo de atividade comercial consistente. Em 2010 e 2011, ganhamos mais de 1% (quase 2% em 2011) de participação anualmente, com as novas adesões.

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Medindo a evolução do BP Novas editoras

Grupo Total

Nossa penetração no mercado brasileiro (458 editoras no total - critério UNESCO)

1,7% em 2011 1,3% em 2010

11% em 2011 9% em 2010

Nossa penetração no mercado brasileiro (750 editoras no total)

1,1% em 2011 0,8% em 2010

7% em 2011 5% em 2010

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Nosso desempenho e experiência exportadora No quadro a seguir mostra nossa evolução. Passamos 17 exportadoras para em 2010 para 21 exportadoras (vendas de direitos autorais e/ou exportações de livros). Crescemos:

+ 24% número de exportadoras + 33% novas editoras no projeto + 20% número de editoras total Ano 2010 2011

Total 41 49

Entraram no BP 6 8

Exportadoras 17 21

Para mostrar mais sobre nossa experiência exportadora mostramos resultados no Planejamento Estratégico 2012, refletindo fatos de anos anteriores, que entrevistou 16 de nossas associadas. Blucher, Callis, UNESP, Melhoramentos, Escala, Abril, Nobel, Canção

Nova, Língua Geral, Pallas, Oficina de Texto, Grupo A, Edicei, Cosac, Yendis e Cortez.

Grau de Preparação para a Exportação Buscando identificar a situação atual das entrevistadas em relação à sua competitividade no mercado internacional, esse bloco abordou a situação exportadora das empresas. Para isso realizou-se uma avaliação do potencial exportador e da estrutura da empresa para a exportação.

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Perfil dos Entrevistados – Evolução do Faturamento total e da Equipe

Elaborado por: Global Compass | Fonte: Pesquisa Planejamento Estratégico Global Compass 2012

Os entrevistados do Projeto Brazilian Publishers foram questionados sobre a evolução de seu faturamento total e de sua equipe nos últimos dois anos (figura 1). Percebe-se que os últimos dois anos foram bastante favoráveis para o setor em termos de crescimento de faturamento total das empresas. Quase todas, exceto uma, aumentaram o faturamento total.Tal característica demonstra o dinamismo das empresas entrevistadas e aponta para uma boa capacidade de crescimento e gestão de negócios. Já o quadro em termos de número de empregados mostra que grande parte das editoras manteve o mesmo número de funcionários. Tal situação se explica por não ser este um setor intensivo na utilização de mão-de-obra. Os resultados apresentados na figura 2 mostram que, apesar do projeto de internacionalização ser relativamente novo, metade das empresas entrevistadas já tem exportações regulares, ainda que tenha sido um período de crise internacional e situação cambial desfavorável. Ou seja, o projeto das mesmas tem sido consistente, a despeito das diversidades.

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Avaliação do Potencial Exportador – Regularidade Exportadora

Elaborado por: Global Compass | Fonte: Pesquisa Planejamento Estratégico Global Compass 2012

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- Avaliação do Potencial Exportador – Dinamismo e Grau de Maturidade do Projeto Internacional

Legenda: Maturidade do Projeto de Internacionalização Alto: exportação regular, conhece os principais mercados, tem planejamento, metas claras, estrutura própria e ativa. Médio: exporta, tem conhecimento de mercado e estrutura própria, mas pouca ativa Baixo: não tem planejamento estruturado e equipe ativa Dinamismo Comercial para Exportação Alto: prospecta ativamente mercados, inclusive com viagens internacionais Médio: utiliza levantamento de dados e internet para identificar contatos com potenciais clientes Baixo: espera oportunidades aparecerem Estrutura/Equipe de Exportação Alto: tem equipe estruturada com experiência em comex e fluência em inglês/espanhol Médio: tem profissional fluente em inglês/espanhol alocado para cuidar das exportações Baixo: não tem profissional de comex, vendas realizadas pela equipe de mercado interno

Das empresas entrevistadas para o planejamento estratégico para internacionalização, percebe-se que 4 possuem um dinamismo comercial alto, 3 tem um grau de estruturação da 10


equipe de exportação alto e 4 possuem alta maturidade no seu projeto de internacionalização, o que evidencia a competitividade de tais empresas no mercado internacional, bem como o seu comprometimento com o mesmo. Ou seja, tem-se 25% do grupo de empresas entrevistadas num caminho bem planejado e estruturado em termos de internacionalização. Mais da metade do grupo, encontra-se numa situação bastante inicial tanto em termos de planejamento como de execução do seu projeto de exportação, sendo, portanto, bastante demandantes das ações do projeto Brazilian Publishers.

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O que estamos fazendo? Já apontamos nossos desafios e também algumas oportunidades. Passamos agora para as ações diferenciadas, que fizemos entre 2010 e 2011 e que trouxeram novas editoras. Neste período mantemos nossa presença, cada vez mais qualificada, nas principais feiras internacionais. Nosso know how nestes eventos já é reconhecido no mercado brasileiro e internacional. Projetos em eventos nacionais Em 2010, o Brazilian Publishers realizou uma ação durante a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty). Em parceria com os organizadores do evento, promovemos um debate sobre literatura portuguesa em tradução. Tratava-se da principal atividade do projeto imagem 2010, que trouxe formadores de opinião dos EUA, França e México.

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Tivemos repercussão de mídia (matérias na Folha de São Paulo, entre outros) nos aproximamos de editoras de literatura, como a Editora Globo.

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Capacitação focada – MELHORES PRÁTICAS INTERNACIONAIS DIREITOS AUTORAIS - LYNETTE OWEN Lynette Owen é diretora de foreign rights da Pearson, a maior editora do mundo, conforme ranking The Global 50: The World's Largest Book Publishers, divulgado pelo Publishers Weekly. Em 2011, a convite do Brazilian Publishers veio ao Brasil e ministrou dois dias de workshop sobre direitos autorais. O evento foi avaliado como ótimo pelos participantes e tido como uma iniciativa inédita na área no País. Era gratuito para sócios do BP e pago pelas não sócias. A oportunidade permitiu divulgar mais nossos serviços entre pequenas e grandes editoras do Brasil.

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PROJETO BRAZILIAN PUBLISHERS RIGHTS AND LICENSES WORKSHOP II DATA : 15 e 16 de Agosto de 2011 HORÁRIO : 9h00 às 17h15 LOCAL : Instituto Cervantes de São Paulo Av. Paulista, 2493– Térreo CEP 01311- 3000 São Paulo SP, Brasil Tel.: +55 11 3897-9497 PÚBLICO ALVO : Editores e Foreign Rights Agents das empresasdo projeto Brazilian Publishers e demais associados da CBL. OBJETIVO : Reciclar e criar condições para que as empresas participantes do projetoBrazilian Publishers estejam aptas a negociar a compra e venda de direitos autorais com as melhores práticas do mercado internacional. INSCRIÇÕES : Serão aceitas até o dia01/08/2011. Cada editora do Brazilian Publisherstem o direito de inscrever até dois (02) de seus colaboradorespara assistir ao Workshop. Vagas limitadas. CUSTO : R$400,00 (quatrocentos reais). A taxa não inclui estacionamento e almoço, inclui apenas os 04 coffee breaks. IDIOMA : Inglês – Sem tradução simultânea. M ATERIAL DE APOIO : Sim PALESTRANTE :

LYNETTE OWEN is Copyright Director of Pears on Education Ltd, a major multinational publisher of educational, academic and professional publications; she previously worked at Cambridge University Press and Pitman Publishing. She is the author of Selling Rights (6/e, Routl edge 2010) and the general editor of and a contributor to Clark's Publishing Agreements: A Book of Precedents (8/e, Bloomsbury Professional 2010) as well as a number of handbooks on copyright and licensing written for particular markets and appearing in th e local languages. She lectures regularly both in the UK and abroad. In 2009 she was awarded an OBE (Order of the British Empire) for services to publishing and international trade in the Queen's New Year Honours list.

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Catálogo internacional Para algumas de nossas editoras, sobretudo as iniciantes, o catálogo anual (inglês e espanhol) do Brazilian Publishers é seu único catálogo internacional. Catálogo, em nossa indústria, é ferramenta básica de vendas e marketing. Em agosto de 2011, realizamos uma pesquisa de satisfação e avaliação dos 3 anos do BP. Aproveitamos e avaliamos nossa experiência exportadora e preparação de nossas editoras. Nossa consultora de Inteligência Comercial elaborou as questões, validou com a gestão e conduziu as entrevistas. No total 31, editoras responderam o questionário, 60% de nossa amostra naquele período. Sobre ter uma catálogo internacional próprio 9 delas (29% do total) não tinham e contavam apenas com nosso catálogo coletivo. Além da versão impressa, nós também fazemos a versão digital e disponibilizamos em nosso site. Veja mais em: http://www.brazilianpublishers.com.br/catalogo2011/catalogofrankfurt2011.html

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Próximos capítulos... Somos um projeto setorial recente, criado em 2008. Ligados à Economia Criativa, queremos mostrar a diversidade brasileira na produção de conteúdos no mercado internacional. Para isto estamos buscando mais editoras de outros Estados e desenvolvendo ações preparatórias para a iniciantes já em 2012.

Rumo ao Nordeste Já em 2012 iniciamos uma aproximação com as editoras da região nordeste. Pretendemos consolidar nosso grupo de editoras e avançar mais no Rio de Janeiro, Sul e Nordeste. Em nossa indústria criativa há potencial e qualidade em todos os lugares e o BP precisa refletir esta realidade!

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