Guia Prático Superar

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Guia Prรกtico Como quebrar barreiras?


Índice

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DADOS DO IBGE TERMINOLOGIA PCD - COMO LIDAR? PCD - COMO AJUDAR? OS 5 ERROS MAIS COMUNS DEFICIÊNCIA FÍSICA DEFICIÊNCIA AUDITIVA DEFICIÊNCIA VISUAL DEFICIÊNCIA VISUAL-AUDITIVA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


Censo 2010 IBGE São 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil. Podemos chamar de minoria?

18,6% de PCD possuem deficiência visual

Fonte: Cartilha do Censo 2010

7%

de PCD possuem deficiência física

45,6

milhões de PCD no Brasil

5,1% 1,4%

de PCD possuem deficiência auditiva

de PCD possuem deficiência intelectual

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Aprendendo a usar os termos adequados no universo da inclusĂŁo:

Pessoa portadora de deficiĂŞncia

Portador de necessidades especiais

Pessoa com deficiĂŞncia (PCD)


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Nem toda deficiência é visível.


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Pessoas com Deficiência Como lidar? • São como qualquer outra pessoa – preferem ser tratados com respeito de maneira amigável;

• Não se deve ficar inibido em perguntar a essas pessoas quais são as suas necessidades – elas são as maiores especialistas no assunto; • As deficiências são tão diversificadas quanto as pessoas; • Nem sempre é possível dizer se a pessoa possui algum tipo de deficiência.

• Deficiência Física • Deficiência Auditiva • Deficiência Visual • Deficiência Intelectual


Como ajudar? Algumas dicas sobre o que fazer e não fazer, diante de uma pessoa com deficiência. Verificar se a pessoa quer a sua ajuda e como pode procedê-la. Nunca parar nas vagas de estacionamento destinadas às pessoas com deficiência.

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Referir-se diretamente à pessoa, mesmo se ela estiver acompanhada.

Ao se encontrar com uma pessoa cega toque no seu braço e diga o seu nome. Colocar o olhar na mesma altura do olhar do cadeirante.

No banheiro: descreva a posição dos equipamentos, isso facilita a autonomia dessas pessoas.

É normal que o surdo te toque. Não se assunte ou se incomode, é o jeito que eles têm para ajudar em sua expressão. Colo de pessoa com deficiência ou cadeira de rodas não são guarda-volumes. Quando for conversar com o surdo, fique de frente para ele, facilita a leitura labial.

Não acaricie ou dê alimento a um cão guia.


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Os 5 erros mais comuns

3.

COMUNICAÇÃO INDIRETA

no convívio com pessoas com deficiência.

4.

INFANTILIZAR

1.

5.

SUBESTIMAR

DEFICIENTE

A deficiência é apenas uma, das muitas características da pessoa. O termo correto é pessoa com deficiência.

2.

PESSOAS ESPECIAIS O uso de eufemismos como “especiais” ou trocadilhos de deficiência/eficiência são preconceituosos.

Não se dirija ao acompanhante da pessoa com deficiência para tratar de assuntos referentes a ela.

É preciso falar com/e sobre as pessoas de acordo com sua faiza etária. Não subestime sua autonomia para escolher e decidir.

Toda pessoa aprende e têm potencial para ensinar, basta desenvolvermos métodos pedagógicos para isso. Inclusão é, também, isso!


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Deficiência Física Como lidar? 7% de PCD possuem deficiência física.

Fonte: Cartilha do Censo 2010


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Cadeirantes • Fique em seu nível de altura, ou saia de trás do balcão para facilitar o contato visual;

• Tenha cuidado com o contato físico – apoiar-se na cadeira de rodas de alguém é uma invasão de espaço pessoal e dar um “tapinha nas costas” de uma pessoa que você não conhece bem é uma maneira de rebaixá-la; •Se precisar usar o toque para atrair a atenção, toque delicadamente na mão, braço ou ombro.

Cognitivo preservado


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Como ajudar um cadeirante? Você sabia? Ao falar com uma pessoa em cadeira de rodas, sente-se para que você e ela fiquem confortáveis e no mesmo nível. Para uma pessoa sentada é incômodo ficar olhando para cima por muito tempo.


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1.

Se quiser oferecer ajuda, pergunte antes e nunca insista.


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2.

Caso aceite a ajuda, deixe a pessoa com deficiĂŞncia fĂ­sica dizer como quer ser ajudada.


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3. Ao ajudar um usuário de cadeira de rodas a descer uma rampa ou degrau, use a marcha a ré. Isso evita que a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente.


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Muletante

• Ao caminhar com uma pessoa que usa muletas, respeite o ritmo de seu andar e mantenha-se próximo, porém fora do caminho. • Tenha cuidado nos corredores da empresa e em restaurantes. •No ônibus, posicione-se atrás da pessoa para subir e na sua frente para descer as escadas. • Ao guardar as muletas, procure deixá-las ao alcance de seu usuário. •Se for ao restaurante self service com seu amigo(a) muletante o ajude na hora de servir o prato, mas lembre se sempre de perguntar antes se ele precisa de ajuda.

Cognitivo preservado


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Desfiguramento Facial • Se você supreender-se com a aparência de alguém ou se sentir desconfortável, não deixe que isso fique evidente;

• Olhe a pessoa como você faria com qualquer outra, e evite olhar fixamente; • Preste muita atenção no que está sendo dito e não deixe a aparência da pessoa distraí-lo; • Controle sua curiosidade e não pergunte sobre o desfiguramento.

Cognitivo preservado


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DeficiĂŞncia Auditiva Como lidar? 5,1% de PCD possuem deficiĂŞncia auditiva. Fonte: Cartilha do Censo 2010


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Deficiência Auditiva

• Pessoas com perda auditiva podem ser capazes de ouvir num lugar silencioso se apenas uma pessoa estiver falando, mas não em um ambiente ruidoso; • Você pode obter sua atenção com um leve aceno ou um suave toque no braço ou no ombro; • Assegure-se de que a pessoa esteja olhando para você antes de começar a falar; • Utilize leitura labial, língua de sinais ou qualquer combinação desses recursos;

Adquirido/Idoso


Deficiência Auditiva

• Dirija-se ao surdo, não ao seu assistente, e dê tempo para a tradução; • A pessoa surda é com quem você está se comunicando, e não com o intérprete; • Não grite nem use gestos exagerados; • Mantenha a calma, confira se a pessoa acompanhou o seu discurso e repita de maneira diferente se necessário.

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9,7 milhões de surdos no Brasil


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DeficiĂŞncia Visual Como lidar? 18,6% de PCD possuem deficiĂŞncia visual. Fonte: Cartilha do Censo 2010


Deficiência Visual

• Na realidade, existe uma grande variedade de condições que afetam os olhos com diferentes efeitos sobre a visão; • Os que usam cães-guias, bengalas brancas, óculos escuros ou lêem braille são uma minoria; • Raramente significa perda total da visão;

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Deficiência Visual

• Pontos importantes para garantir uma boa comunicação: - Assegure-se de que a pessoa saiba onde você está enquanto fala e diga se você for sair; - Quando oferecer um aperto de mão, diga “Podemos apertar as mãos?”; - Se outras pessoas estiverem falando ou se elas se juntarem ao grupo e começarem a ouvir também, diga à pessoa quem são e onde estão.

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Deficiência Visual

• Se for necessário guiá-la, ofereça o seu braço ao invés de pegar o braço dela. Pergunte: “Você gostaria de segurar no meu braço?” ou “Posso ajudá-lo(a)?”. Pergunte-lhe se prefere que você avise quanto a degraus, portas e outros obstáculos; • Se oferecer uma cadeira, explique isso e guie a mão da pessoa até o encosto, o braço ou o assento da cadeira, dizendo: “Este é o encosto da sua cadeira”; • Evite deixar obstáculos em áreas pelas quais as pessoas transitam.

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Deficiência Visual

• Ao colocar bebidas em copos e xícaras, não as preencha até a borda. Isto se aplica aos intervalos do cafezinho no trabalho. • Não deixe portas entreabertas, pois isto pode se tornar um grande perigo. Abra-as ou feche-as completamente. • Se pessoas cegas ou com baixa visão lhe estenderem a mão para cumprimentar, retribua. • Você deve descrever os arredores e obstáculos no caminho. Lembre-se sempre de olhar para cima, para baixo e para a frente. Avise sobre perigos do tipo armários do escritório; saliências; disposição das mesas; e superfícies irregulares.

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Deficiência Visual

• Use linguagem comum quando for explicar um caminho. Seja específico. Não aponte ou diga “lá”, “ali”. Direcione pessoas com deficiência visual para a esquerda ou a direita de acordo com o local que elas estão – e não você. • É perfeitamente aceitável usar palavras como “olhe” e “veja”. Estas palavras são parte do vocabulário comum de todas as pessoas. Se não, você e a pessoa cega ou com baixa visão vão se sentir constrangidos. • Lembre-se que uma pessoa com deficiência visual não poderá ver o que está acontecendo. Sempre conte o que está se passando no ambiente de trabalho para que ela se sinta incluída. - Para pessoas com baixa visão sempre que possível, adaptar os materiais de trabalho com o tipo de letras Arial, maiúscula e tamanho de 20 a 24 (ou seja, ampliada) e na cor preta, isso ajuda a leitura e a fluidez no trabalho.

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Deficiência Visual-Auditiva

• Considerada surda-cega se tiver uma combinação de perdas auditiva e visual, resultando em problemas de comunicação, informação e mobilidade; • Aborde a pessoa pela frente e comunique-lhe que você está ali com um leve toque na mão ou no braço; • Alguns surdos-cegos também têm problemas de equilíbrio, então, deixe que eles lhe mostrem a melhor maneira de guiá-los; • Você talvez possa se comunicar com eles escrevendo claramente em letras maiúsculas sobre a palma da mão, usando a palma inteira; • Se a pessoa pedir informações por escrito, use uma caneta preta de ponta grossa e escreva em letras grandes – antes de continuar, confira, com uma palavra, se o tamanho está bom para a pessoa.

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DeficiĂŞncia Intelectual

Como lidar? 1,4% de PCD possuem deficiĂŞncia intelectual. Fonte: Cartilha do Censo 2010


Síndrome de Down

1 - Síndrome de Down não é doença A síndrome de Down ocorre quando, ao invés da pessoa nascer com duas cópias do cromossomo 21, ela nasce com 3 cópias, ou seja, um cromossomo número 21 a mais em todas as células. Isso é uma ocorrência genética e não uma doença. Por isso, não é correto dizer que a síndrome de Down é uma doença ou que uma pessoa que tem síndrome de Down é doente. 2 - Pessoas com síndrome de Down têm deficiência intelectual Deficiência intelectual não é o mesmo que deficiência mental. Por isso, não é apropriado usar o termo “deficiência mental” para se referir às pessoas com síndrome de Down. Deficiência mental é um comprometimento de ordem psicológica.

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Síndrome de Down

3 - As pessoas têm síndrome de Down, não são portadoras de Síndrome de Down Uma pessoa pode portar (carregar ou trazer) uma carteira, um guarda-chuva ou até um vírus, mas não pode portar uma deficiência. A deficiência é uma característica inerente a pessoa, não é algo que se pode deixar em casa. Diante disso o termo “portador” tanto para síndrome de Down quanto para outras deficiências caiu em desuso. O mais adequado é dizer que a pessoa tem deficiência. 4 - A pessoa é um indivíduo, ela não é a deficiência A pessoa vem sempre em primeiro lugar. Ter uma deficiência não é o que caracteriza o indivíduo. Por isso, é importante dizer quem é a pessoa para depois citar a deficiência. Por exemplo: o funcionário com síndrome de Down, o aluno com autismo, a professora cega, e assim por diante.

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Síndrome de Down

5 - Pessoas com síndrome de Down não são todas iguais • Apesar de indivíduos com síndrome de Down terem algumas semelhanças entre si, como olhos amendoados, baixo tônus muscular e deficiência intelectual, não são todos iguais. • Por isso, devemos evitar mencioná-los como um grupo único e uniforme. Todas as pessoas, inclusive as pessoas com síndrome de Down, têm características únicas, tanto genéticas, herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais.

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Deficiência Intelectual

6 - Pessoas com deficiência intelectual têm opinião Pessoas com deficiência intelectual estudam, trabalham e convivem com todos. Esses indivíduos têm opinião e podem se expressar sobre assuntos que lhes dizem respeito. Em caso de entrevistas e reuniões de trabalho, procure falar com as próprias pessoas com deficiência, não apenas com familiares, acompanhantes ou especialistas. 7 - Pessoas com deficiência intelectual não devem ser tratadas como coitadinhas Ter uma deficiência é viver com algumas limitações. Isso não significa que pessoas com deficiência são “coitadinhas”. Pessoas com deficiência intelectual se divertem, estudam, passeiam, trabalham, namoram e se tornam adultos como todo mundo. Nascer com uma deficiência não é uma tragédia, nem uma desgraça, é apenas uma das características da pessoa.

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32

Quem cabe no seu “TODOS”?


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Veja a pessoa e nĂŁo a deficiĂŞncia.


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