Vida Universitaria | Ed 223

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edição 223 • junho | julho 2013



índice

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Saiba que caminho percorrer para pôr uma ideia em prática e fazê-la decolar.

estação puc

mundo melhor

14

mundo afora

mercado de trabalho

sintonia cultural

Você sabia que seu temperamento influencia o modo como realiza suas atividades diariamente? Descubra qual é o seu e como você pode desenvolver seus pontos positivos e negativos para melhor desempenho no mercado de trabalho.

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A construção da Casa Estrela fascina todos. Feita no formato de um pentágono, ela tem magia, encantos e muita história para contar.

dna

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20

Vai fazer intercâmbio e quer economizar? Um especialista dá dicas sobre como poupar de forma proveitosa.

enquanto isso vida docente

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Próxima parada: Bogotá

A participação dos professores da PUCPR em eventos, lançamentos e congressos é destaque na Vida Universitária, com direito a muitas fotos.

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diário de bordo

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Cetas aponta o caminho

Minhas férias diferentes

As sobras de materiais descartáveis usados em construções podem ter fim útil. Elas se transformam em móveis e criam a onda sustentável dentro de casa, sem deixar de lado o conforto e a qualidade.

pergunte para puc

qualidade de vida

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48

Este espaço é do aluno. Fotos e registros dos acadêmicos que participam de eventos, premiações e diversas oportunidades dentro e fora da Universidade.

48 [vigorosas] horas de ar puro

reportagens

vem aí

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Dúvidas são fundamentais para gerar conhecimento. Aquilo que você não sabe pode ser a pergunta de mais universitários. Saia da dúvida e descubra a resposta.

Estudantes e professores atentos a eventos, palestras e grandes atividades têm espaço reservado para uma agenda bem selecionada sobre a esfera acadêmica.

VEJA +

reportagem

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falando sério

drops

registro

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Vivendo a profissão

na prática

espiritualidade

da puc

entrevista

reportagem Ter ideias criativas não é dom de poucos iluminados. Para se ter boas ideias é preciso resgatar a imaginação e eliminar os medos que a vida impõe. Mas, afinal, de onde vem o tal insight? Descubra aqui e inove!

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Curitiba se prepara há meses para a Copa do Mundo de 2014. Mesmo assim, a mobilidade urbana pode estar em xeque com tantas pessoas circulando. Obras e trânsito: confira o que a cidade está fazendo para enfrentar o problema.

pesquisa

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Marina ao encontro da juventude

É por meio do TCC que você pode ser tonar um pesquisador ainda na universidade. Saiba como essa oportunidade é importante para quem tem vontade de seguir nessa área e de que forma graduandos já têm contribuído para um mundo mais sustentável.


editorial

A preparação

juventude

da

Já estamos a menos de um mês da Jornada Mundial da Juventude 2013 e, considerando a participação dos jovens em eventos anteriores, aumenta nossa expectativa para o encontro que acontecerá no Rio de Janeiro. Um evento antecessor, de grande sucesso, foi a II Jornada Provincial Marista das Juventudes, que reuniu mais de mil participantes, entre alunos da PUCPR e do Ensino Médio e Fundamental, em Curitiba. Eles representaram 20 cidades, de cinco estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Como uma preparação para a JMJ, o público presente evidenciou a troca de experiências sobre ações de solidariedade e iniciativas de transformação. A II Jornada Provincial Marista das Juventudes contou com a participação da ex-senadora Marina Silva, que falou sobre aspectos políticos relativos à juventude e ao meio ambiente. Para esta edição da vida universitária, Marina concedeu uma entrevista exclusiva sobre esses e outros temas pertinentes ao cenário atual. O momento que o Brasil vive é propício para a inovação nos negócios. Nunca ouvimos falar tanto sobre os desafios de empreender. E como sabemos a importância de enfrentar desafios, esta publicação traz, na matéria de capa, alguns questionamentos sobre as maneiras de transformar uma ideia em um bom projeto. Outro assunto em alta é a Copa do Mundo de 2014. Assim, a reportagem especial quer saber como está a mobilidade urbana de Curitiba. O que vem sendo feito para receber turistas e profissionais do mundo inteiro? Afinal, o planeta estará com as atenções voltadas para o Brasil, e deixar boas marcas em um evento tão importante é tarefa de cada um de nós. Para comprovar que projetos acadêmicos visam a colaborar para um mundo melhor, a PUCPR, preocupada com o reaproveitamento e a sustentabilidade, apresenta três trabalhos de conclusão de curso como exemplo. Por fim, esta edição da vida universitária trata de assuntos relevantes, agregando solidariedade ao protagonismo da juventude. Que as páginas da publicação cheguem aos grupos docente e discente com entusiasmo e amor.

Boa leitura a todos! Clemente ivo Juliatto Reitor

GrÃo-CHanCELEr Dom Moacyr José Vitti

Vida uniVersitÁria é uma publicação bimestral da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná

ConsELHo EdItorIaL – pUCpr reitor Clemente Ivo Juliatto Vice-reitor Paulo Otávio Mussi Augusto Pró-reitor acadÊmico Eduardo Damião da Silva Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Waldemiro Gremski Pró-reitor comunitÁrio Másimo Della Justina Pró-reitor administratiVo e de desenVolVimento José Luiz Casela diretora de relacionamento Silvana Hastreiter rEdaçÃo Jornalista resPonsÁVel Rulian Maftum - DRT 4646 suPerVisão Maria Fernanda Rocha teXtos Michele Bravos, Julio Cesar Glodzienski e Elizangela Jubanski edição de arte Julyana Werneck fotografia Renata Duda ilustração Manuela Ribas proJEto GráFICo E LoGotIpo Estúdio Sem Dublê | semduble.com rEVIsÃo tExtUaL Editora Champagnat propaGanda Lumen Comunicação Rua Amauri Lange Silvério, 270 Pilarzinho – Curitiba – Paraná ceP: 82.120-000 www.grupolumen.com.br Para anunciar, ligue: (41) 3271-4700 ImprEssÃo grÁfica: Fotolaser Gráfica e Editora tiragem: 15.000 exemplares Contato Rua Imaculada Conceição, 1155 - 2º andar Prado Velho – Curitiba – Paraná Caixa Postal 17.315 - CEP: 83.215-901 Fone: (41) 3271-1515 www.pucpr.br vidauniversitaria@pucpr.br Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução sem autorização prévia e escrita. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.

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entrevista

Marina ao

encontro

da juventude

© Foto: Doug Meneuz

A ex-senadora Marina Silva esteve em Curitiba, no Colégio Marista Santa Maria, para a II Jornada Provincial das Juventudes, evento que reuniu mais de mil jovens Maristas, vindos de várias regiões do Brasil. Lá, Marina falou sobre a atuação política das juventudes e meio ambiente – temas também abordados nesta entrevista exclusiva à Vida Universitária por Elizangela Jubanski

O jovem tem se mostrado mais adepto de movimentos políticos. As redes sociais têm desempenhado papel importante nessa formação de novos eleitores e, sobretudo, cidadãos. Qual sua perspectiva sobre o engajamento dos jovens na política?

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Penso que a internet abriu novas possibilidades de expressão e participação para as “juventudes” (gosto deste plural, que destaca a grande diversidade social e cultural dos jovens). Tenho visto exemplos difíceis de imaginar até bem pouco tempo atrás. Por exemplo, a ação política dos milhares de jovens índios, de diversas etnias, presentes hoje nas aldeias e nas cidades do Brasil. Há muitas formas de ativismo, na defesa de direitos específicos ou de causas gerais. E se desenvolve um novo tipo de ativismo, que chamo de

“ativismo autoral”, pois não é mais dirigido por uma estrutura como partido ou sindicato; cada um se envolve pessoalmente com as causas que escolhe e é autor de sua militância. Os jovens sentem, de maneira muito forte, a emergência que a humanidade está vivendo. Sabem que é seu futuro que está sendo decidido, sabem que as decisões políticas de hoje vão ter resultado mais adiante. Tenho muita fé na fé dos jovens. Quero permanecer ao lado deles, ajudando a alimentar suas utopias, do mesmo modo como encontrei apoio para as minhas.


Nas últimas eleições presidenciais, a senhora teve quase 20 milhões de votos, o que correspondeu a 19,33% dos votos válidos. Esse número expressivo pode se tornar reflexo para uma possível candidatura presidencial em 2014?

Sim, foi uma grande parcela da população que se expressou sob a bandeira da sustentabilidade, de uma nova maneira de fazer política e de uma renovação ética. Essas pessoas vão querer participar novamente na escolha do presidente da República. Nós estamos construindo uma alternativa ao quadro político-partidário, formando a Rede Sustentabilidade. Quem será o candidato ou candidata, isso é algo para

decidirmos depois. Queremos que seja um debate público, transparente, e que seja um debate programático, não pragmático. Não vamos ter uma candidatura baseada em números, pesquisas, cálculo de probabilidades. Não se trata de uma disputa de poder pelo poder. Nosso movimento é para defender um programa para a sociedade brasileira, uma atitude de enfrentamento da crise que ameaça toda a civilização.

Enquanto ministra do Meio Ambiente, no Governo Lula, enfrentou conflitos com outros políticos do alto escalão. Os interesses econômicos do Brasil contrapõem-se à finalidade da preservação ambiental?

Os legítimos e verdadeiros interesses do Brasil são, ao mesmo tempo, econômicos, sociais e ambientais. No modelo de desenvolvimento sustentável que propomos, não existe contradição entre esses aspectos. A contradição vem dos interesses de alguns setores, que perse-

guem o lucro rápido e sem responsabilidade social, que insistem em considerar o patrimônio natural como um impedimento ou limite, em vez de ver que é nossa principal riqueza, nosso passaporte para o futuro.

Recentemente o Brasil foi palco de um encontro sobre desenvolvimento sustentável – a Rio+20. Essa transição para um país ‘economicamente verde’ pode implicar mudanças de padrões de produção e consumo. Efetivamente, o que o país tem feito quanto a isso?

O Brasil criou uma legislação moderna, melhorou sua estrutura institucional e executou programas de ação que reduziram os prejuízos ambientais e o deficit social. Isso não foi feito apenas pelos governos, mas pelo conjunto das instituições e, principalmente, por milhares de comunidades e organizações da sociedade, indivíduos e grupos, empresas e associações. A redução do desmatamento e as melhorias sociais dos últimos anos estão inseridas nesse movimento evolutivo da sociedade brasileira. Nosso grande pro-

blema é que essas conquistas estão agora ameaçadas pelo retrocesso na política. Desmonte da legislação ambiental, impunidade e anistia para os crimes, obras sem cuidados socioambientais, tudo está sendo feito às pressas e sem consultas à população, muitas vezes atropelando a democracia e os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. A Rio+20 mostrou isso: a participação consciente da sociedade e a falta de empenho dos governantes na busca de soluções sustentáveis para os problemas mundiais.

Para se criar um novo partido, enfrenta-se uma série de burocracias, como a coleta e a validação de assinaturas. Sem contar a pressão política dos partidos já existentes. Como este projeto vem sendo feito para driblar esses obstáculos e concluir um novo partido no Brasil?

Resistindo nos ambientes institucionais, como na luta contra as mudanças casuísticas na lei dos partidos, e avançando na mobilização social para compartilhar o ideário da Rede e coletar as assinaturas. Somos independentes em relação às estruturas políticas tradicionais, dependemos exclusivamente da vontade das pessoas, do idealismo, da iniciativa voluntária. Estamos conseguindo avançar com criatividade e com

democracia, decidimos tudo na base do consenso; não há chefes nem estruturas hierárquicas autoritárias, não nos deixamos levar por oportunismos. A nova militância, as juventudes, tem espaço para participação e desenvolvimento. Estamos nas ruas, nas praças, nas escolas, nas igrejas, nos movimentos sociais. A gente se apoia na frase de Victor Hugo: “Nada é tão forte quanto uma ideia cujo tempo chegou”.

O cenário político se vê em meio a protestos sobre abordagens religiosas em assuntos de plenário. Essas manifestações, muitas vezes, causam revolta na sociedade e extravaso midiático. A senhora é evangélica e já expôs uma posição flexível com relação a vários assuntos. Como vê essa superexposição dos defensores da religião?

Todos estão superexpostos, não só os religiosos. Muitas pessoas e grupos procuram essa superexposição. O que proponho é que tenhamos calma para escutar, respeitosamente, a palavra de cada um. Muitos conflitos e embates são apenas aparentes, jogo de cena para aparecer na mídia, campanha publicitá-

ria com finalidade comercial ou eleitoral. Devemos ouvir esse barulho com atenção, procurando identificar interesses legítimos que podem constituir direitos que devem ser garantidos. O Estado laico é para assegurar os direitos de todos, crentes e não crentes. O resto se resolve com o tempo.

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capa

O mercado de trabalho é como um jogo de tabuleiro. A cada jogada, uma surpresa. Com perseverança e estratégia, o reconhecimento vem e seu empreendimento decola. Descubra aqui as peças-chave para esse jogo dar certo por michele bravos

InÍCIo

andE 2 Casas.

VoLtE 2 Casas.

andE 3 Casas.

sorte

Você conseguiu estruturar a ideia em um plano de negócios.

revés

Você teve uma ideia inovadora, mas ainda não a colocou no papel.

sorte

PARABÉNS! Você escolheu ler esta matéria.

? No caminho para a Universidade encontrou um professor no ônibus, mas se negou a compartilhar sua ideia. “Vai que ele rouba!”

VoLtE para o InÍCIo!

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sorte sorte Você almoçou com seu pai e contou a ideia para ele.

andE 3 Casas.

Chegou em casa e colocou a mão na massa. Resolveu prototipar a ideia.

andE 2 Casas.

?

revés sorte O protótipo não deu certo.

VoLtE 1 Casa E JoGUE oUtra VEZ.

Resolveu aplicar uma pesquisa e entender melhor o mercado.

Encontrou de novo aquele professor no ônibus, contou para ele a ideia, ele o incentivou e você se animou. Vai retomar.

andE 2 Casas.

andE 6 Casas.


?

vorece empresários de sucesso a investirem em start-ups. São profissionais experientes no mercado dispostos a correr riscos e diversificar seus investimentos, apostando em novas ideias. Dentro dessa categoria, há aquele que corre ainda mais risco, dando o aporte inicial para o negócio. É o chamado investidor-anjo – Costa é um deles. Vale lembrar que foi essa figura do investidor que ajudou a alavancar o sistema norte-americano. E quando o assunto é empreender, a referência é o Vale do Silício (a região da Califórnia de onde vieram a Apple, o Facebook, a Microsoft). Segundo o empreendedor Flávio Pripas, um dos fundadores do fashion.me, é possível comparar o Brasil ao que esse polo norte-americano viveu nas décadas de 1940 e 1950, com o boom de novas empresas e o crescimento de inovação tecnológica. “O mercado brasileiro ainda está amadurecendo. Estamos começando a entender o que é investimento de altíssimo risco”, diz.

FasHIon.mE Rede social de looks do dia que conta com escritório em NY e pretende ser o principal destino para quem busca informação sobre moda.

sorte

revés

Aprimorou a ideia e o protótipo deu certo.

Não conseguiu preparar o pitch. Desistiu de ir ao evento. VoLtE 5 Casas.

andE 6 Casas.

sorte Preparou o pitch e está confiante.

© Foto: Divulgação

Sorte ou revés? Você tem uma boa ideia em mente? Já a colocou no papel? Já contou para alguém? Se a resposta é não, você está perdendo tempo e dinheiro. Segundo Allan Marcelo Costa, diretor superintendente do Sebrae/PR, “uma ideia na cabeça é só uma ideia”. Para angariar pessoas dispostas a bancá-la, é preciso estruturá-la no papel, dividi-la, sem medo, com seus potenciais investidores e mostrar sua capacidade de realização. Atualmente, o Brasil é o terceiro país que mais empreende no mundo, segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2011, realizada pelo Sebrae Nacional, em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). São 27 milhões de brasileiros inovando, enxergando oportunidades e fazendo acontecer. Desse total, um em cada sete brasileiros corresponde a um jovem entre 18 e 24 anos. A questão que incomoda tantos empreendedores é: “quem vai investir na minha ideia?”, justo em um país que, apesar das estatísticas mencionadas, pouco subsidia o empreendedorismo. Para os especialistas, o surgimento da nova Secretaria de Micro e Pequena Empresa pode ser um pontapé para melhorar esse panorama, mas nada com reflexo imediato. No entanto, Costa tranquiliza afirmando que o cenário econômico atual instiga e fa-

CadÊ o anJo?

n.me e Fashio o d s e r o . fundad asileira m dos endedora br u , s a ip e pr pr Flávio r da cena em o agitad

Do ponto de vista do jovem empreendedor, Flávio Pripas alerta que ele deve buscar alguém com expertise na área, mais do que alguém com dinheiro para depositar no projeto. “O investidor será um sócio do negócio e precisa agregar valor à proposta”. No mercado, esse investimento é conhecido como smart money, justamente por vir somado a conhecimento. Na tentativa de fomentar essa cultura aventureira – economicamente – no país, Pripas tem promovido encontros mensais entre empreendedores e investidores. É o Br new tech, que acontece desde 2010, em São Paulo. De acordo com o diretor superintendente do Sebrae/PR, outro possível meio de pesquisa por investidores é a internet, especificamente buscando nos clubes de investimentos. Instituições como o Sebrae e a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) também podem ser pontes de contato entre o empreendedor e o investidor. Ele ainda cita a organização internacional sem fins lucrativos Endeavor, que todo empreendedor precisa conhecer. A empresa é responsável por conectar empreendedores de grande potencial com líderes que possam ajudar o novo empreendimento a alavancar-se rapidamente, gerando milhões de empregos. No site da Endeavor (www.endeavor.org.br) há informações de valor sobre desenvolvimento pessoal, de carreira, além de histórias inspiradoras.

“O mercado brasileiro ainda está amadurecendo. Estamos começando a entender o que é investimento de altíssimo risco.”

andE 3 Casas. [Flávio Pripas]

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A explicação está na nossa história. Não é preciso voltar muito no tempo para lembrar a crise econômica que o país viveu, com o impeachment, a desestatização de empresas e o surgimento do Plano Real. Momentos que fizeram a geração passada (que hoje tem 40, 50 anos) refém da insegurança e do medo. Segundo o economista Fabio Giambiagi, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), só agora o país está vivendo um momento de estabilidade econômica e política, o que favorece o crescimento do empreendedorismo e da aposta, por parte dos empresários, em novas ideias. O diretor superintendente do Sebrae/ PR complementa: “A minha geração cresceu para ser funcionária do Banco do Brasil, por exemplo. Fomos educados para sermos empregados. O momento atual, de estabilidade, permite que esta geração desenvolva as próprias ideias e se arrisque mais”. Diante disso, o jovem dessa geração não se enxerga nos modelos tradicionais de trabalho e propõe os seus próprios. Segundo a pesquisa o Sonho Brasileiro, realizada pela agência de pesquisa BOX 1824, eles se importam com estabilidade, dinheiro e carreira, mas esses fatores dividem espaço com contribuição social e pessoal. Para eles, é por meio do trabalho que poderão contribuir para um mundo melhor, e isso é fundamental. Os jovens de 2013 também possuem muitos questionamentos sobre acúmulo de riquezas e má utilização do dinheiro. É preciso ganhar dinheiro para se sustentar, mas também é preciso ser dono do próprio tempo, podendo organizá-lo de forma a usufruir desse salário. Esse cenário tem se refletido em outras faixas etárias também. Dois motivos levaram a administradora Deisiane Zortea Kukla, 33 anos, a empreender na Secretária Remota: poder estabelecer o próprio horário e ter qualidade de vida. “Eu tenho uma rotina de trabalho, mas por poder trabalhar em casa, tenho maior flexibilidade de horá-

rios. É muito bom não ter que enfrentar o trânsito em dias de chuva, por exemplo”. Com as necessidades primárias supridas, o Brasil vive um momento propício para se pensar na busca por uma vida mais confortável. O doutor em Administração José Previdelli, também professor no Câmpus Maringá da PUCPR, pontua que existe uma associação muito forte entre empreendedorismo, inovação, desenvolvimento econômico e qualidade de vida. “Todas as sociedades que buscam o bem-estar social, por meio da elevação da qualidade de vida das pessoas, têm estimulado de forma inequívoca o empreendedorismo”.

deisiane Z empreen ortea kukla, de se dedora. V cretária a iu especializ ou-se, m oportunidade no ontou um mercado, abraçou o p d casa, tem esafio de empree lano de negócios e nd flexibilida o Brasil. de de horá er. Hoje trabalha em rios e clie ntes por todo

“O que conta é a capacidade de transformar uma ideia em realidade.” ente do erintend p u s r o t e dire sta, anjo allan Co R. P Sebrae/

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[Allan Costa]

VItrIna Aplicativo mobile voltado para moda.

sorte Apresentou o pitch e recebeu muitas considerações da banca. Conheceu outros empreendedores e trocou contatos.

andE 3 Casas.

© Foto: Luiz Costa

GEraçÃo EmprEEndEdora

O segredo – que deixa de ser segredo agora – é que o investimento é uma consequência de uma ideia bem elaborada e divulgada. Ou seja, o principal ponto para se angariar um investidor é conhecer o que faz uma ideia ser apostável e aprimorar esses fatores. Segundo o organizador do BR New Tech, o grupo por trás da ideia é fator determinante. “A equipe precisa ser madura e resiliente para mudar o caminho do futuro empreendimento, se necessário”. E para que haja amadurecimento é preciso ter provações. Diante disso, o BR New Tech também cumpre esse papel. Durante o evento, há um espaço para os jovens empreendedores treinarem o desafio de apresentar uma ideia. Esse momento é chamado de pitch, uma banca avaliadora, e é aí que uma proposta pode engrenar. “De 2010 para cá, o evento mudou muito. Hoje os investidores participam do BR New Tech até como avaliadores das bancas e os empreendedores já sabem apresentar melhor suas ideias”. O administrador Saulo Marti, 25 anos, empreendedor do vitrina e que já participou com sua equipe de eventos assim, afirma que eles são imperdíveis. “Só de estar presente e ver como funciona já vale muito. Poder apresentar, conseguir os contatos, aproximar-se de pessoas-chave foi crucial para nós”. Allan Costa, do Sebrae/PR, complementa que o ideal é que o grupo seja multidisciplinar e engajado. “O que conta é a capacidade de transformar uma ideia em realidade”. Por isso, na apresentação, os empreendedores precisam mostrar dados reais, mesmo que em uma escala pequena. “O investidor quer ver uma ideia escalável e que tenha potencial de crescer rapidamente”.

© Foto: Allan Costa

dEFInIndo Uma aposta

?


andE 3 Casas. Está interessado em investidores que tenham grana. Não importa se não têm conhecimento a agregar.

sorte

Reatou a sociedade e pensou em uma proposta que contribui efetivamente para a sociedade.

revés

VoLtE 4 Casas.

na primeira incompatibilidade de ideias, quis desfazer a sociedade.

andE 3 Casas.

start-Up dIGItaL A crescente nessa área pode estar atrelada às infinitas possibilidades que o virtual oferece e ao novo estilo de consumo do brasileiro. Segundo dados da 27ª edição do relatório Webshoppers (2012), produzido pelo e-bit, o Brasil conta com 42,2 milhões de pessoas que fizeram, pelo menos, uma compra online até hoje. O mestre em Administração Estratégica Glauco Furstenberger, idealizador do projeto Digital Business no Câmpus São José dos Pinhais da PUCPR, percebe que as pessoas atualmente têm mais disposição para esperar a entrega de um produto, por exemplo, mas menos tempo para dedicar ao momento da compra ou da busca. O m-commerce (comércio realizado por dispositivos móveis) também tem apresentado crescimento considerável, sendo mais uma oportunidade de mercado para aqueles que pretendem empreender no setor digital. Segundo a pesquisa do e-bit, o m-commerce deixou de ser tendência e se tornou realidade no Brasil. Em 2012, as compras por meio de smartphones e tablets dobraram com relação ao ano anterior. Quando se fala em start-up digital, mostrar resultados mais concretos para um possível parceiro se torna ainda mais necessário. Segundo o idealizador da rede social Fashion.me, Flávio Pripas, hoje se tornou muito fácil e barato colocar uma ideia em um site. Logo, não é aí que está o diferencial. Por outro lado, essa mesma facilidade pode ter seus pontos positivos. O professor Furstenberger comenta que até mesmo com uma página gratuita na internet você pode disponibilizar um serviço e atingir um grande público. “A disponibilidade tecnológica facilita a criação de uma empresa”. Diante desse contexto, o professor pontua que o Brasil precisa evoluir em termos de legislação para empresas do segmento digital. “A criação legal de uma empresa digital ainda é burocrática como qualquer outra. Ainda precisamos amadurecer e entender mais sobre esse segmento”.

sorte

sorte

?

VoLtE 2 Casas.

Fechou uma sociedade multidisciplinar e aprimorou a ideia.

andE 3 Casas.

Indicaram você para um possível sócio de outra área.

andE 5 Casas.

Só buscou sócios da mesma área durante o evento.

VoLtE 2 Casas.

© Foto: Renata Duda

sorte

revés

Participou de um curso sobre start-up e empreendedorismo no Brasil.

. natos ores om d e d en oc s mpre eand o eles e mon, pass rianças d u q a c d é s k e m a i é u as de Po idando d cro era d ara mart u lp lu nh saulo ndo figuri zinhos e c ínio, seu Nada ma i . Troca rros dos v eu condom por mês 0 cacho ores de s te R$ 40 anos. d n mora imadame ente de 13 aprox é-adolesc r um p

QUEm Erra aprEndE maIs rápIdo

Saulo e sua equipe estão na terceira tentativa de uma empresa. Os erros têm sido degraus para projetos ainda mais consolidados “Erramos MUITO (com letras maiúsculas mesmo). O bom é que aprendemos muito mais. Primeiro: aprendi que o sucesso da noite para o dia leva, na verdade, uns 2 ou 3 anos. Segundo: o que eu aprendi já mudou minha vida. As pessoas que eu conheci, os círculos que passei a frequentar e o conhecimento que eu adquiri são coisas que precisaria de milhares de faculdades para me ensinar. Acho que o mais importante de tudo é o quanto isso nos ajudou a valorizar o que temos ‘dentro de casa’ (nossa empresa). Além disso, aprendi a ser mais humilde. Nós ainda cometemos erros e espero que sempre cometamos. Afinal, se nós não errarmos, fica difícil perguntar ‘por que’ e ‘por que não’. A vantagem, agora, é que sabemos como controlar, mitigar e usar esses erros para evoluir um projeto”.

EmprEEndEdorIsmo soCIaL Quem pensa que aqueles que são empreendedores só são motivados por uma conta bancária gorda no fim do mês está enganado. A motivação de um empreendedor tem que ir muito além da vontade de ficar rico. Alguns líderes entendem essa motivação de maneira ainda mais humana e voltam suas energias para articular ideias que ajudem no desenvolvimento efetivo de um grupo, de uma comunidade. São os chamados empreendedores sociais. O professor Previdelli reforça que o empreendedorismo não se materializa somente nos setores essencialmente econômicos. “Ao contrário, ele está presente em todas as atividades desenvolvidas pelo ser humano”. Na visão de Wilma Resende, diretora superintendente da ONG Junior achievement Brasil, os empreendedores sociais “têm um olhar mais cuidadoso sobre a sociedade”, e esse perfil tem se sobressaído cada vez mais entre os jovens da nova geração. O filme Quem se importa é uma ótima referência de atitude empreendedora social, bem como de quais são as possibilidades de negócios com esse enfoque. Ele retrata a história de 18 empreendedores sociais no Brasil e no mundo, com o objetivo de inspirar pessoas a serem transformadoras. É importante perceber que empreender socialmente não significa, obrigatoriamente, abrir uma ONG. Pode ser um movimento social ou uma empresa cujo foco é oferecer melhores qualidades de vida para uma comunidade.

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capa

“[Os empreendedores sociais] têm um olhar mais cuidadoso sobre a sociedade.” [Wilma Resende]

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andE 3 Casas.

O projeto deu uma estagnada por conta da universidade e do estágio.

andE 2 Casas.

Tem conseguido equilibrar a rotina e se dedicar ao projeto.

andE 4 Casas.

O projeto está rendendo e o investidor está feliz.

andE 2 Casas.

sorte sorte

a) capacidade de inovar; b) colocar em prática suas ideias; c) estar a serviço da sociedade; d) preocupar-se em desenvolver medidas que amenizem o uso excessivo de recursos naturais em seu empreendimento; e) ter visão de longo prazo e sustentabilidade ; f) ser visto como um motivador, facilitador, exemplo a ser seguido; g) ser entusiasta, apaixonado pelo que faz.

1 – Buscar uma ideia inovadora e criativa, que atenda a uma necessidade da sociedade, ou seja, uma oportunidade de mercado. 2 – Estruturar a ideia no papel. A sugestão é colocá-la no modelo Canvas, encontrado em businessmodelgeneration.com/canvas, contemplando todos os aspectos do empreendimento: o que é? Para quem? Quais os principais recursos necessário? Quem são os potenciais parceiros? Entre outros itens essenciais para a estruturação da ideia. 3 – Desenvolver estudo que permita conhecer o mercado ou a área geográfica onde se pretende atuar, lembrando que esse local pode ser regional, nacional ou mesmo internacional. 4 – Investir tempo no planejamento das atividades que pretende desenvolver. 5 – Prototipar a ideia em uma escala pequena. Essa é uma etapa de teste de viabilidade, para saber se o público realmente tem interesse em tal serviço ou produto e se a equipe empreendedora tem habilidades para executar o que está sendo proposto. 6 – Com base nos estudos e experiência prévia, aprimorar a ideia no modelo Canvas. 7 - Quantificar e qualificar o financiamento necessário para o empreendimento: qual o volume de recursos necessários? Recursos próprios ou de terceiros? Onde e quando obter esse financiamento? Qual o custo desse financiamento? 8 - Quando essas respostas estiverem bem claras, então é chegada a hora de colocar em prática a ideia idealizada. Vale lembrar que toda e qualquer iniciativa empreendedora é sinônimo de riscos e de aprendizado, e pode haver ou não êxito naquilo que foi planejado, mas todo erro deve ser visto como um degrau para a próxima tentativa.

Nova equipe, novo pitch. Investidores com expertise ficaram interessados.

revés

pErFIL EmprEEndEdor

o doutor em administração José previdelli, da pUCpr – Câmpus maringá, afirma que não existe um perfil ideal, mas existem algumas habilidades que se sobressaem em quem é empreendedor. para definir essas características, ele cita os conceitos de nicolas Hayek – empreendedor líbano-americano, também considerado o salvador da indústria relojoeira suíça. são eles:

Para quem ainda está se familiarizando com esse universo empreendedor, a Vida Universitária, com o doutor José Previdelli, esquematizou, de forma prática, o caminho para empreender.

andE 5 Casas.

sorte

Sem ressalvas, Wilma e Previdelli atestam que sim. Para ela, todos têm um potencial empreendedor dentro de si e isso só precisa ser despertado. O professor complementa afirmando que “definitivamente, o empreendedorismo não é um dom, mas algo que pode ser buscado por um processo qualquer de aprendizagem”. Acreditando que empreendedorismo pode ser ensinado, a ONG Junior Achievement atua em escolas, apostando em programas que estimulam a perseverança, a liderança, a coragem para se correr riscos, o trabalho em equipe, a busca por soluções de problemas, dentre outros valores essenciais para um empreendedor. O programa-chave da organização é o Mini-empresa, no qual jovens de 13 a 15 anos são instigados a montar uma empresa em moldes reais, com plano de negócios, acionistas, metas de vendas, ações de divulgação e relatórios de prestação de contas. Já o programa Liderança Comunitária incentiva os jovens a conhecer mais sobre o empreendedorismo social, propondo que os alunos escolham uma comunidade, descubram suas necessidades e desenvolvam soluções para os problemas identificados. “No momento em que esses jovens são convidados a realizar essas atividades, seguindo os valores ensinados, eles aprendem, na prática, o que é ser empreendedor”, diz Wilma. Apesar dos exemplos, idade não é fator limitante. De acordo com a diretora superintendente Wilma, o “eu-empreendedor” pode ser instigado a se mostrar a qualquer momento. Na contramão, existem, sim, aqueles que não querem ter o próprio negócio ou inovar na empresa em que são colaboradores. Como visto, não por uma questão de dom, mas possivelmente por outras variáveis, como a formação que receberam ou a nação em que estão inseridos. O professor Previdelli afirma que algumas pessoas têm mais habilidades do que outras para empreender. “O meio no qual a pessoa foi educada e se desenvolveu tem um grande peso na sua postura empreendedora. Em culturas em que a acumulação de riqueza não é tão valorizada, as pessoas tendem a ser menos empreendedoras. O nível socioeconômico, as políticas governamentais e o estímulo ao empreendedorismo, desenvolvidos por universidades, organismos oficiais, associações de classes e outras entidades, têm, sem dúvidas, uma grande influência nessa atitude”.

manUaL do FUtUro EmprEEndEdor

© Foto: Elias Eberhardt

EmprEEndEdorIsmo sE aprEndE?

Estão em busca de smart money.

Wilma Resende acredita na juventude e é diretora superintendente da ong Junior Achievement Brasil.

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Como EmprEEndEr? Ele pode estar trabalhando no computador ao lado do seu ou lá nos Estados Unidos. Pode ter uma empresa individual ou distribuída entre sócios. O empreendedor pode estar presente na iniciativa privada ou ter o próprio negócio. O que importa é que ele tem iniciativa e coloca em prática uma ideia tida como inovadora, partindo de uma necessidade ou de uma oportunidade. A ex-secretária Deisiane é exemplo de alguém que identificou uma oportunidade. Durante 12 anos, ela trabalhou como secretária em grandes corporações, tendo contato com profissionais de microempresas. Ela percebeu que esses profissionais tinham dificuldade em se organizar com a parte burocrática e financeira. Foi então que surgiu a Secretária Remota. Deisiane não possui sócios, apenas parceiros. O diretor superintendente do Sebrae/PR, Allan Marcelo Costa, atesta que, realmente, nem todo negócio precisa de um sócio. No entanto, a sociedade pode passar a ser necessária à medida que o empreendimento cresce. Ao contrário do que alguns pensam, sociedade é coisa boa. Saulo Marti, que na empresa Vitrina é sócio de empreendedores com formações diferentes (engenheiros e designers), considera que a sociedade traz vantagens. “Muitas de nossas discussões geraram produtos ou resultados melhores do que o previsto inicialmente por apenas uma pessoa”. Previdelli lembra que “duas cabeças sempre pensam melhor que uma”. “É a sabedoria do velho ditado”, brinca. Assim como a busca por investidores deve estar focada em pessoas que agreguem, a escolha de um sócio também. O professor ainda aconselha que “um ponto fundamental é atribuir funções aos sócios, de forma a dividir o trabalho a ser realizado. A prática tem demonstrado que quando as funções estão claras, quando os papéis estão bem definidos, a incidência de conflitos é muito menor”. Por experiência própria, Marti comprova que essa hierarquia ajuda no processo decisório. “No começo, perdíamos muito tempo discutindo o que cada um queria, em vez de fazermos algo de fato. Hoje, conseguimos melhorar exponencialmente”.

nEGÓCIos na UnIVErsIdadE A palavra de ordem da nova geração é inovação, e a universidade é o lugar propício para que esse mandamento seja cumprido É no espaço acadêmico que o universitário empreendedor pode agregar valor a suas ideias, trocando conhecimento em sala de aula, com professores e colegas, conhecendo possíveis parceiros e até prototipando a futura empresa, por meio das incubadoras. A PUC-Rio é referência quando o assunto é incubar ideias. Por meio do Instituto Gênesis, a universidade apoia cerca de 70 empresas do setor cultural, social, tecnológico e de design. O setor tecnológico é o mais representativo, com ideias que vão de uma praça de alimentação online a um site de compartilhamento de carros em que o usuário pode alugar o próprio veículo para outras pessoas. Para Wilma Resende, diretora superintendente da ong Junior Achievement Brasil, as incubadoras são fontes de riqueza de conhecimento para alunos e universidade. Ela ainda complementa que iniciativas acadêmicas como essas refletirão positivamente em um futuro próximo. Conheça as empresas incubadas no momento: www.genesis.puc-rio.br

“[...] não tem nada mais gratificante do que ver os pequenos passos da sua empresa, ver as primeiras – mesmo que modestas – metas serem atingidas e ficar ainda na expectativa.”

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[Saulo Marti]

rEta FInaL Tem sido um exemplo de perseverança para os colegas, compartilhando os conhecimentos aprendidos até agora.

andE 1 Casa.

o nEGÓCIo EnGrEnoU E VoCÊ ConsEGUIU! agora é continuar trabalhando para escalar cada vez mais alto.

FIm

Se a sua ideia ainda está nos primeiros passos, o empreendedor Flávio Pripas afirma que é possível conciliar o emprego fixo com o novo empreendimento. No entanto, “a hora que a empresa ganhar forma e tiver potencial para crescer, é hora de largar tudo e vestir a camisa”, diz. Foi isso que aconteceu com Marti, que deixou para trás um trainee em uma grande corporação para seguir o sonho de empreender. “Se você não ama este mundo do empreendedorismo, não ama esse desafio e não ama seu projeto, nem comece! Sem paixão, a frustração vai acabar com você. Agora, para aqueles que, assim como eu, são apaixonados e amam desafios, não tem nada mais gratificante do que ver os pequenos passos da sua empresa, ver as primeiras – mesmo que modestas – metas serem atingidas e ficar ainda na expectativa”.

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sintonia cultural

Os encantos

Da direita para a esquerda, neto do criador Maurício Castro e os professores Ivens Fontoura e Cláudio Maiolino.

da Casa EstrELa A Casa com cinco pontas encanta por sua magia e deixa profissionais impressionados com a arquitetura dos cômodos, que compõe um pentágono

© Fotos: Renata Duda

por Elizangela Jubanski

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Pisar com o pé direito. Essa foi a imposição para adentrar a Casa Estrela – um símbolo da tradição arquitetônica paranaense que impressiona pela originalidade. Ela foi construída em 1930 por Augusto Gonçalves de Castro, um contador adepto da teosofia e do Esperanto, que escolheu dar a forma de uma estrela a sua casa, para que simbolizasse os ideais pacifistas e unitários dos povos que essas correntes representam. A casa de madeira não possui ângulos retos e é baseada numa estrela de cinco pontas. Por representar mais do que arquitetura, o professor do curso de Desenho Industrial, designer Ivens Fontoura, também curador do Museu Universitário da Instituição, viu-se completamente envolto pela história da sua construção. “Se começarmos pela planta, temos um pentágono, uma figura geométrica extraordinária estudada por Pitágoras e Euclides, que carrega o número de ouro (ver box na pág. 15) – que tem certa magia por ser chamada de ‘divina proporção’. Um engenheiro ou um arquiteto jamais fariam uma casa com esta forma por causa dos ângulos do pentágono, que possuem nas centrais 72º”, explica o designer. Até mesmo profissionais conceituados se impressionam com a ausência de ângulos retos na construção – com exceção de portas e janelas. Castro construiu a casa de cinco pontas sozinho – com auxílio de ferramentas precárias e um lampião de carbureto – durante longos quatro anos. A família conta que ele saía da empresa onde trabalhava no fim da tarde e passava a

dedicar as noites exclusivamente à construção da Casa, que foi erguida no bairro Alto da Glória. Não há qualquer registro no mundo inteiro de algo parecido com o que Augusto construiu. O professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR Cláudio Forte Maiolino explica a sustentação da Casa Estrela. “Uma coluna de concreto bem no centro da sala sustenta a Casa em um conjunto de vigas que forma uma estrela. Tem partes que são encaixadas, e só mesmo a outra peça da Casa para conseguir finalizá-la, já que as formas pentagonais são inusitadas”, disse o professor. A essência da Casa, segundo Fontoura, é a união entre a família. “Da sala podemos ver todos os cantos, porque não possui portas, e sim estrelas. Simbolicamente, ela é repleta de emblemas porque tem uma carga significativa muito forte. Hoje, esta casa é um convite à reflexão de todos esses temas que motivaram a construção dela, principalmente a fraternidade”, completa o professor.

tEosoFIa: Corrente que estuda todas as religiões, buscando o que elas têm em comum, e apregoa a possibilidade de todos os crentes se unirem sob os mesmos princípios. EspEranto: Língua inventada no fim do século XIX, pelo polonês Lázaro Zamenhof, cuja gramática seria formada pelas principais raízes de vários idiomas.


Ameaça As tábuas da Casa Estrela, porém, passaram por percursos incertos, até, finalmente, serem reerguidas em solo protegido. Castro faleceu em 1971; a esposa, Dionísia Azulay, na década seguinte; e os filhos, então, tomaram rumo diferente. A partir daí, o vandalismo e a oferta pela construção de arranha-céus no terreno começaram a ameaçar a Casa Estrela, erguida em madeira sobre um pentágono. Foi nesse momento que um dos herdeiros, o músico Moysés de Castro, o mais sagaz defensor do imóvel, passou a zelar pela Casa. “Ela não estaria neste grau de conservação se não fosse o cuidado de Moysés em abrir e

fechar todas as janelas da Casa para refrescá-la, diariamente”, explica o arquiteto Maiolino. Nesse meio tempo, a casa foi inteiramente desmontada à espera de um local seguro. Mas, o destino tratou de dar as cartas, novamente, e com o falecimento de Moysés, em 2008, a Casa Estrela passou a se tornar algo que precisava de apoio e recurso. Para proteger o patrimônio da família, os descendentes do construtor decidiram doar a Casa Estrela para a PUCPR. O projeto de restauração é assinado pelo professor Maiolino. “Depois disso, eu consegui dormir direito”, brinca o arquiteto.

A salvo, Casa Estrela servirá como Salão de Atos.

Número de ouro O Número de Ouro (1,618) é um número irracional misterioso e enigmático que surge em uma infinidade de elementos da natureza na forma de uma razão, sendo considerada por muitos como uma oferta de Deus ao mundo. Exemplo: se desenharmos um retângulo cujos lados tenham uma razão entre si igual ao número de Ouro, este pode ser dividido em um quadrado e em outro retângulo em que este também tem a razão entre os dois lados igual ao número de Ouro. Este processo pode ser repetido indefinidamente mantendo-se a razão constante.

Sala de estar: estrelas em vez de portas.

Espaço Erguida próximo ao prédio administrativo, dentro do estacionamento da PUCPR, a ideia de um dos restauradores do espaço, o designer Ivens Fontoura, para a Casa, é explorar os mesmos temas que permearam a construção das cinco pontas. “Em uma medida bem pequena, nós somos cúmplices, e por isso, temos a responsabilidade de mantê-la aberta, visitável, com programação, atividade. Por isso, queremos trazer para cá arquitetura, design, um pouco de história e religião. Temas tópicos da construção”, explicou o professor Fontoura. Hoje, o neto de Castro, Maurício – filho de Moysés –, é o responsável por ordenar e unir objetos que remetam às memórias da família Castro. “Entro aqui e lembro-me do meu avô e do sofrimento do meu pai em conseguir salvar a Casa. Se ele a visse de pé, não tenho a menor dúvida de que iria às lágrimas. Estamos fazendo de tudo para reunir detalhes que ajudem na construção desta história”, disse o neto de Augusto Castro. A luta intensa para encontrar um lugar a salvo para a Casa Estrela ganhou capítulos de uma história real marcada por determinação e magia. Vê-la pronta, para os que vestiram a camisa, é sinônimo de gratificação por ter feito parte dela.

Lá dentro Os detalhes espetaculares da arquitetura de cinco pontas servirão de abrigos para obras, exposições e memórias. Com três andares, a Casa foi preparada para ser um “Salão de Atos”, aberto à população. Ainda, objetos e fotos da família Gonçalves de Castro também foram reunidos e, juntos, ajudam a expor e a recontar uma história de fraternidade universal.

Fonte: Universidade de Lisboa

“Uma coluna de concreto bem no centro da sala sustenta a Casa em um conjunto de vigas que forma uma estrela. Tem partes que são encaixadas, e só mesmo a outra peça da Casa para conseguir finalizá-la, já que as formas pentagonais são inusitadas.”

SERVIÇO As visitas ocorrerão de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. O agendamento de visitas em grupos deverá ser feito pelos telefones (41) 3271-1604 ou 3271-1645.

[Cláudio Maiolino]

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mercado de trabalho

Seu temperamento

no trabalho

Descubra quais temperamentos são predominantes em você e aprenda como conviver com eles em seu dia a dia Por Julio Cesar Glodzienski

Você conhece seu perfil de comportamento? Se você nem sabia que isso existia, prepare-se para descobertas bem curiosas sobre você. Os temperamentos humanos se apresentam divididos em quatro categorias, propostas pelo médico grego Hipócrates (460 a.C.–370 a.C.), conhecido como “o pai da medicina”. São eles: sanguíneo, colérico, melancólico e fleumático. Eles estão presentes em tudo o que você faz. No seu sono, estudo, qualidade de vida e até mesmo no mercado de trabalho. Mas atenção: seu temperamento predominante não define quem você é; ele é uma fatia do todo, determinando o modo como você desempenha suas atividades diárias. Mas dizer que apenas um temperamento é predominante em si seria errado. Como explica a coach de imagem Andrea Roque Neiva: “Nós temos um pouco de cada temperamento. O comum é que tenhamos características de dois tipos mais predominantes”. E é essa predominância que dita algumas habilidades e dificuldades dos indivíduos. Mas o que é temperamento? Basicamente, são características que herdamos dos nossos pais. São inatas e, inconscientemente, estão diretamente ligadas ao nosso comportamento. Por isso, seu “jeito de ser” está relacionado ao temperamento. “Eles ajudam você a perceber como age, como se sente confortável, como pode ficar menos estressado diante de escolhas, envolvendo relacionamentos afetivos e

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profissionais. São os temperamentos que auxiliam a perceber a forma como você vai usufruir da sua vida”, explica Andrea. Para saber quais os dois predominantes em si, o trabalho principal a ser desempenhado é o autoconhecimento. “Normalmente, identifica-se a principal característica de comportamento quando o indivíduo está sob estresse”, diz a coach. Ela ainda afirma que são nesses momentos que o potencial mais alto se torna mais evidente. Esse é um exercício diário de autopercepção e que, aliado ao coaching, pode evoluir muito. Com o tempo, o indivíduo pode aprimorar seus pontos positivos e desenvolver os negativos, tornando-se um diferencial no mercado de trabalho. É importante possuir o conhecimento dos potenciais e das fraquezas, para que as características inatas possam ser usadas a seu favor, como forma para alavancar a carreira profissional, mas é preciso saber dosá-las para que o potencial não se torne um exagero, e vire um problema. Quanto aos pontos negativos, inerentes a seus temperamentos predominantes, aqueles que buscam desenvolvê-los apresentam um diferencial em relação aos que não os desenvolvem. “Se você tem consciência daquilo que é bom, do que precisa melhorar, e está em busca de transformar seus pontos negativos em algo positivo, você já está trabalhando com a inteligência emocional, com o autoconhecimento e a consciência de inteligência. Esses são fatores que criam um diferencial competitivo”, pontua a coach Andrea. Vale lembrar sempre que o que define a profissão não são os temperamentos predominantes, mas, sim, o que motiva cada perfil. “Todos podem ser professores, todos podem ser médicos, todos podem ser empreendedores. A forma com que eles vão fazer isso é que vai ser diferente”, explica Andrea. Para melhor entender os temperamentos, vamos supor que seu desejo é empreender em um negócio próprio. Descubra como cada perfil lidaria com esse mercado.

“Todos podem ser professores, todos podem ser médicos, todos podem ser empreendedores. A forma com que eles vão fazer isso é que vai ser diferente.” [Andrea Roque Neiva, coach de imagem]


o colérico

© Ilustrações: Manuela Ribas

Este temperamento mostra uma pessoa que possui alta capacidade empreendedora. É mais destemida para fazer aquilo que não é comum. O problema em ser destemido é que pode ficar um pouco arrogante, pois desafia a todos em busca dos sonhos. Se sua audácia não for bem trabalhada, no sentido do envolvimento pessoal, pode se tornar uma pessoa mandona, centralizadora e autoritária. Com um perfil competitivo, um tanto impulsivo e impaciente, o colérico pode ser um empresário que empreenderá em algo novo. Ele se dá ao desafio de ser o inovador, abrir o mercado. Ele cria, pois gosta da resolução de problemas e da competitividade de inovar.

o fleumático Apaziguador, o fleumático é considerado uma pessoa diplomática. Neste perfil a pessoa gosta de, na convivência, sentir-se em casa, como se todos fizessem parte da família. Portanto, é recatada, mas quando adquire a confiança necessária, pode ser muito familiar, bem-humorada, carinhosa e solícita para as pessoas. É bastante metódico, não gosta muito de mudanças – de setor ou de cidade – e tem dificuldade com pessoas mais ríspidas. O empreendedor fleumático vai tornar a empresa algo muito familiar. A tendência é trabalhar numa empresa que era do pai ou do avô, buscando dar continuidade a essa tradição familiar.

o sanguíneo

o melancólico

É uma pessoa que gosta de relacionamentos e interação, buscando sempre ser o centro das atenções, além de gostar de ser reconhecido. Com facilidade na comunicação, fala bastante, é muito alegre e otimista. O problema deste temperamento é que a pessoa sanguínea, por vezes, fala muito e faz pouco, então acaba por ser muito comunicativa, social, brincalhona, mas tem dificuldade com a organização, com datas e em fazer as coisas realmente acontecerem. Por isso, há o gosto por empreender em algo que possa ter contato com pessoas, logo, dificilmente adquirirá uma empresa em que tenha de ficar isolado.

Uma pessoa perfeccionista, que estabelece padrões para tudo. É autodisciplinada e sensível. Pela sua capacidade de estar disposto a se sacrificar, tem uma tendência a conseguir resultados muito positivos na vida profissional. Porém, precisa tomar cuidado pelo excesso de perfeccionismo, o que pode resultar em nunca ficar satisfeito. Sua exigência com o outro e consigo é advinda do medo de errar, o que pode torná-lo indeciso. Com toda a exigência que este perfil demonstra, o melancólico tende a trabalhar bem com franquias, ou em algo que já foi muito testado, experimentado, para não correr o risco de errar ou quebrar.

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© Fotos: Renata Duda

Larissa (dir.) viajou e se deu bem com as despesas. Luiza embarca em julho e já começou a economizar.

mundo afora

agarre-se ao

cofrinho

Esquematizar um intercâmbio é dar um passo para a independência financeira e, principalmente, saber poupar. Não sabe por onde começar? A gente ajuda por Elizangela Jubanski

Cortando Gastos na sEmana

O planejamento financeiro talvez seja uma das etapas em que o estudante aprenda mesmo na prática. Mas, se for para economizar em benefício próprio, como em uma viagem, esta tarefa pode se tornar menos complexa. “Eu sempre fui muito controlada para não comprar muitas coisas desnecessárias e economizar. Tento diminuir meus gastos todos os dias para saber controlar meu dinheiro durante a viagem”, conta a estudante do 7º período de Design de Moda na PUCPR Luiza Figueiró Ferronatto, que se prepara para ir aos Estados Unidos, em um intercâmbio, em julho deste ano. A orientadora do Núcleo de Intercâmbio e Cooperação Internacional da PUCPR, Valesca Walesko, conta que a orientação dada aos alunos viajantes é de um valor que inclui alimentação e moradia. “Calculamos, em média, U$ 800 ou € 800 por mês. Como eles vão com o visto de estudante, a maioria das universidades não deixam o aluno trabalhar, salvo estágios na área”, explica. Universitários da PUCPR que fazem intercâmbio não pagam mensalidade enquanto estão fora. Para a jornalista Larissa Sandri, que passou um ano na Espanha também em um intercâmbio pela PUCPR, em 2009, as despesas saíram conforme planejado. “Eu gastava em média € 600 por mês, mas economizando conseguia baixar para € 500. Tinha despesas com aluguel (ela dividia apartamento com outros intercambistas), gás, água, telefone, luz, transporte e mercado. Usei o dinheiro da mensalidade. Meu pai me ajudou bastante e, com o que poupei aqui, comprei coisas para mim lá”, descreve. Com essas orientações, Luiza também poupou para viajar. “Guardo uma quantia por mês, há tempos. Esse dinheiro é direcionado para meu estudo ou mesmo meu futuro, sendo a possibilidade de intercâmbio uma das melhores formas de investir em meu sucesso profissional”, finaliza.

EConomIZar, Como? Saiba que sempre há gastos extras que podem ser ‘enxugados’ no orçamento diário. Para auxiliar no corte das despensas, o professor de Finanças Fábio Tadeu Araújo, do curso de Ciências Contábeis da PUCPR, dá algumas dicas para economizar nas saídas. “O básico é reduzir o número de vezes que vai à balada. Por exemplo, se costuma sair às sextas-feiras e aos sábados, pode passar a sair apenas aos sábados”, destaca. Outra proposta do professor Araújo é caseira e uma boa oportunidade para os dotes culinários: ficar em casa com os amigos e se aventurar na cozinha. Quanto ao transporte, o que pode fazer a diferença é andar de bicicleta. “Além da economia na gasolina ou na passagem, ajuda a manter a forma e dá até para economizar na academia”, argumenta o professor de Contábeis. Já na comida, o esforço tem de ser grande. “Dados nacionais indicam que Curitiba é a quinta cidade mais cara para se comer fora e com tendência de subir de posição devido ao aumento do custo dos serviços. Economizar na comida acaba sendo fundamental”, alerta. Para driblar esta situação, os Restaurantes Universitários (RUs) são uma ótima opção. E para lanches da tarde, o melhor é levar de casa mesmo. Compras. Esse item também é importante e essencial para o bom andamento da economia. O professor de Contábeis dá uma dica aos que pretendem cortar despesas para viajar. “Faça um exercício de esforço mental lembrando que lá fora é tudo muito mais barato”, orienta. A ausência na balada ou o lanche não comprado não são fatores determinantes para a realização de um intercâmbio, mas faz com que o direcionamento que se dá ao dinheiro fique mais responsável. O certo é que investir em conhecimento traz retorno perene e, agregado à vivência internacional, é ainda melhor.

balada: Reduza para uma saída por semana. Opte por programas mais baratos como uma sessão de filmes em casa regada à pipoca com manteiga. transporte: Pratique o desapego. Deixe o carro em casa e vá de bicicleta. Além de economizar na gasolina, de quebra, pode trancar a mensalidade na academia, provisoriamente. Comida: O Restaurante Universitário é a melhor opção. A refeição custa R$ 3 e é promovida pelo Diretório Central do Estudante (DCE). Na hora do lanche, faça sanduíches em casa e leve para quando bater a fome. Compras: Ah, as compras. Faça um esforço mental para lembrar que muitos itens, como roupas, calçados, acessórios, perfumes, são muito mais baratos lá fora.

pudera! Larissa conheceu um italiano no continente europeu e, em junho do ano passado, eles juntaram os trapinhos e casaram-se, aqui no Brasil. Paolo de Marinis é natural de Pescara e também fazia intercâmbio na Espanha no mesmo período em que Larissa.

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© Fotos: Divulgação

da puc

vivendo a

profissão O repórter do Jornal Nacional Tiago Eltz conta sobre sua carreira como jornalista e fala dos grandes desafios que enfrentou por Julio Cesar Glodzienski

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Jornalista formado pela PUCPR em 2004, Tiago Eltz é, atualmente, repórter do Jornal Nacional da Rede Globo. O gaúcho, que buscou no jornalismo a rotina de novidades, encontrou na profissão alguma maneira de mudar as coisas ao seu redor. Em entrevista à vida universitária, ele conta sobre suas experiências como repórter, sobre os momentos que marcaram sua carreira e como conquistou seu espaço.

Você sempre teve vontade de atuar no jornalismo televisivo?

TIAGO ELTZ: Não, eu não tinha. Na verdade, quando eu entrei na faculdade minha vontade era trabalhar no impresso. Foi então que, no meio do curso, eu comecei a fazer um estágio na TV, na época na Band. Lá trabalhei na edição e produção, mas nunca tinha feito reportagem. Sempre achei a

reportagem o interessante do jornalismo, seja do impresso, do rádio ou da TV. Comecei a me interessar por TV quando fiz esse estágio. A reportagem na TV é mais imediata, tem essa possibilidade de estar ao vivo, de cobrir as coisas em tempo real. Quando terminei o curso, fiz um teste de trainee para a RPC e passei.


Como e quando surgiu a primeira oportunidade para trabalhar na TV? Como foi a experiência?

T.E: A primeira vez em que eu entrei na TV foi na Band. Tinha uma colega de faculdade que fazia estágio lá e me indicou. Então, fui fazer estágio de um mês, que virou dois, três, e acabei sendo contratado para fazer produção e edição. Na mesma época eu trabalhava, paralelamente, na rádio CBN, e foi interessante porque estava no meu segundo ano de faculdade e já comecei a

trabalhar no jornalismo diário. Essa oportunidade me permitiu conhecer tudo que a gente não vê até sair da universidade. Eu estudava à noite, trabalhava de manhã na TV e à tarde na CBN. Sempre com dois empregos paralelos à faculdade. Enfim, eu aprendi muito com isso. Foi onde eu tive ideia de como se fazia televisão.

Quais foram as principais coberturas que realizou? Dentre elas, qual a que mais o marcou?

T.E: Algumas matérias que me marcaram não foram tão relevantes. Às vezes, são pequenos detalhes que nos marcam, alguns entrevistados que o fazem sair diferente de uma reportagem. Mas, indiscutivelmente, a cobertura que mais me marcou foi a tragédia serrana no Rio de Janeiro, em janeiro de 2011,

quando o grande volume de chuva provocou deslizamentos e enchentes, causando o maior desastre natural brasileiro. Acredito que foi pelo tamanho da tragédia. Eu nunca tinha estado em um local ou visto uma coisa como aquela. Era algo inédito para o Brasil, a maior tragédia natural do país.

Como é atuar em coberturas que emocionam o Brasil todo, como o caso das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro, que citou?

T.E: É muito forte! Primeiro, é um desafio gigante. Lembro-me dos primeiros dias da tragédia. Por mais que nós apresentássemos matérias bem completas, com vários repórteres, eu sentia que a gente não estava conseguindo mostrar o tamanho da tragédia. É um desafio, e muito difícil logisticamente, pois você não tem nenhuma estrutura na cidade. A cidade onde eu estava foi a mais atingida, que era Nova Friburgo, e teve uma destruição muito intensa. Não havia luz, telefone, não tinha lugar para ficar, restaurante, nada mesmo. Então, era difícil gravar, retornar, era difícil gerar o material para a emissora. E quando se está

na adrenalina, parece que está tudo bem, mas quando eu voltei, nas primeiras três noites seguintes, eu não dormi. São coisas que não há como explicar. Aquela tragédia toda, corpos passando em caminhões, corpos para todos os lados, soterrados, o desespero das famílias. Eu não queria ter feito essa cobertura, afinal, não queria que essa tragédia tivesse acontecido, mas como aconteceu, acho que conseguimos fazer um bom trabalho lá, no momento e nos desdobramentos. Então, transmitir tudo isso é muito intenso, é muita responsabilidade com as pessoas que o acompanham naquele momento.

O que significa para você levar notícias a milhões de brasileiros?

T.E: Eu penso em contar a história. Jornalismo é isso, é contar bem uma história, e às vezes ela é triste, pode ser alegre ou emocionante. Na verdade, quando você faz um Jornal Nacional, a responsabilidade é muito grande, pois

abrange muita gente. Falar para tantas pessoas e ter essa responsabilidade de nunca errar é emocionante. É uma satisfação grande quando se consegue falar bem para um público tão amplo, contar uma boa história.

Como a PUCPR contribuiu para sua formação de hoje?

Qual a importância de saber construir a carreira desde a universidade?

T.E: A faculdade é um start, foi nela que eu desenvolvi os andares do profissional que me tornei. Portanto, o curso, a faculdade em si, é a base em que se começa a construir o profissional que você vai ser. A PUCPR foi isso para mim, foi meu começo, foi o que abriu as portas para mim e mostrou para onde eu podia ir e o que eu podia fazer nesta área.

T.E: É claro que não há como não se preocupar com a carreira ou com o mercado. Porém, isso é um processo natural, é preciso fazer estágios, ter contato com o mundo. Mas, principalmente, a faculdade é aquele momento de se inves-

“Eu penso em contar a história. Jornalismo é isso. (...) Na verdade, quando você faz um Jornal Nacional, a responsabilidade é muito grande, pois abrange muita gente.” tir na base, momento em que você deve aprender para estar pronto quando chegar lá fora. É um período em que é preciso investimento em você próprio, nessa formação de base, de conteúdo, de experimentar.

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Você é

CriA A

Todo mundo pode ser criativo, mas para isso é preciso estimular o cérebro a pensar diferente e buscar ambientes propícios por michele bravos

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© Fotos: Renata Duda

reportagem


Se você ficou em dúvida quanto à resposta, saiba que isso está levando você na direção contrária à criatividade. O primeiro passo para ser criativo é afirmar e acreditar que você é! É assim que um dos fundadores da Escola de Criatividade, Jean Sigel, costuma começar seus cursos sobre o tema. Frequentemente, as pessoas se perguntam: como ser tão inovador? A resposta é simples, mas para encontrá-la é preciso percorrer pelo menos cem metros sem barreiras. Isso mesmo. Sem barreiras. São as barreiras físicas e mentais – de um ambiente de trabalho cheio de baias ao medo de dizer o que se pensa – que impedem o ser humano de criar algo novo. Segundo a designer Miriam Fontoura, professora do curso de Pós-Graduação em Gestão da Criatividade e Inovação da PUCPR, “para ser criativo, em suma, basta uma necessidade; mas para ser inovador, é necessário conhecimento para transformar a ideia em algo tangível e movimento para implementar, inspirar, motivar”.

Atualmente, a palavra “inovação” vigora como uma doutrina no mercado de trabalho, mas, segundo Sigel, para que esses conceitos sejam atingidos, é preciso resgatar algo que se costuma perder lá na infância: a imaginação. “A inovação é a última parte do processo. É preciso estimular a imaginação do capital humano, para que ele se torne criativo a ponto de gerar algo inovador”. A inovação pode estar atrelada a um produto, à gestão ou a uma forma de vendas. Partindo da premissa de que toda pessoa é criativa e de que uma empresa é formada por pessoas, a inovação pode estar presente em qualquer ramo e em qualquer setor. “Uma empresa que conta com um corpo gestor antenado e flexível às mudanças está apta a observar oportunidades nas mais diversas áreas da organização e do mercado competitivo”, afirma Miriam. Confira na próxima página os obstáculos que todos precisam vencer para ser criativo.

Aldeia Coworking: ambiente de trabalho sem baias propicia o compartilhamento de ideias entre pessoas de áreas diferentes, potencializando projetos criativos.

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o sEGrEdo dE sEr CrIatIVo

Empresas paranaenses são exemplos de inovação em vários segmentos. Segundo a designer Miriam Fontoura, o potencial criativo de uma empresa não está relacionado ao tamanho, segmento, ou qualquer outra forma de categorização, mas, sim, à forma como trata desde questões cotidianas até as práticas que resultam em produtos e serviços.

CInQ Empresa paranaense com 20 anos de experiência no mercado de TI nacional e internacional. Desenvolveu um sistema que visa minimizar erros em softwares após sua implantação, evitando caos em aeroportos ou sistemas de telecomunicações, por exemplo. Consequentemente, há uma redução nos custos da empresa com esses consertos em até 10 mil vezes. tHá A incorporadora tem aceitado grandes desafios na cidade, com o objetivo de incentivar a criatividade e melhor aproveitar os espaços de Curitiba. Em abril deste ano, inaugurou o Galpão Thá Cultural, em plena Riachuelo. A estrutura, que funcionará durante cinco meses no terreno onde posteriormente será lançado um empreendimento residencial da Thá, é aberta ao público diariamente e conta com espaços para intervenções artísticas, exposições, encontros e palestras. tEC VErdE É a empresa responsável pelo Cocoon, um objeto de 3x6 m, sustentável, com design inovador e bom aproveitamento de área útil. Pode ser casa, trailer, hotel. Para a Tec Verde, Cocoon é um novo jeito de viver. anGELUs Empresa fundada em 1994, em Londrina (PR), cujo foco é pesquisar e desenvolver produtos com alta tecnologia para a Odontologia. Um produto inovador é a luva em formato de jacaré para o aparelho que anestesia a boca da criança. Como o equipamento possui agulha, normalmente as crianças ficavam ansiosas e com medo, dificultando o trabalho do dentista. Com o novo produto, isso mudou.

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reportagem

Do transporte público aos parques, Curitiba já foi sinônimo de cidade vanguarda, à frente de seu tempo. Com o objetivo de resgatar essa essência curitibana, a Escola de Criatividade, junto com a Fecomércio e o Sebrae/PR, inventaram o Movimento Curitiba Criativa. O projeto reúne profissionais de diversas áreas: cultural, gastronômica, comercial, para pensar como Curitiba pode se tornar um polo de economia criativa em cada setor. A economia criativa, que designa profissionais explorando a imaginação e agregando valor econômico a suas ideias, tem como principais recursos o capital intelectual e a criatividade. Segundo Sigel, toda cidade tem vocação para alguma área, e é aí que pode estar o potencial criativo econômico dela. Na sua visão, atualmente, Curitiba apresenta tendências para negócios culturais e de tecnologia, como desenvolvimento de games. Até o fim de 2013, o Movimento pretende levar à Prefeitura Municipal suas avaliações de mercado e sugestões de fomento a essa economia na cidade.

Criando juntos O ambiente colaborativo, de compartilhamento de pensamentos, é propício para boas ideias. Segundo Ricardo Dória, um dos sócios da Aldeia Coworking – espaço colaborativo de trabalho e exemplo no quesito estímulo criativo –, “o volume de informações novas e aleatórias que recebemos ao colaborar é altíssimo. E isso é terreno fértil para a criatividade. Vejo na rede um grande catalisador e lapidador das ideias”. Por outro lado, ele não despreza a construção e a dedicação individual sobre um projeto. “A rede não resolve tudo”. Quando se cria junto, também é preciso tomar cuidado para não se perder o foco. Para isso, Dória cita as técnicas de Design Thinking como uma forma de manter o norte e não ficar na superficialidade. “É uma metodologia que nos ajuda a ficar com a cabeça no céu, mas com os pés no trilho”.

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Vencendo os 100 metros com barreiras No atletismo, a corrida dos 100 metros com barreiras possui 10 obstáculos que precisam ser vencidos pelo atleta para que ele tenha êxito na prova. Mesmo quem não vive nas pistas precisa saltar algumas barreiras para vencer nesse mundo em que inovar é preciso. Dúvida O resgate da autoconfiança, essencial para ser criativo, começa com a aceitação de que todos, incluindo você, são criativos! Sexto sentido? A intuição é um compilado de ideias que surgem na mente humana em decorrência de pensamentos antigos, erros, vivências, conhecimento de mundo, conexão com as suas vontades e as necessidades ao redor. Intuição não é algo sobrenatural e é preciso dar atenção a ela. Errar é para os fracos Uma ideia só é aprimorada se ela for testada e os erros forem identificados. Por isso, é preciso errar para ser criativo e ter ideias inovadoras. O fracasso deve ser visto como um degrau para o sucesso. A partir do momento que for encarado assim, não há mais espaço para o medo de errar. Errar é bom! Censurado! Uma hierarquia muito nivelada, com vários comitês e conselhos, dificulta o processo criativo. São muitas chances para um feedback negativo e não construtivo. O ideal é buscar líderes natos que possam somar a ideia e levá-la adiante dentro de uma estrutura tradicional. Do ponto de vista da empresa, é preciso dar voz às pessoas, independente de seus cargos. Minha ideia é idiota Uma ideia estúpida pode se tornar excelente se compartilhada com outras pessoas. O outro pode ter tido outra ideia, que, combinada à sua, gera uma nova e melhor. É aí que um ambiente de trabalho em que a comunicação interna é direta e facilitada, como em espaços sem baias e com livre acesso entre os setores, pode influenciar na criatividade.

Nem sei onde é esse setor Dentro de uma organização, é importante que haja diálogo construtivo entre os setores. Muitas vezes, um problema de gestão pode ser solucionado pelo pessoal do comercial. As diferentes vivências profissionais podem se complementar e gerar novas soluções. Que preguiça... Mãos à obra! Mesmo que em uma escala pequena, é interessante prototipar a ideia. Tentar aplicá-la em um pequeno grupo ou construir com materiais recicláveis ou de escritório o produto imaginado. A intenção deve ser de construir e descontruir o que se planejou, buscando encontrar o melhor ajuste. Assim, a ideia vai sendo lapidada. Sim. No lugar do outro Soluções inovadoras também significam aplicáveis e úteis à vida das pessoas. Pensando que uma ideia criativa pode surgir de uma necessidade, é interessante se colocar no lugar do outro para descobrir as necessidades daquele público específico. Por exemplo, dispor-se a realizar algumas atividades com vendas quando se está tentando criar algo para cegos. Mas não tem a ver comigo A curiosidade deve ser força-motriz de todo criativo. Independente da área de atuação é importante diversificar as referências: astrologia, zoologia, moda, tecnologia. Um pouco de maluquice faz bem para o cérebro! APEGO X DESAPEGO Por menores que sejam, vitórias merecem ser comemoradas. Se uma ideia foi aceita, levada adiante e implantada, é hora de comemorar! É importante viver esse momento para partir para a próxima. O lema é: comemorar as boas ideias e, em seguida, desapegar-se delas para dar vazão às novas que virão.

Linkando Everything is a remix: série sugere que a fórmula da criatividade é: copiar, combinar, transformar. De uma forma descontraída, os curtas-metragens fazem uma retrospectiva de filmes, músicas e invenções tecnológicas para tentar explicar de onde vêm as ideias: everythingisaremix.info/ Design Thinking: o método citado por Ricardo Dória é tema deste curso da Escola de Design de Stanford: migre.me/emWjI

Equipe da Aldeia: Ivan Chagas, Letícia Paiva, Ricardo Dória e Andreza Soinegg.

John Maeda: presidente da Escola de Design de Rhode Island traça relações entre arte, design e tecnologia e de que forma essas áreas influenciam um líder criativo do futuro: migre.me/emWoi

© Foto: Renata Duda

ECONOMIA CRIATIVA



© Foto: Sxc.hu

espiritualidade

Minhas

férias

diferentes

Jovens trocam o período de férias por viagens a fim de praticar ações voluntárias – uma experiência inquietante! por Julio Cesar Glodzienski

Jovens engajados, comprometidos e conscientes das necessidades do próximo trocam as férias por ações voluntárias, projetos e retiros. O que os leva a fazer este câmbio é o desafio do novo, a busca por aplicar os conhecimentos que a universidade oferece e, principalmente, auxiliar – de alguma forma – aqueles que vivem em vulnerabilidade social. Um período cujo objetivo é justamente realizar atividades diferentes daquelas rotineiras, as férias podem se tornar uma aula de humanidade e cidadania. O analista do setor de Vida Consagrada e Laicato do Grupo Marista, Ernesto Lázaro Sienna, conta que a oportunidade da troca das férias por ações voluntárias “é conhecer um país pelo chão que se pisa e não somente olhando o mapa. Com certeza é uma experiência que marca para sempre”. Para os aventureiros, o sentimento de perceber que pode tornar a sociedade um pouco melhor é o que move as ações. “É uma vontade de fazer algo diferente e útil, de aprender, de querer se doar”, como conta a acadêmica Barbara Beatriz Joei Mioto, do 5º período de Fisio-

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terapia da PUCPR e que participou do Missão Henri Vergès, nas férias de julho de 2012. Teoria também comprovada pela aluna do 9º período de Engenharia Ambiental Jéssica Primon. “As ações voluntárias proporcionam sentimentos de satisfação, reconhecimento, orgulho e agradecimento, em pequenos, simples e tão poderosos gestos, como poder ajudar quem mais precisa”, completa a participante que trocou as férias pelo Projeto Rondon. É essa a magia. “O sentimento é de partilha de vida, de trocas de experiências, de encontro com seu próprio eu e com o outro. Essas ações proporcionam a abertura de uma dimensão, muitas vezes, nunca experimentada”, explica Sienna. Um sentimento que fica e deixa gosto de “quero mais”, como conta o jornalista Aldrin Olimpio Cordeiro, que passou suas férias de fim de ano em Kathmandu, Nepal. “Assumi uma responsabilidade que eu não precisava ter. Abri mão de momentos de lazer e, o melhor, foi uma oportunidade única para aprender”.


“O fato de uma pessoa renunciar ao seu momento de descanso e lazer em prol de outras pessoas já é uma atitude que a torna diferente de muitos outros”, como explica a acadêmica Barbara Mioto, que participou do projeto Missão Henri Vergès. Para a futura fisioterapeuta, trabalhar em busca de um bem comum é renovador, “afinal, o ato de ir até a comunidade induz a deixar de lado o nosso mundo e focarmos um pouco na beleza de ser humano”, explica. Oportunidade que ajudou a acadêmica, principalmente, a lidar com seus pacientes, entender suas atitudes, seus modos de encarar o tratamento. O retorno não podia ser diferente. “Voltei com a vontade de mudar muita coisa na sociedade. Depois percebi que não ia conseguir isso tudo de uma vez, mas, sim, que podia começar plantando sementinhas nas pessoas ao meu redor”, completa Barbara.

© Foto: Arquivo pessoal

Com jovens comprometidos e que buscam a oportunidade do autoconhecimento, existem empresas especializadas em intercâmbios cristãos, que comtemplam esta finalidade. É o que propõe o CESE – intercâmbio Cristão, por exemplo. “Além de aprender uma língua, ou participar de alguma igreja, o intercambista dialoga com uma cultura completamente diferente. O valor dessa experiência não tem preço, e o impacto que ela traz também é incrível”, como explica a sócia e diretora de Marketing Chica Baptista. O que leva os jovens a buscar oportunidades como esta é a vontade de servir. Isso, aponta Chica, é essencial, pois demonstra um jovem disposto a colocar suas ideias de lado para aprender novas. E também uma atitude de sair da zona de conforto. “Todas essas experiências trazem crescimento e agregam muito, porque é nesses momentos nos quais o intercambista vive o diferente que ele valoriza o que está vivendo, e valoriza também sua casa, a cultura brasileira, tudo que ele deixou pra trás”, conta.

proGramE Uma ExpErIÊnCIa InEsQUECÍVEL para as prÓxImas FérIas: • pastoral da Universidade: www.pucpr.br/pastoral • projeto IdEa – nepal: www.idex.in • CEsE: www.intercambiocristao.com.br • projeto rondon: projetorondon.pagina-oficial.com

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© Foto: Arquivo pessoal © Foto: Arquivo pessoal

Foi para Kathmandu, no Nepal, que o jornalista aldrin Cordeiro embarcou nessa troca das férias por uma vivência diferente, sabendo que dali em diante nada seria igual. No projeto IDEA, Cordeiro lecionou aulas de inglês para crianças de uma escola pública e orfanato, e também para mulheres de uma comunidade carente, no projeto chamado Women Empowerment. “Foram muitos sentimentos: de tristes a alegres. A expectativa era grande e o trabalho foi um verdadeiro desafio. A dificuldade que encontrei precisou ser superada pela força de vontade de fazer algo que pudesse mudar a vida daquelas pessoas”, explica. Para o jornalista, a experiência trouxe uma nova noção de tempo/vivência e como se fica preso a momentos que não agregam nem modificam de verdade a vida do próximo. Mas foi na volta que o choque apareceu. “O retorno me fez avaliar muitas coisas: trabalho, relacionamentos, amizades, família, estudo etc. É tudo muito íntimo, é uma transformação interna que agora eu preciso trazer para o exterior”, completa.

© Foto: CESE - Intercâmbio Cristão

“De que me adiantaria viver a vida em prol de mim mesma?”, conta a estudante Jéssica primon, que participou da Operação Capim Dourado – Tocantins. Para ela, que viveu a experiência junto dos colegas Fernanda Ambrosio, Jeana Polak, Karin Golembioski, Liz Ehlke, Rubiane Kaminski, Thaila Yoshii de Freitas, Willian Léon Kieski e dos professores Altair Rosa e Janete Dubiaski da Silva, o sentimento que envolve são inúmeros. “Uma entrega de corpo e alma à solidariedade. Sentimos, ao mesmo tempo, alegria, felicidade e orgulho de poder ajudar aquela pessoa mais necessitada de alguma atenção em especial, mas também sentimos inquietude”, explica Jéssica. Férias diferentes que agregam valores a partir de um olhar crítico construído no decorrer da caminhada. Porém, é no retorno para casa que o aprendizado aflora. “O retorno às minhas atividades rotineiras, logo após passar 18 dias no interior de Tocantins, Itacajá, foi muito difícil. Nos momentos de atuação na comunidade, você não percebe o quanto aquelas atividades estão modificando você pessoal e profissionalmente”, completa a acadêmica.


na prática

A utilidade do Não basta produzir. É preciso ter a preocupação com o meio ambiente. Um estudante do curso de Engenharia Civil da PUCPR colocou a ideia do reaproveitamento em prática, e desenvolveu mobiliário moderno e com apelo sustentável © Foto: Fernando Smak

Por Elizangela Jubanski

Carlos notou que resíduos de grandes construtoras eram, sim, úteis.

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O que é sobra e descarte para algumas pessoas serviu de matéria-prima para o estudante Carlos Ihlenffeldt. No ritmo da sustentabilidade – que vem ditando as regras dos últimos tempos –, o aluno do 7º período de Engenharia Civil da PUCPR criou um projeto moderno e com responsabilidade ambiental. Carlos deu sentido novo ao que seria descartado pelas grandes construtoras, e criou uma linha de móveis diferente do que se vê nas vitrines. A linha desenvolvida pelo estudante contempla poltronas, mesas de centro e de canto, bancos, cachepots, cestos de lixo, nichos, porta-canetas, dentre outros. Todos os produtos são feitos com materiais totalmente reaproveitados – em especial chapas de OSB (Oriented Strand Board), que significa painel de tiras de madeira orientadas – com design diferenciado e sustentável. O estudante desenvolveu uma linha própria, a UzzoEco, o braço ecologicamente correto da marca de móveis Utilizzare. Segundo Carlos, a quantidade de resíduos gerados por uma obra é imensa, especialmente quando se trata de madeira, material utilizado do início da obra – para estrutura e sustentação – até os detalhes de acabamento. “Empresas de construção civil causam grande impacto ambiental, pois descartam grande quantidade de entulho que poderia ser reciclado, reaproveitado e transformado”, conta. Além disso, o estudante alerta para outro fator importante: o preço. Como os produtos são materiais exclusivamente descartados da construção civil, eles não recebem tratamentos tão caros. “Para não perder sua origem, os materiais não passam por grandes modificações e, por isso, consegue-se manter um preço bem acessível”, revela. O sucesso inicial dos móveis foi tanto, que Carlos foi convidado para montar um dos espaços da mostra Morar Mais por Menos, no fim do ano passado, na qual conquistou o prêmio de ambiente sustentável do evento. “Não esperava tamanho reconhecimento. Estou muito feliz pela aceitação do público”, finaliza o estudante.

DES CAR TÁ VEL


© Foto: Marcelo Stammer

Espaço montado com móveis feitos de materiais reaproveitados.

fAÇA VOCÊ MESMO Enjoou da escrivaninha? Quer mudar o criado-mudo? Confira as dicas do estudante para uma boa transformação nos móveis:

“Para não perder sua origem, os materiais não passam por grandes modificações e, por isso, consegue-se manter um preço bem acessível.” [Carlos Ihlenffeldt, estudante de Engenharia Civil da PUCPR]

1. Uma simples pintura dará uma repaginada em um móvel já existente. Lembre-se de utilizar cores fortes para dar mais destaque. 2. Trocar ferragens como puxadores, dobradiças ou pés dá outro olhar para o móvel. 3. Também vale imaginar outro local para adequar o móvel, em outro ambiente, com outra cor, outra função. 4. Preste atenção no seu lixo ou naquilo que ninguém quer. Pode ser o início de uma grande ideia. Recicle e transforme.

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vida docente

Próxima parada: Foi para desenvolver parte da sua pesquisa em governança, que o doutorando, mestre em Administração, especialista em Marketing, jornalista e também professor do curso de Jornalismo da PUCPR Zanei Barcellos passou seis meses em Bogotá, na UniPiloto (Universidad Piloto de Colômbia), para desenvolver suas pesquisas de doutorado em Gestão Urbana pelo PPGTU (Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana na PUCPR). O tema escolhido para a tese, Governança Metropolitana e Imprensa – Integração do Transporte Coletivo nas regiões de Curitiba e Bogotá, busca estudar a governança na América Latina. O termo “governança” significa um tipo de governo em que o setor privado e a sociedade participam. “Para fazer o estudo de caso, eu escolhi Bogotá e Curitiba. Especificamente, o transporte coletivo. Quero entender o processo de governança relacionado ao transporte coletivo metropolitano das duas cidades para fazer um estudo comparativo”, explica Zanei. Após ter desenvolvido sua pesquisa em Curitiba, o professor embarcou para Bogotá e foi estudar como se dá esse processo de governança no transporte coletivo por lá. A escolha das duas cidades não foi ao acaso. Ele explica que o sistema de transporte coletivo de Bogotá foi totalmente inspirado no sistema de Curitiba. “Guardadas as devidas diferenças, até porque Bogotá é uma cidade muito maior, este sistema foi aprimorado para lá”. Sobre a pesquisa, ele comenta que estudar o sistema da capital paranaense foi mais fácil. “Eu moro aqui e conheço a cidade muito bem. Para estudar, pesquisar e entrevistar pessoas foi mais acessível”, completa o doutorando. Além desta parte da atuação da pesquisa, Zanei também estudou uma iniciativa da sociedade civil da cidade colombiana, o programa Bogotá Cómo Vamos. Nele, universidades, setor produtivo, sociedade civil e o meio político se unem para realizar pesquisas com a população sobre vários aspectos das políticas públicas, educação, transporte, segurança etc, tudo por meio de um site. “Com os resultados no site, eles convidam as autoridades relacionadas a um setor para debates e questionamentos sobre as políticas públicas”, explica Zanei. Mas há ainda outra vertente a que o doutorando se dedica: o estudo da imprensa como um ator dentro do processo de governança. “Fiz um estudo comparativo entre a Gazeta do Povo, de Curitiba, e o El Tiempo, de Bogotá. O estudo analisa as notícias que eles publicam em relação ao transporte coletivo. Há uma série de aspectos para verificar se os veículos são atores dentro deste processo ou não. E caso sejam, é preciso avaliar que tipo de ator eles são, qual é o papel deles dentro desse processo de governança”, diz Zanei.

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Uma viagem para a Colômbia rendeu ao professor Zanei Barcellos uma bagagem com muitas experiências e, principalmente, grandes evoluções na sua pesquisa de doutorado Por Julio Cesar Glodzienski


Bogotá Reflexos

© Fotos: Renata Duda

Para o professor, a oportunidade de conhecer todo esse processo de governança de uma grande metrópole latino-americana fora do Brasil agrega à pesquisa, à vida profissional e à sala de aula. “Convivi com os professores de lá, participei de grupos de pesquisas, de bancas de mestrado e dei aula”, detalha o professor, que terá um capítulo sobre o comparativo entre

a Gazeta do Povo e El Tiempo publicado em um livro da Universidad Piloto de Colombia. A oportunidade, incentivada pela PUCPR, com o apoio da CAPES, foi fundamental para a evolução dos estudos. “Ter seis meses para ficar só estudando é uma coisa rara. Eu avancei bastante nas pesquisas, tive tempo e condições de pesquisar, de conviver com outros grupos”, completa. Na sala de aula não poderia ser diferente. “Quando a gente se dedica a um doutoramento, há um aprofundamento em teorias e o desenvolvimento de muitas pesquisas próprias. Então, o resultado disso agrega aos alunos em sala de aula. Eles têm aulas preparadas com base nas pesquisas feitas para esse doutoramento, obviamente, resguardando as restrições por ser uma graduação”, comenta Zanei. Uma pesquisa de doutorado como essa também abre portas para pesquisas de iniciação científica. Zanei explica que o professor pesquisador tem um projeto maior, para o qual os alunos de graduação podem desenvolver projetos iniciantes, agregando mais informações. Ao mesmo tempo, o professor ensina seus alunos a se tornarem pesquisadores. Essa pesquisa ainda agrega a outra pesquisa maior, liderada pelo Programa de Gestão Urbana da PUCPR, que envolve vários países da América Latina, e outras instituições do país. “Após defendida a tese, pretende-se distribuir o resultado deste trabalho para nossa Universidade, para outras instituições parceiras da Colômbia e da América Latina, para o setor produtivo e da imprensa aqui do Paraná, assim como na Colômbia”, fecha Zanei.

“Quando a gente se dedica a um doutoramento, há um aprofundamento em teorias e o desenvolvimento de muitas pesquisas próprias. Então, o resultado disso agrega aos alunos em sala de aula.” [Zanei Barcellos, professor de Jornalismo da PUCPR]

Fique sabendo

Professor Zanei Barcellos, do curso de Jornalismo da PUCPR, realiza, em Bogotá, parte da sua tese de doutorado sobre governança relacionada a transporte coletivo.

A UniPiloto é uma instituição especializada principalmente na área de gestão urbana de arquitetura de urbanismo. “É uma universidade que foi fundada há cerca de 50 anos, então é, em termos de América Latina, bem antiga”, conta Zanei. Ele ainda acrescenta que a Colômbia é um país que possui muitas boas universidades, com pesquisadores renomados no mundo inteiro. “A Colômbia, na área de políticas públicas, que pesquiso, é bastante desenvolvida. Além de que as universidades de lá, assim com a PUCPR, se preocupam em enviar seus professores para fora, para que eles pesquisem, desenvolvam-se e tragam novidades para seu país”, completa. A PUCPR receberá ainda, de 30 de junho a 7 de julho, a visita de uma comissão de professores e alunos do mestrado de Gestão Urbana da Universidad Piloto de Colombia.

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registro Tecnologia Arena FTD Digital

O Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCPR realizou transmissão ao vivo das aulas da disciplina Direito Empresarial e Sustentabilidade: uma Análise Econômica. Para ampliar o público e oferecer oportunidades de conhecimento a todos, o acesso ao link foi liberado para todos os interessados. A ementa da disciplina e a bibliografia estudada estão disponíveis na página do PPGD.

© Fotos: João Borges

© Fotos: IStockphoto

Em abril, foi inaugurado o FDT Digital Arena, com a presença do reitor da Universidade, Ir. Clemente Ivo Juliatto, o presidente do Grupo Marista, Ir. Délcio Afonso Balestrin, e o superintendente executivo do Grupo Marista, Marco Cândido. Acesse o site www. ftddigitalarena.com.br e confira a programação.

Transmissão ao vivo

DISCUSSÃO

© Fotos: Divulgação

O Legado de Bento XVI O Instituto Ciência e Fé promoveu uma palestra com o tema O Legado de Bento XVI para a Igreja e para o Mundo. Os ministrantes foram o teólogo e conferencista Francisco Catão e o sociólogo Marcelo Coelho. O encontro faz parte do Projeto Diálogos Contemporâneos, criado pelo Instituto Ciência e Fé com o objetivo de realizar debates sobre temas relacionados às áreas de cultura, ciências e fé, com personalidades e autoridades que são referência nos temas abordados.

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O curso de Teatro da PUCPR promoveu a mesa-redonda O artista no mercado de trabalho. Estiveram no evento: Clovis Severo Brudzinski Junior, representando a Fundação Cultural de Curitiba; Jewan Antunes, do Fórum das Entidades de Classe; Juscelino Zillio, representando a Associação dos proprietários de teatro, e os professores Silvia Monteiro, Cícero Lira e Laercio Ruffa. O objetivo do encontro foi reunir profissionais que representam diversos segmentos da classe teatral para discutir a profissão do artista atualmente no Paraná e abordar novas possibilidades de atuação.

© Fotos: Divulgação

Mesa-Redonda do Teatro


Novidade Editora Champagnat 30 anos

O jornal Comunicare, produzido pelos acadêmicos do curso de Jornalismo da PUCPR, mudou. Para se tornar mais atrativo e aprimorar a experiência dos alunos, o jornal laboratório passou por uma reforma editorial e visual. O design está mais moderno e se adaptou às demandas do periódico, que antes era temático e agora trata de assuntos gerais, tendo como público-alvo os universitários. Outra novidade é sua periodicidade. Além de ganhar novas edições ao longo do semestre, passa a circular diariamente durante um período.

© Fotos: Divulgação

© Fotos: Jéssica Carvalho

Novo Comunicare

A Editora Champagnat completa 30 anos com grandes projetos. Um deles é a divisão de suas atividades em dois selos. O PUCPRess, que publicará livros com rigor técnico-científico, didático– –acadêmico e de divulgação científica, e o Champagnat, que se ocupará da publicação de livros com ou sem vínculo acadêmico. O lançamento do selo PUCPRess aconteceu na XXVI Reunião Anual da ABEU(Associação Brasileira das Editoras Universitárias), entre os dias 22 e 24 de maio, na PUCPR – Câmpus Curitiba. O evento, que teve como temática “Desafios da disseminação da informação e do conhecimento na era digital e do acesso aberto”, tem servido como propulsor de aproximação estratégico e essencial às atividades editoriais e à missão das editoras universitárias.

O programa de Doutorado Internacional em Engenharia Mecânica da PUCPR já iniciou as atividades. O projeto é uma parceria entre a Fundação Araucária e a Agência PUC de Inovação. O tema é Heat, Air and Moisture Transfer through Insulated Envelopes and Risk Assessment of Building Energy Performance. O reitor da PUCPR, Ir. Clemente Ivo Juliatto, esteve no evento de abertura. O Doutorado Internacional é direcionado a alunos estrangeiros e brasileiros e visa internacionalizar pesquisas na área de modelagem higrotérmica e energética dos edifícios, incluindo a avaliação de risco de desempenho energético.

Parceria na música O coordenador do curso de Licenciatura em Música da PUCPR, professor Jorge Falcón, visitou a Steinhardt School of Music, da New York University. A visita teve como objetivo iniciar um relacionamento que permita desenvolver planos de cooperação para o intercâmbio de alunos e projetos que envolvam interdisciplinaridade e aplicação de tecnologias em educação musical.

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© Fotos: Divulgação

© Fotos: João Borges

DOUTORADO INTERNACIONAL




pesquisa Há quem pense que contribuir para um mundo melhor na universidade seja utopia. Engano! Uma grande pesquisa, até mesmo voltada para a área de sustentabilidade, pode começar na graduação, por meio do TCC – Trabalho de Conclusão de Curso. A oportunidade de ter uma formação de alta qualidade, capaz de influenciar positivamente a vida profissional, é uma das coisas que esse trabalho pode proporcionar ao aluno. O TCC pode ser visto como um caminho para a iniciação científica, que pode se desdobrar para a pós-graduação, num mestrado ou doutorado, dando início a uma carreira como pesquisador. De acordo o pró-reitor Acadêmico da PUCPR, Eduardo Damião da Silva, “a área de sustentabilidade, como tantas outras áreas do conhecimento, é carente de estudos científicos sérios e de qualidade. Estudos que sejam capazes de resolver os problemas complexos que surgem nas discussões e que estão presentes nos fenômenos que a caracterizam”. Por isso, fomentar estudos nessa área ainda na graduação é uma grande promessa para a sociedade. Confira nesta matéria alguns estudos de graduandos comprometidos em deixar uma marca positiva no mundo.

Um ComEço O TCC é muito importante, pelo potencial de estabelecer uma relação entre a teoria e a prática. O professor Damião explica que “o trabalho cumpre o papel de ser mais um tijolinho na construção de uma obra, que pode vir a ter uma grande repercussão e ser de grande contribuição para o avanço do conhecimento da área”. Mas, afinal, por que fazer TCC? Além de ser parte necessária para a conclusão do curso – como o nome sugere –, esse trabalho busca compensar, em parte, o ensino passivo de graduação que ocorre no Brasil, como explica Waldemiro Gremski, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCPR: “O aluno raramente atua como o principal ator. Na maior parte das vezes, é mero ouvinte”. Sendo assim, o TCC é uma excelente oportunidade para o universitário aprender a desenvolver um projeto. Portanto, o aluno necessita desenvolver a consciência de quão importante a pesquisa é para sua formação como acadêmico e profissional. “A atividade da pesquisa desenvolve, acima de tudo, uma postura crítica acerca do mundo, da sociedade e da vida”, diz o pró-reitor Acadêmico. São pesquisas, mesmo as desenvolvidas na graduação, que poderão trazer resultados que representarão avanço no desenvolvimento do país. “Isso ocorre quando há inovação na pesquisa desenvolvida”, completa Waldemiro. As pesquisas contribuem quando há geração de conhecimento útil, traduzindo-se em soluções de problemas reais e complexos da sociedade. Logo, trabalhos envolvidos e comprometidos com a busca de um mundo melhor são grandes caminhos, pois quem desenvolve as competências para ser um pesquisador, naturalmente, está sintonizado e atento às questões importantes da sociedade.

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Sustentabilidade é tema de Trabalhos de Conclusão de Curso que podem se tornar grandes pesquisas para a sociedade

sociedade por Julio Cesar Glodzienski

portÃo ELétrICo moVIdo a EnErGIa soLar Com o ideal de diminuir o consumo de energia em residências, os alunos Alexandre Giovani Bet e Moises Ivan Kroyzanovski, do 10º período de Engenharia Elétrica – Ênfase em Telecom, criaram em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) um portão elétrico que opera exclusivamente com energia solar. “O projeto foi planejado pensando na questão da utilização consciente de energia, da segurança e da comodidade da população”, explicam os acadêmicos. O motor do portão é movido pela energia gerada pelo painel solar, posicionado no local com maior incidência de luz. Para garantir o funcionamento do sistema em dias nublados e à noite, uma bateria armazena a energia gerada quando há sol. A bateria mantém o sistema funcionando por até uma semana. Portanto, o trabalho sustentável nasceu de uma necessidade real: criar um portão automático, operado por controle remoto, que funcionasse em locais que não dispõem de energia elétrica. O orientador do projeto, Vilson Rodrigo Mognon, também professor da PUCPR, afirma que “temas nessa área representam ótimas oportunidades para aplicação de tecnologias emergentes, que ainda não encontraram seu espaço no mercado, mas que apresentam potencial muito grande”.


sIstEma EVIta o dEspErdÍCIo dE áGUa Em CHUVEIros a Gás Do momento em que é ligado, a água dos chuveiros a gás demora alguns minutos para ser aquecida. A água fria que escorre neste período, normalmente, é desperdiçada. Os alunos do 5º período de Engenharia Eletrônica Aleksander Henrique Hinça, Augusto Adamowski de Oliveira e Daniel Fogaça desenvolveram um sistema que detecta a temperatura da água e só a libera quando já está aquecida. “Este sistema, além de gerar economia financeira, representa comodidade para os usuários”, explicam seus idealizadores. Segundo o orientador Ricardo Ayres Moraes, professor da PUCPR, “o mundo de hoje requer que não só este trabalho, mas todos os outros se preocupem com o dia de amanhã”. Ele ainda explica que o sistema, já patenteado, funciona basicamente pelo desvio da água do chuveiro. Uma vez identificado que a água se encontra abaixo da temperatura desejada, o sistema executa, por meio de uma eletroválvula, o retorno da água para a cisterna. Quando a água atinge a temperatura desejada, automaticamente a válvula reverte o fluxo de água, redirecionando-a para o chuveiro.

GEradorEs rEsIdEnCIaIs dE EnErGIa EÓLICa O produto é o pioneiro para uso residencial, com tecnologia totalmente brasileira, o que reduz o custo final para o consumidor. Também é o único dessa categoria com sistema de posicionamento. O projeto é desenvolvido por alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Computação e alunos franceses que fazem intercâmbio na PUCPR, por meio de uma parceria com o Institut National des Sciences Appliquées (INSA). Nesse sistema, a turbina eólica se move de acordo com a direção do vento, que é medida por meio de um circuito eletrônico. Desse modo, a energia do próprio gerador alimenta um motor que move a turbina na direção correta. Com objetivo de produzir um gerador de baixo custo, a próxima etapa do projeto é desenvolver um modelo de hélices que aproveitem ao máximo a captação da energia.

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drops BOM EXEMPLO PARANÁ

© Foto: João Borges

Abel Domingues, aluno de Teologia da PUCPR, foi o grande vencedor do prêmio Bom Exemplo Paraná, promovido pelo Instituto GRPCOM, na categoria Educação. Ele faz uso de materiais que iriam para o lixo e confecciona marionetes, utilizadas num teatrinho que é levado a crianças de comunidades carentes. “A apresentação em si é um presente para as crianças. O projeto de bonecos atende quantas crianças aparecerem. Elas se sentem como se estivesse dentro de um teatro, mesmo estando na comunidade”, afirma Abel. Outros alunos da PUCPR também tiveram destaque na premiação: Kauanna Ferreira, que cursa Jornalismo, ficou com o segundo lugar da categoria Educação. Ela criou uma biblioteca comunitária com livros encontrados no lixo. Já Elias Bonfim, aluno de Relações Públicas, foi o terceiro colocado. Ele é coordenador e idealizador da ONG Formação Solidária. Seu projeto inclui o Cursinho Solidário, o Universidade Solidária e o Emprego Solidário.

No Festival de Curitiba

© Foto: Divulgação

Protagonizando a peça Pulso – Ensaios sobre a confissão, o aluno Victor Hugo, que cursa o 5º período do curso de Jornalismo da PUCPR, esteve em cartaz pelo Festival de Curitiba durante quatro dias, no Fringe. Dirigida por Maíra Lour e Janaína Matter, a montagem é resultado da parceria entre a Súbita Companhia de Teatro e o Espaço Pé no Palco. O texto foi escrito de forma colaborativa entre os atores e narra a história do assassino descrito por Freddie Mercury na música Bohemian Rhapsody.

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As alunas Aline Bossi Dias e Edieiny Maier, do 7º período do curso de Nutrição da PUCPR, estão entre as três estudantes de Curitiba selecionadas para o ciclo do Programa de Estágio da Nestlé, que disponibiliza um total de 180 vagas em diversos hospitais do País. O Programa Jovens Nutricionistas capacita estudantes na área de Nutrição Clínica, a partir de treinamento e vivência prática em ambiente hospitalar.

© Foto: João Borges

Alunas selecionadas para o Programa Jovens Nutricionistas da Nestlé


Aluna no II Colóquio Internacional de Estudos Medievais

© Foto: João Borges

A recém-egressa do curso de História da PUCPR, Camila Tatiane de Souza, apresentou um trabalho no II Colóquio Internacional de Estudos Medievais, realizado pela Universidade Federal de Goiás e PUC Goiás. O trabalho, A infância na Península Ibérica Medieval: um paralelo entre a primeira educação da criança segundo Raimundo Lúlio e Ibn Khaldun (12741378), está relacionado à monografia de TCC que Camila desenvolveu sob a orientação da profa. Dra. Adriana Mocelim de Souza Lima.

PUC Identidade promove integração

© Foto: Divulgação

Cerca de 60 acadêmicos das Escolas de Direito e de Comunicação e Artes participaram do PUC Identidade, promovido pela Pastoral da PUCPR, na Fazenda Experimental Gralha Azul, no dia 27 de abril. A ideia do programa é, pela interação entre alunos de diferentes cursos, proporcionar a reflexão do sentido da vida e do conhecimento de Marcelino Champagnat, fundador da Congregação Marista e do carisma Marista, que norteia as ações da Instituição.

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diário de bordo

Cetas aponta o caminho

É no Centro de Triagem de Animais Silvestres que espécies resgatadas do tráfico ou retiradas do ambiente doméstico podem recomeçar uma vida digna de bicho Por Michele Bravos

Lá em Tijucas do Sul

Muitas barrigas para alimentar

Animais resgatados

Acolhendo os perdidos

Animais, papéis e números

Assistência dedicada

A rotina no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) começa, oficialmente, às 8h30, quando a veterinária responsável, a residente, a estagiária e os tratadores chegam ao local, situado a 14 km adiante de Tijucas do Sul (região metropolitana de Curitiba) por uma estrada de terra. No entanto, para esses profissionais estarem lá nesse horário, eles percorrem um trajeto considerável. Alguns saem de Curitiba para lá – cerca de uma hora de viagem. Já a veterinária Ana Carolina Fredianelli, coordenadora técnica do Cetas, parte de São Bento do Sul (SC), jornada de 40 minutos, aproximadamente.

Todos lá, a primeira tarefa do dia é alimentar os animais e limpar seus recintos. Os tratadores são os responsáveis por essa parte. Semanalmente, dois caminhões de frutas e verduras vêm ao Cetas para abastecer a geladeira dos bichos. Muita banana, maçã, mamão e folhas verdes. Os alimentos são cortados e dispostos em tigelas de acordo com a necessidade de cada espécie. Como a ideia é que os animais possam viver o mais próximo do seu estilo de vida silvestre, eles não recebem banho dos tratadores. A higiene deles fica por conta própria.

Diariamente, o Cetas recebe animais silvestres apreendidos do tráfico pela Polícia Ambiental. Enquanto o Ibama leva os bichos resgatados sempre às sextas-feiras. Atualmente, o Cetas está com uma população de 700 animais. Todas as apreensões feitas no Paraná são encaminhadas para lá, por ser o único centro de triagem do Estado. Por vezes, eles também acolhem os animais de cidades da fronteira com Santa Catarina, uma vez que o Cetas catarinense fica em Florianópolis.

Além dos animais capturados pelo tráfico, é dever da Polícia Ambiental e do Ibama resgatar animais silvestres que se perdem do bando e vão parar na cidade, ou recolher animais silvestres que estão no ambiente doméstico, como papagaios e macacos. É importante lembrar que a denúncia ou solicitação de resgate deve ser feita para a Polícia Ambiental ou Ibama. O Cetas é o lugar para onde esses animais vão e não o órgão responsável por buscá-los. Um recente caso foi o do bugio Augusto, que foi parar no bairro Uberaba. Possivelmente, ele foi expulso do bando, por estar muito velho. E isso é bem comum entre os primatas. Hoje, sua morada é no Cetas.

A providência imediata quando esses animais chegam ao Cetas é dar-lhes um recinto decente, com comida – principalmente aos pássaros do tráfico, que chegam em condições muito precárias. Em seguida, eles recebem um número de cadastro para controle interno – que já passa dos 20 mil. Uma ficha é preenchida com informações sobre a espécie e o estado em que ela se encontra. Nessa ficha ficarão as marcações a respeito de medicação e evolução do estado clínico do animal. Além desse, outro documento é preenchido: um laudo que comporá o processo contra aquele que detinha o porte ilegal do animal no momento da apreensão.

Ainda nessa fase de cadastro, um exame clínico veterinário é feito para avaliar o animal, garantindo um encaminhamento adequado. Normalmente, eles possuem fraturas e problemas respiratórios. Animais em estado crítico ou filhotes são destinados à sala aquecida, que é mantida a 25 ºC. A atenção a eles é total. A maioria vai para a sala de internamento, estágio moderado de cuidados, onde recebem assistência veterinária, muitas vezes acompanhada de terapias complementares, como acupuntura e homeopatia. Só quando estiverem recuperados é que poderão ir para os recintos.

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© Fotos: Renata Duda

tratamento diário

Cuidados especiais

resgatando instinto

de volta à natureza

Atualmente, 150 animais do Cetas precisam de algum tipo de tratamento. A rotina de medicamentos e curativos é diária e intensa. Vai de tirar pontos da pata de um veado a dar remédio em seringas para tucanos. Casos não identificados no Cetas e que exigem raio-x ou exame de sangue são realizados no Hospital Veterinário da PUCPR. Toda terça-feira, o Cetas leva esses animais até lá para consultas mais detalhadas. Procedimentos cirúrgicos também são realizados no Hospital.

Alguns animais necessitam de cuidados mais especiais, graças a suas limitações. Um exemplo é o sagui Simão, que é órfão. Pela pouca idade e por não conseguir comer normalmente, ele precisa se alimentar com leite especial, dado em sua boca com uma seringa. Já o tamanduá que vive por lá tem sua comida enriquecida com beterraba e formigas, que são recolhidas pelos tratadores e colocadas na mistura. Como as formigas não constroem formigueiros por ali, o animal fica impossibilitado de buscar, por conta própria, seu principal alimento.

Quando os animais já apresentam sinais positivos de recuperação, eles são encaminhados para recintos com outros da sua espécie. Lá são incentivados a recuperarem seus instintos. No recinto das aves, há puleiros e uma área livre para que eles se sintam instigados a voar. Diferente da falcoaria, técnica de adestrar aves, no Cetas não há interferência humana nesse processo, apenas estímulos, como o espaço propício. No caso dos felinos, como os gatos do mato, eles são estimulados a caçar. Ratos são colocados no recinto para que os gatos corram atrás – literalmente – de seu alimento.

É objetivo do Cetas tratar os animais e, em seguida, encaminhá-los para um ambiente mais adequado. Por vezes, a soltura é realizada na natureza. Nestes casos, o Ibama faz um estudo de área para averiguar a fauna e a flora local. Outros animais, como aves que vieram muito novas para o Cetas e não estão aptas para viver na natureza, são encaminhados para grandes viveiros, como os do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu (PR). Já os primatas precisam ser soltos em bandos para que consigam sobreviver. Dificilmente, um novo macaco será aceito por um grupo fechado. Isso dificulta o retorno desses animais para a natureza.

raridades

plantão

Por vezes, o Cetas recebe espécies raras, como é o caso dessa coruja da foto. Segundo o biólogo Eduardo Carrano, também coordenador técnico do Cetas, poder ver uma ave como essa é uma oportunidade única. Se ela não sobreviver, provavelmente irá para um museu. Já quando outros animais de espécies menos raras não conseguem se recuperar e acabam morrendo, são encaminhados para estudos nas aulas de Medicina Veterinária da PUCPR.

O cuidado com os animais não termina às 17h30, horário estipulado no papel. Afinal, não existe fim de semana para aqueles que estão doentes. Um caso recente foi o da capivara que, em um sábado, comeu areia e passou mal. Se não fosse a veterinária vir socorrê-la imediatamente, ela poderia ter morrido. Os profissionais do Cetas são movidos a amor e esperança. Amor pela vida dos animais. Esperança de que um dia eles possam voltar para casa, esperança de que um dia não existam mais ganância, nem tráfico, nem maus-tratos, para que esses bichos possam viver livres e no lugar de onde nunca deveriam ter saído.

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A copa que

desafia Curitiba na

“Previsão é que obras finalizem até o início do ano que vem”, diz secretário do Trânsito, Joel Krüger .

© Foto: Assessoria do CREA/PR

reportagem

mobilidade

Curitiba vai receber quatro jogos da Copa do Mundo no ano que vem. Com essa informação, somam-se delegações, equipes de profissionais, comunicadores, turistas e, ainda, é claro, os curitibanos. Com tanta gente indo e vindo, a cidade põe em xeque a mobilidade urbana por Elizangela Jubanski

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númEros

Ponte estaiada tem previsão de conclusão para maio do ano que vem.

Curitiba se prepara para a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 com investimentos de R$ 862,4 milhões para 13 obras previstas na Matriz de Responsabilidades. Desse total, R$ 563,6 milhões são financiados pelo governo federal e R$ 84,5 milhões por meio de recursos federais diretos. A contrapartida local é de R$ 117,3 milhões e R$ 97 milhões virão da iniciativa privada. Nas obras de mobilidade urbana, serão investidos R$ 543,9 milhões, sendo R$ 440,6 milhões de financiamento federal e R$ 103,3 milhões de recursos locais.

© Foto: Prefeitura de Curitiba

O país se prepara para receber um dos eventos mundiais mais importantes da história. A Copa do Mundo deixará legado aos quatro cantos por onde passar. Para recebê-la, em 2014, Curitiba – que também será sede do deslumbramento esportivo – está com o efetivo todo em campo para dar conta das inúmeras exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Afinal, a cidade vai receber delegações inteiras de quatro seleções, profissionais da comunicação do mundo todo e turistas, que já disputam hotéis nas regiões centrais. Mas, tanta gente assim, indo e vindo polvorosamente durante um mês inteiro pelas ruas de Curitiba, vai dar certo? “Hoje, claramente, a cidade não está preparada”. Quem responde a questão é o coordenador do Mestrado e Doutorado em Gestão Urbana, Fabio Duarte de Araújo Silva. “A cidade viveria um caos. Mas vamos destacar que medidas importantes estão, de fato, sendo tomadas para que isso não aconteça”, completa. Curitiba dará as boas-vindas aos turistas por dois grandes pontos: Rodoferroviária e Aeroporto Internacional de Curitiba. Essas chegadas dos visitantes à cidade são chamadas de macroacessos, que são os deslocamentos longos, como, por exemplo, o desembarque do turista até a hospedagem. A discussão sobre a mobilidade começa já na chegada dos visitantes, já que, além deles, há o fluxo diário de pessoas se movimentando nestes dois pontos de acesso a Curitiba. Para desafogar esses pontos apontados pelo macroacesso, duas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão em andamento: o corredor Aeroporto-Rodoferroviária e a reforma da Estação Rodoferroviária. O secretário de Trânsito, Joel Krüger, destaca que esses são os primeiros grandes projetos de mobilidade para Curitiba. “A requalificação da Rodoferroviária, que já está em andamento, e a Avenida das Torres, que terá mais faixas nas vias. Esse aumento de faixa vai melhorar a fluidez do tráfego de veículos e também dos ônibus. A previsão é que as obras terminem até o início do ano que vem”, diz. O especialista em Gestão Urbana rebate dizendo que “apenas a adição de mais uma faixa não resolverá o problema de mobilidade urbana que aquela região enfrenta”. A Avenida Comendador Franco, conhecida como Avenida das Torres, que liga Curitiba a São José dos Pinhais, região metropolitana, é o principal acesso ao aeroporto. “Se fossem feitas canaletas exclusivas para biarticulados seria a solução ideal. Dentro de um ônibus como este são 200 a 250 pessoas que saem juntas do aeroporto e seguem em um mesmo sentido e em um grande corredor. Seria ótimo”, idealizou. Ainda, segundo ele, essa canaleta na Avenida das Torres continuaria a funcionar bem por fazer parte de um sistema já conhecido pela cidade. “Estimularia o morador de São José a deixar o carro em casa e vir a Curitiba de ônibus”.

Ir E VIr Ainda não é possível estabelecer um número de turistas que desembarcarão na terra do pinhão, justamente porque os times que cada cidade vai abrigar ainda não foram decididos. Mas, a estimativa levantada pelo Ministério do Turismo é que Curitiba deverá receber aproximadamente 508 mil turistas para a Copa. Diante disso, o desafio da mobilidade urbana também está relacionado à circulação dos visitantes em diversos pontos da cidade, inclusive, nos arredores do estádio Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo Guimarães, que receberá os jogos entre os dias 16 e 26 de junho. Essa mobilidade é o chamado microacesso. Andar a pé e usar o transporte público são os chamados “pulo do gato” para um bom fluxo no trânsito de Curitiba. “Temos que incentivar os turistas a andar de ônibus. Mesmo que sejam criados bolsões de estacionamento para os carros não chegarem próximo ao estádio. Os locais ao redor da Arena estarão intransitáveis. Andar de ônibus facilita o projeto”, opina o professor Duarte. De acordo com o secretário Krüger, ações de mobilidade acontecerão durante os jogos

das seleções na cidade e também durante os jogos do Brasil. “Vamos ter a Fun Fest, no Parque Barigui, que terá toda a infraestrutura de mobilidade e segurança. Também, o congelamento das áreas ao redor da Arena que irá evidenciar o transporte público”, explica. A prioridade para os dias de jogos está voltada à mobilização em torno da Arena. Para isso, serão feitas mudanças nos trajetos de vias próximas. “Estudamos inverter as mãos das ruas, bloquear vias inteiras e deixar outras livres. O objetivo de bloquear a proximidade da Arena é também para incentivar os turistas a caminharem”, explica. Pesquisas apontam que torcedores em cidades-sede da Copa do Mundo andam até 2 km para chegar aos estádios. Questões seguramente levantadas pelo especialista Duarte que terão de ser revistas são as estações-tubo. “Se hoje já forma fila de embarque, desembarque, imagina com uma circulação muito maior de pessoas. Aquele sistema de uma porta embarca (a porta número três dos biarticulados são destinadas ao embarque) e duas desembarcam (as portas número dois e quatro são para saída) vão causar desconforto e filas”, alertou.

CorrIda A construção das obras para a Copa do Mundo terá de acelerar. O relatório oficial sobre o andamento das obras analisado pelo Tribunal de Contas do Estado Paraná (TCE), divulgado em abril, apontou que há risco de as obras não ficarem prontas em tempo hábil. A Comissão de Auditoria assinalou que todas as 11 obras mantidas estão em atraso. Algumas correm o risco de ficar prontas apenas após o torneio. A Prefeitura de Curitiba contestou parte do relatório afirmando que três das setes obras fiscalizadas estariam em estágio mais avançado do que o apontado pelo TCE.

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reportagem

transportE púbLICo

obras

Sobre o transporte público, por enquanto, cinco linhas de ônibus estão sendo projetadas para atender a curitibanos e turistas durante a Copa do Mundo. A linha Aeroporto Executivo já é certa – ela funcionará em dias de jogos. Outra linha que deve entrar em circulação vai ligar o aeroporto ao bairro Boqueirão. Também, a linha Circular-Centro vai operar durante o evento inteiro. Além disso, haverá a expansão dos ônibus híbridos de 30 para 60 veículos em circulação. Para atender à demanda do Parque Barigui, onde serão montados os palcos para shows e exibições dos jogos em telões, será criada a Linha Fun Fest, que sairá da Praça Tiradentes em direção ao Parque. A base do transporte coletivo será no terminal Campina do Siqueira.

Dentre as obras da Copa previstas para melhorar o acesso e o fluxo interno da cidade está a implantação do Sistema Integrado de Monitoramento Metropolitano, que prevê monitorar o trânsito na capital paranaense. Essa benfeitoria, no entanto, ainda não foi licitada. O secretário estadual para Assuntos da Copa, Mário Celso Cunha, informou que no fim de abril recebeu propostas das empresas interessadas no Sistema. Também fazem parte do PAC: corredor da Avenida Marechal Floriano Peixoto, Linha Verde Sul e ampliação do Terminal Santa Cândida.

prEoCUpaçÃo A mobilidade urbana tem sido a maior preocupação entre os curitibanos. Durante as consultas públicas, realizadas pela Prefeitura de Curitiba para discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, as sugestões relativas ao transporte, condições das vias e trânsito representaram 39% do total de sugestões encaminhadas por cidadãos.

o QUE sErá FEIto?

© Foto: Google Maps

A Arena ficará isolada por pelo menos 200 metros durante os jogos. As ruas de acesso à Praça Afonso Botelho ficarão bloqueadas para veículos. São estas: Av. Pres. Getúlio Vargas, Cel. Dulcídio, Buenos Aires, Brasílio Itiberê, Engenheiro Rebouças, Alf. Ângelo Sampaio, entre outras. O congelamento acontece em um raio de 30 km (seguranças, informações, agentes da Setran).

© Foto: Prefeitura de Curitiba

Bolsões de estacionamento – um dos mais cogitados gira em torno da Vila Capanema, Estádio Durival Brito e Silva, a cerca de 2 km da Arena.

Obras na Arena: Estádio terá capacidade para 41 mil espectadores.

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qualidade de vida

48 [vigorosas] horas de

ar puro

O fim de semana pode ser mais do que uma pausa na rotina. Já pensou que essas 48 horas podem carregar as energias para enfrentar com positividade o início de uma segunda-feira? A Vida Universitária separou alguns locais de até duas horas de Curitiba que podem servir como vigorosos abastecimentos Por Elizangela Jubanski

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Sexta-feira é o dia mais esperado da semana, é quase unânime. E mesmo aqueles que fazem plantões, escalas de trabalho ou enfrentam aulas matinais sabem o frenesi que a sexta-feira causa. Afinal, ela antecede (para a maioria) deliciosas horas de descanso que fogem da rotina, calculadamente planejada, em um mundo de atividades multidisciplinares. Mas e aí? Como aproveitar o fim de semana e agregar atividades que tragam bem-estar e sensação de renovação? Simples. Estar em contato com a natureza. Especialistas garantem que passar certo período conectado com o ‘verde’ faz as energias carregarem de maneira positiva. O professor de Pós-Graduação em Psicopedagogia da PUCPR Marcos César Marins corrobora a ideia. “Por meio desse contato, é possível repor a vitalidade e o fluxo de energia de que o corpo necessita, afastando o indivíduo de quadros psicopatológicos, tais como a depressão”, alerta. Por essas e outras é que esse benefício traz algo físico: por exemplo, assim como dar risada, estar em locais diferentes que fogem da rotina faz aumentar a produção da endorfina no corpo. “Relacionamentos conjugais e familiares precisam disso, dessa mudança na rotina. O aumento de dopaminérgico e de cortisol oferecidos ao organismo durante essas mudanças de comportamento são importantes para o ser humano”, completa.

Não é para menos. Chácaras, cachoeiras, trilhas, passeios a cavalo, entre tantas outras atividades e recantos, são alternativas ideais para a reflexão. Meditar em meio a tanta natureza pode ser uma opção certeira para quem vive na adrenalina do dia a dia. “A concentração em grandes centros e a agitação do cotidiano acarreta muitas doenças psicológicas e orgânicas. Além dessas questões, temos a violência e as neuroses urbanas”, diz o professor. É por isso que o campo oferece ao indivíduo o equilíbrio para atuação na família, no trabalho e no meio social. Por meio de estudos, Marins confirma que “as possibilidades de atuação e criatividade no trabalho aumentam após o contato com o meio rural”.

“As possibilidades de atuação e criatividade no trabalho aumentam após o contato com o meio rural.” [Marcos César Marins, professor de Pós-Graduação em Psicopedagogia da PUCPR]


© Foto: Joel da Rocha

© Foto: Arquivo Prefeitura de Quatro Barras

© Foto: Arquivo Paraná Turismo

a Vida Universitária LISTOU ALGUNS LOCAIS QUE VALEM “NOVAS BATERIAS” PARA A SEMANA E ESTÃO A APENAS DUAS HORAS DA CAPITAL – NO MÁXIMO. APROVEITE E BOM PASSEIO!

Estrada da Graciosa Um trajeto rico em paisagem e verde. A Estrada da Graciosa atravessa o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil, marcado pela mata tropical e pelos belos riachos que nascem na Serra do Mar. A descida tem curvas sinuosas e, por isso, recomenda-se baixa velocidade e dias de sol para trafegar. Prepare a câmera fotográfica e inspire-se!

Superagui A ilha de Superagui, que fica no litoral norte do Paraná e pertence ao município de Guaraqueçaba, é uma tranquilidade só. As praias praticamente desertas dão sensação de leveza e são um convite à reflexão. A ilha pode ser considerada artificial, já que se formou após a abertura do Canal do Varadouro, que separou a península do continente. Vá e descubra a importância da preservação ambiental.

Como chego? Basta ir pela BR-116, sentido São Paulo. Depois de passar pelo município de Campina Grande do Sul, vire à direita onde indicar PR-140.

Como chego? O Cânion fica na Rodovia PR-340, no quilômetro 42, a 200 quilômetros de Curitiba.

© Foto: Arquivo Paraná Turismo

© Foto: Arquivo Prefeitura de Campo Magro

Como chego? Os barcos que vão até a ilha saem de duas localidades: Paranaguá e Guaraqueçaba.

© Foto: André Marques

Cânion Guartelá O Parque Estadual do Guartelá protege uma área de rico patrimônio natural e arqueológico da região do cânion do Rio Iapó, em Tibagi. O local abriga uma fauna diversa e com várias espécies ameaçadas de extinção, como: tamanduá bandeira, macaco bugio, lobo guará. A grande atração do parque é o sexto maior cânion do planeta em extensão. Há cachoeiras no local e pinturas rupestres que datam de aproximadamente 7 mil anos.

Caminhos de Guajuvira É um roteiro com 36 quilômetros de grande diversidade cultural, onde é possível encontrar paisagens com rios, flores, gastronomia, artesanato rural, frutas e produtos coloniais. É fortemente marcado pela cultura polonesa. O roteiro pode ser feito diariamente por empresas especializadas, e aos sábados é disponibilizado um ônibus próprio.

Cachoeiras gêmeas Duas quedas-d’água, lado a lado, formam as Cachoeiras Gêmeas, na zona rural de Campo Magro. As águas cristalinas formam uma paisagem delicada por causa dos ‘beijinhos’ – planta que é abundante no local e recebeu carinhosamente este apelido por causa do formato das folhas. Durante a caminhada dá para ver pedreiras que formam uma gruta.

Como chego? Para ir a este passeio basta pegar a Rodovia do Xisto, sentido Araucária, e virar à direita na Avenida da Independência. Próximo à Capela Nossa Senhora Monte Claro haverá placas sinalizando os Caminhos de Guajuvira.

Como chego? Os visitantes podem entrar na cidade de Campo Magro pela Estrada do Cerne, e próximo ao quilômetro 21 virar à direita e seguir mais 12 quilômetros pela Rua João Jacob Manfron Neto. Uma sinalização indicará o restante do caminho.

Descida de trem pela estrada de ferro da Serra do Mar A ferrovia que liga Curitiba a Paranaguá representa um extraordinário feito da engenharia do século XIX. O passeio é um clássico para quem vive ou vem visitar solos paranaenses. É um dos mais famosos passeios de trem e, sem dúvidas, um dos mais belos. Como a estrada de ferro foi construída na Serra do Mar, a sensação é que se está voando em um abismo. Incrível! Como chego? Esse trem sai diariamente da estação Rodoferroviária, na região central de Curitiba, às 8h15. Os preços vão de R$ 111 a R$ 406 (ida e volta) e variam de acordo com o vagão escolhido.

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pergunte para puc

...mas

E aGora? A vida acadêmica é rica em descobertas e experiências. Um mundo novo se abre a cada livro, a cada leitura, a cada conversa ou aula. Mas como não poderia deixar de ser, essa vivência é repleta de perguntas. Dúvidas a respeito do universo acadêmico, que envolvem, acredite, não só você, mas a mente de muitos alunos que cursam o ensino superior. Fomos atrás de algumas dessas dúvidas frequentes e comuns, e buscamos uma resposta para você tirar sua dúvida aqui, na vida universitária.

para InGrEssar Em Uma noVa GradUaçÃo LoGo apÓs o térmIno da prImEIra, prECIso FaZEr Um noVo VEstIbULar?

ELIas GUILHErmE sprada Engenharia Elétrica | Telecomunicações 9º período

quem resPonde: Prof. Paulo Roberto de Souza Germann, coordenador da administração acadêmica: para portadores de diploma de curso superior, havendo a existência de vagas no curso desejado, e a critério da Pró-Reitoria Acadêmica, podem ser admitidos, de acordo com o Regimento Geral, Art. 57, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Os portadores de diploma de curso superior podem ingressar sem prestar vestibular, desde que apresentem a documentação exigida e atendam às normas regulamentadoras aprovadas pelo CONSUN. São necessários o diploma de curso superior (original e a fotocópia), fotocópia da certidão de nascimento ou casamento, RG (original e a fotocópia), e portar também seu CPF (original e a fotocópia). Visto que é possível ingressar novamente na universidade sem passar por um novo processo seletivo, o candidato deverá aguardar o parecer da solicitação.

Como é o proCEsso dE VaLIdaçÃo dE Um dIpLoma EstranGEIro aQUI no brasIL?

tHaIs bErtoLIn Ciências Contábeis 8º período

quem resPonde: Eduardo Damião da Silva, Pró-reitor Acadêmico: os documentos escolares e universitários expedidos no exterior necessitam ser revalidados no Brasil para garantir os direitos do seu portador. Estes documentos precisam sempre da legalização da embaixada ou do consulado brasileiro: no país em que foram emitidos, com exceção da França, em função de acordo bilateral para a dispensa de legalização de documentos públicos. Este é o primeiro passo para dar entrada no pedido de revalidação dos diplomas ou certificados expedidos no exterior. Os principais passos são os seguintes: o primeiro é a legalização dos documentos relativos ao curso na embaixada ou consulado brasileiro do país onde o aluno estudou. O segundo é verificar quais documentos precisam de tradução juramentada. Por fim, o interessado deverá, então, entrar com requerimento de revalidação na instituição selecionada.

QUaL a dIFErEnça EntrE o EstáGIo obrIGatÓrIo E o EstáGIo nÃo obrIGatÓrIo?

© Fotos: Arquivo pessoal

quem resPonde: Daniella Forster, Coordenadora da PUC Talentos [Serviços de Carreiras da PUCPR]: em relação a esta confusão comum, vale ressaltar a diferença entre eles. O estágio obrigatório é aquele que faz parte da carga horária do curso, e que o aluno precisa cumprir como uma disciplina para se formar. Nem todos os cursos têm como exigên-

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cia o estágio obrigatório e sua remuneração é facultativa. Para exercer o estágio obrigatório, há um plano de atividades previsto entre a universidade e a unidade concedente, que deve ser cumprido na íntegra para que tenha validade. Neste contexto, o estágio não obrigatório não faz parte da carga horária do curso, e torna-se um complemento

relevante para o conteúdo teórico obtido em sala de aula. A escolha de um estágio não obrigatório que gere desenvolvimento e aquisição de competências profissionais torna-se extremamente importante para uma carreira consistente. Diferentemente do estágio obrigatório, o não obrigatório exige remuneração.

aLEssandra CaroLInE barCHIk Comunicação Social | Relações Públicas 7º período



vem aí

programe-se EnContro_dE_matEmátICa mUndo_GastronÔmICo

rEVELE_sEU_taLEnto O concerto da fase final do XI Festival Revele seu Talento será no dia 13 de junho. As apresentações acontecem no Teatro da PUCPR (TUCA), às 20 horas. Os candidatos classificados se apresentarão junto à Orquestra de Câmara da Universidade. O festival quer estimular e valorizar a produção musical dos alunos. O júri é composto pelos músicos: Péricles Varella Gomes, Cristina Lemos, Marcos Antonio de Lazzari Junior, Paulo Torres, Aramis Mendes, Eliezer Vargas e Thalita Ferronato. Ao todo, eles já ouviram cerca de cem candidatos. www.pucpr.br

De 14 a 17 de agosto, a Feira Mundo Gastronômico Curitiba 2013 reunirá, na Expo Renault Barigui, amantes da gastronomia e da culinária, além de profissionais da área de alimentação. Serão apresentados equipamentos, novidades, opções de produtos, serviços do setor e de seus fornecedores de forma setorizada. O evento possibilita a construção de networking e traz conhecimento aos amantes da cozinha gourmet. www.efexbrasil.com.br

A Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM) promove, a cada três anos, o Encontro Nacional de Educação Matemática (ENEM). O próximo será realizado de 18 a 21 de julho de 2013, na PUCPR, em Curitiba. Este evento congrega o universo dos segmentos envolvidos com a educação matemática: professores da Educação Básica, professores e estudantes das licenciaturas em Matemática e em Pedagogia, estudantes de pós-graduação e pesquisadores. enem2013pr@gmail.com

para_LIdErar Liderando sua Equipe de trabalho é um curso ofertado pelo Sebrae/PR que tem a finalidade de desenvolver pessoas para a liderança de equipes, buscando a melhoria nas relações como fator de superação de resultados. É destinado a empreendedores de todos os segmentos que estejam exercendo, ou preparando-se para exercer, uma posição de liderança na empresa. O curso acontece nos meses de junho e julho, com duração de aproximadamente 16 horas. app.pr.sebrae.com.br/loja/DetalheEvento

ConGrEsso Médicos clínicos e pediatras com interesse em imunizações, infectologia e medicina preventiva podem se inscrever no XV Congresso Latino-americano de Infectologia Pediátrica e na XV Jornada Nacional de Imunização da SBIm. O evento acontece no dia 26 de junho, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, e é organizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM). O encontro reunirá os mais renomados nomes da infectologia e da vacinologia do Brasil e das Américas. www.slipesbim2013.com.br

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rEspEIto_À_dIVErsIdadE “Promover a inclusão plena de pessoas que são prejudicadas por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero, identificando, aprimorando e compartilhando conhecimentos especializados na área da educação”. Este é o objetivo do prêmio Educando para o respeito à diversidade sexual, idealizado pela Aliança Global para a Educação, em parceria com o Setor de Educação da UFPR. As inscrições podem ser feitas até 12 de junho. www.cepac.org.br presidente@cepac.org.br

FEIra_do_JoVEm A primeira feira destinada aos jovens acontece em setembro na Expo Renault Barigui. A Expo Jovem vai reunir informações e novidades destinadas aos jovens de idade e de espírito. A feira terá moda, material esportivo, atividades radicais, informações sobre veículos, baladas e muito mais. De 19 a 22 de setembro no Parque Barigui. www.homefair.com.br


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