Dossiê Aracê 2011

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Projeto-piloto Aracê Inclusão Produtiva

Ações: Janeiro de 2011 a dezembro de 2011

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Sumário (este documento segue uma linha cronológica) O Projeto, 9 Parceiros, 10 Metodologia, 15 Ações Aracê, 16 Contratações Aracê: inclusão produtiva, 17 Ex-contratados, 44 Resumo, 46 Festas de Fim de Ano, 47 Conclusão Final, 48 Ficha Técnica, 51 Contatos, 53

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“SĂł seremos universais se conhecermos e amarmos nossa aldeia.â€?

Leon Tolstoi

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Somente os parceiros, diretos e indiretos, do Projeto Aracê têm acesso a este relatório. Assim, as imagens e nomes reais dos integrantes do Projeto, aqui apresentados, serão omitidos caso este documento venha a ser divulgado publicamente.

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Projeto Aracê Aracê: do Tupi-guarani: aurora, o nascer do dia. 1.1 – A ideia Em 2005, durante o Festival Lixo e Cidadania, foi apresentada ao público a dificuldade em inserir no mercado formal de trabalho pessoas com trajetória de exclusão. As políticas públicas e as Organizações Não Governamentais - ONGs, na tentativa de resgate dessas pessoas, conseguiam atuar só até certo ponto nesse processo. Mas ainda era necessária a participação do setor privado para que se completasse o ciclo de inclusão: a carteira assinada como garantia de trabalho e símbolo de cidadania. A Diretoria da Vina Equipamentos e Construções se sensibilizou com a questão e agiu: entrou em contato com os parceiros e colocou para o grupo a sua disposição em desenvolver um projeto-piloto de inclusão social* que demonstrasse, na prática, a viabilidade do resgate da cidadania via mercado formal de trabalho. A empresa se propunha ser o “laboratório” do Projeto para que, num futuro próximo, essa experiência pudesse sensibilizar outras empresas e, assim, tivesse início um ciclo capaz de promover a quebra de um paradigma social. O Projeto Aracê foi todo concebido em parceria. A Vina não tinha um modelo pronto e não fez nenhum tipo de imposição por acreditar que este projeto-piloto deveria ser construído a partir das experiências e demandas apresentadas pelos parceiros para que, juntos, pudessem buscar mecanismos de inclusão social via mercado formal de trabalho. Em março de 2007, o Projeto Aracê começou a ser colocado em prática e, em dezembro do mesmo ano, um Termo de Cooperação** foi assinado. A partir da proposta da Vina Equipamentos e Construções para a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social no seu quadro efetivo, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do seu Projeto de Saúde Mental, a Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social, por meio da sua Gerência de Inclusão Produtiva, e a Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte constituíram, junto com a Vina, uma equipe de referência para criar e desenvolver um projeto-piloto de inserção produtiva, no qual todas as etapas do processo deveriam ser cuidadosamente acompanhadas. * Este conteúdo consta no CD que vai anexo a este documento. ** O Termo se deu através da Secretaria Municipal de Saúde, por exigência da mesma. Esse Termo também consta no CD anexo.

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1.3 – Os parceiros: Para os parceiros do Projeto Aracê a responsabilidade social é um compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, a ser expresso por meio de ações e atitudes que a afetem positivamente. Vina Equipamentos e Construções Ltda. Empresa atuante no mercado nas áreas de gestão de resíduos sólidos e locação de equipamentos. Empenhada na busca de formas mais compatíveis e inteligentes de relacionamento com a sociedade, com o meio ambiente e com a economia, a Vina empreendeu esforços no sentido de promover parcerias com diferentes setores do poder público, com instituições acadêmicas e do terceiro setor, sob a coordenação do seu Departamento de Responsabilidade Socioambiental. Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – PBH/ Secretaria Municipal de Saúde – SMSA No começo da década de 90 ocorre uma mudança significativa na assistência à saúde mental em Belo Horizonte. O portador de sofrimento mental, que até então tinha nos hospitais psiquiátricos o único local para seu tratamento, passa a contar com uma rede de serviços substitutivos destes hospitais. Essa rede tem como diretriz norteadora e como política o projeto Antimanicomial, que vem ancorado na insígnia “por uma sociedade sem manicômios”. O atual projeto de saúde mental busca a reinserção social do portador de sofrimento mental. Com o projeto Aracê, abriu-se a possibilidade do acesso ao mercado formal de trabalho como mais uma forma de resgate da cidadania. PBH/ Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social – SMAAS A SMAAS investe em ações que promovem a socialização, a convivência familiar e comunitária do indivíduo, visando também à prevenção de situações de risco e exclusão social. Nessa ótica, a Gerência de Inclusão Produtiva - GEINP é a responsável pela qualificação e geração de trabalho e renda. Assim, acolhe as pessoas excluídas do mercado de trabalho, na perspectiva do resgate da cidadania de forma articulada e integrada, buscando a capacidade produtiva e a autonomia dos usuários da Política de Assistência Social da PBH.

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Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte A Pastoral de Rua atua, em Belo Horizonte, desde 1987. Uma das linhas de ação da Pastoral de Rua é a construção de alternativas de geração de trabalho e renda para pessoas com trajetória de exclusão, além de buscar alternativas que se constituam em políticas públicas. Em parceria com a SMAAS e com a Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável – ASMARE, a Pastoral encaminha e acompanha os ex-moradores de rua para grupos organizados de geração de trabalho e renda.

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Metodologia 13


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Metodologia Como o foco principal do Projeto Aracê são as pessoas, a metodologia que foi empregada no processo de sua implantação vem sendo cuidadosamente transformada para que possa, a cada ano, se adequar às necessidades que percebemos na prática e no cotidiano do projeto.

O Projeto Aracê já está inserido e adaptado à rotina de trabalho da Vina; desse modo, as sensibilizações se tornaram desnecessárias. As contratações passaram a acontecer de forma mais natural, o que torna a dinâmica do projeto mais simples e eficaz. A Metodologia de Referências continua ativa, porém, com o rompimento das parcerias, o acompanhamento dos contratados agora é feito somente pelos técnicos que realmente se envolveram com o projeto. Tal envolvimento facilitou a comunicação entre as Referências Interna e Externa e agilizou o processo de contratação, proporcionando mais confiança e segurança aos contratados Aracê. A partir do momento que são inseridos na empresa, os contratados desenvolvem sua rotina como qualquer outro trabalhador. O único diferencial é a atenção que a Referência Interna dispensa a essas pessoas, considerando sua trajetória de exclusão. Esse processo se dá de maneira cuidadosa, para não trazer nenhum tipo de constrangimento ou regalias, até porque o objetivo do projeto é mostrar a possibilidade de inclusão dessas pessoas na realidade do mercado formal de trabalho. O envolvimento de cada um e o espírito de corresponsabilidade são os eixos fundamentais para alcançar o principal objetivo do projeto: inclusão no mercado de trabalho com respeito e dignidade.

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Ações Aracê 2011 No ano de 2011, assim como em 2010, o Projeto Aracê decorreu de forma tranquila, sem problemas significativos no processo de inclusão social via mercado formal de trabalho.  Com o encerramento das parcerias formais, em 2010 o projeto foi assumindo seu próprio ritmo, se adequando às necessidades da empresa, como também às necessidades dos contratados. Em 2011, esse processo continuou caminhando de maneira tranquila.  As visitas dos técnicos, que antes eram sempre requisitadas pela empresa e demoravam a acontecer, hoje acontecem de forma natural, trazendo mais segurança e estabilidade ao projeto. Isso nos fez perceber como a Metodologia de Referências é importante para a evolução profissional dos contratados na empresa.  Em 2011, o Projeto Aracê teve uma nova contratação (ver pág. 39) e uma promoção de cargo. Além de disponibilizar cursos técnicos e profissionalizantes a alguns de seus contratados.

Para 2012  A Vina prossegue com o Projeto Aracê e tem como foco dar continuidade a novas possibilidades de inclusão.  Dar início a um projeto de consultoria que irá transformar as inclusões realizadas pelo o Projeto Aracê em dados socioeconômicos.

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4 – Contratados Aracê Hildebranda de P. dos Santos Admissão: 03/05/07 Origem: ONG Associação Querubins (ONG que trabalha com arte e educação e atua na Vila Acaba Mundo, Praça JK/Sion). Função: Telefonista Setor: Administrativo Escolaridade: 2º grau incompleto Salário inicial: R$ 403,28 Alimentação: R$ 132,00 Transporte: R$ 123,20 Total: R$ 658,48 Nova função: Auxiliar de Escritório (B) Setor: Segurança de Trabalho Salário atual: R$ 867,00 Alimentação: R$ 264,00 Transporte: R$ 330,00 Total: R$ 1.461,00 Histórico: Hildebranda, ‘Branda’, é uma pessoa muito querida na Vina. Ela vem desenvolvendo sua função com competência e é evidente a sua evolução profissional. Branda esteve de licença maternidade de março a junho de 2008. Em julho, ela retornou à sua função. Em outubro de 2009, Branda entrou novamente de licença maternidade. Na ocasião, ela estava muito abalada devido à perda do seu companheiro. Dias antes da sua licença, os colegas de trabalho resolveram organizar um “chá de bebê” para animá-la. Branda agradeceu a iniciativa carinhosa, que a ajudou a montar seu enxoval. Depois do nascimento de sua filha, mais uma vez seus colegas de trabalho tiveram a iniciativa de ajudá-la: recolheram doações na empresa que foram convertidas em uma cesta básica, com itens que também completavam o enxoval do bebê. No mês de dezembro, Branda fez uma visita à empresa para que seus colegas de trabalho pudessem conhecer Karen, sua filha. Branda retornou ao trabalho no dia 18/02/2010. 19


Em 2011, Branda foi transferida para o Setor de Segurança do Trabalho e, apesar de não ter mudado de cargo, está satisfeita no seu novo ofício. No mês de outubro, ela teve a oportunidade de fazer um curso da área do Departamento Pessoal: Utilizando o Sistema Master Folha / Mastermaq. O curso teve duração de seis dias, 4h/dia, totalizando a carga horária de 24h. De acordo com a Referência Interna Vina/Aracê, ela está feliz e realizando seu trabalho com competência, mas com algumas limitações por causa dos filhos. A Vina doou para Branda um computador da empresa que estava fora de uso. Esse computador está sendo muito útil para ela. Apesar de não ter origem nos programas de políticas públicas dos parceiros Aracê, por sua trajetória de exclusão, ela é considerada, dentro da empresa, como integrante do Projeto Aracê. Obs.: A Vina tem um programa de empréstimo para sua equipe, no valor máximo de 5 mil reais, sem juros, que pode ser parcelado em até 12 vezes e descontado diretamente na folha de pagamento. Esse programa oferece oportunidades e dá um suporte a mais, não só aos contratados Aracê, mas a toda equipe da Vina, e, por isso, vem funcionando de maneira bastante positiva na empresa. Hildebranda já foi beneficiada por esse programa.

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Depoimento: Os depoimentos que serão apresentados a seguir foram escritos por livre e espontânea vontade dos seus autores, que também concordaram com a publicação dos mesmos neste relatório. Segue a carta escrita por Branda, dando seu depoimento a respeito da sua experiência pessoal e familiar pós-inclusão no mercado formal de trabalho. A carta foi transcrita na íntegra e consta nos arquivos sob a responsabilidade da Referência Interna Vina/Aracê. “Ribeirão das Neves, 09 de janeiro de 2012 Bom Gosto muito de trabalhar na Vina é uma empresa que lhe da oportunidades de crescimento e aposta em que o funcionario o mais leigo que seja pode chegar a ter um grande potencial , no ano de 2011 tive muitas oportunidades , muitas tristezas e felicidades dentro da empresa e neste ano de 2012 espero que seja melhor do que o ano anterior . Agradeço a todos que tiveram paciencia comigo Att Branda”

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Allan Carlos de Alcântara Mesquita Admissão: 13/08/2007 Origem: Bolsa Moradia Função: Servente Setor: SLU Escolaridade: 1º grau incompleto Salário inicial: R$ 380,00 + insalubridade R$ 152,00 = R$ 532,00 Alimentação: R$ 132,00 Transporte: R$ 189,00 Total: R$ 853,00 Em outubro de 2008, Allan foi promovido a Borracheiro de Equipamento Pesado. Setor: Oficina Cargo: Borracheiro II (D) Salário atual: R$ 798,00 + insalubridade R$ 218,00 = R$ 1.016,00 Alimentação: R$ 348,00 Transporte: R$ 215,60 Total: R$ 1.579,60 Histórico: Allan está satisfeito, trabalha bem em equipe e desenvolve sua função de maneira satisfatória. Durante o carnaval de 2008, ele faltou ao serviço por alguns dias sem dar explicação. Ele recebeu uma advertência, depois de ter sido feita uma avaliação com os encarregados do seu setor. Allan era um dos contratados Aracê que deveria ser remanejado para a empresa RNV, após o término do contrato com a SLU, mas como voltou a se ausentar sem motivo justo, isso pesou contra ele no processo de seleção. A Vina resolveu dar mais uma chance, transferindo-o para o setor de manutenção. Com essa oportunidade, Allan mudou seu comportamento e se mostrou um profissional responsável. Em setembro de 2008 foi oferecida a ele a oportunidade de uma promoção, ocupar a vaga de borracheiro de equipamento pesado no setor de Oficina da empresa. Ele aceitou a proposta e ficou muito feliz com a oportunidade. Em seguida, ele fez o curso específico e, em outubro de 2008, assumiu sua nova função. Até então, Allan continua trabalhando bem e está prestes a ser promovido. 22


No primeiro semestre de 2010, começou a treinar no equipamento retroescavadeira, com o Edson Batista, um operador da Vina, e vem demonstrando ter grande potencial para a nova tarefa. Allan também iniciou o curso de mecânica de moto, mas acabou não concluindo. Ele continua na função de borracheiro, mas com possibilidades de uma promoção para a função de operador de retroescavadeira. Allan já foi aprovado nos testes e, para assumir essa nova função, depende apenas do surgimento de vaga. Curso de Borracheiro para Equipamento Pesado Início: 02/10/2008 Término: 10/10/2008 Carga horária: 8 horas/dia Empresa: JP Pneus (Radial) Endereço: BR-262 Carga horária final: 72 horas Custo: curso oferecido pela empresa JP Pneus (Radial) como cortesia, devido a uma parceria de serviços que a empresa tem com a Vina. Depoimento: Segue a carta escrita por Allan, dando seu depoimento a respeito da sua experiência pessoal e familiar pós-inclusão no mercado formal de trabalho. A carta foi transcrita na íntegra e consta nos arquivos sob a responsabilidade da Referência Interna Vina/Aracê. “09/01/2012 – Belo Horizonte Gostaria de fala um pouco o que melhorou na minha vida depois que eu tive a oportunidade de trabalha na Vina primeiramente foi minha casa própria daí senti necesidade de ter uma habilitação e a tirei da habilitação me veio a vontade de ter um altomovel e então eu conçegui nao posso deixar de dizer uma das coisas que eu mais valorizo na vida e a oportunidade e fazer novas amizades . No entanto tenho novos objetivos na vida objetivos esses que so surgiram através do que eu passei e vivi durante esses quatro anos e pouco de vida no entanto eu so tenho a agradecer a oportunidade e espero que a vida continue acim , para que mais pessoas possam ter oportunidade de crecer na vida Obrigado .”

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Grazielle Regina de Castro

Admissão: 22/10/2009 Origem: Bolsa Moradia Função: Ajudante de Paisagismo Setor: SLU Salário inicial: R$ 506,00 + insalubridade R$ 204,00 = R$ 710,00 Alimentação: R$ 121,00 Transporte: R$ 202,40 Total: R$ 1.033,40 Nova função: Operadora de Trator de Esteira II (B) Setor: SLU Salário atual: R$ 698,00 + insalubridade R$218,00 = R$ 916,00 Transporte: Não fornecido. Grazielle é vizinha da empresa. Alimentação: R$ 264,00 Total: R$ 1.180,00 Obs.: Grazielle foi contratada, inicialmente, como ajudante de paisagismo. Em 2010, ela se tornou a primeira mulher operadora de máquina pesada da empresa. O teste que ela realizou para assumir este cargo foi considerado um dos melhores testes já realizados na empresa para essa função. Histórico: Grazielle conquistou a admiração de todos na empresa por sua determinação e coragem. Seu processo de admissão ocorreu normalmente. Por ser mulher, no início enfrentou algumas dificuldades com seu encarregado, pois ele não se mostrava confortável com o fato de Grazielle realizar a função de ajudante de paisagismo que, até a sua entrada era somente desenvolvida por homens e incluía capina, plantio de mudas, limpeza das máquinas e outros serviços pesados. Após uma conversa com a Referência Interna, o encarregado “aceitou” que Grazielle realizasse as tarefas. Com o tempo, ela mostrou ser capaz de desenvolver o seu trabalho com competência. Em 23/11/2009, Grazielle começou seu treinamento para exercer a função de operadora de máquina pesada. O Sr. Pedro Julião, experiente operador de máquinas na Vina, foi o seu instrutor. Grazielle

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recebeu treinamento teórico com carga horária de duas horas, habilitando-se para o treinamento prático, que teve duas horas/dia de treinamento. Em março de 2010, após passar por um teste com o Sr. Arlindo Filho Baeça, Grazielle já estava operando as máquinas em tempo integral, porém ainda não tinha sido oficialmente transferida para a nova função. Em maio, Grazielle realizou os testes necessários para a mudança de cargo e, oficialmente, tornou-se a 1ª operadora de máquinas da Vina, com um dos melhores testes já realizados na empresa para essa função. A satisfação de Grazielle é visível e ela vem desenvolvendo sua nova função com competência. Em junho ela começou a treinar no equipamento retroescavadeira. Atualmente, Grazielle vem atendendo aos segmentos da SLU de forma completa e sua relação com os colegas de trabalho é muito boa. No final de 2010, ela deu início ao processo para tirar sua carteira de habilitação e, em 2011, passou na prova de legislação e começou as aulas de direção. Porém, Graziele foi reprovada no exame e acabou perdendo a sua pauta. Devido a esse fato, ela ainda não conseguiu tirar sua carteira de habilitação. Grazielle realiza suas tarefas de forma satisfatória e sempre recebe elogios do seu encarregado e da Referência Externa Vina/Aracê. Obs.: A Vina tem um programa de empréstimo para sua equipe, no valor máximo de cinco mil reais, sem juros, que podem ser parcelados em até 12 vezes e descontados diretamente na folha de pagamento. Esse programa oferece oportunidades e dá um suporte a mais, não só aos contratados Aracê, mas a toda equipe da Vina, e por isso vem funcionando de maneira bastante positiva na empresa. Grazielle já fez uso desse programa.

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Depoimento Segue a carta escrita por Grazielle, após sua inclusão no mercado formal de trabalho, dando um depoimento a respeito da sua experiência pessoal e familiar. A carta foi transcrita na íntegra e consta dos arquivos sob a responsabilidade da Referência Interna Vina/Aracê.

“Belo Horizonte 06/01/2012 Estou muito feliz pela oportunidade que Eu recebi hoje tenho condição de cria minha filha com carinho Não deicho falta nada para minha filha sou muito feliz porque antes eu não tinha esta felicidade que tenho hoje porque eu não tinha condição nem de comprar um roupa para minha filha nem para mim Nem no dia das crianças nem um brinquedo hoje não depois que eu recebi esta oportunidade de trabanha aqui minha vida. Melhorou, muito , hoje o que eu poderia ter , hoje eu tenho e minha finha também , graças a vocês sou muito feliz . adoro a minha profissão e guero tira minha cartera, mais rapido , possivem por que eu sei que e esta carteira que vai mim ajuda nesta profissão que eu adoro e eu tambem tenho, um sonho de compra um carro para mim passear com minha filha Fim”

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Cassimara da Silva Ribeiro

Admissão: 14/01/2010 Origem: Bolsa Moradia Função: Auxiliar de Serviços Gerais Técnica: Laura Salário inicial: R$548,00 Alimentação: R$165,00 Transporte: R$ 206,80 Total: R$ 919,80 Novo Cargo: Assistente Administrativo II (B) Salário atual: R$ 698,00 Alimentação: R$ 264,00 Transporte: Não fornecido. Cassimara é vizinha da empresa. Total: R$ 962,00 Histórico Cassimara teve uma trajetória de vida muito difícil e já enfrentou muitas dificuldades. Atualmente, ela mora com os filhos e tem um parceiro. Seu processo de admissão ocorreu normalmente e, desde então, ela realiza seu ofício sem maiores problemas. No começo, os colegas de Cassimara comentaram que ela era muito calada, que se comunicava pouco. Com o passar do tempo, ela foi se soltando e agora tem um relacionamento muito bom com todos da empresa. De acordo com a Referência Interna Vina/Aracê, seu serviço está impecável. Cassimara comentou que gostaria de fazer um curso que a ajudasse na sua evolução profissional. Com o patrocínio da Vina, ela começou um curso de informática no SENAC Minas, no período de julho a setembro, que acontecia todos os sábados, das 8h às 13h, no valor de R$ 220,00. Nesse meio tempo, Cassimara passou por problemas pessoais, que envolveram seus filhos e sua moradia. Seu filho passou por um sério problema emocional, mas teve o suporte do Conselho Tutelar e vem sendo acompanhado de perto para que consiga superar o seu trauma. No início de julho, por causa ainda desconhecida, a cozinha de sua casa pegou fogo e foi parcialmente destruída. Cassimara ficou muito preocupada e, sensibilizados, seus colegas de trabalho se mobilizaram para ajudá-la, comprando e doando utensílios, eletrodomésticos, 29


móveis, e doando, inclusive, quantias simbólicas de dinheiro. A Vina forneceu à Cassimara refeição durante uma semana, até que ela se reestruturasse. Como o dono do imóvel em que Cassimara morava não se posicionou com relação aos reparos realizados na cozinha, ela foi orientada a se mudar. Encontrou rapidamente uma nova casa, próxima à Vina, na qual já está alojada e com tudo organizado. Apesar dos problemas, Cassimara não deixou de frequentar o curso de informática e só faltou uma única vez ao serviço. Ela se mostrou muito responsável e comprometida com seu trabalho. No dia 24 de setembro, Cassimara concluiu o curso de informática e obteve seu certificado. Ela ficou muito animada, disse que está muito interessada em fazer outros cursos para conseguir novas oportunidades. Apesar de estar desenvolvendo bem suas atividades e de estar morando próximo à empresa, Cassimara vem reclamando um pouco do serviço e dizendo que está muito cansada. Em 2011, a pedido de seus colegas de trabalho, com a saída repentina da recepcionista da Vina, Cassimara teve a oportunidade de assumir um novo cargo. Ela ficou um mês em experiência, teve algumas dificuldades no começo, mas, de maneira geral, conseguiu desenvolver bem o seu novo ofício. Após assumir o novo cargo, Cassimara teve a oportunidade de fazer um curso no SENAC de “Técnicas em Serviços de Recepção e Telefonia”, com duração de 10 dias e carga horária de 20h. Ela teve 100% de aproveitamento e recebeu elogios por sua nova postura no trabalho depois de participar do curso. Cassimara tem evoluído profissionalmente no seu novo cargo e está satisfeita, realizando bem suas tarefas.

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Depoimento Segue a carta escrita por Cassimara, após sua inclusão no mercado formal de trabalho, dando um depoimento a respeito da sua experiência pessoal e familiar. A carta foi transcrita na íntegra e consta dos arquivos sob a responsabilidade da Referência Interna Vina/Aracê. “Belo Horizonte , 06 de Janeiro de 2012. Bem , me sinto muito bem , hoje próximo da data em que se completa 2 anos que faço parte do quadro de funcionários permanente na Vina , posso afirma que minha vida mudo e para melhor , muita aprendi convive com situações boas e ruins . Hoje diante de meu comportamento , minha forma de agi , sinto que melhorei , antes eu era muito tímida, não conversava com ninguém , mais minha mudança de comportamento veio após Kelly conversar com migo e ai fui mudando gradativamente , hoje me sinto espontânea , converso e até descontraio um pouco o dia a dia , tenho meus deslizes sou humana também erro , mas sempre com a certeza que posso corrigi-los porque e errando que se acerta e a vida é uma escola continua , porque e o melhor que eu quero para mim , para meus filhos . Quando entrei na Vina aceitei o cargo de Auxiliar de Serviços gerais , tive algumas dificuldades , me cansei diante de algumas tarefas desgastante, cheguei a pensar em desistir , mais inúmeros foram os conselhos do Kelly para que eu não desistisse , hoje eu entendo que são das minhas dificuldades que encontro tanta força e perseverança , hoje sou recepcionista e tenho reconhecimento no carteira como auxiliar administrativo II , fiz curso de técnicas de recepção para aperfeeiçoar-me e estou colocando em prática o que aprendi , e crescer e minha meta . Na minha vida pessoal estou muito feliz , meus filhos estão morando com migo , passaram de ano com boas notas , são eles que me dão força para lutar , são minha base e eu não me importo de trabalhar meses inteiro para suprir as suas necessidades e lazer , para mim nada tem maior valor do que o sorriso no rostinho deles m vou ficando por aqui até a proxima . Tchau ! “

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Liberdade e Oportunidade

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Eric Dias de Souza Admissão: 10/05/2010 Função: Ajudante de paisagismo Setor: SLU Escolaridade: 1º grau incompleto Salário inicial: R$ 548,00 + insalubridade R$ 204,00 = R$ 752,00 Alimentação: R$ 121,00 Transporte: R$ 202,40 Total: R$ 1.075,40 Em novembro de 2010, Eric foi promovido a Operador de pá carregadeira. Salário atual: R$ 698,00 + insalubridade R$ 218,00 = R$ 916,00 Alimentação: R$ 264,00 Transporte: R$ 215,60 Total: R$ 1.395,60 Em agosto de 2011, Eric foi promovido a Operador de pá carregadeira II. Salário atual: R$ 798,00 + insalubridade R$ 218,00 = R$ 1.016,00 Alimentação: R$ 264,00 Transporte: R$ 215,60 Total: R$ 1.495,60 Histórico O Eric é o primeiro contratado Aracê que é ex-detento. Ele passou pelo processo habitual de admissão e iniciou suas atividades normalmente no dia 10/05/2010. A intenção da empresa era que Eric se tornasse um operador de máquinas, objetivo que foi alcançado com sucesso. Eric passou por uma série de treinamentos, teóricos e práticos, tais como manejar as máquinas: rolo compactador e pá carregadeira. A duração do treino foi de 6 meses, com carga horária de 2h/dia. De acordo com a referência Interna Vina/Aracê, Eric é muito pontual e vem demonstrando um desempenho satisfatório. Além disso, não teve problemas de adaptação e tem um bom relacionamento com seus colegas. O canteiro de obra, onde Eric estava treinando com o rolo compactador, foi finalizado e no dia 6 de agosto de 2010, ele começou a treinar no equipamento de pá carregadeira. 35


Em novembro, Eric iniciou o processo para tirar sua Carteira de Habilitação. Em 1° de novembro de 2010, Eric foi promovido a operador de pá carregadeira. Em 2011, Eric tirou sua carteira de moto. Ele foi promovido no seu cargo para operador de pá carregadeira II.

Depoimento: Segue a carta escrita por Eric, após seu processo de inclusão no mercado formal de trabalho, com o depoimento a respeito da sua experiência pessoal e familiar. A carta foi transcrita na íntegra e consta nos arquivos sob a responsabilidade da Referência Interna Vina/Aracê. “Desde quando comecei a trabalhar na Empresa Vina, tenho recebido vários benefícios; um deles é ter uma profição que jamais pensei que teria, trabalhar com máquinas pesadas. Também aprendi a ter compromisso com a área proficional da empresa e cumprir com os meus deveres e ter um bom relacionamento em equipe. Aprendi com os meus erros a me aperfeiçoar e proficionalizar em meus objetivos , para me torna um bom proficional no mercado de trabalho. Com isso aproveito ao máximo tudo que a Empresa tem me oferecido. Sou muito grato pela oportunidade que a Vina tem me dado , e por acreditar na minha capacidade de ser um bom proficional .” Janeiro de 2011

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Inclusões da Saúde Mental 39


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Rosemary Menezes de Jesus Admissão: 24/03/2011 Origem: Bolsa Moradia Técnica: Lucinéia Função: Faxineira Setor: Geral Escolaridade: Fundamental incompleto Salário inicial: R$ 579,00 Vale Transporte: R$ 198,72 Alimentação: R$ 252,00 Total: R$ 1.029,72 Histórico Rosemary iniciou suas atividades dia 24 de março de 2011. No começo, ela foi acompanhada por Cassimara, que antes ocupava o cargo assumido por Rose, que forneceu todo o apoio necessário para a atividade de limpeza, como compra de materiais e procedimentos internos ligados à função. Ela se mostrou animada para começar o trabalho, porém, estava insegura, pois temia perder o emprego pelo fato de não executar as tarefas com muita agilidade. Antes de entrar para a Vina, ela trabalhava na reciclagem de papel e papelão nas ruas de Belo Horizonte(MG). Ela mora sozinha com sua filha de 8 anos, em uma casa paga pela PBH, onde ela recebe o acompanhamento da técnica Lucinéia. Rosemary faz uso de medicamento controlado, o que não a impede de exercer sua função na empresa. Após três meses trabalhando normalmente, Rosemary começou a apresentar algumas limitações: abandonava o trabalho no meio do expediente, não se relacionava com os colegas, se ausentava sem avisar e chegou até a pedir demissão. Mas, ao mesmo tempo, desenvolvia sua função com eficiência. Diante disso, as Referências Interna e Externa Vina/Aracê dispensaram uma atenção especial a Rose, com a intenção de mantê-la na sua função e evitar a sua demissão. Com o apoio das Referências e uma melhor orientação médica, Rose se mostrou mais estável, começou a conviver melhor com os colegas, além de realizar suas tarefas com a eficiência de sempre.

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Porém, com o passar do tempo, ela voltou a se ausentar sem avisar. A Referência Interna Vina/Aracê solicitou à Lucinéia, sua Referência Externa, um acompanhamento mais próximo de Rosemary, para que ela conseguisse, de forma gradativa, se adaptar à rotina de trabalho que o mercado formal exige. Rose, quando não apresenta os problemas acima citados, é considerada umas das melhores faxineiras que já passaram pela empresa. Por isso, as Referências Interna e Externa decidiram levar ao conhecimento da diretoria da Vina a dificuldade que Rose alegava para as faltas que vinha cometendo. Segundo ela, por problemas relacionados à dificuldade de ter alguém para cuidar da sua filha, não conseguia cumprir o horário estabelecido. Foi sugerida, então, a possibilidade de Rose mudar seu horário de trabalho, para que pudesse desenvolver suas funções com mais tranquilidade. A empresa acatou a sugestão das Referências e, no final do mês de novembro, ela começou a trabalhar na sua nova rotina. Pelas dificuldades que Rose apresentou no processo de adaptação ao mercado formal de trabalho, a Vina cogitou a possibilidade de substituí-la, chegando a entrevistar outros candidatos para a sua vaga. No entanto, após a adaptação de seu horário e a mudança de comportamento de Rose, a Vina suspendeu esse processo, pois acredita que ela, aos poucos, irá se adaptar ao trabalho, além de respeitar e reconhecer o excelente serviço que ela desenvolve dentro da sua função na empresa.

Depoimento: Este documento foi fechado em janeiro de 2011 e, na ocasião, não foi possível que Rose escrevesse sua carta-depoimento.

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Contratados Aracê em ação na frente de serviço

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5 – Ex-contratados Aracê Para saber detalhes sobre os ex-contratados, gentileza consultar a documentação dos anos anteriores em ‘contratações’. Éderson André de Oliveira Contratado do Programa da Saúde Mental. Até a data de fechamento deste documento, não conseguimos obter informações sobre o seu paradeiro. Jefferson de Magalhães Fonseca Até a data de fechamento deste documento, não conseguimos obter informações sobre o seu paradeiro. João Eduardo dos Santos Silva Até a data de fechamento deste documento, não conseguimos obter informações sobre o seu paradeiro. José Ailton M. de Meireles Após sua ida à Vina em 2009, em busca de um emprego, não tivemos mais notícias sobre ele. Até a data de fechamento deste documento, não conseguimos obter informações sobre o seu paradeiro. José Geraldo Santos Até a data de fechamento deste documento, não conseguimos obter informações sobre o seu paradeiro. José Reinaldo Ramos Até a data de fechamento deste documento, não conseguimos obter informações sobre o seu paradeiro. Libério José da Silva Em agosto de 2010, ele saiu da panificadora onde trabalhava e conseguiu outra ocupação, como vigia na empresa Resende. Até a data do fechamento deste documento, a informação que temos é que Libério continua no mesmo cargo e na mesma empresa. Foi feito um contato telefônico pela Vina com Libério, que relatou que está bem e seguindo a vida tranquilamente. 44


Luceni Secundina de Oliveira Contratado do Programa da Saúde Mental. Depois de sua saída da Vina, está em busca de um novo emprego. Luiz Carlos Ferreira Santos Até a data de fechamento deste documento, não conseguimos obter informações sobre o seu paradeiro. Manoel Lúcio Lucas No final de novembro, a Referência Interna Vina/Aracê fez um contato telefônico com “Seu Manoel”, que na ocasião disse que estava trabalhando como motorista em uma empresa de asfalto, na cidade de Juatuba (MG). Paulo Eustáquio dos Santos Contratado do Programa da Saúde Mental. Até a data de fechamento deste documento, não conseguimos obter informações sobre o seu paradeiro. Ricardo Vieira Souto Em 2010, Ricardo fez um tratamento de recuperação na Igreja Batista da Lagoinha. Na ocasião, ele trabalhava nessa igreja como auxiliar e vivia aparentemente bem, não apresentava sintomas de dependência química. Reatou sua relação com a família e morava de aluguel em um bairro de Belo Horizonte. Em janeiro de 2011, a Vina, através do Departamento Socioambiental, tentou um contato com a Igreja Batista da Lagoinha – nosso único elo com Ricardo, para saber sobre seu paradeiro. Até a data de fechamento deste documento, não tivemos nenhum tipo de retorno.

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Resumo Inclusão Aracê via mercado formal de trabalho Total de contratações: 18 (dezoito) Em exercício na Vina: 6 (seis) Demissões: 12 (doze) Sendo que:  Oito pessoas: não sabemos do paradeiro;  Duas pessoas: estão empregados com carteira assinada;  Uma pessoa: está desempregada;  Uma pessoa: fez tratamento químico e se recuperou das drogas.

Situação do banco de dados SASF / Bolsa Moradia Total: 75 > Homens: 43

> Mulheres: 32

Serviços gerais: 15

Serviços gerais: 20

Sem experiência: 4

Faxineira: 3

Artesão: 1

Sem experiência: 2

Auxiliar de obras: 8

Reciclagem: 3

Balconista: 1

Balconista: 1

Catador de papel: 1

Outros: 3

Operador de máquinas: 2 Pintor: 2 Vigia/porteiro: 2 Artesão: 4 Outros: 3

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Festa de Fim de Ano A tradicional festa de fim de ano da Vina foi realizada no dia 3 de dezembro de 2011. Muitos estavam presentes e o clima foi de descontração e confraternização.

Como todo ano, durante a comemoração, a empresa sorteou presentes para a sua equipe. Este ano, apenas um contratado Aracê foi contemplado: Eric Dias, que ganhou uma máquina fotográfica. Ele ficou feliz com o prêmio.

Renato, diretor da Vina, ao lado de Eric com o prêmio.

A Vina vem desenvolvendo um programa de venda da sua sucata nobre. A renda gerada com essa ação, durante o ano, é integralmente revertida para compra de parte dos prêmios distribuídos durante as festas de fim de ano.

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Cassimara, contratada Aracê, e Kelly, referência interna.

Hildebranda e seu filho Caique

Como tradição, foi montada a árvore de sucata criada, em 2007, pelo artista Libério, excontratado Aracê.

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Conclusão A equipe da Vina vem percebendo que, a cada ano, o Projeto Aracê tem evoluído. O objetivo principal desse projeto-piloto, que é o resgate da cidadania via mercado formal de trabalho, vem se mostrando viável. Apesar de a empresa não oferecer um grande número de vagas – até agora foram 18 – a oportunidade oferecida já transformou, de alguma maneira, a vida dessas pessoas com a sua reinserção social. A quantidade de inserções pode não ser muito significativa, mas, na visão da Vina, a qualidade do processo, como um todo, prova a viabilidade do projeto. Em 2011, não foi possível desenvolver o projeto de consultoria que irá transformar as contratações Aracê em dados socioeconômicos, como já citamos em documentações anteriores. A Vina chegou a fazer contatos com profissionais da área para dar início a essa ação, porém, algumas questões internas e externas impediram que a equipe contactada desse prosseguimento a esse projeto, que acabou sendo adiado para 2012. Num futuro próximo, a partir da realização do projeto de consultoria acima citado, a Vina irá trabalhar na direção do cumprimento de outro objetivo do projeto-piloto Aracê: sensibilizar outras empresas a colocarem em prática ações de inclusão, via mercado formal de trabalho, de pessoas com trajetória de vulnerabilidade social. A partir dessa ação, a Vina acredita que pode ser possível estabelecer, gradativamente, um ciclo capaz de promover a quebra desse paradigma social.

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Ficha Técnica Vina Equipamentos e Construções Ltda Departamento Socioambiental Coordenação Cláudia Pires Lessa Criação e Programação Visual Juliana Foini Rosa Equipe de Apoio Kelly Rodrigues e Hildebranda dos Santos Capa do relatório e porta CD: Material produzido com sucata. Parceria informal do Departamento Socioambiental com Gabriela Barroso, artista plástica, professora e oficineira para jovens, com idade entre 13 e 20 anos, em situação de risco. A renda gerada nessa produção terá 50% do valor direcionado para a compra de material para as oficinas de reciclagem desenvolvidas com os adolescentes. Folhas de rosto: Desenhos digitalizados* do Jogo da Memória, criado e produzido pela Memória Gráfica – Typographia Escola de Gravura – Centro de Internação da Criança e do Adolescente, uma associação sem fins lucrativos, que tem como objetivo resgatar a cidadania de adolescentes vulneráveis. Revisão (de acordo com a nova ortografia): Élida Murta

*Pelo uso de imagens, a Memória Gráfica recebeu da Vina o valor de R$ 300,00.

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Vina Equipamentos e Construções Ltda. Coordenadora do Departamento Socioambiental Cláudia Pires Lessa Tel.: (31) 3221-2448/ 9591-5516 E-mail: vinasocial@gmail.com www.vinavina.com.br Gabriela Azevedo Tel.: (31) 9431-8561 E-mail: gabrielaazba2@hotmail.com Memória Gráfica Tel.: (31) 3468-4908 E-mail: memoriagrafica@terra.com.br Rua Conselheiro Rocha, 3.800 - Horto Belo Horizonte - MG Élida Murta – Redatora e revisora Tel.: (31) 9678-5916 E-mail: trema.textos@gmail.com

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“O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

Guimarães Rosa

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