DOC
A H ISTÓRIA
DO
F OCO
C INEMA D OCUMENTAL PARTE
A
EM
I
REALIDADE VERSUS A FICÇÃO :
O CINEMA DOCUMENTAL NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO
XX
E MENTA
P ANORAMA
DO CINEMA DOCUMENTAL CLÁSSICO VISTO A PARTIR DE DOIS
GRANDES DOCUMENTARISTAS : O SOVIÉTICO AMERICANO
R OBERT F LAHERTY . A
D ZIGA V ERTOV
IDEIA É APRESENTAR A MANEIRA PELA
QUAL O CINEMA DE REALIDADE SURGIU , NO INÍCIO DO SÉCULO OPOSIÇÃO AO CINEMA DE FICÇÃO E COMO OS MÉTODOS DE
F LAHERTY
E O
XX,
EM
V ERTOV
E
ACABARAM INFLUENCIANDO BOA PARTE DO CINEMA
DOCUMENTAL DA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO
XX.
DOC
EM
F OCO
O RIGENS
DO
D OC .
O REGISTRO DA REALIDADE I RMÃOS L UMIÈRE
A
SAÍDA DA F ÁBRICA
1895
A
CHEGADA DO TREM NA ESTAÇÃO
C INEMATÓGRAFO > FILMAR A REALIDADE DO FORMA MAS ISTO , MAIS TARDE , SERVIRIA PARA OUTRA COISA :
G EORGES M ÉLIÈS O P EQUENO D IABO INCOSCIENTE
>
CONTAR HISTÓRIAS
1896
AS
R OBERT F LAHERTY FILMA NO Á RTICO C ANADENSE
E NTRETENIMENTO
1913
DÉCADAS DE
E STREIA N ANOOK ,
1910
E
20
O ESQUIMÓ
NARRATIVO E NA LIBERDADE DE REGISTRO IN LOCO
1922
F ICÇÃO V ERSUS R EALIDADE A LBERTO C AVANCANTI
SOBRE
N ANOOK : “(...)
A SOLUÇÃO QUE
PROCURÁVAMOS ALI ESTAVA COM TODA A SUA ADMIRÁVEL SIMPLICIDADE ”
M OVIMENTO A VANT -G UARDE :
DEFESA DO CONTRAPONTO ÀS PRODUÇÕES
CINEMATOGRÁFICAS ORIUNDAS DO
“ SISTEMA
FILME ARTÍSTICO , O FILME LITERÁRIO
P ROBLEMA :
O IDEAL DE VERDADE
|
DE ESTÚDIO ”, CONTRA O
FISSURA ENTRE DOIS DOMÍNIOS
CINEMATOGRÁFICOS , CINEMA DE FICÇÃO E CINEMA DE REALIDADE
T EATRO
1913
PARA ALÉM DOS GESTOS MARCADOS /L IBERDADE DRAMÁTICA
1922
“A LGUNS
TRAÇOS ESTRUTURAIS DA TRADIÇÃO NERRATIVA TEM REPETIÇÃO
DE CONJUNTOS , MAIS OU MENOS HOMOGÊNEOS .
O
NOME
DOCUMENTÁRIO DESIGNA UM CONJUNTO DE OBRAS QUE POSSUEM ALGUMAS CARACTERÍSTICAS SINGULARES E ESTÁVEIS QUE AS DIFERENCIAM DO CONJUNTO DE FILMES FICCIONAIS ”.
(RAMOS, F ERNÃO . 2003, P . 20)
M ÉTODO F LAHERTY F LAHERTY
LANÇOU AS BASES DE UM MÉTODO QUE SURGIU
SIMULTANETAMENTE À ANTROPOLOGIA : O DA OBSERVAÇÃO PARTICIPATIVA
AO
|
CINEMA ANTOPOLÓGICO , ETNOGRÁFICO
BUSCAR SEU TEMA , SEUS PERSONAGENS E ATORES NO
MUNDO AFASTADO DOS ESQUIMÓS ,
F LAHERTY
INSTAURAVA
UMA QUESTÃO SEMINAL PARA O DOCUMENTÁRIO ATÉ HOJE : A DA RELAÇÃO COM O OUTRO , PRIMEIRO EXÓTICO / DISTANTE , DEPOIS FAMILIAR / PRÓXIMO .
A RTIGO : A FUNÇÃO R OBERT F LAHERTY
T ENSÃO
1922
DO DOCUMENTÁRIO
ENTRE : REGISTRO CIENTÍFICO / INFORMATIVO E TRADIÇÕES DO TEATRO FILMADO
1939
O I DEAL C ONTROVÉRSIAS
EM TORNO DE
DE
V ERDADE
N ANOOK
VERDADES RE - ENCENADAS
UM
FALSO FILME DE REGISTRO OU UM REGISTRO FIEL DE UMA RE - ENCENAÇÃO ?
V ANGUARDA F RANCESA /E XPRESSIONISMO A LEMÃO /S URREALISMO
1913
1922
A
DÉCADA DE
P RIMEIRO A DIFUNDIR “ DOCUMENTÁRIO ” G RIERSON
1930
A PALAVRA
FOI UM DOS PRINCIPAIS
SEGUIDORES DO MÉTODO FLAHERTIANO , DO QUAL SE PROPÔS A APARAR AS ARESTAS ROMÂNTICAS : O LIRISMO QUE IMPREGNAVA A VISÃO SOBRE O OUTRO
G RIFTERS J OHN G RIERSON
A
1929
DÉCADA DO
S OM
NO
C INEMA /M USICAIS A MERICANOS
M ÉTODO G RIERSON
R EALISMO DE “ AR PURO E GENTE AUTÊNTICA ” D OCUMENTÁRIO : “T RATAMENTO CRIATIVO DA R EALIDADE ” R EALISMO
DE
“ AR
PURO E GENTE AUTÊNTICA ”
P REPONDERÂNCIA POR REVELAR O CONTEXTO SOCIOCULTURAL DAS PERSONAGENS : E M G RIFTERS , A MAIOR PARTE DOS PLANOS SÃO GRANDES PLANOS OU PLANOS APROXIMADOS , ESTA INTIMIDIDADE COM O TRABALHO DOS PESCADORES NÃO SERVE APENAS PARA MOSTRAR AS DIFICULDADES E A DUREZA DA PESCARIA , CONSEGUE COLOCAR O TRABALHO ENQUANTO VALOR MAIOR DESSES PERSONAGENS
D OCUMENTÁRIO S OCIAL A RTIGO : P RIMEIROS P RINCÍPIOS DO DOCUMENTÁRIO | J OHN G RIERSON
F ORMAS
1929
1932/34
CRIATIVAS DE TRABALHAR
O MATERIAL RECOLHIDO IN LOCO
M ÉTODO G RIERSON PREOCUPAÇÃO ESTÉTICA A PAR DA FUNÇÃO SOCIAL E PEDAGÓGICA DOS DOCUMENTÁRIOS .
I NSTRUMENTALIDADE
DOS FILMES CUJAS TEMÁTICAS
SÃO OS PROBLEMAS SOCIAIS E ECONÔMICAS
E STÉTICA
EM QUE PREDOMINA A VOZ OFF
N ARRATIVIVA
COM ESTRUTURA
“ PROBLEM - MOMENT ” ( CADA
UM
DOS PROBLEMAS SOCIO - ECONÓMICOS É APRESENTADO
COMO APENAS UM MOMENTO DE DIFICULDADE QUE SERÁ SUPERADO POSTERIORMENTE
1929
A RTIGO : P RIMEIROS P RINCÍPIOS DO DOCUMENTÁRIO | J OHN G RIERSON
D ZIGA V ERTOV T EORIA C APTURAR
DO
C INE -O LHO :
A VIDA POR SURPRESA
C APTAÇÃO
SEM MEDIAÇÃO DA
SUBJETIVIDADE / PRIORIDADE DO REGISTRO CINEMATOGRÁFICO
M ONTAGEM :
RECOSNTRUÇÃO
ESTÉTICA DO MATERIAL BRUTO
O H OMEM
O LHO > M ICROSCÓPIO > C ÂMERA C RENÇA C IENTIFICISTA
C ÂMERA D ZIGA V ERTOV
COM UMA
1929
M ÉTODO A
VERTOV
REVELAÇÃO DO OCULTO NÃO É DADA PELA CAPACIDADE DO
DOCUMENTRISTA DESCREVER O VISÍVEL , MAS SIM PELA CAPACIDADE DA CÂMERA INSCREVER SENTIDO AO REAL
R EALISMO C INEMATOGRÁFICO . A CÂMERA PENETRA A REALIDADE FILMA ASPECTOS QUE , SE NÃO FOSSEM FILMADOS , NÃO SERIAM
E
PERCEBIDOS
M OMENTO ALTO DO DOCUMENTARISTA : A MONTAGEM DO MATERIAL BRUTO , ONDE A SUBJETIVIDADE DO DOCUMENTARISTA TEM VAZÃO . E LA É “ AQUILO ” QUE A CÂMERA NÃO É CAPAZ DE REGISTRAR F ICÇÃO
VERSUS
R EALIDADE :
QUESTÃO DE OPÇÕES ESTÉTICAS E POLÍTICAS
E A VOCAÇÃO DE UNIR O AUTÊNTICO COM O ABSTRATO
R EALIDADE F ILMADA > C INE -V ERDADE >>> C INEMA
1929
DE I NVESTIGAÇÃO
>>> C INEMA D IRETO
N ANOOK , O E SQUIMÓ F LAHERTY T EMA E STÉTICA N ARRATIVA M ÉTODO I NFLUENCIOU
G RIFTERS G RIERSON
O H OME E A C ÂMERA V ERTOV
R EPRESENTAÇÃO
I NSTITUIÇÕES
A H ISTÓRIA ,
DA VIDA DO OUTRO
SOCIOCULTURAIS
A IDEOLOGIA
E NQUADRAMENTO E NQUADRAMENTO E NQUADRAMENTO FECHADO / ROSTO MÉDIO / GESTOS ABERTO / CIDADE R OTEIRO P RÉVIO C APTAÇÃO SUBJETIVA C APTAÇÃO OBJETIVA E NCENAÇÃO P / CÂMERA COM B RIEFING SEM ATORES / ROTEIRO D OCUMENTÁRIO D OCUMENTÁRIO D OCUMENTÁRIO ANTROPOLÓGICO S OCIAL P OLÍTICO O DOCUMENTÁRIO O DOCUMENTÁRIO O DOCUMENTÁRIO COM ENCENAÇÃO AUTORAL DIRETO / O JORNALISMO
“A LGUNS
TRAÇOS ESTRUTURAIS DA TRADIÇÃO NERRATIVA TEM REPETIÇÃO
DE CONJUNTOS , MAIS OU MENOS HOMOGÊNEOS .
O
NOME
DOCUMENTÁRIO DESIGNA UM CONJUNTO DE OBRAS QUE POSSUEM ALGUMAS CARACTERÍSTICAS SINGULARES E ESTÁVEIS QUE AS DIFERENCIAM DO CONJUNTO DE FILMES FICCIONAIS ”.
(RAMOS, F ERNÃO . 2003, P . 20)
C ARACTERÍSTICAS
SINGULARES E ESTÁVEIS :
D OC . C LÁSSICO C ONJUNTO DE DOCUMENTOS ( FILMÍCOS ) COM CONSISTÊNCIA DE “ PROVA ” E COM FINALIDADE DE “ REVELAR ” A REALIDADE ; I NVESTIGAÇÃO DE UM TEMA ESPECÍFICO ; R EGISTRO I N L OCO ; A USÊNCIA DE A TORES P ROFISSIONAIS ; L UGAR PPRIVILEGIADO PARA A EXPERIMENTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA