Aracê ufsj janeiro a 31 de dezembro 2016 errata

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Projeto Aracê 2016

Em 2016, tivemos uma nova contratação, quatro demissões, além de uma reaproximação e retomada da pesquisa sobre o paradeiro dos ex-contratados. O foco deste ano foi o estudo socioeconômico dos contratados Aracê, realizado pela UFSJ – Universidade Federal de São João del-Rei/Faculdade de Economia, com a coordenação do professor Mucio Tosta. Desde o início da Parceria, em 2014, já foram realizados 5 encontros, sendo que dois foram neste ano. No que se refere ao Projeto Piloto Aracê, percebemos a necessidade de uma análise mais profunda de sua metodologia de Referência. Com a vivência do Projeto, já havíamos percebido a necessidade de aperfeiçoamento dessa ação. A partir de 2014, a metodologia foi retomada com o acompanhamento mais próximo dos contratados e maior entrosamento entre as Referências Interna (RI) e Externa (RE). Um dos questionamentos levantados pelas RI e RE, foi o desafio de como possibilitar, ao contratado Aracê, o acompanhamento necessário à sua adaptação e inclusão social, sem que essa ação seja entendida, por ele (a), como um processo assistencialista. Esse questionamento já havia sido percebido desde o início do Projeto Piloto, em 2007, mas com a

necessidade de revisão da metodologia, citada acima, e também, pelas

particularidades dos últimos acontecimentos, este fato se tornou mais notório. Alguns contratados trazem demandas, e até mesmo exigências, que consideramos não compatíveis com o objetivo do Projeto, nem com a relação do trabalho formal. Em maio de 2016, a RI do Projeto Aracê e a Pastoral de Rua, se reuniram para conversar sobre esse desafio e buscar um aperfeiçoamento da metodologia. O objetivo é diagnosticar as falhas, para melhorar o acompanhamento das Referências, de forma a empoderar o novo contratado, de suas reais potencialidades, na busca, cada vez mais, da sua própria autonomia e resgate de cidadania: via mercado formal de trabalho.


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Parceria UFSJ - VINA Em 2016, a parceria Vina/UFSJ teve como foco principal, a preparação, tanto dos pesquisadores, que estão realizando o estudo socioeconômico, dentro de uma visão socioambiental, por meio de leituras1, encontros2 e debates entre os alunos e os professores – coordenadores desta pesquisa – quanto da Equipe interna Vina, que tomou conhecimento dos objetivos dessa parceria e, também, participou de uma entrevista voluntária, realizada pela Equipe UFSJ – primeira fase da preparação dos alunos, antes deles irem à campo3. O Termo de Compromisso ainda não foi assinado entre as partes, por questões internas da UFSJ. Em um acordo, informal, de confiança, entre o Departamento Socioambiental e o coordenador dessa pesquisa, foi firmado o compromisso do pagamento das bolsas previstas no Termo, apesar da não formalização dessa parceria (4 bolsas Vina/ 1 bolsa UFSJ). Essas bolsas estão sendo pagas como um incentivo, já que os alunos estão comprometidos e desenvolvendo ações para esse estudo. Em agosto, cinco bolsas foram pagas retroativamente, totalizando o valor de R$ 6.000,004, referentes aos meses de maio, junho e julho, de 2016. Desde o segundo semestre, as bolsas estão sendo pagas mensalmente, como o previsto, independente da assinatura do Termo. Até a formalização deste Termo, prevista para 2017, a Vina assumirá, também, o pagamento da 5ª bolsa, de responsabilidade de UFSJ. Em 23 de setembro, aconteceu mais um encontro no campus da UFSJ, entre a Vina e os parceiros, que teve como foco principal, “simbolicamente formalizar” essa parceria, e dar continuidade aos objetivos propostos para 2016, apesar do Termo de Compromisso entre as partes, não estar ainda assinado.

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A bibliografia estudada encontra-se disponível no Departamento Socioambiental. As atas desses encontros estão disponíveis no Departamento Socioambiental. 3 O relatório da Equipe UFSJ encontra-se disponível do Departamento Socioambiental. 4 O pagamento dessas bolsas está sendo realizado por meio de Nota Fiscal MEI – Microempreendedor Individual – em nome do aluno Haltieres, que está responsável por repassar os valores ao outros bolsistas. 2


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IV Encontro Vina / UFSJ – São João del-Rei 23-09-2016

O Departamento Socioambiental da Vina, entregou à Equipe UFSJ, a versão impressa do Dossiê Aracê 2007 - 2015 e emprestou um notebook, para dar suporte aos trabalhos propostos. Em 16 de novembro, aconteceu o quinto encontro entre a Vina e a UFSJ, dessa vez, em Belo Horizonte. Neste encontro os pesquisadores ouviram a Equipe Vina, para perceber a visão deles sobre o Projeto piloto Aracê. Em seguida, deu-se início ao trabalho de coleta de informações, junto à Equipe Vina, através da realização de entrevistas individuais, voluntárias, elaboradas pelo alunos da UFSJ.


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Metodologia de referência Um segundo foco para este ano, foi a metodologia de Referências, que nos anos de 2014 e 2015, foi retomada com um cuidado maior e um acompanhamento mais próximo, como, também, um maior entrosamento entre as Referências Interna e Externa (Pastoral de Rua, Bolsa Moradia5). O principal questionamento e desafio é: como possibilitar ao contratado Aracê o acompanhamento necessário à sua adaptação e inclusão, no mercado formal de trabalho, sem que essa ação seja entendida, por ele, como um processo assistencialista? Esse questionamento surgiu após a RI e RE notarem comportamentos, por parte dos contratados, que remetem à solicitações, e até, à exigências, que consideramos não compatíveis com o objetivo do Projeto, nem com a relação de trabalho formal. O objetivo é diagnosticar as falhas, para melhorar o acompanhamento das Referências, de forma a empoderar o novo contratado, de suas reais potencialidades, na busca, cada vez maior, da sua própria autonomia e resgate de cidadania: via mercado formal de trabalho. Essa discussão vem se estendendo, sempre que surgem oportunidades de conversa, informais, entre a Equipe do Departamento Socioambiental, responsável pelo Projeto, Pastoral de Rua e UFSJ. Para 2017, um empenho maior de toda Equipe, para diagnosticar e ajustar as falhas da metodologia Aracê, de maneira mais formal.

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Para mais informações sobre a Bolsa Moradia, ver página 22 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015.


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Documentário: Projeto Aracê Em 2016, o documentário do Projeto Piloto Aracê, tinha como foco o depoimento dos excontratados, da visão da equipe Vina e da diretoria da empresa, no entanto, essa ação ficou em Stand by, por limitação de recursos e dificuldade em se obter as imagens dos excontrados. As últimas filmagens foram as realizadas em dezembro de 2015. O material bruto e editado dessa produção já foi disponibilizado para a Equipe UFSJ, em reunião realizada em 23 de setembro deste ano, no campus da UFSJ, entre a Vina e essa Equipe. Está prevista a continuidade dessa ação em 2017.

Balanço das contratações: até 31 de outubro de 2016 Período: março de 2007 a 31 de dezembro de 2016 Total de contratações: 27 Em exercício na Vina: 2 Demissões: 24 Falecimento: 1

Contratados ativos: 2007 a 2016 Cassimara da Silva Ribeiro


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Admissão: 14/01/2010 Cargo: Auxiliar Administrativo Setor: GERAF - Gerência Financeira Escolaridade: 2º grau completo Salário: R$ 1.215,00 + Alimentação: R$ 330,00 Transporte: R$ 365,20 Seguro Saúde: R$31,40 Seguro de Vida: R$ 14,52 Soma dos Salários indiretos: R$ 741,12 Total: R$ 1.956,12 Em fevereiro de 2016 Cassimara foi promovida Cargo: Assistente Administrativo Setor: Departamento Socioambiental Salário: R$ 1.600,00 Alimentação: R$ 330,00 Transporte: R$ 365,20 Seguro Saúde: R$31,40 Seguro de Vida: R$ 14,52 Soma dos Salários indiretos: R$ 741,12 Total: R$ 2.341,12

Cassimara foi aprovada para a nova função, Assistente Administrativa, em fevereiro de 2016. De abril de 2015 a janeiro de 2016, ela esteve em treinamento, no Departamento Socioambiental. Cassimara venceu esse desafio, e vem cumprindo, cada dia melhor, a sua nova função. Até o fechamento deste documento em 31 de dezembro, Cassimara continuava desenvolvendo suas funções, e mostrando evoluções profissionais e comportamentais significativas a cada dia.

Wellington Alves Rio Branco Admissão: 23/03/2016 Origem: Pastoral de Rua


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Função: Lavador Setor: Oficina Central Escolaridade: 2º grau completo Salário inicial direto: R$ 1.026,00 + Insalubridade: R$ 352,00 Transporte: R$ 315,00 Alimentação: R$ 330,00 Plano de Saúde opcional: R$ 31,40 Seguro de Vida: R$ 14,52 Soma dos Salários indiretos: R$1.134,92 Total: R$ 2.160,92

Em março de 2016, Welington, que já fez parte do Projeto Aracê em 20126, foi recontratado para a vaga de lavador. Ele desenvolve bem o trabalho, não apresentando problemas com adaptação. Em maio, a RI Aracê, observou que Wellington começou a se interessar pela função de manutenção das máquinas. A RI fez contato com o gerente do setor de manutenção, Pierre, que recebeu a informação, com abertura e colocou que, aos poucos ele pretende capacitar Wellington, para essa função. Em outubro, a RI Vina conversou com Wellington e ele disse estar tranquilo, gostando do trabalho e escreveu um depoimento7 sobre suas expectativas. Em novembro de 2016, Wellington apresentou alguns problemas de saúde, ele realizou uma pequena cirurgia, se recuperou, e encontra-se bem, até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro de 2016.

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Ver detalhes da primeira contratação de Wellington, pelo Projeto Aracê, no arquivo virtual enviado em 8 de abril de 2016, na pág. 206. 7 O depoimento encontra-se disponível para consulta, no Departamento Socioambiental.


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Ex-contratados: janeiro a 31 de outubro de 2016 Marcelo Antônio Rodrigues Admissão: 14/01/2015 Demissão: 03/01/2016 Permanência: 11 meses Origem: Pastoral de Rua Função: Gari varredor Setor: Ceasa/BH- Central de Abastecimento de Minas Gerais Escolaridade: Até a 5ª séria incompleta Salário inicial direto: R$ 823,00 + Insalubridade: R$ 315,20 Transporte: R$ 250,80 Alimentação: R$ 308,00 Seguro de Vida: R$ 14,52 Cesta básica: R$ 130,00 Soma dos Salários indiretos: R$1.018,52 Total: R$ 1.841,52

Marcelo foi demitido em 3 de janeiro, após continuar apresentando problemas de dependência química e abandono de trabalho. Em março de 2016, Marcelo entrou na justiça8 contra a Vina. A audiência foi em 8 de março e a sentença deu ganho de causa para a empresa.

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Detalhes dessa ação estão disponíveis no Departamento Socioambiental.


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Paradeiro: Em maio, tivemos notícias do paradeiro de Marcelo, pela Pastoral de Rua. Ele encontra-se desempregado, e estava trabalhando, voluntariamente, na ocupação Tina Martins9, do movimento de mulheres Olga Benário10 na defesa dessas mulheres, na limpeza dos banheiros e da cozinha. Desde maio, Marcelo vem frequentando as reuniões de tratamento no Centro Mineiro de Toxicomania (CMT). Em agosto, tivemos duas boas notícias de Marcelo: a primeira é que ele estava aguardando o resultado de um processo seletivo para trabalhar de carteira assinada e a segunda é que ele estava como vice-presidente do Conselho da Assistência Social em BH. Em outubro, conseguimos fazer contato com Marcelo. Ficamos felizes em saber que ele estava trabalhando formalmente (CLT), desde agosto, no Programa “BH de mãos dadas contra a Aids11”, junto à comunidade de rua, como Redutor de Danos, tendo como função, orientá-los sobre a importância da prevenção contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e vacinação contra diversas doenças. Em dezembro, a RI encontrou com Marcelo na Pastoral de Rua e ele estava muito bem, continuava trabalhando de carteira assinada, e continuava como vice-presidente do Conselho da Assistência Social em BH. Ele deixou a República Reviver e alugou uma casa para viver com sua família.

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Para informações atualizadas sobre a Ocupação Tina Martins> http://www.otempo.com.br/cidades/ocupa%C3%A7%C3%A3o-se-muda-e-vira-casa-derefer%C3%AAncia-%C3%A0-v%C3%ADtima-1.1313675 https://www.facebook.com/Ocupacaotinamartins/ 10

Ocupação Tina Martins, iniciativa organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, ocupou o edifício público localizado na Rua Guaicurus nº 343, na esquina com a Espírito Santo, no centro da cidade, onde funcionava o antigo “bandejão” da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e que estava desativado. Segundo as organizadoras, o objetivo é chamar a atenção do Estado para a necessidade de melhorar a efetividade de políticas públicas preventivas e de proteção às mulheres vítimas de violência. Fonte http://www.santaterezatem.com.br/index.php/2016/03/08/ocupacao-demulheres-e-criada-neste-8-de-marco/ 11 Para mais informações sobre o Programa: http://www.odmbrasil.gov.br/sobre/vencedores/2a-edicao2007/bh-de-maos-dadas-contra-a-aids


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Carlos Pedro da Silva Admissão: 20/10/2014 Demissão: 08/03/2016 Origem: Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp) Função: Lavador Setor: Oficina Central Escolaridade: Até a 5ª séria incompleta Salário inicial direto: R$ 1.026,00 + Insalubridade: R$ 352,00 Transporte: R$ 407,00 Alimentação: R$ 330,00 Plano de Saúde opcional: R$ 31,40 Seguro de Vida: R$ 14,52 Soma dos Salários indiretos: R$1.134,92 Total: R$ 2.160,92

Carlos, desde sua contratação, apresentou dificuldades na adaptação à rotina de trabalho, como já citado anteriormente. Desde janeiro, Carlos continuou apresentando os mesmos problemas e, em março, acabou pedindo demissão. Paradeiro: Em agosto, Carlos estava trabalhando eventualmente como vendedor ambulante e infelizmente, em outubro, ao buscarmos notícias do seu paradeiro, soubemos por Cassimara, sua irmã, que ele optou por retornar à criminalidade, pois ele tinha outras escolhas. Em dezembro tivemos notícias que até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, Carlos estava preso. (Essa informação é sigilosa).


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Allan Carlos de Alcântara Mesquita Admissão: 13/08/2007 Demissão: 14/03/2016 Função: Operador de Retroescavadeira 2 Salário: R$ 1.367,00+ Alimentação: R$ 330,00 Transporte: R$ 250,80 Insalubridade: R$ 315,20 Seguro Saúde: R$31,40 Seguro de Vida: R$ 14,52 Soma dos salários indiretos: 941,92 Total: R$ 2.308,92

No início de janeiro, o Encarregado do Allan procurou a Referência Interna (RI) Aracê e comunicou que Allan vinha apresentando, desde o ano passado, problemas graves que poderiam culminar na sua dispensa. A RI questionou o Encarregado sobre a irresponsabilidade dele omitir esse tipo de informação ao projeto-piloto, já que, até dezembro de 2015, ele relatava que Allan ia muito bem e não apresentava nenhum tipo de problema na sua rotina de trabalho. O Encarregado não soube se colocar perante a este questionamento, não dando respostas convincentes. A partir disso, a RI convocou uma reunião com Allan e seu Encarregado direto para esclarecer a situação. Allan se posicionou dizendo que estava tendo problemas pessoais (dependência química), e que iria se esforçar para superá-la e não prejudicar sua rotina de trabalho. No entanto, os problemas continuaram e até se agravaram, com Allan se ausentando. Constantemente, e prejudicando a rotina dos contratos onde ele estava alocado. Allan chegou a ser transferido, três vezes de contrato, a pedido dos responsáveis. Em 14 de março Allan acabou sendo demitido, após nove anos de empresa.

Paradeiro: Alan esteve presente na festa junina da Vina, que aconteceu em julho, e até essa data, ele estava à procura de emprego. Em setembro, Allan conseguiu um emprego formal (CLT), no aterro sanitário da SLU, como operador de Pá Carregadeira, pela empresa Loca Gerais. No novo emprego, Allan continuou apresentando problemas de assiduidade, às segundas feiras, por problemas de dependência química. Em dezembro, tivemos notícia pelo ex- encarregado de Allan na Vina, que ele foi demitido pelos mesmos motivos que causaram sua demissão na Vina.


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José Edmilson da Silva Admissão: 08/01/2015 Demissão: 06/04/2016 Origem: Pastoral de rua Função: Gari varredor Setor: Ceasa/BH- Central de Abastecimento de Minas Gerais Escolaridade: Até a 5ª séria incompleta Salário inicial direto: R$ 823,00 + Insalubridade: R$ 315,20 Transporte: R$ 431,20 Alimentação: R$ 308,00 Seguro de Vida: R$ 14,52 Cesta básica: R$ 130,00 Soma dos Salários indiretos: R$1.198,92 Total: R$ 2.021,92 Em 14 de Dezembro/2015: transferência para Sede Vina. Função: Gari Varredor Setor: GERAF- Gerência Administrativa e Financeira Salário direto: R$ 1.026,00 + Transporte: R$ 431,20 Alimentação: R$330,00 Seguro de Vida: R$ 14,52 Soma dos Salário indiretos: R$ 775,72 Total: R$ 1.801,72 (O salário geral reduziu, pois, Edmilson perdeu benefícios do salário indireto: a insalubridade e a cesta básica, direitos do contrato Vina CEASA.)

Como já citado na atualização de dezembro de 2015, Edmilson foi transferido em dezembro para a Nova Sede, onde trabalhou com a Bióloga, Sabrina Soares, no acompanhamento das áreas de preservação e serviços gerais. Edmilson desenvolveu bem suas funções, mas ele continuou apresentando problemas de saúde, consequência dos anos que esteve cumprindo pena.


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Ele foi acompanhado, mais de perto, pela RI, devido a esses problemas. Em março, Edmilson apresentou uma grande melhora na saúde, resultado do tratamento médico que ele fez, nos meses de janeiro e fevereiro. Desde a sua transferência para a Nova Sede, Edmilson não apresentou problemas na sua rotina de trabalho. No entanto, ele não conseguiu compreender que a sua nova função não dava direito à insalubridade (como já citado anteriormente,, esse fato gerou uma diminuição no valor total da sua renda salarial). Edmilson, não conformado, solicitou um aumento à empresa, e como a Vina não atendeu ao seu pedido, Edmilson pediu para ser demitido. Paradeiro: Edmilson, até agosto, estava à procura de emprego após ter realizado o curso de serralheiro. Na ocasião, ele estava realizando alguns trabalhos informais na sua nova função. Desde a sua saída ele vem procurando insistentemente a RI, em busca de nova oportunidade na Vina. Edmilson se diz arrependido de ter saído da empresa. A RI precisou ter uma conversa mais dura com Edmilson, para que ele parasse de ligar, constantemente, com o objetivo de que a RI encontrasse soluções para os seus problemas pessoais e profissionais. A RI mostrou para Edmilson que ele estava confundindo as “coisas”. A partir do seu desligamento da empresa, tanto a RI como a Vina, não teriam condição de atendê-lo, pois o Projeto Aracê não tem como foco o assistencialismo. Em outubro, conversamos com Edmilson, ele estava desempregado, realizando alguns trabalhos informais. Ele, também, relatou que estava morando de “favor”, pois se separou da companheira. Em dezembro, conversamos com Edmilson, e até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, ele continuava desempregado, realizando alguns trabalhos informais. Edmilson continuava ligando, insistentemente, para a equipe do Departamento Socioambiental solicitando mais uma oportunidade de trabalho na Vina.


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Ex-contratados: 2007 a 2015 Libério José da Silva12 Em agosto de 2016, Libério ligou para a RI Aracê para pedir uma nova oportunidade na Vina, embora ele estivesse trabalhando de carteira assinada na Direcional Engenharia, como servente. Em outubro, conversamos com Libério que nos informou que continuava trabalhando na Direcional Engenharia, mas que a obra estava acabando, e que ele já estava de aviso prévio. Ele disse que estava criando muitos objetos de decoração com materiais reciclados, e que na ocasião, essa era sua renda principal. Em dezembro, conversamos com Libério que nos informou que até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, ele estava trabalhando, somente com a transformação de materiais reciclados em objetos de decoração.

Hidelbranda de Paula dos Santos13 Em julho de 2016, a RI, teve notícia da Branda, através da Magda, Coordenadora do Projeto Querubins, que ela e a família estavam bem e, que na ocasião, Branda estava trabalhando, informalmente, vendendo bombons. Em outubro, Magda nos informou que Branda voltou a morar em Ribeirão das Neves, e que ela retirou as crianças da escola e do Projeto Querubins, de maneira inesperada. Magda estava muito preocupada com Branda, e ficou de nos retornar assim que soubesse do seu paradeiro. Até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, Magda nos informou que Branda continuava morando em Ribeirão das Neves, e que seus filhos estavam estudando na região, e que ela estava trabalhando, como empregada doméstica.

Thiago Souza Rodrigues14

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Para mais informações sobre o ex-contratado Libério da Silva, ver pág. 104 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 13 Para mais informações sobre a ex-contratada Hildebranda de Paula, ver pág. 110 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015.


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Em outubro de 2016, entramos em contato com Thiago. Ele continuava trabalhando na empresa Império Coleta, como já citado anteriormente. Thiago continuava insatisfeito com o seu trabalho, mas pelo fato de ser perto de casa, ele havia optado por continuar na empresa. Até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, entramos em contato com Thiago e não havia novidades.

Eric Dias de Souza15 Em maio de 2016, entramos em contato com Eric. Ele estava à procura de um trabalho temporário, pois a exposição itinerante Sentidos do Nascer16, que fazia parte da equipe, estava de recesso. Eric solicitou à RI, uma nova oportunidade na Vina. Em agosto de 2016, a coordenadora do Departamento Socioambiental esteve com ele, em um encontro na casa de amigos comuns, na ocasião, Eric estava desenvolvendo um trabalho temporário na criação de faixas de rua. Eric, mais uma vez, solicitou uma nova oportunidade na Vina. Em outubro, a RI fez contato com Eric e ele disse que estava trabalhando com o Uber, e que estava gostando muito, porque o seu horário de trabalho era livre: “ ele mesmo é quem determinava sua rotina”. Até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, a RI fez contato com Eric e ele continuava trabalhando com o Uber.

Grazielle Regina de Castro17 Em 2016, não foi possível saber o paradeiro de Grazielle.

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Para mais informações sobre o ex-contratado Thiago Souza, ver pág. 218 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 15 Para mais informações sobre o ex-contratado Eric Dias, ver pág. 197 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 16 http://www.sentidosdonascer.org/ 17 Para mais informações sobre a ex-contratada Grazielle Regina, ver pág. 207 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015.


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Jefferson Magalhães18 Em outubro de 2016, tivemos notícias do Jefferson através da Claudenice, da Pastoral de Rua, ela nos informou que ele esteve na Pastoral, e que estava bem. Infelizmente, apesar da Vina ter comunicado à Pastoral sobre a importância da busca pelo paradeiro dos excontratados Aracê, para os levantamentos socioeconômicos na parceria UFSJ, Claudenice não entrou em detalhes com Jefferson sobre sua vida e não anotou o contato dele. Claudenice, quando questionada, pela RI Vina, sobre esta sua atitude, ela se desculpou e ficou de buscar informações sobre o paradeiro de Jefferson. Até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, Claudenice não havia conseguido notícias dele.

Luceni Secudina19 Em 2016, não foi possível saber o paradeiro de Luceni.

Francisco Alexandre da Silva Marques20 Em outubro de 2016, tivemos notícias do paradeiro de Francisco, pela Pastoral de Rua. Francisco continuava trabalhando como vendedor ambulante. Ele estava casado e tem uma filha. Um fato relevante na história de Francisco é que ele é um dos sobreviventes da Chacina da Candelária21, que aconteceu no Rio de Janeiro, em julho de 1993. Francisco tem uma história de luta22. Até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, tivemos notícias de Francisco, pela Pastoral de Rua, ele e a família estavam bem.

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Para mais informações sobre o ex-contratado Jefferson Magalhães, ver pág. 143 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 19 Para mais informações sobre a ex-contratada Luceni Secundina, ver pág. 164 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 20 Para mais informações sobre o ex-contratado Francisco Alexandre, ver pág. 234 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 21 Para saber mais sobre a Chacina da Candelária: Notícia - http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/chacina-nacandelaria/jornal-nacional-sobre-a-chacina.htm Documentário - https://www.youtube.com/watch?v=pC6bIhGQWc8 Reportagem 2012 - https://www.youtube.com/watch?v=RCAqHYTDwFQ 22

Está disponível para consulta no Departamento Socioambiental detalhes sobre a história de Francisco Alexandre.


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Clênio George de Oliveira Sampaio23 Em agosto de 2016, tivemos notícias do paradeiro de Clênio pela Pastoral de Rua. Ele estava trabalhando como cuidador de idosos e morava no local de trabalho. Em outubro, tivemos notícia de Clênio, pelo seu colega, ex-Aracê Marcelo Antônio, que nos disse que Clênio tinha retornado para a casa de seus familiares em São Paulo e que estava bem. Até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, não tivemos notícias de Clênio.

Ricardo Vieira Souto24 Em agosto de 2016, tivemos notícias do paradeiro de Ricardo, pela Pastoral de Rua. Ele estava internado na Cidade Refúgio25, e pediu auxílio para a Pastoral, na busca de emprego. A Pastoral encaminhou o currículo de Ricardo para a Vina. Numa análise mais formal da situação de Ricardo, constatou-se que pelo seu estado clínico, ele não tinha condições de retornar ao mercado formal de trabalho. Em outubro, a RI, através da Pastoral de Rua, teve notícias que, em setembro, Ricardo tinha saído da Cidade Refúgio, e que infelizmente, ele tinha tido uma recaída na sua dependência química e que não se sabia do seu paradeiro. Até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, tivemos notícia que Ricardo estava novamente internado na Cidade Refúgio, depois de mais uma recaída.

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Para mais informações sobre o ex-contratado Clênio George, ver pág. 235 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 24 Para mais informações sobre o ex-contratado Ricardo Vieira, ver pág. 153 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 25 Cidade Refugio – É uma comunidade terapêutica sem fins lucrativos. Prestam atendimento às pessoas com problemas decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas – como o álcool e entorpecentes (drogas), sendo o nosso público alvo o “Morador de Rua” devido ao seu comum envolvimento com o alcoolismo e outras drogas. Fonte: http://www.cidaderefugio.com.br/site/quem-somos/


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Rosemary Jesus26 Em junho de 2016, tivemos notícias do paradeiro de Rosemary pela Pastoral de Rua. Ela ainda era atendida pelo Bolsa Moradia, e a Pastoral não sabia informar se Rosemary estava trabalhando. Até a data de fechamento deste documento – 31 de dezembro, não conseguimos informações sobre o paradeiro de Rosemary.

Falecimento Diego Luiz Pereira Rocha Batista27 (in memorian 2015)

Em busca do paradeiro: foco para 2016  José Ailton: 2008 Republica Reviver  José Reinaldo: 2007 Republica Reviver  Luis Carlos: 2008 Republica Reviver  João Eduardo dos Santos: 2008 Republica Reviver  José Geraldo Santos: 2008 Republica Reviver  Manoel Lucio: 2010 Bolsa Moradia  Paulo Eustáquio: 2008 Saúde mental  Ederson André: 2009 Saúde Mental

De 2015 a 2016, essa ação foi positiva, conseguimos saber o paradeiro de alguns ex contratados Aracê., e. Embora Claudenice e Roseni, da Pastoral de Rua, estarem nos ajudado a fazer uma busca dos ex-contratados Aracê, entre os usuários da Pastoral, das Repúblicas e da Saúde Mental, ainda estamos em busca do paradeiro das pessoas citadas acima. Essa busca continuará sendo foco em 2017.

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Para mais informações sobre a ex-contratada Rosemary Jesus, ver pág. 205 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015. 27 Para mais informações sobre o ex-contratado Diego Luiz, ver pág. 212 do Projeto Piloto Aracê 2007 – 2015.


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Atualizado até 31 de dezembro

Considerações No ano de 2016, o Projeto Piloto Aracê atingiu parte dos objetivos propostos: avançar no estudo socioeconômico, dentro de uma visão socioambiental, e descobrir o paradeiro dos ex-contratados Aracê. Por outro lado, a revisão do processo metodológico caminhou, mas ainda precisa ser repensado em 2017. Algumas ações ficaram em stand bye, como foi o caso das novas filmagens para o documentário Aracê, que não ocorreram, como previsto e que já foram citados neste relatório. Já a busca pelo paradeiro dos ex-contratados, apesar da evolução e esforço, desde 2015, ainda precisa de um empenho maior de todos envolvidos, para a localização dessas pessoas, pois a própria trajetória delas, dificulta essa ação. Num balanço geral do andamento do Projeto Piloto Aracê, consideramos que o ano de 2016 foi de extrema importância, uma vez que conseguimos avançar no Estudo Socioeconômico, que foi idealizado em 2009, e os objetivos propostos evoluíram, de maneira positiva, apesar de termos apenas dois contratados efetivos e do aumento do número de demissões. Para 2017, o foco continuará sendo o avanço no estudo socioeconômico; o paradeiro dos ex-contratados – que impacta diretamente neste estudo; a continuidade do documentário, que tem como foco um “olhar” mais humano sobre essas pessoas e a revisão da metodologia; ações essas que irão contribuir para uma análise mais efetiva desse projetopiloto. Como também um emprenho do Departamento Socioambiental junto à empresa para novas contratações Aracê.


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