3 minute read
ALDEIAS DO XISTO
ESCONDIDAS ENTRE SERRAS DE VEGETAÇÃO FRONDOSA, AS ALDEIAS DO XISTO SÃO UM DOS NOSSOS SEGREDOS MAIS BEM GUARDADOS.
DISTRIBUÍDAS PELA REGIÃO CENTRO, num território de enorme beleza, a Rede das Aldeias do Xisto integra 27 aldeias de 16 concelhos, 12 delas na zona da serra da Lousã, cinco na serra do Açor, seis a acompanhar o rio Zêzere e quatro junto ao Tejo-Ocreza. São chamadas aldeias do xisto porque esta é a pedra usada na construção das casas e a mais abundante nas montanhas dessas regiões. As várias tonalidades desta rocha, também usada nos pavimentos das ruas estreitas e sinuosas, misturam-se harmoniosamente nas cores da paisagem natural, nem sempre sendo fácil distingui-las.
Advertisement
MUNDO ENCANTADO. Prepare-se para um mundo onde as horas passam devagar e onde vivem populações acolhedoras com tempo para receber e partilhar as suas histórias, artes e tradições. Um mundo recheado de pontos de interesse naturais e patrimoniais, lugares onde apetece passear, fotografar, respirar o ar puro, provar a gastronomia, apreciar o artesanato e mergulhar nas praias fluviais. E também caminhar pelas florestas, seguindo os “Caminhos do Xisto”, ou percorrer trilhos de bicicleta definidos pelos Centros de BTT. Há ainda outras alternativas para os desportistas radicais, como a canoagem, a escalada, o rappel e o slide.
SERRA DO AÇOR. Começando pelas aldeias mais a norte, que são cinco, encontramos a Aldeia das Dez; Benfeita e a sua torre sineira da paz; Fajão, com os seus penedos de quartzito a lembrar castelos; Sobral de São Miguel, considerado “o coração do xisto”; e Vila Cova de Alva, aldeia com janelas manuelinas e diversos monumentos. Pelo caminho, vale a pena descobrir a Paisagem Protegida da Serra do Açor, através dos trilhos da Mata da Margaraça, uma reserva biogenética considerada o último reduto da vegetação original do centro do País.
SERRA DA LOUSÃ. Junto à Lousã, destacam-se Talasnal e Casal de São Simão. Mas pelas 12 aldeias estão distribuídas a simpatia, a densa natureza, o Ecomuseu de Aigra Nova, o castelo de Casal Novo, a maior altitude em Aigra Velha (a 770m), o rebanho e o casal de habitantes do Chiqueiro, a proximidade das praias fluviais desde Comareira, as pedras esculpidas de Gondramaz ou a Pena, que se eleva abrigada dos penedos. Candal é das mais visitadas e tem uma
Serra do Açor
Loja Aldeias do Xisto; Cerdeira é lugar de criação artística e Ferraria de São João aposta na vivência ativa ao ar livre.
RIO ZÊZERE. Álvaro, Barroca, Janeiro de Baixo e Janeiro de Cima, Mosteiro e Pedrógão Pequeno são as seis aldeias deste agrupamento. Seguindo o Zêzere de norte para sul, comece pela Barroca. Veja os antigos moinhos que eram movidos pela força da água e atravesse a ponte pedonal, para admirar gravuras desenhadas nas rochas, há milhares de anos. Em Janeiro de Cima, visite a Casa das Tecedeiras. Junto à margem do rio, descanse na praia fluvial e repare na barca de madeira que atravessa para a outra margem, a que se chamou Janeiro de Baixo. Mais à frente, chega a Albufeira do Cabril, onde encontra Álvaro, uma das “aldeias brancas” da Rede de Aldeias do Xisto. Visite o rico património religioso e não deixe de saborear o delicioso cabrito estonado. Em Pedrógão Pequeno, encontra a Barragem do Cabril, local privilegiado para o lazer. Do outro lado do rio, Mosteiro fica no fundo de um vale na margem direita da ribeira de Pena. A água faz as delícias dos que no verão utilizam a sua praia fluvial.
Talasnal Lousã
TEJO-OCREZA. Visite Água Formosa, a que fica mais no centro; Figueira, onde se chega pelo cheiro a pão quente do forno comunitário; Martim Branco, onde o pão também tem lugar de destaque e o xisto convive com o granito, para manter a qualidade das casas; e Sarzedas, a única aldeia distinguida com título nobiliárquico.