Vilas Magazine | Ed 161 | Junho de 2012 | 30 mil exemplares

Page 1

PROJETO DE LEI OBRIGA REGULARIZAÇÃO DE CALÇADAS

CAMPANHA QUER ERRADICAR

PRAGA VM 161.indd 1

DAS

PRAIAS 29/05/2012 14:04:50


VM 161.indd 2

29/05/2012 14:04:52


Vilas Magazine - Junho 2012 | 3

VM 161.indd 3

29/05/2012 14:04:53


EDITORIAL

Voto de opinião: todos temos um

A

credite se quiser: os currais eleitorais existem e encontram-se de muito boa saúde. Não apenas no sertão nordestino, como reza a tradição, mas aqui, também, às portas da terceira mais populosa capital brasileira. Claro, já não se troca cesta básica, telha, tijolo, por voto. O bolsa-família e a ascensão econômica da classe C vieram alterar essa dinâmica. Hoje os currais seriam alimentados à base de favores mais qualificados, como a intermediação de uma bolsa de estudos, a facilitação de acesso à rede pública de saúde ou a promessa de asfaltar aquela rua, isso nos casos menos acintosos. Em tese, o beneficiário de tais favores, no fundo um ‘tijolo’ dos nossos dias, retribuiria a graça do senhor do curral oferecendo-lhe o sufrágio no sagrado dia da eleição. Os mais humildes, em toda a sua honestidade, verdadeiramente desejam ‘retribuir’ o favor recebido e de fato o fazem. Para os menos agradecidos sempre se pode reservar a intimidação. Apesar de secretamente digitado na privacidade de uma cabine, muita gente ainda acredita que o voto poderá ser conferido pelo candidato se ele estiver de posse do número de título de eleitor da vítima. Besteira. Tudo isso, claro, dá trabalho e é cada vez mais difícil de explicar. O cerco do Ministério Público Eleitoral a esses cercados aperta-se a cada eleição. Na razão direta desse aperto está a valorização do que os políticos profissionais chamam de ‘voto de opinião’, aquele que é digitado na urna pelo eleitor esclarecido e capaz de pagar uma faculdade, um plano de saúde ou escolher uma rua asfaltada para morar. O ‘voto de opinião’ não sofre a influência de cabos eleitorais, as chamadas ‘lideranças’, ainda hoje capazes de carrear votos para determinado candidato por viver entre aqueles que, afinal, não teriam opinião. Outra besteira. Todos temos opinião. Somos todos donos de um ‘voto de opinião’, ainda que necessitados da bolsa de estudos, do acesso à rede pública de saúde e do asfalto na porta de casa. Ainda que direta ou indiretamente beneficiados por favores e favorecimentos de quaisquer tipos, somos todos cidadãos livres para votar como desejarmos. No segredo da cabine de votação, qualquer Carlos Accioli Ramos, suposto comprometimento com este ou aquele candidato pode se tornar um diretor-editor da Vilas Magazine voto de verdade, autêntico, responsável. Nada impede isso. Muito tempo ainda passará até que famílias inteiras, supostamente desprovidas de opinião, deixem de se mostrar ‘gratas’ para se mostrarem exigentes. Prover asfalto, saúde e acesso ao ensino superior são obrigações do Estado, não favores prestados à população. Mas o futuro é promissor. Há cada vez menos famílias ‘gratas’ e cada vez mais eleitores que olham para o dever cumprido pelo homem público. A campanha eleitoral que se avizinha trará às ruas centenas de postulantes a uma das 17 cadeiras da Câmara Municipal, a maioria deles perfeitamente desconhecida da maioria do eleitorado, sem qualquer projeto político autêntico, válido. Em 2008, pouco mais de 900 votos foram suficientes para eleger um vereador. Muitos disputarão o pleito não para se eleger, mas para amealhar alguns votos e com eles acenar ao próximo prefeito em busca de um emprego de mil reais para si e para os seus. Alguma coisa como ganhar na mega-sena. Abrir mão do seu voto de opinião para se mostrar ‘agradecido’, ou mesmo votar no parente do amigo que tem uma prima candidata só vai adiar o fim desse estado de coisas. Porque o fim virá. Cedo ou tarde, mas virá. 4 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 4

29/05/2012 14:04:53


ESPAÇO ABERTO

U

Dando um tempo

ltimamente, tenho sentido sionar, retomar, rever, tornou-se um com uma certa frequência visitante fortuito e porque não dizer, a sensação de que se às vezes, um inimigo algoz? tivesse um pouco mais de Para que se possa perceber Niraildes Ferreira Souza Lima tempo, certamente faria melhor um a essência das coisas e pessoas, monte de coisas... compreender ações e reações, reSou pedagoga e lembro-me que em outros tempos, quando fletir sobre o que fomos, somos e pretendemos ser, resignificar tínhamos mais tempo para avaliar de forma mais racional e mais fatos em nossa caminhada, necessário se faz que o tempo, o emocional as nossas ações e os nossos projetos, era exatamente ilustríssimo e famoso tempo esteja conosco e não contra nós! aí, neste momento, que surgiam novas idéias, roupagens mais Será essa “urgência” do tempo um dos motivos pelos quais as arrojadas para projetos aparentemente simples, que terminavam pessoas não conseguem firmar amizades verdadeiras, relações por assim dizer, criando vida própria e se perpetuando pela intensas e relacionamentos profundos? escola e pela vida afora de nossas crianças. Seria a falta de tempo para darmos conta das coisas com as Recordo-me que lá pelos idos de 2002, coordenava o ensino quais nos envolvemos? Ou será que temos nos envolvido com fundamental de uma determinada escola, e desenvolvemos com tantas coisas ao mesmo tempo, que não damos conta de que uma turma o projeto “É proibido fumar”. Eram crianças do grupo 6, não há tempo para tantas coisas em um só tempo? em tempos passados, alfabetização, em tempo presente, o 1º ano. Temos feito muitas coisas de forma tão fulgaz, que muitas Ao longo do projeto, as crianças foram dando a carinha delas vezes buscamos o prazer daquilo que estamos realizando e não e nós, enquanto mediadores, administrando com maestria as há tempo para descobri-lo! curiosidades, as necessidades, a construção do conhecimento, É aí, nesse exato momento, que nasce o dissabor, a esteria mudança de comportamento. lidade, o incômodo desprazer de não enxergar a importância do Certa manhã, dessas que se iniciam sem muitos compromeque fazemos e o que é pior: de não nos enxergarmos importante timentos, tivemos o privilégio de presenciar o porteiro da escola, naquilo que estamos fazendo. que inadvertidamente foi encontrado pelos corredores, exalando Mas...o que fazer? um forte cheiro de cigarro, ser irremediavelmente repreendido Não sei... por uma criança de seis anos ao dizer-lhe entre carinhosa e Desconheço a fórmula, a porção mágica ou o antídoto que perplexa a seguinte frase:” – Vô, é proibido fumar!”. fará com que o tempo volte no tempo e volte a ser um tempo Como era proveitoso e positivo nos deleitarmos sobre onde buscávamos realizar coisas até para “passar o tempo”. acontecimentos dessa natureza! Eles passavam a ser âncoras Acredito que ter consciência dessa realidade nos ajuda a do nosso fazer pedagógico, era a certeza de que estávamos qualificarmos nosso tempo, buscando não fazer tantas coisas fazendo a coisa certa. ao mesmo tempo e sim, dar prioridade a realização de coisas Não que hoje não acertemos, ou estejamos fazendo as coisas que dispomos de tempo para fazê-las com empenho, dedicação de forma incorreta, não é esse o aspecto a que me refiro. Falo e afeto prazeroso. do deleite, do saborear as conquistas de forma pausada como Difícil? se fosse possível transformar aqueles momentos em únicos e Concordo, mas não impossível. indeléveis. É preciso que alcancemos um tempo onde ao olharmos nossa Necessitamos do tempo! caminhada e avaliarmos o que construímos ao longo do tempo, Esta é uma realidade da qual não podemos fugir, todos tenhamos a grata certeza e cheguemos à confortável conclusão de sabemos disso! que tudo foi válido, pois a vida não pode ser “um tempo perdido” Minha angústia é saber: o que houve com o tempo que por mas sim, o troféu conquistado pelo tempo vivido. muitas vezes nos abandona com um barco à deriva, deixando de ser nosso companheiro de jornada e tornando-se um adversário Niraildes Ferreira Souza Lima é pedagoga (LP 9700093/ frio, distante e calculista? DEMEC/BA) pela Faculdade Olga Mettig com pós-graduação É comum percebermos que o tempo, nosso grande compaem Psicopedagogia Clínica de Inspiração Psicanalítica pela nheiro e aliado na hora de planejar, executar, avaliar, redimenUFBA. E- mail: niraildeslima@yahoo.com.br

Vilas Magazine - Junho 2012 | 5

VM 161.indd 5

29/05/2012 14:04:56


www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/33792439 e 3379-2206. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Dire­to­ra: Tânia Ga­zi­neo Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaro@vilasmagazine.com.br Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos thiago@vilasmagazine.com.br PUBLICIDADE Simone Gazineo (coordenadora) comercial@vilasmagazine.com.br Maiana Cunha de Souza (assistente) REDAÇÃO Rogério Borges (coordenador) e Anthero Eloy Fer­reira Lins. Colaboradores: Marvin Kennedy, Mário Espinheira e Gilka Bandeira (freelancers), Gil Ramos (fotografia), Lilian Silva, Márcia Tude FALE COM A REDAÇÃO redacao@vilasmagazine.com.br FINANCEIRO Gerente: Miriã Morais Gazineo financeiro@vilasmagazine.com.br Rosilene da Cruz Santos (assistente) DISTRIBUIÇÃO Álvaro Gazineo (responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado Impressão: Quad/Graphics Nordeste (Recife-PE) Informativo mensal de serviços e facilidades, com tiragem de 30.000 exemplares por edição, distribuídos gra­tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e ad­jacências (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, a revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­to­ri­al fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­ gazine e Boa Dica - Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda.

Cena da Região CENA REPETIDA O rio Ipitanga voltou a assustar na travessia da Estrada do Coco e em trechos do Centro devido à forte chuva que se abateu sobre a cidade no dia 21 de maio.

6 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 6

29/05/2012 14:04:57


JOÃO RAIMUNDO

A avenida Beira Rio ficou alagada pelo transbordamento do rio Ipitanga na manhã de 21 de maio

Cidade registra volume de chuva dez vezes superior à média

A

pesar de não ter registrado ocorrências graves com as fortes chuvas que caíram em maio, a Defesa Civil de Lauro de Freitas registrou 30 ocorrências ao longo da segunda-feira dia 21, entre alagamentos, ameaças de deslizamento de terra e de desabamento de imóveis, mas sem vítimas. Lonas foram distribuídas e a população orientada. estação pluviométrica mais próxima da cidade registrou 120mm de chuva naquela segunda-feira. A média histórica para o mês de maio é de 12mm por dia. O volume de água dos rios subiu a ponto de causar o transbordamento do rio Ipitanga, que inundou a avenida Beira Rio e atingiu ruas do Jardim Jóquei. De acordo com o secretário municipal de

Infraestrutura Luiz Cláudio Magalhães, uma das causas foi o transbordamento da barragem do Jambeiro, que manteve o rio Joanes com nível muito alto e impediu o escoamento do Ipitanga, seu afluente. O vereador Antônio Rosalvo (PSDB) voltou a defender a abertura preventiva das comportas na represa do Joanes, de forma a reduzir o nível e evitando a sobrecarga dos rios durante as chuvas. Obras O secretário de Governo Ápio Vinagre destacou que a prefeitura vem trabalhando em um conjunto de obras que já minimizam os transtornos causados por fortes chuvas. Entre elas, a ampliação, construção e recuperação de 7,6 mil

metros de rede de drenagem em Itinga, no Caji, Ipitanga, Vilas do Atlântico e Centro, a contenção e estabilização de mais e 14 mil m² de encostas em Itinga, Portão, Lagoa dos Patos e Vila Praiana e a construção e manutenção de 146 mil m² de vias urbanas em todo o município, além da recuperação de moradias populares e o serviço permanente de desobstrução de rios e córregos. Na avenida Praia de Copacabana, em Vilas do Atlântico, que alagava sempre que chovia mais forte nos anos anteriores, foram realizadas obras de macrodrenagem e substituição de manilhas. Em compensação, a avenida Luiz Tarquínio voltou a ficar interditada pelo alagamento da pista. Nessa área, bem como na Boca da Mata, em Portão, os alagamentos deverão ser minimizados com a conclusão de intervenções de grande porte, como o desvio do Canal dos Irmãos para o Joanes. A obra já foi licitada e aguarda liberação de verbas.

Vilas Magazine - Junho 2012 | 7

VM 161.indd 7

29/05/2012 14:04:59


Registros Prefeitura muda secretários n A ialorixá Cláudia Pereira dos Santos (de pé, na foto) assumiu a superintendência de Promoção da Igualdade Racial (Suppir) de Lauro de Freitas, em substituição a Eriosvaldo Menezes. Feliz com a escolha, a líder do terreiro São Jorge Filho da Goméia, Lúcia das Neves, a Mãe Lúcia, anunciou que todos os terreiros do município estavam em festa. “Ter uma pessoa do candomblé em órgão público é muito importante. A gente se entende perfeitamente, não precisamos fazer arrodeios”. n Com o desafio de “dar um novo impulso ao setor turístico do município, agregado a ações de inclusão social”, Isac Farias (na foto, ao lado da prefeita Moema Gramacho) assumiu a superintendência de Turismo de Lauro de Freitas. Isac é ex-diretor de Fiscalização Ambiental. Lauro de Freitas possui 59 km de extensão e 156 mil habitantes. Com 6km de orla, que abrigam três das mais belas praias do litoral baiano, o município tem potencial e projetos para incrementar o setor, como a implantação do Pólo de Turismo e o Centro de Excelência do Judô, na orla de Ipitanga. A Superintendência de

Cordas & Copas e Jr. Ribeiro fazem espetáculo no CTLF

FOTOS: JOÃO RAIMUNDO

Turismo funciona no SAT Serviço de Atendimento ao Turista (SAT), na Estrada do Coco, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O telefone para contato é 71 3369-9955.

n Vidigal Cafezeiro tomou posse como novo titular da Secretaria de Planejamento de Lauro de Freitas (Seplan). Ex-secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos (Smarh). n Celebrando o Dia das Mães, alunos da AGS Escola de Futebol, do professor André Galvão, reeditaram, dia 11 de maio, no Vilas Tênis Clube, o tradicional “baba das mães”, num clima de muita descontração onde mães e filhos/as jogaram juntos.

n O Cine Teatro de Lauro de Freitas recebe este mês dois espetáculos musicais de destaque, um deles destinado à gravação do DVD da banda Cordas & Copos, no dia 9 às 20h. Com mais de três anos de existência, vai para o forno a primeira gravação audiovisual do “power duo” formado por Eduardo Cachaça, com sua voz despojada e seu gênero rock brega e o versátil Rogério Grillo, cantor de MPB rebuscado e com mais de 20 anos de estrada. O show intimista e acústico contará com participações especiais e um registro da união que soma amizade, encontros, desafios, composições, improvisos e boa música. O set list da dupla promete homenagens aos grandes autores da MPB e canções autorais. Antes deles, no dia 6, também às 20h, o cantor, compositor e violonista Jr. Ribeiro (foto) adianta ao público um pouco do que virá por aí no seu segundo disco, “Milagre”, que está em gravação. Jr. Ribeiro faz um show acústico, na verdade uma prévia do que será o novo disco, com canções inéditas, além de apresentar canções do seu primeiro álbum, “Macumba”. O show contará com a participação de compositores e de instrumentistas baianos. Os ingressos, para ambos espetáculos, custam R$ 10, com meia entrada disponível. n A 3ª edição da Feira da Cidadania, promovida pelo Rotary Club Lauro de Freitas e Unime, realizada dia 26 de maio, prestou cerca de 2,5 mil atendimentos em variados serviços postos ao dispor dos visitantes, entre eles um salão de limpeza de pele e corte de cabelo, artesanatos de idosos, odontologia, testes de glicemia, testes de HCV, tipagem sanguínea e vacinação humana. O grupo Bankoma, do Terreiro São Jorge Filho da Goméia, de Portão e a Banda Canto Social, comandada por Saulo Carregosa, animaram o evento. A bailarina Aira Rodrigues da Conceição Barbosa dançou ao som do Hino Nacional Brasileiro interpretado por Fafá de Belém na abertura comandada por Ademilson Mendonça de Oliveira, presidente do Rotary Club Lauro de Freitas e por Dieter Paiva, diretor regional da Unime. Também participou da Feira da Cidadania o Núcleo de Senhoras do Rotary Club, com a “Feira da Pechincha”, composta por produtos de baixo custo. A Academia de Letras de

8 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 8

29/05/2012 14:05:01


Maurício de Nassau planeja crescimento exponencial em Lauro de Freitas

Adriano Azevedo (centro) e Heliete Rosa apresentam planos de expansão da Faculdade Maurício de Nassau ao diretor-editor da revista Vilas Magazine, Carlos Accioli Ramos

n A Faculdade Maurício de Nassau, que administra a Fabac em Lauro de Freitas e atualmente atende mil alunos em sete cursos, deve atingir a marca de 15 mil matrículas distribuídas por 22 cursos ao longo dos próximos cinco anos. A meta foi apresentada pelo diretor de Operações Adriano Azevedo em visita de cortesia ao diretor-editor da revista Vilas Magazine, Carlos Accioli Ramos, no mês passado. Azevedo estava acompanhado por Heliete Rosa, diretora da unidade local da instituição. Para acomodar os novos alunos e cursos, a Maurício de Nassau planeja expandir as atuais instalações na Estrada do Coco, ao lado do Hospital Geral Menandro de Faria, construindo um novo prédio. Com sede em Recife (PE) e unidades em outras nove cidades, a Maurício de Nassau integra o maior grupo educacional do Nordeste, o Grupo Ser Educacional.

n A atleta de Lauro de Freitas Siomara Spath, (Mara), conquistou o ouro na categoria adulto faixa roxa peso pluma e a prata na categoria adulto absoluto faixa azul/roxa no Campeonato Sul Americano de Jiu Jitsu Esportivo. Bruno Oliveira, também de Lauro de Freitas, ficou com a medalha de prata na categoria peso leve adulto faixa preta. Ambos representam a Zé Mário Team. O evento foi realizado nos dias 19 e 20 de maio, na Associação Atlética da Bahia, em Salvador e teve a participação de cerca de 700 atletas. Bruno e Mara garantiram vaga para disputar o Campeonato Mundial de Jiu Jitsu Esportivo que acontecerá entre os dias 19 e 22 de julho, em São Paulo.

Feira da Cidadania atende 2,5 mil pessoas na sua terceira edição Lauro de Freitas (Alalf), expondo livros dos diversos escritores da região e a Associação Beneficente Pro Lar do Idoso (ABPLILF), que apresentou diversificados trabalhos artesanais produzidos pelas idosas. Este ano os estandes foram montados sob o toldo central da Unime, no pátio interno, oferecendo maior conforto aos usuários dos serviços prestados pela Feira. Outros serviços foram oferecidos, em áreas e salas específicas, como emissão de cartão de saúde, inscrições para o

bolsa família, orientação em medicina veterinária, fonoaudiologia e educação física. Os voluntários que trabalharam no evento consumiram mil lanches.

Números parciais apontam para 86 atendimentos na tenda de vacinação humana, 157 na oferta de exames de glicemia, HCV e tipagem sanguínea, 131 na Vida Diagnóstico, 800 na Image Memorial, 200 na Master Glasses, 18 para limpeza de pele, mais 40 agendamentos, 132 no salão de beleza, 39 em odontologia e 37 na unidade móvel de saúde. Na área de medicina veterinária tiveram 12 atendimentos clínicos, 100 cães e 29 gatos foram vacinados e 26 cirurgias de castração foram agendadas. Vilas Magazine - Junho 2012 | 9

VM 161.indd 9

29/05/2012 14:05:03


cidade

Projeto de Lei impõe multas pesadas a quem não fizer ou reformar calçada l Proprietários ficam sujeitos a multa de R$ 300 a cada trinta dias, por metro linear de testada do imóvel l Poder público poderá igualmente ser responsabilizado pelos trechos de calçada que forem de sua responsabilidade l Lotes vagos terão que estar limpos, fechados e com a calçada em frente conforme padrões que a prefeitura definirá

E

stá em tramitação no Legislativo de Lauro de Freitas um projeto de lei que impõe responsabilidades sobre a construção e manutenção de calçadas. Até mesmo os terrenos não construídos serão obrigados a ter calçada para pedestres, livre de obstáculos, na extensão correspondente à sua testada. As “calçadas anti-pedestre” de Lauro de Freitas foram tema de capa da edição de maio da Vilas Magazine, com ampla repercussão em toda a comunidade. A íntegra da proposta foi disponibilizada na Internet, inclusive no Facebook, onde vem recebendo rasgados elogios. O vereador Antônio Rosalvo (PSDB), autor do projeto e presidente da Câmara Municipal adianta que “ao longo da discussão vamos receber contribuições de todos os que tiverem algo a oferecer nesta matéria de forma a melhorar o que tiver que ser melhorado”. Pela proposta, trinta dias depois de notificado a construir ou regularizar a calçada, o proprietário do imóvel fica sujeito a uma multa de R$ 300 por metro linear de testada. Essa multa será renovada a cada trinta dias até que haja a comunicação do saneamento da irregularidade pelo responsável ou a constatação da regularização pela administração municipal. O próprio poder público poderá ser responsabilizado e obrigado a construir ou regularizar calçadas nos trechos sob sua responsabilidade. O arquiteto e urbanista Alessandro Trindade, autor de artigo acadêmico sobre a qualidade das calçadas de Lauro de Freitas, leu o projeto de lei e aprovou: “concordo plenamente”, comenta Trindade. “Lauro de Freitas precisa disso, choque de ordem na cidade para controle do caos urbano. Como ser sustentável se não se pode andar a pé?! Agora os proprietários dos terrenos vão precisar regularizar as calçadas para não serem multados, espero que a fiscalização seja

Ao lado da prefeita Moema Gramacho, o vereador Antônio Rosalvo anda sobre blocos de meio-fio em vistoria a obra de urbanização

10 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 10

29/05/2012 14:05:06


eficaz!”, completa. Laura Kroger, moradora de Lauro de Freitas, também gostou da ideia: “apoio inteiramente a proposta, principalmente porque em Vilas do Atlântico as calçadas são transformadas em jardins”, comentou. “Ainda que seja belo olhar para o verde, penso que a segurança dos pedestres vem em primeiro lugar. Parabéns pela iniciativa”, completa Laura. “Favor votar e cumprir, pois é impossível transitar a pé no comércio de Lauro, as calçadas são de 0,50 cm, quando existem e outras tantas desniveladas, cada uma com 0,50 de altura e sem degrau para descer para a próxima, um transtorno diário”, escreveu Ivonete Araújo. Já Tina Bastos aproveitou para cobrar a pavimentação da rua em que mora: “Aprovo! E adoraria receber a notificação para regularização da calçada, pois isso significaria que minha rua finalmente seria pavimentada!”, anotou. Inspirado na legislação mais recente aprovada em municípios que enfrentam esse tipo de problema há mais tempo, o projeto de lei determina que “qualquer que seja a largura da calçada deverá ser respeitada a faixa livre mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), destinada exclusivamente à livre circulação de pedestres”. A instalação de mobiliário

A FALTA DE RESPEITO CONTINUA A ocupação irregular das calçadas é uma constante em Lauro de Freitas, onde os pedestres não têm vez no espaço que lhes é destinado urbano nas calçadas também não poderá bloquear, obstruir ou dificultar “o livre acesso e circulação de pedestres, em especial das pessoas com deficiência”, prevê um dos artigos. Critérios técnicos para a construção de calçadas e recuperação das existentes deverão ser criados por meio de regula-

mentação da Lei, de responsabilidade do Executivo, no prazo máximo de quatro meses após a sua publicação em Diário Oficial. Antônio Rosalvo aponta como referência a Norma Técnica NBR 9050, sobre acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. “A garantia de acessibilidade para portadores de deficiência física e a sustentabilidade ambiental devem estar no topo das preocupações no momento de definir as regras”, defende. A aplicação da lei “pode também motivar o poder público a prever a construção de ciclovias”, sugere Rosalvo. u

Calçadas irregulares e com obstáculos são comuns principalmente no Centro de Lauro de Freitas Vilas Magazine - Junho 2012 | 11

VM 161.indd 11

29/05/2012 14:05:09


cidade Antônio Rosalvo conta que chamou sua atenção “um estudo do Mobilize Brasil, divulgado em abril, sobre a qualidade das calçadas em algumas capitais brasileiras” e decidiu que seria este o momento oportuno para regular o tema em Lauro de Freitas, que “seria muito mal avaliada se fizesse parte desse estudo”. Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo anunciaram recentemente iniciativas destinadas a recuperar as respectivas calçadas. Para Rosalvo, este é o momento de avançar também em Lauro de Freitas, “apesar das resistências que poderão surgir”. “A reportagem de capa da Vilas Magazine sobre o problema só veio confirmar a necessidade de medidas”, afirma. O Mobilize Brasil é uma iniciativa da Associação Abaporu, organização sem fins lucrativos que atua nas áreas de educação, cultura e cidadania. “A ideia não é impor a lei pela via das multas, mas conscientizar a comunidade de que somos todos responsáveis pela qualidade de vida na cidade”, diz. Um dos benefícios que a regulamentação legal oferece “é educar a população para

determinados temas”, lembra o vereador, que é advogado. Para ele, “esta legislação virá também alertar o poder público para a necessidade de cuidar das calçadas, já que nem todas são responsabilidade de particulares, mas do próprio poder público”. Limpeza e fechamento de terrenos – O mesmo projeto de lei obriga proprietários de terrenos não edificados a mantê-los “limpos, capinados e drenados”. Além disso, os responsáveis por terrenos com frente para vias ou logradouros públicos dotados de pavimentação ou de guias e sarjetas, “são obrigados a executar, manter e conservar gradil, muro ou outro tipo adequado de fechamento”. A multa proposta para a falta de limpeza do terreno é de R$ 4 para cada metro quadrado ou fração da área total do terreno. A ausência de fechamento acarreta multa de R$ 200 por metro linear de testada do imóvel. A obstrução à circulação de pedestres ou da visibilidade nas calçadas sujeita o infrator a uma multa de R$ 300 por equipamento. Tal como no caso da inexistência ou má conservação

de calçadas, as multas serão renovadas a cada trinta dias até que o problema seja corrigido. Na apresentação da campanha pela qualidade das calçadas, o Mobilize Brasil avalia que se pode medir o nível de civilização de um povo pela qualidade das calçadas de suas cidades e que “há quem diga que a qualidade das calçadas públicas é melhor indicador de desenvolvimento humano do que o próprio IDH”. Rosalvo concorda com a afirmativa: “é como diz o Mobilize Brasil, as cidades são feitas para pessoas, seres humanos que primordialmente caminham e não apenas para os carros”. O movimento lembra que “a necessidade de calçadas de qualidade vale para jovens, adultos e também para crianças, idosos e pessoas com deficiência física, que demandam pavimentos bem nivelados, sem buracos, e dotados de rampas de acesso para cadeiras de rodas”. Um outro projeto de lei de sua autoria obriga o poder público a construir acessos adequados a pessoas com mobilidade reduzida nas praias de Lauro de Freitas.

Mais um flagrante da falta de respeito coletiva em Lauro de Freitas

12 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 12

29/05/2012 14:05:11


Itinga receberá Base Comunitária de Segurança este ano

Lauro de Freitas quer participação das MPE´s nas licitações públicas

O Controlador Geral do Município Kívio Dias: círculo virtuoso

Efetivo da BCS que Itinga vai ganhar será de 120 policiais

A

implantação de uma Base Comunitária de Segurança (BCS) em Itinga foi confirmada no mês passado pelo superintendente de Prevenção à Violência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia Zeliomar Almeida. “Em 2011 implantamos duas Bases em Salvador e em 2012 a primeira será a de Itinga”, disse. “A região vai ser alvo de atividades sociais, realizaremos curso profissionalizante digital porque entendemos que a segurança é também ação inclusiva”, completou. A BCS de Itinga, que faz parte do programa “Pacto pela Vida” do governo do Estado, terá 120 policiais. A prefeita Moema Gramacho (PT) destacou o compromisso com a segurança pública e a necessidade de discutir novas estratégias no combate à violência e de promoção de uma cultura de paz. “O município se sente honrado em receber o programa conjunto da ONU que já realizou o diagnóstico, capacitou jovens no combate às drogas e lideranças comunitárias e professores como multiplicadores”, disse.

P

ara potencializar a economia de Lauro de Freitas, um dos municípios que mais sofre com a expansão populacional no país, a prefeitura adotou medidas que facilitam a participação dos Micro e Pequenos Empresários (MPEs) nos processos licitatórios. Como parte desse processo, foi realizado no mês passado o 1º Fomenta Lauro de Freitas, que reuniu cerca de 200 empresas locais. O evento de capacitação é fruto do empenho da Controladoria Geral do Município e das secretarias municipais de Administração e da Fazenda, em parceria com o Sebrae. O coordenador da Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do Sebrae Bahia, Roberto Evangelista, destaca a importância da iniciativa para os MPEs, que passam a entender quais são os processos e como participar deles. “Uma vez que a prefeitura adquire o serviço ou produto, o dinheiro permanece na cidade, estimulando a economia local”, diz. Para a prefeita Moema Gramacho, a conscientização dos empresários é estratégica para o crescimento do município. “O dinheiro circula na cidade, contribuindo para a geração de emprego e aumento da arrecadação municipal”, explica. O Controlador Geral do município Kívio Dias reforça que “o empresário vencedor também vai contratar outras empresas, criando um círculo virtuoso”. Apenas em 2010, Lauro de Freitas movimentou R$ 20 milhões em negócios com os MPEs. A previsão para 2012 é que haja aumento de 20% na participação das MPEs locais nos pregões eletrônicos.

Vilas Magazine - Junho 2012 | 13

VM 161.indd 13

29/05/2012 14:05:12


cidade

Prefeitura propõe novo roteiro de ônibus para transferir fim de linha para a Tramandaí

A

prefeita Moema Gramacho (PT) afirmou no mês passado, em reunião com a comunidade no auditório do Colégio Mendel (foto), que o final de linha dos ônibus de Vilas do Atlântico será transferido da avenida Praia de Copacabana para a avenida Praia de Tramandaí. A medida vem sendo reivindicada pelos moradores desde 2004. Para viabilizar a mudança sem aumentar o trajeto dos ônibus – o que viria onerar os custos de operação das empresas, permissionárias do serviço de transporte público – a prefeitura propõe um roteiro alternativo que na verdade reduz a distância percorrida em 1,5 Km. A proposta (veja o mapa) deixa fora do roteiro as avenidas Praia de Copacabana e Praia de Tambaú. Os mais prejudicados seriam os moradores e trabalhadores da chamada península de Vilas e do Miragem, que passariam a caminhar cerca

de 600 metros até o ponto mais próximo, na esquina de Praia de Mucuripe com Praia de Itamaracá. O trajeto a ser implantado deverá incluir a avenida Praia de Tambaú – o que não aumenta o percurso em relação ao atual. Para acomodar os ônibus das linhas intermunicipais, as vans e microônibus do transporte alternativo deixarão de ter um final de linha em Vilas do Atlântico, seguindo possivelmente

até Buraquinho. A intenção é, também, oferecer ao Miragem uma alternativa de transporte público próprio.

14 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 14

29/05/2012 14:05:13


Equipamentos locais de segurança alimentar são modelo para o Governo

T

Prefeita assina a ordem de serviço para a passarela equipada com elevador na Estrada do Coco

Nova passarela da Estrada do Coco terá elevador para cadeirantes

A

assinatura da Ordem de Serviço para a construção de duas passarelas em Lauro de Freitas reuniu representantes do Governo do Estado e da Prefeitura no gabinete da prefeita Moema Gramacho (PT), no início do mês passado. Uma das passarelas será construída no Km 4,5 da Estrada do Coco, em frente ao Hospital Geral Menandro de Faria, com investimento de quase R$ 2 milhões e previsão de conclusão de seis meses. A inovação fica por conta do elevador que será instalado para facilitar o acesso de idosos e cadeirantes. A segunda passarela será instalada na altura do Jardim Jaraguá, Km 0 da Estrada do Coco, atendendo antiga reivindicação dos moradores, num investimento de R$ 2,2 milhões. De acordo com a prefeita,

as passarelas que serão instaladas fazem parte de um conjunto de ações voltadas à mobilidade urbana, previstas para serem entregues até o final do ano. “A mobilidade será maior e a quantidade de acidentes reduzida”, disse. “Todas as obras em andamento e as futuras estão sendo monitoradas para que os prazos sejam cumpridos”, completou. A localização das passarelas foi definida pela prefeitura e pela secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado com base nos pontos com maior trânsito de pessoas e veículos e ocorrências de acidentes. De acordo com o vice-prefeito João Oliveira (PT), a preocupação da administração municipal é dar maior segurança aos munícipes. “Isso significa conforto e preservação de vidas”.

écnicos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) visitaram as instalações da Cozinha Comunitária, do Banco de Alimentos e do Restaurante Popular de Lauro de Freitas para avaliar os projetos dos equipamentos de segurança alimentar do município, que é referência nacional, para atualização dos projetos futuros do MDS. “Aqui já tem uma rede consolidada, o que não é comum”, disse o arquiteto Fábio Domingues da Costa Junior, que presta consultoria ao ministério. Além das instalações, ele observou “o empenho das equipes que trabalham nestes equipamentos”. De acordo com o arquiteto Juliano Elias Rezende, os projetos arquitetônicos, baseados em modelo de 2007, estão sendo revistos também para reformas dos equipamentos existentes. O próprio Restaurante Popular de Lauro de Freitas foi contemplado com edital do MDS que vai garantir modernização das instalações. “Ele foi projetado inicialmente para servir mil refeições diárias, mas triplicou o número de refeições para suprir a demanda” – justificou Fábio Junior. A Cozinha Comunitária de Itinga começa a funcionar no início deste mês e servirá cinco mil refeições mensais à comunidade da Chácara Thaity. O Banco de Alimentos recebe doações e compra de pequenos produtores os alimentos que são repassados gratuitamente a 22 entidades de Lauro de Freitas comprometidas com questões sociais. A Cozinha Comunitária de Portão atende 630 alunos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e mais 120 do programa Nossa Sopa.

Vilas Magazine - Junho 2012 | 15

VM 161.indd 15

29/05/2012 14:05:14


GERAL

Quadriciclos viram praga nas praias do litoral norte

É

ilegal circular em veículo motorizado na faixa de praia – e os quadriciclos estão incluídos. Apesar disso, é cada vez mais comum ver banhistas ameaçados por um desses mini-tratores rurais, projetados para vencer terrenos acidentados dentro de propriedades privadas. Transformados em brinquedo de luxo, foram tomando espaço nas praias e com a tolerância das autoridades, especialmente no Nordeste. Mas enquanto em Pernambuco, na Paraíba, no Maranhão e outros estados a polícia já toma providências, na Bahia os quadriciclos continuam a circular sem qualquer cerimônia – inclusive na faixa de praia sob proteção ambiental, o que constitui crime. Em Vilas do Atlântico eles fazem parte da paisagem há anos já. E passaram a ameaçar a segurança de banhistas por todo o litoral norte. Agora as comunidades de Itacimirim e Guarajuba, em Camaçari, e Imbassaí, em Mata de São João, resolveram mobilizar-se contra o uso de quadriciclos, motos e veículos nas praias. A mobilização ganhou força no mês passado com o apoio da agência Morya. As peças publicitárias já começam a ser veiculadas em outdoors, cartazes e placas.

O prejuízo ambiental é uma das vertentes da campanha. A circulação de veículos nas praias é apontada pelo Projeto Tamar como grande responsável pela redução de natalidade de tartarugas por provocar a destruição de ninhos. Na base de Praia do Forte, os biólogos do Tamar ensinam aos visitantes que os quadriciclos também são responsáveis por compactar a areia, impedindo a saída dos filhotes quando os ovos eclodem. Outra abordagem, bem mais relevante, diz respeito à segurança de banhistas, crianças inclusive. Na tentativa de garantir um espaço livre da ameaça dos quadriciclos, pais e mães de crianças têm confrontado os infratores. Diálogos ríspidos e agressões verbais têm se tornado comuns nas praias, de acordo com Antônio Carlos Aquino de Oliveira, morador de Itacimirim. Ele faz parte do grupo de moradores que iniciou a campanha com um ato no acesso à localidade exibindo faixas, cartazes e com a distribuição de panfletos. Segundo Arno Dreschers, proprietário de uma pousada em Itacimirim, a campanha conta com o apoio de todos os empresários do ramo na localidade. Arno destaca que os hóspedes costumam registrar insatisfação com a ameaça dos quadriciclos na praia e “até cobram dos donos de pousadas ações que eles não podem adotar, como apreender os veículos”. Gérsio Chiminazzo, morador de um dos condomínios de Itacimirim, chegou a ser ameaçado ao abordar infratores que colocavam pessoas em risco. Para ele, é preciso “alertar todos para que sejam ainda mais cautelosos com estes indivíduos pois eles não têm limites e estão obviamente apostando na famosa impunidade que permeia todas as nossas instituições”. Alguns moradores já improvisam obstáculos à circulação dos quadriciclos, com toras de coqueiro, para evitar que crianças sejam atropeladas. Em Guarajuba os moradores já se mobilizaram, cavando obstáculos e fazendo ‘apitaços’ quando aparecem pessoas em veículos nas praias, o que tem gerado constrangimentos e mudanças de hábitos. Imbassaí também aderiu à campanha e tem feito reuniões de moradores para tratar do assunto. Em Lauro de Freitas não há sinal de movimentação para coibir a ameaça nas praias. “A situação é grave, pois agora nota-se que a polícia não se incomoda e não se envolve”, diz Aquino. Tadeu Esper, também morador de Itacimirim, considera que há “um certo descaso com a questão por parte das autoridades por se tratar de uma situação entre pessoas de mesma classe social, cujas consequências são menores que a violência cotidiana”. A prefeitura de Camaçari teria prometido aos moradores colocar obstáculos nos acessos às praias que permitam a passagem de pedestres, mas não de veículos, além de fiscais com poder de polícia nos fins de semana. “O Ministério Público Federal, o Ibama e a Polícia Militar já foram acionadas e as providências tendem a serem tomadas”, informa Aquino.

16 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 16

29/05/2012 14:05:17


Teo Almeida, economista e sociólogo, avalia que “o crescimento da renda e facilidade de crédito cria novos consumidores e novos hábitos”, o que explica a expansão do uso de quadriciclos na região. A “exacerbação de direitos e desvirtuação de limites por parte de pessoas com poder aquisitivo, mas sem consciência cidadã e educação civil” seria outro fator presente. Almeida aponta como extrapolação de limites o fato de “pais despreparados e negligentes ensinarem e permitem que menores circulem, nas praias e condomínios, com estes veículos, sozinhos muitas vezes ou com outros menores”. Para ele, trata-se de uma inversão de valores, de mau exemplo e de pessoas que não ensinam e educam porque não aprenderam e não são educadas.

Vilas Magazine - Junho 2012 | 17

VM 161.indd 17

29/05/2012 14:22:38


Olinda é a capital

Pedro Carrilho / Folhapress

TURISMO

S

ede da capitania de Pernambuco, a história de Olinda esteve desde sempre entrelaçada com a da capital, Recife, da qual é somente dois anos mais nova. Ambas, por exemplo, foram tomadas e saqueadas pelos holandeses em 1630. A região ainda passou por outros conflitos, como a Guerra dos Mascates, no século 18, entre os comerciantes portugueses do Recife e os barões do açúcar, e a Revolta Praieira, movimento separatista e liberal que eclodiu em 1848.

N

Minha infância em Olinda

a Olinda da minha infância, o “Homem da Meia-Noite”, boneco do Carnaval, ainda era um gigante solitário. Quando o bloco passava na nossa rua, o galã de cartola, costeletas, bigodinho e dente de ouro cumprimentava meu pai. Retribuíamos a reverência oferecendo um refrigerante para o carregador. Como o boneco era muito alto, ele tinha que abrir a braguilha do personagem para beber o guaraná. Da janela da nossa casa, ao lado da matriz de São Pedro, víamos o mundo. Passavam procissões, blocos, leiteiro, verdureiro, amolador de tesouras. E o “galego”, que oferecia revistas pornográficas e cartas de mágicas. Aos domingos, mascates vendiam tecidos. Depois da missa, o franciscano vinha tomar sorvete conosco. Todo mundo conhecia todo mundo. O tocador de tarol seguia as procissões, as marchas carnavalescas, o pastoril e a retreta dominical na praça do Carmo. Nos outros dias, empurrava a carreta da funerária. Da janela da nossa casa, camarote privilegiado, assistíamos à Corrida das Ladeiras, maratona mais difícil que a São Silvestre. Dizia-se que a ladeira da Misericórdia, mais íngreme, ajudava a tornear as pernas das

Basílica de São Bento em Olinda e Recife, vistos do Alto da Sé. alunas da Academia Santa Gertrudes. À noite, um funcionário acendia a lâmpada de cada poste. As famílias colocavam cadeiras na calçada. Quando compramos a primeira televisão, meu pai abria as janelas para que os vizinhos assistissem a programação. Nossa casa ficava entre os dois cinemas da cidade. Na Semana Santa, como havia uma única cópia da “Paixão de Cristo”, garotos passavam correndo com os rolos dos filmes para a exibição intercalada nas duas salas. O ano acabava com a festa na rua do Bonfim, com quermesse, grupos folclóricos e cinema projetado na parede de um casarão por um vizinho. No dia em que Getúlio Vargas se suicidou, o único guarda da delegacia circulou na rua com um fuzil. Prontidão inócua. Havia um único assaltante, que não assustava ninguém. Vivi numa cidade sem violência. As casas não tinham grades. Não havia chaves na nossa. Olinda era uma cidade-dormitório. Depois vieram os intelectuais, os arquitetos, os ateliês, as pousadas, o artesanato e os turistas. Subi e desci as ladeiras a pé, em carrinhos de rolimã, de bicicleta e na cabina do caminhão do lixo da prefeitura, dirigido por um parente distante. Ainda havia bonde, quando comecei a trabalhar. Ia todo dia à praia, até que ergueram os diques para conter a fúria do mar, que levara a casa da primeira infância. Ao chegar a São Paulo, no final dos anos 1960, imaginava que veria o mar ao dobrar cada esquina. FREDERICO VASCONCELOS é jornalista da Folha de São Paulo.

18 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 18

29/05/2012 14:22:42


D

Profusão de igrejas em Olinda pode ser avistada de longe

e longe, já é possível avistar a profusão de igrejas que cobre as colinas de Olinda – são cerca de 20 em tão pequeno território. Embora conhecer todas seja certamente um tour maçante, um roteiro pelas principais delas é fundamental para a compreensão da cidade em seu auge histórico. Todas as igrejas construídas durante o século 16 vieram abaixo no grande incêndio causado pela invasão holandesa em 1630 e foram posteriormente reerguidas. Um bom lugar para começar o circuito é a igreja e mosteiro de São Bento. Construída em 1582, é considerada a mais rica da cidade, principalmente por seu altar barroco revestido de ouro. Já o convento de São Francisco é o mais antigo convento franciscano do país. Em seu complexo estão a igreja da N. S. das Neves, mais três capelas e uma sacristia, todas decoradas no estilo barroco, além de painéis de azulejos. Todos os caminhos levam ao Alto da Sé, que foi recentemente revitalizado. Ali fica a igreja da Sé, construída originalmente em 1537. Mais humilde, porém também importante historicamente, é a igreja de N. S. do Rosário dos Homens Pretos de Olinda. Construída por uma irmandade de negros no século 17, tem uma imagem de Moisés Negro, jazigos de escravos e afrescos pintados por eles, recém-descobertos. Atente aos horários de abertura das igrejas, que variam muito. Recentemente reformada, a igreja da Misericórdia, de 1540, abre apenas nas missas matinais e brevemente às 12h e às 18h. Já a igreja de N. S. do Amparo somente abre para visitas durante as missas de domingo. Entre uma igreja e outra, percorra as principais ruas e ladeiras da cidade, como a esquina dos Quatro Cantos, a rua do Amparo e a ladeira da Misericórdia, cujo grau de inclinação faz jus ao nome, culminando no Alto da Sé. Em meio às coloridas fachadas, busque dois sobrados em estilo mourisco, um na rua do Amparo e outro na praça São Pedro, onde ainda está a única edificação remanescente em estilo holandês. (PEDRO CARRILHO / Folhapress)

NUMBER ONE:

SEM COMPARAÇÃO. Fale inglês em 4 semestres com o método exclusivo Number One. E mais: • C r, , p,r, t d,, ,, ,d,d,, , n,,,,,,d,d,,. • E,p,ç m ,timíd,, p,r, p,,q ,,, , d,v,r,ã d , ,, n ,. • Ap,,,,tiv , n,,n, q , ,mp,,,m ,pr,nd,z,d p,, , mp t,d r, tablet smartphone,,,,,,,,,,, , ,,,,, t,,, d, Oxford University Press. ,,,,,,,,,,,,,,

Unidade Vilas do Atlântico Av. Pr,,, d, It,p ã, Q.A-2-L19. T,,: 3379-4425 www.vilas.numberone.com.br Vilas Magazine - Junho 2012 | 19

VM 161.indd 19

29/05/2012 14:22:46


Negócios & Empresas

Pequenas empresas também têm dúvidas na opção entre CLT ou PJ

C

om a expansão dos negócios, não há titubeio quanto à necessidade de ampliação do quadro funcional. Contratar profissionais como celetistas ou autônomos, ao contrário, é interrogação comum para boa parte dos pequenos e médios empreendedores. Pagar impostos trabalhistas [que podem representar até 100% da folha de pagamento] ou enxugar os gastos? Para Aldo Teixeira, 55, dono de cinco restaurantes em flats na capital paulista, valeu a segunda opção. “Se for registrar em carteira todos os profissionais que preciso, a empresa se torna inviável”, justifica o empresário, que tem 180 funcionários efetivos e recruta cerca de 50 como PJ (pessoa jurídica) por evento. Para não configurar vínculo empregatício, afirma, os autônomos só podem trabalhar duas vezes por semana. Fugir do registro em carteira é arriscado, diz o advogado trabalhista Luiz Fernando Alouche, sócio do Almeida Advogados. “Há outras maneiras de as pequenas empresas economizarem di-

nheiro, como oferecer um salário menor e complementá-lo com benefícios”, sugere o especialista. Segundo o Ministério Público do Trabalho, a multa para quem infringe a lei trabalhista, como contratar autônomo por mais de três semanas, pode chegar a custar R$ 50 mil por dia. Ciente desse risco, Júnior Pamplona, 38, sócio de um bufê, afirma só recrutar autônomos “conhecidos, e de vez em quando”. “Há garçons antigos e talentosos que a gente chama para alguns eventos no modelo PJ”, frisa ele, que tem equipe fixa de 14 profissionais. rotatividade Não é apenas a multa o fator de risco da contratação de PJ. Na decisão entre reduzir gastos ou optar pela CLT, pesa também o alto índice de rotatividade dos profissionais sem vínculo empregatício. Para não correr riscos diante de um cliente, Teixeira contrata dez autônomos a mais por evento, prevendo a ausência de algum deles. “É comum a falta de

Além dos riscos legais, profissional sem vínculo empregatício costuma ser menos comprometido comprometimento [entre quem trabalha como PJ]. Há desde os que faltam sem avisar, até os que chegam embriagados”, conta o empresário. Sem vínculo efetivo com a empresa, o mesmo ocorre com profissionais temporários com carteira assinada por até 90 dias. Com 80 funcionários fixos, a indústria de chocolates Top Cau teve de contratar mais de 1.200 deles só para a Páscoa. O índice de rotatividade que, em geral, é próximo de zero, salta para 22% no período. ATRAÇÃO “Recontratar é um gasto pesado para nós porque temos que entrevistar e treinar os profissionais de novo”, argumenta Clóvis Paiva, coordenador de recursos humanos da empresa. Apesar de temporária, a forma de contratação escolhida por Paiva é celetista. Ou seja, todos os profissionais são registrados em carteira. O modelo, diz, é o que mais atrai os profissionais e, ao mesmo tempo, reduz o índice de processos trabalhistas.

20 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 20

29/05/2012 14:22:47


Faturamento deve definir modelo Empresário precisa avaliar quanto planeja ganhar para optar pelo tipo jurídico mais interessante

A

ntes de colocar a carteira de trabalho no fundo da gaveta e tentar empreender, é preciso avaliar qual tipo jurídico é o mais interessante para a futura empresa. Há quatro opções: o MEI (Microempreendedor Individual), o Empresário Individual, a Sociedade Limitada e a Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) – veja as diferenças acima. O que determina a escolha do modelo é o faturamento que a empresa vai gerar a médio prazo. “Um prestador de serviços que espera receber até R$ 5.000 mensais tem mais vantagens com o MEI, enquanto o que planeja acumular faturamento maior pode escolher entre os restantes”, explicam contabilistas. Com um caixa mensal de R$ 1.666, Jaílson de Oliveira, 39, optou pelo MEI. Ex-vendedor de cosméticos, ele viu no modelo uma forma de economizar dinheiro com tributos – o recolhimento varia de R$ 31,10 a R$ 37,10 por mês. Há dois anos, pediu demissão de uma empresa de beleza e abriu a própria loja: “Tenho que aproveitar [a redução tributária] porque ainda sou peixe pequeno”, afirma ele. MAIS DE 2 MILHÕES Como Oliveira, há outros 2,24 milhões de Microempreendedores Individuais no Brasil, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Em segundo lugar na preferência dos autônomos está o Empresário Individual, que não exige sócio – como é praxe na Sociedade Limitada. A desvantagem consiste no fato de os bens do empresário poderem ser utilizados no caso de dívida da empresa. Para quem quer ter segurança e fugir de um sócio, a Eireli – lançada em janeiro – é a mais adequada, aconselha o advogado Walther de Castro. A pedra no sapato é a exigência de capital social [aporte financeiro mínimo] de 100 salários mínimos (R$ 62,2 mil). “Como tudo na vida, os modelos jurídicos possuem vantagens e desvantagens”, diz.

NOTAS n Os empresários Bernardo Lepikson (esq.) e Nuno Macêdo tocam, com dedicação total, o Empório Jaguaribe, em funcionamento desde fevereiro, no Shopping Jaguaribe Itacenter. O lugar conta com carta com mais de 50 rótulos de cerveja especiais, artesanais e importadas e um cardápio de petisco especializado para harmonizar com cada estilo, para consumo no local ou levadas para casa.

n A Contours Academia adotou a praça em frente de sua sede, na rotatória de acesso para Buraquinho. As obras já começaram e tem previsão de ser inaugurada no primeiro sábado deste mês. A franqueada Fernanda Carvalho conta que tomou a iniciativa de adoção da praça quando percebeu as alunas, acompanhadas das professoras, atravessarem a rua para fazer aula ao ar livre aos sábados. “Quando vi a cena, percebi que estava na hora de adotar a praça”, conta a empresária. A idéia, aprovada pela prefeitura, teve projeto assinado pela paisagista Cristina Sampaio, da empresa Bioma, enquanto o material e mão de obra foi doado pela Concretiza. O espaço é monitorado por câmeras, graças à parceria firmada com a Sulseg. As empresas AVJ Paisagismo, Tailândia Material de Construção, La G’eri, Mais Construção, Dapi Cosméticos, Ideal Mármores e Arte Romana também contribuiram com a proposta da academia.

(PATRÍCIA BASILIO / Folhapress) Vilas Magazine - Junho 2012 | 21

VM 161.indd 21

29/05/2012 14:22:49


NAMORADOS

Amor baseado em evidências Antes de apelar para o jogo de búzios ou para o horóscopo, dê uma olhada na maneira científica de encontrar seu grande amor; quem sabe dê certo

JULIANA VINES / Folhapress

A

ciência ainda não encontrou a fórmula do amor, mas muitos pesquisadores parecem acreditar que estão quase lá. Estudos, equações e teorias solucionam dilemas como prever a chance de uma reconciliação ou de encontrar a alma gêmea. Para a médica inglesa Luisa Dillner, as respostas das pesquisas são mais confiáveis que conselhos de amigos. Dillner é colaboradora da revista científica “British Medical Journal” e autora do livro “Os Números do Amor” (Best Seller). “Conselhos são baseados em experiências. A experiência do outro pode bem ser diferente da sua. Já pesquisas são feitas com centenas de pessoas”, diz a escritora. Por exemplo: um amigo pode dizer que a ex-namorada vai pedir para voltar, mas estudos mostram que a chance de reconciliação para casais com menos de 30 anos é de 10%. “Se você sabe que a estatística está contra você, vai se mexer mais rápido.” ‘achismos’ O psicólogo Ailton Amélio, professor da Universidade de São Paulo e autor de “Relacionamento Amoroso” (Publifolha), tem estudos sobre o amor, mas é mais cauteloso. “Existem pesquisas confiáveis, mas ainda há muito ‘achismo’ e soluções mágicas.” Outro porém é que dificilmente os estudos podem ser generalizados. “Muitos são com universitários americanos, nem sempre os resultados se aplicam a outros contextos”, diz Dillner. Para o psiquiatra e terapeuta de casal Luiz Carlos Osorio, não dá para desconsiderar a ciência mas também não tem como ignorar a experiência e o contato com outras pessoas. “Não podemos reduzir tudo a um padrão. Relacionamentos são imprevisíveis. Existem caminhos para deixar a relação mais satisfatória, mas eles só vão funcionar se o casal se dispuser a isso.” (Colaboraram Fernanda Reis e Felipe Oliveira)

1

COMO PROCURAR SEU PAR Para a ciência, não há mistério. Diferentemente do que se imagina, homens e mulheres buscam as mesmas coisas em um parceiro. De acordo com levantamento internacional realizado com 9.474 pessoas em 33 países, todos procuram bondade, inteligência, bom humor e saúde na outra pessoa (“Journal of Cross-Cultural Psychology”). Não ajudou? Então tente procurar pessoas semelhantes a você. Casais com personalidades parecidas são mais satisfeitos em seus relacionamentos, segundo pesquisadores da Universidade de Iowa (EUA). Em estudo de 2005, eles pediram a 291 casais que respondessem a questionários e participassem de interações filmadas. Depois, mediram a satisfação matrimonial e as semelhanças entre os parceiros. Resultado: os casais se parecem muito no que diz respeito às atitudes. As semelhanças na personalidade foram importante para a qualidade da relação.

2

CANTADAS QUE FUNCIONAM Romantismo à parte, para a psicologia evolutiva, a cantada é o momento de o homem mostrar suas qualidades como bom reprodutor e companheiro. As melhores cantadas, portanto, são aquelas que exibem esses atributos, de acordo com pesquisa da Universidade de Edimburgo, Escócia. Foi pedido a 195 universitários que dessem uma nota de um a cinco para 40 cantadas masculinas. Quanto maior a nota, maior a chance de a conversa continuar. As que tiveram mais sucesso foram aquelas em que o galanteador demonstrava disposição de ajudar ou expunha suas qualidades intelectuais. Quando um homem impediu que roubassem o lugar de uma mulher na fila do ônibus, por exemplo, recebeu nota 3,83. Demonstrar que tem dinheiro também funciona: pedir opinião para comprar um relógio caro recebeu a nota 3,76. As que tiveram as menores notas foram as diretas, como convites explícitos ou elogios. Se você costuma perguntar, sem sucesso, “Você se machucou quando caiu do céu?” (nota 1,54), agora sabe o que está dando errado. A pesquisa foi publicada na revista “Personality and Individual Differences”, em 2006.

22 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 22

29/05/2012 14:22:52


3

ESCOLHER A ALMA GÊMEA

Quando você está apaixonado, como saber se outra pessoa que você ainda não conhece seria capaz de despertar sentimentos mais profundos? Para solucionar o problema, o matemático e psicólogo Peter Todd, da Universidade Indiana (EUA), junto com o psicólogo Geoffrey Miller, criaram uma teoria que pode ser chamada de “regra dos 12”. É um algoritmo matemático, “que maximiza as chances” de achar a alma gêmea e “diminui os riscos” de se dar mal na escolha. A ideia está baseada em um conceito chamado de “satisficing” (a mistura de satisfação com suficiente), que quer dizer fazer a melhor escolha dentro de opções limitadas. Doze pretendentes são uma boa amostra, segundo estimativas dos pesquisadores. Para dar certo, porém, é preciso conhecer bem as opções. E, depois de chegar à conclusão, ter cara de pau para correr atrás de “ex” e pedir uma segunda chance.

4

SEXO NO PRIMEIRO ENCONTRO

Tanto faz se é homem ou mulher: quem tem relações sexuais com quem acabou de conhecer fica malvisto. Trabalho da Universidade Texas Tech (EUA), publicado pela revista “Personal Relationships”, entrevistou 296 universitários, que responderam a questionários sobre o comportamento sexual de homens e mulheres tendo como base situações fictícias. Homens e mulheres que tinham sua primeira relação sexual após firmar um compromisso foram considerados mais apaixonados e companheiros. Enfim, desejáveis para um namoro ou casamento. Outra pesquisa, publicada no mesmo periódico em 1998, mostra que homens tem 40% mais chances de se envolver em sexo casual. Ter tido uma experiência desse tipo no passado ou estar em uma situação que favorece o sexo (estar bêbado, por exemplo) aumenta as chances de a transa acontecer. Participaram da pesquisa 305 pessoas – 33% dos homens e 16% das mulheres já tinham feito sexo casual.

5

FAZER A PAIXÃO DURAR

O matemático e psicólogo John Gottman, da Universidade de Washington (EUA), depois de acompanhar casais por anos, criou uma fórmula de sucesso para casamentos: a taxa 5 X 1. Para cada coisa (comportamento ou memória) negativa do parceiro, é preciso ter cinco positivas. A teoria da satisfação pode até parecer óbvia, mas a ideia é que os pontos negativos sejam reconhecidos e, quem sabe, evitados. Queixas sobre defeitos na personalidade do parceiro e declarações de desprezo são exemplos de comportamentos nocivos. Um dos estudos de Gottman começou em 1983, com 79 casais que participaram de conversas filmadas. A partir da ideia do 5 X 1, os pesquisadores conseguiram prever a maioria dos divórcios – dos 79 casais, 22 (27,8%) se divorciaram depois de 14 anos. A pesquisa foi publicada na revista “Journal of Marriage and the Family”, em 2000. Uma maior capacidade de resolver conflitos e de cultivar memórias positivas ajuda a manter a satisfação no relacionamento. Segundo o pesquisador, há dois períodos críticos: os primeiros sete anos – quando metade dos divórcios acontece – e na meia-idade, em que a satisfação matrimonial chega no ponto mais baixo.

6

RELACIONAMENTO NO TRABALHO

O trabalho é um dos lugares mais citados na literatura científica como um local propício para encontrar o amor. Mas depende do emprego. Ambientes mais liberais, em que piadas são permitidas, são os mais favoráveis para os romances, segundo pesquisa da Universidade de Tulsa (EUA), publicada no “Journal of Applied Social Psychology”, em 2011. O estudo envolveu 293 pessoas e foi feito em duas etapas. Os participantes responderam a um questionário que trazia perguntas como “Você já testemunhou um namoro no seu trabalho atual?” e “Você já se envolveu com alguém do escritório?”. Dos entrevistados da primeira etapa, 35% já tinham se relacionado com alguém do trabalho. O número chegou a 43% entre os participantes da segunda etapa. Trabalhar nas mesmas tarefas e conviver em um ambiente liberal u ajudam. A proximidade física é o que menos conta. Vilas Magazine - Junho 2012 | 23

VM 161.indd 23

29/05/2012 14:22:59


NAMORADOS

7

NAMORO À DISTÂNCIA DÁ CERTO?

REACENDER A CHAMA A qualidade do relacionamento é ligada à frequência das relações sexuais, de acordo com estudo da Universidade Estadual da Geórgia, publicado em 2008. O problema é que, ainda segundo a pesquisa, na maioria dos relacionamentos a atividade sexual diminui com o tempo. Os cientistas entrevistaram 77 pessoas que estavam em um relacionamento sem sexo para entender o “celibato involuntário” – quando um dos parceiros não tem interesse sexual. Esse celibato pode ocorrer, por exemplo, por problemas no relacionamento ou falta de desejo sexual e pode trazer frustração, depressão e baixa autoestima (94% dos participantes do estudo desejavam ter sexo de novo em suas vidas). A pesquisa não ensina a reacender a chama, mas traz algumas pistas: as principais causas da perda do interesse sexual são a sensação de que não há mais novidade e que não é preciso investir na relação. Outro estudo, canadense, feito com 99 pessoas, mostrou que conversar sobre sexo e falar sobre as preferências na cama pode melhorar a vida sexual.

9

8

DISCUTIR SEM COBRANÇAS

Discussões são inevitáveis e, de acordo com a ciência, dizem muito sobre a qualidade do relacionamento. Um trabalho da Universidade de Wisconsin (publicado em 2000 pelo “Journal of Marriage and Family”) entrevistou 97 casais recém-casados com, em média, 25 anos. Dois terços deles foram convidados a participar de interações em laboratório. A ideia era observar como eles discutiam e como reagiam a respostas hostis e tentativas de terminar a conversa. Os resultados contrariaram alguns estereótipos de gênero: homens que evitavam conflitos e se retiravam da discussão (mudando de assunto, por exemplo) foram bem vistos pelas mulheres. A atitude foi vista como um empenho do marido em evitar a briga. Já entre os homens, esposas que fugiam de discussões foram motivo de queixa. Segundo a pesquisadora, o estudo mostra que é possível identificar comportamentos que são hostis e, assim, evitá-los. Mas nem todos os conflitos podem ser resolvidos. Pesquisa de 2009, publicada na revista “Family Relations”, feita com 100 homens e 100 mulheres casadas, mostrou que as discussões sobre dinheiro são umas das mais frequentes. E elas nunca têm solução.

Estudos mostram que relacionamentos a distância podem ser mais estáveis do que os próximos. Segundo pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, feita em 2007 com 122 casais, a idealização do parceiro e a satisfação com a comunicação são maiores em relações a distância. E o que acontece quando os casais que moram longe passam a viver perto? O mesmo grupo de pesquisadores realizou, em 2006, um estudo para descrever as mudanças que a relação sofre quando deixa de ser a distância. Foram selecionados 335 universitários para responder a questões abertas sobre a relação. Os resultados não foram muito animadores: 36,6% dos que estiveram em um relacionamento a distância e passaram a morar no mesmo lugar terminaram em até três meses e 97% deles perceberam alguma mudança na relação, como aumento nos conflitos, ciúmes e percepção de novos defeitos ou qualidades no parceiro. A maioria dos participantes (85%) disse sentir falta de pelo menos uma coisa na relação a distância – autonomia, por exemplo.

10

AS CHANCES DE RECOMEÇAR

O fim de um relacionamento não significa um ponto final na vida amorosa, mostra estudo realizado pela Universidade de Essex (Inglaterra). A partir de dados de pesquisas do “British Household Panel Survey”, que entrevista anualmente 5.500 famílias, foi possível concluir que, entre as pessoas que acabam de se divorciar, 30% passam a viver com outro parceiro em um ano. Em cinco anos, a porcentagem é de 47%. Porém, a velocidade em que a pessoa inicia um novo romance diminui à medida que ela envelhece. Viúvos e responsáveis por crianças se envolvem 15% menos em novos relacionamentos. E esses relacionamentos pós-rompimento podem ser duradouros? Pesquisas já disseram que há um risco de “efeito rebote” (usar um amor para curar outro), mas um estudo publicado no “Journal of Divorce and Remarriage”, em 2011, com dados de 13 mil pessoas, mostrou que a quantidade de divórcios dos “relacionamentos-rebote” é a mesma de outros tipos de relacionamento: 15% dos casais que recomeçaram acabaram se separando. O trabalho analisou relacionamentos que começaram em vários períodos pós-separação e não encontrou diferenças.

24 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 24

29/05/2012 14:23:05


De esposo para namorado Pedir a separação e namorar o ex-marido. Será que este tipo de amor funciona?

V

ocês um dia se casaram. Mas, após um certo tempo, se separaram. Até aí, tudo bem: a separação ocorre. O que não se pode esperar é que, depois, vocês fossem pegos namorando! Após um tempo namorando, a secretária Laura Correa quis viver junto com o seu companheiro. “No começo foi maravilhoso, porém logo passaram a surgir os probleminhas já conhecidos. Ele detestava onde morávamos, resmungava de tudo e não gostava de dividir as tarefas”, relaciona Laura, que decidiu então se separar meses após de se juntar. “Nos separamos, mas o namoro continuou. Para ser sincera, está até melhor: atualmente nós saímos mais do que quando estávamos morando juntos e a qualidade do tempo aumentou”, diz ela que não se incomoda quando os colegas e seus parentes ficam surpresos com a nova situação. “Existem pessoas que não compreendem, mas não esquento. O essencial é que estamos nos dando bem levando dessa maneira”, conta. Laura diz que ainda deseja casar de papel passado. “Mas só daqui a um tempo, com mais experiência, quem sabe?”. A estudante Flavia Siqueira, encontrou esta situação em sua própria casa. O casamento de seus pais, após 15 anos, entrou em crise e eles se divorciaram. “Naquele período, eu era pequena e sofri bastante. Defendi meu pai e fui viver com ele”, lembra ela. Anos mais tarde, Flavia passou a perceber um clima estranho ocorrendo com seu pai e sua mãe. “Deixaram de brigar e passaram a ficar com aquele joguinho de charme um para o outro quando se viam. Mas um dia peguei eles no flagrante se beijando”, diz ela, que ficou muito feliz com a reconciliação. “Eles tiveram uma longa conversa e estão namorando. Nada de ficar dividindo

a casa, pois não funciona mais. Eles saem juntinhos nos finais de semana, de vez em quando dormem na casa um do outro, como um casal de jovens. Eu acho maravilhoso”, revela ela. Mas tem pessoas que não conseguem namorar o ex. Isso não funcionou para o jornalista Carlos Pereira. “Namorar minha ex-esposa foi a pior coisa que podia acontecer. Naquela situação, por ser o divórcio uma hora de muito sofrimento, pensamos que namorar poderia ser uma boa ideia. Mas não foi”, conta. Carlos diz que os limites do namoro se tornaram bastante confusos. “Nós ficamos sem saber direito como se relacionar um com o outro, o que podia ser feito e o que não podia entre a gente”, diz ele, que terminou escolhendo

pelo fim mesmo. De acordo com os especialistas, às vezes o casal não se adapta direito ao morar junto. Eles informam que isso significa em abrir concessão e, diversas vezes, eles se gostam bastante porém não conseguem se encaixar a esse estilo de vida. Quem observa de fora esse tipo de relacionamento, pode até achar esquisito. Isso pode trazer um tipo de estranhamento por parte dos outros que convivem com o casal, já que eles escolheram por um tipo de união diferente do que a nossa cultura determina. O grande ponto é como o casal administra isso. Mesmo com a sociedade não aceitando ou querendo ditar o que é o ideal, por que não aceitar uma outra alternativa que será mais interessante para o casal? u Vilas Magazine - Junho 2012 | 25

VM 161.indd 25

29/05/2012 14:23:08


NAMORADOS Para várias pessoas, viver em separado pode ser uma maneira de amenizar conflitos que entram nas questões de território e na privacidade de cada pessoa. É essencial verificar se há questões inconciliáveis de verdade, que impedem que o casal viva junto ou se estamos perante a imaturidade que não permite compartilhar. Quer dizer, onde o “eu” não quer abrir espaço para o “nós”. E namorar é uma das soluções para fugir da monotonia do matrimônio e manter acesa o fogo da paixão. Aquele ar romântico retorna, a emoção do encontro e, em especial, a questão de ficarem um bom tempo juntos como casal. Porém é informado que os dois podem cultivar costumes do namoro e seguir com esta paixão até no mesmo teto. A respeito das vantagens e desvantagens de namorar o ex, os especialistas dizem que a forma da relação pode se modificar. O namoro, para muita gente, proporciona uma forma de maior flexibilidade. O casal com certeza terá que se adaptar a esta nova maneira. Situações que eram feitas quando eram casais, o dia-a-dia, tudo isso terá que ter uma readaptação. E outros acordos como por exemplo o da fidelidade ainda deverão ser analisados novamente. O sucesso irá depender da competência dos dois em se organizar de novo.

O espaço do amor Trabalhe de forma positiva o seu relacionamento harmonizando o seu lar utilizando a técnica do Feng Shui

O

Feng Shui é uma técnica milenar que harmoniza ambientes e que chegou com muita força no nosso continente, nos proporcionando uma outra perspectiva referente as nossas moradias. Podemos melhorar todos os segmentos da vida utilizando o Feng Shui: o trabalho, o lado espiritual, a amizade, o sucesso, além da área dos relacionamentos, já que amor é indispensável! Os seguidores informam que o segmento dos relacionamentos significa os envolvimentos de carinho, parcerias, matrimônio e de negócios. Consegue ter influência no público feminino, por ser uma área de natureza yin, da mulher. Seu elemento é Terra, que pode ter como forma de representação os cristais, plantas, coisas de barro e formatos quadrados. Suas tonalidades são o branco, o vermelho e também o rosa. O Feng Shui faz a harmonização e a orientação do fluxo do ch’i que transita pela nossa moradia por meio de vários métodos que são dados pela escola da Forma, do Chapéu Negro e da Bússola. Como um todo, seus tons de cores, formato e colocação dos objetos no momento de decorar a casa são primordiais para que essa energia possa transitar de maneira correta, oferecendo saúde, equilíbrio, prosperidade e relaxamento. De acordo com os profissionais em Feg Shui, o instrumento mais empregado é o chamado Baguá, um octógono onde suas laterais significam cada segmento da nossa vida a serem trabalhadas por esta técnica chinesa. É utilizado o Baguá no cômodo ou na planta da moradia. Como é feito a harmonização Para saber onde se localiza o setor dos relacionamentos no seu quarto, basta ficar na porta de entrada observando para dentro do ambiente. No lado direito se localiza o setor dos colegas e continuando pela parede, o canto seguinte é o associado ao afetivo. Para ativar essa área, precisam ser instalados peças que proporcionam amor, felicidade e estabilidade. Por exemplo, fotografias do casal em situações român-

ticas, jarros de flores, pequenas estátuas de casais, velas... tudo o que a sua intuição direcionar. Os objetos precisam ser instalados em pares e nas tonalidades ligadas a esta área, que é a do relacionamento. Utilize o cristal chamado Quartzo Rosa, que trabalha bastante com o amor e harmoniza os relacionamentos. O cômodo do casal ainda precisa ser trabalhado para fazer com que as energias da paixão sejam ativadas, mesmo que ele não esteja localizado na área de relacionamentos. É recomendado sempre deixar o quarto livre e nunca desarrumado, sem muita coisa empilhada e que não fique com poeira acumulada, abrindo durante todas as manhãs as janelas para deixar o local purificado. A cor aconselhada é o rosa, para utilizar nas paredes ou em certos detalhes deste cômodo. Retire do setor de relacionamentos: l Coisas associadas a outros relacionamentos – jogue fora aquelas cartinhas velhas de amor, pequenos presentes ou fotografias de relacionamentos antigos, isso provoca energia estagnada. É necessário abrir caminho para que novos relacionamentos surjam. l Não tenha a cama de solteiro com uma mesinha de cabeceira apenas, já que isto mostra que você está satisfeito por estar solteira. l Coisas que não chamem relacionamentos maduros, como por exemplo brinquedos ou objetos jovens demais. l Coisas pontiagudas, como por exemplo tesoura ou faca, que ‘cortam’ qualquer tipo de relacionamento. l Plantas que possuem espinhos, já que provocam brigas. A paixão de minha vida !!! Quando se está jovem, ‘flechado’ pelo primeiro amor, fazemos declarações afirmando que ele(a) é o grande amor da nossa vida. Mas depois chega outro namoro e mais um e assim vai. Quando já se está na faixa dos 30 anos, com uma certa experiência, nos questionamos: será que o conhecido amor da minha vida existe de verdade? E será um apenas?

26 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 26

29/05/2012 14:23:09


Para várias pessoas essa expressão “o maior amor” é verdadeira. Para a estudante Carla de Souza, amor real é desta forma mesmo. “Acredito demais no amor de verdade. Acho que cada pessoa possui a sua cara-metade”, afirma ela, que ainda não achou esse amor, mas acredita que um dia isso vai acontecer. “Acho importantíssimo sempre acreditar no amor, já que é isso que nos impulsiona para ultrapassar as horas que estamos sozinhas: saber que existe uma pessoa para você por aí. Na hora exata, ele vai aparecer”. São diversas as expressões que dão a confirmação dessa idéia, de que para cada pessoa existe outra para ela: que é a nossa alma gêmea. A assessora Marta Pereira acredita nessa ideia de que para cada pessoa há apenas um grande amor, pois já encontrou seu amor verdadeiro. “Nós podemos até gostar de outros no decorrer de nossas vidas, mas amor acho que exista apenas um. Quando ele chega, nós já percebemos. É uma coisa única e eterna. O meu grande amor está comigo já tem cinco anos e sigo apaixonada por u

Vilas Magazine - Junho 2012 | 27

VM 161.indd 27

29/05/2012 14:23:10


beleza & estética ele”, afirma ela. A jornalista Paula de Souza acredita que podemos ter várias e reais histórias de amor durante a nossa vida. “Podemos viver realmente mais que um amor verdadeiro, já que passamos por estágios diferentes na vida, quando observamos as coisas de maneiras diferentes”, diz ela, que já teve um grande amor, mas ele faleceu. “Demorou um tempo enorme para me levantar desse sentimento de perda. Depois de algum tempo conheci outra pessoa e, com o passar dos anos fui aprendendo amá-lo também”, diz ela, que atualmente convive com um outro amor com quem é bastante feliz. “Considero que amar é uma arte que vamos aprimorando ao longo de nossa vida”, afirma ela. Sabendo que no nosso Planeta, além de nós, existem aproximadamente sete bilhões de pessoas, pensar que apenas uma delas é a nossa alma gêmea pode parecer esquisito. É desta maneira que pensa a advogada Kátia Freitas: “Prefiro imaginar que existem diversos por aí. Desta forma não está arriscado eu me decepcionar mais pra frente. Não funcionou? Ok, mais adiante vai surgir outro”, diz ela, complementando: “Não gosto muito dessa história de ficar vivendo um grande amor. Por que não podemos então viver diversos amores verdadeiros?”. Segundo os especialistas, a psicologia não aceita muito essa ideia de haver somente um grande amor. Eles dizem que estudos mostram histórias de amores, o que implica em diversas possibilidades. O amor não possui medida, quantidade ou fronteiras. Para eles não é difícil que determinadas pessoas se lembrem de um amor que aconteceu quando elas eram adolescentes como sendo o verdadeiro, mas isso tem a tendência de ser uma ilusão. Eles acreditam que em geral isso ocorre pois existe a ligação da paquera com uma época somente, repleta de lembranças da escola, colegas da rua, festinhas, descobrimentos, modificações hormonais, formação da identidade, entre outros. Aí ligamos isso tudo a uma fase podendo entender como amor. Não podemos confirmar que há um grande amor apenas, outros menores ou de tamanhos diversos. Determinadas pessoas possuem mais afinidades, outras nem tanto. Algumas surgem em nossas vidas em uma hora onde não estamos prontos ou direcionados para um relacionamento. É informado ainda que o mundo é dinâmico: nós nos modificamos, nossa vida muda, nosso dia-a-dia e responsabilidades idem. Então podemos dizer que não há uma cara-metade apenas. Que bom, não é verdade?

Malhe com moderação

N

a expectativa de consePraticar exercícios guir um corpo malhado, algumas pessoas acafaz bem tanto para a bam exagerando na dose autoestima quanto de atividades físicas e ultrapassando os limites do próprio corpo. E é para a saúde. Porém, aí que elas podem entrar no chamado ‘overtraining’ – compulsão é preciso tomar cuidados que ocorre quando um indivíduo se para não exagerar exercita exageradamente e acaba tendo sérios problemas de saúde. “É preciso ficar atento. Além das contusões musculares, essa síndrome sempre vem acompanhada de vários males, como ansiedade, falta de apetite e depressão. Esses pacientes também apresentam mudanças hormonais por conta do excesso de exercícios. Eles perdem cabelo e as unhas ficam fracas”, afirma Vladimir Bonilha Modolo, do centro de estudos em psicobiologia e exercício da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). E com-

28 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 28

29/05/2012 14:23:12


plementa: “É uma doença que deve ser tratada com repouso, medicamentos e até acompanhamento psicológico”. Modolo ainda afirma: “Nem toda pessoa que treina muito é vítima do ‘overtraining’. Mas, se o paciente não receber orientação médica e psicológica, poderá desenvolver esse mal. Portanto, é preciso ter moderação e respeitar os limites do corpo”. De acordo com pesquisas, homens e mulheres de 20 a 45 anos são os que mais apresentam esse problema. “Acredita-se que essas pessoas estejam naquela fase em que a imagem corporal é importante para a melhor aceitação na sociedade. A partir daí, elas começam a abusar do próprio organismo em busca de da perfeição estética”. A relações públicas Fernanda Evangelista (foto), 29 anos, adora se exercitar. A jovem é figura garantida nas aulas de ‘spinning’ e musculação, na academia que

frequenta assiduamente. O problema é que ela já sofreu três contusões. “Também adoro correr e nadar. Mas, meu corpo não aguenta tanto esforço. Tenho um problema na minha estrutura óssea e já me contundi algumas vezes. Aliás, estou em repouso, neste momento, exatamente por isso. Estou com um problema no quadril e preciso ficar quietinha por um tempo. Meu médico ainda não me liberou. Não vejo a hora de voltar”, declara Fernanda. Segundo os médicos, as principais contusões acontecem no joelho. Mas também existem queixas no tornozelo, ombros e até na coluna. A professora de educação física Selma Monteiro de Oliveira Pivato dá uma dica aos amantes de exercícios. “Praticar exercícios uma hora e meia por dia é o

Robson Ventura / Folhapress

suficiente para o corpo. O organismo não responde a mais do que isso. Malhar é bom para a saúde, mas é necessário encontrar equilíbrio, e cada corpo responde de uma maneira. O correto é dividir os exercícios com a parte aeróbica, muscular e finalizar com o alongamento. Tudo isso deve contar com um acompanhamento médico”. A aposentada Maria Diva Marques da Silva, 63 anos, garante que sabe cuidar muito bem de seu corpo. Ela frequenta academia há 18 anos. “Vou à academia três vezes por semana e sempre trabalho músculos diferentes. Faço aulas de ‘jump’, ‘step’, aeróbica e exercícios localizados. Nunca sofri contusões e faço exames médicos pelo menos uma vez ao ano para saber se está tudo bem”. (Andréia Takano / Folhapress)

Equilíbrio em um pulo Exercício considerado simples, pular corda dá agilidade, força e melhora o condicionamento físico e a capacidade de equilíbrio

V

ocê já percebeu que, em quase todos os filmes sobre boxe, os lutadores aparecem pulando corda? Segundo Marcelo Cavalheiro, ortopedista do Hospital de Albert Einstein e especialista em assuntos relacionados a esportes, o exercício proporciona, entre outros benefícios, a capacidade de ficar em pé com facilidade. Além de favorecer o equilíbrio, pular corda ajuda a ganhar condicionamento físico e a fortalecer a musculatura. ‘Principalmente dos glúteos, da coxa e da panturrilha’, diz. ‘A atividade também trabalha a capacidade aeróbia e anaeróbia e tem um gasto calórico maior do que o dos exercícios tradicionais’, diz o ‘personal trainer’ Anderson Carlos, da Test Trainer. Antes de começar a pular corda na sala de casa, porém, fique atento a alguns cuidados necessários para não enfrentar nenhum problema. ‘A atividade exige muito do corpo. Em pouco tempo, a pessoa realiza um esforço bastante grande. Então, é preciso respeitar o período de adaptação do organismo’, afirma Cavalheiro. ‘Se alguém sedentário começar a pular muito, a musculatura entra em fadi-

ga, pode ter estiramento e cãibra’, afirma. De acordo com Carlos, aqueles que têm dores nas articulações do quadril, do joelho e dos tornozelos devem evitar esse exercício. Para impedir que outras complicações apareçam, é importante usar um tênis adequado. Está difícil escolher o melhor? A ‘personal trainer’ Lidiane Honorio dá a dica: ‘O som provocado pelo impacto do calçado no solo deve ser mínimo ou inexistente, sendo esse um bom indicativo para perceber se o salto está sendo amortecido’, afirma. Ela ainda ressalta que a pessoa precisa verificar se o tamanho da corda é apropriado à sua altura. ‘Basta pisar na corda e estendê-la até que as duas extremidades cheguem logo abaixo das axilas, pois isso evitará desconforto para o praticante’, diz. Os pisos mais indicado são o gramado, o emborrachado e o de madeira. É preciso, ainda, verificar a altura do teto para evitar acidentes. Lidiane explica que há três variações do exercício. ‘A primeira é de intensidade leve, na qual a pessoa pula com os dois pés juntos saltando e aterrissando len- u Vilas Magazine - Junho 2012 | 29

VM 161.indd 29

29/05/2012 14:23:13


viver bem tamente. A segunda tem intensidade moderada e é executada alternando os pés e elevando os joelhos até a altura dos quadris. E a terceira, mais intensa, é com salto alternando os pés e elevando os joelhos até a altura do abdômen.’ (Camila Brandalise / FOLHAPRESS) REUTERS / Carlos Barria

Idoso deve tomar cuidados ao começar a fazer exercícios

I

Pular corda ajuda no fortalecimento de músculos das coxas, dos glúteos e das pernas.

dade não é um fator que limita a prática e a escolha de uma atividade física para pessoas com mais de 60 anos. Especialistas dizem que o idoso que não tenha restrições médicas pode e deve fazer exercícios. Precisa apenas ter alguns cuidados antes de começar a se exercitar. “O que vai limitar o idoso não é o fator idade, mas como ele chegou até ela. Hoje, temos cada vez mais pessoas chegando em ótimas condições à terceira idade”, diz Pedro Ivo Buainain, fisiologista do exercício da medicina esportiva da Unifesp. As estatísticas comprovam o aumento da longevidade. A expectativa de vida ao nascer alcançou 73,5 anos no Brasil em 2010, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 1980, era de 62,5 anos, o que mostra um crescimento de 11 anos em três décadas. É preciso escolher Buainain recomenda ao idoso que bem quais atividades passe por uma avapraticar e passar por liação médica. Além exames médicos, de detectar possíveis problemas de recomendam saúde, a checagem especialistas é importante para a indicação da atividade física mais benéfica. Ele também lembra que é essencial buscar meios para que pessoas que tenham problemas de saúde participem de uma atividade física com segurança. Sandra Matsudo, especialista em medicina esportiva, diz que a prática de exercício físico previne e controla doenças crônicas, minimiza perdas do processo de envelhecimento e melhora o condicionamento e a força muscular, o que ajuda a pessoa a manter sua independência. A especialista diz que uma minoria de pessoas idosas frequenta uma academia no país, o que ocorre por falta de recursos e interesse. “As pessoas devem pensar em como incluir em sua rotina diária pelo menos 30 minutos de atividade física moderada. Nunca é tarde para começar”, afirma Sandra. Ela sugere a caminhada. Se a prática não puder ocorrer na rua ou em uma esteira, ela diz que o idoso pode criar pequenos percursos dentro de casa. ‘O importante é que a pessoa se movimente’, afirma. (Adriana Mompean / Folhapress).

30 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 30

29/05/2012 14:23:14


Vilas Magazine - Junho 2012 | 31

VM 161.indd 31

29/05/2012 14:23:16


saúde & bem-estar

Papanicolaou em homens detecta tumor anal Médicos defendem que exame deveria ser mais difundido, especialmente para os homossexuais e portadores de HIV. Mulheres em grupos de risco também podem fazer o teste; preconceito é barreira à realização do exame.

O

exame de papanicolaou, feito em mulheres para rastrear câncer do colo do útero, deveria deixar de ser algo exclusivamente feminino e ser realizado também em homens, dizem especialistas. No Hospital das Clínicas da USP, médicos do ambulatório de proctologia e DSTs vêm fazendo, há cerca de seis anos, o papanicolaou anal em mulheres e homens para detectar lesões causadas por HPV e diagnosticar câncer de ânus precocemente. O papanicolaou anal é pouco conhecido por aqui, mas é muito difundido em outros países, como os EUA. “Estamos lutando para as pessoas ficarem sabendo, inclusive os médicos. As pessoas têm que exigir o exame e os médicos precisam dar essa resposta à sociedade”, afirma Fábio Atui, proctologista do ambulatório do Hospital das Clínicas que participou do congresso Gut Microbiota for Health World Summit, na França. Segundo ele, o tabu sobre o assunto é uma barreira para a maior conscientização sobre o exame. O teste é feito numa população com maior risco de ter a doença, como pessoas com HIV, imunossuprimidos (quem fez um transplante, por exemplo), quem faz sexo anal (homem ou mulher) e pessoas com histórico de lesões genitais por HPV. O câncer de ânus, apesar de raro (1,5 caso em 100 mil pessoas), tem se tornado mais frequente. Um dos fatores é a sobrevida maior de pacientes com HIV, que têm maior risco de desenvolver lesões pré-cancerosas. Uma proteína do HIV estimula a expressão do HPV. “Mudanças sexuais nas últimas décadas tornaram a transmissão de HPV mais intensa”, diz Luisa Villa, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Por causa da maior exposição ao vírus, a doença é mais comum entre homens homossexuais, diz Caio Nahas, proctologista do HC. “Mas só o contato com áreas infectadas, com os dedos, pode passar o vírus. Não é surpreendente que pessoas que nunca fizeram sexo anal tenham lesões”, diz Villa. Como o risco de câncer, nesses casos, é bem menor, o exame não precisa ser feito em homens héteros sem HIV, segundo Atui. O proctologista diz que quem tem uma lesão por HPV pode ter câncer anal, mas não dá para afirmar que ao tratar a lesão evita-se o câncer. “Mas quem tiver a lesão vai ser visto de perto e o diagnóstico do câncer será precoce. O exame se justifica por isso.” Villa afirma, porém, que não há pesquisas suficientes para dizer que o papanicolaou é um exame de rastreamento desse tipo de câncer. “Ainda precisamos de estudos para confirmar que o teste é uma ferramenta preventiva como é o papanicolaou para a mulher. (MARIANA VERSOLATO / Folhapress) 32 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 32

29/05/2012 14:23:19


Disfunção erétil é a doença que mais atinge os homens

A

disfunção erétil também chamada de impotência sexual é definida como a incapacidade do homem em manter ereção suficiente para ter uma relação sexual. Embora seja mais comum em homens a partir dos 40 anos, a doença pode surgir em qualquer idade. “Esta é a doença mais comum do sexo masculino e a menos tratada no mundo”, afirma o uro-andrologista Francisco Costa Neto. A disfunção pode se manifestar parcialmente ou com ausência total de ereção. Há casos em que o homem para de obter ereção ou só consegue manter ereções adequadas em determinadas situações ou com determinadas pessoas. As causas podem estar relacionadas a fatores físicos ou psicológicos. Entre as causas

físicas podemos destacar diabetes, problemas vasculares, abuso de álcool e drogas, efeitos colaterais de remédios e problemas hormonais como fatores de risco. As causas psicológicas acontecem por medo, ira, frustrações e ansiedade por um bom desempenho sexual. O tratamento varia de acordo com a origem do problema e pode fazer uso de medicamentos orais, injeções no pênis, acompanhamento psicológico e, em último caso, prótese peniana, quando um dispositivo é inserido no pênis através de cirurgia e facilita a ereção. Segundo Neto, muitos homens sofrem com o problema mas tem vergonha de procurar um médico. “É importante reconhecer que mesmo apresentando desejo sexual e ejaculação a disfunção erétil pode acontecer. O homem que percebe alteração na sua capacidade de ereção deve procurar ajuda médica o mais rápido possível, pois a doença pode afetar gravemente a sua auto-estima, provocar depressão e acabar piorando o problema”, conta o uro-andrologista. Ainda segundo o médico, é possível prevenir a disfunção erétil levando um estilo de vida mais saudável. “Praticar exercícios físicos, ter uma dieta balanceada, evitar o consumo excessivo de álcool e cigarros podem diminuir o risco de adquirir a doença.” Entenda o processo de ereção Assim que recebe estímulo sexual, através do cheiro, visão ou toque, o pênis começa a inchar. O cérebro interpreta a sensação e comanda uma série de reações para os nervos, vasos e músculos do órgão, que enche-se de sangue, preenchendo os corpos cavernosos (ocos) da região e torna-se rígido. As veias menores são comprimidas e contribuem para que o sangue fique represado, mantendo o pênis ereto. Qualquer falha neste processo pode resultar na disfunção erétil.

Vilas Magazine - Junho 2012 | 33

VM 161.indd 33

29/05/2012 14:11:44


família

Intimidade na rede Estudo mostra que fotos de Carolina Dieckmann nua foram acessadas 8 milhões de vezes; saiba como proteger seus dados Bruno Romani / Folhapress

E

m cinco dias, as fotos vazadas na internet em que a atriz Carolina Dieckmann aparece nua tiveram pelo menos 8 milhões de acessos únicos. A estimativa, um alerta sobre como é preciso saber proteger os arquivos mais íntimos, foi feita pela ONG Safernet, em uma pesquisa divulgada ao jornal Folha de São Paulo. O estudo foi realizado para dimensionar a capacidade de propagação de imagens na rede e fez medições entre a noite de 4 de maio (data em que as imagens vazaram) e a tarde do dia 8. O número é 35 vezes a tiragem da revista “Playboy” no Brasil, que publica 228 mil exemplares por mês. O estudo da Safernet constatou ainda que o pacote inicial de 36 fotos virou um conjunto de pelo menos 50 mil imagens, que,

ao longo do período de monitoramento, se espalharam na rede por 211 domínios em 113 provedores de internet, localizados em 23 países. “Os dados são desanimadores. Essas fotos vão se eternizar na rede. Não tem como tirá-las de lá”, diz Thiago Tavares Nunes de Oliveira, presidente da ONG Safernet, que monitora casos de crimes cibernéticos no Brasil. Os números podem ser maiores. A pesquisa foi feita só na web, sem contar fotos compartilhadas por e-mail e serviços P2P, como o BitTorrent. Também ficaram de fora mídias físicas, como CDs e DVDs, pen drives e HDs externos para os quais as imagens podem ter sido copiadas. Para chegar aos dados, a Safernet procurou pelo nome original dos arquivos em buscadores como o Google e em mecanismos de pesquisa dentro de sites. Além disso, usou programas que varrem a internet à procura de imagens digitalmente similares. “Casos assim são emblemáticos e têm um caráter pedagógico. Eles servem para alertar sobre os cuidados que temos que ter com informações privadas”, diz Oliveira. PRECAUÇÕES Mas que cuidados são esses? O que fazer para que textos,

34 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 34

29/05/2012 14:11:46


fotos e vídeos íntimos fiquem bem guardados? “A única forma de proteger seus arquivos sensíveis é a criptografia”, diz Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG Brasil. Programas que fazem isso embaralham o conteúdo de arquivos, que só se tornam compreensíveis por meio de senha. Outra coisa que pouca gente sabe: apenas arrastar um arquivo para a lixeira não o apaga do disco. Para isso é necessário um software do tipo triturador, que escreve informações sobre o bloco do HD que abrigava o dado. “Se você quer guardar dados sensíveis no computador, precisa seguir algumas práticas importantes de segurança”, diz Fábio Assolini, analista da Kaspersky Lab.

Processo para remover dados é lento e caro Solicitar remoção de conteúdo sigiloso costuma funcionar, diz especialista; vítima deve capturar tela como prova Por meio de notificação, modelo pôde eliminar 89% dos links para fotos em que aparecia nua, afirma advogada

YURI GONZAGA / Folhapress

D

ados seus que eram confidenciais caíram na rede e agora podem lhe comprometer. O que fazer? Patricia Peck Pinheiro, autora do livro “Direito Digital” (Saraiva, 2009), diz que a primeira providência é guardar capturas de tela que comprovem a publicação dos dados, caso provas sejam necessárias posteriormente. “Como a lei brasileira não exige que sites armazenem logs [registros de u

Vilas Magazine - Junho 2012 | 35

VM 161.indd 35

29/05/2012 14:11:48


família atividade], é importante que a vítima aja rapidamente”, diz Peck. Em seguida, já auxiliada por advogado, a vítima deve enviar o que é conhecido como notificação extrajudicial para cada um dos serviços em que encontrou as informações publicadas e solicitar que elas sejam removidas. Tais notificações podem ser enviadas por serviços de e-mail autenticado, como o que é oferecido pelo site www. comprova.com. Se a medida for insuficiente ou se o usuário quiser descobrir a autoria do vazamento, será necessário recorrer à via judicial, que é mais lenta -pode levar dois anos ou mais – e mais cara – uma notificação extrajudicial custa pelo menos R$ 1.506, metade do menor valor de um processo, conforme a tabela de preços mínimos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil, seção de São Paulo). Mas isso não costuma ser necessário. “Os sites, em geral, removem o conteúdo com uma ou duas notificações”, diz Gisele Truzzi, especialista em direito digital. Foi o caso de uma de suas clientes, uma modelo brasileira que tentava alçar a carreira na Europa. Ela pediu ajuda para eliminar dos resultados do Google fotos em que aparecia sem roupa, tiradas no começo de sua vida profissional. VOLUME NA WEB “Dos 63 links que encontramos, entre sites brasileiros e estrangeiros, conseguimos fazer com que 56 retirassem o conteúdo só com notificações”, diz Truzzi. Para “esconder” os sete restantes, ela aconselhou a modelo a criar um blog e a postar nele com frequência. “Isso foi suficiente para tirar o conteúdo das dez primeiras páginas de resultados [em sites de busca como o Google]”, diz a advogada. O volume de publicações no blog com o nome da cliente “empurrou” os sites com as fotos indesejadas para o fim da lista de resultados. Sobre o assunto, o Google se limita a dizer que, para que suas buscas não mostrem determinado conteúdo, é preciso entrar em contato com o site que o hospeda. LÁ FORA Se as notificações a um site estrangeiro não bastarem, o problema pode se tornar ainda maior. Ações judiciais internacionais têm de ser analisadas em nível estadual e passar pela aprovação do STF (Supremo Tribunal Federal) antes de ser transferidas ao judiciário do outro país -em um processo ainda mais lento e mais caro.

ANÁLISE

Somos todos Carolina Dieckmann: não existem mais dispositivos ‘pessoais’ É preciso cair a ficha: Tudo o que se conecta à rede é, em alguma medida, público

EDUARDO ANIZELLI / FOLHAPRESS

RONALDO LEMOS / Folhapress

M

ark Zuckerberg não mediu palavras para declarar que a era da privacidade acabou. O diagnóstico interessa ao Facebook. A empresa, avaliada em mais de US$ 100 bilhões, vive de facilitar o compartilhamento de dados pessoais, de fotos a currículo profissional. Isso na superfície. Por trás das cortinas, os dados dos usuários são processados, gerando uma biografia permanente que analisa padrões de interação com outras pessoas, sites, buscas, compras e mais. Revela o corpo e a alma da pessoa. O caso Carolina Dieckmann apenas expõe de forma dramática um problema geral: o que fazer quando a informação é tão fácil de ser disseminada? Não se sabe ainda ao certo como as fotos da atriz saíram de um dispositivo pessoal (celular, tablet ou computador) e foram parar no espaço público da rede. Essa é a raiz do problema. Não existe mais dispositivo “pessoal”. Tudo que se conecta à rede é, em alguma medida, público. O problema é a ficha cair. Há quatro meses foi descoberto que o iPhone permitia a aplicativos acessar e copiar as fotos nele contidas, sem aviso prévio. Alguém pode ter sido Carolina Dieckmann sem saber. Em outro incidente, descobriu-se que o aparelho registrava os deslocamentos do usuário, também sem avisar. Esse é um desafio a ser enfrentado pelo direito. O Brasil protege a privacidade na Constituição Federal. Mas, paradoxalmente, não há lei específica que regule o tema no país. Com isso, os limites de atuação do judiciário não são claros. Está em elaboração um anteprojeto de lei para regular a proteção de dados pessoais, feito pelo Ministério da Justiça.

Ele não vai resolver todas as questões: a informação vai continuar fugidia. No entanto, pode servir de indutor para melhorar práticas públicas e privadas no tratamento dos dados. Como incentivar as empresas de tecnologia (incluindo fabricantes de celulares, provedores e sites) a aperfeiçoar suas práticas de segurança relativas a dados privados. É uma estratégia similar ao que vem sendo feito nos EUA. A Casa Branca redigiu um documento com princípios de privacidade (ele começa dizendo que a privacidade nunca foi tão importante). A expectativa é que ajude a promover autorregulação. Se não funcionar, a disposição é adotar uma lei específica por lá também. Até que isso aconteça, a responsabilidade pela proteção dos dados fica em grande parte com o próprio usuário. Enquanto for assim, informação e bom senso são aliados.

36 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 36

29/05/2012 14:11:50


ARTIGOS

O que falta aos jovens? Cristiane Guimarães

C

omo seria bom que os jovens pudessem, enquanto ainda fossem jovens, descobrir que a educação é um bem e a única herança que se pode transmitir aos filhos... Como seria bom que os jovens aprendessem a aproveitar cada minuto de suas vidas, fazendo tudo para estudar e obter verdadeiros conhecimentos e muita sabedoria para discernir entre o certo e o errado. Penso que o que está faltando na juventude é amor, amor pela vida, falta-lhes também a orientação e pais comprometidos, ou mesmo uma família interessada em educá-los para a vida... Falta uma vontade, que é adquirida desde cedo, em buscar o melhor para si e sobretudo evitar as más companhias. Como seria tranquilo poder saber que as novas gerações irão trilhar o caminho dos estudos, do trabalho e claro do lazer. Lazer que é necessário para manter a mente limpa, brilhante e sem estresse. Independente dos jovens terem lares ricos ou pobres, a todos deveriam ser dadas as oportunidades de crescerem física, mental, e por que não espiritualmente.

Saberem o valor de uma escolha espiritual, se tornarem espiritualizados, saberem enxergar seus semelhantes, saberem criar laços afetivos. Poderem admirar o valor de uma boa oração, do Pai Nosso! O que falta aos jovens, sobra nos adultos de gerações passadas: a consciência de que poderiam ser muito mais e bem melhores, se tivessem aprendido desde cedo que a vida merece ser vivida, mas caprichando para que o futuro se processe com a maior dignidade. A dignidade que falta no mundo: jovens se entregando à bebidas, às drogas, jovens desesperançosos porque não têm uma linha condutora para seguir, não foram orientados para tal. Onde estão os pais desses jovens? Por que permitiram que suas vidas se tornassem vazias? O que está faltando aos pais? Consciência do que é colocar um filho no mundo? Sem dignidade são apenas pessoas sem rumo, carentes de pulso, de controle, não são atores de suas vidas, mas coadjuvantes desnorteados. Perderam os limites. Se tivessem construído uma vida orientada para o futuro, orientada para receberem educação efetiva, não estariam como hoje estão: apáticos, menos humanos, pessoas vazias.

E o que leva a esse vazio? Justamente a falta do saber construído, a falta dos estudos, uma visão do mundo, a visão do futuro. E nada apenas de falar “o futuro a Deus pertence” – sim, mas Deus também disse “faça por ti que eu te ajudarei”. Este deveria ser o lema na cabeça dos jovens. Mas, o que os estudos podem oferecer? Tudo e muito mais. Os estudos permitem realizar sonhos, permitem entender o poder que temos em plantar boas sementes nos corações das pessoas. Sobretudo o poder de reanimá-las para a vida... Que as suas ações têm um poder de modificar o mundo. Daí que o mundo poderá ser melhor, dependendo do que fazemos por ele. Temos obrigação em mostrar que a educação modifica e transforma, temos consciência que educação e trabalho conseguem dar dignidade ao homem. Temos que mostrar aosjovens o valor da vida – da sua e dos outros. “Uma pessoa educada se tornará nobre quando colocar em prática tudo que tiver aprendido, e não apenas através de suas palavras”. Dalai Lama. Cristiane Guimarães é professora aposentada da rede estadual, com licenciatura plena em História Natural. Ensinou no Colégio Estadual Severino Vieira e no Colégio Estadual Thales de Azevedo. E-mail: cristiane_mg@yahoo.com.br

Vilas Magazine - Junho 2012 | 37

VM 161.indd 37

29/05/2012 14:11:56


livros

A soma e o resto Márcia Tude Especial para a Vilas Magazine

D

esde o seu descortinamento aos olhos portugueses nos idos de 1500 que o Brasil abriga as mais intrigantes personalidades. Já recebemos princesas voluntariosas, reis que combateram irmãos, imperadores inescrupolosos, napoleões de hospício, generais de exército da salvação, entre inúmeros outros perfis, no mínimo, interessantes. Mas nada se compara à versatilidade da gente que vem ocupando o gabinete presidencial desde que nos tornamos uma República. Lula e Dilma, por exemplo, são duas singularidades. O primeiro, um ex-operário metalúrgico que não teve oportunidade de estudar suficientemente, mas que possibilitou o acesso histórico da esquerda ao poder. Já a segunda, nossa atual presidente, é a primeira mulher a exercer tão notório cargo. Eleitos pelo voto popular ou impostos pelo regime militar, quase todos os ex-presidentes têm tudo a ver com o Brasil dos 14 milhões de analfabetos ou dos 50 milhões que não compreendem o que acabaram de ler, paisagem que ajuda a entender por que tantos brasileiros se encantaram com populistas sedutores ou foram dobrados por autoritários fardados. No entanto, quem lê “A soma e o resto - um olhar sobre a vida aos 80 anos” (Civilização Brasileira, uma dos braços editoriais da Editora Record) fica com a sensação que uma das personalidades mais equilibradas e sensatas abrigou o Palácio do Planalto entre 1º de janeiro de 1995 e 31 de dezembro de 2002. Fernando Henrique Cardoso, em depoimento a Miguel Darcy, acaba de lançar o seu mais recente livro, e o que o torna tão intrigante e envolvente é o fato de revelar ao leitor as inúmeras diferenças entre FHC e os outros. Intelectual, sociólogo, pesquisador, autor de mais de duas dezenas de livros, entre outras grandes aptidões curriculares, Fernando Henrique tinha tudo para não ser presidente do Brasil, haja vista a maioria dos perfis de quem já ocupou o cargo, obviamente. “A soma e o resto” (o título, segundo FHC em coluna de 18/06/2011 para o jornal O Estado de São Paulo, é uma alusão ao respeito que tinha pelo colega de Sorbonne, Henri Lefebvre, que publicou um livro com título homônimo, porém, em francês) é uma homenagem aos seus 80 anos e reconstitui o conteúdo de mais de dez horas de conversas gravadas pelo jornalista Miguel Darcy de Oliveira em seu apartamento, em São Paulo, de maio a julho de 2011, com adendos extraídos de outras entrevistas já publicadas. Inclui, também, o artigo na íntegra, ponto de partida para a concepção do livro. A obra está estruturada em dez capítulos, divididos em três blocos. No primeiro, “Caminhos”, Fernando Henrique rememora suas raízes familiares, influências formadoras e seus sonhos de um mundo melhor. No segundo, “Mapa-múndi”, fala sobre as velozes mudanças pelas quais passa a sociedade brasileira e o mundo contemporâneo com destaque para as crises políticas e possível revitalização das democracias a partir da sociedade. No terceiro bloco, “Luzes e Sombras”, se torna mais íntimo ao demonstrar como enfrenta questões que a todos inquietam, como religiosidade e mistério, sentido da vida, morte e memória.

“Este talvez seja o livro mais espontâneo que já publiquei”, avisa FHC. Mas não parece, tamanha a articulação linguística sem nos parecer tão formal quanto a escrita forçosamente sofisticada. Avesso a explosões emocionais e confidências mais íntimas, FHC nunca foi tão longe nas viagens interiores, sobretudo as que o levam a reencontrar os pais e os avós. Aos 80 anos, completados em 18 de junho, ele enfim se animou a esboçar o retrato de um futuro presidente quando menino. Acabou tornando bem mais nítidos os contornos do adulto. “Sou cartesiano, mas com pitadas de candomblé”, informa. “Acasos, acidentes, escolhas, capacidade para assumir riscos… Os pontos de inflexão na minha trajetória são um misto de tudo isso”. E que trajetória! Professor universitário que disputou a primeira eleição aos 48 anos, virou suplente de senador, substituiu o titular em 1982, perdeu a prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros em 1985, conseguiu outro mandato no Senado um ano mais tarde e já se conformara com a ideia de tentar uma vaga na Câmara dos Deputados, em 1994, quando o presidente Itamar Franco decidiu que seu chanceler deveria ser ministro da Fazenda. Tantos acasos acabaram por colocá-lo frente-a-frente com a inflação, torná-lo presidente e pai do Plano Real que rebaixou a inflação a porcentagens europeias. Perguntado como gostaria de ser lembrado, FHC responde: “Não prendi ninguém, não fui violento, exerci o poder democraticamente, ajudei a criar as condições de um futuro melhor para o Brasil”, invocando a sua postura humanista, mais do que essa ou aquela política, por relevante que tenha sido. Talvez seja devido à construção da coerência na sua personalidade que o sociólogo é respeitado mundialmente, o que fica evidente quando diz: “O que se fez não se perde, o que eu fiz não se perdeu, o que o Lula fez não será perdido. Será provavelmente ampliado. Esse processo de transformação por acumulação faz com que, de repente, a sociedade mude de patamar. Passamos imperceptivelmente a uma nova etapa, em que conquistas que exigiram muito esforço passam a ser vistas como naturais e novas demandas aparecem”. E enquanto neste outono presenciamos bicheiros envolvidos com políticos corruptos, abusando do chamado direito constitucional de nada falar, Fernando Henrique se reúne com os Elders, grupo de ex-governantes fundado por Nelson Mandela, protagoniza um documentário sobre o problema das drogas, busca soluções para o Oriente Médio, escreve livros e coleciona afagos até da presidente Dilma Rousseff. No Brasil, a maioria dos que sentaram na cadeira presidencial não consegue perpetuar sua memória longe das urnas, sobretudo com a nossa história de personalidades tão interessantes e intrigantes. FHC deixa para a história política do Brasil, no mínimo, a sensação de que é uma exceção. Márcia Tude é escritora, produtora cultural e empresária dos ramos livreiro e editorial. Fontes: Veja, Bravo, Piauí e “A soma e o resto”. Sites: estadao.com.br record.com.br editoraplaneta.com.br

38 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 38

29/05/2012 14:11:57


CRÍTICA / Romance

OS MAIS VENDIDOS

Livro é peça-chave no esforço de Glauber em redescobrir o Brasil CÁSSIO STARLING CARLOS Crítico da Folha de São Paulo

A

morte precoce de Glauber Rocha, em 1981, aos 42 anos, aprofundou o processo de elitização de sua obra. Com ele morto e convertido em mito, a abordagem de sua produção ficou concentrada no meio acadêmico, de onde às vezes se liberta para assustar uma cultura que queria mantê-lo no mausoléu. Depois de a maioria da criação cinematográfica do autor baiano ter voltado a circular em cópias restauradas em DVD e de seus textos teóricos-históricos ganharem reedição bem cuidada, chega a vez do retorno do OVNI “Riverão Sussuarana”. O texto, publicado em 1978 pela Record, está sendo relançado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, acompanhado de artigos que iluminam suas peculiaridades. Em cartas escritas na época da publicação, Glauber definiu “Riverão Sussuarana” como “romanceiro”. Talvez seja mais apropriado chamá-lo de romance-rio, dada a abundância de referências que nele convergem, os fluxos intermitentes de consciência ou inconscientes que arrastam o leitor. A convergência mais evidente encontra-se no título, também nome do protagonista, no qual o autor adapta o termo de significado cíclico usado por James Joyce e o ajunta ao universo linguístico e físico de Guimarães Rosa, como o Liso do Suçuarão de “Grande Sertão: Veredas”. Junto a isso, o hibridismo de ficção, memórias e história familiar com experimentação verbal e ortográfica não torna nada fácil a vida de quem busca clareza. Um exemplo: “Dentro da garrafa tanajuras vagalumes piuns pias luxque fuxzafixicoz kóz formigareira Rosa nominava raças da noite corriam pros ventres capinais quando o sol levantava outro dia no sertão quixeraquiquim lajedais refulgente boiadahoroscopicopichor hori-

FICÇÃO 1 O Filho de Netuno Rick Riordan / Intrínseca 2 Um Homem de Sorte Nicholas Sparks / Novo Conceito 3 Jogos Vorazes Suzanne Collins / Rocco 4 A Guerra dos Tronos George R. R. Martin / Leya Brasil 5 O Melhor de Mim Nicholas Sparks / Arqueiro 6 Em Chamas Suzanne Collins / Rocco 7 O Festim dos Corvos George R. R. Martin / Leya Brasil NÃO FICÇÃO 1 Guia Politicamente Incorreto da Filosofia

Luiz Felipe Pondé / Leya Brasil

2 Para Sempre Kim e Krickitt Carpenter / Novo Conceito.

3 Uma Breve História do Cristianismo Geofrfrey Blainey / Fundamento

“Riverão Sussuarana”, obra do cineasta lançada em 1978, ganha nova edição

4 A Carne e o Sangue Mary Del Priore / Rocco

5 30 Minutos e Pronto Jamie Oliver / Globo

zontilómiado Riverão...”. Pode-se interpretar a recorrência de Joyce e Rosa nos temas e na abundante recriação de linguagem como pastiche de estilo. Ou pode-se identificar nela a expressão literária da “montagem de atrações”, segundo os princípios de Eisenstein, referência do cinema de Glauber. Antes, porém, de combustível para querelas intertextuais, a volta do livro se impõe como pedaço fundamental do quebra-cabeças. A proximidade cronológica entre sua publicação, o retorno do exílio, a atuação de Glauber como apresentador do programa “Abertura” e a gestão do último longa, “A Idade da Terra”, faz desse romance-rio uma peça-chave para compreensão do último e imenso esforço glauberiano para redescobrir o Brasil. RIVERÃO SUSSUARANA AUTOR Glauber Rocha EDITORA UFSC QUANTO R$ 39 (264 págs.) AVALIAÇÃO bom

6 Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil Leandro Narloch / Leya Brasil

7 1808 Laurentino Gomes / Planeta.

AUTOAJUDA E ESOTERISMO 1 Agapinho - Ágape para Crianças Padre Marcelo Rossi / Globo

2 Ágape

Padre Marcelo Rossi / Globo

3 É Tudo tão Simples Danuza Leão / Agir

4 O X da Questão

Eike Batista / Primeira Pessoa

5 Minha Mãe, Meu Mundo

Anderson Cavalcante e Simone Paulino / Gente

6 Desperte o Milionário que Há em Você Carlos Wizard Martins / Gente Allan Percy / Sextante

7 O Que Realmente Importa? Anderson Cavalcante / Gente

Vilas Magazine - Junho 2012 | 39

VM 161.indd 39

29/05/2012 14:11:57


livros CRÍTICA / Biografia

Com vícios e virtudes, volume tenta desvendar mito Vargas OSCAR PILAGALLO

“O

s Tempos de Getúlio Vargas”, de José Carlos Mello, é um livro híbrido – e essa é a fonte de seus vícios e virtude. Não é apenas história, ou biografia, ou memória, ou romance, mas tudo junto. É verdade que o autor desenhou fronteiras razoavelmente nítidas entre os estilos justapostos, mas esse cuidado, se orienta a leitura, reveste a obra de um esquematismo incômodo. O livro trata de Getúlio à frente do poder

central, ou seja, vai de 1930, quando ele liderou a revolução que pôs fim à Primeira República, até seu suicídio, em 1954. A virtude do hibridismo foi ter dado ao autor a possibilidade de narrar fatos históricos densos com a leveza da crônica. Valendo-se de material bibliográfico adequado – como o “Diário” de Vargas, publicado em 1995, com registros entre 1930 e 1942 – Mello passeia pela vida do político brasileiro mais importante do século 20. Quanto aos vícios, o mais grave deles é de estrutura. O livro começa num registro pessoal, com lembranças de suicídios que marcaram a vida do narrador quando criança. Previsivelmente, tais

Livro híbrido sobre ex-presidente brasileiro mescla biografia e romance

40 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 40

29/05/2012 14:12:00


educação

Mestre invisível LILIAN SILVA Especial para a Vilas Magazine

N OS TEMPOS DE GETÚLIO VARGAS AUTOR José Carlos Mello EDITORA Topbooks QUANTO R$ 64,90 (608 págs.) AVALIAÇÃO regular reminiscências preparam o terreno para a abordagem do suicídio do protagonista. A previsibilidade, embora enfraqueça a narrativa, é uma questão menor. O problema surge um pouco adiante quando o autor, depois de se perguntar sobre as razões de o país “prantear” o líder morto, diz: “A resposta exige um recuo no tempo”. A partir do corte abrupto, na página 79, é como se um novo livro começasse a ser escrito. Saem as lembranças, entra o didatismo. A dimensão memorialista só será recuperada muito mais tarde, o que empurra a obra para uma espécie de limbo. Outros vícios são pontuais. Atribuir pensamentos a personagens reais é sempre uma operação de risco em uma obra que se pretende de não ficção. A licença deve ser usada com parcimônia, e só quando compensar do ponto de vista narrativo. O Getúlio de Mello, no entanto, “pensa” em coisas triviais, como poder falar por telefone com a família em Nova York. “Os Tempos de Getúlio Vargas”, no entanto, não deixa de ter apelo ao leitor pouco familiarizado com sua biografia. Mello o ajuda a digerir um período fundamental da história do Brasil. OSCAR PILAGALLO é jornalista e autor de “História da Imprensa Paulista” (Três Estrelas).

aquele ano, começava a lecionar em uma escola que eu não conhecia, para alunos igualmente desconhecidos. Havia mudado de cidade e tive que iniciar do zero. Primeiro dia de aula, uma rápida dinâmica para reconhecimentos gerais e uma perguntinha sobre expectativas: “O que você espera deste seu ano escolar?” Surpreendente resposta: “Espero passar de ano”. Sim, alguns alunos mais originais até falaram da questão da sociabilidade:“Desejo fazer bons amigos” ou “ me divertir com meus amigos”. Mas se três ou quatro das mais de duas centenas dos inquiridos disseram “Espero aprender”, é muito. Alunos – alguns...muitos! – estudam para “passar de ano”. Adotam postura imediatista e simplista. Como se eu chegasse numa entrevista para emprego e falasse: “O que espero desta empresa é receber meu salário”. Há uma confusão entre finalidade e consequência, entre processo e resultado. Como se a aprendizagem não fizesse parte, não fosse o objetivo primeiro, fosse uma “turista” na escola. E isso traz situações, em minha opinião, um tanto assustadoras. A começar pela questão da invisibilidade: o mestre entra na sala de aula e os estudantes (‘estudante’ não seria ‘aquele que estuda’?) continuam fazendo exatamente o que estavam fazendo. Com certo esforço, aquele se faz notar e, para isso, utiliza técnicas variadas: começar a aula (como se as paredes tivessem ouvidos), usar microfone (parece que vou cantar) , acender e apagar a luz (feito teatro), fazer cara de samambaia e esperar em silêncio (o que não funciona mais, faz tempo, porque apenas se soma à invisibilidade a “insonoridade”), fazer alguma pergunta instigante ( teria êxito se ouvissem, acho) e, último recurso, um apito! Claro que ameaças com nota até podem funcionar, mas não creio que seja um bom caminho, porque o mestre ficaria exatamente na situação que, aqui, critico: confusão entre finalidade e consequência. E aí, engraçado... Professor tem mania de tomar para si as culpas: “O que está ocorrendo comigo que não consigo

motivar meus alunos?” Mas também mestres são insistentes e, nesse caso, claro que procuro apresentar o conteúdo de uma maneira desafiadora (na medida do possível, porque, de novo, esbarra com limites de tempo em relação ao planejamento e até com questões do gosto pessoal de cada aprendiz). Óbvio que, às vezes, quando nem consigo dar bom dia, dá vontade – e como dá!! – de apertar aquele botãozinho do “nem ligo”. De deixar aos interessados que caminhem – ou fiquem parados – da forma como queiram, como bem lhes aprouver. Mas... quem consegue? Porque o mais estranho de tudo isso é que nos importamos (e como!) com nossos aprendizes, mesmo aqueles que nos têm como invisíveis! Como desejamos que aprendam, que se interessem, que cresçam! Como torcemos pelos bons resultados nas aulas, nas avaliações, na vida! Nesse impasse, se nos importamos, não tem jeito: professores têm que se valer da autoridade que é inerente à função. Pego, então, meu apito e me faço, se não visível, ao menos audível, e “obrigoos” a darem-me uma chance de ensinar e a se darem uma chance de aprender. Torcendo para que não se esforcem para ficar refratários e impermeáveis, rogando para que notem que a pontuação da avaliação é a consequência da aprendizagem, orando para que se conscientizem o mais rapidamente possível de que aprender é, antes de tudo, um imenso prazer. Assim como ensinar. E é bom explicar: isso aconteceu há uns cinco anos. Confesso que estou bem mais satisfeita hoje, porque a quantidade de estudantes que não me enxergam diminuiu consideravelmente!!! Atualmente, só uso o apito em dia de jogo e aí, ufa, não foge ao contexto. É no brilho do interesse em aprender nos olhos de um aprendiz que mora a delícia de ser educadora. Lilian Silva é licenciada e bacharel em História pela USP, professora da rede pública e privada de Ensinos Fundamental e Médio. Publicou coleções didáticas de Português (Interação & Transformação) e de História (História da Bahia). E-mail: lisantossilva@hotmail.com Vilas Magazine - Junho 2012 | 41

VM 161.indd 41

29/05/2012 14:12:00


solidariedade

Tenda de Fuxicos animou programação do Dia da Luta Antimanicomial em Lauro de Freitas

P

Rede pública municipal atende usuários de álcool e drogas e seus familiares

arceiros na causa antimanicomial, os Centros de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) Santo Amaro de Ipitanga e o de Saúde Mental de Lauro de Freitas marcaram em maio o “Dia de Luta”. Numa “Tenda de Fuxicos”, que esteve montada no pátio do CAPS mental, foi apresentado artesanato produzido pelos usuários nas oficinas de terapia. Aconteceu também uma sessão especial na Câmara Municipal organizada pelo vereador Lula Maciel (PT). Nas rodas de diálogo, os problemas comuns foram expostos e revelaram o engajamento dos CAPS na luta contra as drogas e a inserção de pessoas com transtornos psicossociais na sociedade. “Estamos unidos para chamar a atenção para o problema da dependência química e alertar para o fim do preconceito. Lutamos pela garantia dos direitos humanos e da cidadania às pessoas que se encontram em grave situação de sofrimento psíquico”, explicou a coordenadora técnica do CAPS AD,

Flávia Souza. Com 473 pessoas atendidas em três anos de funcionamento, o CAPS AD Santo Amaro de Ipitanga registra histórias de superação e apoio a familiares. No Centro é oferecido atendimento gratuito, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, por equipe médica multidisciplinar com profissionais das áreas de psicologia, assistência social, enfermagem, terapia ocupacional, farmacêutico, educação física, oficineiros, redutores de danos, entre outros. Inaugurado em 13 de novembro de 2009, atualmente 220 estão ativos em tratamento, além da participação de 15 famílias. O principal foco do trabalho dos CAPS AD, que é vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, é tratar pessoas que abusam do uso de álcool e outras drogas. A partir dos 18 anos, os indivíduos que queiram ser tratados são acolhidos e encaminhados para estratégias de tratamento do próprio centro ou para outro serviço, quando necessário. O tratamento pode

ser feito de forma individual e em grupo. São oferecidas oficinas de arte, esporte, culinária, pintura e leitura, entre outras atividades terapêuticas e educativas. De acordo com Flávia Souza, coordenadora técnica do CAPS AD e do Consultório de Rua, a espontaneidade na busca do tratamento é primordial. “Há casos de a família começar o tratamento e posteriormente conseguir trazer o dependente. Orientamos aos familiares a agir com calma e com sabedoria”, informou. A artista plástica e culinarista Ione Santos se sente realizada ao ver o empenho e o desenvolvimento dos usuários. “Eles respondem bem ao trabalho e demostram que querem mudar a realidade de dependência. Alguns deles deixam de ir para as ruas e de se exporem ao vício para praticar o que é aprendido aqui em suas casas”, completa. Maria Keka, 49 anos, tem um ano em tratamento no CAPS AD, livrou-se das drogas e ainda luta contra o tabagismo.

42 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 42

29/05/2012 14:12:02


“Agradeço a Deus e às pessoas que trabalham aqui no centro. Descobri outras formas de sentir prazer e hoje eu posso dizer que me amo de verdade. Quando usuários, esquecemos de viver, perdemos amigos e a companhia de parentes. Quem está perdido neste mundo precisa entender que sozinho a gente não consegue nada. Peço que busquem ajuda”, orientou. João Santo, 40 anos, faz tratamento intensivo no CAPS AD. A mudança positiva agregada à terapia feita é notada por todos. “Hoje eu consigo dizer não às drogas. O caminho é difícil, mas não impossível. Estar aqui é uma vitória, já cheguei a ficar quatro dias acordado usando drogas, sem comer, sujo e barbudo.Todo mundo me deixou e só agora estou conseguindo resgatar o convívio com minha família. Antes andava com medo de perseguições e da morte. Agora, posso andar de cabeça erguida”, comemora (o nome dos pacientes entrevistados é fictício, mas as histórias são reais). Edeuzuíta Rosário, 62 anos, irmã de usuário, participa das atividades familiares. Ela foi encaminhada pelo Posto Médico de Jambeiro, depois de uma crise de convulsão alcóolica do parente. “Lá, fui informada dos serviços de ajuda oferecidos aqui e o trouxe. Depois de anos perdido no álcool, a mudança depois do começo do tratamento é significativa”, contou. Tânia Souza, 57 anos, também convive com o vício do esposo, que começou a beber na adolescência. “As oficinas, as conversas e o tratamento têm ajudado na melhora dele. Às vezes ele tem recaídas,

FOTOS: JOÃO RAIMUNDO

mas já estamos na metade do caminho. Com o apoio que recebo aqui já consigo lidar melhor com a situação e ainda indico para pessoas que passam pelo mesmo problema que eu. O CAPS AD pra mim é essencial”, finaliza. CONSULTÓRIO DE RUA A atenção com a população em situação vulnerável ao uso abusivo do álcool e outras drogas se estende a outros tipos de atendimento. O Consultório de Rua é um deles e faz parte do apoio da Rede CAPS AD. É oferecido atendimento em

um espaço de rua, através de equipe multidisciplinar, que realiza ações para promoção e prevenção dos comportamentos de risco e danos à vida das pessoas com dificuldades de acesso aos meios de ajuda. Escutas, oficinas, atendimentos de enfermagem e encaminhamentos são feitos nas localidades de Itinga (Pouso Alegre) e Lagoa dos Patos, abrindo agora atendimento em Portão. A maioria dos dependentes de álcool ou outras drogas começa com a prova, por incentivo dos amigos ou curiosidade. É preciso cautela e estar atento para o fato de que o caminho tende a seguir para a destruição social e da saúde. Olhar para trás e ver o longo percurso de volta tende a desmotivar e, infelizmente, a realidade dos dependentes é essa. No CAPS AD essas histórias de superação são a prova de que é possível dar a volta e resgatar o prazer de viver. De forma gratuita, gradativamente, usuários vão renovando suas forças e demostrando empenho em buscar o que foi perdido por dar abertura às drogas. O CAPS Eduardo Alves de Araújo atende pessoas com transtornos mentais graves e adota modelo de tratamento que é considerado um marco na reforma psiquiátrica do Brasil. O Eduardo Alves e o CAPS AD Santo Amaro de Ipitanga localizam-se na Rua Chile, 198, Caji, atrás do Maxxi Atacado. O telefone é (71) 3288-7407. Em breve Lauro de Freitas terá o CAPS Infantil destinado à crianças e adolescentes com transtornos mentais. Vilas Magazine - Junho 2012 | 43

VM 161.indd 43

29/05/2012 14:12:04


nutrição

Alimentos poderosos Eles não são recomendados somente para a nossa saúde e bem-estar. Determinados alimentos ajudam quem deseja perder peso, pois ajuda a diminuir o apetite

P

raticamente todos temos um pouco de intoxicação em nosso corpo. Isso é responsabilidade de alimentos que não fazem bem à digestão, do aparelho intestinal que não funciona direito ou de um fígado prejudicado. Muitas de nossas enfermidades e também do nosso envelhecimento antecipado vêm de tudo isso. Por isso, é importante limparmos o nosso organismo. E não é necessário ficar alguns dias em um spa ou não comer absolutamente nada. Determinados alimentos possuem uma maravilhosa capacidade de nos deixar com mais saúde e cheios de disposição. É só incluí-los no menu de casa. É o caso da laranja e do salmão, que ajudam a combater o

envelhecimento precoce. O gengibre ajuda a deixar o corpo mais resistente. Já a cenoura melhora o bronzeado e ajuda contra as contrações dos músculos. A banana, uma perfeita fonte de energia, ajuda no sono e nos deixa com bom humor. Os nutricionistas recomendam que precisamos utilizar o bom senso no momento de decidirmos a nossa alimentação. O fundamental é se sentir bem. Também é importante não esquecer que é necessário mastigar bem os alimentos e comer devagar. Muitas das cólicas, más digestões e enfermidades do fígado são consequências de uma mastigação rápida demais. Mas não é somente a saúde que melhora. Esse bem-estar se transfere para o corpo, pele e no estado de espírito. Então, vamos lá!

44 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 44

29/05/2012 14:12:06


Salmão Proteína com pouca quantidade de gordura, o pescado precisa estar presente em qualquer dieta. Mesmo os peixes com gordura, como o salmão, possuem sua gordura feita por um ácido graxo conhecido como ômega-3 que oferece proteção ao coração, reduzindo as taxas de LDL e triglicérides, aumentando também a taxa de HDL, chamado colesterol bom, e auxilia na diminuição do perigo de um câncer de mama. No que se refere ao efeito: não significa que a pessoa, ao se alimentar de salmão, vá ficar com a pele esticada. O trabalho é de antienvelhecimento somente. O consumo ideal é entre 60 e 100 gramas duas vezes a cada sete dias. Pode ser preparado assado, no vapor, cozido ou grelhado. Possui 160 calorias em cada 100 gramas. Laranja A associação da vitamina C com elementos conhecidos como flavonoídes, como a hesperidina, é o que faz dessa fruta um alimento essencial. Juntas, elas se tornam num agente que dá proteção ao nosso corpo, deixando-o mais resistente às infecções. A vitamina C ainda ajuda a absorver melhor o ferro, na produção de colágeno, primordial para uma pele consistente, e atua como antioxidante, fazendo a prevenção do envelhecimento precoce. Pesquisas comprovam que a laranja, evita determinados tipos de câncer, principalmente o do estômago. Consumo ideal é de 1 laranja diariamente. Pode ser consumido se possível ao natural. Possui cerca de 70 calorias. Gengibre Um pouco de gengibre, diariamente, deixa o corpo mais resistente e, especialmente, auxilia a retirar o colesterol ruim das artérias. Nutricionistas informam que a raiz faz acelerar em aproximadamente 20% o metabolismo, fazendo com que o organismo queime mais calorias. O gengibre pode ser utilizado contra envelhecimento, já que também tem efeito antioxidante, sem mencionar que ele é ótimo no combate as gripes, já que esquenta e trabalha a circulação, auxiliando o corpo a remover catarros. No que se refere aos nutrientes, sua ajuda não é tão alta, pois em geral é consumido em poucas quantidades. Consumo ideal é de uma colher (café) diariamente. Em excesso provoca irritação no estômago. Pode ser usado na preparação de chá ou como forma de tempero (em assados e molhos). Possui

15 calorias em uma colher. Cenoura Com alto teor em fósforo e cálcio, minerais que tem a capacidade de fortalecer a estrutura óssea e melhorar as contrações dos músculos. Possui vitaminas B2 e B1, que dão proteção à pele, aos olhos e ajudam a absorção das proteínas. Também fornece pectina, uma fibra que ajuda a combater o colesterol. Porém sua maior riqueza é a alta taxa de betacaroteno, um antioxidante que faz a aceleração do bronzeado e faz da cenoura uma forte arma no combate ao envelhecimento. Consumo ideal é de 100 gramas diariamente. Pode ser preparada crua, em sucos ou na elaboração de saladas, sopas e tortas. Possui 20 calorias. Arroz integral Este tipo de arroz possui grande quantidade em carboidratos, um dos maiores combustíveis do nosso corpo. Usada para a desintoxicação o corpo, o tipo integral tem mais nutrientes do que o arroz tipo branco, em especial vitamina B1 e minerais, que estimula o sistema nervoso e a musculatura, até o coração. Outro ponto importante são as fibras, existente em sua casca, que auxiliam a diminuir o colesterol, regulam o nível de açúcar no sangue e aumentam a sensação de saciedade. Consumo ideal é de duas colheres (sopa) diariamente. Pode ser feito cozinhando somente com sal e água. Possui 155 calorias em duas colheres (sopa). Banana As vitaminas B6 e C e o potássio existentes na banana trabalham no organismo como anti-estresse. O potássio pode proteger contra derrame no cérebro, principalmente em indivíduos que sofrem de hipertensão, problema causado pelo aumento de sódio e diminuição de potássio. O potássio é perfeito contra cãibras. A fruta oferece também outros benefícios: o amido da banana mais verde aumenta um pouco a energia, o que é perfeito para a pessoa que realiza atividades de longa duração. A fruta também possui efeito relaxante, já que estimula a fabricação de serotonina, elemento que trabalha o humor e o sono e que, em baixas taxas, ocasiona depressão. Consumo ideal é de uma ou duas unidades diariamente. Pode ser feito pura ou aveia e canela. Calorias em 100 gramas: 90 (tipo prata); 90 (tipo nanica); 110 (tipo banana-maçã).

Pimenta As pimentas com tonalidades vermelhas, como a malagueta, possuem alto teor em capsaicina, um elemento que combina com bem-estar. As do tipo pimenta-do-reino, têm grande quantidade de piperina, e possuem efeito parecido. Elas têm um efeito anti-inflamatório, anestésico e antimicrobiano, ainda diminuem a criação de coágulos no sangue e são vasodilatadoras, melhorando a circulação. É bastante benéfica para pessoas que desejam perder peso, já que ajuda a diminuir o apetite. Seu consumo ainda combate gripes e dependendo do tipo, uma pimenta tem muito mais vitamina C em comparação a uma laranja. Além da vitamina C, que é antioxidante, as pimentas possuem beta caroteno, licopeno e microminerais – nutrientes que auxiliam na proteção do corpo contra enfermidades degenerativas. O consumo constante de pimenta ainda ajuda a combater o envelhecimento. A clorofila, existente nas pimentas de tonalidade esverdeada, e os bioflavonóides, com alto teor em todos os tipos de pimenta, reduzindo o processo que causa o envelhecimento precoce. Consumo ideal é de duas unidades diariamente. Pode ser feito como forma de tempero. Iogurte Por ser um derivado do leite, o iogurte possui também fósforo, cálcio, proteínas e vitaminas A, B1 e B2. Mas o iogurte é mais valorizado por ter dois fermentos lácteos, chamados de Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus, microorganismos que ajudam no perfeito funcionamento do aparelho intestinal, dando proteção contra infecções e auxiliando a refazer a flora do intestino. Por essa razão, o iogurte é recomendado para quem está usando antibióticos ou para situações de intoxicação alimentar com diarréia. Num pote (200ml) possui 152 calorias de iogurte integral e aproximadamente 90 calorias num pote do desnatado. Berinjela Muitos médicos indicam o suco de berinjela para pessoas que têm altos níveis de LDL, chamado de colesterol ruim. Ela não substitui remédios, nem dieta e atividades físicas, mas ajuda bastante. Consumo ideal é de um copo de suco diariamente. É indicado passar no liquidificador 1/4 de berinjela com o suco de laranja. Possui 190 calorias em 100 gramas. Vilas Magazine - Junho 2012 | 45

VM 161.indd 45

29/05/2012 14:12:06


COMPORTAMENTO

São tantas emoções JULIANA VINES / Folhapress

N

o instante de fúria, tudo parece conspirar para que você pule no pescoço de alguém: o coração dispara, as pupilas se dilatam, os músculos recebem mais sangue e se preparam para o ataque. Seria um combate feroz se não fosse seu próprio cérebro, que, sem você contar até dez, se lembra das prováveis consequências do embate. É fácil concluir que não existe vida social sem autocontrole. A ciência provou e já deu até o endereço de onde fica a regulação das emoções no cérebro. A boa notícia é que as últimas descobertas dão esperanças aos mais impulsivos: com treino, dá para melhorar o controle emocional. Elisa Harumi Kozasa, neurocientista do Instituto do Cérebro do Hospital Isra-

elita Albert Einstein, é uma das autoras de um estudo recém-publicado na revista internacional “NeuroImage”. A pesquisa comparou o desempenho de pessoas que meditam com o de quem não medita em uma atividade que exige controle de impulsos. Saiu-se melhor quem meditava. “O treinamento em meditação modifica as áreas cerebrais. O córtex fica mais espesso em partes relacionadas à atenção, à tomada de decisões e ao controle de impulsos”, explica. Além de meditação, os treinamentos para autocontrole envolvem terapia comportamental e técnicas de reconhecimento facial de emoções. A ideia não é aprender a engolir sapos ou a forjar um pensamento positivo. “Suprimir a raiva ou o estresse é ‘autoilusão’, não autocontrole. É preciso entender o que causa o impulso, não rejeitá-lo”, diz José Roberto Leite, psicólogo e pesquisador da Unifesp. Emoções são respostas do organismo a estímulos internos ou externos. O que determina o tamanho do pavio da pessoa ou o quanto ela é ansiosa não é só “gênio”. “Há um papel da genética, mas a influência do ambiente e do comportamento são grandes. Quem vive em ambientes com pessoas ansiosas tem mais tendência a ser ansioso”, explica Kozasa. Sentir raiva ou nojo, duas emoções universais, é involuntário e fisiológico: todos sentem. Mas o que será feito com esse impulso pode ser uma escolha, de acordo com a monja Coen, primaz da

‘Personalidade forte’ não é desculpa para pavio curto; pesquisas mostram que é possível aumentar o autocontrole com técnicas bem simples, como respirar fundo Comunidade Zen Budista. “Podemos controlar o que fazemos com as nossas emoções. Para isso, é preciso saber reconhecê-las e nomeá-las.” É aí que entra a meditação. atenção plena “É como arrumar a casa”, define Stephen Little, instrutor de práticas de redução de estresse e de autocuidado do Hospital Israelita Albert Einstein. “Meditar ajuda a criar caminhos neurológicos mais claros. É como abrir uma brecha entre a emoção e o instante da decisão.” Como o foco da atenção é redirecionado – por exemplo, para a respiração –, a técnica treina a concentração, fundamental para manter o controle. “As distrações contribuem para que sejamos levados pelas emoções, no estilo ‘deixa a vida me levar’”, afirma Little. Em um mundo de distrações, concentrar-se não é nada fácil. Quem nunca meditou pode achar a prática difícil pelo

46 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 46

29/05/2012 14:12:08


simples fato de precisar ficar quieto, sem estímulos externos. O jeito mais simples de conseguir isso é prestando atenção à respiração. Mas há outras formas, como repetir mentalmente uma palavra ou expressão ou deixar o pensamento fluir. O único porém é que os efeitos não são imediatos. Os melhores resultados aparecem em estudos com pessoas que praticam a técnica há mais de dez anos. “Mas dá para ter uma boa diferença em oito semanas”, incentiva Kozasa. Ela se refere a um programa de 45 minutos por dia, com acompanhamento. A curto prazo, na hora que der vontade de rodar a baiana, o velho truque de controlar a respiração ajuda de verdade (veja ao lado como isso pode ser feito). A psicóloga Ana Maria Rossi, autora do livro “Autocontrole” (Best Seller, 208 pág., R$ 24,90), afirma que, quando alguém tenta se controlar, o principal erro é o de se concentrar exatamente no sentimento que quer inibir. “Pensamos: ‘Não vou ficar nervosa’. Isso só atrapalha. O cérebro não entende a negativa. É preciso mudar o foco.” Ela recomenda a técnica da visualização: “Quem tem medo de falar em público pode se imaginar em uma situação de completo domínio.” Para José Roberto Leite, não basta só pensar no controle emocional. “Controlar as emoções é apenas um dos aspectos. Se eu não tenho ataques de raiva ou de ansiedade, mas como desesperadamente, não adianta nada. Há vários tipos de controle.” Segundo ele, é comum a pessoa priorizar uma das áreas --a profissional, por exemplo-- em detrimento das outras. “Há várias esferas: a física, a psicológica, a profissional. É preciso encarar a vida como uma empresa que tem que ser gerenciada em vários aspectos, senão vai à falência.”

Barriga pra fora

“Respiração de bebê’ ajuda a desacelerar Respirar inflando a barriga, como os bebês fazem, aumenta a oxigenação do organismo, desacelerando os batimentos cardíacos. É a chamada respiração abdominal profunda. Sob estresse, é comum inspirar superficialmente, expandindo o tórax, o que piora ainda mais os sintomas.

Vilas Magazine - Junho 2012 | 47

VM 161.indd 47

29/05/2012 14:12:11


JANELAS ABERTAS |

Gilka Bandeira

Nas dunas de Busca Vida

A

os olhos sempre ocupados com os negócios, sem tempo para o criativo ócio, as elevações verdes e brancas vistas de relance, quando vistas, são apenas um punhado de areia tomado pelo mato imprestável, ou, numa viciosa ilusão de ótica, extensos paredões de prédios de novos empreendimentos. Porém, de perto a coisa é sempre outra, mormente aos olhos esmiuçadores, abertos “para a eterna novidade do Mundo” e afeitos a vôos imaginativos. Aos primeiros passos sobre as dunas, a restinga se revela pitorescamente vária e preciosista. Cá, as folhas com o verso para fora, arrumadas aos pares, bem coladas ao caule como mãozinhas postas ao céu. Lá, orquídeas azuis escondidas nos emaranhados de troncos retorcidos. Acolá, um arbusto de pequenas folhas vermelhas, autêntica sarça ardente. Adiante, outro arbusto totalmente coberto de cheirosas floresinhas cremes. Por todo lado, ao rés do solo, pequeninos tufos de delicados capins com minúsculos pompons nas pontas, espinhosas cabeças de frades ou inusitados cogumelos. E mais: as diversas orquídeas e gravatás; as flores nas pontas das altas hastes secas; as folhas que são flores e... tantas, tantas formas e cores! Isto só no reino vegetal, já que os animais, à aproximação do bicho homem, se mantêm abrigados no recôndito da vegetação e nos grotões, somente avistados de raspão, em fuga, como atesta o súbito revoar barulhento de uns 200 periquitos, que ali se alimentam, se acasalam, produzem ovos, filhotes e encantamento. As ondulações das dunas se sucedem, ora suaves, ora abruptamente, formando depressões ou colinas, às vezes desnudas de verdes. Em certo trecho entre outeiros, se estende larga planície branca, onde o silêncio se faz quase perfeito – quase, porque perfeição não há, ainda mais quando se trata de ausência de som no universo. Então, a sensação é de solidão plena. Tão plena que se afigura sempiterna. A alva areia bem alisada pelo vento parece nunca ter sido pisada, o que intimida, levando a criatura a se sentir intrusa.

Entretanto, o silêncio de agora talvez resultasse da abafação dos suspiros, cânticos, urros, rezas, gritos, gemidos, de todos os ruídos seculares; entretanto, noutras eras, muitos por aqui passaram, em paz, em desespero, desatinados. Passaram índios, fidalgos, negros, capitães do mato, degredados, caçados e caçadores, doentes atrás de cura ou de altar a céu aberto para estar com Deus, Tupã, Olorum, Mawu, Zambi, ou Zambiapongo. Também vieram e se foram bandeirantes, sitiantes, náufragos, padres, frades, missionários, aventureiros de toda sorte. Gentes com ou sem eira nem beira, igualadas nas ambições. Aqueles ermos finos alvos lençóis macios nos recôncavos das dunas, com certeza serviram de leitos a namorados descansadamente sengos ou apressadamente afoitos, talvez inconvenientemente flagrados por quem, por qualquer urgência e fado se acoitava nos torcidos caules das muitas moitas tocas folhudas. Sem dúvida aquele fora cenário de muitas cenas, algumas idílicas, outras terríveis. Afinal, foi uma das primeiras áreas de povoamento do país, porta de entrada do maior latifúndio do mundo, o reino Garcia D’Ávila. Conta-se que logo após a fundação de Salvador, Tomé de Souza enviou, os jesuítas João Gonçalves e Antônio Rodrigues, para fundarem o aldeamento do Divino Espírito Santo às margens do Rio Joanes, ao que parece, na atual Catu de Abrantes. Devido grande epidemia, que vitimou o padre João Gonçalves e muitos índios, a aldeia foi transferida para local menos insalubre, onde hoje é Vila de Abrantes, sem que isto impedisse o trânsito por toda redondeza. Fatalmente, as dunas – campo de caça, de refúgio e de folias, em meio ao caminho das águas doces e salgadas, também fontes de alimentos e diversão, – eram bem frequentadas. No sossego daquelas alvas quebradas ainda agora ecoam e vibram os cantos e danças das pajelanças ou das festas à Jaci (apropriadamente protetora dos amantes e da reprodução) no cimo dunas, as ibitiras dos tupinambás, etereamente brancas azuladas ao luar. Fácil imaginar a comilança de mariscos a gerar sambaqui e a movimentação na urgência de se acender o facho, pas-

sando adiante o alerta da aproximação de navios invasores e piratas, conforme o pioneiro sistema de comunicação à distância do Brasil. Os avisos dados por sinais luminosos eram transmitidos sucessivamente pelos fachos acendidos ao longo da costa: na Torre de Garcia d’Avila, na aldeia jesuítica de São João (Jacuípe), na aldeia do Espírito Santo (Vila Abrantes), em Itapuã e no Rio Vermelho, donde avistado na fortaleza de Santo Antônio da Barra, enfim, chegava à capital. Os documentos não indicam os pontos exatos onde as almenaras eram instaladas (talvez nem tivessem lugar fixo), mas considerando que Abrantes não tem praia e que de cima dum morro a luz seria mais visível, é possível crer que o terceiro facho fosse aceso no alto das dunas de Busca Vida. Assim rica em vida, beleza, história, onde ainda há tanto a descobrir e conhecer, as dunas, também tão úteis à regulação do clima e do lençol freático, merecem todo apreço e cuidado. Sendo ecossistema frágil, qualquer alteração na estrutura, além do nível suportável, pode determinar a falência da estrutura inteira, desastrosamente afetando a natureza, nela incluso o homem, apesar da insensata teima em dela se distinguir e se afastar. Se há trechos, como aquela baixada aparentemente intacta, perto dali as agressões campeiam: retirada de areia, construções, roçagem, lixo, esgotos, aterros. Mesmo ali, dão-se incursões predatórias, como o trânsito de quadriciclos – pilotados por filhos de irresponsáveis pais bem espertos para ganhar dinheiro, mas obtusos quanto a tudo mais – e certas ações do próprio condomínio. Isto, sem se falar da sempre presente ameaça da especulação imobiliária e dos megalômanos empreendimentos. Porém esperança há, a criação da reserva de vida silvestre, mantendo o corredor ecológico existente, antes da derrocada final. Enquanto isso, com a força do sangue tupinambá que nos corre na veia, cantemos a lição de Antonio Almeida e João de Barro: “Para que tanta ambição, tanta vaidade? / Procurar uma estrela perdida,/ Quase sempre o que nos dá felicidade / São as coisas mais simples da vida!” Que os versos caindo n’alma nos ensine a viver com menos coisas, mas em maior harmonia com o cosmo.

48 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 48

29/05/2012 14:12:11


l sAÚDE & BEM-ESTAR . ..........................50 a 68

l AUTO & CIA................................................. 108

l GASTRONOMIA......................................69 a 74

Tribuna do Leitor..............................109 a 110

l FESTAS....................................................75 a 78

Tábua das Marés............................................ 111

l facilidades & serviços......................79 a 107

ORIENTAÇÃO AOS LEITORES A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista Vilas Magazine não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a revista se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.

VITRINE

Vilas Magazine - Junho 2012 | 49

VM 161.indd 49

29/05/2012 14:12:40


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ACADEMIA

ACADEMIA

ACADEMIA

ACADEMIA

50 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 50

29/05/2012 14:12:42


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

ACADEMIA

ACOMPANHANTE

ALUGUEL DE CLÍNICA

ACUPUNTURA

ANGIOLOGIA

ALERGIAS

ANGIOLOGIA

ANGIOLOGIA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 51

VM 161.indd 51

29/05/2012 14:12:44


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR CARDIOLOGIA

CARDIOLOGIA

CARDIOLOGIA

CLÍNICA

CLÍNICA

52 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 52

29/05/2012 14:12:46


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

CLÍNICA

CLÍNICA

CLÍNICA

CLÍNICA GERAL

CLÍNICA MÉDICA

ImagE mEmorIal Em lauro dE FrEItas. Exames laboratoriais e de imagem. Resp. Técnico: Dr. César A. de Araújo Neto - CREMEB: 5974

Tudo para cuidar da sua saúde em um só lugar: • Equipe médica especializada;

• Resultados rápidos e precisos;

• Atendemos os principais convênios da Bahia;

• Equipamentos com tecnologia de ponta.

Lot. Varandas Tropicais Rua A, 150, Lotes 5, 6 e 7 Pitangueiras – Lauro de Freitas

71 4004 0107 www.imagememorial.com.br

Vilas Magazine - Junho 2012 | 53

VM 161.indd 53

29/05/2012 14:12:51


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR CLÍNICA MÉDICA

CLÍNICA MÉDICA

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

CURSOS

ENDOCRINOLOGIA

ENDOCRINOLOGIA

54 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 54

29/05/2012 14:12:56


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

ENDOCRINOLOGIA

ESPAÇO DE BELEZA

ESPAÇO DE BELEZA

ESPAÇO TERAPÊUTICO

ESPAÇO TERAPÊUTICO

ESTÉTICA

ESTÉTICA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 55

VM 161.indd 55

29/05/2012 14:13:05


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ESTÉTICA

ESTÉTICA

ESTÉTICA

56 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 56

29/05/2012 14:13:08


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

Até o lobo vai ficar louco por você. E não é conto de fadas!

20% off * nos tratamentos ou 10 sessões

Em junho, aproveite a magia do dia dos namorados para ficar ainda mais bonita para o seu príncipe. Confira as promoções especiais e deixe todos os homens aos seus pés.

01 amigo

30% off*

Dr. Rodrigo W. Pimentel Diretor Médico CREMEB 22196

FARMácIA

*Veja

Médico | Fisioterapeuta | Nutricionista Psicólogo | Educador Físico

condições na clínica. Prom oção válida entre 01 a 30 de junho de 2012.

EsTéTIcA

(71) 3379-3929 clinicaphysical.com.br

FARMácIA DE MANIPUlAçÃO

FIsIOTERAPIA

E-mail: gisellifisio@yahoo.com.br

FIsIOTERAPIA

FIsIOTERAPIA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 57

VM 161.indd 57

29/05/2012 14:13:13


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR FISIOTERAPIA

AnaCecilia_card_verso.pdf

1

4/11/12

10:47 PM

FISIOTERAPIA C

M

AnaCecíliaMedina

Y

CM

dor crônica ortopedia reumatologia RPG

MY

CY

CMY

CREFITO7/55.329

Av. Luiz Tarquinio, nº 2580 Cond. Villas Master Empresarial Sala 801 Tel 71 3379.6457 cel 71 9985.1518

K

FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA

58 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 58

29/05/2012 14:13:16


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

FIsIOTERAPIA

FIsIOTERAPIA EsTéTIcA

FIsIOTERAPIA EsTéTIcA

FONOAUDIOlOGIA

GERIATRIA

FONOAUDIOlOGIA

GAsTROENTEROlOGIA

HOMEOPATIA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 59

VM 161.indd 59

29/05/2012 14:13:21


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR lABORATÓRIO

ExamEs laboratoriais E dE imagEm Em Um só lUgar: laUro dE FrEitas. Resp. Técnico: Dr. César A. de Araújo Neto - CREMEB: 5974

Lot. Varandas Tropicais Rua A, 150, Lotes 5, 6 e 7 Pitangueiras – Lauro de Freitas

71 4004 0107 www.imagememorial.com.br

lABORATÓRIO PLANSERV

laboratório vacina

ATENDEMOS

RESPONSÁVEL TÉCNICO CRM-BA 15246

VACINA APENAS NO EXTRA E LITORAL NORTE.

3535.0035 - www.clab.com.br (EXCLUSIVO PARA (CENTRO MÉDICO BARBALHO • EXTRA RÓTULA • IMBUÍ • CIDADELA CLIENTES CASSEB) • LIBERDADE • LITORAL NORTE LITORAL NORTE) • LAURO DE FREITAS • CANDEIAS • SIMÕES FILHO

lABORATÓRIO

MAssOTERAPIA

MAQUIAGEM DEFINITIvA

NUTRIçÃO

NUTRIçÃO

ODONTOlOGIA

60 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 60

29/05/2012 14:13:27


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 61

VM 161.indd 61

29/05/2012 14:13:31


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ODONTOLOGIA

VILLAS DENTAL, MAIS TECNOLOGIA A SERVIÇO DO SEU SORRISO. Primeira na Bahia com Prótese Virtual Cerec. Com 11 anos no mercado e uma estrutura equipada com aparelhos de ponta, a Villas Dental Clinic hoje é referência em Odontologia Computadorizada. Aqui você tem à sua disposição uma moderna sala de cirurgia, um ateliê de próteses dentárias, central de oxigênio e esterilização, além de um centro de imagem próprio. Tecnologia que faz toda a diferença para o seu sorriso.

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

62 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 62

29/05/2012 14:13:35


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 63

VM 161.indd 63

29/05/2012 14:13:59


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR ODONTOLOGIA

OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

64 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 64

29/05/2012 14:14:04


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

ONCOLOGIA

OTORRINO

OTORRINO

Vilas Magazine - Junho 2012 | 65

VM 161.indd 65

29/05/2012 14:14:51


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR OTORRINO

PEDIATRIA

PEDIATRIA

PILATES

PODOLOGIA

PILATES

PLANOS DE SAÚDE

PODOLOGIA

PSICOLOGIA

66 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 66

29/05/2012 14:14:55


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 67

VM 161.indd 67

29/05/2012 14:14:58


Classificados Boa Dica | SAÚDE & BEM-ESTAR PSICOLOGIA

PSICOPEDAGOGIA

PSICOTERAPIA

PSICOTERAPIA

PSICOTERAPIA

PSQUIATRIA

REUMATOLOGIA

TERAPIA

REUMATOLOGIA

TERAPIA

68 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 68

29/05/2012 14:15:02


Classificados Boa Dica | GASTRONOMIA

Atum é bom demais Peixe, que é rico em ômega 3 e proteínas, é bom para a memória, controla o colesterol e combate o envelhecimento das células

A

lém de saboroso, o atum é saudável. Apreciado por muitos, ele é rico em ômega 3 (tipo de gordura essencial para o organismo) e ajuda na redução dos níveis de colesterol e da pressão arterial. O nutricionista Lizandri Rangan recomenda que se coma o peixe de três a quatro vezes por semana. “O atum tem proteínas que auxiliam na formação dos ossos e que dão elasticidade à pele”, afirma. O alimento ainda beneficia o bom estado da memória. “Isso porque o peixe ajuda no combate do envelhecimento das células”, completa a nutricionista. Portanto, aproveita e teste a receita ao lado e se delicie! (Andréia Takano / Folhapress)

Salada ao pesto de atum Ingredientes: 1 embalagem de macarrão em formato de gravata; 3 tomates maduros cortados em cubos; 200 g de castanha-do-pará triturada; 6 colheres (sopa) de azeite; 1/2 maço de salsinha; 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado; 2 latas de atum sólido; 200 g de mozarela cortada em cubos; 50 g de azeitonas pretas picadas; 1 dente de alho picado; Sal a gosto. Modo de preparo: Leve ao liquidificador o azeite e acrescente o óleo das latas de atum, o alho, a salsinha, o parmesão ralado, 50g de castanha trituradas e sal. Bata até envolver bem todos os ingredientes. Em uma panela grande, ferva 5 l de água com sal e cozinhe a massa. Junte o atum, os tomates, a mozarela e as azeitonas pretas. Mexa delicadamente. Salpique o restante da castanha-do-pará e misture. Sirva a seguir Dica: Monte a salada em porções individuais e a mantenha na geladeira até o momento de servir Crédito da receita: Adria (http://www.adria.com.br)

Vilas Magazine - Junho 2012 | 69

VM 161.indd 69

29/05/2012 14:15:06


Classificados Boa Dica | GASTRONOMIA AÇOUGUE

CAFÉ DA MANHÃ

CARNES

CONSULTORIA GASTRONÔMICA

CULINÁRIA ORIENTAL

CULINÁRIA ORIENTAL

CULINÁRIA ORIENTAL

70 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 70

29/05/2012 14:15:09


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

DELICATESSEN

DELICATESSEN

DOCES & SALGADOS

DOCES & SALGADOS

DELIVERY 071 3379 - 4477 Av. Praia de Itapoan - Vilas do Atlântico

Vilas Magazine - Junho 2012 | 71

VM 161.indd 71

29/05/2012 14:15:12


Classificados Boa Dica | GASTRONOMIA DOCES & SALGADOS

LANCHONETE

PIZZARIA

PIZZARIA

PIZZARIA

PIZZARIA

72 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 72

29/05/2012 14:15:21


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

PIZZARIA

PIZZARIA

PIZZARIA

PIZZARIA

PIZZARIA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 73

VM 161.indd 73

29/05/2012 14:15:25


Classificados Boa Dica | GASTRONOMIA PIZZARIA

RESTAURANTE

RESTAURANTE

RESTAURANTE

RESTAURANTE

74 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 74

29/05/2012 14:15:27


Classificados Boa Dica | FESTAS ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS Decoração de Festa Infantil Provençal Aluguel de Mesas Enchimento de Balões (71) 8720-9097 Mayara

Parceriafest@hotmail.com

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ANIMAÇÃO / DJ

Aluguel de Brinquedos Personalização

BUFFET

ALUGUEL DE MÓVEIS

Vilas Magazine - Junho 2012 | 75

VM 161.indd 75

29/05/2012 14:15:31


Classificados Boa Dica | FESTAS BUFFET

BUFFET

BUFFET

BUFFET

BUFFET

BUFFET INFANTIL

76 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 76

29/05/2012 14:15:40


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

DECORAÇÃO

CHOCOLATE

DJ

DJ

DJ

ESPAÇO PARA EVENTOS

EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

EVENTOS

FANTASIAS

Vilas Magazine - Junho 2012 | 77

VM 161.indd 77

29/05/2012 14:15:45


Classificados Boa Dica | FESTAS GARÇON

INGRESSOS

Balcão

LAURO DE FREITAS AGORA TEM BALCÃO DE INGRESSOS! TEL. / (71) 3026-1250

SH0WS / BLOCOS / EXCURSÕES

LOJA 01 SHOPPING PONTO ALTO 1 - AV. SÃO RAFAEL - (71) 3017-4442 LOJA 02 POINT 19 - CAJAZEIRAS 08 (AO LADO DO JAAR ANDRADE) - (71) 3033-0035 LOJA 03

TOP CENTER - LAURO DE FREITAS (EM FRENTE AOS CORREIOS)

LOJA 04 AV. TANCREDO NEVES, Nº 1506, LOJA 201, SHOPPING SUMARÉ, CAMINHO DAS ÁRVORES

PERSONALIZAÇÃO

ROSKAS

À francesa, bufê ou coquetel? O serviço à francesa é adequado para eventos que requerem maior formalidade, com a vantagem de que ninguém precisa levantar para se servir, pois o prato é levado à mesa. Já no bufê, a vantagem é que os convidados podem escolher o que servirão no prato dentre as opções apresentadas, ideal para festas mais descontraídas. No caso dos coquetéis, a vantagem é, principalmente, em relação ao local do evento, que não precisa ser muito grande, uma vez que os convidados não necessitam de mesas e cadeiras para comer. No serviço de coquetel, denominado volante, os garçons passam com bandejas de comidas e bebidas. As miniporções em cumbucas, como massas, escondidinhos e risotos, são opções além dos canapés. Quantidade de bebida padrão para um evento de quatro horas: l 600 ml de refrigerante por pessoa; l 800 ml de cerveja por pessoa l 200 ml de água por pessoa l Vinho ou espumante se não houver cerveja – calcule ½ garrafa por pessoa l Vinho ou espumante se houver cerveja – calcule 1 garrafa para cada 5 pessoas - diminua a cerveja para 600 ml l Whisky – 1 garrafa para cada 50 pessoas l Coquetel de frutas – 4 litros para 50 pessoas Em relação aos copos é importante se calcular de 2 a 3 por pessoa, no caso dos de vidro, e de 4 a 5 se forem de plástico. Os copos de vidro devem variar entre tulipas, taças, copos para refrigerante e água, flutes e etc.

78 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 78

29/05/2012 14:15:51


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ADM. DE CONDOMÍNIO

ADM. DE CONDOMÍNIO

ADVOGADOS

ADVOGADOS

ADVOGADOS

ÁGUA / ANÁLISE

ÁGUA / PURIFICAÇÃO

ANDAIMES

ADVOGADOS

ÁGUA

ALUGUEL DE MÁQUINAS

ANDAIMES

ANDAIMES

Vilas Magazine - Junho 2012 | 79

VM 161.indd 79

29/05/2012 14:15:54


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ANDAIMES

ANDAIMES

ANTENAS

ANTENAS

ANTENAS

80 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 80

29/05/2012 14:15:58


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

ANTENAS

comercial@vilasmagazine.com.br

ANTENAS

ANTIGUIDADES

AR CONDICIONADO

AR CONDICIONADO

AR CONDICIONADO

ARQUITETURA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 81

VM 161.indd 81

29/05/2012 14:16:32


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ARQUITETURA

ARQUITETURA

ARQUITETURA

ARQUITETURA

ARTESANATO

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

82 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 82

29/05/2012 14:16:36


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ATELIER

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

“ Inovar é a capacidade de se ter uma grande ideia e colocá-la em prática. É criar uma metodologia de ensino única capaz de fazer com você fale inglês em tempo reduzido. É oferecer aulas em horários flexíveis que se adéquem a sua rotina. É ter certeza que com turmas reduzidas você tem resultado. Inovar é dar liberdade para que você comece seu curso em qualquer dia do ano.

Bernardinho, técnico da seleção brasileira de vôlei.

AULAS / CURSOS

3379-4705

www.uptime.com.br

Av. Praia de Itapuã S/N Quadra D 27 Lote 04 2ºandar - Vilas do Atlântico

AULAS / CURSOS

Vilas Magazine - Junho 2012 | 83

VM 161.indd 83

29/05/2012 14:16:41


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS AULAS / CURSOS

BEBIDAS

AULAS / CURSOS

BORDADOS

AULAS / CURSOS

CHAVEIROS

CESTAS DE CAFÉ

COLCHÕES

84 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 84

29/05/2012 14:16:48


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONSTRUÇÃO & REFORMA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 85

VM 161.indd 85

29/05/2012 14:16:53


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

CORTINAS

CORTINAS

86 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 86

29/05/2012 14:16:56


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS

DECORAÇÃO

DECORAÇÃO

Vilas Magazine - Junho 2012 | 87

VM 161.indd 87

29/05/2012 14:17:00


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS DECORAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

88 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 88

29/05/2012 14:17:03


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

DESINSETIZAÇÃO

DIVISÓRIAS

DIVISÓRIAS

ELETRICISTA

EMBALAGENS

ELETRICISTA

ENTULHOS & PODAS

Vilas Magazine - Junho 2012 | 89

VM 161.indd 89

29/05/2012 14:17:07


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ENTULHOS & PODAS

ESCOLA

Berçário - Ed. Infantil - Ens. Fundamental Natação - Música - Artes Turno Integral

3379-9180 www.escolaacalento.com

ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA DE FUTEBOL

ESCOLA DE MÚSICA

90 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 90

29/05/2012 14:17:12


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

ESCOLA DE DANÇA

transformando o sonho da dança em realidade.

adulto e infantil

ESCRITÓRIO VIRTUAL

ESPIRITUALIDADE

ESTOFADOS

ESTOFADOS

ESTOFADOS

Vilas Magazine - Junho 2012 | 91

VM 161.indd 91

29/05/2012 14:17:18


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS ESTOFADOS

FLORICULTURA

FOGÕES

FORROS

FORROS

FOTO & FILMAGEM

FOTOGRAFIAS

92 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 92

29/05/2012 14:17:22


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

FOTÓGRAFIA

GÁS

comercial@vilasmagazine.com.br

GÁS

GÁS

GRÁFICA

GRÁFICA

GESSO

HORTO

HORTO

Vilas Magazine - Junho 2012 | 93

VM 161.indd 93

29/05/2012 14:17:25


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS HORTO

HORTO

IMÓVEIS

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

94 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 94

29/05/2012 14:17:30


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

INFORMÁTICA

comercial@vilasmagazine.com.br

JARDINAGEM

LAVAGEM DE TANQUE

LAVAGEM DE TANQUE

LAVANDERIA

LIMPA FOSSA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 95

VM 161.indd 95

29/05/2012 14:17:37


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

96 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 96

29/05/2012 14:17:38


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

LIMPA FOSSA

comercial@vilasmagazine.com.br

LIVRARIA

MADEIREIRA

MARCENARIA

MÁRMORES & GRANITOS

MÁRMORES & GRANITOS

Aceitamos Construcard Parcelamos em até 10X Av. Luiz Tarquínio, 1876, Loja 2 71- 3301- 6573 / 3026-3434 www.marmorizze.com

MÁRMORES & GRANITOS

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

MAT. DE CONSTRUÇÃO

Vilas Magazine - Junho 2012 | 97

VM 161.indd 97

29/05/2012 14:07:11


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS MESAS & CADEIRAS

MATERIAL ESPORTIVO

MESAS & CADEIRAS

MESAS & CADEIRAS

MODA FEMININA

MESAS & CADEIRAS

METALÚRGICA

MODA MASC / FEM

MODA FEMININA

98 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 98

29/05/2012 14:07:15


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

MOLDURAS

comercial@vilasmagazine.com.br

MOTORES

MÓVEIS

MÓVEIS

MÓVEIS INOX

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

Vilas Magazine - Junho 2012 | 99

VM 161.indd 99

29/05/2012 14:07:18


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

100 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 100

29/05/2012 14:07:20


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

PAPEL DE PAREDE

PÁTINA

PAPELARIA

PELÍCULA

PELÍCULA

PERSIANAS

Vilas Magazine - Junho 2012 | 101

VM 161.indd 101

29/05/2012 14:07:22


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS PERSIANAS

PERSIANAS

PERSIANAS

PERSIANAS

PET SHOP

PET SHOP

102 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 102

29/05/2012 14:07:29


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

PISCINAS

comercial@vilasmagazine.com.br

PUBLICIDADE

REDES DE PROTEÇÃO

SEGURANÇA & VIGILÂNCIA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 103

VM 161.indd 103

29/05/2012 14:07:32


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS SEGURANÇA ELETRÔNICA

TARÓLOGA

SERVIÇOS GERAIS

TÁXI

SOMBREIROS

TÁXI

TÁXI

TELAS MOSQUETEIRAS

TÁXI

TELAS MOSQUETEIRAS

TELECOMUNICAÇÕES

TINTURA

104 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 104

29/05/2012 14:07:36


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

TOLDOS

comercial@vilasmagazine.com.br

TOLDOS

TOLDOS

TOLDOS

TOLDOS

TRANSPORTES

Vilas Magazine - Junho 2012 | 105

VM 161.indd 105

29/05/2012 14:07:41


Classificados Boa Dica | FACILIDADES & SERVIÇOS TRANSPORTE ESCOLAR

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

106 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 106

29/05/2012 14:07:46


Para anunciar nesta seção, ligue 3379-2206 / 3379-2439

comercial@vilasmagazine.com.br

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

Vilas Magazine - Junho 2012 | 107

VM 161.indd 107

29/05/2012 14:07:50


Classificados Boa Dica | AUTO & CIA

108 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 108

29/05/2012 14:08:08


TRIBUNA DO LEITOR

Calçadas A revista Vilas Magazine é de grande importância para a comunidade de Lauro de Freitas. Além do serviço de utilidade pública que presta, a revista divulga informações e ajuda-nos a tentar corrigir algumas falhas da nossa cidade. Na reportagem de capa da edição nº160, de maio, vocês abordaram um dos problemas crônicos na cidade. No bairro Miragem, onde moro, vemos esses tipos de calçadas, algumas muito bonitas, mas obstruem a passagem das pessoas que são obrigadas a trafegar pelas ruas, sem falar nas pessoas portadores de deficiências físicas. Outro assunto que me aborrece muito e poderia ser divulgado na revista é o sistema de trânsito e transporte.. Existe uma secretaria (?), mas nada faz e o que se observa é o total desrespeito às normas de trânsito, onde a pessoa que as respeitam são tratadas com afrontos, xingamentos e até agressões. Na verdade é o caos (vide final de linha, defronte ao Estádio Municipal). No Miragem, cavalos andam normalmente danificando as lixeiras e ameaçando o trânsito de veículos. Escrevi para a prefeitura várias vezes mas nada aconteceu. Por fim, espero contar com a colaboração dessa conceituada revista, visando melhorar as nossas condições de cidadãos . Luiz Guilherme Pontes Chagas. Loteamento Miragem.

Editorial Sr. Accioli, Mais uma vez parabenizo-o pelo editorial, desta vez pela edição de maio. Gostaria de sugerir que a mensagem da filósofa judiaAynRand , colocada no rodapé do editorial fosse colocada com mais destaque ou em letras garrafais, para que todos lessem. Entretanto isto não seria para que nos acomodássemos à situação, mas ao contrário para que acordássemos e juntos, mudássemos a situação enquanto é tempo. Estou lendo um livro bem atual “Transição Planetária”, que fala sobre estas questões e que gostaria de lhe passar um pequeno trecho: “São esses paradoxos da vida em sociedade, que a gran-

de transição que ora tem lugar no planeta irá modificar. As criaturas que persistirem na acomodação perversa da indiferença pela dor do seu irmão, que assinalarem a existência pela criminalidade conhecida ou ignorada, que firmarem pacto de adesão à extorsão, ao suborno, aos diversos comportamentos delituosos do denominado colarinho branco, mantendo conduta egotista, tripudiando sobre as aflições do próximo, comprazendo-se na luxuria e na drogadição, na exploração indébita de outras vidas, por um largo período não disporão de meios de permanecer na Terra, sendo exiladas para mundos inferiores, onde irão ser úteis limando as arestas das imperfeições morais, a fim de retornarem, mais tarde, ao seio generoso da mãe-Terra que hoje não quiseram respeitar.” “Transição Planetária” de Manuel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Franco. Contando com a colaboração da revista Vilas Magazine, coloco-me à disposição, ficando desde já grata pela oportunidade de expressão. Atenciosamente, Célia Vianna. Sr. Accioli, Acabei de receber a edição de maio da revista Vilas Magazine, e tomo a liberdade de comentar/ acrescentar algum fato ao seu editorial “A Escolha de cada um”. Em primeiro lugar, manifestar o meu apoio ao seu artigo, pois resido aqui, no condomínio Jardim do Atlântico, no Bairro Miragem, e confesso que não vi, em nenhum lugar do Brasil, as leis de trânsito serem tão desrespeitadas como aqui em Lauro de Freitas e, por extensão, em Salvador. Todos os aspectos levantados por V.Sª são verdadeiros e ocorrem no nosso dia a dia. Uma pergunta que não quer calar: porque essa falta de respeito às leis do trânsito? Aí, então, remeto o meu raciocínio à base onde se habilitam os futuros motoristas: as autoescolas! O que é exigido delas para se qualificar como tal? Quem são os instrutores e como são habilitados para o exercício da atividade de ensinar como dirigir? E o serviço de trânsito: por quem são elaboradas e aplicadas as provas – de legislação e prática? Quantas horas/aula são exigidas

para que o candidato possa prestar os exames? Outra situação que considero absurda: os comerciantes, na sua maioria, consideram os espaços públicos em frente às suas lojas, como sendo um prolongamento de suas instalações e colocam placas, pinos, correntes com aviso de “vagas para clientes”. Ora, a via é pública e este fato é totalmente irregular. Chegam ao cúmulo de colocarem correntes à noite, impedindo o estacionamento de veículos, mesmo com as lojas fechadas. O máximo que poderia ser admitido era se estabelecer “vagas preferenciais para clientes em compras” jamais vagas privativas. A fiscalização (???) deveria coibir tal prática. Luiz Roberto Bastos Serejo. Sr. Accioli Ramos. Há pouco tempo conversei com nossa amiga em comum Gilka Bandeira, onde na época comentei sobre os meninos e meninas menores de idade que trafegam em pequenas motocicletas nas ruas de Vilas do Atlântico e região. Hoje li seu editorial da edição de maio e gostei muito. Acredito que em tempo, poderia ser apresentado aos leitores de vossa respeitada revista, uma matéria mostrando o risco que os pais estão permitindo às crianças, comprando e liberando o tráfego destes pequenos meninos(as) em suas motocicletas. A disposição no que puder colaborar, pois atualmente sou coordenador do Departamento de Infância e Juventude do Grupo de Espírita Paz e Caridade, onde também faço parte da diretoria. Também trabalho na empresa Ford Motor Company, como engenheiro MSX International. Henrique Franco. Sr. Diretor-Editor, Apesar de não ser meu forte fazer elogios, desta vez sou obrigado a parabenizá-lo pela excelência do editorial da edição de maio da revista Vilas Magazine. Infelizmente a má educação do povo brasileiro se espalhou de Norte a Sul, aliada ao desleixo na fiscalização e total ausência de campanhas educativas por parte dos nossos governantes que permitem, tambem, a proliferação dos tais flanelinhas ou “guardadores de vaga”. Marcius C. Nobrega. Cabo Frio. RJ.

Cavalos no Miragem Sou moradora do bairro Miragem e tenho acompanhado a meses os transtornos causados pelos cavalos soltos no bairro, conforme mostrou carta de um morador, publicada nessa seção, na edição de maio. Gostaria de registrar algumas informações além das que já foram passadas na carta. Os cavalos pertencem a moradores de Portão, do outro lado da pista da Estrada do Coco. Eles trazem os animais pela manhã e no final da tarde geralmente vem um grupo de crianças e adolescentes recolher os cavalos. Estas conclusões tirei a partir de meses de observação, pois minha rua, Pedro Paulo Conceição, é alvo diário destes cavalos que rasgam e espalham os sacos de lixo dos condomínios que encontram-se nas lixeiras Obrigada pelo espaço, sou leitora assídua da revista e gosto muito das matérias e dos espaços que vocês abrem aos moradores da região. Carla Volpe. Loteamento Miragem.

Trânsito Sr. Accioli, A revista Vilas Magazine se consolidou como um meio de comunicação de primeira linha na região, tornando-se imprescindível à informação e entretenimento dos cidadãos de Lauro de Freitas. Toda a equipe está de parabéns! Assim, é por acreditar no poder de divulgação desse veículo informativo que venho manifestar o desagrado, certamente compartilhado por muitos outros moradores, em relação aos critérios (ou falta destes) para concessão de alvarás de construção e funcionamento pela Prefeitura Municipal. Falta, no mínimo, esclarecimento da população. Como exemplo, cito o empreendimento que vem sendo construído próximo ao meu prédio, na Rua Sheyla Pitta. Trata-se de um edifício de salas comerciais que, de tão grande, fica de fundos para outra rua, a Nadja Rita Rodrigues. São duas ruas estreitas e com o trânsito já dificultado: de um lado, na Sheyla Pitta, em virtude da implantação de um Cartório e de um grande hospital que será inaugurado brevemente; do outro, na Nadja Rita, por conta de um condomínio u Vilas Magazine - Junho 2012 | 109

VM 161.indd 109

29/05/2012 14:08:10


TRIBUNA DO LEITOR que, aparentemente, não tem vaga de garagem para todos os moradores. Em ambas, os carros são estacionados nos dois lados da via, sem qualquer fiscalização, impossibilitando a passagem de dois veículos ao mesmo tempo. É comum protagonizar-se uma dança compassada de carros – um recua, enquanto o outro passa, seguindose buzinassos e xingamentos – sendo ainda mais vergonhoso tratar-se de ruas anexas ao Retran. Todos os moradores com quem conversei foram unânimes na perplexidade de constatar que será construído, ali, mais um edifício comercial de grande porte que, com certeza, não oferecerá vagas de garagem para todos os frequentadores, o que inviabilizará o trânsito local. Aqui, abro um parêntese para registrar o estado de abandono em que se encontra a sede do Retran, que mais parece um cemitério de automóveis empilhados. Além de propiciar uma imagem de filme de terror aos que passam, virou um criadouro de mosquitos da dengue. Outro empreendimento que venho acompanhando com espanto é um aglomerado de salas comerciais construído na Rua Juracy Magalhães, aquela que dá acesso à segunda portaria de Vilas. É uma rua já estreita para o fluxo de carros, sendo impossível trafegar livremente se houver algum veículo estacionado no acostamento. Pois é de pasmar que tenha sido liberada a construção, ali, de um centro comercial que tem apenas sete vagas de garagem (visíveis). Menos que o número de salas! Esses são apenas alguns exemplos que nos fazem questionar rotineiramente a capacidade de gestão do espaço pela nossa prefeitura. Lauro de Freitas, que já foi o refúgio daqueles insatisfeitos com o trânsito e a confusão da capital, passará a expulsar moradores se o governo local não passar a se importar com a comunidade dos que aqui escolheram viver. Eneida Freitas.

Cidadão questiona Procuradora É impressionante ver como agentes públicos, nomeados pelas autoridades escolhidas pelo povo tratam a coisa pública como particular: ao se defrontar com uma situação de cobrança judicial em que um cidadão não fora informado

previamente sobre a existência de débito de IPTU relativo ao exercício 2010, a senhora Cláudia Monteiro, Procuradora do Município de Lauro de Freitas, a quem cabe zelar pelos interesses da cidade sem deixar de lado o respeito ao contribuinte, agiu com desdém e sarcasmo em relação ao desconhecimento do fato, desrespeitando e maltratando a quem deveria prestar um serviço de excelência. Senhora prefeita, uma boa gestão é marcada pelo serviço bem prestado e pelo respeito ao cidadão. Sergio Augusto de Castro. Comerciante e cidadão laurofreitense.

Poluição sonora no GBarbosa Caros cidadãos, já conta de mais de sete meses da nossa última nota, publicada neste mesmo espaço, em outubro de 2011, e os problemas com o GBarbosa ainda continuam. Hoje, especialmente, compartilho com vocês o problema da poluição sonora! Basta ver, que agora (15/5), às 20h54, hora que todos assistem o noticiário na TV, não pude fazer o mesmo, face ao terrível barulho ocasionado pelo gerador do mercado. E tem sido assim, todos os dias, das 18h às 21h (e algumas vezes após este horário), o odiado equipamento entra em ação, tirando a paz de todos que residem na minha casa. A lei municipal nº 1227, de dezembro de 2006, que dispõe sobre os sons urbanos e fixa níveis e horários em que será permitida sua emissão, dispõe, em seu artigo 1º que “a emissão de sons e ruídos decorrente de qualquer atividade desenvolvida no município obedecerá aos padrões estabelecidos por esta lei, objetivando garantir a saúde, a segurança, o sossego e o bem estar público”. Ora, me parece que o GBarbosa de Lauro de Freitas está isento ou imune à aplicação de tal lei, ou não estaria sendo tratado com tanta benevolência, diante da poluição sonora já comprovada, por ele provocada. Em março deste ano, os fiscais da Secretaria Ambiental de Lauro de Freitas periciaram o imóvel e foi constatado que o gerador tem provocado, em certos pontos da casa (sala de estar e quartos), índices sonoros que ultrapassam os 70 Decibeis (dB)!!!, quando o autorizado em lei, em se tratando

Agradecimento Prezado Reinaldo Mauro de Oliveira, Primeiramente agradeço sua citação do meu nome, na edição de maio da revista Vilas Magazine. Segundo, congratular-me com sua linha de pensamento, a qual coincide com a minha. Terceiro, lamentar, mais uma vez, da acomodação e visão quase exclusiva para o próprio umbigo, da maioria da população de Vilas do Atlântico. Os múltiplos problemas citados pela revista Vilas Magazine e constatados por todos nós, no nosso loteamento, são resultados de nossa inércia, como moradores e pagadores de impostos e, acima de tudo, pela falta de compreensão do significado da palavra “cidadão”. O poder do um está nas suas realizações, mesmo que sejam pequenas. E o poder da comunidade está no somatório dessas realizações. Segundo Albert Einstein: “o mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que os olham e nada fazem”. Se for do seu interesse, gostaria que você participasse dos inúmeros projetos sociais que estamos desenvolvendo, em prol da cidadania e da melhoria da qualidade de vida da nossa comunidade. Forte abraço, Jaime de Moura Ferreira. Vilas do Atlântico. de equipamento gerador em funcionamento no período noturno é de 50 dB. O mercado foi autuado e dado prazo para adequação. Passado o prazo, o problema continuou, sob o argumento de “estarem aguardando uma peça, que vem de outro estado”. Até quando aguardaremos? Já estamos na segunda quinzena de maio!! Já fazem dois meses da notificação!!! Não podemos mais engolir qualquer justificativa para que este crime de poluição sonora persista! Que desliguem o equipamento, até que a peça chegue! Nós é que não podemos suportar o desrespeito ao nosso direito ao sossego, para fins de economia na conta de energia do mercado. Se a lei institui como medida sancionatória o embargo do uso da fonte de som, porque a Prefeitura não aplica a lei? É lamentável a complacência com o poluidor! E é essa condescendência que incentiva outros poluidores à prática de tal crime! A lei municipal nº 1227/2006 dispõe, em seu artº 8º, que só poderá ser concedido alvará de autorização sonora após vistoria in loco, a fim de analisar se o local em que se propaga o ruído possui

condições acústicas adequadas, no sentido de preservar os limites de emissão de ruído permitidos em lei. E nós, que já sofremos com a poluição causada pelo mercado desde a sua inauguração (final de 2010), estamos aqui para atestar que nunca houve qualquer visita prévia em nosso imóvel (vizinho do mercado) pelo órgão responsável pela liberação do alvará, a fim de verificar o preceituado na legislação. Ou seja, foi autorizado o funcionamento da atividade comercial citada ao arrepio da lei, sem se pensar nos problemas que poderiam ser causados à residência vizinha. Mesmo que este alvará exista formalmente, ele não pode ser mantido ante a constatação da poluição que vem sendo provocada (não apenas pelo gerador, mas também pelos caminhões, pelo lava-jato...tema para as próximas notas). Bem, já é tarde, esperamos que a nossa próxima nota seja para dizer que a poluição sonora foi resolvida...mas do jeito que a coisa vai, a luta pelo sossego está apenas começando! Boa noite, para os privilegiados que, diferente de mim, conseguem ter uma! Maria Aparecida Mello.

A revista Vilas Magazine acolhe reclamações e opiniões sobre temas relacionados ao cotidiano da comunidade. Reserva-se, no entanto, o direito de rejeitar acusações insultuosas ou desacompanhadas de documentação. Também não acolhe elogios ou agradecimentos pessoais. Devido à limitações de espaço, cartas são selecionadas e quando não forem suficientemente concisas, serão publicados trechos mais relevantes. Originais não serão devolvidos. Cartas devem ser enviadas para o endereço redacao@vilasmagazine.com. br Outros documentos devem ser enviados para a redação da revista: Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. CEP 42700-000. Lauro de Freitas. BA. Só serão consideradas cartas e/ou e-mails com identificação completa do remetente (nome, endereço, telefone para contato).

110 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 110

29/05/2012 14:08:10


Tábua das marés 1º/6 - Sexta-feira 0h54...... Alta..........2.2m 7h04...... Baixa.......0.4m 13h23.... Alta..........2.3m 19h39.... Baixa.......0.3m

(Salvador e litoral norte)

7/6 - Quinta-feira 5h54...... Alta..........2.4m 12h04.... Baixa.......0.2m 18h32.... Alta..........2.2m

13/6 - Quarta-feira 5h21...... Baixa.......0.8m 11h24..... Alta..........1.9m 17h54.... Baixa.......0.8m

8/6 - Sexta-feira 0h23...... Baixa.......0.5m 6h41...... Alta..........2.3m 12h53.... Baixa.......0.4m 19h17.... Alta..........2.1m

14/6 - Quinta-feira 0h08...... Alta..........1.9m 6h19...... Baixa.......0.7m 12h24.... Alta..........1.9m 18h49.... Baixa.......0.7m

3/6 - Domingo 2h39...... Alta..........2.4m 8h51...... Baixa.......0.2m 15h13.... Alta..........2.4m 21h17.... Baixa.......0.2m

9/6 - Sábado 1h08...... Baixa.......0.6m 7h28...... Alta..........2.1m 13h39.... Baixa.......0.5m 20h06.... Alta..........1.9m

15/6 - Sexta-feira 0h58...... Alta..........2.0m 7h08...... Baixa.......0.6m 13h17.... Alta..........2.0m 19h30.... Baixa.......0.7m

4/6 - Segunda-feira 3h28...... Alta..........2.5m 9h43...... Baixa.......0.1m 16h06.... Alta..........2.5m 22h06.... Baixa.......0.2m

10/6 - Domingo 2h.......... Baixa.......0.8m 8h19...... Alta..........2.0m 14h32.... Baixa.......0.7m 21h02.... Alta..........1.8m

16/6 - Sábado 1h41...... Alta..........2.0m 7h53...... Baixa.......0.5m 14h04.... Alta..........2.0m 20h08.... Baixa.......0.6m

5/6 - Terça-feira 4h17...... Alta..........2.5m 10h32.... Baixa.......0.1m 16h58.... Alta..........2.4m 22h54.... Baixa.......0.3m

11/6 - Segunda-feira 3h.......... Baixa.......0.8m 9h15...... Alta..........1.9m 15h36.... Baixa.......0.8m 22h04.... Alta..........1.8m

6/6 - Qarta-feira 5h06...... Alta..........2.5m 11h19..... Baixa.......0.1m 17h47.... Alta..........2.4m 23h39.... Baixa.......0.4m

12/6 - Terça-feira 4h11....... Baixa.......0.9m 10h19.... Alta..........1.9m 16h49.... Baixa.......0.8m 23h09.... Alta..........1.8m

2/6 - Sábado 1h47...... Alta..........2.3m 7h58...... Baixa.......0.3m 14h19.... Alta..........2.4m 20h28.... Baixa.......0.3m

FASES DA LUA

Dia 4, Cheia; Dia 11, Quarto Minguante; Dia 19, Nova; Dia 27, Quarto Crescente.

19/6 - Terça-feira 3h32...... Alta..........2.2m 9h43...... Baixa.......0.3m 16h........ Alta..........2.2m 21h53.... Baixa.......0.5m

25/6 - Segunda-feira 1h04...... Baixa.......0.6m 7h32...... Alta..........2.1m 13h45.... Baixa.......0.5m 20h08.... Alta..........2.0m

20/6 - Quarta-feira 4h06...... Alta..........2.3m 10h17.... Baixa.......0.3m 16h36.... Alta..........2.2m 22h24.... Baixa.......0.5m

26/6 - Terça-feira 2h.......... Baixa.......0.7m 8h28...... Alta..........2.0m 14h43.... Baixa.......0.6m 21h08.... Alta..........1.9m

21/6 - Quinta-feira 4h43...... Alta..........2.3m 10h54.... Baixa.......0.3m 17h11..... Alta..........2.2m 23h02.... Baixa.......0.5m

27/6 - Quarta-feira 3h04...... Baixa.......0.7m 9h34...... Alta..........2.0m 15h53.... Baixa.......0.6m 22h15.... Alta..........1.9m

22/6 - Sexta-feira 5h21...... Alta..........2.3m 11h32..... Baixa.......0.3m 17h53.... Alta..........2.2m 23h39.... Baixa.......0.5m

28/6 - Quinta-feira 4h19...... Baixa.......0.7m 10h45.... Alta..........2.0m 17h06.... Baixa.......0.6m 23h23.... Alta..........2.0m

17/6 - Domingo 2h19...... Alta..........2.1m 8h30...... Baixa.......0.5m 14h45.... Alta..........2.1m 20h45.... Baixa.......0.5m

23/6 - Sábado 6h.......... Alta..........2.2m 12h11..... Baixa.......0.3m 18h32.... Alta..........2.1m

29/6 - Sexta-feira 5h36...... Baixa.......0.6m 11h58..... Alta..........2.0m 18h17.... Baixa.......0.6m

18/6 - Segunda-feira 2h56...... Alta..........2.2m 9h06...... Baixa.......0.4m 15h23.... Alta..........2.2m 21h17.... Baixa.......0.5m

24/6 - Domingo 0h19...... Baixa.......0.6m 6h45...... Alta..........2.2m 12h56.... Baixa.......0.4m 19h17.... Alta..........2.1m

30/6 - Sábado 0h26...... Alta..........2.1m 6h45...... Baixa.......0.5m 13h06.... Alta..........2.1m 19h19.... Baixa.......0.5m

JULHO 1º/7 - Domingo 1h26...... Alta..........2.2m 7h45...... Baixa.......0.4m 14h09.... Alta..........2.2m 20h13.... Baixa.......0.4m 2/7 - Segunda-feira 2h23...... Alta..........2.3m 8h41...... Baixa.......0.2m 15h06.... Alta..........2.3m 21h04.... Baixa.......0.3m 3/7 - Terça-feira 3h13...... Alta..........2.4m 9h32...... Baixa.......0.1m 15h56.... Alta..........2.4m 21h53.... Baixa.......0.3m 4/7 - Quarta-feira 4h02...... Alta..........2.5m 10h17.... Baixa.......0.1m 16h43.... Alta..........2.4m 22h36.... Baixa.......0.3m 5/7 - Quinta-feira 4h49...... Alta..........2.5m 11h......... Baixa.......0.1m 17h23.... Alta..........2.4m 23h13.... Baixa.......0.3m Fonte: Banco Nacional de Dados Oceanográficos da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil.

Quais temas você gostaria que a revista Vilas Magazine abordasse em suas edições? Mande suas sugestões! redacao@vilasmagazine.com.br Vilas Magazine - Junho 2012 | 111

VM 161.indd 111

29/05/2012 14:08:11


112 | Vilas Magazine - Junho 2012

VM 161.indd 112

29/05/2012 14:08:14


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.