Instituto Angélica Dias - Centro de Apoio às Pessoas com Deficiência Visual

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INSTITUTO ANGÉLICA DIAS Centro de Apoio às pessoas com deficiência visual

instituto angelica dias centro de apoio as pessoas com deficiencia visual


círculo amarelo

+

universidade de brasília faculdade de arquitetura e urbanismo

cor roxa (contraste)

sigla

olho flor angélica

=

diplô 2 1.2021

victória dias de lima 150023146

orientadora: raquel naves blumenschein

banca examinadora: oscar luís ferreira VIRIDIANA GABRIEL GOMES

logomarca

brasília, 2021




Angélica

Victória

prefácio O Instituto Angélica Dias leva, como homenagem, o nome da minha tia materna, com deficiência visual desde os primeiros dias de vida, formou-se em Pedagogia, atuando como professora e diretora no CEEDV – Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, no Distrito Federal (DF) – e em Direito, hoje concursada na Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Impulsionada pelas várias conquistas da minha tia enquanto cidadã, educadora, trabalhadora e com deficiência visual – o que não a impediu de insistir em seus propósitos –, também pelo reconhecimento das pessoas com deficiência visual (PDV) na sociedade e a fim de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Arquitetura e Urbanismo, optei pelo desenvolvimento de um Centro de Apoio Especializado voltado às pessoas com deficiência visual.

(...) nós não deveríamos estar desenhando para o ‘homem normal’ ou a ‘mulher normal’, isto não existe. Qualquer coisa pode acontecer com qualquer pessoa e modificar suas limitações físicas. Chris Downey para Sana Jahani (2015, tradução nossa)


agradecimentos Expresso, primeiramente, gratidão à minha família, que esteve comigo ao longo de toda minha vida, me incentivando e reerguendo em todos os altos e baixos que vieram e que ainda virão. Em especial à minha tia Angélica – a “musa” do meu projeto final –, aos meus amados irmãos Lucas e Luci, à minha mãe e ao meu padrasto – que tudo fizeram e fazem por mim –, ao meu pai (in memoriam) e minha madrasta – os quais sempre me deram apoio e continuam a dar, ainda que seja no plano espiritual! Agradeço aos meus grandes amigos e amigas do Sigma, que são uma verdadeira família para mim, sem vocês eu não sei o que seria de mim! Agradeço aos amigos que conheci na FAU – meu Tek Bonde – que tornaram tudo mais engraçado e suportável, sempre ajudando na vida e na graduação, levo vocês para sempre no meu coração. Também agradeço aos demais amigos – principalmente minhas irmãs do ICP –, parceiros e colegas que conheci ao longo da minha caminhada, cada um tem seu papel e influência em me tornar o que hoje sou. Um obrigada especial à minha orientadora Raquel Blumenschein – sempre me acalmando, compreendendo e compartilhando conhecimento –, aos membros da minha banca, Oscar Luís Ferreira e Viridiana Gomes, pelo acompanhamento do meu trabalho e por trazerem observações enriquecedoras e à Universidade de Brasília, por proporcionar ensino gratuito e de qualidade durante minha graduação, viabilizando meu crescimento profissional e pessoal. Por último, mas não menos importante, agradeço aos diversos arquitetos e arquitetas que me ajudaram seja em estágios ou em encontros esporádicos, em especial à minha amiga, chefe e arquiteta Renata Mendes Correa – que me ajudou profissional e pessoalmente, acompanhou minhas palhaçadas e se fez disponível nos momentos mais difíceis dessa etapa final. Todos vocês são parte de mim e me inspiram a ser melhor. Obrigada!

“Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho” Tom Jobim


sumário INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVAS OBJETIVOS ENTREVISTAS

REFERENCIAL TEÓRICO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO PARA AS PDV NO BRASIL A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA O CENTRO DE APOIO ESPECIALIZADO OS SENTIDOS NA EDUCAÇÃO PARA PDV E SURDOCEGOS DESIGN INCLUSIVO NA EDUCAÇÃO

CONDICIONANTES CARACTERÍSTICAS DO USUÁRIO CONDICIONANTES POLÍTICAS/LEGAIS CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS CONDICIONANTES SUSTENTÁVEIS CONDICIONANTES ECONÔMICAS CONDICIONANTES TÉCNICAS E TECNOLÓGICAS CONDICIONANTES FUNCIONAIS

REFERÊNCIAS PROJETUAIS NO MUNDO NO BRASIL URBANO OUTRAS REFERÊNCIAS

caracterização da área de projeto TERRENO USO DO SOLO E PARÂMETROS URBANÍSTICOS ANÁLISE BIOCLIMÁTICA

diretrizes projetuais CONCEITOS DE PROJETO EIXOS DE FORÇA NORTEADORES ÁREAS E PONTOS DE RELEVÂNCIA ESTUDO DE ZONEAMENTO

PARTIDO ARQUITETÔNICO O PARTIDO STORYBOARD VISÃO GERAL

1 2 5 7

8 9 10 10 11 12

13 14 15 17 18 19 20 21

22 23 28 33 34

35 36 36 38

39 40 41 42 43

44 45 46 47

PROGRAMA DE NECESSIDADES

48

PROGRAMA DE NECESSIDADES FLUXOGRAMA

49 54

SITUAÇÃO E IMPLANTAÇÃO

55

PLANTA DE SITUAÇÃO PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

56 57


sumário EDIFÍCIO PRINCIPAL SOBRE SISTEMA ESTRUTURAL E TECNOLOGIAS DESENHOS TÉCNICOS DETALHES E RENDERS

EDIFÍCIO PROACEA SOBRE SISTEMA ESTRUTURAL E TECNOLOGIAS DESENHOS TÉCNICOS DETALHES E RENDERS

GINÁSIO SOBRE SISTEMA ESTRUTURAL E TECNOLOGIAS DESENHOS TÉCNICOS DETALHES E RENDERS

LAR EXPERIMENTAL RENDERS SOBRE SISTEMA ESTRUTURAL DESENHOS TÉCNICOS DETALHES

HORTA, JARDIM E TRILHA SENSORIAIS HORTA SENSORIAL JARDINS SENSORIAIS TRILHA SENSORIAL

detalhes urbanos CORTE E ELEMENTOS URBANOS TÓTEM SENSORIAL PAREDES INTERATIVAS E ASFALTO DRENANTE

BIBLIOGRAFIA

AGRADECIMENTOS/CRÉDITOS: • PEDRO TORRES - ASSESSORIA BIM/ARCHICAD • PABLO KOSINSKI - RENDERS • JOÃO QUINTILIANO @laboratorioaberto - IMPRESSÃO 3D

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INTRODUÇÃO introducao

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JUSTIFICATIVAS O projeto de um Centro de Apoio voltado às pessoas com deficiência visual (PDV) foi impulsionado pelas dificuldades de assistência pedagógica, psicológica, de adaptação espacial e de inclusão social visíveis em nossa sociedade acerca dessas – inclusive vivenciado pela minha tia Angélica.

inclusão social falta de acessibilidade na cidade e nos ambientes construídos

CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988)

busca de qualificação para oportunidades de emprego

obstáculos físicos e sociais falta de assistência

busca por independência cotidiana

Também fomentaram a escolha pelo tema os direitos humanos e legais, presentes na Constituição Federal de 1988, que procuram garantir uma vida digna e autônoma às pessoas com deficiência visual, no âmbito do direito social, da união, da administração pública, do emprego e da aposentadoria, da assistência social, da educação, cultura e esportes, da família e das adaptações arquitetônicas e urbanísticas acessíveis.

falta de centros de referência fora do plano piloto

busca por segurança nos espaços

GARANTIAS

Art. 7, XXXI

DIREITOS SOCIAIS - "proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;"

Art. 23, II

DA UNIÃO - "cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;"

Art. 24, XIV

DA UNIÃO - "proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;"

Art. 37, VIII

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - "a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;"

Art. 40, § 4º

DOS SERVIDORES PÚBLICOS - "É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I – portadores de deficiência;"

Art. 201, § 1º

DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - "vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar."

Art. 203, IV e V

DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - "IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;" "V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei."

Art. 208, III

DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DO DESPORTO - "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;"

Art. 227, § 1º, II e § 2º

DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO - "§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem (...)" "II – criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência" § 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

Art. 244

DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS - "A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º".

Constituição Federal de 1988 e suas garantias acerca das PDV. Fonte: Câmara dos Deputados, 2019.

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JUSTIFICATIVAS A visão é o sentidos considerado como o mais dominante dentre os cinco existentes (OMS, 2019) – visão, olfato, paladar, tato e audição. Essa preferência veio moldando o mundo atual acerca do tratamento e inclusão das pessoas que possuem visão comprometida na sociedade, as quais buscam segurança, autonomia, reconhecimento e oportunidades.

Também chama atenção a quantidade de pessoas com deficiência visual que são analfabetos, conforme tabela feita por Gonçalves, Meletti e Santos (2015), com dados do Censo 2010, dificultando a inserção dessas no mercado de trabalho e nas universidades.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006 foi um marco para a mudança de atitude perante as pessoas com deficiência na sociedade mundial. Leva a um novo patamar o movimento de ver as pessoas com deficiência como ‘objetos’ de caridade, tratamento médico e proteção social, para ver as pessoas com deficiência como ‘sujeitos’ com direitos, capazes de reivindicar esses direitos e tomar decisões por suas vidas com base em seu consentimento livre e esclarecido, além de serem membros ativos da sociedade. (ONU, 2006, tradução nossa) De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu relatório “World report on vision” (2019), cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo possuem alguma deficiência visual – dificuldade de enxergar, baixa visão ou cegueira – e destas, pelo menos um bilhão dos casos poderiam ter sido evitados ou tratados. No Brasil, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de acordo com o Censo Demográfico 2010 constam que 3,44% da população (6.562.910 pessoas) possui deficiência visual, sendo 506.377 pessoas com cegueira e outras 6.056.533 pessoas com grande dificuldade de enxergar, mostrando que uma considerável parcela do país precisa de assistência e infraestrutura voltada ao público com deficiência visual. ESFERA

Nº DE PDV

MUNDO

2.200.000.000

BRASIL

6.562.910

CAUSAS COMUNS Degeneração macular por envelhecimento, catarata, glaucoma, erros refrativos não corrigidos, retinoplastia diabética, doenças como diabetes, artrite reumatoide e esclerose múltipla e o uso de certos medicamentos e esteroides.

FONTE OMS

População com deficiência visual segundo alfabetização e idade. Fonte: Gonçalves, Meletti e Santos, 2015.

Segundo Matheus Ferreira (2015), as pessoas com deficiência visual são as que possuem “índices de empregabilidade inferiores e taxas de desemprego superiores às das pessoas sem deficiência”. Tal fato se dá pela discriminação do trabalhador com deficiência visual causadas pela ausência de adaptações acessíveis no ambiente de trabalho. Auditiva 23% Visual

7% 6%

Intelectual

53% 1%

Física

10%

Múltipla Reabilitado

IBGE

Trabalhadores com deficiência, por tipo de deficiência. Fonte: RAIS/2011 – MTE apud FERREIRA, 2015.

03


JUSTIFICATIVAS De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD 2018) da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a estimativa populacional do Distrito Federal é de 2.881.854 residentes, das quais 2,7% possuem deficiência visual, ou seja, aproximadamente 77.810 pessoas. Neste documento, a forma de divulgação dos resultados foi feita por grupos de Regiões Administrativas (RAs) e consta que o Grupo 3 (média-baixa-renda) – composto pelas RAs: Brazlândia (1), Ceilândia (2), Planaltina (3), Riacho Fundo (4), Riacho Fundo II (5), SIA (6), Samambaia (7), Santa Maria (8) e São Sebastião (9) – tem uma população de 1.269.601 pessoas, detendo também a maior quantidade de pessoas com cegueira ou dificuldade de enxergar (38.950 pessoas) e que precisam de apoio pedagógico, social e psicológico específico. A principal escolha é a RA XII Samambaia (7) como local de projeto pela centralidade no Grupo, pela disponibilidade de terreno e pela presença de linhas e estações de metrô na região, conforme mapa ao lado. As PDV vivem a cidade e os espaços construídos, realizam atividades cotidianas para suas vivências e sobrevivências, incluindo lazer, cultura, educação, transporte e emprego. Para garantia de qualidade de vida, o acesso às tecnologias e ao conhecimento – guiados por uma boa educação adaptada às suas necessidades, incluindo a linguagem, numerologia, a mobilidade e orientação, a informática etc. – se tornam imprescindíveis para que surjam oportunidades de emprego de forma a garantir seu sustento e de sua família e de se sentir efetivamente um membro ativo da sociedade e autônomo. (...) antes de sermos cegos, somos cidadãos e fazemos parte de toda essa estrutura da sociedade enquanto deficientes visuais, claro que precisamos ter acesso a algumas coisas de forma diferenciada, mas exercemos nosso papel como qualquer outra pessoa comum. (Alceu Kuhn, 2018)

Pessoas com dificuldade permanente de enxergar, Distrito Federal, 2018. Fonte: PDAD 2018 – Codeplan

1 3 6 2

9

8 Regiões Administrativas Arniqueira

Além disso, a falta de infraestrutura acessível no âmbito urbano e arquitetônico também é uma barreira para a inclusão e livre circulação das PDV, que precisam de adaptações nos edifícios, pisos táteis, calçadas seguras e com qualidade, acesso à informação através de recursos táteis, sinais sonoros e diversas outras pontuações que normas como a NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) traz como diretrizes projetuais acessíveis.

4 5

7

Brazlândia Candangolândia Ceilândia

Cruzeiro

Jardim Botânico

Park Way

Riacho Fundo

Santa Maria

Fercal

Lago Norte

Planaltina

Riacho Fundo II

Sobradinho

Gama

Lago Sul

Plano Piloto

SCIA

Sobradinho II

Guará

Núcleo Bandeirante

Pôr do Sol

SIA

Sudoeste/Octogonal

Itapoã

Paranoá

Recanto das Emas

Samambaia

São Sebastião

Taguatinga

Varjão

Vicente Pires

Águas Claras

Linha do metrô

Mapa do Distrito Federal e suas Regiões Administrativas por cor. Escala 1:400.000. Fonte: Geoportal – SEDUH.

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OBJETIVOS A proposta do Instituto Angélica Dias – um Centro de Apoio gratuito e complementar ao ensino regular – surgiu com o propósito de descentralizar e diluir os atendimentos especializados no DF e Entorno, visto que, atualmente, a única instituição educacional especializada da região no atendimento às pessoas com deficiência visual (PDV), o Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV), encontra-se no Plano Piloto.

Arquiteto, Cliente

habilitação, reabilitação e capacitação de pdv Complemento ao ensino regular

Centro de apoio especializado gratuito

Apoia-se no projeto de ambientes que contemplem as necessidades específicas dos usuários, sendo eles interativos, seguros, confortáveis e acessíveis para crianças, adolescentes, adultos e idosos com deficiência visual, utilizando materiais, técnicas e revestimentos específicos que sejam confortáveis e seguros ao toque, tenham cores contrastantes, exprimam qualidade luminosa e conforto ambiental – além de aguçar os demais sentidos dos usuários – como parte da proposta arquitetônica, pedagógica, psicológica e social. Esses espaços adaptados e bem equipados têm como objetivo assegurar às PDV habilitação, reabilitação e capacitação para que consigam inclusão na sociedade, no mercado de trabalho e educação acessível, além de desenvolvimento de habilidades e competências sociais e educacionais para formação de um membro ativo da sociedade, incluindo o respeito à diversidade, previsto pela Constituição Federal e por diversos recursos legais em nível federal e distrital. O Instituto contará com espaços de uso comunitário, espaços flexíveis e eventos periódicos que envolvam a comunidade e os usuários a fim de gerar lucros para a instituição e reforçar a inclusão social. Outro objetivo é locar o projeto, preferencialmente em Samambaia, em área que contemple sistema viário necessário para acesso de automóveis, de ônibus e que tenha proximidade com as estações de metrô existentes, qualificando o contexto urbano para acessibilidade da maioria dos usuários do Instituto Angélica Dias.

referência além do plano piloto

espaços acessíveis, adaptados e bem equipados inclusão social 05


ENTREVISTAS

Estudante

ENTREVISTA 01

ENTREVISTA 02

ENTREVISTA 03

Nome e Idade: Denise Braga, 41 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/adquirida

Nome e Idade: Reginaldo Guabiraba Alves, 44 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/congênita

Nome e Idade: Fernando Rodrigues, 43 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/adquirida

Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF?

Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF?

Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF?

Resposta 1: O ensino especial – que muitos chamam de inclusivo – para mim, ainda não garante a inclusão total das pessoas com deficiência, pois a inclusão completa engloba tanto a parte educacional/pedagógica/conteudista, quanto a social. Hoje, a realidade ainda não é a de professores preparados, partindo do princípio básico de se especializar em Braille ou Libras.

Resposta 1: Acredito ser de extrema importância, principalmente na fase de alfabetização, uma vez que esta etapa para a criança é primordial e na escola regular ela não terá um ensino eficaz, visto que boa parte dos docentes não estão preparados para esta finalidade. Já no caso dos adultos, a importância ainda se torna maior por conta das atividades corriqueiras que não são oferecidads no EJA (Educação para Jovens e Adultos).

Resposta 1: Fiquei deficiente aos 6 anos de idade por descolamento de retina e acredito que a educação mais eficaz para as pessoas com deficiência visual sejam os atendimentos individualizados que são oferecidos no DF, mas que precisam de melhores equipamentos. Existem as salas de recurso que dão suporte para escolas regulares - além do CAP - mas acredito que atendam 60% das necessidades das pessoas com deficiência.

Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência?

Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência?

Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência?

Resposta 2: Sim. Perdi a visão aos 24 anos e no Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV) fui reabilitada, onde, além de aprender a escrita braille, a própria convivência com outras pessoas também com deficiência visual me fez ampliar os conhecimentos e entender que eu poderia ir além. Assim, com esses colegas que me inspiraram a ir atrás de me reabilitar no estudo e na vida social, hoje sou professora da Secretaria de Educação, depois de ter concluído minha faculdade de Nutrição – que eu tinha trancado – porque, ao perder a visão, não sabia das minhas capacidades.

Resposta 2: Sim. Estudei no CEEDV, que antes se chamava EDV (Escola de Deficientes Visuais). Não tenho muitas recordações, mas comecei na Educação Precoce, depois passei pela alfabetização e, na época, tinha somente até o CB (Currículo Básico). Então, a partir da terceira série é que fui para o ensino regular.

Resposta 2: Sim. Me alfabetizei no CEEDV com atendimento individualizado e a experiência para mim foi muito bacana, até porque lá temos contato com outras pessoas na mesma situação, que ajuda a pessoa a aceitar a sua deficiência.

Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual? Resposta 3: Acredito que o mais importante seja o acolhimento por pessoas preparadas a entenderem as diversidades do ser humano, sejam eles com ou sem deficiência. Ou seja, profissionais preparados com as especificidades de cada deficiência.

Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual? Resposta 3: Não pode faltar uma ênfase na prática, já que atualmente a educação nessa área é muito superficial e nem sempre a realidade retratada pelo Centro de Ensino condiz com a realidade do mundo.

Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual? Resposta 3: É importante ter pedagogos formados que tenham conhecimento em sistema Braille e Soroban e que compreendam a deficiência, porque o curso profissionalizante sozinho não ajuda o profissional a compreender totalmente a deficiência. É importante o Centro ter regletes, máquinas e impressoras Braille, lupas, gravador, mapa tátil, gráficos táteis e outros materiais como computadores com potência e impressora 3D para montar os materiais.

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ENTREVISTAS ENTREVISTA 04

dar continuidade a esse trabalho em casa também.

Nome e Idade: Viviane Santos, 24 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/congênita

Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual?

Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF? Resposta 1: Para mim, a educação de pessoas com deficiência visual nas escolas do DF necessita de grandes melhoras. No CEEDV, quando a criança com deficiência visual é habilitada lá, essa criança dá continuidade ao seu desenvolvimento escolar nas escolas regulares inclusivas. Porém, a grande dificuldade é que são poucas as escolas que estão preparadas para receber a criança que saiu do Centro Especializado para a inclusão, já que poucas escolas no DF possuem sala de recursos multifuncionais, com equipamentos adequados para a confecção e a adaptação de materiais para o melhor aprendizado dessas crianças e adolescentes em idade escolar. Por isso, faz-se necessária a adaptação de mais escolas para que essas crianças tenham a autonomia de escolher onde querem estudar. Muitas vezes, elas optam por estudar nessas escolas que são consideradas como modelo de inclusão e que geralmente são distantes da residência dessas pessoas Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência? Resposta 2: Sim. eu fui para o Centro Especializado quando eu era bebê. Lá, fiz estimulação precoce, fiz a etapa da educação infantil e fui alfabetizada no sistema Braille. Foi uma experiência muito importante para o meu desenvolvimento pessoal e social também. Houve um acompanhamento por parte dos profissionais em todo o meu processo de desenvolvimento. Eles trabalharam com o estímulo do tato da audição E de todos os sentidos que eu poderia usar para ajudar nesse processo de habilitação. Eles trabalharam também todas as questões relacionadas a coordenação motora e orientaram a minha família para

Resposta 3: Para se construir uma escola projetada para o atendimento de pessoas com deficiência visual não deve faltar profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional e professores capacitados no sistema Braille. Além disso, deve-se ter a preocupação em estimular as pessoas com deficiência visual a terem autonomia e independência na suas atividades pessoais e na suas relações sociais. É necessário ter equipamentos adequados para o ensino do Braille e as ferramentas para atender crianças e adultos com deficiência visual. Deve-se pensar, também, nas pessoas que adquiriram a deficiência após a vida adulta.

ENTREVISTA 05 Nome e Idade: Mizael Conrado de Oliveira, 43 anos Grau/tipo de deficiência visual: Cegueira total/Adquirida Pergunta 1: Qual sua opinião sobre a educação e as escolas para as pessoas com deficiência visual no DF? Resposta 1: Morei em Brasília por apenas 8 anos, de 2009 a 2016, então minha opinião é embasada apenas na experiência que tive, pois precisei do atendimento de educação especial por conta do meu filho David, de 5 anos, que precisava da Educação Precoce por ter nascido com catarata, recorremos ao Centro Especializado (CEEDV), mas acabamos por optar pelo ensino individualizado ao contratar uma professora particular que inclusive atendia no CEEDV. Pergunta 2: Você já usufruiu de algum Centro de Apoio Especializado? Se sim, como foi sua experiência? Resposta 2: Sim. Em Brasília, o Centro tem um bom atendimento, com excelentes profissionais, mas foi mais ade-

quado que o nosso filho fosse atendido por um profissional particular, então contratamos essa professora de Educação Precoce que trabalhava, na época, lá no CEEDV. Pergunta 3: O que você acha que não pode faltar em um ambiente de capacitação e habilitação para pessoas com deficiência visual? Resposta 3: Brasília é uma cidade bastante complicada para nós, não se anda muito a pé, apenas de carro, principalmente no Plano Piloto, que foi onde morei. Ainda que alguns edifícios em Brasília sejam reformados com adaptações razoáveis e construídos dentro de um Desenho Universal, ainda há conflitos com padrões visuais nos ambientes, como falta de contraste para as pessoas com baixa visão, porque nesse universo não existe só a cegueira. Há locais que insistem em colocar faixa nos vidros na mesma cor da película do vidro e isso não dá contraste. Acredito na educação para pessoas com deficiência visual e penso que os recursos e materiais que temos disponíveis hoje são vários e precisam ser usados no Centro Especializado. O grande diferencial de uma escola especializada, além dos recursos, é a presença de profissionais capacitados, já que a qualidade do profissional hoje em dia deixa muito a desejar. Precisam estar aliados os recursos materiais, o ambiente acessível e profissionais capacitados. Também é importante que tenha acessibilidade atitudinal, pois existem posturas das pessoas videntes que precisam ser eliminadas (preconceito) e que são, na minha opinião, as mais difíceis de serem vencidas. Acredito no profissional com deficiência visual que atua em qualquer área do mercado de trabalho e acredito no potencial dos atletas, por meio do esporte a gente consegue mais desenvoltura, mais orientação e mobilidade e melhor uso da bengala para mobilidade independente, por isso é importante que tenha área de esportes e incentivo.

entrevistas

07


REFERENCIAL TEÓRICO referencial teorico

08


HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO PARA AS PDV NO BRASIL A educação voltada às pessoas com deficiência visual no Brasil começou quando o jovem José Álvares de Azevedo – cego de nascença e de uma família rica do Rio de Janeiro – foi para a única instituição especializada no ensino de cegos do mundo até então: o Real Instituto de Meninos Cegos de Paris, na França, fundado por Valentin Haüy no século XVIII. Lá, teve contato com o Sistema Braille – sistema de escrita tátil de símbolos em relevo –, criado pelo educador francês Louis Braille, em 1825. Quando voltou ao Brasil, estava determinado a difundir o que aprendeu na França e a concretizar a criação de uma escola como a que estudou. Tornou-se mentor de Adélia Sigaud, filha de um médico da Corte Imperial na época e, através dessa proximidade, conseguiu uma audiência com o Imperador Pedro II para demonstrar o Sistema Braille e apresentar a proposta da criação de uma escola como a de Paris no Brasil. Após autorização até a inauguração em 1854, surgiu a instituição pioneira na educação especial da América Latina denominada Imperial Instituto dos Meninos Cegos no Rio de Janeiro/RJ. Este passou por mudanças ao longo dos anos, após o advento da República no país, se chamando Instituto dos Meninos Cegos, Instituto Nacional dos Cegos e, por fim, em 1891, Instituto Benjamin Constant, assim denominado até hoje, comprometido com a Educação Especial e Inclusiva, servindo como multiplicador de conhecimentos acerca das pessoas com deficiência visual.

Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Benjamin_Constant

José Álvares de Azevedo e busto de Louis Braille, respectivamente. Fonte: ibc.gov.br

Alfabeto Braille e alfabeto lúdico em Braille, respectivamente. Fonte: TREVISAN, 2012 e https://shoppingdobraille.com.br/produto/alfabeto-braille-vazado/

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A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A ESPECIAL E O EDUCAÇÃO CENTRO DE APOIO ESPECIALIZADO A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Atualmente, a Educação Inclusiva é tida como prioridade no âmbito educacional do Brasil, já que “não existem alunos sem deficiência na educação especial, já na educação inclusiva todos os alunos, com e sem deficiência, têm a oportunidade de conviverem e aprenderem juntos” (RODRIGUES, 2017) – reforçando a inclusão social e diversidade.

Segundo Rodrigues (2018), o Atendimento Educacional Especializado engloba atendimentos pedagógicos e psicossociais que, à luz da Educação Inclusiva, são voltados aos alunos com deficiência que necessitam de atenção especializada para sua educação, desenvolvimento e capacitação.

A definição conceitual para a Educação Especial, segundo a psicóloga Marina Almeida (apud RODRIGUES, 2017) é: Educação especial é uma modalidade de ensino que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas portadoras de necessidades especiais, condutas típicas ou altas habilidades, e que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Já a definição para a Educação Inclusiva é: Na escola inclusiva o processo educativo deve ser entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. Prioriza-se a educação inclusiva, mas a maioria das escolas regulares não estão preparadas para receber e educar alunos com deficiência por falta de infraestrutura e de profissionais especializados. É aí que as escolas especiais – pautadas na educação especial – vêm como Centros de Apoio com recursos específicos, de forma a amparar e complementar o ensino regular de maneira adaptada, garantindo um ambiente propício ao desenvolvimento da autonomia, cidadania, capacitação, criação de laços familiares e amistosos, integração ao meio e ao espaço da cidade, da escola, do Centro de Apoio e do seu lar. De acordo com a necessidade do aluno com deficiência que está matriculado no ensino regular, ele precisa frequentar um Centro de Apoio para ter Atendimento Educacional Especializado (AEE) e frequentar serviços e programas no horário contrário às aulas regulares, visando sua autonomia, capacitação e reabilitação de acordo com as bases do Plano Nacional de Educação.

O atendimento especializado deve ocorrer no contraturno escolar e beneficiam não só o aluno, como também o profissional da educação que, através da solicitação de atendimentos especializados específicos para professores, conseguem qualificação para contribuir no processo educacional do aluno com deficiência. De acordo com o Decreto Federal nº 7.611/11, no art. 1, VII, a oferta para a educação especial e o atendimento educacional especializado se dá preferencialmente na rede regular de ensino, em uma sala de recursos multifuncionais e equipe especialista para o atendimento. Na ausência da sala de recursos, as escolas especializadas e os centros especializados, à luz da Educação Especial, podem se responsabilizar por esse atendimento especializado (RODRIGUES, 2018). Alguns Centros Especializados – a exemplo do CEEDV – se baseiam no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), que é um projeto da antiga Secretaria de Educação Especial (SEESP) do Ministério da Educação (MEC) que tinha como objetivo garantir às PDV – tanto ao estudante incluído na rede regular de ensino, quanto à pessoa adulta – o acesso a um ensino de qualidade, por via de materiais de apoio pedagógico e suplementação didática – como adaptação de materiais pedagógicos em Braille e tipos ampliados, atendimento especializado e cursos para professores, arquitetos, engenheiros, etc. –, os quais desejavam fortalecer e/ou iniciar a inclusão no mercado de trabalho. Os Centros de Apoio são uma escola de passagem, onde o estudante fica apenas o tempo suficiente para adquirir o conhecimento e assistência necessários para sua inclusão na rede regular de ensino, na sociedade e no mercado de trabalho. Também auxiliam outras instituições, professores e escolas que recebem alunos com deficiência visual ou surdocegueira de forma a capacitá-los na área da educação para PDV, servindo com um multiplicador de conhecimento. 10


OS SENTIDOS NA EDUCAÇÃO DAS PDV E SURDOCEGOS As pessoas com deficiência visual e surdocegueira compreendem o mundo de forma diferente, ancorando-se no uso de outros sentidos além-visão e/ou além-audição para captar as relações com o meio que as cerca. A perda de uma ou mais funções sensoriais – visão, audição, tato, paladar e olfato – aguça outros sentidos de forma compensatória e a exploração e estimulação destes torna-se indispensável para o processo de aprendizagem dessas. A exploração tátil para as pessoas com deficiência visual são um meio eficiente e possibilitador de aprendizagem, reduzindo a abstração de certos conteúdos e dando concretude às informações sem precisar necessariamente do recurso visual (LIMA, LOURES e PEREIRA, 2017). A aprendizagem do aluno deficiente visual é mediada, essencialmente, pelo tato, juntamente com os demais sentidos remanescentes (audição, paladar e olfato). Essa característica de aprendizagem faz com que o aluno utilize esses sentidos na transformação do abstrato em conceito concreto, que deverá ser incorporado no seu desenvolvimento cognitivo (CERQUEIRA e FERREIRA, 1996 apud LIMA, LOURES e PEREIRA, 2017).

demos concluir que a arquitetura acessível, os revestimentos – confortáveis ao toque, cores contrastantes, texturas variadas – e mobiliários adequados usados no espaço adaptado vêm a ser um meio de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo. Afirma, ainda, que “a arquitetura articula a experiência de se fazer parte do mundo e reforça nossa sensação de realidade e identidade pessoal” (PALLASMAA, 2011), em que um espaço acessível e multissensorial corrobora com a inclusão e reconhecimento pessoal das pessoas com deficiência, sem deixar de lado aspectos afetivos, emocionais, inconscientes e de relações, que mostram-se imprescindíveis para a construção do conhecimento.

visão

audição

tato

paladar

olfato

Alguns exemplos de recursos didáticos que se apoiam nos sentidos para a educação das pessoas com deficiência visual são modelos tridimensionais, mapas táteis, livros didáticos adaptados com braille e relevo, livros e materiais falados, tecnologias de ampliação e softwares assistivos, além de outros materiais táteis e/ou que agucem outros sentidos com cheiros – flor, frutas, perfumes – e gostos – azedo, açucarado, salgado, etc. (CERQUEIRA e FERREIRA, 1996). Segundo Juhani Pallasmaa (2011), nós “vemos com a nossa pele” e afirma que “todos os sentidos, incluindo a visão, são extensões do tato”, expressando a importância do tato para a experimentação e compreensão do mundo não apenas para não videntes, mas também para os videntes, integrando nossa experiência de mundo com nossa individualidade. Pallasmaa aplica seus estudos acerca da multissensorialidade, enfatizando o tato, em um âmbito muito mais arquitetônico que pedagógico. Porém, po-

Ilustrações dos sentidos e crianças explorando a multissensorialidade ao ar livre. Fonte: http://faculty.capd.ksu.edu/scoates/2009/glasgowstudio/studio_content/papers/ade.pdf

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DESIGN INCLUSIVO NA EDUCAÇÃO Os recursos trazidos pela temática do Design aplicados às formas de comunicação e aprendizagem para pessoas com deficiência ou alguma outra dificuldade de compreensão configura um Design Inclusivo. Este, procura conceber, desenvolver e aprimorar tecnologias, técnicas e objetos de ensino-aprendizagem pautados nas necessidades específicas dos usuários para além de seus aspectos estéticos, considerando a multiplicidade de inteligências – verbal ou linguística, lógico-matemática, musical, visual ou espacial, corporal ou cinestésica, etc. – que cada indivíduo melhor compreende a fim de incluí-lo na complexidade da sociedade. Segundo Farbiarz et. al (2016), não cabe ao designer julgar o que é necessário ou não, mas escutar e compreender os usuários – no caso, PDV – para desenvolver o projeto em uma “coautoria”. Além dos alunos com deficiência visual, a formação e qualificação do educador – importante mediador do processo de aprendizagem – influencia no desenvolvimento de objetos, métodos, ações e práticas educacionais direcionados a esse público-alvo. Portanto, é importante que as mudanças pedagógicas acompanhem as mudanças de design em mobiliário e objetos, as mudanças tecnológicas voltadas às PDV – dispositivos, tecnologia assistiva etc. – e, também, as mudanças espaciais e arquitetônicas – qualidade de iluminação, ventilação, som, temperatura etc. – para que o Design Inclusivo atrelado ao ensino-aprendizagem potencialize o desempenho dos alunos. Há mecanismos no design à luz da multissensorialidade que permitem as PDV a terem experiências do mundo que a cerca, fornecendo-a independência, desenvolvimento cognitivo, educacional e cultural, além de sua efetiva inclusão social.

tipografia e/ou que usam recursos sonoros e, também, o uso extensivo de diálogo. O uso conjunto desses mecanismos atrelados ao Design Inclusivo em objetos e técnicas de ensino-aprendizagem são necessários para melhor compreensão das PDV na educação e na vida.

Reglete e punção

Cartões texturizados

Relevo seco

Textura flocada

Figura 12. Relevo com Thermoform

Figura 13. Cartão em pop-up

Um desses mecanismos envolve a percepção tátil, principal aliada ao entendimento das PDV, como exemplo da linguagem Braille, de impressões em alto relevo, flocagem – sensação tátil aveludada –, de estampagem em resina, gofragem – texturização –, dobraduras tridimensionais que “saltam” da página (pop-up), etc, que são usados para comunicação e para fins educacionais. Outros mecanismos envolvem, por exemplo, contraste de cores, controle de iluminação e ampliação, tecnologias assistivas que possibilitam aumento de

Fonte: TREVISAN, 2012

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condicionantes condicionantes

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CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS Os usuários principais do Instituto Angélica Dias serão pessoas com deficiência visual e suas famílias, mais especificadamente, pessoas com cegueira, baixa visão ou surdocegueira que procuram habilitação, reabilitação e capacitação para uma vida autônoma e de inclusão. Alguns serviços da edificação poderão ser usados por pessoas videntes, contando com visitas ao Instituto, funcionários – professores, limpeza e manutenção, voluntários, workshops, cursos –, parcerias, escolas regulares e a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE) e membros da comunidade que desejarem utilizar os espaços físicos das oficinas, biblioteca, salas multiuso e complexo esportivo – mediante autorização do Instituto e taxa, se for o caso. A cegueira e baixa visão são caracterizadas pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em seu relatório “As Condições de Saúde Ocular no Brasil (2019) por definições e termos de acordo com a OMS, a qual estabelece quatro categorias de função visual, conforme tabela abaixo. Usam-se os parâmetros oftalmológicos de acuidade visual – “capacidade de reconhecer determinado objeto a determinada distância” – e de campo visual – “a amplitude da área alcançada pela visão”. Acuidade visual pela distância Categoria

Pior que:

Igual ou melhor que:

A surdocegueira é a associação de duas deficiências – a surdez mais a deficiência visual – e exige diferentes formas de apoio pedagógico e de comunicação para ter acesso a lazer, educação de qualidade, trabalho e vida social. Contudo, existem diferentes tipos de surdocegueira, não sendo necessariamente uma perda total de ambos os sentidos – podendo a cegueira e/ou a surdez serem mais ou menos graves e serem adquiridas antes ou depois de aprender uma língua – pré-linguística e pós-linguística. Formas de habilitação, reabilitação e capacitação de pessoas surdocegas e com deficiência visual estão centradas nas formas de comunicação, se ancorando em vários recursos como: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 -

objetos de referência, desenhos, expressões corporais, linguagem tátil (LIBRAS háptica), alfabeto tátil na palma da mão (Sistema Malossi), tadoma (percepção tátil da fala), leitura labial, sistema braille e guia-intérprete, tipos ampliados, ! Educação Precoce, Orientação e Mobilidade (OEM), uso do Soroban, Atividades da Vida Autônoma Social (AVAS), pista sensorial, tecnologia assistiva, Educação Visual, cursos acerca de autonomia, direitos e sociedade, workshops, aulas de dança, música, artes e Educação Física, cursos de línguas estrangeiras, cursos capacitantes para o mercado de trabalho CURSOS PARA PROJETOS DE VIDA, atividades sociopolíticas, socioculturais e socioeducativas, apoio psicossocial, projetos de inclusão, visitas externas, ~ brinquedoteca e playground adaptados, biblioteca adaptada, informática, eventos, lojas com produtos adaptados, etc.;

AN BO CP DQ ER FS GT HU IV JX KW LY MZ

*

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CONDICIONANTES POLÍTICAS/LEGAIS No âmbito político, além das garantias expressas na Constituição, as leis federais e distritais voltadas às pessoas com deficiência visual – com um recorte nas que dizem respeito à inclusão, educação e arquitetura –, o Plano Distrital de Educação (PDE) e sua meta 4, voltada às pessoas com deficiência, e as normas ABNT NBR 9050 – sobre acessibilidade – e NBR 16.537 – sobre piso tátil – são bases políticas e normativas que sustentarão o projeto do Instituto Angélica Dias. As leis federais e distritais encontram-se compiladas nas tabelas abaixo e ao lado, dando bases sólidas ao projeto no contexto social, pedagógico e arquitetônico. LEIS FEDERAIS

GARANTIAS

LEI Nº 7.853/89 (Lei dos Portadores de Deficiência)

"Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências."

LEI Nº 12.711 (Lei de Cotas nas Universidades)

"as vagas (...) serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por pessoas com deficiência, (...), em proporção ao total de vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na população da unidade da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).”

LEI Nº 13.146 (Lei de Inclusão)

"Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) (...) destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania."

LEI Nº 10.845

(Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado)

"I – garantir a universalização do atendimento especializado de educandos portadores de deficiência cuja situação não permita a integração em classes comuns de ensino regular;" "II – garantir, progressivamente, a inserção dos educandos portadores de deficiência nas classes comuns de ensino regular."

LEI Nº 10.098 (Lei da Acessibilidade)

"Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação."

Decreto Nº 7.611

"Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências."

LEI Nº 8213/91 (Lei de Cotas Emprego), Art. 89 a 93

Trata sobre a habilitação e reabilitação profissional e social que devem proporcionar ao beneficiário com deficiência visual os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive. Também garante que empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados/deficientes habilitados.

Leis federais relacionadas às pessoas com deficiência. Fonte: Câmara dos Deputados, 2019.

LEIS DISTRITAIS

GARANTIAS

LEI Distrital Nº 4317 (Política de Integração)

"Institui a Política Distrital para Integração da Pessoa com Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências." "A Política Distrital para a Integração da Pessoa com Deficiência compreende o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência."

LEI Distrital Nº 2.536 (Placa em Braille)

"Determina o uso do alfabeto braile nas placas informativas em edificações públicas e privadas, nos pontos de ônibus e estações do metrô."

LEI Distrital Nº 4887 (Gratuidade no Transporte Público)

"Art. 88º. A gratuidade no transporte público coletivo, no transporte público alternativo e no metrô será assegurada para pessoas com insuficiência renal e cardíaca crônica, (...) e para pessoas de baixa renda com deficiência física, sensorial ou mental (...)"

LEI Distrital Nº 5.310

"Dispõe sobre a educação especial e o atendimento e acompanhamento integral aos estudantes que apresentem necessidades especiais nos diferentes níveis, etapas e modalidades de educação."

Leis distritais relacionadas às pessoas com deficiência. Fonte: Câmara dos Deputados, 2019.

O PDE de 2015-2024 (Lei nº 5.499/2015) serve como referência para o planejamento de ações e metas na educação do DF, o qual está em consonância com o Plano Nacional de Educação (PNE) – que dá diretrizes para a elaboração de planos de educação no Brasil. Nesta lei, a meta 4, que tem como objetivo universalizar o atendimento educacional aos estudantes com deficiência para inclusão destes na rede regular de ensino e/ou nas unidades de ensino especializadas, como o proposto para o Instituto Angélica Dias. META 4 - PDE 4.1 - Obter, (...), informações detalhadas sobre o perfil das pessoas com deficiência, (...), residentes nas diferentes regiões administrativas do Distrito Federal, para dimensionar a demanda por matrículas na educação especial, na perspectiva da educação inclusiva ou unidades especializadas, a partir do nascimento. 4.2 - Assegurar a universalização do acesso das pessoas com deficiência, (...), independe da idade, nas escolas regulares ou nas unidades especializadas. 4.8 - Ampliar o transporte escolar acessível para todos os educandos da educação especial que necessitam desse serviço para deslocamento às unidades de ensino do Distrito Federal, urbanas e rurais, nos horários relativos à regência e ao atendimento educacional especializado.

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CONDICIONANTES POLÍTICAS/LEGAIS 4.10 - Adequar os centros de ensino especial como centros de referência de educação básica na modalidade educação especial.

dimensões, cores contrastantes e texturas dos pisos táteis de alerta e direcional – estes, aprofundados na NBR 16.537.

4.12 - Manter e ampliar programas que promovam acessibilidade aos profissionais de educação e aos educandos com deficiência (...) por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível, da disponibilização de material didático adequado e de recursos de tecnologia assistiva. 4.16 - Ampliar a oferta de curso de formação de professores em Libras e Braille, em parceria com institutos federais e universidades federais e entidades representativas. 4.18 - Apoiar ações de enfrentamento à discriminação, ao preconceito e à violência, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional dos educandos com deficiência (...) em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social (...). 4.19 - Garantir que os centros de ensino especial, no exercício de suas atribuições na rede de proteção social, desenvolvam ações com foco em prevenção e reparação das violações de direitos de crianças e adolescentes (...), por meio da inserção dessas temáticas no projeto político-pedagógico e no cotidiano escolar, identificando e notificando os casos aos órgãos competentes. 4.26 - Ampliar a oferta de vagas para o atendimento educacional especializado na educação precoce, como complementar e preventivo, abrindo novas turmas, preferencialmente, nos centros de ensino especial, de acordo com as demandas regionais. 4.29 - Estabelecer, por meio de parcerias, ações que promovam o apoio e o acompanhamento à família, além da continuidade do atendimento ao estudante com necessidade especial e a sua inclusão no mundo do trabalho e do esporte, possibilitando também a superação das dificuldades enfrentadas no dia a dia. 4.30 - Desenvolver ações articuladas entre as áreas da educação, saúde, trabalho, lazer, cultura, esportes, ciência e tecnologia para que sejam garantidos o acesso e a inclusão dos estudantes com deficiência nesses vários setores da sociedade.

No âmbito normativo, a NBR 9050 traz como importantes diretrizes acessíveis voltadas às pessoas com deficiência visual o uso de braille e as dimensões corretas em seu arranjo geométrico, dimensões de pessoas com bengalas ou pessoas com cão-guia para dimensionamento de espaços que as comporte, adequações nas calçadas, aplicação de formas de sinalização e simbologia acessíveis em portas, corrimões, mobiliário, escadas, entre outros, além de

Compilado de informações da NBR 9050 e da NBR 16.537. Fonte: ABNT 2015 e ABNT 2016, respectivamente.

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CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS A escolaridade, segundo a PDAD 2018, mostra que 95,3% dos moradores acima de 5 anos sabem ler e escrever e a maioria das pessoas entre 4 e 24 anos (59,2%) frequentam a escola pública, o que facilita a inserção em um Centro Especializado. As escolas mais frequentadas situam-se em Samambaia (73,5%), Taguatinga (16,5%) e Plano Piloto (5,9%). Porém, apenas 35,7% das pessoas com mais de 25 anos declararam ter o ensino médio completo, mostrando alta desistência escolar na região.

Marcação de Samambaia no mapa do DF e Samambaia. Fonte: Wikipédia e PDAD 2018.

A cidade de Samambaia foi prevista como um dos núcleos urbanos propostos no Plano Estrutural de Organização Territorial (PEOT) de 1978 na área em que havia chácaras do Núcleo Rural de Taguatinga, sendo aprovado em 1981 seu projeto urbanístico. Os primeiros moradores começaram a ocupar em 1985, mas a maior ocupação ocorreu entre 1989 e 1992. A RA XII foi criada oficialmente em outubro de 1989 pela Lei 49/89, permitindo seu desmembramento de Taguatinga e consolidação como Região Administrativa do DF. De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2018, Samambaia conta com 232.893 pessoas, sendo 51,6% do sexo feminino e 48,4% do sexo masculino, com idade média de 30,8 anos. População: 232.893

Sexo feminino: 51,6%

Sexo masculino: 48,4%

Idade média: 30,8 anos

Em relação às pessoas com deficiência na região, 3,6% apresentaram grande dificuldade de enxergar e, portanto, são consideradas pessoas com deficiência visual.

Na própria RA XII, 73,5% frequentam escolas da região e o principal meio de transporte é a pé (42,5%), seguido do ônibus (31,4%) e o menos utilizado é o metrô (2,6%), mas a proximidade do projeto a estações de metrô se mostra uma alternativa de deslocamento. A parcela da população que não estuda nem trabalha era de 35,5% para a população entre 18 e 29 anos. Dos ocupados, o setor de Serviços correspondia a 70,5% dos respondentes, os quais declararam que exerciam seu trabalho principalmente na própria RA (29,5%) e no Plano Piloto (28,7%). A renda domiciliar estimada foi de R$ 2.541,60, resultando em um valor médio de R$ 992,40 por pessoa. Para se deslocarem ao trabalho, 49,9% disseram utilizar ônibus, 32,1% usam automóvel, 6,8% usam metrô, 4,7% usam motocicleta e 14% iam a pé.

Frequentam escola pública (4 a 24 anos): 59,2%

Frequentam escola na própria RA: 73,5%

Transporte para escola: • a pé: 42,5% • ônibus: 31,4% • metrô: 2,6%

Dos ocupados, 70,5% do setor de Serviços

Trabalham própria RA: 29,5% Trabalham no Plano Piloto: 28,7%

Transporte para trabalho: • a pé: 14% • ônibus: 49,9% • metrô: 6,8% • automóvel: 32,1% • motocicleta: 4,7%

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CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS

CONDICIONANTES SUSTENTÁVEIS

Na infraestrutura urbana nas proximidades dos domicílios, considerando a região do terreno como majoritariamente residencial, verificou-se os seguintes aspectos:

Para o projeto, considera-se as diretrizes e exigências da certificação sustentável BREEAM® (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) – método de avaliação ambiental, social e econômico para desenvolvimento sustentável de edifícios, estrutura básica e infraestrutura.

• Gerar emprego e renda principalmente com atividades dos setores secundário e terciário da economia. ZONA: ZEEDPE SUBZONA: SZDPE 2 (ADP II CENTRO REGIONAL)

• Promover a inclusão socioeconômica da população jovem mediante qualificação profissional • Fortalecer nova centralidade regional no DF com diminuição e qualificação de deslocamentos humanos (transporte) • Requalificação de áreas urbanas em suas áreas centrais.

GESTÃO SAÚDE E BEM-ESTAR ENERGIA

Incentiva a redução do impacto dos materiais na concepção projetual, na construção, na manutenção e na reparação e incentiva o uso de materiais de origem responsável e de baixo impacto na sua extração, transformação, fabricação e reciclagem.

RESÍDUOS

OBJETIVOS

Precisam ser sustentáveis, acessíveis (priorizar o transporte público e alternativas para diminuição de CO²), com boa infraestrutura para circulação/valorização dos pedestres. Exemplo: Ciclovias, proximidade com o metrô, proximidade com pontos de ônibus, calçadas de qualidade para deslocamento a pé.

Incentiva o manejo sustentável dos resíduos de construção, manutenção, reparação e operação e seu reuso, incentiva, também, a consciência sustentável e a redução de resíduos com reformas e mudanças flexíveis. Exemplo: Confecção de material pedagógico com garrafas, embalagens, sobras de tecido, plástico; separação de lixeiras; composteira para produzir adubo para os jardins e hortas; etc.

ÁGUA

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO DF

Soluções de construção eficiente, uso sustentável e eficiência energética, gestão sustentável durante toda a vida útil do edifício e redução das emissões de CO². Exemplo: Placas solares e clarabóias na cobertura.

Incentivo do uso sustentável da água envolvendo seu uso e reuso de maneira consciente e minimizando/reduzindo sua perda desnecessária por vazamentos. Exemplo: Uso da água da chuva para irrigação, descargas, lavagens, manutenção, etc.

UTILIZAÇÃO DO SOLO

De acordo com o Zoneamento Ecológico-Econômico do DF (2017), Samambaia se insere na subzona SZDPE 2 da Área de Desenvolvimento Produtivo (ADP) II - Centro Regional, que tem objetivos que se aplicam à qualificação profissional e geração de empregos local, podendo incluir as PDV no processo.

Incentivo ao conforto, saúde e segurança dos usuários do edifício – alunos, funcionários, visitantes, etc. Exemplo: Uso de materiais confortáveis, espaços de descompressão, contato com a natureza e conforto térmico, luminoso e sonoro.

Encoraja o uso sustentável do solo, proteção e criação do habitat, melhoria e gestão da biodiversidade a longo prazo no próprio terreno e nos vizinhos, reutilização de terrenos abandonados ou de baixo valor ecológico e valorização da ecologia. Exemplo: Criação de jardins sensoriais e hortas para aspecto pedagógico e consciência ecológica; conservação da vegetação existente e adição.

POLUIÇÃO INOVAÇÃO

De acordo com 40,8% dos entrevistados, existiam parques nas proximidades, para 51,5% existiam quadras esportivas, para 41,1% existia ciclovia ou ciclofaixa e para 58,9% existia Ponto de Encontro Comunitário (PEC).

Adoção de gestão sustentável em conexão com projeto, construção, pagamentos, entregas e atividades de operação e manutenção.

MATERIAIS TRANSPORTE

O método avalia e pontua o desempenho do projeto, de sua execução e sua posterior operação dentro de classificações de acordo com o cumprimento das categorias estabelecidas:

Incentiva a busca por medidas e soluções inovadoras em edificações no âmbito sustentável. Incentiva a prevenção e controle da poluição, além de reduzir o impacto desta na comunidade do entorno e no meio ambiente, reduzindo a poluição sonora, visual, do ar, das águas e da terra.

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CONDICIONANTES ECONÔMICAS Na questão econômica do Instituto Angélica Dias, é preciso considerar os custos que serão arcados desde a aquisição do terreno, sua concepção até seu funcionamento e manutenção para que se tenha uma gestão financeira adequada e consiga manter a qualidade dos serviços, projetos e infraestrutura dentro das limitações monetárias.

De acordo com o PPP do CEEDV (2018), alguns recursos requeridos para o funcionamento de atividades e serviços para pessoas com deficiência visual podem ser feitos com materiais recicláveis, já que o uso dos demais sentidos além-visão, principalmente o tato, não precisam necessariamente de um design primoroso, desde que cumpra sua função pedagógica.

O custo de um edifício engloba várias etapas, resumidamente:

O contexto da região do projeto proposto também influencia na questão econômica, visto que as decisões projetuais devem considerar a disponibilidade dos materiais e a especialização da mão de obra local, para evitar gastos excessivos com transporte e gestão.

PROJETO $$

execução $$$

operação $$$$$

manutenção

$$$$

É importante destacar que a etapa projetual é determinante nos gastos de execução, operação e manutenção, visto que é quando são escolhidos os materiais, os sistemas construtivos, as instalações, as esquadrias, os acabamentos e revestimentos etc., a partir do programa de necessidades, das especificidades dos usuários e do orçamento limite. O custo das etapas varia, mas as etapas de projeto são menores que a de execução, que tem menor custo que a de operação – que é o maior custo dentre as etapas. A manutenção ao longo do tempo pode resultar em um alto custo, dependendo da deterioração do edifício.

custos de PROJETO

Arquitetos Engenheiros Estagiários Impressões Taxas legais

custos de Operação

Água e esgoto Energia elétrica Transporte Segurança Salários Alimentação

custos de execução

custos de manutenção

Materiais e insumos Serviços de gestão e administração de obras Instalações elétricas e hidráulicas Mão de obra Sistema construtivo Repintura Áreas verdes Limpeza Cobertura Revestimentos Controle de pragas Revisão de instalações

No Brasil, os métodos construtivos tradicionais ainda são predominantes (alvenaria) e os maiores fatores limitantes do uso de novos métodos construtivos envolve, principalmente: cultura local, planejamento, custo e iniciativa. Apesar da proposta considerar o repasse de verbas do governo, algumas alternativas de geração de capital para complementação das despesas e projetos do Instituto Angélica Dias são: 1) Aluguel de espaços para eventos esportivos, culturais e artísticos; 2) Realização de brechós e feiras para venda de artesanato e produtos; 3) Realização de cursos, workshops e oficinas pagos; 4) Reaproveitamento de água; 5) Uso de energia solar; 6) Reciclagem; 7) Compostagem para uso nas hortas e jardins; 8) Lojas com produtos adaptados e ópticos 9) Gráfica própria; 10) Estúdio de gravação próprio com sistema de aluguel por hora; 11) Parcerias com outras empresas e 12) Central de doações. A exemplo da Laramara, em São Paulo, que passou por dificuldades financeiras no ano de 2017, mas conseguiu executar seus projetos e serviços por meio das alternativas econômicas da associação.

Gráfico de Receitas da Laramara em 2017. Fonte: http://downloads.laramara.org.br/relatorio-de-atividades-laramara-2017.pdf.

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CONDICIONANTES TÉCNICAS E TECNOLÓGICAS As condicionantes técnicas e tecnológicas dizem respeito a aplicação de modos de construir, ensinar e respeitar o meio ambiente a partir da crescente tecnologia atual aplicada à arquitetura. Vários pontos específicos influenciam nas tomadas de decisão projetual como, por exemplo: programa de necessidades, estrutura e infraestrutura, terreno, clima e contexto.

Mão de Obra Contexto Sociocultural

Terreno

Clima da Região

Sustentáveis

CONTEXTO

Disponibilidade Duráveis e adequados

Acessibilidade

Conforto

Terreno e entorno

MATERIAIS

Manutenção

Disponibilidade de matéria prima e mão de obra Desempenho e segurança

Flexibilidade

Custo x benefício

Entorno

pontos construtivos

Eficiência

O contexto influencia na aplicação tecnológica a partir do clima da região – predominantemente tropical sazonal, típico do cerrado, com verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos –, do terreno – neste, levando em consideração os declives, curvas de nível, a orientação solar, a classificação do solo e impacto ambiental –, do custo e da mão de obra disponível na região de Samambaia e de seu contexto sociocultural.

Reusos, reciclagem e gestão de resíduos

Conforto ambiental, térmico e luminoso Conexão e respeito com a natureza

Certificações sustentáveis

Eficiência energética

sustentabilidade

NBR 15.575

Transporte Materiais, equipamentos e mobiliários adaptados

Piso tátil NBR 16.537

NBR 9050

acessibilidade

Permitir fluxos sem barreiras

Usando como parâmetro normas, certificações e referências, serão reunidas diretrizes a fim de garantir reuso e maior conforto com o menor impacto ambiental possível no Instituto Angélica Dias.

Os materiais devem ser capazes de estimular os sentidos e serem adequados aos usuários principais – pessoas com deficiência visual –, adaptando-se às necessidades de contraste de cores, conforto e segurança ao toque, texturas, etc., respeitando a escala do usuário, sendo acessível, aguçando o desenvolvimento cognitivo e, também, lúdico.

Os sistemas construtivos mais adequados para adotar na proposta são os sistemas que possuem maior flexibilidade (paredes de drywall), juntamente com desempenho, segurança e custo x benefício. O uso de laje nervurada possibilita redução no uso de concreto e aço, apresentando desempenho ambiental e econômico.

Referências técnicas e tecnológicas. Fontes: shorturl.at/fhjAQ; shorturl.at/gpsJY; shorturl.at/pFKLR; shorturl.at/fhoAM e shorturl.at/rtN09

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CONDICIONANTES FUNCIONAIS

Os programas serão divididos em Programa de Apoio às Crianças e Adolescentes (PROACEA) – para usuários de 0 a 16 anos –, Programa de Apoio aos Jovens e Adultos (PROAJEA) – para usuários a partir de 16 anos – e Programa de Atendimento Específico (PROAESP) – para usuários PDV de qualquer idade, conforme necessidade, e para videntes. Foco em alfabetização, socialização, experimentação e habilitação

proacea 0 a 16 anos

- Educação Precoce - Parquinho Adaptado - Braille/Soroban/Tadoma - Artes Visuais/Cênicas/Música/Expressão Corporal/Educação Física - Informática/Laboratórios Interdisciplinares/Trabalhos em Grupo - Sala Sensorial/Jardim Sensorial/Lar Experimental/etc. Foco em socialização, habilitação e capacitação

proajea 16 anos +

- Oficinas, Cursos e Workshops (profissionalizantes e sociais) - Lar Experimental - Braille/Soroban/Tadoma - Artes Visuais/Cênicas/Música/Expressão Corporal/Educação Física - Informática/Cursos de Línguas Estrangeiras - Estúdio de Gravação/Gráfica/etc. Foco em atendimentos específicos e personalizados

proaesp

- Oficinas, Cursos e Workshops voltados aos usuários e aos professores e instituições para capacitação na área de educação aos PDV - Palestras e Eventos - Visitação ao Instituto - Projetos rentáveis/Lojas - Atendimentos Personalizados/etc.

O Instituto contará com projetos e ações a fim de arrecadar verbas para investimento nos próprios programas propostos e no funcionamento geral. Para isso, serviços como aluguel de espaços físicos – complexo esportivo e salas multiuso –, gráfica e estúdio de gravação próprios, brechó, lojas assistivas, café, oferecimento de cursos e workshops e reuso de materiais tornam-se uma alternativa econômica, sustentável e sociopedagógica. Além disso, a possibilidade de ter projetos voltados à sociedade ocorrendo dentro do Instituto estimula a integração social entre videntes e não videntes, a fim de reforçar a inclusão. O uso da biblioteca será público e o acesso às lojas, brechó e café são livres, mas alguns serviços como salas multiuso, espaço esportivo, gráfica e estúdio de gravação terão custos acessíveis para aluguel do espaço por hora quando não estiverem sendo usados pelos alunos. Contará com um sistema de Objetos de Referência e Significantes para situar os usuários nos dias da semana e nas atividades do Instituto, apoiando-se em cores, texturas, cheiros e músicas brasileiras que serão experimentadas na entrada/recepção do Instituto Angélica Dias e atualizadas periodicamente.

OBJETOS DE REFERÊNCIA E SIGNIFICANTES Dia da semana

cor

cheiro

textura

música

Segunda-feira

Amarelo

Banana

Esponja

“O Pato” João Gilberto

Terça-feira

Azul

Hortelã

Algodão

“Flor de Lis” Djavan

Quarta-feira

Vermelho

Morango

Seda

“Águas de Março” Elis Regina/Tom Jobim

Quinta-feira

Verde

Melancia

Lixa

“Wave” Tom Jobim/Vinícius

Sexta-feira

Laranja

Laranja

Veludo

“Ainda Lembro” Marisa Monte

EventO Bom dia Hora de ir embora Sala Sensorial Piscina Sala de Ginástica Passeios externos

ObjetO DE referÊncIA Luva Mochila Amoeba Toalha Brinquedo com sino Cinto de segurança

PLAYLIST SPOTIFY

O Instituto Angélica Dias tem como proposta atender aproximadamente 300 usuários – funcionários, servidores, alunos e comunidade – videntes ou não videntes, desde os anos iniciais de vida até idosos em programas específicos voltados à cada etapa da vida dos usuários com deficiência visual e/ou de acordo com a necessidade específica de cada um, podendo ser pessoas que nasceram com deficiência visual ou surdocegueira ou pessoas que adquiriram a deficiência, em algum grau e momento da vida, e precisam de assistência para obterem autonomia e inclusão na sociedade.

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referências projetuais referencias projetuais

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NO MUNDO LIGHTHOUSE FOR THE BLIND AND VISUALLY IMPAIRED Mark Cavagnero Associates Architects + Chris Downey, 2016 9º, 10º e 11º andar na 1155 Market Street em São Francisco, California, Estados Unidos. Alguns serviços que oferecem são: treinamento com tecnologia de ponta, uso da bengala branca, atividades sociais e recreativas, design gráfico e de mapas acessíveis, instruções em braille, além de ciências, matemática, música etc. Contam com o Media and Acessible Design Lab (MAD Lab), uma gráfica com um time de designers e consultores especializados em braille, mapas táteis e alternativas acessíveis de mídia. Também alugam espaços para eventos, estúdio de áudio, vendem produtos em loja e revertem os recursos na própria instituição, a qual provê treinamento, acesso à empregabilidade, educação, informação, recreação e transporte. PROGRAMA

DESCRIÇÃO

Clínica de Baixa Visão

Oferece exames para baixa visão semanalmente.

Serviços Psicossociais

Oferece atendimento psicossocial com profissionais.

Serviços Comunitários

Semanalmente organiza visitas externas, aulas, atividades recreativas e eventos para conexão, aprendizado e prosperidade.

Programas para Jovens

Oferece visitas externas, eventos sociais e oportunidade de desenvolvimento pessoal e/ou profissional para jovens e adolescente do ensino médio.

Programa para Surdocegos

Oferece treinamento, recursos e suporte às pessoas surdocegas para terem vidas produtivas e autônomas.

Campo “Enchanted Hills”

Campo de Verão anual que envolve workshops, cursos e seminários.

Programa de Imersão Empregatícia

Imersão para que as pessoas com deficiência visual usem suas habilidades e interesses na busca de uma vaga no mercado de trabalho.

Tecnologia Acessível

Treinamento em tecnologia assistiva e consultoria para empresas.

Treinamento de Cegos e Baixa Visão

Orientação e Mobilidade; Braille; Cozinhar; Habilidades para Vida Autônoma.

LEGENDA PLANTAS BAIXAS LIGHTHOUSE Marcação no piso

Área funcionários

Salas de aula

Dormitório Estudantes

Entrada/Recepção

Área esportes

Áreas específicas

Lar Experimental

Circulação principal

Em relação ao projeto arquitetônico, cada elemento – circulação, iluminação, propriedades táteis e acústicas dos materiais – foram desenhados pensando nas pessoas com deficiência visual. O primeiro pavimento da LightHouse (9º andar) possui um caráter mais administrativo, já o segundo pavimento (10º andar) possui as principais salas destinadas aos serviços e programas oferecidos e no último pavimento contém a parte principal dos dormitórios, com algumas salas voltadas aos serviços, conforme setorização e programa de necessidades levantado. LIGHTHOUSE FOR THE BLIND AND VISUALLY IMPAIRED AMBIENTE

9º ANDAR

RECEPÇÃO SALA GRÁFICA SALA DE DESCANSO (FUNC.) SALA DE CONFERÊNCIA SALA DE ÁUDIO SALA DE TREINAMENTO ESCRITÓRIO ABERTO ESCRITÓRIO COMPARTILHADO SALA DE REUNIÃO ESCRITÓRIO PRIVATIVO DIRETORIA PISTA DE CIRCULAÇÃO EM CONCRETO 10º ANDAR RECEPÇÃO SALA DE VIDEOCONFERÊNCIA LOJA ADAPTATIVA SALA MULTIUSO SALA DE DEMONSTRAÇÃO ESPAÇO DO FOYER SALA DE TECNOLOGIA ADAPTATIVA ESCRITÓRIO COZINHA EXPERIMENTAL ESCRITÓRIO OFTALMOLÓGICO SALA DE EXAME BAIXA VISÃO SALA DE TREINAMENTO PISTA DE CIRCULAÇÃO EM CONCRETO 11º ANDAR LOUNGE SALA DE DORMITÓRIO DO ALUNO COZINHA DO ALUNO SALA DE ARTESANATO SALA DE ACADEMIA SALA DE TREINAMENTO ESCRITÓRIO ABERTO SALA INTERDISCIPLINAR (LAB.) SALA DE REUNIÃO ESCRITÓRIO PRIVATIVO SALA DE RADIO

METRAGEM (M²)

55 31 26 18,6 11 5 35 18,7 22,5 12,5 57 155

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

35,6 32 42 65 30 33 33 15 35 16,7 11,8 8,5 160

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

55 17 50 35 60 10 85 41 22,5 12,5 15

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

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NO MUNDO Uma escada principal adaptada e bem iluminada com grandes janelas conecta os três andares da LightHouse, pensada para ter largura para duas pessoas mais um cão e com detalhes ergonômicos e de segurança.

HAZELWOOD SCHOOL Gordon Murray + Alan Dunlop Architects, 2008 Glasgow, na Escócia Tem como objetivo principal prover educação e treinamento de habilidades de vida autônoma para pessoas com deficiência visual, surdez ou com dupla deficiência – surdocegos – de 2 a 17 anos através de um currículo multissensorial que exigia que a arquitetura e os detalhes da escola fossem concebidos como auxiliares pedagógicos. O edifício com planta curva acomoda aproximadamente 60 alunos e conta com 60 professores.

Planta baixa; Recepção e escada da LightHouse. Fonte: https://www.cavagnero.com/project/lighthouse-for-the-blind-and-visually-impaired/

A circulação da pista de concreto polido é intencionalmente vazia para que os sons de passos e de bengalas informem que o espaço está com vida e os materiais desde o mobiliário aos revestimentos são confortáveis ao toque para que exprimam aconchego, seguindo as premissas do Design Universal.

Para o projeto, os arquitetos levaram em consideração cinco temas: 1-

Acesso à natureza

2 - espaços para aprender habilidades da vida autônoma 3-

cores, texturas e luz para realçar a experiência sensorial

4 - marcos e guias para ajudar na circulação 5 - interação social e envolvimento comunitário

Pista de concreto, sala de treinamento, salas multiuso e de conferência. Fonte: https://www.cavagnero.com/project/lighthouse-for-the-blind-and-visually-impaired/

Vistas aéreas da Hazelwood School e entrada iluminada ao entardecer. Fonte: https://aasarchitecture.com/2016/09/hazelwood-school-glasgow-alan-dunlop-architect.html/

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NO MUNDO Seu volume curvo abriga um corredor extenso com iluminação natural lateral e zenital e revestimento de cortiça nas paredes que servem como guia para os estudantes ao mesmo tempo que atuam como armários e depósitos. As salas de aula – com cores contrastantes em seus interiores – são posicionadas para o norte com o intuito de aproveitar a luz natural e, ao sul, a escola abraça um grande jardim que contempla experiências sensoriais, área de lazer e natureza.

Dentre seus serviços pedagógicos, a escola conta com hidroterapia, terapia física, arte terapia, musicoterapia, terapia horticultural, terapia assistida por animais, sala sensorial, hipoterapia e massoterapia.

Um método usado na escola é o “Objetos de Referência e Significantes”, que consiste em usar objetos tridimensionais e/ou aguçar os sentidos além-visão através de cheiros, sons (músicas), texturas e cores para ajudar o aluno a desenvolver consciência da rotina e se situar nos dias da semana e nos eventos ao longo do dia, demonstrado conforme tabelas abaixo. Ilustrações da iluminação permeando a escola, esquemas de circulação e público/privado e materiais usados nos revestimentos e pisos da escola. Fonte: http://faculty.capd.ksu.edu/scoates/2009/glasgowstudio/studio_content/papers/ade.pdf

Corredor curvo, sala de aula com cores e iluminação natural e áreas lúdicas/sociais. Fonte: https://aasarchitecture.com/2016/09/hazelwood-school-glasgow-alan-dunlop-architect.html/

Day (Dia)

Colour (Cor)

Smell (Cheiro)

Texture (Textura)

Sound (Som)

Monday (Segunda-feira)

Yellow (Amarelo)

Lemon (Limão)

Sponge (Esponja)

Uptown Funk

Tuesday (Terça-feira)

Green (Verde)

Mint (Menta)

Scourer (Esfregão)

Blue Moon

Wednesday (Quarta-feira)

Orange (Laranja)

Orange (Laranja)

Silk (Seda)

Malanga Ska

Thursday (Quinta-feira)

Red (Vermelho)

Strawberry (Morango)

Velvet (Veludo)

Clair de Lune

Friday (Sexta-feira)

Brown (Marrom)

Coffee (Café)

Cords (Cordões)

Day Tripper

Event

Object of reference

Good Morning (Bom Dia)

Glove (Luva)

Home time/End of day (Final do Dia)

Bag (Mochila)

Sensory room (Sala Sensorial)

Rotating light toy (Brinquedo Luminoso de Rodar)

Pool (Piscina)

Towel (Toalha)

Gym hall (Hall de Ginástica)

Small bell ball (Pequeno sino)

Outings (Passeios Externos)

Seat belt (Cinto de Segurança)

Objetos de Referência e Significantes da Hazelwood School. Fonte: https://blogs.glowscotland.org.uk/gc/hazelwoodschool/2017/03/13/oors-signifiers/

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NO MUNDO UTAH SCHOOLS FOR THE DEAF AND THE BLIND Jacoby Architects, 2016 Salt Lake City, Utah, Estados Unidos

LEGENDA PLANTA BAIXA HAZELWOOD Estacionamento

Área funcionários

Salas de aula

Depósitos principais

Entrada/Recepção

Área esportes

Áreas específicas

Lar Experimental

Área verde

Circulação principal HAZELWOOD SCHOOL

AMBIENTE

METRAGEM (M²)

TÉRREO PISCINA DE HIDROTERAPIA SALA DE GINÁSTICA DEPÓSITO DA SALA DE GINÁSTICA SANITÁRIO PNE SALA DOS MÉDICOS COZINHA DESPENSA DA COZINHA DIRETOR DE ADM DIRETORIA SALA DOS FUNCIONÁRIOS SALA DE REUNIÃO FUNC. REPROGRAFIA RECEPÇÃO E ADMINISTRAÇÃO RECEPÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ZELADOR FOYER ESPAÇO MULTIFUNCIONAL/EXPOSIÇÕES ESPAÇO MULTIFUNCIONAL/EXPOSIÇÕES

60 55 7,5 4.2 16,7 32,5 3.1 17,2 17,5 32,5 18 9 9 6,3 9,5 15,8 42,8 90

AMBIENTE METRAGEM (M²) SALA DE MÚSICA 25 DEPÓSITO DA SALA DE MÚSICA 4 SALA DE ENTREVISTA/PAIS 9 BERÇÁRIO 44,3 CLASSE JUNIOR 34,5 CLASSE ENS. FUNDAMENTAL 34,5 CLASSE SÊNIOR 40 SALA DE FOCO/ESPECIALISTA 12,5 SALA DE EXPOSIÇÕES/FLEXÍVEL 30 BIBLIOTECA 23,5 SALA DE ARTES 22,6 DEPÓSITO DA SALA DE ARTES 2 SALA DE ESPECIALISTA 21,3 RESIDÊNCIA EXPERIMENTAL SALA DE ESTAR 21,2 COZINHA 9,6 ÁREA DE SERVIÇO 4,5 QUARTO DUPLO 12,5 SANITÁRIO PNE 5,4

Fachada frontal, posterior e lateral com parquinho adaptado da escola. Fonte: https://jacobyarchitects.com/portfolio-item/utah-schools-for-the-deaf-and-the-blind

A escola conta com 50.000m², aproximadamente 180 funcionários e 118 alunos beneficiados. Seu programa promove educação excepcional, compreensiva e baseada em pesquisas para estudantes com deficiência visual e suas famílias para impactar positivamente a comunidade. Possui foco em esforços para empoderar os estudantes para levarem uma vida gratificante, com cometimento ao aprendizado a longo prazo e inclusão. Seu currículo incorpora o Sistema Braille, tecnologia assistiva, Orientação e Mobilidade; as nove áreas do Currículo Central Expandido oferecem aos alunos com deficiência visual instruções especializadas em áreas específicas, por exemplo, habilidades compensatórias, habilidades de eficiência da visão, tecnologia, habilidades de vida independente, habilidades sociais, educação profissional, defesa pessoal, orientação e mobilidade e recreação e lazer.

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NO MUNDO O espaço conta com muitas cores contrastantes – como o vidro da escadaria principal, no piso e nas paredes internas –, complexo esportivo com área de escaladas e obstáculos unido ao palco de apresentações, design de variadas texturas em revestimentos como forma de locomoção, ludicidade e proposta pedagógica. Conta com espaços de educação, terapia e serviços para vários níveis de habilidades sensoriais, comportamentais, físicas e cognitivas, como uma sala sensorial, cozinha e lar experimental, jardins sensoriais e de exploração, etc. Apresenta playground adaptado e bastante vidro para iluminação natural. A área administrativa encontra-se no segundo e último pavimento da escola, deixando o térreo com um caráter mais pedagógico.

LEGENDA PLANTA BAIXA UTAH SCHOOLS FOR THE BLIND AND THE DEAF Estacionamento

Área funcionários

Salas de aula

Área Verde

Entrada/Recepção

Área esportes

Áreas específicas

Lar Experimental

Circulação principal UTAH SCHOOL FOR THE DEAF AND THE BLIND SALT LAKE CITY

Espaços pedagógicos, esportivos e detalhes de design. Fonte: https://jacobyarchitects.com/portfolio-item/utah-schools-for-the-deaf-and-the-blind

AMBIENTE

METRAGEM (M²)

TÉRREO SALA DE AULA PARA CEGOS LAR EXPERIMENTAL QUADRA POLIESPORTIVA ARQUIBANCADAS ESPAÇO RECREATIVO ADAPTADO PALCO TEATRO SALA DE CONFERÊNCIA JARDIM EXPLORAÇÃO E PLAYGROUND JARDIM SENSORIAL E PLAYGROUND CENTRO - FONTE ZONA ADAPTATIVA E PLAYGROUND SALA FUNCIONÁRIOS RECEPÇÃO ESPAÇOS ESPECÍFICOS DE TERAPIA ENFERMARIA

70 110 16mx27m 130 150 100 43 140 310 45 140 25 12,5 CADA 40

AMBIENTE 1º PAVIMENTO TERRAÇO COM JARDIM DIRETORIA CLINICA OFTALMOLOGICA

METRAGEM (M²) 115 70 65

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NO BRASIL LARAMARA Escritório MARWIC’S (Arq. Responsável: Antônio Reyes) São Paulo/SP A Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual foi fundada em 1991 pelo casal Mara e Victor Siaulys impulsionados após o nascimento de sua filha Lara, nascida deficiente visual. Atualmente, é um centro nacional de excelência e referência para pessoas com deficiência visual.

Programa de Atendimento ao Jovem e ao Adulto (a partir de 15 anos) - Espaço de convivência que contempla oficinas de Arte e Cultura como dança, pintura, escultura e música; - Cursos e workshops voltados para o mundo do trabalho e formação de cidadania – como cursos de Autonomia e Independência, Cidadania e Direitos Sociais, Informática, Inglês, Mundo do Trabalho, Projeto de Vida, Curso de Quick Massage e Reflexologia; - Oferece atendimentos especializados de Atividades de Vida Autônoma, Orientação e Mobilidade, Braille e Musicografia Braille, atividades sociopolíticas, atividades socioculturais e socioeducativas e participação nos Grupos de Apoio Psicossocial; - Modulação: atendimentos diários, semanais ou de 2 a 4 vezes por semana em atividades que variam de 1 a 3h, em que a maioria das oficinas tem duração semestral. - Projetos vinculados: Sem fronteiras para a cultura e a inclusão social

Seu Centro de Atenção à Pessoa com Deficiência Visual tem como objetivo o desenvolvimento da pessoa com deficiência visual nas perspectivas sociocultural, assistencial, educativa e psicossocial, buscando, também, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, a autonomia e a participação plena e efetiva na sociedade.

Atualmente, a instituição possui cerca de 600 alunos integrados a algum programa e com 295 colaboradores e voluntários, dos quais 13 possuem deficiência visual.

PROJETOS, SERVIÇOS E PROGRAMAS ESPECÍFICOS

SERVIÇOS DE SUSTENTABILIDADE LARAMARA

Programa de Atendimento à Criança e ao Adolescente (0 a 20 anos e 11 meses) - Atendimento socioeducativo semanalmente, em grupos de até 8 crianças ou adolescentes, com duração de 4h; - Oferece atendimento direto, com registros da evolução de cada usuário e discussões interdisciplinares - Oferece atividades socioculturais e de lazer como festas, piqueniques, visita à museus e acompanhamento da inclusão escolar. - A partir dos 4 anos ou quando não é mais necessária a participação na estrutura descrita, os usuários podem ser encaminhados para os atendimentos específicos de: Atividades de Vida Autônoma, Braille ou Baixa Visão, Soroban e Orientação e Mobilidade, funcionando semanalmente, em grupos de até 3 usuários com 1h30 de duração. - Projetos vinculados: Natação e atividades aquáticas inclusivas – fundamentadas na psicomotricidade, recreação e ludicidade; “Brincar para todos, brincar feliz” – proporciona às crianças de escolas públicas a oportunidade de conhecer e usufruir os espaços lúdicos da instituição junto com as crianças com deficiência visual e “Alicerces para toda vida, desenvolvimento para toda a sociedade” – que procura garantir o direito ao desenvolvimento pleno de 500 crianças de 0 a 6 anos de idade.

Serviços que geram rentabilidade para a Laramara e que são revertidos para investir em programas e serviços oferecidos pela instituição, a fim de garantir qualidade e educação adequada para as PDV. Loja Brincanto

Loja de aprox., 25m² que oferece brinquedos adaptados para deficientes visuais.

Central de Doações

Central que recebe as doações feitas para a instituição, contando com funcionários com deficiência.

Laratec

Centro de tecnologia assistiva, consultoria em acessibilidade, suporte e assistência técnica.

Gráfica Laramara

Contam com uma gráfica própria para impressão de bulas no segmento farmacêutico, que reverte os recursos nos projetos da Laramara.

Máquina Braille

Possuem a única fábrica de máquina de escrever em Braille da América Latina.

Espaço para Eventos

Oferecem estrutura equipada para vários tipos de eventos, capacidade de 150 pessoas, projetor, wifi etc. O valor do aluguel é revertido para a Laramara e seus serviços.

Estúdio Laramara

Estúdio que oferece soluções em edição sonora para o mercado publicitário, internet, estúdios, artistas e indústria fonográfica, trabalhos e projetos inclusivos.

Impressão Braille

Imprimem cardápios, menus, cartões, bulas, folhetos, comunicados, leis e normas e materiais diversos em Braille, com os recursos voltados à própria instituição

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NO BRASIL A Laramara conta com pisos táteis, portas, armários e materiais identificados com Braille e em tipos ampliados, bem como objetos representacionais.

LARAMARA – Programa de Necessidades PRÉDIOS 341 e 353 (3.699,62m²) SUBSOLO (578,29m²)

1º PAVIMENTO (890,09m²)

ESTOQUE

CONTABILIDADE

FERRAMENTARIA

FINANCEIRO

DEPÓSITOS

TRIBUTÁRIO

ALMOXARIFADOS

ALMOXARIFADO

VESTIÁRIOS

ARQUIVOS

RESERVATÓRIO DE CX D’ÁGUA

SALAS RH

TÉRREO (919,50m²)

ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO

RECEPÇÃO

VESTIÁRIOS

ESCRITÓRIOS LARATEC

SANITÁRIOS

LOJA LARATEC

SANITÁRIO PNE

Sinalizações na Laramara, em São Paulo/SP. Fonte: https://laramara.org.br/sobre/

Em relação aos espaços do programa de necessidades da instituição, a qual tem o projeto arquitetônico idealizado para atender necessidades específicas das pessoas com deficiência visual, seja cegueira ou baixa visão, inserido em mais de 8000m² e, conforme levantado pela mestranda Mônica Andrea Blanco (2007), divide-se conforme programa de necessidades ao lado e é situado conforme mapa abaixo.

LOJA BRINCANTO

2º PAVIMENTO (972,56m²)

SALAS DE CURSOS

ESCRITÓRIO MARWIC'S

ÓTICA LARAMARA

3º PAVIMENTO (339,18m²) – SÓ NO LOTE 341

PROJETO PADARIA

FÁBRICA DE MÁQUINA DE BRAILLE E BENGALAS

SANITÁRIOS

MANUTENÇÃO

SANITÁRIO PNE

-

VESTIÁRIOS

-

TELEMARKETING SALAS SECRETARIA

PRÉDIO 680 (1.034,45m²)

PRÉDIO 338 (2.258,27m²) TÉRREO (813,54m²)

680

338

341 353

2º PAVIMENTO (615,64m²)

TÉRREO (937,20m²) PISCINA

INSTRUMENTOS MUSICAIS

DIAGNÓSTICO

PLAYGROUND

2 SALAS DE SERVIÇO SOCIAL

ATENDIMENTO PSICO-PEDAGÓGICO

CENTRO DE RECURSOS C/ IMPRESSORA BRAILLE

INFORMÁTICA

PISTA SENSORIAL

ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE

ATELIÊ DE ARTES PLÁSTICAS

RECEPÇÃO

SALÃO DE ATIVIDADES

SALA DE ESPERA

DEPÓSITO DE BRINQUEDOS

AUDITÓRIO

1º PAVIMENTO (723,15m²)

BRINQUEDOTECA

ACERVO DE BRAILLE

ESPAÇO CONVIVÊNCIA JOVEM/ADULTO

3 SALAS DE AULA

SANITÁRIOS

COORDENAÇÃO

SALA DE AULA

DEPÓSITOS

ESTIMULAÇÃO PRECOCE

AUDIOTECA

SANITÁRIOS PNE

LAVABOS

DIRETORIA

APOIO

-

CLÍNICA DE OFTALMOLOGIA

3º PAVIMENTO (105,94m²)

VESTIÁRIOS

NÃO ESPECIFICADO

SALAS DE BRINQUEDOS

-

ESPAÇO AVD ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA

1º PAVIMENTO (97,25m²) ESPAÇO EXPRESSÃO CORPORAL/CANTO/DANÇA

-

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NO BRASIL CENTRO DE ENSINO ESPECIAL DE DEFICIENTES VISUAIS – CEEDV

PROGRAMA/ SERVIÇO

1991: antigo Centro de Ensino Especial 02, tornou-se um Centro específico para PDV SGAS II 612, Brasília/DF

EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM

Atualmente é a única instituição educacional do Distrito Federal e Entorno especializada no atendimento ao estudante cego, surdocego e de baixa visão que procura: Proporcionar à pessoa com deficiência visual e surdocega, inclusive ao estudante incluído, atendimento pedagógico em seu desenvolvimento socioafetivo, físico e intelectual, mediante procedimentos didáticos e estratégias metodológicas adequadas para sua inclusão no ensino regular, às suas necessidades, desenvolvendo competências e habilidades na formação pessoal, social, orientação profissional e conhecimento de mundo, segundo as leis vigentes. (GDF, 2018) Seus princípios orientadores das práticas pedagógicas, presentes no Projeto Político Pedagógico (PPP) de 2018, considerando seus eixos pautados na legislação brasileira e em concepções filosóficas acerca da educação, aprendizagem e educação especial. A primeira etapa para ingresso no CEEDV é de acolhimento e de avaliação da pessoa com deficiência visual pela Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem que, por meio da Avaliação Psicopedagógica – que avalia as dificuldades apresentadas junto à profissionais e à família – e da Avaliação Funcional da Visão – que avalia, com auxílio oftalmológico, o grau das funções visuais para guiar o trabalho pedagógico específico. As avaliações resultam em Relatórios que norteiam o encaminhamento mais adequado para o atendimento da PDV conforme os serviços oferecidos pelo Centro.

OBJETIVO

Acolher a pessoa com deficiência visual e surdocegueira para investigar e evidenciar a qualidade do desempenho funcional e suas interrelações nos diversos contextos de modo a conhecer e propor encaminhamentos e intervenções.

PROFISSIONAIS

RECURSOS

ESPECIFICIDADES

01 Pedagogo 01 Psicólogo

Uma sala com mesas, cadeiras, armários, quadro negro e quadro branco liso, para atendimento a pessoa com deficiência visual, bem como para acolhimento e entrevista com as famílias.

Forma de ingresso: Pessoas com deficiência visual atestada por laudo médico oftalmológico atualizado; encaminhadas por instituições de saúde, por escolas, pelas salas de recursos, pelo serviço de itinerância, além comunidade do DF e entorno do DF;

O serviço que tem como perspectiva prestar auxílio às famílias dos educandos em relação ao seu processo de desenvolvimento, suas necessidades específicas e parceria entre escola e família é o Serviço de Orientação Educacional. Outros serviços de apoio pedagógico especializado também são aplicados no centro, vide tabela abaixo. PROGRAMA/ SERVIÇO

OBJETIVO

SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Colaborar com a construção de relações interpessoais saudáveis e harmoniosas entre os que compõem a comunidade escolar ajudando a tornar ambiente educativo em todas as interações.

PROGRAMA DE ATENDIMENTO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO (PAPE)

Visa o desenvolvimento educacional, à socialização, alfabetização e à inclusão de crianças com deficiência visual, múltipla, TEAs e surdocegas– desde que tenham deficiência visual associada– da comunidade do Distrito Federal e Entorno.

PROFISSIONAIS

NÃO ESPECIFICADO

01 Professor regente/classe

RECURSOS

ESPECIFICIDADES

Atua como suporte à comunidade escolar buscando construir junto ao grupo, NÃO alternativas em situações de ESPECIFICADO conflito, parcerias, o sentimento de pertencimento e alteridade.

NÃO ESPECIFICADO

É estruturado em classes, sendo que as crianças das turmas Pape DV de 6 a 10 anos, têm atendimento em sala de aula, com o professor regente, em 3 horários por dia, durante os 5 dias da semana, a fim de uma continuidade coletiva do currículo em movimento proposto para esta fase importante para a efetiva inclusão destas crianças no ensino regular.

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NO BRASIL A proposta curricular do CEEDV trabalha com conteúdos obrigatórios e transversais de forma interdisciplinar, especificados por professores de cada programa, setor e/ou área. À pessoa com deficiência visual, visando inclusão social, criatividade, reflexão e desenvolvimento, são ofertados: Habilitação Braille/Transferência Braille; Educação Visual; Soroban; Orientação e Mobilidade; Pré-Mobilidade; Atividades de Vida Autônoma e Social - AVAS; Digitação; Escrita Cursiva; Formação Braille e/ou Soroban para as Famílias; Atendimento Educacional Especializado ao Surdocego; e Artes Visuais; Artes Cênicas; Música e Educação Física. O CEEDV conta com programas de apoio à inclusão dos estudantes com deficiência visual, composto pelo Centro de Apoio Pedagógico (CAP), pelo ensino profissionalizante através do Serviço de Orientação para o Trabalho (SOT) e pela Formação de Famílias. PROGRAMA/ SERVIÇO

PROGRAMA DE APOIO À INCLUSÃOCENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO (CAP)

OBJETIVO

Constituir uma unidade de serviços de apoio pedagógico e suplementação didática à Rede Pública de Ensino do DF. Promover e garantir o atendimento ao estudante com deficiência visual (cego, surdocego ou baixa visão) no que se refere aos recursos específicos necessários à sua educação.

Atender a pessoa com deficiência visual, proporcionando -lhe SERVIÇO DE capacitação, formação e ORIENTAÇÃO orientação profissional a PARA O fim de inseri-la na TRABALHO (SOT) sociedade, bem como a inclusão do aluno na rede regular de ensino.

PROFISSIONAIS

RECURSOS

ESPECIFICIDADES

23 Servidores + Revisor + Professores Efetivos Adaptadores/ Transcritores

Infraestrutura necessária: 1- Núcleo de Produção Braille/Ampliado 2- Núcleo de Convivência 3- Núcleo de Apoio Pedagógico 4- Núcleo de Tecnologia / Laboratório de Informática

Com a oferta dos serviços e atendimentos, pretende -se garantir às escolas e aos estudantes com deficiência Visual e Surdocegueira o atendimento educacional em tempo hábil, com produção de materiais didáticos, paradidáticos e literários em Braille e no formato ampliado.

Equipamentos de Tecnologia da Informação / Internet / Telefone / Material de escritório em geral / Sala / Mesa / Armário

O SOT é um serviço que visa oportunizar a inserção e a condução da pessoa com deficiência visual no mercado de trabalho em parceria com as entidades públicas, privadas, agências reguladoras, sistema “S”, CIEE, entre outras.

NÃO ESPECIFICADO

Faz parte da organização pedagógica e curricular a Fonoaudiologia Escolar e a Biblioteca Braille Elmo Luz, fundada em 1982 pelo professor Elmo Luz.

PROGRAMA/ SERVIÇO

OBJETIVO

PROFISSIONAIS

Participar da rotina escolar, contribuindo, nas questões que envolvam o desenvolvimento da comunicação, do aprendizado da leitura e escrita, da formação de hábitos alimentares adequados, noções de saúde vocal e preservação do aparelho fonatório.

FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR

BIBLIOTECA BRAILLE ELMO LUZ

Enriquecer o conhecimento do deficiente visual, lhe favorecendo o acesso a leitura de qualidade por meio dos livros em Braille e audiolivros.

RECURSOS

ESPECIFICIDADES

01 Fonoaudiólogo

NÃO ESPECIFICADO

O trabalho fonoaudiológico é baseado no papel educativo/pedagógico e tem como prioridade contribuir para o desenvolvimento acadêmico e psicossocial dos estudantes com deficiência visual.

02 Professores e 3 Auxiliares

Acervo composto de livros literários, didáticos, infantojuvenis, dicionários em tinta e em Braille, computadores com internet, máquina Braille, reglete, audioteca com livros em CD, mesas, cadeiras e estantes.

Atende uma clientela de aprox. 260 estudantes e ocupa um espaço de aprox. 140 m² de área.

Fazem parte do programa educacional a Educação Precoce para crianças, Habilitação/Transferência Braille, práticas educacionais específicas e práticas educacionais interdisciplinares, como as Artes e Educação Física. PROGRAMA/ SERVIÇO

EDUCAÇÃO PRECOCE

OBJETIVO

Proporcionar as condições necessárias para o desenvolvimento das potencialidades da criança de 0 a 4 anos com deficiência visual associada ou não a outras necessidades educacionais especiais, no que se refere aos seus aspectos físicos, cognitivos, psicoafetivos, sociais eculturais.

PROFISSIONAIS

RECURSOS

ESPECIFICIDADES

Professor Coordenador / Fonoaudiólogo / Professores Pedagogos / Educadores Físicos / Monitor / Educador Social

Uma sala para as aulas em grupo, uma sala para bebês, uma sala de psicomotricidade, uma sala para acolhimento e entrevista com as famílias, uma sala para atendimento dos pais, uma sala para coordenação de professores, uma piscina na área externa da escola, com vestiário, e um parque infantil de areia com brinquedos e casinha.

Modulação: Turmas de 10 a 15 alunos, aulas individuais ou em grupo. De 0 a 6 meses: turmas de 6 a 15 alunos, 2x na semana (1 horário com prof. Pedagogo e 1 com educador físico); 6 meses <x<2 anos: 2x por semana (2 horários com prof. Pedagogo e 2 com educador físico); A partir de 2 anos: 3x por semana, atendimento individual nas aulas de Ed. Física.

31


NO BRASIL PROGRAMA/ SERVIÇO

OBJETIVO

Transferir o sistema de leitura e escrita da pessoa com deficiência visual ao sistema Braille, HABILITAÇÃO/ proporcionando a leitura TRANSFERÊNCIA e a escrita como BRAILLE instrumento para a inclusão educacional, profissional e sociocultural.

SURDOCEGUEIRA

Resgatar a confiança, autonomia e iniciativa do estudante surdo cego frente às atividades de vida autônoma e social.

PROFISSIONAIS

RECURSOS

Professor da área pedagógica com especialização em deficiência visual

Plano inclinado, apoio de material de leitura, reglete positiva ou negativa, punção, máquina do tipo Perkins, papel especial, material adaptado em alto relevo, caixa de vocabulário, no sistema Braille, de produtos do uso cotidiano das pessoas, fita métrica e mapas adaptados, geoplano, livros com caracteres no Sistema Braille.

Professor itinerante na área da surdocegueira e Professor guia-intérprete educacional

Os recursos podem ser ópticos especiais, sistemas telescópios manuais mono ou binoculares ou em armações dos óculos, lentes filtrantes, softwares ampliadores de tela e não ópticos, material adaptado em alto relevo, geoplano, livros com caracteres ampliados ou no Sistema Braille, lousa que não provoque reflexo e permita bom contraste.

ESPECIFICIDADES

PROGRAMA/ SERVIÇO

Modulação: 02 estudantes por aula, com modulação total de 15 alunos para atendimento 2x por semana.

A modulação da quantidade de surdocegos deverá ser estabelecida e regida pela Estratégia de Matrícula vigente. Sugere-se no mínimo cinco e no máximo oito estudantes por guiaintérprete no CEEDV.

ARTES CÊNICAS

MÚSICA

PRÁTICA EDUCACIONAL ESPECIALIZADA INTERDISCIPLINAR

O CEEDV conta, ainda, com projetos específicos voltados à leitura, como o Projeto Clube do Ledor na Biblioteca Braille Elmo Luz, que possui participação de voluntários e uma coordenação própria para leitura dos livros pedagógicos ou de entretenimento para as PDV. Além de atividades de horta e contato com a natureza e oficina de artesanato – com turmas de 10 a 15 alunos. Serão considerados os serviços específicos que atendem às demandas principais das pessoas com deficiência visual, suas modulações e recursos adequados, com adaptações quando necessário e a partir de outras referências na educação para PDV.

EDUCAÇÃO FÍSICA

OBJETIVO

Trabalhar as diversas expressões artísticas do ser humano no contexto teatral.

PROFISSIONAIS

Profissionais com Licenciatura Plena em Educação Artística – Artes Cênicas, com formação em Educação de Pessoas com Deficiência (PCD)

RECURSOS

Modulação: Mesas, araras, Pequenos grupos, cadeiras, armários, de 2 a 3 aulas por pia, colchonetes, semana. Em vista figurinos adereços, das caraterísticas som portátil, específicas instrumentos decorrentes do musicais etc. Sala manuseio dos de aula com amplo materiais/ espaço físico para conteúdos/atividades possibilitar a cada professor prática de atende de 20 a 30 movimentos estudantes, corporais e a distribuídos em 30 interação em atendimentos grupos. semanais.

Despertar o interesse pela música; desenvolver a expressão, o equilíbrio, a autoestima e o autoconhecimento; promover a integração e comunicação, o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioafetivas.

Sala de aula ampla, com espaço para vivências rítmicas Professor corporais, equipada graduado em com espelhos, Educação equipamento de Artística e som, teclado, violão habilitado na e a maior variedade área de possível de musicalização. instrumentos musicais de corda, de sopro e de percussão.

Proporcionar uma série de estímulos sensório-motores, respeitando os aspectos lúdico e recreativo inerentes ao processo educacional escolar.

01 Circuito fixo, montado no ambiente externo da escola com escadas e pontes de cordas, escalada com cordas, etc. Duas salas de aula amplas: uma de psicomotricidade e outra com equipamentos de condicionamento físico; 01 piscina coberta e aquecida com vestiários; 01 parque infantil.

01 Educador físico especializado

ESPECIFICIDADES

Modulação: Aulas individuais, duplas, trios ou pequenos grupos, 1 a 2 horas de aula semanais. Cada professor poderá atender de 20 a 30 estudantes, divididos em 30 horas-aula semanais.

Modulação: Educação Precoce: individual ou pequeno grupo, 2 a 3x por semana. PAPE: atendimento individual ou pequeno grupo, 2 a 3x por semana. Estudante de inclusão/comunidade: individual ou grupo de até 2 estudantes, 2 a 3x por semana.

32


URBANO PARQUE DA AMIZADE

OUTRAS REFERÊNCIAS URBANAS

Arqs. Gastón Cuña e Marcelo Roux Montevideu, Uruguai O Parque da Amizade foi criado com o intuito de oferecer atividades recreativas, lúdicas e inclusivas para que todos, independente de seus capacidades físicas ou cognitivas, pudessem usufruir. O projeto faz parte de um processo de transformação dos espaços públicos chamado “Compromisso com Acessibilidade”. Conta com o uso de materiais como concreto, metal e borracha, além de ser equipado com jardim sensorial a fim de permitir experiências táteis, sonoras e aromáticas.

Parque Recreativo Venecia em Temuco, Chile. Fonte: www.archdaily.com.br/br/767205/

Formas redondas, pisos diferentes e elementos verticais usados no Parque Recreativo Venecia, pelo arquiteto Jaime Alarcón Fuentes, configuram um espaço chamado de “Lounge Urbano” em Temuco, no Chile.

Iluminação pública Bicicletários Integração de ciclovia Faixa de pedestres Rampa acessível Vegetação integrada Faixa elevada Sinalização tátil

Parque da Amizade em Montevideu, Uruguai. Fonte: www.archdaily.com.br/br/770159/

Faixa elevada e elementos urbanos. Fonte: NACTO.

33


OUTRAS REFERÊNCIAS ESPAÇOS INTERNOS E SINALIZAÇÕES

ELEMENTOS DIVERSOS

ELEMENTOS DE FACHADA

vegetação

sinalizações na parede

portas vazadas

estantes soltas curvas

portas contrastantes

piso tátil contrastante

braille

textura ripada

ILUMINAÇÃO NATURAL E TETO VERDE madeira

cores neutras

concreto

janelas amplas

e

s

trilha sensorial

ELEMENTOS/ESPAÇOS LÚDICOS E ESPORTIVOS

sala sensorial

r

horta e jardim sensorial

pilar redondo

domos de iluminação

mapas e sinalizações táteis

cobogós com cor

laje nervurada

cores por pavimento

marcação com cor

marco vertical colorido

circulação vertical

brises móveis

o

teto verde

c

ginásio esportivo

Fonte: https://pin.it/6b7ijQO

parede interativa

cores claras

34


caracterização da área de projeto caracterizacao da area de projeto

35


TERRENO O terreno escolhido está localizado na Zona Urbana de Dinamização de Samambaia, no endereço QS 112 conjunto 4 lote 1 e possui 11.236,15m² de área total. Insere-se em uma área residencial com casas em sua maioria térreas ou de até 3 pavimentos e perto de um edifício de 12 pavimentos. Está próximo a comércios de uso misto que beiram a 1ª Avenida Sul, na qual se encontra um ponto de ônibus a aproximadamente 75m do lote. Também tem proximidade com a estação de metrô Samambaia Sul e uma ciclovia que passa no lado Oeste do terreno, conforme mapa. Existem vias residenciais nas laterais do lote para acesso, mas a criação de uma ligação qualificada entre o lote e a estação de metrô e o lote e a 1ª Avenida Sul são imprescindíveis para o projeto.

USO DO SOLO E PARÂMETROS URBANÍSTICOS

Samambaia (RA XII) e Regiões Administrativas próximas. Fonte: Geoportal– SEDUH.

Seguem as diretrizes do Plano Diretor Local (PDL) de Samambaia – articulado com o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) do DF – e, de acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), destina-se ao uso institucional (INST EP) – necessário para o Instituto Angélica Dias – com os parâmetros urbanísticos mostrados abaixo. sem afastamento obrigatório TP=30%

TO=60% CA=2,0 cota de soleira (ponto médio da edificação)

altura máxima 19m ESC 1:4500

Lote escolhido e sua relação com o entorno; categorias da LUOS. Fonte: Geoportal – SEDUH e QGIS

lo Subso

tipo 2

36


TERRENO O coeficiente de aproveitamento básico e máximo (CA) são ambos 2,00, portanto, pode construir um máximo de 22.472,3m² no terreno. Sua taxa de ocupação (TO) é de 60% da área total e sua taxa de permeabilidade (TP) é de 30% do lote sem impermeabilizar. A altura máxima permitida é 19m – contando com a caixa d’água –, permite subsolo tipo 2 – o qual respeita os parâmetros definidos, exceto a TO e afastamentos mínimos obrigatórios –, os afastamentos e as vagas são definidos conforme quadros da LUOS.

STREET VIEW DA ÁREA lote escolhido

03

lote escolhido

01

LEGENDA MAPA Marcação do lote Ciclovia

02 01

edifício em altura

Quadro de afastamentos laterais e de fundo, em metros, conforme altura do edifício, área do lote e abertura. Fonte: LUOS

EXIGÊNCIA MÍNIMA DE VAGAS USO

ATIVIDADE

INSTITUCIONAL

Denominação – Grupo/Classe Educação

infantil

fundamental; 85-P: EDUCAÇÃO

Educação

e

Automóvel

Bicicleta

1/75m²

1/225m²

Vestiário

Mapa e vistas do terreno para caracterização da área e entorno próximo através do Street View. Fonte: Google Earth - Google Street View

lote escolhido

ciclovia

ciclovia

02

edifício em altura

lote escolhido

ensino

Ensino

profissional

Nº Vagas exigidas

1ª Avenida Sul

médio; de

nível

Sim

técnico e tecnológico; Atividades de apoio à educação;

Anexo V – Quadro de exigência vagas de veículos. Fonte: LUOS

03

ciclovia

37


ANÁLISE BIOCLIMÁTICA O terreno, localizado em área de solo exposto, está disposto com uma rotação de aproximadamente 18,4º a Oeste em relação ao Norte, o que nos permite analisar – através do software SOL-AR – a carta solar e a frequência de ventos ao longo do ano.

18,4º

As fachadas mais quentes são voltadas para o Noroeste, Sudoeste e, a pior, para Oeste – com maior incidência solar o ano todo e a que mais precisa de estratégias de sombreamento, a partir das 11h30. As ao Nordeste recebem forte incidência solar o ano inteiro apenas por volta de 12h, já as fachadas Leste e Sudeste são as que recebem incidência solar de menor temperatura, exceto por volta de 12h, sendo a direção com maior conforto térmico a Sudeste. Os ventos são predominantes da direção Leste, exceto no verão – estação chuvosa –, em que os predominantes são da direção Noroeste. O terreno decai 2m – relativamente plano, o que é essencial para a acessibilidade –, a vegetação existente será mantida e incorporada ao projeto e uma nova vegetação será proposta no terreno para amenizar o impacto da exposição do solo atual. 10 m

50 m

100 m

edifício em altura

0

Fonte: SOL-AR

CORTE AA

lote escolhido

ESC.:1/500

38


DIRETRIZES PROJETUAIS DIRETRIZES PROJETUAIS

39


CONCEITOS DO PROJETO Os conceitos e princípios norteadores foram pensados com as pessoas com deficiência visual em mente, considerando suas necessidades espaciais, educacionais e interativas, enfocando nas percepções sensoriais – visão, tato, audição, olfato, paladar – e na acessibilidade integralizada.

ACESSIBILIDADE

ACESSIBILIDADE

Buscar acessibilidade nos fluxos internos e externos e acessos; presença de sinalização, braille e sons em mapas, portas, corrimãos, pavimentos, guias, etc; uso de materiais confortáveis ao toque, antiderrapantes, com cores contrastantes e estimulantes tanto nos revestimentos quanto nos objeArquiteto, Cliente e Estudante tos e mobiliário, seguindo a NBR 9050.

PERCEPÇÕES SENSORIAIS O uso de materiais confortáveis e estimulantes - texturizados, coloridos, interativos - e a realização de atividades em ambientes adaptados ou ao ar livre afloram as percepções sensoriais como parte da proposta pedagógica e inclusiva.

CONFORTO AMBIENTAL Garantia de conforto térmico, acústico e luminoso com o uso de materiais, estruturas e vedações com bom desempenho termoacústico; janelas e aberturas amplas, priorizando a iluminação natural e a ventilação cruzada; quando necessário, usar equipamentos de ventilação mecânica silenciosos; brises para controle de luminosidade; sheds, aberturas zenitais e clarabóias; beirais e uso de vegetação para sombreamento. Diagramas de conforto. Fonte: https://sustentativa.wordpress.com/category/artigos/

INCLUSÃO SOCIAL E COMUNITÁRIA

*

~

!

A introdução de projetos, espaços e atividades que permitam a participação da comunidade no Instituto e a criação de uma praça pública fortifica a inclusão social e a interação entre usuários e comunidade.

SEGURANÇA Garantia de segurança aos usuários com elevação das vias em locais de conexão e embarque e desembarque, cercamento com cerca viva ou gabiões interativos, materiais com pouco risco de machucar, adaptações acessíveis para orientações seguras e sem riscos de tropeçar/escorregar.

MULTIFUNCIONALIDADE Presença de espaços multiuso e flexíveis, assim como a possibilidade de salas de aula serem usadas para outras disciplinas ou reforços. Os edifícios por si já são uma proposta pedagógica de orientação e mobilidade, materiais, espaços e vivência.

BIOFILIA As atividades ao ar livre e o contato com a natureza aguçam os sentidos e conectam os usuários PDV em uma proposta pedagógica sensorial, explorada na trilha sensorial e nos jardins e hortas. O uso de vegetação e espaços verdes também ajuda no sombreamento e na permeabilidade do solo.

40


EIXOS DE FORÇA NORTEADORES N

ESC: 1/750

e

l ncia

t do lo

side

e o lot d o r cent ,2m 109

e limit

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do lo

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ício edif m co a lote m altur ão e truç ons c em

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103m

qu

c

o

irã arte

área

o do r t n e

do lo o r t en

98m

LEGENDA Eixos centrais do lote escolhido

,2m

104

7m

Eixos alinhados à edificações próximas Limite do lote Símbolo de centro Edificações existentes Símbolo de ciclovia

da veni A ª 1

Sul

41


ÁREAS E PONTOS DE RELEVÂNCIA

para

te

do lo

e limit

e

Adequar curva de nível à situação atual do terreno (campo de futebol planificado) e ao projeto proposto no local.

side

,2m

109

ESC: 1/750

re área

cam inho

vegetação existente

t do lo

ício edif m co a lote m altur ão e truç ons c em

e esid r a áre o d - ruí

e limit

qualificar entorno

n

om etrô

NO TERRENO E ENTORNO

N

cial

l ncia

vegetação existente vegetação existente

Considerar o fluxo de pessoas, bicicletas e veículos nessa área por proximidade à estação de metrô. Qualificar calçada e ciclovia.

qualificar entorno

área

qualificar entorno

al

enci

103m

resid OESTE: maior temperatura solar

Criar área de embarque e desembarque para veículos de pequeno a médio porte, configurando uma entrada secundária e podendo ser usada para serviços.

vegetação existente

vegetação existente

LEGENDA

Conexão viária a criar

Símbolo de ciclovia

Criar via para possibilitar acesso direto entre a 1ª Avenida Sul e o estacionamento do Instituto. Priorizar seguir o desenho da ciclovia existente e desviar da vegetação e edificações existentes para integração dos transportes.

qualificar entorno

riar aac

Símbolo de ruído

7m

viári

Edificações existentes

Criar conexões viárias elevadas e de calçadas entre área residencial e estacionamento, possibilitando acesso que respeite os pedestres e ciclistas.

Máxima manutenção da vegetação existente na delimitação e adjacente ao terreno, aproveitando para incorporá-la às propostas paisagísticas e pedagógicas.

,2m

104

xão cone

Vegetação existente

98m

Propor estratégias/elementos de sombreamento controlado para fachadas voltadas às orientações mais quentes, como brises móveis e jardineiras.

a

ntad

e ovim m via ma i próx o íd + ru

SUDESTE: menor temperatura solar

da veni A ª 1

Sul

42


ESTUDO DE ZONEAMENTO om etrô para

N

ESC: 1/750

side l ncia

cam inho

re área

e

área ica g agó ped

os ojet r p e

Criar o acesso secundário considerando a conservação da vegetação existente.

expe

d área

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zer de la área ência e viv ultiuso) ça m

(pra área

área ica góg eda

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área tiva ra inist m d a

er e laz d a áre vência e vi

Núcleo de contato com a natureza e atividades ao ar livre, aproveitando a vegetação existente e terreno.

103m

al

de área ação ent alim

de área ncia stê assi

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resid

zer de la área ência e viv inásio) ça g (pra

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98m

Estacionamento e locais de passagem (corredores, calçadas) voltados à orientação mais quente.

,2m

109

p

OESTE: maior temperatura solar

te

do lo

e limit

t do lo

ício edif m co a lote m altur ão e truç ons c em

área com caráter mais comunitário Acesso ao lote mais próximo ao metrô e adjacente à ciclovia existente, configurando um espaço com potencial de encontros comunitários e acesso aos principais projetos comunitários propostos no projeto.

Priorizar as áreas pedagógicas e de estudo em orientações com menos ruído. O silêncio é fundamental para a aprendizagem e concentração da PDV.

en

d resi área o d - ruí

e limit

ZONEAMENTO NO TERRENO ESCOLHIDO

cial

rtiva

espo área

Área esportiva voltada à orientação com maior ruído, próxima a 1ª Avenida Sul.

,2m

104

LEGENDA Vegetação existente

7m

Acesso principal Acesso secundário ou de serviço Edificações existentes Símbolo de ruído Símbolo de ciclovia

a

ntad

Praça interativa frente à entrada do ginásio para encontros, eventos comunitários, etc.

e ovim m via ma i próx o íd + ru

SUDESTE: menor temperatura solar

da veni A ª 1

Sul

43


PARTIDO ARQUITETÔNICO PARTIDO ARQUITETONICO

44


O PARTIDO O Instituto Angélica Dias buscou incluir os conceitos propostos considerando as necessidades espaciais, pedagógicas e sociais das pessoas com deficiência visual e, ao mesmo tempo, respeitar e qualificar o contexto urbano próximo ao local do projeto para facilitar os acessos de pedestres e veículos, criar espaços de convivência comunitária e ter acessibilidade generalizada.

A altura dos edifícios procura manter um equilíbrio visual com o entorno – área residencial com casas baixas, pequenos prédios de uso misto e poucos edifícios em altura –, mas ao mesmo tempo se destacar com marcos visuais e cores/materiais contrastantes que possibilitem videntes e pessoas com baixa visão reconhecerem o Instituto.

Para isso, a escolha do terreno considerou a topografia com pouco declive para implantação do projeto – diminuindo os obstáculos – e a possibilidade de diferentes transportes estarem disponíveis para os usuários do Centro de Apoio, estando próximo à estação de metrô Samambaia Sul, à uma ciclovia voltada à Oeste que liga o metrô à avenida principal e à pontos de ônibus na 1ª Avenida Sul.

Por isso, elementos como circulação vertical amarela e marquise com pilares coloridos foram incorporadas ao Edifício Principal – mais alto e marcante –; cobertura e treliça espacial de cor amarela no Ginásio, além da parede grafitada por artistas locais voltada à via criada; entrada/caixa d’água amarela no Lar Experimental e pilares coloridos, teto verde e pergolado no PROACEA. Apesar de atuarem como marcos visuais, esses elementos possuem funções importantes para a circulação, o funcionamento e o conforto do IAD.

Nesta avenida, antes sem acesso direto ao lote, uma via de ligação foi criada acompanhando a ciclovia existente que culmina em um estacionamento arborizado com asfalto drenante e vias elevadas para protagonizar os pedestres. A criação de praças públicas como a Praça do Foyer e a Praça do Ginásio consideraram o fluxo mais significativo de pedestres e a locação do estacionamento/ciclovia para consolidar espaços lúdicos, interativos e de encontros. A partir dos eixos de força traçados entre o lote escolhido e os lotes vizinhos, a volumetria do complexo resulta em uma tipologia em “U”, criando uma área central ao ar livre cercada pelos edifícios que compõem o programa de necessidades – Edifício Principal, PROACEA, Ginásio e Lar Experimental. Essa área funciona como um espaço de conexão, convivência interna e para atividades ao ar livre, evocando a multissensorialidade da natureza. A implantação dos edifícios com caráter mais pedagógico prioriza a direção com menos ruído, contrário à fachada mais próxima da avenida principal, onde o Ginásio se encontra. Essa lógica também foi usada no interior do Edifício Principal, em que ambientes não pedagógicos e/ou barulhentos estão voltados à fachada com mais ruídos. O Lar, isolado das edificações e com estética semelhante ao Edifício Principal, posiciona-se de maneira democrática, podendo ser usado desde crianças à idosos, assim como a trilha e horta sensoriais.

Respeitando a vegetação existente no local, o Ginásio foi afastado do limite posterior e lateral do lote, o que possibilitou a inserção da trilha sensorial e incorporação da vegetação à proposta pedagógica. As áreas verdes criadas contam com adição de vegetação para sombreamento e para criação de jardins sensoriais. Conta também com cercas vivas para segurança do Instituto e com o uso de jardineiras e teto verde nas edificações para consolidar o conceito de biofilia, ajudar no sombreamento e no conforto ambiental. Os acessos ao projeto consideram os fluxos que partem das praças públicas para o interior do Ginásio ou para o interior do Edifício Principal, que conta com dois acessos ao foyer e salas multiuso e um acesso principal marcado pela marquise e pela área de embarque e desembarque, o qual acessa a recepção com pé direito duplo e, a partir dela, nascem dois corredores que guiam até o hall de elevadores (circulação vertical) e às conexões entre os outros edifícios do complexo. Na fachada posterior do lote – à Leste –, próximo ao Lar Experimental, há um acesso secundário controlado por uma guarita, já que o percurso ao acesso principal do projeto a partir desta área é dificultado por densa vegetação, por obras, por obstáculos ou por edificações que impedem a passagem segura. Neste ponto, a via também foi elevada para segurança da travessia dos usuários e demais pedestres. 45


STORYBOARD

01. LOTE E EIXOS NORTEADORES

02. VOLUME EM “U” E VIA DE LIGAÇÃO

04. MARCOS VISUAIS E CONEXÕES

03. AJUSTES VOLUMÉTRICOS E PRAÇAS

05. DESENHO URBANO E AJUSTES FINAIS

46


VISÃO GERAL PISCINA RASA

OFICINA DE ARTES

LAR EXPERIMENTAL HORTA SENSORIAL

PROACEA

GUARITA TRILHA SENSORIAL

EDIFÍCIO PRINCIPAL

TÓTEM SENSORIAL PARQUINHO ADAPTADO

GINÁSIO

CARGA E DESCARGA

PRAÇA DO FOYER

VIA CRIADA

CONEXÃO VIÁRIA

PRAÇA DO GINÁSIO

ESTACIONAMENTO

PAREDES INTERATIVAS CICLOVIA

CALÇADA CRIADA

47


programa de necessidades programa de necessidades

48


PROGRAMA DE NECESSIDADES ESTIMATIVA: 80 FUNCIONÁRIOS + 220 ALUNOS/USUÁRIOS = 300/DIA Número de vagas: 30 bike + 42 carro + 8 moto + 4 idoso + 12 PCD

|

EDIFÍCIO PRINCIPAL

Lote = 11.236,15m²

LEGENDA DE INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

SUBSOLO (1.225,4 m²) QNT.

AMBIENTE

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

01 Ventilação natural

05 Pontos elétricos

09 Caleifação

13 Adaptação PCD

02 Ventilação mecânica

06 Pontos hidráulicos

10 Isolamento acústico

14 Sinalização tátil

01

GARAGEM

1169,5

01

04

05

12

03 Iluminação natural

07 Inst. hidrossanitárias

11 Piso emborrachado

15 Mapas acessíveis

01

DEPÓSITO DE LIXO

31,5

02

04

05

14

04 Iluminação artificial

08 Ar condicionado

12 Piso tátil

16 Porta de correr

02

RESERVATÓRIO INFERIOR

24,4

04

06

07

LEGENDA DE FUNÇÕES DO AMBIENTE Projetos Específicos

Pedagógica

Lazer e Vivência

Assistência

Alimentação

Esportiva

Externa e/ou Serviços

Sanitários

Circulações/Conexões

Lar Experimental

PROACEA

14

Vagas para motos e carros, local de manobra e de circulação de pedestres. Estação de coleta seletiva e reciclagem. Reservatórios com duas caixas d’água de 5000L cada / reserva de incêndio.

TÉRREO (1.331,55 m²)

Administrativa

Edifício Principal

DESCRIÇÃO

Lar Experimental

Ginásio

01

RECEPÇÃO

121,3

01

OFTALMOLOGIA

24,1

01

FONOAUDIOLOGIA

24,1

01

ENFERMARIA

24,1

01

ASSISTÊNCIA SOCIAL E FAMILIAR

23,6

01

ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

22,9

02

ATENDIMENTO INDIVIDUAL

24,4

01

SALA DE ESPERA

6,9

01

ORIENTAÇÃO DO TRABALHO

16,9

08

Balcão de atendimento com computadores e cadeiras, armários com trinco para itens achados e perdidos, mapas táteis e poltronas para espera.

01

03

04

05

12

14

15

16

01

03

04

05

08

14

16

01

03

04

05

08

10

11

14

16

Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel e equipamentos de apoio, computador, telefone e impressora.

01

03

04

05

06

08

14

16

Ambiente com maca, geladeira, mesa e cadeiras para atendimento, armário de medicamentos e móveis de apoio.

01

03

04

05

08

14

16

Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone.

01

03

04

05

08

14

16

Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone.

01

03

04

05

08

14

16

Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone.

04

05

14

16

01

03

04

05

14

16

Sala de Avaliação contendo sofá, computador, impressora, cadeiras e mesa de atendimento, equipamentos e móveis de apoio adequados para crianças e adultos.

Sala com cadeiras e móveis de apoio. 08

Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone.

49


PROGRAMA DE NECESSIDADES QNT.

AMBIENTE

01

CONSULTORIA ARQUITETÔNICA

22,7

01

ARQUIVO

14,5

01

BRECHÓ IAD

24,6

01

LOJA DE BRINQUEDOS

24,6

01

01

01

ÓTICA IAD

ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO

FOYER

24,6

48,6

65,6

02

SALAS MULTIUSO I E II

30,2

01

SALAS MULTIUSO III

39,1

01

01 01 02

SALA DE ORIENTAÇÃO 23,55 E MOBILIDADE

SALA DE MÚSICA DML BANHEIRO FEMININO

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

48,7 9,3 21,1

04

05

01

03

14

16

01

03

04

05

14

01

03

04

05

06

08

14

16

01

03

04

05

08

11

14

16

01

03

04

05

08

14

16

02

03

04

10

11

14

01

03

04

08

12

14

01

03

04

10

14

01

03

10

14

01

03

04

04

05

05

05

05

05

12

14

15

16

01

03

04

05

10

11

14

04

05

06

14

01

03

04

05

07

14

QNT.

AMBIENTE

02

BANHEIRO MASCULINO

21,1

02

BANHEIRO PCD

3,8

01

CONEXÃO COM GINÁSIO

50,2

Balcão de atendimento com computador, impressora e telefone, nichos expositores, estoque e móveis de apoio.

02

CIRCULAÇÃO VERTICAL

40

Balcão de atendimento, expositores de óculos e de equipamentos de tecnologia assistiva, estoque, móveis de apoio, cadeiras, espelhos.

01

CIRCULAÇÃO GERAL

02

HALL ELEVADOR

DESCRIÇÃO 08

06

06

08

06

08

08

08

08

Sala com cadeiras e mesa de atendimento, móvel de apoio, computador, impressora e telefone. Estoque de variados documentos, contratos, pastas, dados, etc. Araras, cabideiros, mostruários, provador, balcão de atendimento com computador, impressora, telefone, cadeira, móveis de apoio e poltronas.

Cabine de gravação, microfones, computadores, sintetizadores, isolamento acústico, piso emborrachado, cadeiras e móveis de apoio. Espaço com sofás, mesas de apoio, bancos, filtro - possibilidade de uso para galeria de exposição, layouts alternativos, etc.

05

06

03

04

05

06

07

13

14

01

03

04

13

14

02

03

04

05

06

12

13

14

275,4

03

04

05

12

14

Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela, guias de cortiça e elementos contrastantes.

57,5

04

05

12

14

15

Hall com pisos táteis, guias de cortiça, parede com mapa tátil e bancos.

01

BIBLIOTECA MARA DIAS (ACERVO)

119,3

07

14

02

ÁREA EXTERNA DA BIBLIOTECA

74

Sala com divisórias flexíveis, projetores, cadeiras, mesas e móveis de apoio.

01

SALÃO BIBLIOTECA

197,4

Sala com mesa, cadeiras, quadro negro, computador, mapas táteis e maquetes, bengalas brancas e móveis de apoio.

02

SALA DE ESTUDO EM GRUPO

24,1

01

CYBERCAFÉ

01

SALÃO CAFÉ

01

03

04

05

08

10

11

12

14

15

01

03

12

14

01

03

04

05

06

12

14

01

03

04

05

08

10

11

14

16

01

03

04

05

06

01

03

04

05

06

12

14

16

01

1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios.

03

1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios, mictórios. Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios Rampas com guarda-corpo conectando o nível do Edifício Principal ao Ginásio. Equipada com escada à prova de fumaça, dois elevadores, poço de elevador, dutos e grelhas, jardim interno, marcação de andar

MEZANINO (1.053,1 m²)

40

Estoque de materiais e aparatos de limpeza com tanque de lavagem. 06

01

DESCRIÇÃO

04

Sala com divisórias flexíveis, projetores, cadeiras, mesas e móveis de apoio.

Instrumentos, microfones, móveis de apoio, depósito, mesas e cadeiras, projetor, computador e quadro negro, isolamento acústico.

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

197,4

Estantes, máquinas braille, estações com computadores, balcão de atendimento com computador, impressora, telefone e nichos, espaço infantil exclusivo. Mesas e cadeiras para estudo individual ou em grupo, material resistente.

14

Estações de estudo individual e em grupo com mesas e cadeiras, piso de cortiça marcando as estações.

Sala com mesas e cadeiras, computador, projetor, quadro negro e nichos. Equipado com cafeteiras, liquidificadores, expositores, refrigeradores, micro-ondas, pia, copa para funcionários, armários, balcão de atendimento e de apoio, estação com computadores e banquetas Salão com mesas e cadeiras para apoio aos clientes do cybercafé.

50


PROGRAMA DE NECESSIDADES QNT.

AMBIENTE

01

GRÁFICA IAD

119,3

01

DML

4,2

02

BANHEIRO FEMININO

02

02

01

02

BANHEIRO MASCULINO BANHEIRO PCD CIRCULAÇÃO GERAL HALL ELEVADOR

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

21,1

21,1

3,8

37,7

61,75

01

03

04

05

10

11

14

16

04

05

06

14

01

03

04

05

07

14

01

03

07

14

02 07 01

03 13 03

04

04

05

05

DESCRIÇÃO 08

Estoque de materiais e aparatos de limpeza com tanque de lavagem. 06

06

06

14 04

05

12

14 04

05

12

14

Equipamentos como impressoras braille, impressoras à tinta ou laser, plotters, balcão de atendimento, computadores, telefone, armários de apoio e depósitos.

15

1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios. 1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios, mictórios. Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios

Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela e bancos. Hall com pisos táteis, guias de cortiça, parede com mapa tátil e bancos.

QNT.

AMBIENTE

01

SALA DE JOGOS

01

01

01

01

SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL

01

SALA DE INFORMÁTICA

03

03

02

SALA DE BRAILLE

SALA DE SOROBAN SALA DE SURDOCEGUEIRA

59,4

59,4

19,3

19,3

19,3

01

03

04

05

08

09

10

12

14

16

01

03

04

05

08

14

16

01

03

04

10

14

16

01

03

04

10

14

16

01

03

04

10

14

16

05

08

Sala com materiais e objetos com cores contrastantes, materiais hápticos, iluminação variável, projetor, móveis de apoio, tabela de Snellen, calor/frio, piso tátil, etc. Sala com computadores, mesas, cadeiras, nichos e armários, projetor e quadro negro para PROJEA/PROESP. Sala com materiais para o ensino do Sistema Braile como regletes e punção, máquina Perkins, papel, material pedagógico tátil, jogos adaptados, móveis de apoio, cadeiras, mesas, computador e quadro negro.

05

08

Sala com materiais didáticos para o ensino de Soroban, mesas e cadeiras, computador, quadro negro e móveis de apoio.

05

08

Materiais de apoio para o ensino de LIBRAS, guia-intérprete, projetor e computador para vídeos didáticos, jogos adaptados, móveis de apoio, quadro negro, cadeiras e mesas.

ALMOXARIFADO

01

FINANCEIRO

01

SECRETARIA PROAJEA/PROAESP

01

COORDENAÇÃO PROAJEA/PROAESP

PAVIMENTO SUPERIOR (1.035,45 m²) 01

19,3

SALA DE 39,55 TRABALHO EM GRUPO LABORATÓRIO INTERDISCIPLINAR

DIRETORIA

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

39,55

19,3

19,3

19,3

19,3

19,3

01

SALA DE REUNIÃO

38,5

01

SALA/COPA DE PROFESSORES

36,6

01

VESTIÁRIO FEMININO

01

VESTIÁRIO MASCULINO

39,55

42

DESCRIÇÃO

01

03

04

05

08

10

11

14

16

01

03

04

05

10

11

14

16

01

03

04

05

08

09

14

16

01

03

04

05

10

11

14

16

01

03

04

05

08

03

04

05

08

03

04

05

08

03

04

05

08

05

08

10

11

Ambiente com projetor, computador, tela, mesa longa com cadeiras, móveis de apoio.

01

03

04

05

06

08

14

Ambiente com sofá, cadeiras, armários individuais e nichos, móveis de apoio, TV, geladeira, micro-ondas, cafeteira, etc.

01

03

04

05

06

07

13

14

01

03

04

05

06

07

13

14

08

Sala com pia, mesa longa e cadeiras, geladeira, mostruários, modelos anatômicos, projetor, quadro negro e móveis de apoio.

08

Estoque de papéis, pastas, modelos de documentos, documentos de uso comum, documentos antigos etc.

14 01 14 01 14 04

Sala com mesas redondas, cadeiras, armários, móveis de apoio, projetor e quadro negro.

06

14 01

Sala com mesas de xadrez e ping-pong.

14

Sala de apoio ao tesoureiro com arquivos para documentos, cadeiras e mesa de atendimento contendo computador, impressora e telefone. Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone. Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone. Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone.

Para funcionários. Equipado com armários individuais, bancos, bacias sanitárias, lavatórios, espelho, duchas, acessórios e cabines PCD. Para funcionários. Equipado com armários individuais, bancos, bacias sanitárias, mictórios, lavatórios, espelho, duchas, acessórios e cabines PCD.

51


PROGRAMA DE NECESSIDADES QNT.

AMBIENTE

02

BANHEIRO FEMININO

21,1

BANHEIRO MASCULINO

21,1

BANHEIRO PCD

3,8

01

CIRCULAÇÃO GERAL

169,6

02

HALL ELEVADOR

57,5

DEPÓSITOS DE CORTIÇA

34,1

02

02

01

TOTAL

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

M² 01

03

07

14

01

03

07

14

02

03

04

07

13

14

03

04

05

04 04

05

04

04

12

05

05

05

12

14

DESCRIÇÃO 06

06

06

1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios. 1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios, mictórios. Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios

14

Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela, guias de cortiça e elementos contrastantes.

15

Hall com pisos táteis, guias de cortiça, parede com mapa tátil e bancos. Armários de cortiça para estoque de materiais de limpeza e pedagógicos.

14

PROACEA SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL

34,95

01

SALA DE INFORMÁTICA

34,95

02

02

01

02

EDUCAÇÃO PRECOCE INDIVIDUAL EDUCAÇÃO PRECOCE GRUPO SALA DE PSICOMOTRICIDADE SALA DE SOROBAN

17,1

32,1

32,1

15,75

01

03

04

05

08

09

10

12

14

16

01

03

04

05

08

14

16

01

03

04

05

10

11

14

16

01

03

04

05

10

11

14

16

01

03

04

05

10

11

14

16

01

03

04

05

10

14

16

08

08

08

08

Sala com materiais com cores contrastantes, materiais hápticos, iluminação variável, projetor, móveis de apoio, tabela de Snellen, calor/frio, piso tátil, bancos, escalada, etc. Sala com computadores, mesas, cadeiras, nichos e armários, projetor e quadro negro para PROACEA. Sala com tatame emborrachado, prateleiras e armários de apoio, mesas, cadeiras, projetor, computador e quadro negro para ensino de bebês/individualizado - crianças de 0 a 4 anos. Sala com tatame emborrachado, prateleiras e armários de apoio, mesas e cadeiras, projetor, computador e quadro negro para aulas em grupo de até 8 crianças. Sala com tatame emborrachado, cones, argolas, objetos coloridos, objetos com alturas variadas, escorregador, escalada, cordas, pula-pula, escada e corrimão, etc. Sala com materiais didáticos para o ensino de Soroban, mesas e cadeiras, computador, quadro negro e móveis de apoio.

AMBIENTE

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

M² 01

03

04

10

14

16

01

03

04

05

06

08

14

16

01

03

05

06

09

13

14

01

03

04

05

08

03

04

05

08

01

03

04

05

06

08

14

04

05

06

14

01

03

04

05

06

07

14

1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios.

01

03

04

05

06

07

14

1 bacia/lavatório a cada 20 pessoas: Equipado com bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios, mictórios.

02

03

04

05

06

07

13

14

01

OFICINA DE ARTES

01

PISCINA RASA

01

SECRETARIA PROACEA

01

COORDENAÇÃO PROACEA

17,1

01

SALA/COPA DE PROFESSORES

26,55

01

DML

3,8

01

BANHEIRO FEMININO

16,9

01

BANHEIRO MASCULINO

16,9

01

BANHEIRO PCD

3,4

01

CIRCULAÇÃO GERAL

405,55

TOTAL

943,05m²

79

93,35

17,1

Sala com materiais para o ensino do Sistema Braile como regletes e punção, máquina Perkins, papel, material pedagógico tátil, jogos adaptados, móveis de apoio, cadeiras, mesas, computador e quadro negro.

08

SALA DE BRAILLE

15,75

DESCRIÇÃO

05

02

OBS: Circulação vertical contada apenas no térreo.

4.645,5m²

01

QNT.

14 01 14

03

04

05

12

Espaço com mesas, cadeiras, cavaletes, depósito, prateleiras, móveis de apoio, pia, expositores, pergolado-galeria, etc.

Área com piscina rasa cercada por grades para uso exclusivo de crianças, sem cobertura.

Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone. Sala de apoio contendo arquivos, móveis de apoio, cadeiras e mesas de atendimento com computadores, uma impressora e telefone. Ambiente com sofá, cadeiras, armários individuais e nichos, móveis de apoio, TV, geladeira, micro-ondas, cafeteira, etc. Estoque de materiais e aparatos de limpeza com tanque de lavagem.

14

Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela, guias de cortiça, elementos contrastantes, núcleo com bancos e domos de iluminação.

OBS: Área do pergolado incluída na Oficina de Artes.

52


PROGRAMA DE NECESSIDADES GINÁSIO (1.048,7m²) QNT.

AMBIENTE

01

QUADRA POLIESPORTIVA

630,2

01

01

PISCINA FUNDA

SALA DE LUTAS

134,1

30,2

01

SALA DE EXPRESSÃO CORPORAL

30,2

01

DEPÓSITO

11,7

01

VESTIÁRIO FEMININO

01

01

01

VESTIÁRIO MASCULINO BANHEIRO FEMININO

BANHEIRO MASCULINO

55,5

55,5

19

19

02

CABINE PCD

5,7

01

CIRCULAÇÃO GERAL

51,9

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

DESCRIÇÃO

01

03

04

05

11

12

13

14

15

16

01

03

04

09

13

14

01

03

04

11

14

16

05

05

06

08

01

03

04

05

10

11

14

16

01

03

04

05

14

01

03

04

05

06

07

13

14

01

03

04

05

06

07

13

14

01

03

04

07

14

01

03

07

14

04

05

05

01

02

03

04

06

07

13

14

03

04

05

12

QNT.

08

06

06

05

14

Quadra poliesportiva com possibilidade de adaptação para partidas de Golbol, corrida e outros esportes adaptados/eventos. Área coberta com piscina funda para uso de adolescentes e adultos.

Sala com tatame emborrachado, espelho, armários e nichos para aulas de lutas. Sala com tatame emborrachado, corrimão, espelho, armários e nichos para aulas de danças, teatro, fisioterapia, etc. Estoque de materias de apoio para esportes, eventos e limpeza do Ginásio. Equipado com armários individuais, bancos, bacias sanitárias, lavatórios, espelho, duchas, acessórios e armários para material de limpeza. Equipado com armários individuais, bancos, bacias sanitárias, mictórios, lavatórios, espelho, duchas, acessórios e armários para material de limpeza. Equipado com trocador, bacias sanitárias, lavatórios, espelho e acessórios.

GUARITA

6,4

01 14

03 15

04

05

12

INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS

CARGA E DESCARGA 198,9

Equipado com bacia sanitária e lavatóriocom barras de apoio, espelho e acessórios, chuveiro adaptado e armários. Equipada com pisos táteis direcionais e alertas cor amarela, guias de cortiça e elementos contrastantes.

Guarita com cancela e acesso para cadeira de rodas, área para 1 funcionário monitorar os acessos e saídas posteriores.

01

03

04

DESCRIÇÃO Pista com possibilidade de manobra para caminhões para carga e descarga. Vagas para carros com placas para idosos e PCD, iluminação pública e arborização.

01

ESTACIONAMENTO

1.103

01

03

04

12

01

PRAÇA FOYER

697,65

01

03

04

12

Praça com iluminação pública, tótens sensoriais, jardins, bicicletário, pisos táteis e possibilidade de eventos. Praça com iluminação pública, tótens sensoriais, jardins, pisos táteis, possibilidade de eventos, bicicletário e paredes interativas.

13

01

PRAÇA GINÁSIO

522,4

01

03

04

12

01

PARQUINHO ADAPTADO

101,2

01

03

04

13

14

Com brinquedos em madeira adaptado para PCD, cercado e com grama sintética.

01

HORTA SENSORIAL

286,35

01

03

04

06

14

Horta com canteiros em madeira e ao ar livre, espécies variadas e minhocário.

01

JARDIM SENSORIAL

-

01

03

04

06

14

01

TRILHA SENSORIAL

468,9

01

03

04

06

14

01

ÁREA VERDE

3.075

01

03

04

06

TOTAL

6.459,8m²

Jardim

permeando o projeto espécies variadas.

com

Percurso com guarda-corpo em madeira, sombreamento e materiais no piso. Locais com grama e vegetação no térreo.

OBS: Jardins estão incluídos na área verde do lote.

LAR EXPERIMENTAL (78,55m²) 01

SALA ESTAR/JANTAR

19,6

01

COZINHA

14,6

01

ÁREA DE SERVIÇO

5

01

CORREDOR

01

QUARTO

01

03

04

05

14

01

03

04

05

06

07

14

01

03

04

05

06

07

14

4,55

03

04

05

14

10,8

01

03

04

05

14

01

03

04

05

06

07

13

14

16

01

03

04

05

06

07

08

13

14

16

Equipado com trocador, bacias sanitárias, lavatórios, espelho, acessórios e mictórios

ÁREA EXTERNA 01

01

AMBIENTE

01

BANHEIRO PCD

7,3

01

SUÍTE

16,7

Ambiente com sofá, TV, móvel de apoio, tapete, mesa de jantar e cadeiras. Ambiente com equipamentos como fogão, coifa, geladeira, mesa, cadeiras, micro-ondas, liquidificador, pia, filtro de água, armários, etc. Área descoberta equipada com tanque, máquina de lavar roupa, móvel de apoio e varal. Local de passagem e conexão. Equipado com duas camas solteiro, armário, mesa de apoio, cadeira e criado mudo. Equipado com bacia sanitária, bancada com pia e chuveiro/banheira (PCD).

Equipado com cama casal, armário, criados mudos, TV (12,2m²) e banheiro (4,5m²)

53


FLUXOGRAMA GERAL PAVIMENTO SUPERIOR ÁREA PEDAGÓGICA (PROAJEA)

- SALA DE BRAILLE (x3) - SALA DE SOROBAN (x3) - SALA SURDOCEGUEIRA (x2) - SALA DE ESTIMULAÇÃO VISUAL - SALA DE TRABALHO EM GRUPO - SALA DE INFORMÁTICA - LABORATÓRIO INTERDISCIPLINAR - SALA DE JOGOS - BANHEIROS FEM/MASC/PCD

ESCADA/ELEVADOR

ÁREA ADMINISTRATIVA

SALA DE PROFESSORES E COPA SECRETARIA PROACEA COORDENAÇÃO PROACEA -

SALAS MULTIUSO

PISCINA (PROACEA)

OFICINA DE ARTES

ÁREA PEDAGÓGICA (PROACEA)

LAR EXPERIMENTAL

ÁREA ADMINISTRATIVA (PROACEA)

BIBLIOTECA MARA DIAS

GRÁFICA IAD ESCADA/ELEVADOR FUNCIONÁRIOS

ACESSO SECUNDÁRIO

TRILHA SENSORIAL

ÓTICA IAD

OFTALMOLOGIA RECEPÇÃO COM ACHADOS E PERDIDOS

ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO

SALA DE ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE

LOJA BRINQUEDOS

BRECHÓ ACESSO PRINCIPAL

ESCADA/ELEVADOR

ÁREA DE ASSISTÊNCIA (ACOLHIMENTO) - ENFERMARIA - FONOAUDIOLOGIA - ATENDIMENTO INDIVIDUAL (x2) - ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA - ASSISTÊNCIA SOCIAL E FAMILIAR - ORIENTAÇÃO DO TRABALHO - CONSULTORIA ARQUITETÔNICA - BANHEIROS FEM/MASC/PCD - ARQUIVO - DML

ÁREA ESPORTIVA - QUADRA POLIESPORTIVA - ARQUIBANCADAS - DEPÓSITO - VESTIÁRIOS FEM/MASC/PCD - BANHEIROS FEM/MASC/PCD - SALA DE LUTAS - SALA DE EXPRESSÃO CORPORAL E GINÁSTICA - PISCINA FUNDA

ACESSO GINÁSIO

PRAÇA GINÁSIO

ESCADA/ELEVADOR FUNCIONÁRIOS

ESTACIONAMENTO + EMBARQUE E DESEMBARQUE + BICICLETÁRIO + RAMPA SUBSOLO

PRAÇA MULTIUSO

SUBSOLO

CYBERCAFÉ

ESCADA/ELEVADOR

PÁTIOS VERDES + PARQUINHO JARDINS E HORTA SENSORIAL + ÁREA DE COMPOSTAGEM

BANHEIROS FEM/MASC/PCD

ACESSO MULTIUSO

SALÃO BIBLIOTECA ÁREA EXTERNA SALA DE ESTUDO EM GRUPO BANHEIROS FEM/ MASC/PCD

- SALÃO CYBERCAFÉ - DESPENSA - DML - BANHEIROS FEM/ MASC/PCD

EMBARQUE + DESEMBARQUE + GUARITA

SALA DE MÚSICA E CANTO

FOYER

MEZANINO

ESCADA/ELEVADOR FUNCIONÁRIOS

TÉRREO GERAL SALA DE PROFESSORES E COPA SALA DE BRAILLE (x2) SALA DE SOROBAN (x2) SALA DE ESTIMULAÇÃO VISUAL SALA DE INFORMÁTICA SALA DE PSICOMOTRICIDADE SALA EDUCAÇÃO PRECOCE INDIV. (x2) SALA EDUCAÇÃO PRECOCE GRUPO (x2) BANHEIROS FEM/MASC/PCD DML -

- SALA DE REUNIÃO E CONFERÊNCIA - SALA DE PROFESSORES E COPA - DIRETORIA - SECRETARIA PROJEA/PROESP - COORDENAÇÃO PROJEA/PROESP - FINANCEIRO - ALMOXARIFADO - BANHEIROS FEM/MASC/PCD - VESTIÁRIOS FEM/MASC/PCD

ESCADA/ELEVADOR

GARAGEM

DEPÓSITO DE LIXO RESERVATÓRIO INFERIOR (x2)

ESCADA/ELEVADOR FUNCIONÁRIOS

RAMPA SUBSOLO

54


SITUAÇÃO E IMPLANTAÇÃO SITUACAO E IMPLANTACAO

55




EDIFÍCIO PRINCIPAL EDIFICIO PRINCIPAL

D

S

3000

3000

3000

D

3000

S

S

MAPA CHAVE

ESC: 1/1000

58


59


EDIFÍCIO PRINCIPAL O Edifício Principal configura-se como a edificação mais alta e mais marcante do Instituto Angélica Dias, principalmente pelo marco visual de suas torres de circulação vertical amarelas contrastando com o concreto e a marcação da entrada pela marquise em laje nervurada apoiada em pilares redondos de cor amarela. Conta com jardineiras nas fachadas frontal e posterior - para incluir o conceito de biofilia, colorir a fachada e ajudar no sombreamento interno junto com os brises metálicos móveis -, além de ter telas perfuradas na cor amarela no térreo - agindo como brises nas salas ou como portas pivotantes na entrada do Foyer. É dividido em subsolo com garagem, térreo, mezanino, pavimento superior e cobertura com casa de máquinas e caixas d’água. Os principais acessos se dão pelo local de embarque e desembarque de pessoas - marcado pelo piso diferente e protegido pela marquise -, logo em frente ao tótem sensorial e pela praça interna, todos acessando a recepção com pé direito duplo marcada por pilares redondos de cor amarela. Pela Praça do Foyer é possível acessar o foyer das salas multiuso através de portas perfuradas na cor amarela e pela lateral do foyer, através de portas de correr em vidro, próxima ao bicicletário. A garagem é acessada pela rampa de acesso à carros e através da circulação vertical para pedestres. Outra forma de acessar o Edifício é pelas conexões que ele possui com as edificações do Ginásio e do PROACEA, a primeira por uma conexão coberta e com rampas e a outra por uma rampa coberta por policarbonato. O térreo engloba a recepção com balcão para atendimento e música de referência, mapas táteis e lojas que fazem parte dos projetos do IAD; toda a parte de triagem e assistência social e psicopedagógica aos usuários e suas famílias; salas para apoio às aulas de Orientação e Mobilidade e sala de Música, esta, próxima ao Estúdio de Gravação do IAD, com possibilidade de aluguel por hora para a comunidade. Também possui foyer com sofás e bancos e salas multiuso separadas por painéis móveis, possibilitando espaços de tamanhos variados para palestras, eventos, workshops, etc. Em frente a cada torre de circulação vertical - esta, contendo escada à prova de fumaça, dois elevadores e shaft - estão os sanitários feminino, masculino e uma cabine PCD unissex. No caso dos sanitários próximos às salas multiuso, há possibilidade de fechar o hall dos elevadores para limitar o uso aos usuários dessas salas.

Em todos os pavimentos, excluindo o subsolo, o hall dos elevadores conta com um retângulo de paredes roxas que contém marcação dos pisos e mapa tátil, além de ser um ponto de descanso e/ou espera com bancos em madeira. O mezanino engloba a parte mais comunitária do edifício, seu acesso é controlado no balcão da recepção e conta com um cybercafé com mesas de apoio e com a Gráfica IAD na parte direita e a Biblioteca Mara Dias na parte esquerda, que é dividida em área externa com estações de estudo, acervo com acesso controlado, salão com mesas e sofás para estudo e convivência e salas exclusivas para estudo em grupo. As partes esquerda e direita são conectadas por uma passagem com bancos de madeira e possibilidade de visualizar a recepção pelo rasgo na laje. Já o pavimento superior conta com praticamente toda a parte administrativa do Instituto, englobando o PROAJEA e o PROAESP, os vestiários para os funcionários e as salas de suporte para os professores e para reuniões. Também é onde está a área pedagógica desses programas - voltada à direção com menos ruído -, contando com salas de aula de braille, soroban e outros, laboratório e sala de jogos. A circulação superior possui armários em cortiça que funcionam como depósitos de materiais de limpeza e pedagógicos. Esses armários são equipados com guias acessíveis em cortiça e seus formatos variam conforme o percurso do corredor para que a mudança de ritmo sirva de mapeamento para as PCD visuais, assim como os “saltos” nas paredes ocasionados pelos pilares redondos. A ideia é que o edifício e todo o complexo do IAD possua percursos, obstáculos e elementos que simulem outras edificações para servir de aprendizado aos usuários, mas que também sejam acessíveis e confortáveis. As guias de cortiça permitem toque suave e estão presentes em toda a circulação do Edifício Principal para ajudar a locomoção interna. Outros artifícios usados para ajudar na identificação interna do edifício são as portas com pintura amarela que vão desde o piso à laje nervurada - marcando as entradas, contrastado com a pintura cinza da parede e a cor cinza do piso -, placas táteis com informações do cômodo que a porta acessa, pisos táteis direcionais e alertas ao longo de toda a circulação, além dos mapas táteis.

60


EDIFÍCIO PRINCIPAL SISTEMA ESTRUTURAL O sistema estrutural do Edifício Principal é composto, principalmente, por lajes maciças e nervuradas em concreto armado - estas, feita com cubetas plásticas de polipropileno com aditivos -, apoiadas por pilares redondos de 30cm de diâmetro, contando com capitéis maciços na ligação laje-pilar. As torres de circulação vertical são de blocos de concreto resistentes à 4h de fogo, conforme exigências dos bombeiros do DF e por lajes maciças.

placas solares

cobertura n.+9,00

No subsolo, contém paredes de contenção por todo o perímetro do edifício e na rampa de acesso, esta, em concreto armado. As caixas d’água superiores são cobertas por telhas termoacústicas e fechadas por paredes de alvenaria, já as inferiores contam com o mesmo sistema estrutural do subsolo. A escolha pela sistema de laje nervurada se deu pela economia de material e leveza da estrutura, pela redução de resíduos em obra e possibilidade de reutilização de cubetas, pela agilidade e produtividade e pela estética desse sistema em concreto aparente, amplamente usado em Brasília. telhas termoacústicas i=5% com calha metálica caixa d’água superior 2x3000L por estação platibandas laje nervurada impermeabilizada

pavimento superior n.+6,00

pilares redondos em concreto armado Ø=30cm laje nervurada

mezanino n.+3,00

pilares redondos em concreto armado Ø=30cm

Fôrmas ATEX 600 Fonte: https://www.atex.com.br/pt/formas/laje-nervurada/bidirecional/

laje nervurada térreo n.0,00

circulação vertical poço do elevador conexão com Ginásio laje nervurada

subsolo n.-3,00

caixa d’água inferior 2x5000L por estação

pilares redondos em concreto armado Ø=30cm laje maciça em concreto armado

rampa em concreto armado

61


EDIFÍCIO PRINCIPAL TECNOLOGIAS E ELEMENTOS ESPECÍFICOS A ideia para refrigeração geral do edifício inclui o uso de condensadoras VRF, um sistema de climatização central, que funciona com uma única condensadora (unidade externa) para, no caso, 36 unidades internas de evaporadoras por condensadora. Com duas instaladas na cobertura e próximas ao shaft na torre de circulação vertical, têm as instalações passando por furos horizontais nas nervuras.

Além das condensadoras VRF, placas solares também são instaladas na cobertura do Edifício Principal para captação da luz solar e conversão em energia limpa, renovável, silenciosa e economia na conta de luz do Instituto Angélica Dias, podendo ser direcionada à outros projetos e gastos internos. Usando como parâmetro o caso da Escola Estadual Augusto Hannemann, na cidade de Vera Cruz/RS - que gastava em torno de R$10.000,00/mês em energia elétrica para atender 192 alunos antes de adotar a energia solar -, chega-se a um gasto aproximado de R$15.000,00/mês para atender o IAD.

SIMULADOR NEOSOLAR ON-GRID

+ condensadora VRF

evaporadoras

A utilização de brises móveis nas fachadas permitem que se tenha o controle da incidência e da luz solar no espaço interno, principamente nas fachadas Oeste e Leste. Os brises têm cor sutil, que se mesclam com a cor da fachada em concreto ripado, para que o destaque visual seja a circulação vertical com pintura amarela e a vegetação das jardineiras ao longo das fachadas.

Consumo estimado: 20.833kWh/mês, ou seja, aprox. 250.000kWh/ano Usando placas de 545W, com geração de 2,2kWh/dia, ou seja, 803kWh/ano por placa, temos:

brises

jardineira

1 placa solar - 803kWh/ano X placas solares - 250.000kWh/ano X = 311 placas solares de 545W 311 placas solares ocupam 793m², mas na cobertura do IAD cabem, no máximo, 192 placas solares de 545W, o equivalente a uma economia de 81,7% da energia elétrica do Instituto Angélica Dias

62







CORTES

+11,50

+9,00

+6,00

tótem sensorial +3,00

0,00

-3,00

CORTE EP1 ESC: 1/250 +13,00

+9,00

+6,00

+3,00

0,00

CORTE EP2 ESC: 1/250

-3,00

+13,00

+10,40 +9,00

+6,00

+3,00

0,00

CORTE EP3 ESC: 1/250

0 1 2 3 4 5

10

15m

-3,00

68


CORTES

+13,00 +11,50 +10,40 +9,00

+6,00

+3,00

0,00

CORTE EP4 ESC: 1/250

-3,00 -4,40

DET. 01 +9,00

+6,00

+3,00

0,00

CORTE EP5 ESC: 1/250

-3,00

+13,00 +11,50 +10,40 +9,00

+6,00

+3,00

0,00

CORTE EP6 ESC: 1/250

0 1 2 3 4 5

10

15m

-3,00

69


FACHADAS

FACHADA 01 ESC: 1/250

PROACEA

FACHADA 02 ESC: 1/250

FACHADA 04 ESC: 1/250

FACHADA 03 ESC: 1/250

0 1 2 3 4 5

10

15m

70


DETALHES laje nervurada aparente

PORTAS INTERNAS

iluminação embutida

faixa com pintura amarela h=65cm

pilar redondo de concreto aparente Ø30cm

porta amarela (com ou sem visor de vidro; de abrir ou de correr) h=210cm

guia acessível de cortiça

pé direito = 275 cm

parede com pintura cinza

20 cm

piso tátil alerta amarelo

10 cm

piso em granilite cinza

piso tátil direcional amarelo

PLACA TÁTIL DE IDENTIFICAÇÃO DO AMBIENTE (USADAS EM TODO O IAD)

71


DETALHES

DET. 01 - CORTE ESQUEMÁTICO ESC: 1/50

72


VISÃO GERAL COM GINÁSIO

73


FOYER E SALAS MULTIUSO

74


SUBSOLO - GARAGEM

75


RECEPÇÃO

76


SALÃO DA BIBLIOTECA

77


SALÃO CYBERCAFÉ

78


CYBERCAFÉ

79


CIRCULAÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR

80


PROACEA PROACEA

D

S

3000

3000

3000

D

3000

S

S

MAPA CHAVE

ESC: 1/1000

81


82


83


PROACEA O edifício se nomeia pelo programa que concentra suas atividades nesse espaço: o Programa de Apoio às Crianças e Adolescentes (0 a 16 anos). Foco em alfabetização, socialização, experimentação e habilitação

proacea 0 a 16 anos

- Educação Precoce - Parquinho Adaptado - Braille/Soroban/Tadoma - Artes Visuais/Cênicas/Música/Expressão Corporal/Educação Física - Informática/Laboratórios Interdisciplinares/Trabalhos em Grupo - Sala Sensorial/Jardim Sensorial/Lar Experimental/etc.

O edifício se divide em três partes, sendo elas: edifício pedagógico, Oficina de Artes e a área da piscina rasa. No primeiro, há uma parte pedagógica com salas de aula de Soroban (pode ser usada, também, para Tadoma), Braille, sala para atividades de psicomotricidade, salas de Educação Precoce em grupo e individualizada, informática e uma sala de Estimulação Sensorial - com materiais de estimulação, brinquedos adaptados e táteis, materiais de estimulação visual pisos táteis de variadas cores, iluminação RGB para diferentes ambientações, armários de cortiça para toque confortável, parede para peças de encaixe com formas e cores diversas, ar condicionado (frio) e caleifação (quente), brises móveis para controle de luz, redes de escalada e pisos de materiais diferentes. Além da parte pedagógica, conta com uma coordenação e uma secretaria voltadas exclusivamente ao PROACEA, uma sala de professores, DML, cabine PCD, banheiros feminino e masculino e um núcleo de descanso com bancos sinuosos iluminados pelos domos, assim como na circulação interior.

teriais de apoio para as aulas e workshops que ocorrem no espaço, como cavaletes, mesas amplas, materiais artísticos, uma pia central de apoio e prateleiras. O espaço possui grandes esquadrias de vidro para entrar bastante iluminação, tanto nas janelas quanto nas portas de entrada e também possui teto verde. Uma dá acesso à terceira parte - a piscina - e a outra dá acesso à área externa coberta por um pergolado metálico com cobertura de policarbonato e vegetação, em que se propõe atividades artísticas ao ar livre e funciona como uma galeria de exposição, onde mobiles, esculturas, quadros e outras expressões de arte possam ser penduradas e/ou expostas. Já a terceira parte consiste na piscina rasa exclusiva para o uso de crianças e bebês, separadas da piscina funda que se encontra no Ginásio, esta, exclusiva para adolescentes e adultos. A piscina é cercada por grade para que tenha mais segurança para as crianças PCD visual, já que a adaptação do terreno próxima à piscina tem um desnível considerável e, portanto, perigoso. O PROACEA possui paredes externas revestidas em concreto ripado, tanto no edifício pedagógico quanto na Oficina de Artes, portas amarelas contrastando com o piso cinza, pisos táteis e guias de cortiça por toda sua circulação principal. Remetem ao material das jardineiras do Edifício Principal, assim como os pilares rendondos e a escolha de cores cinzentas e amarelas. Na fachada posterior, possui jardineiras semelhantes às do edifício citado e, também, possui brises amarelos para compor a fachada e para controle de luz interna, principalmente na sala de Estimulação Sensorial.

PARTE 3: PISCINA RASA

Os acessos se dão pelo Edifício Principal, conectados por uma rampa com guarda-corpo acessível coberta por cobertura de policarbonato e pela área verde central do projeto. Na frente de sua fachada principal, encontra-se um parquinho com brinquedos de madeira adaptados e seguros e, em sua cobertura, há um teto verde com vegetação aromática, domos de policarbonato com ventilação, duas caixas d’água de 5.000L cada e uma condensadora VRF. A segunda parte é a Oficina de Artes, destacada desse primeiro edifício, possui um estúdio para atividades de artesanato e criação, equipada com ma-

PARTE 1: EDIFÍCIO PEDAGÓGICO PARTE 2: OFICINA DE ARTES

0 1 2 3 4 5

10

15m

84


PROACEA SISTEMA ESTRUTURAL O PROACEA conta uma rampa de conexão em concreto armado coberta por uma estrutura metálica com policarbonato entre o Edifício Principal e o edifício em questão. Utiliza o sistema laje-viga-pilar, sendo os pilares externos redondos e em concreto pigmentado de amarelo, já os internos são retangulares e “somem” nas vedações internas de alvenaria e drywall. As vigas são invertidas para funcionarem como uma jardineira para o teto verde e possibilitarem que a circulação externa tenha laje aparente lisa, esta, formando um beiral e com furos para que os domos de iluminação/aeração possam funcionar na circulação. A caixa d’água de é envolvida por paredes e coberta por telhas termoacústicas de fácil manutenção.

Já a Oficina de Artes também conta com o sistema estrutural de laje-viga-pilar, mas nesse caso as vigas não são invertidas e o teto verde é contido por platibandas que se nivelam às vigas invertidas do edifício à esquerda. Possui pergolado metálico com pintura amarela e com cobertura em policarbonato.

TECNOLOGIAS Na cobertura, há uma condensadora VRF (sistema de ar condicionado central) com capacidade para 36 evaporadoras, conta com o sistema autoirrigável ZinCo de teto verde semi-intensivo, brises móveis nas janelas posteriores para controle de luz e domos de policarbonato para iluminação/ventilação.

telha termoacústica i=5%

OFICINA DE ARTES

calha metálica caixa d’água

platibandas

domos

teto verde

teto verde

condensadora VRF laje de cobertura

vigas invertidas laje de cobertura

vigas

policarbonato

policarbonato pilares calha metálica

teto verde - sistema ZinCo

pergolado metálico

estrutura metálica

laje de piso int.

pilares internos

laje de piso ext.

rampa de conexão

laje de piso

pilares redondos ext. concreto amarelo

domos para iluminação com aeração

85




CORTES

0 1 2 3 4 5

10

15m

+3,45

0,00

-0,50

+5,00

0,00

-0,41

-3,00

CORTE P1 ESC: 1/250

+3,45

+2,95

DET. 01

+2,95

-0,41

-0,50

-3,00

CORTE P2 ESC: 1/250

88


CORTES

0 1 2 3 4 5

DET. 01

10

15m

+5,00 +3,45

+2,95

-0,41

CORTE P3 ESC: 1/250

lar experimental

+3,45 +2,20

-0,50

CORTE P4 ESC: 1/250

89


FACHADAS

0 1 2 3 4 5

FACHADA 01 ESC: 1/250

FACHADA 03 ESC: 1/250

10

15m

FACHADA 02 ESC: 1/250

FACHADA 04 ESC: 1/250

90


DETALHES

AMP. 01

DET. 01 - COBERTURA COM TETO VERDE E DOMOS ESC: 1/25

AMP. 01 - AMPLIAÇÃO DO SISTEMA TETO VERDE E DOMO ESC: 1/10

91


OFICINA DE ARTES - INTERIOR

92


SALA DE EDUCAÇÃO PRECOCE EM GRUPO

93


CIRCULAÇÃO PROACEA

94


SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL

95


SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL - ESQUEMA DAS LUZES

96


GINÁSIO GINASIO

D

S

3000

3000

3000

D

3000

S

S

MAPA CHAVE

ESC: 1/1000

97


98


GINÁSIO O Ginásio engloba a parte esportiva do Instituto Angélica Dias, criada para os alunos e para a comunidade – esta, podendo usufruir do espaço mediante autorização ou aluguel para eventos esportivos. É equipado com pisos táteis e sinalização acessível, sala de expressão corporal para aulas de dança, teatro, fisioterapia, etc.; sala de lutas com tatame emborrachado; piscina funda para adultos e adolescentes; quadra poliesportiva que permite adaptação para esportes voltados aos PCD visuais como golbol e futebol de 5, além de espaço para eventos de lutas, apresentações, feiras e outros. Também possui vestiários e banheiros com adaptações PCD e um depósito para materiais de apoio.

SISTEMA ESTRUTURAL

Os acessos ao ginásio se dão pela conexão interna entre o Edifício Principal e a área da quadra; acesso do público pela praça do Ginásio – logo à frente de sua fachada frontal –, essa contendo espaços de convívio comunitário, elementos interativos – como as paredes interativas e tótem sensorial –, bicicletário e estacionamentos PCD. Outros acessos são feitos pela área verde interna do projeto, um próximo à trilha sensorial e outro próximo ao Edifício Principal. A cobertura da quadra poliesportiva é composta por telhas termoacústicas ancoradas em perfis metálicos e é estruturada por treliça espacial com pintura amarela sustentada por pilares redondos em concreto armado. Nas laterais da treliça são soldadas chapas metálicas grossas com pintura amarela que não vedam totalmente a área da quadra, possibilitando ventilação e iluminação natural e configuram um marco visual no projeto. Já as paredes externas do edifício são em concreto e toda sua linguagem visual procura remeter à cor, material e estrutura do Edifício Principal. A escolha de concreto ripado nas paredes da caixa d’água – três caixas d’água de 10.000L – também remetem à linguagem das jardineiras do Edifício Principal e das paredes do edifício do PROACEA. Além da cobertura da quadra, os outros ambientes são cobertos por laje de concreto armado impermeabilizada sustentada por vigas e pilares em concreto armado. No interior, possui forro de gesso (pé direito de 2,6m), menos na área da piscina, onde as vigas e laje ficam expostas, podendo ser vistas através das grandes esquadrias de vidro.

calha metálica chapa grossa 1cm calha metálica perfil de reforço nas extremidades telha termoacústica i=5% perfil “C” reforçado

treliça espacial caixa d’água

platibandas laje impermeabilizada i=2% pilares da quadra com ligação pé-de-galinha

vigas

paredes externas de concreto

conexão em paredes de concreto e laje

pilares interiores

laje de piso

99




CORTES

DET. 01

+7,80 +5,70

tótem sensorial

+2,70

-0,50

CORTE G1 ESC: 1/250

+7,80

trilha sensorial

+3,00

+2,70

-0,50

CORTE G2 ESC: 1/250

+7,80 +5,70

paredes interativas +2,70

-0,50

CORTE G3 ESC: 1/250

0 1 2 3 4 5

10

15m

102


FACHADAS

IAD SAMAMBAIA

FACHADA 01 ESC: 1/250

FACHADA 03 ESC: 1/250

FACHADA 02 ESC: 1/250

parede para grafite local

FACHADA 04 ESC: 1/250

0 1 2 3 4 5

10

15m

103


DETALHE

ENCAIXE MACHO-FÊMEA PERFIL TUBULAR

AMP. 01

DET. 01 - LIGAÇÃO METÁLICA E COBERTURA ESC: 1/25

SOLDA PARAFUSO CHAPA METÁLICA CIRCULAR AMP. 01 - AMPLIAÇÃO DA LIGAÇÃO DA BASE (3D) Fonte: Terminal Intermodal em Cruciúma/SC - Concurso CAU/SC

104


QUADRA POLIESPORTIVA

105


PISCINA FUNDA

106


LAR EXPERIMENTAL LAR EXPERIMENTAL

D

S

3000

3000

3000

D

3000

S

S

MAPA CHAVE

ESC: 1/1000

107


108


109


LAR EXPERIMENTAL O Lar Experimental foi projetado com o intuito de simular uma habitação térrea de aproximadamente 80m² e pé direito de 2,6m – semelhante às habitações do contexto urbano próximo – para aplicação do módulo pedagógico de Atividades de Vida Autônoma. Essas atividades socioeducativas consistem em autocuidado, alimentação, afazeres e condutas no ambiente em que se vivem. Nele, os alunos dispõem de sala de estar equipada com TV e sofá, sala de jantar com mesa e aparador, cozinha equipada, área de serviço descoberta com parede de cobogós amarelos para ventilação lateral, circulação em corredor que dá acesso ao quarto, à suíte com jardineira e ao banheiro com adaptação PCD. Os ambientes são ventilados, possuem cores claras e são iluminados, com possibilidade de controle da luz e do calor através de brises metálicos perfurados móveis. A ideia foi manter a linguagem visual entre o Lar e o Edifício Principal. Para isso, a entrada e a caixa d’água – com paredes de pintura amarela e porta principal de cinza escuro para contraste – agem como um marco visual semelhante às caixas de escada e elevador do Edifício. Possui brises metálicos perfurados na mesma linguagem das portas pivotantes do foyer e dos brises móveis presentes no térrreo do Edifício Principal, diferentes apenas na cor. A escolha para o sistema estrutural foi a mais convencional: sistema viga-pilar-laje de concreto armado e alvenaria para as vedações. A cobertura possui beiral de 80cm e treliças metálicas para suporte das telhas termoacústicas e das calhas metálicas, envolvidas por platibandas.

SISTEMA ESTRUTURAL telhas termoacústicas i=5% (possível desencaixe para manutenção da caixa d’água)

calha metálica fechamento da caixa d’água 1500L

platibandas

telhas termoacústicas i=5%

calha metálica

treliças metálicas calha metálica

laje de cobertura

vigas

pilares

laje de piso

110




0m

CORTES

1

2

3

4

6m

+3,60

DET. 01 +2,60 +2,10

-0,95

CORTE L1 ESC: 1/100

113


0m

CORTES

1

2

3

4

6m

+3,60

+2,60 +2,10

-0,95

CORTE L2 ESC: 1/100

114 XX



horta, jardins e trilha sensoriais horta, jardins e trilha sensoriais

116


HORTA SENSORIAL A horta sensorial no Instituto Angélica Dias, próxima ao Lar Experimental, funciona como local para plantio de espécies de hortaliças e frutíferas que evocam os sentidos, principalmente o olfato, paladar, tato e visão.

ESPÉCIES DA HORTA

Também engloba as diretrizes de utilização responsável do solo e manejo de resíduos presentes na certificação do BREEAM® pelo aspecto pedagógico e incentivo à consciência ecológica, além de conter minhocários próximos para compostagem, gerando adubo para a horta e demais áreas verdes.

Jabuticaba (frutífera)

Pitanga (frutífera)

Amora (frutífera)

Tomate (frutífera)

Cebolinha (hortaliça)

Camomila (hortaliça)

Hortelã (hortaliça)

Alecrim (hortaliça)

Manjericão (hortaliça)

minhocários

117


JARDINS SENSORIAIS Assim como a horta sensorial, o jardim sensorial propõe o uso dos sentidos como parte da proposta pedagógica com espécies de diferentes cheiros, texturas e cores.

ESPÉCIES DOS JARDINS

A ideia é que, principalmente as espécies frutíferas, estejam próximas da horta sensorial, da trilha sensorial e das praças. As demais espécies citadas ao lado e outras como mangueira, flamboyant, etc. estarão espalhadas pelas área verdes do lote em que o projeto se encontra a fim de sombrear e permear o projeto, incorporando o conceito de biofilia.

Ipês (cor, textura)

Lavanda (cheiro, cor, textura)

Jasmin (cheiro, textura)

Caliandra (cor, textura)

Angélica (cheiro, textura)

Bromélias (cheiro, cor, textura)

Chuveirinho (textura)

Sibipiruna (cor, textura)

Capim barba-de-bode (textura)

Suculentas (cor, textura)

118


TRILHA SENSORIAL A trilha sensorial propõe criar um caminho com diferentes materiais no chão para que seja percorrido, explorando os sentidos táteis, olfativos e auditivos. Por segurança, é equipada com guarda-corpo de madeira para guiar os usuários, possui vegetação em lugares estratégicos para simular locais com sombreamento e locais com exposição solar e é finalizada com água para lavar os pés e as mãos.

PINUS SOLTO

RIPAS DE MADEIRA

N ÁGUA

BOLAS DE METAL

GRAMA SEIXOS CASCALHO

LAMA BORRACHA

CIMENTO FENO

AREIA

119


TRILHA SENSORIAL

120


DETALHES URBANOS detalhes urbanos

121


2.7

2.5

campo de futebol existente

6

área verde

ciclovia existente

A

mobiliário

A

via elevada

via

piso tátil

residências

CORTE E ELEMENTOS URBANOS

25 36.2

IAD

2.5

praça

.7 1.3 .7

área verde

ciclovia existente

6

ESC: 1/250

mobiliário via interna + faixa elevada

mobiliário calçada mobiliário

IMPLANTAÇÃO

via

residências

CORTE AA - contexto atual

ESC: 1/750 rampas acessíveis

ciclovia

1.6

3

6.4

9.5

8.1

39.8

CORTE AA - proposta

ESC: 1/250

122


TÓTEM SENSORIAL

banco em madeira para área externa

Ø 30 cm variante com jardim

seixos rolados 42 cm metal inoxidável 200 cm

concreto pigmentado pavimento colmeia área=12,5m²

variante com pétalas no piso

apoio do banco em concreto circular

piso tátil alerta amarelo

variante sem pétalas no piso

piso externo em placas cimentícias drenantes 123


PAREDES INTERATIVAS E ASFALTO DRENANTE ciclovia existente asfalto drenante

01. chuva

01

02. calçada 02

parede de tijolos aparentes com banco 03

área verde parede com textura de escama esverdeada

04 05

parede com estuque pigmentado vermelho piso externo em placas cimentícias drenantes

06 07

03. asfalto cimentício drenante 04. camada de nivelamento 05. base de pedras com dreno 06. manta geotêxtil 07. solo

As paredes interativas encontram-se na praça do Ginásio e propõem – com suas diferentes texturas, cores e seus detalhes – experiências sensoriais táteis lúdicas. É possível percorrer e tocar as paredes de 1,5m de altura, perpassar as cavidades de diferentes tamanhos e alturas na parede esverdeada e sentar ou subir no banco de madeira engastado na parede de tijolos aparentes. O asfalto adicionado no projeto será de material cimentício drenante, desde a nova via entre a 1ª Avenida Sul e o lote e as vias internas criadas no lote, a fim de ajudar na permeabilidade do solo e drenagem urbana.

124


bibliografia BIBLIOGRAFIA

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