INSTITUTO ANGÉLICA DIAS Centro de Apoio às pessoas com deficiência visual
instituto angelica dias centro de apoio as pessoas com deficiencia visual
círculo amarelo
+
universidade de brasília faculdade de arquitetura e urbanismo
cor roxa (contraste)
sigla
olho flor angélica
=
diplô 2 1.2021
victória dias de lima 150023146
orientadora: raquel naves blumenschein
banca examinadora: oscar luís ferreira VIRIDIANA GABRIEL GOMES
logomarca
brasília, 2021
Angélica
Victória
prefácio O Instituto Angélica Dias leva, como homenagem, o nome da minha tia materna, com deficiência visual desde os primeiros dias de vida, formou-se em Pedagogia, atuando como professora e diretora no CEEDV – Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, no Distrito Federal (DF) – e em Direito, hoje concursada na Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Impulsionada pelas várias conquistas da minha tia enquanto cidadã, educadora, trabalhadora e com deficiência visual – o que não a impediu de insistir em seus propósitos –, também pelo reconhecimento das pessoas com deficiência visual (PDV) na sociedade e a fim de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Arquitetura e Urbanismo, optei pelo desenvolvimento de um Centro de Apoio Especializado voltado às pessoas com deficiência visual.
(...) nós não deveríamos estar desenhando para o ‘homem normal’ ou a ‘mulher normal’, isto não existe. Qualquer coisa pode acontecer com qualquer pessoa e modificar suas limitações físicas. Chris Downey para Sana Jahani (2015, tradução nossa)
agradecimentos Expresso, primeiramente, gratidão à minha família, que esteve comigo ao longo de toda minha vida, me incentivando e reerguendo em todos os altos e baixos que vieram e que ainda virão. Em especial à minha tia Angélica – a “musa” do meu projeto final –, aos meus amados irmãos Lucas e Luci, à minha mãe e ao meu padrasto – que tudo fizeram e fazem por mim –, ao meu pai (in memoriam) e minha madrasta – os quais sempre me deram apoio e continuam a dar, ainda que seja no plano espiritual! Agradeço aos meus grandes amigos e amigas do Sigma, que são uma verdadeira família para mim, sem vocês eu não sei o que seria de mim! Agradeço aos amigos que conheci na FAU – meu Tek Bonde – que tornaram tudo mais engraçado e suportável, sempre ajudando na vida e na graduação, levo vocês para sempre no meu coração. Também agradeço aos demais amigos – principalmente minhas irmãs do ICP –, parceiros e colegas que conheci ao longo da minha caminhada, cada um tem seu papel e influência em me tornar o que hoje sou. Um obrigada especial à minha orientadora Raquel Blumenschein – sempre me acalmando, compreendendo e compartilhando conhecimento –, aos membros da minha banca, Oscar Luís Ferreira e Viridiana Gomes, pelo acompanhamento do meu trabalho e por trazerem observações enriquecedoras e à Universidade de Brasília, por proporcionar ensino gratuito e de qualidade durante minha graduação, viabilizando meu crescimento profissional e pessoal. Por último, mas não menos importante, agradeço aos diversos arquitetos e arquitetas que me ajudaram seja em estágios ou em encontros esporádicos, em especial à minha amiga, chefe e arquiteta Renata Mendes Correa – que me ajudou profissional e pessoalmente, acompanhou minhas palhaçadas e se fez disponível nos momentos mais difíceis dessa etapa final. Todos vocês são parte de mim e me inspiram a ser melhor. Obrigada!
“Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho” Tom Jobim
sumário INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVAS OBJETIVOS ENTREVISTAS
REFERENCIAL TEÓRICO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO PARA AS PDV NO BRASIL A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA O CENTRO DE APOIO ESPECIALIZADO OS SENTIDOS NA EDUCAÇÃO PARA PDV E SURDOCEGOS DESIGN INCLUSIVO NA EDUCAÇÃO
CONDICIONANTES CARACTERÍSTICAS DO USUÁRIO CONDICIONANTES POLÍTICAS/LEGAIS CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS CONDICIONANTES SUSTENTÁVEIS CONDICIONANTES ECONÔMICAS CONDICIONANTES TÉCNICAS E TECNOLÓGICAS CONDICIONANTES FUNCIONAIS
REFERÊNCIAS PROJETUAIS NO MUNDO NO BRASIL URBANO OUTRAS REFERÊNCIAS
caracterização da área de projeto TERRENO USO DO SOLO E PARÂMETROS URBANÍSTICOS ANÁLISE BIOCLIMÁTICA
diretrizes projetuais CONCEITOS DE PROJETO EIXOS DE FORÇA NORTEADORES ÁREAS E PONTOS DE RELEVÂNCIA ESTUDO DE ZONEAMENTO
PARTIDO ARQUITETÔNICO O PARTIDO STORYBOARD VISÃO GERAL
1 2 5 7
8 9 10 10 11 12
13 14 15 17 18 19 20 21
22 23 28 33 34
35 36 36 38
39 40 41 42 43
44 45 46 47
PROGRAMA DE NECESSIDADES
48
PROGRAMA DE NECESSIDADES FLUXOGRAMA
49 54
SITUAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
55
PLANTA DE SITUAÇÃO PLANTA DE IMPLANTAÇÃO
56 57
sumário EDIFÍCIO PRINCIPAL SOBRE SISTEMA ESTRUTURAL E TECNOLOGIAS DESENHOS TÉCNICOS DETALHES E RENDERS
EDIFÍCIO PROACEA SOBRE SISTEMA ESTRUTURAL E TECNOLOGIAS DESENHOS TÉCNICOS DETALHES E RENDERS
GINÁSIO SOBRE SISTEMA ESTRUTURAL E TECNOLOGIAS DESENHOS TÉCNICOS DETALHES E RENDERS
LAR EXPERIMENTAL RENDERS SOBRE SISTEMA ESTRUTURAL DESENHOS TÉCNICOS DETALHES
HORTA, JARDIM E TRILHA SENSORIAIS HORTA SENSORIAL JARDINS SENSORIAIS TRILHA SENSORIAL
detalhes urbanos CORTE E ELEMENTOS URBANOS TÓTEM SENSORIAL PAREDES INTERATIVAS E ASFALTO DRENANTE
BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS/CRÉDITOS: • PEDRO TORRES - ASSESSORIA BIM/ARCHICAD • PABLO KOSINSKI - RENDERS • JOÃO QUINTILIANO @laboratorioaberto - IMPRESSÃO 3D
58 60 61 63 71
81 84 85 86 91
97 99 99 100 104
107 108 110 110 111 115
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125
INTRODUÇÃO introducao
01
JUSTIFICATIVAS O projeto de um Centro de Apoio voltado às pessoas com deficiência visual (PDV) foi impulsionado pelas dificuldades de assistência pedagógica, psicológica, de adaptação espacial e de inclusão social visíveis em nossa sociedade acerca dessas – inclusive vivenciado pela minha tia Angélica.
inclusão social falta de acessibilidade na cidade e nos ambientes construídos
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988)
busca de qualificação para oportunidades de emprego
obstáculos físicos e sociais falta de assistência
busca por independência cotidiana
Também fomentaram a escolha pelo tema os direitos humanos e legais, presentes na Constituição Federal de 1988, que procuram garantir uma vida digna e autônoma às pessoas com deficiência visual, no âmbito do direito social, da união, da administração pública, do emprego e da aposentadoria, da assistência social, da educação, cultura e esportes, da família e das adaptações arquitetônicas e urbanísticas acessíveis.
falta de centros de referência fora do plano piloto
busca por segurança nos espaços
GARANTIAS
Art. 7, XXXI
DIREITOS SOCIAIS - "proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;"
Art. 23, II
DA UNIÃO - "cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;"
Art. 24, XIV
DA UNIÃO - "proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;"
Art. 37, VIII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - "a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;"
Art. 40, § 4º
DOS SERVIDORES PÚBLICOS - "É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I – portadores de deficiência;"
Art. 201, § 1º
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - "vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar."
Art. 203, IV e V
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - "IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;" "V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei."
Art. 208, III
DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DO DESPORTO - "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;"
Art. 227, § 1º, II e § 2º
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO - "§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem (...)" "II – criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência" § 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
Art. 244
DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS - "A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º".
Constituição Federal de 1988 e suas garantias acerca das PDV. Fonte: Câmara dos Deputados, 2019.
02
JUSTIFICATIVAS A visão é o sentidos considerado como o mais dominante dentre os cinco existentes (OMS, 2019) – visão, olfato, paladar, tato e audição. Essa preferência veio moldando o mundo atual acerca do tratamento e inclusão das pessoas que possuem visão comprometida na sociedade, as quais buscam segurança, autonomia, reconhecimento e oportunidades.
Também chama atenção a quantidade de pessoas com deficiência visual que são analfabetos, conforme tabela feita por Gonçalves, Meletti e Santos (2015), com dados do Censo 2010, dificultando a inserção dessas no mercado de trabalho e nas universidades.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006 foi um marco para a mudança de atitude perante as pessoas com deficiência na sociedade mundial. Leva a um novo patamar o movimento de ver as pessoas com deficiência como ‘objetos’ de caridade, tratamento médico e proteção social, para ver as pessoas com deficiência como ‘sujeitos’ com direitos, capazes de reivindicar esses direitos e tomar decisões por suas vidas com base em seu consentimento livre e esclarecido, além de serem membros ativos da sociedade. (ONU, 2006, tradução nossa) De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu relatório “World report on vision” (2019), cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo possuem alguma deficiência visual – dificuldade de enxergar, baixa visão ou cegueira – e destas, pelo menos um bilhão dos casos poderiam ter sido evitados ou tratados. No Brasil, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de acordo com o Censo Demográfico 2010 constam que 3,44% da população (6.562.910 pessoas) possui deficiência visual, sendo 506.377 pessoas com cegueira e outras 6.056.533 pessoas com grande dificuldade de enxergar, mostrando que uma considerável parcela do país precisa de assistência e infraestrutura voltada ao público com deficiência visual. ESFERA
Nº DE PDV
MUNDO
2.200.000.000
BRASIL
6.562.910
CAUSAS COMUNS Degeneração macular por envelhecimento, catarata, glaucoma, erros refrativos não corrigidos, retinoplastia diabética, doenças como diabetes, artrite reumatoide e esclerose múltipla e o uso de certos medicamentos e esteroides.
FONTE OMS
População com deficiência visual segundo alfabetização e idade. Fonte: Gonçalves, Meletti e Santos, 2015.
Segundo Matheus Ferreira (2015), as pessoas com deficiência visual são as que possuem “índices de empregabilidade inferiores e taxas de desemprego superiores às das pessoas sem deficiência”. Tal fato se dá pela discriminação do trabalhador com deficiência visual causadas pela ausência de adaptações acessíveis no ambiente de trabalho. Auditiva 23% Visual
7% 6%
Intelectual
53% 1%
Física
10%
Múltipla Reabilitado
IBGE
Trabalhadores com deficiência, por tipo de deficiência. Fonte: RAIS/2011 – MTE apud FERREIRA, 2015.
03
JUSTIFICATIVAS De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD 2018) da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a estimativa populacional do Distrito Federal é de 2.881.854 residentes, das quais 2,7% possuem deficiência visual, ou seja, aproximadamente 77.810 pessoas. Neste documento, a forma de divulgação dos resultados foi feita por grupos de Regiões Administrativas (RAs) e consta que o Grupo 3 (média-baixa-renda) – composto pelas RAs: Brazlândia (1), Ceilândia (2), Planaltina (3), Riacho Fundo (4), Riacho Fundo II (5), SIA (6), Samambaia (7), Santa Maria (8) e São Sebastião (9) – tem uma população de 1.269.601 pessoas, detendo também a maior quantidade de pessoas com cegueira ou dificuldade de enxergar (38.950 pessoas) e que precisam de apoio pedagógico, social e psicológico específico. A principal escolha é a RA XII Samambaia (7) como local de projeto pela centralidade no Grupo, pela disponibilidade de terreno e pela presença de linhas e estações de metrô na região, conforme mapa ao lado. As PDV vivem a cidade e os espaços construídos, realizam atividades cotidianas para suas vivências e sobrevivências, incluindo lazer, cultura, educação, transporte e emprego. Para garantia de qualidade de vida, o acesso às tecnologias e ao conhecimento – guiados por uma boa educação adaptada às suas necessidades, incluindo a linguagem, numerologia, a mobilidade e orientação, a informática etc. – se tornam imprescindíveis para que surjam oportunidades de emprego de forma a garantir seu sustento e de sua família e de se sentir efetivamente um membro ativo da sociedade e autônomo. (...) antes de sermos cegos, somos cidadãos e fazemos parte de toda essa estrutura da sociedade enquanto deficientes visuais, claro que precisamos ter acesso a algumas coisas de forma diferenciada, mas exercemos nosso papel como qualquer outra pessoa comum. (Alceu Kuhn, 2018)
Pessoas com dificuldade permanente de enxergar, Distrito Federal, 2018. Fonte: PDAD 2018 – Codeplan
1 3 6 2
9
8 Regiões Administrativas Arniqueira
Além disso, a falta de infraestrutura acessível no âmbito urbano e arquitetônico também é uma barreira para a inclusão e livre circulação das PDV, que precisam de adaptações nos edifícios, pisos táteis, calçadas seguras e com qualidade, acesso à informação através de recursos táteis, sinais sonoros e diversas outras pontuações que normas como a NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) traz como diretrizes projetuais acessíveis.
4 5
7
Brazlândia Candangolândia Ceilândia
Cruzeiro
Jardim Botânico
Park Way
Riacho Fundo
Santa Maria
Fercal
Lago Norte
Planaltina
Riacho Fundo II
Sobradinho
Gama
Lago Sul
Plano Piloto
SCIA
Sobradinho II
Guará
Núcleo Bandeirante
Pôr do Sol
SIA
Sudoeste/Octogonal
Itapoã
Paranoá
Recanto das Emas
Samambaia
São Sebastião
Taguatinga
Varjão
Vicente Pires
Águas Claras
Linha do metrô
Mapa do Distrito Federal e suas Regiões Administrativas por cor. Escala 1:400.000. Fonte: Geoportal – SEDUH.
04
OBJETIVOS A proposta do Instituto Angélica Dias – um Centro de Apoio gratuito e complementar ao ensino regular – surgiu com o propósito de descentralizar e diluir os atendimentos especializados no DF e Entorno, visto que, atualmente, a única instituição educacional especializada da região no atendimento às pessoas com deficiência visual (PDV), o Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV), encontra-se no Plano Piloto.
Arquiteto, Cliente
habilitação, reabilitação e capacitação de pdv Complemento ao ensino regular
Centro de apoio especializado gratuito
Apoia-se no projeto de ambientes que contemplem as necessidades específicas dos usuários, sendo eles interativos, seguros, confortáveis e acessíveis para crianças, adolescentes, adultos e idosos com deficiência visual, utilizando materiais, técnicas e revestimentos específicos que sejam confortáveis e seguros ao toque, tenham cores contrastantes, exprimam qualidade luminosa e conforto ambiental – além de aguçar os demais sentidos dos usuários – como parte da proposta arquitetônica, pedagógica, psicológica e social. Esses espaços adaptados e bem equipados têm como objetivo assegurar às PDV habilitação, reabilitação e capacitação para que consigam inclusão na sociedade, no mercado de trabalho e educação acessível, além de desenvolvimento de habilidades e competências sociais e educacionais para formação de um membro ativo da sociedade, incluindo o respeito à diversidade, previsto pela Constituição Federal e por diversos recursos legais em nível federal e distrital. O Instituto contará com espaços de uso comunitário, espaços flexíveis e eventos periódicos que envolvam a comunidade e os usuários a fim de gerar lucros para a instituição e reforçar a inclusão social. Outro objetivo é locar o projeto, preferencialmente em Samambaia, em área que contemple sistema viário necessário para acesso de automóveis, de ônibus e que tenha proximidade com as estações de metrô existentes, qualificando o contexto urbano para acessibilidade da maioria dos usuários do Instituto Angélica Dias.
referência além do plano piloto
espaços acessíveis, adaptados e bem equipados inclusão social 05
ENTREVISTAS
Estudante
ENTREVISTA 01
ENTREVISTA 02
ENTREVISTA 03
Nome e Idade: Denise Braga, 41 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/adquirida
Nome e Idade: Reginaldo Guabiraba Alves, 44 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/congênita
Nome e Idade: Fernando Rodrigues, 43 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/adquirida
Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF?
Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF?
Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF?
Resposta 1: O ensino especial – que muitos chamam de inclusivo – para mim, ainda não garante a inclusão total das pessoas com deficiência, pois a inclusão completa engloba tanto a parte educacional/pedagógica/conteudista, quanto a social. Hoje, a realidade ainda não é a de professores preparados, partindo do princípio básico de se especializar em Braille ou Libras.
Resposta 1: Acredito ser de extrema importância, principalmente na fase de alfabetização, uma vez que esta etapa para a criança é primordial e na escola regular ela não terá um ensino eficaz, visto que boa parte dos docentes não estão preparados para esta finalidade. Já no caso dos adultos, a importância ainda se torna maior por conta das atividades corriqueiras que não são oferecidads no EJA (Educação para Jovens e Adultos).
Resposta 1: Fiquei deficiente aos 6 anos de idade por descolamento de retina e acredito que a educação mais eficaz para as pessoas com deficiência visual sejam os atendimentos individualizados que são oferecidos no DF, mas que precisam de melhores equipamentos. Existem as salas de recurso que dão suporte para escolas regulares - além do CAP - mas acredito que atendam 60% das necessidades das pessoas com deficiência.
Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência?
Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência?
Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência?
Resposta 2: Sim. Perdi a visão aos 24 anos e no Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV) fui reabilitada, onde, além de aprender a escrita braille, a própria convivência com outras pessoas também com deficiência visual me fez ampliar os conhecimentos e entender que eu poderia ir além. Assim, com esses colegas que me inspiraram a ir atrás de me reabilitar no estudo e na vida social, hoje sou professora da Secretaria de Educação, depois de ter concluído minha faculdade de Nutrição – que eu tinha trancado – porque, ao perder a visão, não sabia das minhas capacidades.
Resposta 2: Sim. Estudei no CEEDV, que antes se chamava EDV (Escola de Deficientes Visuais). Não tenho muitas recordações, mas comecei na Educação Precoce, depois passei pela alfabetização e, na época, tinha somente até o CB (Currículo Básico). Então, a partir da terceira série é que fui para o ensino regular.
Resposta 2: Sim. Me alfabetizei no CEEDV com atendimento individualizado e a experiência para mim foi muito bacana, até porque lá temos contato com outras pessoas na mesma situação, que ajuda a pessoa a aceitar a sua deficiência.
Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual? Resposta 3: Acredito que o mais importante seja o acolhimento por pessoas preparadas a entenderem as diversidades do ser humano, sejam eles com ou sem deficiência. Ou seja, profissionais preparados com as especificidades de cada deficiência.
Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual? Resposta 3: Não pode faltar uma ênfase na prática, já que atualmente a educação nessa área é muito superficial e nem sempre a realidade retratada pelo Centro de Ensino condiz com a realidade do mundo.
Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual? Resposta 3: É importante ter pedagogos formados que tenham conhecimento em sistema Braille e Soroban e que compreendam a deficiência, porque o curso profissionalizante sozinho não ajuda o profissional a compreender totalmente a deficiência. É importante o Centro ter regletes, máquinas e impressoras Braille, lupas, gravador, mapa tátil, gráficos táteis e outros materiais como computadores com potência e impressora 3D para montar os materiais.
06
ENTREVISTAS ENTREVISTA 04
dar continuidade a esse trabalho em casa também.
Nome e Idade: Viviane Santos, 24 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/congênita
Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual?
Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF? Resposta 1: Para mim, a educação de pessoas com deficiência visual nas escolas do DF necessita de grandes melhoras. No CEEDV, quando a criança com deficiência visual é habilitada lá, essa criança dá continuidade ao seu desenvolvimento escolar nas escolas regulares inclusivas. Porém, a grande dificuldade é que são poucas as escolas que estão preparadas para receber a criança que saiu do Centro Especializado para a inclusão, já que poucas escolas no DF possuem sala de recursos multifuncionais, com equipamentos adequados para a confecção e a adaptação de materiais para o melhor aprendizado dessas crianças e adolescentes em idade escolar. Por isso, faz-se necessária a adaptação de mais escolas para que essas crianças tenham a autonomia de escolher onde querem estudar. Muitas vezes, elas optam por estudar nessas escolas que são consideradas como modelo de inclusão e que geralmente são distantes da residência dessas pessoas Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência? Resposta 2: Sim. eu fui para o Centro Especializado quando eu era bebê. Lá, fiz estimulação precoce, fiz a etapa da educação infantil e fui alfabetizada no sistema Braille. Foi uma experiência muito importante para o meu desenvolvimento pessoal e social também. Houve um acompanhamento por parte dos profissionais em todo o meu processo de desenvolvimento. Eles trabalharam com o estímulo do tato da audição E de todos os sentidos que eu poderia usar para ajudar nesse processo de habilitação. Eles trabalharam também todas as questões relacionadas a coordenação motora e orientaram a minha família para
Resposta 3: Para se construir uma escola projetada para o atendimento de pessoas com deficiência visual não deve faltar profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional e professores capacitados no sistema Braille. Além disso, deve-se ter a preocupação em estimular as pessoas com deficiência visual a terem autonomia e independência na suas atividades pessoais e na suas relações sociais. É necessário ter equipamentos adequados para o ensino do Braille e as ferramentas para atender crianças e adultos com deficiência visual. Deve-se pensar, também, nas pessoas que adquiriram a deficiência após a vida adulta.
ENTREVISTA 05 Nome e Idade: Mizael Conrado de Oliveira, 43 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/Adquirida Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF? Resposta 1: Morei em Brasília por apenas 8 anos, de 2009 a 2016, então minha opinião é embasada apenas na experiência que tive, pois precisei do atendimento de educação especial por conta do meu filho David, de 5 anos, que precisava da Educação Precoce por ter nascido com catarata, recorremos ao Centro Especializado (CEEDV), mas acabamos por optar pelo ensino individualizado ao contratar uma professora particular que inclusive atendia no CEEDV. Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência? Resposta 2: Sim. Em Brasília, o Centro tem um bom atendimento, com excelentes profissionais, mas foi mais ade-
quado que o nosso filho fosse atendido por um profissional particular, então contratamos essa professora de Educação Precoce que trabalhava, na época, lá no CEEDV. Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual? Resposta 3: Brasília é uma cidade bastante complicada para nós, não se anda muito a pé, apenas de carro, principalmente no Plano Piloto, que foi onde morei. Ainda que alguns edifícios em Brasília sejam reformados com adaptações razoáveis e construídos dentro de um Desenho Universal, ainda há conflitos com padrões visuais nos ambientes, como falta de contraste para as pessoas com baixa visão, porque nesse universo não existe só a cegueira. Há locais que insistem em colocar faixa nos vidros na mesma cor da película do vidro e isso não dá contraste. Acredito na educação para pessoas com deficiência visual e penso que os recursos e materiais que temos disponíveis hoje são vários e precisam ser usados no Centro Especializado. O grande diferencial de uma escola especializada, além dos recursos, é a presença de profissionais capacitados, já que a qualidade do profissional hoje em dia deixa muito a desejar. Precisam estar aliados os recursos materiais, o ambiente acessível e profissionais capacitados. Também é importante que tenha acessibilidade atitudinal, pois existem posturas das pessoas videntes que precisam ser eliminadas (preconceito) e que são, na minha opinião, as mais difíceis de serem vencidas. Acredito no profissional com deficiência visual que atua em qualquer área do mercado de trabalho e acredito no potencial dos atletas, por meio do esporte a gente consegue mais desenvoltura, mais orientação e mobilidade e melhor uso da bengala para mobilidade independente, por isso é importante que tenha área de esportes e incentivo.
entrevistas
07
REFERENCIAL TEÓRICO referencial teorico
08
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO PARA AS PDV NO BRASIL A educação voltada às pessoas com deficiência visual no Brasil começou quando o jovem José Álvares de Azevedo – cego de nascença e de uma família rica do Rio de Janeiro – foi para a única instituição especializada no ensino de cegos do mundo até então: o Real Instituto de Meninos Cegos de Paris, na França, fundado por Valentin Haüy no século XVIII. Lá, teve contato com o Sistema Braille – sistema de escrita tátil de símbolos em relevo –, criado pelo educador francês Louis Braille, em 1825. Quando voltou ao Brasil, estava determinado a difundir o que aprendeu na França e a concretizar a criação de uma escola como a que estudou. Tornou-se mentor de Adélia Sigaud, filha de um médico da Corte Imperial na época e, através dessa proximidade, conseguiu uma audiência com o Imperador Pedro II para demonstrar o Sistema Braille e apresentar a proposta da criação de uma escola como a de Paris no Brasil. Após autorização até a inauguração em 1854, surgiu a instituição pioneira na educação especial da América Latina denominada Imperial Instituto dos Meninos Cegos no Rio de Janeiro/RJ. Este passou por mudanças ao longo dos anos, após o advento da República no país, se chamando Instituto dos Meninos Cegos, Instituto Nacional dos Cegos e, por fim, em 1891, Instituto Benjamin Constant, assim denominado até hoje, comprometido com a Educação Especial e Inclusiva, servindo como multiplicador de conhecimentos acerca das pessoas com deficiência visual.
Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Benjamin_Constant
José Álvares de Azevedo e busto de Louis Braille, respectivamente. Fonte: ibc.gov.br
Alfabeto Braille e alfabeto lúdico em Braille, respectivamente. Fonte: TREVISAN, 2012 e https://shoppingdobraille.com.br/produto/alfabeto-braille-vazado/
09
A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A ESPECIAL E O EDUCAÇÃO CENTRO DE APOIO ESPECIALIZADO A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Atualmente, a Educação Inclusiva é tida como prioridade no âmbito educacional do Brasil, já que “não existem alunos sem deficiência na educação especial, já na educação inclusiva todos os alunos, com e sem deficiência, têm a oportunidade de conviverem e aprenderem juntos” (RODRIGUES, 2017) – reforçando a inclusão social e diversidade.
Segundo Rodrigues (2018), o Atendimento Educacional Especializado engloba atendimentos pedagógicos e psicossociais que, à luz da Educação Inclusiva, são voltados aos alunos com deficiência que necessitam de atenção especializada para sua educação, desenvolvimento e capacitação.
A definição conceitual para a Educação Especial, segundo a psicóloga Marina Almeida (apud RODRIGUES, 2017) é: Educação especial é uma modalidade de ensino que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas portadoras de necessidades especiais, condutas típicas ou altas habilidades, e que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Já a definição para a Educação Inclusiva é: Na escola inclusiva o processo educativo deve ser entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. Prioriza-se a educação inclusiva, mas a maioria das escolas regulares não estão preparadas para receber e educar alunos com deficiência por falta de infraestrutura e de profissionais especializados. É aí que as escolas especiais – pautadas na educação especial – vêm como Centros de Apoio com recursos específicos, de forma a amparar e complementar o ensino regular de maneira adaptada, garantindo um ambiente propício ao desenvolvimento da autonomia, cidadania, capacitação, criação de laços familiares e amistosos, integração ao meio e ao espaço da cidade, da escola, do Centro de Apoio e do seu lar. De acordo com a necessidade do aluno com deficiência que está matriculado no ensino regular, ele precisa frequentar um Centro de Apoio para ter Atendimento Educacional Especializado (AEE) e frequentar serviços e programas no horário contrário às aulas regulares, visando sua autonomia, capacitação e reabilitação de acordo com as bases do Plano Nacional de Educação.
O atendimento especializado deve ocorrer no contraturno escolar e beneficiam não só o aluno, como também o profissional da educação que, através da solicitação de atendimentos especializados específicos para professores, conseguem qualificação para contribuir no processo educacional do aluno com deficiência. De acordo com o Decreto Federal nº 7.611/11, no art. 1, VII, a oferta para a educação especial e o atendimento educacional especializado se dá preferencialmente na rede regular de ensino, em uma sala de recursos multifuncionais e equipe especialista para o atendimento. Na ausência da sala de recursos, as escolas especializadas e os centros especializados, à luz da Educação Especial, podem se responsabilizar por esse atendimento especializado (RODRIGUES, 2018). Alguns Centros Especializados – a exemplo do CEEDV – se baseiam no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), que é um projeto da antiga Secretaria de Educação Especial (SEESP) do Ministério da Educação (MEC) que tinha como objetivo garantir às PDV – tanto ao estudante incluído na rede regular de ensino, quanto à pessoa adulta – o acesso a um ensino de qualidade, por via de materiais de apoio pedagógico e suplementação didática – como adaptação de materiais pedagógicos em Braille e tipos ampliados, atendimento especializado e cursos para professores, arquitetos, engenheiros, etc. –, os quais desejavam fortalecer e/ou iniciar a inclusão no mercado de trabalho. Os Centros de Apoio são uma escola de passagem, onde o estudante fica apenas o tempo suficiente para adquirir o conhecimento e assistência necessários para sua inclusão na rede regular de ensino, na sociedade e no mercado de trabalho. Também auxiliam outras instituições, professores e escolas que recebem alunos com deficiência visual ou surdocegueira de forma a capacitá-los na área da educação para PDV, servindo com um multiplicador de conhecimento. 10
OS SENTIDOS NA EDUCAÇÃO DAS PDV E SURDOCEGOS As pessoas com deficiência visual e surdocegueira compreendem o mundo de forma diferente, ancorando-se no uso de outros sentidos além-visão e/ou além-audição para captar as relações com o meio que as cerca. A perda de uma ou mais funções sensoriais – visão, audição, tato, paladar e olfato – aguça outros sentidos de forma compensatória e a exploração e estimulação destes torna-se indispensável para o processo de aprendizagem dessas. A exploração tátil para as pessoas com deficiência visual são um meio eficiente e possibilitador de aprendizagem, reduzindo a abstração de certos conteúdos e dando concretude às informações sem precisar necessariamente do recurso visual (LIMA, LOURES e PEREIRA, 2017). A aprendizagem do aluno deficiente visual é mediada, essencialmente, pelo tato, juntamente com os demais sentidos remanescentes (audição, paladar e olfato). Essa característica de aprendizagem faz com que o aluno utilize esses sentidos na transformação do abstrato em conceito concreto, que deverá ser incorporado no seu desenvolvimento cognitivo (CERQUEIRA e FERREIRA, 1996 apud LIMA, LOURES e PEREIRA, 2017).
demos concluir que a arquitetura acessível, os revestimentos – confortáveis ao toque, cores contrastantes, texturas variadas – e mobiliários adequados usados no espaço adaptado vêm a ser um meio de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo. Afirma, ainda, que “a arquitetura articula a experiência de se fazer parte do mundo e reforça nossa sensação de realidade e identidade pessoal” (PALLASMAA, 2011), em que um espaço acessível e multissensorial corrobora com a inclusão e reconhecimento pessoal das pessoas com deficiência, sem deixar de lado aspectos afetivos, emocionais, inconscientes e de relações, que mostram-se imprescindíveis para a construção do conhecimento.
visão
audição
tato
paladar
olfato
Alguns exemplos de recursos didáticos que se apoiam nos sentidos para a educação das pessoas com deficiência visual são modelos tridimensionais, mapas táteis, livros didáticos adaptados com braille e relevo, livros e materiais falados, tecnologias de ampliação e softwares assistivos, além de outros materiais táteis e/ou que agucem outros sentidos com cheiros – flor, frutas, perfumes – e gostos – azedo, açucarado, salgado, etc. (CERQUEIRA e FERREIRA, 1996). Segundo Juhani Pallasmaa (2011), nós “vemos com a nossa pele” e afirma que “todos os sentidos, incluindo a visão, são extensões do tato”, expressando a importância do tato para a experimentação e compreensão do mundo não apenas para não videntes, mas também para os videntes, integrando nossa experiência de mundo com nossa individualidade. Pallasmaa aplica seus estudos acerca da multissensorialidade, enfatizando o tato, em um âmbito muito mais arquitetônico que pedagógico. Porém, po-
Ilustrações dos sentidos e crianças explorando a multissensorialidade ao ar livre. Fonte: http://faculty.capd.ksu.edu/scoates/2009/glasgowstudio/studio_content/papers/ade.pdf
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DESIGN INCLUSIVO NA EDUCAÇÃO Os recursos trazidos pela temática do Design aplicados às formas de comunicação e aprendizagem para pessoas com deficiência ou alguma outra dificuldade de compreensão configura um Design Inclusivo. Este, procura conceber, desenvolver e aprimorar tecnologias, técnicas e objetos de ensino-aprendizagem pautados nas necessidades específicas dos usuários para além de seus aspectos estéticos, considerando a multiplicidade de inteligências – verbal ou linguística, lógico-matemática, musical, visual ou espacial, corporal ou cinestésica, etc. – que cada indivíduo melhor compreende a fim de incluí-lo na complexidade da sociedade. Segundo Farbiarz et. al (2016), não cabe ao designer julgar o que é necessário ou não, mas escutar e compreender os usuários – no caso, PDV – para desenvolver o projeto em uma “coautoria”. Além dos alunos com deficiência visual, a formação e qualificação do educador – importante mediador do processo de aprendizagem – influencia no desenvolvimento de objetos, métodos, ações e práticas educacionais direcionados a esse público-alvo. Portanto, é importante que as mudanças pedagógicas acompanhem as mudanças de design em mobiliário e objetos, as mudanças tecnológicas voltadas às PDV – dispositivos, tecnologia assistiva etc. – e, também, as mudanças espaciais e arquitetônicas – qualidade de iluminação, ventilação, som, temperatura etc. – para que o Design Inclusivo atrelado ao ensino-aprendizagem potencialize o desempenho dos alunos. Há mecanismos no design à luz da multissensorialidade que permitem as PDV a terem experiências do mundo que a cerca, fornecendo-a independência, desenvolvimento cognitivo, educacional e cultural, além de sua efetiva inclusão social.
tipografia e/ou que usam recursos sonoros e, também, o uso extensivo de diálogo. O uso conjunto desses mecanismos atrelados ao Design Inclusivo em objetos e técnicas de ensino-aprendizagem são necessários para melhor compreensão das PDV na educação e na vida.
Reglete e punção
Cartões texturizados
Relevo seco
Textura flocada
Figura 12. Relevo com Thermoform
Figura 13. Cartão em pop-up
Um desses mecanismos envolve a percepção tátil, principal aliada ao entendimento das PDV, como exemplo da linguagem Braille, de impressões em alto relevo, flocagem – sensação tátil aveludada –, de estampagem em resina, gofragem – texturização –, dobraduras tridimensionais que “saltam” da página (pop-up), etc, que são usados para comunicação e para fins educacionais. Outros mecanismos envolvem, por exemplo, contraste de cores, controle de iluminação e ampliação, tecnologias assistivas que possibilitam aumento de
Fonte: TREVISAN, 2012
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condicionantes condicionantes
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CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS Os usuários principais do Instituto Angélica Dias serão pessoas com deficiência visual e suas famílias, mais especificadamente, pessoas com cegueira, baixa visão ou surdocegueira que procuram habilitação, reabilitação e capacitação para uma vida autônoma e de inclusão. Alguns serviços da edificação poderão ser usados por pessoas videntes, contando com visitas ao Instituto, funcionários – professores, limpeza e manutenção, voluntários, workshops, cursos –, parcerias, escolas regulares e a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE) e membros da comunidade que desejarem utilizar os espaços físicos das oficinas, biblioteca, salas multiuso e complexo esportivo – mediante autorização do Instituto e taxa, se for o caso. A cegueira e baixa visão são caracterizadas pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em seu relatório “As Condições de Saúde Ocular no Brasil (2019) por definições e termos de acordo com a OMS, a qual estabelece quatro categorias de função visual, conforme tabela abaixo. Usam-se os parâmetros oftalmológicos de acuidade visual – “capacidade de reconhecer determinado objeto a determinada distância” – e de campo visual – “a amplitude da área alcançada pela visão”. Acuidade visual pela distância Categoria
Pior que:
Igual ou melhor que:
A surdocegueira é a associação de duas deficiências – a surdez mais a deficiência visual – e exige diferentes formas de apoio pedagógico e de comunicação para ter acesso a lazer, educação de qualidade, trabalho e vida social. Contudo, existem diferentes tipos de surdocegueira, não sendo necessariamente uma perda total de ambos os sentidos – podendo a cegueira e/ou a surdez serem mais ou menos graves e serem adquiridas antes ou depois de aprender uma língua – pré-linguística e pós-linguística. Formas de habilitação, reabilitação e capacitação de pessoas surdocegas e com deficiência visual estão centradas nas formas de comunicação, se ancorando em vários recursos como: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 -
objetos de referência, desenhos, expressões corporais, linguagem tátil (LIBRAS háptica), alfabeto tátil na palma da mão (Sistema Malossi), tadoma (percepção tátil da fala), leitura labial, sistema braille e guia-intérprete, tipos ampliados, ! Educação Precoce, Orientação e Mobilidade (OEM), uso do Soroban, Atividades da Vida Autônoma Social (AVAS), pista sensorial, tecnologia assistiva, Educação Visual, cursos acerca de autonomia, direitos e sociedade, workshops, aulas de dança, música, artes e Educação Física, cursos de línguas estrangeiras, cursos capacitantes para o mercado de trabalho CURSOS PARA PROJETOS DE VIDA, atividades sociopolíticas, socioculturais e socioeducativas, apoio psicossocial, projetos de inclusão, visitas externas, ~ brinquedoteca e playground adaptados, biblioteca adaptada, informática, eventos, lojas com produtos adaptados, etc.;
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CONDICIONANTES POLÍTICAS/LEGAIS No âmbito político, além das garantias expressas na Constituição, as leis federais e distritais voltadas às pessoas com deficiência visual – com um recorte nas que dizem respeito à inclusão, educação e arquitetura –, o Plano Distrital de Educação (PDE) e sua meta 4, voltada às pessoas com deficiência, e as normas ABNT NBR 9050 – sobre acessibilidade – e NBR 16.537 – sobre piso tátil – são bases políticas e normativas que sustentarão o projeto do Instituto Angélica Dias. As leis federais e distritais encontram-se compiladas nas tabelas abaixo e ao lado, dando bases sólidas ao projeto no contexto social, pedagógico e arquitetônico. LEIS FEDERAIS
GARANTIAS
LEI Nº 7.853/89 (Lei dos Portadores de Deficiência)
"Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências."
LEI Nº 12.711 (Lei de Cotas nas Universidades)
"as vagas (...) serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por pessoas com deficiência, (...), em proporção ao total de vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na população da unidade da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).”
LEI Nº 13.146 (Lei de Inclusão)
"Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) (...) destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania."
LEI Nº 10.845
(Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado)
"I – garantir a universalização do atendimento especializado de educandos portadores de deficiência cuja situação não permita a integração em classes comuns de ensino regular;" "II – garantir, progressivamente, a inserção dos educandos portadores de deficiência nas classes comuns de ensino regular."
LEI Nº 10.098 (Lei da Acessibilidade)
"Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação."
Decreto Nº 7.611
"Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências."
LEI Nº 8213/91 (Lei de Cotas Emprego), Art. 89 a 93
Trata sobre a habilitação e reabilitação profissional e social que devem proporcionar ao beneficiário com deficiência visual os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive. Também garante que empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados/deficientes habilitados.
Leis federais relacionadas às pessoas com deficiência. Fonte: Câmara dos Deputados, 2019.
LEIS DISTRITAIS
GARANTIAS
LEI Distrital Nº 4317 (Política de Integração)
"Institui a Política Distrital para Integração da Pessoa com Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências." "A Política Distrital para a Integração da Pessoa com Deficiência compreende o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência."
LEI Distrital Nº 2.536 (Placa em Braille)
"Determina o uso do alfabeto braile nas placas informativas em edificações públicas e privadas, nos pontos de ônibus e estações do metrô."
LEI Distrital Nº 4887 (Gratuidade no Transporte Público)
"Art. 88º. A gratuidade no transporte público coletivo, no transporte público alternativo e no metrô será assegurada para pessoas com insuficiência renal e cardíaca crônica, (...) e para pessoas de baixa renda com deficiência física, sensorial ou mental (...)"
LEI Distrital Nº 5.310
"Dispõe sobre a educação especial e o atendimento e acompanhamento integral aos estudantes que apresentem necessidades especiais nos diferentes níveis, etapas e modalidades de educação."
Leis distritais relacionadas às pessoas com deficiência. Fonte: Câmara dos Deputados, 2019.
O PDE de 2015-2024 (Lei nº 5.499/2015) serve como referência para o planejamento de ações e metas na educação do DF, o qual está em consonância com o Plano Nacional de Educação (PNE) – que dá diretrizes para a elaboração de planos de educação no Brasil. Nesta lei, a meta 4, que tem como objetivo universalizar o atendimento educacional aos estudantes com deficiência para inclusão destes na rede regular de ensino e/ou nas unidades de ensino especializadas, como o proposto para o Instituto Angélica Dias. META 4 - PDE 4.1 - Obter, (...), informações detalhadas sobre o perfil das pessoas com deficiência, (...), residentes nas diferentes regiões administrativas do Distrito Federal, para dimensionar a demanda por matrículas na educação especial, na perspectiva da educação inclusiva ou unidades especializadas, a partir do nascimento. 4.2 - Assegurar a universalização do acesso das pessoas com deficiência, (...), independe da idade, nas escolas regulares ou nas unidades especializadas. 4.8 - Ampliar o transporte escolar acessível para todos os educandos da educação especial que necessitam desse serviço para deslocamento às unidades de ensino do Distrito Federal, urbanas e rurais, nos horários relativos à regência e ao atendimento educacional especializado.
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CONDICIONANTES POLÍTICAS/LEGAIS 4.10 - Adequar os centros de ensino especial como centros de referência de educação básica na modalidade educação especial.
dimensões, cores contrastantes e texturas dos pisos táteis de alerta e direcional – estes, aprofundados na NBR 16.537.
4.12 - Manter e ampliar programas que promovam acessibilidade aos profissionais de educação e aos educandos com deficiência (...) por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível, da disponibilização de material didático adequado e de recursos de tecnologia assistiva. 4.16 - Ampliar a oferta de curso de formação de professores em Libras e Braille, em parceria com institutos federais e universidades federais e entidades representativas. 4.18 - Apoiar ações de enfrentamento à discriminação, ao preconceito e à violência, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional dos educandos com deficiência (...) em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social (...). 4.19 - Garantir que os centros de ensino especial, no exercício de suas atribuições na rede de proteção social, desenvolvam ações com foco em prevenção e reparação das violações de direitos de crianças e adolescentes (...), por meio da inserção dessas temáticas no projeto político-pedagógico e no cotidiano escolar, identificando e notificando os casos aos órgãos competentes. 4.26 - Ampliar a oferta de vagas para o atendimento educacional especializado na educação precoce, como complementar e preventivo, abrindo novas turmas, preferencialmente, nos centros de ensino especial, de acordo com as demandas regionais. 4.29 - Estabelecer, por meio de parcerias, ações que promovam o apoio e o acompanhamento à família, além da continuidade do atendimento ao estudante com necessidade especial e a sua inclusão no mundo do trabalho e do esporte, possibilitando também a superação das dificuldades enfrentadas no dia a dia. 4.30 - Desenvolver ações articuladas entre as áreas da educação, saúde, trabalho, lazer, cultura, esportes, ciência e tecnologia para que sejam garantidos o acesso e a inclusão dos estudantes com deficiência nesses vários setores da sociedade.
No âmbito normativo, a NBR 9050 traz como importantes diretrizes acessíveis voltadas às pessoas com deficiência visual o uso de braille e as dimensões corretas em seu arranjo geométrico, dimensões de pessoas com bengalas ou pessoas com cão-guia para dimensionamento de espaços que as comporte, adequações nas calçadas, aplicação de formas de sinalização e simbologia acessíveis em portas, corrimões, mobiliário, escadas, entre outros, além de
Compilado de informações da NBR 9050 e da NBR 16.537. Fonte: ABNT 2015 e ABNT 2016, respectivamente.
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CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS A escolaridade, segundo a PDAD 2018, mostra que 95,3% dos moradores acima de 5 anos sabem ler e escrever e a maioria das pessoas entre 4 e 24 anos (59,2%) frequentam a escola pública, o que facilita a inserção em um Centro Especializado. As escolas mais frequentadas situam-se em Samambaia (73,5%), Taguatinga (16,5%) e Plano Piloto (5,9%). Porém, apenas 35,7% das pessoas com mais de 25 anos declararam ter o ensino médio completo, mostrando alta desistência escolar na região.
Marcação de Samambaia no mapa do DF e Samambaia. Fonte: Wikipédia e PDAD 2018.
A cidade de Samambaia foi prevista como um dos núcleos urbanos propostos no Plano Estrutural de Organização Territorial (PEOT) de 1978 na área em que havia chácaras do Núcleo Rural de Taguatinga, sendo aprovado em 1981 seu projeto urbanístico. Os primeiros moradores começaram a ocupar em 1985, mas a maior ocupação ocorreu entre 1989 e 1992. A RA XII foi criada oficialmente em outubro de 1989 pela Lei 49/89, permitindo seu desmembramento de Taguatinga e consolidação como Região Administrativa do DF. De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2018, Samambaia conta com 232.893 pessoas, sendo 51,6% do sexo feminino e 48,4% do sexo masculino, com idade média de 30,8 anos. População: 232.893
Sexo feminino: 51,6%
Sexo masculino: 48,4%
Idade média: 30,8 anos
Em relação às pessoas com deficiência na região, 3,6% apresentaram grande dificuldade de enxergar e, portanto, são consideradas pessoas com deficiência visual.
Na própria RA XII, 73,5% frequentam escolas da região e o principal meio de transporte é a pé (42,5%), seguido do ônibus (31,4%) e o menos utilizado é o metrô (2,6%), mas a proximidade do projeto a estações de metrô se mostra uma alternativa de deslocamento. A parcela da população que não estuda nem trabalha era de 35,5% para a população entre 18 e 29 anos. Dos ocupados, o setor de Serviços correspondia a 70,5% dos respondentes, os quais declararam que exerciam seu trabalho principalmente na própria RA (29,5%) e no Plano Piloto (28,7%). A renda domiciliar estimada foi de R$ 2.541,60, resultando em um valor médio de R$ 992,40 por pessoa. Para se deslocarem ao trabalho, 49,9% disseram utilizar ônibus, 32,1% usam automóvel, 6,8% usam metrô, 4,7% usam motocicleta e 14% iam a pé.
Frequentam escola pública (4 a 24 anos): 59,2%
Frequentam escola na própria RA: 73,5%
Transporte para escola: • a pé: 42,5% • ônibus: 31,4% • metrô: 2,6%
Dos ocupados, 70,5% do setor de Serviços
Trabalham própria RA: 29,5% Trabalham no Plano Piloto: 28,7%
Transporte para trabalho: • a pé: 14% • ônibus: 49,9% • metrô: 6,8% • automóvel: 32,1% • motocicleta: 4,7%
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CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS
CONDICIONANTES SUSTENTÁVEIS
Na infraestrutura urbana nas proximidades dos domicílios, considerando a região do terreno como majoritariamente residencial, verificou-se os seguintes aspectos:
Para o projeto, considera-se as diretrizes e exigências da certificação sustentável BREEAM® (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) – método de avaliação ambiental, social e econômico para desenvolvimento sustentável de edifícios, estrutura básica e infraestrutura.
• Gerar emprego e renda principalmente com atividades dos setores secundário e terciário da economia. ZONA: ZEEDPE SUBZONA: SZDPE 2 (ADP II CENTRO REGIONAL)
• Promover a inclusão socioeconômica da população jovem mediante qualificação profissional • Fortalecer nova centralidade regional no DF com diminuição e qualificação de deslocamentos humanos (transporte) • Requalificação de áreas urbanas em suas áreas centrais.
GESTÃO SAÚDE E BEM-ESTAR ENERGIA
Incentiva a redução do impacto dos materiais na concepção projetual, na construção, na manutenção e na reparação e incentiva o uso de materiais de origem responsável e de baixo impacto na sua extração, transformação, fabricação e reciclagem.
RESÍDUOS
OBJETIVOS
Precisam ser sustentáveis, acessíveis (priorizar o transporte público e alternativas para diminuição de CO²), com boa infraestrutura para circulação/valorização dos pedestres. Exemplo: Ciclovias, proximidade com o metrô, proximidade com pontos de ônibus, calçadas de qualidade para deslocamento a pé.
Incentiva o manejo sustentável dos resíduos de construção, manutenção, reparação e operação e seu reuso, incentiva, também, a consciência sustentável e a redução de resíduos com reformas e mudanças flexíveis. Exemplo: Confecção de material pedagógico com garrafas, embalagens, sobras de tecido, plástico; separação de lixeiras; composteira para produzir adubo para os jardins e hortas; etc.
ÁGUA
ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO DF
Soluções de construção eficiente, uso sustentável e eficiência energética, gestão sustentável durante toda a vida útil do edifício e redução das emissões de CO². Exemplo: Placas solares e clarabóias na cobertura.
Incentivo do uso sustentável da água envolvendo seu uso e reuso de maneira consciente e minimizando/reduzindo sua perda desnecessária por vazamentos. Exemplo: Uso da água da chuva para irrigação, descargas, lavagens, manutenção, etc.
UTILIZAÇÃO DO SOLO
De acordo com o Zoneamento Ecológico-Econômico do DF (2017), Samambaia se insere na subzona SZDPE 2 da Área de Desenvolvimento Produtivo (ADP) II - Centro Regional, que tem objetivos que se aplicam à qualificação profissional e geração de empregos local, podendo incluir as PDV no processo.
Incentivo ao conforto, saúde e segurança dos usuários do edifício – alunos, funcionários, visitantes, etc. Exemplo: Uso de materiais confortáveis, espaços de descompressão, contato com a natureza e conforto térmico, luminoso e sonoro.
Encoraja o uso sustentável do solo, proteção e criação do habitat, melhoria e gestão da biodiversidade a longo prazo no próprio terreno e nos vizinhos, reutilização de terrenos abandonados ou de baixo valor ecológico e valorização da ecologia. Exemplo: Criação de jardins sensoriais e hortas para aspecto pedagógico e consciência ecológica; conservação da vegetação existente e adição.
POLUIÇÃO INOVAÇÃO
De acordo com 40,8% dos entrevistados, existiam parques nas proximidades, para 51,5% existiam quadras esportivas, para 41,1% existia ciclovia ou ciclofaixa e para 58,9% existia Ponto de Encontro Comunitário (PEC).
Adoção de gestão sustentável em conexão com projeto, construção, pagamentos, entregas e atividades de operação e manutenção.
MATERIAIS TRANSPORTE
O método avalia e pontua o desempenho do projeto, de sua execução e sua posterior operação dentro de classificações de acordo com o cumprimento das categorias estabelecidas:
Incentiva a busca por medidas e soluções inovadoras em edificações no âmbito sustentável. Incentiva a prevenção e controle da poluição, além de reduzir o impacto desta na comunidade do entorno e no meio ambiente, reduzindo a poluição sonora, visual, do ar, das águas e da terra.
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CONDICIONANTES ECONÔMICAS Na questão econômica do Instituto Angélica Dias, é preciso considerar os custos que serão arcados desde a aquisição do terreno, sua concepção até seu funcionamento e manutenção para que se tenha uma gestão financeira adequada e consiga manter a qualidade dos serviços, projetos e infraestrutura dentro das limitações monetárias.
De acordo com o PPP do CEEDV (2018), alguns recursos requeridos para o funcionamento de atividades e serviços para pessoas com deficiência visual podem ser feitos com materiais recicláveis, já que o uso dos demais sentidos além-visão, principalmente o tato, não precisam necessariamente de um design primoroso, desde que cumpra sua função pedagógica.
O custo de um edifício engloba várias etapas, resumidamente:
O contexto da região do projeto proposto também influencia na questão econômica, visto que as decisões projetuais devem considerar a disponibilidade dos materiais e a especialização da mão de obra local, para evitar gastos excessivos com transporte e gestão.
PROJETO $$
execução $$$
operação $$$$$
manutenção
$$$$
É importante destacar que a etapa projetual é determinante nos gastos de execução, operação e manutenção, visto que é quando são escolhidos os materiais, os sistemas construtivos, as instalações, as esquadrias, os acabamentos e revestimentos etc., a partir do programa de necessidades, das especificidades dos usuários e do orçamento limite. O custo das etapas varia, mas as etapas de projeto são menores que a de execução, que tem menor custo que a de operação – que é o maior custo dentre as etapas. A manutenção ao longo do tempo pode resultar em um alto custo, dependendo da deterioração do edifício.
custos de PROJETO
Arquitetos Engenheiros Estagiários Impressões Taxas legais
custos de Operação
Água e esgoto Energia elétrica Transporte Segurança Salários Alimentação
custos de execução
custos de manutenção
Materiais e insumos Serviços de gestão e administração de obras Instalações elétricas e hidráulicas Mão de obra Sistema construtivo Repintura Áreas verdes Limpeza Cobertura Revestimentos Controle de pragas Revisão de instalações
No Brasil, os métodos construtivos tradicionais ainda são predominantes (alvenaria) e os maiores fatores limitantes do uso de novos métodos construtivos envolve, principalmente: cultura local, planejamento, custo e iniciativa. Apesar da proposta considerar o repasse de verbas do governo, algumas alternativas de geração de capital para complementação das despesas e projetos do Instituto Angélica Dias são: 1) Aluguel de espaços para eventos esportivos, culturais e artísticos; 2) Realização de brechós e feiras para venda de artesanato e produtos; 3) Realização de cursos, workshops e oficinas pagos; 4) Reaproveitamento de água; 5) Uso de energia solar; 6) Reciclagem; 7) Compostagem para uso nas hortas e jardins; 8) Lojas com produtos adaptados e ópticos 9) Gráfica própria; 10) Estúdio de gravação próprio com sistema de aluguel por hora; 11) Parcerias com outras empresas e 12) Central de doações. A exemplo da Laramara, em São Paulo, que passou por dificuldades financeiras no ano de 2017, mas conseguiu executar seus projetos e serviços por meio das alternativas econômicas da associação.
Gráfico de Receitas da Laramara em 2017. Fonte: http://downloads.laramara.org.br/relatorio-de-atividades-laramara-2017.pdf.
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CONDICIONANTES TÉCNICAS E TECNOLÓGICAS As condicionantes técnicas e tecnológicas dizem respeito a aplicação de modos de construir, ensinar e respeitar o meio ambiente a partir da crescente tecnologia atual aplicada à arquitetura. Vários pontos específicos influenciam nas tomadas de decisão projetual como, por exemplo: programa de necessidades, estrutura e infraestrutura, terreno, clima e contexto.
Mão de Obra Contexto Sociocultural
Terreno
Clima da Região
Sustentáveis
CONTEXTO
Disponibilidade Duráveis e adequados
Acessibilidade
Conforto
Terreno e entorno
MATERIAIS
Manutenção
Disponibilidade de matéria prima e mão de obra Desempenho e segurança
Flexibilidade
Custo x benefício
Entorno
pontos construtivos
Eficiência
O contexto influencia na aplicação tecnológica a partir do clima da região – predominantemente tropical sazonal, típico do cerrado, com verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos –, do terreno – neste, levando em consideração os declives, curvas de nível, a orientação solar, a classificação do solo e impacto ambiental –, do custo e da mão de obra disponível na região de Samambaia e de seu contexto sociocultural.
Reusos, reciclagem e gestão de resíduos
Conforto ambiental, térmico e luminoso Conexão e respeito com a natureza
Certificações sustentáveis
Eficiência energética
sustentabilidade
NBR 15.575
Transporte Materiais, equipamentos e mobiliários adaptados
Piso tátil NBR 16.537
NBR 9050
acessibilidade
Permitir fluxos sem barreiras
Usando como parâmetro normas, certificações e referências, serão reunidas diretrizes a fim de garantir reuso e maior conforto com o menor impacto ambiental possível no Instituto Angélica Dias.
Os materiais devem ser capazes de estimular os sentidos e serem adequados aos usuários principais – pessoas com deficiência visual –, adaptando-se às necessidades de contraste de cores, conforto e segurança ao toque, texturas, etc., respeitando a escala do usuário, sendo acessível, aguçando o desenvolvimento cognitivo e, também, lúdico.
Os sistemas construtivos mais adequados para adotar na proposta são os sistemas que possuem maior flexibilidade (paredes de drywall), juntamente com desempenho, segurança e custo x benefício. O uso de laje nervurada possibilita redução no uso de concreto e aço, apresentando desempenho ambiental e econômico.
Referências técnicas e tecnológicas. Fontes: shorturl.at/fhjAQ; shorturl.at/gpsJY; shorturl.at/pFKLR; shorturl.at/fhoAM e shorturl.at/rtN09
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CONDICIONANTES FUNCIONAIS
Os programas serão divididos em Programa de Apoio às Crianças e Adolescentes (PROACEA) – para usuários de 0 a 16 anos –, Programa de Apoio aos Jovens e Adultos (PROAJEA) – para usuários a partir de 16 anos – e Programa de Atendimento Específico (PROAESP) – para usuários PDV de qualquer idade, conforme necessidade, e para videntes. Foco em alfabetização, socialização, experimentação e habilitação
proacea 0 a 16 anos
- Educação Precoce - Parquinho Adaptado - Braille/Soroban/Tadoma - Artes Visuais/Cênicas/Música/Expressão Corporal/Educação Física - Informática/Laboratórios Interdisciplinares/Trabalhos em Grupo - Sala Sensorial/Jardim Sensorial/Lar Experimental/etc. Foco em socialização, habilitação e capacitação
proajea 16 anos +
- Oficinas, Cursos e Workshops (profissionalizantes e sociais) - Lar Experimental - Braille/Soroban/Tadoma - Artes Visuais/Cênicas/Música/Expressão Corporal/Educação Física - Informática/Cursos de Línguas Estrangeiras - Estúdio de Gravação/Gráfica/etc. Foco em atendimentos específicos e personalizados
proaesp
- Oficinas, Cursos e Workshops voltados aos usuários e aos professores e instituições para capacitação na área de educação aos PDV - Palestras e Eventos - Visitação ao Instituto - Projetos rentáveis/Lojas - Atendimentos Personalizados/etc.
O Instituto contará com projetos e ações a fim de arrecadar verbas para investimento nos próprios programas propostos e no funcionamento geral. Para isso, serviços como aluguel de espaços físicos – complexo esportivo e salas multiuso –, gráfica e estúdio de gravação próprios, brechó, lojas assistivas, café, oferecimento de cursos e workshops e reuso de materiais tornam-se uma alternativa econômica, sustentável e sociopedagógica. Além disso, a possibilidade de ter projetos voltados à sociedade ocorrendo dentro do Instituto estimula a integração social entre videntes e não videntes, a fim de reforçar a inclusão. O uso da biblioteca será público e o acesso às lojas, brechó e café são livres, mas alguns serviços como salas multiuso, espaço esportivo, gráfica e estúdio de gravação terão custos acessíveis para aluguel do espaço por hora quando não estiverem sendo usados pelos alunos. Contará com um sistema de Objetos de Referência e Significantes para situar os usuários nos dias da semana e nas atividades do Instituto, apoiando-se em cores, texturas, cheiros e músicas brasileiras que serão experimentadas na entrada/recepção do Instituto Angélica Dias e atualizadas periodicamente.
OBJETOS DE REFERÊNCIA E SIGNIFICANTES Dia da semana
cor
cheiro
textura
música
Segunda-feira
Amarelo
Banana
Esponja
“O Pato” João Gilberto
Terça-feira
Azul
Hortelã
Algodão
“Flor de Lis” Djavan
Quarta-feira
Vermelho
Morango
Seda
“Águas de Março” Elis Regina/Tom Jobim
Quinta-feira
Verde
Melancia
Lixa
“Wave” Tom Jobim/Vinícius
Sexta-feira
Laranja
Laranja
Veludo
“Ainda Lembro” Marisa Monte
EventO Bom dia Hora de ir embora Sala Sensorial Piscina Sala de Ginástica Passeios externos
ObjetO DE referÊncIA Luva Mochila Amoeba Toalha Brinquedo com sino Cinto de segurança
PLAYLIST SPOTIFY
O Instituto Angélica Dias tem como proposta atender aproximadamente 300 usuários – funcionários, servidores, alunos e comunidade – videntes ou não videntes, desde os anos iniciais de vida até idosos em programas específicos voltados à cada etapa da vida dos usuários com deficiência visual e/ou de acordo com a necessidade específica de cada um, podendo ser pessoas que nasceram com deficiência visual ou surdocegueira ou pessoas que adquiriram a deficiência, em algum grau e momento da vida, e precisam de assistência para obterem autonomia e inclusão na sociedade.
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referências projetuais referencias projetuais
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NO MUNDO LIGHTHOUSE FOR THE BLIND AND VISUALLY IMPAIRED Mark Cavagnero Associates Architects + Chris Downey, 2016 9º, 10º e 11º andar na 1155 Market Street em São Francisco, California, Estados Unidos. Alguns serviços que oferecem são: treinamento com tecnologia de ponta, uso da bengala branca, atividades sociais e recreativas, design gráfico e de mapas acessíveis, instruções em braille, além de ciências, matemática, música etc. Contam com o Media and Acessible Design Lab (MAD Lab), uma gráfica com um time de designers e consultores especializados em braille, mapas táteis e alternativas acessíveis de mídia. Também alugam espaços para eventos, estúdio de áudio, vendem produtos em loja e revertem os recursos na própria instituição, a qual provê treinamento, acesso à empregabilidade, educação, informação, recreação e transporte. PROGRAMA
DESCRIÇÃO
Clínica de Baixa Visão
Oferece exames para baixa visão semanalmente.
Serviços Psicossociais
Oferece atendimento psicossocial com profissionais.
Serviços Comunitários
Semanalmente organiza visitas externas, aulas, atividades recreativas e eventos para conexão, aprendizado e prosperidade.
Programas para Jovens
Oferece visitas externas, eventos sociais e oportunidade de desenvolvimento pessoal e/ou profissional para jovens e adolescente do ensino médio.
Programa para Surdocegos
Oferece treinamento, recursos e suporte às pessoas surdocegas para terem vidas produtivas e autônomas.
Campo “Enchanted Hills”
Campo de Verão anual que envolve workshops, cursos e seminários.
Programa de Imersão Empregatícia
Imersão para que as pessoas com deficiência visual usem suas habilidades e interesses na busca de uma vaga no mercado de trabalho.
Tecnologia Acessível
Treinamento em tecnologia assistiva e consultoria para empresas.
Treinamento de Cegos e Baixa Visão
Orientação e Mobilidade; Braille; Cozinhar; Habilidades para Vida Autônoma.
LEGENDA PLANTAS BAIXAS LIGHTHOUSE Marcação no piso
Área funcionários
Salas de aula
Dormitório Estudantes
Entrada/Recepção
Área esportes
Áreas específicas
Lar Experimental
Circulação principal
Em relação ao projeto arquitetônico, cada elemento – circulação, iluminação, propriedades táteis e acústicas dos materiais – foram desenhados pensando nas pessoas com deficiência visual. O primeiro pavimento da LightHouse (9º andar) possui um caráter mais administrativo, já o segundo pavimento (10º andar) possui as principais salas destinadas aos serviços e programas oferecidos e no último pavimento contém a parte principal dos dormitórios, com algumas salas voltadas aos serviços, conforme setorização e programa de necessidades levantado. LIGHTHOUSE FOR THE BLIND AND VISUALLY IMPAIRED AMBIENTE
9º ANDAR
RECEPÇÃO SALA GRÁFICA SALA DE DESCANSO (FUNC.) SALA DE CONFERÊNCIA SALA DE ÁUDIO SALA DE TREINAMENTO ESCRITÓRIO ABERTO ESCRITÓRIO COMPARTILHADO SALA DE REUNIÃO ESCRITÓRIO PRIVATIVO DIRETORIA PISTA DE CIRCULAÇÃO EM CONCRETO 10º ANDAR RECEPÇÃO SALA DE VIDEOCONFERÊNCIA LOJA ADAPTATIVA SALA MULTIUSO SALA DE DEMONSTRAÇÃO ESPAÇO DO FOYER SALA DE TECNOLOGIA ADAPTATIVA ESCRITÓRIO COZINHA EXPERIMENTAL ESCRITÓRIO OFTALMOLÓGICO SALA DE EXAME BAIXA VISÃO SALA DE TREINAMENTO PISTA DE CIRCULAÇÃO EM CONCRETO 11º ANDAR LOUNGE SALA DE DORMITÓRIO DO ALUNO COZINHA DO ALUNO SALA DE ARTESANATO SALA DE ACADEMIA SALA DE TREINAMENTO ESCRITÓRIO ABERTO SALA INTERDISCIPLINAR (LAB.) SALA DE REUNIÃO ESCRITÓRIO PRIVATIVO SALA DE RADIO
METRAGEM (M²)
Nº
55 31 26 18,6 11 5 35 18,7 22,5 12,5 57 155
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
35,6 32 42 65 30 33 33 15 35 16,7 11,8 8,5 160
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
55 17 50 35 60 10 85 41 22,5 12,5 15
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
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NO MUNDO Uma escada principal adaptada e bem iluminada com grandes janelas conecta os três andares da LightHouse, pensada para ter largura para duas pessoas mais um cão e com detalhes ergonômicos e de segurança.
HAZELWOOD SCHOOL Gordon Murray + Alan Dunlop Architects, 2008 Glasgow, na Escócia Tem como objetivo principal prover educação e treinamento de habilidades de vida autônoma para pessoas com deficiência visual, surdez ou com dupla deficiência – surdocegos – de 2 a 17 anos através de um currículo multissensorial que exigia que a arquitetura e os detalhes da escola fossem concebidos como auxiliares pedagógicos. O edifício com planta curva acomoda aproximadamente 60 alunos e conta com 60 professores.
Planta baixa; Recepção e escada da LightHouse. Fonte: https://www.cavagnero.com/project/lighthouse-for-the-blind-and-visually-impaired/
A circulação da pista de concreto polido é intencionalmente vazia para que os sons de passos e de bengalas informem que o espaço está com vida e os materiais desde o mobiliário aos revestimentos são confortáveis ao toque para que exprimam aconchego, seguindo as premissas do Design Universal.
Para o projeto, os arquitetos levaram em consideração cinco temas: 1-
Acesso à natureza
2 - espaços para aprender habilidades da vida autônoma 3-
cores, texturas e luz para realçar a experiência sensorial
4 - marcos e guias para ajudar na circulação 5 - interação social e envolvimento comunitário
Pista de concreto, sala de treinamento, salas multiuso e de conferência. Fonte: https://www.cavagnero.com/project/lighthouse-for-the-blind-and-visually-impaired/
Vistas aéreas da Hazelwood School e entrada iluminada ao entardecer. Fonte: https://aasarchitecture.com/2016/09/hazelwood-school-glasgow-alan-dunlop-architect.html/
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NO MUNDO Seu volume curvo abriga um corredor extenso com iluminação natural lateral e zenital e revestimento de cortiça nas paredes que servem como guia para os estudantes ao mesmo tempo que atuam como armários e depósitos. As salas de aula – com cores contrastantes em seus interiores – são posicionadas para o norte com o intuito de aproveitar a luz natural e, ao sul, a escola abraça um grande jardim que contempla experiências sensoriais, área de lazer e natureza.
Dentre seus serviços pedagógicos, a escola conta com hidroterapia, terapia física, arte terapia, musicoterapia, terapia horticultural, terapia assistida por animais, sala sensorial, hipoterapia e massoterapia.
Um método usado na escola é o “Objetos de Referência e Significantes”, que consiste em usar objetos tridimensionais e/ou aguçar os sentidos além-visão através de cheiros, sons (músicas), texturas e cores para ajudar o aluno a desenvolver consciência da rotina e se situar nos dias da semana e nos eventos ao longo do dia, demonstrado conforme tabelas abaixo. Ilustrações da iluminação permeando a escola, esquemas de circulação e público/privado e materiais usados nos revestimentos e pisos da escola. Fonte: http://faculty.capd.ksu.edu/scoates/2009/glasgowstudio/studio_content/papers/ade.pdf
Corredor curvo, sala de aula com cores e iluminação natural e áreas lúdicas/sociais. Fonte: https://aasarchitecture.com/2016/09/hazelwood-school-glasgow-alan-dunlop-architect.html/
Day (Dia)
Colour (Cor)
Smell (Cheiro)
Texture (Textura)
Sound (Som)
Monday (Segunda-feira)
Yellow (Amarelo)
Lemon (Limão)
Sponge (Esponja)
Uptown Funk
Tuesday (Terça-feira)
Green (Verde)
Mint (Menta)
Scourer (Esfregão)
Blue Moon
Wednesday (Quarta-feira)
Orange (Laranja)
Orange (Laranja)
Silk (Seda)
Malanga Ska
Thursday (Quinta-feira)
Red (Vermelho)
Strawberry (Morango)
Velvet (Veludo)
Clair de Lune
Friday (Sexta-feira)
Brown (Marrom)
Coffee (Café)
Cords (Cordões)
Day Tripper
Event
Object of reference
Good Morning (Bom Dia)
Glove (Luva)
Home time/End of day (Final do Dia)
Bag (Mochila)
Sensory room (Sala Sensorial)
Rotating light toy (Brinquedo Luminoso de Rodar)
Pool (Piscina)
Towel (Toalha)
Gym hall (Hall de Ginástica)
Small bell ball (Pequeno sino)
Outings (Passeios Externos)
Seat belt (Cinto de Segurança)
Objetos de Referência e Significantes da Hazelwood School. Fonte: https://blogs.glowscotland.org.uk/gc/hazelwoodschool/2017/03/13/oors-signifiers/
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NO MUNDO UTAH SCHOOLS FOR THE DEAF AND THE BLIND Jacoby Architects, 2016 Salt Lake City, Utah, Estados Unidos
LEGENDA PLANTA BAIXA HAZELWOOD Estacionamento
Área funcionários
Salas de aula
Depósitos principais
Entrada/Recepção
Área esportes
Áreas específicas
Lar Experimental
Área verde
Circulação principal HAZELWOOD SCHOOL
AMBIENTE
METRAGEM (M²)
TÉRREO PISCINA DE HIDROTERAPIA SALA DE GINÁSTICA DEPÓSITO DA SALA DE GINÁSTICA SANITÁRIO PNE SALA DOS MÉDICOS COZINHA DESPENSA DA COZINHA DIRETOR DE ADM DIRETORIA SALA DOS FUNCIONÁRIOS SALA DE REUNIÃO FUNC. REPROGRAFIA RECEPÇÃO E ADMINISTRAÇÃO RECEPÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ZELADOR FOYER ESPAÇO MULTIFUNCIONAL/EXPOSIÇÕES ESPAÇO MULTIFUNCIONAL/EXPOSIÇÕES
60 55 7,5 4.2 16,7 32,5 3.1 17,2 17,5 32,5 18 9 9 6,3 9,5 15,8 42,8 90
AMBIENTE METRAGEM (M²) SALA DE MÚSICA 25 DEPÓSITO DA SALA DE MÚSICA 4 SALA DE ENTREVISTA/PAIS 9 BERÇÁRIO 44,3 CLASSE JUNIOR 34,5 CLASSE ENS. FUNDAMENTAL 34,5 CLASSE SÊNIOR 40 SALA DE FOCO/ESPECIALISTA 12,5 SALA DE EXPOSIÇÕES/FLEXÍVEL 30 BIBLIOTECA 23,5 SALA DE ARTES 22,6 DEPÓSITO DA SALA DE ARTES 2 SALA DE ESPECIALISTA 21,3 RESIDÊNCIA EXPERIMENTAL SALA DE ESTAR 21,2 COZINHA 9,6 ÁREA DE SERVIÇO 4,5 QUARTO DUPLO 12,5 SANITÁRIO PNE 5,4
Fachada frontal, posterior e lateral com parquinho adaptado da escola. Fonte: https://jacobyarchitects.com/portfolio-item/utah-schools-for-the-deaf-and-the-blind
A escola conta com 50.000m², aproximadamente 180 funcionários e 118 alunos beneficiados. Seu programa promove educação excepcional, compreensiva e baseada em pesquisas para estudantes com deficiência visual e suas famílias para impactar positivamente a comunidade. Possui foco em esforços para empoderar os estudantes para levarem uma vida gratificante, com cometimento ao aprendizado a longo prazo e inclusão. Seu currículo incorpora o Sistema Braille, tecnologia assistiva, Orientação e Mobilidade; as nove áreas do Currículo Central Expandido oferecem aos alunos com deficiência visual instruções especializadas em áreas específicas, por exemplo, habilidades compensatórias, habilidades de eficiência da visão, tecnologia, habilidades de vida independente, habilidades sociais, educação profissional, defesa pessoal, orientação e mobilidade e recreação e lazer.
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NO MUNDO O espaço conta com muitas cores contrastantes – como o vidro da escadaria principal, no piso e nas paredes internas –, complexo esportivo com área de escaladas e obstáculos unido ao palco de apresentações, design de variadas texturas em revestimentos como forma de locomoção, ludicidade e proposta pedagógica. Conta com espaços de educação, terapia e serviços para vários níveis de habilidades sensoriais, comportamentais, físicas e cognitivas, como uma sala sensorial, cozinha e lar experimental, jardins sensoriais e de exploração, etc. Apresenta playground adaptado e bastante vidro para iluminação natural. A área administrativa encontra-se no segundo e último pavimento da escola, deixando o térreo com um caráter mais pedagógico.
LEGENDA PLANTA BAIXA UTAH SCHOOLS FOR THE BLIND AND THE DEAF Estacionamento
Área funcionários
Salas de aula
Área Verde
Entrada/Recepção
Área esportes
Áreas específicas
Lar Experimental
Circulação principal UTAH SCHOOL FOR THE DEAF AND THE BLIND SALT LAKE CITY
Espaços pedagógicos, esportivos e detalhes de design. Fonte: https://jacobyarchitects.com/portfolio-item/utah-schools-for-the-deaf-and-the-blind
AMBIENTE
METRAGEM (M²)
TÉRREO SALA DE AULA PARA CEGOS LAR EXPERIMENTAL QUADRA POLIESPORTIVA ARQUIBANCADAS ESPAÇO RECREATIVO ADAPTADO PALCO TEATRO SALA DE CONFERÊNCIA JARDIM EXPLORAÇÃO E PLAYGROUND JARDIM SENSORIAL E PLAYGROUND CENTRO - FONTE ZONA ADAPTATIVA E PLAYGROUND SALA FUNCIONÁRIOS RECEPÇÃO ESPAÇOS ESPECÍFICOS DE TERAPIA ENFERMARIA
70 110 16mx27m 130 150 100 43 140 310 45 140 25 12,5 CADA 40
AMBIENTE 1º PAVIMENTO TERRAÇO COM JARDIM DIRETORIA CLINICA OFTALMOLOGICA
METRAGEM (M²) 115 70 65
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NO BRASIL LARAMARA Escritório MARWIC’S (Arq. Responsável: Antônio Reyes) São Paulo/SP A Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual foi fundada em 1991 pelo casal Mara e Victor Siaulys impulsionados após o nascimento de sua filha Lara, nascida deficiente visual. Atualmente, é um centro nacional de excelência e referência para pessoas com deficiência visual.
Programa de Atendimento ao Jovem e ao Adulto (a partir de 15 anos) - Espaço de convivência que contempla oficinas de Arte e Cultura como dança, pintura, escultura e música; - Cursos e workshops voltados para o mundo do trabalho e formação de cidadania – como cursos de Autonomia e Independência, Cidadania e Direitos Sociais, Informática, Inglês, Mundo do Trabalho, Projeto de Vida, Curso de Quick Massage e Reflexologia; - Oferece atendimentos especializados de Atividades de Vida Autônoma, Orientação e Mobilidade, Braille e Musicografia Braille, atividades sociopolíticas, atividades socioculturais e socioeducativas e participação nos Grupos de Apoio Psicossocial; - Modulação: atendimentos diários, semanais ou de 2 a 4 vezes por semana em atividades que variam de 1 a 3h, em que a maioria das oficinas tem duração semestral. - Projetos vinculados: Sem fronteiras para a cultura e a inclusão social
Seu Centro de Atenção à Pessoa com Deficiência Visual tem como objetivo o desenvolvimento da pessoa com deficiência visual nas perspectivas sociocultural, assistencial, educativa e psicossocial, buscando, também, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, a autonomia e a participação plena e efetiva na sociedade.
Atualmente, a instituição possui cerca de 600 alunos integrados a algum programa e com 295 colaboradores e voluntários, dos quais 13 possuem deficiência visual.
PROJETOS, SERVIÇOS E PROGRAMAS ESPECÍFICOS
SERVIÇOS DE SUSTENTABILIDADE LARAMARA
Programa de Atendimento à Criança e ao Adolescente (0 a 20 anos e 11 meses) - Atendimento socioeducativo semanalmente, em grupos de até 8 crianças ou adolescentes, com duração de 4h; - Oferece atendimento direto, com registros da evolução de cada usuário e discussões interdisciplinares - Oferece atividades socioculturais e de lazer como festas, piqueniques, visita à museus e acompanhamento da inclusão escolar. - A partir dos 4 anos ou quando não é mais necessária a participação na estrutura descrita, os usuários podem ser encaminhados para os atendimentos específicos de: Atividades de Vida Autônoma, Braille ou Baixa Visão, Soroban e Orientação e Mobilidade, funcionando semanalmente, em grupos de até 3 usuários com 1h30 de duração. - Projetos vinculados: Natação e atividades aquáticas inclusivas – fundamentadas na psicomotricidade, recreação e ludicidade; “Brincar para todos, brincar feliz” – proporciona às crianças de escolas públicas a oportunidade de conhecer e usufruir os espaços lúdicos da instituição junto com as crianças com deficiência visual e “Alicerces para toda vida, desenvolvimento para toda a sociedade” – que procura garantir o direito ao desenvolvimento pleno de 500 crianças de 0 a 6 anos de idade.
Serviços que geram rentabilidade para a Laramara e que são revertidos para investir em programas e serviços oferecidos pela instituição, a fim de garantir qualidade e educação adequada para as PDV. Loja Brincanto
Loja de aprox., 25m² que oferece brinquedos adaptados para deficientes visuais.
Central de Doações
Central que recebe as doações feitas para a instituição, contando com funcionários com deficiência.
Laratec
Centro de tecnologia assistiva, consultoria em acessibilidade, suporte e assistência técnica.
Gráfica Laramara
Contam com uma gráfica própria para impressão de bulas no segmento farmacêutico, que reverte os recursos nos projetos da Laramara.
Máquina Braille
Possuem a única fábrica de máquina de escrever em Braille da América Latina.
Espaço para Eventos
Oferecem estrutura equipada para vários tipos de eventos, capacidade de 150 pessoas, projetor, wifi etc. O valor do aluguel é revertido para a Laramara e seus serviços.
Estúdio Laramara
Estúdio que oferece soluções em edição sonora para o mercado publicitário, internet, estúdios, artistas e indústria fonográfica, trabalhos e projetos inclusivos.
Impressão Braille
Imprimem cardápios, menus, cartões, bulas, folhetos, comunicados, leis e normas e materiais diversos em Braille, com os recursos voltados à própria instituição
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NO BRASIL A Laramara conta com pisos táteis, portas, armários e materiais identificados com Braille e em tipos ampliados, bem como objetos representacionais.
LARAMARA – Programa de Necessidades PRÉDIOS 341 e 353 (3.699,62m²) SUBSOLO (578,29m²)
1º PAVIMENTO (890,09m²)
ESTOQUE
CONTABILIDADE
FERRAMENTARIA
FINANCEIRO
DEPÓSITOS
TRIBUTÁRIO
ALMOXARIFADOS
ALMOXARIFADO
VESTIÁRIOS
ARQUIVOS
RESERVATÓRIO DE CX D’ÁGUA
SALAS RH
TÉRREO (919,50m²)
ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO
RECEPÇÃO
VESTIÁRIOS
ESCRITÓRIOS LARATEC
SANITÁRIOS
LOJA LARATEC
SANITÁRIO PNE
Sinalizações na Laramara, em São Paulo/SP. Fonte: https://laramara.org.br/sobre/
Em relação aos espaços do programa de necessidades da instituição, a qual tem o projeto arquitetônico idealizado para atender necessidades específicas das pessoas com deficiência visual, seja cegueira ou baixa visão, inserido em mais de 8000m² e, conforme levantado pela mestranda Mônica Andrea Blanco (2007), divide-se conforme programa de necessidades ao lado e é situado conforme mapa abaixo.
LOJA BRINCANTO
2º PAVIMENTO (972,56m²)
SALAS DE CURSOS
ESCRITÓRIO MARWIC'S
ÓTICA LARAMARA
3º PAVIMENTO (339,18m²) – SÓ NO LOTE 341
PROJETO PADARIA
FÁBRICA DE MÁQUINA DE BRAILLE E BENGALAS
SANITÁRIOS
MANUTENÇÃO
SANITÁRIO PNE
-
VESTIÁRIOS
-
TELEMARKETING SALAS SECRETARIA
PRÉDIO 680 (1.034,45m²)
PRÉDIO 338 (2.258,27m²) TÉRREO (813,54m²)
680
338
341 353
2º PAVIMENTO (615,64m²)
TÉRREO (937,20m²) PISCINA
INSTRUMENTOS MUSICAIS
DIAGNÓSTICO
PLAYGROUND
2 SALAS DE SERVIÇO SOCIAL
ATENDIMENTO PSICO-PEDAGÓGICO
CENTRO DE RECURSOS C/ IMPRESSORA BRAILLE
INFORMÁTICA
PISTA SENSORIAL
ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE
ATELIÊ DE ARTES PLÁSTICAS
RECEPÇÃO
SALÃO DE ATIVIDADES
SALA DE ESPERA
DEPÓSITO DE BRINQUEDOS
AUDITÓRIO
1º PAVIMENTO (723,15m²)
BRINQUEDOTECA
ACERVO DE BRAILLE
ESPAÇO CONVIVÊNCIA JOVEM/ADULTO
3 SALAS DE AULA
SANITÁRIOS
COORDENAÇÃO
SALA DE AULA
DEPÓSITOS
ESTIMULAÇÃO PRECOCE
AUDIOTECA
SANITÁRIOS PNE
LAVABOS
DIRETORIA
APOIO
-
CLÍNICA DE OFTALMOLOGIA
3º PAVIMENTO (105,94m²)
VESTIÁRIOS
NÃO ESPECIFICADO
SALAS DE BRINQUEDOS
-
ESPAÇO AVD ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA
1º PAVIMENTO (97,25m²) ESPAÇO EXPRESSÃO CORPORAL/CANTO/DANÇA
-
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NO BRASIL CENTRO DE ENSINO ESPECIAL DE DEFICIENTES VISUAIS – CEEDV
PROGRAMA/ SERVIÇO
1991: antigo Centro de Ensino Especial 02, tornou-se um Centro específico para PDV SGAS II 612, Brasília/DF
EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM
Atualmente é a única instituição educacional do Distrito Federal e Entorno especializada no atendimento ao estudante cego, surdocego e de baixa visão que procura: Proporcionar à pessoa com deficiência visual e surdocega, inclusive ao estudante incluído, atendimento pedagógico em seu desenvolvimento socioafetivo, físico e intelectual, mediante procedimentos didáticos e estratégias metodológicas adequadas para sua inclusão no ensino regular, às suas necessidades, desenvolvendo competências e habilidades na formação pessoal, social, orientação profissional e conhecimento de mundo, segundo as leis vigentes. (GDF, 2018) Seus princípios orientadores das práticas pedagógicas, presentes no Projeto Político Pedagógico (PPP) de 2018, considerando seus eixos pautados na legislação brasileira e em concepções filosóficas acerca da educação, aprendizagem e educação especial. A primeira etapa para ingresso no CEEDV é de acolhimento e de avaliação da pessoa com deficiência visual pela Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem que, por meio da Avaliação Psicopedagógica – que avalia as dificuldades apresentadas junto à profissionais e à família – e da Avaliação Funcional da Visão – que avalia, com auxílio oftalmológico, o grau das funções visuais para guiar o trabalho pedagógico específico. As avaliações resultam em Relatórios que norteiam o encaminhamento mais adequado para o atendimento da PDV conforme os serviços oferecidos pelo Centro.
OBJETIVO
Acolher a pessoa com deficiência visual e surdocegueira para investigar e evidenciar a qualidade do desempenho funcional e suas interrelações nos diversos contextos de modo a conhecer e propor encaminhamentos e intervenções.
PROFISSIONAIS
RECURSOS
ESPECIFICIDADES
01 Pedagogo 01 Psicólogo
Uma sala com mesas, cadeiras, armários, quadro negro e quadro branco liso, para atendimento a pessoa com deficiência visual, bem como para acolhimento e entrevista com as famílias.
Forma de ingresso: Pessoas com deficiência visual atestada por laudo médico oftalmológico atualizado; encaminhadas por instituições de saúde, por escolas, pelas salas de recursos, pelo serviço de itinerância, além comunidade do DF e entorno do DF;
O serviço que tem como perspectiva prestar auxílio às famílias dos educandos em relação ao seu processo de desenvolvimento, suas necessidades específicas e parceria entre escola e família é o Serviço de Orientação Educacional. Outros serviços de apoio pedagógico especializado também são aplicados no centro, vide tabela abaixo. PROGRAMA/ SERVIÇO
OBJETIVO
SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Colaborar com a construção de relações interpessoais saudáveis e harmoniosas entre os que compõem a comunidade escolar ajudando a tornar ambiente educativo em todas as interações.
PROGRAMA DE ATENDIMENTO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO (PAPE)
Visa o desenvolvimento educacional, à socialização, alfabetização e à inclusão de crianças com deficiência visual, múltipla, TEAs e surdocegas– desde que tenham deficiência visual associada– da comunidade do Distrito Federal e Entorno.
PROFISSIONAIS
NÃO ESPECIFICADO
01 Professor regente/classe
RECURSOS
ESPECIFICIDADES
Atua como suporte à comunidade escolar buscando construir junto ao grupo, NÃO alternativas em situações de ESPECIFICADO conflito, parcerias, o sentimento de pertencimento e alteridade.
NÃO ESPECIFICADO
É estruturado em classes, sendo que as crianças das turmas Pape DV de 6 a 10 anos, têm atendimento em sala de aula, com o professor regente, em 3 horários por dia, durante os 5 dias da semana, a fim de uma continuidade coletiva do currículo em movimento proposto para esta fase importante para a efetiva inclusão destas crianças no ensino regular.
30
NO BRASIL A proposta curricular do CEEDV trabalha com conteúdos obrigatórios e transversais de forma interdisciplinar, especificados por professores de cada programa, setor e/ou área. À pessoa com deficiência visual, visando inclusão social, criatividade, reflexão e desenvolvimento, são ofertados: Habilitação Braille/Transferência Braille; Educação Visual; Soroban; Orientação e Mobilidade; Pré-Mobilidade; Atividades de Vida Autônoma e Social - AVAS; Digitação; Escrita Cursiva; Formação Braille e/ou Soroban para as Famílias; Atendimento Educacional Especializado ao Surdocego; e Artes Visuais; Artes Cênicas; Música e Educação Física. O CEEDV conta com programas de apoio à inclusão dos estudantes com deficiência visual, composto pelo Centro de Apoio Pedagógico (CAP), pelo ensino profissionalizante através do Serviço de Orientação para o Trabalho (SOT) e pela Formação de Famílias. PROGRAMA/ SERVIÇO
PROGRAMA DE APOIO À INCLUSÃOCENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO (CAP)
OBJETIVO
Constituir uma unidade de serviços de apoio pedagógico e suplementação didática à Rede Pública de Ensino do DF. Promover e garantir o atendimento ao estudante com deficiência visual (cego, surdocego ou baixa visão) no que se refere aos recursos específicos necessários à sua educação.
Atender a pessoa com deficiência visual, proporcionando -lhe SERVIÇO DE capacitação, formação e ORIENTAÇÃO orientação profissional a PARA O fim de inseri-la na TRABALHO (SOT) sociedade, bem como a inclusão do aluno na rede regular de ensino.
PROFISSIONAIS
RECURSOS
ESPECIFICIDADES
23 Servidores + Revisor + Professores Efetivos Adaptadores/ Transcritores
Infraestrutura necessária: 1- Núcleo de Produção Braille/Ampliado 2- Núcleo de Convivência 3- Núcleo de Apoio Pedagógico 4- Núcleo de Tecnologia / Laboratório de Informática
Com a oferta dos serviços e atendimentos, pretende -se garantir às escolas e aos estudantes com deficiência Visual e Surdocegueira o atendimento educacional em tempo hábil, com produção de materiais didáticos, paradidáticos e literários em Braille e no formato ampliado.
Equipamentos de Tecnologia da Informação / Internet / Telefone / Material de escritório em geral / Sala / Mesa / Armário
O SOT é um serviço que visa oportunizar a inserção e a condução da pessoa com deficiência visual no mercado de trabalho em parceria com as entidades públicas, privadas, agências reguladoras, sistema “S”, CIEE, entre outras.
NÃO ESPECIFICADO
Faz parte da organização pedagógica e curricular a Fonoaudiologia Escolar e a Biblioteca Braille Elmo Luz, fundada em 1982 pelo professor Elmo Luz.
PROGRAMA/ SERVIÇO
OBJETIVO
PROFISSIONAIS
Participar da rotina escolar, contribuindo, nas questões que envolvam o desenvolvimento da comunicação, do aprendizado da leitura e escrita, da formação de hábitos alimentares adequados, noções de saúde vocal e preservação do aparelho fonatório.
FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR
BIBLIOTECA BRAILLE ELMO LUZ
Enriquecer o conhecimento do deficiente visual, lhe favorecendo o acesso a leitura de qualidade por meio dos livros em Braille e audiolivros.
RECURSOS
ESPECIFICIDADES
01 Fonoaudiólogo
NÃO ESPECIFICADO
O trabalho fonoaudiológico é baseado no papel educativo/pedagógico e tem como prioridade contribuir para o desenvolvimento acadêmico e psicossocial dos estudantes com deficiência visual.
02 Professores e 3 Auxiliares
Acervo composto de livros literários, didáticos, infantojuvenis, dicionários em tinta e em Braille, computadores com internet, máquina Braille, reglete, audioteca com livros em CD, mesas, cadeiras e estantes.
Atende uma clientela de aprox. 260 estudantes e ocupa um espaço de aprox. 140 m² de área.
Fazem parte do programa educacional a Educação Precoce para crianças, Habilitação/Transferência Braille, práticas educacionais específicas e práticas educacionais interdisciplinares, como as Artes e Educação Física. PROGRAMA/ SERVIÇO
EDUCAÇÃO PRECOCE
OBJETIVO
Proporcionar as condições necessárias para o desenvolvimento das potencialidades da criança de 0 a 4 anos com deficiência visual associada ou não a outras necessidades educacionais especiais, no que se refere aos seus aspectos físicos, cognitivos, psicoafetivos, sociais eculturais.
PROFISSIONAIS
RECURSOS
ESPECIFICIDADES
Professor Coordenador / Fonoaudiólogo / Professores Pedagogos / Educadores Físicos / Monitor / Educador Social
Uma sala para as aulas em grupo, uma sala para bebês, uma sala de psicomotricidade, uma sala para acolhimento e entrevista com as famílias, uma sala para atendimento dos pais, uma sala para coordenação de professores, uma piscina na área externa da escola, com vestiário, e um parque infantil de areia com brinquedos e casinha.
Modulação: Turmas de 10 a 15 alunos, aulas individuais ou em grupo. De 0 a 6 meses: turmas de 6 a 15 alunos, 2x na semana (1 horário com prof. Pedagogo e 1 com educador físico); 6 meses <x<2 anos: 2x por semana (2 horários com prof. Pedagogo e 2 com educador físico); A partir de 2 anos: 3x por semana, atendimento individual nas aulas de Ed. Física.
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NO BRASIL PROGRAMA/ SERVIÇO
OBJETIVO
Transferir o sistema de leitura e escrita da pessoa com deficiência visual ao sistema Braille, HABILITAÇÃO/ proporcionando a leitura TRANSFERÊNCIA e a escrita como BRAILLE instrumento para a inclusão educacional, profissional e sociocultural.
SURDOCEGUEIRA
Resgatar a confiança, autonomia e iniciativa do estudante surdo cego frente às atividades de vida autônoma e social.
PROFISSIONAIS
RECURSOS
Professor da área pedagógica com especialização em deficiência visual
Plano inclinado, apoio de material de leitura, reglete positiva ou negativa, punção, máquina do tipo Perkins, papel especial, material adaptado em alto relevo, caixa de vocabulário, no sistema Braille, de produtos do uso cotidiano das pessoas, fita métrica e mapas adaptados, geoplano, livros com caracteres no Sistema Braille.
Professor itinerante na área da surdocegueira e Professor guia-intérprete educacional
Os recursos podem ser ópticos especiais, sistemas telescópios manuais mono ou binoculares ou em armações dos óculos, lentes filtrantes, softwares ampliadores de tela e não ópticos, material adaptado em alto relevo, geoplano, livros com caracteres ampliados ou no Sistema Braille, lousa que não provoque reflexo e permita bom contraste.
ESPECIFICIDADES
PROGRAMA/ SERVIÇO
Modulação: 02 estudantes por aula, com modulação total de 15 alunos para atendimento 2x por semana.
A modulação da quantidade de surdocegos deverá ser estabelecida e regida pela Estratégia de Matrícula vigente. Sugere-se no mínimo cinco e no máximo oito estudantes por guiaintérprete no CEEDV.
ARTES CÊNICAS
MÚSICA
PRÁTICA EDUCACIONAL ESPECIALIZADA INTERDISCIPLINAR
O CEEDV conta, ainda, com projetos específicos voltados à leitura, como o Projeto Clube do Ledor na Biblioteca Braille Elmo Luz, que possui participação de voluntários e uma coordenação própria para leitura dos livros pedagógicos ou de entretenimento para as PDV. Além de atividades de horta e contato com a natureza e oficina de artesanato – com turmas de 10 a 15 alunos. Serão considerados os serviços específicos que atendem às demandas principais das pessoas com deficiência visual, suas modulações e recursos adequados, com adaptações quando necessário e a partir de outras referências na educação para PDV.
EDUCAÇÃO FÍSICA
OBJETIVO
Trabalhar as diversas expressões artísticas do ser humano no contexto teatral.
PROFISSIONAIS
Profissionais com Licenciatura Plena em Educação Artística – Artes Cênicas, com formação em Educação de Pessoas com Deficiência (PCD)
RECURSOS
Modulação: Mesas, araras, Pequenos grupos, cadeiras, armários, de 2 a 3 aulas por pia, colchonetes, semana. Em vista figurinos adereços, das caraterísticas som portátil, específicas instrumentos decorrentes do musicais etc. Sala manuseio dos de aula com amplo materiais/ espaço físico para conteúdos/atividades possibilitar a cada professor prática de atende de 20 a 30 movimentos estudantes, corporais e a distribuídos em 30 interação em atendimentos grupos. semanais.
Despertar o interesse pela música; desenvolver a expressão, o equilíbrio, a autoestima e o autoconhecimento; promover a integração e comunicação, o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioafetivas.
Sala de aula ampla, com espaço para vivências rítmicas Professor corporais, equipada graduado em com espelhos, Educação equipamento de Artística e som, teclado, violão habilitado na e a maior variedade área de possível de musicalização. instrumentos musicais de corda, de sopro e de percussão.
Proporcionar uma série de estímulos sensório-motores, respeitando os aspectos lúdico e recreativo inerentes ao processo educacional escolar.
01 Circuito fixo, montado no ambiente externo da escola com escadas e pontes de cordas, escalada com cordas, etc. Duas salas de aula amplas: uma de psicomotricidade e outra com equipamentos de condicionamento físico; 01 piscina coberta e aquecida com vestiários; 01 parque infantil.
01 Educador físico especializado
ESPECIFICIDADES
Modulação: Aulas individuais, duplas, trios ou pequenos grupos, 1 a 2 horas de aula semanais. Cada professor poderá atender de 20 a 30 estudantes, divididos em 30 horas-aula semanais.
Modulação: Educação Precoce: individual ou pequeno grupo, 2 a 3x por semana. PAPE: atendimento individual ou pequeno grupo, 2 a 3x por semana. Estudante de inclusão/comunidade: individual ou grupo de até 2 estudantes, 2 a 3x por semana.
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URBANO PARQUE DA AMIZADE
OUTRAS REFERÊNCIAS URBANAS
Arqs. Gastón Cuña e Marcelo Roux Montevideu, Uruguai O Parque da Amizade foi criado com o intuito de oferecer atividades recreativas, lúdicas e inclusivas para que todos, independente de seus capacidades físicas ou cognitivas, pudessem usufruir. O projeto faz parte de um processo de transformação dos espaços públicos chamado “Compromisso com Acessibilidade”. Conta com o uso de materiais como concreto, metal e borracha, além de ser equipado com jardim sensorial a fim de permitir experiências táteis, sonoras e aromáticas.
Parque Recreativo Venecia em Temuco, Chile. Fonte: www.archdaily.com.br/br/767205/
Formas redondas, pisos diferentes e elementos verticais usados no Parque Recreativo Venecia, pelo arquiteto Jaime Alarcón Fuentes, configuram um espaço chamado de “Lounge Urbano” em Temuco, no Chile.
Iluminação pública Bicicletários Integração de ciclovia Faixa de pedestres Rampa acessível Vegetação integrada Faixa elevada Sinalização tátil
Parque da Amizade em Montevideu, Uruguai. Fonte: www.archdaily.com.br/br/770159/
Faixa elevada e elementos urbanos. Fonte: NACTO.
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OUTRAS REFERÊNCIAS ESPAÇOS INTERNOS E SINALIZAÇÕES
ELEMENTOS DIVERSOS
ELEMENTOS DE FACHADA
vegetação
sinalizações na parede
portas vazadas
estantes soltas curvas
portas contrastantes
piso tátil contrastante
braille
textura ripada
ILUMINAÇÃO NATURAL E TETO VERDE madeira
cores neutras
concreto
janelas amplas
e
s
trilha sensorial
ELEMENTOS/ESPAÇOS LÚDICOS E ESPORTIVOS
sala sensorial
r
horta e jardim sensorial
pilar redondo
domos de iluminação
mapas e sinalizações táteis
cobogós com cor
laje nervurada
cores por pavimento
marcação com cor
marco vertical colorido
circulação vertical
brises móveis
o
teto verde
c
ginásio esportivo
Fonte: https://pin.it/6b7ijQO
parede interativa
cores claras
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caracterização da área de projeto caracterizacao da area de projeto
35
TERRENO O terreno escolhido está localizado na Zona Urbana de Dinamização de Samambaia, no endereço QS 112 conjunto 4 lote 1 e possui 11.236,15m² de área total. Insere-se em uma área residencial com casas em sua maioria térreas ou de até 3 pavimentos e perto de um edifício de 12 pavimentos. Está próximo a comércios de uso misto que beiram a 1ª Avenida Sul, na qual se encontra um ponto de ônibus a aproximadamente 75m do lote. Também tem proximidade com a estação de metrô Samambaia Sul e uma ciclovia que passa no lado Oeste do terreno, conforme mapa. Existem vias residenciais nas laterais do lote para acesso, mas a criação de uma ligação qualificada entre o lote e a estação de metrô e o lote e a 1ª Avenida Sul são imprescindíveis para o projeto.
USO DO SOLO E PARÂMETROS URBANÍSTICOS
Samambaia (RA XII) e Regiões Administrativas próximas. Fonte: Geoportal– SEDUH.
Seguem as diretrizes do Plano Diretor Local (PDL) de Samambaia – articulado com o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) do DF – e, de acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), destina-se ao uso institucional (INST EP) – necessário para o Instituto Angélica Dias – com os parâmetros urbanísticos mostrados abaixo. sem afastamento obrigatório TP=30%
TO=60% CA=2,0 cota de soleira (ponto médio da edificação)
altura máxima 19m ESC 1:4500
Lote escolhido e sua relação com o entorno; categorias da LUOS. Fonte: Geoportal – SEDUH e QGIS
lo Subso
tipo 2
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TERRENO O coeficiente de aproveitamento básico e máximo (CA) são ambos 2,00, portanto, pode construir um máximo de 22.472,3m² no terreno. Sua taxa de ocupação (TO) é de 60% da área total e sua taxa de permeabilidade (TP) é de 30% do lote sem impermeabilizar. A altura máxima permitida é 19m – contando com a caixa d’água –, permite subsolo tipo 2 – o qual respeita os parâmetros definidos, exceto a TO e afastamentos mínimos obrigatórios –, os afastamentos e as vagas são definidos conforme quadros da LUOS.
STREET VIEW DA ÁREA lote escolhido
03
lote escolhido
01
LEGENDA MAPA Marcação do lote Ciclovia
02 01
edifício em altura
Quadro de afastamentos laterais e de fundo, em metros, conforme altura do edifício, área do lote e abertura. Fonte: LUOS
EXIGÊNCIA MÍNIMA DE VAGAS USO
ATIVIDADE
INSTITUCIONAL
Denominação – Grupo/Classe Educação
infantil
fundamental; 85-P: EDUCAÇÃO
Educação
e
Automóvel
Bicicleta
1/75m²
1/225m²
Vestiário
Mapa e vistas do terreno para caracterização da área e entorno próximo através do Street View. Fonte: Google Earth - Google Street View
lote escolhido
ciclovia
ciclovia
02
edifício em altura
lote escolhido
ensino
Ensino
profissional
Nº Vagas exigidas
1ª Avenida Sul
médio; de
nível
Sim
técnico e tecnológico; Atividades de apoio à educação;
Anexo V – Quadro de exigência vagas de veículos. Fonte: LUOS
03
ciclovia
37
ANÁLISE BIOCLIMÁTICA O terreno, localizado em área de solo exposto, está disposto com uma rotação de aproximadamente 18,4º a Oeste em relação ao Norte, o que nos permite analisar – através do software SOL-AR – a carta solar e a frequência de ventos ao longo do ano.
18,4º
As fachadas mais quentes são voltadas para o Noroeste, Sudoeste e, a pior, para Oeste – com maior incidência solar o ano todo e a que mais precisa de estratégias de sombreamento, a partir das 11h30. As ao Nordeste recebem forte incidência solar o ano inteiro apenas por volta de 12h, já as fachadas Leste e Sudeste são as que recebem incidência solar de menor temperatura, exceto por volta de 12h, sendo a direção com maior conforto térmico a Sudeste. Os ventos são predominantes da direção Leste, exceto no verão – estação chuvosa –, em que os predominantes são da direção Noroeste. O terreno decai 2m – relativamente plano, o que é essencial para a acessibilidade –, a vegetação existente será mantida e incorporada ao projeto e uma nova vegetação será proposta no terreno para amenizar o impacto da exposição do solo atual. 10 m
50 m
100 m
edifício em altura
0
Fonte: SOL-AR
CORTE AA
lote escolhido
ESC.:1/500
38
DIRETRIZES PROJETUAIS DIRETRIZES PROJETUAIS
39
CONCEITOS DO PROJETO Os conceitos e princípios norteadores foram pensados com as pessoas com deficiência visual em mente, considerando suas necessidades espaciais, educacionais e interativas, enfocando nas percepções sensoriais – visão, tato, audição, olfato, paladar – e na acessibilidade integralizada.
ACESSIBILIDADE
ACESSIBILIDADE
Buscar acessibilidade nos fluxos internos e externos e acessos; presença de sinalização, braille e sons em mapas, portas, corrimãos, pavimentos, guias, etc; uso de materiais confortáveis ao toque, antiderrapantes, com cores contrastantes e estimulantes tanto nos revestimentos quanto nos objeArquiteto, Cliente e Estudante tos e mobiliário, seguindo a NBR 9050.
PERCEPÇÕES SENSORIAIS O uso de materiais confortáveis e estimulantes - texturizados, coloridos, interativos - e a realização de atividades em ambientes adaptados ou ao ar livre afloram as percepções sensoriais como parte da proposta pedagógica e inclusiva.
CONFORTO AMBIENTAL Garantia de conforto térmico, acústico e luminoso com o uso de materiais, estruturas e vedações com bom desempenho termoacústico; janelas e aberturas amplas, priorizando a iluminação natural e a ventilação cruzada; quando necessário, usar equipamentos de ventilação mecânica silenciosos; brises para controle de luminosidade; sheds, aberturas zenitais e clarabóias; beirais e uso de vegetação para sombreamento. Diagramas de conforto. Fonte: https://sustentativa.wordpress.com/category/artigos/
INCLUSÃO SOCIAL E COMUNITÁRIA
*
~
!
A introdução de projetos, espaços e atividades que permitam a participação da comunidade no Instituto e a criação de uma praça pública fortifica a inclusão social e a interação entre usuários e comunidade.
SEGURANÇA Garantia de segurança aos usuários com elevação das vias em locais de conexão e embarque e desembarque, cercamento com cerca viva ou gabiões interativos, materiais com pouco risco de machucar, adaptações acessíveis para orientações seguras e sem riscos de tropeçar/escorregar.
MULTIFUNCIONALIDADE Presença de espaços multiuso e flexíveis, assim como a possibilidade de salas de aula serem usadas para outras disciplinas ou reforços. Os edifícios por si já são uma proposta pedagógica de orientação e mobilidade, materiais, espaços e vivência.
BIOFILIA As atividades ao ar livre e o contato com a natureza aguçam os sentidos e conectam os usuários PDV em uma proposta pedagógica sensorial, explorada na trilha sensorial e nos jardins e hortas. O uso de vegetação e espaços verdes também ajuda no sombreamento e na permeabilidade do solo.
40
EIXOS DE FORÇA NORTEADORES N
ESC: 1/750
e
l ncia
t do lo
side
e o lot d o r cent ,2m 109
e limit
te
do lo
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re área
ício edif m co a lote m altur ão e truç ons c em
o ro d t n e c
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103m
qu
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área
o do r t n e
do lo o r t en
98m
LEGENDA Eixos centrais do lote escolhido
,2m
104
7m
Eixos alinhados à edificações próximas Limite do lote Símbolo de centro Edificações existentes Símbolo de ciclovia
da veni A ª 1
Sul
41
ÁREAS E PONTOS DE RELEVÂNCIA
para
te
do lo
e limit
e
Adequar curva de nível à situação atual do terreno (campo de futebol planificado) e ao projeto proposto no local.
side
,2m
109
ESC: 1/750
re área
cam inho
vegetação existente
t do lo
ício edif m co a lote m altur ão e truç ons c em
e esid r a áre o d - ruí
e limit
qualificar entorno
n
om etrô
NO TERRENO E ENTORNO
N
cial
l ncia
vegetação existente vegetação existente
Considerar o fluxo de pessoas, bicicletas e veículos nessa área por proximidade à estação de metrô. Qualificar calçada e ciclovia.
qualificar entorno
área
qualificar entorno
al
enci
103m
resid OESTE: maior temperatura solar
Criar área de embarque e desembarque para veículos de pequeno a médio porte, configurando uma entrada secundária e podendo ser usada para serviços.
vegetação existente
vegetação existente
LEGENDA
Conexão viária a criar
Símbolo de ciclovia
Criar via para possibilitar acesso direto entre a 1ª Avenida Sul e o estacionamento do Instituto. Priorizar seguir o desenho da ciclovia existente e desviar da vegetação e edificações existentes para integração dos transportes.
qualificar entorno
riar aac
Símbolo de ruído
7m
viári
Edificações existentes
Criar conexões viárias elevadas e de calçadas entre área residencial e estacionamento, possibilitando acesso que respeite os pedestres e ciclistas.
Máxima manutenção da vegetação existente na delimitação e adjacente ao terreno, aproveitando para incorporá-la às propostas paisagísticas e pedagógicas.
,2m
104
xão cone
Vegetação existente
98m
Propor estratégias/elementos de sombreamento controlado para fachadas voltadas às orientações mais quentes, como brises móveis e jardineiras.
a
ntad
e ovim m via ma i próx o íd + ru
SUDESTE: menor temperatura solar
da veni A ª 1
Sul
42
ESTUDO DE ZONEAMENTO om etrô para
N
ESC: 1/750
side l ncia
cam inho
re área
e
área ica g agó ped
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Criar o acesso secundário considerando a conservação da vegetação existente.
expe
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zer de la área ência e viv ultiuso) ça m
(pra área
área ica góg eda
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área tiva ra inist m d a
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Núcleo de contato com a natureza e atividades ao ar livre, aproveitando a vegetação existente e terreno.
103m
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de área ação ent alim
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zer de la área ência e viv inásio) ça g (pra
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98m
Estacionamento e locais de passagem (corredores, calçadas) voltados à orientação mais quente.
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109
p
OESTE: maior temperatura solar
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ício edif m co a lote m altur ão e truç ons c em
área com caráter mais comunitário Acesso ao lote mais próximo ao metrô e adjacente à ciclovia existente, configurando um espaço com potencial de encontros comunitários e acesso aos principais projetos comunitários propostos no projeto.
Priorizar as áreas pedagógicas e de estudo em orientações com menos ruído. O silêncio é fundamental para a aprendizagem e concentração da PDV.
en
d resi área o d - ruí
e limit
ZONEAMENTO NO TERRENO ESCOLHIDO
cial
rtiva
espo área
Área esportiva voltada à orientação com maior ruído, próxima a 1ª Avenida Sul.
,2m
104
LEGENDA Vegetação existente
7m
Acesso principal Acesso secundário ou de serviço Edificações existentes Símbolo de ruído Símbolo de ciclovia
a
ntad
Praça interativa frente à entrada do ginásio para encontros, eventos comunitários, etc.
e ovim m via ma i próx o íd + ru
SUDESTE: menor temperatura solar
da veni A ª 1
Sul
43
PARTIDO ARQUITETÔNICO PARTIDO ARQUITETONICO
44
O PARTIDO O Instituto Angélica Dias buscou incluir os conceitos propostos considerando as necessidades espaciais, pedagógicas e sociais das pessoas com deficiência visual e, ao mesmo tempo, respeitar e qualificar o contexto urbano próximo ao local do projeto para facilitar os acessos de pedestres e veículos, criar espaços de convivência comunitária e ter acessibilidade generalizada.
A altura dos edifícios procura manter um equilíbrio visual com o entorno – área residencial com casas baixas, pequenos prédios de uso misto e poucos edifícios em altura –, mas ao mesmo tempo se destacar com marcos visuais e cores/materiais contrastantes que possibilitem videntes e pessoas com baixa visão reconhecerem o Instituto.
Para isso, a escolha do terreno considerou a topografia com pouco declive para implantação do projeto – diminuindo os obstáculos – e a possibilidade de diferentes transportes estarem disponíveis para os usuários do Centro de Apoio, estando próximo à estação de metrô Samambaia Sul, à uma ciclovia voltada à Oeste que liga o metrô à avenida principal e à pontos de ônibus na 1ª Avenida Sul.
Por isso, elementos como circulação vertical amarela e marquise com pilares coloridos foram incorporadas ao Edifício Principal – mais alto e marcante –; cobertura e treliça espacial de cor amarela no Ginásio, além da parede grafitada por artistas locais voltada à via criada; entrada/caixa d’água amarela no Lar Experimental e pilares coloridos, teto verde e pergolado no PROACEA. Apesar de atuarem como marcos visuais, esses elementos possuem funções importantes para a circulação, o funcionamento e o conforto do IAD.
Nesta avenida, antes sem acesso direto ao lote, uma via de ligação foi criada acompanhando a ciclovia existente que culmina em um estacionamento arborizado com asfalto drenante e vias elevadas para protagonizar os pedestres. A criação de praças públicas como a Praça do Foyer e a Praça do Ginásio consideraram o fluxo mais significativo de pedestres e a locação do estacionamento/ciclovia para consolidar espaços lúdicos, interativos e de encontros. A partir dos eixos de força traçados entre o lote escolhido e os lotes vizinhos, a volumetria do complexo resulta em uma tipologia em “U”, criando uma área central ao ar livre cercada pelos edifícios que compõem o programa de necessidades – Edifício Principal, PROACEA, Ginásio e Lar Experimental. Essa área funciona como um espaço de conexão, convivência interna e para atividades ao ar livre, evocando a multissensorialidade da natureza. A implantação dos edifícios com caráter mais pedagógico prioriza a direção com menos ruído, contrário à fachada mais próxima da avenida principal, onde o Ginásio se encontra. Essa lógica também foi usada no interior do Edifício Principal, em que ambientes não pedagógicos e/ou barulhentos estão voltados à fachada com mais ruídos. O Lar, isolado das edificações e com estética semelhante ao Edifício Principal, posiciona-se de maneira democrática, podendo ser usado desde crianças à idosos, assim como a trilha e horta sensoriais.
Respeitando a vegetação existente no local, o Ginásio foi afastado do limite posterior e lateral do lote, o que possibilitou a inserção da trilha sensorial e incorporação da vegetação à proposta pedagógica. As áreas verdes criadas contam com adição de vegetação para sombreamento e para criação de jardins sensoriais. Conta também com cercas vivas para segurança do Instituto e com o uso de jardineiras e teto verde nas edificações para consolidar o conceito de biofilia, ajudar no sombreamento e no conforto ambiental. Os acessos ao projeto consideram os fluxos que partem das praças públicas para o interior do Ginásio ou para o interior do Edifício Principal, que conta com dois acessos ao foyer e salas multiuso e um acesso principal marcado pela marquise e pela área de embarque e desembarque, o qual acessa a recepção com pé direito duplo e, a partir dela, nascem dois corredores que guiam até o hall de elevadores (circulação vertical) e às conexões entre os outros edifícios do complexo. Na fachada posterior do lote – à Leste –, próximo ao Lar Experimental, há um acesso secundário controlado por uma guarita, já que o percurso ao acesso principal do projeto a partir desta área é dificultado por densa vegetação, por obras, por obstáculos ou por edificações que impedem a passagem segura. Neste ponto, a via também foi elevada para segurança da travessia dos usuários e demais pedestres. 45
STORYBOARD
01. LOTE E EIXOS NORTEADORES
02. VOLUME EM “U” E VIA DE LIGAÇÃO
04. MARCOS VISUAIS E CONEXÕES
03. AJUSTES VOLUMÉTRICOS E PRAÇAS
05. DESENHO URBANO E AJUSTES FINAIS
46
VISÃO GERAL PISCINA RASA
OFICINA DE ARTES
LAR EXPERIMENTAL HORTA SENSORIAL
PROACEA
GUARITA TRILHA SENSORIAL
EDIFÍCIO PRINCIPAL
TÓTEM SENSORIAL PARQUINHO ADAPTADO
GINÁSIO
CARGA E DESCARGA
PRAÇA DO FOYER
VIA CRIADA
CONEXÃO VIÁRIA
PRAÇA DO GINÁSIO
ESTACIONAMENTO
PAREDES INTERATIVAS CICLOVIA
CALÇADA CRIADA
47
programa de necessidades programa de necessidades
48
PROGRAMA DE NECESSIDADES ESTIMATIVA: 80 FUNCIONÁRIOS + 220 ALUNOS/USUÁRIOS = 300/DIA Número de vagas: 30 bike + 42 carro + 8 moto + 4 idoso + 12 PCD
|
EDIFÍCIO PRINCIPAL
Lote = 11.236,15m²
LEGENDA DE INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
SUBSOLO (1.225,4 m²) QNT.
AMBIENTE
M²
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
01 Ventilação natural
05 Pontos elétricos
09 Caleifação
13 Adaptação PCD
02 Ventilação mecânica
06 Pontos hidráulicos
10 Isolamento acústico
14 Sinalização tátil
01
GARAGEM
1169,5
01
04
05
12
03 Iluminação natural
07 Inst. hidrossanitárias
11 Piso emborrachado
15 Mapas acessíveis
01
DEPÓSITO DE LIXO
31,5
02
04
05
14
04 Iluminação artificial
08 Ar condicionado
12 Piso tátil
16 Porta de correr
02
RESERVATÓRIO INFERIOR
24,4
04
06
07
LEGENDA DE FUNÇÕES DO AMBIENTE Projetos Específicos
Pedagógica
Lazer e Vivência
Assistência
Alimentação
Esportiva
Externa e/ou Serviços
Sanitários
Circulações/Conexões
Lar Experimental
PROACEA
14
Vagas para motos e carros, local de manobra e de circulação de pedestres. Estação de coleta seletiva e reciclagem. Reservatórios com duas caixas d’água de 5000L cada / reserva de incêndio.
TÉRREO (1.331,55 m²)
Administrativa
Edifício Principal
DESCRIÇÃO
Lar Experimental
Ginásio
01
RECEPÇÃO
121,3
01
OFTALMOLOGIA
24,1
01
FONOAUDIOLOGIA
24,1
01
ENFERMARIA
24,1
01
ASSISTÊNCIA SOCIAL E FAMILIAR
23,6
01
ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
22,9
02
ATENDIMENTO INDIVIDUAL
24,4
01
SALA DE ESPERA
6,9
01
ORIENTAÇÃO DO TRABALHO
16,9
08
Balcão de atendimento com computadores e cadeiras, armários com trinco para itens achados e perdidos, mapas táteis e poltronas para espera.
01
03
04
05
12
14
15
16
01
03
04
05
08
14
16
01
03
04
05
08
10
11
14
16
Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel e equipamentos de apoio, computador, telefone e impressora.
01
03
04
05
06
08
14
16
Ambiente com maca, geladeira, mesa e cadeiras para atendimento, armário de medicamentos e móveis de apoio.
01
03
04
05
08
14
16
Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone.
01
03
04
05
08
14
16
Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone.
01
03
04
05
08
14
16
Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone.
04
05
14
16
01
03
04
05
14
16
Sala de Avaliação contendo sofá, computador, impressora, cadeiras e mesa de atendimento, equipamentos e móveis de apoio adequados para crianças e adultos.
Sala com cadeiras e móveis de apoio. 08
Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone.
49
PROGRAMA DE NECESSIDADES QNT.
AMBIENTE
01
CONSULTORIA ARQUITETÔNICA
22,7
01
ARQUIVO
14,5
01
BRECHÓ IAD
24,6
01
LOJA DE BRINQUEDOS
24,6
01
01
01
ÓTICA IAD
ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO
FOYER
24,6
48,6
65,6
02
SALAS MULTIUSO I E II
30,2
01
SALAS MULTIUSO III
39,1
01
01 01 02
SALA DE ORIENTAÇÃO 23,55 E MOBILIDADE
SALA DE MÚSICA DML BANHEIRO FEMININO
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
M²
48,7 9,3 21,1
04
05
01
03
14
16
01
03
04
05
14
01
03
04
05
06
08
14
16
01
03
04
05
08
11
14
16
01
03
04
05
08
14
16
02
03
04
10
11
14
01
03
04
08
12
14
01
03
04
10
14
01
03
10
14
01
03
04
04
05
05
05
05
05
12
14
15
16
01
03
04
05
10
11
14
04
05
06
14
01
03
04
05
07
14
QNT.
AMBIENTE
02
BANHEIRO MASCULINO
21,1
02
BANHEIRO PCD
3,8
01
CONEXÃO COM GINÁSIO
50,2
Balcão de atendimento com computador, impressora e telefone, nichos expositores, estoque e móveis de apoio.
02
CIRCULAÇÃO VERTICAL
40
Balcão de atendimento, expositores de óculos e de equipamentos de tecnologia assistiva, estoque, móveis de apoio, cadeiras, espelhos.
01
CIRCULAÇÃO GERAL
02
HALL ELEVADOR
DESCRIÇÃO 08
06
06
08
06
08
08
08
08
Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone. Estoque de variados documentos, contratos, pastas, dados, etc. Araras, cabideiros, mostruários, provador, balcão de atendimento com computador, impressora, telefone, cadeira, móveis de apoio e poltronas.
Cabine de gravação, microfones, computadores, sintetizadores, isolamento acústico, piso emborrachado, cadeiras e móveis de apoio. Espaço com sofás, mesas de apoio, bancos, filtro - possibilidade de uso para galeria de exposição, layouts alternativos, etc.
05
06
03
04
05
06
07
13
14
01
03
04
13
14
02
03
04
05
06
12
13
14
275,4
03
04
05
12
14
Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela, guias de cortiça e elementos contrastantes.
57,5
04
05
12
14
15
Hall com pisos táteis, guias de cortiça, parede com mapa tátil e bancos.
01
BIBLIOTECA MARA DIAS (ACERVO)
119,3
07
14
02
ÁREA EXTERNA DA BIBLIOTECA
74
Sala com divisórias flexíveis, projetores, cadeiras, mesas e móveis de apoio.
01
SALÃO BIBLIOTECA
197,4
Sala com mesa, cadeiras, quadro negro, computador, mapas táteis e maquetes, bengalas brancas e móveis de apoio.
02
SALA DE ESTUDO EM GRUPO
24,1
01
CYBERCAFÉ
01
SALÃO CAFÉ
01
03
04
05
08
10
11
12
14
15
01
03
12
14
01
03
04
05
06
12
14
01
03
04
05
08
10
11
14
16
01
03
04
05
06
01
03
04
05
06
12
14
16
01
1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios.
03
1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios, mictórios. Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios Rampas com guarda-corpo conectando o nível do Edifício Principal ao Ginásio. Equipada com escada à prova de fumaça, dois elevadores, poço de elevador, dutos e grelhas, jardim interno, marcação de andar
MEZANINO (1.053,1 m²)
40
Estoque de materiais e aparatos de limpeza com tanque de lavagem. 06
01
DESCRIÇÃO
04
Sala com divisórias flexíveis, projetores, cadeiras, mesas e móveis de apoio.
Instrumentos, microfones, móveis de apoio, depósito, mesas e cadeiras, projetor, computador e quadro negro, isolamento acústico.
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
M²
197,4
Estantes, máquinas braille, estações com computadores, balcão de atendimento com computador, impressora, telefone e nichos, espaço infantil exclusivo. Mesas e cadeiras para estudo individual ou em grupo, material resistente.
14
Estações de estudo individual e em grupo com mesas e cadeiras, piso de cortiça marcando as estações.
Sala com mesas e cadeiras, computador, projetor, quadro negro e nichos. Equipado com cafeteiras, liquidificadores, expositores, refrigeradores, micro-ondas, pia, copa para funcionários, armários, balcão de atendimento e de apoio, estação com computadores e banquetas Salão com mesas e cadeiras para apoio aos clientes do cybercafé.
50
PROGRAMA DE NECESSIDADES QNT.
AMBIENTE
01
GRÁFICA IAD
119,3
01
DML
4,2
02
BANHEIRO FEMININO
02
02
01
02
BANHEIRO MASCULINO BANHEIRO PCD CIRCULAÇÃO GERAL HALL ELEVADOR
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
M²
21,1
21,1
3,8
37,7
61,75
01
03
04
05
10
11
14
16
04
05
06
14
01
03
04
05
07
14
01
03
07
14
02 07 01
03 13 03
04
04
05
05
DESCRIÇÃO 08
Estoque de materiais e aparatos de limpeza com tanque de lavagem. 06
06
06
14 04
05
12
14 04
05
12
14
Equipamentos como impressoras braille, impressoras à tinta ou laser, plotters, balcão de atendimento, computadores, telefone, armários de apoio e depósitos.
15
1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios. 1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios, mictórios. Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios
Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela e bancos. Hall com pisos táteis, guias de cortiça, parede com mapa tátil e bancos.
QNT.
AMBIENTE
01
SALA DE JOGOS
01
01
01
01
SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL
01
SALA DE INFORMÁTICA
03
03
02
SALA DE BRAILLE
SALA DE SOROBAN SALA DE SURDOCEGUEIRA
59,4
59,4
19,3
19,3
19,3
01
03
04
05
08
09
10
12
14
16
01
03
04
05
08
14
16
01
03
04
10
14
16
01
03
04
10
14
16
01
03
04
10
14
16
05
08
Sala com materiais e objetos com cores contrastantes, materiais hápticos, iluminação variável, projetor, móveis de apoio, tabela de Snellen, calor/frio, piso tátil, etc. Sala com computadores, mesas, cadeiras, nichos e armários, projetor e quadro negro para PROJEA/PROESP. Sala com materiais para o ensino do Sistema Braile como regletes e punção, máquina Perkins, papel, material pedagógico tátil, jogos adaptados, móveis de apoio, cadeiras, mesas, computador e quadro negro.
05
08
Sala com materiais didáticos para o ensino de Soroban, mesas e cadeiras, computador, quadro negro e móveis de apoio.
05
08
Materiais de apoio para o ensino de LIBRAS, guia-intérprete, projetor e computador para vídeos didáticos, jogos adaptados, móveis de apoio, quadro negro, cadeiras e mesas.
ALMOXARIFADO
01
FINANCEIRO
01
SECRETARIA PROAJEA/PROAESP
01
COORDENAÇÃO PROAJEA/PROAESP
PAVIMENTO SUPERIOR (1.035,45 m²) 01
19,3
SALA DE 39,55 TRABALHO EM GRUPO LABORATÓRIO INTERDISCIPLINAR
DIRETORIA
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
M²
39,55
19,3
19,3
19,3
19,3
19,3
01
SALA DE REUNIÃO
38,5
01
SALA/COPA DE PROFESSORES
36,6
01
VESTIÁRIO FEMININO
01
VESTIÁRIO MASCULINO
39,55
42
DESCRIÇÃO
01
03
04
05
08
10
11
14
16
01
03
04
05
10
11
14
16
01
03
04
05
08
09
14
16
01
03
04
05
10
11
14
16
01
03
04
05
08
03
04
05
08
03
04
05
08
03
04
05
08
05
08
10
11
Ambiente com projetor, computador, tela, mesa longa com cadeiras, móveis de apoio.
01
03
04
05
06
08
14
Ambiente com sofá, cadeiras, armários individuais e nichos, móveis de apoio, TV, geladeira, micro-ondas, cafeteira, etc.
01
03
04
05
06
07
13
14
01
03
04
05
06
07
13
14
08
Sala com pia, mesa longa e cadeiras, geladeira, mostruários, modelos anatômicos, projetor, quadro negro e móveis de apoio.
08
Estoque de papéis, pastas, modelos de documentos, documentos de uso comum, documentos antigos etc.
14 01 14 01 14 04
Sala com mesas redondas, cadeiras, armários, móveis de apoio, projetor e quadro negro.
06
14 01
Sala com mesas de xadrez e ping-pong.
14
Sala de apoio ao tesoureiro com arquivos para documentos, cadeiras e mesa de atendimento contendo computador, impressora e telefone. Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone. Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone. Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone.
Para funcionários. Equipado com armários individuais, bancos, bacias sanitárias, lavatórios, espelho, duchas, acessórios e cabines PCD. Para funcionários. Equipado com armários individuais, bancos, bacias sanitárias, mictórios, lavatórios, espelho, duchas, acessórios e cabines PCD.
51
PROGRAMA DE NECESSIDADES QNT.
AMBIENTE
02
BANHEIRO FEMININO
21,1
BANHEIRO MASCULINO
21,1
BANHEIRO PCD
3,8
01
CIRCULAÇÃO GERAL
169,6
02
HALL ELEVADOR
57,5
DEPÓSITOS DE CORTIÇA
34,1
02
02
01
TOTAL
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
M² 01
03
07
14
01
03
07
14
02
03
04
07
13
14
03
04
05
04 04
05
04
04
12
05
05
05
12
14
DESCRIÇÃO 06
06
06
1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios. 1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios, mictórios. Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios
14
Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela, guias de cortiça e elementos contrastantes.
15
Hall com pisos táteis, guias de cortiça, parede com mapa tátil e bancos. Armários de cortiça para estoque de materiais de limpeza e pedagógicos.
14
PROACEA SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL
34,95
01
SALA DE INFORMÁTICA
34,95
02
02
01
02
EDUCAÇÃO PRECOCE INDIVIDUAL EDUCAÇÃO PRECOCE GRUPO SALA DE PSICOMOTRICIDADE SALA DE SOROBAN
17,1
32,1
32,1
15,75
01
03
04
05
08
09
10
12
14
16
01
03
04
05
08
14
16
01
03
04
05
10
11
14
16
01
03
04
05
10
11
14
16
01
03
04
05
10
11
14
16
01
03
04
05
10
14
16
08
08
08
08
Sala com materiais com cores contrastantes, materiais hápticos, iluminação variável, projetor, móveis de apoio, tabela de Snellen, calor/frio, piso tátil, bancos, escalada, etc. Sala com computadores, mesas, cadeiras, nichos e armários, projetor e quadro negro para PROACEA. Sala com tatame emborrachado, prateleiras e armários de apoio, mesas, cadeiras, projetor, computador e quadro negro para ensino de bebês/individualizado - crianças de 0 a 4 anos. Sala com tatame emborrachado, prateleiras e armários de apoio, mesas e cadeiras, projetor, computador e quadro negro para aulas em grupo de até 8 crianças. Sala com tatame emborrachado, cones, argolas, objetos coloridos, objetos com alturas variadas, escorregador, escalada, cordas, pula-pula, escada e corrimão, etc. Sala com materiais didáticos para o ensino de Soroban, mesas e cadeiras, computador, quadro negro e móveis de apoio.
AMBIENTE
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
M² 01
03
04
10
14
16
01
03
04
05
06
08
14
16
01
03
05
06
09
13
14
01
03
04
05
08
03
04
05
08
01
03
04
05
06
08
14
04
05
06
14
01
03
04
05
06
07
14
1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios.
01
03
04
05
06
07
14
1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios, mictórios.
02
03
04
05
06
07
13
14
01
OFICINA DE ARTES
01
PISCINA RASA
01
SECRETARIA PROACEA
01
COORDENAÇÃO PROACEA
17,1
01
SALA/COPA DE PROFESSORES
26,55
01
DML
3,8
01
BANHEIRO FEMININO
16,9
01
BANHEIRO MASCULINO
16,9
01
BANHEIRO PCD
3,4
01
CIRCULAÇÃO GERAL
405,55
TOTAL
943,05m²
79
93,35
17,1
Sala com materiais para o ensino do Sistema Braile como regletes e punção, máquina Perkins, papel, material pedagógico tátil, jogos adaptados, móveis de apoio, cadeiras, mesas, computador e quadro negro.
08
SALA DE BRAILLE
15,75
DESCRIÇÃO
05
02
OBS: Circulação vertical contada apenas no térreo.
4.645,5m²
01
QNT.
14 01 14
03
04
05
12
Espaço com mesas, cadeiras, cavaletes, depósito, prateleiras, móveis de apoio, pia, expositores, pergolado-galeria, etc.
Área com piscina rasa cercada por grades para uso exclusivo de crianças, sem cobertura.
Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone. Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone. Ambiente com sofá, cadeiras, armários individuais e nichos, móveis de apoio, TV, geladeira, micro-ondas, cafeteira, etc. Estoque de materiais e aparatos de limpeza com tanque de lavagem.
14
Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela, guias de cortiça, elementos contrastantes, núcleo com bancos e domos de iluminação.
OBS: Área do pergolado incluída na Oficina de Artes.
52
PROGRAMA DE NECESSIDADES GINÁSIO (1.048,7m²) QNT.
AMBIENTE
M²
01
QUADRA POLIESPORTIVA
630,2
01
01
PISCINA FUNDA
SALA DE LUTAS
134,1
30,2
01
SALA DE EXPRESSÃO CORPORAL
30,2
01
DEPÓSITO
11,7
01
VESTIÁRIO FEMININO
01
01
01
VESTIÁRIO MASCULINO BANHEIRO FEMININO
BANHEIRO MASCULINO
55,5
55,5
19
19
02
CABINE PCD
5,7
01
CIRCULAÇÃO GERAL
51,9
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
DESCRIÇÃO
01
03
04
05
11
12
13
14
15
16
01
03
04
09
13
14
01
03
04
11
14
16
05
05
06
08
01
03
04
05
10
11
14
16
01
03
04
05
14
01
03
04
05
06
07
13
14
01
03
04
05
06
07
13
14
01
03
04
07
14
01
03
07
14
04
05
05
01
02
03
04
06
07
13
14
03
04
05
12
QNT.
08
06
06
05
14
Quadra poliesportiva com possibilidade de adaptação para partidas de Golbol, corrida e outros esportes adaptados/eventos. Área coberta com piscina funda para uso de adolescentes e adultos.
Sala com tatame emborrachado, espelho, armários e nichos para aulas de lutas. Sala com tatame emborrachado, corrimão, espelho, armários e nichos para aulas de danças, teatro, fisioterapia, etc. Estoque de materias de apoio para esportes, eventos e limpeza do Ginásio. Equipado com armários individuais, bancos, bacias sanitárias, lavatórios, espelho, duchas, acessórios e armários para material de limpeza. Equipado com armários individuais, bancos, bacias sanitárias, mictórios, lavatórios, espelho, duchas, acessórios e armários para material de limpeza. Equipado com trocador, bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios.
GUARITA
6,4
01 14
03 15
04
05
12
INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
M²
CARGA E DESCARGA 198,9
Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios, chuveiro adaptado e armários. Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela, guias de cortiça e elementos contrastantes.
Guarita com cancela e acesso para cadeira de rodas, área para 1 funcionário monitorar os acessos e saídas posteriores.
01
03
04
DESCRIÇÃO Pista com possibilidade de manobra para caminhões para carga e descarga. Vagas para carros com placas para idosos e PCD, iluminação pública e arborização.
01
ESTACIONAMENTO
1.103
01
03
04
12
01
PRAÇA FOYER
697,65
01
03
04
12
Praça com iluminação pública, tótens sensoriais, jardins, bicicletário, pisos táteis e possibilidade de eventos. Praça com iluminação pública, tótens sensoriais, jardins, pisos táteis, possibilidade de eventos, bicicletário e paredes interativas.
13
01
PRAÇA GINÁSIO
522,4
01
03
04
12
01
PARQUINHO ADAPTADO
101,2
01
03
04
13
14
Com brinquedos em madeira adaptado para PCD, cercado e com grama sintética.
01
HORTA SENSORIAL
286,35
01
03
04
06
14
Horta com canteiros em madeira e ao ar livre, espécies variadas e minhocário.
01
JARDIM SENSORIAL
-
01
03
04
06
14
01
TRILHA SENSORIAL
468,9
01
03
04
06
14
01
ÁREA VERDE
3.075
01
03
04
06
TOTAL
6.459,8m²
Jardim
permeando o projeto espécies variadas.
com
Percurso com guarda-corpo em madeira, sombreamento e materiais no piso. Locais com grama e vegetação no térreo.
OBS: Jardins estão incluídos na área verde do lote.
LAR EXPERIMENTAL (78,55m²) 01
SALA ESTAR/JANTAR
19,6
01
COZINHA
14,6
01
ÁREA DE SERVIÇO
5
01
CORREDOR
01
QUARTO
01
03
04
05
14
01
03
04
05
06
07
14
01
03
04
05
06
07
14
4,55
03
04
05
14
10,8
01
03
04
05
14
01
03
04
05
06
07
13
14
16
01
03
04
05
06
07
08
13
14
16
Equipado com trocador, bacias sanitárias, lavatórios, espelho, acessórios e mictórios
ÁREA EXTERNA 01
01
AMBIENTE
01
BANHEIRO PCD
7,3
01
SUÍTE
16,7
Ambiente com sofá, TV, móvel de apoio, tapete, mesa de jantar e cadeiras. Ambiente com equipamentos como fogão, coifa, geladeira, mesa, cadeiras, micro-ondas, liquidificador, pia, filtro de água, armários, etc. Área descoberta equipada com tanque, máquina de lavar roupa, móvel de apoio e varal. Local de passagem e conexão. Equipado com duas camas solteiro, armário, mesa de apoio, cadeira e criado mudo. Equipado com bacia sanitária, bancada com pia e chuveiro/banheira (PCD).
Equipado com cama casal, armário, criados mudos, TV (12,2m²) e banheiro (4,5m²)
53
FLUXOGRAMA GERAL PAVIMENTO SUPERIOR ÁREA PEDAGÓGICA (PROAJEA)
- SALA DE BRAILLE (x3) - SALA DE SOROBAN (x3) - SALA SURDOCEGUEIRA (x2) - SALA DE ESTIMULAÇÃO VISUAL - SALA DE TRABALHO EM GRUPO - SALA DE INFORMÁTICA - LABORATÓRIO INTERDISCIPLINAR - SALA DE JOGOS - BANHEIROS FEM/MASC/PCD
ESCADA/ELEVADOR
ÁREA ADMINISTRATIVA
SALA DE PROFESSORES E COPA SECRETARIA PROACEA COORDENAÇÃO PROACEA -
SALAS MULTIUSO
PISCINA (PROACEA)
OFICINA DE ARTES
ÁREA PEDAGÓGICA (PROACEA)
LAR EXPERIMENTAL
ÁREA ADMINISTRATIVA (PROACEA)
BIBLIOTECA MARA DIAS
GRÁFICA IAD ESCADA/ELEVADOR FUNCIONÁRIOS
ACESSO SECUNDÁRIO
TRILHA SENSORIAL
ÓTICA IAD
OFTALMOLOGIA RECEPÇÃO COM ACHADOS E PERDIDOS
ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO
SALA DE ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE
LOJA BRINQUEDOS
BRECHÓ ACESSO PRINCIPAL
ESCADA/ELEVADOR
ÁREA DE ASSISTÊNCIA (ACOLHIMENTO) - ENFERMARIA - FONOAUDIOLOGIA - ATENDIMENTO INDIVIDUAL (x2) - ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA - ASSISTÊNCIA SOCIAL E FAMILIAR - ORIENTAÇÃO DO TRABALHO - CONSULTORIA ARQUITETÔNICA - BANHEIROS FEM/MASC/PCD - ARQUIVO - DML
ÁREA ESPORTIVA - QUADRA POLIESPORTIVA - ARQUIBANCADAS - DEPÓSITO - VESTIÁRIOS FEM/MASC/PCD - BANHEIROS FEM/MASC/PCD - SALA DE LUTAS - SALA DE EXPRESSÃO CORPORAL E GINÁSTICA - PISCINA FUNDA
ACESSO GINÁSIO
PRAÇA GINÁSIO
ESCADA/ELEVADOR FUNCIONÁRIOS
ESTACIONAMENTO + EMBARQUE E DESEMBARQUE + BICICLETÁRIO + RAMPA SUBSOLO
PRAÇA MULTIUSO
SUBSOLO
CYBERCAFÉ
ESCADA/ELEVADOR
PÁTIOS VERDES + PARQUINHO JARDINS E HORTA SENSORIAL + ÁREA DE COMPOSTAGEM
BANHEIROS FEM/MASC/PCD
ACESSO MULTIUSO
SALÃO BIBLIOTECA ÁREA EXTERNA SALA DE ESTUDO EM GRUPO BANHEIROS FEM/ MASC/PCD
- SALÃO CYBERCAFÉ - DESPENSA - DML - BANHEIROS FEM/ MASC/PCD
EMBARQUE + DESEMBARQUE + GUARITA
SALA DE MÚSICA E CANTO
FOYER
MEZANINO
ESCADA/ELEVADOR FUNCIONÁRIOS
TÉRREO GERAL SALA DE PROFESSORES E COPA SALA DE BRAILLE (x2) SALA DE SOROBAN (x2) SALA DE ESTIMULAÇÃO VISUAL SALA DE INFORMÁTICA SALA DE PSICOMOTRICIDADE SALA EDUCAÇÃO PRECOCE INDIV. (x2) SALA EDUCAÇÃO PRECOCE GRUPO (x2) BANHEIROS FEM/MASC/PCD DML -
- SALA DE REUNIÃO E CONFERÊNCIA - SALA DE PROFESSORES E COPA - DIRETORIA - SECRETARIA PROJEA/PROESP - COORDENAÇÃO PROJEA/PROESP - FINANCEIRO - ALMOXARIFADO - BANHEIROS FEM/MASC/PCD - VESTIÁRIOS FEM/MASC/PCD
ESCADA/ELEVADOR
GARAGEM
DEPÓSITO DE LIXO RESERVATÓRIO INFERIOR (x2)
ESCADA/ELEVADOR FUNCIONÁRIOS
RAMPA SUBSOLO
54
SITUAÇÃO E IMPLANTAÇÃO SITUACAO E IMPLANTACAO
55
EDIFÍCIO PRINCIPAL EDIFICIO PRINCIPAL
D
S
3000
3000
3000
D
3000
S
S
MAPA CHAVE
ESC: 1/1000
58
59
EDIFÍCIO PRINCIPAL O Edifício Principal configura-se como a edificação mais alta e mais marcante do Instituto Angélica Dias, principalmente pelo marco visual de suas torres de circulação vertical amarelas contrastando com o concreto e a marcação da entrada pela marquise em laje nervurada apoiada em pilares redondos de cor amarela. Conta com jardineiras nas fachadas frontal e posterior - para incluir o conceito de biofilia, colorir a fachada e ajudar no sombreamento interno junto com os brises metálicos móveis -, além de ter telas perfuradas na cor amarela no térreo - agindo como brises nas salas ou como portas pivotantes na entrada do Foyer. É dividido em subsolo com garagem, térreo, mezanino, pavimento superior e cobertura com casa de máquinas e caixas d’água. Os principais acessos se dão pelo local de embarque e desembarque de pessoas - marcado pelo piso diferente e protegido pela marquise -, logo em frente ao tótem sensorial e pela praça interna, todos acessando a recepção com pé direito duplo marcada por pilares redondos de cor amarela. Pela Praça do Foyer é possível acessar o foyer das salas multiuso através de portas perfuradas na cor amarela e pela lateral do foyer, através de portas de correr em vidro, próxima ao bicicletário. A garagem é acessada pela rampa de acesso à carros e através da circulação vertical para pedestres. Outra forma de acessar o Edifício é pelas conexões que ele possui com as edificações do Ginásio e do PROACEA, a primeira por uma conexão coberta e com rampas e a outra por uma rampa coberta por policarbonato. O térreo engloba a recepção com balcão para atendimento e música de referência, mapas táteis e lojas que fazem parte dos projetos do IAD; toda a parte de triagem e assistência social e psicopedagógica aos usuários e suas famílias; salas para apoio às aulas de Orientação e Mobilidade e sala de Música, esta, próxima ao Estúdio de Gravação do IAD, com possibilidade de aluguel por hora para a comunidade. Também possui foyer com sofás e bancos e salas multiuso separadas por painéis móveis, possibilitando espaços de tamanhos variados para palestras, eventos, workshops, etc. Em frente a cada torre de circulação vertical - esta, contendo escada à prova de fumaça, dois elevadores e shaft - estão os sanitários feminino, masculino e uma cabine PCD unissex. No caso dos sanitários próximos às salas multiuso, há possibilidade de fechar o hall dos elevadores para limitar o uso aos usuários dessas salas.
Em todos os pavimentos, excluindo o subsolo, o hall dos elevadores conta com um retângulo de paredes roxas que contém marcação dos pisos e mapa tátil, além de ser um ponto de descanso e/ou espera com bancos em madeira. O mezanino engloba a parte mais comunitária do edifício, seu acesso é controlado no balcão da recepção e conta com um cybercafé com mesas de apoio e com a Gráfica IAD na parte direita e a Biblioteca Mara Dias na parte esquerda, que é dividida em área externa com estações de estudo, acervo com acesso controlado, salão com mesas e sofás para estudo e convivência e salas exclusivas para estudo em grupo. As partes esquerda e direita são conectadas por uma passagem com bancos de madeira e possibilidade de visualizar a recepção pelo rasgo na laje. Já o pavimento superior conta com praticamente toda a parte administrativa do Instituto, englobando o PROAJEA e o PROAESP, os vestiários para os funcionários e as salas de suporte para os professores e para reuniões. Também é onde está a área pedagógica desses programas - voltada à direção com menos ruído -, contando com salas de aula de braille, soroban e outros, laboratório e sala de jogos. A circulação superior possui armários em cortiça que funcionam como depósitos de materiais de limpeza e pedagógicos. Esses armários são equipados com guias acessíveis em cortiça e seus formatos variam conforme o percurso do corredor para que a mudança de ritmo sirva de mapeamento para as PCD visuais, assim como os “saltos” nas paredes ocasionados pelos pilares redondos. A ideia é que o edifício e todo o complexo do IAD possua percursos, obstáculos e elementos que simulem outras edificações para servir de aprendizado aos usuários, mas que também sejam acessíveis e confortáveis. As guias de cortiça permitem toque suave e estão presentes em toda a circulação do Edifício Principal para ajudar a locomoção interna. Outros artifícios usados para ajudar na identificação interna do edifício são as portas com pintura amarela que vão desde o piso à laje nervurada - marcando as entradas, contrastado com a pintura cinza da parede e a cor cinza do piso -, placas táteis com informações do cômodo que a porta acessa, pisos táteis direcionais e alertas ao longo de toda a circulação, além dos mapas táteis.
60
EDIFÍCIO PRINCIPAL SISTEMA ESTRUTURAL O sistema estrutural do Edifício Principal é composto, principalmente, por lajes maciças e nervuradas em concreto armado - estas, feita com cubetas plásticas de polipropileno com aditivos -, apoiadas por pilares redondos de 30cm de diâmetro, contando com capitéis maciços na ligação laje-pilar. As torres de circulação vertical são de blocos de concreto resistentes à 4h de fogo, conforme exigências dos bombeiros do DF e por lajes maciças.
placas solares
cobertura n.+9,00
No subsolo, contém paredes de contenção por todo o perímetro do edifício e na rampa de acesso, esta, em concreto armado. As caixas d’água superiores são cobertas por telhas termoacústicas e fechadas por paredes de alvenaria, já as inferiores contam com o mesmo sistema estrutural do subsolo. A escolha pela sistema de laje nervurada se deu pela economia de material e leveza da estrutura, pela redução de resíduos em obra e possibilidade de reutilização de cubetas, pela agilidade e produtividade e pela estética desse sistema em concreto aparente, amplamente usado em Brasília. telhas termoacústicas i=5% com calha metálica caixa d’água superior 2x3000L por estação platibandas laje nervurada impermeabilizada
pavimento superior n.+6,00
pilares redondos em concreto armado Ø=30cm laje nervurada
mezanino n.+3,00
pilares redondos em concreto armado Ø=30cm
Fôrmas ATEX 600 Fonte: https://www.atex.com.br/pt/formas/laje-nervurada/bidirecional/
laje nervurada térreo n.0,00
circulação vertical poço do elevador conexão com Ginásio laje nervurada
subsolo n.-3,00
caixa d’água inferior 2x5000L por estação
pilares redondos em concreto armado Ø=30cm laje maciça em concreto armado
rampa em concreto armado
61
EDIFÍCIO PRINCIPAL TECNOLOGIAS E ELEMENTOS ESPECÍFICOS A ideia para refrigeração geral do edifício inclui o uso de condensadoras VRF, um sistema de climatização central, que funciona com uma única condensadora (unidade externa) para, no caso, 36 unidades internas de evaporadoras por condensadora. Com duas instaladas na cobertura e próximas ao shaft na torre de circulação vertical, têm as instalações passando por furos horizontais nas nervuras.
Além das condensadoras VRF, placas solares também são instaladas na cobertura do Edifício Principal para captação da luz solar e conversão em energia limpa, renovável, silenciosa e economia na conta de luz do Instituto Angélica Dias, podendo ser direcionada à outros projetos e gastos internos. Usando como parâmetro o caso da Escola Estadual Augusto Hannemann, na cidade de Vera Cruz/RS - que gastava em torno de R$10.000,00/mês em energia elétrica para atender 192 alunos antes de adotar a energia solar -, chega-se a um gasto aproximado de R$15.000,00/mês para atender o IAD.
SIMULADOR NEOSOLAR ON-GRID
+ condensadora VRF
evaporadoras
A utilização de brises móveis nas fachadas permitem que se tenha o controle da incidência e da luz solar no espaço interno, principamente nas fachadas Oeste e Leste. Os brises têm cor sutil, que se mesclam com a cor da fachada em concreto ripado, para que o destaque visual seja a circulação vertical com pintura amarela e a vegetação das jardineiras ao longo das fachadas.
Consumo estimado: 20.833kWh/mês, ou seja, aprox. 250.000kWh/ano Usando placas de 545W, com geração de 2,2kWh/dia, ou seja, 803kWh/ano por placa, temos:
brises
jardineira
1 placa solar - 803kWh/ano X placas solares - 250.000kWh/ano X = 311 placas solares de 545W 311 placas solares ocupam 793m², mas na cobertura do IAD cabem, no máximo, 192 placas solares de 545W, o equivalente a uma economia de 81,7% da energia elétrica do Instituto Angélica Dias
62
CORTES
+11,50
+9,00
+6,00
tótem sensorial +3,00
0,00
-3,00
CORTE EP1 ESC: 1/250 +13,00
+9,00
+6,00
+3,00
0,00
CORTE EP2 ESC: 1/250
-3,00
+13,00
+10,40 +9,00
+6,00
+3,00
0,00
CORTE EP3 ESC: 1/250
0 1 2 3 4 5
10
15m
-3,00
68
CORTES
+13,00 +11,50 +10,40 +9,00
+6,00
+3,00
0,00
CORTE EP4 ESC: 1/250
-3,00 -4,40
DET. 01 +9,00
+6,00
+3,00
0,00
CORTE EP5 ESC: 1/250
-3,00
+13,00 +11,50 +10,40 +9,00
+6,00
+3,00
0,00
CORTE EP6 ESC: 1/250
0 1 2 3 4 5
10
15m
-3,00
69
FACHADAS
FACHADA 01 ESC: 1/250
PROACEA
FACHADA 02 ESC: 1/250
FACHADA 04 ESC: 1/250
FACHADA 03 ESC: 1/250
0 1 2 3 4 5
10
15m
70
DETALHES laje nervurada aparente
PORTAS INTERNAS
iluminação embutida
faixa com pintura amarela h=65cm
pilar redondo de concreto aparente Ø30cm
porta amarela (com ou sem visor de vidro; de abrir ou de correr) h=210cm
guia acessível de cortiça
pé direito = 275 cm
parede com pintura cinza
20 cm
piso tátil alerta amarelo
10 cm
piso em granilite cinza
piso tátil direcional amarelo
PLACA TÁTIL DE IDENTIFICAÇÃO DO AMBIENTE (USADAS EM TODO O IAD)
71
DETALHES
DET. 01 - CORTE ESQUEMÁTICO ESC: 1/50
72
VISÃO GERAL COM GINÁSIO
73
FOYER E SALAS MULTIUSO
74
SUBSOLO - GARAGEM
75
RECEPÇÃO
76
SALÃO DA BIBLIOTECA
77
SALÃO CYBERCAFÉ
78
CYBERCAFÉ
79
CIRCULAÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR
80
PROACEA PROACEA
D
S
3000
3000
3000
D
3000
S
S
MAPA CHAVE
ESC: 1/1000
81
82
83
PROACEA O edifício se nomeia pelo programa que concentra suas atividades nesse espaço: o Programa de Apoio às Crianças e Adolescentes (0 a 16 anos). Foco em alfabetização, socialização, experimentação e habilitação
proacea 0 a 16 anos
- Educação Precoce - Parquinho Adaptado - Braille/Soroban/Tadoma - Artes Visuais/Cênicas/Música/Expressão Corporal/Educação Física - Informática/Laboratórios Interdisciplinares/Trabalhos em Grupo - Sala Sensorial/Jardim Sensorial/Lar Experimental/etc.
O edifício se divide em três partes, sendo elas: edifício pedagógico, Oficina de Artes e a área da piscina rasa. No primeiro, há uma parte pedagógica com salas de aula de Soroban (pode ser usada, também, para Tadoma), Braille, sala para atividades de psicomotricidade, salas de Educação Precoce em grupo e individualizada, informática e uma sala de Estimulação Sensorial - com materiais de estimulação, brinquedos adaptados e táteis, materiais de estimulação visual pisos táteis de variadas cores, iluminação RGB para diferentes ambientações, armários de cortiça para toque confortável, parede para peças de encaixe com formas e cores diversas, ar condicionado (frio) e caleifação (quente), brises móveis para controle de luz, redes de escalada e pisos de materiais diferentes. Além da parte pedagógica, conta com uma coordenação e uma secretaria voltadas exclusivamente ao PROACEA, uma sala de professores, DML, cabine PCD, banheiros feminino e masculino e um núcleo de descanso com bancos sinuosos iluminados pelos domos, assim como na circulação interior.
teriais de apoio para as aulas e workshops que ocorrem no espaço, como cavaletes, mesas amplas, materiais artísticos, uma pia central de apoio e prateleiras. O espaço possui grandes esquadrias de vidro para entrar bastante iluminação, tanto nas janelas quanto nas portas de entrada e também possui teto verde. Uma dá acesso à terceira parte - a piscina - e a outra dá acesso à área externa coberta por um pergolado metálico com cobertura de policarbonato e vegetação, em que se propõe atividades artísticas ao ar livre e funciona como uma galeria de exposição, onde mobiles, esculturas, quadros e outras expressões de arte possam ser penduradas e/ou expostas. Já a terceira parte consiste na piscina rasa exclusiva para o uso de crianças e bebês, separadas da piscina funda que se encontra no Ginásio, esta, exclusiva para adolescentes e adultos. A piscina é cercada por grade para que tenha mais segurança para as crianças PCD visual, já que a adaptação do terreno próxima à piscina tem um desnível considerável e, portanto, perigoso. O PROACEA possui paredes externas revestidas em concreto ripado, tanto no edifício pedagógico quanto na Oficina de Artes, portas amarelas contrastando com o piso cinza, pisos táteis e guias de cortiça por toda sua circulação principal. Remetem ao material das jardineiras do Edifício Principal, assim como os pilares rendondos e a escolha de cores cinzentas e amarelas. Na fachada posterior, possui jardineiras semelhantes às do edifício citado e, também, possui brises amarelos para compor a fachada e para controle de luz interna, principalmente na sala de Estimulação Sensorial.
PARTE 3: PISCINA RASA
Os acessos se dão pelo Edifício Principal, conectados por uma rampa com guarda-corpo acessível coberta por cobertura de policarbonato e pela área verde central do projeto. Na frente de sua fachada principal, encontra-se um parquinho com brinquedos de madeira adaptados e seguros e, em sua cobertura, há um teto verde com vegetação aromática, domos de policarbonato com ventilação, duas caixas d’água de 5.000L cada e uma condensadora VRF. A segunda parte é a Oficina de Artes, destacada desse primeiro edifício, possui um estúdio para atividades de artesanato e criação, equipada com ma-
PARTE 1: EDIFÍCIO PEDAGÓGICO PARTE 2: OFICINA DE ARTES
0 1 2 3 4 5
10
15m
84
PROACEA SISTEMA ESTRUTURAL O PROACEA conta uma rampa de conexão em concreto armado coberta por uma estrutura metálica com policarbonato entre o Edifício Principal e o edifício em questão. Utiliza o sistema laje-viga-pilar, sendo os pilares externos redondos e em concreto pigmentado de amarelo, já os internos são retangulares e “somem” nas vedações internas de alvenaria e drywall. As vigas são invertidas para funcionarem como uma jardineira para o teto verde e possibilitarem que a circulação externa tenha laje aparente lisa, esta, formando um beiral e com furos para que os domos de iluminação/aeração possam funcionar na circulação. A caixa d’água de é envolvida por paredes e coberta por telhas termoacústicas de fácil manutenção.
Já a Oficina de Artes também conta com o sistema estrutural de laje-viga-pilar, mas nesse caso as vigas não são invertidas e o teto verde é contido por platibandas que se nivelam às vigas invertidas do edifício à esquerda. Possui pergolado metálico com pintura amarela e com cobertura em policarbonato.
TECNOLOGIAS Na cobertura, há uma condensadora VRF (sistema de ar condicionado central) com capacidade para 36 evaporadoras, conta com o sistema autoirrigável ZinCo de teto verde semi-intensivo, brises móveis nas janelas posteriores para controle de luz e domos de policarbonato para iluminação/ventilação.
telha termoacústica i=5%
OFICINA DE ARTES
calha metálica caixa d’água
platibandas
domos
teto verde
teto verde
condensadora VRF laje de cobertura
vigas invertidas laje de cobertura
vigas
policarbonato
policarbonato pilares calha metálica
teto verde - sistema ZinCo
pergolado metálico
estrutura metálica
laje de piso int.
pilares internos
laje de piso ext.
rampa de conexão
laje de piso
pilares redondos ext. concreto amarelo
domos para iluminação com aeração
85
CORTES
0 1 2 3 4 5
10
15m
+3,45
0,00
-0,50
+5,00
0,00
-0,41
-3,00
CORTE P1 ESC: 1/250
+3,45
+2,95
DET. 01
+2,95
-0,41
-0,50
-3,00
CORTE P2 ESC: 1/250
88
CORTES
0 1 2 3 4 5
DET. 01
10
15m
+5,00 +3,45
+2,95
-0,41
CORTE P3 ESC: 1/250
lar experimental
+3,45 +2,20
-0,50
CORTE P4 ESC: 1/250
89
FACHADAS
0 1 2 3 4 5
FACHADA 01 ESC: 1/250
FACHADA 03 ESC: 1/250
10
15m
FACHADA 02 ESC: 1/250
FACHADA 04 ESC: 1/250
90
DETALHES
AMP. 01
DET. 01 - COBERTURA COM TETO VERDE E DOMOS ESC: 1/25
AMP. 01 - AMPLIAÇÃO DO SISTEMA TETO VERDE E DOMO ESC: 1/10
91
OFICINA DE ARTES - INTERIOR
92
SALA DE EDUCAÇÃO PRECOCE EM GRUPO
93
CIRCULAÇÃO PROACEA
94
SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL
95
SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL - ESQUEMA DAS LUZES
96
GINÁSIO GINASIO
D
S
3000
3000
3000
D
3000
S
S
MAPA CHAVE
ESC: 1/1000
97
98
GINÁSIO O Ginásio engloba a parte esportiva do Instituto Angélica Dias, criada para os alunos e para a comunidade – esta, podendo usufruir do espaço mediante autorização ou aluguel para eventos esportivos. É equipado com pisos táteis e sinalização acessível, sala de expressão corporal para aulas de dança, teatro, fisioterapia, etc.; sala de lutas com tatame emborrachado; piscina funda para adultos e adolescentes; quadra poliesportiva que permite adaptação para esportes voltados aos PCD visuais como golbol e futebol de 5, além de espaço para eventos de lutas, apresentações, feiras e outros. Também possui vestiários e banheiros com adaptações PCD e um depósito para materiais de apoio.
SISTEMA ESTRUTURAL
Os acessos ao ginásio se dão pela conexão interna entre o Edifício Principal e a área da quadra; acesso do público pela praça do Ginásio – logo à frente de sua fachada frontal –, essa contendo espaços de convívio comunitário, elementos interativos – como as paredes interativas e tótem sensorial –, bicicletário e estacionamentos PCD. Outros acessos são feitos pela área verde interna do projeto, um próximo à trilha sensorial e outro próximo ao Edifício Principal. A cobertura da quadra poliesportiva é composta por telhas termoacústicas ancoradas em perfis metálicos e é estruturada por treliça espacial com pintura amarela sustentada por pilares redondos em concreto armado. Nas laterais da treliça são soldadas chapas metálicas grossas com pintura amarela que não vedam totalmente a área da quadra, possibilitando ventilação e iluminação natural e configuram um marco visual no projeto. Já as paredes externas do edifício são em concreto e toda sua linguagem visual procura remeter à cor, material e estrutura do Edifício Principal. A escolha de concreto ripado nas paredes da caixa d’água – três caixas d’água de 10.000L – também remetem à linguagem das jardineiras do Edifício Principal e das paredes do edifício do PROACEA. Além da cobertura da quadra, os outros ambientes são cobertos por laje de concreto armado impermeabilizada sustentada por vigas e pilares em concreto armado. No interior, possui forro de gesso (pé direito de 2,6m), menos na área da piscina, onde as vigas e laje ficam expostas, podendo ser vistas através das grandes esquadrias de vidro.
calha metálica chapa grossa 1cm calha metálica perfil de reforço nas extremidades telha termoacústica i=5% perfil “C” reforçado
treliça espacial caixa d’água
platibandas laje impermeabilizada i=2% pilares da quadra com ligação pé-de-galinha
vigas
paredes externas de concreto
conexão em paredes de concreto e laje
pilares interiores
laje de piso
99
CORTES
DET. 01
+7,80 +5,70
tótem sensorial
+2,70
-0,50
CORTE G1 ESC: 1/250
+7,80
trilha sensorial
+3,00
+2,70
-0,50
CORTE G2 ESC: 1/250
+7,80 +5,70
paredes interativas +2,70
-0,50
CORTE G3 ESC: 1/250
0 1 2 3 4 5
10
15m
102
FACHADAS
IAD SAMAMBAIA
FACHADA 01 ESC: 1/250
FACHADA 03 ESC: 1/250
FACHADA 02 ESC: 1/250
parede para grafite local
FACHADA 04 ESC: 1/250
0 1 2 3 4 5
10
15m
103
DETALHE
ENCAIXE MACHO-FÊMEA PERFIL TUBULAR
AMP. 01
DET. 01 - LIGAÇÃO METÁLICA E COBERTURA ESC: 1/25
SOLDA PARAFUSO CHAPA METÁLICA CIRCULAR AMP. 01 - AMPLIAÇÃO DA LIGAÇÃO DA BASE (3D) Fonte: Terminal Intermodal em Cruciúma/SC - Concurso CAU/SC
104
QUADRA POLIESPORTIVA
105
PISCINA FUNDA
106
LAR EXPERIMENTAL LAR EXPERIMENTAL
D
S
3000
3000
3000
D
3000
S
S
MAPA CHAVE
ESC: 1/1000
107
108
109
LAR EXPERIMENTAL O Lar Experimental foi projetado com o intuito de simular uma habitação térrea de aproximadamente 80m² e pé direito de 2,6m – semelhante às habitações do contexto urbano próximo – para aplicação do módulo pedagógico de Atividades de Vida Autônoma. Essas atividades socioeducativas consistem em autocuidado, alimentação, afazeres e condutas no ambiente em que se vivem. Nele, os alunos dispõem de sala de estar equipada com TV e sofá, sala de jantar com mesa e aparador, cozinha equipada, área de serviço descoberta com parede de cobogós amarelos para ventilação lateral, circulação em corredor que dá acesso ao quarto, à suíte com jardineira e ao banheiro com adaptação PCD. Os ambientes são ventilados, possuem cores claras e são iluminados, com possibilidade de controle da luz e do calor através de brises metálicos perfurados móveis. A ideia foi manter a linguagem visual entre o Lar e o Edifício Principal. Para isso, a entrada e a caixa d’água – com paredes de pintura amarela e porta principal de cinza escuro para contraste – agem como um marco visual semelhante às caixas de escada e elevador do Edifício. Possui brises metálicos perfurados na mesma linguagem das portas pivotantes do foyer e dos brises móveis presentes no térrreo do Edifício Principal, diferentes apenas na cor. A escolha para o sistema estrutural foi a mais convencional: sistema viga-pilar-laje de concreto armado e alvenaria para as vedações. A cobertura possui beiral de 80cm e treliças metálicas para suporte das telhas termoacústicas e das calhas metálicas, envolvidas por platibandas.
SISTEMA ESTRUTURAL telhas termoacústicas i=5% (possível desencaixe para manutenção da caixa d’água)
calha metálica fechamento da caixa d’água 1500L
platibandas
telhas termoacústicas i=5%
calha metálica
treliças metálicas calha metálica
laje de cobertura
vigas
pilares
laje de piso
110
0m
CORTES
1
2
3
4
6m
+3,60
DET. 01 +2,60 +2,10
-0,95
CORTE L1 ESC: 1/100
113
0m
CORTES
1
2
3
4
6m
+3,60
+2,60 +2,10
-0,95
CORTE L2 ESC: 1/100
114 XX
horta, jardins e trilha sensoriais horta, jardins e trilha sensoriais
116
HORTA SENSORIAL A horta sensorial no Instituto Angélica Dias, próxima ao Lar Experimental, funciona como local para plantio de espécies de hortaliças e frutíferas que evocam os sentidos, principalmente o olfato, paladar, tato e visão.
ESPÉCIES DA HORTA
Também engloba as diretrizes de utilização responsável do solo e manejo de resíduos presentes na certificação do BREEAM® pelo aspecto pedagógico e incentivo à consciência ecológica, além de conter minhocários próximos para compostagem, gerando adubo para a horta e demais áreas verdes.
Jabuticaba (frutífera)
Pitanga (frutífera)
Amora (frutífera)
Tomate (frutífera)
Cebolinha (hortaliça)
Camomila (hortaliça)
Hortelã (hortaliça)
Alecrim (hortaliça)
Manjericão (hortaliça)
minhocários
117
JARDINS SENSORIAIS Assim como a horta sensorial, o jardim sensorial propõe o uso dos sentidos como parte da proposta pedagógica com espécies de diferentes cheiros, texturas e cores.
ESPÉCIES DOS JARDINS
A ideia é que, principalmente as espécies frutíferas, estejam próximas da horta sensorial, da trilha sensorial e das praças. As demais espécies citadas ao lado e outras como mangueira, flamboyant, etc. estarão espalhadas pelas área verdes do lote em que o projeto se encontra a fim de sombrear e permear o projeto, incorporando o conceito de biofilia.
Ipês (cor, textura)
Lavanda (cheiro, cor, textura)
Jasmin (cheiro, textura)
Caliandra (cor, textura)
Angélica (cheiro, textura)
Bromélias (cheiro, cor, textura)
Chuveirinho (textura)
Sibipiruna (cor, textura)
Capim barba-de-bode (textura)
Suculentas (cor, textura)
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TRILHA SENSORIAL A trilha sensorial propõe criar um caminho com diferentes materiais no chão para que seja percorrido, explorando os sentidos táteis, olfativos e auditivos. Por segurança, é equipada com guarda-corpo de madeira para guiar os usuários, possui vegetação em lugares estratégicos para simular locais com sombreamento e locais com exposição solar e é finalizada com água para lavar os pés e as mãos.
PINUS SOLTO
RIPAS DE MADEIRA
N ÁGUA
BOLAS DE METAL
GRAMA SEIXOS CASCALHO
LAMA BORRACHA
CIMENTO FENO
AREIA
119
TRILHA SENSORIAL
120
DETALHES URBANOS detalhes urbanos
121
2.7
2.5
campo de futebol existente
6
área verde
ciclovia existente
A
mobiliário
A
via elevada
via
piso tátil
residências
CORTE E ELEMENTOS URBANOS
25 36.2
IAD
2.5
praça
.7 1.3 .7
área verde
ciclovia existente
6
ESC: 1/250
mobiliário via interna + faixa elevada
mobiliário calçada mobiliário
IMPLANTAÇÃO
via
residências
CORTE AA - contexto atual
ESC: 1/750 rampas acessíveis
ciclovia
1.6
3
6.4
9.5
8.1
39.8
CORTE AA - proposta
ESC: 1/250
122
TÓTEM SENSORIAL
banco em madeira para área externa
Ø 30 cm variante com jardim
seixos rolados 42 cm metal inoxidável 200 cm
concreto pigmentado pavimento colmeia área=12,5m²
variante com pétalas no piso
apoio do banco em concreto circular
piso tátil alerta amarelo
variante sem pétalas no piso
piso externo em placas cimentícias drenantes 123
PAREDES INTERATIVAS E ASFALTO DRENANTE ciclovia existente asfalto drenante
01. chuva
01
02. calçada 02
parede de tijolos aparentes com banco 03
área verde parede com textura de escama esverdeada
04 05
parede com estuque pigmentado vermelho piso externo em placas cimentícias drenantes
06 07
03. asfalto cimentício drenante 04. camada de nivelamento 05. base de pedras com dreno 06. manta geotêxtil 07. solo
As paredes interativas encontram-se na praça do Ginásio e propõem – com suas diferentes texturas, cores e seus detalhes – experiências sensoriais táteis lúdicas. É possível percorrer e tocar as paredes de 1,5m de altura, perpassar as cavidades de diferentes tamanhos e alturas na parede esverdeada e sentar ou subir no banco de madeira engastado na parede de tijolos aparentes. O asfalto adicionado no projeto será de material cimentício drenante, desde a nova via entre a 1ª Avenida Sul e o lote e as vias internas criadas no lote, a fim de ajudar na permeabilidade do solo e drenagem urbana.
124
bibliografia BIBLIOGRAFIA
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