PARAÍSO AMBIENTAL DE IMBASSAÍ VIVE SEMANA CULTURAL
MANUELA CUNHA ATLETA DE LAURO DE FREITAS CAMPEÃ BRASILEIRA DE AMAZONAS TOP 2011
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Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/33792439 e 3379-2206. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Diretora: Tânia Gazineo Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaro@vilasmagazine.com.br Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos thiago@vilasmagazine.com.br PUBLICIDADE Simone Gazineo comercial@vilasmagazine.com.br Maiana Cunha de Souza (Assistente) REDAÇÃO Anthero Eloy Ferreira Lins (Reg. Prof. 699 DRT/ PA), Rogério Borges (coordenador). Colaboradores: Marvin Kennedy, Mário Espinheira e Gilka Bandeira (freelancers), Gil Ramos (fotografia), Lilian Silva, Márcia Tude. FALE COM A REDAÇÃO redacao@vilasmagazine.com.br FINANCEIRO Gerente: Miriã Morais Gazineo financeiro@vilasmagazine.com.br Rosilene da Cruz Santos (Assistente) DISTRIBUIÇÃO Álvaro Gazineo (Responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado Impressão: Quad/Graphics Nordeste (Recife-PE) Informativo mensal de serviços e facilidades, com tiragem de 28.000 exemplares por edição, distribuídos gratuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Estrada do Coco e adjacências (Lauro de Freitas, Ipitanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abrantes, Jauá, Jacuípe, Guarajuba), Stella Maris, Praia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Editora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publicadas nesta edição, por qualquer meio, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Direitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, a revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a vei culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine utiliza conteúdo editorial fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Ma gazine e Boa Dica - Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas registradas no INPI, de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda.
Fracassa experiência em escola pública do Miragem
O
grupo de pais que tirou os filhos de escolas particulares para apostar na qualificação de uma escola pública no Miragem está a ponto de reconhecer que não tem jeito: o sistema é mais potente que a vontade dos cidadãos. Ao que tudo indica, o ensino público está condenado a ser o que é, condenando também não se sabe quantas gerações ainda. A Vilas Magazine mostrou em reportagem de capa, na edição de abril deste ano, os avanços obtidos na Escola Municipal Jovina Moreira Rosa: aulas de artes, música, inglês, por exemplo. Os recém-chegados obtiveram da prefeitura a reforma de salas e banheiros. Até a fossa séptica da escola, que há tempos vertia esgoto, afinal mereceu correção. Foram eles que obtiveram do empresariado a qualificação da infraestrutura. Onde havia chão batido passou a haver grama, um parque infantil, um ambiente adequado ao aprendizado de crianças. Foram eles que dotaram a escola de mobiliário infantil, material pedagógico. Obtiveram a capacitação de professores. Reivindicaram e alcançaram a construção de um refeitório e de um espaço de lazer coberto. Um alentado grupo de cidadãos, empresários quase todos, chegou a ser publicamente homenageado por colaborar ativamente para a qualificação do ensino público naquela escola. Vigorava a ingênua ideia de que a experiência da Jovina pudesse tornar-se um projeto piloto para toda a rede pública. Falando aos pais de alunos da Jovina em 26 de março último, o sociólogo e secretário de Educação Paulo Aquino destacou que o ensino público perdera qualidade no Brasil por causa do abandono a que foi votado pela classe média. Agora se sabe que não basta o engajamento. Apesar de tudo fazer para qualificar a escola, no mês passado esses pais viram a comunidade escolar eleger uma direção que não aprovam por considerar que fica prejudicado o projeto pedagógico antes proposto. Em especial no futuro próximo e naquela escola, a prefeitura de Lauro de Freitas, responsável em última instância pela qualidade da educação pública no município, poderá tudo menos lavar as mãos.
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REGISTROS Arthur de todos os chamegos
Amigo festejado
Desde sua chegada, em 7 de outubro, o pequeno Arthur é o foco de todas as atenções dos pais, Flávio e Larissa. Nos raros momentos para um breve descanso, os avós, Valdemar e Nazaré (foto) se superam em mimos e paparicos ao netinho.
O consultor Jeandel Karr (de boné vermelho) teve múltiplos motivos para viver uma grande festa dia 18 de novembro, reunindo familiares e amigos: a comemoração de seus 70 anos de idade e a celebração dos 100 dias de superação após um sério problema de saúde. Mais de 160 pessoas foram lhe abraçar, no almoço que promoveu na sua propriedade rural, num recanto paradisíaco do litoral norte.
Edesio de Oliveira vence 15ª Cross Country Ecológico
Com a marca de 32 minutos, o atleta laurofreitense Edesio de Oliveira Santos venceu na categoria Geral masculino, a 15ª Corrida Cross Ecológico, realizada dia 6 de novembro, em Lauro de Freitas, ficando a atleta Elieci de Jesus, de Salvador, com o primeiro lugar na categoria Geral feminino. O evento foi promovido pela Associação de Maratonistas do Estado, em parce-
ria com a Prefeitura de Lauro de Freitas. “Venci a São Silvestre na categoria 35 anos, sou um dos melhores do ranking na minha categoria, fiquei entre os melhores nas competições brasileiras e estaduais, mas vencer no meu município tem um gostinho diferente”, declarou Edesio. Para o atleta, a corrida foi cansativa já que uma parte dela é realizada em estrada de terra com obstáculos naturais.
Pequenos Cantores da Monsanto No mês do Natal o Coral Pequenos Cantores da Monsanto, conduzido pelo maestro Alcides Lisboa, continua com sua agenda de apresentações especiais. No repertório, músicas natalinas, com destaque para a tradicional Noite Feliz, que conta com a belíssima adaptação do maestro Aricó Júnior. Considerado um dos corais infantis de maior projeção do Brasil, o Pequenos Cantores da Monsanto é formado por 50 crianças e adolescentes, de 7 a 14 anos, selecionados em escolas da rede pública de Camaçari e Dias D’Ávila. O grupo segue a tradição “Pueri Cantores”, criada na Europa há seis séculos e possui repertório que vai de Mozart e Beethoven a músicas do cancioneiro popular brasileiro, além de interpretar canções em latim, francês e inglês. Apresentações: Dia 10, Concerto na Escola Ambiental, em Barra do Pojuca, às 10 horas; Dia 12, Concerto na unidade de Ondina (Salvador), do Núcleo de Oncologia, às 14 horas; Dia 15, Encontro SESI de Corais/Janelas para o Natal, no Espaço Cultural Pedro Ribeiro Mariani Bittencourt, em Itapagipe (Salvador), às 19 horas e Dia 20, Confraternização da CIPE, no auditório do COFIC, em Camaçari, às 9 horas.
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Atletas locais se destacam em competições nacional e internacional
Rodrigo Alcântara, atleta local de Karatê Tradicional, voltou de Santiago, no Chile, com o primeiro lugar no torneio internacional da modalidade. O torneio aconteceu em novembro em paralelo com o 16º Campeonato Pan-Americano de Karatê Tradicional, que consagrou o Brasil como Campeão Geral pela nona vez consecutiva.
Lauro de Freitas sedia encontro de Taekwondo
Junior Pelvis, atleta local, aluno de Leônidas Gondin e Pablo Sacramento, conquistou a medalha de ouro no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu (Submission) deste ano, realizado em Niterói, no Rio de Janeiro. Com organização do mestre Ivan Leite e Geaine Menezes, proprietários do Combate Clube, aconteceu a 1ª Taça Cidade de Lauro de Freitas de Taekwondo, em 27 de novembro, no Ginásio da UNIME, reunindo 200 atletas e as principais equipes da Bahia, número recorde de participantes em um evento de taekwondo na região metropolitana. O Combate Clube conquistou o primeiro lugar da competição e lidera o ranking estadual pelo 7º ano consecutivo. Além do taekwondo, foi disponibilizado o espaço para um evento de muay thai dentro da competição, com três lutas na categoria amador, com os alunos do professor Paulo Lima utilizando a estrutura do taekwondo, divulgando as artes marciais sem preconceito. Além da competição de muay thai, o evento também contou com demonstração de aikido, com o professor André Brito. Para 2012 estão previstas competições de taekwondo, muay thai, judô, jiu jitsu, boxe e demonstrações de aikido.
Associação de Moradores de Areia Branca inaugura biblioteca comunitária A Associação de Moradores de AreiaBranca (AMAB) celebrou seus 31 anos de fundação, no dia 25 de novembro, inaugurando a primeira biblioteca comunitária do bairro, com um acervo de 800 obras literárias. A catalogação, organização e empréstimos dos livros é realizado pelos moradores. O primeiro apoiador da ação foi o empresário Carlos Souza, dono da Máster Glass falecido recentemente, que dá nome ao espaço. A prefeitura deu suporte e a Concessionária Bahia Norte os recursos para que o espaço fosse erguido. A Associação está aceitando doação de livros. Contatos pelos telefones (71) 8201-2096 e 8178-6896.
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NEGÓCIOS & EMPRESAS
Lauro de Freitas quer reaver áreas para expansão industrial A prefeitura de Lauro de Freitas quer a ajuda do governo do Estado para “reaver áreas que foram doadas aleatoriamente a terceiros em gestões passadas”. De acordo com Marcelino Santana, superintendente de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços da prefeitura, uma dessas áreas, no Caji, tem mais de 300 mil metros quadrados e foi “doada à Conder e à Urbis”. A ideia é identificar “vetores de expansão para habitação e criação de pólos industriais”, disse Santana. Sétima economia do Estado e PIB que mais cresce no país, Lauro de Freitas enfrenta um problema básico para desenvolver o setor industrial: a carência de espaços em 59 quilômetros quadrados de território. Apesar disso, foi a necessidade de mão de obra qualificada o tema recorrente no debate que traçou um diagnóstico da situação atual e apontou novos rumos
no Encontro do Setor de Indústrias de Lauro de Freitas. “Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia mostra que 69% dos empresários locais apontaram a falta de qualificação profissional como maior problemática que enfrentam”, alertou Alex Santiago, gerente do SENAI-Cetind, ao anunciar a implantação de novos cursos de qualificação profissional no município.
O vice-prefeito João Oliveira destacou o Sebrae como parceiro do município no fomento ao empreendedorismo individual e a importância do trabalho conjunto entre
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setores públicos e privados. Já o consultor e instrutor do Sebrae Noel Carlos ressaltou a importância da internet que hoje possibilita abrir uma pequena empresa e obter os documentos na hora, através do portal do empreendedor. “Quem decide se tornar um empreendedor individual recebe suporte das ações que o governo federal promove e tem acesso à linhas de crédito voltadas ao ramo de negócio que escolheu”, observou Noel, que falou sobre importância do segmento no desenvolvimento da cidade. Para os empresários Plínio Bevervanso e Ricardo Moreira, do Grupo BB de insumos plásticos, o encontro foi uma oportunidade para conjeturar a expansão dos negócios. A empresa foi contatada pelos organizadores da Copa para a fabricação de brindes a partir de fibras de coco. “Estava faltando essa aproximação do poder público com o empresariado. Ninguém é feliz sozinho e garanto que essa parceria entre setor público e privado é a chave para um desenvolvimento sustentável no município”, observou Moreira.
Novo endereço Os empresários Remens e Moema Silva, da Digital Antenas, focados na proposta de se tornarem referência de atendimento no serviço de instalação, manutenção e vendas de antenas na região, inauguram este mês, a segunda loja na região, no Shopping Boulevard, em Vilas do Atlântico. A matriz está localizada na Estrada do Coco. “Para nós, estes fatores são fundamentais para adquirirmos confiança, legitimar nossa proposta comercial e, sobretudo, fidelizar uma parceria séria, segura e amiga com os clientes que nos procuram, oferecendo um diálogo franco”, ressalta Moema Silva.
Prefeitura adia prova de concurso público para março A Prefeitura de Lauro de Freitas adiou para março a prova objetiva do concurso público nº 001/2011, que estava prevista para o dia 4 de dezembro. O adiamento se deve ao numero de candidatos, 36 mil inscritos, que superou todas as expectativas, sendo necessário reestruturar a logística. A Prefeitura está adotando as providênciasnecessárias e as provas serão realizadas no dia 4 de março de 2012 para os níveis fundamental e médio; e dia 11 de março de 2012 para o nível superior.
Em edital publicado no Diário Oficial dos Municípios, a Prefeitura informa também que os requisitos para o cargo de farmacêutico foram retificados com abertura de novo período para inscrição de candidatos. Os candidatos que foram reembolsados em virtude da impossibilidade de efetivar sua inscrição também terão novo prazo de inscrição. O edital informa ainda que foram alterados os requisitos para o cargo de Coordenador Pedagógico, jornada de 20 e 40 horas semanais. A lista geral dos candidatos inscritos está publicada no Mural da Prefeitura, no site da LIBRI (www.libri.com.br) e da Prefeitura (www. laurodefreitas.ba.gov.br).
Seminário profissional Dia 14, a empresa GMH Consultoria em parceria com o SEBRAE, promove em Lauro de Freitas um Seminário sobre assuntos que preocupam os empresários na gestão e processo decisório dos negócios, direcionado a empresários e assistentes no controle administrativo e financeiro das empresas. O evento é gratuito e abordará temas como soluções tributárias para a geração de menos impostos, a importância da adoção de um controle da situação econômica e financeira e as vantagens que o mercado financeiro oferece para as empresas que mantém a contabilidade atualizada. Na programação constam as palestras “As novas tendências da contabilidade para as PME e os benefícios tributários adequados para desoneração de impostos”, sendo palestrante o profissional Aristides Torres de Jesus, sócio-diretor da GMH Consultoria, e em seguida Gilvany Maria T. Isaac, coordenadora do SEBRAE da Unidade de Lauro de Freitas disserta sobre “Os produtos e serviços oferecidos pelo SEBRAE no apoio as micros, pequenas e médias empresas”. Local: UNIME (auditório 1). Av. Luiz Tarquínio Pontes, 600. Lauro de Freitas. Quantidade de vagas: 100. Inscrições podem ser feitas no site http://www.gmh.com.br Mais informações pelos telefones (71) 3024-3169/8815-8459. Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 9
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CIDADE
Clube do Cavalo ganha classificação de interesse ambiental Comunidade quer impedir dissolução do Equus e venda do terreno Maioria de usuários do espaço é de Lauro de Freitas
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s quase 33 mil m² de área verde do Equus Clube do Cavalo, no coração de Vilas do Atlântico, foram classificados como Zona Especial Interesse Ambiental (ZEIA) no âmbito de uma revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal já aprovada em primeiro turno pela Câmara Municipal. A emenda, de autoria do presidente da Câmara Antônio Rosalvo (PSDB), ainda precisa passar por uma segunda votação e ser sancionada pela prefeita Moema Gramacho (PT) para se tornar lei e impedir a utilização daquele espaço para fins comerciais ou residenciais. A iniciativa do vereador tucano movimentou a comunidade de Vilas do Atlântico por conta da possibilidade de que o espaço viesse a ser usado para a construção de um novo condomínio. Está na memória recente a extinção do Jaguar, espaço esportivo que existia na rua Priscila Dutra. A intenção era construir no local um conjunto habitacional de nove prédios de dez andares. Os mais de 100 praticantes de hipismo que moram em Lauro de Freitas juntaram-se ao movimento com dupla motivação. Os atletas da modalidade têm no Clube do Cavalo “a última alternativa para o esporte na Bahia”, nas palavras de Daniel Andrade, associado do Equus que se opõe a uma possível venda daquela área. Andrade é um dos signatários de um protesto judicial contra a eventual dissolução da entidade e venda do terreno. “A notificação de que o protesto existia levantou preocupações na comunidade, mesmo entre os que nada têm a ver com o Clube do Cavalo”, diz Antônio Rosalvo. “O temor da comunidade era que aquele espaço viesse a ser transformado em mais um condomínio”, conta ele. A transformação em ZEIA não tem o po-
der de impedir a eventual dissolução e venda da área do Equus, “mas vai impedir a verticalização e o uso residencial ou comercial, eliminando qualquer possibilidade de especulação imobiliária”, explica. Como Zona Especial de Interesse Ambiental, a área deve ser mantida como está, preservando as características naturais. Kall Fonseca, coordenador-geral da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a associação de moradores do bairro, assina uma nota oficial da entidade em que declara “irrestrito apoio à iniciativa do vereador Antônio Rosalvo”. Para a Salva, “é da mais alta relevância que se tomem providências no sentido de preservar as características atuais daquela área, para o lazer da comunidade em particular, para o esporte baiano em geral e para a qualidade de vida de todos os moradores”. A nota da Salva destaca ainda que “há muito que esta en-
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Alunos da Academia Baiana de Hipismo e suas famílias celebram as boas notícias ao final do torneio no Equus tidade, em nome do coletivo de moradores, se debate contra a expansão urbana desenfreada, que rouba qualidade de vida aos moradores de Vilas do Atlântico e de toda Lauro de Freitas”. Lida em público no domingo dia 4 de dezembro, no encerramento da Copa da Academia Baiana de Hipismo, no Clube do Cavalo, a nota da Salva mereceu aplausos das famílias dos 142 participantes – alguns deles com idades a partir de dois anos. Quem também mereceu aplausos da platéia foi Antônio Rosalvo, que participou do evento a convite da organização. A Copa é um torneio de fim de ano que reúne os usuários do espaço. A maioria deles reside em Lauro de Freitas “e não só em Vilas do Atlântico”, sublinha o professor de equitação André Giovanini. Quase todos vestiam uma camiseta protestando contra o fim do Clube do Cavalo. A Academia Baiana de Hipismo mantém no Equus um programa de equitação dirigido a crianças a partir dos
dois anos. Desenvolvida pela Universidade Federal do Ceará, a proposta oferece uma iniciação ao esporte hípico baseada em princípios de pedagogia. Rosalvo declarou apoio à continuidade das atividades esportivas naquele espaço, mas insistiu que a questão “interessa a toda a comunidade de Vilas do Atlântico e de Lauro de Freitas. Tal como o Vilas Tênis Clube, que hoje serve toda a cidade em diversos eventos e atividades, “o Clube do Cavalo foi criado com o intuito de garantir qualidade ambiental ao planejamento urbano”, defende. “É algo que precisa ser garantido às gerações futuras”, diz. O empresário Gonçalo Moura, que se opõe à dissolução do clube, é um dos que vêm recolhendo assinaturas em duas petições públicas: uma dirigida ao Ministério Público, contra a venda do terreno, outra dirigida à Câmara Municipal de Lauro de Freitas, em apoio à emenda de Rosalvo que cria a ZEIA na mesma área. Além das assinaturas em papel, as pessoas podem participar dos abaixo-assinados online criados por Moura. O texto das petições e os links para a assinatura online estão disponíveis no Facebook, no endereço http://www.facebook.com/ groups/equusclubedocavalo/docs Como a emenda à lei que modifica o Plano Diretor ainda terá que ser votada em segundo turno e depois ir a sanção da prefeita Moema Gramacho, há a preocupação de documentar o apoio da comunidade. Os usuários do Clube do Cavalo querem também demonstrar ao Ministério Público que a venda do terreno seria irregular, uma vez que foi doado à associação. “O clube é a única entidade sem fins lucrativos que promove a prática do esporte hípico na Bahia, tendo inclusive capacidade para preparação de atletas para as Olimpíadas de 2016”, afirma a petição, lembrando ainda que “de acordo com a Lei Pelé, que institui normas gerais sobre desporto, o clube está abrangido pela organização desportiva do país, integrando o patrimônio cultural brasileiro e sendo considerada de elevado interesse social”. O jornal “Correio”, de Salvador, publicou reportagem segundo a qual Marcos Viana, presidente do Clube do Cavalo, teria justificado a dissolução da entidade: “os proprietários de cavalos e sócios do clube não têm mais jóquei, não podem mais montar na praia e hoje em dia está impraticável chegar de caminhão ao clube”. Para Kall Fonseca, coordenador-geral da Salva, “é sabido que centenas de pessoas têm interesse em se associar ao Clube do Cavalo, que não é meramente o local de recreação de quem tem jóquei, mas um patrimônio ambiental de Vilas do Atlântico e de toda Lauro de Freitas”. A Academia Baiana de Hipismo, que funciona naquele espaço, mantém cerca de 160 alunos. “Não é nem necessário possuir um cavalo para praticar hipismo no Equus”, diz Kall. As mensalidades para quem quer aprender e praticar o esporte ali “começam em acessíveis R$ 170”, lembra. Rosalvo também rebate a ideia de que o Clube do Cavalo u
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CIDADE requer ou concede privilégios. Em comunicado, ele lembra que “faz algum tempo que o hipismo deixou de ser uma modalidade de elite”. Prova disso, afirma, é que “centenas de crianças, adolescentes e mesmo adultos frequentam a escolinha de equitação do Clube do Cavalo e quase todos são moradores de Lauro de Freitas”. Uma dessas crianças foi a amazona Manuela Cunha, 21 anos, moradora de Vilas do Atlântico, que começou no hipismo no Equus Clube do Cavalo aos dez anos de idade. Manuela conquistou recentemente, para Lauro de Freitas e para a Bahia, o primeiro lugar do Campeonato Brasileiro de Amazonas Top, disputado no Rio de Janeiro entre 24 e 27 de novembro. Foi campeã brasileira na categoria juvenil em 2005, vice-campeã brasileira de Young Riders em 2010 e duas vezes vice-campeã sul-americana por equipes. Além, claro, de ter garantido para Lauro de Freitas, pelo Equus, o heptacampeonato do ranking baiano de hipismo. “Quero continuar competindo pela Bahia, quero continuar a treinar neste espaço, ficar perto da minha família, eu moro aqui”,
Gonçalo Moura (esq.), um dos signatários do protesto judicial, vai questionar a dissolução e venda do clube junto ao Ministério Público. Abaixo, a amazona Ma nuela Cunha posa para foto com o ver ea dor Antônio Rosalvo durante torneio no Equus
diz. Se acabassem com o Equus, “eu teria que ir para São Paulo”, conta a amazona. Como apenas um dos 71 detentores de títulos do Clube votou contra a dissolução, a melhor hipótese de Manuela é que a Justiça acolha os argumentos da comunidade em geral e dos que se opõem à venda. A transformação da área em Zona Especial de Interesse Ambiental “desestimula qualquer possível especulação”, acrescenta Rosalvo. “A comunidade se mobilizou e pediu providências”, diz.
No ano de 2011 tivemos alegrias e compartilhamos sonhos juntos. Que em 2012 nossas esperanças se renovem e que Deus nos ajude a continuarmos sempre realizando coisas boas e indo em busca de nossos sonhos. São os votos do amigo, CACÁ LEÃO.
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Emenda cria outras 3 Zonas de Interesse Ambiental na região
A
mesma emenda que cria a Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA) no espaço do Equus Clube do Cavalo, aprovada no contexto do Projeto de Lei nº 32/2011, estabelece também outras duas área do mesmo tipo em Vilas do Atlântico e uma em Ipitanga. Ficam protegidos mais de 225 mil m² das imediações laterais do próprio Clube do Cavalo, incluindo a lateral do Shopping Villas Boulevard e os quase 135 mil m² do Parque Ecológico de Vilas do Atlântico. Em uma parte do parque com saída para a avenida Praia de Itamaracá já havia sido construído um condomínio. Em Ipitanga, passarão a estar protegidos pela Lei quase 84 mil m² do entorno do Kartódromo Ayrton Senna. De acordo com o vereador Antônio Rosalvo (PSDB), essas áreas já constavam
de uma indicação do Ministério Público para serem classificadas como ZEIA no Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM). “Por alguma razão não foram incluídas no PDDM”, votado no final de 2008, diz. Rosalvo assumiu o mandato de vereador em janeiro de 2009 e não
participou da aprovação. Depois de votado em segundo turno e sancionado pela prefeita Moema Gramacho (PT), o projeto de lei passa a impedir a utilização dessas áreas para residências ou comércio, devendo preservar as suas características naturais.
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Este pode ser o último Verão com barracas na praia de Vilas do Atlântico A praia de Vilas do Atlântico, com as barracas em funcionamento: derrubada divide opiniões
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ilas do Atlântico prepara-se para viver o que pode ser o último Verão com barracas de praia desde que, no final de setembro, o juiz Carlos d’Ávila Teixeira acolheu ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) para desocupar a faixa de marinha em toda a orla de Lauro de Freitas. Os barraqueiros, embora pretendam recorrer judicialmente em todas as etapas do processo, dão como certo que as
barracas de Vilas do Atlântico têm um fim à vista. É tudo uma questão de tempo. Coriolano Oliveira, da Barraca da Gávea, por exemplo, lamenta apenas que a prefeitura de Lauro de Freitas se demore em discutir alternativas de recolocação – se é que elas existem. A prefeitura, na verdade ré no processo, tenta viabilizar um Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) em que promete remover todas as
barracas que restaram em Ipitanga, Vilas do Atlântico e Buraquinho, antes que a Justiça Federal determine a demolição. A minuta do TAC já foi submetida à Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e encontra-se atualmente em análise na Advocacia Geral da União (AGU). Para ter efeito no âmbito do processo, ainda terá que ser aprovado pelo MPF. A proposta da prefeitura é desocupar as praias no prazo máximo de doze
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meses, contados da assinatura do termo. Como a União propõe seis meses, chances há de que o prazo final seja o meio-termo de nove meses. O TAC prevê a apresentação, no prazo máximo dois meses, de um “plano de retirada das construções situadas nas áreas de praia marítima”, tipificando e avaliando as irregularidades existentes, apresentando o cronograma de retirada das construções existentes e indicando “medidas mitigadoras, reparadoras e compensatórias associadas aos danos ambientais identificados” – além de indicar as áreas para relocação das barracas, “quando houver”. Os planos para Buraquinho há tempo já incluíam a construção de pequenos quiosques na praça recentemente implantada. Para Ipitanga, a prefeitura de Lauro de Freitas propôs um “centro turístico” em frente ao kartódromo que reuniria também pequenos quiosques, com financiamento já garantido, mas de autorização ainda incerta. Para Vilas do Atlântico sobra a opção de transformar em restaurantes algumas das residências da orla – o que implicaria em mudar o TAC de Vilas do Atlântico, já que não é permitido instalar comércio na orla do bairro, definida como área residencial. Como o TAC de Vilas, ao contrário dos demais, é Lei Municipal, a providência ainda teria que passar pela Câmara. Nada está definido. A julgar pelo fato que levaria à ação civil pública movida pelo MPF, haverá resistência dos moradores. Consta de inquérito civil uma representação dos moradores da Rua Praia de Cabo Frio ao MPF, em janeiro de 2008, com queixas sobre poluição sonora de uma das barracas da praia, já então classificada como “irregular”. O fato repetiu-se desde então, chegando mesmo ao ponto de ter havido festa em uma barraca de praia ao longo de toda uma noite. Está no processo que uma “vistoria posterior identificou a existência de outros equipamentos irregulares erigidos nas praias de Ipitanga, Buraquinho e
Vilas do Atlântico”. O objetivo da prefeitura, ao buscar o TAC com os autores da ação, é organizar a retirada das barracas, evitando a demolição compulsória como ocorreu na orla de Salvador, incluindo a faixa de praia de Ipitanga que está no território da capital. Com ou sem o TAC, o processo continua a correr. Sem novidades à vista, um grupo de frequentadores da praia de Vilas resolveu recolher assinaturas em defesa da manutenção das barracas. A ideia é de Ivana Lazzeri, que afirma querer “apenas o melhor para o bairro”. Ela pede transparência na discussão do assunto e que soluções alternativas sejam apresentadas antes da demolição. Ivana avalia que a praia “já está sendo invadida por ambulantes” e que isso só vai piorar quando as barracas forem removidas. Ela está preocupada também em continuar a contar com alguma infraestrutura na praia, como banheiros públicos, e critica o abandono a que, segundo ela, algumas barracas já foram deixadas. De fato, a decisão judicial do final
Muana Guimarães, da Barraca Odoyá (dir), Kall Fonseca e Ivana Lazzeri: assinaturas contra a derrubada
de setembro proíbe os barraqueiros de fazer qualquer reforma ou ampliação das estruturas já existentes. A Justiça Federal também impediu que fornecedores de bebidas continuem a firmar contratos de patrocínio com as barracas. Parte da petição pública, dirigida à prefeita Moema Gramacho (PT), já foi entregue ao vereador Lula Maciel (PT), que apóia a iniciativa de Ivana. Até o fechamento desta edição, a petição contava com cerca de 200 assinaturas. Kall Fonseca, coordenador-geral da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a associação de moradores do bairro, também se pronunciou a favor das barracas de praia. Preocupado com a segurança no calçadão, Kall Fonseca lembra que sem as u Continua na página 123
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CIDADE
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oto-taxistas de Lauro de Freitas marcaram o dia da categoria, 30 de novembro, com uma lista de 15 reivindicações entregue em cima de um mini-trio aos vereadores Lula Maciel (PT) e Fausto Franco (PDT). Lula Maciel é autor da lei que institui o Dia do Moto-taxista na cidade e da regulamentação do “serviço de transporte individual alternativo complementar” – que vem a ser o conhecido moto-táxi. De acordo com Lula Maciel, informações da secretaria de Transporte e Trânsito de Lauro de Freitas indicam que há cerca de 500 moto-táxis em circulação na cidade. Desse total, só 200 são cadastrados – e apenas doze rodam nas condições mínimas exigidas pela própria prefeitura. O vereador entregará as reivindicações da categoria à prefeita Moema Gramacho (PT). Entre outros pontos, o Sind-Moto Táxi de Lauro de Freitas, representante da ca tegoria, quer passar a conceder, ele mesmo, as permissões de exploração do serviço. A prefeitura também continuaria a emitir concessões. Outra das reivindicações é que o número de concessões seja provisoriamente limitado. A lista entregue por Alessandro Linhares, presidente do sindicato, também pede que as cooperativas sejam fiscalizadas e que o uso da placa vermelha seja implantado, conforme manda a lei. Os moto-taxistas querem seguro individual e de IPVA, melhores condições de asfalto e
HENDRIK AQUINO
Moto-taxistas reivindicam condições de trabalho Vereador Lula Maciel (esq) recebeu de Alessandro Linhares a lista de 15 reivindicações
iluminação na cidade e um curso de condutor de passageiros e atendimento ao cliente – além de isenção da taxa de pedágio nos guichês da Via Bahia.
Ação da Cidadania já atendeu mais de 17 mil pessoas
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Projeto Ação da Cidadania chegou a Portão (foto acima) em novembro com o mutirão de serviços de saúde, defesa civil, orientação jurídica, palestras, oficinas educativas, cadastramento do Bolsa Família, atividades culturais e apoio ao trabalhador. Foi a quarta edição do projeto, que já passou pelo Jardim Metrópole, Jardim Centenário e Pouso Alegre, em Itinga, com uma média de cinco mil pessoas atendidas em cada comunidade. A próxima Ação da Cidadania será realizada em janeiro, no bairro de Areia Branca. Em Portão foram realizados mais de dois mil atendimentos. João Oliveira, viceprefeito e coordenador do projeto, disse
que “a iniciativa aproxima a população dos serviços já oferecidos pela prefeitura e é também uma forma de promover a integração” com a população. Os exames médicos como eletrocardiograma, aferição de pressão, teste de glicemia, orientação nutricional, planejamento familiar, encaminhamento para exames de mamografias, fisioterapia e odontologia estão entre os serviços mais procurados. “É bem mais cômodo ter os serviços aqui em nosso bairro, nem preciso pagar transporte, faço tudo aqui perto da minha casa”, disse a dona de casa Sandra Ribeiro, moradora há 20 anos do bairro de Portão. Um posto de vacinação foi montado no local, disponibilizando as vacinas do calen-
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Crédito: George Wandega
FOTOS: JOÃO RAIMUNDO
dário de rotina infantil e, para os adultos, vacinas contra a febre amarela, Difteria, Tríplice Viral e Hepatite B. A comunidade recebeu também orientações sobre os serviços de fisioterapia disponíveis na cidade, prevenção à doenças sexualmente transmissíveis e informações sobre o tratamento de doenças crônicas. Kátia Maria de Souza, moradora de Portão, levou a família toda. “Hoje eu e toda a minha família fizemos exames de saúde”, disse. A população pode fazer solicitações de poda de árvore, pavimentação de rua, recolhimento de lixo e denunciar obras irregulares. A prefeitura realizou uma revitalização urbanística construindo, na Rua Pequena,
uma área de lazer que leva o nome de Praça da Rua Pequena. “O local vivia sujo e cheio de ratos, agora é um prazer sentar pra conversar com os nossos vizinhos”, conta a moradora Elisângela Reis. Todos os brinquedos da Praça Pequena foram confeccionados em material reciclável, pneus foram transformados em balanços e troncos de árvores em bancos. A Ação de Cidadania em Portão foi encerrado com a apresentação do Coral de Crianças da Chácara Taiti (abaixo) e do Teatro deFantoches da Secretaria de Serviços Públicos (SESP) que abordaram temas ligadosà conscientização da preservação à natureza.
Correios arrecadam presentes para crianças que escrevem ao Papai Noel
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s Correios deram início, em novembro, à campanha nacional Papai Noel dos Correios 2011, que presenteia crianças que escrevem cartas pedindo presentes. Em 2010, foram postadas 1,2 milhão de cartas destinadas ao Papai Noel. Desse total, a campanha arrecadou e entregou 685.698 presentes. Os interessados em colaborar podem participar de duas maneiras: como ajudantes ou padrinhos. Os ajudantes lêem, cadastram informações e selecionam as cartas. Os padrinhos são pessoas que “adotam” uma cartinha, providenciando o presente solicitado pela criança. As cartas são disponibilizadas para adoção em unidades dos Correios. O período de apadrinhamento vai até 16 de dezembro. Os presentes devem ser entregues até 17 de dezembro. Os presentes devem ser entregues pelos padrinhos nos pontos divulgados pelos Correios para que, posteriormente, a entrega seja feita pela empresa. Na Bahia o único ponto de apadrinhamento funciona em Salvador, na avenida Paulo VI, 190, na Pituba. Os telefones de contato são 3346-8092 e 3346-2019. “Dependemos da sociedade, do empresariado, para que se engaje no projeto junto com os Correios e adote, apadrinhem as cartinhas para que a gente possa fazer mais crianças felizes”, destaca o vice-presidente de Negócios dos Correios, José Furian Filho.
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Salva discute segurança pública com moradores de Vilas do Atlântico
Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), associação de moradores do bairro, fez no mês passado uma apresentação pública do novo serviço de vigilância privada no auditório do Colégio Mendel, com a participação do Major José Izidro, comandante da 52ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Euvaldo Daltro, diretor da Topseg, empresa contratada pela Salva, sugeriu que a Polícia Militar recebesse um rádio sintonizado na frequência do serviço de vigilância privada, de forma a acompanhar as ocorrências em Vilas do Atlântico. A 52ª CIPM, que cobre toda a região costeira da cidade, de Buraquinho a Ipitanga, não chegou a abordar a questão, mas apresentou um resumo da estrutura atual no município. A PM planeja sediar no pelotão de Vilas do Atlântico, instalado na praça de
acesso ao Parque Ecológico, uma nova frota de 12 motos para policiamento ostensivo de toda a região. A 52ª CIPM conta hoje, de acordo com a PM, com 13 viaturas e 194 policiais. José Carlos Arruti, coordenador do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) também participou da reunião, fazendo uma apresentação do sistema de monitoramento por vídeo e do novo Observatório de Segurança Pública de Lauro de Freitas. Esteve presente o vereador Lula Maciel (PT). Arruti anunciou a instalação de oito novas câmeras ao sistema, que passará a contar com 50 equipamentos. Uma nova lei municipal acrescentará outras 15 câmeras instaladas na área externa das agências bancárias (leia à página 19). De acordo
com as autoridades, o sistema de vídeo tem flagrado jovens a consumir crack nas alamedas internas de Vilas do Atlântico. O evento destinou-se, outra vez, a motivar mais moradores e comerciantes a participar do esforço de financiamento. De acordo com Kall Fonseca, coordenadorgeral da Salva, as mensalidades pagas pelos cerca de 700 associados não são suficientes para sustentar o serviço adequado, que exigiria mais carros, motos e vigilantes em circulação. Essa mesma questão frequenta a pauta da Salva desde a sua fundação, oito anos atrás. A associação aposta nas funcionalidades oferecidas pela nova empresa de vigilância, contratada em agosto, para convencer mais moradores a associar-se. Entre elas está o monitoramento de alarmes residenciais e empresariais, sem custos para os associados da Salva.
(A partir da esq.) José Carlos Arruti, Kall Fonseca, Major José Izidro e Euvaldo Daltro: apanhado dos recursos de segurança pública 18 | Vilas Magazine - Dezembro 2011
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Nova lei obriga bancos a instalar câmeras na área externa
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Câmara Municipal aprovou em novembro uma lei que obriga todas as agências bancárias de Lauro de Freitas a instalar câmeras de videomonitoramento na área externa. Os equipamentos serão conectados à rede da prefeitura, que já tem mais de 40 câmeras, e monitorados na central operada pelo Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) do Pronasci. O presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Rosalvo (PSDB), autor da lei, diz que as agências “oferecem um risco permanente aos usuários de
caixas eletrônicos” e por isso merecem tratamento diferenciado. O coordenador do GGI-M José Arruti, que aprovou a iniciativa, defende que “todas as empresas e os novos edifícios também deveriam ser obrigados a instalar câmeras” de rua conectadas à central. Ele lembra que o videomonitoramento tem sido usado não só para a segurança pública, mas também para organizar o trânsito e até para identificar focos de dengue. “Todos devem participar do esforço por uma segurança pública que beneficia todos”, reagiu Antônio Rosalvo, “mas a
Monitoramento da prefeitura vai ganhar pelo menos 15 câmeras instaladas na área externa das agências bancárias
obrigatoriedade não pode ser indiscriminada”. Para ele, “tem de ser feito um estudo prévio das necessidades, seguido de consultas à população”. O vereador acredita que “o caso das agências bancárias é especial por motivos óbvios” e promete “avançar nesse tema e discutir a ampliação da obrigatoriedade a outros pontos sensíveis”. De acordo com Arruti, a área externa de duas agências já está coberta por câmeras do sistema público. “Nesses casos, a lei podia prever a instalação em outros pontos”, opina. De acordo com Rosalvo, há 15 agências bancárias na cidade.
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CIDADE
As aulas de capacitação do projeto da ONG Cipó acontecem na Escola de Cadetes Mirins
Jovens recebem capacitação como agentes de comunicação
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ONG Cipó iniciou no mês passado o projeto Agentes de Comunicação para o Desenvolvimento, na Escola de Cadetes Mirins de Lauro de Freitas, selecionando 40 jovens da rede municipal que vão aprender a trabalhar com veículos de comunicação como jornal, vídeo, rádio e internet. Esta é mais uma das ações do Programa Conjunto da ONU em Lauro de Freitas, que está desenvolvendo o plano “Segurança cidadã: prevenindo a violência e fortalecendo a cidadania, com foco em crianças, adolescentes e jovens em condições vulneráveis nas comunidades brasileiras” na região de Itinga. Seis agências da ONU estão envolvidas no trabalho realizado em
comunidades de três municípios brasileiros, com um investimento total de US$ 6 milhões. Segundo Ana Flávia, educadora da Cipó, o objetivo é dar oportunidade ao desenvolvimento humano e social por meio da formação de jovens, para que atuem como empreendedores sociais na área da comunicação, garantindo um futuro melhor, como rezam os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente. O trabalho com a ONG terá duração de um mês e meio e poderá ser acompanhado pelas escolas. “Uma vez que esses jovens são inseridos no mercado de trabalho, servem de exemplo e incentivo para os colegas e para a comunidade”, ressaltou.
Reinan dos Santos, 16 anos, disse que quer “crescer nesse projeto, aprender e transmitir conhecimentos bons”. Ele espera “que essa oportunidade que eu estou tendo agora, outros possam abraçar”. Já Joseane Neres dos Santos, 15 anos, contou que já viu amigos com a mesma idade se envolvendo com drogas. “O projeto é bom porque ocupa a mente dos jovens com algo produtivo”, diz. Para ela, é “através dos meios de comunicação temos a oportunidade de alertar nossos colegas sobre fatores de risco, além de divulgar oficinas e vagas de estágio”. De acordo com Michele Scardua, professora de artes, sociologia, filosofia e marketing pessoal da Escola de Cadetes Mirins de Lauro de Freitas, na faixa etária dos 10 aos 15 anos os adolescentes entram numa nova fase de descoberta do mundo. “Para nós professores, que enxergamos esse processo de formação da consciência, o projeto chega quase como uma tábua de salvação, porque faz um trabalho de acolhimento que em muitas situações, a própria família do aluno não faz”. Os participantes recebem formação intensiva nas áreas de identidade, desenvolvimento, comunicação, gestão e educação financeira, para atuar como co-gestores de centros comunitários de multimídia, construindo e implantando novas formas de intervenção social a partir do uso criativo das tecnologias da informação e da comunicação. A expectativa do projeto é de que os participantes tenham adquirido, ao final do período, conhecimentos, atitudes e competências que os tornem capazes de promover o seu desenvolvimento e da sua comunidade.
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CULTURA
Ereoatá Teatro de Bonecos está de volta com Blup
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grupo local Ereoatá Teatro de Bonecos participa da próxima edição do Festival Nacional Ipitanga de Teatro (FIT) com o espetáculo “Blup: Nem tudo que cai na rede é peixe”. A peça sobe ao palco do Cine Teatro de Lauro de Freitas em janeiro com direção, cenografia e iluminação de Rubenval Meneses e figurino de Eliana Sousa e Eliete Teles, que também assina o texto. No elenco estão Eliete Teles, Eliana Sousa e Valdíria Souza. O espetáculo do Ereoatá voltou a ser encenado no mês passado, quando cumpriu curta temporada no espaço do próprio grupo. Com trilha sonora de Emerson Brandão e Rubenval Meneses e um texto cheio de mistério, o espetáculo conta as peripécias vividas por Blup, um peixinho brincalhão de barbatanas grandes e de escamas coloridas, espécie muito diferente das encontradas nos corais de águas rasas. Por isso ele tem dificuldades de fazer amizade com outros peixes. Ao brincar com seu único e recente amigo, um caranguejo viajante, Blup entra em uma loca misteriosa, que dá acesso ao reino das águas profundas, local que também está ameaçado pela insistente aparição de elementos estranhos vindos da superfície. Na companhia de seus novos amigos, Blup mergulha em uma fantástica aventura provocando uma verdadeira revolução no universo marinho. Personagens engraçados e brincalhões que vão se misturando ao cenário e à iluminação que encantam o olhar, com suas cores e a magia da luz incandescente, fluorescente e fosforescente. A maquiagem é de Eliana Sousa e a produção executiva de Valdíria Souza. O espetáculo faz parte da pesquisa do Ponto de Cultura abrigado pelo Ereoatá e tem todos os seus bonecos e cenários criados a partir de PET, o material de que são feitas as garrafas de plástico, e do papel machê. O grupo manda assim mais uma mensagem, sobre a reutilização de materiais, reciclagem e conscientização ambiental. O Ereoatá quer “despertar nas crianças e jovens uma relação de afetividade e interesse pela natureza, principalmente com os animais, tão distantes da nossa realidade”, destacando os três R: reduzir o lixo produzido; reutilizar várias vezes a mesma
Eliete Teles, Eliana Sousa e Valdíria Souza, o elenco por trás dos bonecos (acima). Blup e um tubarão, em uma das cenas do espetáculo do Grupo Ereoatá (abaixo) e a esquerda, Blup e o cenário submarino inteiramente confeccionado de material reutilizado
embalagem e reciclar, transformar o resíduo antes inútil em matérias-primas ou novos produtos, “evitando que o lixo caia nos bueiros, provocando enchentes e poluindo rios e mares”. O grupo O Ereoatá nasceu do projeto Tupã de Teatro e Arte-Educação, de junho de 1999, a partir de uma audição pública para a formação de uma companhia permanente de teatro por iniciativa do diretor teatral Hirton Fernandes Jr. com o apoio da prefeitura de Lauro de Freitas e da Fundação Cultural do Estado da Bahia. O projeto propunha que cada ator-pesquisador assumisse o papel de multiplicador de sua própria experiência artística, formando e dirigindo seu próprio grupo de atores para fortalecer o desenvolvimento do teatro de grupo e formar novas companhias focadas na pesquisa e na arte-educação. É neste contexto que no ano de 2001 nasce o Ereoatá Teatro de Bonecos, dirigido pelos atores-pesquisadores Rubenval Meneses e Eliete Teles. O grupo foi premiado em 2010 no edital Pontos de Leitura da Bahia com o Projeto Leitura de Mundo com Teatro de Bonecos, quando iniciou a pesquisa do espetáculo Blup, criando bonecos e cenários a partir de garrafas PET, papel, sacolas plásticas, retalhos, isopor e madeira. O trabalho estreou em agosto no Ereoatá Teatro e está na sua segunda temporada. Atualmente o Ereoatá é formado por quatro bonequeiros-pesquisadores. Quatro deles são educadores e atores graduados no curso de licenciatura em Teatro pela Universidade Federal da Bahia.
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A solidariedade (ou a falta dela)
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ogar latas de refrigerantes e outros detritos pelas ruas e avenidas, bater em mulheres e crianças, abusar do poder manipulando as pessoas e ouvir som alto, sem respeitar o silêncio dos vizinhos e de outras pessoas são situações que presenciamos diariamente – e muitas vezes nem nos indignamos. É este o tema do espetáculo teatro de rua “Procura-se uma farsa de amor”, que será apresentado em praças públicas até janeiro, sempre às 17h. A encenação é da nova trupe local OPA!Lhaços, com texto de Marcos Moreira, estudante do curso de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com direção de Tonny Ferreira, graduado em teatro também por esta universidade e produção da diretora teatral Simone Requião. A encenação é dos atores Marcos Moreira e Eveline Ferraz. A linguagem do teatro de rua e do circo tem o condão de desarmar a platéia para uma mensagem que de outra forma seria recebida como pieguice. Marcos e Eveline incorporam ora o correto, ora o mal-educado, sempre em choque e sempre recorrendo à técnica e às gags tradicionais do gênero. Estão presentes a mímica, a composição gestual contradi-
Os atores Marcos e Eveline em cena do espetáculo de rua que apela à solidariedade no dia-a-dia tória, o contato direto com o público e até mesmo uma pequena acrobacia – além, claro, do humor histriônico. O espetáculo será mostrado na Largo do Isaque, em Itinga, nos dias 3 e 4, no Parque Santa Rita, próxima à igreja de Santa Rita, nos dias 10 e 11, no Largo do Sossego, nos dias 17 e 18, no Largo Francisco Pereiras, em 14 e 15 de janeiro e na Praça do Caranguejo, em 21 e 22 de janeiro. A mostra é inteiramente gratuita. A concentração de apresentações em Itinga tem razão de ser: a peça foi contemplada pelo “Programa Mais Cultura – Edital Microprojetos do Território de Paz do Pronasci”, o Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania – que em Lauro de Freitas aplica-se apenas àquela região. Mas o grupo já tem apresentações
do mesmo espetáculo programadas para o Teatro Módulo, em Salvador. Grátis mesmo, só nas praças de Itinga. Rosas brancas e vermelhas serão distribuídas à platéia depois de cada apresentação, reportando ao amor e à paz que se quer estimular no bairro e dentro de cada um de nós. Parte do programa é avaliar a receptividade e o impacto do espetáculo na comunidade, por meio de entrevistas com o público. O cuidado na produção de cada elemento cênico, um destaque desta produção, está presente no colorido e funcionalidade do cenário de Maurício Pedrosa, reproduzindo um picadeiro. A técnica de palhaçaria ficou a cargo de Felícia de Castro, a técnica de circo é de Edi Carlos “Binho”, os figurinos de Lorena Rocha e o som de Miguel.
Cláudio Márcio mostra o Apocalipse em exposição de arte em Portão
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artista plástico Cláudio Márcio, morador de Lauro de Freitas há 18 anos, expõe os “Anjos do Apocalipse, as sete trombetas” no Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira, em Portão, até 14 de dezembro. As telas são parte do seu trabalho de conclusão do curso de Artes Plásticas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A visitação é gratuita e das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. O tema da exposição resulta do “interesse e fascinação pelos mistérios bíblicos e suas narrativas escatológicas”, diz o artista. Ele propõe também uma relação entre acontecimentos e problemas “de ordem natural e social hodiernos com a narração bíblica”. O orientador do trabalho, na Ufba, é Onias Vieira Camardelli. Na sua pintura, Claudio Marcio busca ora o equilíbrio dos clássicos, ora os contrastes barrocos, ora a ousadia das pinturas contemporâneas. O resultado é uma mescla de vários estilos e pinceladas, diversas tendências e estilos artísticos. O artista acredita que nenhuma tela deve ter o mesmo tratamento da outra, “tendo cada uma sua beleza particular”. Márcio acredita que seu trabalho “retrata uma crítica social, uma visão de mundo e seus questionamentos diante da fragilidade da vida e o esgotamento das boas expectativas”. Essa abordagem decorre, segundo o artista, das “constantes lutas e conflitos humanos com a sua própria existência neste mundo”.
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CULTURA
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EDUCAÇÃO
Pó Compacto volta ao palco com a voz de Sandra Ribeiro
ma adaptação da produção teatral Pó Compacto, de Marcos Morgatto e Renato Lima, sobe ao palco do Cine-Teatro de Lauro de Freitas nos próximos dias 20 e 27 de dezembro. A peça original, encenada em 2009 na cara e na coragem, sem qualquer apoio financeiro deu origem a um dos 13 projetos de Lauro de Freitas aprovados pelo edital “Mais Cultura Microprojetos para os Territórios da Paz”. A produção “Procura-se”, de Marcos Moreira (leia à página 23), e o projeto “Berimba da Paz”, de Mestre Sérgio, estão entre os contemplados. O incentivo à produção cultural é um subproduto do Pronasci. O objetivo é dar “acesso à produção, ao reconhecimento e ao consumo de bens culturais”. O apoio é destinado, entre outros, aos pequenos produtores culturais residentes nos bairros definidos pelo Pronasci como Territórios da Paz, caso de Itinga. A adaptação de Pó Compacto para a platéia do Pronasci – adolescentes a partir de 14 anos – substitui a atriz Maíra Gotichald pela cantora e compositora Sandra Ribeiro. O roteiro, originalmente um monólogo de Morgatto e Lima, também diretor da peça, foi revisto para recepcionar a competente voz de Sandra. A idéia ainda é abordar a lei Maria da Penha, chamando atenção para a violência doméstica contra a mulher, mas a protagonista agora sonha com um espetáculo que jamais acontecerá – embora o público o acompanhe nas fantasias de Elizabeth Marie, a personagem.
Sandra Ribeiro em cena do novo Pó Compato: repertório em palco
Avaliações: provas, trabalhos & notas Lilian Silva
A Em função da platéia juvenil, já não existe a cena de nudez, fundamental, em que ela entrega à platéia a memória do abuso sexual sofrido na infância. Sandra Ribeiro promete que o roteiro musical desempenha um novo papel no contexto geral. Os músicos Felipe Cunha e Paulo Reis acompanham a cantora, que também estará “a cappella”. O repertório traz Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Vanessa da Matta, Marina Lima e muitas outras além de – é claro, Cry Baby de Janis Joplin. O original, embora estivesse em busca do “politicamente correto”, valia a experiência. Já a versão “Pronasci” vale, no mínimo, a voz de Sandra.
h, as avaliações... Quase “indesfazível” nó da Educação. Pesadelo de pais, professores e, claro, quase sempre, de estudantes também. Semana passada, foram aplicadas as provas. Provas da matéria que leciono... Trinta estudantes por sala, em média... E, estranho, noto que eu fico mais ansiosa do que eles. Durante as correções, vem a certeza de que não o faço sem razão. Explico: tenho a impressão de que, para uma parte dos alunos, eu passei as aulas coreografando uma dança esquisita em meio à sala. Só pode ser. Creio que esses, a despeito da audição em perfeitas condições, nada ouviram. Ao menos, nada do que falei. Para outro tanto, até me fiz ouvir. Porém não me fiz entender como eu planejara. Para outra parte - graças aos céus!!!! – estavam na mesma frequência que eu... Aquela: a de “eu me esforço para aprender e você se esforça para ensinar”. Resumo da ópera: nada além do que o normal. Mas, lamentavelmente, o normal é tão aquém do que professores esperam!!!! Aplicar prova me deixa, invariavelmente, doente. Porque sempre acho – um achar meio que tendo certeza – que a tal avaliação não está sendo ampla o suficiente, de que não está privilegiando diferentes tipos de inteligência, de que não estou trabalhando com uma prova adequadamente operatória e sempre, sempre aparece ali, na minha consciência, em neon piscante, que posso estar privilegiando mais a inteligência e menos o esforço pessoal. Ou ao contrário. Eu sonho com a avaliação perfeita... Aquela em que o estudante se sente confortável e, ao mesmo tempo, valorizado em seu esforço. Por isso, adoro dar quilos de pequenas avaliações de naturezas diversas e, através delas, notar como podem se expressar por escrito, oralmen-
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Pedagogia Waldorf: alternativa aos métodos tradicionais de educação
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te ou plasticamente, como pesquisam e levantam intrigantes perguntas, como relacionam o que estamos estudando ao mundo no qual estamos inseridos, como se esforçam no sentido de melhorar a apresentação estética de seus trabalhos. Importante também poder avaliar (e pontuar para o maior interessado: o estudante) o esforço, a organização, a pontualidade... Porque isso faz parte, sim! Tudo isso daria mega-certo se o “aprendente” fosse justamente isso: um ser apto a aprender, uma criatura que se interessa pela própria aprendizagem. Aí moram minha ansiedade e minha frustração: como avaliar o adolescente que não quer porque não quer desenvolver interesse nenhum pelos temas, pelas aulas, pelas dinâmicas? O que mais posso eu fazer para que as aulas - e o conhecimento que delas emerge - sejam sedutores? Complicado esse papo de motivação. Posso fazer de tudo, usar todas as técnicas, todo talento, energia, todos os materiais tradicionais e inusitados, mas se o estudante se recusa a aprender e insiste em refutar qualquer possibilidade de conhecimentos, numa espécie de anorexia da aprendizagem, o que me resta fazer? Caneta vermelha numa mão e atividades de recuperação na outra. Aguardem-me, pois as possibilidades são “ou aprende ou aprende”. E eu vou avaliar tudo isso! Lilian Silva é licenciada e bacharel em História pela USP, professora da rede pública e privada de Ensinos Fundamental e Médio. Publicou coleções didáticas de Português – Interação & Transformação – pela Editora do Brasil e de História – História da Bahia – pela Editora Ática. E-mail: lisantossilva@hotmail.com
ontribuir para a formação do ser humano integral respeitando cada uma das etapas do seu desenvolvimento. Essa é uma das principais características da Pedagogia Waldorf, prática originária da Antroposofia, que ao longo das últimas décadas tem se firmado no Brasil e no mundo como uma das respostas possíveis para a desafiadora tarefa de formar homens livres, donos de seu próprio destino. Recentemente, as práticas pedagógicas implantadas no último século por Rudolf Steiner ganharam destaque na mídia após o jornal The New York Times divulgar que diretores de grandes empresas do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), incluindo Apple, eBay e Google, optavam por escolas de orientação antroposófica na hora de educar os filhos (leia em http://www.sab.org. br/pedag-wal/artigos/NYTWaldorf-Peninsula.htm/). O assunto chamou atenção, pois um dos princípios desta pedagogia está em abolir a televisão da rotina infantil e utilizar o computador apenas a partir do Ensino médio. O que, então, tanto encanta esses homens habituados à alta tecnologia se entre as principais ferramentas da Pedagogia Waldorf estão quadro negro e giz colorido, lápis e cadernos, giz de cera e agulhas de tricô? A resposta é simples: saem os computadores e lousas eletrônicas e entra o cultivo da convivência harmoniosa e do respeito mútuo entre os seres, a partir de uma abordagem artística que sustenta todos os conteúdos apresentados em sala de aula. Na prática, isso significa dizer que as crianças aprendem a partir de brincadeiras, jogos tradicionais ao ar livre, prática artística e experimentação culinária. Para a pedagoga Miriam Teles Von Hauenshild, que há 10 anos fundou a Escola Acalento em Lauro de Freitas, instituição pioneira na adoção da Pedagogia Waldorf na Região Metropolitana de Salvador, é papel da escola, em parceria com a família, abrir os caminhos para que esse aluno, futuramente, possa tomar nas mãos as rédeas de sua própria vida com a necessária responsabilidade. A prática pedagógica adotada escapa
aos padrões tradicionais ao buscar compreender as necessidades específicas dos alunos, respeitando características físicas, anímicas e espirituais de cada faixa etária. “Ao invés de formar crianças adaptadas para o mundo, Rudolf Steiner nos convida a cultivar em cada uma delas a força necessária para que elas possam intervir neste mesmo mundo”, observa Míriam. Nesse caminho, aponta, liberdade e autoridade amorosa devem andar juntas. “Muitas vezes o que encontramos é muita repressão nos momentos de ‘formatar’ intelectualmente alunos e muita ‘liberalidade’ quando nos defrontarmos
com desafios éticos e morais”, observa. Em sala de aula, a teoria transforma-se em prática e palavras como amor e a arte ganham espaço como veículos privilegiados sustentação de todas as disciplinas. Mesmo na apresentação de conteúdos mais ortodoxos de matemática ou português, por exemplo, o professor busca exemplos concretos em situações cotidianas para ilustrar as exposições em sala. A avaliação do rendimento escolar também se distancia das fórmulas tradicionais, pois valoriza as conquistas individuais de cada criança. “Um dos avanços dessa pedagogia é reconhecer que a principal lição não vem do que está escrito nos livros e manuais, mas nasce do convívio e da relação sincera e afetuosa entre professor, alunos e familiares”, destaca Miriam.
Rua Priscila Dutra, 541. Vilas do Atlântico. Tel.: 3379-9180 www.escolaacalento.com Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 25
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Imbassaí, dos encantos à lição Texto: Gilka Bandeira Fotos: Mário Espinheira Exclusivo para a Vilas Magazine
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á vai longe o tempo em que a riqueza do cidadão era medida pelos pés de coco que possuía e o vasto coqueiral não tinha tamanho. Ainda vai mais longe o tempo dos índios tupinambás que deram nome de Imbassaí ao lugar. As eras são bem outras, mas o “caminho das águas” continua, entrando aqui, saindo ali, formando bacia ou riachinhos, cascateando acolá, alisando-se mais adiante, estirando-se na praia, largamente serpenteando paralelo ao mar em azuis e violetas, às vistas do circundante denso verde da mata e do manguezal, até achar a barra do deságue. Não há quem não se encante e queira, voltando à singeleza primordial, entregar-se ao vadiar sem amarras nem senões, para simplesmente saborear o existir. Os belos amplos espaços abertos sob o céu muito claro e o refrescar do vento constante tocam as almas e faz todo mundo ser bom ao menos enquanto
ali está. O encantamento começa ainda no acesso, quando saindo da ponte se vai à praia pelo rio, numa embarcação que chamam de jangada, mas que, sem os característicos paus roliços, velas e banquinhos de madeira, mais se parece com uma barcaça movida à vara que tem cobertura e cadeiras plásticas sobre ela. A vida mansa Todos vãos de coletes salva-vida, por determinação da Capitania dos Portos, muito embora a profundidade máxima não passe de metro e meio, como revelou o pescador Osvaldo Carvalho Laudano. “Há trechos em que a embarcação chega arrastar no fundo”. Ao outro lado também se chega a nado ou mesmo andando, mas sem dúvida a pitoresca jangada é muito mais interessante. O rio limpo na praia é a grande atração. Além do estonteante efeito cênico e da boa opção de banho, é lugar de se cumprir a gostosa ociosidade. Sentado dentro d’água debaixo de sombreiro e servido pelas barracas próximas, fica-se o dia todo, comendo e bebendo
sem se sentir as horas passarem. E tem-se o mar onde pôr o olhar a se perder no infinito, enquanto se espera a maré vazar, porque o banho nas salgadas águas somente se dá quando a maré baixa deixa vastas poças entre arrecifes. Nas outras horas, apenas os surfistas se aventuram em tão forte mar. Até pescador experimentado, como Osvaldo, só pesca quando o mar está liso e o vento fraquinho. E ainda tratando-se de água tem-se a cachoeira D. Zilda, na Fazenda Feitosa, e a lagoa Jauára. Porém, o encanto de Imbassai não se restringe ao caminho das águas, também a paisagem criada pelo homem é cativante, principalmente depois da recente urbanização.
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Bom é caminhar pelas ruas calçadas com pedras e livre das poluentes propagandas. Ao contrário de outros lugares, ali não existem outdoors e placas, as indicações se limitam a discretas setas nas encruzilhadas e aos nomes artisticamente postos nas portas dos estabelecimentos. Bom é admirar as construções de feitio original, harmoniosamente integradas ao meio ambiente, com engenhosas soluções arquitetônicas, que possibilitam a conservação da natureza e quebra a monotonia, ampliando a diversidade e a sensação de bem estar que a contemplação estética proporciona. E, depois de tanto andar, sentar numa das simpáticas pracinhas ou fazer as refeições nas varandas, nos pergolados ou noutros aconchegantes ambientes dos inusitados restaurantes. Quase todos os
Ciclovia no calçadão na orla do Rio Imbassaí estabelecimentos comerciais valorizam as plantas e a decoração caprichada nos mínimos detalhes, como as cortinas de renda e os objetos antigos da Pousada Sitio da Fonte e o peixe artesanal de madeira e cordas na parede de um chalé da Pousada Terra Doce. Bom também é visitar a igrejinha de Nossa Senhora das Dores em torno da qual cresceu o povoado, ou algumas das 35 charmosas pousadas, todas instaladas em grandes áreas verdes, cada uma com sua peculiaridade, desde as luxuosas até as mais toscas, mas sem perder a singeleza, satisfazendo todos os gostos. Na Aldeia Banzaê, por exemplo, rústica e totalmente integrada à natureza, as cabanas com telhados de palhas estão enlaçados pelos tentáculos de enormes cajueiros. Pedro Celestino, ou melhor, Pedrinho, o dono da Banzaê, diz ter o cuidado de ver se o turista tem perfil adequado ao lugar, “para que não haja decepções e problemas. O nosso único luxo é a ausência de barulho de carro na porta. É o sossego, o som do mar, o cantar de passarinhos”. A Lagoa da Pedra, fazendo jus ao nome, tem um imenso lajedo na entrada e uma lagoa no interior, costuma receber grupos alternativos de terapias holísticas, como biodança; O hotel Pousada Imbassai é a preferida por famílias inteiras, o Sitio da Fonte, instalada em seis mil metros de terreno, grande parte mata intocável, é perfeito para os ecoturistas. Os bangalôs tem jardim florido na frente e ao fundo, varanda elevada dando para a mata e o rio Imbassaí Pequeno, que limpo corre na propriedade com traíra e robalo e pode tomar banho.
Bom ainda é passear de “quadriciclo ecológico” na nova ciclovia de 6 km, que ladeada por mata circunda quase todo o lugarejo. Melhor se tiver sorte de pegar o pilotado pelo espirituoso garoto Jean Santos, 12 anos, e poder ouvir a sua fala inteligente expressas em frases bem concatenadas e vocabulário pouco usual para sua idade e condição. Estes veículos, glamour de Imbassaí, chegaram com a urbanização. Jean conta como foi: “A prefeitura cedeu oito quadriciclos ecológicos, quer dizer, vendeu por R$2.400,00 para ser pago R$145,00 todo mês. No mesmo dia todos foram vendidos. Meu tio comprou, eu dirijo e a gente divide o que apuramos.” A lição Mas, por trás destes encantos, há outro encanto que sustenta todos os outros, ou melhor, que garante que eles continuem existindo: a atitude da comunidade. Sensivelmente conscientes e afetivamente ligados ao lugar, quase todos que alí vivem procuram estar unidos, ativos, zelosos, participantes, vigilantes na construção e manutenção do estilo de vida que escolheram para viver. Estilo este que se constitui uma lição não só de sustentabilidade, mas da sabedoria de vida. Sabem que a galinha de ovos de ouro, tanto para os negócios quanto para a vida pessoal, é a conservação da paz e da beleza. Querem continuar sendo um pólo turístico, mas sem depredações. Zelando pelo ecossistema composto de mata atlântica, mangues, cachoeiras, dunas, lagoas e significativa fauna e flora. Procuram impedir o crescimento desordenado e predador. E buscam construir u Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 27
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Um agradável passeio de jangadas nas águas mansas do Rio Imbassaí. Abaixo, banhistas desfrutam do encontro do rio com o mar a identidade vinculada à arte e à cultura, como mostra a recém realizada Semana de Arte e Cultura de Imbassai - Saci. Um exemplo deste comprometimento é também demonstrado por comerciantes que adotaram jardins em frente dos seus estabelecimentos, como o Jerimum Café, o Hotel Pousada Imbassai, o Três Marias, Restaurante É Massa, Costa dos Coqueiros, Balalaika e tantos outros. Esta postura responsável também se evidencia nos depoimentos dos empresários locais. O compositor Beto Pitombo, proprietário da pousada Sítio
da Fonte, ressalta que “a maior riqueza de Imbassaí ainda é o verde, com várias áreas de mata nativa. Se devastar a gente perde a riqueza”. Beto e sua mulher, Silvana, acompanharam e sofreram com a urbanização, mas ficaram satisfeitos com o resultado. “Confesso que tive receio que houvesse muita devastação e Imbassaí perdesse o encanto. Aconteceu a derrubada de algumas árvores, mas somente o inevitável. Houve cuidado em preservar o máximo. O processo foi muito desgastante, com brigas, transtornos das obras na porta da pousada, mas agora podemos dizer que valeu a pena, ficou muito bom”, afirmou. Segundo Alexandre Pedrosa, destacado empresário de Imbassaí, proprietário do Hotel Pousada Imbassaí e do Lagoa Jauára Village, um dos mais atuantes “fiscais do local”, informa que já foram tomadas algumas medidas para garantir a sustentabilidade do lugar: “o disciplinamento do acesso nos fins de semana e, sobretudo, o cuidado da Prefeitura quanto ao uso do solo. As leis vigentes restringem bastante o crescimento. Os lotes aqui só podem ter no mínino 1000m².” E os empresários estão atentos para fazer as leis serem respeitadas. “Os comerciantes de modo geral se preocupam com o que está acontecendo aqui, não ficam de braços cruzados, não são só empresários em busca de lucro, são moradores e procuram zelar pelo lugar que
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escolheram para viver, justo porque é paradisíaco. Ninguém quer ver isto se perder, eis a diferença daqui”. Histórias de vida como a de Beto Pitombo e Veralice Faina, proprietária da Pousada Terra Doce, comprovam a afirmativa de Alexandre. Casos de amor Veralice, ou Vera, como é chamada por todos que a conhecem, veio de São Paulo há 16 anos para construir e morar na pousada. Ela e o marido já tinham o terreno há 25 anos, mas só quando a Linha Verde chegou, em 1996, resolveram realizar o sonho. “Na verdade, o desejo era de meu marido. Como se sabe, 90% dos paulistas sonham construir e morar numa pousada. Eu acabei herdando o sonho dele”. No inicio foi dureza, “aqui só havia areia branca e coqueiros, tivemos de fazer tudo isto, começamos com cinco cabanas”. Uma das maiores dificuldades era levar e buscar os filhos na escola, em Lauro de Freitas. Isto agravado com o pouco movimento, havendo mês em que só contaram com três diárias. Mas fascinados pelo lugar, persistiram. “Quando nos separamos meu marido foi embora mas eu continuei aqui. E eu, que sempre fora urbana, virei nativa de Imbassaí. Adoro Imbassaí, estou feliz aqui.” Além de batalhar pelo crescimento e aperfeiçoamento da sua pousada, Vera também acompanhou todo o processo de urbanização, conseguido com muita luta. “Hoje me sinto orgulhosa quando os hospedes che-
O garoto Jean Santos, de 12 anos, (dir.) oferece passeios de ‘quadriciclo ecológico’, na nova ciclovia de 6 km (acima). Abaixo, paisagem bucólica que traduz a singela do lugar.
gam aqui e elogiam Imbassaí. Ela acredita que Imbassaí pode ter futuro brilhante, “se nos reunirmos e brigarmos pelo plano de conservação, para manter as praças cuidadas, evitar a ocupação desordenada, preservar a natureza, fazer com que a vila continue linda. Vale a pena lutar para conseguir a manutenção. Se a gente se acomodar, pode degringolar”. Beto tem mais tempo em Imbassaí, 22 anos. Quando chegou só havia quatro pousadas. “Vim fazer casa de veraneio junto à Fonte das Moças, uma bacia do rio onde as mulheres iam lavar roupa. Aqui era um pasto que a dona alugava para cavalos, só tinha capim e coqueiro”. Mas depois resolveu construir a pousada. Então com os resíduos da vegetação deixados em paz e com as novas plantações de árvores nativas, a mata cresceu. “Agora ninguém corta mais nada. Mantemos um corredor ecológico para teiús, cotias, tatus, saracusas do brejo, sapos, além de garantir o refúgio para os pássaros. Sentados na varanda suspensa, podíamos constatar isto. Bem em frente a nós, dois enormes ninhos de Casaco de Couro. E como eles não param de trabalhar, logo chegou um com enorme graveto no bico para colocar no ninho, mas antes, o barulhento anúncio de chegada no canto peculiar. Comentamos a laboriosidade deles e Silvana, mulher de Beto, contou que os belos e melodiosos sofrês, ao contrário, não fazem ninhos e costumam ocupar os dos Casaco de Couro. Beto não é só um empresário, nem a sua pousada se destina tão somente aos hóspedes, ela é também seu recanto de criação. “Adoro ir para beira do rio e deixar a inspiração vir”. Não é à-toa que ele seja um compositor eclético, fazendo incursão por diversos gêneros musicais, algumas música de cunho ambientalistas. E com a pronta identificação das partes, a entrevista u Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 29
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região virou um bate-papo amigo e logo ele pegou no ‘bambino’ (um violão pequeno que lembra um cavaquinho), e deu uma canja para a repórter e o fotógrafo, mostrando porque, por dois anos consecutivos, suas músicas ficaram entre as 14 finalistas do Festival de Música da Educadora. Sem dúvida, a vida mansa, o aconchego das matas, o silêncio e a beleza são inspirativos.
Pousada Lagoa da Pedra
Pousada Sítio da Fonte
Urbanização e Conservação Parece que Imbassai teve o dom de reunir muitos destes apaixonados e daí que o modelo adotado tem tudo para se sustentar. Fazem com que se esteja ciente da necessidade de se manter a união e a vigilância. Segundo Vera, o plano de urbanização se arrastou por longos anos, passou por gestão de outros prefeitos, até se concretizar. “Está maravilhoso, mas a gente tem de se unir, e brigar para conseguir manter. Não adianta nada a urbanização se não for mantida”. E ela tem razão ao enfatizar a manutenção, pois como a reportagem constatou, já havia depressões no calçamento de algumas ruas, criando poças de chuva. Alexandre lembrou que o processo de urbanização foi democrático. “Houve várias audiências, a partir das quais ocorreram mudanças no projeto para atender à comunidade, como o caso de se desviar a ciclovia em certo trecho para não se aterrar um charco, ou de se deixar algumas ruas sem calçamento”. O poder público continua junto à comunidade e de três em três meses ocorrem reuniões da Prefeitura com associações de comerciantes da área de turismo. O empresário também salientou a importância da manutenção. “No momento em que houve a urbanização, se abriu Imbassaí para o mundo. Se a comunidade não ficar atenta, o lugar deteriora. É preciso ter cuidado com os mínimos detalhes, vendo o que não está funcionando, cobrando
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soluções dos responsáveis”. A luta agora é pela construção das estações elevatórias do esgoto. “O planejamento já foi feito, mas ainda não foi definida a execução”. Ressalta Alexandre e Vera corrobora, dizendo: “A urgência é o esgoto. O fluxo turístico está aumentando e as fossas não vão aguentar. Vamos precisar de união”. Outro ponto importante para ela é a identidade cultural de Imbassaí. “Já há algum tempo, Mariônio promove a corrida de jangadas, saindo da ponte até a barra, com premiação para quem chega primeiro e para a mais enfeitada. Agora o projeto Saci vem reforçar”. (veja matéria adiante). Casa da Mata Outra boa surpresa em Imbassaí foi encontrar uma escolinha que se pode chamar de escola modelo, desde a forma como foi concebida, de como é mantida e pela adoção da pedagogia Waldorf, que apesar de bem apropriada, é pouco adotada no Estado. A escola surgiu do interesse de alguns pais em dispor de uma escola de qualidade. Os pais e fundadores realizam várias funções na escola como voluntários, a exemplo de André de Moura, proprietário do Jerimum Café, mas todos os demais são sempre envolvidos, inclusive em muti-
ESCOLA MODELO – A Casa da Mata é mantida pela Associação Educacional de Imbassaí rões, para que efetivamente participem do processo educativo dos filhos. Atualmente são 25 crianças de 2 a 6 anos, a maioria bolsistas, assistidas por duas educadoras e duas auxiliares, sob a coordenação de Mayumi Dantas Hori. A Casa da Mata também interage com a escola municipal, realizando uma vez por semana o Teatro de Brincadeira com a participação de crianças que vão para o 1º ano, tendo em vista prepará-las para a nova etapa de aprendizagem. Como são pou-
cos alunos pagantes, a escola precisa ser subsidiada. A Associação Educacional de Imbassaí é mantenedora, mas depende ainda da contribuição de pessoas físicas e jurídicas. Interessados em conhecer a escolinha e de alguma forma contribuir com o projeto pode entrar em contato com Mayumi pelo telefone 8179.1923 ou pelo e-mail: educaimbassai@gmail.com
Banho doce no Rio Imbassaí.
Hotel Pousada Imbassaí
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O SACI de Imbassaí Texto: Gilka Bandeira Fotos: Mário Espinheira Exclusivo para a Vilas Magazine
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em carapuça, cachimbo, redemoinhos e travessuras, o Saci quer fazer morada em Imbassaí. Após a recente urbanização, a comunidade local procura imprimir uma identidade ao lugar. E que esta identidade seja cultural. Foi com este pensamento que André Gustavo de Moura, proprietário do Jerimum Café e da Nega Fulô Pizzaria e Romilson Augusto dos Santos, professor da UFBA, promotor de eventos e dono do Village Imbassaí, idealizaram a Semana de Arte e Cultura de Imbassai – Saci, realizada de 11 a 20 de novembro, compreendendo exibição de filmes, apresentações musicais de vários estilos, exposição e intervenção coletiva de artes plásticas e fotografias. Para Romilson o momento é bem oportuno. “Imbassaí está em fase de ascensão em todos os sentidos. Anteriormente imprensada ente Sauípe e Praia do Forte, agora ganha identidade própria, a partir da urbanização, facilitando os acessos e aumentando os encantos, aonda mais com a chegada da Reserva Imbassaí, difundindo o lugar. Daí a oportunismo do projeto Saci, valorizando a cultura, trazendo diversas linguagens artísticas, que mesclando-se com a ambiência natural, pode tornar Imbassaí um oásis cultural com arte educativa e também informativa.” Dentro da mesma linha de pensamente, André explica: “O que queremos é que Imbassaí não seja apenas sol, rio e mar,
mas também um reduto cultural dentro de um ambiente natural preservado, um ponto turístico sem degradação.” Para tanto, a intenção é de se fazer ao menos dois eventos culturais de peso por ano, um em cada semestre: o Saci e o Encontro Literário de Imbassaí - ELI, fora de feriados e da alta estação. “A meta é que as pessoas venham aqui para participar destes eventos, que eles sejam geradores fluxo turístico independente de fim de semana, feriados longos e férias. No futuro o lema poderá ser: “Imbassaí, rio, mar e cultura”. Neste primeiro momento, as pessoas que vieram curtir o feriado, se surpreenderam com as performances artísticas e no futuro voltarão para curtir as amostras de arte”, diz André. E ele continua: “Inicialmente pensamos fazer o evento em espaço público, numa praça, mas não havia infraestrutura para isto e os recursos eram poucos. Então partimos para este formato de cada restaurante e algumas pousadas apresentarem uma ou mais atrações durante a semana”. Contudo também foram realizadas atividades abertas na praia, como a soltura de tartarugas, as esculturas de areia e pintura do muro. A participação popular se deu ainda em algumas atrações realizadas em restaurante como o samba de roda na pizzaria É Massa da Praia e o teatrinho de bonecas no restaurante Fundo de Quintal. Para as próximas edições planejam manter o mesmo formato das atrações nos diversos restaurantes e pousadas, aumentando a interação com a comunidade com atividades nas praças. Também o intuito é
Grupo Novatos do Choro
O Jerimun Café abrigou algumas das atrações do SACI manter as atrações musicais de qualidade destinadas a um público seletivo. No final o Saci resultou de uma ação coletiva (80% dos restaurantes abraçaram a idéia e algumas pousadas que foram contatadas em cima da hora), onde cada um dos envolvidos se valeu dos próprios conhecimentos, habilidades e contatos. A principal parceria artística se deu com o Sindicato dos Artistas Plásticos e Visuais da Bahia – Sinapev presidido pelo artista plástico Leonel Mattos, que se dedica a difundir a arte e a despertar a capacidade criativa das pessoas. Os idealizadores lamentaram porém a falta de um espaço adequado, por isso, sonham em criar um Centro de Referência da Cultura, onde seja possível se manter exposições permanentes e desenvolver oficinas. Porque, diz André “o objetivo é também educativo, preparando-se novos artistas, dando oportunidade para que o lado artístico brote, além de formar platéia para espetáculos de qualidade, tudo em conexão com a sustentabilidade ambiental”. Confiante Romilson afirma: “Vamos transfor-
Grupo Botequim
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mar o Saci num evento anual que transcende ao espetáculo, levando as pessoas a viver a experiência com as oficinas, a serem protagonista da cena e não meros espectadores. O evento ainda é pequeno, mas a idéia é grande e é de idéia grande que se faz grandes projetos.” Ele ainda chama atenção para a importância do envolvimento de toda a comunidade, bem como os poderes públicos para que o Saci se torne um projeto de referência: “Já não somos só dois idealizadores, mas vários participantes.” Os artistas e donos dos estabelecimentos participantes se entusiasmaram com a iniciativa. Para Ivan Sacerdote, clarinetista do Grupo Novato do Choro, que fez circuito de cinco apresentações em diversos restaurantes, “é muito boa esta idéia do movimento cultural em Imbassaí. É um lugar propício para a expressão artística”. Também Pedrão, do Grupo Botequim, que
se apresentou no restaurante Fundo do Quintal, gostou da idéia de agregar várias expressões artísticas num lugar tão especial como Imbassaí. “É uma programação de primeira, de bom gosto, tem tudo para dar certo e se repetir nos próximos anos e vir a ser uma atração até para Salvador”. Outra intenção do evento é abrir espaço para música de boa qualidade que não encontra espaço na indústria cultural. Para Beto Pitombo o Saci veio numa boa hora. “Estávamos precisando. Os turistas vinham para o paraíso, mas depois de três dias queriam algo para fazer, e terminavam indo para Praia do Forte. Não significa alterar o sossego, não, pois as apresentações musicais são acústicas e só podem ir até certa hora.” Patrícia Callegari, gerente da Pousada Vilangelim que recebeu o Grupo Novato do Choro garante que “O Saci vai dar uma boa identificação a Imbassaí. Foi um pouco em cima da hora, mas sem dúvida uma ótima idéia”. A Semana, que durou 10 dias, teve como atrações o Grupo Novato do Choro, Michael Mutti (percussão eletrônica), Ivan Sacerdote (clarineta intinerante), Grupo Botequim, Val Santos, Quarteto do Samba, Banda Bus Latino, Silvano Júnior, Noeme Bastos, Percussivo Mundo Novo, Júlia Tazzi, Stand Up Comedy, Two Brothers, Samba de Roda da região, Teatro de Bonecas com Carol Lima, Varal Poético com Arnold Lobo além de exibição dos filmes “Leonel Mattos, a 24 quadros por segundo”, de Tuna Espinheira, “Arquitetos do mar”, “Curandeiros do Jarê” e “Premonição”.
“O SACI veio em boa hora. Estávamos precisando. Os turistas vinham para o paraíso, mas depois de três dias queriam algo para fazer e terminavam indo para Praia do Forte, diz o músico e dono de pousada Beto Pitombo (abaixo). Alexandre Pedrosa (dir.), também pousadeiro e um dos mais atuantes ‘fiscais do local’, louva a iniciativa
GESTORES – André Gustavo de Moura (acima), proprietário do Jerimum Café e da Nega Fulô Pizzaria e Romilson Augusto dos Santos (abaixo), professor da UFBA, promotor de eventos e dono do Village Imbassaí, idealizadores da Semana de Arte e Cultura de Imbassai – Saci
O evento contou com o apoio da Prefeitura de Mata de São João, ZWA Agência digital, Sindaprev, Grand Palladium Imbassaí Resort e Spa, TVE Bahia, CCM Comunicação e a participação dos restaurante e pousadas Balalaika Pyb, Casa Viola, Resort Costa dos Coqueiros, É Massa, Fundo Quintal, Guaya’s, Jerimum Café, Reserva Imbassaí, Villangelim, Pousada Imbassai e Terra Doce. Em síntese, diz André: “Este ano, tiveram muitas falhas, mas as pessoas foram relevando, também fazendo sugestões e em pouco tempo esperamos aperfeiçoar, fazer um barulhinho forte com muita gente crescendo no crescimento da idéia.”
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Especial | NATAL
A magia da Árvore de Natal Com tamanhos variados e até em diferentes tonalidades, a árvore de Natal é um símbolo que precisa existir sempre em toda decoração de Natal que se preze.
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primeiro relato da utilização de árvores no período natalino vem do continente europeu, aproximadamente no século 17. Segundo especialistas, o pinheiro é um tipo de árvore que fica sempre verde, mesmo em épocas de neve. Após 400 anos, ela ainda é utilizada como símbolo nas casas durante a fase que antecede ao Natal. A dona de casa Maria de Lourdes diz que nunca deixou de ter uma árvore de Natal em sua casa, mesmo que fosse pequena, pois montar uma árvore natalina é uma forma de agradecer a chegada de Jesus Cristo. “É um ícone que tem presença em todos os países, mesmo nos que não possuem neve. É uma forma de acolher Jesus Cristo”, afirma ela. A maior mensagem que a árvore de Natal precisa transmitir é a de que necessitamos ser como fôssemos o pinheiro, mantendo-nos vivos apesar dos problemas, dos obstáculos que surgem diariamente. Todos devem compreender a importância dela. E não é apenas a árvore de Natal que possui uma simbologia, os enfeites também são muito importantes. Por exemplo, as bolas que servem para enfeitar a árvore, significam os frutos da vida, que é o próprio Jesus Cristo. Formatos e Cores Além das clássicas árvores verdes, que nos lembram os pinheiros originais, a cada ano que passa as árvores natalinas se apresentam de muitas maneiras: enormes, médias, pequenas. E de várias tonalidades: prateadas, douradas, vermelhas, repleta de cores... O que vale realmente é deixar vivo o espírito de Natal e deixar o seu lar com um clima de festividade, já que, a data merece uma grande celebração. No comércio hoje em dia as árvores que mais são vendidas
para residências são realmente as de cores verdes, em torno de 1metro de altura. Já para as empresas, as campeãs são as menores, que em geral são usadas de brinde. Não ter condições financeiras não é motivo para deixar de enfeitar a sua moradia com uma árvore de Natal. Uma simples cartolina verde e bastante criatividade são o suficiente para preparar uma linda árvore e deixar o clima de Natal entrar a sua casa. É somente confeccionar um cone utilizando a cartolina e enfeitá-la da forma que quiser. Valem utilizar enfeites na cor dourada, pedacinhos de festão coloridos, adesivos e tudo de acordo com sua criatividade, e aguardar que o bom velhinho venha trazendo bastante felicidade, paz e saúde. É importante sempre lembrar que, não importa o tamanho ou a tonalidade da sua árvore, o grande símbolo do Natal é Jesus Cristo. O Natal somente terá força se estiver associado a Jesus. A data correta Todos sabem que existe uma época para a montagem e desmontagem da árvore de Natal, mas muitos não sabem exatamente quando é o momento certo. Especialistas informam que, de acordo com a liturgia, é o período em que estamos nos preparando para o Natal. Essa época deveria ser sóbria, sem a utilização dos enfeites. Porém, o comércio antecipa o Natal e faz com que muita gente passe a enfeitar a sua residência a partir de novembro. Mas se for levada realmente à risca, a data certa seria bem perto do Natal, depois do dia 20 de dezembro aproximadamente. Quanto è época da desmontagem, a data é variável, sendo o mais correto após o batismo do Senhor, que ocorre em janeiro, mas não existe um dia fixo. Em cada ano, ela ocorre em um dia diferente. Saiba mais Um ícone da vida, a tradição da árvore de Natal é bem mais antiga do que a religião cristã e não é exclusivamente ligada a uma só religião. Bem antes da tradição de celebrar
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o Natal, os egípcios já carregavam pedaços de madeira de palmeiras para o interior de suas casas no dia mais curto do ano, em dezembro, para simbolizar a vitória da vida sobre a morte. Os romanos enfeitavam suas residências com pinheiros no decorrer da Saturnália, uma festa de inverno que venerava Saturno, deus da agricultura. Nesse tempo, religiosos ainda colocavam enfeites em árvores de carvalho com maçãs douradas para as festas do Solstício de Inverno. a tradiçãO O primeiro registro referente a árvore de Natal como se conhece hoje atualmente vem do século 17. Na cidade alemã de Strasbourg, que atualmente é território francês, tanto famílias nobres quanto as de pouco poder aquisitivo decoravam pinheiros de natal com papéis e frutas. Logo a tradição se expandiu pelo restante do continente europeu e chegou ao território americano no começo de 1800. A partir daí, a popularidade desse símbolo natalino não parou de crescer. A lenda diz que a escolha do pinheiro como símbolo foi devido a seu formato triangular, que segundo a tradição cristã, significa a Santíssima Trindade que seria: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A árvore de Natal pelo mundo No continente europeu, uma dos costumes de Natal é fazer a decoração de um pinheiro com doces, maçãs e wafers branquinhos, que significa a Eucaristia. De acordo com os especialistas, a decoração de uma árvore de natal precisa ter alguns ornamentos para oferecer felicidade a um lar: lCasa: que significa proteção. lCoelho: quer dizer esperança. lPássaro: representa a alegria. lrosa: significado de afeição. lCesta de frutas: quer dizer generosidade. lPinha: significa fartura. lPapai noel: é a bondade. lCestinha de flores: quer dizer desejos bons. lCoração: representa o amor de verdade.
Procon recomenda cuidados na compra pela internet
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Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon) recomenda cuidados na compra de produtos no Natal. Verificar se há reclamações no cadastro dos órgãos de defesa do consumidor, coletar referências com amigos, averiguar o endereço físico do fornecedor com telefone ou e-mail para esclarecer eventuais dúvidas, saber dos procedimentos para reclamação ou devolução do produto, bem como verificar que medidas o site adota para garantir a privacidade e a segurança dos usuários, estão entre os cuidados sugeridos pelo órgão de defesa do consumidor. O Procon recomenda também não fornecer informações pessoais desnecessárias para as compra e guardar todos os dados referentes à transação, além de questionar a existência de despesas com fretes e taxas adicionais. Sempre que possível, o cliente deve identificar o endereço físico da empresa e seus dados cadastrais por meio do endereço eletrônico exigir nota fiscal e imprimir ou guardar em meio digital o contrato firmado. Embora não exista estatística atualizada sobre o contínuo crescimento das vendas pela internet, o Procon nacional registrou 1.036 queixas de atendimento do comércio virtual no ano passado e adianta que o ritmo de reclamações neste ano está um pouco menor. Foram contabilizadas mais de 800 queixas desde janeiro, contra 892 no mesmo período de 2010. Caso o consumidor não tome cuidados, a compra pode virar uma dor de cabeça, como aconteceu com dona Maria Isabel Escodino Albuquerque, 48 anos, moradora do Núcleo Bandeirante no Distrito Federal. Ela gostou das ofertas de uma máquina fotográfica e de um celular pelo valor total de R$ 590, conforme anunciado no site Compredachina. Só que depois de feito o pedido lhe comunicaram despesas de frete e de alfândega que dobravam o preço anunciado. Ela disse que tentou cancelar o pedido várias vezes e “sempre respondiam que não era possível, porque os produtos tinham sido faturados na origem”. A pendência só se resolveu depois que ela registrou queixa e dois dias depois foi comunicada pela Compredachina do cancelamento do pedido.
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Especial | NATAL
Criatividade e custo baixo nos enfeites natalinos
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stá aberta a temporada de montagem da decoração de Natal. E para que você não se perca entre as tantas ofertas de enfeites disponíveis no mercado, nos mais variados modelos e cores, convidamos a decoradora Hélia Braga para dar dicas do que pode ser aproveitado e o que deve ser observado na hora de ornamentar a sua casa para esta data especial. Em primeiro lugar, Hélia lembra que aqueles bibelôs que foram da sua mãe ou estiveram na sua árvore nos anos anteriores não precisam ser descartados. “Pode combinar perfeitamente com o que encontramos no mercado hoje e com objetos que você mesmo pode criar, o que vem a baratear a sua decoração de Natal”, diz. Se você quer usar a criatividade para fazer algo diferente, evite as figuras batidas do Papai Noel e do boneco de neve. Aposte em símbolos mais próximos da nossa realidade climática, como as flores, os frutos, os galhos secos e as borboletas. As bolas, os sinos e os saquinhos de presente
Neste Natal, as cores e os brilhos estão em alta, mas produtos artesanais e reciclados também ganham destaque não caem de moda. “Fazer um contraponto entre o Natal e o nosso clima traz uma relação tropical para a decoração”, salienta Hélia. Na árvore, as bolas comuns podem ser substituídas, por exemplo, por frutas estilizadas, como pêssego, maçã e pera, adornadas por um laço dourado. Mas, atenção: “Fugir do normal é um risco maior, mas não é por isso que você vai deixar de fazer. Temos apenas que tomar cuidado com os excessos. Uma decoração eclética não quer dizer que A decoradora Hélia Braga dá dicas de como combinar produtos comprados nas lojas com o que se pode criar em casa, inclusive com a ajuda de toda a família
vale tudo, o bom senso será um grande aliado nesta proposta”. Entre as possibilidades de decorações artesanais e de baixo custo, pode-se substituir os laços de fita armada por laços feitos com retalhos de tecido, renda tecida ou plástica, preenchendo-os com um papel de seda da mesma cor ou aplicando um spray de verniz incolor, que os deixa armados, ao secar. Brinquedos e origami “Outra coisa que podemos fazer é pegar objetos que descartaríamos, como pequenos brinquedos dos filhos, pintar com spray em tons de bronze, dourado ou cobre, decorar com laços, galhos secos, pau de canela, flores e outros materiais”, ensina Hélia. Uma alternativa interessante, que ela também recomenda, é fazer enfeites como estrelas, borboletas e flores de origami em papel, que podem ser pendurados normalmente na árvore de Natal. “Na verdade, temos que saber reaproveitar, já que estamos precisando nos adaptar a um u MARGARIDA NEIDE / AG. A TARDE
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APRENDA A FAZER UM LAÇO NATALINO
TRANSFORME BRINQUEDO EM ORNAMENTAÇÃO mundo sustentável”, avalia a decoradora. Se você tem crianças em casa, não deixe de incluí-las na montagem da decoração. É o que tem feito a própria Hélia, mãe de duas meninas de 2 e 4 anos. Junto com as filhas, ela está montando uma árvore em tons de rosa e lilás, que inclui diversos brinquedos e personagens infantis, como a Smurfet, as princesas e o Pato Donald.
1 Corte duas tiras de juta, uma maior e outra menor, nas medidas 10x55cm e 10x40cm 2 Para montar o laço, dobre a tira maior ao meio fazendo a laçada, colocando para dentro a parte desfiada. Na tira menor, desfie as pontas
3 Junte as duas tiras e amarre com um fiapo de juta. Com um retalho pequeno, monte o miolo do laço e costure com agulha e linha 4 Coloque o laço em uma caixa de papelão, para não sujar, e pinte com jatos espaçados de tinta spray acrílica, nas cores cobre e dourado
5 Depois de pronto, o laço fica armado, por conta da juta e da tinta spray. Acrescente um arranjo de flores, folhas, frutas ou pau de canela
Tom sobre tom Neste Natal, as cores e os brilhos estão em alta, mas é preciso cuidado para não cometer exageros. “Este ano veio muito carregado no brilho, mas o excesso de lantejoulas faz perder a sofisticação”, alerta Hélia Braga. Assim, se você vai usar um objeto brilhoso, escolha um laço mais discreto para compor. A mesma atenção vale para enfeites muito coloridos: “Não queira fazer uma árvore convencional e botar no meio um adorno colorido diferente, que vai destoar”. O ideal, segundo ela, é apostar no tom sobre tom. Cores como lilás, cobre e rosa chá estão valorizadas. “Mas se você for do tipo convencional, pode manter a velha combinaçãode vermelho, verde e dourado, que é clássica do Natal e nunca sai de moda, pois se trata de uma tradição e não de uma tendência”, afirma. Iluminação As luzes são elementos importantes, portanto podem ser utilizados desde os velhos pisca-piscas, que agora se apresentam com formatos e lâmpadas diversas, até as velas em castiçais. No caso do pisca-pisca, Hélia diz que devem ser evitados os coloridos ou com fios brancos, que, quando sobrepostos em enfeites de outra cor, como a árvore verde, acabam com o glamour da decoração. Outro efeito luminoso indicado pela especialista pode ser feito com as lâmpadas led portáteis, movidas a bateria. “Elas permitem uma iluminação mais intimista e discreta em alguns pontos, como no pé da árvore, por exemplo”. Valorizam ainda mais a decoração ao iluminar um material translúcido, como o tecido voal. No restante da ornamentação, vale inserir um ou outro objeto no contexto da casa, como galhos secos pintados de dourado ou bengalas natalinas em vasos de planta. As guirlandas também são bem-vindas na porta de entrada ou de um dos cômodos. “Mas não tente entupir a casa de enfeites que tirem o brilho que a árvore tem”, aconselha. Luisa Torreão / Ag. A Tarde
1 Selecione brinquedos dos seus filhos ou pequenos objetos que estejam sem uso, como xícaras e pires de plástico, carrinhos e sapatinhos de bebê 2 Limpe-os, seque-os e depois de bem secos aplique um jato de tinta acrílica para interiores, na cor dourada
3 Pode aplicar também tinta a óleo, caso já disponha, sabendo que demora mais tempo para secar. Faça isso sobre papel de jornal 4 Monte um enfeite de folhas e laçarotes, que podem ser comprados separados e colados para formar um arranjo único
5 Aplique o arranjo no brinquedo, depois de seco. Quando estiver pronto, disponha na árvore de Natal Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 37
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Especial | NATAL
A fartura das festas Agradar os familiares com refeições deliciosas e uma mesa repleta é um grande desafio. Para auxiliar, passaremos ótimas dicas que vão deixar sua festa mais sofisticada
A
tradição é tão forte que, quando se aproximam as festas de fim de ano, a primeira coisa que vem à lembrança são as receitas de nossas tias, avós... As pessoas esperam ansiosas a ceia de Natal e querem provar de todos os pratos da festa, principalmente o mais tradicional: o perú assado. Se determinados ingredientes tem presença garantida e os sabores precisam ser característicos, então como servir o clássico e, ao mesmo tempo, colocar uma pitada de sofisticação e criatividade para que a ceia não seja igual a do ano passado? Com certeza não há uma receita única para a ceia. Em cada região do Brasil são acrescentados sabores locais aos pratos. Muitos seguem com o costume do pernil recheado, mas o que vale é colocar na mesa o que cada família pode fazer de melhor. Não deve faltar nunca um suculento assado, seja de peru ou pernil, que com seu aroma marcante chama todos à mesa. As tradições do lombo, peru, tender e bacalhau são importadas. São alimentos oriundos da culinária européia, se constituindo numa ceia bastante pesada. Uma alternativa brasileira seria bem mais suave, como por exemplo preparar um delicioso peru com farofa de banana. Mesmo sendo importado, a tradição de se consumir peru é bem antiga. O perú é um animal da América do Norte e não se pode afirmar como se iniciou a tradição do se consumo no Natal, mas a iniciativa de engordá-lo o ano inteiro para a ceia é bem antiga. A carne de porco é uma influência da culinária portuguesa e quando não é o prato principal passa a ser o segundo da ceia natalina. As frutas frescas ou secas, as oleaginosas (nozes,
castanhas..) complementam o menu de Natal. Mesmo sendo um cardápio pesado para o nosso clima quente, as tentativas de modificar o cardápio normalmente não vingam. Pode valer tudo? A mãe prepara o peru, uma prima o salpicão e a tia o bolo de avelã. Tem também a farofa, o lombo, o arroz com passas e o macarrão para os que não abrem mão das massas. Esses paladares diferentes e a idéia de fartura fazem com que, na tentativa de se agradar a todos, corre-se o risco de não se agradar ninguém. E é esse o dilema, podemos assim dizer, do Natal. Quando saímos para jantar, por exemplo, existe uma entrada, uma refeição principal e uma sobremesa. Na ceia de Natal, dependendo do número de pessoas, podem existir três, quatro refeições principais. Aí o prazer pode se tornar indigesto. Esse excesso é explicado com o argumento de que, como é apenas uma vez no ano, as pessoas aproveitam para saborear de tudo um pouco. Esse costume vem de antigamente, quando as famílias eram maiores, exigindo o preparo de bastante comida. As famílias foram reduzindo de tamanho, mas as ceias se mantiveram generosas na oferta farta e repleta de sabores. Para deixar os pratos com uma aparência diferente, uma recomendação é apostar em ingredientes sofisticados. A variação precisa existir, mas pode haver ainda uma preocupação com a preparação e escolha do menu. Receitas antigas podem ser melhoradas ainda mais usando especiarias e ervas finas. O rÉveillon Se durante a época de Natal a ceia é familiar, no réveillon a escolha do menu passa por ingredientes praticamente obrigatórios para entrar no ano novo com o pé direito. As simpatias realmente ditam o que pode e o que não se pode consumir à mesa. É romã, lentilhas que atraem o dinheiro, não consumir aves já que elas ciscam para trás e consumir carne suína, que seguem para frente. Pessoas que não são ligadas aos costumes preferem refeições mais leves, como frios, pescados, saladas e frutas. Tudo sempre acompanhado com um belo espumante. É outro tipo de festividade, onde as comidas não são tão pesadas.
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O Peru O símbolo da ceia de Natal necessita de uma preparação cuidadosa. Veja as falhas mais comuns e como evitá-las: Na hora de temperar – muitas das marcas já estão temperadas, porém em geral apenas com sal, o que não é o bastante para deixar a carne com sabor. Utilize ervas e outros condimentos de costume ou prepare marinadas. Perfurar no momento de temperar – oferece a ilusão de que isso serve para o tempero “pegar” melhor. Fazer furos na carne faz com que ela perca umidade.
torne macia. Mel, manteiga, azeite são boas escolhas. Molhar com líquidos frios – não utilize marinada fria ou vinho na temperatura ambiente. Faça o aproveitamento do líquido que fica no fundo da assadeira ou aqueça o molho feito para regar. Requentar – é a falha mais comum: fazer o preparo do peru antes de hora e logo após aquecer. A ave perde toda a sua suculência. Não asse antecipadamente. Se for preciso, assar até certo ponto e deixar para terminar o cozimento minutos antes de servir.
Assar muito – a norma é 60 minutos de forno para cada Kg de peru. Não é necessário deixar mais tempo do que isso. Quando há termômetros que indicam, basta apenas segui-los. Mesmo assim, se existir dúvida, espete a ave e verifique se o líquido que está saindo é transparente. Deixar mais tempo no forno faz tostar a carne, deixando ressecada.
Combinações Toda a ceia precisa de cuidados. Recepção – antes de servir a ceia, servir petiscos, como canapés ou torradas com patê. Arroz de festa – incremente o arroz adicionando damascos e uvas passas, castanha-do-pará e avelãs ou legumes picadinhos. É apenas preparar o arroz comum, refogar as frutas picadas na manteiga e misturar tudo.
Não ter controle da temperatura – a temperatura mais baixa faz com que a carne cozinhe. Já a mais alta doura. Deixe metade da duração de forno em fogo baixo, logo após aumente. No momento de dourar, coloque papel alumínio nas áreas do peru que douram primeiro.
No momento de servir – se existir mais de uma espécie de carne na mesa, o recomendado é não fazer a mistura. Cada uma possui um acompanhamento e gostos particulares.
Não molhar – a cada 15 ou 20 minutos, enquanto a ave estiver dourando, é aconselhável regar a carne para que ela se
Sobremesa – como todos os pratos são pesados, o correto é que a sobremesa seja mais leve, se puder cremes e frutas. Porém, as tradicionais são mais pesadas: tortas, pavês, fios de u
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Especial | NATAL ovos. Para preparar, utilize frutas diferentes das usadas nas comidas. Frutas – faça a hidratação das frutas secas em água com um pouquinho de rum por cerca de 15 minutos antes de utilizar nas refeições. Isso deixará os pratos mais gostosos. Salada – pode ser básica, pois as outras refeições são as estrelas. Não utilize frutas se já tiver colocado na carne e no arroz. O clássico salpicão cai bem. Farofa – pode ser usada como recheio do peru ou não. Se for rechear, prepare
Dicas de alimentação para as festas A nutricionista Paula Castilho, graduada pelo Centro Universitário São Camilo (SP) dá dicas de como não extrapolar na comilança das festas de final de ano. lEvite ficar mais que três horas sem se alimentar. Faça pequenos lanches durante o dia na véspera, pois assim fica mais fácil evitar comer muito durante a ceia. lNão se prive de comer seus pratos favoritos de final de ano. Para não engordar, tente comer pequenas porções acompanhadas de vegetais e frutas. lProcure não abusar das bebidas alcoólicas. Pode não parecer, mas elas são bastante calóricas, veja alguns exemplos: Batidas: 1 copo (100ml) tem 251 Kcal; Caipirinha de vodka: 1 dose (100ml) tem 162; Cervejas: 1 copo (150ml) tem entre 45 a 90 kcal; Champanhe: 1 taça (100ml) tem 110Kcal; Gim: 1 dose (30ml) tem 60Kcal; Licores: 1 cálice (20ml) tem 69Kcal; Vinho branco doce: 1 taça (100ml) tem 142Kcal; Vinho branco seco: 1 taça (100ml) tem 85Kcal; Vinho tinto: 1 taça (100ml) tem 65Kcal; Vodka: 1 cálice (30ml) tem 72 Kcal; Whisky: 1 dose (100ml) tem 240Kcal. lBeba bastante água. Quem está mal hidratado sente mais fome, pois o alimento é uma forma indireta do organismo reter água e por isso emite mensagem para que você coma. lMantenha distancia de alimentos que não necessitem de talheres para comer. Desta forma você elimina escolhas gordurosas e altamente calóricas como salgadinhos, biscoitos, bolos, pães de queijo e pizzas. lAo servir seu prato, comece pegando os alimentos mais saudáveis. Desta maneira vai sobrar menos espaço no prato para as comidas gordurosas. É importante também mastigar bem os alimentos. Quem come muito rápido, além de ter uma digestão mais demorada, deixa de saborear o alimento. lMas se mesmo assim você acabou abusando e comendo muito, não cometa outro erro de ficar sem comer nada no dia seguinte. Uma dica é passar o dia bebendo bastante água e ingerindo frutas, saladas e queijos magros. lAinda que você vá dormir tarde, tente manter um café da manhã saudável no final de semana; isso faz manter o metabolismo acelerado e dá sensação de bem-estar durante o dia. Um bom café da manhã é meio passo para o sucesso de qualquer dieta. lNão passe noites sem dormir ou dormindo pouco. Quando isso acontece, o hormônio leptina, que regula o apetite informa o cérebro que você precisa de mais energia e assim você acaba comendo mais, armazenando gordura.
a farofa com carnes que tenham gordura, como por exemplo, calabresa ou bacon, para que não fique seca, e não ponha tanta farinha. ALFACE COM RICOTA l Ingredientes: 1 alface; 1 xícara (chá) de ricota; 2 colheres (sopa) de suco de limão; 1 colher (sopa) de cebolinha picadinha; 1 colher (chá) de molho inglês; sal e pimenta-do-reino a gosto. lModo de Preparo: Lavar bastante a alface, remover as folhas ruins e o centro. Colocar os ingredientes que sobraram no liquidificador e bater para misturar. Colocar este creme no meio da alface e servir. PERU ESPECIAL lIngredientes. Peru: 1 peru com aproximadamente 4Kg (já limpo); 2 cebolas em pedacinhos; 3 dentes de alho; 1/2 colher (sopa) de molho de pimenta; 1 colher (sopa) de mostarda; 1 garrafa de vinho branco (tipo seco); 3 xícaras de caldo de galinha; 1 xícara de manteiga derretida; sal a gosto; manteiga derretida para colocar no injetor de tempero. l Modo de Preparo: Pré-aquecer o forno a 180ºC. Colocar as cebolas, a mostarda, a pimenta, os alhos, 1 xícara de vinho, o sal, 1 xícara de caldo de galinha, a manteiga e bater bem no liquidificador. Passar para um recipiente, adicionando o restante do vinho e do caldo de galinha e misturar bastante. Colocar o peru em uma assadeira
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sem untar. Segurar a pele do peito da ave com uma mão e, com a outra, empurrar ela para se desprender da carne. Furar a carne e, com a ajuda de um injetor de tempero, colocar a manteiga derretida em diversos pontos do peito da ave. Esfregar o tempero preparado na superfície do peru e injetar também um pouco na carne. Puxar a pele de volta, cobrindo de novo a ave, e costurar com linha. Cobrir com alumínio e levar para assar por aproximadamente 2 horas, regando a ave a cada 20 minutos com o molho que cair na assadeira. Quando o papel já ficar escuro, retirar e deixar o peru no forno até ficar dourado. A FAROFA DE NATAL lIngredientes: 250 gramas de bacon cortado em cubos; 250 gramas de linguiça defumada cortada em cubos; 2 bananas-da-terra em fatias; 1 ramo de couve cortada bem fina; 3 ovos cozidos picadinhos; 1 xícara (chá) azeitonas (verdes e sem caroço); 2 xícaras (chá) farinha de milho em flocos; 1 xícara (chá) farinha de mandioca torrada.
lModo de Preparo: Colocar numa panela o bacon e a linguiça para dourarem no seu próprio óleo. Juntar as bananas, fritar ligeiramente e adicionar a couve. Fritar de novo de forma rápida, adicionar o resto dos ingredientes, misturar suavemente e servir em uma linda travessa acompanhando seu peru e arroz com uvas passas.
A tristeza de Assis Valente
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Nelson Cadena
ssis Valente morreu de tristeza, numa manhã de março de 1958. Se despediu da vida por iniciativa própria, cumprindo a promessa que fizera mais de uma vez aos amigos mais próximos. Assis Valente morreu, já se vão mais de seis décadas, mas, no natal ele está mais vivo do que nunca, na música de sua autoria que os corais dos shoppings já interpretam, ouvi no último fim de semana, e logo mais as estações de rádio estarão a reproduzir. Música natalina, genuinamente brasileira, de versos tristes e melodia alegre, um paradoxo dos arranjos musicais: “Eu pensei que todo mundo/fosse filho de papai Noel/E assim felicidade/Eu pensei que fosse uma/Brincadeira de papel/Já faz tempo que eu pedi/Mas o meu Papai Noel não vêm/Com certeza já morreu/Ou então felicidade/É brinquedo que não tem”. Assis Valente nasceu em Santo Amaro, foi roubado dos pais biológicos e já adolescente vagou pelo interior da Bahia com o elenco de um circo; em Salvador trabalhou como farmacêutico e fez um curso de protético, até que um dia se encontrou com a música. Tornou-se, já morando no Rio de Janeiro, um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos; algumas
de suas criações eternizadas, a exemplo da música natalina aqui referida, ou então Brasil Pandeiro e Camisa Listrada, para citar as de maior “recall” na discografia brasileira. O seu talento não reverteu em meios de ganhar a vida. Não conseguiu viver da música. Enquanto alguns de seus intérpretes enriqueceram, Carmen Miranda, por exemplo, Assis Valente viveu afogado em dívidas; na sua carta de despedida implorava para que o público comprasse seu novo disco “Lamento” e pedia a Ary Barroso que pagasse os alugueis atrasados. Não disse mais nada: “vou parar de escrever, pois estou chorando de saudade de todos, e de tudo”. Seu amigo o embaixador Paschoal Carlos Magno em memorável crônica escrita no semanário Politika, de Sebastião Nery, na edição de 26 de junho de 1972, lembrou a aflição do compositor, uma tristeza que tinha raízes mais profundas do que o sentimento fraterno poderia imaginar. “Era mais de meia noite. Eu morava em Santa Teresa. O telefone furava o silêncio. Era Assis Valente que me pedia socorro. Precisava com urgência me ver, àquela hora mesmo... Assim que entrou na sala de nossa casa parecia mais calmo. Olhou, como era seu costume, para os santos antigos, os oratórios e para o quadro de minha mãe,
pintado por Rescala. Esperava que me revelasse alguma coisa muito seria que o afligia”, conta o embaixador que narra o desabafo do compositor: “Toda vez que me sinto perdido, desesperado, venho para sua casa. Sempre foi assim. Eu vivo obcecado pela morte, um dia me mato doutor, um dia me mato”. Paschoal Carlos Magno prossegue: “Nunca me contava as razões de seu desespero. Fui buscar água. Ao voltar o encontrei chorando, com o rosto escondido entre as mãos abertas. Não bebeu a água que havia pedido. Então me deu um abraço grande e falou: me desculpe doutor, me desculpe. Estou melhor. Esta noite não me mato mais. Ví o senhor, vi o retrato de sua mãe. Ainda tem muita gente boa neste mundo”. Algumas semanas após o episódio relatado Assis Valente deixou a vida ao amanhecer. “Certamente ele me telefonou de madrugada_ supõe o Embaixador_ Na certa ele me chamou ao telefone muitas e muitas vezes, como costumava fazer, eu tinha tomado remédio e não acordei. Sozinho, sem ter seu irmão mais velho para amparar-lhe a queda, matou-se”. Nelson Cadena é jornalista, publicitário e escritor,pós-graduando em Comunicação Corporativa, estudioso em Mídias Sociais e Marketing Digital (ncadena2006@gmail.com) Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 41
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SOLIDARIEDADE
Rotary Club Lauro de Freitas envolve parceiros e reedita campanha solidária “Natal na sua mesa” O Rotary Club Lauro de Freitas e a SALVA estão promovendo a campanha humanitária “Natal na sua mesa”, objetivando arrecadar gêneros alimentícios, não perecíveis, para distribuir no Natal deste ano às diversas associações comuniRotarianos tárias, cadastradas promovem sua no Rotary. tradicional As contribuições campanha de originam-se de disolidariedade versos segmentos, no município desde os moradores de Vilas do Atlântico, dos diversos condomínios da região, dos empresários locais, colégios, faculdades, igrejas de todas as correntes religiosas e demais entidades que se proponham fazer doações. O Rotary e a SALVA, para esta campanha, definiram como slogan duas frases bastante significativas: “Dar de si, antes de pensar em si” e “Quem não nasceu para servir, não serve para viver”. As doações podem ser feitas até o dia 22 e entregues nos seguintes locais: l Sede da revista Vilas Magazine: Rua Praia do Quebra Coco, 33, Vilas do Atlântico. Tels.: 3379-2439 e 3379-2206. l Gráfica Tiposet: Av. Luiz Tarquínio Pontes (ao lado da Bello Ferragens). Tel. 3289-5013. l SALVA: Av. Praia de Itapuã, Vilas Shopping (em frente ao Colégio Apoio), em Vilas do Atlântico. Tels.: 3379-1343 e 3379-2434. l Outros telefones para contato: Jai me Ferreira, 3379-3316 ou 9136-7297. UNIME TAMBÉM É PARCEIRA Coordenadores e alunos da faculdade UNIME estão mobilizados para participar da campanha, participando de uma gincana interna entre os cursos, promovida pelo Núcleo de Atendimento Institucional -NAE, coordenado pela professora Ana Cristina Andrade, que também integra o Rotary Club Lauro de Freitas. O curso que mais arrecadar, respeitando a proporcionalidade do número de alunos em cada curso, receberá um certificado de responsabilidade social e divulgação na edição de janeiro da revista Vilas Magazine.
JOAQUIM RAMOS
Maratona de solidariedade reúne artistas em Lauro de Freitas Acontece dia 22 a primeira edição da Maratona do Bem – Vermelho Bahia. Uma maratona de shows de cunho social em beneficio de crianças, idosos e deficientes de Lauro de Freitas e Salvador. O evento reunirá artistas baianos em mais de quatro horas de shows, com o objetivo de arrecadar o maior número de alimento possível para serem doados à Instituição Beneficente Conceição Macedo (IBCM) e à Associação Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes (ACCABEM). O IBCM é uma organização sem fins lucrativos que atua na prevenção do HIV/ AIDS e a ACCABEM é um hospital de abrigo para idosos deficientes físicos cujo funcionamento depende de doações e trabalhos voluntários. O evento busca unir solidariedade, diversão e entretenimento na quadra coberta do Colégio Acadêmico, em Lauro de Freitas, iniciando às 13 horas e com previsão de termino às 19 horas. A Maratona do Bem ganhou adesão dos artistas Nara Costa, Viola de Doze, Banda Diz Aí, Banda NoTruque, Banda
Motumbá, Jota Veloso e Rebeca Tárique, que já confirmaram participação. A cantora Nara Costa declarou que “será um enorme prazer participar dessa importante campanha em prol do bem estar de pessoas carentes. O que seria das pessoas que dependem de atitudes tão nobres e amáveis como esta? Deus está em nossas vidas sempre e eu quero sempre estar presente nesse tipo de caminhada”. Na ocasião da Maratona será lançado o troféu Conceição Macedo, criado pelo artista plástico baiano, Silvio Mendes. O troféu premiará personalidades e empresas baianas que tenham ações voltadas para a solidariedade. Para participar dessa maratona de solidariedade basta trocar 3kg de alimentos pelo ingresso no dia do evento, ou nos postos de trocas na Rádio Lauro de Freitas FM e na Faculdade Unibahia. Não deixe de participar. Mais informações do evento no site www.vermelhobahia.blogspot.com
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Irmã Carol lança 10º CD “Um Show de Fé” No dia 30 de outubro, a Praça Municipal de Lauro de Freitas, foi alvo de um espetáculo religioso, quando Irmã Carol cantou, orou, louvou e falou do amor de Deus para mais de cinco mil pessoas, que cantaram e vibraram com suas canções inspiradoras, cheias de alegria e fé. Autora das letras das canções que interpreta, Irmã Carol reúne as qualidades e dons de uma missionária apaixonada pela evangelização e pela música. O seu novo CD traz 15 faixas inéditas, com músicas arranjadas cuidadosamente e com uma diversidade enorme de estilos e mensagens. Ela lançou também o seu primeiro CD infantil, com letras simples e claras para passar mensagens religiosas para
Ação solidária para crianças e animais A empresa Patas & Focinhos também entra no clima de solidariedade e promove uma ação social voltada para crianças carentes e animais abandonados. O empresário Márcio Monteiro ainda não definiu a instituição que receberá os brinquedos arrecadados, mas os alimentos, medicamentos e produtos para animais serão destinados ao Abrigo São Francisco, que cuida de animais abandonados em via pública (foto). A campanha vai até o dia 20 e as doações podem ser entregues na própria sede da Patas & Focinhos – Rua Ministro Antonio Carlos Magalhães, em Buraquinho, após a loja CKL. Tel.: 3379-0526. Ao final da ação, a loja sorteará brindes aos participantes.
crianças. Os CD´s podem ser adquirido na secretaria da igreja católica de Vilas do Atlântico e nas Paulinas Livrarias, na Av. Sete de Setembro, em Salvador. Irmã Carol Oliveira é membro consagrado na Fraternidade das Missionárias do Evangelho e trabalha tempo integral na paróquia São João Evangelista, de Vilas do Atlântico, que tem como pároco o padre João Abel, onde ela anima, aos domingos ás 9 horas, a celebração da Palavra para crianças. Contato para show, missas e encontros religiosos podem ser agendados pelo e-mail showdefe@ig.com.br site www. irmacarol.com.br ou telefones 71 41131394, 9971-7288 ou 3369-2912.
Associação promove concurso Miss Autoestima Entre as diversas atividades desenvolvidas pela Associação Beneficente Prol Lar do Idoso – ABPLILF, seu dinâmico presidente Airton Marques promoveu durante três meses o concurso “Miss Autoestima”, objetivando, como o próprio nome insinua, elevar a autoestima das diversas idosas associadas. O concurso não foi de beleza externa, mas de atributos intrínsecos das candidatas, desenvolvidos e explicitados pela mente, coração e espírito. E, nesses atributos, destacavam-se os princípios éticos, valores morais, crenças e valores espirituais. O Rotary Club Lauro de Freitas incentivou a extraordinária iniciativa cidadã e ofereceu sua participação, na aquisição de votos (R$0,10 cada) e na promoção do desfile das misses, por ocasião da 10ª “Festa dos Idosos”, realizada em 1º de outubro passado. O concurso foi um grande sucesso, tendo atingido o significativo número de 87 inscrições de candidatas entre 50 e 83 anos de idade, em uma expectativa inicial de 30 interessadas. As cinco candidatas mais votadas foram Doralice Maria Reis (8.800 votos) Maria Raimunda Frutuoso (5.930 votos), Adélia Bispo Barros (2.211 votos), Maura Ramos de Souza (2.131 votos) e Maria José da Silva (1.839 votos).
Esbanjando simpatia, as candidatas (a partir da esq.), atrás: Adélia, Isaura, Sônia e Valdete Lima. Em baixo: Martinha, Zulmira, Maria José, Silvia, Doralice, Tereza e Maria Raimunda Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 43
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SUSTENTABILIDADE MARGARIDA NEIDE / AG. A TARDE
Isabela Coelho mostra a técnica de paredes de superadobe
Bom para o bolso, melhor para a natureza Medidas práticas ajudam a preservar recursos naturais
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orar bem, com qualidade de vida e sem abrir mão do conforto. Este é o novo sentido que tem sido dado ao conceito de sustentabilidade, desde que novas tecnologias têm chegado ao mercado. Com um pouco de boa vontade, dá para adotar algumas soluções simples que fazem a diferença no dia a dia da sua família, do meio ambiente e no seu bolso. “Tudo começa com abrir a mente para uma mudança de hábitos, e tentar não desperdiçar os recursos”, afirma a presidente e cofundadora da Organização de Permacultura e Arte (OPA), Isabela Coelho. Substituir algumas peças de maior gasto na casa, como lâmpadas, torneiras, chuveiros e descargas, optar por materiais mais ecológicos, como a madeira certificada, construir sistemas de captação de chuva e luz solar, fazer a coleta seletiva. Essas são algumas medidas que podem ser adotadas. Segundo a gestora de projetos sustentáveis de São Paulo, Ana Melhado, que realiza consultoria para obras em Salvador, trocar a descarga e o chuveiro do banheiro já dá resultado: juntos podem representar uma redução de 40% a 70% na conta de água no final do mês. No caso da caixa sanitária, precisa ser substituída por uma dual flush, válvula de duplo acionamento que permite disparar três ou seis litros de água. Ana Melhado diz que quem não quiser trocar
a bacia sanitária completa, o que despenderia mais trabalho e dinheiro, pode comprar apenas um dispositivo que adapta à descarga para o acionamento duplo, e não custa mais do que R$ 40. Os chuveiros, cuja vazão costuma ser de 12 litros, podem dar lugar aos de seis litros, já existentes no mercado. “A gente perde muita água no banho”, sinaliza a especialista. Em 15 minutos, com o registro meio aberto, são gastos 45 litros. Os chuveiros de seis litros têm incorporação de ar na bolha de água”, explica a gestora. Isso significa que, apesar da vazão menor, as gotas ficam maiores com o ar incorporado. “Dá a mesma sensação de tomar banho com um chuveiro comum”. Ela sugere, ainda, que é possível economizar 30% de desperdício apenas adaptando uma peça na torneira, chamada arejador: “Evita que forme aquela nuvem de água em volta do jato”. Outra medida é colocar lâmpadas econômicas, como as fluorescentes. Na decoração de interiores, Ana Melhado indica que sejam usadas as lâmpadas led, jamais as dicroicas. “Elas esquentam demais e consomem muita energia”, explica. A arquiteta Cristina Chaves, responsável pelo decorado do “empreendimento verde” Neo Itaigara Life, diz que o custo mais alto da led se justifica a longo prazo. “A conta de luz fica mais barata, sem contar que a irradiação dela não atinge tanto a pele como as outras”. Indispensável para alguns, o aparelho de ar-condicionado também pode ser substituído por outro com o selo Procel de economia. Ana Melhado sugere que a escolha seja por um equipamento com selo entre os níveis A e C: “A redução no consumo é muito maior”.
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O ideal é substituir peças de maior gasto na casa, como lâmpadas, torneiras, chuveiros e descargas, optar por materiais mais ecológicos, como a madeira certificada, construir sistemas de captação de chuva e luz solar, e fazer a coleta seletiva A engenheira florestal Loyane Borges (esq.) e a coordenadora de desenvolvimento socioambiental da Bahia Norte, Leana Mattei (dir.) plantam uma muda de aroeira. Bioconstrução A troca de aparelhos é apenas uma parte das mudanças no estilo da moradia. Para quem vai construir, materiais ecológicos já estão disponíveis no mercado, como os tijolos de terra crua, cimento que emite menos CO2 e as tintas à base de água. Além disso, é possível realizar uma obra de forma ainda mais natural, por meio da bioconstrução. Em Diogo, na Linha Verde, uma casa inteiramente sustentável está sendo construída pela OPA, utilizando técnicas simples e de baixo custo, como paredes de superadobe (argila ensacada) e garrafa PET. “É tanto conhecimento já disponível hoje, que é mais uma questão de levar a sério e colocar em prática”, afirma Isabela. (Luisa Torreão / Ag. A Tarde)
Nascente do Rio Ipitanga recebe cinco mil novas árvores
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nascente do Rio Ipitanga, em Simões Filho, foi brindada com o plantio de cinco mil novas árvores, todas de mudas nativas típicas da região da Mata Atlântica, em uma área de três hectares. A iniciativa da Concessionária Bahia Norte contou com a parceria do Projeto Fábrica de Florestas, desenvolvido pelo INCECC – Instituto Corredor Ecológico Costa dos Coqueiros – e envolve moradores através da realização de um Seminário de Restauração Ecológica Comunitária em Nova Esperança, uma das comunidades pertencentes ao Sistema BA-093. A ação foi iniciada no dia 31 de outubro, e pretende formar um corredor ecológico entre a Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes-Ipitanga e o Rio Sauípe. “Nosso objetivo é formar o Corredor Ecológico Costa dos Coqueiros, que se estenderá até o Rio Sauípe, recuperando áreas bastante impactadas pela ocupação desordenada, e possibilitando o trânsito da fauna e da flora nesta região, contribuindo para a diversidade de espécies”, enfatiza Loyane Borges, engenheira florestal do projeto.
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esporte radical
Escalada em rocha se desenvolve na Bahia, palco de cenários exuberantes
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Escalada Tradicional, em Itatim
scalada em rocha é um esporte com objetivo de subir montanhas ou pedras menores com auxílio de pés e mãos, e a corda é apenas para dar segurança em caso de quedas e descanso, e na descida de rapel¹. É um esporte praticado por homens e mulheres de todas as idades, trazendo vários benefícios físicos e psicológicos, tais como: força, equilíbrio, concentração, superação de limites e melhor interação com a natureza. A escalada vem crescendo bastante nos últimos anos na Bahia e o número de adeptos a esse esporte apaixonante é cada vez maior. Onde antes haviam pedras inexploradas agora já encontramos inúmeras vias² esportivas, tradicionais e boulders de todos os níveis. A Escalada Esportiva é uma modalidade praticada em vias de vários graus de dificuldade, entre 10 e 30 metros de altura, geralmente bem protegida com grampos ou chapeletas próximos. Ideal para iniciantes que não querem sofrer a sensação de queda livre e podem escalar em top rope³. Como o grau de exposição é menor, essa modalidade também é comumente usada por praticantes experientes que querem expandir seus limites
físico e técnico. O Boulder é uma modalidade de escalada mais atlética e geralmente mais difícil, praticada em pedras menores, sem o uso de corda, mas sim com um colchão chamado “crash pad” para amortecer o impacto da queda. Cair é normal e faz parte do jogo. Essa modalidade não requer muitos equipamentos, apenas sapatilha e magnésio. A Escalada Tradicional é uma modalidade mais antiga onde o objetivo é alcançar o cume 4 de uma montanha. Geralmente as proteções não são tão próximas como na escalada esportiva, consequentemente as quedas podem ser mais perigosas. Entretanto, é praticada por escaladores mais experientes, com mais equipamentos e mais conhecimento. Passar muitas horas escalando para poder assim apreciar um visual maravilhoso visto apenas por escaladores e a satisfação pessoal de chegar onde poucas pessoas chegaram, tornam esse esporte cada vez mais popular. Entre os principais locais de escalada no estado, destacam-se a Chapada Diamantina e a região de Itatim. CHAPADA DIAMANTINA A Chapada é seguramente um dos
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Escalada Esportiva, na Chapada Diamantina melhores lugares para praticar escalada esportiva no estado, pela quantidade de vias abertas e bem protegidas, e pelo fácil acesso. Com negativos que desafiam a lei da gravidade, rocha e água se unem formando um cenário acolhedor onde é possível escalar escutando o som de cachoeiras e riachos. Lençóis e Igatú são cidades de grande importância no turismo da região, fazem parte do roteiro de muitos escaladores brasileiros e estrangeiros. Com vias que variam de 4º a 10º grau, o lugar é ideal para quem quer iniciar no esporte e também para escaladores mais experientes. Ambas as cidades já possuem infra-estrutura voltada para o turismo de aventura com agências e guias especializados. ITATIM Quem nunca passou pela rodovia BA116, a caminho de Jequié e não se deslumbrou com gigantescas paredes de pedra que surgem numa grande planície? Com certeza olharão de outra maneira depois que chegar ao cume de alguma
Escalada Esportiva, em Itatim
Escalada em Top Rope, na Chapada Diamantina daquelas montanhas. Em Itatim o que se destaca são paredões de centenas de metros com vias esportivas de todos os graus e vias tradicionais de até 360 metros de altura. Itatim depois que sediou o Encontro Nordestino de Escalada, vem cada vez mais sendo visitada por escaladores de todo Brasil e principalmente escaladores de Feira de Santana, Salvador e Lauro de Freitas. Lauro de Freitas vem reunindo um número cada vez maior de escaladores que quando não podem viajar, se reúnem para treinar em paredes artificiais montadas em casa de amigos e sonham com um parque para treino público ou academias especializadas.
Legendas: 1 - Rapel: é uma técnica vertical inventada por escaladores, com o intuito de descer da montanha, praticada com uso de cordas e equipamentos adequados. 2 - Vias: Rotas ou caminhos a serem percorridos numa escalada seja esportiva ou tradicional. 3 - Top rope: Técnica bastante segura, usada principalmente por iniciantes que nao querem ter a sensação de queda livre. A corda que dá segurança ao escalador passa por numa proteção fixa no topo da via, eliminando assim o fator de queda. 4 - Cume: É o ponto mais elevado em altitude. (Thiago Accioli, Sabrina Castro e Chico Passos) Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 47
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SAÚDE & BEM-ESTAR
Pilates controla dor lombar e alivia o estresse Grupo de exercícios ganha cada vez mais adeptos ao auxiliar na postura do corpo e também prometer beneficiar a mente
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riado nos anos 1920 pelo alemão Joseph Hubertus Pilates, o pilates é um conjunto de exercícios físicos, para serem feitos em
equipamentos ou no chão, que fortalece a musculatura por meio da harmonia entre movimentos lentos e respiração. Autodidata, Pilates estudou anatomia
e passou a criar exercícios – na infância, foi diagnosticado com asma e raquitismo. Em 1926, vivendo em Nova York (EUA), abriu um estúdio para ensinar a prática. De lá para cá, a modalidade ganhou muitos adeptos, inclusive no Brasil. A explicação para tal preferência pode ser
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ARTIGO entendida por características da prática, que ataca males cada vez mais frequentes na rotina atual, sobretudo em grandes cidades. Joseph Pilates, que estudou ioga, kung fu e ginástica, defendia a existência de uma inter-relação entre a saúde física e mental. ‘O pilates ajuda a melhorar o equilíbrio e a flexibilidade, mas também combate o excesso de estresse, corrige a postura e melhora a respiração e a consciência corporal. É indicado para sedentários e pessoas que sintam dor nas costas’, diz Willen Heil, do Coffito (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional). Segundo a ABP (Associação Brasileira de Pilates), outra vantagem da prática é que há exercícios que trabalham as necessidades específicas de públicos distintos, como gestantes, idosos e crianças. ‘Cada indivíduo tem o seu limite e suas necessidades específicas e isso é respeitado durante a prática’, diz Solaine Perini, fisioterapeuta e presidente da ABP. (Fabio Saraiva / Folhapress).
Verdades e Mentiras Há exercícios de pilates que podem ser feitos sem equipamentos. Verdade. De acordo com a ABP (Associação Brasileira de Pilates), o método original é constituído por 34 diferentes exercícios, que são executados no solo e sem necessidade de equipamentos. Além de ao físico, o pilates também faz bem à mente. Verdade. Por auxiliar na diminuição da tensão e da fadiga, os exercícios do pilates também podem ajudar no condicionamento mental de seus praticantes. O pilates é indicado para qualquer pessoa. Mentira. O método é contraindicado para pessoas com restrições para a prática, como quem tem osteoporose e hipertensão não controlada. É o médico quem deve determinar se o exercício pode ser feito. Basta conhecer os movimentos do pilates para poder praticá-los em casa. Mentira. Qualquer exercício físico deve ter supervisão de profissionais qualificados, no caso do pilates, um fisioterapeuta, terapeuta ocupacional ou instrutor de educação física.
Implantes: qualidade de vida com a terceira dentição Paulo Ney Brandão Lacerda
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conceito de qualidade de vida foi definido no final da década de 1970 e, geralmente, está relacionado às experiências subjetivas de cada indivíduo em levar uma vida boa ou ruim. Embora o conceito de qualidade de vida tenha se difundido e venha sendo utilizado em varias áreas por todo o mundo, não existe uma definição específica difundida. A quantidade de pesquisas sobre a qualidade de vida oral e a satisfação dos pacientes com suas reabilitações protéticas tem aumentado muito. Porem, simplesmente questionar sobre a satisfação de suas próteses implantosuportadas não é o suficiente para analisar o impacto que o tratamento bucal causa na vida dos indivíduos. Sinais clínicos de doença observados profissionalmente representam apenas um dos aspectos da saúde das pessoas e para eliminar esta lacuna, os investigadores começaram a incluir avaliações subjetivas da função e do bem-estar ao descreverem a saúde de pacientes ou de populações. A qualidade de vida de saúde oral foi definida como uma avaliação multidimensional e mais compreensiva das consequências da reabilitação protética. Isso mostra que a saúde oral afeta na habilidade pessoal ao falar e mastigar e interfere no estado psicológico e social do indivíduo. A odontologia evoluiu de forma extremamente rápida nos últimos 20 anos. A utilização de implantes de titânio como raízes artificiais veio para modificar profundamente os tratamentos implementados ate então. Técnicas avançadas, desenvolvimento da bioengenharia, avanço tecnológico (tomógrafos, scanners, planejamento virtual e sistemas cerâmicos), contribuem que os pacientes edentados unitário, parcial e total, procurem o cirurgião dentista visando reabilitar-se de forma mais conservadora e segura. O tempo de osseointegração dos implantes para que esses possam submeterse a conexão protética vem reduzindo desde os primórdios da implantodontia. Branemark definiu seu protocolo para instalação dos implantes dentários em 1980,
estabelecendo tempo de aguardo de oito meses para a maxila e seis meses para a mandíbula. Hoje, os implantes possuem superfícies tratadas aumentando e acelerando a osseointegração , podendo essa ocorrer em até 21 dias em alguns casos. A utilização da carga imediata (conexão das próteses logo após a cirurgia) também é uma realidade mais frequente com o advento do tratamento de superfície dos implantes, embora isso esteja diretamente relacionado com o nível de estabilidade primária (torque) que o cirurgião consegue durante inserção desses no leito ósseo. Uma boa avaliação sistêmica e oclusal do paciente, associado ao bom senso do profissional de reconhecer os problemas de ordem funcional, estética e psicológica do indivíduo com certeza levará ao sucesso do tratamento. Não se pode perder o foco de que pessoas são tratadas e que essas possuem sonhos de elevar sua autoestima e a qualidade de vida. Paulo Ney Brandão Lacerda (CRO/BA 4605) é especialista em Implantodontia pela UFBA. Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 49
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BELEZA & ESTÉTICA Na hora de cuidar da pele do corpo e do rosto, a ordem dos fatores e a quantidade de produto aplicado podem fazer toda a diferença
Na dose certa
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o consultório, tudo parece simples. É na frente do espelho, no entanto, que surgem as dúvidas: que produto deve ser aplicado primeiro? Qual a quantidade certa de ácido para fazer efeito sem irritar? A ordem e a quantidade em que os produtos são usados fazem diferença no
resultado. “Não dá para ir aplicando camada por cima de camada sem método. Isso atrapalha e pode até anular a absorção”, explica a dermatologista Mônica Aribi Fiszbaum. A rotina básica é lavar o rosto com um sabonete indicado pelo médico, aplicar um tônico e, depois, o filtro solar. À noite, o filtro deve ser substituído por um creme de tratamento. O creme noturno -que pode ser um remédio para espinhas ou um ácidopede menor quantidade. “Quem tem acne costuma abusar da quantidade de remédio,
na ilusão de que vai acelerar o tratamento. Em vez disso, fica com a pele descamada”, explica Eliandre Palermo, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia. No banheiro – como na cozinha – as medidas devem ser respeitadas para que a receita dê certo. Passar produto demais cria uma crosta que atrapalha a penetração. Já produto de menos compromete a eficácia. “O irônico é que a maioria dos pacientes faz uma camada fininha de filtro solar e exagera nos cremes noturnos, enquanto o certo é fazer justamente o contrário”, finaliza Mônica Fiszbaum. (Juliana Cunha / Folhapress)
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QUESTÃO DE ORDEM MANHÃ
lLavar o rosto, Passar o tônico lEsperar o tônico secar por 5 minutos lAplicar o hidratante facial lEsperar mais 5 minutos lPassar o filtro solar lEsperar outros 5 minutos lPassar a maquiagem
NOITE
lLavar o rosto lPassar o tônico lEsperar o tônico secar por 5 minutos lAplicar o creme da região dos olhos lEsperar um minuto lAplicar o sérum (caso use) lEsperar 15 minutos l Aplicar ácido, creme nutritivo ou antiespinhas DICA: Tapinhas leves no rosto logo depois da aplicação ajudam o cosmético a penetrar nos poros
PASSE BEM
CREME NOS OLHOS – Basta 1 pontinho do tamanho de um feijão para usar no contorno dos dois olhos. Comece pela canto interno do olho e faça massagens circulares até chegar às pálpebras
FILTRO SOLAR NO CORPO – Uma porção do tamanho de 1 bolinha de pingue-pongue é suficiente para usar no corpo em um dia sem praia. A aplicação deve ser concentrada nas áreas expostas, como braços
HIDRATANTE NO CORPO – A quantidade ideal de hidratante no corpo equivale a 2 bolinhas de pingue-pongue. Se a pessoa for usar também filtro solar, deve passar primeiro o hidratante
PRODUTOS MAIS FORTES – Ácidos, produtos contra espinhas e antirrugas devem ser aplicados em movimentos circulares. O equivalente a duas moedas de 5 centavos de cada um desses produtos é suficiente
“PRIMER” – Usado para preparar a pele e reduzir a aparência dos poros e rugas antes da maquiagem, o “primer” deve ser aplicado com economia. Uma moedinha de 10 centavos é o bastante para cobrir o rosto
FILTRO SOLAR NO ROSTO – Na hora de passar filtro solar no rosto e pescoço é preciso ser generoso. Uma colherzinha de café para dias de escritório e 2 colheres em dia de praia
SÉRUM – Qualquer cosmético que seja líquido e tenha ao menos dois princípios ativos é chamado de sérum. Basta uma moeda de 1 real do produto para fazer uma camada fina sobre a pele.
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BELEZA & ESTÉTICA
Depilação definitiva elimina os pelos a partir da raiz; mulheres com pele negra e morena devem tomar cuidado com o método
Sem pelos a longo prazo
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ele lisinha, nada de pelos encravados e o fim da necessidade de se depilar com frequência. Esse é o conjunto de benefícios oferecidos pela depilação definitiva, técnica feita a laser que está cada vez mais acessível por estar mais barata e por provocar menos dor do que antigamente. Com os novos equipamentos, o tempo e a quantidade de sessões realizadas também diminuíram, fatores que fizeram mais homens e mulheres aderirem ao método. ‘Se for comparar o número de sessões realizadas na depilação definitiva com a quantidade de vezes que a pessoa se depila com cera, é possível dizer que sai praticamente pelo mesmo preço, com a vantagem de o resultado a laser durar por mais tempo’, explica a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Maria Paula Del Nero. Remover o buço pode custar a partir de R$ 250, e é possível depilar a virilha até por R$ 350. O preço é por sessão e é variável. O número de sessões realizadas na depilação definitiva, também conhecida como prolongada, varia de acordo com a quantidade de pelos que a pessoa tem. ‘Em média, em a partir de três sessões, metade dos pelos desaparecem’, afirma
a dermatologista Leila Blonch. Mas há casos em que podem ser necessárias até 12 sessões. O laser utilizado nessa técnica de depilação ‘combate’ os pelos mais grossos e escuros desde a raiz. Por esse motivo, ela não é indicada para pelos finos e claros. Para que o método não ofereça riscos, é importante não estar com a pele bronzeada. Mulheres de pele morena e negra devem
buscar procedimentos especiais para o seu tom de pele. ‘O laser reconhece o pigmento da pele como algo que ele precisa eliminar, e isso pode provocar manchas’, explica. ‘Os homens costumam tirar os pelos do pescoço e das costas. A maior vantagem para eles é na barba, pois proporciona o fim do pelo encravado na região’, afirma Maria Paula. (Paula Felix / Folhapress)
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MEMÓRIA Adriano Monteiro Jr Especial para a Vilas Magazine
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ma das mais conhecidas referências de Salvador, o elevador Lacerda completa 128 anos de inaugurado neste dia 8 de dezembro, dia em que se celebra, também na capital baiana, a festa de Nossa Senhora da Conceição, na igreja que fica á poucos metros do elevador. Idealizado por Antônio de Lacerda, baiano, filho de Antônio Francisco de Lacerda, herdeiro de um império comercial – uma das maiores fortunas baianas do século 19. Aos nove anos, Antônio foi estudar em Genebra, Suíça, retornando a Salvador em 1850, com 16 anos, continuando seus estudos nos Estados Unidos, onde cursou engenharia sem ter completado o curso, retornando à Bahia em 1856, trazendo informações importantes sobre os recursos tecnológicos utilizados na época, no setor da engenharia. Em 1869, Antônio constituiu sua firma Antônio Lacerda & Cia, juntamente com seu pai e mais 26 sócios, entre eles, seu irmão, tio, sogro, cunhado, entre outros. Foi com tal firma, mais conhecida como Companhia de Transportes Urbanos que consagraria Antônio de Lacerda para a posteridade. Antônio possuía um sonho que era a construção de um elevador que ligasse os dois planos da cidade de Salvador, conhecidos por Cidade Alta e Cidade Baixa e, interligar as duas linhas de bonde, ainda com tração animal (Calçada/ Praça Cayru e Graça/Praça Municipal). Em outubro de 1869, a construção do Elevador da Conceição, foi iniciada. Foram quatro anos e dois meses de construção que exigiram desde perfurações da rocha, por onde passariam as cabinas, até a escavação do túnel que ligaria a base da coluna, por onde circulariam, à Rua da Alfândega, hoje Praça Cayru. Quando as perfurações foram concluídas, Antônio de Lacerda amarrou uma bandeira do Brasil a uma corda e desceu até o encontro do túnel perfurado, de onde uma pessoa levou a bandeira até a Praça Cayru, mostrando à população que esperava com ansiedade. Em 8 de dezembro de 1873, o primeiro elevador das Américas, com 73 metros de
Elevador Lacerda completa 128 anos altura, era inaugurado. Antônio de Lacerda disse, em seu discurso de inauguração com um brinde: “quando eu trabalhava com afinco em favor da idéia que concebera, muitos obstáculos se antepunham à sua realização e entre eles a palavra autorizada de cidadãos que se conspiravam contra a empresa, classificando-a de inexequível”. E mais: “teria talvez desanimado diante de tamanhas dificuldades que surgiam se não fora o apoio e o auxílio que encontrava sempre em meus generosos consócios, os quais longe de recearem a perda de seus capitais, me animavam a caminhar e a prosseguir....e sei que as grandes idéias jamais se realizam sem grandes sacrifícios”. Infelizmente, o seu
Desenho do elevador como era (esq.) sobreposto na foto atual.
pai, Antônio Francisco de Lacerda, seu maior incentivador e, provavelmente, o verdadeiro financiador da empresa, já havia falecido, desde julho do ano anterior. Em sua origem, o elevador era movido por compressão hidráulica, constituído de torre dupla. Suas cabines eram iluminadas por duas grandes velas de cera e seus movimentos de subida e descida eram feitos por correntes de ferro, mergulhadas em tanques contendo óleo de baleia. Suas duas “balanças”, no sistema hidráulico, de fabricação inglesa, logo foram apelidadas de “Parafuso da Conceição”. Em 21 de junho de 1896, o Instituto Geográfico Histórico da Bahia, oficializou a denominação de Elevador Antonio de Lacerda, mais tarde simplificado para
Elevador Lacerda. Em 1906, o elevador deixa de ser hidráulico e passa a ser elétrico. No início da década de 30, já de propriedade da Companhia Linha Circular de Carros da Bahia, o elevador ganhou a sua atual feição “art-déco” com a torre externa, mais duas cabines e o passadiço sobre a Ladeira da Montanha, em concreto armado. Na década de 50, foi incorporado ao patrimônio da Prefeitura Municipal do Salvador e, desde a sua construção, passou a ser um dos cartões-postais mais famosos da cidade do Salvador. Antônio de Lacerda nasceu em Salvador, em 1º de outubro de 1834 e faleceu na mesma cidade, em 2 de agosto de 1885, aos 51 anos, vítima de uma enfermidade renal. Seu desaparecimento foi sentido pela comunidade cientifica nacional e internacional. CURIOSIDADES l Após a inauguração, há informação de que passavam pelo elevador, aproximadamente 4.000 pessoas. Atualmente os números apontam para 25 mil passageiros diariamente. lA altura de piso à piso é de 73m l Antônio de Lacerda foi Cônsul Honorário da Bélgica, de dezembro de 1873 à janeiro de 1884 l Neste período foi diretor da Companhia de Navegação Bahiana a Vapor. Adriano Monteiro Jr. é arquiteto, diretor da empresa Bela Época Memórias que tem como objetivo valorizar a memória cultural baiana e ministra palestras sobre a história da Bahia em escolas e para guias de turismo. E-mail: adriano@belaepoca.com.br Site: www.belaepoca.com.br Fontes de pesquisa: lBREVE NOTÍCIA DE ANTÔNIO DE LACERDA (1834/1885) E DE ALGUNS DE SEUS FAMILIARES – Waldir Freitas de Oliveira / Fundação Pedro Calmon – Salvador - 2002. lANTÔNIO DE LACERDA 1834-1885 – Registros e documentos sobre sua vida e obra / Waldir Freitas de Oliveira – Salvador – Fundação Gregório de Mattos, 2002. lPesquisa sobre o desenho – Biblioteca Fundação Gregório de Mattos - Salvador.
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LITERATURA
As gordas esganadas de Jô Soares Márcia Tude Especial para a Vilas Magazine
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pós assassinar prostitutas, cortar orelhas fora, tramar a morte de políticos e envenenar escritores, o gordo mais famoso do Brasil tem um novo alvo: as gordas. No Rio de Janeiro de 1938 um intrigante assassino está em busca dessas fartas mulheres. Para atraí-las, nada melhor do que as mais doces e fartas iguarias portuguesas servidas em um carro funerário que se transforma, com maestria e calculismo, na versão fantasiosa da patisserie “Doces Finos”, onde as gordinhas podem provar gratuitamente tais delícias. Quinto livro e quarto romance do comediante Jô Soares, que já esteve no topo das listas com “O Xangô de Baker Street” e “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”, “As Esganadas”, lançado no final de outubro, é fruto da sua intimidade com os romances policiais históricos. O enredo apresenta ao leitor a história do misterioso assassinato de mulheres gordas, cujos corpos são encontrados dilacerados e recheados com pratos típicos da gastronomia portuguesa. Para desvendar os assassinatos, os personagens do universo de Jô Soares protagonizam cenas insólitas e hilárias, colaborando para solucionar o caso, batizado pela imprensa da época como “O caso das esganadas”. E o assassino é um homem obcecado pela figura materna, que ele matou e segue matando em todas as gordas que encontra. Sim, a mãe do serial killer era gorda, palavra que Jô prefere a qualquer outro sinônimo ou eufemismo. O segredo do sucesso constante da literatura do escritor e comediante é a compêtencia em fundir trama policialesca com pesquisa histórica (publicado pela Companhia das Letras neste ano, o livro “As Esganadas” inclui vasta bibliografia), humor inteligentíssimo e pitadas de ironia, o que faz desta uma obra que se lê num fôlego só. E é interessante perceber que o autor revela, já nas primeiras páginas, tanto quem é o assassino quanto quais
são as suas motivações psicológicas para os crimes, demonstrando uma capacidade técnica semelhante a que possuía Hitchcock, ao tratar com sabedoria e sensatez os enredos das tramas. O leitor irá se surpreender com outra faceta sensacional da obra literaria de Jô: a escolha de momentos históricos para os cenários das suas narrativas. Em “As Esganadas” retoma-se o Rio do Estado Novo, o avanço do nazismo e a chegada da Segunda Guerra Mundial. Entre os
Os romances anteriores do carioca Jô Soares venderam mais de 1 milhão de cópias no Brasil, número que deve crescer ainda mais com “As Esganadas”, que esgotou a tiragem inicial de 80 mil exemplares: “vendeu feito água”.
eventos da época que Jô resgata estão uma corrida de automóveis no Circuito da Gávea (de que participam o cineasta Manoel de Oliveira e o lendário Chico Landi) e a transmissão pelo rádio da derrota do Brasil de Leônidas da Silva para a Itália na semifinal da Copa de 1938, na França. Também é de uma inovacão editorial surpreendente as ilustrações ao longo do projeto gráfico, que direcionam o leitor para que formule imagens apropriadas ao contexto histórico que se quer retomar. E nesse mundo de tipos e tramas, há lugar até para uma figura saída de um poema de Fernando Pessoa: trata-se do “Esteves sem metafísica” do poema “Tabacaria” (1928), que deu vida ao personagem Tobias Esteves, o “inspector” da polícia portuguesa que imigrou para o Brasil e é quem vai elucidar a trama.
Segundo o autor, o livro foi escrito em 18 meses: “Todo dia pego no livro para trabalhar porque senão ele foge. Quase nunca escrevo menos de quatro horas por dia, às tardes e à noite. Mas, às vezes, ainda que não bata inspiração, abro o livro e coloco pelo menos uma vírgula, para não perder o fio da meada”, afirmou em entrevista recente ao Jornal O Globo. Nascido no Rio de 1938, Jô Soares, além de escritor, é um dos mais importantes entrevistadores da televisão brasileira. Nos 16 últimos anos, desde que publicou “O Xangô de Baker Street”, nenhum escritor brasileiro lucrou mais com o crime do que ele. Ainda maior que sua ficha literária/criminal é a fila de leitores que já morreram de rir com os seus livros: seus romances anteriores venderam mais de 1 milhão de cópias no Brasil. E o número vai crescer muito com “As Esganadas”. Além de ocupar com velocidade estonteante o primeiro lugar nas listas de mais vendidos, a tiragem inicial de 80 mil exemplares vendeu feito água. E a sua editora, a Companhia das Letras, já encomendou uma nova tiragem. Além disso, os direitos estão sendo negociados para publicação na França. Diante de um país sem leitores, Jô Soares impressiona. Márcia Tude é escritora, produtora cultural e empresária dos ramos livreiro e editorial.
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Escritores de Lauro de Freitas lançam trabalhos durante a 10ª Bienal do Livro A escritora Janeide Borges de Oliveira residente em Lauro de Freitas lançou na abertura da 10ª Edição da Bienal do Livro, realizada no Centro de Convenções, o livro “Com a Mão na Mobilização”. A obra, em 208 páginas, apresentada e distribuída pela Editora Livro.com, brinda o leitor com uma coletânea de informações, traduzindo um guia para a formação e desenvolvimento de organizações sociais, possibilitando aos empreendedores do terceiro setor conhecimentos necessários à construção de uma sociedade organizada, incluindo orientações para projetos, serviços e material pedagógico de qualidade, oficinas e textos de apoio. A autora, que começa na vida literária é licenciada em História pela FFPP-PE. Especialista em Pedagogia Organizacional e Desenvolvimento de Recursos Humanos, pela Faculdade Integrada Olga Metting, funcionária pública, fundadora e ocupante da cadeira número 3 da Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas, presidente e fundadora da ONG Rever e fundadora da Associação dos Artesãos de Lauro de Freitas. O livro está à venda em diversas livrarias do município e em outras cidades. Na oportunidade, o historiador Gildásio Freitas vice-presidente da ALALF, autografou seu livro “Influências e Contribuições Afro Brasileiras em Lauro de Freitas”. No mesmo espaço, Zinaldo Figueirôa de Sena (na foto, com as filhas) lançou seu segundo trabalho literário, “O Galanteio dos Brasileiros”, também editado pela Editora Livro.Com Plenamente lúcido nos seus 94 anos de vida bem vividos, o engenheiro agrônomo aposentado e escritor, foi figura de grande repercussão política e cultural no interior da Bahia, onde se perpetuam seus feitos, e exemplo de bom cidadão. Professor da Universidade Federal da Bahia, hoje Universidade do Recôncavo, em Cruz das Almas, aposentou-se como diretor por três mandatos. Tem vários títulos científicos registrados mas na literatura é o segundo trabalho que publica. O primeiro, “Os Homens vão Desaparecer”, foi lançado em 2009. Morador pioneiro de Vilas do Atlântico, sócio fundador do Vilas Tênis Clube e várias vezes campeão de tênis, após os 75 anos, Zinaldo Sena é figura que enobrece e orgulha os privilegiados que gozam de sua amizade.
OS MAIS VENDIDOS FICÇÃO 1 As Esganadas
Jô Soares / Companhia das Letras. 2 A Tormenta de Espadas George R. R. Martins / Leya Brasil. 3 O Cemitério de Praga Umberto Eco / Record. 4 A Guerra dos Tronos George R. R. Martin / Leya Brasil. 5 Marina Carlos Ruiz Zafón / Suma de Letras. 6 Um Dia David Nicholls / Intrínseca. 7 Um Homem de Sorte Nicholas Sparks / Novo Conceito.
NÃO FICÇÃO 1 Steve Jobs Walter Isaacson / Companhia das Letras.
2 Feliz por Nada Martha Medeiros / L&PM.
3 Mentes Ansiosas Ana Beatriz Barbosa Silva / Fontanar.
4 Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil Leandro Narloch / Leya Brasil.
5 Guia Politicamente Incorreto da América Latina Leandro Narloch e Duda Teixeira / L. Brasil
6 1808 Laurentino Gomes / Planeta.
7 1822 Laurentino Gomes / Nova Fronteira.
AUTO AJUDA E ESOTERISMO 1 Ágape Padre Marcelo Rossi / Globo.
2 A Vida Sabe o que Faz Zibia Gasparetto / Vida & Consciência.
3 Tempo de Esperas Padre Fábio de Melo / Planeta.
4 Niettzsche para Estressados Allan Percy / Sextante.
5 Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis Augusto Cury / Academia de Inteligência.
6 O Monge e o Executivo James Hunter / Sextante.
7 Por que os Homens Amam as Mulheres Poderosas Sherry Argov / Sextante.
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MUNDO ANIMAL
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eixar o gatinho dormir na cama, beijar o cãozinho ou rolar com ele na grama. O carinho dado ao animal de estimação é benéfico para ele e para o dono, mas qualquer descuido com a saúde do bichinho pode fazer com que esses atos de amor trans-
mitam doenças. Da sarna à raiva, há diversas enfermidades que podem ser transmitidas de cachorros, gatos e pássaros para o homem. Em alguns casos, o problema causa apenas muita coceira. Em outros, pode levar à morte.
‘Por mais que a gente ame, eles são animais e têm bactérias na boca, na pele, nos olhos, no ouvido. Se a gente quiser manter o carinho, que é importante, mas sem nenhuma doença, é necessário ter alguns cuidados com o animal’, diz Paulo Salzo, professor do curso de medicina
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SEUS DIREITOS
Aluguel por temporada: garantias nas locações
Vermífugo e vacina são importantes para evitar que animais transmitam doenças a adultos e crianças
Euripedes Brito Cunha
veterinária da Universidade Metodista. A vacinação anual contra a raiva é uma das principais recomendações. Embora a ocorrência da doença seja rara, os especialistas alertam para o fato de ela ser letal tanto para o bicho quanto para o homem. A utilização periódica de vermífugos também é essencial para a prevenção de algumas doenças do animal que podem ser passadas para o dono. Segundo a veterinária Elisabete Aparecida da Silva, do Centro de Controle de Zoonoses, o bicho-geográfico e a toxocaríase podem ser evitados assim. Ela alerta ainda para a participação do cachorro na transmissão da leptospirose. ‘Cães podem contrair e também transmitir essa doença. Para prevenir, não se deve deixar comida à noite para o seu animal, evitando, assim, que ratos se alimentem e contaminem o alimento e o ambiente’, diz ela. Manter o seu bichinho no domicílio, sem contato com animais estranhos, também evita que ele seja contaminado. (Fabiana Cambricoli / Folhapress)
Contato exagerado pode ser perigoso Embora os veterinários não proíbam demonstrações de carinho entre o dono e o animal, eles alertam para situações em que o contato exagerado pode ser perigoso. ‘Quem tem alguma doença crônica ou está em tratamento de um câncer, por exemplo, tem a imunidade mais baixa, por isso, qualquer bactéria presente no animal pode causar uma infecção’, diz Paulo Salzo. As crianças também devem ganhar atenção especial, já que, na hora da brincadeira, têm menos cuidado com o contato com o animal. ‘É necessário educar as crianças a não brincar em locais suspeitos e a não levar a mão suja à boca’, diz Elisabete Silva.
E
mbora ainda estejamos, (ao menos teoricamente) vivendo a estação das flores, a primavera, o verão já bate às portas, colhendo o sol , os banhos de mar. É também a época das férias escolares das férias judiciais prolongadas com a emenda resultante das greves sempre presentes nesta fase do ano. Estas situações levam muitas famílias que vivem nos aglomerados urbanos a procurar lugares mais aprazíveis para aproveitar os dias de repouso e lazer. Uma dessas localidades é o nosso município, Lauro de Freitas, que oferece belíssimas praias, bons restaurantes e diversos lugares para agradáveis passeios. Ademais, o grande desenvolvimento que o município vive atualmente, com grande quantidade de edificações de toda sorte, apresenta-se como favorito para o aproveitamento gostoso das férias de final do ano. Neste caso, a forma mais utilizada é alugar uma casa ou apartamento pelo tempo necessário à passagem das férias e dos festejos da época. Neste caso recomenda-se, para tranquilidade maior de proprietários e inquilinos, que a locação seja contratada sob a forma de temporada, que é a forma específica para tais ocasiões. Dito isto, é necessário que se informe o que vem a ser a locação por temporada, suas características, etc. A locação para a temporada deve ser contratada por escrito, constando que de locação para temporada e seu prazo não pode ser superior a noventa
dias. Mais: se o imóvel locado estiver mobiliado, deve constar obrigatoriamente do contrato, uma descrição minuciosa dos móveis que guarnecem o imóvel e só pode ocorrer nas seguintes situações: l O imóvel deve ser destinado a residência temporária pelo prazo máximo de 90 dias, e ser destinado a residência do locatário com a finalidade de lazer, realização de cursos, tratamento de saúde, realização de obras em que o locatário reside normalmente, e outros fatos semelhantes. l Findo o prazo de noventa dias, o locatário poderá permanecer no imóvel por mais até trinta dias; se o locador tolerar a presença do locatário além desse prazo a locação passa a ser considerada por tempo indeterminado e só poderá ser retomado após trinta meses do início do contrato, só que neste caso não é possível a exigência do pagamento adiantado dos aluguéis. l O aluguel pode ser pago de uma só vez, ou mensalmente, e, neste caso, para garantia do pagamento pode o locador exigir fiança – fiador casado a mulher deve assinar a garantia juntamente com o marido –, seguro de aluguel ou outro meio de garantia admitido na lei. Friso, apenas, da necessidade de ser o contrato escrito constando do seu texto ser por temporada a locação, o prazo máximo de 90 dias, a razão da temporada (lazer, saúde, conforme consta acima) e a descrição do móveis que guarnecem a casa.
Euripedes Brito Cunha (ebc@britocunha.com.br – euiripedesebc.blogspot.com) é advogado (OAB 159/92) e conselheiro vitalício da OAB/BA.
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JANELAS ABERTAS |
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Gilka Bandeira
Pelo reino da fantasia
á poucos dias, ouvi minha filha dizer: “Eu gostava de acreditar em Papai Noel e ficava danada quando alguém queria me convencer do contrário”. A frase era banal para mim, que a repetira inúmeras vezes desde muito outrora. Mas, talvez por estar perto do Natal – tempo em que, apesar de tantas compras e vendas ainda resta alguma magia no ar – soou com a força do: Era uma vez.... Era uma vez uma menina que vivia entre rainhas, príncipes, princesas, fadas e bruxas, anões, gênios, varinhas de condão, anéis mágicos, lâmpadas encantadas, palavras mágicas, saci, lobisomens, caiporas, mulas-sem-cabeça, cavalacavala cavalgando nos telhados, burro falante, cavalo alado, boneca filósofa, baús de tesouros, piratas dos sete-mares, menino voador, baratinha cantora (Quem quer casar com dona baratinha / tem fita no cabelo/ e dinheiro na caixinha) e seu camundongo guloso, ninfas e faunos, e tantos outros entes saídos das fábulas e mitologia, dos causos às vezes escabrosos, das histórias ouvidas e lidas, para virem lhe assombrar nos dois sentidos da palavra: assustar e maravilhar. Acompanhando os personagens, ela voava em tapete, crescia ou encolhia como Laura Jane (Areia da Grossa/ areia da fina/ areia me faça/ ficar pequenina) abria porta na rocha, subia no pé de feijão, falava com animais e especialmente, porque lhe era muito grato, morava com a velhinha num sitiozinho pobre, mas auto-suficiente. No condado do faz-de-conta tudo era possível e era muito bom ser assim ilimitada mesmo que de mentirinha. Na verdade, a menina até muito bem grandinha vivia em dois mundos distintos, no chamado de real ela tinha pavor a barata (como tem até hoje), mas no encantado, simpatizava com dona baratinha, ou seja, o que era impossível num, no outro era só querer. E o viver era pura sedução. É certo que no reino da fantasia também havia dificuldades, tarefas árduas a realizar, missões impraticáveis, todavia existia a bondade da fada madrinha, a ajuda dos anjos, dos gênios e até dos animais. No final das contas, deixavam os protagonistas ainda mais admiráveis e serviam para cumprir-se o enredo, como
no real se cumpria a trajetória existencial. E com isto a guria aprendeu a não temer as durezas da vida, a não esmorecer, a não desistir antes de tentar. Também havia as maldades, muitas bem terríveis, mas criando o necessário suspense. Como não eram vistas pelos olhos e sim pela imaginação, a menina as deixavam no fim do mundo, sem se contagiar. As crueldades davam medo, faziam tremer, mas também causavam indignação e compaixão e eram sempre compensadas. Assim ela aprendeu a indignar-se diante das iniquidades, a se comover com as dores alheias, a enternecer-se ante a bondade e a beleza, a crer na possibilidade de se fazer o mundo melhor e se tornou romântica, idealista, enfim, sonhadora. E se de um lado, era mais vulnerável, por outro, se fazia imbatível e na síntese gozava mais o viver, pois como escreveu Bernardo Soares, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. “A superioridade do sonhador consiste em que sonhar é muito mais prático que viver, e em que o sonhador extrai da vida um prazer muito mais vasto e muito mais variado do que o homem de acção (sic). Em melhores e mais directas palavras, o sonhador é que é o homem de acção (sic).. Nunca pretendi ser senão um sonhador”. Ao que parece, a menina também. Mas não só ela. Tostão, jogador da seleção que se tornou médico e articulista, certa feita declarou que “vivo também de sonhos impossíveis. A realidade e o cotidiano são, às vezes, entediantes.” Sim, o sonhador experimenta prazeres variados, porque sonhos sonhados também é vida vivida. De qualquer modo, “viver somente na realidade seria algo impossível. As fantasias tornam o viver mais ameno, satisfatório. Fantasiar é sonhar. E sonhar é necessário. Sonhar é o analgésico da vida. O desejo de realizar um sonho faz o ser evoluir em vários aspectos. O ser humano não se mantém na realidade sem o apoio dos sonhos e esperanças, ou melhor, dos desejos.” alerta Sergio Rossoni, no artigo “Fantasia; quem saberia perder?” A fantasia desenvolve a imaginação, a sensibilidade, leva à criatividade e assegura o quinhão de encantamento imprescindível à alegria de viver e ao equilíbrio emocional. Entretanto no artificialismo da era
tecnológica parece não haver mais lugar para a fantasia. Tudo é muito rápido, muito prático, muito explicito, o que, associado à estética do feio e ao culto do dinheiro, tão em voga, torna o mundo bem insípido. As crianças são tiradas do reino da fantasia cedo demais para serem jogadas numa realidade desgastante dos adultos das agendas cheias, dos acimentados play-grounds ou atapetadas brinquedotecas, dos games, das redes sociais, tudo muito pouco estimulante quando não agressivo. Poucos pais têm o hábito de contar histórias e menos ainda os que procuram estimular a leitura e o imaginário de modo geral. Por sua vez, literatura, o principal vetor da fantasia, também já não atende a este anseio. Seguindo a linha do realismo, da contemporaneidade e do politicamente correto, as obras infanto-juvenis atuais, fora as exceções, são quase tratados sociológicos ou meros jornais, que não cativam os novos leitores ou os prendem à realidade, matando a fantasia. Mas como advertia o filósofo Bertrand Russell, no livro “Da educação”, “Matar a fantasia da criança é torná-la escrava das coisas existentes, é acorrentá-la à terra, tornando-a, portanto, incapaz de criar o céu.” Não se pode viver só de realidade, sem que fique uma lacuna ou haja alguma deformidade na alma. Quiçá, esteja aí a razão de tanta violência e anomalias atuais. Nem tudo está perdido. A fala da minha filha e as expressões fascinadas da criançada, vistas durante o teatrinho de bonecas em Imbassaí (quando estive lá para cobrir a Semana de Arte e Cultura de Imbassaí – SACI), são indícios de que, apesar de todos os pesares, o reino da fantasia persiste e basta a brecha da oportunidade para se abrir. Que os pais, mestres, bibliotecários e escritores se apercebam disto. Quanto à menina da historinha, nunca deixou de transitar pelas vias da inventiva e gostava de acreditar em Papai Noel e ainda gosta de ter gostado. Contrariando o que se diz, não se frustrou com a ilusão e não acha que foi enganada, mas sim, encantada. Talvez por isto ela ainda hoje ande um pouco nas nuvens e seja um tanto ‘aluada’, mas nada que requeira manicômio. Ao invés, a vivência da fantasia lhe enriqueceu o mundo interior de onde retira inspiração para escrevinhar umas croniquinhas.
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Saúde & Bem-Estar ACADEMIA
ACADEMIA
ACADEMIA
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ACADEMIA
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ANGIOLOGIA
CARDIOLOGIA
CARDIOLOGIA
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CARDIOLOGIA
CENTRO DE BELEZA
CLÍNICA
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CLÍNICA
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Saúde & Bem-Estar CLÍNICA
CLÍNICA
CLÍNICA GERAL
CLÍNICA GERAL
CLÍNICA MÉDICA
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CLÍNICA MÉDICA
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
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ENDOCRINOLOGIA
ENFERMAGEM
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ESPAÇO DE BELEZA
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ESPAÇO TERAPÊUTICO
ESTÉTICA
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ESTÉTICA
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ESTÉTICA
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ESTÉTICA
ESTÉTICA
FARMÁCIA
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Saúde & Bem-Estar
FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA
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FISIOTERAPIA ESTÉTICA
FISIOTERAPIA ESTÉTICA
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Saúde & Bem-Estar
FISIOTERAPIA ESTÉTICA
FONOAUDIOLOGIA
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NUTRIÇÃO
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Saúde & Bem-Estar
ODONTOLOGIA
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ODONTOLOGIA
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ODONTOLOGIA
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ODONTOPEDIATRIA
OFTALMOLOGIA
OFTALMOLOGIA
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Saúde & Bem-Estar
OFTALMOLOGIA
OFTALMOLOGIA
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OFTALMOLOGIA
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ONCOLOGIA C
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OTORRINO
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OTORRINO
PEDIATRIA
PEDIATRIA
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PEDIATRIA
PEDIATRIA
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PILATES
PILATES
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Classificados |
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PODOLOGIA
PLANOS DE SAÚDE
PODOLOGIA
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
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PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
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PSICOLOGIA
PSICOPEDAGOGIA
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Saúde & Bem-Estar
ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO
ADM. DE CONDOMÍNIO
ADVOGADOS
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AGÊNCIA DE VIAGENS
ÁGUA / PURIFICAÇÃO
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ares
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Boa Dica - Facilidades & Serviços
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
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Boa Dica - Facilidades & Serviรงos EMBALAGENS
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Classificados | ESCRITÓRIO VIRTUAL
Boa Dica - Facilidades & Serviços ESPAÇO INFANTIL
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Boa Dica - Facilidades & Serviรงos
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Boa Dica - Facilidades & Serviços FESTAS
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Vilas Magazine
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Continuação da página 15
Este pode ser o último Verão com barracas na praia de Vilas do Atlântico
barracas, “mais do que nunca vamos precisar nos unir para ga rantir a tranquilidade na praia”. A associação de moradores tenta colocar de pé um sistema de vigilância privada mais abrangente (leia à página 18), que ainda não conta com a participação – e financiamento – de todos os moradores. A defesa das barracas, entretanto, não recolhe a unanimidade das opiniões no bairro. Não há grupos defendendo a derrubada, mas sempre que a reportagem da Vilas Magazine aborda o tema em público alguém se prontifica a pedir que “o outro lado seja ouvido”. Maria José Barranqueiro, 44 anos, é uma das moradores que “não deseja o mal de ninguém, mas a praia é para todos e as barracas não fazem parte do meio natural”. Outra preocupação frequentemente mencionada por mo radores é com a afluência de banhistas de Salvador e outros pontos da região metropolitana. Sem barracas de praia em outros pontos da orla, a tendência é que Vilas do Atlântico receba mais pessoas do que nunca neste Verão. Gilberto Corrêa, membro fundador da Salva, onde exerceu o cargo de coordenador de Urbanismo e Meio Ambiente, aponta problemas como o excessivo espaço ocupado pelas barracas, cadeiras e mesas na praia. Ele também defende a iniciativa do MPF e pede a retirada das barracas. A prefeitura de Lauro de Frei tas não defende a permanência das barracas, mas apenas pe de tempo para realocá-las. “Há um esforço do
município para fazer a retirada planejada, que respeite os barraquei ros e aponte alternati vas”, disse a prefeita Moema Gramacho (PT) ao comentar a decisão judicial em 14 de outubro. No processo, contu do, a prefeitura opõe-se à derrubada, argumen tando, entre outros pontos, que mais de 700 pessoas dependem das barracas e que “a preocupação com o meio ambiente pode ser entendida em outras bases, sem prejudicar o progresso do município”. Na decisão proferida, a Justiça Federal deixa claro que a questão é ambiental e chamou ao processo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que apresentem posicionamento sobre a questão. Enquanto se discutem prazos para a retirada das barracas de Vilas do Atlântico, Buraquinho e parte de Ipitanga, começam a surgir novas ocupações na faixa de praia pertencente a Salvador, mas administrada por Lauro de Freitas. Sem fiscalização à vista, ambulantes já estruturaram um “depósito de sombreiros e cadei ras” e um ponto de venda de bebidas na areia. Ao lado, a rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida foi destruída pela maré, deixando o entulho à vista (foto acima). Também sem serem incomodados pela fiscalização, cada vez mais ambulantes vendem bebidas alcoólicas na praia de Vilas do Atlântico. Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 123
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Cena da cidade
Classificados Nunca se soube que alguém tivesse tentado pescar no rio Sapato, em Vilas do Atlântico, à base de bombas - um recurso ilegal que só resulta em peixe se o criminoso estiver em alto mar. Pelo sim, pelo não, ficou o aviso.
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Tábua das marés
(Salvador e litoral norte)
(Horário de verão) 6/12-Terça-feira 1h53...... Alta..........2.0m 8h09...... Baixa.......0.7m 14h21.... Alta..........2.0m 20h28.... Baixa.......0.6m
12/12 - Segunda-feira 5h51...... Alta..........2.2m 11h39..... Baixa.......0.4m 17h56.... Alta..........2.3m
18/12 - Domingo 4h24...... Baixa.......0.6m 10h53.... Alta..........1.9m 16h51.... Baixa.......0.8m 23h13.... Alta..........2.0m
24/12 - Sábado 4h32...... Alta..........2.3m 10h30.... Baixa.......0.3m 16h41.... Alta..........2.4m 22h56.... Baixa.......0.1m
31/12 - Sábado 2h49...... Baixa.......0.7m 9h19...... Alta..........1.8m 15h13.... Baixa.......0.8m 21h41.... Alta..........1.9m
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25/12 - Domingo 5h17...... Alta..........2.4m 11h11..... Baixa.......0.2m 17h24.... Alta..........2.4m 23h39.... Baixa.......0.1m
JANEIRO / 12
6/1 - Sexta-feira 3h.......... Alta..........2.0m 9h02...... Baixa.......0.6m 15h13.... Alta..........2.1m 21h26.... Baixa.......0.4m
13/12 - Terça-feira 0h08...... Baixa.......0.2m 6h26...... Alta..........2.2m 12h15.... Baixa.......0.4m 18h36.... Alta..........2.2m
19/12 - Segunda-feira 5h41...... Baixa.......0.7m 12h........ Alta..........2.0m 18h08.... Baixa.......0.7m
14/12 - Quarta-feira 0h49...... Baixa.......0.3m 7h08...... Alta..........2.2m 12h56.... Baixa.......0.5m 19h17.... Alta..........2.2m
20/12 - Terça-feira 0h28...... Alta..........2.0m 6h54...... Baixa.......0.6m 13h06.... Alta..........2.0m 19h19.... Baixa.......0.6m
27/12 - Terça-feira 0h17...... Baixa.......0.1m 6h39...... Alta..........2.3m 12h28.... Baixa.......0.4m 18h47.... Alta..........2.4m
9/12-Sexta-feira 3h58...... Alta..........2.2m 9h58...... Baixa.......0.4m 16h08.... Alta..........2.2m 22h17.... Baixa.......0.3m
15/12 - Quinta-feira 1h32...... Baixa.......0.3m 7h54...... Alta..........2.1m 13h41.... Baixa.......0.6m 20h06.... Alta..........2.1m
21/12 - Quarta-feira 1h39...... Alta..........2.1m 7h58...... Baixa.......0.5m 14h06.... Alta..........2.1m 20h21.... Baixa.......0.4m
28/12 - Quarta-feira 0h54...... Baixa.......0.3m 7h15...... Alta..........2.2m 13h04.... Baixa.......0.5m 19h23.... Alta..........2.3m
10/12 - Sábado 4h36...... Alta..........2.2m 10h30.... Baixa.......0.4m 16h43.... Alta..........2.2m 22h54.... Baixa.......0.2m
16/12 - Sexta-feira 2h19...... Baixa.......0.5m 8h45...... Alta..........2.0m 14h32.... Baixa.......0.7m 21h........ Alta..........2.1m
22/12 - Quinta-feira 2h45...... Alta..........2.2m 8h54...... Baixa.......0.4m 15h02.... Alta..........2.3m 21h17.... Baixa.......0.2m
29/12 - Quinta-feira 1h30...... Baixa.......0.4m 7h53...... Alta..........2.1m 13h41.... Baixa.......0.6m 20h02.... Alta..........2.2m
11/12 - Domingo 5h11....... Alta..........2.2m 11h04..... Baixa.......0.4m 17h17.... Alta..........2.3m 23h30.... Baixa.......0.2m
17/12 - Sábado 3h15...... Baixa.......0.6m 9h45...... Alta..........1.9m 15h36.... Baixa.......0.8m 22h04.... Alta..........2.0m
23/12 - Sexta-feira 3h41...... Alta..........2.3m 9h45...... Baixa.......0.3m 15h53.... Alta..........2.4m 22h08.... Baixa.......0.1m
30/12 - Sexta-feira 2h06...... Baixa.......0.6m 8h32...... Alta..........1.9m 14h21.... Baixa.......0.7m 20h49.... Alta..........2.0m
7/12-Quarta-feira 2h39...... Alta..........2.0m 8h49...... Baixa.......0.6m 15h........ Alta..........2.1m 21h08.... Baixa.......0.5m 8/12-Quinta-feira 3h19...... Alta..........2.1m 9h23...... Baixa.......0.5m 15h36.... Alta..........2.2m 21h45.... Baixa.......0.4m
26/12 - Segunda-feira 6h.......... Alta..........2.3m 11h54..... Baixa.......0.3m 18h06.... Alta..........2.4m
1º/1 - Domingo 3h45...... Baixa.......0.8m 10h24.... Alta..........1.7m 16h30.... Baixa.......0.9m 22h49.... Alta..........1.8m 2/1 - Segunda-feira 5h04...... Baixa.......0.9m 11h41..... Alta..........1.7m 17h56.... Baixa.......0.9m
7/1 - Sábado 3h41...... Alta..........2.1m 9h41...... Baixa.......0.5m 15h53.... Alta..........2.2m 22h04.... Baixa.......0.3m
3/1 - Terça-feira 0h02...... Alta..........1.8m 6h30...... Baixa.......0.9m 12h53.... Alta..........1.8m 19h08.... Baixa.......0.8m
8/1 - Domingo 4h19...... Alta..........2.3m 10h15.... Baixa.......0.4m 16h28.... Alta..........2.3m 22h41.... Baixa.......0.2m
4/1 - Quarta-feira 1h13...... Alta..........1.8m 7h36...... Baixa.......0.8m 13h49.... Alta..........1.9m 20h02.... Baixa.......0.7m
9/1 - Segunda-feira 4h58...... Alta..........2.3m 10h53.... Baixa.......0.3m 17h06.... Alta..........2.4m 23h17.... Baixa.......0.1m
Fonte: Banco Nacional de Dados Oceanográficos da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil.
FASES DA LUA DEZEMBRO: Quarto Crescente, 2; Lua Cheia, 10; Quarto Minguante, 17; Lua Nova, 24. Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 125
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TRIBUNA DO LEITOR
Sugestões para o trânsito na cidade Embora não seja especialista em engenharia de tráfego cumpreme, como cidadão, dar minha opi nião com relação a uma possível melhoria do tráfego, até que a situação se defina com as obras de infraestrutura prometidas. Descongestionamento do tráfego sentido Salvador: A) Inverter o sentido de tráfe go da Av. Dois de Julho, tornandoo mão única da Escola de Cadetes até o Posto (pastel do carioca); B) deslocar a sinaleira instala da para pedestres, que hoje esta posicionada nas proximidades de uma loja de produtos para piscina para uma posição tal, que permita aos veículos saindo da Av. 2 de Julho, cruzarem a Estrada do Coco, que para tal sofreria uma intervenção no canteiro central, com uma abertura que permitisse o fluxo corrente no sentido Salva dor. Esse conjunto de semáforos seria temporizado na proporção de 2 para 1, considerando que a via principal é a Estrada do Coco. Deverá também ser contemplado alguns segundos, com sinal fe chado para ambos os lados, para permitir a passagem de pedestres. C) O tráfego entre o Ginásio de Esportes e a Casa do Tra balhador, nesse sentido, seria suspenso. D) Instalar uma sinaleira na posição próxima, onde hoje funcio na a Cesta do Povo, para melhor disciplinar o tráfego convergente e divergente, da/para avenida (não sei o nome) que passa em frente a Agência dos Correios. Congestionamento próximo ao Lojão Insinuante A) deslocar a sinaleira que hoje está instalada exatamente em frente ao lojão para uma posição anterior, de tal forma que permita fechar para os veículos que trafegam pela Estrada do Coco e Via Intermediária enquanto que nesse momento o tráfego fica liberado para os veí culos que circulam pela Av. Beira Rio, sentido Litoral Norte. Garantir alguns segundos para travessia de pedestres. Com isso evitaríamos que o movimento de seis vias seja reduzido bruscamente para 3. Ponto de onibus próximo ao supermercado e condomínio
Cleriston Andrade A) Deslocar fiscais da Secre taria de Trânsito com a finalidade de evitar a desordem causada pelo transporte alternativo e ôni bus, que fazem fila dupla e até tripla, reduzindo a mobilidade do tráfego. Verificar a possibilidade de alongar as baias de parada do transporte urbano nesses locais. Próximo a Torre de Pizza A) Fechar o retorno junto a pizzaria em direção ao Centro de Lauro de Freitas. B) Deslocar a sinaleira da po sição atual, para as imediações da loja Ideal Mármores, de tal forma que não prejudique a travessia de pedestres e, permita que os veículos saindo do Centro de Lauro de Freitas em direção ao bairro da Itinga ou para Salvador, façam o cruzamento mais tranquilo e sem riscos. Entendo que são apenas su gestões, que salvo melhor juízo, podem e devem ser analisadas e avaliadas por aqueles que detêm o poder de decidir e garantir uma melhor condição de vida para os moradores dessa cidade. Grato, se tais sugestões forem publicadas e encaminhadas a quem de direito. Lauro Lopes, engenheiro civil. Loteamento Jardim do Jockey.
A Na edição153, de outubro, da revista Vilas Magazine, consta matéria sob o novo secretário de trânsito da Cidade de Lauro de Freitas. Aproveitando a ocasião, ve nho apelar ao mesmo que tenha como meta em seu trabalho o ordenamento do trânsito na orla de Ipitanga, pois com as passarelas do álcool criada pela senhora pre feita e a instalação do restaurante Beach Stop no Hotel Mamelucos, os usuários destes estabelecimen tos, na sua maioria não moradores da região, estacionam dos dois lados da pista, quando não param no meio desta para conversar com amigos, parentes e outros, deixando os moradores da região a mercê da sua boa vontade. Sou morador do loteamento Marisol, Rua Engenheiro Alves de Souza, aquele mesmo que a prefeita nunca asfalta, mas recebe imposto da sua maioria dos moradores, e estou indignado com tanta falta de interesse por aquela região. Se não bastasse a lama nos
dias de chuva, agora temos que conviver com mais este problema. Se não cortar o mal agora, mais tarde, não será mais possível. Luiz Antonio Neves de Lima. Praia de Ipitanga.
A Não é possível a prefeitura continuar na inércia com relação ao trânsito na cidade. O que ve mos no dia a dia, é o desreispeito total à normas de trânsito, esta cionamentos irregulares, animais nas ruas (vide bairro Miragem), carroças, bicicletas, etc. O fim de linha de Lauro de Freitas aparen ta em muito com a Feira de São Joaquim, ônibus na contra mão, barracas nas calçadas, som alto, sujeira e outras “cozitas”, acordem enquanto é tempo, a população não aguenta mais. A população de Lauro de Frei tas já atingiu 200 mil habitantes e com os projetos em execução, esta cidade entrará no caos ur bano, observem a infraestrutura da cidade aparenta que está
abandonada. Semana passada dirigi-me a um preposto do siste ma de transito da prefeitura, para reclamar das irregularidades a qual presenciávamos , eis que o mesmo mostrou-se decepcionado, pois sentia-se inútil , já que virou caso de polícia . O preposto men cionou que sentia-se ameaçado, o desreispeito é muito grande e as pessoas de bem, como eu, que respeita as normas também se vê ameaçadas. Senhora Moema Gramacho, mande apurar o que estou relatan do, não é difícil, ainda mais que a senhora possui uma equipe muito boa. É necessário um trabalho bem planejado, pois a baderna é antiga e para consertar dependerá de muito esforço e conhecimento de causa do assunto. Quero deixar claro que gosto da senhora e da sua administra ção e muito mais da cidade , não gostaria de vê-la numa situação crítica e irreversível . Luiz Chagas.
Empresas fecham as portas na Rua Blandina. Clientes não conseguem chegar
Venho através da Vilas Magazine expor minha indignação com a prefeitura de Lauro de Freitas pelo descaso com a Rua Blandina F. da Silva (foto acima, segunda rua após o Hospital Menandro de Faria, Estrada do Coco, sentido Salvador), onde existem várias empresas, inclusive a de meu pai, que após18 anos em São Cristóvão, mudou-se para Lauro de Freitas, com a promessa da prefeitura asfaltar dentro do prazo de um ano. Meu pai, uma pessoa íntegra, está fechando as portas da sua em presa, por responsabilidade direta do descaso da prefeitura. Desde 2007, praticamente implorando por uma resposta do motivo do descaso, perdemos a esperança. Após contatos com muitas pessoas,
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Atendimento da Clinica de Vilas Quero expor minha indignação com o Centro Médico de Vilas, na área de pediatria. No dia 16 de novembro, liguei para a clínica para marcar uma consulta para meus dois filhos de 4 e 10 anos, onde estamos falando de crianças e a atendente me informou que eu telefonasse no início de dezembro para marcar a consulta para janeiro de 2012, ou seja estou com o problema agora e tenho que esperar para o ano que vem. Tanto é que passei o final de semana com meu filho na emergência de um hospital em Salvador por ter dado reação alérgica a um medicamento que tomou em casa. Enfim...estou muito chateada com esse atendimento que não é a primeira vez, pago um plano de saúde e tenho que ficar na fila de espera! Agradeço à Vilas Magazine pela oportunidade de expor essa minha indignação. Cláudia Ramos. Vilas do Atlântico.
Este carro caiu num buraco e ficou com a roda traseira no ar. E o prejuízo?? deputados, secretários, e até e-mails para o departamento de infraes trutura e para o gabinete da prefeita, não obtivemos nenhuma resposta ou resolução. Há dois anos mandei uma nota para a Vilas Magazine e também não tive resposta. Tenho certeza que se fossemos pessoas sem educação e fizéssemos um protesto (que é nosso direito), fechando a Estrada do Coco e obrigando todos os motoristas a desviarem para a dita rua, aí sim, alguém daria um jeito de pelo menos passar um trator na rua para que um carro consiga passar sem ser engulido pelas crateras. Mas respeitamos o próximo e sabemos que iríamos prejudicar pessoas que não tem nada a ver com isso. Impostos pagos em vão, não serão reembolsados. Sei que a prefeita não tem como saber da dificuldade que estamos passando, pois ela não tem obrigação de entrar na Rua Blandina pra trabalhar e colocar comida em casa. É o desabafo de uma filha que não aguenta mais. Sei que muitos vão ler essa nota e saber dessa história, pois meu pai é uma pessoa conhecida e querida por muitos. Nossos clientes e amigos foram bem claros: deixaram de ir na empresa, pela impossibilidade de entrar com o carro na rua. É lamentável! Ainda espero uma resposta. Marina C. Almeida.
Moradores do Marisol pedem ajuda
Moradores da rua Eng. Magnólia Teixeira, no loteamento Marisol, pedem à prefeitura, a razão de tanto descaso para com seus cidadãos. O espaço está aberto para os devidos esclarecimentos.
A Clínica de Vilas responde: Senhor Redator: Agradecemos a oportunidade para esclarecer e informar ao público leitor da Vilas Magazine e, em especial, à leitora que se manifestou acerca da Clínica de Villas, mais precisamente sobre a marcação de consultas na especialidade médica em pediatria clínica; cumpre-nos, portanto elucidar aspectos relevantes no mérito: 1. O atendimento em clínica pediátrica ofertado pela Clínica de Villas é exclusivamente eletivo, ou seja, em consultório e mediante prévio agendamento/marcação; não dispondo de assistência em urgência e emergência; 2. Inobstante, em se tratando de pacientes que são acompanhados e assistidos por profissionais do corpo clínico da Clínica de Villas, estes dispõem de meios para comunicar-se, diretamente e a qualquer momento, com os médicos assistentes e assim, obter as necessárias e suficientes orientações para as condutas que requeiram cada intercorrência; 3. Por óbvio, a assistência e a intervenção médica em caráter de urgência e emergência demanda um suporte de recursos materiais e humanos específicos de sorte a assegurar o pronto-atendimento além do suporte básico, o que poderá ocorrer em episódios de reações alérgicas medicamentosas – análogos ao caso relatado pela manifestante; 4. A Clínica de Villas conta com quadro de médicos pediatras para atendimento aos convênios privados e clientes particulares, contudo, efeitos de um eventual “pico de demanda” atípico imprevisto para a sazonal podem ocorrer e, momentaneamente, requerer um prazo maior para a marcação de consultas. Por fim, lamentamos a insatisfação da leitora e nos colocamos ao inteiro dispor para atendê-la pessoalmente, se assim desejar, oportunidade em que acolheremos as suas sugestões e críticas que, de toda sorte são e serão tomadas em conta para o aprimoramento da prestação dos nossos serviços e cumprimento da nossa missão em cuidar e assistir nossos clientes com humanismo, segurança e qualidade. Cordialmente, A Direção. Clinica de Vilas – Centro Odontomedico. A revista Vilas Magazine acolhe reclamações e opiniões sobre temas relacionados ao cotidiano da comunidade. Reserva-se, no entanto, o direito de rejeitar acusações insultuosas ou desacom panhadas de documentação. Também não acolhe elogios ou agra decimentos pessoais. Devido à limitações de espaço, cartas são selecionadas e quando não forem suficientemente concisas, serão publicados trechos mais relevantes. Originais não serão devolvidos. Cartas devem ser enviadas para o endereço redacao@vilasmaga zine.com.br Outros documentos devem ser enviados para a redação da revista: Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. CEP 42700-000. Lauro de Freitas. BA. Só serão consideradas cartas e/ou e-mails com identificação completa do remetente (nome, endereço, telefone para contato). Vilas Magazine - Dezembro 2011 | 127
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