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LIBRAS
LIBRAS
Uma das maiores barreiras que o surdo enfrenta é a da comunicação.
A linguagem é a base do pensamento e é por meio dela que surgem as manifestações sociais que vão exercer sua influência permanente por toda a vida do sujeito. Uma Língua não depende obrigatoriamente da fala para ser concretizada, pois possui em si mesma o código capaz de estabelecer a comunicação entre interlocutores, possibilitando a interação social. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma Língua com características próprias, composta por estruturas linguísticas que divergem do Português e não é universal, já que cada país possui seus códigos. É visuoespacial, ou seja, seus códigos são transmitidos por meio da visão e do espaço corporal e não pelo canal oral-auditivo. É considerada uma “Língua natural” porque ao ser exposto a ela, o sujeito a adquire de forma espontânea, da mesma forma que as crianças ouvintes adquirem uma língua oral por meio da exposição. Sua aquisição ocorre em 4 fases, muito parecidas com as vivenciadas por uma criança ouvinte, sendo elas: pré-linguística, de um sinal, das primeiras combinações e das múltiplas combinações. Assim, os indivíduos se apropriam gradualmente do vocabulário e das regras morfossintáticas de sua Língua. A Libras não possui um sistema consolidado de escrita que permita a alfabetização por meio dela. Deste modo, o aluno com deficiência auditiva utiliza o Português nas atividades que exijam o código escrito.
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Quando o sujeito surdo utiliza a Libras e também faz uso do Português (como segunda Língua) ocorre o bilinguismo. No entanto, a aquisição da segunda Língua pode ser influenciada pelo período de aquisição da primeira, e o aprendizado do Português será processado como o ensino de uma língua estrangeira, uma vez que as duas Línguas possuem estruturas diferentes. Deste modo, a produção escrita do aluno surdo poderá refletir algumas características próprias de sua primeira Língua, como omissão de artigos, acentuação e flexão verbal. A maior parte das crianças surdas só vai ter contato com a Língua de sinais no período escolar. Assim, é imprescindível que o professor conheça e compreenda os processos que envolvem a aquisição da linguagem pelo surdo, a fim de se organizar no sentido de trabalhar formas adequadas para facilitar a apropriação do conhecimento pelo aluno. O apoio do Atendimento Pedagógico Especializado em sala de recursos e a participação do professor interlocutor para os surdos que utilizam Libras são parte importantíssima nos resultados da aprendizagem, já que servirão como suporte proporcionando uma melhor inclusão e desenvolvimento do aluno no ambiente escolar
´ ˆ REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Referência Bibliográfica:Lodi, A. C. B., Mélo, A.D.B. de, Fernandes, E. (Org.) Letramento, Bilinguismo e Educação de Surdos. 2ed. Ed. Mediação. Porto Alegre: 2015.
´ CREDITOS REALIZAÇÃO Fundação Faculdade de Medicina COORDENAÇÃO Damião Silva Marluce Camarinho ELABORAÇÃO Lucila Rossit Paula Pedott REVISÃO Damião Silva APOIO TÉCNICO Damião Silva PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Vinícius Andrade
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Este ĂŠ um material meramente informativo.