Doce Ilusão
Você já é um doce, não use adoçantes. Vilemar Magalhães
Fortaleza, Brasil - 2014
Aviso Importante Este trabalho não substitui uma orientação médica ou nutricional. Não leve este trabalho para amigos com o propósito que este possa tomar uma decisão de adicionar, suspender ou trocar sua nutrição sem o acompanhamento de um profissional da saúde. As informações neste trabalho representam a minha ideia pessoal baseada em estudos que fiz até a presente data. Peça orientação de um profissional da saúde sempre que pretender fazer alterações importantes em sua dieta. Vilemar Magalhães
Vilemar Magalhรฃes vilemar@ewi.com.br
Palavras chaves: Adoรงantes, aspartamo, sacarina, acessulfamo potรกssio, sucralose, ciclamato de sรณdio, adoรงantes artificiais.
2014
Introdução O homem comum mede a sua qualidade de sucesso pelas sensações de prazer que consegue durante a vida. Muitas vezes, em suas tentativas de obter prazer o homem chega a ameaçar ou comprometer conscientemente a sua saúde. Em nutrição, as decisões de consumo são feitas quase sempre com base no paladar e não nas características nutricionais de cada alimento. As grandes indústrias de processamento de alimentos procuram cuidadosamente encontrar o ponto de equilíbrio entre a quantidade de sal e de doce em seus produtos. Quanto mais salgado ou doce, maior a aceitabilidade no mercado. O consumidor pode considerar repugnante depois de ingerir alguma quantidade de alimentos excessivamente doces ou salgados. Por isto, é importante conseguir descobrir a quantidade ideal que possa deixar o consumidor viciado em um determinado produto, desde que não permita que este se sinta enjoado depois de algum tempo. Além do homem não ter o domínio de si mesmo para conter a sua busca por prazer, o consumidor consciente não pode decidir que caminho tomar diante de tantas correntes contrárias em nutrição na atualidade. Este trabalho não tem o objetivo de denegrir qualquer uma das marcas de adoçantes ou deixar a população assustada. A meta deste trabalho é alertar a população e recomendar que se a pessoa ainda desejar usar um destes adoçantes que o faça com ajuda de um profissional de nutrição ou médico. Os adoçantes artificiais mais vendidos no Brasil são objeto deste trabalho e será tratado como estas substâncias afetam a saúde do homem. O consumidor fica confuso ao recorrer a nutricionistas que podem ter posições totalmente antagônicas sobre o assunto. O que fazer se uns falam que adoçantes artificiais podem ser consumidos por humanos e outros dizem que são danosos e põem nossas vidas em risco? Os adoçantes artificiais são necessários? O que são adoçantes artificiais e como as opções no mercado estão sendo fabricadas em laboratórios e indústrias? O que fazer para adoçar o cafezinho? O Chá? E os diabéticos podem e devem usar adoçantes? Tem algum adoçante menos nocivo à saúde? Esta análise bibliográfica traz um breve relato de como cada um dos adoçantes estudados foram descobertos. É importante que o consumidor conheça os métodos que os cientistas que confeccionaram estes produtos praticavam. É inacreditável como cada adoçante foi descoberto e os métodos utilizados para que estes fossem sugeridos para liberação para o consumo humano.
Quase todos os adoçantes têm um ponto em comum, eles foram descobertos acidentalmente e por erros de laboratórios. O homem não estava procurando achar uma solução saudável que substituísse o açúcar. Apenas foram surpreendidos, fizeram uns testes após as descobertas acidentais e lançaram seus produtos no mercado.
Adoçantes Adoçantes ou edulcorantes são substâncias químicas extremamente doces usadas como substitutas do açúcar a fim de conferir o sabor doce aos alimentos e bebidas. A capacidade de adoçar destas substâncias sintéticas ou naturais são centenas de vezes maiores que a do açúcar. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regula o uso de adoçantes no Brasil pela Portaria no. 38, de 13 de janeiro de 1998 com o objetivo de garantir as características mínimas de qualidade do que é chamado de “Adoçantes de Mesa.” Quando o adoçante for destinado a atender pessoas com restrições de ingestão de sacarose, frutose e glicose é chamado de “Adoçante Dietético.” Quando os adoçantes foram lançados no Brasil, eram catalogados como fármacos destinados aos diabéticos e o seu consumo deveria ser acompanhado por um médico. Cinco anos foram suficientes para acontecer uma mudança radical na venda dos adoçantes. As mudanças aconteceram de forma frenética e com caráter permanente. O Brasil do final dos anos 80 estava apavorado com o crescimento galopante da obesidade no país, fato que contribuiu consideravelmente para a grande procura de adoçantes pela população. A mensagem inicial da campanha publicitária do adoçante ainda continua forte no consciente coletivo. A pessoa tinha a ilusão que por estar consumindo um alimento sem açúcar, poderá comer muito mais. O doce dos edulcorantes não são as únicas ameaças destes produtos a saúde das pessoas. Geralmente os adoçantes contém muito sódio para ressaltar o sabor dos alimentos. Portanto, tornam-se uma ameaça maior para a saúde do homem, especialmente para hipertensos. A chegada dos adoçantes trouxe a segunda grande força na nutrição, a busca das formas corporais perfeitas. O homem moderno quer ter grandes prazeres e parecer esteticamente bonito. Para atingir estas metas, há pessoas capazes de tentarem o imaginável.
Sacarina Um jovem assistente de pesquisa em um laboratório, Constantine Fahlberg (1850 – 1910), em 1879, descobriu acidentalmente o primeiro adoçante artificial nos Estados Unidos. O Dr. Fahlberg trabalhava com a liderança do professor Ira Remsen da Universidade de John Hopkins. Ele só tinha 29 anos naquela época. O que ele procurava fazer era uma substância que seria usada para preservar alimentos. A substância achada foi o ácido sulfanoibenzoico um derivado do petróleo. Dr Fahlberg sujou as mãos enquanto trabalhava e esqueceu-se de lavá-las ou isto não era uma preocupação mesmo. Quando Constantine estava jantando, sem ainda ter lavado às mãos, notou o doce na sua mão ao levar um pedaço de pão à boca. Neste momento estava descoberta a sacarina. Você acredita nisto? Você tem coragem de ingerir um produto criado por alguém tão criterioso? Se você soubesse que ele é 300 vezes mais doce que a sacarose e que deixa um gosto amargo depois de ingerido? Ainda se atreveria? Seria bom se Fahlberg nunca tivesse voltado a fazer remédios. A não ser que tenha aprendido higiene pessoal básica. Se ele tivesse conseguido terminar a fórmula do preservativo de alimentos e hoje os nossos produtos tivessem um produto feito com critérios tão duvidosos em nossas mesas? Fahlberg montou um laboratório químico na Alemanha com um investimento de 2 mil marcos. Fahlberg ficou rico com a sua invenção. O seu chefe ficou reclamando não ter recebido créditos pela invenção já que as pesquisas foram feitas sob a sua orientação. Em 1910, o inventor do sacarina morreu gordo aos 59 anos e 8 meses. A obesidade se tornou um problema pelos anos 20. Será que o Fahlberg já foi uma vítima de sua invenção? A sacarina é um sulfonamida (abreviação de amido-benzeno-sulfamida), isto é, pode causar reações alérgicas para pessoas alérgicas a drogas com sulfa que são antibióticos anteriores às penicilinas. Felizmente, esta substância só ficou popularizada 35 anos depois de tal acidente trágico. Durante a Primeira Guerra Mundial era necessário racionar o açúcar para mandar para os soldados no campo de batalha. O povo que ficou nos Estados Unidos passou a usar a sacarina para adoçar os seus alimentos. O americano que não gosta de economizar comida fez vários cartazes com a mensagem “Food Will Win the War” (A Comida Ganhará a Guerra). A
população ficou com a pior parte do sacrifício. Não por ter que ingerir menos açúcar, mas por ter que passar a usar a sacarina. Em 1917, já durante a Segunda Guerra Mundial, a população foi chamada mais uma vez para economizar alimento a fim de mandar o excedente para as tropas na Europa. Até os soldados recebiam a sacarina como adoçante. Desta data em diante a sacarina se firmou no mercado americano e começou a incomodar muitos comercialmentes. Em 1937, começaram a divulgar que a sacarina poderia causar câncer em bexigas de cães e em 1960 concluíram que poderia causar câncer em ratos. O órgão de administração de alimentos e drogas dos Estados Unidos ( Food and Drug Administration) impôs restrições ao seu uso, sem banir o produto do mercado. Alguns países chegaram a banir este produto, contudo nenhum laboratório chegou a provar que sacarina poderia provocar o câncer em animais. Pelo contrário, alegam que o produto é 100% seguro. Contudo, os fabricantes foram obrigados a declarar que o produto já causou câncer em animais de laboratório até por volta do ano 2000.
(Tradução: O uso deste produto pode ser perigoso para a sua saúde. Este produto contém sacarina que foi provado causar câncer em animais de laboratório). Já que todos declaram que o produto não causa câncer, porque colocar o aviso acima nos rótulos dos produtos. Será que é para somente dizer depois que a pessoa consumiu por vontade própria e que esta tinha sido avisada dos perigos que corria? A Anvisa recomenda que o consumo máximo diário de Sacarina seja de 5 mg/kg de peso corpóreo.
Aspartamo ou aspartilfenilalania O aspartamo, (C13H18O5N2), o segundo adoçante a ser descoberto em 1965 depois da Sacarina. Esta descoberta foi de um jovem americano de 23 anos chamado James M. Schlatter. James estava trabalhando na síntese de um tetrapeptídeo, uma molécula contendo 4 amino ácidos, procurando encontrar uma droga para o tratamento de úlceras peptídicas. Talvez não seja correto culpar a pouca idade de Schlatter, contudo, ele também sujou um pouco a mão e lambeu os dedos com o objetivo de umedecê-los para que pudesse pegar um papel. Notou que havia doce em sua mão e declarou que tinha sido descoberto o aspartamo. Quer dizer que aconteceram dois enganos ao criar o Aspartame. O primeiro por não ter conseguido fazer o remédio para úlcera e outro por ter trazido para o homem este adoçante. Como ele poderia estar trabalhando na manipulação de um remédio que seria usado para tratar úlceras sem uma máscara ou luvas? Isto não comprometeria os resultados de sua descoberta? O Aspartame tem o poder de adoçar 200 mais que a sacarose. O Aspartame perde a sua capacidade de adoçar depois de 6 meses de sua fabricação e ao ser exposto à altas temperaturas. Então, ele é pouco indicado para cozinhar. A digestão do Aspartame acontece com a liberação de fenilalanina, aspartato e metanol. Os dois primeiros são quebrados no estomago e no intestino delgado pela a ação de enzimas específicas. Esta quebra do aspartamo deixa os seus componentes livremente no organismo humano. Estes amino ácidos são necessários em pequenas quantidades nos alimentos, mas nas proporções corretas e ligados a outras substâncias que não os fazem perigosos. Excessos de fenilalanina, aspartato e metanol podem causar dores de cabeça, ansiedade, artrite, aterosclerose, câncer, confusão mental, convulsões, depressão, diarreias, doenças coronarianas, dor abdominal, dormência nas extremidades, fadiga, fobias, fome ou sede excessiva, incapacidade de concentração, palpitações, radicais livres, síndrome do pânico, tonturas e urticária, Se a pessoa for fumante ou tiver diabetes pode ter ainda uma reação mais acentuada ao aspartamo e muitos outros. Somente o FDA americano tem mais de 10,000 relatos de reclamações envolvendo o uso do Aspartame. O seu nome é dado pela junção dos seus componentes. Dois amino ácidos: ácido ASpártico (40%); fenilalanina (Phenylalanine do inglês 50%); e uma ligação éster metil de MEtanol (10%). Os dois primeiros componentes são comuns em outros alimentos naturais e não apresentam dificuldade alguma para a saúde do homem.
Nos alimentos naturais proteicos as quantidades de ácido aspártico e fenilalanina são de aproximadamente 5% na maioria dos casos. No Aspartame, estes dois amino ácidos representam uma ameaça para as células e chegam até a atravessar a barrareira hemato-encefálica colocando em risco a estabilidade das células cerebrais. A fenilalanina é um amino ácido encontrado no cérebro. Ele representa um risco maior em pessoas com fenilcetonúria. Este é um problema genético quando a pessoa não tem a enzima fenilalanina hidroxilase necessária para converter a fenilalanina no amino ácido tirosina, que no final do seu metabolismo é convertido em neurotransmissores (L-dopa, norepinefrina, epinefrina). A fenilalanina que não é convertida em tirosina fica acumulada no cérebro o que pode até ser letal. Acontece que quem consome Aspartame com carboídratos, mesmo sem ter fenilcetonúria pode acumular fenilalanina no cérebro. Os especialistas não recomendam o Aspartame para grávidas, pois se a criança tiver fenilcetonúria, pode nascer com retardo mental. A quantidade do perigoso metanol é mínima e ainda é levado ao fígado para desintoxicação. Metanol não seria de fato o grande problema do Aspartame. Se você não sente nada diferente tomando Aspartame não pode ser inferido que você não está sendo vítima desta substância. Qualquer hora o seu organismo vai cobrar pelo preço de ter sido obrigado a metabolizar esta substância estranha. Se todo este risco for para não engordar, seria interessante que você soubesse que não há comprovação que este adoçante vá evitar aqueles quilos excedentes tão indesejáveis. A fenilalanina e o ácido aspártico presentes em uma só dose de Aspartame estimulam a liberação da insulina e de leptina, hormônios que fazem com que o seu corpo guarde gordura e ainda, em níveis altos, pode baixar os níveis de serotonina, um neurotransmissor que informa ao corpo que ele está saciado. Acontecendo isto a pessoa pode passar a comer mais e ter um corpo bem mais gordo. Baixos níveis de serotonina podem além causar depressão e outros problemas emocionais. O Aspartame age em nosso corpo como um neurotransmissior no cérebro. Em quantidades expressivas, permite que o cálcio entre mais nas células o que estimula a ação de radicais livres causando danos significativos ao corpo. Infelizmente, nem a barreira hematoencefálica que existe para proteger o cérebro pode conter tal agressão. Por isto que são encontradas tantas complicações neurológicas em consumidores deste produto.
Um produto gerado a partir do consumo de Aspartame é o Dicetopiperazinas (DKP), substância apontada como causadora de tumores cerebrais, pólipos uterinos e outros. A Anvisa recomenda que a dose máxima de Aspartame não exceda a 50 mg/kg de peso corpóreo.
Acessulfamo Potássio O terceiro adoçante artificial criado foi o acessulfamo potássio ou sal de potássio de dióxido de metiloxantiazinona, Os componentes do Acessulfamo Potássio são C4H4NO4KS (Carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e potássio). Esta foi mais uma descoberta acidental que aconteceu em 1967 tendo a frente os químicos alemães Karl Clauss e H. Jensen de Hoechst AG em Frankfurt, Alemanha. O Dr. Clauss precisava folhear uns papéis e umedeceu os dedos levando-os a boca, quando notou que os seus dedos tenham um o sabor adocicado. O acessulfamo potássio não quebra em altas temperaturas, isto é, não perde a sua capacidade de adoçar os alimentos se for levado ao fogo. Em temperatura ambiente apresenta uma grande vantagem em relação aos seus concorrentes por manter a sua capacidade de adoçar intacta por 3 a 4 anos. O acessulfamo K não é fermentado pelas bactérias na boca e nem no intestino. Isto mesmo! Bactéria! A bactéria, não é burra para usar uma substância como esta. A microbiota intestinal, a população de bactérias que habitam em nosso intestino, pode ser alterada e estas são relacionadas com o controle de peso corporal. Portanto, não adianta correr riscos substituindo açúcar por este adoçante, se a sua motivação for não ganhar mais peso. A recusa das bactérias de fazer uso deste adoçante não implica que ele possa evitar o aumento de peso. As cáries não vão surgir com o seu uso, diferentemente do consumo de açúcares ou outros alimentos que estimulam a produção de bactérias na boca e consequentemente do nível de acidez na cavidade oral. A pessoa ainda pode ter cáries, maspor outros motivos. Este adoçante é pouco acusado de causar câncer em animais. Talvez por ter uma campanha publicitária muito tímida, não desperte muito a iria de seus concorrentes. Tenho certeza que se eles começarem a ameaçar mais os seus concorrentes, aparecerão estudos de todos dizendo que é uma substância muito cancerígena. Pelo menos, a população estará mais informada dos malefícios desta substância. O processo de manufatura do acessulfamo potássio consiste na transformação do ácido acetoacético, responsável pelo sabor extremamente doce do acessulfamo de potássio, e na junção com o potássio (10mg em um sache) para formar uma substância estável e cristalina.
Outro componente importante do acessulfato potássio é cloridrato de metileno. Esta substância é ligada diretamente a dores de cabeça, confusão mental e outros. A quantidade de potássio deixada no corpo pelo acessulfamo potássio é mínima. Contudo, é uma boa regra que pessoas com pressão alta evitem o consumo desta substância. O ácido acetoacético, o beta-hidroxibutirato e acetona formam os corpos cetônicos. E não dito que corpos cetônicos são os vilões de uma nutrição baseada em proteínas e gorduras? A Anvisa recomenda que uma pessoa não ingira por dia mais que 1.5 mg/kg de peso corpóreo.
Ciclamato de sódio Em 1937, Michael Sveda ainda estudante de graduação na Universidade de Illinois, Estados Unidos, enquanto fumava um cigarro e manipulava uma droga antipirética, colocou o cigarro na bancada em seu laboratório e ao trazer o cigarro de volta à boca, descobriu o sabor doce da substância no cigarro. Posteriormente, Sveda chamou a sua descoberta acidental de ciclamato de sódio. Sveda abandonou a sua busca por um antiperético e ásspi a fazer testes na nova substância doce encontrada no cigarro. Testes em laboratório mostraram que aquele produto apresentava um sabor residual como é visto em muitos adoçantes disponíveis no mercado. Por este motivo é comum a junção de mais de um adoçantes com o Ciclamato para conseguir mascarar os resultados indesejáveis desta substância. No Brasil o ciclamato é vendido na forma sódica e em junção com a sacarina. Segundo a nutricionista Luciana Harfenist, pessoas com pressão alta ou insuficiência renal devem fazer um acompanhamento de suas taxas de sódio, pois o Ciclamato e a Sacarina são ricos em sódio podendo afetar gravemente a saúde de pessoas com hipertensão ou dificuldades renais. Embora a taxa de biotransformação do ciclamato dependa da flora intestinal de pessoa, 63% deste é biotransformado no intestino à ciclohexilamina pela flora bacteriana presentes no intestino. Testes mostraram que tanto o cliclamato como a ciclohexilamina não eram muito tóxicas, mas os estudos foram positivos quanto a atrofia testicular. . Aproximadamente 37% do ciclamato são absorvidos sem sofrer nenhuma biotransformação hepática por serem altamente hidrossolúvel. Esta porção intacta do ciclamato é expelida pela urina. A Iarc (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer) diz que é seguro ingerir ciclamato de potássio e que este poder não é carcinogênio. Infelizmente esta visão não é compartilhada por outras organizações. O Ciclamato até 1969 era autorizado pelo FDA *Food and Drug Administration, agência sanitária reguladora, com a indicação para diabéticos. O seu consumo foi proibido outra vez pelo FDA depois da descoberta que o Ciclamato poderia provocar carcinomas papilares de bexiga em ratos que receberam CiclamatoSacarina e Cicloexilamina. E o que fez o FDA para socorrer os diabéticos que estavam consumindo este produto pensando estarem protegendo suas vidas? Não é fácil excluir completamente o Ciclamato da dieta de uma pessoa. Muitas vezes as pessoas
não sabem que o produto que estão tomando contenha este ou outros adoçantes. Em fim, pode-se tomar o ciclamato ou não? Ferraz de Arruda et. AL em 2004 realizou estudos que concluiu que o Ciclamato de sódio pode causar: •
Danos renais (nefrotoxicidade)
•
Retardo no desenvolvimento fetal
•
Índice de maturação placentária reduzido
•
Pode causar câncer no trato urinário em humanos (Andreatta et. AL 2008)
Nestes casos um simples pedido de desculpas basta? E você? Ainda está consumindo adoçantes artificiais pensando estar consumindo um alimento confiável? E se você estiver errado? Muitos países baniram o ciclamato de seu território. A Anvisa recomenda que a quantidade máxima diária recomendada para o ciclamato e de 11 mg/kg de peso corpóreo.
Sucralose A Sucralose foi descoberta em 1976, o indiano Shashikant Phadnis, fazendo um curso de pós-graduação em química estava pesquisando sobre os inseticidas, no laboratório da Tate & Lyle Ltd em parceria com a King’s College London, entendeu a recomendação de seu chefe da forma errada. Ele foi solicitado testar a fórmula, (test em inglês) e entendeu “taste” que significar provar. Shashikant provou sem se preocupar com os perigos que a fórmula poderia causar. Não era um inseticida? Como ele poderia levar esta substância à boca? A Tate & Lyle repassou a fórmula deste adoçante para ser desenvolvida pela Johson & Johnson. Esta substância não pode ser classificada como nenhuma outra substância criada pela natureza ou jamais inventada pelo homem. A Sucralose mantém ainda mais semelhanças com um pesticida do que um açúcar de fato. A Sucralose é o produto criado a partir da sacarose, o açúcar de mesa. Ele é 600 vezes mais doce que o açúcar. O que mudou nos dois casos? 3 hidroxilas (OH) foram substituídas por 3 átomos de cloro. A troca do íon hidroxila (OH) por um átomo de cloro libera o gás fosfogênio. O fosfogênio foi muito usado durante as guerras mundiais para sufocar pessoas e na atualidade é o maior componente usado pela indústria que de pesticida, herbicidas, inseticidas e plásticos. O cloro, a mesma substância que é colocada em piscinas, mata as bactérias na água da piscina, como também morrem as bactérias necessárias no intestino grosso. Segundo o Dr. Morando Soffritti do Ramazzini Intitute em Bolonha, Itália, depois de realizar estudos com 843 ratos concluiu que o Sucralose apresentou indícios que esta substância possa levar a leucemia devido o cloro que é considerado como carcinogênico. O cloro é usado geralmente como parte da composição de gases venenosos, desinfetantes, pesticidas e plásticos.
A Suclarose é uma substância organoclorada. A organoclorida faz parte das substâncias mais perigosas do mundo. Os alimentos naturais também podem ter uma certa quantidade de cloro como tem o Sucralose. No entanto na natureza o cloro faz uma ligação iônica que se dissolve facilmente. No Splenda, o cloro fica como parte de uma ligação covalente que não é dissolvida por falta da enzima específica. O cloro interfere na quantidade de iodo no corpo humano se alojando nos tecidos da tireoide sendo uma importante causa para o aparecimento de hipotireoidismo. O sufixo–ose é para nomear açúcares. Sucralose não é um açúcar. Este nome ficou parecido com sacarose, que é o nosso açúcar de mesa. A adição do sufixo “ose” tem que ser entendida como uma tentativa de confundir os seus consumidores. Em quantidade, o Sucralose, tão usado em muitos produtos industrializados, pode ser um risco para diabéticos e pessoas precisando perder peso. Segundo um estudo da equipe de Yanina Pepino da Washington University, Saint Louis, Missouri, publicado na revista Diabetes Care, o Sucralose altera os níveis de insulina em obesos. Uma dose única de Sucralose somente pode aumentar a concentração de glicose plasmática em 20% ou 0.6 nanomoles por litro. O aumento na produção de insulina pode fazer o corpo resistente a este hormônio, podendo a pessoa desenvolver diabetes tipo 2 e ter um aumento considerável de depósitos de gorduras corpórea especialmente no abdômen. A Anvisa recomenda que a ingestão máxima diária de Sucralose não deva exceder a 5mg/kg por peso corpóreo.
Stevia Stévia é um adoçante natural extraído da planta perene chamada de Stevia Rebaudiana encontrada na América do Sul, especialmente no Brasil e no Paraguai. Conhecida desde o século 16 e cultivada no Japão desde 1970. De todos os adoçantes neste trabalho, o Stévia é o único que não é fruto de um engano de laboratório. Ele é 300 vezes mais doce que o açúcar comum e pode provocar vários efeitos colaterais independentemente da quantidade consumida. Quando uma pessoa ingerir um alimento adoçado com Stévia, o doce detectado na boca sinaliza para o corpo que este está recebendo glicose naquele instante. Todo o mecanismo de digestão de glicose é acionado, havendo uma queda dos níveis de glicose na corrente sanguínea como uma preparação para receber mais glicose como anunciado pelo o que foi detectado na boca. Portanto, se torna imperativo que se a pessoa insistir em usar este adoçante tenha que fazê-lo com uma fonte de carboidratos. Não se concretizando o fornecimento de glicose na dieta, o corpo tenta restaurar a quantidade de glicose no sangue produzindo os hormônios adrenalina e cortisol para conseguir açúcar/glicose de outras fontes, especialmente do fígado e do glicogênio dos músculos, proteínas ou até mesmo de tecido muscular. Esta operação causa deficiência no sistema imune, aumenta ocorrências de inflamações, e diminui a ação da tireoide. Uma das complicações nestes casos é que o corpo pode perder a capacidade de transformar carboidratos em energia para alimentar o corpo. Muitos consumidores de Stevia reportam dormência no corpo, problemas estomacais, náuseas, inchaços, tontura e dores corporais. A tontura pode implicar na capacidade de andar com desenvoltura e independentemente sem ajuda de terceiros. Estes sintomas ainda podem vir acompanhados com a falta de apetite. Pessoas que estejam em uma terapia utilizando lítio podem ter dificuldades com o Stevia, pois este adoçante é diurético e pode interferir quando o organismo estiver pronto para expelir o lítio. Como o Stevia e os medicamentos para diabéticos podem ser usados para diminuir o açúcar circulante no sangue. É interessante monitorar estes índices enquanto estiver usando o Stevia.
Conclusão Não se culpe por tomar adoçantes. Você não é o único a se aventurar nesta viagem perigosa. Segundo a nutricionista Bruna Passos, o Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar do mundo e um grande consumidor de adoçantes dietéticos. Portanto, você apenas está se comportando como um brasileiro e vítima de campanhas publicitárias fortíssimas. Também, não adianta pensar que uma única dose de adoçante possa lhe matar logo após o consumo. A reação imediata observada na maioria dos consumidores de adoçantes é o desenvolvimento de uma adição por doces. Uma adição química como qualquer outra droga. Alguns adoçantes podem ser 200, 600, 7,000 e até 100,000 vezes mais doces que a sacarose. As fábricas já estão fracionando as fórmulas para diminuir a sua capacidade de adoçar destes produtos. Ingerindo substâncias tão doces as papilas gustativas vão pedir mais doces ainda, mais e mais, até que a pessoa desenvolva comportamentos semelhantes a qualquer outra adição conhecida. Os neurotransmissores envolvidos nesta adição são os mesmos que são encontrados em uma mente viciada em cocaína ou outras adições conhecidas como a de cocaína, maconha, crack, etc. Muitas publicidades dizem que adoçantes artificiais não engordam. Infelizmente, isto não é verdade. Segundo o Dr. Mark Hyman, em um trabalho publicado no Journal of Behavioral Neuroscience, os adoçantes não evitam os pesos indesejados, mas induzem um conjunto de respostas fisiológicas e hormonais que realmente fazem com que a pessoa ganhe mais peso. O aumento de insulina provocado pelos adoçantes faz com que o açúcar no sangue caia consideravelmente e o ser humano passa a ter compulsão para comer. Além disto, a insulina sinaliza para o seu corpo estocar mais gorduras e não usá-las na produção de energia. Um fator importante no ganho de peso quando se ingeri adoçantes é que a pessoa confiando estar consumindo um produto “diet” passa a ingerir mais alimentos. Os efeitos a longo prazo, de acordo com alguns estudos, podem ser desastrosos. Todos são acusados de provocarem câncer em animais, alguns com efeitos mais marcantes e outros com uma ação mais amena. Os adoçantes foram proibidos e liberados em diversas partes do mundo e da história desde que foram descobertos.
Hoje, a palavra final está mais do que nunca com o consumidor. Contudo, é difícil ter uma vida totalmente sem adoçantes artificiais, pois estes são encontrados em vários produtos industrializados, como em refrigerantes, sucos, cafés e muitos outros. Vale a pena ler o rótulo e checar o que você realmente está disposto a ingerir e as quantidades destas substâncias em cada produto. Espero ter contribuído com dados que o consumidor possa tomar a sua própria decisão. Este trabalho não tem interesses comerciais e nem recomenda qualquer um dos adoçantes descritos no corpo do trabalho. Há muitos outros adoçantes no mercado, mas esta análise foi feita apenas dos mais comuns. Não há um adoçante seguro. A decisão de continuar tomando adoçante e as quantidades dependem exclusivamente você e do profissional que o acompanha. Siga as orientações desta pessoa. Não estando satisfeito, procure outro profissional, mas nunca teme esta decisão sozinho ou motivado pela opinião de amigos leigos.
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Doce Ilus達o Vilemar Magalh達es