Vilas Magazine | Ed 159 | Abril de 2012 | 30 mil exemplares

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ALCOOLISMO

DO ABUSO

À DEPENDÊNCIA A cada 3 bebedores abusivos, 1 será alcóolatra; teste seu risco e leia histórias de reabilitação

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EDITORIAL

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A desordem urbana

desordem urbana parece, mais do que consequência, uma dessas condições inevitáveis do que passamos a chamar desenvolvimento. É como se fosse inevitável viver em meio ao caos para que todos tenham acesso a moradia, veículos particulares, bens de consumo. Não é verdade. Muitas vezes se disse que o comércio clandestino, irregular, ilegal, desleal e desonesto devia ser tolerado em nome do sustento de famílias que dependem dessa fonte de renda. E diversas vezes a Vilas Magazine mostrou que raramente esse tipo de comércio é explorado por desvalidos. Já tivemos carros do ano estacionados em via pública vendendo roupas. Uma verdadeira feira de automóveis teima em ocupar espaço indevido em Vilas do Atlântico. No bairro e um pouco por toda a cidade, vendedores ambulantes oferecem eletrodomésticos, e não amendoim, em via pública. Via de regra, os fatos para os quais chamamos atenção neste veículo são olimpicamente ignorados pelas autoridades competentes. Há meses foi estampada foto de um novo comércio clandestino que acabava de se instalar na esquina das avenidas Praia de Itapoan e Praia de Tramandaí. O “estabelecimento” não só continua lá, como agora conta com o apoio de um veículo estacionado na calçada para fornecer ambientação musical. E há casos bem mais graves, como o comércio de alimentos preparados em calçadas, um atentado à saúde pública. No mesmo diapasão é tratado o trânsito da cidade, deixado à própria sorte, como se o tumulto fosse inevitável. Não é verdade. A simples atuação de agentes de trânsito poderia aliviar parte do sofrimento de motoristas e pedestres na vias de Lauro de Freitas. A engenharia de trânsito também poderia mostrar a que veio. O acesso de Itinga ao Centro, por exemplo, foi há tempos alterado pela prefeitura, prejudicando os motoristas que precisam atravessar a Estrada do Coco e agora são obrigados a fazer um retorno que acrescenta 1,2 mil metros ao percurso. Um pai de família que faça esse trajeto diariamente para trabalhar, ao fim de um mês terá gasto combustível para percorrer cerca de 30 Km a mais. A ideia original, e original em vários sentidos, era privilegiar o tráfego da Estrada do Coco, que entretanto continua travada e engarrafada como sempre. Criaram um segundo problema sem resolver o primeiro. Outro desafio que não mudou, a não ser para pior, está no acesso principal a Vilas do Atlântico. Com ou sem mão única na Luiz Tarquínio, transitar na região continua o ser o castigo que sempre foi, especialmente para os pedestres, que não contam sequer com o auxílio de um semáforo para garantir a segurança da travessia. Na tentativa de desatar o tradicional nó da esquina do novo supermercado da Luiz Tarquínio, a engenharia de trânsito impôs um retorno para quem segue de Vilas para o Centro. Mas plantaram um ponto de ônibus rigorosamente no trajeto de quem precisa retornar para a avenida, um absurdo que não se sustenta nem em conversas de mesa de bar, quanto mais em pranchetas de engenheiros de tráfego. Tudo leva a crer que a desordem é uma opção consciente da administração pública, faz anos. Se não, que se tomem providências. Carlos Accioli Ramos, diretor-editor

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Cena da Cidade Alunos do colégio SartreCOC e do Ensino Fundamental e Médio da unidade Monet participam de manhã de lazer, com passeio ciclístico pelas ruas de Vilas do Atlântico e loteamento Miragem, com o objetivo de incentivar a prática de esportes e integração entre família e escola. A iniciativa reuniu aproximadamente 1500 pessoas, e no encerramento foram premiadas as bicicletas melhores caracterizadas e sorteio de prêmios.

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ESPAÇO ABERTO

Música baiana, em estado de imbecilidade Vanderley Soares

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agode baiano usa expressões chulas, palavrões que são reproduzidos por crianças, adolescentes e jovens, e que empobrecem a cultura e reforçam a ideia de um Estado analfabeto. Quando alguém pronuncia a palavra analfabetismo na Bahia, e se essa declaração parte de um acadêmico, branco ou da elite, parece tratar-se de racismo, discriminação e ódio. Quando dizem que o som do berimbau é simplório, e que qualquer um pode reproduzi-lo sem maiores conhecimentos instrumentais, por possuir apenas uma corda, logo diriam, é mais um que odeia as raízes baianas, suas influências e sua cultura. Isso já ocorreu na Bahia e deu muito pano pra manga. E quando dizem que a música baiana está cada dia pior, e que o pagode não passa de mais um sonoro palavrão multiplicado por milhares de incautos, ignaros e estúpidos, certamente repetiriam, tratase de mais um a ver-nos como sub raça, desinformados e inconformados. Pois é. E quando essa declaração parte de um pardo, de origem negra e indígena, e que cursou apenas o segundo grau? Aí, certamente dirão, trata-se de um oportunista, um comunicador frustrado ou de alguém que não conseguiu galgar os seus objetivos. Pois bem, esse rodeio, meio despretensioso, mas importante, é para falar do grau de imbecilidade a que chegou a música baiana, principalmente ao pagode aqui produzido e consumido. Não falo do Axé, que apesar da mesmice, não usa palavrões nem ridiculariza a Bahia como Estado analfabeto. Como estudei numa das escolas mais influentes da Bahia, principalmente nos anos 50 e 60, o Colégio Central, participei da coletânea poética em homenagem ao sesquicentenário da instituição, fiz teatro e poesia nas ruas de Salvador, pronunciar algumas palavras (ões) e gestos obscenos da música baiana é assinar embaixo aos que dizem da Bahia no Brasil afora, a de que é um povo mal educado, e que só gosta de balançar o bundalelê. E vendo de perto, em algumas cober-

turas jornalísticas Bahia adentro, chego a interrogar-me quanto às minhas origens. E chego a duvidar que tivemos em nosso berço um Raul Seixas, um Castro Alves, um Wally Salomão, um Jorge Amado – que mesmo produzindo alguns palavrões, nunca foi um turpilóquio, e tantos outros que enalteceram e alguns que ainda enaltecem e fazem lembrar que tínhamos uma cultura. Mas, quando vou ao Campo Grande, e ouço Caetano Veloso dizer que Xanddy é lindo e que ele é uma das novas expressões culturais da Bahia chego a duvidar que sou baiano de verdade, daquele que comeu tripa seca e farinha de rosca pra não morrer de fome. E acho Caetano uma das maiores expressões da música mundial, apesar de requentar vez ou outra alguma música que no passado foi considerada brega. Aí me conformo e vou ouvir um pouco de Xangai, onde, entre as suas pérolas, fez o ABC do preguiçoso, que endossa a tese dos sulistas de que o baiano só é gente até o meio dia. E então o que será o baiano durante a tarde? É uma legião de trabalhadores, cujo estigma de preguiçoso foi amplamente difundido pelos meios turísticos, uma forma de falar da tranquilidade, da ‘maresia’ e do sossego baiano. O saudosismo aflora e me remete à década de 1980. Lá, até 1985, os shows em Salvador, no Projeto Verão, no Centro de Convenções da Bahia, eram bastante disputados. No palco, Gil, Caetano, Milton, Beto Guedes, Barão Vermelho e tantos outros que arrastavam multidões. Na Barra, shows com Morais Moreira, Luis Caldas e Armandinho com A Cor do Som, encantavam e lotavam a praia. Retorno ao meu trabalho de coberturas de eventos com música baiana, e lá, estampada em minha frente, uma multidão de 20, 30 mil pessoas numa avenida. As meninas, os meninos, dançam como se tivessem sido libertados naquele instante. Mais parece um balé de zumbis, daquele extraído dos filmes de terror das décadas de 70 e 80. Ou então em um orgasmo coletivo, algo do tipo promovido César ou qualquer outro Calígula da nossa imaginação. E em uníssono, eles repetem as frases, os refrões e fazem todo o gestual obsceno para completar o enredo empo-

brecedor. E o vocalista da banda grita, berra e pede para que todos ecoem aos quatros cantos; “Aponte o corno aí, diga que é corno”. E todos riem, como num circo, mas deveriam chorar ao debruçar a cabeça no travesseiro. A grande maioria desempregada, deseducada e pobre. Desiludida pela face cruel do ensino que lhes oferecem nas escolas públicas, entregam-se aos bailes horrendos como se fossem a última ópera da vida deles. E se entregam de corpo e alma à missão. Os maiores patrocinadores da música baiana no interior são as prefeituras, que gastam somas vultosas em festas, micaretas, aniversários e inaugurações, contratando bandas que em nada enriquecem a cultura popular, em detrimento do folclore, das raízes de cada cidade e de sua história. E lá se vão tubos e mais tubos de dinheiro público pelo ralo. E voltam para casa sem saber um verso de Vinícius de Morais, sem ter-se envaidecido em ser brasileiro ao ouvir Pixinguinha, em ter-se delirado com os versos não menos preguiçosos de Dorival Caymmi, em ter-se deleitado à sonoridade de Bethania e Gal, ou ter-se maravilhado ao som poético de Gilberto Gil. “Esses moços, pobres moços, a se soubessem o que eu sei”, disse Lupicínio Rodrigues em uma de suas canções imortalizada na voz de Gilberto Gil. E aí vão me perguntar o que tenho feito para mudar o que já está construído. Nada. Sinto-me impotente. Apesar de radialista de profissão, jornalista por paixão, não consigo convencer ninguém do contrário. A música baiana vai continuar tocando assim durante muito tempo. Mas um dia acaba. Lutar contra o mercado é muito difícil. É uma máquina de fazer dinheiro a qualquer custo. E ninguém está preocupado com a educação, com a cultura, com o folclore. A mídia baiana enaltece, enobrece, escancara esses palavrórios como deuses. Até que duas meninas aparecem decapitadas numa esquina qualquer. De quem é a culpa? Vanderley Soares é radialista/ jornalista e editor do jornal Gazeta dos Municípios, de Alagoinhas. Vilas Magazine - Abrl 2012 | 7

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Negócios & Empresas Celebrações

n Ivanilda Santana comemora o primeiro ano de funcionamento da Pizzaria Babbo Giovanni, em Vilas do Atlântico. Com 95 anos de vida, desde 1917 quando o empreendedor Giovanni Tussato tornou-se o primeiro pizzaiolo do Brasil, a marca expande sua franquia com trabalho do pizzaiolo Paulo Agra. n Lidia Loncan celebra os 8 anos de funcionamento da Companhia das Artes em Vilas do Atlântico, focada no segmento de pintura decorativa.

n Lorena Andrade comemora a inauguração da sua franchising Disk Manicure, o mais novo espaço da região voltado para o embelezamento e cuidado das mãos e pés.

Registros

O Boticário supera o McDonald’s e vira maior franquia do País n O Boticário, a maior rede de franquias do País em faturamento (R$ 5,5 bilhões), superou o McDonald’s. A rede consolidou a dianteira em número de lojas, fechando 2011 com 3.260 unidades Hoje a empresa está presente em 1,6 mil municípios brasileiros e vê chances de sua presença aumentar ainda mais, segundo Andrea Motta, diretora de marketing e vendas. “O objetivo é estarmos presentes em cidades a partir de 30 mil habitantes”, diz a executiva. A companhia conseguiu aumentar as inaugurações nos últimos anos. Em 2010, foram abertas 180 novas unidades; em 2011, o número chegou a 240. Até dezembro deste ano, serão pelo menos mais 250 inaugurações, o que elevará a quantidade de pontos de venda para mais de 3,5 mil. n A pedagoga Eliani Dombrowski inaugurou em Lauro de Freitas a Insight Cursos e Consultoria, com conceito e método de ensino voltado para a prática, oferecendo cursos de formação profissional de pós-graduação, extensão e profissionalizantes, trazendo como proposta qualificar a mão de obra da região com profissionais treinados. n A empresária Vera Lúcia Cardoso, da loja Marimar, mudou de endereço. Inaugura o 14º ano de funcionamento em novas instalações, no shopping Villas Boulevard.

3ª FEIRA DA CIDADANIA A parceria Rotary–Unime continua mais forte. Após o sucesso das duas primeira edições da Feira da Cidadania, a atenção dos coordenadores das entidades se voltam para a sua terceira edição, que a exemplo das vezes anteriores, acontecerá no pátio da Unime, no sábado dia 26 de maio, das 9h às 14 horas. Diversos serviços serão oferecidos gratuitamente à comunidade de Lauro de Freitas, como orientações técnicas, entretenimentos diversos, exames e atendimentos odontológicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, vacinação para crianças e idosos, medicina veterinária, corte de cabelo, entre outras ações. Como nas outras edições, a participação de parceiros empresariais e profissionais continuará sendo a grande força sustentadora para a realização da terceira edição da Feira da Cidadania.

ARTES O escritório de artes Comprarte está em atividade desde o dia 29 de março, quando reuniu nomes do segmento da região para mostrar suas instalações e informar que nasceu com o objetivo de promover eventos artísticos-culturais, fomentar a qualificação profissional artística e intermediar venda de obras de arte e serviços. A iniciativa é dos artistas plásticos Anúbiz Cedraz, Flávio Ribeiro, Selma Ferreira e Zete Gomes (na foto, a partir da esq.).

NIVER Patrick Laurent Rohrer Rodrigues (esq.) festejou seus 22 anos no Rio de Janeiro. Gleice Baptista (dir.) comemorou idade nova dia 25 de março, festejada pela família e amigos mais chegados. ANIVERSARIANTES DO MÊS Ana Maria Brasil, dia 4; Luis Carlos Elias, dia 22; Antonia Cardoso, dia 26; Jaime de Moura Ferreira e José Bonifácio Gomes, dia 28.

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Provas do concurso público cancelado acontecem em maio MARCO AURÉLIO MARTINS / AG. ATARDE

Vereador propõe reduzir recesso parlamentar

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s provas do concurso público da prefeitura de Lauro de Freitas, suspensas no no início de março, serão realizadas nos dias seis de maio para candidatos de nível superior e 20 de maio para os de nível médio e fundamental. Os locais de prova e o cronograma do concurso ainda serão divulgados. O concurso será realizado agora pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). As inscrições estão mantidas, mas os candidatos que não quiserem mais participar do concurso terão um prazo para manifestar interesse na desistência. Após esse prazo a prefeitura vai devolver a taxa de inscrição. Mais de 36 mil pessoas estão inscritas para as provas do concurso público, que já havia sido anteriormente adiado. A prefeitura rompeu contrato com a Libri Capacitação de Recursos Humanos, empresa anteriormente contratada, depois de registrar tumultos em alguns locais onde estavam sendo realizadas as provas para os cargos de nível médio e fundamental. “Constatamos falhas na organização da empresa que tinha sido licitada para executar o concurso e concluímos que não havia possibilidade de dar prosseguimento com a mesma empresa”, disse a prefeita Moema Gramacho (PT).

Uma reportagem de TV mostrou também, no dia do tumulto, o que seriam provas do concurso impressas no verso de documentos com o timbre da prefeitura. De acordo com a prefeitura, poderão ser adotadas “as providências cabíveis em relação ao concurso” no âmbito judicial. “A primeira providência foi o distrato”. As provas que estavam marcadas para domingo seguinte, para cargos de nível superior, também foram canceladas. “Não há possibilidade por conta da credibilidade colocada sob suspeita em função das falhas de organização ocorridas no domingo” destacou a prefeita. MARCO AURÉLIO MARTINS / AG. ATARDE

omeçou a tramitar na Câmara Municipal de Lauro de Freitas uma proposta de alteração à Lei Orgânica do Município (LOM), de autoria do vereador Lula Maciel (PT), que propõe a redução do período de recesso do Legislativo. A ideia foi também defendida várias vezes por Manoel Carlos dos Santos, o Carlucho (PSB), um dos co-autores do projeto de emenda. Assinam ainda a proposta outros oito vereadores. As dez assinaturas sinalizam, em princípio, que o projeto será aprovado. Uma emenda à LOM precisa de maioria absoluta – pelo menos oito de doze votos – para ser aprovado em plenário, depois de passar pela Comissão de Constituição e Justiça. O recesso refere-se apenas à realização de sessões em plenário, já que a maioria dos gabinetes continua a funcionar no período que atualmente vai de dezembro a fevereiro, mais o mês de julho. A proposta de Lula Maciel prevê que o recesso de Verão se dê entre 23 de dezembro e 1º de fevereiro e o de Inverno entre 18 e 31 de julho. Para o vereador, “a emenda tem como propósito garantir mais sessões na casa legislativa, consequentemente mais tempo para que os edis apresentem proposições”. Um grupo de discussão no Facebook (“Redução já, para o recesso dos vereadores!”) vem mobilizando a opinião pública em relação ao tema. Como a votação ainda não tem data marcada e as assinaturas são apenas um indicativo de apoio, o grupo continuará mobilizando os interessados no assunto. Outras iniciativas começam a surgir, como a distribuição de panfletos, visando mobilizar também a população que não tem acesso à Internet, para que compareçam à sessão que poderá aprovar o projeto. Vilas Magazine - Abrl 2012 | 9

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Ação do TRE para transferência de títulos atrai 240 moradores

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erca de 240 moradores de Vilas do Atlântico e dos bairros vizinhos aproveitaram a ação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), realizada no sábado, dia 3 de março, no Colégio Mendel, para tratar de assuntos ligados ao registro eleitoral. A informação é de Victor Quilici, líder da Juventude do PSDB (JPSDB) de Lauro de Freitas. A maioria das pessoas foi tratar da transferência de domicílio eleitoral, atendendo a uma campanha da JPSDB, que desde janeiro estimula os eleitores a votar “onde você mora”. De acordo com a juventude tucana e conforme publicou a Vilas Magazine, cerca de 16 mil moradores de Lauro de Freitas ainda votam em outros municípios. A Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), associação de moradores, já há alguns anos planejava trazer os serviços do TRE ao bairro. José Bonifácio Gomes, membro da coordenação da Salva e do Rotary Club Lauro de Freitas, destacou a importância do exercício da cidadania política. “Se as pessoas de bem se alhearem do processo, nada vai mudar”, disse. A associação, que emprestou uma fotocopiadora para facilitar a vida de quem foi ao Mendel tratar da situação eleitoral, quer estimular mais oportunidades como essa. Fernando Torres, 52 anos, morador

O estudante Caio Santiago, 17 anos: tirando o primeiro título bem perto de casa (acima) À direita, Victor Quilici, da JPSDB e José Bonifácio Gomes, da coordenação da Salva: exercício da cidadania política. Abaixo, Fernando Torres, pai e filho: um transferiu o título depois de 25 anos, outro tira o documento pela primeira vez.

de Pitangueiras há 25 anos, foi transferir o título de eleitor para Lauro de Freitas e levou o filho, também Fernando Torres, 16 anos, para fazer o seu. O jovem pretende votar pela primeira vez este ano. O pai sublinhou a relevância de participar do processo: “estou desiludido com a política, mas ela está em tudo na nossa vida e precisamos fazer a diferença”, disse. Caio Santiago, 17 anos, estudante de Engenharia Mecânica, também morador no barirro, foi fazer o seu primeiro título de eleitor. Para ele, o que contou mais foi a oportunidade de poder resolver o assunto perto de casa. Depois de fazer a inscrição, ele deverá retirar o documento no cartório eleitoral de Lauro de Freitas, no forum novo. Quilici lembra que a campanha pela transferência de títulos prossegue até o dia 9 de maio, prazo limite para quem quer votar no novo domicílio nas eleições deste ano. Há a expectativa de que o TRE realize nova ação no bairro antes do prazo acabar. A transferência pode ser feita também no próprio cartório eleitoral, no Forum novo ou no SAC da Estrada do Coco. É necessário levar, além do título de eleitor, cópia da identidade e do CPF e comprovante de endereço com mais de três meses.

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União Europeia investe R$ 2,4 milhões em qualificação profissional de jovens

“Programa Atores Não Estatais e Autoridades Locais em Desenvolvimento”, gerido pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento e Segurança Urbana vai financiar um projeto de combate à violência elaborado pelo Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) do Pronasci em Lauro de Freitas. Durante três anos, 120 jovens em situação de vulnerabilidade social entre 14 e 21 anos, das localidades de Itinga, Portão, Areia Branca e Lagoa dos Patos serão acompanhados e incluídos no mundo da tecnologia com recursos da União Europeia da ordem de 800 mil euros, o equivalente a R$ 2,4 milhões. De acordo com a prefeitura, mais de mil projetos de todo o país concorreram ao programa. O município tem até o dia 30 deste mês para apresentar o projeto executivo e até 30 de maio para assinar o contrato com a União Europeia. A seleção dos jovens está prevista para julho. “A nossa proposta é preparar esses jovens para o mercado de trabalho com um nível de conhecimento alto”, diz José Carlos Arruti, diretor do GGIM. Os jovens serão selecionados e acompanhados por duas ONG parceiras no projeto. Um dos critérios é ser beneficiário do Bolsa Família. Numa primeira etapa os

jovens aprenderão a montar e desmontar computadores e ganharão noções de software. Na segunda etapa escolherão uma das duas áreas para aprofundar o conhecimento. A falta de preparação para o mercado de trabalho é um dos fatores de risco para

aos 19 anos quase 20% dos jovens estão fora da escola. Entre os jovens de 20 a 24 anos, mais de 60% não estudam. A “falta de perspectiva para uma carreira”, sendo “difícil” encontrar vagas em cursos profissionalizantes e técnicos, foi a razão mais frequentemente apontada nos grupos de jovens pesquisados. Itinga é região escolhida para a implantação de uma unidade do Instituto Federal da Bahia – instituição sucessora do antigo Cefet.

Novo SAC de Lauro de Freitas pode atender 2 mil pessoas/dia

José Carlos Arruti, coordenador do GGI-M e responsável pelo programa junto à União Europeia a violência identificados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Itinga. De acordo com dados do Plano Municipal de Segurança, encomendado a uma consultoria especializada pela prefeitura, na faixa dos 15

Atendimento exclusivo com hora marcada, ambiente climatizado, acessibilidade a pessoas com deficiência física e distribuição de senhas eletrônicas são os diferenciais do novo posto do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) de Lauro de Freitas, inaugurado em março. A unidade, com capacidade para atender cerca de duas mil pessoas por dia, funciona no Shopping Passeio Norte, na Estrada do Coco (em frente ao lojão Insinuante, sentido Salvador), de segunda a sexta-feira, das 8 às 14h, inicialmente.

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Alunos de escola municipal fazem ações sustentáveis

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erca de 130 pessoas entre pais, alunos, funcionários e professores da rede municipal da Escola Ana Lucia Magalhães participaram do Dia D da Família na Escola, numa aula-passeio para conhecer o patrimônio histórico, cultural e ambiental de Lauro de Freitas. Uma atividade muito produtiva, pois a comunidade teve oportunidade de conhecer a diversidade da cultura, fauna e flora brasileira, participando de uma atividade prazerosa e interessante. O passeio incluiu patrimônios históricos como praças, monumentos, além das belezas naturais como a represa da Cachoeirinha e a praia de Buraquinho entre outros. A iniciativa foi do professor Antonio Claudio, diretor da Escola Ana Lucia Magalhães, que também não deixou passar em branco a data em que se comemorou o Dia Mundial da Água, 22 de março. Naquele dia, cerca de 200 alunos da escola participaram de um concurso de redação sobre o tema “Tenha um pingo de consciência... Economize água”. Os alunos ressaltaram, que a mudança de hábitos e o desenvolvimento de novas tecnologias mais voltadas à racionalidade no uso deste recurso tão importante, são necessários já que 97% da água do planeta está no mar, imprópria para consumo, 1,75% é gelo e 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. As comemorações também tiveram a 5ª edição da Corrida Ecológica da Água, e distribuição de material informativo para a população, orientando os moradores sobre a preservação dos rios Ipitanga e Joanes, prestando esclarecimentos sobre a utilização da água de forma consciente, retratando sua importância e sua relação com o município.

Roque Fagundes (esq), a prefeita Moema Gramacho e o vice-prefeito João Oliveira na inauguração do novo posto da Caixa em Lauro de Freitas

Lauro de Freitas terá novas agências da Caixa

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ais duas agências da Caixa Econômica Federal e três novas casas lotéricas serão abertas em Lauro de Freitas, que será um municípios com mais unidades na Bahia. No total, até o ano que vem, seis agências estarão em funcionamento. O anúncio foi feito no mês passado pelo superintendente regional da Caixa Aristóteles Alves de Menezes, na inauguração de um novo Posto de Atendimento Bancário (PAB) no Centro da cidade. Segundo ele, é possível que as novas agências sejam implantadas em Portão e no Centro. Duas das lotéricas serão instaladas em Itinga e uma no Centro. Atualmente, há agências da Caixa em Pitangueiras, Itinga e na Estrada do Coco, além do posto de atendimento agora inaugurado, que dispõe de três equipamentos de autoatendimento, gerência e guichê de caixa. A Caixa também vai implantar um “call center” em Lauro de Freitas. Devem ser contratadas cerca de mil pessoas. Atualmente, o quadro de funcionários em Salvador é de 1.500. No Banco de Serviços o contribuinte encontra serviços relacionados ao cadastro econômico e imobiliário, dívida ativa, autorizações, certidões, além de emissão de documentos. O atendimento é das 8h às 14h, na Praça João Tiago dos Santos, no anexo da secretaria da Fazenda, no Centro. Em Itinga o Banco de Serviços fica na Rua Gerônimo José de Santana, 960, loja B, ao lado do Balcão de Justiça. A Câmara Municipal aprovou, em fevereiro, indicação do vereador Antônio Rosalvo (PSDB) para que a prefeitura instale um terceiro Banco de Serviços, em Vilas do Atlântico. POUPANÇA NA ESCOLA A instituição promoveu uma ação educacional para os alunos da Escola Municipal Dois de Julho, em Lauro de Freitas, abordando de forma lúdica a importância do dinheiro e seu uso consciente na sociedade. “Trata-sede um novo projeto da Caixa intitulado “Poupançudos nas Escolas”, que ensina economia financeira e visa também estimular a pratica da poupança entre os jovens. São informações que servirão para a vida inteira”, contou o gerente da instituição da agência da Estrada do Coco, Eduardo Murta. Lauro de Freitas foi a primeira cidade da Bahia a receber o projeto. Os alunos ganharam kits com material didático no final das aulas.

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POLÍTICA

Projeto Tamar capacita salva-vidas em Vilas

PP avalia quarenta nomes para disputar a Câmara

DANILO MAGALHÃES

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rinta salva-vidas de Lauro de Freitas receberam em março, na barraca Araruama, em Vilas do Atlântico, capacitação do ProjetoTamar sobre preservação ambiental e como agir quando localizar tartarugas marinhas na praia. Este projeto faz parte daparceria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SMARH)com o Tamar. No curso os salva-vidas aprendem noções de socorro ao animal, como agir quando encontrar tartarugas mortas na praia e como identificar locais de desova, que ocorre entre setembro e março, “além de se tornar mais um agente de proteção ambiental”, lembra Liliana Colman (foto), professora e bióloga do Projeto Tamar. Parceria A parceria entre a prefeitura e o Projeto Tamar rendeu no ano passado a construção do Posto Avançado do Tamar na Av. Praia de Copacabana, em Vilas do Atlântico. No espaço estã expostas réplicas do habitat e dos animais, e são realizadas palestras educativas. O posto também serve como ponto de apoio para os salva-vidas. Lauro de Freitas possui sete quilômetros de praia, 70 pontos de desova de tartarugas. Das sete espécies do animal que habitam no Brasil quatro desovam no município.

Márcio Paiva comanda encontro do PP para definir nomes para a disputa

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omandado pelo vereador Márcio Paiva, pré-candidato à prefeitura de Lauro de Freitas, o Partido Progressista lotou no final de março o salão de convenções do Riverside, em Portão, quando cerca de 120 pessoas, entre filiados, colaboradores e lideranças, participaram do encontro de trabalho do partido. Na pauta, a definição e preparação dos pré-candidatos à Câmara Municipal. Quarenta nomes, entre os quais dez mulheres, foram apresentados como possíveis representantes do partido nas eleições deste ano. Márcio Paiva disse que “os nomes estão sendo analisados para disponibilizar o que se tem de melhor, em termos de serviços prestados e liderança”. O partido discutiu ainda a criação do PP Mulher e do PP jovem de Lauro de Freitas. O partido pontuou os problemas da cidade na educação, saúde, segurança e mobilidade urbana, bandeiras que os candidatos do PP vão defender na disputa eleitoral. Márcio Paiva resumiu os seus dois mandatos de oposição e disse que a sua história de vida e os serviços prestados a Lauro de Freitas o credenciam a disputar e vencer, com os partidos aliados, as eleições deste ano.

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finanças pessoais

Veja como um orçamento bem-feito pode fazer você gastar menos MÁRCIA DESSEN

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azer o orçamento mensal da família, planejar os gastos antes de sair por aí torrando dinheiro, estabelecer limites e parar de gastar quando o dinheiro acabou são hábitos mantidos por um pequeno número de pessoas. Fazer orçamento requer uma disciplina rígida e ninguém quer ser o chato de plantão, dizendo que não pode isso e não pode aquilo. A gente trabalha tanto para quê? Para gastar, ora bolas! Vamos aproveitar a vida e depois a gente se vira para pagar as contas. Se você se identificou com a história contada, é bem provável que você faça parte do time que gasta mais do que ganha. E é bem possível que não faça isso de caso pensado, porque quer. O mais provável é que isso aconteça porque não existe um orçamento, bemfeito, que o impeça de gastar mais do que pode. Muitas vezes, o dinheiro existe, mas não está disponível. Isso faz toda a diferença do mundo. Vamos ver um caso que exemplifica muito bem situações desse tipo, de pessoas que controlam suas despesas e não entendem por que, corriqueiramente, precisam recorrer ao cheque especial ou parcelar a fatura do cartão de crédito. Maria controla suas despesas na ponta do lápis. Classifica as despesas por tipo: moradia, alimentação, transporte, educação, comunicação e lazer. E tem

uma linha denominada “outras despesas”, que, normalmente, atinge um valor muito acima do que ela esperava. Ela já observou também que a coisa fica feia e o orçamento sai do seu controle quando recebe a fatura de taxas e impostos que não fazem parte de suas despesas mensais regulares e que são pagas somente uma vez por ano. O ERRO É bem possível que Maria não esteja planejando as despesas, conhecidas e previstas, que serão feitas em outra data que não no mês em curso. Não me refiro a despesas extraordinárias que ocorrem sem nenhuma previsão possível. No item “transporte”, por exemplo, a planilha de controle de Maria não tem uma linha para lançar o IPVA do carro, cuja fatura só será recebida no mês de janeiro de cada ano. Se Maria não fizer uma reserva para o IPVA, o orçamento do mês de janeiro vai estourar com certeza, mesmo que ela utilize a opção de parcelamento. A SOLUÇÃO Fazer como José. Ele estima gastar cerca de R$ 1.500 com o IPVA do carro em janeiro. Nesse mesmo mês, renova anualmente o seguro do carro e utiliza a opção de pagamento à vista, que lhe rende um bom desconto. O seguro do carro custará cerca de R$ 2.500. José prepara-se durante o ano todo para pagar o IPVA mais o seguro do carro

em janeiro. Soma as duas despesas (R$ 4.000), divide por 12 e lança o valor de R$ 333 todos os meses na linha de provisão para IPVA e seguro do carro. Esse valor é aplicado e mantido separado das outras reservas de José, pois já está comprometido. OS BENEFÍCIOS Os benefícios de um orçamento bemfeito são inúmeros. Maria, colega de trabalho de José, aprendeu umas boas lições com ele e está animada com a perspectiva de fazer o seu dinheiro valer mais. 1) José não se engana pensando que tem dinheiro sobrando. Com isso, não gasta mais do que pode. Embora exista uma “sobra” de R$ 333 todos os meses, ele sabe que esse valor não está disponível, pois está comprometido com o pagamento do IPVA e do seguro do carro. Esse dinheiro é investido regularmente e gera rendimentos de 6% ao ano para José. Aliás, para não esquecer, ele se vale do recurso de aplicação automática oferecido pelo banco no qual tem conta. 2) José economiza cerca de 5% do valor da despesa. Como foi prudente e guardou dinheiro, paga à vista e se beneficia de um bom desconto. Em uma aplicação financeira, por exemplo, seriam necessários quase dez meses para ganhar remuneração líquida de 5%. Ele ganha duas vezes: uma ao receber juros na aplicação do dinheiro e outra quando consegue o desconto para pagar à vista.

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Reforma da pista de skate deve estar concluída em maio

3) José sabe exatamente quanto custa cada item do seu orçamento. Antes de fazer o orçamento bem-feito, ele achava que as despesas com o carro representavam cerca de 15% de seu orçamento. Hoje, sabe que esse item leva 28% de sua renda líquida todos os meses. Não são poucas as vezes em que para e pensa se vale a pena tanto esforço ou se não poderia fazer alguma coisa a respeito. 4) José ignora o limite concedido pelo cartão de crédito e o limite do cheque especial. Para ele, vale o seu limite, aquele que cabe no seu orçamento e pode ser quitado sem gerar o pagamento de juros. Há tempos, decidiu que não usa crédito para financiar pequenas despesas de consumo. Usa crédito para formar seu patrimônio e está financiando a compra da casa própria. Esse é o crédito que vale a pena. Se você acha que fazer orçamento não tem graça nenhuma, faça uma experiência e veja quanto dinheiro você teria a mais para gastar com você e com sua família em vez de pagar juros porque falhou no controle das despesas. Você pode se surpreender... Márcia Dessen, Certified Financial Planner, é sócia e diretora-executiva do BMI Brazilian Management Institute, professora convidada da Fundação Dom Cabral e cofundadora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.

Começou no final de março a reforma da pista de skate do Centro, tida pelos atletas da modalidade como a melhor da Bahia e uma das melhores do país. A reforma vai custar cerca de R$ 135 mil e deve estar concluída dentro de 45 dias, em meados de maio. Uma parte dos recursos vem do tesouro municipal e o restante pelo cumprimento da Lei de Contrapartidas, que obriga os empreendedores do setor imobiliário a investir em equipamentos públicos. Há anos reivindicada pelos skaters, a demanda ganhou espaço na Vilas Magazine em fevereiro, e voltou a ser tema da edição de março. De acordo com o secretário de Governo Ápio Vinagre, que apadrinhou a causa dos atletas locais, a proposta de realização de um torneio comemorativo dos dez anos da pista acelerou a reforma. Tiago Clemente, Rodrigo Pereira e Alberto Furtado querem marcar o aniversário com uma pista renovada.

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MEIO AMBIENTE

Entidades privadas fazem proposta para o Parque Ecol贸gico de Vilas do Atl芒ntico

Vista do Parque Ecol贸gico de Vilas do Atl芒ntico: Zona Especial de Interesse Ambiental 16 | Vilas Magazine - Abril 2012

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evitalizar o Parque Ecológico de Vilas do Atlântico, implantando uma vasta gama de estruturas e recursos, é o que propõe um plano entregue no mês passado à prefeitura de Lauro de Freitas. Entre as providências propostas está o levantamento geral da flora, fauna e hidrologia do parque “através de voluntários pesquisadores e estudantes da área de Biologia Botânica, Engenharia Florestal e Agronomia”, para formar o seu cadastro natural. Mentor do projeto, o professor Jaime Ferreira, membro do Rotary Club e coordenador da Salva, propõe transformar o parque em centro educacional, cultural, ambiental e de lazer para os moradores de Vilas do Atlântico. O plano, elaborado pela consultoria Jamouzen, não tem custos projetados. Ambicioso, entre outras medidas o plano prevê um horto florestal para pesquisa, desenvolvimento e produção de mudas nativas, um minhocário, um depósito de lixo orgânico para compostagem das folhas e podas diversas, processamento de podas, folhas e cascas de frutas para produção de adubos orgânicos, revitalização dos passeios de concreto, entre as árvores e de área específica para manifestações artísticas, culturais e musicais, acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, Haveria também um parque infantil, a instalação de equipamentos para exercícios físicos e a criação de “locais para piquenique” que seriam pequenos quiosques, com luz elétrica e água encanada. A iniciativa é do Rotary Club Lauro de Freitas, em conjunto com a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) e a Rio Limpo. As entidades pretendem obter “a aprovação e comprometimento da prefeitura na execução das atividades sob sua responsabilidade”. O parque seria gerido por meio de “convênio operacional” da prefeitura com as três entidades. Outra das medidas propostas para o “Parque da Cidadania”, assim batizado pelo plano, na verdade já foi alcançada: transformar cerca de 70 mil m² de área em zona de proteção ambiental. A emenda do vereador Antônio Rosalvo (PSDB) à Lei 1.458/2011 – que alterou o Plano Diretor e protegeu a área do Equus Clube do Cavalo por meio de uma Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA) – também protege o Parque Ecológico e outras duas grandes áreas verdes. A área total do Parque Ecológico abrange, na verdade,

quase 135 mil m². Inaugurado em 1996, o parque tinha originalmente quatro acessos. Além do principal, pela praça do Parque Ecológico avenida Praia de Itapoan, havia dois outros na mesma via e um quarto pela avenida Praia de Itamaracá. Todos eles estão hoje bloqueados por construções, incluindo instalações da prefeitura, onde já funcionou a secretaria de Planejamento e hoje se encontra a secretaria de Políticas para as Mulheres. O acesso da rua Praia de Itamaracá foi ocupado por um condomínio há quase oito anos. A intervenção do Ministério Público no caso resultou na construção de um corredor lateral deixado ao abandono desde então. Residências vizinhas ao parque abriram portas de acesso nos muros. No local há hoje até criação de galinhas.

Galinhas ciscam junto ao muro de residências, na área do parque.

Placa do Ministério Público (acima) com in­ formações sobre contrapartidas está coberta pela vegetação. Entrada do parque pela avenida Praia de Itamaracá (abaixo): abandono e degradação

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cULTURA

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Colagens de Rogério Geo revelam a cultura punk de Lauro de Freitas Rogério Borges

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utodidata, o artista plástico local Rogério Geo, 23 anos, começou a fazer colagens aos 16. Vem de então a perspectiva de mundo que continua a exibir em centenas de obras (flickr.com/photos/indiedead) e que define a sua produção. Todos os seus conceitos estão claramente impressos, mas raramente são previsíveis. Observar uma colagem de Geo requer sintonia dos sentidos e atenção para os desníveis de leitura. Não é entretenimento. É da adolescência, por exemplo, a colagem “Allenvive”, alusiva ao presidente chileno Salvador Allende, encontrado morto no Palácio de La Moneda, em Santiago, no curso do golpe militar de 1973. Marxista, Allende acreditava na democracia representativa e na via eleitoral. Mas Geo prefere destacar a lenda socialista para expressar um conteúdo mais ideológico que político. Para ele, o socialismo só é possível quando imposto – e pela via da força. Mas longe de expressar efetivo apoio ao método, ele apenas o registra. É assim que o mais cult dos ícones do marxismo latino-americano incorpora símbolos de morte enquanto pisoteia o capitalismo. A honestidade da crítica vem sublinhada pelo lápis que uma das garras exibe: a educação para todos, suposto apanágio dos regimes socialistas. É esse nível de complexidade que atrai cada vez mais olhares para a obra de Geo – já tecnicamente muito atraente pela sofisticação. Largamente maltratada na recente exposição do Cine Teatro de

Lauro de Freitas, a produção de Rogério Geo transita numa esfera que exige espaço adequado, montagem profissional, iluminação planejada, curadoria. O mero dispor das obras numa parede, assim sem mais, rouba significados preciosos ao espectador. A origem cultural da obra de Geo, por exemplo, está num punk-rock de sentimento adolescente que demandaria expressão adequada naquele ambiente. Até porque, apesar da raiz punk, o trabalho de Geo abrange um espectro conceitual mais largo, distante da cultura de ódio mais comumente associada ao gênero. Numa entrevista recente ao “Zinismo”, um blog especializado, o artista brinca com a aparente inconsistência: “raiva e frustração fazem parte da arte, mas público fiel ao ódio é coisa para o Sex Pistols”, disse. As colagens trazem um tempero suave, mesmo nos temas mais densos. A filigrana da obra de Geo é diversificada. Quase fala por si a derivação “skater” da cultura punk, despretensiosamente representada em pranchas utiliza-

das como base para trabalhos recentes. Mas Geo não vai ao universo das pistas. Apenas se apropria do suporte, com quem lança mão do que lhe é mais natural e familiar, sem a necessidade de apresentar um discurso. Esse aspecto das coisas também merece representação. Sobre papel ou sobre pranchas, as peças são criadas a partir de recortes de revistas sobrepostos e sucessivamente tratados, camada após camada. Em três u

Rogério Geo (dir.) na mostra do CTLF: perspectiva de mundo. Drugstore (na outra página): o abuso de medicamentos como rota de fuga às angústias da vida. No alto, colagem sobre prancha de skate: suporte sem discurso de referência

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cULTURA técnicas diferentes, além de recortes as colagens de Geo podem incorporar tinta para tecidos, grama, café. “Quero criar alguma coisa usando sangue”, disse o artista no ano passado ao blog canadense “Not Paper”, dedicado a divulgar colagistas de todo o mundo. Sangue, de acordo com Geo, é o que poderia estar na composição de uma série de dez colagens, todas com origem em “um lance muito pessoal”. São as obras que refletem experiências mais íntimas do artista. Entre elas “Dolorosa”, que retrata uma ex-namorada. Como em todas as colagens de Geo, o grau de detalhe reflete a profundidade da abordagem. Quase nada está lá por acaso ou para efeitos decorativos. Mas poucos elementos têm um sentido óbvio. A inscrição “cirurgia plástica”, por exemplo, tem um sentido bem diverso do que poderá supor o senso comum em relação a uma garota – que não queria aumentar os seios, aliás especialmente belos, mas diminuí-los ao ponto de se aproximar da figura masculina. Pessoais também são as experiências de Drugstore e Singer about isolation, ambas, de uma forma ou de outra, relacionadas ao tema das drogas. Adepto da tendência “straight edge” da cultura punk norte-americana – que prega a abstinência desse tipo de substância – Geo acredita que foi isso que o manteve distante das drogas num tempo em que amigos de escola morriam por se envolver com elas. Singer é produto de um período em que Geo, aos 15 anos, vivia praticamente recluso, com “muita coisa chata acontecendo ao meu redor”. Foi quando “a rua ficou perigosa, me senti muito inseguro para tudo”. Antes como agora, o problema eram “drogas, drogas, drogas”. Drugstore reflete experiências de

gente próxima a Geo com o consumo de medicamentos “na busca por libertação das angústias do mundo”. Eles “se enfiaram em remédios” à procura da “cura errada”. A colagem reflete preocupações com o controle do peso, por exemplo, mas a droga em questão é um antiinflamatório que provoca alucinações quando consumido em altas doses ou acompanhado por álcool. Convulsões, sangramento intestinal, falência dos rins, gastrite e úlcera são algumas das consequências do abuso desse medicamento. Ninguém precisa esperar de Rogério Geo o tradicional, piegas – e comprovadamente falido – discurso antidrogas. O trabalho dele talvez represente a mais eficaz abordagem que se pode fazer a um tema: do grupo para o grupo, segun-

Allanvive: leitura ideológica de uma lenda política.

do os valores do próprio grupo. “Meus sentimentos, pelos familiares das vítimas da moda”, frase estampada em uma das suas colagens, reflete melhor a opinião do artista. Nesse sentido, o lado negativo do uso de drogas está na despersonalização da garotada – o tipo de crítica que Geo estende aos adeptos do rock “que se vestem de preto na adolescência, mas uns anos depois estão ouvindo Luan Santana”. São roqueiros “porque é moda”. O discurso alternativo, de contracultura de grupo, aparece com mais clareza nas ideias de Geo sobre o crack, para ele “parte de uma grande paranóia que mantém as pessoas cada vez mais em casa”, para assim “render milhões para a TV, rádio, Internet e muitos outros tipos de mídia”. Essa leitura das coisas tem mais audiência do que pode supor a vã filosofia de classe média. Uma audiência que se encontra ameaçada por aquilo que autoridades de saúde de todos os quadrantes já definiram como uma epidemia. Chegar até eles tem sido o desafio primordial. É arguindo a teoria da conspiração da mídia que Rogério Geo acaba por alcançar esse resultado. Mas nem todas as colagens de Geo vêm ao mundo para cumprir missões espinhosas ou consolidar a cultura de grupo. Algumas surgem de sentimentos tão leves como homenagear um trabalhador da Cesta do Povo de Lauro de Freitas. A dura vida de Tenório é uma homenagem ao personagem homônimo. “Muito sábio, me ensinou muita coisa, muito cheio de cultura, um dos caras mais exóticos que conheci”, conta Geo. As primeiras colagens vieram para compor capas das produções da banda de punkrock e hardcore de que Geo participou, “Por uma causa” (http:// www.myspace.com/por1causa) e “Kid´s

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on coffee”. As peças com expressão própria surgiram com o fim das bandas, pelo desejo de continuar a se expressar naquela mesma “pegada”. O fanzine Feel Paper, o mais recente de Rogério Geo, vem nessa trilha. Lançado em março em São Paulo, traz vinte trabalhos, incluindo peças inéditas. Política, espiritualismo e crítica ao consumo de massa estão na base de todas as colagens, mas Geo prefere destacar o “sentimento”, já a partir do título, que poderia ser entendido como “papel de sentir”. Todos os trabalhos “estão carregados de um rol imenso de conceitos e sentimentos”, explica. “Atrofiando a Teoria (em Papel e Espírito)”, nome da mostra que passou pelo Cine Teatro, já remetia aos sentidos – ou sentimentos – mas parece que o papel exerce maior impacto sobre Geo. “Nosso suor e nossos trabalhos não serão banalizados pelas massas de consumo, pois não temos código

de barra em nossas criações”, lê-se na abertura do zine. De fato, apesar de convidado, Geo nunca quis participar de exposições. Ele põe mais autoconfiança na produção dos fanzines “porque é anticomercial, de certa forma”. E explica: “não que eu seja anti ‘vender’ e tal, mas é algo feito de artista para artista e enviado da mão suada de cada um, é meramente amor e se tem amor, já valeu a pena”. Valeu mesmo.

Dolorosa (acima.): uma das experiências pes­soais retratadas em dez das centenas de colagens produ­zidas. A dura vida de Tenório (esq.): homenagem ao personagem da Cesta do Povo. Singer about isolation (dir.): quando a rua ficou perigosa

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cULTURA

Espetáculo da Paixão de Cristo em Lauro de Freitas acontece depois da Páscoa

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Sociedade Cultural Távola realiza este ano a 14ª edição do espetáculo “Paixão de Cristo”, pela primeira vez depois da Páscoa, entre 13 e 15 de abril. De acordo com Duzinho Nery, diretor da Távola e responsável pelo evento, a ideia é favorecer a participação da comunidade, já que muitas famílias viajam durante o feriadão da Semana Santa. Nery adianta que não haverá inovações este ano, “a não ser pela constante busca pelo aperfeiçoamento para mostrar a vida pública de Jesus Cristo e emocionar a platéia, com a simplicidade que ele passou em nosso meio”. Para ele os artistas de Lauro de Freitas são os grandes res-

ponsáveis pela qualidade do espetáculo, “mas temos no elenco atores convidados, de Salvador, que enriquecem ainda mais a encenação”. A expectativa é que o espetáculo seja visto por mais de dez mil pessoas a cada dia. A participação da comunidade é importante para Nery. “Além de agregar valores e entrosar o povo da cidade na construção da Paixão, é bonito ver as Cena do espetáculo da Paixão de Cristo na Praça da Matriz. Evento produzido há 14 anos pela Sociedade Cultural Távola pela primeira vez será apresentado após a Páscoa

crianças, os adolescentes e os jovens se apropriarem do projeto, como se fosse deles”. Entusiasmado, Nery lembra que “realmente, esta peça é uma grande referência cultural de Lauro de Freitas”. O projeto que tem o apoio do Fundo Municipal de Cultura e será apresentado por três dias consecutivos na arena montada na Praça da Matriz, no Centro. O ingresso, a preço popular, custa R$ 5 e será disponibilizado na bilheteria do Cine Teatro de Lauro de Freitas a partir de 12 de abril, das 14h às 19h. Maiores informações podem ser obtidas pelos telefones (71) 9115-4462 e 8704-3494 ou pelo e-mail tavolacultural@hotmail.com.

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Teatro, terapia e lazer Mauro Peltier Especial para a Vilas Magazine

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prática artística, em suas diversas modalidades, auxilia no equilíbrio das emoções, exercita a disciplina, promove o desenvolvimento das habilidades psicomotoras, estimula a autoconfiança e contribui, de maneira significativa, para a superação da timidez e fobias. Para diversos profissionais, dentre os obstáculos psicossociais, a dificuldade de falar em público se constitui em um grave limitante para seu desempenho, muitas vezes levando-os à margem do convívio social, de maneira geral. Os exercícios teatrais utilizam técnicas de harmonização, sensibilização, leitura correta, dicção, expressão corporal e facial, que estimulam a percepção de oportunidades, antes desconhecidas pelo ser humano, ou colocadas no plano do difícil ou impossível. A proposta dessas técnicas é oferecer ferramentas para as pessoas se autoconhecerem, enfrentarem desafios e superarem suas limitações. Dentro desta proposta, o teatro oportuniza formas de manifestações que estimulam a imaginação e a organização do pensamento, proporcionando aos seres humanos, em qualquer fase de sua vida, a expressar suas próprias vivências

e experiências de maneira mais crítica, analisando e avaliando o resultado de suas ações, para interagir, de maneira mais eficaz, no seio social. Para os profissionais, que se comunicam frequentemente com o público, a prática do teatro oferece vivências com treinamentos, palestras, exercícios de improvisação e muitos contatos pessoais, que otimizam sua performance, no que se refere a autocontrole, liberação do fluxo criativo, atitudes e comportamentos, promovendo a perfeita interação com o público. Na área da saúde, cada dia aumenta o número de especialistas, terapeutas, psicólogos e psicoterapeutas que se utilizam dos recursos lúdicos, apresentados pelo teatro. Não são raros os casos de recuperação de crianças, adolescentes e adultos que superam seus problemas de falta de concentração, pouca memorização, ansiedades e fobias diversas, através do exercício das técnicas do teatro. Por fim, o teatro, além de abrir uma porta profissional, para os que têm afinidade artística, também proporciona um excelente hobby para aliviar o estresse, as tensões pessoais e profissionais e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida. Coloque o teatro em sua vida! Mauro Peltier é gestor ambiental e produtor cultural.

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O caminho até o vício Ninguém sabe como e quando o consumo ‘social’ e aceitável de bebida vai evoluir para a doença crônica do alcoolismo, mas já é possível avaliar a taxa de risco do uso abusivo

EDUARDO KNAPP / FOLHAPRESS

comportamento

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ela primeira vez, um estudo brasileiro mostrou, em números, o risco de uma pessoa que abusa do álcool desenvolver a dependência. A taxa é alta: um a cada três bebedores abusivos vai passar para o estágio de doença crônica, conforme a classificação da Organização Mundial da Saúde. “O diagnóstico de abuso é uma ótima oportunidade de reduzir o número de dependentes. As medidas para reverter o problema são mais fáceis [do que na dependência] e as taxas de sucesso, maiores”, afirma a autora do estudo, a psiquiatra Camila Magalhães Silveira, do Instituto de Psiquiatria da USP. A pesquisa, feita com 5.037 pessoas na região metropolitana de São Paulo, foi publicada na “Alcohol and Alcoholism”, revista oficial do Conselho Médico em Álcool do Reino Unido. Além de facilitar a prevenção, a identificação do abuso eleva as chances de mudança no padrão de consumo. “Se ainda não há dependência, as medidas muito restritivas não são as melhores. Muitas vezes, não é necessário chegar ao médico, basta uma pessoa preparada para usar uma técnica que a gente chama de intervenção breve”, diz Silveira. ‘FIESTA DRINKING’ Não é fácil perceber os limites entre o uso regular e o abusivo. “O Brasil tem um padrão de consumo conhecido internacionalmente como ‘fiesta drinking’, que é beber no fim de semana em quantidade excessiva. A cultura não é a do [beber] moderado, é a do ficar embriagado.” O psicólogo Luciano Oliveira, que atende numa clínica de reabilitação na Grande São Paulo, afirma que muita gente começa bebendo todo final de semana, passa a beber no meio da semana e não percebe quando está ultrapassando seu limite. “A pessoa perde o passo da realidade, não consegue mais identificar seus sentimentos. E vai empurrando a doença para frente.” Como a dependência se desenvolve aos poucos, a pessoa cria estratégias e rituais para afirmar, para si e para os outros, que não está doente – como mostram os depoimentos a seguir. GUILHERME GENESTRETI, IARA BIDERMAN, JULIANA VINES / FOLHAPRESS

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Você acha que pode parar de beber na hora que quiser

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inha história de vício tem mais de 20 anos. Via meu pai bebendo, fazia igual. Se tinha festa em casa, pegava cerveja, caipirinha. Ninguém via. Meu pai é alcoólatra. Minha mãe se separou por isso. Aos 13, bebia de brincadeira. Fumava maconha, crack. Com 15, já tinha cheirado pó. Minha mãe tentou intervir, mas ela já não me controlava. Quem me tirou dessa vida foi minha mulher. Casamos, tivemos uma filha. Fiquei limpo por oito anos.

Nunca mais usei drogas e só bebia em ocasiões especiais. Ficava alto, mas não dava vexame. Minha mulher não gostava. Em 2007, passamos a ter problemas. Se me sentia pressionado, a bebida aliviava. Ia para o bar sem minha mulher saber. Voltava do trabalho e bebia antes de chegar em casa, para chegar relaxado. Cerveja era água. Conhaque, vodca, uísque, três doses de uma vez, para dar logo efeito. Em casa, eu me esquivava da minha mulher. Ela percebia e não u falava nada.

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comportamento Quando dei por mim, estava tomando uma garrafa de conhaque em dois dias. Não sei quando perdi o controle. Inventava desculpa para sair de casa. Até na hora de colocar o lixo para fora, corria e tomava uma dose no bar. Bebia fiado aqui, ali. No fim do mês, devia uns R$ 500. Levava “maria-mole” [conhaque com vermute] numa garrafa de refrigerante no trabalho. Meus colegas sentiam o cheiro. Eu disfarçava com balinha, escovava os dentes. Em casa, não dava mais pra esconder. Minha mulher dizia: “Você é igual ao seu pai”. Era dolorido. Para mim, alcoólatra era quem dependia do álcool. Eu achava que não dependia, ficava dias sem beber. Não conseguia me avaliar. Quando a gente bebe, acha que pode parar a hora que quiser. Só percebe a dependência quando tenta parar. Que meu pai era alcoólatra, eu aceitava. Ele bebe de manhã, à tarde, à noite. Eu trabalhava, cuidava da minha filha, da mulher. Alcoólatras eram os caras que passavam o dia no bar. Em 2009, tive uma briga violenta com minha mulher. Cheguei alcoolizado, ela disse que eu devia me tratar. Fiquei ofendido. Para não bater nela, destruí os móveis. Veio a decadência. Eu já estava entregue. Ficava dois dias sem beber, bebia, brigava, pedia desculpa de novo... Não tinha mais fome nem força. Acordava tremendo, tinha que beber para passar. Faltava no trabalho.

Percebi meu descontrole depois de dez anos de vício

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omecei a beber bastante depois do meu casamento. Casei com 20, hoje estou com 37. Meu marido é 25 anos mais velho do que eu e não gostava de sair à noite. Então ele deixou que eu saísse com as minhas amigas. De balada em balada, fui bebendo um pouquinho aqui, outro ali. Comecei com cerveja, depois, caipirinha. Ficava tonta na segunda dose. Aos poucos, fui aumentando EDUARDO KNAPP / FOLHAPRESS

Que meu pai fosse alcoólatra, eu aceitava, ele bebiao dia inteiro. Mas eu trabalhava, cuidava da minha filha. Um dia, a minha mulher falou que ia embora se eu não procurasse ajuda. Percebi que iam me internar. Saí de casa no sábado de manhã e voltei só no domingo à tarde. Bebi o dia todo, desliguei o celular. Não tive coragem de voltar para casa naquele estado: dormi sentado num ponto de ônibus. Quando voltei, ela repetiu que não ia me querer mais se eu não me tratasse. Na segunda, fui ao psiquiatra, que me encaminhou para cá. Cheguei na clínica na quarta. No começo, me sentia encarcerado, mas pensava na família. Já estou no fim do tratamento. Semana passada fiz ressocialização: fiquei dois dias em casa e nem deu vontade de beber. Saio hoje, mas não é alta conquistada. O convênio só cobre dois meses. A parte mais difícil, a aceitação, já foi. Se você não aceita que está doente, não consegue se tratar.” C.W.N, 32, é oficial de manutenção em obras de construção. 26 | Vilas Magazine - Abril 2012

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a quantidade. Sempre gostei de beber. Quando saía, era para encher a cara mesmo. Gostava da sensação, achava divertido. Sempre fui a que mais bebia da turma, mais do que os homens. Com dois anos de casada, tive minha filha. Continuei saindo para beber. Mas aí, o que era só no fim de semana, passou a acontecer no meio da semana também. Comecei a misturar bebidas: vodca com suco, uísque com guaraná. Depois, uísque puro. Parava quando passava mal, esse era o limite. Fui aumentando a dose até começar a beber em casa e me isolar. Não precisava mais sair para beber. E não precisava mais ser à noite. Comprava bebida no mercado. Ia com a minha filha e dizia para ela ir pegar uma coisa em outra prateleira. Escondia a garrafa no carrinho. Outras vezes, ia deixar ela na escola, às 7h, e na volta passava no mercado para comprar vodca. Bebia assistindo Mais Você, de manhã. Eu não sabia que era doente. Meu marido até percebia, mas ele era codependente, né? Acabava encobrindo. Fui ficando agressiva. Uma vez, enfiei o pé numa porta de vidro. Outra, quase caí de uma escada e quebrei o joelho. Sabia que isso prejudicava meu marido, minha filha e eu mesma, mas a gente não se preocupa com isso. O viciado só olha para o próprio umbigo, é egocêntrico. Só quer saber de beber, de se anestesiar, sei lá do que. Eu nem sabia mais por que bebia. Até então, achava que conseguiria parar. Foi quando tentei parar e não consegui. Tentei várias vezes. O máximo que conseguia ficar sem beber era uma semana. Quando voltava, bebia mais ainda. Percebi que estava fora do controle e procurei um psiquiatra. Isso faz uns sete anos. Comecei a tomar remédio para dormir e antidepressivos. Não adiantou. Fui em outros dois psiquiatras, fiz terapia, mas não era direcionada, não era pra mim. Nessa época eu bebia meia garrafa de vodca por dia. O problema do álcool é que ele é fácil. É lícito O que deixa ele perigoso é isso. Já experimentei outras drogas, cocaína, maconha. A gente é viciado em sensações. Mas é muito mais fácil comprar álcool no mercado do que ir numa biqueira comprar cocaína. Principalmente pra mulher. Não me viciei em cocaína porque eu não tive coragem de ir comprar.

Deixava a filha na escola e bebia vodca pela manhã. Só não me viciei em cocaína por falta de coragem para comprar

O último psiquiatra falou que eu tinha que me internar. Minha família achava que não, que conseguiriam me segurar. Eles procuravam bebida, até a empregada começou a me vigiar. Eu não tinha mais esconderijo. Então comecei a beber álcool de cozinha. Essa foi a derradeira, um mês e meio antes de eu me internar. Chegamos à conclusão que eu não conseguiria sozinha. Sou doente. Tenho uma doença incurável. Sei que todos os dias, quando acordar, a primeira coisa que vou pensar é: sou impotente perante ao álcool. R. M. T., 37 anos, dona de casa, há três meses em tratamento.

Lauro de Freitas conta com um grupo do Alcóolicos Anônimos Alcoólicos Anônimos é uma irmandade mundial de homens e mulheres que se ajudam mutuamente a manter a sobriedade e que se oferecem para compartilhar livremente sua experiência na recuperação com outros que possam ter problemas com seu modo de beber. A irmandade funciona através de mais de 200 mil grupos locais em mais de 180 países, sendo 6.200 no Brasil. Sua história está repleta de nomes de não-alcoólicos, profissionais e leigos, que se interessaram pelo programa de recuperação de Alcoólicos Anônimos. O movimento se preocupa unicamente com a recuperação pessoal e contínua dos alcoólicos que procuram socorro na irmandade. Em Lauro de Freitas funciona o Grupo Mão Amiga, no Centro Comunitário Santo Amaro de Ipitanga, com reuniões às quintas e sábados, às 19 horas. Informações pelo telefone 3322-2963

u Fonte: Camila Magalhães Silveira, psiquiatra.

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comportamento

Álcool durante a gestação compromete formação do feto Pesquisa da Uniad aponta que dentre mil, 1.6% das adolescentes apresentou dependência do álcool BIANCA DE BLOK

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esmo que a gravidez seja considerada algo sublime pela maioria das mulheres, existem também as que não desejam passar por essa experiência e são pegas de surpresa quando se descobrem grávidas. O impacto é ainda maior quando as futuras mães são ainda adolescentes. No entanto, o choque emocional pode ser por elas absorvido com mais naturalidade quando consomem bebidas alcoólicas. Mais comum do que se imagina, muitas garotas tornam-se mães e mesmo assim não abandonam a dependência alcoólica. A Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas (Uniad) conduziu, em 2002, um estudo coordenado pelos médicos Ronaldo Laranjeira, Sandro Sendin Misuhiro e Elisa Chalem, no bairro de Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de São Paulo, e constatou que, dentre as mil adolescentes grávidas participantes do levantamento, 1,6% apresentou diagnóstico de dependência ou uso nocivo do álcool. Ainda que a pesquisa tenha sido realizada há 10 anos, não existem outros relatos bibliográficos com este tipo de informação no País. Portanto, é possível que as estatísticas tenham crescido e dentro do índice da pesquisa, 0,9% destas jovens preencheram os critérios avaliados para a dependência do álcool. Para o psiquiatra Sandro Sendin Misuhiro, um dos coordenadores do estudo, “é provável que boa parte dessas adolescentes tenha se tornado alcoólatra já durante a gestação”. É fato que o consumo de bebida alcoólica é nocivo à saúde, mas os danos provocados podem ser irreversíveis ao bebê. Nas mães, o excesso causa alterações no fígado como a gastrite e a úlcera. No feto, a Síndrome Fetal do Álcool, conhecida como um conjunto de alterações que facilitam a má formação da criança, pode ocorrer o retardo de crescimento intrauterino e após o nascimento, o peso baixo ao nascer, o lábio superior fino, as anomalias na pálpebra, as disfunções no sistema nervoso central como o atraso no desenvolvimento de habilidade motores e sociais e os distúrbios comportamentais, como irritabilidade. Amamentação Pelos efeitos que o álcool provoca durante a gestação, é prejudicial o seu consumo em qualquer quantidade, por menor que seja. “Cinco doses ou mais por semana durante a gravidez está relacionado com peso baixo ao nascer o bebê, parto prematuro e abortamento espontâneo”, alerta omédico Sandro Sendin Misuhiro. A contraindicação é severa, uma vez que o álcool presente no organismo da mãe pode ser evacuado no leite e “isso significa que o álcool consumido pela mãe lactante será ingerido pelo bebê lactente”, diz o médico. Influência familiar “A disponibilidade de bebida alcoólica e o nível de aceitação de seu consumo em determinado meio são fatores que aumentam a probabilidade de uso. Se essas condições forem encontradas em uma família, a chance dessas jovens beberem

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LULI PENNA / FOLHAPRESS

Meninas que bebem Garotas entre 14 e 16 anos abusam do álcool para relaxar de toda a pressão que sofrem da família e da escola Rosely Sayão

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será maior”, adverte o psiquiatra. A responsabilidade das adolescentes ao criar um filho, ainda que tão jovens, não impede que as famílias atuem como orientadores no alerta para este comportamento juvenil. A melhor arma contra o problema é uma boa conversa, aliada à limitação e fiscalização do consumo das substâncias etílicas. Mesmo que não seja determinante, os filhos de mães dependentes podem adquirir, futuramente, o mesmo hábito. O médico Sandro salienta os riscos: “Mesmo que o bebê exposto ao álcool na gravidez não tenha alterações físicas profundas como as observadas na Síndrome Fetal pelo Álcool, alterações mais sutis, porém graves o suficiente para comprometer a funcionalidade dessas crianças, podem ocorrer”. Por isso, evite o álcool não somente durante a gestação, mas em qualquer ocasião, adverte o médico. (Extraído do portal www.saúdeempautaonline)

ma pesquisa sobre consumo de bebidas alcoólicas foi realizada em 16 estados brasileiros pela Universidade Federal de Minas Gerais. O resultado aponta um dado que devemos considerar alarmante: a partir dos 14 anos, meninas consomem mais álcool do que meninos. Podemos creditar esse fato a um outro, de conhecimento de todos nós: a venda de bebidas alcoólicas, embora proibida para menores de 18 anos, acontece sem a menor cerimônia. Em qualquer bairro ou cidade do país, adolescentes compram o produto de sua preferência sem maiores problemas. Se essa fosse a causa do problema, a responsabilidade pelo fato grave apontado no levantamento seria toda do Estado: a falta de fiscalização e de punição para os infratores é o que contribui para que a bebida role solta, não é verdade? Ainda assim, não estaríamos livres de nossa responsabilidade: quantas vezes fomos testemunhas dessas vendas e não esboçamos reação alguma? Entretanto, é um detalhe dessa pesquisa que quero colocar no centro de nossa conversa de hoje. Por que as meninas dessa idade têm usado e abusado do álcool mais do que os meninos? Para essa pergunta não temos uma resposta certa, mas certamente podemos fazer algumas conjecturas. Olhe para nossas crianças menores de seis anos. Você percebe que há uma diferença enorme entre meninos e meninas? Meninos são moleques: se vestem e se comportam como moleques, têm interesses de moleques e brincam como tal. Já as meninas... Ah.... Elas são pequenas mulheres. Vestem-se como mulheres, se interessam por assuntos de mulheres feitas e gostam de brincar de ser mulher. Sem uma intervenção firme dos adultos, as meninas pulam a fase da infância com a maior facilidade. E por falar em intervenção firme dos adultos, temos feito isso, sim, mas no sentido contrário ao que deveríamos fazer. Meninas de nove anos são levadas pelos pais -pelas mães em especial- a comemorar o aniversário em salões de beleza. Elas ganham roupas provocantes e sapatos de salto precocemente, têm seu próprio arsenal de maquiagem etc. Queremos que as meninas sejam adultas logo. Para falar a verdade, nem consigo entender os motivos disso. Afinal, filho criado dá trabalho redobrado, não é isso o que diz o ditado popular? O resultado da pesquisa pode nos fazer pensar nisso: as meninas, sob intensa pressão social que aponta para uma expectativa de crescimento rápido, estão respondendo a contento. A bebida alcoólica pode funcionar como mediador social quando ingerida com parcimônia, não é mesmo? Mas há uma condição para que assim seja usada: a autonomia e a maturidade de quem a consome. Garotas entre os 14 e os 16 anos ainda estão em pleno processo de conquista de autonomia e vivendo ainda o seu tempo de amadurecer. Com a ajuda da família e da escola, elas poderão chegar lá. Mas muitas garotas -um número enorme- que vivem essa fase não conta com essa ajuda. Contam é com muita pressão de ambas. Família e escola têm expectativa muito semelhante: a de que os jovens se empenhem na conquista do êxito escolar como se isso fosse sinalizador de alguma coisa. Sabemos que não é, mas insistimos nisso. Uma das maneiras que as garotas têm encontrado para relaxar do estresse a que estão submetidas parece ser, então, a ingestão de bebidas alcoólicas. Realmente, não temos motivo algum para brindar. ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de “Como Educar Meu Filho?” (Publifolha). Vilas Magazine - Abrl 2012 | 29

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beleza & estética

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o contemporâneo, a busca pela beleza faz com que muitas mulheres procurem composições e tratamentos que atuem como uma fonte da juventude. Neste segmento, os cremes que provocam o rejuvenescimento já conquistaram uma boa fatia do mercado de cosméticos e a tendência é aumentar ainda mais. Se quando eles apareceram, a proposta era atingir mulheres na faixa dos 35 a 60 anos, hoje as adolescentes podem achar cremes clareadores, cosméticos de limpeza próprios para a face e outros produtos que já antecipam o gosto pela atenção da face. Porém, num mercado repleto de cosméticos das mais diversas marcas, garantindo efeitos praticamente milagrosos – realizar o clareamento de manchinhas, diminuição de linhas de expressão,

Rosto jovial Com pequenos retoques no rosto, as mulheres podem deixar sua aparência mais jovem. acabar com rugas, efeito tensor da pele e etc. Mas como escolher o que é melhor para sua pele? Para tirarmos essa dúvida, é preciso conhecer qual o princípio ativo de cada cosmético. A dimetilaminoetanol, também chamado de DMAE é um princípio ativo retirado dos pescados, que provoca a estimulação da contração dos músculos. Por esse motivo, os cremes com essa substância são recomendados para mulheres com a idade acima dos 35 anos e auxilia na prevenção e combate da flacidez da pele. Já referente ao ácido retinóico, é bastante usado em produtos para auxiliar a pele a acelerar a fabricação de colágeno. Por essa razão, podemos uniformizar a cor e a consistência da pele, além de amenizar rugas finas. Os problemas que podem ocorrer são: como os efeitos podem ser percebidos apenas com a utilização contínua do creme, de no mínimo seis meses, é necessário ter uma atenção maior com os raios solares para não permitir o aparecimento de manchas. Até na formulação dos cosméticos, a soja é bastante recomendada. As isoflavonas existentes nela auxiliam a amenizar rugas, flacidez e marcas de expressão, além de uniformizarem a tonalidade da pele, problemas que afetam mulheres depois dos 40 anos de idade. Há também a vitamina C, que quando trabalhada como cosmético, ajuda no clareamento de rugas, ajuda na fabricação de elastina e colágeno, e também ajuda a proteger contra os perigos dos raios solares. Mulheres que tem mais de 20 anos de idade já podem usufruir desses cosméticos com essa substância. Essas são alguns dos princípios ativos que encontramos no mercado, por essa razão, se tiver alguma dúvida e desejar saber mais sobre eles, busque seu dermatologista! Ele é o mais recomendado para analisar sua pele. Sobrancelhas 2011 já se passou. Foram muitos presentes para correr atrás, ceia, filhos, carnaval e trabalho. O cansaço do corpo e da mente é certo. E por causa disso toda a nossa pele sofre. É normal que ela fique com uma expressão de cansaço. Mas saiba: um especialista em sobrancelhas tem a capacidade de modificar qualquer expressão, melhorar a auto-estima e até deixar o rosto da mulher mais jovem. É afirmado que desenhar a sobrancelha deixa a expressão mais rejuvenescida. É como se a mulher tivesse retornado de férias agora, mesmo com o corre-corre desses dias. As mulheres sempre tiveram dúvidas em relação ao desenho. As sobrancelhas mais espessas são vistas como

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feias, porém os especialistas informam que não há um padrão de beleza exata, mas sim harmonia e estética. O correto é atingir uma imagem que deixe a personalidade e os traços físicos em harmonia. Pode-se ter um olhar sensual e repleto de jovialidade com alguns cuidados. Assim, a recomendação inicial é cuidar corretamente das sobrancelhas. Tente não utilizar a cera quente, já que aumenta as possibilidades das pálpebras caírem com o passar dos anos. O correto também é somente remover os pelos que saem pelas pálpebras e os que crescem entre as sobrancelhas, já que eles deixam a aparência pesada. Deixe a pele da face sempre protegida todo dia com filtro solar. E fuja do cigarro, já que aumentam as possibilidades de envelhecimento da pele e tudo se inicia pela área dos olhos. Máscaras para cílios Os olhos são uma grande ajuda na hora de seduzir, mas você sabe exatamente como deixá-los atraentes? As máscaras de cílios são essenciais para este trabalho

e escolher o cosmético correto pode ser fundamental no momento de montar deu look. Para você andar por aí com um olhar sedutor, explicaremos como fazer isso. Um dos itens mais usados pelos maquiadores, o rímel é primordial no momento de fazer a produção. Por essa razão, mais importante do que a máscara em si é a mulher compreender as características dos seus cílios, para desta forma optar corretamente o cosmético para conseguir o efeito que se espera. Há diversos tipos de máscaras, onde cada uma é direcionada a um tipo de cílio. Muitas mulheres desejam ter cílios compridos, com curvas, separados e cheio de volume. Para isso,é indicado a utilização de três máscaras numa produção só: uma para realizar o preenchimento, outra para deixar mais alongado e, para finalizar, uma para realizar a separação. É importante sempre lembrar do curvex, que é fundamental no momento da produção. É ressaltado também que apesar de primordial, o curvador não pode ser utilizado depois que foi colocado o

rímel. Apesar de poder usar, não é recomendado utilizá-lo dessa maneira, já que além de causar marcas, os cílios podem ficar grudados no curvador. Outra recomendação é usar a máscara fazendo movimentos em vai-vém em cima dos cílios, isso auxilia o rímel a penetrar melhor entre os pelos. Porém, fique atenta para não entrar no exagero. Não permitir excessos é a garantia de uma perfeita maquiagem, logo, atenção durante sua aplicação. Hoje, as máscaras têm uma secagem rápida, por esse motivo, a mulher precisa ser ágil, para que não seque e atrapalhe o processo. O recomendado é passar, até três camadas para que não tenha excesso. Agora, quando voltar da balada ou festa, nada de ir para cama maquiada. Remover toda a maquiagem é muito importante e, na região dos olhos, os demaquilantes são os mais recomendados. Para remover o rímel não necessita ficar esfregando os cílios. Pegue um algodão, coloque o demaquilante é passe nos olhos, delicadamente, para que a máscara seja totalmente retirada.

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educação

livros

Do pirulito à razão LILIAN SILVA Especial para a Vilas Magazine

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s pessoas de minha geração, que viveram tempos sob a ditadura, lidam mal com autoridade. Nem sempre se sentem à vontade para exercê-la e têm certa dificuldade em se curvar a ela. Claro, não posso generalizar. Mas é o comum. Pois bem, e como administrar isso sendo professor? Mestre, na sala de aula, tem certa autoridade; não tem jeito. Até porque depende dele o andamento da aula e os caminhos da aprendizagem. Há alguns anos, eu dava aula para um sétimo ano e senti um clima meio estranho, uma atmosfera de “oras, você é mandona!”. Coerente com minha geração, fiquei mal... E lá fui eu abrir diálogo para “discutir a relação” (sim, isso não acontece apenas em casamentos, não!!). As queixas: por que não podiam entrar atrasados, uma vez que o intervalo de vinte minutos era insuficiente? Por que não poderiam chupar pirulitos? (Alguém já tentou entender a língua falada por uma criatura com uma ‘bola’ na boca?) Por que não podiam ir ao banheiro e beber água quantas vezes quisessem? (a aula tem 50 minutos) Por que deveriam fazer as lições por mim pedidas e anotar as informações importantes se “não estavam com vontade”? Como lido mal com a autoridade – já comentei isso? – liberei geral: cada um que cuide da própria vida. Eu cuidarei de fazer o meu melhor, estimular ao máximo, mas sem dar ordens nem impor regras. Aula seguinte, uma atmosfera de fim de feira, maior trânsito de entra e

sai, pirulitos, conversas, chicletes com imensas bolas, poços pares de olhos voltados para mim e nada de cadernos ou livros abertos. Dialoguei com meia dúzia de interessados e com as paredes durante alguns encontros. Mas a coisa foi se arrefecendo, os “revoltosos” foram diminuindo, a olhos vistos, em número e status. Voltaram a estar em sala no começo da aula. Poucos saíam para água e banheiro. Olhos voltados para mim, bocas com perguntas e comentários pertinentes, canetas “anotantes”. Interessante reviravolta. Não precisei ser autoritária, as coisas voltaram sozinhas ao lugar onde deveriam estar. Mas que estresse!!! Claro que eu poderia manter minha posição de autoridade. E sem ser autoritária, porque o faria em prol dos alunos e não em meu benefício. E fiz isso das outras vezes que aconteceu algo semelhante. Implementar ordem para garantir o direito de todos os alunos a aprender é uma das responsabilidades do professor. E o que se tira dessa história ? Que se lido mal tenho que tratar de aprender a lidar bem. Sim, auto-regularam-se, com o tempo e o que perderem foi pouco, um quase nada, algo como poucas aulas de fácil reposição. Mas há situações – quando há perigos reais envolvidos: situações negativas como lugares arriscados, desrespeito ao direito próprio e alheio, horários inadequados, drogas, pouco caso com a própria integridade, distúrbios alimentares e atos ilegais – em que o tempo despendido até que se dê a auto-regulação cobra um preço muito alto e aí temos que, nós adultos que lidamos com crianças e adolescentes, arcar, sim, com o peso da autoridade e exercê-la com responsabilidade. Sem culpa. Complicado. Mas é o ônus de adquirir posição de autoridade. E não vale abstenção. Lilian Silva é licenciada e bacharel em História pela USP, professora da rede pública e privada de Ensinos Fundamental e Médio. Publicou coleções didáticas de Português (Interação & Transformação) e de História (História da Bahia). E-mail: lisantossilva@hotmail.com

A Invenção do Desenho Márcia Tude Especial para a Vilas Magazine

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oi Francis Bacon, filósofo e ensaísta inglês, considerado fundador da ciência moderna que disse: “Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir”. Em um sentido mais amplo, podemos afirmar o mesmo em relação aos escritores: Há aqueles que são fundamentais. E Alberto da Costa e Silva (1931), paulista que passou a infância em Fortaleza, é um deles. Filho do poeta Da Costa e Silva (1885-1933), o escritor serviu como diplomata em Lisboa, Caracas, Washington, Madrid e Roma, antes de ser embaixador na Nigéria e no Benim, em Portugal, na Colômbia e no Paraguai. Foi eleito para a cadeira 9 da Academia Brasileira de Letras, em 27 de julho de 2000, tendo sido presidente de entidade nos anos de 2002 e 2003. Como poeta, publicou mais de 10 livros, como ensaísta, mais 5, como historiador, outros 5, e como organizador, cerca de 8 livros. Para gáudio nosso, Alberto é considerado o maior africanólogo do Brasil. A “Invenção do Desenho”, livro publicado em maio do ano passado pela Editora Nova Fronteira, revela as emoções da mémoria de Alberto da Costa e Silva em textos autobiográficos que nos parecem soltos, à primeira vista, mas que devem ser lidos como romance, já que os fios da teia que os une são compostos de essência ficcional linear, seja no estilo emocional empregado na narrativa, seja no subtítulo da publicação: Ficções da memória. Nas tramas reais consistentes nós resultantes da sua teia, o escritor se desenha através da arte que sempre o acolheu, a literatura, nos presenteando, aos poucos, com uma importantíssima lista de livros e

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autores da sua admiração. E uma vida cujo o sentido seja o próprio fazer literário pode ser considerada metalinguagem de uma existência. Neste livro, as ocasiões são tecidas liricamente e o pensamento de Costa e Silva se desdobra nos diversos atores sociais que já encarnou sem, necessariamente, se fragmentar. Como historiador, ele recupera momentos de várias épocas, demonstrando a importância do contexto histórico na formação da subjetividade, através da reinterpretação da história recente do Brasil e de Portugal. Ele nos conta que por volta de 1946, com apenas 15 anos, viu descer de um bonde um senhor parecidíssimo com o presidente Dutra. E era mesmo o presidente, que vinha acompanhado de seu secretário, sem a presença de um só agente de segurança. No papel de embaixador e diplomata, o escritor resgata as aventuras de suas primeiras viagens como diplomata ao vasto continente africano. Na Nigéria, diz que se surpreendeu ao conhecer uma cidade chamada Porto Seguro, um vilarejo tipicamente brasileiro, com pequenas casas de alvenaria pintadas de branco, azul ou amarelo, em que algumas casas comerciais se destacavam porque tinham no alto das fachadas ou em placas de madeira os nomes Lima, Barbosa, Da Rocha, Oliveira, Medeiros, Sousa e Da Silva. Eram casas de agudás, brasileiros descendentes de

ex-escravos que haviam retornado do Brasil para a África. Já no papel de homem, pai de família e companheiro da tradutora Vera Queiroz da Costa e Silva, o autor é só poesia, sobretudo quando fala da sua filha Elza Maria, aos cinco meses de idade: “A cor dos cabelos, de ruiva, voltou-se num castanho quase louro. E toda ela, mesmo à sombra, parecia ensolarada e sempre cercada por um jardim florido. Era a menina das meninas, a do meu beijo e abraço”. A exemplo do que já fizera em “Espelho do príncipe, memórias da infância” (1994), Costa e Silva tece um fazer artístico genuíno, riscando o papel como se inspirado pela pureza de uma criança ao desenhar os seu primeiros rabiscos coloridos. Com tanta leveza, as cenas do cotidiano se entremeiam graciosamente: a morte do pai, o ingresso na faculdade de direito, a elaboração de trabalhos para a Biblioteca Nacional, as viagens pelo Brasil e pela Europa, a época em que esteve doente, o nascimento dos filhos, as enxaquecas. E nos parece que todas as coisas (ou cousas, como Alberto gosta de escrever) que viveu e pelas quais viveu se tornam a essência do desenho, esse autorretrato em que o poeta recompõe e harmoniza traços de infância, adolescência e idade adulta. É que o livro termina em 1961, quando o autor e as suas memórias completam 30 anos. E é quando, ao lado de Vera e dos dois filhos, se recolhe à felicidade (“quase com remorso”, afirma), mesmo mantendo o olhar de menino triste que o pintor Tòssan tivera dificuldade de reproduzir em pintura. Afinal, o traçado de Alberto da Costa e Silva está firmemente ancorado na sua infância, nas memórias do pai, desenho de si mesmo, como escreve no poema “As linhas da mão”: “A mão do meu pai sobre o papel desenha,/ quase num só traço, o menino a cavalo./ Sai de sua mão a mão com que lhe aceno,/ e vai sobre o papel o menino a cavalo.../”. Fontes: Sites:

Veja, Bravo e Piauí www.academia.org.br publishnews.com.br www.jornaldepoesia.jor.br

Márcia Tude é escritora, produtora cultural e empresária dos ramos livreiro e editorial.

OS MAIS VENDIDOS FICÇÃO 1 O Festim dos Corvos George R. R. Martin / Leya Brasil. 2 A Guerra dos Tronos George R. R. Martin / Leya Brasil. 3 O Cemitério de Praga Umberto Eco / Record. 4 Um Homem de Sorte Nicholas Sparks / Novo Conceito 5 Os Homens que não Amavam as Mulheres Stieg Larsson / Companhia das Letras. 6 As Esganadas Jô Soares / Companhia das Letras. 7 Um Dia David Nicholls / Intrínseca. NÃO FICÇÃO 1 Steve Jobs Walter Isaacson / Companhia das Letras.

2 A Privataria Tucana Amaury Ribeiro Jr / Geração Editorial.

3 Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil Leandro Narloch / Leya Brasil.

4 Mentes Ansiosas Ana Beatriz Barbosa Silva / Fontanar

5 O Livro de Boni José Bonifácio de Oliveira Sobrinho Casa da Palavra.

6 1808 Laurentino Gomes / Planeta.

7 Feliz Por nada Martha Medeiros / L & PM.

AUTOAJUDA E ESOTERISMO 1 O X da Questão Eike Batista / Primeira Pessoa.

2 Ágape Padre Marcelo Rossi / Globo.

3 É Tudo tão Simples Danuza Leão / Agir.

4 O Monge e o Executivo James Hunter / Sextante.

5 Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis Augusto Cury / Academia de Inteligência.

6 Tempo de Esperas Padre Fábio de Melo / Planeta.

7 A Vida Sabe o que Faz Zibia Gasparetto / Vida & Consciência. Vilas Magazine - Abrl 2012 | 33

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TURISMO

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chamado calendário de contagem longa mesoamericano, relacionado à civilização maia, que habitou partes do México e da América Central, marca dezembro de 2012 como o final de um ciclo de 5.125 anos. O fato incitou interpretações que afirmam que o calendário prevê o fim do mundo para a data, e surgiram várias teorias de como será tal catástrofe. Especialistas rejeitam a ideia, afirmando que a data se refere ao final de um ciclo e o início de um novo, e não o final dos tempos, e que os códices clássicos maias não trazem qualquer menção de previsão de morte iminente. De qualquer maneira, a teoria de que o mundo vai acabar em dezembro ganhou fama, gerando até um filme, “2012”, dirigido por Roland Emmerich e estrelado por John Cusak, lançado em 2009. Outro efeito foi a popularização da chamada rota maia, que liga sítios arqueológicos no México e em outros cinco países da América Central. A rota maia ficou em segundo lugar na lista das dez principais regiões a serem visitadas neste ano da Lonely Planet. Se as previsões estiverem certas e este for mesmo o último ano de vida sobre a Terra, há um item fundamental para a lista de prioridades do ser humano: conhecer a cidade mexicana de Tulum. Localizada na península de Yucatán, no sul do país, Tulum preserva um sítio arqueológico murado com mais de 60 estruturas utilizadas a partir do século 13 pelo povo maia – os mesmos que supostamente previram o fim dos tempos para 2012. Como se não bastasse a importância histórica, um atrativo extra é o fato de as

Calendário Ancestral construções estarem localizadas à beira do mar do Caribe. De um lado, palácios e templos religiosos. Do outro, quatro tons de azul colorem o mar tranquilo na praia de areia branquíssima e finíssima. Precisa mais?

Não precisa, mas tem. Piscinas de água natural e cristalina dentro de grutas, restaurantes com pratos tradicionais locais e internacionais em versões inventivas, esportes radicais como o kitesurf, prática de ioga na praia e spas de rela-

LUCIANA COSTA / FOLHAPRESS

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xamento e beleza. Esse cardápio de atrações e a facilidade de se chegar à cidade – 90 minutos de carro desde Cancún – fizeram com que Tulum entrasse em dez entre dez listas de destinos obrigatórios em 2012. Em apenas 24 horas na cidade, é fácil entender porque Tulum ficou grudada na cabeça do cineasta italiano Frederico Fellini. Depois de visitar as ruínas maias, ele escreveu um roteiro sobre o local, nunca

filmado, que acabaria por virar álbum em quadrinhos “Viagem a Tulum”, desenhado pelo italiano Milo Manara, de 1989 (no Brasil, foi lançada em 1992, pela Editora Globo). QUANDO IR A primeira coisa a ser decidida é quando ir. Uma boa ideia é evitar os meses de inverno no hemisfério Norte, principalmente dezembro e janeiro, quando o Caribe parece a melhor opção para

turistas americanos e os preços cobrados por hotéis e restaurantes dobram. A baixa estação de Tulum corresponde ao inverno brasileiro – os meses mais tranquilos e mais baratos vão de maio a novembro. Porém, é importante levar em consideração que a temporada de furacões no México vai do mês de junho até novembro, e o Caribe fica em alerta entre agosto e u meados de outubro. ISABELLE MOREIRA / FOLHAPRESS

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TURISMO

Cobá guarda pirâmides e campos de jogo milenar Esporte, que utilizava uma bola de couro, também era ritual religioso. Sítio arqueológico fica a 30 minutos de Tulum; cidade chegou a ter 40 mil habitantes em seu auge, de 800 até 1100

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ma cidade maia inteira com construções que incluem uma sofisticada pirâmide de 42 metros e quadras esportivas erguidas a partir do ano 800 está incrustada no meio da selva mexicana em Cobá, a 30 minutos de Tulum. O sítio arqueológico é impressionante pela interação com a natureza e por sua magnitude, além de ter a capacidade de fazer com que o turista se sinta dentro do filme “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida”. Entre o ano 800 e 1100, período em que arqueólogos e historiadores acreditam ter marcado o apogeu da cidade, Cobá chegou a ter uma área de 50 km e 40 mil habitantes. Hoje, o visitante pode entender um pouco do que foi a cidade ao conhecer as duas principais pirâmides. Uma delas é o Templo das Igrejas, a 100 metros da entrada principal. Não é possível subir, mas a visita vale a pena pela grandiosidade da construção, tanto em área quanto em altura. Não muito longe dali está Nonuch Mul (grande monte, em maia), também conhecida como “grande pirâmide” por ser a maior do local, a única em que a escalada, apesar de difícil, é permitida. Livre-se do medo da altura, respire fundo e vá: a única coisa que despencará lá de cima é o queixo do visitante com o poder de deslumbramento da vista lá do alto.

pela lateral –, e os jogadores deveriam usar unicamente os quadris. Mais que um esporte, era também um ritual religioso que podia durar dias e cujo ganhador, em Cobá, era sacrificado. Há várias versões sobre o tipo de sacrifício, desde mutilações até a morte. Se não houver disposição suficiente para caminhar alguns quilômetros e conhecer as ruínas de Cobá, que ficam bastante

espalhadas pela área do sítio arqueológico, há a alternativa de alugar uma bicicleta ou uma espécie de bike-riquixá com motorista. É recomendável o uso de chapéu e de repelente. O horário de visitação vai das 8h às 17h e a entrada custa 51 pesos. Ao lado do estacionamento, há restaurantes de comida mexicana e maia simples e saborosa e lojas de suvenires. Isabelle Moreira Lima / Folhapress ISABELLE MOREIRA / FOLHAPRESS

PELOTA Em Cobá tem-se uma ideia melhor do que era o jogo de pelota, principal esporte da civilização pré-colombiana de que se tem notícia. Há dois campos para a prática do jogo, em que dois times com até quatro jogadores tentavam passar uma bola feita de couro por um anel de pedra, ideia semelhante a de um gol. O anel de pedra, no entanto, era bem mais estreito que uma trave – mais parecido com uma cesta de basquete presa 36 | Vilas Magazine - Abril 2012

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viver bem

G

eralmente confundido com a menopausa, o climatério é o período da vida da mulher em que a capacidade reprodutiva se reduz até desaparecer por completo. Já a menopausa é, na verdade, a última menstruação, ou seja, algo pontual. Como efeitos da menor produção de hormônios, a mulher passa a apresentar nessa fase da vida sintomas como ondas de calor, transpiração excessiva, dores musculares e nas articulações, além de mudanças bruscas de humor. Para reduzir tais efeitos indesejados, especialistas recomendam a reposição hormonal, tratamento capaz de garantir melhor qualidade de vida e que, de quebra, ajuda a prevenir a osteoporose, a perda de massa óssea e suas consequências. ‘Desde que não haja contraindicações, a reposição hormonal é a melhor forma de tratar os sintomas do período do climatério da mulher’, explica Luciano de Melo Pompei, secretário da Comissão de Climatério da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e secretário da Sobrac (Associação Brasileira de Climatério).

Reposição hormonal é aliada da mulher após a menopausa Quando a produção de hormônios começa a cair, tratamento ajuda a aliviar alguns sintomas indesejados

Cuidados As contraindicações são: maiores riscos de câncer de mama em quem tem histórico familiar e algumas doenças cardiovasculares e de trombose venosa. Somente o médico é capaz de orientá-la sobre os riscos, a partir de seus antecedentes pessoais, e avaliar qual o melhor momento de iniciar o tratamento. ‘A reposição alivia alterações de humor, mas não há milagre. É preciso entender que algumas coisas não serão recuperadas, há ganho de peso e mudanças nos contornos corporais. Ninguém será jovem para sempre’, diz Maria Isabel Tavares, ginecologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. A médica afirma que a mulher deve saber que o mundo não mudou, mas ela, sim. ‘Deve-se investir em atividade física e na boa alimentação e conviver com as mudanças.’ Fabio Saraiva / Folhapress. Vilas Magazine - Abrl 2012 | 37

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viver bem

Estresse precisa de tratamento para evitar ganhos de peso

Q

Quando a tensão é frequente, o apetite costuma ser afetado e a pessoa começa a comer por impulso

uem nunca abusou do chocolate após um dia difícil no trabalho? Ou assaltou a geladeira à noite quando preocupações com dinheiro mantinham o sono distante? Segundo especialistas, o estresse provoca mudanças no organismo que podem aumentar a fome. Se for uma situação pontual de tensão, a tendência é que o apetite volte ao normal. Se o estresse, porém, se tornar crônico, a pessoa pode passar a comer de forma exagerada. ‘Situações estressantes e a forma como a pessoa lida com elas podem determinar um aumento do consumo

alimentar, sob a forma de exagero ou compulsão, com descontrole e impulsividade. Se este comportamento persistir, uma das consequências pode ser o ganho de peso’, explica o psiquiatra Alexandre Pinto de Azevedo. Segundo o médico, porém, a regra não vale para todos. Mudanças no apetite ocorrem em pessoas predispostas. Há casos, por exemplo, em que a influência genética faz a pessoa perder o apetite e emagrecer sob estresse. Para aqueles que abusam da comida diante da tensão, o jeito é buscar ajuda para tratar o estresse. E, segundo os

médicos, não adianta fazer dietas radicais ou malucas para tentar eliminar quilos extras se a origem do problema não for controlada. ‘É preciso buscar o auxílio da terapia e suavizar a rotina, incluindo nela atividades prazerosas’, diz o psiquiatra Adriano Segal. ‘A terapia ajuda a pessoa a lidar com diferentes situações do cotidiano e, assim, evitar a necessidade de compensações ou recompensas com a comida’, diz Azevedo. Riscos O importante, dizem os médicos, é que a pessoa busque ajuda assim que perceber que o consumo alimentar saiu do padrão. ‘Muitos casos de obesidade ou de transtornos alimentares são desencadeados em períodos de estresse crônico, por isso, é recomendado que a pessoa procure tratamento para, assim, evitar consequências mais graves’, diz Segal. Fabiana Cambricoli / Folhapress

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saúde & bem-estar

A

A cura pela acupuntura

história da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) teve origem na Antiguidade, há mais de cinco mil anos, quando os chineses começaram a aquecer com fogo e brasa certas áreas álgicas do corpo. Posteriormente utilizaram as primeiras agulhas feitas de lascas de pedra e espinha de peixe em determinados pontos do corpo e foram obtendo curas para várias disfunções ou doenças. Com o passar dos anos foram aperfeiçoando a forma de tratamento até chegar nas agulhas de ouro e prata. Ao longo do curso da História muitas lutas foram travadas para impedir a prática da medicina chinesa inclusive na China, em decorrência de disputas pelo poder. Após essa fase crítica e muito difícil para a cultura chinesa, seus conhecimentos de cura foram difundidos para outros países, dentre eles a França, que teve grande influência na MTC, mas a luta pelo poder sobre a acupuntura se estende até hoje, em muitos países.

Francine Ribeiro Especial para a Vilas Magazine

A medicina chinesa não se restringe a acupuntura, mas a um conjunto de ferramentas poderosas que juntas proporcionam um leque de tratamento capaz de proporcionar a cura ao paciente. Dentre elas estão, além da acupuntura, a auriculoterapia, a moxaterapia, a vetosaterapia, técnicas com sangria, exercícios terapêuticos chineses, como o Qi Gong, Tai Chi, massagem terapêutica chinesa conhecida como TuiNá, a dietoterapia e a fitoterapia chinesa. Como qualquer outra especialidade da medicina, a MTC está predominantemente voltada a compreender e aliviar o sofrimento físico, psicológico, emocional e além deles, as disfunções mais sutís do sistema energético. Para isso é aplicado

um diagnóstico minucioso envolvendo anamnese, palpação, observação, pulso, língua, cor da face, tom da voz, emoções, estado interno, expressão externa, entre outros. Quando o Qi (energia) das pessoas se torna deficiente ou excessivo dentro de seu sistema interno ou ‘elementos’, ocorrem mudanças em vários aspectos do corpo físico, bem como na mente e no espírito (NeiJing). O conceito de adoecimento é muito divergente entre as medicinas oriental e ocidental. Para nós, da medicina chinesa, é possível detectar um fator de adoecimento muito antes de ser acusado num exame ou ser manifestado num órgão específico. Sintomas como dificuldades para dormir, boca seca, ausência de sede, ansiedade, alteração de humor, cólicas ou problemas menstruais, constipação, cansaço, desânimo ou outros sinais e sintomas ‘comuns’ já se configura estado de adoecimento e pode (e deve) ser tratado como tal. Quando esses fatores não são

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tratados, o estado de adoecimento vai se aprofundando e envolvendo mais sistemas internos, culminando posteriormente em doenças conhecidas aqui no Ocidente. A grande e maior parte delas se originam nos campos mental, emocional e espiritual. De acordo com o clássico da MTC, “para fazer com que a acupuntura seja perfeita e eficaz, deve-se primeiro curar o espírito” (SuWen, cap. 25; Veith 1972). O tratamento só é considerado como totalmente bem sucedido se os pacientes relatarem uma melhora a respeito de como eles “sentem-se consigo mesmos”, além da melhora nos sinais e sintomas. (Hicks e Mole, 2007). Sendo assim, “é necessário o equilíbrio e harmonia entre o céu e a terra” (Nei Jing). Devemos entender o significado de encontrar o ‘caminho do meio’, tão aconselhado por antigos sábios. É nesse caminho que se encontra a saúde, a cura e a manutenção da saúde. Pois, na visão da MTC, a saúde não se restringe ao campo de manifestação física, mas abrange um contexto mais profundo, recheado de beleza e sabedoria que envolve, também, o espírito, a mente e as emoções. O campo físico é o veículo de manifestação das desarmonias desses outros campos. Podemos comparar como sendo a ponta de um iceberg. Por essa razão, na grande maioria das vezes, quando se toma um medicamento para resolver a ponta final da manifestação de uma desarmonia ou doença e veda a

saída de aviso do que está acontecendo dentro do corpo, a doença se aprofunda e se cronifica. O ser humano é tratado na MTC de forma integral e individual, onde uma simples dor de cabeça, por exemplo, é tratada de forma diferente em cada pessoa. O foco de atuação é para o ‘doente’ e não para a doença. Por isso, não existe cura sem a vontade e participação direta do paciente. Isso é de extrema importância na terapia. A verdadeira cura se processa de dentro para fora e essa consciência deve estar clara para quem busca um tratamento dentro da filosofia oriental. É importante compreender a necessidade de mudar hábitos e comportamentos para obtenção ou re-conexão com a saúde, a exemplo da ingestão de alimentos que são a base do sangue, embora o sangue não seja somente formado pelos alimentos. Somos seres imersos na natureza e todo organismo precisa da base material e estímulo externo: clima, exercícios, sono, alimentos, entre outros. Tudo se inicia na harmonia entre o Yin e o Yang. Esse contexto é tão amplo e profundo que apesar de ser a estrutura fundamental da filosofia chinesa é alicerce de contínuo estudo de todo profissional desta área. Essas forças dinâmicas regem o funcionamento do universo e de nosso organismo numa sintonia específica e inter-relacionada. Podemos dizer que o sol, o dia, o verão,

o metabolismo do corpo é Yang, à medida que a lua, a noite, o inverno, os ossos ou estrutura material do corpo é Yin. Numa fogueira, o fogo é Yang e a lenha é Yin, um não existe sem o outro. Alem disso, dentro do Yin, existe o Yang e dentro do Yang, existe Yin num eterno movimento de transformação e interconexão. Se observamos uma pessoa que apresenta rotação interna de ombro, corpo curvado para frente, cabisbaixo, tom de voz baixo ao falar, verificamos que existe um excesso de Yin ou uma deficiência de Yang (Ross, 1994). A acupuntura é na verdade muito difícil de ser praticada porque um tratamento bem sucedido depende, além do que já foi citado, de fatores determinantes como a identificação correta dos padrões no paciente, dentre muitos outros aspectos. (Macciocia, 2008). Porem, é em si, uma arte. Se conseguirmos mergulhar nesse universo, cura-se o paciente, cura-se o profissional, pois ambos serão convidados a caminhar por uma estrada de auto-aprimoramento, percepção, conhecimento e integração do macro e micro cosmo. Francine Ribeiro é fisioterapeuta especialista em acupuntura e fitoterapia chinesa.

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saúde & bem-estar

A alergia e suas crises

C

ertas épocas do ano são mais sofridas para as pessoas que possuem algum tipo de alergia. São espirros que não param, falta de ar, rouquidão, nariz entupido, dores de cabeça e até asma. A alergia é ocasionada por elementos estranhos ao nosso organismo. Eles podem existir no ar, alimentos ou plantas. Como o indivíduo possui seus genes, determinadas substâncias são inofensivas a certas pessoas, mas podem ser prejudiciais para outras. Os médicos informam que, para o tratamento da alergia, é necessário saber a sua origem, já que nesse período do ano o surgimento de crises alérgicas é maior, pois existe muita gente que possui alergia

ao frio. A partir daí ocorre uma reação: com o clima de menos calor, a pessoa alérgica, em sua casa toda fechada sob as cobertas, não permite que a casa fique ventilada e utiliza os casacos que estão no armário há tempos. A consequência é poeira acumulada e um grande risco de piora da crise. Os médicos dizem ainda que uma modificação repentina de temperatura e várias pessoas fechadas em um lugar somente também ajudam para a alergia já que fazem com que a quantidade de ácaros, vírus e poeira cresçam. Existem certas recomendações para o alérgico. Fazer sempre a limpeza e deixar ventilada a casa são precauções simples. O pior é precisar se despedir

de um bichinho de estimação ou fazer novamente a dieta. Porém, qualquer que seja a situação, existem certas medidas para combater o problema sem precisar fazer muitas mudanças no seu dia-a-dia. Os médicos informam que podemos encontrar no mercado sprays com ótimos resultados para combater ácaros e vacinas que, reduzem a sensibilidade da pessoa alérgica. Alergias respiratórias Várias pessoas, não importa a idade, são afetadas pelas conhecidas alergias respiratórias. Muitos dos pacientes possuem os sintomas de rinite (espirros e nariz corizando, especialmente durante a manhã), bronquite (tosse com catarro ou sem) ou asma (falta de ar ou problemas no ato de respirar). Se for comprovada a crise alérgica

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- como seguidas tosses, dor na região do peito e nariz corizando, frequentemente - é recomendado buscar um médico, para verificar as razões. Em muitas das situações, as alergias podem ser controladas evitando o contato com os elementos que a causam, monitorando o lugar e retirando os fatores externos que possam estar provocando a alergia. Pode ser preciso ainda cuidar dos sintomas da enfermidade para que ela não se desenvolva, sendo que nesses quadros é preciso a prescrição de remédios antialérgicos. Tipos A rinite alérgica tem como sintomas nariz coçando, espirros constantes e nariz corizando. Suas causas são poeira (fungos e ácaros), cigarro, odores fortes e queda de temperatura. Logo, o ideal para amenizar as crises de rinite é deixar a casa ventilada, não manusear produtos de limpeza com odor forte, acabar com mofo, em especial dos guarda-roupas e deixar os colchões e travesseiros forrados com capas anti-ácaro, além de evitar sair, repentinamente, de ambientes quentes para lugares com ar condicionado. Existe também a bronquite alérgica, onde seus sintomas são o peito com respiração difícil e muita tosse. Já suas causas são infecção, poeira acumulada de casa. Outro tipo de alergia é a asma, onde seus sintomas são peito chiando, tosse constante e problemas para respirar. E suas causas são infecções, tinta, poeira de casa, inseticidas, odores fortes e determinados remédios, como dipirona. Para o diagnóstico da asma é preciso saber suas manifestações: na asma considerada leve os sinais são discretos e periódicos, não existem sintomas entre as crises, ao dormir ou a realização de exercícios físicos não são afetados pela enfermidade. Na asma vista como média

os sinais já são mais fortes: fadiga, chiado no peito e tosse constante, surgimento de sintomas durante à noite que atrapalham o sono e os trabalhos diários. Na asma considerada forte, os sinais são intensos, acontecendo diariamente, o sono é bastante prejudicado, atrapalhando bastante o cotidiano escolar e profissional e os exercícios físicos se tornam limitados. Dermatoses alérgicas A dermatite de contato tem como características coceira e inchaço na região. É gerada pelo contato da pele com certo elemento irritante, como são o caso de determinadas tintas de jornal, níquel de bijuterias, alguns produtos de beleza, entre outros. É necessário identificar a causa e fugir do contato. Já a Eczema ou Dermatite atópica possui como maior sintoma a coceira na pele provocada por alguma espécie de alergia. O Eczema atópica é o que mais ocorre no publico infantil e as coceiras surgem em especial na área dos cotovelos, pernas, pescoço e mãos. Muitas das situações, tende a sumir na puberdade. Suas razões não estão bastante definidas, mas especula-se que certos corantes e conservantes possam ser os que causam isso. A pele passa a ficar ressecada na área, o que termina aumentando a cocei-

ra, por essa razão é recomendado deixar a pele sempre hidratada, não ter banhos quentes e duradouros e utilizar sabonetes próprios sem esfregar.

Dicas l Fazer a limpeza da casa utilizando um pano molhado em água ou álcool, não utilizando desinfetante e outros produtos químicos que provoquem alergias; l Tentar não utilizar o espanador, carpete e cortinas feitas de tecido, que acumulam poeira. Os ácaros, grandes responsáveis pela alergia, se instalam nos travesseiros e nos colchões, lugares onde em geral ficam boa parte do dia e por essa razão é indispensável a utilização de capas impermeáveis aos ácaros; l Evitar decorar quarto com almofadas, bichos de pelúcia, já que tudo isso passa a ser um ótimo local para os ácaros se instalarem; l Deixar sempre que puder todos os cômodos ventilados e com sol, não permitindo desta forma o surgimento de fungos. Vilas Magazine - Abrl 2012 | 43

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família

Faixa etária dos pais

Q

O primordial não é a faixa etária dos pais, mas o amor que existe em relação ao pimpolho.

uem de nós nunca escutou que os pais não precisam ser tão jovens assim, já que não possuem tanta responsabilidade para tratar de um filho? Ou que casais que beiram 40 anos já são considerados velhos demais para terem um bebê? Mas será que existe realmente idade para sermos pais? Quando se é muito jovem, certas preocupações surgem logo. No começo a tendência é achar que os pais não conseguirão dar conta do seu papel já que ainda não possuem tanta experiência para cuidar do pimpolho. E que também desejam “aproveitar a vida” ou concretizar certos projetos que não os deixam de assumir sozinhos a responsabilidade da educação do filho. Desta forma, é

normal, em determinadas situações, que as “vovós” passem a ter esse papel e os pais biológicos não possuam a chance de exercitarem sua função e viverem as experiências de serem mãe e pai. Em compensação, os pais jovens estão mais dispostos para brincar com seus filhotes, compreendem mais suas necessidades, os que os deixam mais próximos. Porém, existe ainda uma tendência de se achar que, quando os pais são jovens demais, irão se “misturar” com os pimpolhos, o que quer dizer que seriam crianças juntas. Dessa maneira, o filho não tem referência de autoridade, podendo crescer então desconhecendo normas e limites. No que se refere aos pais de maior idade, esses também são alvo de muitos

questionamentos. Logo fazem determinadas perguntas: “Qual será a idade de vocês quando o seu filho completar 18 anos?”. Quando ser pai e mãe ocorre depois dos 40 anos, há a tendência de se achar que os pais não terão “disposição” para brincar com o pimpolho. Ou então que ficarão impacientes para trabalhar com os conflitos existentes da infância e da adolescência, já que seus gostos e modo de vida estão defasados. Com isso, a criança poderá ser bastante cobrada ou exigida. Partindo dessas explicações, pode-se dizer que não se pode ser tão jovem e nem tão velho para sermos pais? Bom, desta forma estaríamos não considerando os lados que realmente estão em jogo quando nos referimos ao papel dos pais e do desenvolvimento das crianças. Um filho necessita de atenção, proteção, amor e carinho e de pais que passem a ter responsabilidade por ele e assumam seu papel. Isto, com certeza independe da faixa etária com que se tem filhos. É preciso, e ainda é maravilhoso,

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Dicas para uma boa educação Atenção e amor É no lar que os filhos passam a ter seu caráter formado. Lar é o local onde existe o diálogo e a interação entre os familiares. E se os pais não assumirem em educar seus filhotes, o mundo irá fazer isso por elas - e não exatamente da maneira adequada como esperamos.

brincar com o filhote, entrar por um tempo em seu mundo de fantasia, bem como conseguir falar sua linguagem e criar laços de afeto essenciais para seu desenvolvimento. Porém, para isso, não importa a faixa etária dos pais, o fundamental é a “criança” que está dentro dos pais. Quer dizer, a capacidade de aceitar às brincadeiras e ao mundo mágico dos pimpolhos. Porém, é essencial que os pais sigam com seu próprio grupo de relacionamentos e façam as atividades que lhes proporcionam prazer, como por exemplo jogar carta ou brincar. Da mesma maneira, precisa ser oferecida à criança a possibilidade de conviver com outras de sua idade e, dessa forma, os mundos dos dois irão se interagir e se respeitar reciprocamente. Enfim, o que realmente está em dis-

cussão é a vontade de ter um filho, o que pode ocorrer em qualquer faixa etária. Tanto mãe e pai jovem ou velho possuem condições de dar educação aos seus filhos com responsabilidade, já que não é a idade o ponto mais importante para qualidade do relacionamento entre pais e filhos, porém o envolvimento de afeto que os deixará mais unidos. O essencial é compreender que determinadas modificações acontecem na vida dos pais com a vinda do filho. E estar com vontade de enfrentar estas modificações com prazer e não como obrigação é primordial para encarar os desafios ligados à educação. Desta maneira, se os pais tem o desejo de realmente dar o melhor para o desenvolvimento do seu filho, a idade passa a ser apenas um pequeno detalhe.

A família é local de amparo Quando existe amor, preocupa-se com o que o outro sente, com suas coisas boas ou ruins. Porém hoje em dia a mãe não consegue dar assistência ao filho o dia inteiro já que o mercado exige que todos trabalhem. Porém, mesmo com os dias ocupadíssimos, tire um tempo para dialogar com o seu pimpolho, passe para ele que você tem interesse e zela por ele. Logo, as mães não podem se sentir culpadas pela falta de tempo que possuem para estar com eles, já que o número de horas não é o que vai pesar na qualidade da educação. O que é importante nisso é o quanto se explora das horas juntos para escutá-los. Até os adolescentes, que buscam ter distância nesse período, o que é até preciso para o seu desenvolvimento, não pode ficar sem demonstrações de afeto. Mas ter respeito não quer dizer, não acompanhar ele e estar sempre pronta para receber ele quando necessitar. Apenas não faça você mesma o que eles precisam realizar. Diversos pais não aguentam o fracasso ou falha dos seus pimpolhos e tentam corrigir a situação por eles. Acham que estão dando proteção ao filho, mas não é bem assim. Crianças educadas desta maneira podem não se sentirem capazes de fazer alguma coisa, possuem auto-estima baixa. E, fique atenta, ajudar seu filho quando ele necessita não quer dizer levá-lo para dormir no seu quarto. “E se por caso meu pimpolho ficar com medo ou com febre?”, você precisa estar se questionando. As mães é que precisam ir ao quarto dele e, logo após, sair. Vilas Magazine - Abrl 2012 | 45

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nutrição

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Intolerância aos alimentos O exercício físico melhora os sintomas indesejáveis de um problema conhecido como intolerância alimentar.

N

áuseas, inchaço abdominal, vômitos e diarréia. Após aquele jantar levíssimo, você já teve essas sensações sem entender o porquê? Então há uma grande possibilidade de que você faça parte de uma grande parcela da população que sofre de um problema chamado de intolerância alimentar. Ainda são raros os testes clínicos capazes de fornecer um diagnóstico preciso a respeito do componente gerador da rejeição. A nossa maior arma é mesmo nosso próprio corpo. Ele é o indicador de que algo não está bem. Portanto, prestar atenção aos seus sinais é fundamental. Qualquer indivíduo, em qualquer idade pode um dia ter rejeição a certo alimento, que pode pertencer à alimentação do seu dia-a-dia. Por exemplo, bolachas, leite, chocolate, pão, podem ser os responsáveis pelos sintomas incômodos, que, em geral, são relacionados a uma indisposição rápida. Normalmente, as pessoas fazem confusão entre intolerância e alergia a alimentos. Embora os sintomas serem parecidos, esses dois problemas são diferentes. Quando nos referimos a alergia é sobre à reação que o nosso organismo tem associado às proteínas dos alimentos. O indivíduo alérgico a alimentos responde a existência daquele nutriente como fosse uma espécie de invasor, fazendo despertar seus anticorpos para combatê-los. As substâncias que o sistema imunológico libera provocam as reações somáticas que surgem nas pessoas. Já referente à intolerância é diferente, onde o que faz mal são os açúcares. Ao contrário da alergia alimentar, seu corpo não entende aquele elemento como fosse um invasor, o sistema imunológico nem entra em ação. O que acontece é que o organismo não tem as enzimas responsáveis da absorção daquele elemento, que fica retido no estômago, ocasionando todos aqueles incômodos. De acordo com os nutricionistas, intolerância aparece pela inexistência de determinada enzima que auxilie no processo digestivo. E várias vezes é congênita, já outras aparecem no período

adulto, por causa de um problema que o indivíduo teve ou remédio que utilizou e que provocou perda na capacidade de fabricação destas enzimas e logo problemas em desdobrar certos ingredientes do alimento. Isso significa que por exemplo, indivíduos alérgicos a leite não podem consumir as proteínas betalactoglobulina e caseína. Já as pessoas intolerantes tem problemas na sintetização da lactose por não terem as enzimas - lactases - para fazer o processo digestivo. A intolerância a alimentos se manifesta através de vários sintomas que podem afetar o processo digestivo e outros sistemas por intoxicação das células. Ao inverso da alergia que pode causar reações mais sérias, como por exemplo choques anafiláticos. Os principais sintomas da intolerância são: dor de cabeça, depressão, ansiedade, vertigens, nariz entupido, espirros em excesso, rinite, sinusite, urticária, psoríase, espinha, mal hálito, dores no abdomen entre outros. Umas das maiores dificuldades em se verificar se um indivíduo possui intolerância alimentar é que vários dos seus sintomas não se manifestam depois do consumo do alimento, podendo demorar dias para surgirem. Porém, cada organismo reage de diferente um do outro. Os casos que mais ocorrem em relação a intolerância são referentes à lactose (açúcar que existe no leite) e ao glúten (elemento que existe no trigo, cevada, aveia e centeio). Por ser hereditária, as pessoas que não aceitam o glúten, em geral, manifestam os sintomas iniciais quando são crianças. Essa substância existe na farinha, afeta as paredes do intestino delgado fazendo a absorção dos alimentos se tornar mais difícil, provocando perda de peso, vômitos, mudança no humor, barriga inchada e aparecimento de osteoporose. Já em relação ao leite, conforme a idade avança, a capacidade de fabricação das enzimas que sintetizam a lactose diminui. Por essa razão, é comum o surgimento desse problema aos 20 anos aproximadamente. A população idosa tem maior predisposição à intolerância

alimentar, principalmente associados a legumes e doces. Existem certas maneiras para se observar a intolerância a um alimento. Podem ser realizados exames químicos até a biopsia do intestino delgado. Porém não há testes sofisticados para verificar casos de intolerância. O que acontece é que, com base as mudanças sintomáticas, os nutricionistas suspeitam de existir intolerância. Então, a maneira ideal de análise é ficar atenta aos sinais que o organismo oferece. Por meio dos sintomas, pode-se avaliar se certo alimento agride ou não nosso corpo. Além de não consumir o alimento que provoca a indisposição durante as refeições, a pessoa que possui intolerância alimentar precisa realizar uma dieta equilibrada, sem muitos elementos de difícil absorção, como são o caso dos açúcares, gorduras e aditivos. Podemos encontrar no mercado remédios que te a capacidade de ajudar quando a vontade de comer algo impróprio é inevitável. Eles tem a capacidade de agir como as enzimas existentes no corpo e ajudar na absorção dos alimentos. Porém, é informado que para ministrálos é preciso ter um diagnóstico de um especialista que explique a utilização de um remédio. A pessoa precisa explicar se possui alergia ou intolerância. Medicamentos somente são indicados em situações específicas e não podem ser utilizados pela vida inteira. Mas diversas vezes, a intolerância não dura eternamente. E, aos pouquinhos, o alimento pode ir sendo colocado à alimentação novamente. Várias pessoas desenvolvem a intolerância devido a determinada enfermidade que tiveram ou certo remédio que usaram. Conforme a pessoa pára de tomar o medicamento ou fica curada, ele vai voltando ter a capacidade de fabricar as enzimas que geram a intolerância. Os nutricionistas dão um conselho para melhorar os sintomas incômodos de uma intolerância. A atividade física pode melhorar o ritmo do intestino e diminuir a duração de contato do alimento no interior do intestino, diminuindo os sintomas como gases ou distensão do abdomen. Além disso, podemos achar no mercado vários produtos específicos direcionados para essas pessoas. São os leites de soja, leites com pouca lactose, bolachas e farinhas que não possuem glúten em sua composição. Vilas Magazine - Abrl 2012 | 47

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O R U A L S A T I E DE FR O V O N O

C A Ç E OS R E D N E EM T

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JANELAS ABERTAS |

Gilka Bandeira

DIÁRIO DE VIAGEM 2

Aventura no mar

A

nimadas com a perspectiva do passeio chegamos à marina, francamente alegres como só as crianças sabem ser. Embora estivéssemos mais para “marinheiros de primeira viagem,” nos sentíamos como os antigos marujos cumprindo a sina de navegar. Mansa maré vazante, vento suave, o barquinho deslizava e, à medida que se afastava da cidade — igualmente linda vista do mar — crescia a sensação de liberdade. Nenhuma amarra, nenhum problema. O mundo era só luz e sossego. Mentalmente cantava como Paulinho da Viola: “Não sou eu quem me navega / Quem me navega é o mar / Não sou eu quem me navega/ Quem me navega é o mar/ É ele quem me carrega/ Como nem fosse levar/ É ele quem me carrega/ Como nem fosse levar.” Falávamos pouco, ríamos vez em quando e íamos em estado de graça. Assim chegamos à costa da Ilha dos Frades. Seguíamos um pouco ao largo evitando as barreiras de recifes. Mesmo assim, em dado instante, o barco travou. O susto foi rápido, pois o nosso bravo timoneiro, Adilson, com certa manobra conseguiu se desvencilhar. Por prudência, foi mais para fora. Apesar da distância, dava pra vislumbrar praias e lugarejos semi-desertos (Viração, Costa, Loreto, pudéssemos visitaríamos todos) até alcançarmos Paramana, primeiro ponto do nosso roteiro. De tanto ouvirmos menções elogiosas, ansiávamos conhecer este outro lado da Ilha dos Frades. De jeito algum pensamos em encontrar o que encontramos. Desde longe assomou a decepção, ao vermos aquele amontoado de edificações sem nenhum caráter, nada pitoresco para um balneário, e ouvirmos o desagradável som alto. Desembarcamos, marcando a volta para dali a uma hora. Ao final do longo píer, fomos recebidas por bando de urubus e pela visão do esgoto na praia. Então aquilo era o paraíso? Sem querer crer na desilusão, andamos em direção à aldeia, com a esperança de encontrar algo que justificasse a fama do lugar. Deparamos com um fétido canal num apertado beco, de cujas casas saíam tubos a despejar imundícies. E tudo ia dar no mar. Foi demais. De imediato, demos meia-volta.

O nosso barco estava ancorado a alguns metros do cais. Acenamos para Adison, chamando-o. Ele acenou de volta, mas não saiu do lugar. Falava ao celular ao tempo em que mexia na casa do motor. Imaginamos que estivesse a ligá-lo. Mas nada. Voltamos a chamá-lo e nada. Suspeitamos de encrencas à vista. Logo já não havia dúvida, a pane do barco era real e a nossa euforia arrefeceu. Mas o motor pegou. A alegria ficou contida: o barco estaria mesmo consertado? Sem demora, tivemos a resposta, pois o motor novamente pifou. Adilson tentava consertálo de todo jeito: abriu a casinha do motor, apelou para caixa de ferramenta (uma lata de tinta cheia de bagulhos com cara de inúteis), futucou, soprou e sugou óleo diesel duma mangueirinha, telefonou. E nossa apreensão aumentando. Daí ele explicou que fora a ponta da mangueira que queimara e que ia cortar um pedaço do outro lado para substituir a parte queimada. Ou seja, ele desvestia um santo para vestir outro? E se o desvestido não gostasse de ficar nu?... O nosso comandante garantiu que estava tudo bem e lá fomos nós junto com o medo do barco não agüentar o resto da viagem. Por ora ainda estávamos na rota de outros barcos, mas depois?.. De repente o barco se encheu de fumaça. Adilson, correu, desligou o motor, lançou âncora, e abriu a casinha. Mais uma vez ficamos à deriva. Ele mexeu alguma coisa e fechou, dizendo que não haveria mais problemas. A gente queria que outro barco viesse nos buscar. O timoneiro ainda telefonou transmitindo nosso pedido. A instrução foi continuar tentando. Mais uma vez o motor fumaçou, e a explicação foi que a descarga estava furada. Mas por que antes não estava assim? Atrapalhado, Adilson simplesmente respondeu: “Isto é que eu também queria saber”. A nossa esperança era chegar a Ponta de Nossa Senhora a tempo de pegar carona numa escuna de turista, que todos os dias param ali. Enfim, o motor deixado descoberto, parou de fumaçar e chegamos, no momento em que as escunas partiam. Nem ligamos, diante de tanta beleza resolvemos descontar tudo com bom banho naquelas águas divinas, enchendo os olhos com a edênica paisagem, saboreando camarão a alho e óleo e a moqueca de lagosta entre

conversas sem fim. Entretanto as peripécias não haviam terminado. Enquanto nos regalávamos, a maré enchia e a viração virando, veio. Distraídas, só depois notamos que o nosso barquinho, antes tão bem comportado, deu para corcovear. Na hora de voltarmos, Adilson o trouxe mais para o raso. Mas cadê a gente conseguir subir? O nosso timoneiro, tornado peão, procurava segurar com as mãos o bicho indômito. Para piorar faltava um degrau no meio da escadinha. Quando ele se convenceu da nossa inabilidade, resolveu nos pegar no píer. Saímos d’água e para lá nos dirigimos. Como já tínhamos colocados as coisas dentro do barco, pagamos mais alguns pecados andando descalças por muitos metros de cimento escaldante. Finalmente embarcamos, mas a situação não melhorou. Se a ida fora marcada pela despreocupação, a volta foi pura apreensão. As ondas vindas de frente elevavam a embarcação de proa à popa e as que vinham pelas laterais a balançava de bombordo a estibordo. Nas descidas, o mar chegando à beirada, ameaçava tragar tudo. Com o corpo banhado pelas sucessivas vagas quebradas no costado, a gente escorregava nos assentos, também molhados, sem trégua para o receio de cair n’água. Então lembrei outros versos da canção de Paulinho da Viola “- Olha, o mar não tem cabelos/ Que a gente possa agarrar”. Não tinha mesmo e era muito duro constatar isto naquela circunstância, em que a nossa fragilidade e pequenez eram tão claras. Mas, se dentro da baía, numa tarde de verão sem tempestade, a condição era aquela, imagine-se o que era cruzar oceanos em tão mal equipadas naus de madeira, por meses a fio!... Só por isso nossos antepassados mereciam toda reverência. Fiquei a divagar entre os antigos navegantes e suas proezas, e tanto que, esquecida do medo — também a esse tempo os ventos e as águas se acalmavam na entrada do canal — me pus a cantar uma velha canção que no instante soava como azada ironia. “Navega, navega navio,/ aproveita o balanço do mar / O mar está tão bom, / mas a vontade é de chegar.” Chegamos sãs e salvas e do cais fomos comemorar com o sublime sorvete de mangaba da Sorveteria “How nice”. No mais, voltando à música Paulinho: “Vivo num redemoinho/ Deus bem sabe o que ele faz /A onda que me carrega/ Ela mesma é quem me traz.” Conforme se vê.

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l sAÚDE & BEM-ESTAR . ..........................52 a 70

l AUTO & CIA................................................. 108

l GASTRONOMIA......................................71 a 77

Tribuna do Leitor..............................109 a 110

l FESTAS....................................................78 a 80

Tábua das Marés............................................ 111

l facilidades & serviços......................81 a 107

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ACADEMIA

ACADEMIA

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ANGIOLOGIA

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR CLÍNICA MÉDICA

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ESTÉTICA

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR FIsIOTERAPIA

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ODONTOLOGIA

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ODONTOLOGIA

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR OFTALMOLOGIA

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR PILATES

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Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR PSICOTERAPIA

Conheça alimentos que ajudam a prevenir o câncer

A

PSQUIATRIA

REUMATOLOGIA

TERAPIA

s causas do desenvolvimento de tumores malignos ainda não são totalmente conhecidas pela medicina. A ciência, no entanto, já sabe que substâncias presentes em algumas comidas e bebidas ajudam a expulsar do organismo moléculas que podem dar origem a células cancerígenas. Esses alimentos são chamados de antioxidantes. Para a nutricionista Adriana Domeneghetti tais alimentos são importantes porque combatem os radicais livres, moléculas produzidas naturalmente no organismo e que, em excesso, podem ser prejudiciais. ‘Sabe-se que o excesso de radicais livres provoca alterações irreversíveis nas células levando ao envelhecimento precoce e favorecendo o aparecimento de células cancerígenas’, afirma ela. Tais alimentos são acessíveis, populares e até saborosos. Entre eles, está o tomate, que, segundo a nutricionista Thais Nunes, é fonte de licopeno, que atua na prevenção do câncer de próstata. Até o chocolate faz parte do cardápio antioxidante. O cacau, presente em maior quantidade no chocolate amargo, além de combater radicais livres, previne doenças cardiovasculares. ‘O cacau é rico em polifenóis, que são benéficos à saúde do coração e ajudam na circulação’, diz Thais. Além do consumo de alimentos antioxidantes, especialistas orientam a reduzir a ingestão de produtos industrializados, ricos em corantes ou conservantes, que colaboram para o desenvolvimento de tumores. Fabiana Cambricoli / Folhapress

VERDADES E MENTIRAS TERAPIA

l Os alimentos antioxidantes podem prevenir outras doenças, além do câncer. Verdade. Como essas substâncias combatem o envelhecimento precoce das células, elas podem ajudar a evitar o desenvolvimento de doenças degenerativas, como o mal de Parkinson e o de Alzheimer. l A ação antioxidante é mais notória na prevenção de alguns tipos de tumor. Verdade. Esses compostos são mais efetivos no combate ao câncer de mama, bexiga, pulmão, pele, próstata e sistema digestivo.

TERAPIA

l Os radicais livres surgem somente por processos naturais do organismo. Mentira. Essas moléculas se formam sobretudo no processo de respiração, mas fatores como o cigarro, o estresse e uma alimentação inadequada ampliam sua produção. l Para que atuem na prevenção de doenças, os alimentos antioxidantes devem ser consumidos todos os dias. Mentira. As quantidades recomendadas são apenas sugestões de nutricionistas, porque a atuação deles é diferente em cada pessoa.

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Classificados Boa Dica | GASTRONOMIA

Ricota para manter a forma

Espaguete ao Molho Cremoso de Ricota DIVULGAÇÃO

Por ter baixo valor calórico e de gordura, o queijo é o campeão daqueles que querem cuidar da saúde

Q

ue tal apostar na ricota em suas receitas? O queijo de consistência macia e com sabor leve é o campeão daqueles que se preocupam com a saúde. ‘O consumo de ricota é indicado para aqueles que querem manter a forma por ter um baixo valor calórico e de gordura. Para se ter uma ideia, uma fatia de 100 g contém 140 kcal e 8 g de gordura’, conta Diana Ribeiro, nutricionista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo. Produzido a partir do soro de leite de vaca, a ricota é rica em minerais, cálcio e fósforo. ‘Além disso, tem proteínas e aminoácidos essenciais ao organismo. É facilmente digerida e ajuda a manter o equilíbrio da flora intestinal. Seria interessante consumi-la no café da manhã ou nos intervalos entre o almoço e o jantar’, completa a profissional. A ricota pode ser consumida em saladas, pratos quentes e até em sobremesas deliciosas. Inspirese nas dicas a seguir e delicie-se! Andréia Takano / Folhapress.

Ingredientes 1 embalagem de espaguete; 3 xícaras (chá) de molho de tomate; 1 xícara (chá) de ricota, passada pela peneira; 2 colheres (sopa) de queijo cremoso; 1 lata de creme de leite; Sal e cebolinha a gosto; Queijo parmesão ralado. Modo de preparo Em uma panela, aqueça o molho de tomate, acrescente os demais ingredientes e mexa bem. Tempere com sal e cebolinha. Reserve. Em outra panela ferva cinco litros de água com sal e cozinhe o espaguete. Escorra a massa. Acrescente o molho cremoso de ricota e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Polvilhe o queijo parmesão e sirva a seguir Crédito da receita: Adria (http://www.adria.com.br

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Classificados Boa Dica | GASTRONOMIA Cupcake

Torta de ricota e linguiça

Ingredientes

DIVULGAÇÃO

Para o pão de ló – 8 gemas; 1/2 xícara (chá) de açúcar; 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo; 8 claras; 1 pitada de sal . Para o recheio – 1 embalagem de creme de ricota (250 g); 3 colheres (sopa) de leite; 4 colheres (sopa) de açúcar; 1/2 xícara (chá) de geleia de morango. Modo de preparo Do pão de ló – Com papel-manteiga, forre uma assadeira grande. Preaqueça o forno em temperatura média. Bata as gemas com o açúcar até ficar esbranquiçado. Junte a farinha e misture bem. Reserve. Bata as claras em neve firme e junte o sal. Acrescente delicadamente as gemas. Coloque na assadeira e leve ao forno por 20 minutos, ou até dourar a superfície. Vire ainda quente sobre uma tábua e retire o papel. Deixe esfriar e corte em cubos pequenos. Reserve Do recheio – Em uma tigela, misture bem todos os ingredientes do recheio. Reserve Montagem Em pequenas tigelas, faça camadas alternadas de cubos do pão de ló e de recheio. Decore a gosto. Conserve na geladeira até servir Dica: Se preferir, substitua o açúcar por mel. O prato também fica delicioso ao ser preparado com frutas secas. Ouse Crédito da receita: Tirolez Queijos (http://www.tirolez.com

DIVULGAÇÃO

Ingredientes: Para a massa – 1 pacote de massa folhada; 1 ovo batido para pincelar. Para o recheio – 200 g de ricota; 100 g de linguiça; 1 pitada de noz-moscada; Sal a gosto. Modo de preparo: Amasse a ricota com um garfo e peneire. Em uma tigela, misture bem todos os ingredientes do recheio. Desenrole a massa sobre uma superfície lisa. Coloque o recheio e monte a torta. Faça cortes sobre a torta para a saída do vapor. Pincele com o ovo e leve para assar em forno médio preaquecido, por aproximadamente 50 minutos. Dica: Você pode servir a torta com molho de requeijão. Crédito da receita: Cozinha Experimental Arosa (http://www.arosa.com.br

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Classificados Boa Dica | GASTRONOMIA DOCES & SALGADOS

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Classificados Boa Dica | GASTRONOMIA PIZZARIA

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RESTAURANTE

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Classificados Boa Dica | FESTAS ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ASSESSORIA

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ANIMAÇÃO

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Classificados Boa Dica | FESTAS DJ

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ESPAÇO PARA EVENTOS

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EVENTOS

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PERSONALIZAÇÃO

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EVENTOS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ADM. DE CONDOMÍNIO

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ANDAIMES

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

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AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

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AULAS / CURSOS

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AULAS / CURSOS

“ Inovar é a capacidade de se ter uma grande ideia e colocá-la em prática. É criar uma metodologia de ensino única capaz de fazer com você fale inglês em tempo reduzido. É oferecer aulas em horários flexíveis que se adéquem a sua rotina. É ter certeza que com turmas reduzidas você tem resultado. Inovar é dar liberdade para que você comece seu curso em qualquer dia do ano.

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS CORTINAS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ELETRICISTA

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS IMÓVEIS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS MÁRMORES & GRANITOS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS MÓVEIS PLANEJADOS

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS PET SHOP

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Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS SOMBREIROS

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Classificados Boa Dica | AUTO & CIA

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TRIBUNA DO LEITOR Cidadania Escrevo para cumprimentar o professor Jaime de Moura Ferreira dando-lhe parabéns pelo seu artigo publicado na edição de março da revista Vilas Magazine (“Precisamos nos ver como cidadãos”). É uma realidade o desencanto de Vilas do Atlântico de hoje para o Vilas de outrora. Sonhei passar o resto da minha existência neste paraíso, quando troquei ao Morro do Gato, onde residia, contrariando toda a minha família. Me desencantei por completo neste ano que passou, com os constantes assaltos à residências na rua onde residia. Não tive mais tranquilidade de continuar no local, vendi a casa recentemente e fui residir temporariamente num apartamento no Especialli com mais segurança. Csas soltas em Vilas são um convite a assaltos e estão cada vez mais desvalorizadas. Deixei Vilas do Atlântico muito triste mesmo. Estou construindo uma nova residência, no Alphavile, buscando segurança, mas não estarei jamais alheio a este loteamento onde morei – foi a melhor opção que fiz na vida, imaginando qualidade de vida –, e vivi por um bom tempo, mas não vou deixá-lo totalmente, pois mantenho um escritório comercial nos seus domínios. O artigo do senhor é perfeito quando diz, “nosso maior problema é não nos vermos como cidadãos”. Torço para que os moradores de Vilas do Atlântico um dia assimilem isso. É notório quando ouço quem mora em condomínio fechado dentro de Vilas, usufruindo de todo o trabalho da SALVA e sem nenhuma contribuição, dizer em alto e bom tom: “não me preocupo com os problemas de Vilas fora do meu condomínio, já que tenho segurança própria”. Vilas do Atlântico precisa recuperar sua identidade e diria até a sua autoestima, precisa encarar os problemas com participação da comunidade. Ainda hoje (8/3) denunciei mais uma invasão criminosa de uma área verde aterrando um rio, ao lado do restaurante Oscarito, no final da Rua Praia de Ondina, próximo do Colégio Perfil. Tenho passado pelo local diariamente e ontem a minha surpresa foi maior: o invasor completou a cerca sem que ninguém da Prefeitura fizesse nada, mas vou até o fim na minha denúncia, vou agora procurar o Ministério Público porque ouvi de um fiscal

da prefeitura de que foi impedido pelo secretário de fazer cumprir a Lei. Ou seja, tem gente grande metida nesta irregularidade e como cidadão tenho obrigação de denunciar. Faço a minha parte. Agradeço a atenção ao meu desabafo, parabenizo mais uma vez o seu artigo e quiçá outros sigam o seu exemplo. Edson de M. Biscaia. Sr. Jaime Ferreira Não sou morador de Vilas do Atlântico mas sempre passo pelo seu interior e percebo a proliferação dos problemas que vão de encontro ao que se imaginava na origem do loteamento Vilas do Atântico. Parabens pelo seu artigo/ chamamento (“Precisamos nos ver como cidadãos”, março/12), que resume na real necessidade do fortalecimento da SALVA, buscando ampliar seu quadro associativo (lamentável participação de apenas 16% dos moradores de Vilas) a fim de tentar minorar os problemas existente e assim, melhorar a vida de toda a comunidade. Não esmoreça. Gilvan Dantas Pereira. Caríssimo Accioli. Do seu tão bem escrito editorial na nossa Vilas Magazine de fevereiro de 2012, “Vilas do Atlântico precisa de maior participação política e eleitoral”, te parabenizo pela clara exposição da verdade. Daria apenas, igual ênfase aos moradores de todos os condomínios fechados da região. Tens razão, é preciso despertar estas comunidades para a importância do voto, já que as eleições 2012 estão logo ali, no mês de outubro. Nós vivemos aqui, temos que votar aqui, precisamos exercer a cidadania responsável votando aqui em Lauro de Freitas. Que seu grito de alerta sirva para que quem escolheu Lauro de Freitas para viver, seja de fato cidadão laurofreitense por completo. O voto é um direito de todos, contribuir com o voto nas eleições é uma escolha de cada um, definido pelo sentimento de responsabilidade, pois os resultados das eleições afetam a vida de todos. A nossa falta de interesse pelo voto é tão grande e generalizada que muitos de nós sequer lembramos em quem votou nas últimas eleições. “O maior castigo para aqueles que não se interessam por política (não votar), é que serão gover-

nados pelos que se interessam” (Arnold Toynbee, 1852-1883). Muitos dos quais espertalhões. Fraternal abraço do amigo, Fernando Guimarães Borba. Cond. Pedras do Rio.

Arbitrariedade Hoje me deparei com uma enorme arbitrariedade no nosso loteamento. Enquanto lutamos incansavelmente para assegurar a qualidade de vida do nosso loteamento, com ações desenvolvidas por nós, na Salva – Sociedade dos Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico, ações que são expostas nas assembléias mensais da entidade, realizadas na primeira segunda-feira de cada mês, apresentadas e aceitas pelo poder público, simultâneamente plantando pequenas sementinhas, como a matéria publicada na edição de março da revista Vilas Magazine, e outras, a exemplo do projeto Feliz Cidade Limpa, de coleta para reciclagem, etc. Pessoas na contramão do bom senso, pessoas que deveriam se somar aos nossos esforços no sentido colaborar com estas ações, retiraram, sem nenhum tipo de consulta, num total desrespeito, dois containers de coletas seletivas, alguns doados por empresários locais e outros adquiridos através da venda de camisas para a caminhada do projeto Feliz Cidade Limpa. Ana Veronica Marreca.

Coleta seletiva Como leitora assídua da Vilas Magazine aproveito para parabenizá-los pelo excelente trabalho que desenvolvem ao longo dos anos. São assuntos relevantes e de interesse público, que muito nos auxiliam. Aproveito esse canal para pedir uma informação: já algum tempo faço a separação do lixo residencial e vejo a dificuldade de encontrarmos coletores em nossa cidade. Assim, levo semanalmente o lixo nas lixeiras coletivas do Hiper Bompreço, em Buraquinho. Infelizmente, alguns dias atrás me deparei com uma placa informando ser proibido continuar deixando ali lixo para reciclagem. Fiquei decepcionada em saber que a empresa, que tanto elogiava pelas iniciativas, tenha mudado de atitude. Gostaria de saber se vocês sabem o motivo da mudança e

aproveitar para perguntar se conhecem outros pontos em Lauro de Freitas que tenham coletores, pois agora fiquei sem saber onde levar. Walkiria Lanza. Ipitanga.

Dona Walkiria, Lamentamos essa atitude do Hiper Bompreço, uma empresa que se diz comprometida com o meio ambiente. Em Vilas do Atlântico existem alguns pontos onde a senhora pode deixar a sua coleta seletiva: na Av. Praia de Copacabana (fundos do Villas Tenis Clube) e próximo da entrada da Barraca da Gávea; na Av. Praia de Itapuã, próximo ao hotel Malibu e na rua Praia de Itaparica (fundos do Colégio Apoio.

Tragédia anunciada Infelizmente assistimos pela imprensa notícias trágicas de acidentes fatais envolvendo crianças utilizando indevidamente jet skis e ficamos mais uma vez comovidos, indignados e criticos à falta de fiscalização da prática desse lazer/esporte. Mais evidente e perigoso tem sido constatar o número enorme de adolescentes e pré adolescentes, que dividem o trânsito em nossa cidade ‘pilotando’ motocicletas, scooters, vespas, mobiletes ou ‘armas sobre rodas’ – que usam certamente por não terem noção do risco e consequências para si e para os outros – entre o já caótico trânsito de nossa cidade. Sem nenhuma preparação para o trânsito, sem habilitação, sem equipamentos de segurança, sem placa e sem orientação da família. Vão para as escolas (que chegam a ter estacionamentos para motos dos alunos), realizam suas tarefas cotidianas tranquilamente, com autorização dos pais que são os que dão os brinquedos, e confiando na negligência das autoridades de trânsito. Não há como evitar que essas histórias se repitam sem mudarmos nossas atitudes. u Marvio Adegas.

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TRIBUNA DO LEITOR Carnaval A revista Vilas Magazine há 14 anos vem sendo um importante veículo de informação e divul­ ga­ção sobre Lauro de Freitas e região, apoiando e divulgando as merecidas atividades realizadas no município, pelo que temos que parebenizar e agradecer. Na sua edição 158, de março/2012 a revista trouxe a matéria “Carnaval premia criatividade em concurso de máscaras”, mas, por algum lapso, não informou que o evento registrado, “6º Concurso de Máscaras Carnavalescas de Lauro de Freitas”, é uma atividade da Secretaria Municipal de Cultura, que ao longo de seis anos tem atraído o interesse, seja daqueles que usam a criatividade para confeccionar suas máscaras e competir, ou da população em geral que tem prestigiado o concurso, fato que devolve à comunidade a contemplação de um Carnaval alegre e participativo. Como morador de Lauro de Freitas procuro acompanhar a vida do município fazendo jus às boas iniciativas, principalmente quando se tratam de ações que revitalizam e estimulam as manifestações culturais locais, as iniciativas de redução de impactos ambientais e as de cunho social, pela inclusão e respeito aos menos privilegiados. Vale lembrar que Lauro de Freitas é, semelhantemente à Cairu, um dos poucos municípios da Bahia que ainda preservam essa forma de expressão popular, as máscaras carnavalescas, com as quais adultos e crianças se irmanam em comemoração criativa, reciclando e reutilizando materiais, tudo em nome da alegria! Caio Mário V. Marques, advogado e empresário, fundador e Conselheiro da OSCIP Rio Limpo.

Na contramão

Novamente a incom­pe­tên­cia, e descaso da Prefeitura de Lauro de Freitas afeta a vida dos infelizes contribuintes do município. A secretaria “da vez” é, de novo, a responsável pelo caótico trânsito da cidade. A Rua Praia de Sauípe, em Vilas do Atlântico, teve a placa de sentido único de tráfego (sentido saída para a Av. Praia de Itapuã) surrupiada do local, curiosamente à época da inauguração da churrascaria Brasão do Sul. Tal situação facilita o acesso ao estacionamento do restaurante e também permite que os frequen-

Castigo anual Vai começar a época das chuvas e os moradores da rua Martins de Oliveira, em Pitangueiras, vão deixar de enfrentar a poeira para enfrentar a lama. Situação triste. As placas com anúncio do asfalto e saneamento estão lá, firmes e fortes. Cadê a senhora prefeita? Jani Sault. tadores dos estabelecimentos gastronômicos da área entrem na rua pela contramão, em busca de vagas, quando o correto seria acessarem pela rua Praia do Forte, apenas poucos metros adiante. A falta da placa causa sérios transtornos aos moradores do local, com constantes travamentos (a rua é estreita e tem carros estacionados dos dois lados), discussões entre motoristas, buzinaço, etc. Ainda teremos um acidente mais sério, uma vez que a rua tem grande circulação de transporte escolar, menores motorizados sem capacete (cadê a fiscalização?), etc., pela proximidade com o Colégio Mendel (aquele da invasão de imensa área verde pública, também ignorada pela prefeitura e Ministério Público). Talvez reinstalar uma placa de contramão deve ser mesmo algo muito complexo, até impossível para uma administração que só olha para o próprio umbigo e que degradou significativamente a qualidade de vida da população que a sustenta. Melhor deixar tudo por contade flanelinhas e motoristas mal-educados, afinal vivemos numa autêntica casa da mãe joana. Sandoval da Luz Santana. Vilas do Atlântico.

Leitores interagem

Sou leitora assídua da revista Vilas Magazine e como anteriormente morava num condomínio em Itapuã que recebia a revista e agora mudei para Lauro de Freitas, estou sentindo sua falta. Como nova moradora de Lauro de Freitas a revista Vilas Magazine muito me auxiliou para encontrar os mais diversos serviços, como: disk água e gás, bufê, vidraceiros, etc., como também informa à comunidade o que está acontecendo na cidade. Gostaria de voltar a receber mensalmente a revista em casa. Cleide Andrade Costa. Prezada senhora Cleide, Muito agradecido pelo interesse em continuar recebendo as edições mensais da Vilas Magazine. Infelizmente não dispomos do serviço de entrega de exemplares em domicílios avulsos. Existem próximos de sua casa alguns pontos onde pode pegar seus exemplares mensais, como Bello Ferragens, Depósito de Bebidas Verde Vilas, Posto Aladah (na rua Priscila Dutra), Ponto do Pão, dentre outros.

Veja o que melhor pode lhe atender e nos informe. Muito obrigado Accioli Ramos, diretoreditor. Fiquei super feliz em reencontrar a Vilas Magazine, que considero especial, através do Facebook. Morei em Vilas do Atlântico muitos anos e tenho muitas saudades e belas recordações de todos. Parabéns pela excelente publicação que nos deixa informados sobre os acontecimentos da região, dentre outros. Maria Helena Avena. Rio de Janeiro. Sr. Accioli Ramos, Realmente, a Vilas Magazine não cessa de me surpreender. Eu que sou fã incondicional do seu trabalho, desde que me mudei para Lauro de Freitas em 2007, mais uma vez tive a grata experiência de passar um domingo com uma nova edição trazida pela minha filha, que mora em Vilas, aqui pertinho de mim. Aprecio especialmente as reportagens sobre saúde. Sei que a comunidade também é impor-

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tante e precisa ser retratada. Os artigos de opinião estão cada vez melhores. Gostei muito do que fala sobre a segurança em Vilas do Atlântico, motivo de grande preocupação nossa. Deixo aqui meus parabéns pelo trabalho de toda a sua equipe. Bem haja! Maria Serra Tavares. Loteamento Miragem. Sr. Accioli Ramos, Venho lhe parabenizar pelo extremamente lúcido editorial da edição 158, de março/12, “O novo Index Prohibitorum”. As verdades precisam ser ditas neste país

tão sacrificado e graças a Deus temos pessoas como o senhor para dizê-las. Sou reformado da Marinha do Brasil, escritor nas horas vagas, modestamente, e tenho muito receio destas iniciativas de delegar a personalidades o direito de classificar obras segundo valores morais, por mais meritória que seja a intenção. Prossiga com o grande trabalho da nossa Vilas Magazine, baluarte insubstituível da nossa comunidade. Muito obrigado pelo seu trabalho! Com a minha admiração. João Honório da Silva Teles. Vilas do Atlântico.

A revista Vilas Magazine acolhe reclamações e opiniões sobre temas relacionados ao cotidiano da comunidade. Reserva-se, no entanto, o direito de rejeitar acusações insultuosas ou desacompanhadas de documentação. Também não acolhe elogios ou agradecimentos pessoais. Devido à limitações de espaço, cartas são selecionadas e quando não forem suficientemente concisas, serão publicados trechos mais relevantes. Originais não serão devolvidos. Cartas devem ser enviadas para o endereço redacao@vilasmagazine.com. br Outros documentos devem ser enviados para a redação da revista: Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. CEP 42700-000. Lauro de Freitas. BA. Só serão consideradas cartas e/ou e-mails com identificação completa do remetente (nome, endereço, telefone para contato).

Tábua das marés 1º/4 - Domingo 5h38...... Baixa.......0.9m 11h47..... Alta..........1.9m 18h09.... Baixa.......0.6m

(Salvador e litoral norte) 19/4 - Quinta-feira 2h45...... Alta..........2.2m 8h45...... Baixa.......0.3m 14h56.... Alta..........2.3m 21h04.... Baixa.......0.3m

25/4 - Quarta-feira 5h51...... Alta..........2.1m 12h........ Baixa.......0.5m 18h21.... Alta..........2.0m

7/4 - Sábado 4h06...... Alta..........2.6m 10h08.... Baixa.......0.0m 16h30.... Alta..........2.7m 22h38.... Baixa.......0.0m

13/4 - Sexta-feira 3h17...... Baixa.......0.9m 9h32...... Alta..........1.9m 16h02.... Baixa.......0.7m 22h38.... Alta..........1.8m

8/4 - Domingo 4h49...... Alta..........2.6m 10h53.... Baixa.......0.0m 17h15.... Alta..........2.6m 23h19.... Baixa.......0.1m

14/4 - Sábado 4h53...... Baixa.......0.9m 10h51.... Alta..........1.9m 17h30.... Baixa.......0.7m 23h53.... Alta..........1.9m

3/4 - Terça-feira 1h17...... Alta..........2.2m 7h21...... Baixa.......0.5m 13h32.... Alta..........2.3m 19h51.... Baixa.......0.3m

9/4 - Segunda-feira 5h34...... Alta..........2.5m 11h38..... Baixa.......0.1m 18h04.... Alta..........2.4m

15/4 - Domingo 6h02...... Baixa.......0.8m 11h58..... Alta..........2.0m 18h34.... Baixa.......0.6m

21/4 - Sábado 3h49...... Alta..........2.3m 9h51...... Baixa.......0.3m 16h04.... Alta..........2.3m 22h02.... Baixa.......0.3m

4/4 - Quarta-feira 2h02...... Alta..........2.3m 8h04...... Baixa.......0.3m 14h17.... Alta..........2.5m 20h32.... Baixa.......0.1m

10/4 - Terça-feira 0h02...... Baixa.......0.3m 6h19...... Alta..........2.3m 12h24.... Baixa.......0.3m 18h56.... Alta..........2.2m

16/4 - Segunda-feira 0h51...... Alta..........2.0m 6h53...... Baixa.......0.7m 12h54.... Alta..........2.1m 19h19.... Baixa.......0.5m

22/4 - Domingo 4h17...... Alta..........2.3m 10h21.... Baixa.......0.3m 16h38.... Alta..........2.3m 22h32.... Baixa.......0.4m

28/4 - Sábado 1h53...... Baixa.......0.9m 08h26.... Alta..........1.8m 14h47.... Baixa.......0.8m 21h21.... Alta..........1.8m

5/4 - Quinta-feira 2h45...... Alta..........2.5m 8h45...... Baixa.......0.1m 15h02.... Alta..........2.6m 21h13.... Baixa.......0.0m

11/4 - Quarta-feira 0h53...... Baixa.......0.5m 7h11....... Alta..........2.1m 13h21.... Baixa.......0.5m 19h58.... Alta..........2.0m

17/4 - Terça-feira 1h34...... Alta..........2.1m 7h34...... Baixa.......0.5m 13h39.... Alta..........2.2m 19h58.... Baixa.......0.4m

23/4 - Segunda-feira 4h47...... Alta..........2.3m 10h54.... Baixa.......0.3m 17h09.... Alta..........2.2m 23h........ Baixa.......0.5m

29/4 - Domingo 3h15...... Baixa.......0.9m 9h47...... Alta.........1.8 m 16h09.... Baixa.......0.7m 22h39.... Alta..........1.8m

6/4 - Sexta-feira 3h24...... Alta..........2.6m 9h26...... Baixa.......0.0m 15h47.... Alta..........2.7m 21h56.... Baixa..... -0.1m

12/4 - Quinta-feira 1h54...... Baixa.......0.8m 8h15...... Alta..........2.0m 14h32.... Baixa.......0.7m 21h11..... Alta..........1.9m

18/4 - Quarta-feira 2h09...... Alta..........2.2m 8h08...... Baixa.......0.4m 14h19.... Alta..........2.3m 20h34.... Baixa.......0.4m

24/4 - Terça-feira 5h17...... Alta..........2.2m 11h24..... Baixa.......0.4m 17h45.... Alta..........2.1m 23h32.... Baixa.......0.6m

30/4 - Segunda-feira 4h47...... Baixa.......0.9m 11h......... Alta..........1.9m 17h26.... Baixa.......0.6m 23h46.... Alta..........2.0m

2/4 - Segunda-feira 0h28...... Alta..........2.0m 6h36...... Baixa.......0.7m 12h45.... Alta..........2.1m 19h04.... Baixa.......0.4m

20/4 - Sexta-feira 3h15...... Alta..........2.3m 9h17...... Baixa.......0.3m 15h32.... Alta..........2.3m 21h34.... Baixa.......0.3m

26/4 - Quinta-feira 0h08...... Baixa.......0.7m 6h28...... Alta..........2.0m 12h43.... Baixa.......0.6m 19h08.... Alta..........1.9m 27/4 - Sexta-feira 0h53...... Baixa.......0.8m 7h19...... Alta..........1.9m 13h36.... Baixa.......0.7m 20h06.... Alta..........1.8m

MAIO 1º/5 - Terça-feira 5h53...... Baixa.......0.7m 12h02.... Alta..........2.1m 18h26.... Baixa.......0.5m 2/5 - Quarta-feira 0h39...... Alta..........2.1m 6h47...... Baixa.......0.5m 12h58.... Alta..........2.2m 19h15.... Baixa.......0.3m 3/5 - Quinta-feira 1h28...... Alta..........2.3m 7h34...... Baixa.......0.3m 13h49.... Alta..........2.4m 20h04.... Baixa.......0.2m 4/5 - Sexta-feira 2h13...... Alta..........2.4m 8h19...... Baixa.......0.2m 14h39.... Alta..........2.5m 20h51.... Baixa.......0.1m 5/5 - Sábado 3h.......... Alta..........2.5m 9h06...... Baixa.......0.1m 15h28.... Alta..........2.6m 21h36.... Baixa.......0.1m Fonte: Banco Nacional de Dados Oceanográficos da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil.

Vilas Magazine - Abrl 2012 | 111

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