Origem da vida a partir de uma semente completo

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A ORIGEM DA VIDA A PARTIR DE UMA SEMENTE JOSÉ VILEMAR MAGALHÃES SILVA

FORTALEZA, CEARÁ 2013


DEDICATÓRIA “Dedico esta monografia à minha esposa Teresa, ao meu filho Edgar e a minha quase filha Gabriela Holanda que me apoiam diariamente. Graças a eles, eu estudo, realizo novas descobertas e continuo a me desenvolver em vários aspectos. Ao casal de amigos José Cesar de Aquino Oliveira e Nilza Vieira Pires de Oliveira pelo empenho pessoal que tornou este sonho possível”.


AGRADECIMENTOS

À minha esposa Teresa Magalhães, meu filho, Edgar Magalhães, e a toda minha família que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. A todos os professores da Faculdade Excelência do Curso Teologia. Aos Amigos Maryanne e Luiz Carvalho e Francisca Francelino da Silva pelo acolhimento, carinho que me receberam durante tantas noites de revisão destas pesquisas. Aos amigos e colegas, em especial, Francisco Nunes, pelo incentivo e pelo apoio constante. Aos amigos Carlos e Cristina Feitosa e familiares pelo apoio profissional e amizade que tem se consolidado através dos anos. Aos amigos saudáveis Marcelo e Isabela Marinho que criaram e abriram muitos espaços em minha vida, pelo estímulo dado, disposição para ouvir sobre as minhas pesquisas de forma incansável. Ao amigo Paulo Rocha por ser uma grande referência em minha vida e por seu apoio revisando este trabalho. Ao amigo Eduardo Moraes Rangel por sua disposição em acompanhar as inúmeras revisões deste trabalho. Considerando esta monografia como resultado de uma caminhada que não começou na Fex somente, agradecer pode não ser tarefa fácil, nem justa. Para não correr o risco da injustiça, agradeço de antemão a todos que de alguma forma passaram pela minha vida e contribuíram para a construção de quem sou hoje.


Índice Introdução Capítulo I – Criação da Vida na Terra Capítulo II – Os Seres Vivos Segundo os Biólogos Capítulo III – O Ciclo de Vida das Sementes Capítulo IV – Partenocarpia Condições Gerais Bibliografia Glossário


INTRODUÇÃO Este trabalho pretende analisar a orientação dada por Deus em Gênesis 1:29-30 para o homem comer frutas geradas a partir de sementes; mostrar o papel das sementes para a nutrição das plantas, e como as sementes garantem a continuidade das espécies. As análises dos frutos gerados a partir de sementes, neste trabalho, são apresentadas relacionando diretamente a formação das sementes dos frutos com a palavra de Deus. Esta comparação é encontrada em diversas passagens bíblicas quando pode ser inferido que tanto a semente, quanto “a palavra de Deus” desempenham papéis semelhantes. A primeira para crescimento dos vegetais e a segunda para o crescimento da fé de cada indivíduo. As fontes pesquisadas foram das áreas de teologia, biotecnologia, nutrição, biologia, química, a Bíblia e algumas publicações de organizações estatais de saúde e nutrição do Brasil e dos Estados Unidos. Esta pesquisa não foi desenvolvida com a profundidade necessária para ser usada como aconselhamento nutricional ou como uma orientação médica. Contudo, é válido ressaltar como a Bíblia é uma fonte inesgotável de conhecimentos e como a indicação da necessidade de sementes para os frutos, não conhecida por uma grande parte da comunidade científica atual, não era novidade no momento do relato bíblico que se deu muito antes que a humanidade pudesse contar com microscópios e outros instrumentos imprescindíveis para fundamentar estas recomendações vistas em Gênesis. O primeiro capítulo mostra que os seres vivos foram criados por Deus no tempo adequado

quando

havia

as

condições

básicas

para

o

seu

surgimento

e

desenvolvimento. Em Gênesis é mostrada a preparação do planeta Terra para receber as formas de vidas para habitarem nas águas, no ar e no solo. O segundo capítulo mostra: 1)

uma comparação entre o conceito biológico e o conceito bíblico de um ser

vivo; 2)

os primeiros seres vivos, as plantas, com ênfase nas plantas angiospermas

cujas sementes são protegidas por um fruto; é apresentada a polinização, fecundação, germinação das sementes e a formação dos embriões;


3)

os complexos mecanismos que mantém a vida destas plantas;

4)

a semente como proteção dos embriões contra a ação do oxigênio.

O terceiro capítulo descreve o ciclo de vida das plantas como determinado por Deus. Isto é: a)

o conceito de semente e sua estrutura física;

b)

a formação da flor;

c)

a formação das sementes;

d)

a formação dos frutos;

e)

a dispersão das sementes;

f)

o período de dormência das sementes;

g)

a germinação das sementes.

O quarto capítulo trata de frutos partenocárpicos que são gerados sem que o óvulo seja fecundado e dê início à formação da semente. Analisa os frutos partenocárpicos surgidos naturalmente sem a participação dos homens e de frutos partenocárpicos gerados artificialmente e se estes têm as vitaminas e os minerais necessários para a nossa nutrição. Em especial, são analisadas as bananas. Nas considerações finais conclui que o homem não deva se alimentar de frutos que foram gerados sem sementes. Mostra as diferenças observadas nestes frutos, como o corpo humano absorve seus nutrientes, e se há algum fator que induza a natureza a produzir um alimento que não seja apropriado para o homem. Por fim, o Anexo I traz um glossário que pode ser muito interessante para o estudioso de teologia e desconhecedor de termos técnicos utilizados por cientistas que são citados na comparação dos ensinamentos bíblicos e biológicos.


CAPÍTULO I 1.1. CRIAÇÃO DA VIDA NA TERRA Moisés, indicado por muitos estudiosos como o autor de Gênesis, descreve como Deus criou os céus e a terra e os preparou durante dois primeiros dias para que pudessem receber os seres vivos. Foram criados os dias, as noites e a separação das águas formando os mares e o firmamento. No terceiro dia, Deus criou as primeiras formas de vida, as plantas. No quinto dia foram criados os animais irracionais. No sexto dia, Deus completou a criação fazendo o homem. No sétimo dia Deus descansou.

1.2 TUDO FEITO PARA A GLÓRIA DE DEUS O Dr. Thomas L. Constable (2012) defende que o homem seja, dentre os elementos criados por Deus em Gênesis, o mais importante. Contudo, o propósito principal da narrativa em Gênesis é glorificar a Deus. Em nenhuma parte da Bíblia há indícios que esta seja uma narrativa centrada no homem ou em algum outro elemento da criação. Pode ser visto em Efésios 1:12 que o homem foi criado por Deus para louvor de sua glória. O apóstolo Paulo reforça a posição central do homem na criação dizendo que nada importa, exceto o que é feito para a glória de Deus. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Coríntios 10:31) O homem segundo Costa (2008), se admira mais com a criação do que com o Criador. A criação é maravilhosa, contudo toda a criação é para ressaltar o poder e a grandeza do Criador.

1.3. DEUS ESTÁ NO COMANDO DE TUDO Para Gleason L. Archer (1982), Gênesis 1 é a revelação do único Deus verdadeiro criador de todas as coisas do nada e que nunca abandonou a sua criação. Em Gênesis 9:16, Deus fez uma aliança eterna com toda a alma vivente de toda a carne fazendo aparecer um arco nas nuvens simbolizando uma aliança eterna com o homem, com os seus descendentes, e com todas as criaturas vivas que


estivessem com os homens, isto é, pássaros, gado e todas as feras da Terra, garantindo que não haveria outro dilúvio universal que destruísse a Terra com água. O Rev. Leandro Antônio de Lima (2009) chama de “Providência Divina” o permanente exercício da energia de vida, pelo qual o Criador preserva todas as criaturas, opera em tudo que se passa no mundo e dirige todas as coisas para o seu determinado fim. Este ensinamento pode ser visto no Livro de Provérbios 16:9: “O coração do homem planeja o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos.”

1.4. A ÁGUA E A CRIAÇÃO O livro de Gênesis começa com uma descrição poética da criação no primeiro dia. Gênesis traz a seguinte descrição: “1 No princípio criou Deus os céus e a terra. 2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. (Gênesis 1:1-2)

Observe que não é dado em Gênesis conhecer quando a água foi criada. Ela já existia quando esta narrativa começou. A água é citada na Bíblia em muitas oportunidades como presente de Deus, como punição (dilúvio), para saciar a sede dos homens, dos animais e das plantas, limpeza, purificação e fonte de vida para os que creem em Cristo. No livro do profeta Jeremias, Deus se apresenta como fonte de água viva. “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água” (Jeremias 2:13). Os valores desvirtuados são entendidos como sendo o caminho correto, mas são as cisternas rachadas mencionadas em Jeremias. Jesus se apresenta em Sicar, ao lado do poço de Jacó, que quem bebesse da água dada por Ele, jamais voltaria a ter sede.

1.4.1 FUNÇÕES DA ÁGUA PARA OS SERES VIVOS De acordo com a Mayo Clinic (2012) a água:  é o principal componente químico em seres humanos;  representa 60% do peso de um humano adulto;  retira as toxinas dos órgãos vitais;  transporta o oxigênio para as células;


 dissolve minerais e outros tornando-os acessíveis ao homem;  previne a constipação;  protege o corpo e os tecidos;  diminui a carga de trabalho para o fígado e os rins provocando uma limpeza nestes órgãos e em alguns órgãos que se comunicam com eles;  regula a temperatura do corpo;  lubrifica as juntas;  garante a umidade necessária para os tecidos dos ouvidos, nariz e garganta;  é indispensável à cada sistema nos seres vivos.

Sophie Balis-Harris (2009) observou que o homem nunca conseguiu, com toda a sua tecnologia, achar um substituto para a água. A água satisfaz as características necessárias para que os processos de que dela dependem possam ocorrer facilmente e no tempo correto. O ciclo da água ou ciclo hidrológico foi descrito em Eclesiastes muito antes que os cientistas pudessem apresentar uma teoria para os fenômenos hídricos em Eclesiastes 1.7: “Todos os rios vão para o mar e, contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr”. O assunto é mais uma vez tema em Amós 9: “5 Porque o Senhor DEUS dos Exércitos é o que toca a terra, e ela se derrete, e todos os que habitam nela chorarão; e ela subirá toda como um rio, e abaixará como o rio do Egito. 6 Ele é o que edifica as suas câmaras superiores no céu, e fundou na terra a sua abóbada, e o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra; o SENHOR é o seu nome”. (Amós 9:5-6)

Segundo Ticiana Studart (2006), o conceito sobre o ciclo da água foi descrito novamente por filósofos gregos. Aristóteles sugeriu que os rios eram alimentados pelas chuvas, mas não conseguia entender a origem da água subterrânea. Platão, no quarto e quinto século antes de Cristo, declarou que todas as águas retornam por várias rotas para o mar. Em 1500, começa a ser aceita a idéia da precipitação dos rios, especialmente com a entrada de Leonardo da Vinci nesta área.


Apenas em 1694, Pierre Perrault estudando a bacia do rio Sena demonstrou que quantitativamente ser o volume precipitado ao longo de um ano, suficiente para manter o volume de água escoado. Em 1693 o astrônomo inglês Edmund Halley (1656 - 1742), conhecido por ter descrito a trajetória do cometa que recebeu o seu nome, publicou 107 artigos e somente 4 destes eram sobre hidrologia em 1687 e 1691. Ele provou que a evaporação da água do mar era suficiente para responder por todas as nascentes e fluxos d’água. Um fato óbvio hoje, mas totalmente desconhecido em sua época. Tanto que avanços referente ao conceito de evaporação foram vistos outra vez somente de 1940 a 1950.

1.5. A LUZ – O PRIMEIRO TRABALHO DE DEUS NA TERRA O final do primeiro dia do planeta Terra foi marcado pela criação da luz. Deus ao dar o mandamento que passasse a haver luz, fez a separação entre a luz e as trevas. “E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro”. (Gênesis 1:3-5)

Neste momento da criação, Deus não tinha ainda providenciado um astro que pudesse suprir a Terra com luz. O Sol e outros astros foram criados somente no quarto dia. “14 E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. 15 E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi. 16 E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. 17 E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, 18 E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom”. (Gênesis 1:14-18)

Para Stephen Nowicki (2008) de Duke University, a energia é a habilidade de realizar mudanças ou trabalho. Há várias fontes de energia usada para a manutenção da


vida na Terra. Uma das maiores fontes de energia é a energia química transformada de vários elementos da natureza, inclusive a lus. Alexandre Santaella (2012), da Universidade Federal do Mato Grosso, afirma que a maior parte dos organismos vivos depende diretamente ou indiretamente da luz solar com a qual eles realizam a fotossíntese e a transformação de energia física da luz solar em energia química. Os animais garantem a sua energia se alimentando destas plantas que realizam a fotossíntese. No livro de Gênesis, o raio de luz foi criado antes do Sol. Segundo o Pastor Rodrigo de Oliveira (2012), o relato bíblico em muitos momentos não não obedece a uma ordem cronológica vista na atualidade neste livro. Para a corrente teológica do Pastor Rodrigo de Oliveira, aquela luz no primeiro dia da criação seria, portanto, do Sol e de outros corpos celestes que já tinham sido criados previamente. Constable (2012) discorda que a ordem cronológica real seja diferente do relato bíblico. Para Constable, talvez a fonte de luz em Gênesis I estivesse distante da Terra como a de Shekina, a luz que manifesta a glória de Deus. Alguns estudiosos defendem que Deus tenha criado o Sol no primeiro dia, mas este se tornou visível somente no quarto dia. Outra corrente diz que Deus criou o Sol, a Lua e as estrelas no primeiro dia e deu a cada um suas funções específicas no quarto dia. A Bíblia aborda a problemática da luz para a existência da vida e sobre a necessidade da existência do Sol para que haja luz da seguinte forma: “E a cidade não necessita de Sol nem de Lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.” (Apocalipse 21:23)

Para que haja luz necessita-se somente de uma fonte de luz. Não obrigatoriamente que esta luz seja vinda do Sol. O apóstolo João testificando que Jesus era a Luz do mundo diz: “4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”. (João 1:4-5)

O apóstolo João volta a abordar este assunto quando registra as palavras de Cristo em João 8.


“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8:12)

Não há somente o sol como fonte de luz para a Terra. Em seu artigo, “Luz Solar Antes do Sol”, John D. Morris (2008) apresenta outros vários tipos de fontes de luzes, que são: a) ondas curtas que incluem a luz ultravioleta; b) raios-X; c) ondas longas podem ser as luzes infravermelhas; d) ondas de rádio; e) produzida por fricção; f) combustão de algum elemento da natureza; g) inúmeras reações químicas; h) reações de fusão atômica, que são observadas no Sol. Recorrendo ao relato em hebraico, Dr. Morris ainda declara que a palavra luz em Gênesis 1:3 se refere à presença de luz somente. Enquanto que a luz criada no quarto dia é mais bem traduzida como “fonte de luz permanente”.

1.6. A SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS E A FORMAÇÃO DO FIRMAMENTO Deus ordenou que houvesse uma separação entre as águas, tendo um grupo de águas em plano superior e outro no solo, criando assim o firmamento no meio das águas como relata Gênesis: “6 E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. 7 E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi. 8 E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo”. (Gênesis 1:6 -8)

Estava sendo criada a atmosfera terrestre a partir da água que existia no planeta desde o primeiro momento da criação. Paul H. Seely (1991) define o termo hebraico ‘raquia’ como firmamento, expansão, camada fina espalhada. Harry Morris fala que esta redoma de vapor d’água acima do céu, o firmamento, tenha sido criada quando houve a expansão das águas e deva ter sido


transparente, já que no quarto dia, o Sol, a Lua e as estrelas foram criados e conseguiam enviar luz para a Terra. Em seu livro “O Registro de Gênesis”, Morris analisa as vantagens de esta redoma ter sido de vapor de água para a Terra:

1.

a água em seu estado gasoso, vapor, tem a habilidade de transmitir a radiação solar, reter e dispersar muito da radiação refletida pela superfície da Terra, agindo como uma estufa global, mantendo uma uniformidade essencial de temperatura agradável por todo o mundo;

2.

com temperaturas quase que uniformes, movimentações de grandes massas de ar são inibidas e tempestades de ventos seriam desconhecidas;

3.

sem circulação de ar global, o ciclo hidrológico do mundo presente não poderia ser iniciado e não poderia haver chuva, exceto diretamente acima das porções de água da qual a água da chuva deva ter evaporado;

4.

a combinação de temperaturas quentes e umidades adequadas em todos os lugares seria condutora posteriormente de extensos cordões de vegetação em todo o mundo, sem desertos estéreis ou calotas;

5.

a redoma de vapor seria também muito eficaz na filtragem das radiações ultravioletas, dos raios cósmicos, e de outras energias destrutivas do espaço exterior. Estes são conhecidas por serem fontes de mutações genéticas e somáticas, que diminuem a viabilidade do indivíduo e da espécie, respectivamente. Assim, a redoma de vapor contribuiria eficazmente para a saúde humana e animal e para a longevidade dos seres vivos.

1.7. A SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS E A CRIAÇÃO DA TERRA FIRME No terceiro dia, Deus ordenou que as águas se ajuntassem em um só lugar aparecendo a porção seca de solo. Deus chamou à porção seca de terra e à porção que continuou alagada de mares como pode ser visto em Gênesis 1:9-10: “9 E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi. 10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom”.


A terra firme ou solo é lar para um quarto de todas as espécies de seres vivos na Terra e desempenha um papel muito importante na manutenção da vida no planeta. Uma colher de chá, contendo solo de um jardim, pode conter centenas de espécies, milhões de indivíduos, e uma rede de fungos que poderiam ser estendidos em centenas de metros. A biomassa de bactérias é particularmente impressionante, diz Shailendra Mudgal (2010). Segundo Fred Magdoff (2004), o solo precisa manter a quantidade de água ou ar ideal. Se os poros dos solos ficassem cheios de água, o solo ficaria saturado, e as trocas de gases do solo com os gases atmosféricos seriam realizadas muito lentamente. Nestas condições, o dióxido de carbono produzido pela respiração das raízes e dos organismos vivos no solo não poderiam ser liberados e o oxigênio atmosférico não poderia entrar no solo, criando uma condição anaeróbica, falta de oxigênio. Em outro extremo, um solo com pouca água pode fazer a troca de gases de uma forma ideal, mas ser ainda incapaz de suprir a quantidade de água suficiente para as plantas ou para os organismos vivendo no solo. Segundo The Royal Society (2005), Reino Unido, os oceanos cobrem aproximadamente 70% do planeta e abrigam centenas de espécies e organismos em uma grande variedade de habitats e ecossistemas. Além desta função de abrigar uma grande quantidade de seres vivos, os oceanos absorvem o dióxido de carbono (CO₂) emitido para a atmosfera pelas atividades humanas e realiza a troca de gases que é responsável pela regulação do clima atmosférico no planeta. A Terra após estes eventos descritos acima estava preparada para receber o homem e todas as formas de seres vivos.


CAPÍTULO II 2.1. OS SERES VIVOS SEGUNDO OS BIÓLOGOS Os seres vivos, segundo Purves (2003), têm aproximadamente 98% de sua constituição formada por 6 elementos que para fins didáticos são chamados de CHONPS a saber: carbono (C); hidrogênio (H); oxigênio (O); nitrogênio (N); fósforo; (P) e enxofre (S) que, com outros elementos, em menores quantidades, formam substâncias orgânicas muito complexas. Purves (2003) mostra a distribuição e o papel que desempenham os 2% dos elementos que garantem a manutenção da vida. A metade destes é composta somente pelo cálcio que é um ativador de sinais biológicos. A outra metade é composta por sódio e potássio que auxiliam o funcionamento do sistema nervoso; pelo iodo que compõe os hormônios vitais; o magnésio que forma o pigmento verde nas plantas; o molibdênio que age facilitando a incorporação do nitrogênio e substâncias biológicas úteis e finalmente o zinco que é um ativador enzimático e retarda o processo de deterioração das sementes. Há outros elementos, contudo em quantidades quase desprezíveis. Porém estes também são indispensáveis para o equilíbrio geral dos seres. Segundo Harun Yahya (2009), a mesma combinação química encontrada na maior parte dos seres vivos não implica que todos tenham um ancestral comum, como dizem os evolucionistas. Nem mesmo ter órgãos homólogos se constitui uma evidência desta teoria, pois os órgãos homólogos são, na grande maioria dos casos, controlados por diferentes grupos de genes em cada indivíduo. Além do mais, códigos genéticos similares no DNA, de diferentes criaturas, estão sempre associados a órgãos diferentes. O conceito de seres vivos é um dos mais desafiadores para os biólogos. Em uma visão clássica, um ser pode ser considerado vivo por ter a capacidade de nascer, movimentar-se, ter reações aos estímulos físicos e químicos, crescer, desenvolver-se, se reproduzir e morrer. Para Maria Abrão (2005), esta definição precisa ser questionada, pois uma bactéria é um ser vivo e ela nem morre e nem nasce. Um vírus não se alimenta. Ele entra em uma célula hospedeira que realiza várias de suas funções. Um burro e uma mula não se reproduzem por serem estéreis e mesmo assim são considerados seres vivos.


2.2. OS SERES VIVOS NA VISÃO BÍBLICA O conceito de ser vivo na Bíblia difere consideravelmente das abordagens produzidas por cientistas desde os pensadores gregos até a atualidade. Em Gênesis 2.7, o homem é feito alma vivente depois que Deus o forma a partir do barro e sopra em suas narinas o fôlego da vida. 7 “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. 8 E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado”. (Gênesis 2:7-8)

O Pastor Virgílio Ortolano (2009), ao analisar a declaração que os seres humanos são “almas viventes” o faz recorrendo a estes vocábulos em hebraico. A palavra “alma” em hebraico significa “Nephesh”, o que pode ser traduzido como alma, ser, vida, criatura, mente, ser vivo, desejo e emoção; aquele que respira. E a palavra “Vivente”, em hebraico, é “Chay” que é comumente traduzido por vivente, vivo ou ativo. A classificação biológica dos seres vivos é muito complexa. Segundo a classificação vigente as espécies são agrupadas em gêneros. A reunião de gêneros forma uma família. A reunião de famílias forma uma ordem. A reunião de várias ordens forma uma classe. Diversas classes formam filos e finalmente os filos podem compor um dos cinco reinos, quais são os reinos Monera, Protistas, Fungi, Plantae e Animália. Em Gênesis, há uma divisão simples dos seres vivos na qual eles são agrupados em 3 grandes categorias, cada uma com características próprias, quais sejam: os que surgiram das águas, da terra e de Deus. Ao comando de Deus, a terra produziu as plantas: 11 “E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi. 12 A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom”. (Gênesis 1.11-12)

O segundo comando é dado por Deus para as águas, dizendo que estas produzissem as grandes baleias, répteis e as aves de almas viventes: “E disse Deus:


Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus”. (Gênesis 1.20) O terceiro comando é administrado mais uma vez para a terra para que esta produzisse o gado, os répteis e as feras da Terra: 24 E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi. 25 E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom (Gênesis 1:24 - 25).

Em seguida Deus não dá mais comandos e faz ele mesmo o homem. “7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7). O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus e a ele foi dado domínio sobre todos os outros seres vivos. Os seres vivos fazem parte da cadeia alimentar uns dos outros ou na composição de elementos importantes para a manutenção do equilíbrio harmônico no planeta. O homem, já tem um papel mais nobre, o de exercício do domínio sobre os outros seres. Por isto, o homem foi criado com a capacidade de raciocinar, falar e mudar o seu meio. Se esta função não tivesse sido dada ao homem, este não teria uma função nobre como todos os seres vivos na criação. 26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. 27 E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. (Gênesis 1:26-28)

Segundo Gênesis 1, são 4 as áreas dadas para os seres vivos habitarem. Aos peixes foi dada a água; aos pássaros o ar; às plantas, às feras, ao gado, aos répteis a terra; ao homem, foi dado o paraíso como lugar para habitar. A primeira morada do homem foi o ‘Jardim do Éden’. O homem vivia no Paraíso com Deus. Quando o homem desobedeceu a Deus, comendo do fruto da árvore que estava no meio do jardim, toda a sua estrutura mudou e desde aquele momento o


homem foi expulso do paraíso. Ele só poderia voltar a habitar com Deus no paraíso eterno quando fosse purificado pela graça salvadora de Jesus Cristo (Gênesis 3). Em uma classificação biológica que respeitasse os ensinamentos bíblicos seria mostrada a seguinte divisão para os seres vivos: a) aquáticos; b) terrestres; c) aéreos; d) do paraíso.

2.3. OS PRIMEIROS SERES VIVOS - AS PLANTAS As plantas, geradas a partir de uma semente, foram os primeiros seres vivos feitos por Deus no início da ‘criação’, cada um segundo a sua espécie. As árvores são os seres vivos mais citados na Bíblia, depois do homem, com mais de 525 citações, conclui Lytton Musselman (2003). Uma das plantas mais mencionada na Bíblia é a oliveira. Davi chegou a se comparar a uma: “Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente”, (Salmos 52:8). Noé soltou uma pomba para verificar se as águas do dilúvio tinham baixado. Quando a pomba retornou trazia uma folha de oliveira recém-arrancada. Assim, a planta mais uma vez foi usada para simbolizar a presença de vida na Terra. “7 E soltou um corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra. 8 Depois soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra. 9 A pomba, porém, não achou repouso para a planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e tomou-a, e recolheu-a consigo na arca. 10 E esperou ainda outros sete dias, e tornou a enviar a pomba fora da arca. 011 E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. 12 Então esperou ainda outros sete dias, e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele”. (Gênesis 8:7-12)


2.4. REPRODUÇÃO DE ACORDO COM A SUA ESPÉCIE Deus ordenou ao criar os primeiros seres vivos que estes se reproduzissem cada um de acordo com a sua espécie. Não há na Bíblia exceção para este mandamento e nem é encontrada, em uma situação normal, exceções entre os animais na natureza. A garantia que um ser vivo seja gerado de outro ser da mesma espécie é ser originado a partir de semente que tenha o código genético desta espécie. Deus disse ao criar os primeiros seres vivos: “E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom”. (Gênesis 1:11-12)

Quando sementes de diferentes espécies germinam próximas a outras podem gerar plantas híbridas e incapazes de se reproduzirem sozinhas. Deus chama a não geração de sementes de um fruto de degeneração do fruto em Deuteronômio: “Não semearás a tua vinha com diferentes espécies de semente, para que não se degenere o fruto da semente que semeares, e a novidade da vinha” (Deuteronômio 22:9). O mesmo conselho é dado em Levítico: “Guardarás os meus estatutos; não permitirás que se ajuntem misturadamente os teus animais de diferentes espécies; no teu campo não semearás sementes diversas, e não vestirás roupa de diversos estofos misturados”. (Levítico 19:19)

Mais uma vez esta orientação é reforçada em Gênesis onde é dito que Deus criou as criaturas de alma vivente para se reproduzirem de acordo com as suas espécies. “24 E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi. 25 E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom”. (Gênesis 1.24-25)


2.5. LOUIS PASTEUR: VIDA SURGINDO DE SERES VIVOS DA MESMA ESPÉCIE O cientista francês Louis Pasteur (1822 – 1895), segundo Michael Hart (1993), foi considerado como a décima-primeira pessoa de um grupo de cem personalidades que mais influenciou a humanidade. Pasteur é considerado o fundador da microbiologia e da imunologia e ainda provou com a experiência conhecida como Pescoço de Cisne em 1860, apresentada à Academia Francesa de Ciências, que a vida só poderia surgir a partir de outros seres vivos. De acordo com Aline Oliveira, Pasteur usou quatro frascos cheios de um caldo nutritivo. Os gargalos tinham um formato semelhante ao pescoço de um cisne e se comportaram como um filtro, retendo os micro-organismos quando o caldo era resfriado. Os resultados deste experimento formaram os alicerces para o anúncio do fim da Teoria da Geração Espontânea. Muitos cientistas a partir daquela época deixaram defender a possibilidade da origem de seres vivos a partir da matéria bruta, inanimada, existente no meio. Pasteur concluiu que os seres vivos somente se reproduzem de seres da mesma espécie (Sonia Lopes, 2012). A biologia concorda com os ensinamentos da Bíblia neste aspecto. Por que alguns cientistas continuam publicando que seres vivos podem nascer de seres não vivos nos livros escolares? O Dr. Erasmus Darwin (1800), avô de Charles Darwin, em seu livro “Phytology or The Philosophy of Agriculture and Gardening” (Fitologia ou a Filosofia da Agricultura e Jardinagem), apoia o conceito de que uma espécie gera seres da mesma espécie: Se um broto for arrancado de um galho de uma árvore, ou cortado, e plantado na terra, com um copo de vidro invertido sobre ele, para evitar que a exalação seja maior do que a sua força de absorção no começo; ou se ele for inserido na casca de outra árvore, ele irá crescer, e irá se tornar uma planta em todos os aspectos como os seus pais.

Embora o Dr. Erasmus tivesse uma grande aceitação em seu tempo no meio científico, a declaração acima não recebeu a mesma divulgação na imprensa como as outras declarações suas como evolucionista.


2.5.1. A PROTEÇÃO CONTRA O OXIGÊNIO Pasteur mostrou como ao entrar em contato com o oxigênio sem as devidas proteções as substâncias orgânicas se oxidam e se destroem. Oxidar, em química, implica na perda de elétrons ou em um aumento de reatividade, da capacidade que cada elemento tenha para reagir com outros elementos na natureza. Uma reação de oxidação não precisa acontecer obrigatoriamente na presença de oxigênio. A solução dada por Deus foi providenciar uma proteção contra o oxigênio durante a reprodução dos seres vivos. Estas proteções são as sementes que impedem o contato direto do oxigênio durante a formação do embrião. Consequentemente, esta lei torna impossível o surgimento da vida por evolução a partir de material inorgânico, como é amplamente aceito no meio científico na atualidade.

2.6. PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DAS PLANTAS Para Paul Davidovits (2008), no processo da fotossíntese, as plantas usam a luz para converter o dióxido de carbono e água encontrados na natureza em glicose (C₆H₁₂O₆), o combustível mais comum para os seres vivos. Este é produzido somente por plantas, algas e algumas bactérias. Embora as plantas sejam autotróficas, produzem o seu próprio alimento e realizam a fotossíntese, precisam de minerais que retiram do solo, que são elementos tais como os sais minerais, água, nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, cálcio e enxofre. Segundo o Dr. Ricardo Kluge, como resultado da fotossíntese, as plantas durante o dia liberam para a atmosfera o oxigênio que os animais precisam para respirar. Durante a noite há uma inversão deste processo quando as plantas absorvem oxigênio do ambiente. Esta é uma relação completa, pois as plantas que doam o oxigênio para os animais são beneficiadas quando os animais lançam na atmosfera o CO₂, que é produto de sua respiração. O CO₂ é também gerado pelos processos de combustão que acontecem na Terra. Um processo semelhante ao da fotossíntese quanto à importância para a obtenção de energia para os seres vivos é o ciclo do nitrogênio. Segundo Prof.ª Dr.ª Ruth Néia Teixeira Lessa, a maior reserva de nitrogênio na Terra está na atmosfera. 78% da atmosfera é composta de nitrogênio, porém de forma gasosa. Os dois átomos destas moléculas são unidos por uma ligação tripla (N≡N), que é muito forte e difícil de ser quebrada. Portanto, o nitrogênio é uma substância quimicamente inerte e não pode


ser utilizado por plantas ou por quase nenhum outro tipo de organismo vivo na forma que é encontrado na atmosfera. Segundo Pidwirny (2006), graças à nitrogenase, uma enzima encontrada em algumas bactérias, o N2 pode ser reduzido a íons de amônia (NH4+) ou a íons de nitrato (NO3-), que são as únicas formas pelas quais as plantas podem absorver o nitrogênio para posteriormente disponibilizá-lo a outros seres vivos.

2.7 A ESTRUTURA DAS PLANTAS ANGIOSPERMAS Cristina Seixas (2011) apresenta como papel de uma flor a função de proteger a semente e atrair agentes polinizadores. Segundo Andrea Barreto, a flor é um conjunto de folhas modificadas e de crescimento limitado, que apresenta quatro tipos de folhas (verticilos), que são: dois verticilos férteis, o androceu (parte masculina) e gineceu (parte feminina); dois verticilos estéreis, o cálice (de cor verde e formado por sépalas) e a corola (de cores vivas e formada por pétalas). A maioria das flores, segundo Cristina Seixas (2011), é hermafrodita (dioicas). Uma flor pode ter um gineceu e um androceu ao mesmo tempo. Poucas são as flores unissexuais (monóicas).

2.8. POLINIZAÇÃO A polinização se caracteriza pelo transporte dos grãos de pólen da antera (órgão reprodutor masculino da flor), ao estigma de outra flor, ou entre anteras e estigmas da mesma flor. O estigma fica cheio de grão de pólen, mantendo a quantidade necessária de pólen para garantir a fecundação das flores. O transporte de pólen pode ser realizado através de insetos, água, ar, aves, animais terrestres, besouros, borboletas ou até mesmo artificialmente, pelo homem. Quando a flor é polinizada passa a ser gerada a semente, assunto que vai ser explorado no terceiro capítulo.


CAPÍTULO III 3.1. O CICLO DE VIDA DAS SEMENTES David Whiting (2009) define uma semente como um óvulo fecundado e maduro, uma planta em miniatura com uma capa protetora em um estado de desenvolvimento suspenso. Ao explicar a Parábola do Semeador em Lucas 8:11, Cristo define uma semente como sendo a sua palavra. “Esta é pois a parábola; A semente é a palavra de Deus”. Quando uma semente chega ao solo, não será mais o semeador o responsável por sua germinação. A semente já contém todos os nutrientes necessários até que esta seja capaz de sintetizar o seu próprio alimento na fase inicial de sua vida sem nenhuma intervenção direta do homem. Assim também é com a palavra de Deus. Ela é completa, não precisa ser melhorada ou modificada. Uma vez que um evangelista prega a palavra para um interessado, não é mais o evangelista o responsável pela mudança observada na pessoa, mas a própria palavra encaminha o homem a Deus. A única exigência para se lograr sucesso é ter um campo fértil, o coração do homem. “6 Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. 7 Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. (1 Coríntios 3:6-7).

Paulo, falando aos santos em 1 Coríntios 3:6-7 acima, reforça que o conteúdo da palavra dada por Deus (semente) e o coração do homem, na parábola representada pelo solo, é tudo o que é necessário para o desenvolvimento de um novo ser.

3.1.1. FORMAÇÃO DAS SEMENTES O fruto existe para a proteção da semente. Durante a formação de um fruto as flores perdem grande parte de seus elementos, isto é, o cálice, a corola e o androceu. Permanece somente o ovário que se transforma no fruto. As paredes do ovário (pericarpo) se transformarão nas paredes do fruto. O óvulo fecundado e desenvolvido se transforma na semente. Ao terminar o processo de germinação surge a nova planta, o que é considerado como o fechamento do ciclo reprodutivo das angiospermas.


A formação de uma semente é o resultado de um conjunto sucessivo de ações que ocorre com naturalmente no Reino Planta. Andrea Barreto, em seu trabalho “Angiospermas – Reprodução Sexuada (2012)”, resume o processo da formação da semente da seguinte forma: “No estigma, o grão de pólen forma um tubo polínico que se alonga em direção ao ovário. Dentro do tubo polínico a célula geradora se divide e forma duas células espermáticas haploides que funcionam como gametas masculinos. Ao chegar ao ovário, através do estilete, os gametas masculinos encontram o óvulo que realiza uma fecundação dupla. Uma célula espermática se funde a oosfera gerando um zigoto (diploide) e outra se funde aos dois núcleos polares, formando por sucessivas mitoses o endosperma da semente ou albúmen (que serve de reservatório de para o embrião) e da origem ao tegumento, chamado popularmente de casca. O zigoto faz várias mitoses e se transforma em embrião, pluricelular. Durante a fecundação, o ovário é fecundado e se torna em uma semente”.

Fonte do gráfico: http://dicasdeciencias.com/2012/09/08/angiospermas-reproducao-sexuada/comment-page-1


3.1.2. PARTES DE UMA SEMENTE Segundo Renata Martins (2004), em seu blog Frutos e Sementes das Angiospermas, uma semente é composta de um tegumento (casca) e de uma amêndoa. A primeira é a camada externa que tem a função de proteger a semente. A segunda, a amêndoa, é a parte principal da semente, composta pelo embrião e pelo albúmen ou endosperma. A partir de um embrião se desenvolve um ou dois cotilédones, que absorvem as substâncias nutritivas do albúmen para alimentar a planta nas primeiras fases de seu desenvolvimento, enquanto uma planta não tiver formado as suas raízes e folhas. Os nutrientes podem ser o amido, nitrogênio, minerais, gordura, proteínas, e celulose.

Fonte: http://frutosatrativosdocerrado.bio.br/index.php/cerrado/morfologia

3.1.3. DISPERSÃO DAS SEMENTES Segundo B. Deminicis (2009), da Universidade Estadual do Norte Fluminense, o papel biológico da semente é a conservação e a propagação da espécie, sendo-lhe permitido germinar ao encontrar as condições adequadas para o seu desenvolvimento e crescimento. Para isto, é necessário que esta semente seja levada para lugares longínquos da planta mãe para darem início a uma nova planta na natureza. Este transporte das sementes é chamado dispersão que, de acordo com Vidal & Vidal, citado em Aulas de Botânica por Lorena Benk (2012), pode ocorrer com a participação do homem, ou de animais, ou com o auxílio do vento, da água, da gravidade e de outros.


3.2. DORMÊNCIA DAS SEMENTES Jerry M. Baskin (2004) define o período de dormência ou inatividade das sementes como o período marcado pelo desligamento da semente do fruto quando esta não encontra as condições ideais no ambiente para dar início a germinação. As sementes à venda em uma casa de produtos agrícolas estão no estado de dormência. Caso não houvesse este tempo de espera, a semente não sobreviveria fora da

planta

enquanto tivesse

que

esperar as condições ideais para

o

seu

desenvolvimento. Este estágio pode demorar anos e só acabar quando o meio ambiente tiver suficiente umidade, temperatura, luz e em alguns casos até o fogo, conclui Baskin. Segundo Jerry M. Baskin, uma semente pode ficar muito seca durante o estado de dormência podendo ter menos que 10% de água. O estado de dormência de uma planta só será descontinuado quando houver absorção de água, quando a semente passa a inchar e a utilizar os nutrientes estocados no endosperma. A casca então se parte e o radical emerge.

3.2.1 DORMÊNCIA DO HOMEM E SEU NOVO NASCIMENTO Um vegetal tem de 70 a 95% de água, portanto no estado de dormência uma semente está virtualmente sem vida. O homem pode passar por períodos semelhantes ao de dormência das sementes até o momento de seu batismo nas águas. No batismo, ao ser tocado pelo Espírito e banhado nas águas, o homem também nasce como um novo ser, totalmente diferente da semente que o gerou. O homem, segundo o apóstolo Paulo é enterrado com um corpo natural e se levanta em um corpo espiritual. “37 E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente. 38 Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo. 39 Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves”. (1 Coríntios 15:37-39)

Nicodemos, príncipe dos Judeus, ouviu de Cristo sobre a necessidade que um homem precisa nascer de novo para entrar no Reino de Deus. Jesus chama a atenção para que este nascimento seja da água e do Espírito. Tal como as sementes, o


homem para sair do seu estado de “dormência” precisa da participação da água e da luz, que no caso é representado pelo Espírito Santo. “3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7 Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. 8 O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”.(João

3:3-8)

Cabe fazer uma comparação entre a figura de Cristo na Terra e as sementes nas plantas. Veja em João: “23 E Jesus lhes respondeu, dizendo: E chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado. 24 Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”. (João 12:23-24)

Cristo morreu para conceder a vida eterna ao homem, assim como acontece com as sementes que precisam morrer para garantirem a continuidade de suas espécies. Entendendo o fruto como o evangelho e Cristo como a semente ideal, vê-se que seria melhor para o homem não aceitar um evangelho sem a semente que o gerou. Pelo mesmo motivo, o homem não deveria aceitar um fruto sem a semente que o gerou.

3.3. GERMINAÇÃO DA SEMENTE Segundo o Professor Vaz Nunes (1998), quando a semente encontra as condições ideais para sair de um período de dormência, aumenta de volume por absorver água do meio ambiente até provocar o rompimento do tegumento, a radícula irrompe pelo micrópilo, a raiz alonga-se e eleva-se acima do solo. Após estas transformações os cotilédones e as gêmulas desenvolvem-se originando o caule folhoso. Moisés, dando instruções ao povo de Deus em Levítico 11:37-38 determina quando uma semente está adequada para ser utilizada pelo homem.


“37 E, se dos seus cadáveres cair alguma coisa sobre alguma semente que se houver de semear, esta será limpa; 38 mas se for deitada água sobre a semente, e se dos cadáveres cair alguma coisa sobre ela, então ela será para vós imunda”. (Levítico 11:37-38)

A diferença entre as situações envolvendo sementes no versículo 37 e 38 acima é que a semente seca mantém o seu tegumento (casca) intacto, o que protege a semente de parasitas, danos mecânicos e dos efeitos negativos de quando uma semente é exposta a altas temperaturas. Na segunda opção, de acordo com Eduardo Floriano (2004), ao receber a água, 6 horas após a semente ser molhada, o tegumento se abre dando inicio ao processo de germinação com a ativação das enzimas e da respiração, o que faz com que as células da planta se duplicarem. Ao se romper o tegumento perde a sua proteção quando é considerado impuro em Levítico 11 mencionado acima. Uma planta nativa não precisa de adubos, agrotóxicos ou de quaisquer outros cuidados de humanos para germinar e tem muito mais força vital que uma planta tratada por qualquer outro método moderno de agricultura ou que tenha passado por qualquer processo de “melhoramento” da espécie.

3.4 FRUTOS Segundo Marília Araujo (2009), um fruto é o ovário da flor hipertrofiado que sofre grandes modificações após a fecundação. Segundo Marcelo Peres, uma das principais funções do fruto é proteger as sementes enquanto elas se formam, crescem no seu interior, e podem ser auxiliar a dispersão e a propagação. Os frutos são comestíveis, atraem os animais com suas cores, cheiros e formatos seduzindo-os para que estes levem as sementes para outras localidades ao se alimentarem. Há uma interdependência entre as frutas e as sementes. A ausência dos frutos deixa as sementes sem proteção contra a ação do oxigênio, o que dificulta a sua reprodução sem assistência de terceiros. Um fruto sem sementes constitui um grande perigo para a extinção da espécie geradora de um determinado cultivar.

3.5 FRUTOS GERADOS POR SEMENTE As

plantas geradas por sementes

constituem

os únicos alimentos

considerados por Deus apropriados para o consumo humano ou dos animais selvagens.


Nem aos animais, hoje tidos como carnívoros foram oferecidos outros tipos de alimentos até o advento do dilúvio, pois a vegetação estava escassa. “29 E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a Terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. 20 E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.

(Gênesis 1:29 – 30) O apóstolo Pedro nos ensina que: “23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. 24 Porque toda a carne é como a erva. E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu sua flor”. (I Pedro 1.23-24)

Para Pedro, nascer da semente viva é ser da mesma espécie divina. É estar pronto para se reproduzir e dar vida a outros seres que precisarão somente nascer da semente incorruptível, o que significa crer e aceitar o sacrifício de Cristo na Cruz. Quando o homem morre espiritualmente, cai a sua glória, isto é, ele fica sem Cristo, sendo passivo a morte eterna.


CAPÍTULO IV 4.1. PARTENOCARPIA Conforme Font Quer, citado por Lorena Benck em seu Blog Aulas de Biologia (2012), a partenocarpia é um fenômeno onde há a formação dos frutos sem a prévia fecundação dos gametas femininos pelos masculinos. O fruto tem a mesma aparência de um fruto gerado através de uma semente, porém ou as sementes não são formadas ou são vazias, ou estéreis. A lista destes frutos disponíveis na atualidade pode ser muito grande, os mais comuns são uvas, abacaxis, bananas, laranjas, kiwi e melancias.

4.2. ESTRUTURA DOS FRUTOS PARTENOCÁRPICOS Segundo David Wolfe (2009), o fruto partenocárpico apresenta diferenças significativas em relação ao fruto gerado a partir de uma semente. Wolfe ressalta dentre outras as seguintes características destes frutos:  a textura deles é diferente de um fruto com semente;  são maiores por absorverem mais água;  têm um alto teor de açúcar, a frutose;  são muito ácidos na maioria dos casos;  têm menos minerais e ainda desmineralizam o corpo;  fornecem menos energia para a pessoa que se alimenta deles.

4.3. PRODUÇÃO NATURAL DE FRUTOS PARTENOCÁRPICOS Uma planta pode gerar um fruto sem sementes de forma natural. Segundo a Lorena Benck (2012), os seguintes fatores podem influenciar a partenocarpia: a)

condições de temperatura;

b)

polinização por uma espécie geneticamente distante;

c)

propensão à poliembrionia.

Dos métodos descritos acima o mais comum entre as plantas é a polinização por uma espécie geneticamente distante. Matt Harbowy (2011) sugere que em uma situação normal, os organismos vivos possuem duas cópias de cada cromossomo no núcleo de suas células e por isto são chamados de diploides. Algumas plantas naturalmente


alteram a sua quantidade de cromossomos, tornando-se seres triploides, tetraploide, pentaploides, hexaploide, e assim sucessivamente. Neste trabalho é analisado em especial o surgimento de um ser triploide que é composto por um conjunto de cromossomos ímpar. Stephen Tomkins ainda conclui que um fruto híbrido não produz sementes e por ter um número ímpar de cromossomos é incapaz de gerar um novo ser da mesma espécie. Em quantidades impares os cromossomos não podem ser divididos igualmente quando é formado um novo embrião. Outra forma de produzir um fruto híbrido é um ser diploide sendo polinizado por um ser haploide. O resultado é também um ser estéril, pois mais uma vez o número de cromossomos é ímpar. Angela Woodward explica que as plantas triploides são geralmente frágeis e morrem facilmente quando postas em temperaturas impróprias, as cascas de suas sementes são mais grossas e o agricultor precisa entalhar a extremidade arredondada da semente antes de plantá-la a fim de acelerar a germinação. Em alguns casos, é necessária uma estufa para melhor controlar as condições de temperatura durante os primeiros momentos do cultivo de híbridos. Eles inserem as sementes em uma terra adubada e adicionam um pouco de água. A temperatura da estufa precisa ser de 29º e depois da germinação baixada para 21 a 27º. A polinização de espécies biologicamente distantes não era desconhecida na Bíblia.

O

seguinte

conselho

pode

ser

visto

em

Deuteronômio:

“Não semearás a tua vinha com diferentes espécies de semente, para que não se degenere o fruto da semente que semeares, e a novidade da vinha”. (Deuteronômio 22:9)

A produção de frutos híbridos quando duas espécies são cultivadas próximas umas das outras são consideradas na Bíblia como a degeneração do fruto.

4.4. REPRODUÇÃO ARTIFICIAL DE FRUTOS SEM SEMENTES A partenogênese artificial ou produção de frutos sem sementes é uma prática de agricultura conhecida desde tempos muito remotos, que tem se intensificado recentemente pelos avanços tecnológicos. Os agricultores usam substâncias sintéticas com a finalidade de regular o crescimento de plantas, hormônios vegetais ou fitormônios, para que estes consigam gerar frutos sem sementes.


O vocábulo hormônio vem do termo grego ‘hormon’, que significa excitar, entretanto, podem ser encontrados hormônios inibitórios. Os hormônios são reguladores químicos que podem causar diferentes efeitos de acordo com a sua concentração, o lugar e o momento em que estejam atuando. Segundo Claudivam Lacerda (2002), os principais meios de comunicação intercelular são os hormônios, mensageiros químicos primários que carregam a informação entre

células e, desta forma,

coordenam

o seu

crescimento e

desenvolvimento. A preferência por este tipo de agricultura se dá especialmente, segundo Lawrence Wilson (2010), para obter frutos híbridos, frutos incapazes de se reproduzirem, que sejam mais doces, que demorem mais tempo na prateleira após serem colhidos ou serem mais resistentes à pragas. Contudo, tais cientistas não procuram promover uma nutrição melhor para o homem. Para o Hubertt Lima Verde dos Santos (2011), os hormônios vegetais são moléculas orgânicas pequenas, de fácil penetração na membrana plasmática, responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento das plantas, além de facilitarem a divisão, o alongamento e a diferenciação (ou especialização) das células. Segundo Stephen Tomkins (2009), um dos tratamentos mais utilizados para controlar mudanças genéticas das plantas é usar o método de criação de um vegetal triploide. Este método consiste em tratar uma planta diploide (2x=2n=22) com uma substância química chamada colchicina que inibe a polimerização das proteínas do fuso mitótico. Esta ação faz com que a divisão celular na metáfase não tenha continuidade. Após a aplicação da colchicina, a planta passa a produzir grãos de pólen e óvulos com um gameta que tem o dobro do número normal de cromossomos (4x=2n=44). Ao ser polinizado mais uma vez com o material de uma planta original, (2x=2n=22), que fornece uma cópia de seus cromossomos (11), o resultado é uma planta híbrida triploide (3x=2n=33).

4.4.1 FITORMONIOS Wellington Pereira, nas culturas híbridas de abóbora, trabalha com os hormônios sintéticos ácido indol acético, alfa naftaleno acetato de sódio ou o 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) em baixas concentrações diretamente nas flores femininas.


Wellington Pereira, como engenheiro da Embrapa, recomenda que seja aplicada cerca de 2ml por flor. O horário ideal para a aplicação do produto é de 6 às 11h quando as flores estão abertas e receptivas à fecundação. O resultado da aplicação destes hormônios é uma taxa de pegamento dos frutos maior que o sistema natural de produção, variando de 50 a 200% a mais. O custo de produção de híbrido é de R$ 150,00 contra R$ 200,00 por hectare de uma plantação de abóbora natural. A produção de frutos partenocárpicos vem sendo tão difundida que a humanidade caminha para uma condição que será difícil encontrar frutos com sementes à venda. O quase total desaparecimento de frutas com sementes do mercado americano ou o superaquecimento do comércio de frutos sem sementes no mercado brasileiro não é com certeza responsabilidade exclusiva dos governantes ou falta de uma política que ordene tal prática. Os responsáveis por este aquecimento comercial são os consumidores que preferem e compram tais frutos. Estes consumidores sofrerão sem os nutrientes necessários para a manutenção saudável de suas vidas.

4.5. A DIGESTÃO DE FRUTOS PARTENOCÁRPICOS Segundo Brenda Cobb (2010), o corpo para se proteger do excesso de frutose consumida em frutos partenocárpicos ou em adoçantes artificiais, nos refrigerantes, biscoitos, bebidas industrializadas e até remédios precisam recorrer aos minerais importantes armazenados nos ossos humanos para neutralizar a acidez destes produtos. O fígado e o pâncreas não digerem os açúcares, glicose e frutose, da mesma forma. Segundo o Harvard Heart Letter (2011), citado por Edinilson Matias em seu blog, as células do fígado são as únicas células do corpo capazes de metabolizar a frutose por ter a enzima frutoquinase. No entanto, a glicose pode ser reconhecida praticamente por todas as células do corpo graças à enzima glicoquinase. Segundo Edinilson, as gotas de gordura são geradas durante a metabolização da frutose por um processo conhecido como lipogênese e estas gorduras são acumuladas no fígado, estado chamado de doença hepática gordurosa não alcoólica. Condição tal que pode se desenvolver para uma cirrose. Os danos não são limitados ao fígado, mas a outros órgãos do corpo como o coração e artérias.


O excesso de açúcar e minerais é conduzido para a urina. Alguns fungos, como a cândida se alimentam da frutose dos frutos híbridos, o que não acontece com o tipo de frutose gerado a partir de um fruto com sementes, conclui o Dr. David Wolfe. Segundo Dr. David Wolfe e Dr. David Jubb, alimentos híbridos e o impacto glicêmico causado por eles levam a doenças cardíacas e diabetes. O amido se torna ácido carbônico (H2CO3), no sangue e o corpo precisa neutralizar esta acidez retirando uma parte dos minerais guardados no organismo. Portanto, o fruto sem sementes além de ter muito menos minerais, ainda desmineralizam o corpo. Quem se aventura a comer vegetais híbridos, ricos em amido como batata doce cozida, arroz, trigo, etc, deve tentar sempre comê-los com uma grande quantidade de gorduras como encontradas em abacate, azeite e nozes a fim de retardar a digestão do açúcar e diminuir o impacto glicêmico. O Dr. Joseph Mercola adverte que quando a frutose se constitui em um problema, para a maioria dos indivíduos, isso se dá por sua alta concentração no organismo. O acréscimo acentuado da ingestão de frutose devido ao consumo de alimentos processados, condimentos, remédios, e até alimentos para recém-nascidos, é hoje relacionado com o aumento de peso e o surgimento de mais de 70 condições especiais e doenças crônicas. A quantidade de frutose ideal pode variar para cada indivíduo. Uma pessoa saudável, não resistente à insulina e que evite ingerir uma quantidade excessiva de açúcar, pode certamente ingerir frutose com mais tranquilidade. Se a pessoa estiver com sobrepeso, pressão alta, artrite, ou diabetes deve evitar alimentos com frutose, mesmo sendo a frutose de frutos naturais (Dr. Richard Johnson, 2012). A chave apontada pelo Dr. Mercola para determinar a quantidade de frutose que uma pessoa possa comer é avaliar periodicamente os níveis de ácido úrico. Níveis elevados de ácido úrico podem indicar que a pessoa esteja ingerindo uma quantidade excessiva de frutose. O nível de ácido úrico apontado como seguro indicado pelo Dr. Mercola é de 3 a 5.5 miligramas por decilitro (mg/dL). O Dr. Richard Johnson (2012), sugere que o nível ideal de ácido úrico em homens seja 4 mg/dL e para mulheres é de 3.5 mg/dL. Um ácido úrico alterado tem sido relacionado com a inibição na biodisponibilidade de óxido nítrico que é essencial para a ação da insulina na absorção de glicose, como também no controle de pressão sanguínea e riscos cardiovasculares.


4.6. FRUTOS MELHORADOS PELA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA A indústria alimentícia tenta convencer a população que as frutas não geradas a partir de uma semente passam por um processo de melhoramento da espécie. Os frutos “melhorados” são preferidos pela população em geral por seu sabor adocicado e por não ter o inconveniente das sementes duras que precisam ser retiradas ou ter que serem retiradas da boca na frente de outras pessoas. Segundo Mehmet (2012), o problema, com alimentos modificados se agravou consideravelmente com o avanço da tecnologia. No início destas experiências, eram trabalhados seres da mesma espécie ou semelhantes. Hoje é possível gerar um grão que já tenha pesticidas capazes de matar insetos ou até suportar a pulverização de produtos químicos. Os cientistas podem tirar um gene de um peixe que vive em águas frias e colocá-lo em um tomate para que este possa suportar baixas temperaturas. Tudo isto é uma revolução, diz Mehmet (2012), mas a que custo? Em 06 de novembro de 2012, no estado da Califórnia, Estados Unidos no plebiscito que acontece junto com as eleições presidenciais, foi recusado o documento que ficou conhecido como a Proposição 37 que defendia a obrigação das empresas de alimentos informarem em seus rótulos se os seus produtos de origem vegetal ou animal tinham sido modificados geneticamente e estes alimentos não poderiam continuar sendo chamados de alimentos de “naturais”. Em vários outros países a exigência de publicar em rótulos que um alimento é geneticamente modificado já existe a mais de 10 anos, inclusive no Brasil. A nação brasileira avançou rapidamente na questão dos transgênicos e híbridos. A primeira legislação brasileira a este respeito data de 1995. O decreto em vigor foi assinado pelo então Presidente Lula Inácio da Silva.

Art. 2o Na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, com presença acima do limite de um por cento do produto, o consumidor deverá ser informado da natureza transgênica desse produto.


Art. 2º - § 1o Tanto nos produtos embalados como nos vendidos a granel ou in natura, o rótulo da embalagem ou do recipiente em que estão contidos deverá constar, em destaque, no painel principal e em conjunto com o símbolo a ser definido mediante ato do Ministério da Justiça, uma das seguintes expressões, dependendo do caso: "(nome do produto) transgênico",

"contém

(nome

do

ingrediente

ou

ingredientes)

transgênico(s)" ou "produto produzido a partir de (nome do produto) transgênico". (4680 de 24 de abril de 2003)

As grandes empresas do ramo de processamento de alimentos fazem várias tentativas para não cumprir este decreto ou de apresentar proposta para retroceder neste aspecto. Em 16/03/2011, o Jornal Folha de São Paulo divulgou que a Nestlé e a Kraft seriam processadas por não informarem em seus rótulos que estavam comercializando produtos transgênicos no mercado brasileiro.

4.7. A FALTA DE VITAMINAS E MINERAIS EM FRUTOS PARTENOCÁRPICOS David Wolfe (2009) observou como as plantas que geram frutos partenocárpicos precisam ser cuidadas, enxertadas, e protegidas pelos homens para não serem destruídas por pássaros, insetos, vermes, fungos e bactérias. De acordo com o U.S. Department of Agriculture – USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América), os valores nutricionais das frutas e vegetais de hoje comparados com 1975 quanto à perda observada de vitaminas e minerais são muito significativos. O agrião, por exemplo, apresenta uma perda de 88% ferro se comparado com o agrião cultivado há 50 anos; os brócolis teve uma perda de 50% de cálcio e de vitamina A; a couve teve ainda uma perda muito mais importante em magnésio que chega a 85%. Al Sears em um artigo publicado no site www.alsearsmd.com cita que produtores de frutas e vegetais híbridos procurando obter produtos que pareçam melhores acabam criando novas versões destes com mais água, mais açúcar, mais pericarpo (Exemplo: tecido branco fibroso ao redor de uma laranja) e muito menos de outros nutrientes. Não parece apropriado chamar um fruto partenocárpico de melhorado ou natural. Omitir o fato que um fruto modificado geneticamente é uma agressão ao consumidor desejoso de obter nutrientes destes alimentos.


4.8. BANANA A bananeira é a maior erva do mundo e não uma árvore, diz Dan Koeppel (2007). O Dr. Karl Kruszeinicki da ABC Science (2005) diz que a maioria das espécies de banana nativas não são comestíveis por terem sementes duras e um sabor não muito agradável. Quem se aventurar a comê-las precisa cozinha-las antes. O vocábulo banana foi originado das línguas serra-leonesas e liberiana (costa ocidental da África). Outra tese apoiada pelo dicionário Almaany.com é a de que as bananas eram frutas menores do que as hoje e eram chamadas pelos árabes traficantes de escravos da África de ponta de dedos (banan – em árabe). Os índios brasileiros a chamavam de pacova ou pacoba. Segundo Melo Neto (2000), o gênero de bananas conhecida como musa, ao qual pertencem as bananeiras conhecidas na atualidade, foi criado por Lineu por volta de 63 a 14 a.C, como uma homenagem a Antônio Musa, o médico de Otávio Augusto, o primeiro imperador romano. A banana amarela sem sementes, segundo Peggy Filippone (2006), é uma mutação de uma espécie de bananas descoberta em 1836 pelo jamaicano Jean Francois Poujot. Naquela época só eram conhecidas bananas nativas de cor verde ou vermelha, que precisavam passar pelo costumeiro cozimento para amolecer as suas sementes. O Brasil, afirma Melo Neto, é o segundo maior produtor e o segundo maior consumidor mundial de bananas ficando atrás somente da Índia. Segundo Rita Cerqueira, no Brasil é cultivada 518.018 ha. com bananas. São 9 toneladas de bananas anuais. E esta é a segunda fruta mais consumida pelos brasileiros, ficando atrás somente da laranja.

Para Picq e Frisonas (1998) bananas e bananas-da-terra constituem a quarta opção mais requisitada de alimento no mundo depois do arroz, trigo e do milho. As bananas são cultivadas em mais de 120 países em uma extensão de terra aproximadamente de 10 milhões de hectares, com uma produção anual de 88 milhões de toneladas. É importante ressaltar que os quatro alimentos mais consumidos no mundo, segundo Picq e Frisonas (1998), são híbridos e não conseguem nutrir uma pessoa de forma adequada. Koepple (2007) em seu livro “The Fate of the Fruit That Changed the World” (O Futuro da Fruta que Mudou o Mundo) faz o seguinte comentário:


"O que está acontecendo com as bananas agora é que elas estão sendo atacadas por um fungo chamado Mal-do-Panamá que não tem cura e que dizima as plantações de bananas após alguns anos," Koeppel ainda conclui "E o que realmente é interessante é que a banana que está sendo atacada era a que se acreditava ser selecionada por ser resistente a este fungo depois de uma colheita anterior. As que os nossos avós comeram, foram destruídas pelo mesmo fungo aproximadamente 50 anos atrás”.

Koepple alerta que estes fungos já foram encontrados na Ásia, Austrália e estão sendo esperados nos campos da América Central e do Sul dentro dos próximos 10 anos. Não se fala mais na possibilidade destes fungos chegarem ao continente americano, mas somente quando isto vá acontecer. O problema com a banana disponível no mercado brasileiro é que cada uma é clone das plantas das quais foram geradas por terem si do concebidas sem sementes. Qualquer problema que a planta mãe tenha será encontrado em todas as plantas filhas. Isto significa que a banana sofre sérios riscos de extinção. O problema agrava-se, diz Koepple, pois não há espaço suficiente para produzir bananas orgânicas na quantidade necessária para satisfazer a grande demanda. As bananas orgânicas têm a capacidade de combater estas pragas, mas elas necessitam ser cultivadas a uma altitude bem maior e temperaturas mais frias. A falta de terrenos com estas especificações é um complicador importante na produção de bananas orgânicas, pois a oferta é pequena diante da demanda existente. Zilton Cordeiro da Embrapa diz que o Mal-do-Panamá é uma doença causada pelo fungo Fusarium Oxysporum f. sp Cubense que está disseminada em todas as regiões produtoras de bananas do mundo. Este fungo pode sobreviver no solo por mais de 20 anos ou ainda em hospedeiros intermediários. Um terço do custo de produção da banana é usado simplesmente para custear os pesticidas, especialmente o Nemagon (DBCP) na Nicarágua. Segundo Mauro Lourenço (2011), o Nemagon está diretamente relacionado com infertilidade nos homens, abortos, defeitos de nascimento, vários tipos de cancro, impotência, depressão e muito mais. A qualidade de vida do homem está sendo ameaçada com a utilização destes pesticidas nas lavouras de bananas. Incluir esta fruta em sua dieta não é um ato que possa causar doenças somente a quem a consume. O meio ambiente ainda está sendo mais prejudicado com a ação dos químicos necessários para o desenvolvimento


desta cultura. Para o homem ter bananas em sua mesa precisa aceitar o desaparecimento na região onde o Nemagon de rãs, sapos e os peixes dos rios. As bananas partenocárpicas, vendidas nos supermercados na atualidade, são híbridas. Elas se reproduzem assexuadamente ou por propagação vegetativa, crescem mais rapidamente e não têm o inconveniente das sementes na hora que uma pessoa pretende se alimentar delas. Diferentemente, do que é dito popularmente, a banana não tem nenhuma semente. Os pontos escuros vistos no corpo das bananas são apenas óvulos não fecundados da flor da bananeira.

4.9. NUTRIENTES EM UMA BANANA Uma banana não é um fruto que só causa problemas para o organismo dos homens. Ela tem ainda alguns nutrientes que são benéficos. Segundo Nicole Wolf (2011) uma porção de banana tem: 27.5g açúcar. Uma lata de refrigerante de 355 ml tem média 39g de açúcar (sacarose, glicose e frutose). Ao se alimentar de duas bananas somente, uma pessoa já terá ingerido muito a quantidade de açúcar de uma lata de refrigerante. 51.5g de carboidratos – isto significa 15.8 a 22.8 por cento de carboidrato que é recomendado para uma pessoa diariamente. 1 mg sódio 2.5g de proteínas. Um adulto precisa ingerir 56g de proteínas por dia; 5.8g de fibras por porção; 23% de potássio o que representa 437 ml; 15 por cento da quantidade recomendada de magnésio; 41% da recomendação diária de vitamina B6, o que nos ajuda a digerir proteínas. 33% da quantidade recomendada de vitamina C.

4.10. A BANANA NO JARDIM DO EDÉN Dan Koeppel (2007) argumenta que a maça no Jardim do Éden retratada por tantos artistas e por estudiosos bíblicos em centenas de anos era de fato uma banana. Koeppel diz que a confusão aconteceu devido a um erro de tradução da Bíblia conhecida por Vulgata de São Jerônimo no século 15 que traduziu do hebraico a palavra


“fruto proibido” por “Malum” significando “malicioso”. Acontece que em latim a palavra “Malum” é também traduzida por maçã, o que contribuiu para o engano. Segundo Koeppel, Lineu, o cientista sueco considerado o pai da taxonomia, era um grande religioso que acreditava ser o seu trabalho um inventário da criação de Deus. Lineu chamou a banana amarela de Musa Sapentium que em latim significa “sabedoria” (árvore do conhecimento). A banana verde ele chamou de Musa paradisíaca, a banana do paraíso. Como comentado acima, há uma tese que fala que Lineu nomeou a banana em homenagem a Antônio Musa, em homenagem ao primeiro imperador Romano. No entanto para Koeppel, a musa de Lineu era derivada de “Maus”, palavra árabe para fruta. No livro Alcorão a banana está também no jardim sagrado. Ela é chamada de talh e traduzida como “árvore do paraíso” ou “árvore da banana”. 56. O Evento [56.28] Em meio lote de árvores sem espinhos, [56,29] e bananeiras (com frutas), uma sobre a outra. [56,30] e sombra estendida, [56.31] e a água que flui constantemente, [56,32] e frutas em abundância, [56.33] Nem interceptado nem proibido, [56.34] E tronos elevados. [56,35] Certamente os fizemos a crescer em um crescimento (novo).

A banana não ganha nenhum papel de destaque diante de outros frutos por ter sido aprontada no Alcorão como o fruto do conhecimento do bem e do mau. O que é importante é que, sendo gerada sem sementes, esta não deve ser ingerida pelo homem.

4.11. A ACIDEZ DE UMA BANANA Embora a maioria das pessoas não acredite que uma banana seja uma fruta ácida, o seu pH, fator com o qual o grau de acidez de uma substância pode ser medida, chega a níveis alarmantes. Esta fruta madura tem um pH de aproximadamente 4.2 a 5.2. A acidez em uma banana aumenta a medida que ela vai amadurecendo. Uma regra interessante recomendada por Cong Zhou (2010) é não comer banana com o estomago vazio e nem ao dormir. Tanto os efeitos negativos de sua acidez serão muito maiores, como também, isto poderá interferir no balanceamento de


cálcio e magnésio no sangue, comprometer o bom funcionamento do coração e a integridade dos ossos.

4.12. BANANAS, ATLETAS E CÂIMBRAS Está incutido no consciente coletivo que a banana é indicada para evitar câimbras. Não há evidências científicas que apoiem esta crença. De acordo com Terry Zeigler (2011), a câimbra é associada geralmente a fadiga e/ou desidratação dos músculos

e

especialmente

com

a

perda

de

eletrólitos.

O sistema neuromuscular que dá partida nas contrações musculares é aumentado, enquanto que a ação do sistema que inibi as contrações diminui. Outra explicação para as câimbras, diz Terry Zeigler, é perda excessiva de líquidos na produção de suor, associada ao decréscimo no nível de eletrólitos (especificamente o sódio, cálcio e magnésio) que regulam o balanceamento de fluidos, condução nervosa, e contração muscular. Segundo Elizabeth Quinn (2007), um atleta de ultra-resistência perde em média 1 litro de água e 1mg de sódio por hora. Estes números dependem da intensidade do exercício, temperatura ambiente e de vários outros fatores como dieta e medicamentos que o atleta possa estar fazendo uso. Segundo Terry Zeigler, o corpo tem um sistema complexo de se esfriar. À medida que a temperatura corpórea aumenta com o exercício e com o calor do ambiente, o organismo passa a produzir suor, trazendo água para a superfície da pele. O suor evapora e transfere o calor do corpo para o ar. A diminuição da quantidade de água e sódio provoca câimbras sistemáticas nos múculos. O sódio é parte integrante do suor, pois a sua função é reter a água, especialmente nos espaços de fluidos dos músculos. Outra forma, afirma Terry Zeigler é direcionando sangue para pele que esfria em contato com o ar atmosférico.

4.13. A DIETA DE UM MACACO Segundo Katharine Milton (1999), a dieta de um macaco é mais rica do que a dieta de humanos. Macacos, como seres onívoros, ingerem maiores quantidades de minerais, vitaminas, ácidos graxos essenciais e fibras dietéticas do que os humanos. Os macacos comem as pontas das folhas, cascas de árvores, nozes, mel e frutos maduros


como as de figos, ameixas, uvas, grãos, frutos de palmeiras, sementes, flores e pequenos insetos. Katharine lembra que raramente macacos comem carne. Alguns comem pequenos lagartos, sapos, ovos de pássaros e pequenos pássaros. A antropologista Katharine Milton estudou a dieta dos macacos em um projeto desenvolvido pela University of California, Berkeley e concluiu que macacos se alimentam de bananas somente quando moram perto de uma área de cultivo de bananas ou em um cativeiro. As plantas nativas comidas pelos macacos apresentam alguns aminoácidos que geralmente se esperavam encontrar em carnes. A alimentação diária de macacos é rica em cálcio (4.571mg), potássio (6.419mg), magnésio (1.323mg), vitamina C (600mg), ferro e fósforo. Katherine Milton não aconselha que o homem tente se alimentar como um destes primatas, pois o sistema digestivo deles é bem diferente dos humanos.

4.14. BANANA E CÁRIE DENTÁRIA Segundo Lisa Sasson, Professora de Nutrição Clínica e de Estudos Sobre Alimentos da University of New York, os açúcares em bananas aderem aos dentes muito mais do que os de outras frutas e por isto podem contribuir diretamente para o aparecimento de cáries dentárias. Para Riva Touger-Decket, a banana é metabolizada na boca pela saliva liberando açúcar simples após ser fermentada. Este processo faz da banana um alimento preferido pelas bactérias residentes na cavidade oral (estreptococos mutans, e lactobacilos) que processam a banana e produzem mais ácidos. Altos níveis de ácidos são prejudiciais por desmineralizarem o esmalte, dentinas e cimento dos dentes, produzindo ácido láctico que degrada o cálcio e fósforo dental, fazendo surgir infecções nas raízes e outras partes dos dentes.


CONSIDERAÇÕES FINAIS Os seres vivos e os recursos naturais necessários para a manutenção da vida convivem harmonicamente no planeta Terra. Opiniões contrárias podem estar apoiando interesses

capazes de ameaçar a continuidade da vida na Terra. Todos os dias há lançamentos de novas fórmulas em prol de um mundo melhor. Contudo, quem propõe uma reformulação da natureza, não pode estar falando seriamente. A natureza não precisa de uma mãozinha do homem. Cada elemento tem condições de desempenhar o seu papel sem auxílio de terceiros. Definitivamente o homem não sabe fazer igual, ou melhor, do que é encontrado na natureza. No primeiro capítulo de Gênesis podem ser vistos todos os elementos da ‘Criação’ sem os quais seria impossível existir a vida como é conhecida hoje. Nada poderia ser maior, menor, melhor ou mais equilibrado. Não falta nada, tudo está na medida certa, acontecendo na hora certa. São milhares de fatores acontecendo simultaneamente, de forma independente e harmônica. Quando alterações acontecem podem ser provocadas por desgastes naturais devido ao fim de um ciclo ou há certamente uma participação intencional ou não do homem previamente a este fato. Os alimentos não precisam ser melhores, maiores ou mais doces. O homem procura criar alternativas de alimentos baseado em cores, tamanhos, no teor de doce que um fruto contém, na capacidade de causar dependência em seus usuários, etc. Seria ideal se esta motivação mudasse. Quando a nutrição vencer a hegemonia do sabor, os resultados certamente serão mais alvissareiros. A população fica sem saber o que fazer. Parece não haver mais opções de alimentos saudáveis. A mesma sensação tem o homem que quer seguir os ensinamentos na Bíblia e deduz que não deve mais fazer nada que é pecado. Ele não deve se embriagar, não deve adulterar, não deve enganar outros para obter lucros. Precisa visitar os doentes e outros membros da sociedade que precisam de ajuda. Entende-se que a Bíblia em Gênesis 1:29 onde Deus indica que os homens e os animais deveriam se alimentar de ervas e plantas que produzissem sementes está correta. A luta pela produção de um alimento saudável não pode terminar somente porque os grandes empresários do ramo alimentício estão ganhando espaço. Igualmente, não se pode abolir a família, as igrejas, as escolas se boa parte da população adota um estilo de vida sem regras.


Nos anos 70, grande parte da população brasileira, especialmente a população mais carente, era capaz de extrair seus dentes somente por motivos estéticos. Em um determinado momento era difícil encontrar uma pessoa com 50 anos com seus dentes naturais. Havia um desastre semelhante quanto a partos cesarianos. Sem indicação nenhuma para esta intervenção cirúrgica as mães optavam por tais praticas. O Brasil se tornou campeão mundial de partos assistidos cirurgicamente. Para outra parte da população era considerado bonito fumar em público, tragar e como o fumante tinha a certeza de não estar prejudicando ninguém, somente a ele mesmo. Alguns religiosos não estimulavam a leitura da Bíblia. Falava-se em mistérios de Deus, da incapacidade do homem de entender Deus e qualquer tentativa de aprofundamento na palavra poderia ser considerada uma ofensa a Deus. Estes quatro paradigmas foram muito fortes, mas a indústria que sustentava tais práticas não venceu graças à ação de dentistas, obstetras, pneumologistas, teólogos que passaram a conscientizar a população. Foi necessária muita coragem destes profissionais que conseguiram reverter muito dos quadros descritos acima. Tantas batalhas árduas ganhas pela sociedade podem servir como estímulos para não deixar o homem conseguir extinguir estes alimentos da fase da Terra. As bactérias e fungos que se desenvolvem no campo da agricultura de híbridos, motivo para a utilização dos agrotóxicos, também se desenvolvem nos corpos de humanos se estes se alimentarem de frutos com tão poucos minerais e tão doces. É necessário haver uma conscientização da população de que estes alimentos ditos melhorados entrarão em extinção por não conseguirem se reproduzir. Eles dificilmente se reproduzem e se desenvolvem sem a assistência do homem. Creio que somente este fato já possa ser o suficiente para mostrar que retirar a capacidade de reprodução de um ser vivo possa estar incorreto e que isto ameaça a continuidade de uma espécie. As frutas híbridas são clones umas das outras. Isto implica que se uma praga chegar a um fruto somente será disseminado podendo infectar toda a plantação. Países como a Austrália já não podem mais produzir bananas em seus campos. A lista de países nesta condição só cresce e países como a Bélgica luta desesperadamente para criar uma nova espécie de banana resistente às pragas atuais. Devido ao empobrecimento do solo, causado especialmente pelos métodos modernos de agricultura, os frutos não dispõem da mesma quantidade de nutrientes necessários para um balanceamento de nutritivo em seres humanos.


Requer muita coragem defender tais práticas ou se calar. Ou é entregue o comando da reprodução das plantas para a natureza, ou a população passará a ter um futuro sombrio com canceres, viroses, demências, crises de ansiedade, depressão e uma lista infinita de limitações para a humanidade. Curiosamente, os homens estão vivendo mais a cada dia. Há uma expectativa de haver muito mais pessoas centenárias em um futuro breve. A questão é que tipo de vida terão as próximas gerações de humanos. Que preço deve-se pagar pelos anos adicionados a vida e em que se tornarão os homens para continuarem vivos. Não se engane! Estas frutas oferecidas no comércio não são as mesmas frutas de 50 anos atrás. Assim com está acontecendo com as frutas, acontecerá com os seres vivos; a raça humana se tornará outro tipo de ser. A insistência na produção de frutos sem sementes promoverá uma modificação radical da vida na Terra ou a sua extinção. Quem acredita em Deus e na infalibilidade da Bíblia precisa ter uma posição clara contra este problema. Reverter este quadro pode demorar um pouco. Depende da adesão da população para esta causa. Na hora que o cidadão parar de comprar tais frutos, alguns industriais irão buscar outras saídas para ganhar dinheiro.


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em 12/01/2013. <www.physicalgeography.net/fundamentals/9s.html> - PURVES, William K - et. al. - Life The Science of Biology 7th Edition – 2003 – Editora SINAUER Associates e W. H. Freema – Estados Unidos - QUINN, Elizabeth – Sodium – Salt – Needs for Ultra-Endurance Athletes – 2007 – visto em 12/02/2013 em <http://sportsmedicine.about.com/od/hydrationandfluid/a/Sodium_Salt.htm> - SANTAELLA, Alexandre – Fotossíntese – Curso de Agronomia da UFMT - visto em 12/02/2013 publicado em www.ebah.com.br/content/ABAAAAUfwAC/fotossintese - SEARS, Al – BetterThan 10 ServingsofSpinach – Publicado em 16/02/2010 e visto em <www.alsearsmd.com/better-than-10-servings-of-spinach> em 12/02/2013. - SEELY, Paul H. – The Firmament and The Water Above -The Westminister Theological Journal 53 (1991) 227 – 40 - STUDART, Ticiana M. Carvalho - Hidrologia – Universidade Federal do Ceará – 2006-- TOUGER-DECKER, Riva et. Al – Sugars and Dental Caries 1-4 – The American Journal of Clinical Nutrition – USA – 2003; 78 (Suppl): 881S-92S - THE ROYAL SOCIETY – Ocean Acidification Due to Increasing Atmospheric Carbon Dioxide – Reino Unido – The Clyvedon Press Ltd, Cardiff, UK – 2005.


- WHITING, Davidet. al. - Plant Structure: Seeds – Colorado State University visto em 14/02/2013 em <www.cmg.colostate.edu/gardennotes/137.html> - WILSON, Lawrence, MD - Sugars on Simple Carbohydrates – July 2010 – The Center for Development visto em 21/3/2013 no site <http://drlwilson.com/Articles/SUGAR%20BASIC.htm> - WORLF, Nicole - Are bananas bad for your diet? – Publicado em 17 de março de 2011 <www.livestrong.com/article/404470-are-bananas-bad-for-your-diet/#ixzz2N0HqjrFd>- visto em 15/03/2013. - WOLF, Nicole - Side effects of Eating a Banana a Day – 1 de Julho de 2011 visto em <www.livestrong.com/article/483198-side-effects-of-eating-a-banana-a-day/#ixzz2N0GnXEb0> em 09/03/2013 - WOLF, Nicole - What Are the Dangers of Eating Bananas? Publicado em 18 de agosto de 2011 <www.livestrong.com/article/518901-what-are-the-dangers-of-eating-bananas/#ixzz2N0HCQAKC> - YAHYA, Harun – Darwinism Refuted – Global Publish, 2a. edição 2009 - Turquia - ZEIGLER, Terry - Treating and Preventing Muscle Cramps during Exercise – publicado em 25 de abril de 2011 e visto em 25/03/2013 no site -www.sportsmd.com/SportsMD_Articles/id/369.aspx


ANEXO I GLOSSÁRIO Ácidos graxos essenciais – Ácidos graxos são gorduras. Um alimento é dito essencial quando o corpo não consegue sintetizá-lo sozinho. Por isto é necessário inclui-los na dieta dos seres humanos. Exemplos de ácidos graxos essenciais são os óleos ômega-3 e ômega-6. Alimentação - Ato de fornecer alimento ao corpo como arroz, feijão, carnes, frutas, legumes, verduras, etc. Isto não garante que o seu corpo esteja nutrido após se alimentar. (Ver Nutrição) Albúmen ou endosperma - ver endosperma. Androceu - órgão masculino formado por conjunto de folhas modificadas chamadas de estames que tem a função de produzir pólen (gameta masculino). Cada estame apresenta três partes: filete, conectivo e antera. Angiospermas - vegetais que possuem as sementes protegidas por frutos. Ex.: limoeiro, tomateiro, pessegueiro, etc. Angeion = bolsa e esperma = semente. Antera - Parte final do estame. Formam espécies de sacos polínicos, que são revestidos internamente por um tecido esporogênico, onde formam os grãos de pólen. Quando o pólen estiver maduro a antera se abre para liberar o grão de pólen que se encontra em seu interior. Elas desempenham um papel importante para a atração dos polinizadores. A antera possui as células-mães do pólen. Autotróficos - Seres capazes de produzirem os seus próprios alimentos. Isto não quer dizer que eles não precisem de para se desenvolver. Bioquímica - é a ciência que estuda os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos. Cálice - conjunto de folhas verdes Carpelo - São folhas modificadas que se fecham sobre os óvulos, formando o ovário das flores. Após a fecundação dos óvulos, o carpelo desenvolve-se para formar um fruto. É comum haver um prolongamento do carpelo no ápice do ovário, formando o estilete. Catalisador - Catalisador é uma substância que acelera a velocidade de ocorrência de certas reações químicas. Código genético - É a relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência correspondente de aminoácidos, na proteína. Ele é equivalente a uma língua e é


constituída basicamente por um dicionário de palavras, a tabela do código genético e por uma gramática, correspondente às propriedades do código, que estabelece como a mensagem codificada no material genético é traduzida em uma sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica. O código genético forma os modelos hereditários dos seres vivos. É nele que está toda a informação que rege a sequência dos aminoácidos codificada pelo encadeamento de nucleotídeos. Estes são compostos de desoxirribose, fosfato e uma base orgânica, do tipo citosina, adenina, guanina ou timina. Corola - Conjunto de pétalas de uma flor. Cotilédone – Os cotilédones são as primeiras folhas que surgem dos embriões das espermatófitos, irrompendo durante a germinação das sementes. São estruturalmente diferentes das outras folhas, uma vez que cumprem uma função especial para a subsistência destes seres vivos, contribuindo com suas reservas de para alimentar a plântula em desenvolvimento, enquanto esta não pode ainda produzir a quantidade suficiente de através da fotossíntese. Cromossomo – O cromossomo é constituído por uma longa fita dupla de DNA. O DNA é o material que constitui os genes. O cromossomo é composto de proteínas chamadas histonas, que se arranjam em grupos de oito, e são envolvidas pela molécula de DNA. Estes grupos de oito histonas, enroladas pelo DNA são chamados de nucleossomos. Dioica - Em biologia, chama-se espécie dioica (do grego oikos, que significa casa) àquela em que os sexos se encontram separados em indivíduos diferentes, como na maior parte dos vertebrados. Estes indivíduos dizem-se unissexuados. Criptógamos - Vegetais cujos órgãos reprodutores (gametas e esporos) são muito pequenos ou ocultos. Eletrólito - É um condutor elétrico que transporta cargas por meio de íons; substância (ácido, sal ou base) com a propriedade de conduzir corrente elétrica. Endosperma ou albúmen - Tecido vegetal, de natureza triploide, formado pela união de dois núcleos polares do óvulo com um dos núcleos do gameta masculino. O zigoto sofre várias divisões mitóticas, dando origem ao embrião, e o núcleo triploide, também por divisões mitóticas, dá origem ao endosperma, que muitas vezes acumula reservas nutritivas. Com o desenvolvimento do embrião, os tecidos do óvulo tornam-se desidratados e os envoltórios do óvulo, impermeáveis. Neste ponto, a estrutura toda passa a ser chamada de semente. Em algumas angiospermas, o endosperma é digerido pelo embrião antes de entrar em dormência.


Enzimas - As enzimas são substâncias do grupo das proteínas e atuam como catalisadores, aceleradores, de reações químicas. Enxertia - A enxertia é a união dos tecidos de duas plantas, geralmente de diferentes espécies, passando a formar uma planta com duas partes: o enxerto (garfo) e o portaenxerto (cavalo). O garfo, cavaleiro ou enxerto é a parte de cima, que vai produzir os frutos da variedade desejada e o cavalo ou porta-enxerto é o sistema radicular, o qual tem como funções básicas o suporte da planta, fornecimento de água e e a adaptação da planta às condições do solo, clima e doenças. O seu desenvolvimento é rápido, o que facilita a reconstituição de um plantio perdido por pragas. Esporo - Um esporo é basicamente uma célula envolvida por uma parede celular que a protege até as condições ambientais se mostrarem favoráveis à sua germinação. A parede celular dos esporos das plantas vasculares, constituída por esporopolenina, o mesmo lipídeo da parede celular dos grãos de pólen, é uma das estruturas mais resistentes de todos os seres vivos, permanecendo inalterada por milhões de anos, mesmo após a morte do conteúdo celular. Estame - Folha modificada com a função específica para agir na reprodução da planta. Estéril – Que não produz frutos. Que não gera filhos; infecundo. Oposto de fértil. Estigma - Parte do carpelo onde ficam retidos os grãos de pólen e sobre a qual germina o tubo polínico. Na maioria das flores, o estigma localiza-se na extremidade do estilete, que estabelece a ligação desta estrutura ao ovário. Possui, na maioria das vezes, um líquido pegajoso para a fixação do grão de pólen. Estilete - Órgão alongado da planta, criado a partir do carpelo, que é responsável pela formação do tubo polínico. Fanerógamo - Plantas que produzem flores e têm o embrião nas sementes. São também conhecidos como vegetais superiores. Exemplo: mangueiras, roseiras, alface, agrião, mandioca, etc. Fértil - Fecundo, que produz frutos. Que geram filhos. Oposto de estéril. Fibras dietéticas ou alimentares - são nutrientes encontrados nas paredes dos vegetais que não são digeridos pelas enzimas do sistema digestivo humano. Exemplo: Carboidratos. Fluidos - É um termo genérico empregado para traduzir a característica "das substâncias líquidas ou gasosas", ou de substância "que corre ou se expande à maneira de um liquido ou gás; fluente". Por isso, popularmente falando, designamo-lo como


sendo a fase não sólida da matéria, a qual pode se apresentar em quatro subfases (Atualmente a Ciência já considera até sete subfases para a matéria). Fuso mitótico ou fuso acromático - É uma estrutura celular efémera, constituída por microtúbulos. É uma estrutura do citosqueleto das células eucariotas, envolvida na mitose e na meiose. Durante a meiose leva o nome de fuso meiótico. A sua função é a de separar os cromossomos durante a divisão celular de modo a que sejam incluídos nas células-filha. É constituído por feixes de microtúbulos que se alinham longitudinalmente e que no conjunto apresentam uma forma do tipo elipsóide. O fuso orienta os cromossomos para que fiquem centralizados no equador da célula durante a metáfase da mitose. Só existe nas células animais, juntamente com os centríolos, nas células vegetais aparece sem os centríolos. Gametas - Os gametas são chamados de células sexuais. Eles são células haploides, ou seja, têm apenas um conjunto de cromossomos por serem produzidos por meiose. Gema ou gomo - Formação inicial de um ramo das plantas vasculares formado por células maristemáticas. Na linguagem vulgar, usam-se de preferência as palavras rebento, broto ou botão. Gêmula - Botânica. Pequeno rebento ou embrião de uma plântula cujo crescimento, durante a germinação, dará origem ao caule e às folhas. Gineceu ou pistilo - órgão feminino da flor, constituído pelo conjunto de folhas modificadas chamadas de carpelos. Quando os carpelos estão livres o gineceu é chamado de apocárpico, quando fundidos entre si, o gineceu é chamado de sincárpico. Nas plantas angiospermas os carpelos estão quase sempre fundidos entre si. Cada carpelo apresenta três partes: estigma, estilete e ovário. Grãos de pólen - São células haplóides (n) que são formadas por meiose a partir de células-mãe diplóides (2n) Haplóides – Células haploides são células dos organismos eucariotos que tem apenas um conjunto do número de cromossomos característico da sua espécie, geralmente referido pela letra minúscula n. As células haploides resultam de uma divisão por meiose, que reduz o número de cromossomos característico da espécie a metade. As células com apenas um exemplar de cada gene é mais sensível a mutações. Hermafrodita - O hermafrodita é o indivíduo que nasce com um defeito genético em que os órgãos genitais não são evidentemente masculinos ou femininos. Em geral possuem tanto tecido ovariano, como testicular, sendo seres masculinos e femininos aos mesmo tempo.


Hibridas - São animais ou vegetais onde se tem o cruzamento de espécies distintas como um exemplo disto é o cruzamento de uma égua com um jumento que se tem o burro ou a mula, tendo a esterilidade como sua principal característica. Hipertrofiado – ter passado por um aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares, o que provoca aumento das células e órgãos afetados. Para ocorrer hipertrofia, deve-se atender algumas exigências: primeiro o fornecimento de O2 e de nutrientes deve ser maior para suprir o aumento das exigências celulares. Além disso, as células devem ter suas organelas e sistemas enzimáticos íntegros, por isso células lesadas não podem se hipertrofiar. Histológico - (Do grego hystos = tecido + logos = estudo) é o estudo dos tecidos biológicos de animais e plantas, sua formação, estrutura e função. Inanimada - Parado, sem vida, morto, inerte. Imunologia - É o ramo da biologia que estuda o sistema imunitário (ou imunológico). Lipogênese - É a síntese de ácidos graxos e triglicérides, que serão armazenados subseqüentemente no fígado e no tecido adiposo. A lipogénese é regulada por vários fatores, entre os quais estão os elementos nutricional, hormonal e genético. Meiose- Divisão celular em que a célula tem o seu número de cromossomos reduzido pela metade. A formação dos gametas na reprodução sexuada ocorre por meiose. Quando ocorre a fecundação, pela fusão de dois desses gametas, ressurge uma célula diploide, que passará por numerosas mitoses comuns até formar um novo indivíduo, cujas células serão, também, diploides. Nos vegetais, a meiose tem como fim a formação de esporos, não de gametas. Metabólismo - É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. O termo "metabolismo celular" é usado em referência ao conjunto de todas as reações químicas que ocorrem nas células. Metáfase - Ou fase do meio, é a fase mais propícia para estudos da morfologia dos cromossomos, onde os cromossomos apresentam o máximo grau de condensação. Os cromossomos, presos às fibras do fuso, migram para o equador do fuso, plano médio da célula. No final da metáfase, os centrômeros se duplicam e se partem longitudinalmente, de modo a deixar livres as cromátides irmãs. Microbiologia - ramo da biologia que estuda os microrganismos, incluindo eucariontes unicelulares e procariontes, como as bactérias, fungos e vírus. Mitose - Processo que permite que um núcleo de uma célula se divida, originando dois núcleos-filhos, cada um deles contendo uma cópia de todos os cromossomos do núcleo


original. Embora a mitose varie em aspectos mínimos de uns organismos para os outros, é basicamente semelhante na maior parte das células eucarióticas. A divisão de uma célula em duas células-filhas, pode ser descrita em 2 processos consecutivos: a mitose propriamente dita ou Cariocinese (divisão do núcleo) e a Citocinese (divisão do citoplasma). Micrópilo - (Botânico) Abertura do óvulo, ora um simples poro, ora um canalículo, pelo qual entram os gametas masculinos. Necrose - Estado de morte de um tecido ou parte dele em um organismo vivo. A necrose é sempre um processo patológico e desordenado de morte celular. Nectários ou glândula nectarífera- Glândula em um organismo vegetal capaz de produzir e secretar néctar. Néctar - Néctar é uma substância aquosa secretada pelos vegetais através de glândulas especializadas. Sua constituição química geralmente inclui açúcares em quantidades variáreis de acordo com a espécie que o torna desejável por insetos, aves e mamíferos. Nutrição – Ato que implica oferecer ao nosso organismo vitaminas, minerais, aminoácidos, glicose, ácidos graxos. Os alimentos contêm ou não. Os

podem ser

consumidos sozinhos, sem serem partes dos alimentos. (Ver Alimentação) Oosfera – Oosfera é o gameta feminino das plantas que corresponde ao óvulo nos animais. Ovário - onde fica armazenado um ou mais óvulos; Ovíparo - classe de animais de fecundação interna, cujas fêmeas liberam ovos de seus corpos. Desta forma os embriões se desenvolvem no mundo externo, dentro dos ovos, e se alimentam de reservas nutritivas presentes nesse sistema. Na maioria dos casos os ovos possuem casca rígida. Ovovíparo - Classe de animais sem que o ovo permaneça dentro do corpo materno, até o fim do desenvolvimento embrionário, liberando filhotes já completamente formados. O ovo tem, entre outras, a função de nutrir o embrião durante este período. Óvulo - Corresponde ao megasporângio (nucelo). No interior do megasporângio uma célula diplóide (2n) sofre meiose e forma quatro células haplóides (n). Três degeneram e uma transforma no megásporo que cresce e ocupa todo o ovário. Omegásporo sofre três divisões mitóticas originando oito células: uma oosfera (gametas femininos): duas sinégides, três antípodas e dois núcleos polares. Essas células formam o saco embrionário ou gametófito feminino.


Pancreas - Glândula digestiva de secreção interna e externa, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino (secreta enzimas digestivas) e o endócrino (secreta o hormônio insulina e o glucacon). Pedúnculo ou pedicelo - Haste que prende a flor ao caule e é usado para o transporte da seiva. Posicionado abaixo do receptáculo e é o eixo de sustentação da flor. Em alguns vegetais o pedúnculo desenvolve-se após a fecundação da flor e se torna fruta. Um exemplo disto é o caju, que não é uma fruta pois não provém do ovário e sim de um “inchaço” do pedúnculo floral. Perianto - invólucros da flor, conjunto do cálice e da corola, que envolvem os órgãos reprodutores das plantas. Uma das funções do perianto é atrair insetos e pássaros, que desempenham um papel importante na polinização das flores. Pericarpo - Camada externa do fruto das angiospermas, que envolve as sementes. O pericarpo é originado pelo desenvolvimento do ovário, que segue à fecundação. Pétala - Unidade da corola de estrutura normalmente membranáceas, amplas, coloridas e tem entre outras funções o papel de atrair agentes polinizadores e o de proteção dos gametas femininos da flor que estarão sendo formados em seu interior. Plântula - Embrião vegetal já desenvolvido e ainda encerrado na semente. Plexos nervosos - Uma rede de nervos entrecruzados semelhante a uma caixa de distribuição eléctrica numa casa. Poliembrionia – Poliembrionia é o fenômeno em que se verifica a formação de vários embriões a partir de um único zigoto. Polimerização - consiste na união de moléculas de um dado composto (monómero) para formar um novo composto designado por polímero, cujo peso molecular é um múltiplo inteiro do produto de partida. Este tipo de reação, que constitui uma das três forma mais importante de formação de macromoléculas, dá-se geralmente entre compostos com ligações duplas e o seu início requer a presença de um ião (polimerização iónica) ou de um radical (polimerização radicular).


Polinizadores - Animais, insetos, eventos naturais que transportam o grão de pólen dentro da mesma flor, entre flores da mesma planta ou para flores em outras plantas. Pluricelular ou multicelular - Organismo formado por mais de uma célula. As plantas são seres pluricelulares. Um organismo formado somente por uma célula é designado de unicelular. Radicula - Em botânica, a radícula é a primeira parte da semente a emergir durante a germinação. É a raiz embriónica de uma planta, crescendo em direção ao solo. Esta estrutura emerge através do micrópilo. Receptáculo floral - Folhas modificadas que podem ser reprodutoras Réptil - Animal vertebrado que carece de patas ou cujas patas são muito curtas. Podem ser ovíparos ou ovovivíparos e que apresentam uma temperatura variável. A sua pele é revestida de escamas de queratina, que é uma substância rica em enxofre. Eles podem viver em lugares muito secos. Sépala - Parte integrante do cálice. Geralmente de cor verde, semelhante a uma folha na base da flor. Síntese – (Química) Formação artificial de um corpo composto, a partir de seus elementos ou de compostos de fórmula mais simples: síntese do amoníaco. (Sinônimos: realização, produção). Ver sintetizar. Sintetizar – (Química) Desenvolver alguma coisa através do processo de síntese natural ou artificial. (Sinônimos: fazer, produzir, realizar). Ver síntese. Sistema neuromuscular - Sistema Neuromuscular é a interação entre o sistema nervoso e o sistema muscular. Tegumento - Parte exterior do corpo de um animal, podendo ser constituído de pele, penas etc. Este termo também se aplica à parte externa das sementes. Teoria da Geração Espontânea Tubo polínico - É um crescimento celular do grão de pólen em direção ao óvulo, que possibilita a fecundação nas plantas espermatófitos. Vascular (plantas vasculares) - As plantas vasculares são as plantas com tecidos especializados para o transporte de água e seiva que alimentam as suas células. Elas estão nos grupos genericamente conhecidos como pteridófitos, gimnospermos e angiospermos. Verticilos - Pode se referir a qualquer ponto do caule onde se inserem as folhas ou outros órgãos, vulgarmente designados de nó. São exemplos de verticilos o cálice, corola, androceu e gineceu.


Zigoto (ou ovo nos animais) – Zigoto é a célula diploide resultante da união dos núcleos haploides de duas células eucarióticas mutualmente compatíveis. É o produto da reprodução sexuada. Nas plantas verdes, o zigoto vai dar origem ao esporófito, a fase diploide que produz esporos; a germinação desses esporos dá origem ao gametófito, capaz de reproduzir os gametas haploides. Nas espermatófitas, o zigoto primeiro se transforma num embrião que se encontra dentro da semente, enquanto nas pteridófitas, o zigoto se desenvolve diretamente na planta adulta.


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