Vilas Magazine | Ed 169 | Fevereiro de 2013 | 30 mil exemplares

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O Rio Sapato

agoniza

Prefeitura promete notificar quem descarta esgoto in natura


Vilas Magazine | 2 | Fevereiro de 2013


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editorial

Carnaval cancelado

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cancelamento das celebrações de carnaval em Lauro de Freitas, anunciado pela prefeitura no mês passado, não estaria ligado à disponibilidade de caixa. De acordo com uma nota pública, a solicitação de patrocínio à Associação Carnavalesca Cultural do Centro de Lauro de Freitas não será atendida “principalmente porque se configuraria como improbidade administrativa o repasse de verbas públicas sem processo licitatório para empresas privadas”. A medida, merecedora de elogios, poderia ser acompanhada por outras, no sentido de nunca mais se aplicar verba pública em festejos “de abadás”. Afinal, como afirma a prefeitura, as “empresas privadas” que pleiteiam recursos “têm como objetivo o lucro nas suas atividades (o que ocorreria com a venda de abadás)”. O esvaziamento da Festa do Senhor do Bonfim, alvo de generalizadas críticas este ano, em boa medida decorre da mercantilização e politização de uma festa religiosa que um dia foi popular.

Supramandatário

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ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva protagonizou no mês passado mais uma polêmica. Depois de posar com Paulo Maluf (PP) para ajudar a eleger Fernando Haddad (PT), deixou-se fotografar durante reunião de trabalho com o novo prefeito de São Paulo e seu secretariado, supostamente para “orientar” os subordinados deste, como uma espécie de supramandatário. Reza a lenda que Lula tudo pode perante a opinião pública. Mas isso seria Lula e apenas Lula.

Impugnação Veio a público, no mês passado, o teor de uma “ação de impugnação de mandato eletivo” contra o prefeito Márcio Paiva (PP) e seu vice, Robério Carvalho. Solicita-se a perda dos mandatos e a declaração de inelegibilidade por oito anos. O autor da referida ação é João Oliveira, que foi candidato do PT

à prefeitura no pleito de 2012. Afirma a peça jurídica, entre diversos outros pontos, inclusive com base em fotos, que o atual prefeito, que é médico, promoveu “farta e ilegal distribuição de guias para consultas especializadas, exames clínicos e cirurgias a serem efetuados pela rede pública de saúde” com fins eleitorais. De recurso em recurso e de parte a parte, este tipo de ação tem potencial para se arrastar até o Supremo Tribunal Federal, o que pode levar anos. O mais certo é que venha a ser julgada em definitivo bem depois de encerrado o atual mandato. Protelar o desfecho da questão não interessa, imagina-se, a nenhuma das partes. Seria, por isso, do mais amplo interesse que o prefeito viesse a público responder as alegações. De acordo com pelo menos um veículo de comunicação de Salvador, uma nota oficial teria cumprido esse objetivo. À Redação da Vilas Magazine nada chegou. Vilas Magazine | 4 | Fevereiro de 2013

Carlos Accioli Ramos, Diretor-editor da Vilas Magazine


Registros & NOTAS

Gestão provisória da Salva convoca eleição para o dia 8 de abril e ganha promessa de apoio oficial Conforme deliberado em Assembleia realizada em 17 de dezembro passado, o empresário Carlos Knittel assumiu provisoriamente o comando da SALVA, com o apoio dos coordenadores Ana Verônica Pinheiro Marreca, Planejamento; José Bonifácio Silveira Gomes, finanças; Jaime de Moura Ferreira, Meio Ambiente e Relações Empresariais; Márcia Menezes Schoucair Neves, Marketing, Eventos, Cultura, Esporte e Lazer e Siegfrid Frazão Keysselt, Jurídico e de Segurança. O Conselho Fiscal, está formado pelos conselheiros Epifânio Carneiro Filho, Antônio Carlos Bastos Pita e Maria Berenice Neves da Rocha. A associação está convocando seus associados, no gozo de seus direitos, para a 24/01/2013 - 22:01

eleição da coordenação executiva e conselho fiscal da entidade, a realizar-se no próximo dia 8 de abril de 2013, às 19h30 em primeira convocação, com a participação da maioria, conforme edital publicado na página 37 desta edição. Em entrevista à revista Vilas Magazine,

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R. JOSÉ ERNESTO DOS SANTOS, 321 CENTRO - LAURO DE FREITAS

Vilas Magazine | 5 | Fevereiro de 2013

publicada na edição de janeiro, Carlos Knittel declarou que uma das metas prioritárias de sua gestão é sensibilizar a maior parte dos moradores a associar-se a SALVA, para poder ampliar o poder de reivindicação, junto aos órgãos públicos e melhorar os serviços de vigilância. O prefeito Márcio Paiva, juntamente com o seu chefe de Gabinete, Edmilson Silva dos Santos, em visita a entidade em 8 de janeiro, garantiu investimentos que visam modernizar Vilas do Atlântico. Na oportunidade, o prefeito conheceu em detatalhes o Planejamento Estratégico Sistêmico da Salva, inclusive com as necessidades emergenciais de Vilas do Atlântico.


www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 e 3379-2206. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br Dire­to­ra: Tânia Ga­zi­neo Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaroaccioli@vilasmagazine.com.br Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos thiagoaccioli@vilasmagazine.com.br Publicidade: Simone Gazineo (coordenadora) comercial@vilasmagazine.com.br Maiana Cunha de Souza (assistente). Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) financeiro@vilasmagazine.com.br Miriam Martins (assistente). Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável). Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado. Impressão: Plural Indústria Gráfica (Recife-PE). Redação: Rogério Borges (coordenador) e Anthero Eloy Fer­reira Lins. Colaboradores: Gilka Bandeira, Lilian Silva, Márcia Tude, Alessandro Trindade Leite (charge). FALE COM A REDAÇÃO redacao@vilasmagazine.com.br Informativo mensal de serviços e facilidades, com tiragem de 30.000 exemplares por edição, distribuídos gra­tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e entorno (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­to­ri­al fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­gazine e Boa Dica - Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda.

Cena que deixou saudades n O rio Sapato em frente ao Villas Tenis Club, nos anos 80, quando o loteamento Vilas do Atlântico começava a ser ocupado. Os pedalinhos faziam parte das opções de lazer à disposição de moradores e visitantes, aproveitando a calha do rio, que era bem mais larga naquela época. O represamento criado pelas manilhas então instaladas sob as ruas que cruzam o Sapato tinha por objetivo criar um extenso espelho d’água. Depois veio o “progresso”. A ocupação irresponsável ainda ameaça transformar o rio em canal de descarte.

Vilas Magazine | 6 | Fevereiro de 2013


Registros & NOTAS

Prefeitura anuncia unidade do Procon em Lauro de Freitas

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prefeito Márcio Paiva (PP) esteve reunido no mês passado com o secretário estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos Almiro Sena, em Salvador, para acertar a instalação de uma unidade do Procon em Lauro de Freitas. Com a medida, os moradores da cidade não precisarão mais se deslocar para Salvador para registrar suas queixas e solicitar atendimentos. A Superintendência de Defesa do Consumidor, mais conhecida como Procon, é o órgão do governo do estado que concebe, promove e executa políticas públicas de educação, proteção e defesa do consumidor. Também em janeiro, o secretário Almiro Sena (foto) e o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) Mário Alberto Simões Hirs, assinaram um Termo de Cooperação Técnica

para fortalecer a atuação do Poder Público estadual na defesa dos direitos do consumidor. O termo prevê a homologação, pelo Poder Judiciário, dos acordos firmados no Procon-BA, dando-lhes força de título executivo judicial e o encaminhamento, quando houver solicitação do consumidor, dos acordos que não tiveram êxito em via administrativa – sendo de forma imediata iniciado um processo judicial. O acordo trará benefícios e vantagens para a população, como por exemplo a diminuição das filas de atendimento nos balcões dos Juizados Especiais Cíveis e a execução judicial imediata quando houver descumprimento dos acordos firmados no

Vilas Magazine | 7 | Fevereiro de 2013

Carol Garcia

Procon. Segundo Sena, a assinatura do Termo cumpre as diretrizes da Política Nacional das Relações de Consumo. Atualmente, se um acordo firmado no Procon não é cumprido pelo fornecedor, em muitos casos, o consumidor tem que recorrer ao Judiciário. Com esta união entre o Procon e o TJ, os acordos firmados passam a ter validade e força de título executivo judicial. Com a assinatura do termo, a abertura do processo judicial será automática, se não houver acordo e se o consumidor solicitar. Os dados serão enviados eletronicamente pelo Procon ao Judiciário, por um acesso ao sistema Projudi (Processo Judicial Digital), instalado nas dependências do órgão de defesa do consumidor.


CidAde

Cortejo e espetáculos culturais reverenciam o padroeiro santo Amaro de ipitanga

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iversos grupos culturais compuseram o cortejo que saiu do final de linha do Centro até a igreja matriz de Santo Amaro de Ipitanga, no dia 13 de janeiro, marcando o Dia do Padroeiro, celebrado em dia 15 de janeiro. As baianas fizeram a tradicional lavagem das escadarias da igreja. O cortejo foi puxado pelas fanfarras Renascer do Sol e Renovação da Bahia. Entre os grupos culturais estavam o Teatro Bambolê, Zambiapunga, Cia. de Dança Zuarte, Afro Azânia e Bankoma, de Portão, o Zambiã de Itinga e o Samba de Roda Renascer de Quingoma. Além dos grupos, o cortejo contou com apresentações de capoeira e dois trios tocando sambas e axé. Durante o percurso, um boneco gigante inspirado no carnaval de Olinda (PE) homenageava seu Candinho, morador da cidade que completaria 100 anos em 2013, falecido em dezembro último. A sexta-feira anterior foi marcada por exposições históricas e artísticas, espetáculos e recitais nas Praças da Matriz e Martiniano Maia, no Centro de Lauro de Freitas. Houve apresentações das bandas locais Seu Lauro, Transacor, Isaias Sampaio e Samba

do Momento, além da apresentação de transformismo de Juliete Star. Duas tendas ficaram abertas ao público, exibindo vídeos sobre as praias locais e peças de artesanato. Artesãs como Tânia Regina e Maria Lúcia puderam comercializar seus trabalhos feitos com materiais como tecido, barbante,

cabaça, sementes e madeira. Para Tânia, a oportunidade de expor seu trabalho é sempre bem-vinda: “Nós ficamos sempre felizes quando acontecem eventos assim, mas o nosso objetivo é termos um espaço grande na nossa cidade para que possamos produzir e vender nossa arte”, disse.

Fanfarras animaram o cortejo cultural do dia do padroeiro. as baianas cumpriram a tradição da lavagem da escadaria da igreja (esq.). Boneco gigante, inspirado no carnaval de olinda (pe), representou seo Candinho.

Vilas Magazine | 8 | Fevereiro de 2013


márCio weSleY

‘Boi Janeiro’ no terno de Reis

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grupo “As Matriarcas” levou às ruas no dia 5 de janeiro mais um desfile do Terno de Reis Resgate. Muitas famílias seguiram o ‘Boi Janeiro’ ao som dos tambores e de antigas canções populares. Com roupas coloridas, chapéus enfeitados, colares e adornos, elas sambam com vigor de juventude. As músicas são acompanhadas por timbau, zabumba, caixa, pandeiro, maracá e as tradicionais ‘tabinhas’. Realizado há mais de 25 anos, o Terno de Reis do grupo As Matriarcas foi idealizado por dona Vivaldina, conhecida como Badinha. A reza em frente à igreja matriz é tradição no grupo, que conta com mais de 50 pessoas. O folguedo é de origem ibérica e de raiz católica. No entanto, a manifestação Anuncios_lauro_de_freitas_af01.pdf

foi moldada, através dos séculos, pelas genuínas expressões brasileiras, compostas pela mistura de etnias. O ritmo e a repetição dos versos revelam elementos das culturas indígenas e africanas. A forma como atualmente se comemora o Terno de Reis é uma herança do povo negro, que vê na música e na dança uma maneira de homenagear a visita dos Reis Magos ao Menino Jesus. Dona Aidê Nascimento, que há mais de dez anos faz a festa com o Boi Estrela, na rua Santo Antônio, em Portão, diz que herdou do avô o talento para o folguedo, mas que sua grande professora foi dona Venú, já falecida, pioneira nos festejos de Reis naquele bairro. Há ainda o Boi Realce, de dona Nicota, que sai em Portão. A transmissão da cultura do Terno de Reis 1

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para os mais jovens sempre foi uma preocupação, tanto de dona Nicota quanto de dona Aidê. “Eu chamo os meninos para tocar, as meninas para sambar, ficar de baianinhas, mas muitos não querem, preferem o pagode ao samba-de-roda”, lamentava dona Nicota já em 2007. Dona Aidê, por sua vez, acreditava que participando os jovens aprendem a tradição. A folia de Reis é um ato popular natalino de origem portuguesa, que retrata a visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus. A festa é comemorada entre os dias 25 de dezembro e 6 de janeiro. A nova gestão da secretaria de Cultura de Lauro de Freitas prometeu continuar a apoiar a tradição: “sou filho desta cidade e conheço bem as nossas tradições, vamos fazer uma gestão voltada para nossa cultura popular e na valorização dos nossos artistas”, disse o novo coordenador executivo da secretaria, o produtor cultural e diretor teatral Duzinho Nery.

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espaço aberto

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Aluguel residencial cai de preço em Lauro de Freitas

ma cidade tranquila, traduzida em “qualidade de vida” e atraindo novos moradores, trabalhadores dos complexos petroquímico e automobilístico de Camaçari. Assim foi Lauro de Freitas até os anos de 2003 e 2004, período do segundo “boom” econômico-imobiliário - considerando que o primeiro foi na década de 70, com a implantação do pólo petroquímico, época em que surgiu o aconchegante bairro de Vilas do Atlântico. Os anos se passaram e a cidade pulou de 118º, em 2004, para o 7º lugar, em 2007, como cidade mais dinâmica do Brasil, onde foram avaliados requisitos como a renda da população, geração de novos negócios, índice de desenvolvimento humano, dentre outros (Fonte: Gazeta Mercantil). Cidade de descanso e dormitório dos milhares de trabalhadores da industrializada Camaçari (45 mil empregos diretos e indiretos), grande parte deles transferidos de outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, favorecida por belas praias, proximidade do Aeroporto Internacional e natural vetor de crescimento da Região Metropolitana. Lauro de Freitas atraiu muitos moradores, investimentos e investidores. A relação entre investimento e investidores deveria ser proporcional e equilibrada, o que, de fato, não ocorreu. Mais de 10 mil unidades habitacionais foram lançadas em Lauro de Freitas, e, tão logo estes imóveis foram absorvidos pela demanda. Porém, os investimentos em infraestrutura urbana não tiveram a mesma intensidade. Vias públicas comprometidas, equipamentos públicos defasados e falta de investimento, comprometendo a tão falada qualidade de vida de um passado recente. Por ser uma cidade com poucas

BRUNO RAMOS Especial para a Vilas Magazine

e boas opções de moradia, o aluguel sempre foi visto com bons olhos por aqueles que obtiam o proveito dos seus contratos, chegando a oferecer rendimentos entre 0,6 e 0,8%, em relação ao valor do imóvel. Contanto, com o grande número de apartamentos, muitas famílias passaram a residir em Lauro de Freitas, mas boa parte das aquisições foram feitas já pensando na revenda ou na locação do imóvel. Sem nenhum grande implemento econômico (como foi a Petrobrás na década de 70 e o complexo FORD em 2003), os apartamentos desocupados passaram a não dar renda e, sim, a gerar despesas (Manutenção/instalações, taxas de condomínio, IPTU e outros). Com a baixa demanda, um imóvel passou a concorrer com outro, sendo obrigatória, por força de mercado, a queda de preços. Além da relação mercadológica de “Oferta e procura”, outro fator fez diminuir o volume de locações: Facilidade do crédito imobiliário através das instituições financeiras. Prazos esticados, taxas de juros reduzidas e uma parcela parecida com o valor do aluguel, tendenciou o consumidor a preferir a aquisição, ao invés da locação. Para entendermos o atual momento do

Ano Aluguel

mercado, podemos observar o comportamento do preço médio do aluguel de um apartamento no Condomínio Jardim Botânico (1), na Estrada do Coco, nos últimos seis anos (veja quadro abaixo): Um nova retomada de mercado deve ocorrer nos próximos meses, já que diversos eventos econômicos devem ocorrer, como Copa do Mundo de 2014 e todos os seus preparativos; JAC Motors (13,5 mil empregos diretos e indiretos); ampliação da Ford (mil empregos); indústrias químicas (mais de 2 mil empregos); Kimberly Clark (430 empregos diretos); Boticário (700 empregos); complexo de energia eólica (mais de mil empregos); Cone Aratu, ampliação de portos e diversos outros segmentos (fonte: www.correio24horas. com.br> Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia). Todos estes eventos terão grandes investimentos, oferta de empregos e, consequentemente, muitos administradores, engenheiros e demais mão de obra qualificadas, acompanhados de bons salários, podendo viabilizar novamente bons aluguéis. Assim desejam todos, principalmente os novos proprietários e os corretores de imóveis. Bruno Ramos é bacharel em Direito e corretor de imóveis.

Acontecimentos

2007 R$ 650 e 750 2008 R$ 750 e 850 2009 R$ 850 e 950 2010 R$ 900 e 1.000

Os primeiros apartamentos começam a ser entregues

2011 R$ 900 e 1.000

Mais de 50% dos lançamentos de 2008 e 2009 foram entregues

2012 R$ 800 e 950

Mais de 80% dos lançamentos de 2008 e 2009 foram entregues

(1)Preço médio de um apartamento de 2/4, nascente, com itens básicos (armários, box, metais de banheiro e instalações elétricas). Foram analisados 30 contratos realizados em uma imobiliária entre os anos de 2007 e 2012.

Vilas Magazine | 10 | Fevereiro de 2013


cidade

Prefeitura quer retomar projeto da via expressa de Vilas do Atlântico

Infrações de trânsito começam a ser punidas pela prefeitura

Ademilson Ceo

João Leão (centro) e Márcio Paiva (esq.) conversam com o Cel-Av Maurício Sampaio sobre o traçado da futura via expressa da cidade

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Cones impedem o estacionamento na rua Miguel dos Santos Silva, junto à Praça da Matriz

prefeito Márcio Paiva (PP) e o deputado federal João Leão (PP) estiveram reunidos, em janeiro, com o Coronel-Aviador Maurício Carvalho Sampaio, comandante da Base Aérea de Salvador, da Força Aérea Brasileira, para discutir a liberação de áreas para a construção da via expressa ligando Vilas do Atlântico e Ipitanga à Estrada do Coco. “A construção dessa via vai desafogar o trânsito, melhorando a mobilidade do município”, disse Márcio Paiva. “O nosso objetivo é dar prosseguimento à obra que foi interrompida há oito anos”, acrescentou. O prefeito refere-se ao projeto original da via que já liga a Estrada do Coco ao Centro, batizada Dois de Julho. De acordo com o deputado João Leão, o projeto, que é de sua autoria, já estava pronto e aprovado desde 2004. “Com a construção da via expressa o tráfego no Centro da cidade ficará mais livre”, disse João Leão. Uma parte da via expressa deverá percorrer a área da Base Aérea, pelo que a Aeronáutica vai avaliar a possibilidade de ceder o espaço.

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prefeitura de Lauro de Freitas já começou a multar infratores de trânsito na cidade, após realizar uma operação de fiscalização educativa no Centro durante seis dias. A ação, encerrada no sábado, dia 26, contou com 12 agentes de trânsito, 16 guardas municipais e duas viaturas. Depois desse período, de acordo com a prefeitura, o condutor infrator passou a ser punido com multa. De acordo com o secretário de Transporte e Trânsito Moyses Mustar, a principal infração cometida na região do Centro é o estacionamento em local proibido, o que dificulta a fluidez do trânsito. Durante a ação educativa os infratores foram notificados, mas sem a cobrança de multa. O estacionamento em locais proibidos e até mesmo em cima de calçadas, muitas vezes estimulado por lojas que “reservam” o espaço para os seus clientes, é um dos problemas de trânsito também na avenida Luiz Tarquínio, em Vilas do Atlântico e por toda a cidade.

Vilas Magazine | 11 | Fevereiro de 2013

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MEIO AMBIENTE

Esgoto doméstico pode ser causa de desastre no rio Sapato

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prefeitura de Lauro de Freitas vai notificar a partir deste mês os moradores que descartam esgoto não tratado na rede pluvial ou diretamente nos rios da cidade. A intenção do biólogo Márcio Crusoé, secretário municipal de Meio Ambiente, é evitar que se repita a mortandade de peixes que, mais uma vez, aconteceu no dia 17 de janeiro no rio Sapato, que corre ao longo de toda a orla. Em entrevista à Vilas Magazine, Crusoé disse que a prefeitura sabe que há lançamento de esgoto doméstico no Sapato e está se preparando para agir. “Vamos começar a notificar agora no início de fevereiro”, disse. A mortandade de peixes no Sapato já havia sido verificada anteriormente, inclusive no início do ano passado. Carlos Knittel, coordenador-geral da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a associação de moradores do bairro, lamentou a mortandade de peixes, pedindo providências para se identificar a origem do problema. A prefeitura encomendou uma análise mais extensiva da água do rio que deve ficar pronta no final deste mês, mas a existência de esgoto doméstico não tratado no rio Sapato já foi confirmada por um laudo do laboratório do Senai-Cetind de Lauro de Freitas, encomendado pela Vilas Magazine no dia 18 de janeiro. A amostra de água foi colhida no trecho do rio próximo à rua Praia de Tambaú, em Vilas do Atlântico. O relatório de ensaios apontou a existência de 15 mil UFC (Unidades Formadoras de Colônias) de coliformes termotolerantes (ou coliformes fecais) por 100 ml de água – 15 vezes acima do aceitável para rios como o Joanes e o Ipitanga, pelos parâmetros do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para o Programa Monitora, que avalia a qualidade da água nos rios. No Sapato, alerta Márcio Crusoé, o limite de tolerância é mais elevado por se tratar de outra categoria de curso hídrico, cuja água não é destinada ao abastecimento humano – ao contrário do rio Joanes, com quem aquele apenas partilha a foz, em Buraquinho. Mesmo assim, a elevada concentração de coliformes fecais indica o lançamento de esgoto doméstico. Para a bióloga Ione Pinheiro, líder técnica de limnologia do laboratório do Senai-Cetind, não é possível afirmar que a mortandade de peixes tenha sido provocada pelo lançamento de esgoto – que consome o oxigênio da água no processo de decomposição – mas também é possível que sim. “Precisaríamos de uma análise mais ampla para identificar outras possíveis causas”, afirmou. A pedido da Vilas Magazine, o Senai-Cetind avaliou um segundo indicador de qualidade da água – o fitoplâncton, que aponta a existência de cianobactérias, organismos também capazes de competir com os peixes por oxigênio. De acordo com a bióloga, a concentração encontrada é dez vezes inferior ao limite aceitável para a água potável, destinada ao abastecimento humano. No Sapato, a tolerância seria ainda maior. Como o resultado apontou níveis muito baixos de

Vilas Magazine | 12 | Fevereiro de 2013


O leito do rio Sapato em Ipitanga, completamente coberto por mato e baronesas

cianobactérias, a suspeita recai mesmo sobre o esgotamento. Experiência Ronaldo Lopes, ex-funcionário da secretaria de Meio Ambiente, conhece o problema de perto. Para ele, “a mortandade de peixes já faz parte do calendário” da cidade. “Já vem de muitos anos essa contribuição dos moradores que descartam seus dejetos no rio Sapato”, acusa. “Tentamos fazer uma ação para tamponar [saídas de esgoto residencial] e retirar todas as construções que estivessem próximas ao rio”, conta ele. A ação não chegou a ser executada porque desde 2010 a prefeitura de Lauro de Freitas deixou de fiscalizar o loteamento Marisol, em

Ipitanga – na verdade território de Salvador – onde o Sapato já recebe contribuições de esgotamento doméstico. Lopes fez parte da equipe da prefeitura que, em conjunto com a Bahia Pesca, repovoou o Sapato com mais de 20 mil alevinos para combater as muriçocas. “Agora vejo todos mortos por falta de uma ação que proíba esses moradores irresponsáveis de jogar seu esgoto doméstico no rio Sapato”, lamenta. É essa ação que o secretário Márcio Crusoé planeja levar a cabo. A permanente proliferação de baronesas (Eichhornia crassipes) no leito do Sapato já indicava a presença de agentes poluentes, em especial esgoto doméstico. A baronesa, planta aquática também conhecida como aguapé e camalote, entre outros nomes, chega a u

Vilas Magazine | 13 | Fevereiro de 2013


MEIO AMBIENTE ser utilizada como agente de despoluição. A planta funciona como filtro mecânico, retendo partículas orgânicas e minerais da água. Ao mesmo tempo, cria um ambiente rico em fungos e bactérias, o que reduz a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), a própria taxa de coliformes fecais e a turbidez da água poluída. A DBO mede a quantidade de oxigênio necessário num corpo d’água para dissolver matéria orgânica biodegradável – por exemplo, esgoto doméstico. A própria DBO é um parâmetro de avaliação da qualidade da água, ajudando a quantificar a poluição orgânica. Márcio Crusoé explica que a mortandade de peixes foi provavelmente causada pelo

acúmulo de material orgânico – presente no esgoto doméstico – no leito do rio. Combinado à proliferação de baronesas e ao mato, em especial no trecho do Sapato em Ipitanga, o material orgânico compete com os peixes por oxigênio. No fim de semana seguinte ao desastre ambiental, equipes da prefeitura retiraram grande volume de baronesas e peixes mortos do rio Sapato em Vilas do Atlântico, mas dez dias depois as plantas já estavam de volta. Rede pluvial O forte odor a esgoto presente, por exemplo, no canal de drenagem pluvial da rua José Ribeiro da Silva, em Ipitanga, é ou-

Lixo flutua no rio Sapato levado pelo canal de drenagem pluvial (acima). Carlos Knittel, coordenador da Salva (abaixo): pedido de providências para identificar causas. Espuma e limo com forte odor a esgoto estão presentes no canal de drenagem pluvial (dir.)

tro indicador de que efluentes não tratados vêm sendo lançados no rio. José Januário Damasceno, 58 anos, proprietário de uma casa à margem do Sapato em Ipitanga, garante que diversos imóveis despejam esgoto diretamente no rio. “Só não dá para ver agora porque o rio está coberto pelas baronesas”, disse em janeiro. Indignado, ele aponta os peixes mortos flutuando onde ainda se vê a água do rio e conta que há anos vem reclamando da situação junto ao Poder Público. De acordo com a lei federal número 9.605, lançar esgoto não tratado em cursos d’água constitui crime ambiental punido com até cinco anos de prisão. Só a mortandade de peixes, se provocada pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, é punida com detenção de um a três anos ou multa, ou ambas cumulativamente. Ao contrário do que muita gente pensa, a ausência de uma rede de esgotamento sanitário não autoriza o lançamento de esgoto in natura


nos rios. A solução passa pela manutenção de fossas sanitárias ou a instalação de pequenas estações de tratamento de efluentes (ETE). No passado recente, a prefeitura de Lauro de Freitas chegou a acionar o Ministério Público, denunciando moradores que utili-

José Damasceno (acima) aponta peixes mor­tos no trecho do rio em Ipitanga. Traba­ lhador da prefeitura mostra peixes mortos recolhidos no desastre de janeiro (esq.)

zavam a rede pluvial para descartar esgoto doméstico. A fiscalização pública, contudo, nunca conseguiu eliminar o problema. Além

Vilas Magazine | 15 | Fevereiro de 2013

de poluir os cursos d’água e causar desastres ambientais, o lançamento de efluentes não tratados na rede pluvial danifica a própria tubulação, que não é apropriada para receber o material orgânico, ocasionando problemas subsequentes à rede viária, que cede sobre os vazamentos. A infestação por muriçocas na proximidade dos rios é mais um desconforto.


REGIÃO

Novas concessões de rodovia terão limite de fila no pedágio

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s sete trechos de rodovias federais que serão concedidos à iniciativa privada ainda neste ano não poderão acumular filas de mais de 200 metros ou que ultrapassem 15 minutos de espera nas praças de pedágio. Se as filas ocorrerem, as concessionárias terão que liberar a passagem dos veículos sem pagamento, até a normalização do atendimento. A obrigação estará contida no contrato de concessão que será assinado com as empresas após a licitação. Um dos trechos a incorporar a novidade está na BR-101 na Bahia. O problema dos congestionamentos em praças de pedágio ocorre também em rodovias estaduais, como a BA-526, a CIA-Aeroporto – alvo de queixas dos usuários, muitos deles residentes em Lauro de Freitas. Será a primeira vez que o Brasil terá esse tipo de obrigação para os concessionários de rodovias. Segundo a diretora da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Natália Marcassa de Souza, os próprios

usuários das rodovias vão poder ajudar no controle do cumprimento dessa obrigação, já que as praças de pedágio terão uma marcação para indicar o limite da fila. Além disso, a ANTT realiza operações padrão durante os feriados para verificar se a concessionária está adotando mecanismos para diminuir as filas, como o sistema papafilas, no qual funcionários vão recolhendo a quantia do pedágio dos automóveis que ainda estão nas filas. “É uma coisa que é factível de as empresas cumprirem, elas têm mecanismos de dimensionamento das praças de pedágio, para que eles cumpram esse tempo de atendimento, e nos períodos de pico eles podem tomar atitudes alternativas”, explicou a diretora. Outra novidade que estará presente nos novos contratos de concessão é a possibilidade de um aumento de até 3% nas tarifas de pedágio caso os índices de acidentes nas rodovias diminuam além das metas estimadas. “Para elas ganharem isso, terão que ser melhor do que a média das demais rodovias, Carol Garcia

Praça de pedágio sem filas: governo federal quer no máximo 15 minutos de espera Vilas Magazine | 16 | Fevereiro de 2013

para que possamos diminuir os índices de acidentes”. A concessionária também não poderá reduzir por muito tempo a disponibilidade das pistas para manutenção, sob pena de redução nas tarifas. Os leilões dos sete lotes que serão concedidos à iniciativa privada devem acontecer em abril. Eles ainda estão na fase de estudos de viabilidade. São 5,7 mil quilômetros, nos seguintes trechos, além da BR-101 na Bahia: BR-262, entre Espírito Santo e Minas Gerais, BR-153, entre Tocantins e Goiás, BR-050, entre Goiás e Minas Gerais, BR-163, em Mato Grosso, BRs 163, 262 e 267, em Mato Grosso do Sul e BRs 060, 153 e 262, que passam pelo Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais.

Duplicação da BA-526 fica concluída este mês

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s serviços de duplicação da pista da rodovia CIA-Aeroporto (BA-526), inclusive as obras do sistema viário previsto no entroncamento com a Via Parafuso, devem estar concluídos antes do final de fevereiro. Depois da passarela localizada próximo à comunidade de Nova Esperança serão entregues as obras das passarelas previstas para as localidades de Capelão, Cassange e Barro Novo, em Lauro de Freitas. Integrando o Sistema BA-093 – que engloba as BAs512, 524, 526 e 535 – a BA-535 tem a conclusão das obras prevista em contrato para 16 de agosto deste ano. Estão sendo realizados serviços de duplicação da ponte sobre o rio Joanes e a duplicação do viaduto sobre a Cascalheira e da pista de rolamento da Via Parafuso. Na BA-535 e na BA-512 estão sendo realizadas obras de restauração das pistas de rolamento e a implantação, em definitivo, da sinalização. Com relação à BA-093, são feitas obras de restauração a cargo da concessionária Via Bahia, com a conclusão prevista para 16 de agosto de 2015.


artigo

Com a volta às aulas pais devem pensar sobre mesada Reinaldo Domingos

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Educação Financeira para as crianças deve começar desde cedo. Assim, além da escola, os pais possuem um papel fundamental nesse processo. Mas, como os pais podem fazer isso? São várias as formas disto ocorrer, uma delas é a mesada. Para os pais que ainda não disponibilizam esta ferramenta para os filhos, este período de volta às aulas é uma ótima oportunidade para avaliar a possibilidade. A primeira dúvida em relação a esse tema é a idade com que a criança deve iniciar o contato com o dinheiro. Isso dependerá de cada caso, entretanto, a partir dos dois anos, quando a criança começa a demonstrar desejos próprios, já é o momento de iniciar a analisar a melhor forma de inserir a educação financeira (não a mesada), mostrando o processo de troca do dinheiro por produtos. Um ponto muito importante é explicar para seu filho por meio de conversas, jogos e brincadeiras, que nem tudo que ele quer ou assiste na TV é para ele comprar. Estimule-o a refletir e pensar sobre como utilizar dinheiro, priorizando os sonhos. Reserve as datas especiais (como o Natal, aniversário) para dar brinquedo à criança, isso evitará que ela queira tudo o tempo todo. Depois desses passos, quando os jovens já estiverem acostumados com o contato com o dinheiro, já é a hora de

progredir na educação financeira dos filhos começando a dar as mesadas. Contudo, cuidados devem ser tomados para que esse artifício realmente atinja sua finalidade. Um deles é definir qual a finalidade que a mesada terá, ou seja, qual o limite de dinheiro que essa criança irá administrar, e qual o prazo que receberá (geralmente, semanal ou mensal). Isso variará de acordo da finalidade do dinheiro em cada caso, desde para a compra de doces, revistas e figurinhas, ou até os jovens, que já estão mais avançados na forma de cuidar das finanças, que podem assumir o pagamento da escola e cursos que realizam. O que sempre observo na utilização da mesada é que a evolução do seu valor deve ser gradativa, sempre acompanhada de conversas que mostram a importância desse dinheiro e porque ele deve ser utilizado com responsabilidade. Também deve mostrar as crianças à importância de poupar parte para realização de pequenos sonhos, como o de guardar dinheiro por um período para compra de um brinquedo ou mesmo uma bicicleta. É interessante educar os jovens a criarem planilhas anotando durante o mês onde vão gastar seu dinheiro, isto fará que eles possam analisar melhor e evitar gastos desnecessários e até mesmo eliminando excessos. As sobras para os mais novos podem ser postas em cofrinhos, que é um ótimo incentivador para pouparem, sempre lembrando que o dinheiro deverá ter objetivo, para que a criança saiba priorizar sonhos antes de sair gastando. É fundamental também que se mostre aos jovens a importância de conquistar os

Vilas Magazine | 17 | Fevereiro de 2013

valores que recebem, entretanto, não é interessante associar esse dinheiro a desempenho escolar, pois, o estudo deve ser incentivado pela importância que ele terá para vidas dessas crianças. Uma criança que só estuda para garantir a mesada no fim do mês poderá ter um rendimento muito baixo se, por algum motivo, a família deixar de ter condições de dá-la. Além de, limitar o desenvolvimento intelectual a essas metas atingidas. Os benefícios da mesada são inegáveis: além de desenvolver o senso de responsabilidade, a administração de uma mesada pode ensinar o quanto pode ser difícil fazer o dinheiro render quando não se tem controle sobre os próprios impulsos de consumo. Assim, não se deve complementar com frequência a falta de dinheiro ocasionada pela má administração da mesada. Muitas crianças e adolescentes gastam além da conta e passam a recorrer sistematicamente aos pais para conseguir mais dinheiro. Se os pais cedem aos pedidos, não ensinarão a controlar os impulsos, criando a ilusão de que pode gastar sem limites. Quando isso acontece, a mesada perde a sua função. Mostre a seu filho a importância de priorizar seus sonhos e que poupar é o caminho mais curto para a independência financeira. Reinaldo Domingos, educador e terapeuta financeiro, presidente do Instituto DSOP, autor da primeira Coleção Didática de Educação Financeira no Ensino Básico (2011) e dos livros Livre-se das Dívidas (2011), Terapia Financeira (2007) e O Menino do Dinheiro (2008).


Escolas não podem exigir materiais de infraestrutura

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s escolas não podem incluir na lista de material escolar produtos de escritório, higiene, limpeza e medicamentos, nem indicar local exclusivo para compra, ou determinar a marca dos itens pedidos, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor e a Lei de Diretrizes Básicas da Educação. Mas não é isso que ocorre na prática. A consultora jurídica Maria Rachel Coelho, responsável pela área de Educação para o Consumo de uma unidade do Procon, explica que o material de infraestrutura, como tinta de impressora, copo descartável e sabonete, faz parte da manutenção do estabelecimento e o valor está incluído na mensalidade. “Quando o material é de uso pessoal da criança, e os pais querem que ela leve, como um sabonete ou pasta de dente, é opcional. Mas a escola não pode exigir, nem incluir

isso em uma lista. Tudo que for referente à estrutura da instituição de ensino, como papel higiênico, água mineral, pilot, giz e até grampeador eu tenho visto, isso aí é a própria escola que tem que fornecer, a escola não pode exigir dos pais”, afirma Maria Rachel. No entanto, há pessoas que preferem pagar à escola uma taxa de material escolar para não ter que correr atrás da lista toda. É o caso do produtor cultural Roberto Robalinho, que tem um filho de três anos e considera a lista “um pouco exagerada”. “Eu acho que, para o material coletivo, a escola poderia estabelecer uma taxa, os professores discutiriam e ela seria adequada ao orçamento. A escola tem uma administração que pode fazer isso, tem um funcionário que pode negociar com o fornecedor diretamente, vai comprar em maior quantidade, sai mais barato, depois apresenta uma nota fiscal.” Maria Rachel destaca que a cobrança marcelo camargo / abr

Vilas Magazine | 18 | Fevereiro de 2013

wilson dias / abr

volta às aulas

de taxa de material não tem amparo legal, mas, neste caso, é preciso observar o que diz o contrato assinado pelos pais, para evitar mal-entendidos sobre o material abrangido pela taxa. Entre os exageros da lista do filho de Robalinho, além da indicação de marca, está o pedido de três resmas de papel. De acordo com a consultora jurídica, é proibido pedir mais de uma resma. A diarista Euciléia de Lima Souza Susarte não tem reclamação quanto à lista de material da filha, que vai cursar o oitavo ano. “Estou satisfeita com as coisas que pediram, são só coisas básicas, nada de mais, e agora com essa opção pela apostila facilita muito, porque daí cai 50% o valor.” Nesse caso, a compra das apostilas é feita na própria escola, prática permitida, segundo o Procon. Mas Rachel alerta que, apesar de normalmente baratear o custo do material escolar, o uso de apostilas requer mais atenção. “Não estou dizendo que toda apostila é ruim, também depende de quem elabora a apostila”, explica. “É que o livro passa pelo Ministério da Educação, passa por fiscalização, um conselho de professores, de acadêmicos, que avaliam o conteúdo, os erros de português, se existem ou não”, disse a consultora. A compra do uniforme escolar na própria escola ou em estabelecimentos pré-determinados é permitida somente se a instituição educacional possuir uma marca devidamente registrada. O registro é feito no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) e reproduzir sem autorização do titular, no todo ou em parte, marca registrada é crime contra as marcas, conforme a legislação.


marcelo camargo / abr

Procon divulga pesquisa de preços de material escolar

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om a volta às aulas, os pais de crianças em idade escolar começam a se preocupar com uma das principais despesas do início do ano: a compra do material de ensino. A movimentação era intensa desde o mês passado, sobretudo de pais em busca de bons preços para produtos de papelaria. Para os comerciantes, é um bom período de vendas, mas negociar descontos na hora da compra é a recomendação que a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) faz aos pais. O pagamento à vista é uma forma de barganhar, de conseguir algum desconto. A compra em grande quantidade também pode trazer mais benefícios para o consumidor. Uma forma de conseguir abatimento de preço dos itens do material escolar é juntar um grupo de pais. Pela compra comunitária, é possível conseguir produtos diretamente de fornecedores no atacado ou em papelarias, livrarias e editoras que aceitem negociar

lotes em grande quantidade. Há papelarias que dão desconto para grupos de pais, desde que a compra exceda determinado valor. A pesquisa de preços é outro instrumento que deve ser usado pelos consumidores. Para auxiliar os pais, o Procon divulgou o resultado da pesquisa comparativa de preço de material escolar realizada em estabelecimentos de Salvador. A tabela está disponível na Internet, no endereço http://goo.gl/9rGLW, em formato PDF. Nenhuma loja de Lauro de Freitas foi incluída na pesquisa. O objetivo da ação é facilitar a busca dos consumidores por locais que comercializam produtos escolares com valores mais acessíveis. A ação tem caráter educativo e vem sendo realizada pelo Procon também em períodos como Dia das Crianças e Páscoa. “Essas pesquisas são importantes para auxiliar o consumidor antes de efetivar a compra”, ressalta Gracieli Leal, superintendente do Procon baiano. Nislei, que comprava material

Vilas Magazine | 19 | Fevereiro de 2013

para um filho de quatro anos, observa que reaproveitar produtos é outra forma de economizar. “Alguns itens [da lista] são os mesmos do ano passado, e eu recebi de volta no fim do ano e percebi que meu filho não usou tudo. Então, alguma coisa eu vou reaproveitar. Isso é importante para diminuir o custo, porque [o material escolar] está muito caro.” Já a auxiliar de administração Jussara Pio Moreira, de 40 anos, pretende negociar com a escola da filha de seis anos. “Pediram quatro caixas de lápis de cor com 12 cores. Vou comprar duas agora e sugerir que em julho, no meio do ano, eu compre mais duas. Porque comprar quatro no início do ano estoura um pouco o orçamento”, reclama. Além de buscar o melhor preço, os pais precisam ficar atentos à qualidade dos produtos. Sandra Maniatakis, de 40 anos, escolheu o material escolar das duas filhas com cautela. “Como sou professora, sofro muito com a qualidade do material que os pais compram”, afirmou. “Muitas vezes, eles levam o mais barato, e aí eu tenho que pedir reposição e por isso prefiro pegar um material melhor, de qualidade, para que dure o ano inteiro”. Outra armadilha para os pais é atender aos pedidos de crianças que querem produtos com desenhos de personagens e com logotipos, geralmente mais caros. Acompanhada das duas filhas, Larissa Maniatakis, de seis anos, e Mariana Maniatakis, de 12, Sandra tentava evitar esse tipo de compra. “Deixo elas escolherem a capa do caderno”, explica – “as outras coisas, eu vejo o que é melhor”. De fato, os comerciantes apontam que os produtos com maior saída nesta época do ano são cadernos com personagens e marcas licenciadas. Cadernos que têm capas com atores de novela, ou com jogadores de futebol têm sido os mais procurados. (Com informações da Agência Brasil)


cOMPORTAMENTO

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MUNDO BIPOLAR Da depressão à mania

Fábio Braga / folhapress produção jeanine lemos agradecimento www.ateliedemascaras.com.br transtorno bipoGomes de Matos e Souza, prolar é progressivo fessor e também pesquisador e leva à perda da da Universidade Federal do função de neurôCeará. nios, segundo novos estudos, Considerando a gravidade, liderados por pesquisadores os médicos todos criticam a brasileiros. A doença, caractepopularização do termo. “É rizada pela alternância entre banalizar a doença. Estar triste depressão e euforia (mania, é uma coisa, estar deprimido como os médicos dizem), atine não conseguir sair de casa é ge 2,2% da população: são 4,2 outra”, diz a psiquiatra Ângela milhões de brasileiros. Scippa, presidente da AssociaCrises bipolares não têm ção Brasileira de Transtorno nada a ver com as mudanças Bipolar. De acordo com as úlde humor da pessoa “de lua”, timas descobertas científicas, que passa uma manhã agitada as crises de euforia e depressão ou se irrita facilmente. são tóxicas ao cérebro. Um episódio de mania pode durar dias ou semanas e ENXURRADA NO levar a alteração do sono, perCÉREBRO da do senso crítico e comporO grupo do psiquiatra tamentos compulsivos como Flávio Kapczinski, da Univercomprar demais ou consumir sidade Federal do Rio Grande álcool e drogas. do Sul, é referência na área Como tantos outros nomes e publicou artigos nas revisTranstorno mental que mais provoca de patologias, a expressão ‘bitas Translational Psychiatry e polar’ é usada fora do contexto Current Psychiatry Reports. suicídios, a bipolaridade é uma doença médico. “Há um entendimento “Assim como o organismo do errado da bipolaridade. É uma diabético sofre com os picos progressiva que acaba comprometendo doença muito grave, com uma de glicemia, o cérebro de as conexões entre neurônios, mostram série de sintomas. Mudar de quem tem transtorno bipolar humor rapidamente não faz o não controlado sofre com o as últimas pesquisas diagnóstico”, diz o psiquiatra excesso de neurotransmissoBeny Lafer, coordenador do res”, diz Kapczinski. Programa de Transtorno Bipolar do Hospital das Clínicas de São As crises são acompanhadas da descarga de substâncias como Paulo. dopamina e glutamato. Na tentativa de controlar o incêndio, o organismo manda para a região células protetoras. “Essas céluBANALIZAÇÃO las produzem inflamação, causando a perda de conexões entre neurônios. São os achados mais recentes, nem estão publicados A bipolaridade é a doença mental que mais mata por suicídio: ainda”, adianta. cerca de 15% dos doentes se matam. Os pacientes têm um risco 28 Após cinco episódios do transtorno perde-se 10% do hipovezes maior de apresentar comportamento suicida do que o resto campo, área responsável pela memória, estima o psiquiatra Matos da população e até metade dos doentes tenta se matar, mostram e Souza. levantamentos. A médio prazo, a doença fica mais grave e as crises, frequentes e “A expectativa de vi­da de homens bipolares é 13 anos menor e fortes. O doente responde cada vez menos à medicação. “Ele passa de mulheres bipolares é 12 anos menor do que a da população em a ter problemas de memória, planejamento e concentração, funções geral, segundo um estudo dinamarquês. A expectativa de vida do ligadas à parte frontal do cérebro”, diz Kapczinski. bipolar é comparável à do esquizofrênico”, diz o psiquiatra Fábio

Vilas Magazine | 20 | Fevereiro de 2013


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Diagnóstico pode demorar dez anos

s primeiros surtos de transtorno bipolar surgem como crises de depressão em 60% dos casos, daí a dificuldade no diagnóstico. O transtorno aparece, em geral, até os 25 anos. Quando a doença se manifesta como mania, os sintomas são confundidos com os de esquizofrenia (megalomania, alucinações). “O diagnóstico leva até dez anos”, afirma Helena Calil, psiquiatra e professora da Unifesp. A dificuldade de determinar a doença é comum entre os transtornos mentais, lembra Jair Soares, psiquiatra brasileiro e pesquisador na Universidade do Texas em Houston (EUA). Não há um marcador biológico que possa ser medido em um teste. “Dependemos do diagnóstico clínico, da descrição dos sintomas pelo paciente”, completa Soares. A avaliação clínica não consegue diferenciar uma depressão bipolar de outras. “O tratamento com antidepressivo puro pode agravar a doença. É um risco. Às vezes, só assim para descobrir”, diz a psiquiatra Ângela Scippa. Os casos mais complexos envolvem crises de hipomania, uma mania leve que pode aparecer como ciúme ou irritabilidade. Sentimentos normais que, no bipolar, são exagerados e causam prejuízos à vida – essa é a fronteira entre normal e patológico. O alerta deve vir quando a família se queixa de instabilidade: a pessoa mostra alterações visíveis e fases de normalidade. Outros sinais são: histórico familiar (80% dos casos são hereditários), alterações no sono e uso de álcool e drogas (metade dos bipolares é dependente).

lar era conhecido como psicose maníacodepressiva e incluía casos mais graves. Agora, se discute se pessoas com depressão e hipomania leve (irritadas, ciumentas demais) devem ser tratadas como bipolares --metade dos que sofrem de depressão se enquadra no perfil. Ou seja, 10% da população. “Já há evidências científicas para isso”, defende o psiquiatra Teng Chei Tung, do Hospital das Clínicas da Universidade São Paulo. Para Soares, se a caracterização for ex-

HIPOMANIA LEVE Antes, o transtorno bipoVilas Magazine | 21 | Fevereiro de 2013

pandida demais, corre o risco de abarcar gente que não se beneficiará com o tratamento. “Será que vamos tratar pacientes que, em vez de melhorar, vão piorar?”, diz. A psicoterapia aumenta a adesão ao tratamento com remédios e ajuda a pessoa a conhecer os gatilhos das crises. “É importante, mas complementar”, diz Leandro Malloy-Diniz, da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia. Juliana Vines / Folhapress

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cOMPORTAMENTO

DEPOIMENTOS

‘Internado no hospital, tive a convicção de que era o Rambo’

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inha problemas com depressão desde adolescente. Também vivia fases de euforia, mas achava que era normal. Você não vai ao médico quando está bem, certo? Demorei a ir a um psiquiatra. Nas crises, ia ao psicólogo. Não queria ser rotulado como doente mental. Com 38 anos tive uma crise profunda. Melancólico, sem força, tentei suicídio. Então fui ao médico. Tive apenas o diagnóstico de depressão e fui internado. Saí 15 dias depois, medicado, sem desejo de morte e com a sensação que se abria nova oportunidade em minha vida. Estava dominado pelo falso bemestar proporcionada pelos antidepressivos. Esse efeito seria temporário: o outro lado iria surgir sob forma de alienígena. Quando você é bipolar e toma antidepressivo pode ter um episódio de euforia. Foi o que aconteceu. Fiquei muito pior. Ousado, irresponsável. Chutei o balde, acabei deixando a família e o emprego. Passei a gastar demais. Fui internado de novo. No hospital, onde fiquei 30 dias, tive a con-

vicção de que era o Rambo. Minha mente girava em uma frequência totalmente anormal, o que me dava prazer. Cheguei a fazer 2.000 abdominais em menos de uma hora, corri à exaustão, tentei pular o muro do hospital. Eu acreditava mesmo que era feito de aço. Depois de ter mais crises de mania e ir a seis psiquiatras, chegaram à conclusão de que eu tinha bipolaridade. Quando soube, pensei “ah! que bom, não é falha de caráter”. Foi um grande alívio. Só fiquei estável depois de três meses de tratamento. Isso já faz uns oito anos. Escrevi um livro abordando o tema de forma positiva. A bipolaridade tem traços interessantes. Sou mais sensível, sou carismático. Hoje minha família tem orgulho de mim. Antes, tinha vergonha. Nunca mais tive uma crise. Eu gostava de ficar eufórico. Dizem que o bipolar está duas doses de uísque acima do resto da humanidade. Parece bom, mas a que preço?” ALEXANDRE FIUZA, 48, aposentado, autor do livro “Digerindo a Bipolaridade” (Editora da UFSC, esgotado).

‘Em crise de euforia, me achava a Mulher Maravilha’

“S

empre fui diferente. Na escola fazia coisas de­mais, era brilhante demais e, de repente, ficava triste. Passei parte da vida tentando entender por que tinha os sentimentos tão violentos. Perto dos 40 anos, procurei uma psicóloga. Achava que era alcoólatra. Sempre bebi bastante. A bebida tinha se tornado indispensável para mim, a agonia era tanta

que só bebendo melhorava. A psicóloga foi clara: ‘Você de alcoólatra não tem nada’. Pediu que eu fosse a um psiquiatra. Depois de relutar, fui e veio o diagnóstico de transtorno bipolar, aos 44 anos. Ainda me achava ‘Mulher Maravilha’. Hoje sei que tinha crises de euforia. É convidativo ser bipolar na euforia. Mas é uma agitação falsa, você logo se dispersa ou se cansa. Achava que ninguém era mais compeVilas Magazine | 22 | Fevereiro de 2013

tente do que eu. Meu pensamento era em alta voltagem. Se uma pessoa falasse devagar, já me irritava. Enquanto eu conversava, fazia na cabeça a agenda do dia. O médico me passava remédios, mas eu não tomava. Pensava: “Por que vou me tratar se sou o máximo?”. Foi um desastre, porque aí tive uma crise de depressão grave. Era empresária. Um dia, travei dentro do carro. Tiveram que me tirar de lá, me levaram para casa e eu levei dois anos para sair de novo. Só então aceitei o tratamento. Demorou até acertar a medicação. Não cheguei a ser internada, mas não podia ficar sozinha. Meu pensamento recorrente era melhorar para poder me matar. Depois de dois anos, me estabilizei e voltei a trabalhar. No final, não consegui. Tive de fechar a agência de eventos. Minha autoestima ficou no pé, mas eu não segurava a tensão de ser empresária. Foi quando conheci a Abrata [associação de apoio a bipolares, que funciona na capital paulista]. Fui forçada a ir pela médica e quando cheguei me senti em casa. Ali tinha gente como eu. A gente se identifica com os detalhes. Quando a dosagem de medicação está alta, a gente treme e derruba o café. Lá não sentia vergonha de derrubar café. Fui voluntária por dez anos lá. Hoje trabalho em um projeto meu, para crianças com transtornos de humor. Ser produtiva de


novo é ótimo. Tive várias crises nos últimos 20 anos. Às vezes acordo triste e depois fico irritada. Sempre me controlo. Tenho faróis internos. Quando está no amarelo já fico atenta. Sei o que me faz mal. Evito multidões, não saio à noite, não dirijo. Eu engano bem. Isso tem um custo, não é fácil, mas com toda doença é assim, tem que aprender a lidar.” CRISTINA OLIVEIRA, 63, do projeto “Estórias Diferentes” (estoriasdiferentes.com.br), é casada e tem três filhos.

Vilas Magazine | 23 | Fevereiro de 2013


VIVER BEM

Cólica causa desconforto para metade das mulheres férteis

Mulher deve se tratar se dor comprometer atividades diárias; exercícios e dieta rica em fibras ajudam

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or na parte baixa do ventre que pode surgir todos os meses, a cólica menstrual é um problema que atinge cinco em cada dez mulheres em alguma fase de suas vidas. O desconforto não é igual para todas, mas deve ser tratado quando chega a comprometer a realização das atividades diárias. “Todos os meses, o útero se prepara para receber uma gravidez. Quando não acontece, ele faz contrações para liberar o endométrio, estrutura que alimentaria o bebê. São essas contrações que causam a dor”, explica a ginecologista Karina Zulli. Uma substância chamada prostaglandina é a responsável pela contração do útero. O organismo imaturo pode ser a causa da cólica em mulheres jovens. Mas, além das causas naturais, o desconforto mensal pode revelar problemas de saúde. “Mulheres que têm muitos filhos podem ter adenomiose, que é uma distensão da musculatura do útero. Isso causa cólicas insuportáveis’” explica o ginecologista Nilo Bozzini. Miomas e tumores benignos também têm relação com a cólica. Tratamento “Quando a cólica começa a limitar a qualidade de vida e a mulher fica prostada no período, é preciso buscar um especialista’, afirma Karina. O tratamento é feito, geralmente, com pílulas anticoncepcionais. “Os anti-inflamatórios também são um tipo de tratamento, porque relaxam a musculatura do útero”, diz Bozzini. Ele ressalta, porém, que o medicamento deve ser receitado por um médico. Exercícios e alimentação também ajudam. “Atividades físicas aeróbicas e uma alimentação saudável são importantes’” afirma Karina. Evitar o estresse também colabora para afastar a cólica. Em casos extremos de dor, interromper a menstruação é a melhor alternativa. “Quando a mulher não suporta a dor, o mais recomendado é tomar um anticoncepcional contínuo e suspender o fluxo menstrual”. Paula Felix / Folhapress.

Vilas Magazine | 24 | Fevereiro de 2013


Vilas Magazine | 25 | Fevereiro de 2013


BELEZA & ESTÉTICA

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princesa Kate Middleton surpreendeu ao aparecer em público, na semana retrasada, com um novo visual. No lugar dos fios retos, adotou um corte com longas franjas, mas com os cabelos ainda compridos. Se por aqui a ideia da duquesa de Cambridge ainda não deu sinais de virar mania, ao menos aparece como uma boa sugestão para quem deseja um visual bonito e discreto, mas com movimento. “Na verdade, ela não está lançando, mas seguindo uma tendência”, diz o cabeleireiro Marcos Coraza. Segundo ele, a franja curta e reta, que foi moda no ano passado, deu lugar à versão mais longa, que pode ser presa atrás da orelha. Um exemplo de famosa com o corte é Giovanna Antonelli, a delegada Helô, da novela das nove ‘Salve Jorge’, da Globo. “O cabelo dela é repicado e com franja longa”,

Franja elegante Novo corte de cabelo de Kate Middleton revela tendência que já chega ao Brasil: franjas que podem ser presas atrás da orelha lembra Coraza. Na avaliação do cabeleireiro, o novo corte da duquesa de Cambridge foi uma escolha acertada. “O visual dela ficou mais leve. Esse tipo de corte sempre enfeita mais o rosto”, comenta. A cabeleireira Fernanda Lima acredita que as brasileiras tendem a optar por um

corte com mais atitude, mas que o estilo da princesa pode ser uma ótima escolha para mulheres clássicas e elegantes, em especial com idade entre 30 e 40 anos. Segundo Coraza, o ‘look’ também pode ser adaptado a outros tamanhos e tipos de cabelos, como os cacheados: “Dou duas opções: ou a pessoa faz escova para ajeitar, ou faz uma progressiva só na franja’” recomenda. Mulheres com cabelo médio também podem ter a franja, mas ela terá de ser um pouco mais curta do que a de Kate Middleton. Fernanda Lima lembra que cabelos longos precisam de cuidados. Além de usar xampu e condicionador adequados, é preciso fazer hidratação semanal. “É muito importante o uso do creme sem enxágue com thermo protetores, já que as altas temperaturas do secador danificam o cabelo quando o produto não é utilizado”. Gislaine Gutierre / Folhapress Image Source / Laura Doss

Vilas Magazine | 26 | Fevereiro de 2013


Image Source / Cam Camarena

Mulheres de pele negra combinam com blushes avermelhados e terrosos. Veja as dicas

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ndependente do seu tom de pele, duas características são determinantes para que o efeito do blush fique bonito: a cor e a região do rosto onde é aplicado. Em geral, mulheres negras tem a cútis valorizada com tons terrosos (marrom, cobre, bronze) que, quando escolhidos em uma tonalidade pouco mais escura que a pele e aplicados mais na lateral da face, definem o contorno e deixam o desenho do rosto mais fino e marcado. Os de cores mais vibrantes como o vermelho, o alaranjado e o coral, por exemplo ficam ótimos quando aplicados na área central das maçãs, pois servem para dar um ar jovial e criar aquele estilo boneca. De uma maneira geral, o maquiador Wilson Eliodorio, recomenda evitar tons mais claros que o tom da pele, como os rosas muito claros e violetas (azulados) que podem

deixar a aparência apagada e o tom de pele acinzentado. Para o resultado colorido e ‘saudável’, vale optar por cores mais quentes. “O que importa (na hora de colorir as maçãs) é o equilíbrio, a densidade do tom. Por exemplo, o blush vermelho em uma pele negra mais clara vai ficar mais evidente, já nas mais escuras ficará menos forte. É só controlar isso de acordo com a preferência de cada mulher, se quer o blush mais vivo ou mais discreto”, sugere o maquiador. Um truque a mais Além de definir o contorno do rosto, os tons de blush pouco mais escuros que a pele têm ainda o poder de afinar o nariz, basta aplicá-los na lateral (entre o canto do olho e a narina) e espalhar bem truque perfeito para as negras que procuram suavizar o formato mais largo do nariz e deixá-lo mais delicado. Vilas Magazine | 27 | Fevereiro de 2013

Efeito natural O blush que marca e define a lateral do rosto valoriza a beleza e a maquiagem em si, principalmente nas mulheres gordinhas e naquelas com rosto redondo. “Quando aplicado nessa região, deixa o olhar mais profundo e pode ser usado de forma suave, só para dar um ar de saúde; ou mais forte, para deixar o rosto marcado e bem feminino”, explica Wilson Eliodorio. “Mas é imprescindível que o produto e a técnica não apareçam. O que tem que aparecer é o efeito. Se alguém olhar para uma mulher e disser ‘que lindo o seu blush’ é porque ele foi aplicado de forma errada. O certo é que as pessoas vejam o efeito coradinho porque mesmo os tons terrosos têm um fundo vermelho que dá esse ar mais saudável de quem tomou sol na medida certa”. Isabela Leal / Folhapress


FAMÍLIA

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hegou o momento de colocar o seu pimpolho numa creche. Foi a decisão acertada depois de muita conversa, mesmo que você fique com o coração apertado quando deixá-lo todos os dias. A separação nunca será fácil para todos na família, mas os especialistas aconselham que as mães precisam ter certeza desta decisão para não transmitirem insegurança para a criança. Devem saber administrar com seus sentimentos, já que irão influenciar os da criança. Se a conversa de um com o outro, ou com uma pessoa que ambos gostam, não acalmá-los, é recomendado o acompanhamento de um profissional para que a mãe identifique e mude o que sente. Sendo assim, no início do processo de adaptação, é fun-

Crianças & Creches Saiba o que fazer para adaptar seu filho a esse novo momento de vida dele ção das mães entregar a criança sem ficar em dúvida e para evitar qualquer reação ruim, é preciso deixar claro para ela que voltará em breve. É aconselhado também que as mães informem a elas que vão retornar na hora do almoço ou no fim da tarde, para que ela não se sinta ‘largado’, ‘abandonado’. É importante sempre enaltecer os pontos fortes da creche já que vão ajudar a criança a administrar melhor com a novidade. As mães precisam dar valor ao lado bom do lugar: o afeto da professora, as brincadeiras com os coleguinhas, os trabalhos feitos. É positivo passar interesse pelo que ocorre lá e orgulho pelas suas conquistas, além de exaltar ainda os seus trabalhinhos. É normal que apareça algum tipo de problema no decorrer do processo. Especialistas informam que uma recusa da criança no período de adaptação é natural e precisa ser trabalhada em conjunto com o colégio e os familiares. É visto também como natural uma recusa em situações de alterações na família, como a vinda de um novo irmão, enfermidade ou morte de um parente querido, que em geral oferecem insegurança para a criança. Os sentimentos dela precisam ser considerados e trabalhados, com uma visão particular de cada momento e cada família. Mas, se a criança já se adaptou e, de repente, aparece uma recusa em ir para o colégio, é prudente verificar se está acontecendo algo de errado na creche.

Vilas Magazine | 28 | Fevereiro de 2013


Determinadas atitudes básicas podem ser importantes no ajuste a essa nova situação, como organizar o dia-a-dia da criança, sem atividades exageradas, já que desta forma será previsível sua ida à creche; acordá-la com tempo para se preparar; vencer o sono, fazer um bom café da manhã; comprar materiais interessantes para a criança; respeitar o horário de começo e término de aula e construir junto a outras famílias do colégio uma boa relação de amizade. Dúvidas Segundo especialistas, a primeira dúvida se refere a idade. Não tem como definir qual a faixa etária ideal para se matricular na creche. Depende da estrutura dos familiares e das necessidades que surgem quando se precisa resgatar a rotina de trabalho. Se a mãe possui ajuda de uma babá de confiança, beleza, mas precisa pensar sempre no que vai deixá-la mais calma no dia-a-dia, para que a mãe retorne ao trabalho inteira. Isso ainda vale para os avós. Considere os ganhos que a criança terá na creche e, em casa, com a babá ou os avós. Por exemplo, na creche, o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social com certeza será contemplado. Estamos falando dos estímulos que as crianças recebem no campo da aprendizagem, na dimensão emocional e nos relacionamentos, por meio das mais variadas atividades que o colégio oferece, além do

saudável convívio com outras crianças. Depois, a dúvida é a respeito da escolha da instituição. As creches pequenas e, se possível com pouco tempo de funcionamento são bem adequadas para essa idade, já que nelas as crianças são cuidadas com mais individualidade e as mães têm mais aberturas quando surgem as dúvidas. É certo que as grandes creches também têm seus atrativos e vantagens, como, por exemplo, o de proporcionar educação até o ensino médio. Não existe idade melhor para entrar na creche, nem uma creche melhor para seu filho, depende de cada situação. Se você pensou na possibilidade de matriculá-lo na creche como uma opção, ok. Afinal, é a rotina da mãe que será mudada. Será ela que precisará estar calma no trabalho, segura de que seu filho está bem cuidado. É recomendado que mães conversem com outras mães em busca de indicações de especialistas da área. Visite o lugar, pergunte tudo que desejar. Informação é essencial, mas ainda está valendo: coração de mãe nunca se engana. Ele não para quieto? E se além de se adaptar na creche, seu filho não fica nunca quieto? O que fazer? A hiperatividade ou TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) tem

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como característica a dificuldade de se concentrar e a inquietação. A criança fica sempre agitada, muda rapidamente de interesse nos brinquedos, está se movimentando o tempo inteiro e, quando não consegue, mexe as mãos ou os pés. Em geral, uma pré-disposição genética tem a responsabilidade do desenvolvimento do TDAH na criança. Mas há outros pontos que ajudam para o seu aparecimento. Cigarro, bebida alcoólica, drogas ilícitas na gravidez, podem gerar sintomas do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. Identificar um neném hiperativo é difícil, já que pode ser que ele seja somente agitado. Agora, se ele tem dificuldade no momento de dormir, fica constantemente agitado, estando sempre intranquilo e chora bastante, pode ser um sinal de TDAH. Mas este diagnóstico somente poderá ser realizado mais tarde, com aproximadamente quatro anos. Por isso, o tratamento também poderá ser feito apenas a partir dessa faixa etária. Quando a criança é nova demais, em geral, não se aconselha a utilização de medicamentos. As mães são orientadas somente sobre como lidar com elas. O essencial é estar tranquila com os portadores do transtorno. O ideal é que o ambiente da creche seja tranquilo.


educação

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Matrícula 2013 na rede estadual oferece comodidade para estudantes e familiares

Matrícula 2013 na rede estadual de educação da Bahia acontece depois do Carnaval, no período de 19 a 28. O calendário está subdividido para oferecer mais comodidade e segurança aos estudantes e seus responsáveis. De 19 a 22 de fevereiro, vai ser realizada a matrícula para alunos da rede pública (rede estadual e redes municipais), já de 25 a 28, acontece a matrícula para estudantes oriundos da rede privada e de outros Estados. A matrícula poderá ser realizada presencialmente em qualquer escola da Bahia, independentemente daquela em que o estudante deseja estudar. A matrícula estará disponível para ser realizada pela Internet para alunos oriundos da rede municipal. Para os estudantes que

já fazem parte da rede estadual, a matrícula pela Internet está disponível em todos os municípios. Tanto pela Internet como presencial, o horário de atendimento será das 8h às 20h, sem intervalos. “A Secretaria elaborou um calendário organizado que facilita todo o processo de matrícula, além de utilizar recursos importantes, como a Internet. Com isso, não existe mais a necessidade do aluno ou familiar acordar muito cedo e esperar em longas filas. Em qualquer escola, a matrícula pode ser realizada de maneira informatizada”, diz Eliana Carvalho, diretora de atendimento à rede escolar da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, ressaltando a importância de alunos e responsáveis observar os prazos e o detalhamento do calendário.

Vilas Magazine | 30 | Fevereiro de 2013

Entre os dias 19 e 20 de fevereiro, acon­tece o período de transferência para estudantes da rede estadual que queiram mudar de escola. Nos dias 21 e 22, é a vez dos alunos das redes municipais concluintes da 4ª série/5º ano (ensino fundamental I) ou 8ª série/9º ano (ensino fundamental II), quando a escola não oferece a série/ano seguinte. Já o período de 25 a 28 é reservado para estudantes novos, oriundos da rede privada e de outros Estados. Neste caso, os dias 25 e 26 são destinados ao ensino fundamental, e os dias 27 e 28 ao ensino médio. Senha Para facilitar a matrícula pela Internet, cada estudante, tanto da rede estadual, como concluintes do ensino fundamental 1ou 2 da


Pais, alunos, escola e paraquedas rede municipal, recebeu carta da Secretaria da Educação com uma senha para acessar a página correspondente no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br). Os estudantes da rede estadual que vão continuar na mesma escola e realizaram a renovação já têm a vaga garantida pela Secretaria da Educação do Estado. Cerca de 700 mil alunos beneficiaram-se com essa medida, facilitando, assim, o planejamento de vagas para a matrícula de novos alunos. Aqueles estudantes que não realizaram a renovação em suas escolas devem seguir o calendário regular de matrícula. Vale destacar que todo o processo é operado pelo Sistema de Gestão Escolar (SGE) – ferramenta gerencial que permite a agilidade na matrícula tanto nas escolas como pela Internet.

Calendário de Matrícula 2013 Alunos da Rede Pública 19 e 20 de fevereiro Transferência para estudantes da rede estadual que queiram mudar de escola. 21 e 22 de fevereiro Matrícula para estudantes das redes municipais concluintes da 4ª série/5º ano ou 8ª série/9º ano, quando a escola não oferece a série/ano seguinte. Alunos Novos 25 e 26 de fevereiro Matrícula para o ensino fundamental. 27 e 28 de fevereiro Matrícula para o ensino médio. 5 de fevereiro Realização do sorteio eletrônico 26 e 27 de fevereiro Confirmação do sorteio eletrônico, obedecendo à ordem de classificação.

Lilian silva Especial para a Vilas Magazine

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o fim de cada ano, sabemos que há um certo congestionamento de emoções, em qualquer ambiente escolar: é um tal de fazer avaliações, entregar trabalhos, esperar resultados, fazer contas; muitos “oba, passei direto!!!” e ainda um tanto de “ai, me deixaram de recuperação...”. E aí começam os equívocos: ninguém “deixa” ninguém de recuperação. É resultado de um ano letivo inteiro... Lamentavelmente, há quem nem note porque teve que fazer a tal recuperação. Claro que aula extra, ainda mais com menos pessoas em classe, não faz mal algum! O complicado é que se pode até aprender “coisas” – e isso é ótimo -, mas é necessário tomar cuidado para que a lição do “tudo tem consequência” não passe ao largo da experiência. Explico-me: a grande maioria dos estudantes que fica em recuperação está ali não por falta de “saber coisas” (conteúdo conceitual) ou “saber fazer” (conteúdo procedimental). Mas por não saber “ser” (conteúdo atitudinal): não saber ser, ainda, aluno/a, aprendente, estudante, aprendiz. Certamente, faltou organização, houve ausência de compromisso com a própria aprendizagem. Quem ficou em recuperação, afinal, é aquele(a) que não tem estojo, perdeu o caderno, esqueceu o livro, não notou que havia lição de casa, colocou o papo em dia durante as aulas, não entregou o trabalho, saiu da sala inúmeras vezes, chegou atrasado... O mais estranho é que, algumas vezes, esse(a) aluno(a) continua com a mesma postura durante o período de recuperação, perdendo a preciosa oportunidade de aprender a ser, além de estudante melhor, uma pessoa melhor. E o que o paraquedas tem a ver com isso? Fácil: é nessa hora que chegam alguns pais de paraquedas e dizem: Mas

perder o ano? Por três décimos? E só em duas matérias? Pois é? Esses três décimos’ destrinchados em três trimestres que, por sua vez, podem ser destrinchados em 200 dias letivos, muitos trabalhos, projetos, “trocentas” lições de casa e, no mínimo, seis provas e três Conselhos de Classe, não são pouca coisa. Nenhum educador tem o mais remoto interesse em prejudicar o estudante (muito pelo contrário!). Mas é um profissional e seu trabalho deve ser levado a sério. Imagine um dentista falando “arrumei as duas cáries grandes; a pequena (três décimos), vou deixar passar”. Ou o engenheiro: “Construímos dez prédios; nove, legais; um, em só dois andares, com probleminhas estruturais (três décimos), tomara que não caiam!”. E por que falar disso no início do ano letivo? Bem... Onde estavam esses pais durante os longos meses anteriores que nem notaram que o menino ou a menina estava negligenciando a escola? Guardemos os paraquedas... Cuidemos de nossos filhos, ajudando-os a se organizarem, interessando-nos pelo que acontece na escola, pelo que aprendem, questionando, nos informando, opinando, dando sugestões, acompanhando eventos da instituição, conversando com professores(as) e coordenadores(as). Para que pais e alunos comecem – e terminem - bem, mais participação! Que tal acompanhar as notas (a maioria das escolas as tem em sites, mas o bacana mesmo é perguntar diretamente aos filhos), faltas, material, atrasos, interesses e aproveitamento escolar de nossos filhos? Ajudá-los a tomar conta de si com mais responsabilidade? Assim, em dezembro, não haverá sustos. E ninguém caindo de paraquedas. O melhor: aprovado(a), lição aprendida, poderá sorrir e curtir o doce o sabor da merecida vitória.

Lilian Silva é licenciada e bacharel em História pela USP, professora de Ensino Fundamental e Médio. Publicou coleções didáticas de Português (Interação & Transformação) e de História (História da Bahia). E-mail: lisantossilva@hotmail.com

Vilas Magazine | 31 | Fevereiro de 2013


cultura

A viagem ao Brasil de Marianne North Márcia Tude Especial para a Vilas Magazine

Julia Margaret Cameron

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enhum dos artistas aventureiros e viajantes do século 19, sejam franceses ou austríacos como Debret e Ender, foram perceptivos a ponto de retratar a paisagem e a flora brasileiras com a vivacidade e o colorido dos óleos da pintora inglesa Marianne North (1830-1890). Muitos buscaram de certa forma e peculiaridade revelar a natureza da floresta úmida e tropical que vislumbraram no Brasil, obedecendo às técnicas (que incluíam a aquarela) do naturalista Humboldt, na virada de Setecentos para Oitocentos, época de

“Pop” produziu descrições textuais e visuais muito interessantes. A seriema, por exemplo, é descrita como um tipo de avestruz que emite um som semelhante a um grasnado ou um latido e os caipiras de Minas são descritos pelos cigarros de palha de milho amarrados com fitas coloridas. “Seus óleos equivalem a mais de três vezes as 32 paisagens brasileiras de Rugendas e as 26 pranchas de botânica e registros da natureza brasileira de Debret”, explica o organizador, afirmando que ela soube como ninguém captar a intensidade das nossas cores e revelá-las com técnicas científicas, numa época em que as mulheres necessariamente eram destinadas ao casamento e aos filhos (Marienne era solteira).

Marianne North, no longínquo Ceilão o pai aos 17 anos. O seu temperamento inquieto lhe rendeu o apelido de “Pop”(estalo ou pipoca) e resume como, numa época em que viajar era tão cansativo, uma mulher foi capaz de atravessar cerca de oito vezes o oceano Atlântico e duas vezes o Pacífico. Ela chegou por aqui em 1872 seguindo a dica do seu amigo Charles Darwin, que indicou o Brasil como território fértil para a sua arte. De Pernambuco a Minas Gerais, Beija-flor e begônia (esq). Bananeiras e pedras em Paquetá (abaixo). Bico-de-pa­pa­ gaio ou flor-do-natal em Morro Velho (dir.) redescoberta da América. “A Viagem ao Brasil de Marianne North” (Sextante, 2012), que reúne também o catálogo das obras e o diário da pintora, é de autoria de Julio Bandeira, doutor em História da Arte e responsável por diversos livros e catálogos sobre artistas viajantes tais quais a própria. Marianne nasceu na Inglaterra em 1830 e acostumou-se a viajar com

No entanto, Marienne North estava esquecida quando suas pinturas brasileiras, cerca de 80% delas inéditas, começaram a ser reproduzidas aqui pela primeira vez após 2007, quando foi necessário recuperar o seu acervo no interior do Royal BotanicGardens de Kew, Inglaterra, ameaçado pelas infiltrações. Diante de tanto talento, as pinturas de Marienne North de falam por nós, brasileiros. E precisam ser democratizadas. Fonte: www.kew.org/wwws.sextante.com.br/publishnews.com.br

Márcia Tude é escritora, produtora cultural e empresária dos ramos livreiro e editorial. Vilas Magazine | 32 | Fevereiro de 2013


Biografia apresenta Gianecchini quase nu

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eynaldo Gianecchini demorou a vencer o tabu da nudez em cena. O ator que não conseguiu ficar nu em duas peças concordou em mostrar a sua intimidade na biografia “Giane - Vida, Arte e Luta”, escrita pelo jornalista Guilherme Fiuza. O livro, lançado em novembro passado, teve como motivação inicial contar a luta do ator contra o câncer. Gianechinni confiou a missão ao autor de best-seller “Meu Nome Não É Johnny”. Fiuza o convenceu de não cair na tentação de fazer“um livro edificante de autoajuda”. Há espaço para os amores e os boatos sobre a homossexualidade. “Giane não se escondeu nem censurou nada”, afirma o autor. “Consegui falar da central de boatos em torno dele de forma gostosa. Ele contou da esbórnia, dos momentos de celibato, se comeu ou não comeu.” Os fatos estão lá, sem muitos detalhes. “Fiuza foi muito elegante ao retratar algumas situações. Não queria ferir ninguém.” A seguir, os melhores capítulos dessa novela da vida real. CORTA Em “Cacilda!”, dirigido por José Celso Martinez Corrêa, Gianecchini apareceu de terno e gravata numa cena de orgia. Em “Boca De Ouro”, também pediu para não aparecer pelado no palco. Encarou a parada no cinema, em “Entre Lençóis”, ao lado de Paola Oliveira. O livro mostra a reação do ator ao ver o resultado. “Ele levou um susto. Numa cena, a câmera roubava por alguns segundos um take do seu pênis, e o diretor mantivera essa imagem no filme. Enfurecido, Giane não só mandou ‘cortar o p...’ como fez a produção redigir novo contrato.” ZERO A ZERO Gianecchini perdeu a oportunidade de ficar com Carla Bruni. A exprimeira-dama da França, mulher de Nicolas

fernando frazão / folhapress

CRÍTICA

OS MAIS VENDIDOS FICÇÃO 1 Cinquenta Tons de Cinza E. L. James / Intrínseca Reynaldo Gianecchini e Guilherme Fiúza

Sarkozy, encantou-se pelo modelo brasileiro em um desfile na Suíça. “Meus amigos não me perdoam por isso. Nem eu”, lamenta-se. JOCASTA Durante as gravações de “Laços de Família” (2000) no Japão, Gianecchini e Vera Fischer, protagonistas da trama de Manoel Carlos, trocaram beijos fora do set. “Na viagem, tinha pouco texto, muito passeio e bom saquê. O romantismo dos personagens contagiou os atores.” O relato prossegue: “Num jantar no hotel, Vera beijou Giane como [a personagem] Helena beijava Edu”. A Globo montou uma operação abafa. HISTÓRIA DE AMOR Marília Gabriela e Giane se conheceram em Paris em plena Copa do Mundo da França, em 1998. O “affair” entre a famosa apresentadora e o modelo desconhecido atravessou continentes. “A rodada americana do romance confirmou a intensidade da europeia. Ela pegaria um avião para onde ele estivesse. Viram a lua de Los Angeles e resolveram formalizar o calendário: se encontrariam sempre nas luas cheias.” ENQUANTO DURA A união durou oito anos. “Achei muito linda a forma como ele retratou o fim. Eu me emocionei quando li”, diz Gianecchini. O epílogo é resumido assim: “Após a travessia entre o banheiro e a cozinha, o matrimônio passava à exumação no closet... Os dois fizeram juntos, peça a peça, a desocupação do hemisfério dele. Dormiram abraçados. Acordaram, choraram juntos diante do elevador... Agradeceram a sorte de terem sido um do outro”. FAMA DE GAY A origem do boato em torno da suposta homossexualidade do ator é atribuída a uma amante. A segunda menção é sobre a fofoca de que ele teria tido um caso com o caçula de Marília Gabriela. Continua na página 35 u

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2 Cinquenta Tons de Liberdade E. L. James / Intrínseca 3 Cinquenta Tons Mais Escuros E. L. James / Intrínseca 4 Morte Súbita J. K. Rowling / Nova Fronteira 5 Toda Sua Silvia Day / Paralela 6 Profundamente Sua Silvia Day / Paralela 7 A Travessia William P. Young / Arqueiro

NÃO FICÇÃO 1 Giane - Vida, Arte e Luta Guilherme Fiuza / Primeira Pessoa 2 O Livro da Psicologia Nigel Benson / Globo Livros 3 Não Há Dia Fácil Kevin Maurer / Paralela 4 Carcereiros Drauzio Varella / Companhia das Letras 5 Viajante Chic Glória Kalil / Agir 6 A Queda Diogo Mainard / Record 7 One Direction - A Biografia Danny White / BestSeller

AUTOAJUDA E ESOTERISMO 1 Eu Não Consigo Emagrecer Pierre Dukan / BestSeller 2 Casamento Blindado Renato e Cristiane Cardoso / Thomas Nelson Brasil 3 Nietzsche Para Estressados Allan Percy / Sextante 4 O Poder do Hábito Charles Duhigg / Objetiva 5 Viver com Fé Cissa Guimarães / Casa da Palavra / LeYa 6 Manual dos Jovens Estressados Augusto Cury / Planeta Brasil 7 Quem Pensa Enriquece Napoleon Hill / Fundamento


Janelas Abertas /

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lto verão, estendo-me na espreguiçadeira da varanda diante da azulíssima abóboda do céu sem nuvens. Ao perder de vista espalha-se o mato esturricado pelo longamente abrasante estio, por baixo dos cajueiros, ingazeiras, mangabeiras quase sempre verdes. O vento vindo do mar resseca e refresca ondulando os leques dos coqueiros também sapecados. Vez em quando o flechar de passarinho, talvez em urgência de água fresca. Alheio a tudo, o gato sonolento ronrona entre meus pés sobre o banquinho. Como o felino, deixo-me estar em estado de preguiça. “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”... Antes que me condenem pela indolência, recomendo a leituras dos livros: “O Elogio do Lazer” de Bertrand Russell; “O Direito à Preguiça” de Paul Lafargue e “O Ócio Criativo” de Domenico De Masi. Nesta condição de ociosidade, o pensamento vai solto a vagar entre bobagens em flashes e lembranças suaves ou ardentes. Sucessivas imagens de lugares por onde andei, de pessoas queridas, mesmo as que desapareceram nas viradas das esquinas da vida; de momentos singelamente felizes como o daquele em que todos nós, na casa dos 20 anos, deitamos no ancoradouro a contemplar o céu densamente estrelado da noite sem luz elétrica do antigo Mutá, instante tornado mais especial agora quando Sonia Gomes, uma dos contempladores de estrelas, já não pode mirá-las nem mesmo estar naquele cais. Saudade. Uma coisa puxa outra, que leva a outras e... Contudo foi de repente, sem aparente conexão, que a historinha me chegou, talvez por ter lembrado da marchinha de carnaval de outrora da dupla Paquito e Romeu Gentil ou talvez porque há dias, queiramos ou não, estamos sob as ordens de Momo. Em meio à multidão a menina, segura nas mãos dos pais, seguia assustada com tanta gente. Uma sirene de viatura policial ou de ambulância, nas proximidades, só fazia aumentar o medo. A possibilidade de ver uma cena de violência, um

Gilka Bandeira

De preguiça e carnaval acidente, pessoas ensanguentadas a levava à beira do pânico. No ano anterior ficara muito abalada ao ouvir seu pai dizer que o homem, visto no chão, devia estar bêbado ou ter cheirado lança-perfume. A cena de degradação era o quanto bastara para perturbá-la. Pior foi quando, certa feita, viu um homem cair da bicicleta. Ele não se levantou, sendo de imediato cercado por curiosos e alguém informou que tinha caído sobre as garrafas de bebida que transportava penduradas no guidom e se partiram, ferindo-o.

Não chegara a ver de perto, mas as expressões das pessoas ao comentar o fato e só de imaginar, começou a chorar nervosamente no meio da rua. Mas naquele momento não houve problema e logo se acomodaram num lugar vago na beira do passeio, entre as cadeiras ocupadas pelos sortudos moradores da avenida. Chegaram na hora certa. O desfile começava. Na frente vinham os cavaleiros batedores paramentados como arautos medievais em cavalos ricamente ajaezados com suas bandeiras brasonadas e cornetas. Seguiam menestréis, bufões, arlequins, dominós, colombinas, palhaços, damas antigas e os fantásticos carros alegóricos com luxuosos reis, rainhas, princesas de dar inveja às mais

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ricas cortes verdadeiras. Também haviam deuses greco-romanos acompanhados de ninfas, faunos, e demais figuras mitológicas. E ainda vinham Cinderela, Branca de Neve, os anões, bruxas, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, João e Maria, tudo em meio a muita cor e brilho. Assim passavam os clubes carnavalescos, Cruz Vermelha Fantoches da Euterpe, Inocentes em Progresso, esplendorosamente disputando admiração. Era o reino da fantasia trasladado para as ruas de Salvador a arrebatar a garota já por natureza propensa a voos oníricos que facilmente transitava nos mundos do encantamento. Ela usava meia roupa de grega. Meia, porque se resumia apenas à túnica de um ombro só, em tafetá amarelo ouro, que fora seu traje de acácia na apresentação teatral da escola, sem as sandálias de tiras cruzadas nas pernas, os braceletes e coroa de louro ou tiara, que compunha a fantasia chamada de grega, embora estivesse mais para romana. Mesmo sem os complementos, estava imersa naquele mundo de sonho, uma helênica e portanto não era de estranhar que encontrasse um príncipe encantado, aparecido na forma de um pequeno cigano sorridente. Ele olhou, acenou, jogou-lhe confete, que ela retribuiu tirando um punhado generoso da sacolinha (feita do mesmo tecido da túnica, especialmente para transportar os confetes e serpentinas) e trocaram jatos de lança-perfume. Ficaram nesta brincadeira por algum tempo, sem que os pais, entretidos com o cortejo, vissem. Ele foi se chegando para perto e em dado momento esvaziou o lança-perfume todo em suas costas, encharcando-lhe a roupa. Arrepiou-se com o friozinho, ficou sem saber o que fazer e sorriu agradecida. Intuía o galanteio. Pena que já era hora de ir embora. Nonada, diria Riobaldo Tatarana, mas, se desemaranhando das muitas dobras do tempo chegou ao vagante pensamento da ex-menina preguiçando numa tarde de alto verão. Sabem-se lá os critérios de valor que regem o condado das emoções...


l sAÚDE & BEM-ESTAR . .........................................36 a 53

l AUTO & CIA....................................................................95

l GASTRONOMIA.....................................................54 a 60

Tribuna do Leitor.................................................96 a 97

l FESTAS....................................................................61 a 63

Tábua das Marés / fases da lua.................................98

l facilidades & serviços.....................................64 a 94

MAPA DE VILAS..................................................................99

Biografia apresenta Gianecchini ...

AVISOS & EDITAIS EDITAL DE CONVOCAÇÃO ELEIÇÃO PARA RENOVAÇÃO DA COORDENAÇÃO EXECUTIVA PERÍODO 2013/2014 A gestão provisória da SALVA - Sociedade Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico, com sede à Avenida Praia de Itapoan, Qd. D22 s/nº, Vilashopping, 1º piso, loja 14, Vilas do Atlântico, município de Lauro de Freitas, Estado da Bahia, legitimada em Assembleia realizada no dia 17/12/2012, convoca todos os seus associados, no gozo de seus direitos, para a eleição da coordenação executiva e conselho fiscal da entidade, a realizar-se no próximo dia 8 de abril de 2013, às 19h30 em primeira convocação, com a participação da maioria absoluta dos associados, e, em segunda e última convocação, às 20h30, com qualquer número, sendo eleita a chapa que obtiver a maioria simples de votos presentes. Serão eleitos: 1- Coordenador Geral e Administração; 2- Coordenador Jurídico e de Segurança; 3- Coordenador de Finanças; 4- Coordenador de Comunicação, Marketing, Eventos, Cultura, Esporte e Lazer; 5- Coordenador de Meio Ambiente e Relações Empresariais; 6- Coordenador de Planejamento; 3 Membros Efetivos e 3 Membros Suplentes para o Conselho Fiscal. O prazo para apresentação das chapas encerrar-se-á até 20 (vinte) dias que antecede as eleições. Qualquer associado em gozo dos seus direitos poderá impugnar qualquer candidatura, contanto que o faça no prazo de 10 (dez) dias que antecede a eleição, não sendo apreciada qualquer impugnação sem a devida fundamentação. Não será permitida a candidatura individual e isolada, devem ser inscritas chapas completas e distintas para a Coordenadoria Executiva e Conselho Fiscal. De acordo com o artigo 33 do Estatuto, a Assembleia Geral elegerá uma Comissão Eleitoral, sediada no escritório da entidade, encarregada de dirigir o processo de eleição e posse, compreendendo inscrição de chapas, impugnação de candidaturas e tudo mais de interesse do pleito. Lauro de Freitas, 23 de janeiro de 2013.

| Cont. da página 33.

“Uma versão recuaria até os tempos de modelo de Giane em Paris, sustentando que, para entrar no tal triângulo familiar, ele abandonara um amante francês”, escreveu Fiuza. NA PISTA O biógrafo passa também pela fase baladeira do ator. “Aos 34 anos, começava a revanche, com juros, da juventude casta.” A estreia foi no Carnaval da Bahia. “Em Salvador, durante os seis dias que abalaram seu mundo, Giane fizera de tudo, menos dormir...Trio elétrico, festa, cama a dois, barco, festa, trio elétrico, cama a mais de dois, praia, cerveja para rebater a vodca, sol, lua e cama.” O CÂNCER A festa foi interrompida com o diagnóstico de um tumor agressivo, tratado no hospital Sírio-Libanês. Impressiona a descrição dos efeitos colaterais da quimio. “Parecia ter engolido uma bomba atômica. Boca, língua e lábios eram tostados pelo fogo invisível. Sentia sede, mas a água caía no estômago como ácido e voltava em jato boca afora. Respirar também era perigoso. O ar entrava como spray de pimenta. MÉDICOS O ator sofreu uma parada respiratória ao ter a veia perfurada na colocação de um cateter, em procedimento feito pelo cirurgião Raul Cutait. O relato da mãe ao vê-lo, dá a medida da gravidade: “O homem deitado à sua frente tinha rosto redondo, bolachudo, amarelado, quase sem pescoço, nenhum desenho de maxilar, lábios muito grossos, fisionomia estranha e inexpressiva. Desfigurado.” Uma luta constante era contra os vazamentos para a imprensa. A biografia faz referência à proibição imposta ao infectologista David Uip de dar declarações sobre o caso. A amiga Cláudia Raia chegou a discutir uma conta cobrada indevidamente. VITÓRIA Em 21 de janeiro do ano passado, Gianecchini renascia. “Giane era um homem de 500 neutrófilos”, informou o hematologista Vanderson Rocha. Traduzindo: as células do sistema imunológico tinham se multiplicado velozmente, sinal de que ele ganhara uma nova medula. A luta estava vencida. “Estou feliz de ter sobrevivido para contar e de ter essa história retratada de forma tão honesta”, diz o ator. Eliane Cantanhêde / Folhapress

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ACADEMIA

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CARDIOLOGIA

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CLÍNICA

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CLÍNICA MÉDICA

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

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ESPAÇO TERAPÊUTICO

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ESPAÇO DE BELEZA

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ESTÉTICA

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ESTÉTICA

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FARMÁCIA

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Vilas Magazine | 45 | Fevereiro de 2013


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Vilas Magazine | 46 | Fevereiro de 2013


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Vilas Magazine | 49 | Fevereiro de 2013


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Vilas Magazine | 50 | Fevereiro de 2013


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Vilas Magazine | 51 | Fevereiro de 2013

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Vilas Magazine | 52 | Fevereiro de 2013


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Vilas Magazine | 53 | Fevereiro de 2013


PICANHA SUÍNA COM VINHO

LAGARTO NO VINHO BRANCO DIVULGAÇÃO

Ingredientes 1 lagarto de cerca de 1kg e 500 gramas, 3 colheres (sopa) de óleo, 1 folha de louro, 1 pacote de creme de cebola, 1 litro de água, 200 gramas de requeijão cremoso, 200 gramas de mussarela em fatias, 200 gramas de presunto em fatias, 1/2 xícara (chá) de vinho branco. Modo de Preparo Fritar no óleo o lagarto, juntar o louro, o creme de cebola e a água. Cozinhar por cerca de 50 minutos na panela de pressão. Depois da carne já cozida, retirar ela e juntar ao caldo, o vinho e o requeijão. Deixar ferver e reservar. Fatiar a carne sem soltar as fatias. Dobrar juntos uma fatia de mussarela e uma de presunto. Encaixar entre as fatias de carne. Regar com o caldo e servir a seguir com arroz branco e salada. DIVULGAÇÃO

Ingredientes 1 picanha suína com cerca de 1/2kg, 1 xícara (chá) de vinho branco, suco de 1 limão, sal e pimenta calabresa a gosto, 2 dentes de alho esmagados, 3 colheres (sopa) de folhinhas de alecrim, 1 colher (sobremesa) de manteiga. Modo de Preparo Em um refratário, colocar a picanha e temperar com o vinho, o limão, sal e pimenta. Deixar marinando na geladeira por 24 horas. Retirar da geladeira, cobrir com papel alumínio e levar para assar a 180ºC por cerca de 45 minutos. Regar de vez em quando com o líquido da assadeira. À parte, misturar o alecrim, o alho e a manteiga. Retirar o papel-alumínio da carne e passar essa pasta de alho. Levar de novo ao forno e deixar até ficar dourada. Fatiar e servir refogado de legumes e verduras.

Vilas Magazine | 54 | Fevereiro de 2013


DIVULGAÇÃO

Ingredientes Recheio: 2 colheres (chá) de margarina, 3 colheres (sopa) de achocolatado, 3 colheres (sopa) de vinho suave, 1 colher (sopa) de água, 2 latas de leite condensado. Montagem: 3 pacotes de bolinhas de chocolate, 2 pacotes de biscoito de maisena, vinho (a gosto) para molhar. Modo de Preparo Recheio: em fogo baixo coloque a água e a margarina. Quando a margarina estiver completamente desmanchada, coloque o leite condensado, achocolatado e o vinho. Mexa até começar a engrossar e soltar da panela. Montagem: molhar no vinho os biscoitos um por um sem deixar por tanto tempo, senão o biscoito vai se desmanchar. Numa forma de vidro colocar a primeira camada de biscoitos e depois o chocolate e as bolinhas em cima. Cubra com mais uma camada de biscoito e assim em diante até a última camada ser de chocolate. Aguarde esfriar por cerca de 15 minutos e coloque na geladeira e sirva bem gelado.

DIVULGAÇÃO

PAVÊ DE CHOCOLATE

SALMÃO NO VINHO BRANCO Ingredientes 8 filés de salmão, 2 cebolas, 1 pimentão verde, 8 dentes de alho esmagados, 1 ramo de coentro, 2 xícaras de vinho branco, 1 limão, 1 caixinha de requeijão, sal a gosto. Modo de Preparo Separar o sal­mão, cortar o limão pela metade, passar nos filés (depois disso não é preciso lavar). Bater num processador os outros ingredientes: pimentão, cebola, alho, coentro. Colocar em um recipiente. Nele, já com os temperos cortados, colocar o salmão, o sal e o vinho. Misturar tudo cuidadosamente e esperar 15 minutos. Ligar o forno em fogo forte. Colocar o salmão e todos os ingredientes em uma assadeira e levar para assar por meia hora, sem deixar secar o molho que se forma na assadeira. Depois de meia hora o peixe já estará assado. Retirar o molho que se criou na assadeira e bater com o requeijão. Esse é o molho que você precisa colocar em cima do salmão no momento de servir.

Vilas Magazine | 55 | Fevereiro de 2013


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Vilas Magazine | 56 | Fevereiro de 2013


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Vilas Magazine | 57 | Fevereiro de 2013


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Vilas Magazine | 61 | Fevereiro de 2013

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Vilas Magazine | 95 | Fevereiro de 2013


TRIBUNA DO LEITOR

Prefeitura promete verificar regularidade da concessão do alva­rá para implantação de posto de combus­tível na entrada do Miragem. Foto tirada em 26/1/2013

Associação protesta contra construção de posto de combustível no Miragem A AMOM – Associação dos Moradores do Loteamento Miragem encaminhou consulta à Prefeitura de Lauro de Freitas, sobre a obra para implantação de um posto de combustivel na entrada do loteamento Miragem. Lauro de Freitas, 16/1/2013 À Secretaria de Planejamento Exma. Sra. Eliana Chaves Marback – Secretária Municipal; C/c para Naiana Muniz e Adriana Moes, assessoras Objeto: Solicitação de Fiscalização de Obra sem Alvará. Excelentíssima Senhora, Com o intuito de colaboração no Plano Diretor Municipal e de pre­servação das características residenciais do loteamento Miragem, a Prefeitura deste município e a AMOM, assinaram um TAC, em 10 de janeiro de 2007, onde na Clausula V, a SEPLAM se compromete a comunicar a AMOM de toda obra de impacto de vizinhança. Assim, diante de nossa surpresa uma obra de terraplenagem e

início de instalação de canteiro sem alvará está em início na entrada da rótula do Miragem, rua Ana C.B. Dias/Ana C.B. Dias, aparentemente com insinuação de ser um posto de combustível. O Decreto nº 3.061 de 6 de novembro de 2009 estabelece parâmetros para a construção, ampliação e reforma de postos de serviço e abastecimento de veículos no município de Lauro de Freitas. No seu Artigo 1º o Decreto estabelece as zonas passíveis de implantação desta atividade, zonas estas definidas pelo PDDM. O Loteamento Miragem está localizado na zona definida como ZPR-1(Zona Predominantemente Residencial 1) que não está incluída nas zonas listadas. O que impede a liberação de Alvarás de Construções e de Funcionamento

pela Prefeitura no loteamento. Devido à complexidade da atividade o Decreto no seu Artigo 3º estabelece distâncias mínimas aos usos já existentes na vizinhança, solicitando levantamento “.. de todas as edificações contíguas e suas atividades, ao longo de 100 metros

RESPOSTA DA PREFEITURA

contados a partir dos limites do lote.” Estas distâncias devem respeitar o Anexo IV do Decreto. Diante do exposto solicitamos fiscalização no local da obra e apuração dos fatos. Atenciosamente, AMOM – Presidência.

Prezado Senhor Miguel Polino, Cumprimentando-o cordialmente, em resposta ao expediente datado de 16/1/2013, a respeito de obra realizada na rua Ana C.B. Dias, esta Seplan informa que trata-se de Licença para Construção de posto de combustíveis, processado sob nº 22.545/2012, cujo alvará foi concedido em 30/11/2012. Na oportunidade, esta Seplan esclarece que, após recebimento de denúncia, a Sesp, secretaria a que compete fiscalizar obras e atividades no âmbito deste município, em 16/1/2013 notificou o responsável pela obra para comparecer à Seplan e apresentar toda a documentação relativa ao empreendimento, o que foi atendido no mesmo dia. O processo será reanalisado com vistas a verificar a regularidade da concessão do alvará em comento. Coloco-me à disposição para dirimir quaisquer dúvidas. Cordialmente, Naiana Muniz.

Vilas Magazine | 96 | Fevereiro de 2013


Procissão de peixes mortos Mudei-me para Lauro de Freitas em 1988, há 25 anos, em busca de qualidade de vida e da tal felicidade. Meus filhos tinham três e cinco anos, e fomos morar a apenas 20 metros do Rio Sapato, local em que pescávamos pitus, tomávamos banho, brincávamos na foz do rio Joanes e a vida fluía de forma simples e despretensiosa . Os finais de semana terminavam sempre, no domingo à noite, na Pizzaria do Oscarito. Com o crescimento desordenado e sem planejamento do nosso município, o que chamamos de progresso, vi tudo gradativamente se transmutando. Descaso dos governantes com a natureza e com a cidade, construções e comércio em demasia, a incapacidade de perceber a vocação do município e o poder econômico se sobrepondo ao bom senso. Hoje, 17 de janeiro de 2013, coincidentemente dia do Senhor do Bonfim, vi no rio Sapato uma procissão de peixes mortos! Centenas, milhares, silenciosos. Não nadavam, não brincavam na água não se moviam. Sentei na beira do rio sozinho e, um filme passou pela minha mente, me lembrei dos pitús pescados, da água ainda limpa e ouvi os risos dos meus filhos. Chorei, pedi perdão aos peixes e ao rio e senti vergonha de ser humano! Edvaldo Farias C. Filho. Miragem.

Salva Leitor assíduo dessa prestigiosa publicação, tive a oportunidade de ler a entrevista do novamente comandante da Salva (da qual sou associado de há muito, pagando religiosamente em dia, as mensalidades devidas), sr. Carlos knittel. Apesar de satisfeito com a maioria de suas intenções e atitudes, uma preocupou-me, sobremaneira: a instalação de uma concha acústica (na qual deverão ser realizados shows e eventos vários), no parque ecológico. Preocupou-me, primeiro, porquanto conhecemos a deseducação da grande maioria dos frequentadores de tais espetáculos, com atitudes predatórias, sem qualquer preocupação com a natureza, sua preservação e a ambiental, depois, por ser morador da Alameda Praia de Tamandaré, exatamente do lado, cujo terreno do fundo de nossa moradia tem, como limítrofe, o parque ecológico. Assim, justamente nos finais

de semana, destinados ao nosso descanso, seremos impedidos de descansar, pela propagação, em nossas residências, de todo o som dos eventos (músicos e músicas, cantigas, baderna dos frequentadores, etc.) decorrente das atividades a serem desenvolvidas naquele espaço. Sem falarmos na vulnerbilidade de nossas casas, pois, impedidos de murarmos os terrenos mencionados, como somos, em razão do parque ecológico, os fundos de nossas residências estarão expostos a quem quer que deseje neles penetrar, violando-o. Desejo, apenas, com a presente, mostrar um outro lado do problema, colocando-me ao inteiro dispor do sr. Carlos, para colaborar, como ele sugere, não apenas com a associação e o pagamento das mensalidades, mas com a presença, a troca de ideias, para melhorar, a cada dia, nossa vida, aqui, e nosso convívio. Joaquim Maurício da Motta Leal. Vilas do Atlântico.

Cães na praia Em 5 de fevereiro, quando a edição da Vilas Magazine estiver circulando, estarei completando 20 anos de residência em Vilas do Atlântico. Durante todo este tempo tenho sido o mais assíduo dos moradores a caminhar pelas praias deste paraíso. De segunda a domingo, de janeiro a dezembro, com sol ou chuva, faço minha caminhada entre 5 e 8 horas da manha no trecho entre Ipitanga e Buraquinho. Em dezembro passado, quando fazia aquecimento para iniciar minha caminhada, fui mordido por um cachorro que caminhava com o seu dono. Conversei com o proprietário do animal e lhe pedi que usasse a coleira para evitar que este fato acontecesse também com uma criança ou qualquer outra pessoa. Durante alguns dias o dono do cachorro passava por mim com ele na coleira. Na semana passada ele voltou a caminhar pela praia, mas agora com o cachorro solto. E eu novamente lhe pedi que usasse a coleira, evitando assim problemas mais graves. Ele não gostou e me respondeu que a praia é publica. E continua andando com o cachorro solto e ainda leva na mão um pau como arma. Deduzi então que o ‘animal bípede’ está procurando confusão e pretende resolver isto com violência. Com o intuito de evitar um problema mais grave, me acovardei. Vou comprar um par de tênis e fazer minhas caminhadas no calçadão ou

na Av. Praia de Copacabana. E a praia? Deixo para os cachorros, pois eles necessitam de local adequado para agredir as pessoas e fazer suas necessidades fisiológicas. Carlos Miguel Ramos. Vilas do Atlântico.

Cobrador desrespeita idoso Na sexta-feira presenciei um episódio vergonhoso e revoltante. Um cobrador da empresa Praia Grande, número de ordem do veículo 4789, impediu a entrada de idosos no veículo até que os passageiros que pagam passagem tivessem entrado. Só então abriu a porta dianteira e ainda proferiu deboches com os idosos. Soube por outras pessoas que essa é uma prática comum desse rodoviário, que constantemente se dirige aos idosos com frases como “se quiser viajar sentado pega táxi”. A atitude do cobrador – que não deve ter mãe nem pai e acha que não vai envelhecer – é um desrespeito ao idoso e ao Estatuto do Idoso. Espero que a empresa tome providências e oriente todos os seus funcionários a respeitarem o direito das pessoas idosas, que já deram sua contribuição ao país e a prioridade no acesso ao ônibus é um direito e não um favor do cobrador ou da empresa. Nil Ventura. Lauro de Freitas.

casa da ‘mãe joana’, terra de ninguém. É ridículo, estressante e intransitável procurarmos pelos serviços disponíveis naquela avenida. O novo gestor já pensou em alternativas para resolver estes problemas? Vera Assis. Jardim Aeroporto

Caboco Capiroba Caro Accioli Agradecemos muito pelo seu apoio na divulgação do Caboco Capiroba. A Vilas Magazine tem realmente um alcance maravilhoso e, às vésperas do nosso primeiro CD, ajuda a consolidar o nosso nome. Na primeira vez que foi publicada uma nota, houve uma repercussão excelente e o clipping é usado até hoje para fecharmos shows e como portfólio em projetos futuros. Este agora, na edição de janeiro, sai em um momento especial, quando realmente estamos “saindo do mato”. Será uma honra recebermos sua visita em um de nossos shows.. Mario Espinheira.

Reconhecimento A Vilas Magazine é ‘o’ veículo de Lauro de Freitas: jornal, revista, lista telefônica, meio de exposição dos nossos anseios, pensamentos e gritos... tudo! Bruno Ramos.

Calçadas O novo gestor público de Lauro de Freitas já pensou em como vai resolver o problema do trânsito na Av. Luíz Tarquinio e a ausência de calçadas em toda cidade – muitas delas servindo como estacionamento de carros – obrigando os pedestres a transitar pelo meio da rua? Está um problema sério a locomoção na cidade, a pé ou de carro. Está uma confusão geral parecendo

A revista Vilas Magazine acolhe reclamações e opiniões sobre temas relacionados ao cotidiano da comunidade. Reserva-se, no entanto, o direito de rejeitar acusações insultuosas ou desacompanhadas de documentação. Também não acolhe elogios ou agradecimentos pessoais. Devido à limitações de espaço, cartas são selecionadas e quando não forem suficientemente concisas, serão publicados trechos mais relevantes. Originais não serão devolvidos. Cartas devem ser enviadas para o endereço redacao@vilasmagazine.com.br Outros documentos devem ser enviados para a redação da revista: Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. CEP 42700-000. Lauro de Freitas. BA. Só serão consideradas cartas e/ou e-mails com identificação completa do remetente (nome, endereço, telefone e e-mail para contato).

Vilas Magazine | 97 | Fevereiro de 2013


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