Vilas Magazine | Ed 156 | Janeiro de 2012 | 28 mil exemplares

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RAFAEL MARTINS

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Feliz 14º ano novo

esta edição da revista Vilas Magazine inicia o seu 14º ano “de janela” em Lauro de Freitas. Onde antes havia apenas uma seteira, a partir da qual se enxergava Vilas do Atlântico e pouco mais, a revista abriu um posto de observação que hoje alcança Itinga, Areia Branca, Portão, chegando até Stella Maris, Flamengo, Itapuã e localidades ao longo da Estrada do Coco. Há ainda muito por fazer nessa área, mas o caminho está traçado. A existência de órgãos de comunicação economicamente independentes é um dos indicadores de desenvolvimento universalmente aceitos e também nesse quesito Lauro de Freitas pode comemorar. Em muitos outros houve sensível progresso nos últimos 13 anos. Em especial no campo social, Lauro de Freitas tem avançado enormemente. Nada que permita dar o trabalho por concluído, longe disso. O município permanece entre os mais desiguais do país, com todas as consequências que isso acarreta. Não se trata de mero sentimento humanista, mas de uma realidade com decisiva influência, por exemplo na economia e na segurança pública – como aliás demonstra o diagnóstico do PNUD em Itinga que a Vilas Magazine retrata nesta edição. Da mesma forma, a qualidade de vida é um tema com amplas implicações. Ao contrário do que ocorreu em outras áreas, essa sofreu notável deterioração ao longo desses 13 anos diante da pressão urbana de Salvador, um vizinho mal-educado que entra sem bater. Nessa área, está tudo por fazer. O município ainda discute se vai ou não permitir prédios de 17 andares a leste da Estrada do Coco, uma região já saturada, quando os gabaritos deviam mesmo era ser diminuídos. Amplos espaços outrora verdes hoje estão ocupados por residências, grandes superfícies comerciais, interesses econômicos de toda ordem que se sobrepõem ao legítimo interesse da população, que é manter a qualidade de vida. O progresso não precisa ser sinônimo de degradação. Iniciativas positivas, como a da Câmara Municipal, que criou Zonas Especiais de Interesse Ambiental, não edificáveis, apesar de ainda poucas, representam uma esperança para o futuro e um bom augúrio para este 2012 que se inaugura. Não podemos deixar de agradecer à comunidade pela significativa credibilidade alcançada pela Vilas Magazine ao longo desses 13 anos de jornada, e também, principalmente, aos nossos anunciantes – muitos nos acompanhando em todas as 156 edições – que com a força da sua parceria fazem da revista o mais consultado banco de informações de facilidades e serviços, tendo a certeza do retorno assegurado aos seus investimentos publicitários, atrelados ao trabalho sério, ético e transparente de todos que fazemos a revista Vilas Magazine. Muito obrigado e feliz ano novo, Lauro de Freitas e região.

Carlos Accioli Ramos Diretor-Editor

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www.vilasmagazine.com.br

Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/33792439 e 3379-2206. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Dire­to­ra: Tânia Ga­zi­neo Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaro@vilasmagazine.com.br Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos thiago@vilasmagazine.com.br PUBLICIDADE Simone Gazineo comercial@vilasmagazine.com.br Maiana Cunha de Souza (Assistente) REDAÇÃO Anthero Eloy Fer­reira Lins (Reg. Prof. 699 DRT/ PA), Rogério Borges (coordenador). Colaboradores: Marvin Kennedy, Mário Espinheira e Gilka Bandeira (freelancers), Gil Ramos (fotografia), Lilian Silva, Márcia Tude. FALE COM A REDAÇÃO redacao@vilasmagazine.com.br FINANCEIRO Gerente: Miriã Morais Gazineo financeiro@vilasmagazine.com.br Rosilene da Cruz Santos (Assistente) DISTRIBUIÇÃO Álvaro Gazineo (Responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado Impressão: Quad/Graphics Nordeste (Recife-PE) Informativo mensal de serviços e facilidades, com tiragem de 28.000 exemplares por edição, distribuídos gra­tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e ad­jacências (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, a revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­ culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­to­ri­al fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­ gazine e Boa Dica - Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda.

CENA DA CIDADE

O vice-prefeito João Oliveira (PT) encaminha ao mar, na praia de Buraquinho, três tartarugas acidentalmente capturadas em redes de pesca. Os quelônios receberam tratamento na base do Tamar em Arembepe. A bióloga Liliana Colman explicou que a devolução ao mar em evento público visa conscientizar as pessoas para a preservação da espécie, que tem na praia de Vilas do Atlântico um dos principais pontos de desova da Bahia.

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NOTAS Camaçari é o primeiro município a aderir ao IPTU Verde proposto pela ADEMI-BA Dia 14 de dezembro, o secretário de Relações Institucionais de Camaçari, Adelmar Delgado, entregou ao presidente da ADEMI-BA, Nilson Sarti, o Projeto de Lei Nº740/2011, aprovado na véspera pela Câmara Municipal, para a implantação do IPTU Verde a partir deste ano. Com isso, Camaçari será o primeiro município baiano a adotar a proposta. A ADEMIBA defende que a implantação do IPTU Verde é um estímulo para que o consumidor aposte em empreendimentos ambientalmente sustentáveis cuja operação gere um menor impacto no meio ambiente e, consequentemente, para a comunidade em geral. A proposta da ADEMI-BA é que o desconto oferecido ao proprietário de imóvel que possua equipamentos que reduzam o desperdício possa chegar a 20%, dependendo do número de medidas sustentáveis adotadas, como plantar uma árvore ou manter um jardim em casa. Além disso, promover cidades mais alinhadas com a preservação do meio ambiente. A proposta de implantação do IPTU Verde já foi entregue às prefeituras de Mata de São João, Lauro de Freitas, Salvador e Vitória da Conquista.

Schincariol abre vagas na unidade de Alagoinhas A Schincariol abriu 27 vagas de trabalho na Unidade de Alagoinhas, onde está sendo ampliada uma das fábricas da companhia. As oportunidades são para as áreas de Manutenção (Elétrica, Mecânica e Utilidades) e Apoio Técnico. Os cargos de Eletricista e Mecânico exigem 2º grau completo e ensino técnico na área. Já as vagas para Apoio Técnico exigem formação superior em qualquer curso de Engenharia. Além da escolaridade, os interessados deverão ter experiência na função e conhecimentos em informática. As vagas também poderão ser ocupadas por portadores de necessidades especiais. Os profissionais contratados pela Schincariol recebem uma gama de benefícios como cesta básica, plano de assistência médica e odontológica, plano de previdência privada, seguro de vida e refeição no local. Informações sobre a empresa e o link para envio do currículo estão disponíveis no site www.schincariol.com.br (Carreira/ Quero enviar meu Currículo).

Lei anistia dívidas imobiliárias até R$ 80 em Lauro de Freitas O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a Taxa de Utilização de Serviços Públicos (TUSP) emitidos até o dia 31 de outubro de 2011 serão automaticamente dispensados da dívida imobiliária com o município, desde que a soma dos valores relativos ao lançamento original desses tributos não ultrapasse R$80. Uma carta de comprovação será emitida pelo poder público ao domicílio dos cidadãos que tiverem suas dívidas anistiadas. Segundo avaliação de Roque Fagundes (foto), secretário municipal da Fazenda, a cobrança de valores inferiores a R$ 80 não compensa o custo com a ação judicial, nem a movimentação da máquina pública, já que o município despenderia mais recursos para cobrar o crédito tributário do que efetivamente iria recuperar. A cada três anos, em média, são ajuizadas pela Procuradoria Fiscal do Município cerca de 30 mil execuções

fiscais junto à Vara da Fazenda Pública municipal. O Projeto de Lei, proposto pela prefeita Moema Gramacho (PT) e já aprovado pela Câmara Municipal de Lauro de Freitas, também beneficia a população menos favorecida, que ficará com os seus tributos em dia. A lei também estimula o munícipe a procurar a prefeitura para regularizar seus imóveis mediante abertura de processo administrativo. Se for constatada diferença no lançamento do imóvel, será concedida remissão nas diferenças de imposto apurada e, ainda, anistia do pagamento de multas e juros incidentes.

Bahiana lança campanha para uso correto do jaleco Em horário de almoço, não é difícil ver estudantes e profissionais de saúde vestidos com o jaleco em cantinas, bufês a quilo, restaurantes de hospitais e até no meio de grandes multidões, como shoppings centers. Focada nessa questão de saúde pública, a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública lançou em dezembro a campanha “Faça como os Super-Heróis: use sua capa de proteção somente para salvar vidas”. A ideia é que estudantes e profissionais de saúde evitem transitar vestidos com o jaleco fora dos ambientes de atuação, expondo outras pessoas e principalmente seus pacientes a riscos de contaminação. Por outro lado, ao transitarem com jaleco em espaços públicos (ruas, restaurantes, shoppings, lojas, etc.), profissionais pesquisadores também colocam em risco importantes estudos, pois podem contaminar pesquisas, quando de volta ao seu ambiente de trabalho. A campanha está circulando nas três unidades acadêmicas da Bahiana - Nazaré, Brotas e Cabula e neste início do ano letivo, tanto os calouros como os veteranos e os professores da instituição começarão suas atividades usando o jaleco com u responsabilidade e profissionalismo. Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 7

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NOTAS Projeto Biodiesel da UFBA acerta parceria com o Festival de Verão Salvador 2012 Para estimular ainda mais a redução dos impactos ambientais, o Festival de VerãoSalvador 2012 firmou uma parceria com o Projeto Biodiesel, da UniversidadeFederal da Bahia (UFBA). O projeto, coordenado pelo professor da Escola Politécnica da instituição, Ednildo Torres, promete incentivar a busca do evento por valorizar as energias limpas. Todo o óleo utilizado nos equipamentos do Festival de Verão 2012 e até mesmo pelos parceiros do evento será tratado no laboratório da UFBA, transformado em biodiesel e voltará para o complexo musical com o objetivo de ser usado como energia. A intenção é que os equipamentos operem com 50% de biodiesel, 30% a mais da iniciativa que aconteceu em 2008 na festa. Além disso, será instalado um bio-

digestor anaeróbico na “Cidade da Música”. A máquina será responsável por fazer o tratamento de resíduos sólidos e orgânicos, transformando-os em gás e biofertilizantes, que podem ser usados como energia. O público poderá acompanhar todo o processo de biodigestão acontecendo já que o aparelho será transparente. Para completar a série de iniciativas, será montado um“quiosque de energia limpas”, possibilitando ao público conhecer mais sobre as energias alternativas, como a solar e a eólica. Uma placa acumulará energia fornecida pelos raios solares durante todo o dia para que à noite os foliões do festival possam carregar seu celular com energia solar fotovoltaica.

Estudantes recebem capacitação em tecnologia de computadores O projeto sócio-ambiental Ilhas realizou dia 15 de dezembro a certificação de 109 alunos das comunidades de Aracui, Centro, Vida Nova, Portão, Ipitanga, Vila Praiana e Vila Mar no Centro Comunitário da Paróquia Santo Amaro de Ipitanga. O projeto mobiliza os moradores na coleta seletiva do lixo eletroeletrônico e realiza para os jovens e adultos um curso profissionalizante na área da tecnologia. O projeto é uma ação onde o meio ambiente é preservado e muitas pessoas são diretamente beneficiadas. O aluno-destaque passa a participar do projeto como instrutor.

“Cãofraternização”

No dia 17 de dezembro aconteceu divertida confraternização natalina entre clientes e funcionários da clinica veterinária Dr. Zoo & Cia., com a realização de um amigo secreto entre os cãozinhos, com direito a banquete natalino, com biscoitos e panetones.

Fricote Saiu na prestigiada coluna ‘Direto da Fonte’, assinada pela jornalista Sonia Racy, na edição de 23 de dezembro do jornal O Estado de São Paulo: “Preconceito João Jorge Amado organiza moção de repúdio à deputada Luiza Maia, da Bahia. ‘Se vacilar, ela vai querer proibir os livros do meu pai, Jorge Amado, os versos de Gregório de Matos e as pinturas de Carybé’. A deputada petista quer proibir Luiz Caldas, criado do festival Axé Musica, de cantar ‘Fricote’, a famosa música ‘nega do cabelo duro’. Acha que a canção abala a autoestima da mulher negra”.

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praia de Vilas do Atlântico começou o novo ano mais cheia de gente do que na noite da virada, que foi aparentemente tranquila. Apenas uma barraca fez festa, e mesmo assim num formato muito mais modesto do que era habitual, o que garantiu menos pessoas circulando no calçadão. Vendedores ambulantes vendiam churrasquinho e bebidas, mas famílias inteiras levaram as suas próprias refeições para a praia e se instalaram nos gramados aguardando a virada do ano para a tradicional molhadinha de pés no mar . No domingo, primeiro dia do ano, os gramados voltaram a ser procurados por dezenas de famílias. Crianças brincavam com os aparelhos de ginástica instalados ao lado da barraca Buraco da Velha enquanto os pais aproveitavam a praia. Também no domingo, moradores da orla alertavam as pessoas para assaltos que aconteceram no calçadão no decorrer da manhã. Um turista alemão ficou sem a filmadora.

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Famílias lotam gramados e praias de Vilas do Atlântico no ano novo

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TRÂNSITO

Tráfego de mão dupla está de volta à Luiz Tarquínio

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rânsito intenso marcou a avenida Luiz Tarquínio no retorno à mão dupla, principalmente no trecho da entrada principal de Vilas do Atlântico até a rua Priscila Dutra. Estacionar ao longo do meio fio agora é proibido, e carga e descarga só poderão ser realizadas das 22h às 6h. Os semáforos voltaram a funcionar em dois pontos da Luiz Tarquínio: na entrada principal de Vilas do Atlântico e na esquina com a rua Priscila Dutra. Segundo a prefeita Moema Gramacho (PT), os técnicos agora estão analisando os primeiros efeitos da intervenção e onde podem ser instalados semáforos ou outros modelos de sinalização. “Acredito que dentro de 15 dias o trânsito estará completamente

restabelecido e a população adaptada”, disse. Sem os semáforos, a saída principal de Vilas do Atlântico continuava a provocar longas filas que, nos piores momentos, chegavam à esquina da avenida Praia de Tramandaí, na altura do Equus Clube do Cavalo. A prefeita percorreu a avenida na manhã do dia 28, quando foi feita a alteração de trânsito, para avaliar a necessidade de outras intervenções. “Faixas de pedestres serão pintadas em todos os acessos da rotatória na entrada de Vilas, para sinalizar redução de velocidade em respeito aos pedestres e duas setas serão colocadas para orientar o acesso em mão dupla na Priscila Dutra para evitar confusão: o trânsito tem que fluir para todos”, obser-

Luiz Tarquínio: agora é proibido estacionar e fazer carga ou descarga entre 6h e 22h

vou Moema. As intervenções no tráfego da rua Brigadeiro Alberto Costa Matos, no Aracui, que passou a mão única, e na rua Leonardo R da Silva, que voltou a ser mão dupla, ainda estão sendo avaliadas. A rua André R. da Fonte, transversal em frente à entrada principal de Vilas do Atlântico, continua como sentido único até a bifurcação onde encontra a rua dos Maçons (antiga Clemerson R. da Fonte). A partir daí passa a mão dupla até a Estrada do Coco. A rua Leonardo da Silva (rua do posto Texaco, na Estrada do Coco) sofreu adequações, como o alargamento na junção com a Luiz Tarquínio, para voltar a ter sentido duplo.

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odos os buracos das ruas de Lauro de Freitas serão tapados no prazo de um semana, mesmo que chova, e resistirão fechados pelo dobro do tempo. De acordo com a prefeita Moema Gramacho (PT), será este mês, quando chega uma máquina de asfalto ecológico, que usa restos de pneus. Em função do custo, que é cerca de 30% superior ao tradicional, a prefeita descarta usar o equipamento para asfaltar ou refazer o asfalto de ruas. Até porque a escolha do asfalto ecológico para tapar buracos não nasce de considerações ambientais. A vantagem que interessa à prefeitura é o curtíssimo prazo de execução, a durabilidade estendida e a possibilidade de fazer o reparo entre uma chuva e outra. O vereador Lula Maciel (PT) propôs, faz mais de um ano, que a solução fosse aplicada a todo o asfaltamento da cidade e apresentou argumentos econômicos. De acordo com ele, “pesquisas comprovam que, após três anos de uso, o asfalto ecológico reduz em até 30% os custos em relação às misturas tradicionais, gerando menos gastos” – além de dar uma destinação aos pneus velhos, uma velha preocupação ambiental. O vereador contou que, de acordo com um fabricante, o produto não requer qualquer tipo de mistura, aquecimento e compactação mecânica. Basta varrer o local e aplicar o asfalto ecológico diretamente sobre ele e, com o auxílio de uma pá, espalhar o produto. “Em minutos, a depressão ou o buraco estarão selados, com a compactação sendo feita pelos próprios veículos que transitam pela via”, disse. O asfalto-borracha, que tem 20% de pneus triturados na fórmula, já é aplicado em larga escala em estradas, ruas e avenidas de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo, por exemplo. No Estado do Rio de Janeiro, foi inaugurada

GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO

Prefeitura usará asfalto com borracha para tapar buracos

Máquina aplica asfalto ecológico, mais econômico, em estrada do Espírito Santo em dezembro a primeira estrada do país inteiramente construída com asfaltamento ecológico. Em julho passado, o governador fluminense assinou decreto autorizando o uso da nova tecnologia em todas as rodovias estaduais. O presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro confirma os argumentos econômicos de Lula Maciel. De acordo com ele, o custo do asfaltoan_BRAHMA_12X10.pdf ecológico é até 40% menor 6 20/12/2011

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Beba com moderação. Venda e consumo de bebidas alcoólicas proibidas para menores de 18 anos.

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porque as dimensões do pavimento asfáltico também são menores. Em vez de cinco centímetros de espessura, o asfaltoborracha é aplicado com 2,5 centímetros. Além disso, o uso de 20% de borracha na mistura contribui para baratear o asfalto. “A tonelada de borracha é mais barata que a tonelada de asfalto”, ensina. A adição de mais borracha na mistura também reduz os ruídos e diminui o tempo de frenagem, aumentando a segurança. A durabilidade é outra vantagem. O asfalto ecológico dura “o dobro do asfalto convencional, que tem duração de dez 18:21:37afirma Ribeiro. anos”,

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SeguRaNça

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Nações Unidas apresentam diagnóstico da violência em Itinga

nquanto o Instituto Sangari divulgava em Brasília as mais recentes taxas de homicídio em todo o país, deixando Lauro de Freitas em posição muito negativa, uma equipe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apresentava aqui as razões para essa violência. Foi em dezembro, por meio de um diagnóstico aplicado à região de Itinga. Os dados do PNUD resultam de estudos desenvolvidos desde fevereiro de 2011 no âmbito do programa conjunto da ONU “Segurança com Cidadania”, que investe US$ 6 milhões em ações de desenvolvimento humano no combate à violência, com foco em crianças, adolescentes e jovens de até 24 anos. Itinga foi selecionada, ao lado de Vitória (ES) e

Contagem (MG), pelos seus altos índices de violência e pelo engajamento da comunidade na busca de soluções. Dados do Mapa da Violência 2012, divulgado em dezembro último pelo Instituto Sangari, apontam que Lauro de Freitas como um todo apresenta agora a quarta maior taxa de homicídios na Bahia e a 14ª do país, com 99,1 assassinatos por cada 100 mil habitantes. Dez anos atrás Lauro de Freitas ocupava a posição número 198 (índice 2,6). A classificação reflete a ocorrência de 162 homicídios na cidade apenas no ano de 2010. No ano 2000 foram três, 145 em 2008 e 170 no ano seguinte. O aumento na taxa de homicídios em Lauro de Freitas está na contramão da média nacional, que chegou a registrar

variação negativa média de 1,4% ao ano entre 2003 e 2010, e supera por larga margem a variação na RMS, no interior da Bahia e em todo o estado. Entre 2000 e 2010 a taxa de homicídios cresceu 3.651% em Lauro de Freitas, atrás somente de Simões Filho, que registrou um aumento de 4.760%. No mesmo período, a taxa de Camaçari aumentou 256%, a de Salvador 330% e a da Bahia 301%. Em todo o país, no quesito aumento da taxa de homicídios, Simões Filho e Lauro de Freitas só perdem para o município de Ananindeua, no Pará, que registrou 744 assassinatos em 2010. A bem sucedida candidatura de Lauro de Freitas ao programa conjunto da ONU representou uma rara – e inédita – decisão política de encarar esses fatos em

Vista área do bairro de Itinga mostra a área onde será construída unidade do Instituto Federal da Bahia

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busca de soluções efetivas. O anfitrião institucional da equipe da ONU na cidade é o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), chefiado por José Carlos Arruti, que operacionaliza localmente o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci). O diagnóstico apresentado à comunidade no início de dezembro representa a primeira etapa do programa, que segue agora para a etapa da discussão de soluções com a mesma comunidade. A cobertura de imprensa em todos os passos do programa faz parte do método de trabalho do PNUD. Ao contrário dos projetos sociais pré-formatados ou ligados à transferência de renda, o que o “Segurança com Cidadania” da ONU oferece é tecnologia de desenvolvimento humano para prevenir a violência entre crianças, adolescentes e jovens em condições vulneráveis. Serão principalmente ações com foco na mudança de comportamento. Não por acaso, para o PNUD, “segurança” é algo relacionado “às práticas cidadãs de respeito pela vida e pela dignidade” e inclui a segurança econômica, alimentar, ambiental, pessoal, comunitária e política. A definição de “violência” está ligada à negação da cidadania e “ocorre quando há discriminação, preconceito, repressão social e inversão de valores humanos”. Os técnicos do PNUD explicam que a violência é um fenômeno que tem muitas causas, e não uma causa isolada. Para efeitos conceituais, o estudo identifica seis eixos, que vão da violência incidental à violência instrumental: déficit de capital social, presença de fatores de risco, violência contra a mulher, contextos sóciourbanos inseguros, insuficiência policial e da Justiça e o crime organizado. Nessa mesma ordem, o PNUD preconiza abordagens que vão da prevenção ao controle da violência. Os eixos têm importância equivalente, sem nenhuma forma de hierarquização entre eles. Há

ainda uma avaliação da “capacidade institucional”, que “não é uma capacidade de governo e sim de comunidade e instituições”. Na esfera institucional, os pesquisadores apontam a falta de regulamentação e estruturação da Guarda Municipal, que também não tem ainda um papel constitucional definido. Foi também diagnosticada, entre outras falhas, uma pulverização de ações e políticas. O PNUD insiste em que as falhas institucionais não representam uma falta de “capacidade governamental”, mas um

daquela região. Em um grupo de jovens da Escola de Cadetes Mirins, ouvidos pelos pesquisadores para o diagnóstico, o PNUD destacou depoimentos como “às vezes tenho vergonha de falar que moro na Itinga, todo mundo acha que aqui só tem marginal”. O distanciamento em relação ao Centro da cidade – que para os moradores de Itinga é a própria “Lauro de Freitas” – ficou claro em testemunhos como “a gente da Itinga tem de ir pra Lauro pra achar lazer”. No grupo de mulheres ouviu-se que “na

Gráfico mostra a concepção de diagnóstico aplicado pelo PNUD

problema que perpassa o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, nas três esferas: municipal, estadual e federal. DÉFICIT DE CAPITAL SOCIAL Técnicos até então estranhos à realidade local encontraram em Itinga a conhecida “falta de identidade da população com Lauro de Freitas”, além da reconhecida “marginalização da população”

Itinga tem muita coisa, mas para a maioria a gente tem de ir lá em Lauro”. A frase mais marcante apresentada no diagnóstico veio do grupo de jovens: “vem cá, lá no Rio de Janeiro tem praia em todo lugar, é? Sempre vejo na televisão jovens de minha idade na praia. Eu nunca fui na praia, dona”. O Largo do Caranguejo, centro social e comercial de Itinga, fica a 5,8 Km do ponto u mais próximo da orla, em Ipitanga.

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segurança Esse aspecto faz parte do capítulo do “déficit de capital social”, que avalia redes de relacionamento baseadas na confiança, cooperação e inovação desenvolvidas pelos indivíduos dentro e fora das organizações. Outros problemas foram identificados: o desconhecimento e descumprimento de normas de convivência, a falta de uma rede social articulada, a ausência de cultura de solução pacífica de conflitos e a onipresente apropriação indevida do espaço público: a desordem urbana. A ausência de controle social é mais um dos fatores apontados pelo estudo. Houve auto-crítica no grupo de jovens – “as pessoas cobram muito do poder público, mas não se mobilizam para realizar as atividades que querem” – e crítica dos jovens ao poder público: “já fui membro de grêmio estudantil, fazíamos ofícios para a prefeitura, mas nunca responderam”. Fatores de risco Os fatores de risco, outro dos seis eixos que formam as causas da violência, começam pela glamorização e consumo excessivo de álcool na região. O mapa eletrônico do Gabinete de Gestão Integrada Municipal do Pronasci mostra uma alta concentração de bares em Itinga. Esses fatores, para o PNUD, são “situações que colocam as pessoas em condições de vulnerabilidade aumentando as chances de se tornarem vítimas ou agentes da violência”. Nesse sentido, a desigualdade sócio-econômica de Lauro de Freitas, bem acima da média nacional, é mais um deles. A renda das famílias mostra uma concentração de 54% na faixa de até dois salários mínimos, enquanto a faixa média-alta, de cinco a dez salários mínimos abrange apenas 8% da população. Nacionalmente, as mesmas faixas de renda quase se equivalem, em torno dos 20% cada uma. O uso e porte de armas, o consumo e venda de drogas ilícitas, o “elevado Indice de Homicídios na Adolescência” (IHA) e a ausência de espaços para aproveitamento do tempo livre são outros fatores de risco em Itinga. A apreensão de drogas em Itinga é mais que o dobro da média do município e 80% superior à de Salvador, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia de 2010. Modo geral, os números do relatório Sangari foram confirmados pelo aumento de 77% no índice de homicídios de adolescentes em

Lauro de Freitas entre 2005 e 2007. Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o índice só é menor que o de Simões Filho, líder nacional em taxa de homicídios. A falta de preparação para o mercado de trabalho, mais um fator de risco identificado pelo PNUD, foi traduzida pelo percentual de jovens que não estudam. Os dados são do Plano Municipal de Segurança, encomendado a uma consultoria especializada pela prefeitura no ano passado. Na faixa dos 15 aos 19 anos, quase 20% estão fora da escola. Entre os jovens de 20 a 24 anos, mais de 60% não estudam. A “falta de perspectiva para uma carreira”, sendo “difícil” encontrar vagas em cursos profissionalizantes e técnicos, foi a razão mais frequentemente apontada nos grupos de jovens pesquisados. A escolha de Itinga para a implantação do futuro Instituto Federal da Bahia – instituição sucessora do antigo Cefet – poderia ter sido justificada pelo diagnóstico. A ausência de espaços em Itinga para aproveitamento do tempo livre também foi identificada como fator de risco. Entre os adolescentes, o PNUD desta um depoimento que dimensiona o problema: “Tá na escola, estuda, mas quando volta para casa não tem o que fazer. Por isso vamos para as ruas. Tem o Mais Educação, Segundo Tempo, mas [a gente] sente a necessidade de um curso de música. Lá tem aula de violão, mas é sempre teórico, nunca é prático. [a gente] sente falta de um espaço para passar o tempo de forma produtiva junto com os colegas e vizinhos”. Os técnicos do PNUD captaram ainda a antiga reivindicação por equipamento cultural em Itinga: “Aqui tem muita rixa, então quando tem eventos culturais no Centro eles acabam não indo por conta das rixas. Por isso seria importante fazer um teatro em itinga” – foi dito nos grupos de adolescentes.

Violência contra idosos, mulheres e crianças Em outro dos eixos, o PNUD detectou a “dificuldade de operacionalização do Centro de Referência Lélia Gonzalez”, que atende mulheres em situação de violência, devido a problemas de deslocamento. Instalado em Vilas do Atlântico, o Centro de Referência fica a quase 9 Km de distância do Largo do Caranguejo. O diagnóstico aponta que “o centro já teve uma van, mas que deixou de ser usada”. O PNUD verificou também que não há dados consolidados capazes de dimensionar esse tipo de violência no município, apontou a falta de pelo menos uma delegacia especializada, deficiências de atendimento à criança e adolescente vítima de violência e dificuldades operacionais do Conselho Tutelar. Espaço urbano Os espaços públicos e de circulação em mau estado, que representam o quarto eixo tratado pelos pesquisadores, foram detalhados em aspectos já muito conheci-

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KATHERINE EVANS

dos: pontos de alagamento, terrenos baldios, má conservação de ruas e praças, pontos mal iluminados, praças e parques abandonados, apropriação social do espaço público e baixa mobilidade urbana – a falta de transporte público adequado. Na faixa do espectro já mais próxima da violência instrumental, a insuficiência policial e da Justiça aparece amenizada pela existência do Balcão de Justiça e Cidadania, que além do escritório de Itinga existe também em Areia Branca, outra

região conflagrada de Lauro de Freitas. O PNUD anota que o Balcão de Justiça e Cidadania “é um importante mecanismo de mediação de conflitos, mas que precisa ampliar sua atuação”. O diagnóstico aponta o “bom trabalho com questões de Direito de Família e homologação de acordos extrajudiciais”, mas destaca a falta de atuação em outras áreas. Em relação ao contingente policial da região, classificado como “relativamente mais baixo” que a média, o diagnóstico aponta que isso não indica necessariamente uma “atuação ruim” porque “se houver preparo, articulação e capacitação a atuação pode ser muito eficiente”. De acordo com o Plano Municipal de Segurança do GGIM, o número de policiais militares a serviço da 81ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), que atende Itinga, representa cerca de 20% do contingente de todo o município: 28,8 por cada 100 mil habitantes. A média do município (149,28), por sua vez, é inferior à da Bahia (214) – que é semelhante à do Nordeste (201,1) e à do Brasil (221,4) como um todo. O baixo número de varas e magistrados para a população local e a falta de varas especializadas de infância e juventude, atendimento à mulher e de execuções penais são outros fatores de risco. Falta também, sempre de acordo com o

diagnóstico, articulação com a política estadual de penas e medidas alternativas e espaços de mediação de conflitos. Crime organizado Na ponta extrema do espectro aparecem os grupos criminosos organizados e o recrutamento de jovens para a prática de atividades ilícitas. O PNUD associou a apreensão de armas e drogas e outras estatísticas criminais à presença do crime organizado. Os pesquisadores destacaram depoimentos de jovens que sabem que “onde o governo não chega, outra forma de governo vai acabar chegando”. De acordo com eles, “aqui na Itinga essa forma de governo tá muito forte”. Um jovem testemunhou que “existe o crime organizado na Itinga e é oxigenado por aspectos individuais. O cara comanda a boca do alto e disputa o mercado”. No grupo de famílias sobressaiu o “muito medo dos traficantes e do poder deles aqui no bairro”. Uma forma de presença do Estado – as Bases Comunitárias de Segurança (BCS) que vêm sendo implantadas em Salvador – está prevista para Itinga, mas a realidade do recrutamento de adolescentes para o crime indica a necessidade de uma ação mais dirigida à mudança de valores e comportamentos do que propriamente policial. Em um grupo de jovens foi dito que “o menino de cinco anos cresce com o vizinho que é traficante, vê que ele tá barão, acaba sendo o seu modelo”. No grupo da Escola de Cadetes Mirins o testemunho repetiu-se: “tem menino que aparece com anel de cédula de cem reais. Faz isso pra mostrar pros outros o quanto ele ganha vendendo drogas. E é tudo menino novinho, rapaz. O cara vai preferir trabalhar pra ganhar quase nada ou traficar?”. O que a ONU propõe é, basicamente, levar o garoto a responder a essa questão de uma maneira diferente.

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meio ambiente

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Nova associação propõe parque público e bolsas de hipismo no Clube do Cavalo

nova associação “Amigos do Equus Clube do Cavalo”, em Vilas do Atlântico, quer assumir a área entregue à entidade que está em dissolução e implantar um parque público. A “Amigos do Equus Clube do Cavalo” é formada pelo grupo que defende a preservação daquele espaço, com as atividades esportivas e de lazer que sempre foram desenvolvidas. A ideia é construir um jardim botânico dotado de espécies nativas. A proposta de trabalho do grupo, que reafirma a viabilidade econômica da associação, inclui atribuir bolsas para a prática de hipismo a jovens das comunidades menos favorecidas de Lauro de Freitas. De acordo com o empresário Daniel Andrade, associado do atual Equus e um dos líderes da nova entidade, será proposto termo de cooperação com a Escola de Veterinária da Unime para que o Clube do Cavalo possa colaborar na formação dos futuros profissionais. Aos atletas do hipismo também interessa apoiar a Uni-

me, já que os animais mantidos no Equus são todos tratados no hospital veterinário da faculdade Equoterapia O projeto inclui também a criação de uma galeria de arte e de uma academia de música e arte nas atuais instalações do Clube do Cavalo, mas a principal medida é implantar atividades de equoterapia. A comunidade perdeu o benefício desde que foi fechada a Escola de Equitação e Equoterapia Jaguar, na rua Priscila Dutra, que daria lugar a um conjunto habitacional de nove prédios. De acordo com a nova entidade associativa, a prática de equoterapia contará com o apoio da Associação Bahiana de Equoterapia (Abae), presidida pela pedagoga Maria Cristina Brito. A Abae atende portadores de necessidades especiais, “contribuindo para o estabelecimento de sua dignidade e exercício pleno de sua cidadania, assegurando o seu direito de ir e vir”. A Abae realiza desde 2010, em parce-

ria com a Petrobras, o projeto “O Cavalo a Serviço da Habilitação, Reabilitação e Promoção Social”. O objetivo é oferecer a crianças e adolescentes, por meio da equoterapia, um suporte interdisciplinar que ajuda a lidar com crianças especiais sem discriminação. De acordo com a Abae, o projeto “vem contribuindo para a inclusão das pessoas com necessidades especiais na rede regular de ensino”. Projeto de Lei Os planos da nova “Amigos do Equus Clube do Cavalo” ganharam estímulo renovado depois da aprovação, em segundo turno, de emenda a um projeto de lei que altera o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) de Lauro de Freitas. O dispositivo, de autoria do presidente da Câmara Antônio Rosalvo (PSDB), cria quatro novas Zonas Especiais de Interesse Ambiental (ZEIA) na cidade. Uma delas compreende os quase 33 mil m² do Equus Clube do Cavalo. “Havia o receio de que, com o fim da

Gonçalo Moura (esq) conversa com os vereadores José Augusto, Antônio Rosalvo e Lula Maciel no Equus Clube do Cavalo, em Vilas do Atlântico

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atual associação, o espaço fosse destinado à construção civil, para erguer mais condomínios ou comércio”, voltou a dizer Rosalvo. Um abaixo-assinado recolhido em Vilas do Atlântico e no entorno do bairro, já com cerca de três mil nomes, dá apoio à aprovação da emenda. “A comunidade pediu providências e mostrou que não aceita perder mais este espaço”, disse. Também preocupada, a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), associação de moradores do bairro, deu apoio formal à emenda que visa preservar a área do Clube do Cavalo. No mês passado, faixas assinadas pela Salva pediam “mais qualidade de vida, menos construções em Vilas” e a preservação do Equus Clube do Cavalo. Além da área do Clube do Cavalo, ficarão protegidos mais de 225 mil m² das imediações laterais do próprio Clube do Cavalo, incluindo a lateral do Shopping Villas Boulevard e os quase 135 mil m² do Parque Ecológico de Vilas do Atlântico. Em uma parte do parque com saída para a ave-

Faixas pedem fim de construções em Vilas do Atlântico. Abaixo, reprodução de folha do abaixo-assinado em apoio à emenda: três mil assinaturas recolhidas em um mês

passaram a subscrever a emenda, tornando-se também autores: Lula Maciel (PT), Manoel Carlos dos Santos (PSB), Fausto Franco e Manoel Messias de Lima (PDT), Alexandre Marques (PRP), Jorge u

nida Praia de Itamaracá já havia sido construído um condomínio. Em Ipitanga, passarão a estar protegidos quase 84 mil m² do entorno do Kartódromo Ayrton Senna. O projeto de lei seguiu para sanção ou veto da prefeita Moema Gramacho (PT). Tal como na primeira votação, a emenda foi aprovada por unanimidade. A diferença é que o apoio aumentou. Mais sete vereadores

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meio ambiente Bahiense (PSC) e Edilson Ferreira (PRB). O vereador José Augusto da Silva (PSB), que tem criticado duramente a expansão urbana em Lauro de Freitas, visitou a área do Equus no final de dezembro com Lula Maciel e Antônio Rosalvo. O vereador foi conhecer mais a realidade do espaço e falou com Gonçalo Moura, um dos fundadores da nova associação. Fausto Franco também voltou a criticar a verticalização em Lauro de Freitas ao defender a aprovação da emenda que protege o Clube do Cavalo. Manoel Carlos dos Santos, o Carlucho (PSB), chamou atenção para o volume de assinaturas no abaixo-assinado anexado à emenda, destacando que a comunidade havia se pronunciado ali. Para Lula Maciel, que tem um histórico de defesa do meio ambiente, o que está em questão é o uso que se faz dos espaços da cidade. Ele contou que foi procurado pelos trabalhadores do Equus, preocupados em perder o emprego com o fim da atual associação.

Equoterapia ajuda portadores de necessidades especiais

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equoterapia, na definição da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE Brasil), é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais. É esse atendimento que a nova associação “Amigos do Equus Clube do Cavalo”, em Vilas do Atlântico, quer passar a oferecer naquele espaço, recuperando o trabalho que era feito pela antiga Escola de Equitação e Equoterapia Jaguar, na rua Priscila Dutra. Um dos praticantes de equoterapia na antiga escola foi Yuri Brito, portador de paralisia cerebral cuja história foi contada nos livros “Minha Caminhada” e “Minha Caminhada II... Cavalgar é preciso”, escritos por sua mãe Maria Cristina

Uma das atividades da equoterapia tra­ ba­­lha o equilíbrio de crianças especiais a partir das oscilações e movimento do cava­lo

Guimarães Brito – que viria a fundar a Associação Bahiana de Equoterapia (Abae). É com a Abae que os “Amigos do Equus Clube do Cavalo” contam para recuperar a equoterapia em Lauro de Freitas. O próprio Yuri contou, em depoimento publicado pela ANDE Brasil, que aos 10 anos de idade seus passos “precisavam se firmar, mas o cruzar de pernas era constante e facilitava as quedas”. Por mais incentivo que recebesse, “nem sempre conseguia evitar este troca-troca de pernas e às vezes batia o cansaço”, escreveu. Depois de iniciar a equoterapia,

“estava cada vez mais seguro”, conta. Com a ajuda do instrutor de equitação, Yuri conseguiu perder o medo e passou a subir e descer escadas sozinho. No aspecto motor, a equoterapia desenvolve o controle da postura e do equilíbrio do praticante, pelo estímulo às reações de ajuste, de defesa e de endireitamento corporais. Isso porque o andar do cavalo imprime movimentos tridimensionais, para cima e para baixo, para um lado e para outro e para frente e para trás, semelhantes ao caminhar humano. A meta motora da equoterapia é desenvolver no praticante as capacidades funcionais que permitem a sua independência nas atividades diárias. Além disso, a equoterapia ajuda a desenvolver habilidades e a percepção de crianças portadoras de necessidades especiais.

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Anúncio da verba para o metrô não menciona Estrada do Coco

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ontinua indefinida a aplicação em Lauro de Freitas de verba federal destinada à mobilidade urbana. O metrô da Paralela vai receber R$ 1,6 bilhão do PAC, segundo anunciou a presidente Dilma Rousseff (PT), mas o Governo da Bahia menciona apenas o trecho “Aeroporto-Rótula do Abacaxi”. Comunicado distribuído pela prefeitura de Lauro de Freitas afirma que Jacques Wagner (PT) “garantiu que a verba contemplará Lauro de Freitas”, mas que “só se saberá a fatia deste investimento” quando vier a licitação. A prefeitura sublinha que a prefeita Moema Gramacho (PT) “luta para que o projeto” inclua Lauro de Freitas até Portão. No Facebook, uma página mantida pelo presidente da Câmara Antônio Rosalvo (PSDB) – “Metrô até Portão” – recolhe apoios a essa reivindicação. “A nossa

parte é convencer o governo a tomar a decisão e apresentar nossa demanda à bancada da Bahia no Congresso, que precisa apresentar emendas ao Orçamento da União para ajudar a financiar o projeto”, escreveu. O pacote de emendas da bancada inclui verba para levar o metrô até Cajazeiras, em Salvador, mas não contempla Lauro de Freitas. O governador Jaques Wagner teria dito a jornalistas, no início de dezembro, que “a linha do metrô da Paralela pode ir até o bambuzal [no acesso ao aeroporto] ou um pouco mais. Talvez até Portão”. A declaração, de acordo com um blog da capital, teria sido oferecida durante jantar com jornalistas, no Palácio Rio Branco, em Salvador. A Vilas Magazine não foi convidada para o encontro. O tema da mobilidade urbana tem sido uma prioridade editorial deste veículo de comunicação

MANU DIAS

transporte

O metrô de Salvador (esq.), já nos trilhos, aguarda integração com a Paralela. Acima, o chefe da Casa Civil de Salvador, João Leão, não acredita no metrô na Estrada do Coco desde 2010, quando a solução prevista para a Estrada do Coco era um corredor de ônibus. A Câmara Municipal realizou, em setembro, uma concorrida audiência pública em que ficou clara a demanda pela extensão do metrô até Portão. João Leão, chefe da Casa Civil da prefeitura de Salvador, falou com a Redação. Ele não acredita que o metrô ultrapasse os terrenos da Base Aérea, na altura do acesso da avenida Dois de Julho. Leão aponta a falta de espaço para instalar um pátio de manobras em qualquer outro ponto da Estrada do Coco. “Onde é que há espaço em Portão para isso”, questionou. A alternativa de levar o metrô até o Km 3,5 da Estrada do Coco, na altura da segunda ponte sobre o Ipitanga, teria como maior atrativo a grande área hoje ocupada pelos depósitos da Insinuante. João Leão não acredita também nessa hipótese em função da importância econômica dos depósitos para o caixa da prefeitura de Lauro de Freitas.

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CIDADE

Lei de contrapartidas paga equipamentos públicos de ginástica na cidade

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reze bairros de Lauro de Freitas passaram a contar com onze conjuntos de equipamentos de ginástica ao ar livre e dez brinquedos de parque infantil. Batizados de “academias populares”, os equipamentos foram instalados de Areia Branca a Vilas do Atlântico (leia à página 21). De acordo com a prefeitura de Lauro de Freitas, custaram R$ 300 mil, pagos pela Lei de Contrapartidas Sociais,

relacionada à liberação de alvarás de construção, que exige investimento em bens públicos. A conta coube à PDG Incorporadora, que tem cinco conjuntos habitacionais em obras na cidade. Nove das academias são para idosos e duas para cadeirantes, na praça de Buraquinho e no Largo do Caranguejo, em Itinga. A prefeitura oferece a assistência de cinco professores de educação física, que atendem em horários prefixados para

cada local, pela manhã e no final da tarde. De acordo com a prefeitura, inicialmente haverá um profissional das 7h às 9h30 e em breve o atendimento também acontecerá no turno da tarde, entre 16h30 e 18h30. A programação de trabalho dos orientadores, de acordo com o comunicado, é a seguinte: segunda-feira, na praça de Vilas do Atlântico, próximo ao Colégio Apoio; terça-feira, em Buraquinho e em Portão; quarta-feira em Ipitanga e em Itinga (Dois de Julho); quinta, no Ginásio de Esportes, Centro, e sexta-feira, na Praça do Jambeiro. Os horários para a Avenida Beira Rio e praia de Vilas do Atlântico ainda serão estabelecidos. Os exercícios, de baixo impacto, são feitos em aparelhos que utilizam o peso do próprio corpo, mas os equipamentos não devem ser utilizados por crianças com menos de 12 anos sem acompanhamento profissional. Uma placa avisa também que “a utilização dos equipamentos é de inteira responsabilidade dos usuários”.

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A prefeita Moema Gramacho testa e­qui­pamento de ginástica na praça de Buraquinho (esq.). Acima, operários a serviço da prefeitura concretam área no gramado da praia de Vilas do Atlântico. Equipamentos de ginástica já foram instalados com aprovação da Salva.

Moradores tentaram impedir concretagem na grama

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m dos conjuntos de aparelhos de ginástica para idosos foi instalado no final de dezembro na altura da rua Praia de Botafogo, ao lado da barraca Buraco da Velha, em Vilas do Atlântico. A novidade mereceu a atenção dos moradores da área, que tentaram impedir a construção de uma base de concreto em cima do gramado, na faixa de praia. Até o fechamento desta edição da Vilas Magazine, mais de 360 pessoas compartilhavam no Facebook uma foto da base de concreto, criticando a ideia. Muitos aprovam os aparelhos, mas condenam a localização e a estrutura, por serem ambientalmente incorretas. Em comunicado, a prefeita Moema Gramacho (PT) disse que “as academias foram ins-

taladas para dar mais qualidade de vida à população, em especial aos idosos e pessoas com deficiência”. Carlos Miguel Ramos, fundador e primeiro coordenador-geral da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a associação de moradores do bairro, era um deles. “Este gramado, estes coqueiros, fomos nós que plantamos”, indignava-se. “O poder público não tem o direito de destruir o que nós construímos”, argumentava aos prepostos da prefeitura. Na altura, Kall Fonseca, atual coordenador-geral da Salva, lamentou que a associação não tivesse sido consultada pela prefeitura. Dois dias depois, quando a estrutura foi coberta por grama, Kall Fonseca disse

que “ao ver a base de concreto, a população pensou que seria uma aberração e se manifestou sem esperar a conclusão da obra”. De acordo com ele, “agora a comunidade quer mais uma”. A Salva vai ceder seguranças que farão rondas diárias para ajudar a cuidar dos equipamentos. Já Antônio Carlos Almeida, também coordenador da Salva, disse que “se a comunidade não aprovar nós vamos pedir a retirada”. Almeida explica que a associação de moradores “foi surpreendida com o caminhão de concreto” e que procurou dar assistência no momento em que foi chamada ao local. “Mas aquela é uma área pública e não pudemos impedir a prefeitura”, disse. Como a base de concreto não foi removida, Carlos Ramos prometeu ir ao Ministério Público, assim que passasse o recesso de fim de ano, “para fazer valer a decisão judicial que proibiu até mesmo reforma em barracas de praia, quanto mais uma coisa dessas”.

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região

Novo Clube de Leitura é inaugurado em Arembepe

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mundo da leitura eleva os que têm o hábito de cultivá-la, amplia horizontes do conhecimento, dá formação profissional e, principalmente, abre as portas da imaginação e da realização humana. Para dar continuidade à contribuição do desenvolvimento das comunidades vizinhas, a Millennium Inorganic Chemicals (MIC) inaugurou mais um Clube deLeitura, no dia 21 de dezembro. Desta vez, os beneficiados foram crianças e adolescentes de Arembepe. Desde 2007, a fábrica investe na formação literária das comunidades vizinhas, através de livros, revistas, jornais, filmes e jogos, com o uso diferentes métodos e ferramentas que visam desenvolver o raciocínio e despertar o interesse pela leitura. “No clube, as crianças são sempre estimuladas a pensar de uma forma crítica, a ler e interpretar a palavra escrita, falada ou desenhada”, afirma o instrutor do Clube de Leitura, Romi Nascimento, graduado em letras, especialista em psicopedagogia e mestre em educação. Em Arembepe, os encontros acontecem duas vezes na semana, na Associação dos Moradores da Volta do Robalo e Capivara, com duração de uma hora e meia. “É algo muito positivo, uma promessa de incentivo aos estudantes da região”, afirma Arlete de Souza, coordenadora da Escola Municipal Giltônia Pereira de Souza, instituição onde os encontros já

começaram a acontecer desde novembro, com o objetivo de mostrar às crianças uma prévia do Clube e atraí-las de forma lúdica, através do conto de estórias. Embora o clube seja independente das escolas, a Millennium faz questão de iniciar a implantação do clube exatamente por elas. “Nós apresentamos o projeto para os diretores e professores, que relatam as principais dificuldades dos alunos daquela comunidade específica. Também fazemos oficinas com os professores, convidamos os alunos através de contação de histórias nas salas de aula e mantemos o diálogo sempre aberto. Afinal, o clube é uma atividade suplementar à escola e não pode atuar de forma isolada”, esclarece Grace Brandão, líder de Comunicação da MIC. As visitas de Romi resultaram na boa

receptividade dos alunos. Segundo a coordenadora Roselita Amorim, muitos deles, mesmo em período de férias, buscaram informações sobre as inscrições e demonstraram entusiasmo com a chegada do Clube. A solenidade de abertura ocorreu na Associação dos Moradores da Volta do Robalo e Capivara e contou com a presença de crianças dos outros clubes, que fizeram uma apresentação teatral com fantoches (fotos). Inicialmente, o Clube de Arembepe atenderá cerca de 100 crianças do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano). A expectativa é superar esse número a cada dia e atingir a maior quantidade possível, para formar cidadãos letrados, com consciência crítica e responsabilidade social. “Espero que as crianças de Arembepe frequentem, pois elas terão muitas oportunidades de conhecer um pouco mais sobre a literatura, além de aprenderem brincando”, convida Adriane Campos, 13 anos, uma das alunas do Clube de Leitura de Areias. CLUBE DE LEITURA O Clube de Leitura é uma atividade gratuita, voltada para crianças a partir de seis anos. Os encontros são marcados pelo desenvolvimento de atividades que incentivam a literatura, como rodas de leitura, apresentações teatrais, sessões de cinema, debate de enredos, etc. Em 2007, a Millennium instalou o primeiro Clube na comunidade de Areias. Em 2009, a nova sede chegou a Jauá. Desde então, os estudantes têm demonstrado maior interesse não apenas pela leitura de livros, jornais e evistas. “Eles se mostraram determinados a pesquisar nas bibliotecas e adquiriram maior empenho nos estudos, o que aumenta a qualidade do aprendizado escolar”, completa Romi, que também carrega o desejo de ampliar as atividades dos clubes e levá-las para dentro das escolas, tanto as municipais quando as particulares.

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Mobilização salva guaxinim atropelada em Busca Vida

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om um pulo e uma disparada a gua­xinim desapareceu no mato, voltando à casa depois de quase um mês de ausência. Era o final feliz para uma história que começara dramaticamente na noite do dia 1º de dezembro, quando o bichinho, também chamado de Mão Pelada, fora atropelado na principal via do condomínio Busca Vida. O atropelador, como era de se esperar, não teve o cuidado de prestar socorro. Voltando para casa, naquela noite, o casal Izabel Delmondes e Eduardo Cesana se deparou com a triste cena: o animal ferido caído no chão e seu parceiro correndo, prá lá e prá cá, em tempo de ser atropelado também. Com a ajuda do pessoal da segurança, que dispunha de caixa para transporte, luvas e equipamento para captura, o animal foi levado para casa do casal, onde ficou na casinha dos cachorros até a manhã, quando foi atendido, em Vilas do Atlântico, pelo dr. Moacyr Moraes Neto, veterinário e especialista em animais silvestres. Depois de tratada a guaxinim (a esta altura já se sabia que era fêmea) foi

encaminhada ao Ibama. Com edema da pancada e movimentando-se com alguma dificuldade, foi preciso esperar sua total recuperação para então ser reintroduzida ao seu habitat. Como se tratam de animais monogâmicos, o dr. Moacyr acha que logo ela encontrará o companheiro e o restante da família. Enfim, no fim da tarde do dia 28 de dezembro, uma equipe do Ibama chegou ao condomínio Busca Vida trazendo uma enorme gaiola, dentro dela, a guaxinim. Escolhido o lugar de mata bem próximo onde ela sofreu o acidente, deixaram-na ainda por algum tempo na jaula para que reconhecesse o ambiente. Pouco depois, Tiago Passos, estagiário de biologia, abriu a porta e ela disparou. Para a bióloga Maria Conceição Santana Pires, coordenadora do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, “este é o melhor momento do nosso trabalho. É grande a alegria de ver o animal ganhar a liberdade, voltar para seu ambiente. Pena que as pessoas ainda não percebam a beleza do animal solto.” (Gilka Bandeira)

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COMPORTAMENTO EDUARDO ANIZELLI / FOLHAPRESS

PAPO DE CASAL

Discutindo a relação Enquanto os homens duelam, as mulheres fazem conchavos, diz linguista americano que aponta razões biológicas para explicar as dificuldades de comunicação entre os dois sexos Juliana Vines Folhapress

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guerra dos sexos ganhou outro capítulo com o lançamento de “Duels and Duets”, do linguista americano John Locke, sem edição no Brasil. O livro diz que homens e mulheres se expressam de formas bem diferentes: eles duelam, disputando poder, e elas falam como se estivessem fazendo duetos, compartilhando informações. Locke, doutor em psicologia cognitiva e professor do Lehman College, em Nova York, não descobriu a pólvora. Pesquisas em neurociência e psicologia já provaram que vários estereótipos de gênero têm sua razão de ser. É nesses estudos que Locke se apoia. “Mulheres passam longos períodos discutindo problemas”, disse o pesquisador, em entrevista à Folhapress. Se elas têm disposição ao diálogo e são polidas, eles interrompem uns aos outros e amam piadas infames. O motivo da diferença, para ele, é biológico: por milênios, homens e mulheres seguiram seus próprios caminhos evolutivos. Eles foram selecionados para agredir, lutar e caçar; elas, para acertar na escolha de parceiro e cuidar da família. Boa parte do tempo, cada um ficou cercado de gente do mesmo sexo.

HORMÔNIOS FALAM Locke relaciona a testosterona, hormônio masculino, com a fala agressiva e assertiva deles, e a oxitocina, hormônio do instinto materno, com os duetos femininos. Cérebros de homens e mulheres são distintos, isso influencia na comunicação, concorda o neurocientista Renato Sabbatini, da Unicamp. “A mulher usa os dois hemisférios para falar, os homens, um. Elas têm mais sensibilidade para detectar tons emocionais. Minha mulher sempre diz: ‘Olha como ela fala, é falsa’, eu respondo que ela está imaginando coisas.” Desde que aprende a falar a menina já tem mais fluência verbal do que o menino. Mas, apesar de estudos comprovarem distinções biológicas, muitos linguistas ponderam que há poucas pesquisas comportamentais sobre o tema, o que torna mais difícil saber qual é o papel da natureza e o da cultura nas diferenças de expressão entre os sexos. Para Eleonora Albano, linguista e pesquisadora da Unicamp, desde pequenas as meninas são incentivadas a falar mais, e os meninos, a fazer atividades motoras. “Meninas de dois anos contam histórias para suas bonecas. Meninos não contariam para seus carrinhos.” O pesquisador Luiz Paulo da Moita Lopes, da UFRJ, também defende que a influência cultural fala mais alto que

A gerente de RH Marina Hoss, 27, e o namorado Alexandre Passos, 20 a genética. “Sexo é biológico, gênero é social. Nossa cultura espera algo do homem e da mulher diferente do esperado em outras culturas.” Nessa visão, são as expectativas e os papeis sociais que fazem das mulheres as melhores ouvintes e dos homens os mais assertivos. “A ideia de que homens falam de um jeito e mulheres de outro é muito engessada e excludente. Acontece, mas muita gente fica fora do padrão”, diz a pesquisadora Ana Cristina Ostermann, da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos). ‘NÃO QUERO BRIGAR’ Biológica ou não, a diferença estudada por Locke é reconhecida entre casais. A gerente de RH Marina Hóss, 27, se identifica com o que ele diz. Ela diz que terminou um namoro por falhas de comunicação. O ex nunca dizia o que o incomodava. “Eu perguntava, ele falava que não ia dizer porque não queria brigar. Também deixava de falar coisas. No fim, quando falamos tudo, não tinha mais jeito de consertar.” Marina admite que ela quase sempre acha problema onde não tem, mas reclama que os homens fogem de qualquer tentativa de conversa. “Eles acham que

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FERNANDO RABELO / FOLHAPRESS

Elas conversam mais sobre sexo

Quem fala mais, o macho ou a fêmea?

Entre amigas, as mulheres falam mais sobre sexo do que os homens com seus colegas, pelo menos segundo os dados de uma pesquisa feita na Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA). O resultado mostrou também que elas se sentem mais confortáveis para falar do assunto. O estudo foi feito com 205 universitários e patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano. Os participantes (124 mulheres e 81 homens, entre 18 e 25 anos) responderam questionários sobre a frequência dessas conversas, os tópicos falados e como se sentiam. O tema mais conversado, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, foi a aparência física do sexo oposto.

Contrariando todos os estereótipos e o senso comum, pesquisas científicas mostram que não são elas as mais falantes. Uma análise de 70 estudos feitos para comparar a quantidade de palavras usadas diariamente por homens e mulheres, incluindo 4.385 pessoas, mostra que a verborragia masculina é maior. O trabalho, da Universidade da Califórnia, foi publicado em 2007 na revista da Sociedade de Psicologia Social e Personalidade. Na melhor das hipóteses, homens e mulheres falam a mesma quantidade: uma média de 16 mil palavras por dia, segundo uma pesquisa feita na Universidade do Texas, com 400 participantes

Mulher é menos afirmativa, não é? É, segundo o trabalho da Universidade da Califórnia, publicado neste ano na “Psychology of Women Quarterly”. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após a análise de 39 pesquisas, envolvendo 3.502 pessoas. Foram consideradas formas de linguagem não assertiva o uso de expressões de dúvida (“não tenho certeza”), indicadores de imprecisão (“acho”) e afirmações seguidas de pergunta (“não é?”). Para Campbell Leaper, autor do estudo, a linguagem menos assertiva não expressa necessariamente submissão, mas uma tentativa de envolver o interlocutor na conversa.

Anna Paola Conde, 43, nutricionista, e o marido, Evilasio Mariano, 59, no escritório que eles dividem, no Rio. a gente quer conversar para encher o saco e fazer cobrança. Não é. Queremos discutir para construir. É uma tentativa da mulher de fazer dar certo.” Agora, Marina namora há quatro meses Alexandre Passos, 20, auxiliar administrativo. “Ele é paciente”, diz ela. O que não quer dizer que goste de discutir a relação, afirma Alexandre. “Nenhum homem gosta. A gente pensa: que conversa inútil. O problema é falar demais sobre coisas desnecessárias.” Até agora, não tiveram discussões. Até agora. Anna Paola Conde, 43, nutricionista, é casada há 20 anos com o empresário Evilasio Mariano, 59. Os dois trabalham lado a lado, conversam o tempo todo e dizem que se dão bem. “Nunca dormimos brigados.” Ela não gosta quando ele insiste em saber por que ela está brava. “Digo que estou na TPM e peço para ele me deixar quieta. Ele quer saber o que tenho. Que coisa insistente, quer que eu desenhe?” Ele se defende: “O bicho mulher nasceu para complicar. Ela é cheia de sutilezas, de dizer sem falar. O homem não está ligado nisso. Depois ela vem e culpa você por não ter entendido, porque u era claro para ela. Não é não.” Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 27

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COMPORTAMENTO Elas forçam o papo, eles usam o silêncio

Mulheres desabafam, homens duelam A mulher conversa buscando apoio. O homem conversa competindo. Ela usa os dois hemisférios cerebrais para falar. Ele só usa um. Mas será que entender as diferenças de expressão entre os sexos melhora a comunicação?

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stariam homens e mulheres condenados a falar línguas diferentes? Sim e não, diz o linguista John Locke. Para ele, a diferença pode motivar a cooperação e até facilitar a convivência. “O homem deve lembrar que, quando a mulher fala sobre sentimentos, ela pode estar só tentando compartilhar”, afirma. Elas não querem necessariamente duelar. Mas, quando falam, eles logo apresentam uma solução. Aí elas ficam bravas e eles também. “O problema não é os dois falarem línguas diferentes, mas acharem que estão falando a mesma”, diz a terapeuta familiar Lidia Aratangy, segundo quem desabafar é uma mania feminina. Mulheres começam mais brigas -70% das vezes são elas que acendem o estopim. “Fazem isso porque um relacionamento ruim é mais danoso para elas”, afirma Ailton Amélio, psicólogo e pesquisador da USP. Mas não precisa exagerar, como no caricato best-seller “Homens São de Marte, Mulheres São de Vênus”. O autor passa o livro todo afirmando que os marcianos se escondem na

caverna quando não querem falar. “A diferença não é ruim. Não é preciso ter medo do sexo oposto, pensar que está com um ET em casa. Ninguém sabe bem como lidar com o outro, seja homem ou mulher, chefe ou parente.” As diferenças de comunicação ficam claras também no trabalho. As mulheres, na maioria, ainda tendem ao discurso mais pessoal e detalhista, segundo Zuca Palladino, gerente de recrutamento. “Homens são mais objetivos, mas muitas mulheres têm aprendido a ser mais diretas.” No trabalho, imitar a objetividade masculina até funciona, mas na vida privada nada parece resolver o abismo de linguagem. A maior dificuldade é dosar o que precisa ser esclarecido e o que pode passar batido, sem “DR”. “Nem tudo deve ser escondido ou escancarado”, ensina Amélio. “O que incomoda deve ser negociado de uma forma assertiva, que pode ser resumida em dizer o que se sente, de maneira polida e sem cobranças, em um bom momento.”

A revista Vilas Magazine está avaliando locais para serem credenciados como PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO dos exemplares mensais, em estabelecimentos localizados no Centro, Itinga, Vida Nova, Areia Branca, Ipitanga e Jockey Club. Interessados podem entrar em contato com o sr. Álvaro, no Departamento de Distribuição, pelos telefones 3379-2439 ou 3379-2206, no horário comercial.

Pesquisa qualitativa feita na University of Northen Iowa (EUA) identificou que, entre os casais, a mulher é quem faz mais esforço para iniciar e manter a conversa. Já o homem é o responsável pela maioria das atitudes que terminam o diálogo. Entre essas, a mais praticada é a estratégia do silêncio: consiste em ficar calado, sem responder a perguntas diretas. Fim de papo. O estudo foi feito com sete casais que deixaram gravadores ligados nas áreas mais usadas de suas casas por dez dias. Depois, os participantes ouviram privadamente as gravações e deram sua opinião sobre o que funcionava ou não nos diálogos.

Meninas abstratas, meninos concretos Homens querem exemplos concretos, mulheres são mais subjetivas. Isso tem a ver com diferentes formas de o cérebro processar a linguagem, segundo neurocientistas da Northwestern University, em Illinois (EUA). Usando imagens de ressonância magnética, eles observaram as áreas cerebrais ativadas em 62 crianças enquanto faziam exercícios com palavras. As meninas usaram mais as áreas de decodificação da linguagem. Já os meninos ativaram mais as áreas ligadas a funções visuais e auditivas, conforme as palavras eram escritas ou faladas. O estudo foi publicado no jornal “Neuropsychologia”, em 2008.

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JANELAS ABERTAS |

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iante da claridade que cresce no horizonte desta madrugada, não há dúvida de que “o futuro na luz da manhã não / demora”, conforme a canção de Renato Teixeira. Em qualquer outra ocasião, tal constatação seria mero recurso poético para embelezar o trivial. Mas, especialmente neste dia soa com a força de presságio e provoca certo arrepio. Afinal é o primeiro amanhecer de 2012, o ano apocalíptico. Entretanto o sol se levanta como em todos os dias, igualmente diferente. Igual no sempre acontecer e diferente na sempre nova combinação das cores e das pinceladas sobre o quadro celeste com muitas ou poucas nuvens. Os coqueiros languidamente se espreguiçam ao sabor da aragem, os cajueiros reluzem, os pássaros saltitam, voam e cantam. Nada na suavidade do alvorecer denota fim de mundo, nem mesmo os infortúnios pessoais de uns e outros e as desgraças coletivas que normalmente ocorrem todos os anos. Embora cada alvorada inaugure uma nova era, os prenúncios são muito sutis, quando não imperceptíveis. No dizer de João Guimarães Rosa, “a vida é constante, progressivo desconhecimento”. No desconhecimento, vamos levantando hipóteses, desenvolvendo teorias, criando lendas, cultivando crenças e supondo. Supondo uns, que as profecias são peremptórias, se cumprirão da pior forma possível e o mundo acabará completamente. Supondo outros que os vaticínios são alegorias que precisam ser interpretadas e, que por estas interpretações, o fim previsto não é o do planeta, mas apenas o de uma fase da história da humanidade, para que tenha início um ciclo mais evoluído. Quem estará certo? Bom esperar que sejam os otimistas e alegrar-se com a perspectiva dos novos tempos de maior sabedoria e total fraternidade. Tempos em que as pessoas serão gentis e serenas; e os altos muros serão trocados por flores, árvores e laguinhos nas frentes das casas. Quando se entenderá que não basta desenvolver as técnicas chamadas de sustentáveis, mas efetivamente diminuir o consumo para reduzir a produção e poupar os recursos, sabendo que, qualquer que seja o modo de produção, há dispêndio de energia e risco de poluição. Tempo em que não mais haverá cari-

Gilka Bandeira

Amanhece 2012 dade porque não existirão necessitados de caridade. Ninguém matará ou será morto porque o amor reinará sobre todas as desavenças e ódios. Não mais se atravessará a pista da Estrada do Coco para, perigosamente, pegar um retorno, atrapalhando o já caótico trânsito, apenas para poupar míseros segundos de tempo e de combustível. E ninguém terá pressa, por ter certeza que é devagar que se vai longe. Não haverá inveja porque todos estarão satisfeitos com o que tem e, sobretudo, consigo mesmo. Os desperdícios deixarão de acontecer e em nenhuma parte do Planeta haverá famintos ou analfabetos, nem se morrerá nas portas de clínicas por falta de atendimento ou enquanto se aguarda a famigerada regulação que não chega nunca, embora haja vaga dentro da unidade para qual se precisa ser transferido. Muito menos se será amontoado em macas, ou mesmo no chão, dos infectos corredores dos hospitais públicos, em situação pior do que nos hospitais de campanha. Na verdade haverá menos doentes com a melhoria das condições existenciais que advirão. A disputa será substituída pela solidariedade, a ganância pelo partilhar. As empresas capitalistas se transformarão em cooperativas. Os bancos e sua agiotagem deixarão de existir. Todos os cartões serão incinerados. As favelas desaparecerão nos novos bairros de boas casas erguidas entre bosques, pomares e jardins. As cidades desincharão, tornando-se pequenas, aconchegantes e belas. E qualquer lugar do mundo será bom de viver. Os alimentos voltarão a ser puros e realmente nutritivos. Os animais deixarão de ser maltratados. E as fábricas de armas, de carros, de fertilizantes químicos, de agrotóxicos e outras mais serão fechadas. Os governantes não precisarão fazer propagandas para convencer os eleitores de que fizeram o que de fato não fizeram. Os políticos não mais comprarão óleo de peroba porque perderão a cara-depau. Os parlamentares não mais terão coragem de aumentar seus salários em

62%, de ter tanta regalia, de custarem tão caro à nação. Enfim satisfeitos com o muito que já ganham, custearão suas próprias despesas e largará a viciosa corrupção. Ninguém precisará ostentar nem sobressair-se, nem consumir drogas, porque todos estarão de bem consigo, com os outros, com o mundo e terão encontrado meios inócuos de experimentar o êxtase. Todo mundo, contente da vida, se abraçará e sairá a cantar, “porque são tantas coisas azuis/ e há tão grande promessas de luz/ tanto amor para que a gente nem sabe....” Todavia, não se pode descartar a probabilidade de que as profecias, não se cumpram nem apocalipticamente, nem de forma alguma. Perante o que se vê no dia-a-dia da Terra, é bem provável que continue tudo como dantes no quartel de Abrantes, no mesmo mesquinho ramerrame. Contudo, no terreno das conjeturas qualquer possibilidade é possível, inclusive a de haja repentina mudança ideal. O ser humano, assim como a vida, é surpreendente e certeza não se tem. Na verdade, “[...] a gente nunca se provê segundo garantias” já dizia o autor de Sagarana. Ademais, apesar de tantas falas e escritos sobre o destino dos terráqueos em 2012, a maioria festejou a passagem de ano, como se nada de especial estivesse previsto. E no instante em que este pedaço do planeta começa a passar diante do sol, dando início a um novo dia ou nova era (de regozijo ou de terror), muitos dormem, alguns ainda com roupa da festa, indiferentes ao futuro, que já não demora. E novamente vem Guimarães Rosa e diz: “Ah, o tempo é o mágico de todas as traições” e as traições são surpresas que tanto podem ser boas quanto terríveis. Poder-se-á mudar espontaneamente pelo amor ou compulsoriamente pela dor. Mas isto é pra depois. Agora, na suavidade do amanhecer, “parece a vida estar completa/ na paz que o azul ensina”, como, num certo dia, observou o poeta Ruy Espinheira Filho. Então, é gozar desta plenitude, ainda que momentânea, de modo a avivar as esperanças e a expandir a sensibilidade que nos fará construtores e merecedores de um mundo regido pelo amor, onde a paz e a fraternidade deixem de ser utopia ou coisa meramente eventual. Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 29

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SAÚDE & BEM-ESTAR

Paternidade pós vasectomia:

escolha possível

Segundo casamento tem aumentado procura por cirurgias de reversão de vasectomia

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escolha pela vasectomia, a cirurgia de esterilização masculina, é uma decisão que um número cada vez maior de brasileiros tomou nos últimos anos. Quem se submete a ela, geralmente, são homens casados que mantém relações sexuais com suas esposas e que não querem se preocupar com métodos contraceptivos por já terem todos os filhos que gostariam de ter e cujo casamento parece estável. No entanto, nesse grupo, o número de pais que desejam voltar a ser férteis tem aumentado. Mais cedo ou mais tarde, parte significativa dos operados lamentam ter feito a cirurgia e querem voltar atrás. Para estes, duas soluções são a reversão da vasectomia ou o armazenamento do sêmen em um banco de sêmen antes da vasectomia para futura utilização em procedimentos de reprodução assistida. “A última vez que realizei a reversão este ano foi num paciente que eu mesmo vasectomizei há quatro anos. Ele tinha quatro filhos quando decidiu pela vasectomia, mas algum tempo depois, se separou e casou novamente com outra mulher. Sua atual esposa, que queria muito ter filhos, me procurou, conversamos com o casal e realizamos a reversão da cirurgia por via microcirúrgica”, conta o uro-andrologista Francisco Costa Neto. Segundo o médico, não existe uma estatística oficial relacionada aos números da Vasectomia na Bahia. Mas, o Centro de Pesquisa e Assistência em reprodução Humana (CEPARH), onde ele trabalhou por 10 anos, realiza aproximadamente mil procedimentos por ano. A explicação para que parte dos homens submetidos à vasectomia se arrependa parece óbvia: o casamento que levou esses homens a optarem pelo procedimento não era tão duradouro quanto parecia no momento em que a decisão foi tomada. Veio a

separação, um outro casamento e, com ele, a esperança de recuperar na mesa de cirurgia a capacidade reprodutiva. Outras estatísticas Na última década, o número de divórcios e separações dobrou no Brasil. São cerca de duzentos mil a cada ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As estatísticas também revelam que, depois do divórcio, o homem tem muito mais chances de voltar a casar do que a ex-mulher. E ele geralmente se une a uma mulher solteira, mais jovem e sem filhos. No primeiro casamento, a diferença de idade entre marido e mulher é de quatro anos, em média. Nos vínculos seguintes, chega a oito. E raras são as mulheres que, ao casar com um homem divorciado, desistem de ter filhos. “O homem tende a fazer a reversão para satisfazer a esposa”, diz Francisco Costa Neto. “Mais de 90% dos arrependidos têm entre 40 e 50 anos, já são pais e estão no segundo ou terceiro casamento”, completa. Sucesso da técnica Embora o índice de reversão com sucesso seja alto é preciso considerar o tempo de realização da vasectomia, já que pacientes com mais de 10 anos de vasectomizado têm chances menores de se tornar férteis novamente. “Em razão da vasectomia, o organismo masculino perde progressivamente a capacidade de produzir espermatozoides”, explica o uro-andrologista. “O sucesso da técnica também depende do cirurgião. Geralmente utilizamos a técnica de microcirurgia, que nos dá uma taxa de sucesso entre 80 e 85% de gravidez”, declara o especialista. Vale salientar que a reversão de vasectomia é apenas uma das maneiras para se restaurar o processo reprodutivo. Afinal, existem outras maneiras de restaurar a fertilidade do homem”, destaca o médico. Dois brasileiros famosos, o humorista Tom Cavalcante e Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, são exemplos de insucesso da reversão da vasectomia. Na primeira união, Tom e Pelé tiveram, respectivamente, dois e três filhos. Satisfeitos com o tamanho da prole, optaram pela

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vasectomia. Nenhum dos dois imaginava que uma futura esposa fizesse questão de crianças em casa. Tanto Pelé quanto Tom acabaram recorrendo à cirurgia de reversão, mas não funcionou. Acabaram optando pela reprodução assistida (inseminação artificial). Banco de Sêmen Em muitas situações, os espermatozoides podem ser congelados para posterior utilização num processo denominado de criopreservação. O banco de sêmen mantém espermatozoides congelados em nitrogênio líquido por tempo indeterminado para serem utilizados em inseminações artificiais ou outras técnicas de reprodução assistida, diz a farmacêutica-bioquímica Daniele Brustolim. Nos últimos anos, uma discussão vem acontecendo entre os defensores da reversão microcirurgica e os defensores dos meios de reprodução assistida. Atualmente, a tendência entre os estudiosos do assunto é de que a reversão da vasectomia apresenta algumas vantagens sobre os meios artificiais. O menor custo da reversão e as taxas superiores de gravidez são argumentos fortes a favor da microcirurgia. O aparecimento de complicações como gravidez múltipla, nascimento de crianças de baixo peso (que necessitam de internamentos prolongados) e partos prematuros são argumentos contra as técnicas artificiais. Sobre os procedimentos A cirurgia de esterilização masculina, ou vasectomia, consiste no corte dos canais deferentes, por onde trafegam os espermatozoides antes que se misturem ao líquido seminal. O procedimento é extremamente simples: duas incisões de três milímetros no saco escrotal, anestesia local e meia hora de duração. “Apesar da simplicidade do método, é interessante notar que grande parte dos homens brasileiros não se incomoda que suas mulheres façam laqueadura das trompas (uma cirurgia mais invasiva), mas foge da vasectomia como o diabo da cruz”, comenta Francisco Costa Neto. A reversão é uma microcirurgia que requer pinças delicadíssimas, fios de sutura mais finos do que um fio de cabelo, microscópios e lupas de última geração. Nesse caso, a anestesia é peridural ou geral e a operação pode levar de duas a seis horas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, é preciso que apenas o médico que faça a vasectomia seja habilitado a realizar a reversão da vasectomia por microcirurgia.

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SAÚDE & BEM-ESTAR

Agrotóxico não sai do alimento apenas com uma lavagem Parte dos defensivos agrícolas é absorvida por verduras e legumes; retirar casca não resolve problema.

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rutas, verduras e legumes são a base de qualquer alimentação considerada saudável. Por isso, desde 2001, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passou a realizar o PARA (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos), os resultados divulgados têm preocupado especialistas e a população. Em sua última edição, com amostras de 18 alimentos analisadas em 2010, o PARA indicou que 27,9% delas apresentavam limites de agrotóxico acima do recomendável ou tinham substâncias não aprovadas. O vilão da vez é o pimentão, que teve 91,8% das amostras analisadas consideradas insatisfatórias. O morango e o pepino também se saíram mal, com 63,4% e 57,4% das amostras rejeitadas, respectivamente.

‘Alguns tipos de agrotóxicos podem causar doenças neurológicas, doença de Parkinson e até câncer, entre outros problemas. Diante disso, a população deve pressionar a Vigilância Sanitária para que faça a fiscalização da origem dos alimentos’, explica Wanderlei Pignati, médico, professor da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) e pesquisador dos impactos dos agrotóxicos nos alimentos da Fiocruz do Rio de Janeiro. O especialista explica que como alguns tipos de produtos químicos são absorvidos pelas plantas, a higienização, mesmo com água sanitária, só é capaz de remover excesso de agrotóxico. ‘Verifique se o alimento tem origem reconhecida por órgãos de saúde, prefira produtos da época e os de cultivo orgânico’, diz Adriana Domeneghetti, nutricionista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, lavar bem os alimentos em água corrente e retirar cascas e folhas externas das verduras e frutas pode reduzir os riscos à saúde.

Médico diz que não há necessidade de pânico Embora a análise da Anvisa seja preocupante, não há razão para alarme. ‘Ninguém precisa deixar de comer nem entrar em pânico. A margem de segurança para agrotóxicos em alimentos é alta. Seria preciso uma grande quantidade para ter problemas. E ninguém come dez pimentões por dia’, diz Anthony Wong, diretor médico do Ceatox-HCFMUSP (Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina da USP). Apesar da recomendação para utilizar produtos orgânicos, o especialista lembra que problemas com alimentos na Europa, neste ano, tiveram sua origem associada ao cultivo de uma fazenda orgânica na Almanha. (Fábio Saraiva / Folhapress). 32 | Vilas Magazine - Janeiro 2012

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BELEZA & ESTÉTICA

Laser e injeção podem suavizar cicatriz antiga Técnicas ajudam a tornar marca na pele menos aparente. Mas cuidados durante o tempo de cicatrização são bem importantes

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icatrizes de ferimentos ou de cirurgias feitas há anos não precisam ser sinônimo de vergonha e descontentamento por parte de quem as possui. Tratamento com laser e aplicação de medicamentos são alguns dos métodos que ajudam a tornar cicatrizes antigas menos aparentes. “Para tratar as cicatrizes mais altas, sobretudo os queloides, podem ser injetados produtos à base de corticoide sob a lesão. Essa aplicação ajuda a deixar a cicatriz mais baixa”, diz a dermatologista

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Maria Bandeira. O número de aplicações é variável. “Em alguns casos, apenas uma sessão já ameniza o problema”, diz ela. Técnicas como o laser e a microdermobrasão também diminuem o tamanho da cicatriz e podem ajudar a suavizar a cor da marca. “Ao atingir a pele, o laser estimula a produção de colágeno e provoca um novo processo de cicatrização, que vai ocorrer de forma mais organizada, fazendo com que a nova cicatriz seja mais discreta”, diz a dermatolgista Maria Helena Garrone. Embora os tratamentos consigam suavizar as cicatrizes, a pele não volta ao estado normal, por isso, dizem os especialistas, é importante ter alguns cuidados durante o processo de cicatrização. “É melhor dar pontos em um ferimento simples pois, com eles, a cicatrização é mais rápida e a marca fica mais uniforme”, diz o dermatologista Eugenio Pimentel. E o uso de uma placa de silicone é indicado para impedir que a cicatriz cresça. (Fabiana Cambricoli / Folhapress).

Verdades e Mentiras Algumas partes do corpo são mais vulneráveis a cicatrizes mais aparentes. Verdade. Áreas como as costas, tórax, ombros e joelhos são mais propícias à formação de cicatrizes hipertróficas e queloides porque são áreas de flexão. Cicatrizes de espinhas podem formar queloides. Verdade. Até mesmo uma pequena marca pode crescer e formar uma cicatriz alta, mas mesmo as cicatrizes de acne podem ser amenizadas com técnicas como o laser e a microdermobrasão. A hereditariedade não tem nenhuma influência sobre o processo de formação de cicatrizes em cada pessoa. Mentira. A formação de queloides, por exemplo, é mais comum em pessoas cujos pais ou outros familiares já manifestaram essa tendência. Brancos têm mais facilidade em desenvolver cicatrizes hipertróficas (mais altas). Mentira. As marcas que ficam mais altas e crescem além da área da cicatriz costumam acometer principalmente pessoas de pele negra ou morena, segundo os especialistas.

Belas pernas no verão

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erão à toda, temperaturas altas e pouca roupa. Para aderir ao look, andando por aí com as pernas de fora sem receio de ser feliz, é necessário se cuidar bastante. Depilação e esfoliação, produtos, massagens e malhação são itens que garantem o sucesso de suas pernas. Preparada? Primeiramente é recomendado fazer uma boa depilação, realizada com cera fria de 20 em 20 dias, aproximadamente. Mas é importante, não utilizar o produto quente, já que pode atingir os capilares periféricos, proporcionando o aparecimento das temíveis varizes. A esfoliação – realizada um dia antes ou dois após a depilação – também precisa pertencer a beleza das pernas. Por isso, escolha por óleos vegetais com sementes de frutas, que, além de retirar as células mortas, hidratam e tem função antioxidante. A utilização de produtos tensores, que fazem a penetração nos tecidos e atuam como se fossem esticando a epiderme também é interessante. Para as pessoas que estão com certa ‘pressa’, procedimentos que misturam esfoliação, utilização de máscaras tensoras e massagem para trabalhar a circulação é recomendada. Mas se preferir um trabalho mais profissional, o recomendado é procurar uma clínica de sua confiança para fazer a depilação. Na seção de classificados Saúde & Bem-Estar desta edição, existem várias opções à sua escolha.

redes desses vasos, não deixando assim eles se romperem. Para as pessoas que já tem varizes aparentes, o ideal é buscar ajuda clínica. Para amenizar, é indicado fotoprotetores tonalizantes, que trabalham como fosse um tipo de “maquiagem”. Além de base, eles possuem FPS. Agora se você deseja buscar uma solução mais radical existe por exemplo, um equipamento chamado de Laser Deka, que entra na pele e acaba com as células sanguíneas no interior das veias, que serão depois absorvidas pelo corpo. Além de não ser agressivo a pele, o procedimento tem resultados que não são demorados, u

Celulite e varizes Além de deixar as pernas mais trabalhadas, as massagens auxiliam na prevenção do aparecimento de varizes (vasos rompidos). Cosméticos que levam ginco biloba e castanha-daíndia oferecem força as paVilas Magazine - Janeiro 2012 | 35

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BELEZA & ESTÉTICA sem o uso de agulhas ou cirurgias. Para resolver o problema, são realizadas de duas a trêsa sessões. Uma das grandes vilãs do público feminino, a celulite é ocasionada por vários fatores, entre eles a genética, os hormônios e modificações circulatórias. Mas é importante informar que esses fatores podem ser piorados por uma alimentação incorreta, excesso de peso, tabagismo e sedentarismo. Por essa razão, ter uma vida saudável é a forma ideal de não ter a famosa aparência de ‘casca de laranja’. Se a celulite já chegou e não quer sair, a solução é se utilizar de cosméticos que ajudam na circulação e na eliminação de líquidos retidos. Malhação Não podíamos esquecer lógico das recomendações para a pessoa que gosta de malhar na academia. São recomendadas atividades de agachamento e também de cadeira extensora. Os professores informam que quantidade não significa qualidade: trabalhar os membros inferiores três vezes semanalmente, dando um intervalo de no mínimo dois dias para um mesmo grupo de músculos é o correto. Para os especialistas, não adianta ir desesperada e ficar diversas horas na academia. O treino precisa ser objetivo

e com intensidade, e não podem existir muitos intervalos entre as refeições. É indicado o agachamento com os pés paralelos. Podemos fazer em casa: ficando de pé, com os pés distantes na largura dos quadris, colocar pequenos pesos em cima dos ombros e faça a contração do abdômen. Flexionar os joelhos e jogar os quadris pra trás, como se fosse sentar na cadeira. Deixar as costas retinhas, sem curvar pra frente. Quando a atividade passar a ser ‘fácil’, descer o corpo até as pernas formando um ângulo de 90º. Tentar realizar uma série de 15 repetições. Quem está começando pode fazer sem a utilização de pesos. Aulas de luta podem ainda auxiliar bastante e são uma boa opção para as pessoas que não gostam tanto de malhar. Os professores, dizem por exemplo que o kick boxing, trabalha bem as coxas, pernas e bumbum, além de oferecer o aumento do tônus dos músculos, deixa

Para mostrar as pernas bem bonitas no verão, invista em cosméticos, tratamentos e bastante malhação.

um condicionamento respiratório e cardiovascular melhor e mais gasto de gordura do corpo. Os pés.... Eles são os mais afetados pelas micoses, é importante ficar atento. Existem as que afetam os dedos, como frieiras por exemplo, já outras podem atingir os lados e as plantas dos pés, como é o caso da escamosa, mas não importa: os cuidados são iguais. É necessário secar bastante os pés depois de tomar banho, não ficar tanto tempo em pisos molhados e trocar todo o dia as meias. Cuidado ainda para a utilização constante de calçados fechados. Atenção às unhas Micoses que afetam as unhas possuem como sintomas a deformação delas, que pode se soltar do dedo. É necessário ter atenção aos sinais iniciais estranhos, como quebra da ponta das unhas e modificações na cutícula. Para a sua prevenção, carregue o seu próprio material quando for a manicure, secar bastante entre os dedos depois do banho e não utilizar toalhas de outras pessoas. O tratamento em geral é simples, com remédios tópicos (como pomada), por isso não faça a automedicação. A utilização de medicamentos errados somente vai piorar os problemas.

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Especialistas indicam cuidados especiais com a pele e a alimentação após fazer tatuagem para que não haja alterações

RIVALDO GOMES / FOLHAPRESS

Cuidado para não estragar

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uem vai fazer uma tatuagem no verão precisa ser cuidadoso. Nos dias mais quentes do ano, a recomendação é proteger o desenho feito recentemente e esperar a sua completa cicatrização antes de exibi-lo. Luis Torezan, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, recomenda cobrir o local da tatuagem com um filme plástico, após fazer o procedimento. “Uma vez que a tinta sai espontaneamente, a região deve ser coberta. É necessário evitar tomar sol para não manchar a área”. A dermatologista Juliana Garavello recomenda não mexer no local. “Caso a pele descame ou casquinhas se formem, o correto é não arrancá-las e deixar que saiam no seu devido tempo”. A alimentação também pode influenciar na recuperação da pele após fazer uma tatuagem. “É recomendado suspender os alimentos muito gordurosos, de carne de porco, frutos do mar ou com pimentas, que podem desencadear reações alérgicas”, indica a nutricionista Camila Borduqui. O nutricionista André Pellegrini sugere ingerir alimentos ricos nas vitaminas A, C, K e em colágeno. “As pessoas podem incluir fígado, ovos, vegetais frescos e gelatina na alimentação, que evitam o aparecimento de alterações na pele e ajudam na cicatrização”. (Paula Felix / Folhapress).

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NUTRIÇÃO

Água de coco : sucesso do verão A água de coco é a bebida do verão, já que é muito gostosa, refrescante e ainda é light...

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om esse calor, a vontade de beber aumenta ainda mais. E para repor o líquido que perdemos (até porque passamos a suar mais) e se hidratar de maneira correta, é necessário beber bastante suco e água. Mas entre as opções existentes para matar a sede, existe uma muito conhecida nossa: a água de coco. Riquíssima em sódio, potássio e fósforo, essa bebida faz muito bem à saúde e é bastante indicada depois de realizar exercícios físicos e em problemas de desidratação. E perfeita para quem deseja perder peso. Muitos adoram o sabor delicado e doce de uma água de coco geladinha. Os nutricionistas defendem o consumo da bebida, principalmente para substituir os refrigerantes. Ela é perfeita para essa estação, bebendo no lanche da tarde ou depois de exercícios físicos. O ideal é ingerir o líquido natural, evitando os artificiais que não possuem os nutrientes essenciais para o organismo. A hidratação realizada pela água natural não tem

comparação, porém a água de coco é uma opção excelente, podendo substituir os sucos, já que a quantidade de nutrientes é parecida. No que se referem às bebidas industrializadas, estas precisam ser substituídas pela água de coco, já que as primeiras não são nutritivas e também contam com ingredientes ruins à nossa saúde, como por exemplo corantes e conservantes, associados à várias doenças. Um copo com 200ml dessa deliciosa bebida possui aproximadamente 40 calorias, além de bastante potássio (em média 320mg), magnésio, sódio, fósforo e cálcio. Os nutricionistas afirmam ainda que a água de coco é um ótimo isotônico natural. A existência de sódio e potássio na água ajuda a absorver mais rapidamente, recuperando as perdas desses minerais por meio da pele e da urina, logo, é perfeito para repor o líquido que se perdeu ou para se recuperar em situações de desidratação. A água de coco também é perfeita após a realização de rigorosos exercícios físicos. O mais recomendado é a ingestão para atletas e pessoas que praticam exercícios aeróbicos como por exemplo, caminhadas demoradas, corrida, triatlon e etc., pois existe uma grande perda de eletrólitos em exercícios como esses. Mesmo indicada

o consumo da água de coco depois das atividades físicas, não é aconselhável no decorrer dos exercícios, já que a alta quantidade potássio existente no sangue pode causar mudanças nas funções do coração. E faz perder peso? Muitas pessoas dizem que água de coco faz perder peso, mas será verdade ou não? Realmente, ela não faz perder peso diretamente, porém pode auxiliar quem realiza dietas. Pessoas que querem emagrecer podem beber água de coco, substituindo assim as bebidas ca­ló­ricas e sucos naturais. O produto é diurético, é pouco calórico e aumenta a saciedade, reduzindo a vontade de se alimentar. Além disso, ela reduz a retenção de líquidos, que é normal em mulheres que ficam inchadas na TPM, não permitindo engordar nessa época. Embora ajudando no emagrecimento, a água de coco, se ingerida exageradamente

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ESPORTES e sem orientação, pode ocasionar um aumento de peso. Agora, o coco já não pode ser definido como um alimento light. Sua parte comestível branca é muito calórica. A diferença de calorias é grande, já que um copinho de água possui 40 calorias e o fruto 350. Devido a isso, indivíduos que desejam perder peso precisam aproveitar somente a bebida. Na praia, o ideal é beber apenas a água e não solicitar ao vendedor de coco para cortar para comer. A fruta precisa ser consumida de forma moderada, realizando uma alimentação com equilíbrio. É lembrado ainda que a água de coco precisa ser bebida ao natural, se puder ainda dentro do fruto. Saudável, deliciosa e refrescante. Pouco calórica, rica em nutrientes... perfeita para não ficar desidratado e não ter cãibras, faz o intestino funcionar melhor, faz bem a pele e provoca saciedade. E também possui vitamina C, especialmente quando o coco não está maduro. Aliás, quanto mais maduro, mais adocicada será a água. Com tantas vantagens, não há como resistir à água de um coco geladinha com os dias de calor. Porém é importante lembrar algumas contra-indicações. Muita gente que sofre de problemas renais e de hipertensão precisa não beber muito, devido a alta concentração de sódio e potássio. Pessoas que realizam dietas específicas, como por exemplo, os diabéticos, também necessitam ter atenção e beber com cuidado, por causa da quantidade de carboidratos existente na bebida. Se você não passa por essas “situações especiais”, aproveite essa deliciosa bebida na forma que quiser, ainda mais nesse verão. Todos necessitam consumir água de coco, especialmente nessa estação, quando a desidratação é grande.

Os 20 mil m² do Kartódromo Ayrton Senna, na orla de Ipitanga, darão lugar a um centro de treinamento de judô. Abaixo, atletas fazem demonstração de judô para Jaques Wagner no lançamento do Campeonato Mundial de Judô 2012

Centro de Judô de Ipitanga será construído pelo Estado O governo do estado anunciou oficialmente no mês passado a construção de um Centro de Excelência de Judô em Lauro de Freitas – conforme noticiado em primeira mão pela Vilas Magazine em janeiro do ano passado. O Centro ocupará a área de 20 mil m² em que hoje se encontra o Kartódromo Ayrton Senna, na orla de Ipitanga, cedida à Federação de Automobilismo da Bahia (FAB) nos últimos 20 anos. A prefeita Moema Gramacho (PT) garantiu, também em dezembro, que o kartódromo continuará a ser usado até que uma nova pista fique pronta. Ainda não está definido onde o novo circuito do kart será construído, nem quem vai arcar com os custos. O direito de uso da área havia sido repassado no final de 2010 à Confederação Brasileira de Judô. A construção do Centro ficaria por conta da Federação Internacional de Judô e estava prevista para começar em maio de 2011. A ideia era ter tudo pronto a tempo do Campeonato Mundial Master, para atletas com mais de 35 anos e do Campeonato Mundial de Judô por Equipes 2012, que serão realizados no próximo ano em Salvador. Os eventos foram anunciados também no mês passado em cerimônia com a presença do governador Jaques Wagner (PT). O espaço foi agora cedido por 25 anos ao Estado da Bahia, que afinal vai construir o equipamento. A Câmara Municipal de Lauro de Freitas já aprovou projeto de lei nesse sentido. Segundo o secretá-

rio estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte Nilton Vasconcelos, o investimento é da ordem de R$ 10 milhões. De acordo com ele, “o Governo do Estado irá aportar parte desse recurso”. O novo equipamento deve atender também estudantes da rede pública de ensino que quiserem iniciar-se no esporte. Para Vasconcelos, o Centro “será, provavelmente, um espaço privilegiado aos judocas que venham participar das Olimpíadas de 2016, além de possibilitar que os principais atletas do mundo passem por aqui, permitindo a realização de oficinas e ajudando a desenvolver o judô local”. Para o campeão brasileiro e sulamericano de judô, o baiano Maicon França, a criação de um centro de treinamento “incentiva os atletas e também o esporte amador”. Além de Salvador, a partir do ano que vem, o governo deve realizar atividades itinerantes para promover o evento nas cidades de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Juazeiro e Barreiras. Manu Dias

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MUNDO PET

Não descuide das vacinas do seu pet

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s animais de estimação fazem parte da vida da maioria das famílias. Além de fazer companhia para seus donos, eles proporcionam diferentes benefícios para adultos e crianças, despertando na pessoa a paciência, afeto, sociabilidade, entre outros sentimentos e até mesmo melhorias na saúde, pois amenizam a hipertensão arterial, especialmente em idosos. Ainda assim, especialistas em saúde animal alertam os proprietários sobre a importância de manter as vacinas sempre em dia, protegendo não apenas o bichinho, mas toda a família. A veterinária e professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP, Mitika Hagiwara afirma que mesmo que o animal esteja com as vacinas em dia, ele pode ser portador de agentes responsáveis por doenças graves. “Os gatos, por exemplo, podem transmitir a toxoplasmose, para a qual não há vacinas. Além disso, crianças pequenas não sabem os cuidados higiênicos para evitar contato com as secreções e as excreções dos animais”, explica. A especialista afirma também que todos os donos de animais de estimação estão sujeitos ao desenvolvimento de zoonoses, que são as doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais e homens. Segundo ela, para a prevenção das zoonoses, a imunização e o controle de ectoparasitas e endoparasitas são necessários. “A vacinação anual de cães e gatos protege os animais e seus proprietários contra diversas enfermidades, como a leptospirose. Porém, existem zoonoses para as quais não se tem a imunização efetiva dos animais, como a leishmaniose (infecção que causa feridas na pele) e a melhor ação é mesmo a prevenção.” Conforme a veterinária, dois grupos possuem maior risco para a aquisição de zoonoses: as crianças abaixo dos cinco anos e as gestantes. Segundo

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ela, as crianças com menos de cinco anos de idade são as mais propensas a adquirir estas infecções por não terem consciência dos bons hábitos de higiene e saúde, quando acabam tocando superfícies e materiais contaminados e ingerindo microorganismos causadores dessas enfermidades. “Como o sistema imunológico ainda não está completamente desenvolvido, aumenta a possibilidade de adquirirem um processo infeccioso mais sério. Há ainda a preocupação com as chupetas, que podem cair em locais que contenham resíduos procedentes dos animais e as crianças podem recolocá-las na boca. Com isso, é orientado que crianças com menos de cinco anos não fiquem sozinhas com animais e, se entrarem em contato, recebam atenção e cuidados especiais, os quais devem ser redobrados se tais animais não tiverem dono ou se enquadrarem no tipo semi de rua, ou seja, aquele animal que embora possua uma residência fixa, tem livre acesso à rua, sendo assim um potencial vetor de zoonoses”, informa. As gestantes podem contrair várias doenças, de acordo com Hagiwara. Uma delas, a toxoplasmose, que embora fora do período gestacional traga poucas repercussões, se contraída pela primeira vez nesta fase da vida, pode trazer consequência grave e até mesmo o óbito do feto. O médico obstetra deve orientar as gestantes devido ao risco de contaminação durante contato com os gatos domésticos.

ARTIGO

O ser humano irracional Jaime de Moura Ferreira Especial para a Vilas Magazine

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primeira página do jornal destacava a foto de um filhote de cão, com apenas quatro meses, que passou 12 horas enterrado vivo e, ainda assim, sobreviveu (foto). Na mesma reportagem, havia o comentário do envenenamento, com chumbinho, de quinze gatos, em um condomínio residencial. Em outra reportagem, ainda mais marcante, uma cadela grávida foi amarrada a uma moto e arrastada pelas ruas, morrendo dias depois com diversas lesões pelo corpo. E, a mais recente, um vídeo feito em Formosa-GO, publicado em todo Brasil, mostrando uma mulher, enfermeira, torturando um filhote de yorkshire, até à morte, na frente de sua filha, uma criança de quatro anos. Muitas e muitas outras atrocidades com animais são noticiadas, diariamente, sem que qualquer punição seja imposta ao praticante criminoso. Então fico confuso quanto à qualificação de racionalidade definida para o ser humano. Aprendemos, desde o primórdio de nossa idade, que o ser humano distinguese do animal, por ser racional, ou seja, dotado de razão. Vou ao dicionário e encontro: “razão, faculdade espiritual do ser humano, por meio da qual pode conhecer e julgar”. E ainda, “inteligência humana considerada em sua faculdade de se elevar até a concepção do infinito e do absoluto”. Fazendo o comparativo entre o noticiário da mídia e o que informa o dicionário, não há como meu cérebro ter condição de raciocinar. A coisa fica mais confusa, quando, diariamente, tomo conhecimento de fatos praticados por animais, verdadeiras lições de racionalidade e espiritualidade que, tenho certeza, não afetam à sensibilidade desses seres humanos cruéis. Faz pouco tempo a televisão apresentou a agonia solidária de um pequeno cachorro, tentando, em plena pista movimentada de veículos, puxar para o acostamentoum outro cãozinho que havia sido atropelado. Em novo destaque, uma cadela amamentando três gatinhos. Em

mais um, um pato tomando conta de um bezerro que nasceu cego, orientando-o para o local da comida e para o bebedouro. E muitos outros. Esses animais, exemplos de notícias com atitudes solidárias, queiram ou não aceitar os cientistas, são os verdadeiros seres racionais. O que nos causa tristeza é saber que para mudar a consciência desses seres humanos irracionais, se é que ainda tem jeito, deveriam existir duras penas para esses malfeitores. Porém, a legislação brasileira, para punição de maus tratos, ainda está muito aquém das de outros países. Nos Estados Unidos os malfeitores são presos no ato, existindo uma polícia especializada para essa situação. Outra grande deficiência brasileira é a escassez de políticas públicas para o atendimento animal. Bem, nessa situação é exigir demais, quando para os próprios seres humanos racionais a coisa deixa muito a desejar. No Japão existe até asilo para os animais idosos, com toda a assistência médico-hospitalar e alimentar. Mas, abandonando esses sonhos de políticas públicas para os animais, voltemos à essência espiritual do ser humano. É inadmissível que uma pessoa, provida de consciência e coração, não consiga amar um animal, principalmente os que vivem no nosso meio, ou, pelo menos, protege-lo. Afinal de contas foi o ser humano racional que o retirou de seu habitat, trazendo-o para o meio “civilizado”, para satisfazer seu instinto egoísta. Cuidar dos animais é uma obrigação do ser humano racional, primeiro porque eles têm vida e sofrem as mesmas dores que sentimos. Segundo, porque fazem parte do ecossistema do nosso planeta. Por fim, também, porque foram criados pelo Grande Deus, o mesmo que nos criou. Bem, para os seres humanos irracionais, nada disso tem valor, até porque o Grande Deus que criou este mundo maravilhoso, oferecendo as condições essenciais da vida, também é, por eles, ostensivamente mal tratado.

Jaime de Moura Ferreira é consultor organizacional, professor universitário, escritor e membro fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 41

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SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade começa dentro da casa da gente Sistemas de economia e reaproveitamento da água, uso de luz solar e reciclagem do lixo estão entre algumas das idéias

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daptar a casa para a sustentabilidade. Esse é o desafio a que se propõe a secretária Beatriz Lima, 63 anos, desde que participou de um curso na Organização de Permacultura e Arte (OPA), com sede em Diogo (Linha Verde). Recentemente, ela terminou de construir uma residência em um terreno em Abrantes, e é lá que pretende aplicar seus novos conhecimentos ecológicos. “Tudo é muito simples de fazer e não depende de muito dinheiro”, afirma Beatriz, que já está trabalhando em algumas adaptações. Ela instalou calhas e tubulações no telhado e se prepara para comprar um reservatório para captar a água da

chuva. “Essa água eu vou usar para lavar as áreas externas, fazer faxina”, conta. De acordo com a presidente da OPA, Isabela Coelho, a chuva captada pode ser usada até mesmo para tomar banho, só não pode ser ingerida. Isso porque o sistema inclui um filtro ao final da tubulação que leva a água das calhas para o tanque, impedindo que passem resíduos. No mercado, adquirir um sistema como este custa entre R$ 1,5 mil e R$ 8 mil, mas Isabela diz que qualquer um pode montar a técnica gastando bem menos, desde que conte com mão de obra e orientação. Outra solução é fazer um sistema de

reaproveitamento de água cinza, que é aquela usada em louças, banhos e lavanderia. Ela deve ser separada daquela proveniente do vaso sanitário e, em seguida, tratada e direcionada para irrigação ou outros fins não potáveis. Outro meio de reutilizar água cinza é fazendo coletas simples dentro de casa. Um exemplo é colocar um balde no fundo do ar-condicionado para recolher as gotas que escapam com a produção de condensação. Outra ideia é fazer o recolhimento em máquinas de lavar roupa. A maioria tem um tubo de drenagem na parte de trás, de onde a água pode ser removida. Painéis e aquecedores O sistema de captação da energia solar é outro método que vem sendo cada vez mais difundido. As placas fotovoltaicas absorvem a luz do sol e a transformam em eletricidade. É possível comprar painéis desde R$ 300 até mais de R$ 3 mil Na mesma linha, há os aquecedoressolares, que podem custar R$ 2 mil, em média. O sistema, usado para aquecer a água do chuveiro e economizar energia, é composto ERIK SALLES / AG. A TARDE

A secretária Beatriz Lima já adota algumas medidas práticas ecológicas, mas agora pretende adaptar sua casa para a sustentabilidade 42 | Vilas Magazine - Janeiro 2012

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Prático é fazer a composteira para dar uma destinação ao lixo orgânico gerado em casa. Basta ter um jardim, mesmo que seja um canteiro no apartamento, para utilizar restos de alimento como adubo por coletor solar e reservatório térmico. Segundo Isabela Coelho, uma técnica similar é oferecida pela organização Sociedade do Sol, que disponibiliza na internet manual prático para montagem do aquecedor solar de baixo custo, já implantado e aprovado pela OPA. O sistema, nesse caso, é composto por um forro de PVC pintado de preto, que é colocado sobre o telhado, e um tanque especial com isolação térmica, feita com camada de espuma e lona. Simples e barato, ela confirma que dá resultado. Compostagem Ainda mais prático que tudo isso, é fazer a composteira ensinada pela presidente da OPA, para dar uma destinação ao lixo orgânico gerado em casa, que costuma ser descartado mesmo por aqueles que fazem a coleta seletiva dos recicláveis. Basta ter um jardim, mesmo que seja um canteiro no apartamento, para utilizar restos de alimento como adubo, que é o que tem feito a secretária Beatriz Lima. “Percebi que não é difícil de fazer. Descobri uma riqueza que eu jogava no lixo”. Para isso, é preciso ter um recipiente onde colocar a matéria orgânica, evitando as carnes, e cobrindo com material seco, como pó de serra e folhagens secas. “Aí é só deixar a natureza agir e de vez em quando mexer comuma pá. Quando virar uma terra preta, é porque o processo está completo”, informa Isabela. “Há uma maneira correta de utilizar a natureza”, conclui a arquiteta Cristina Chaves. Ela recomenda que a sustentabilidade seja abarcada desde a decoração da casa, dando preferência aos materiais naturais, como a madeira de reflorestamento, o algodão e o linho, em lugar dos sintéticos. (Luisa Torreão / Ag. A Tarde)

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Medidor individual de água economiza até 30% na conta de cada morador

instalação de medidores individuais de água tem sido uma das soluções indicadas por especialistas para garantir a economia do recurso em condomínios. A redução, no final do mês, fica em torno de até 30% nas despesas de cada morador. Uma vez que cada um paga pelo que consome, passa a se preocupar mais como gasto excessivo, pois sabe que não terá como ratear os custos. A instalação do equipamento em conjuntos habitacionais verticais e horizontais é feita pela Embasa. Para isso, é necessário que o síndico solicite formalmente as normas e o padrão adotados pela concessionária e, em seguida, convoque uma assembleia geral para a aprovação da ideia pelos condôminos. A execução das adaptações deve ser coordenada pelo síndico, de acordo comum engenheiro responsável pela obra. De acordo com informações divulgadas pela própria Embasa, em edifícios com até quatro pavimentos (térreo mais três andares) ou condomínios de até 30 casas, os medidores individuais são instalados na entrada do prédio ou no muro da frente dos imóveis. Quando há mais unidades residenciais, um aparelho concentrador de informações para leitura remota do consumo dos hidrômetros é instalado na portaria, de onde o técnico faz a medição, por não ter autorização para entrar nas propriedades particulares. Um hidrômetro central para medição do consumo global também é mantido pela Embasa. A conta será emitida com base no consumo registrado no medidor individual, somado ao rateio do gasto em áreas comuns. Sobre o uso da água é cobrado o percentual relativo à coleta de esgoto. (Luisa Torreão / Ag. A Tarde)

Confira soluções para aplicar em casa ILUMINAÇÃO Invista em janelas para aproveitar a entrada de luz natural. Substitua lâmpadas comuns por lâmpadas led ou fluorescentes TORNEIRAS Adapte uma peça chamada arejador para evitar o desperdício das gotas de água em volta do jato DESCARGA Instale um dispositivo que transforma a válvula em duplo acionamento, permitindo disparar 3 ou 6 litros, de acordo com a necessidade CHUVEIRO Troque o aparelho de 12 litros de vazão por um de 6 litros, com incorporação de ar na bolha de água AR-CONDICIONADO Compre um modelo novo, que já é vendido com o selo Procel. Escolha entre os níveis A e C de economia CHUVA Capte água com um sistema de calhas, tanque de armazenamento e filtro. Use para lavar áreas, regar o jardim e até tomar banho ÁGUAS CINZAS Reaproveite a água que sai da máquina de lavar e do ar-condicionado, fazendo a coleta em baldes e usando para fins não potáveis AQUECEDOR Construa um sistema de captação solar com forro de PVC pintado de preto e um tanque com isolamento térmico, para aquecer a água do banho COMPOSTAGEM Faça uma composteira colocando o lixo orgânico em um recipiente fundo e cobrindo com material seco, como pó de serra e folhagens. Mexa de vez em quando, até virar uma terra preta para adubagem TELHADO VERDE Faça uma cobertura vegetal leve sobre o teto da casa, para garantir conforto térmico, além de garantir beleza estética Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 43

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FINANÇAS PESSOAIS

Contas pagas: o que você deve guardar e o que pode jogar fora Márcia Dessen / Folhapress

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á aconteceu de você receber correspondência de um fornecedor cobrando uma despesa que você sabe que já pagou? Pois é, pagou mas não tem como provar, porque não guardou ou não sabe onde guardou o comprovante? Para comprovar o pagamento você precisa achar o boleto, a fatura, o extrato bancário, seja qual for a forma de pagamento utilizada. São muitos os comprovantes e os recibos de contas pagas que vão se acumulando, desorganizadamente, em gavetas, envelopes, pastas, bolsas, em casa ou no escritório. Será que estamos guardando os documentos certos? Por quanto tempo temos que guardálos? Não há regra única nesse assunto. Alguns documentos devem ser mantidos por prazo bem longo; outros, não. Segundo o Código Civil, cada obrigação contratual tem prazo específico para o credor exigir seu cumprimento. Passado esse período, a dívida prescreve, ou seja, não poderá mais ser cobrada, mesmo que não tenha sido paga.

feito o registro da escritura no Cartório de Registro de Imóveis. Depois disso, o comprador adquire a propriedade plena sobre o imóvel. Os recibos de consórcio devem ser mantidos até que a administradora oficialize a quitação do pagamento do bem e este seja liberado. consórcios Para os consórcios, deve-se manter os comprovantes até que seja dada a quitação. A liberação da alienação fiduciária é a prova de que o pagamento foi feito. PLANO DE SAÚDE Guarde por cinco anos os recibos de assistência médica. Quem tem contrato de seguro-saúde deve guardar os documentos por um ano. CARTÃO DE CRÉDITO Mantenha os comprovantes dos pagamentos do cartão de crédito por cinco anos. Para discussão dos juros aplicados, o prazo é de três anos.

impostos Carnês de IPTU, declarações do IR e outros documentos devem ser guardados por cinco anos, contados do primeiro dia útil do ano seguinte ao do pagamento. Significa, na prática, que o prazo pode chegar a seis anos. Esse é o prazo para a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios cobrarem os contribuintes.

GARANTIAS Se adquirir um bem durável (eletrodomésticos, eletroeletrônicos ou veículos automotores), guarde a nota fiscal durante toda a vida útil do produto. Assim, poderá garantir-se contra o chamado “vício oculto”, um defeito que pode aparecer após a garantia do fabricante e que não surge pelo desgaste natural do bem. Em relação a produtos e serviços não duráveis (alimentos, por exemplo), preserve o documento pelo menos durante o prazo da garantia legal de 30 dias.

aluguel e condomínio Guarde os recibos de pagamento de aluguel por três anos e os de condomínio por cinco anos. Vale a pena solicitar à administradora do condomínio, em intervalos de tempo, uma declaração de que você não possui débito.

INSS Para efeito de Previdência Social, profissionais autônomos devem guardar o carnê do INSS até o pedido do benefício da aposentadoria. Pelo mesmo motivo, trabalhadores devem guardar os contracheques.

CRÉDITO IMOBILIÁRIO Para os imóveis, conserve os recibos de pagamento das parcelas até que seja

QUITAÇÃO De acordo com a lei nº 12.007/2009, as empresas prestadoras de serviços pú-

blicos ou privados são obrigadas a emitir e a encaminhar ao consumidor declaração de quitação anual de débitos. Portanto, sempre que você receber uma declaração de determinado fornecedor afirmando a quitação de seus compromissos em determinado exercício, guarde apenas essa declaração e jogue fora todos os boletos e documentos relativos aos 12 pagamentos feitos durante o exercício considerado quitado. ORGANIZE Não basta guardar. Organize a papelada para que você saiba onde está e como pode achar determinado comprovante. Adote um método com o qual você se sinta confortável e no controle da situação. Separe por tipo de conta, ou por ordem de vencimento (meses) e por ano. Aproveite a tecnologia dos tempos modernos e transforme os documentos em arquivos digitais que podem ser arquivados em uma pasta no seu computador. Lembre-se de manter um arquivo “backup desse” e de outros arquivos digitais. Conheça o Código de Defesa do Consumidor e consulte o site do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

DICAS QUE VALEM DINHEIRO 1 Guarde os comprovantes de mensalidades escolares por cinco anos. Em caso de aumento, será possível discutir o último reajuste, que tem por base o valor da última prestação do ano anterior. 2 Conservar notas fiscais além do prazo recomendado pode ser importante em casos específicos, como vender o produto ou acionar o seguro, em caso de roubo. 3 Se você for locatário de imóvel, a manutenção dos comprovantes de pagamento do condomínio é essencial para comprovar ao locador o cumprimento dessa obrigação.

Márcia Dessen, certified financial planner, é sócia e diretora-executiva do BMI Brazilian Management Institute, professora convidada da Fundação Dom Cabral e cofundadora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.

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SolidarieDADE

Campanha solidária do Rotary Club beneficia instituições carentes de Lauro de Freitas

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campanha “Natal em sua mesa”, promovida pelo Rotary Club Lauro de Freitas, objetivando coletar gêneros alimentícios para distribuí-los com associações comunitárias do município, assistidas pelo Rotary, foi um grande sucesso. Como acontece todos os anos, empresários locais participaram ativamente às solicitações dos abnegados companheiros rotarianos e, desta vez, também participou da ação a Produman Engenharia Ltda, do empresário Carlos Roberto Giacomin, estabelecida no Pólo de Camaçari, que por intermédio do rotariano Luiz Cordeiro, ofereceu 50 cestas básicas. Dos parceiros locais destacaram-se a distribuidora Riobel, a revista Vilas Magazine, a distribuidora Disalli, o restaurante Oscarito, a Sólida Engenharia, o Colégio Impacto, a Barraca Papiri (Itacimirim), o Armazém de Vilas, a UNIME, a Malibu Galpões, além de contribuições financeiras dos empresários Carlos Knittel e José Cláudio Bezerra. O empresário Mauro Peltier, diretor da ONG Rio Limpo, disponibilizou o caminhão para entrega das cestas e sacos avulsos nas associações. As cestas padronizadas foram adquiridas no Mercado MIX, onde o empresário e rotariano Josué Teles se encarregou de preparar e entregá-las no depósito da MEALS – Comércio, Representações e Serviços Ltda, do empresário Filadelfo Matos, que disponibilizou espaço para produção das cestas. Os integrantesa da família Rotary, além do extraordinário trabalho desenvolvido para o sucesso da campanha, fizeram doações de cestas: o Núcleo de Senhoras do Rotary, doou 50 unidades, resultado do Brechó Beneficente e Feira da Pechincha; Otávio Borges Filho, 21 unidades; Otávio Gaino, 5 unidades; Rotaract Club, 243 quilos de alimentos avulsos e Antonio Carlos Andrade, 142 quilos avulsos.

Natal Solidário em Itinga Dia 17 de dezembro, a empresária Mirela Macedo, dona da Clínica Cliverde, localizada na Itinga, proporcionou uma tarde de lazer e diversão à crianças da comunidade, como as da Creche Irmã Sheila da Instituição Bezerra de Menezes. Parque infantil, barracas de lanches, músicas, maquiagem infantil e muitas brincadeiras com palhaço fizeram a alegria da criançada. Papai Noel também esteve presente, distribuindo presentes para aproximadamente 300 crianças e uma cesta de Natal para seus acompanhantes.

Foram arrecadados 49 kg de açúcar, 190 kg de arroz, 68 kg de farinha, 114 kg de feijão, 30 kg de macarrão, 19 pacotes de xerém, 69 pacotes de fubá de milho, 74 kg de leite em pó, suco de frutas, café, biscoitos, saqlgadinhos, papel higiênico, óleo vegetal, sal, cereais, dentre outros, totalizando 536 quilos, o que possibilitou a doação de 247 cestas básicas e 44 sacos com gêneros diversos. A entrega aconteceu no dia 23 de dezembro, antevéspera de Natal, liderada pelo presidente do Rotary Club Lauro de Freitas, Ademilson Oliveira e Jaime de Moura Ferreira, coordenador da campanha, sendo beneficiadas a Associação Beneficente Prol Lar do Idoso (60 cestas e 15 sacos), Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes (57 cestas e 9 sacos), Centro Espírita Semeadores do Amor (50 cestas e 5 sacos), Lar Escola Mundo da Criança - Tia Marina (30 cestas e 5 sacos), Associação Evangélica Procurando Servir Melhor (25 cestas e 5 sacos) e Associação Beneficente do Amor à Criança (25 cestas e 5 sacos). Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 45

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LIvros

Mentes Ansiosas Márcia Tude Especial para a Vilas Magazine

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forte da drª Ana Beatriz Barbosa e Silva é discorrer e escrever sobre a mente humana, precisamente sobre os temas que mais dificultam os seus aspectos comportamentais. Assim, a médica pós-graduada em psiquiatria e presidente da Associação dos Estudos do Distúrbio do Déficit de Atenção – AEDDA (SP), já escreveu diversos livros, entre eles “Mentes Perigosas - o Psicopata Mora ao Lado”, “Bullying - Mentes Perigosas na Escola”, “Mentes Inquietas - TDAH: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade” e “Mentes e Manias - TOC: Transtorno Obsessivo-Compulsivo”, todos publicados sob o selo Objetiva/Fontanar. Em seu novo livro, “Mentes Ansiosas - Medo e ansiedade além dos limites”, a autora fala sobre os transtornos causados pelo medo e a ansiedade, a diferença e semelhanças entre os dois sentimentos e como eles podem dominar a vida das pessoas. Logo no primeiro capítulo a psiquiatra fala de si, revelando que possuía um sonho no qual estava prestes a realizar uma prova de história quando, de repente, o exame era de matemática, o que a fazia acordar subitamente, suando frio. Este sonho, afirma a médica, continua a se manifestar subliminarmente até os dias de hoje, principalmente quando necessita tomar uma decisão ou se planejar para cumprir metas. E mais: a autora constata que sonhos com exames escolares são muito comuns entre as pessoas, provocando os sintomas da ansiedade, como suores noturnos, taquicardias, respiração acelerada e até desmaios. Isso ocorre em função de o nosso organismo ser dotado de um mecanismo pré-programado de proteção, conhecido como “reação do medo”, que acompanha a espécie humana desde os tempos mais primitivos. Também chamada de “luta ou fuga”, esta reação está no centro de vários transtornos do comportamento, mais conhecidos como transtornos de ansiedade. As sensações envolvidas na reação do medo normal (como instinto de defesa) ou no ataque de pânico (sensação de medo intenso, súbito e anormal) são exatamente as mesmas: taquicardia, sudorese, aceleração da respiração, tremo-

res, boca seca, formigamentos, calafrios etc. A grande diferença é o temor real do irreal. No pânico, por exemplo, não é possível identificar, rapidamente, um fator desencadeante ou um estímulo óbvio para causar sentimentos tão fortes. A não ser que a pessoa o revele conscientemente. Ainda segundo o livro, estudos demonstram ser o medo uma emoção primária da espécie humana, fundamental para proteção da mesma. As respostas físicas e mentais ao medo eram tão essenciais para a sobrevivência de nossos antepassados que permanecem de forma poderosa até os dias atuais. Infelizmente a manutenção dessa resposta adaptativa, com tamanha intensidade, quase sempre se torna inapropriada atualmente. Afinal, ao evoluirmos, deveríamos ter deixado para trás a necessidade de uma reação tão excessiva. No entanto, nossa reação ao medo continua a se manifestar de forma quase idêntica àquela vivenciada pelos nossos ancestrais. E ao reagirmos de forma exacerbada aos contratempos, acabamos por adoecer, uma vez que o excesso de hormônios de estresse pode ocasionar aumento da pressão arterial, doenças cardíacas, enxaquecas, alergias, úlceras, pânico, fobias, entre outros. O que era um sistema de proteção nos tempos primitivos, transformou-se em uma armadilha que pode ganhar a força de uma situação ameaçadora dentro da mente. Para a escritora, os transtornos de ansiedade ocorrem com uma frequência muito alta na população em geral. Recentes estudos norte-americanos revelaram que 25% das pessoas apresentam algum tipo de transtorno de ansiedade ao longo de suas vidas, ou seja, se pensarmos em termos mundiais, 1/4 da população sofre ou sofrerá com a doença que pode, segundo relatado em “Mentes Ansiosas”, apresentar as seguintes características: Súbitos ataques de pânico, que podem evoluir para o transtorno do pânico; Fobia social ou timidez patológica, na qual as pessoas percebem ameaças potenciais em situações sociais e em exposição em público; Medos diversos ou fobias simples, cuja ameaça provém de estímulos bem específicos (animais, lugares fechados, chuvas, avião etc.); Transtorno de estresse pós-traumático, quando vivemos experiências traumáticas significativas

(sequestros, perdas de entes queridos, acidentes etc.); Transtorno de ansiedade generalizada, que se caracteriza por um estado permanente de ansiedade, sem qualquer associação direta com situações ou objetos específicos; Transtorno obsessivo-compulsivo, no qual a mente é invadida por obsessões, que desencadeiam rituais repetitivos e exaustivos. Todos eles têm em comum a presença de sintomas físicos (taquicardia, sudorese, tontura, cólica, náusea, falta de ar) e sintomas psíquicos (inquietação, irritabilidade, sobressalto, insegurança, insônia, dificuldade de concentração, sensação de estranheza). Em “Mentes Ansiosas” o leitor descobrirá que existem inúmeros tratamentos para os transtornos aliados à ansiedade, unindo medicamentos, psicoterapia e mudança no estilo de vida, sobretudo a terapia cognitivo-comportamental que provou ser capaz de mudar os esquemas de pensamento que aprisionam pessoas aos seus medos. “Atualmente podemos afirmar que em 80% dos casos de transtornos de ansiedade é possível melhorar muito a qualidade de vida das pessoas, e isso pode ser atestado pela satisfação que os próprios pacientes demonstram”, afirma Ana Beatriz. Por fim, diante de tanta informação preciosa contida no livro, que já vendeu mais de 500 mil exemplares, a mais evidente é a importância da terapia constante, maior aliada em qualquer tipo de tratamento relacionado aos transtornos, sejam de ansiedade ou não. Márcia Tude é escritora, produtora cultural e empresária dos ramos livreiro e editorial. Fontes: Veja, Bravo e Piauí. Sites: medicinadocomportamento.com.br publishnews.com.br objetiva.com.br

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LANÇAMENTOS

OS MAIS VENDIDOS FICÇÃO 1 As Esganadas

Jô Soares / Companhia das Letras. 2 O Cemitério de Praga Umberto Eco / Record. 3 Um Dia David Nicholls / Intrínseca. 4 Um Homem de Sorte Nicholas Sparks / Novo Conceito. 5 Marina Carlos Ruiz Zafón / Suma de Letras. 6 A Guerra dos Tronos George R. R. Martin / Leya Brasil. 7 Querido John Nicholas Sparks / Novo Conceito.

NÃO FICÇÃO 1 Steve Jobs

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Jornalista guia leitor pela Paris da ‘geração perdida’

s EUA sempre flertaram com Paris, e vice-versa, desde os tempos da Revolução de 1776, quando os franceses ajudaram os americanos a se livrarem do jugo britânico. No século 20, a expansão econômica dos EUA tirou da França o poder que ela mantinha há séculos de orientar a história moderna do Ocidente. Pouco a pouco, todos se americanizaram, inclusive os franceses. Foi justamente no início do declínio da França e da Europa, após a devastadora Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que se acelerou o desembarque em Paris de inúmeros artistas e intelectuais que fariam a glória da cultura americana futura: de Ernest Hemingway (1899-1961) a Man Ray (1890-1976), de Ezra Pound (18851972) a Alexander Calder (1898-1976). Essa “geração perdida”, como cunhou a escritora Gertrude Stein (1874-1946), e seu exílio francês são o tema do novo livro do jornalista Sérgio Augusto, “E Foram Todos para Paris”, misto de ensaio histórico e guia dos locais habitados e frequentados pela turma de “Hemingway, Fitzgerald & Cia.”, como diz o subtítulo. Para o livro, o jornalista reviu e atuali-

zou uma longa reportagem de 16 páginas publicada em 1990, no caderno “Turismo”, do jornal Folha de São Paulo. Acrescentou uma deliciosa introdução, mapas, fotos e bibliografia, o que deixou o volume com 126 páginas. ESCRITA CATIVANTE Sérgio Augusto segue os passos da “geração perdida” em cinco regiões da Rive Gauche (a margem esquerda do Sena) – habitat preferencial dos artistas à época –, na Rive Droite (margem direita), na Riviera francesa e até nos famosos cemitérios de Paris, onde muitos americanos encontraram o exílio eterno. Dono de uma escrita cativante, charmosa e erudita, Sérgio Augusto produziu um pequeno guia turístico útil e curioso para os que amam a cultura americana e os mistérios de Paris. O leitor fascinado pelo tema e pela pena do jornalista lamentará apenas que, para a edição em livro, Sérgio Augusto não tenha encompridado um pouco a reportagem original e tenha preferido mantê-la tal como publicada na imprensa – tão sintética e telegráfica.

Walter Isaacson / Companhia das Letras.

2 O Livro de Boni José Bonifácio Oliveira Sobrinho Casa da Palavra.

3 Feliz por Nada Martha Medeiros / L&PM.

4 Em Algum Lugar do Paraíso Luis Fernando Veríssimo / Objetiva.

5 Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil Leandro Narloch / Leya Brasil.

6 A Privataria Tucana Amaury Ribeiro Jr / Geração Editorial.

7 Mentes Ansiosas Ana Beatriz Barbosa Silva / Fontanar.

AUTOAJUDA E ESOTERISMO 1 Ágape Padre Marcelo Rossi / Globo.

2 É Tudo tão Simples Danuza Leão / Agir.

3 A Vida Sabe o que Faz Zibia Gasparetto / Vida & Consciência.

4 O X da Questão Eike Batista / Primeira Pessoa.

5 Tempo de Esperas Padre Fábio de Melo / Planeta.

6 Niettzsche para Estressados Allan Percy / Sextante.

7 A Fascinante Construção do Eu Augusto Cury / Academia de Inteligência.

(Alcino Leite Neto / Folhapress). Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 47

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EDUCAÇÃO

Janeiro. Verão. Férias. lilian silva Especial para a Vilas Magazine

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que fazer com as crianças, agora que não têm aulas? Melhor inventar modas antes que passem a ficar vesgas com tanto videogame e internet. Não, não se assuste... Não vou dar “dicas” de como as distrair, nem regras de jogos para estimular a criatividade, nem receitas de atividades “para dentro de casa” ou para “fora de casa”, tampouco abordar “cem jogos para estimular as inteligências” porque sabemos, pais e mães, que até podemos, num dia de muita inspiração e ótimas intenções, sentar e brincar com os filhos... Mas é coisa rara. Porque, claro, temos interesses diferentes. Mas será? Será mesmo que os interesses são tão diferentes assim? Confesso que mesmo sendo mãe, mesmo amando a criança muito, muito demais, mesmo desejando que minha filha seja feliz, mesmo imbuída de muita disposição para ajudá-la no que for preciso... tenho dificuldade para “brincar junto”.

Desde quando era meninota, eu ficava por perto, claro... porém sentar ao lado e pegar uma boneca para também brincar de casinha – ah! – estava fora de minhas possibilidades. Eu admiro demais os pais que se animam, de chuteiras, para um futebol com os meninos; as mães que se vestem com capa e espada para fazer o papel do príncipe, par da princesinha de chapéu de cone e vestido armado... Mas, lamentavelmente, eu não consigo seguir esses modelos. E tenho impressão de que não sou a única. Já me senti extremamente culpada por não servir chá às bonecas da minha filha, por não querer assistir com ela “Pokemon, o filme” e nem me disponibilizar para um round com o avião da Barbie ou com o shopping da Polly. Daí que para não morrer de culpaaguda-galopante, parei de pensar no que eu não fazia e passei a elencar o que eu fazia, fiz e faço. Porque eu juro que também sei perpetrar atividades de lazer legais e divertidas, preenchendo perfeitamente a contento o meu tempo livre. E

posso mostrar isso a ela. Refleti – ah, a saudável autoindulgência! – que eu posso, claro, me aproximar do mundo infantil. Porém tenho possibilidade de ser ainda mais eficiente: aproximar o mundo infantil da minha filha do mundo infantil de outra criança e ainda promover a sociabilidade. Ponto para mim! Convidar amigos e sugerir brincadeiras, deixar espalhar brinquedos e jogos – desde que arrumem tudo depois, preferencialmente antes do lanche – é também muito educativo. Aliás, ajudar a preparar o lanche também é ótimo: coloco-a para misturar a massa do bolo, enrolar brigadeiros, encher os saquinhos com pipocas, montar pizzinhas e por a mesa. Melhor do que brincar de “casinha” é brincar de “casa mesmo”. Posso também – e por que não, se o que se espera da criança é que ela cresça? – aproximá-la dos interesses adultos, dos meus interesses. Com pequenas adaptações, muitas atividades que faço podem interessar também à criança. Assim: gosto de visitar museus e exposições. Basta preparar a criança, mostrar-lhe que o que verá tem história, tem estética, encerra prazer... e bingo! Qual criança não curtiria uma manhã no Museu Rodin, com aquele jardim lindo, casa maravilhosa e as esculturas do genial francês? E

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passar o livro à criança. Aproveite, e pegue você aquele livro que estava na fila para leitura. Nada como desfrutar juntos do prazer da literatura. Cada um com a obra de seu interesse! Garanto que ambos, criança e adulto, se divertirão. Sem sacrifício de nenhuma das partes.

LAZER COM CULTURA Museu Náutico. Largo do Farol da Barra, s/n. Forte de Santo Antônio da Barra. Barra. Salvador. De terça a domingo, das 8h30 às 19h e todos os dias em janeiro. Museu Geológico da Bahia. Avenida Sete de Setembro, 2195. Corredor da Vitória. Salvador. Terça a sexta, das 13h às 18h; Sábados e domingos, das 13h às 17h. Não abre em feriados, emendas, datas comemorativas e finais de semana que antecedem ou que sucedem feriados. Palacete das Artes Rodin Bahia. Rua da Graça, 284. Salvador. Segunda a domingo, das 10h às 18h.

ali pertinho, o Museu de Geologia, que até meteorito tem? Um pouquinho mais à frente, o Farol da Barra, com Museu Náutico... Não há criança que não brinque de aventura em alto mar e que legal mergulhar no passado com aqueles artefatos de navegantes de outrora!!! E o Museu de Arqueologia e Etnologia, ali no Terreiro de Jesus, recém reformado, lindo, com acervo de cair o queixo? E com o Museu Afrobrasileiro também, no mesmo prédio (ah, os paineis de Caribé...) ! Outra possibilidade: vídeo; eu não preciso assistir

Xuxa ou Trapalhões, posso assistir junto com a mocinha – hoje, tem quinze anos, mas curtia ainda pequenina - Auto da Compadecida, Lisbela, Ana e o Rei, Greese, Noviça Rebelde, Dançando na Chuva, e outros tantos, variando da deliciosa leveza nacional aos clássico-referências que são sempre tão atraentes. Crianças pequenas? Filmes Disney! Ler junto também é ótimo! Não, você nem precisa conhecer a fundo literatura infantil; experimente contar um pouco da vida do autor... ler uma primeira página alto... e

Museu de Arqueologia e Etnologia da Bahia. Terreiro de Jesus, s/n. (prédio da Faculdade de Medicina). Pelourinho. Salvador. Segunda a sexta das 9 às 17h.

Lilian Silva é licenciada e bacharel em História pela USP, professora da rede pública e privada de Ensinos Fundamental e Médio. Publicou coleções didáticas de Português – Interação & Transformação – pela Editora do Brasil e de História – História da Bahia – pela Editora Ática. E-mail: lisantossilva@hotmail.com

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Língua Portuguesa na Prática José Nilton Carvalho Pereira

A nova reforma ortográfica da língua portuguesa (3) COMENTÁRIO PARA PROFESSORES E CURIOSOS O texto oficial da Reforma, em sentido amplo, constitui-se de 21 princípios ou bases: prosódia, ortografia, acentuação, divisão silábica, uso de maiúsculas, assinaturas e firmas, etc. Motivos da Reforma: a) simplificação gráfica; b) expansão da língua portuguesa no contexto do comércio internacional; c) promoção dos laços de amizade dos oito países da comunidade lusófona (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, além de Timor Leste). Principais modificações previstas na atual Reforma Ortográfica 1. O “k”, “w” e “y” voltam a fazer parte do alfabeto, agora com 26 letras. Essas letras são usadas em siglas, símbolos químicos e matemáticos, além de nomes próprios estrangeiros e seus derivados. (Base I) Motivo: Em tempos de globalização, escreviam-se nomes estrangeiros e seus derivados com k, w e y, sem que essas letras peretencessem ao alfabeto da língua portuguesa. Agora, torna-se oficial escrever, por exemplo: kantiano, darwiniano, byronista, etc. 2. O trema é eliminado de palavras portuguesas ou aportuguesadas, mas permanece em palavras estrangeiras e seus derivados: Bündchen, mülleriano, de Müller; hübneriano, de Hübner. (Base XIV) Motivo da exclusão: simplificação gráfica, tendência histórica dos idiomas ocidentais. 3. Os ditongos abertos “ei” e “oi” deixam de ser acentuados em palavras paroxítonas: assembleia, ideia, heroico, jiboia, paranoico, etc. Permanecem, entretanto, em palavras oxítonas: dói, herói, anéis, fiéis, etc. (Base IX) Motivo da supressão do acento: simplificação gráfica e tentativa de unificação do idioma. 4. Os hiatos “oo” “oos” e “eem” ficam sem acento: voo, voos, perdoo, creem, leem, veem, deem, releem, reveem, etc. (Base IX) Motivo: As palavras paroxítonas não são acentuadas quando terminam em “o” ou “em”: cedo, dedo, medo; homem, nuvem.

5. Os hiatos tônicos “i” e “u”, nas palavras paroxítonas, perdem o acento quando precedidos de ditongo: feiura, baiuca, Sauipe, boiuna, etc. Permanecem em palavras oxítonas: Piauí, teiú, tuiuiú, baú, Itaú, etc. (Base X) Motivos: a) simplificação gráfica; b) mantém-se o acento nas oxítonas para evitar a formação indevida de tritongos e falsos ditongos. 6. As formas rizotônicas (“gue” e “gui” dos verbos “averiguar”, “arguir” e “redarguir” perdem o acento: averigues, averigue, arguis, redargui, etc. (Base X) Motivo: simplificação gráfica, mas a pronúncia dessas palavras pode ser alterada nas gerações futuras. Convém observar que a Reforma preocupa-se em unificar a grafia, e não a pronúncia. 7. O acento diferencial circunflexo permanece em “fôrma / forma” e “pôde / pode” porque têm o mesmo antecedente: a fôrma / a forma; ele pode (presente), ele pôde (passado). Continua, também, em “pôr” (verbo) porque a preposição “por” também tem timbre fechado. (Base IX) Motivos: a) se o antecedente é igual, a diferença entre a pronúncia dessas palavras se faz pelo acento; b) para atender a peculiaridades locais, a grafia “fôrma / forma” tornou-se facultativa. 8. Permanece, na comunidade lusófona, a dupla grafia em algumas palavras. Portugal mantém o acento agudo no “e” e “o” tônicos que antecedem “m” ou “n” (formas nasalizadas): académico, génio, fenómeno, bónus, etc. No Brasil, continua o acento circunflexo nesse tipo de palavra: acadêmico, gênio, fenômeno. (Base XI) Motivo: Respeitar peculiaridades locais. 9. Letras mudas: como principal concessão do Acordo, Portugal elimina as consoantes não-pronunciadas: ação (em vez de acção), batizar (em vez de baptizar), direto (em vez de directo), adotar (em vez de adoptar), objeção (em vez de objecção). No entanto, se a letra for pronunciada, ela se mantém: secção, facto, sector, carácter, amnistia, sumptuoso, etc. (Base IV) Explicação: O Brasil aboliu o uso de consoantes mudas desde o Vocabulário Ortográfico de 1943. Portugal não acom-

panhou a mudança, daí a divergência. E aí está a principal dificuldade para a implantação da Reforma em Portugal e outros países lusófonos. 10. Uso do hífen (Base XVI) 10.1 Continua o hífen em palavras compostas, locuções e encadeamentos vocabulares: ano-luz, arco-íris, contagotas, decreto-lei, guarda-chuva, guardaroupa, luso-franco-ítalo-brasileiro, portoalegrense, quarta-feira, sexta-feira, etc. Motivo: a) manter a autonomia das palavras primitivas; b) evitar que se perca, nas futuras gerações, a noção de composição. 10.2 Hífen e prefixos com mais de uma sílaba (ante, anti, circum, contra, entre, extra, hiper, infra, sobre, super, supra, ultra, etc.) e nos radicais ou falsos prefixos grecolatinos (aero, agri, arqui, auto, bio, eletro, geo, hidro, inter, macro, maxi, micro, mini, multi, neo, pluri, proto, pseudo, retro, semi, tele, etc.) só haverá hífen se a letra final do prefixo for igual à da letra inicial da palavra seguinte: contra-ataque, infra-assinado, super-resistente, micro-ondas, pseudoorganização, etc. (Veja lista de exemplos.) Motivo: O hífen se mantém quando são iguais a vogal inicial da palavra-base e a vogal final dos radicais ou falsos prefixos para evitar, no futuro, a formação indevida de crase (= fusão de vogais iguais), tal como ocorreu com a palavra “cor”, antes grafada como “coor”. Dúvidas: Existe a promessa de elaboração de um novo vocabulário ortográfico para esclarecer dúvidas, tal como já ocorreu em 1940, pela Academia de Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras, em 1943. Vigência no Brasil: a) período de transição: 1º/1/2009 - 31/12/2012; b) uso obrigatório da nova grafia a partir de 1º/1/2013. Importante: Pelo Decreto presidencial, no período de transição serão aceitas ambas as formas de escrever, inclusive em documentos e concursos públicos. José Nilton Carvalho Pereira é professor de língua portuguesa, literatura e redação, conselheiro estadual de educação durante 15 anos, membro da Academia Baiana de Educação e diretor do Colégio Apoio de Vilas do Atlântico.

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CULTURA

Festival Ipitanga de Teatro traz 30 espetáculos à cidade

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Festival Nacional Ipitanga de Teatro (FIT) recebe trinta espetáculos a partir dia 7, no Cine Teatro de Lauro de Freitas. Na sua sexta edição, o FIT fica em cartaz até o dia 14, numa maratona de quatro peças diárias, sempre às 10h, 15h, 18h e 21h, com ingressos a R$ 6. O teatro foi parcialmente reformado há cerca de um ano e já conta com climatização e poltronas apropriadas. A abertura, no sábado dia 7, às 10h, fica por conta do grupo Ereoatá Teatro de Bonecos, de Itinga, que apresenta o espetáculo infantil “Blup, nem tudo que cai na rede é peixe”, conforme adiantado pela Vilas Magazine na edição de dezembro. É a primeira vez que um grupo de Lauro de Freitas, ainda o único, é selecionado para o festival. O encerramento fica por conta do espetáculo Ambivalência(s) do grupo Novo Ato Cia de Teatro, de Goiânia (GO). Dirigida a adultos, a peça fala do ser humano e dos seus conflitos pessoais, dualidades, múltiplas personalidades – ambivalências. A produção é extraída da obra do escritor Miguel Jorge.

Um dos espetáculos mais atraentes da mostra é o “Diferente”, do grupo Vozes em Gesto, de Salvador. A peça está programada para a sexta-feira, 13, às 18h. Com texto do dramaturgo baiano Cláudio Simões, Ivan Santos, Leandro Rocha e Roberto Salles, que também assina a direção, a peça é falada na Língua Brasileira de Sinais e em português. A produção, pioneira do gênero na Bahia, exigiu uma abordagem diferenciada na elaboração do texto, escrito especialmente para a ocasião. Os autores basearam-se em situações e experiências apresentadas nas oficinas realizadas no início de 2011 no Projeto Vozes em Gesto. Os vinte participantes tiveram aulas de teatro, mímica corporal dramática – e de Libras. A peça conta a história de amor entre uma moça e um rapaz surdo, que ganha um novo sentido quando contada na língua de sinais. Atores não-surdos dividem o palco com surdos e abordam questões relacionadas à igualdade nas diferenças. Em palco, os atores conciliam português e Libras para contar a história de amor de Daniele, uma jovem secretária ouvinte,

e Vitor, um ator aspirante que é surdo. Nesse encontro, a surdez aparece apenas como mais uma das diferenças que ligam os personagens, sem transformá-la em um problema, nem o surdo em alguém que precisa ser “aceito”. Ao contrário do que imagina a maioria das pessoas, a língua de sinais utilizada pelos surdos não oralizados é muito mais que mímica. Os conceitos e imagens mentais que a Libras expressa constituem um idioma completo, com gramática própria, inteiramente diverso do português. O poder expressivo da língua de sinais é muitas vezes superior ao das linguagens orais. A Libras, reconhecida por lei como segunda língua oficial do Brasil, é utilizada pelos personagens em diversos momentos, propiciando ao público surdo acompanhar o desenrolar dos acontecimentos sem a utilização de traduções simultâneas fora da cena. Por também ser falado em português, o espetáculo permite amplo entendimento ao público ouvinte, além de estimulá-lo a se familiarizar mais com a linguagem de sinais. O FIT é uma realização da Sociedade Cultural Távola, produzido pelo diretor Duzinho Nery. O grupo é responsável também pela tradicional encenação da Paixão de Cristo na Praça da Matriz. Confira nas páginas 52 e 53 a programação completa e as sinopses, fornecidas u pela organização do FIT. OLÍVIA PROENÇA

Cena de ‘Ambivalência’, da Novo Ato Cia de Teatro, de Goiânia Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 51

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CULTURA

Festival Ipitanga de Teatro 2012 Dia 7, sábado, às 10h. Blup, Nem Tudo que Cai na Rede é Peixe (infantil). Grupo: Ereoatá Teatro de Bonecos (Lauro de Freitas). Censura livre. Direção: Rubenval Menezes. Texto: Eliete Teles. O espetáculo conta as peripécias vividas por Blup, um peixinho brincalhão de barbatanas, grandes e escamas coloridas, espécie bem diferente encontradas nos corais de águas rasas, por este motivo, ele tem dificuldades de fazer amizade com outros peixes. Ao brincar com o seu único amigo recente, um caranguejo viajante. Blup termina entrando em uma loca misteriosa, que dá acesso ao reino das águas profundas. Dia 7, sábado, às 15h. Remendo Remendó (infantil). Grupo: A Outra Companhia de Teatro (Salvador). Censura livre. Direção: Luiz Antonio Jr. Texto: Cell Dantas, Inácio D´eus e Vinicio Oliveira. A peça conta histórias e “causos” que costuram um espetáculo bordado com músicas do cancioneiro popular nordestino. Dia 7, sábado, às 18h. Senhora dos Afogados 3º ato (adulto). Grupo: Cia Teatral Farinha Seca (Euclides da Cunha-BA). Direção: Alfredo Junior. Texto: Baseado na obra de Nelson Rodrigues. A tragédia, cujo enredo se passa nas proximidades do mar, traz para o centro da cena a família Drummond e as sucessivas tragédias que acometem seus membros. Uma fidelidade conjugal de 300 anos é abalada em meio às circunstâncias do desejo transgressor, nascido entre os membros daquela família tradicional, oriunda de um passado obscuro. Dia 7, sábado, às 21h. Jingobel (adulto). Grupo: Companhia Teatro Diário (Feira de Santana-BA). Censura: 12 anos. Direção: Márcio Sherrer. Texto: Claudio Simões. Três mulheres vivem uma situação trágica, se não fosse cômica, e cômica se não fosse trágica, na noite de Natal, vivendo as situações mais absurdas numa noite embalada por músicas do rei Roberto Carlos. O texto provoca risos, mas também reflexão por retratar, com lirismo, a solidão a que está condenada boa parte dos moradores dos centros urbanos. Dia 8, domingo, às 10h. As Aventuras de Zim e Zuta no Planeta do Sorriso (infantil). Grupo: Companhia Teatral Trevo Pernambucano (Cabo de Santo AgostinhoPE). Censura livre. Direção e texto: Hoton Esteves (baseado na obra de Roberto Villani). O espetáculo narra a história de dois astronautas que arriscadamente fazem uma viagem espacial em busca das riquezas de um planeta desconhecido. Agora, para pôr as mãos nessas riquezas, os aventureiros vivem um dia

enlouquecido, encontrando brinquedos que falam, cantam e vivem muitos mistérios, neste lugar onde os adultos não têm vez. Dia 8, domingo, às 15h. Bem Longe da Traçalândia (infantil). Grupo: Cia. Mestremundo de Histórias (São Paulo-SP). Direção: Claudio Cabrera. Texto: Ruy Jobim Neto A peça fala das aventuras de Druzilla, uma faminta traçinha que devora livros, e cujas histórias ficam dentro da sua barriguinha. Um dia Druzilla se perde de sua família e vai parar numa estante velha e empoeirada de uma biblioteca abandonada. Dia 8, domingo, às 18h. O Encontro das Águas (adulto). Grupo Teatral Boca de Cena (Aracaju-SE). Censura: 12 anos. Direção: Iradilson Bispo. Texto: Sérgio Roveri. O espetáculo mostra duas pessoas que se cruzam sobre uma grande ponte. Marcelo, sensibilizado com uma tragédia pela qual se julga culpado, pensa em dar cabo da própria vida. Apolônio, um artesão misterioso, dá início a um perigoso jogo, fazendo uso do sarcasmo e da poesia. Enquanto observam as águas do rio subir, vão aos poucos invadindo o mundo um do outro. Dia 8, domingo, às 21h. O Rubro Sangue Sobre as Folhas Amarelecidas do Outono (adulto). Grupo: Trupe Cara & Coragem (Cabo de Santo AgostinhoPE). Censura: 14 anos. Direção e texto: Luiz de Lima Navarro. O espetáculo propõe um olhar teatral sobre a estética do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, contando histórias de personagens que à primeira vista parecem absurdas, mas que trazem, na essência, o que há de mais humano: os sentimentos à flor da pele. Dia 9, segunda-feira, às 10h. Coisa de Menino-Boneco (infantil). Grupo: Cia Clara Teatral (Mogi das Cruzes-SP). Censura livre. Direção e texto: Rodrigo Romão Batista. Na peça, dois homens relembram suas infâncias representando com objetos, instrumentos e canções a história do Boneco de Pano. O personagem vive situações comuns aos meninos, como se apaixonar pela heroína do desenho animado da televisão e usar o sofá como cama elástica. Dia 9, segunda-feira, às 15h. Brisalenta (infantil). Grupo: Jorge Miyashiro Teatro de Bonecos (Baurú-SP). Censura livre. Direção e texto: Jorge Miyashiro. Talindo vai até Brisalenta para ouvir as histórias de dona Hortaliça. No entanto, dona

hortaliça perdeu as suas histórias. Talindo resolve ajudá-la e passa por vários desafios. Dia 9, segunda-feira, às 18h. Pratativando (adulto). Grupo: Cia Mais Caras de Teatro (Fortaleza-CE). Mateus, astucioso por natureza, utiliza da sua esperteza para enveredar no “show”, apresentado por um cantador, que presta homenagem ao poeta Patativa do Assaré. Depois de conseguir a façanha, começa uma grande viagem pela obra de Patativa. Música, poesia, embolada de coco e sapateado estão no caldeirão de “Pratativando”. Dia 9, segunda-feira, às 21h. Benedita (adulto). Grupo: Solo de Bruno de Souza (Salvador-BA). Direção e Texto: Bruno de Souza. Orientação e colaboração dramatúrgica: Fábio Vidal. Uma simpática lavadeira-curandeira-bruxafeiticeira fala da sua vida de perdas, amores, tragédias, risos, superações. Benedita faz um ritual de passagem enquanto fala sobre sua vida. A doce senhora carrega uma trouxa com panos limpos e roupas sujas de cores vivas. Com uma mistura do mundo místico e com aquilo que não se classifica, ela passa pelo curandeirismo e espiritualização, misturando características de muitas crenças e afirma as matrizes da cultura popular. Dia 10, terça-feira, às 10h. Sonhos de Palhaços (infantil). Grupo: Os Pregadores do Riso (Araçatuba-SP). Censura: 5 anos. Direção e texto: Flávio Estevão. O espetáculo mostra um dia típico na vida de dois amigos. Um deles, feixe de nervos, obrigado ao constante exercício do controle para não estourar, é o mais caprichoso dos dois. O outro, dono de uma loja peculiar, ajoelha-se pedindo clemência. Duas atitudes psicológicas do homem: o impulso para cima e o impulso para baixo, dividido e separado. Dia 10, terça-feira, às 15h. Portas Abertas (adulto). Grupo: Teatro Vitrine (Fortaleza-CE). Censura: 14 anos. Direção: Soares Junior. Texto: Annalies Borges / Marina Brizeno, O espetáculo é inspirado na busca do eu feminino para alcançar seus anseios sem se submeter às imposições sociais. A dúvida, o questionamento e a revelação do eu interior são o eixo central desta montagem, que convida e desafia o público a chegar ao mundo instintivo onde todas as verdades estão postas. Dia 10, terça-feira, às 18h. Strangenos (adulto). Grupo: Teatro Labirinto (São Paulo-SP). Censura: 14 anos. Direção: Gina Monge. Texto: Daniel Alberti e Gina Monge O espetáculo conta a história de migrantes em busca de um sonho. Tentando se encontrar num cotidiano distante de sua terra natal, embarcam numa viagem para dentro de si mesmo num novo cotidiano. Vivem num embate cons-

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tante com problemas de comunicação, intermináveis interrogatórios, a solidão na velhice e a loucura das grandes cidades. A peça traz à tona o tema da migração, colocando em evidência desencontros, preconceitos, discriminações, intolerância, dramas e conflitos. Dia 10, terça-feira, às 21h, As Feministas de Muzenza (adulto). Grupo: Cia. Gente de Teatro da Bahia (SalvadorBA). Censura: 12 anos. Direção: Luis Bandeira. Texto: Cleise Mendes / Haydil Linhares A história se desenvolve a partir da tentativa de várias mulheres de criar um movimento feminista. O espetáculo é uma comédia política e inteligente. Dia 11, quarta-feira, às 10h. Palhaços (adulto). Grupo: Os Pregadores do Riso (Araçatuba-SP). Censura: 16 anos. Direção: Beto Magnani. Texto: Timochenco Wehbi. O espetáculo traz um artista que não mede esforços para, mesmo no camarim, estabelecer o jogo e provocar o seu interlocutor: um fã, que naquele dia, tomou coragem de atravessar a barreira para cumprimentar, com todo o “frio na barriga”, o palhaço que acabara de proporcionar grandes gargalhadas a platéia. Porém, com a autoridade de quem já viveu muitos “frios na barriga”, o palhaço aproveita o tempo entre uma sessão e outra para desnudar o seu fã, inquietando-o, despertando-o e comovendo-o. Dia 11, quarta-feira, às 15h. Bom Dia Todas as Cores (infantil). Grupo: Gota, Pó e Poeira (Guaçuí-ES). Censura: livre. Direção e texto: Carlos Ola. A peça é uma fábula sobre a aceitação da diferença. Há o camaleão que, à medida que encontra outros bichos, vai mudando de cor de acordo com o pedido de cada um. Fica azul pelo pernilongo, verde por causa do louvadeus, laranja pela sabiá, roxo atendendo à borboleta, preto pelo besouro e nunca mantém sua personalidade. Vendo as incoerências do camaleão, uma joaninha comenta sua falta de personalidade e resolve implicar com o bichinho. Está formada a confusão. Dia 11, quarta-feira, às 18h. Paradoxo (adulto). Grupo: Cia Marula (Goiânia-GO). Censura: 12 anos. Direção: João Bosco Amaral. Texto: Mauri de Castro, O espetáculo busca explicitar a relação do homem contemporâneo com a solidão, o desconhecido e a desconfiança sobre o outro. A peste é a metáfora da própria condição da humanidade em nossos tempos, com o descaso da educação formal, da segurança pública, da relação desgastada no ambiente familiar, dificuldades econômicas e sociais, onde nossos quadros regulares tendem a desmoronar, e cada qual passa a se preocupar apenas consigo mesmo. Dia 11, quarta-feira, às 21h. Olho (adulto). Grupo: Cia Teatral Oops!... (Goiânia-GO). Censura: 12 anos. Direção: Ivan

Lima. Texto: adaptação do conto “Coração Delator”, de Edgar Allan Poe. É um espetáculo que busca manter a essência narrativa do conto, mantendo toda a atmosfera “noir”, “policial” e “terror” que o romântico Allan Poe propõe na maior parte de suas obras. Para isto, juntou-se ao texto inicial, trechos de algumas obras de autores como Artaud, Shakespeare e Bacon. Dia 12, quinta-feira, às 10h. Embriagada... eu Quero Desabafar (adulto). Grupo: Cia Teatral Moreira Campos (Fortaleza-CE). Censura: 16 anos. Direção e texto: Wellington Rodrigues. A peça relata a vida cômica e trágica de Dolores, uma mulher feia, datilógrafa, semianalfabeta, magra, casada há dez anos com um marido machista, egoísta, ignorante e estúpido. Embriagada e em meio a devaneios, diante a situação em que se encontra, à beira de um ataque de nervos, ela resolve desabafar tudo aquilo que a sufoca. Dia 12, quinta-feira, às 15h. A Princesa e o Sapo (infantil). Grupo de Teatro e Palhaços do Ceará (Fortaleza-CE). Censura: livre. Direção e texto: Luciano Lopes, Era uma vez uma linda princesa chamada Rosalinda, que esperava ansiosa a chegada do príncipe Lindoval. Os dois pretendiam casar e viver felizes para sempre. O que eles não esperavam é que a malvada bruxa Marapuxa, que puxa os cabelos das crianças, iria se apaixonar pelo príncipe. Dia 12, quinta-feira, às 18h. Entre Sonhos e Lençóis (adulto). Grupo: Imaginarium de Teatro (Fortaleza-CE). Direção e texto: Thais Paz. O espetáculo é uma adaptação de textos poéticos que tratam principalmente de relacionamentos, devaneios, alucinações, decepções, frustrações. ”Entre Sonhos e Lençóis” é o espaço-tempo em que a personagem se revela e se mostra. Extremista, irônica e vulnerável, ela é construída no emaranhado de sentimentos e sensações, que se permeia entre os sonhos, as mentiras e as ironias. Dia 12, quinta-feira, às 21h. O Misterioso Fim de Pâmela Sanches (adulto). Grupo: Cia Balaco do Bacco (Ribeirão Preto-SP). Censura: 12 anos. Direção: Renato Grecco. Texto: Léo Santarosa e Renato Grecco, O espetáculo conta a história de uma excêntrica milionária e seu desastroso fim. Em meio a jóias, vestidos e glamour, Pâmela Sanches é a figura desta trama de folhetim onde o universo da farsa toma conta dos personagens, que são todos suspeitos. Dia 13, sexta-feira, às 10h. O Lenhador (adulto). Grupo: Cia. Espiral de Teatro (São Paulo-SP). Direção e texto: Alexandre Zampieri. O espetáculo aborda a relação do homem com a natureza e a natureza do homem. Por

meio da comicidade, atitudes do lenhador revelam a racionalidade e superioridade muitas vezes impensada da condição humana. Dia 13, sexta-feira, às 15h, Yaguaretéa (adulto). Grupo: Cia Circe – Paula Ibañez (Pindamonhagaba-SP). Censura: 14 anos. Direção e texto: adaptação livre de Paula Ibañez. O espetáculo traz uma conversa incontestável com alguém que nunca esteve e nunca estará. Sua única possibilidade de sobrevivência é ser Yaguaretéa. Uma mulher-iuaretê (onça verdadeira em tupi-guarani) protéica. Um ser dividido, esquizofrênico, entre o mundo harmoniosamente cruel dos animais e o desarmoniosamente cruel dos humanos. Dia 13, sexta-feira, às 18h. Diferente (adulto). Grupo: Vozes em Gesto (Salvador-BA). Direção: Roberto Salles. Texto: Cláudio Simões, Ivan Santos, Leandro Rocha e Roberto Salles. A peça conta a história de amor entre uma moça e um rapaz surdo, que ganha um novo sentido quando contada em Libras (Língua Brasileira de Sinais). Atores ouvintes dividem o palco com outros deficientes auditivos e abordam questões relacionadas à igualdade nas diferenças. Dia 13, sexta-feira, às 21h. Acorda Aurora (adulto). Grupo: Cia Rataplan (João Pessoa-PB). Censura: 12 anos. Direção e texto: Isaú Firmino. O espetáculo é uma paródia do clássico infantil “A Bela Adormecida”, empregando a linguagem do circo-teatro e descobrindo momentos cruciais da história, que são trabalhados de maneira relaxada e engraçada. As piadas utilizadas são velhas como o próprio conto, mas ganham uma roupagem atual, que provoca aquela sensação em ter o direito de rir de bobagens. Dia 14, sábado, às 15h. Ambivalência (s) (adulto). Grupo: Novo Ato Cia de Teatro (Goiânia-GO). Censura: 16 anos. Direção: Luis Cláudio. Texto: Miguel Jorge. O espetáculo apresenta personagens que vivenciam angústias, medos, frustrações e mistérios, envolvendo vários recortes sociais. São discutidos assuntos como sexo, casamento, prazer, medo da solidão, ambição, sensibilidade emocional e mitos, entres outros assuntos. Dia 14, sábado, às 18h - CONVIDADO As Voltas que o Mundo dá (adulto). Grupo Cultural da Universidade São Tomás de Moçambique (Maputo, Moçambique), convidado especial. “As Voltas Que O Mundo Dá” conta a história da sociedade africana e da típica sociedade moçambicana, em que grande parte dos homens e mulheres, quando se casam, passam a morar na casa dos pais do cônjuge. O espetáculo aborda os conflitos culturais e de comportamento que nascem dessa situação. Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 53

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Colágeno em pó é alternativa na luta contra envelhecimento TERAPIA

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esde que descobriu que envelhece, o ser humano sonha com a fonte da juventude e a retrata em lendas, livros e filmes. Na vida real, o novo Também em pílulas, composto que promete combater os efeitos do suplemento pode tempo – entre eles rugas, flacidez e até osteoporose afastar flacidez; – é o colágeno hidrolisado. O colágeno é uma promas não há consenso teína produzida pelo corpo que proporciona sustentaentre os especialistas ção a células, entre elas as da pele e dos ossos. ‘Aos 30 anos, a substância no organismo começa a diminuir, o que ocasiona perda de elasticidade da pele e fragilidade óssea’, diz Jocelem Salgado, professora da Esalq (escola de agricultura da USP). Segundo ela, a ingestão de 9 g a 10 g de colágeno hidrolisado pode minimizar a perda da proteína, melhorando não só a estética da pele, da unha e dos cabelos, como também diminuindo as dores relativas à fraqueza das articulações. A nutricionista Karina Dantas Coelho, porém, ressalta que o

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colágeno ingerido nem sempre gera o efeito desejado. ‘O organismo vai aproveitar o aminoácido da forma que mais precisa, seja na pele, seja nos ossos.’ Ela diz ainda que ‘não há milagre’ e que, para o suplemento fazer efeito, é necessário ter uma rotina de exercícios físicos e alimentação saudável.

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Já a dermatologista Luciana Rabello afirma que não há estudos que comprovem a eficácia da ingestão de colágeno para a pele. ‘Não se sabe se ele é capaz de fazer o que promete. Pode não ter efeito, nem negativo, nem positivo.’ (Fernanda Barbosa Folhapress).

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Primeira vez

iante de tantos modelos e preços, entrar no mundo dos carros requer análise de aspectos como custos de manutenção e itens de segurança. Roberta Artibani, 22, acaba de passar no vestibular. A nova fase da vida da estudante é acompanhada da compra de seu primeiro carro. “Optei por um modelo compacto porque vou rodar mais na cidade”, explica. A decisão da futura médica teve limitadores; afinal, os pais participaram da decisão. “Havia um teto de preço e o motor tinha que ser 1.0. Eles não querem que eu corra.”

Mas nem todas as escolhas são fáceis como a de Artibani. “Há quem entre na loja em dúvida entre um utilitário e um sedã, carros que atendem ao cliente de maneiras muito diferentes”, diz o vendedor Adriano Garcia, de uma concessionária Ford. Segundo Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan, o consumidor brasileiro aumentou suas expectativas. “Nossas pesquisas indicam que o cliente, principalmente o de modelos de entrada, quer bom valor de revenda, baixo custo de manutenção e espaço interno amplo, mas também deseja equipamentos e acabamentos melhores,

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vistos apenas em segmentos superiores.” O estudante Stefano Horvath, 22, pesquisou bastante e escolheu o carro que melhor se encaixava no orçamento. “Meu carro tem motor 1.4, baixo consumo, som e arcondicionado”, menciona. Contudo, mesmo decisões práticas como a de Horvath não excluem o apelo visual. “A compra é ligada ao desejo, e o desenho do carro tem um peso muito importante”, afirma Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Audi do Brasil. “Mas o consumidor está mais maduro. O interesse por veículos com mais itens de segurança cresceu, por exemplo”, acrescenta.

modelo usado, cheque o estado de conservação. “Veja se as revisões foram feitas. A quilometragem deve bater com os registros no ma-

nual”, orienta Denis Marum, proprietário de um centro automotivo. Escolher o carro é só a primeira parte da compra. Ainda

Vilas Magazine é preciso definir como pagar por ele e calcular os custos de sua manutenção. (Ricardo Ribeiro Folhapress)

HORA DA COMPRA Segundo especialistas, o melhor negócio se dá quando o cliente responde a algumas questões para se orientar (confira no quadro ao lado). “O essencial é definir um valor e em que situações o carro será mais utilizado”, afirma o consultor de vendas Henrique Fernandes. Se o plano é adquirir um

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO

ADM. DE CONDOMÍNIO

ADVOGADOS

ADVOGADOS

ADVOGADOS

ÁGUA / ANÁLISE

ÁGUA / PURIFICAÇÃO

ÁGUA / PURIFICAÇÃO

ÁGUA POTÁVEL

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

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Para anunciar nesta seção, ligue para 3379-2206 ou 3379-2439.

Vilas Magazine

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

Vilas Magazine

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

DELIVERY 071 3379 - 4477 Av. Praia de Itapoan - Vilas do Atlântico

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ALIMENTOS

Vilas Magazine ALIMENTOS

ALIMENTOS

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ares

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ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ALIMENTOS

ALIMENTOS

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ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

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ALIMENTOS

ALUGUEL DE MÁQUINAS

Vilas Magazine ALIMENTOS

ALUGUEL DE TOLDOS

ANDAIMES

Vilas Magazine

ANDAIMES

ANDAIMES

ANDAIMES

ANDAIMES

ANTENAS

ANTENAS

ANTENAS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ANTENAS

ANTENAS

ANTENAS

ANTENAS

ANTIGUIDADES

AR CONDICIONADO

AR CONDICIONADO

AR CONDICIONADO

ARQUITETOS

ARQUITETOS

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ARQUITETOS

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Vilas Magazine ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Vilas Magazine

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

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CELULARES

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Vilas Magazine

COLCHÕES

COLCHÕES

COLCHÕES

CONSTRUÇÃO

Vilas Magazine

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONST. & REFORMA

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03/01/2012 09:24:06


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS

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COSMÉTICOS

Vilas Magazine DECORAÇÃO

DECORAÇÃO

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DECORAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DIVISÓRIAS

DESINSETIZAÇÃO

DIVISÓRIAS

ECUMINISMO

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ELETRICISTA

Vilas Magazine

EMBALAGENS

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EMBALAGENS

Vilas Magazine

ENTULHOS & PODAS

ENTULHOS & PODAS

ENTULHOS & PODAS

ENTULHOS & PODAS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ESCOLA

ESCOLA

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(Rua da Schincariol, acesso ao Miragem)

ESCOLA

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03/01/2012 09:24:29


Vilas Magazine

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ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA DE FUTEBOL

ESCOLA DE MÚSICA

Vilas Magazine

ESCRITÓRIO VIRTUAL

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPIRITUALIDADE

ESTOFADOS

ESTOFADOS

ESTOFADOS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS FANTASIAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

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Vilas Magazine

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FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

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FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

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FESTAS

FESTAS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FESTAS

FOGÕES

FOGÕES

FORROS

FORROS

FOTO & FILMAGEM

FORROS

FOTOGRAFIAS

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Vilas Magazine

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FOTOGRAFIAS

FOTOGRAFIAS

GÁS

GÁS

GÁS

Vilas Magazine

HORTO

GÁS

HORTO

HORTO

HORTO

IMÓVEIS

IMÓVEIS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS IMÓVEIS

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

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INFORMÁTICA

Vilas Magazine INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

LAVAGEM

LAVAGEM

Vilas Magazine

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LAVAGEM DE TANQUE

LAVANDERIA

LIMPA FOSSA

LAVANDERIA

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

A revista Vilas Magazine está avaliando locais para serem credenciados como PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO dos exemplares mensais, em estabelecimentos localizados nos bairros Centro, Itinga, Vida Nova, Areia Branca, Ipitanga, Buraquinho e Jockey Club. Contatos pelos tels.: 3379-2439 ou 3379-2206, com Sr. Álvaro, no horário comercial. 96 | Vilas Magazine - Janeiro 2012

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Vilas Magazine

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LIMPA FOSSA

Vilas Magazine

LIVRARIA

LIVRARIA

MADEIREIRA

LIVRARIA

LIVRARIA

MARCENARIA

MADEIREIRA

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS MÁRMORES & GRANITOS

MÁRMORES & GRANITOS

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MÁRMORES & GRANITOS

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

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MATERIAL ELÉTRICO

MATERIAL ESPORTIVO

MESAS & CADEIRAS

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Vilas Magazine

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MESAS & CADEIRAS

MESAS & CADEIRAS

MOLDURAS

MODA FEMININA

MODA FEMININA

Vilas Magazine

MOTO BOY

Mテ天EIS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS MÓVEIS

MÓVEIS INOX

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

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Vilas Magazine

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

Vilas Magazine

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS SOB MEDIDA

MUDANÇAS

PAPEL DE PAREDE

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS PÁTINA

PELÍCULA

PELÍCULA

PELÍCULA

PERSIANAS

PERSIANAS

PERSIANAS

PERSIANAS

PERSIANAS

PERSIANAS

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Vilas Magazine

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PERSIANAS

PERSIANAS

PET SHOP

Vilas Magazine

PET SHOP

PISCINAS

PISCINAS

PISCINAS

REDES DE PROTEÇÃO

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SERVIÇOS

SERVIÇOS GERAIS

SERVIÇOS

SERVIÇOS

SERVIÇOS GERAIS

SERVIÇOS GERAIS

SERVIÇOS GERAIS

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Vilas Magazine

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SERVIÇOS GERAIS

SOMBREIROS

SOMBREIROS

TÁXI

TÁXI

Vilas Magazine

TÁXI

TÁXI

TELAS MOSQUETEIRAS

TELAS MOSQUETEIRAS

TELAS MOSQUETEIRAS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS TINTURA

TOLDOS

TOLDOS

TOLDOS

TOLDOS

TOLDOS

TOLDOS

TOLDOS

TRANSPORTE

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TRANSPORTE ESCOLAR

Vilas Magazine TRANSPORTE ESCOLAR

TRANSPORTE ESCOLAR

Vilas Magazine

TRANSPORTE ESCOLAR

TRANSPORTE EXECUTIVO

UNIFORMES

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

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VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

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TRIBUNA DO LEITOR Terminal de ônibus em Vilas do Atlântico O que existe por traz do incontido desejo de Moema Gramacho, digníssima prefeita de Lauro de Freitas, em instalar em Vilas do Atlântico, um terminal de ônibus, equipamento desprezado e indesejado por seu povo? Ela já foi informada que, do fim de linha de Vilas, estes ônibus jamais saem com mais de cinco passageiros. Então, porque? Será que ela quer resolver a falta de sanitários para os rodoviários e seus amigos empresários? Porque a mesma preocupação não existe nos outros terminais de seu município. Vejam os fins de linha do Centro de Lauro de Freitas e de Portão. Será que ela não tem algo de mais importante para se preocupar? Porque esta ânsia para destruir o único espaço livre de nosso bairro que muito pouco recebeu até hoje dos prefeitos e políticos, de um modo geral. Tudo já se disse sobre o assunto. Faixas de uma população revoltada já fizeram várias mudanças no projeto, mas continua o desejo. Mais uma voz surgiu por último: João Leão, poderoso político regional, ex-prefeito, deputado,

Secretário de Governo de Salvador e proprietário de residência em frente ao local agora pretendido, andou dizendo que ali não seria feito nada! E agora? Sai para mostrar quem manda? E nós, pagamos a conta! O anunciado metrô da Copa, vindo até Portão, com forte campanha da própria prefeita, modificará totalmente o desejo de transporte na região e, mesmo que ele não saia de Portão, mas que saia do município e próximo do aeroporto, a situação será a mesma. O planejamento será outro. Ou será que não existe planejamento, só desejo. Gostaria de saber o porquê. Regimilson. Vilas do Atlântico.

Av. Luiz Tarquínio É necessário que prefeitura fiscalize de forma exemplar a implantação do horário para carga e descarga de mercadorias das 22h às 6h e a proibição do estacionamento ao longo do meio fio em toda a avenida Luiz Tarquinio. São atitudes coerentes, ja que o apelo de parte da população foi atendido para retorno da mão dupla. As reclamações serão inúmeras, mas espero que a prefeitura não retroceda mais uma vez, pois

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL - FASE III (FUNCIONAMENTO) O Posto Kalilandia Ltda, CNPJ Nº 15.151.046/002394 torna público que está requerendo a Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos – SMARH a Licença Ambiental Fase III (Funcionamento), para Posto Kalilandia Ltda (Posto Vilas), localizado na Avenida Santos Dumont, Rodovia BA 099 s/nº, km 3,8 - Estrada do Coco. Lauro de Freitas/BA. Mario Cesar Gomes da Silva Sócio-Diretor

SMARH

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos

a cidade precisa crescer de forma mais organizada. Ana Kochhann. Loteamento Miragem.

Trânsito na cidade Quero registrar meu protesto sobre a precaridade na organização do trânsito na nossa cidade. Infelizmente os agentes municipais de trânsito presentes só se concentram no centro da cidade, em frente á Farmácia Nossa Senhora de Lourdes e da loja de R$ 1,99 ficando o restante da cidade à mercê dos motoristas inresponsáveis e dos topiqueiros. Secretaria de Trânsito, pelo amor de Deus, olhem para aquele ponto do mercado Maxxi Atacado, na Estrada do Coco. Aquilo alí já virou casa da mãe-joana, terra de ninguém, onde os topiqueiros deitam e rolam à vontade, fazem dali ponto final, atrapalham os ônibus que precisam encostar no ponto, obrigando os passageiros a descerem e subirem dos ônibus no meio da rua. Esta semana (12 a 16/12) aconteceu comigo e várias outras pessoas que precisaram pegar o coletivo, mas eles não deixam espaço para os ônibus. Dar o mínimo de organização no trânsito é o minimo que vocês

podem fazer. Já não basta a bagunça do final de linha, onde temos que divivir o pouco espaço que nos resta com carros, motos, ônibus, topiques, tratores, manilhas, pois esta obra da Embasa, juntamente com a reforma do final de linha não termina, e nós pedestres ficamos entregues à pouca sorte. Nos dois lados da Estrada do Coco, próximos do Maxxi Atacado, prospera um comércio ambulante de churrasquinho (nada contra a quem trabalha, desde que seja em lugar adequado e com o minimo de higiene), bebidas, frutas, sem falar dos topiqueiros, que fazem o que bem entendem. Moro na cidade desde 1969, e confesso que nunca vi Lauro de Freitas tão desorganizada. Lúcia Boa Morte. Educadora social. Lauro de Freitas.

Solidariedade Prezado Accioli: Parabenizo-o pela criação do espaço “Solidariedade”, demonstrando que a revista Vilas Magazine, em cada edição, consegue atingir a novos públicos e aumentar seu conceito perante à sua enorme população de leitores. Esse espaço, além de garantir um processo de inclusão social u

POLÍTICA AMBIENTAL Posto Kalilandia Ltda CNPJ Nº 15.151.046/0023-94

l Promover de forma continua programa de educação ambiental junto ao público interno e externo visando à melhoria nos aspectos ambientais da região. l Aplicar a utilização de tecnologia limpa em todo processo da empresa, contribuindo com a diminuição de resíduos gerados na atividade. l Estabelecer objetivos e metas ambientais juntamente com todos os colaboradores internos e externos. l Estabelecer o uso consciente de energia através do gerenciamento e práticas de rotina. Mario Cesar Gomes da Silva Sócio-Diretor Vilas Magazine - Janeiro 2012 | 109

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TRIBUNA DO LEITOR (Associação promove concurso Miss Autoestima), de se engajar na luta de poucos para o benefício de muitos (Campanha solidária Natal em sua mesa), de divulgar eventos religiosos genuínos (Irmã Carol lança 10º CD Um show de Fé), contribui para o despertar dos seres humanos, no que se refere ao amor aos animais (Ação solidária para crianças e animais). Dessa forma, a Vilas Magazine está cumprindo o que é obrigação de todas as empresas, principalmente as de comunicação, ou seja, a responsabilidade social e a preservação do nosso meio ambiente. Parabéns, mais uma vez! Jaime de Moura Ferreira. Vilas do Atlântico.

Agradecimento Sr. Accioli Ramos Em nome da Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas agradecemos o registro do

Tábua das marés

lançamento do livro “Com a Mão na Mobilização”, de autoria da acadêmica Janeide Borges, na edição de dezembro da revista Vilas Magazine. Na oportunidade, parabenizamos esse veículo de comunicação pelo apoio que vem prestando à cultura do município, sobretudo a cultura popular, inclusive a nossa instituição. Atenciosamente, Marivaldo Paixão. Presidente.

ERRAMOS l Na matéria sobre o aniversário do Elevador Lacerda, publicada na edição de dezembro, diferentemente do que foi informado, o elevador completou, em 8 de dezembro de 2011, 138 anos de fundado.

(Salvador e litoral norte)

(Horário de verão) 2/1 - Segunda-feira 5h04...... Baixa.......0.9m 11h41..... Alta..........1.7m 17h56.... Baixa.......0.9m

A Vilas Magazine está avaliando locais para serem credenciados como PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO dos exemplares mensais, em estabelecimentos localizados no Centro, Itinga, Vida Nova, Areia Branca, Ipitanga e Jockey Club. Interessados podem entrar em contato com sr. Álvaro, pelos telefones 3379-2439 ou 3379-2206, no horário comercial. A revista Vilas Magazine acolhe reclamações e opiniões sobre temas relacionados ao cotidiano da comunidade. Reserva-se, no entanto, o direito de rejeitar acusações insultuosas ou desacompanhadas de documentação. Também não acolhe elogios ou agradecimentos pessoais. Devido à limitações de espaço, cartas são selecionadas e quando não forem suficientemente concisas, serão publicados trechos mais relevantes. Originais não serão devolvidos. Cartas devem ser enviadas para o endereço redacao@vilasmagazine.com.br Outros documentos devem ser enviados para a redação da revista: Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. CEP 42700-000. Lauro de Freitas. BA. Só serão consideradas cartas e/ou e-mails com identificação completa do remetente (nome, endereço, telefone para contato).

20/1 - Sexta-feira 2h43...... Alta..........2.1m 8h49...... Baixa.......0.5m 14h54.... Alta..........2.2m 21h13.... Baixa.......0.3m

27/1 - Sexta-feira 0h58...... Baixa.......0.3m 7h15...... Alta..........2.2m 13h08.... Baixa.......0.4m 19h30.... Alta..........2.3m

FEVEREIRO / 12 1/2 - Quarta-feira 5h11....... Baixa.......1.0m 11h54..... Alta..........1.7m 18h17.... Baixa.......0.9m

8/1 - Domingo 4h19...... Alta..........2.3m 10h15.... Baixa.......0.4m 16h28.... Alta..........2.3m 22h41.... Baixa.......0.2m

14/1 - Sábado 1h56...... Baixa.......0.3m 8h15...... Alta..........2.1m 14h06.... Baixa.......0.5m 20h34.... Alta..........2.2m

21/1 - Sábado 3h38...... Alta..........2.2m 9h38...... Baixa.......0.4m 15h45.... Alta..........2.4m 22h02.... Baixa.......0.2m

28/1 - Sábado 1h28...... Baixa.......0.5m 7h51...... Alta..........2.1m 13h45.... Baixa.......0.6m 20h06.... Alta..........2.1m

9/1 - Segunda-feira 4h58...... Alta..........2.3m 10h53.... Baixa.......0.3m 17h06.... Alta..........2.4m 23h17.... Baixa.......0.1m

15/1 - Domingo 2h45...... Baixa.......0.5m 9h06...... Alta..........2.0m 15h........ Baixa.......0.6m 21h32.... Alta..........2.1m

22/1 - Domingo 4h23...... Alta..........2.3m 10h19.... Baixa.......0.3m 16h28.... Alta..........2.5m 22h45.... Baixa.......0.1m

29/1 - Domingo 2h02...... Baixa.......0.6m 8h26...... Alta..........1.9m 14h24.... Baixa.......0.7m 20h51.... Alta..........1.9m

10/1 - Terça-feira 5h36...... Alta..........2.4m 11h26..... Baixa.......0.3m 17h45.... Alta..........2.4m 23h56.... Baixa.......0.1m

5/1 - Quinta-feira 2h11....... Alta..........1.9m 8h23...... Baixa.......0.7m 14h34.... Alta..........2.0m 20h49.... Baixa.......0.6m

16/1 - Segunda-feira 3h43...... Baixa.......0.6m 10h08.... Alta..........1.9m 16h08.... Baixa.......0.7m 22h43.... Alta..........1.9m

23/1 - Segunda-feira 5h04...... Alta..........2.4m 10h58.... Baixa.......0.3m 17h08.... Alta..........2.5m 23h21.... Baixa.......0.1m

30/1 - Segunda-feira 2h43...... Baixa.......0.8m 9h17...... Alta..........1.8m 15h19.... Baixa.......0.9m 21h47.... Alta..........1.8m

4/2 - Sábado 2h38...... Alta..........2.0m 8h41...... Baixa.......0.7m 14h51.... Alta..........2.1m 21h04.... Baixa.......0.5m

11/1 - Quarta-feira 6h11....... Alta..........2.4m 12h04.... Baixa.......0.3m 18h23.... Alta..........2.4m

17/1 - Terça-feira 5h02...... Baixa.......0.7m 11h24..... Alta..........1.9m 17h39.... Baixa.......0.8m

24/1 - Terça-feira 5h41...... Alta..........2.4m 11h32..... Baixa.......0.3m 17h47.... Alta..........2.5m 23h56.... Baixa.......0.1m

31/1 - Terça-feira 3h39...... Baixa.......0.9m 10h26.... Alta..........1.7m 16h41.... Baixa.......0.9m 23h02.... Alta..........1.7m

5/2 - Domingo 3h21...... Alta..........2.1m 9h19...... Baixa.......0.5m 15h32.... Alta..........2.2m 21h45.... Baixa.......0.3m

6/1 - Sexta-feira 3h.......... Alta..........2.0m 9h02...... Baixa.......0.6m 15h13.... Alta..........2.1m 21h26.... Baixa.......0.4m

12/1 - Quinta-feira 0h34...... Baixa.......0.1m 6h53...... Alta..........2.3m 12h43.... Baixa.......0.3m 19h04.... Alta..........2.4m

18/1 - Quarta-feira 0h08...... Alta..........1.9m 6h34...... Baixa.......0.8m 12h45.... Alta..........1.9m 19h06.... Baixa.......0.7m

25/1 - Quarta-feira 6h13...... Alta..........2.4m 12h04.... Baixa.......0.3m 18h21.... Alta..........2.5m

Fonte: Banco Nacional de Dados Oceanográficos da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil.

7/1 - Sábado 3h41...... Alta..........2.1m 9h41...... Baixa.......0.5m 15h53.... Alta..........2.2m 22h04.... Baixa.......0.3m

13/1 - Sexta-feira 1h13...... Baixa.......0.2m 7h32...... Alta..........2.3m 13h21.... Baixa.......0.4m 19h47.... Alta..........2.3m

19/1 - Quinta-feira 1h34...... Alta..........2.0m 7h51...... Baixa.......0.7m 13h54.... Alta..........2.1m 20h17.... Baixa.......0.5m

26/1 - Quinta-feira 0h26...... Baixa.......0.2m 6h47...... Alta..........2.3m 12h38.... Baixa.......0.3m 18h56.... Alta..........2.4m

3/1 - Terça-feira 0h02...... Alta..........1.8m 6h30...... Baixa.......0.9m 12h53.... Alta..........1.8m 19h08.... Baixa.......0.8m 4/1 - Quarta-feira 1h13...... Alta..........1.8m 7h36...... Baixa.......0.8m 13h49.... Alta..........1.9m 20h02.... Baixa.......0.7m

2/2 - Quinta-feira 0h30...... Alta..........1.7m 6h53...... Baixa.......1.0m 13h08.... Alta..........1.8m 19h30.... Baixa.......0.8m 3/2 - Sexta-feira 1h45...... Alta..........1.8m 7h56...... Baixa.......0.8m 14h04.... Alta..........1.9m 20h21.... Baixa.......0.6m

FASES DA LUA EM JANEIRO / 12 Quarto Crescente, 1; Lua Cheia, 9; Quarto Minguante, 16; Lua Nova, 23; Quarto Crescente, 31.

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