Revista Mostra Quatro Estações 10 Anos

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Mostra Quatro estações - 10 anos

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Ao longo de quase três décadas de existência, o Festival de Cinema de Vitória sempre foi uma janela para pensar o Brasil. Em todas as nossas sessões, sempre houve espaço para diversas possibilidades de existência, além de acompanhar as transformações tanto sociais quanto comportamentais do mundo. A Mostra Quatro Estações - 10 Anos é um exemplo disso. Ao longo da última década, a janela temática, acompanhou por meio do audiovisual as histórias e as transformações pelas quais a comunidade LGBTQIAP+ passou. São realizadores e realizadoras, que se reconhecem em orientações sexuais e identidades de gênero distintas, e que tomaram o protagonismo de suas narrativas tanto na frente quanto atrás das câmeras. São filmes que fogem das narrativas tradicionais, propõem novos olhares e ampliam a pluralidade de temas no cinema brasileiro. São produções que extrapolam a nossa sessão temática e realizam um crossover em várias outras janelas do festival, o que comprova a força desses filmes . Essa retrospectiva também reafirma a potência, a criatividade e a atemporalidade de muitas dessas produções e da importância do cinema queer para o audiovisual brasileiro.

Lucia Caus Diretora do FCV


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Olá leitor, Como cantam Marisa Monte, Carlinhos Brown e Nando Reis, o Brasil não é só verde anil e amarelo, mas também é cor de rosa e carvão. Mais do que suas riquezas e belezas naturais um país é formado por sua população. E essa gente é bem colorida! Brancos, negros, amarelos. E dentro dessas cores existe uma pluralidade sem fim de pessoas com identidades de gênero e orientações sexuais diferentes. Janela temática voltada para visibilizar a comunidade LGBTQIAP+, a Mostra Quatro Estações completou 10 anos em 2020 e ganhou uma mostra retrospectiva que, por meio do audiovisual, celebra, reflete e estimula a empatia sobre as novas possibilidades de existir. A seleção apresenta um recorte dessas vivências, através de dez curtas, que contam um pouco da história da comunidade na última década. Nesta revista você confere o texto dos curadores Erly Vieira Jr e Waldir Segundo, em que a dupla fala sobre a seleção dos filmes e apresenta uma linha temporal sobre o cinema queer brasileiro, além das fichas técnicas dos 10 filmes que fazem parte da sessão. Na sequência, uma matéria falando sobre a importância da Mostra Quatro Estações ao longo dos últimos dez anos e uma lista com os 65 filmes que já foram exibidos na janela audiovisual na última década. Boa sessão. Boa leitura.


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sumário 07 Mostra Quatro Estações – 10 anos 14 Fichas Técnicas dos filmes

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Mostra Quatro Estações: 10 anos de luta e pluralidade no audiovisual brasileiro

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Mostra Quatro Estações – 10 anos Erly Vieira Jr e Waldir Segundo curadores

Há dez anos, o Festival de Cinema de Vitória mantém uma sessão específica para a produção audiovisual LGBTQIAP+, traçando um panorama amplo e inclusivo acerca de suas tendências, discursos e estéticas. Após dez edições, o conjunto de filmes exibidos na Mostra Quatro Estações nos permite compreender não somente o quanto essa produção foi se transformando com o passar do tempo, mas também vislumbrar quantos mundos possíveis podem ser imaginados e concretizados, com base na diversidade de gênero e sexualidade. Se, nos anos 2000, boa parte dos curtas brasileiros situados nessa vertente ainda giravam em torno de realizadores e personagens gays, brancos, cisgêneros, da classe média urbana sudestina e de seus problemas e pontos de vista, a segunda década do século XXI vê uma verdadeira diversificação dessa produção, diante e detrás das câmeras, não somente em termos geográficos, mas também de raça, classe social e, principalmente de gênero – ampliando consideravelmente o número de filmes feitos por e para mulheres, pessoas trans e negres, bem como ampliando as questões e olhares que esses filmes lançam, a partir dos inúmeros modos de existir que surgem em cada letra que compõe a sigla que jamais cabe na previsibilidade das caixinhas heteronormativas.

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Para evidenciar essa multiplicidade, bem como compreender um pouco mais do impacto dessa produção no contexto do cinema brasileiro atual, selecionamos dez filmes apresentados nas dez edições da Mostra Quatro Estações, dentre os que receberam o Troféu Marlene de Melhor Filme e os agraciados com menções honrosas. O capixaba Meninos do Arco-Íris é um belo mergulho nas diversas possibilidades que se colocam para além da redutora dualidade entre masculino/feminino como pólos opostos e inconciliáveis – afinal, há tantas masculinidades e feminilidades possíveis para além da heterossexualidade padrão, formando um complexo degradée que varia de acordo com as experiências e anseios de cada pessoa, ao construir cotidianamente sua própria identidade de gênero. Convictas, também capixaba, aborda a perspectiva de mulheres que amam mulheres, mas rejeitam um modelo de feminilidade socialmente imposto, em busca de possibilidades que melhor se adequem a seus corpos e desejos.

Convictas, de Kamila Barbosa Ferreira, originalmente exibido no 27º FCV. Foto: Divulgação


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Wonderfull – Meu Eu Em Mim, de Dário Jr, originalmente exibido no 24º FCV. Foto: Divulgação

Wonderfull – Meu Eu Em Mim conta a trajetória de Natasha Wonderfull e de sua experiência como mulher trans, enfermeira e militante. O filme propõe uma dinâmica com os transeuntes, no centro de Maceió: colocar-se no lugar do outro e imaginar como seria viver um dia de Natasha. Com uma mise-en-scène e direção de arte não-naturalistas, azul vazante lida, a partir de belíssimos simbolismos, com uma difícil relação entre mãe cis e filha trans, cujo cicatrizamento só pode se dar ao se reconhecer a potência daquilo que ainda transborda para suas margens. A noção de performance também atravessa Quem Tem Medo de Cris Negão?. Ao convidar diversas travestis, profissionais da noite paulistana, para contarem as histórias e crueldades da última e mais controversa cafetina do centro de São Paulo. Podemos observar isso já em seus primeiros momentos, quando uma entrevistada pergunta se deve se comportar como se

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Quem Tem Medo de Cris Negão?, de René Guerra, originalmente exibido no 19º FCV. Foto: Divulgação

respondesse às perguntas de um policial ou de um jornalista (já que cada um requer um tipo de “discurso de verdade” diferente) até o próprio recurso de filmar alguns dos depoimentos através dos reflexos num espelho estilhaçado – o que remete à própria consciência de um mundo cujas relações se dão como se tudo fosse um grande teatro de sabor camp. Há também as performances que fazem do próprio corpo um experimento desejante, posto à deriva. Nova Dubai, ao se situar num espaço urbano que se configura como um permanente canteiro de obras, aos sabores da especulação imobiliária, aposta na perambulação de seus protagonistas por esses espaços, em busca de novas práticas que permitam gastar transgressivamente seus próprios corpos, ao sabor de suas vontades imediatas e do próprio ócio. A cada novo encontro, novos jogos sexuais, com regras bastante próprias, para serem seguidas e quebradas à medida que novos prazeres emergem.


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Nova Dubai, de Gustavo Vinagre, originalmente exibido no 22º FCV. Foto: Divulgação

Bonde é protagonizado por uma jovem trans, uma lésbica e uma bicha afeminada e gorda, todas na faixa etária dos vinte e poucos anos, moradoras da favela de Heliópolis. Transbordantes e atrevidas, saem em busca de diversão na noite da maior metrópole do país. O curta concebe o espaço urbano como palco de permanentes negociações para pessoas LGBTQIAP+ negras periféricas: um território em que os prazeres e os perigos sucedemse sem maiores cerimônias, e que para se sobreviver é sempre preciso estar atenta e forte, especialmente quando o corpo não se encaixa nos padrões hegemônicos. Com uma linguagem que dialoga diretamente com a cultura pop juvenil dos dias de hoje, o filme manda o mais precioso dos recados: “Fiquem unidas!”

Bonde, de Asaph Luccas, originalmente exibido no 27º FCV. Foto: Divulgação

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Cuscuz Peitinho, de Rodrigo Sena e Julio Castro, originalmente exibido no 23º FCV

Novas paisagens, antes inexploradas pelo cinema queer brasileiro, também ambientam experiências cada vez mais diversas e surpreendentes: Cuscuz Peitinho é uma história que fala de amizade, desejo de liberdade e descoberta de si, ambientada na periferia de Natal, no Rio Grande do Norte – sempre abrindo espaço para os detalhes e pequenas alegrias da vida, como numa ida de um grupo de amigos para a praia. Já Stanley nos transporta

Stanley, de Paulo Roberto, originalmente exibido no 24º FCV. Foto: Divulgação


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a Nazarezinho, no sertão paraibano, para nos conduzir numa trama de poderoso suspense e sensualidade, onde a explosão do desejo, tendo somente a natureza como testemunha, não somente energiza os corpos (filmados e espectatoriais) como oferece alguma brecha para se driblar um armário cotidiano cujo peso do cadeado muitas vezes é insustentável. E há, na potência dos encontros, a possibilidade do amor como um afago que assinala a possibilidade de um novo começo, da superação da solidão. Tea For Two fala do amor entre mulheres – uma trans, outra cis – e das mútliplas expectativas que dali podem surgir. Ao misturar as fortes emoções do melodrama com uma certa cumplicidade que nos lembra os casais de comédias românticas, sempre sob uma ótica feminina, o filme de Julia Katharine aposta na delicadeza como uma chave de entendimento do mundo, uma poderosa forma de resistir e existir.

Tea For Two, de Julia Katharine, originalmente exibido no 26º FCV. Foto: Divulgação

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MENINOS DO ARCO-ÍRIS de Herbert Bastos e Lamartine Netto [DOC, 24', ES, 2013] Sinopse: Anita é uma menina que mora numa ilha repleta de passagens para mundos secretos. Ao encontrar a porta que levará ao Arco Íris - universo mágico habitado por sete seres encantados - Anita realizará seu desejo de se transformar em menino? Elenco: Dayse Lilica, Tarcila Open, Royce Luckessy I Roteiro: Herbert Fieni I Produtor Executivo: Herbert Fieni I Direção de Fotografia: Gabriele Stein e Caio Perin I Montagem: Herbert Fieni e Diego Peruch I Trilha: Constantino Buteri I Som Direto: Alessandra Toledo I Edição de Som: Herbert Fieni I Direção de Arte: Herbert Fieni e Lamartine Neto.

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CONVICTAS de Kamila Barbosa Ferreira [DOC, 16’, ES, 2020] Sinopse: Lésbicas caminhoneiras, fanchas, sapatonas: mulheres que amam outras mulheres e que rejeitam a feminilidade imposta a elas como algo inerente à mulher, buscando evidenciar a sua rotina, como relação com o trabalho, amigos, família, amor e sociedade. Essa é a história de Natália, Thie e Lorena. Assistente de Direção: Brunna Rolim I Roteiro: Brunna Rolim e Kami Barbosa I Produção Executiva: Gabrielly Taffner I Direção de Fotografia: Daniel Justino I Câmera: Brunna Rolim, Daniel Justino e Débora Reis I Assistente de Câmera: Carolaine Rocha I Produção: Débora Reis I Assistente de Produção: Gabriela Brasil I Captação de Som: Gabrielly Taffner I Assistente de Som: Carolaine Rocha e Lucas Lamas I Edição de Som: Brunna Rolim I Montagem e Finalização: Brunna Rolim I Identidade Visual: Gabrielly Taffner I Orientadora: Suellen Vasconcelos.


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WONDERFULL- MEU EU EM MIM de Dário Júnior [DOC, 21’, AL, 2016] Sinopse: Nem sempre os começos são felizes, mas isso não importa para Natasha Wonderfull, pois ela sabe que o que a define são suas escolhas e quem deseja ser. Roteiro e Direção de Arte: Dário Júnior l Assistente de Direção: Thiago Almeida I Continuidade: Maysa Reis I Ator: Alexandrëa Constantino I Personagem: Natasha Wonderfull I Fotografia e Montagem: Paulo Silver I Assistente de Fotografia: Renata Baracho I Still: Itawi Albuquerque I Logger & Colorização: Marcos André I Gaffer: Edner Careca I Produção Executiva: Viviane Araújo I Produção de Set: Viviane Araújo I Assistente de Produção: Isis Silva I Assistente de Produção: Rubiana Oliveira I Som Direto, Desenho de Som e Trilha Sonora Original: Emmanuel Miranda.

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AZUL VAZANTE de Julia Alquéres [FIC, 16', SP, 2018] Sinopse:Uma mãe procura o filho em um leito hospitalar; encontra a filha entre margens e marés, do centro vaza azul. Elenco: tekaromualdo I dianamadison I joãovitor de sousa modesto I renatagaspar I iemanjá I praça da sé, incluindo moradores/as e passantes I Roteiro: juliaalquéres I Direção de Fotografia: giovannapezzo I Montagem: victorfisch, juliaalquéres I Produção: ale cedeño I Direção de Arte: camila tarifa I Design de Som: rosanastefanoni I Som Direto: rodneyblanco I 1a. Assistência de Direção: nataliapiserni I 2a. Câmera: otáviopacheco I Assistência de Fotografia: guilhermeghussn, giulianorossi I Logger: rodrigo madeira I Assistência de Montagem: otáviopacheco I 2a. Assistência de Direção: gabrielapiserni, thais almeida I Produção Executiva: camila tarifa, juliaalquéres I Produção de Elenco carol rodrigues, juliaalquéres I Preparação de Elenco: marina tenório I Movie Location Management: alinefantinatti I Produção de Set: ale cedeño I Assistência de Produção: rafaelcopel, luiza m. de o. ribeiro, lucianabenevides I Contrarregra: beto eiras I Microfonistas: diogocardoso, mari moura, victorfisch I Motorista: hugoantonionery I Alimentação: danielauemura I Legendas: marcos casilli I Assistência de Arte: beto eiras I Figurino bartiradavis I Maquiagem: anitatagliavini I Cor: valeria hidalgo, brunnoschiavon I Coordenação de Pós-Produção: guilhermeghussn I Estúdio de Finalização: clandestino.


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QUEM TEM MEDO DE CRIS NEGÃO? de René Guerra [DOC, 25’, SP, 2012] Sinopse: Cristiane Jordan, ou Cris Negão como era chamada, foi uma travesti cafetina do centro de São Paulo conhecida por seus métodos violentos de controle das outras travestis. Odiada e temida por uma legião, ela também tinha seus fãs, até que tragicamente foi assassinada com dois tiros na cabeça. O filme é um mergulho no universo das travestis, a partir dessa figura lendária do submundo de São Paulo . Elenco: Phedra D. Córdoba, Gretta Star, Thalia Bombinha, Roberta Gretchen, Marlene Loçasso e Divina Núbia I Roteiro: René Guerra I Produção: Juliana Vicente I Direção de Fotografia: Matheus Rocha I Direção de Arte: Maíra Mesquita I Montagem: Yuri Amaral I Edição de Som: Guile Martins I Mixagem: Fernando Henna I Empresa Produtora: Preta Portê Filmes.

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NOVA DUBAI de Gustavo Vinagre [FIC, 50’, SP, 2014] Sinopse: Num bairro de classe média numa cidade do interior do Brasil, a especulação imobiliária ameaça os espaços afetivos da memória de um grupo de amigos. Sua resposta diante dessa iminente transformação é praticar sexo em locais públicos e nessas construções. E o amor? É apenas mais uma construção? Elenco: Gustavo Vinagre, Bruno D’Ugo, Fernando Maia, Hugo Guimarães, Marta Vinagre, Caetano Gotardo, Herman Barck, Daniel Prates I Producão: Max Eluard I Cinematographer: Matheus Rocha I Editor: Rodrigo Carneiro I Direção de Arte: Fernando Zuccolotto I Som: Jonathan Macías.


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BONDE de Asaph Luccas [FIC, 18’, SP, 2019] Sinopse: Três jovens negros da favela de Heliópolis saem em busca de refúgio na vida noturna LGBT+ do centro da cidade de São Paulo. Elenco: Principais: Eric Oliveira como Raí, Alice Marcone como Lua e Joyce Brito como Camis. Secundários: Fabiana Pimenta como ThauanY, Suka Barros como Nikolas, Miriam Limma como Ruth (mãe de Camis), Audre Werneck como Trans Finíssima, Katy da Voz como Bicha Conceito, Marcela Nogueira como Sapatão Fancha, Yorhan Mathias como Bicha Afrofuturista, Bruno Casemiro como Policial #1 e Jean Jacques do Brasil como Policial #2 I Ass. de Direção: Guilherme Candido e Joyce Santos I Direção de Fotografia: Tatiane Ursulino I Direção de Arte: Gabriel Soares e Oliv Barros I Produção Executiva: Caroline Santos I Direção de Produção: Leonardo Domingos I Montagem: Gabriel Soares e Guilherme Candido I Roteiro: Coletivo Gleba do Pêssego: Asaph Luccas, Caroline Santos, Gabriel Soares, Guilherme Candido, Joyce Santos, Leonardo Domingos, Oliv Barros, Tatiane Ursulino I Continuísta: Brenda Dantas I Produção de Casting: Lucas Alves I Produção de Locação: Ricardo Barbosa I Produção Local: Marcelo Borges Leal I Ass. de Produção: Sabrina Teixeira e Vanessa Izidorio I Câmera: Camila Izidio e Tatiane Ursulino I Ass. de Câmera: Camila Izidio e Gabriel Arruda I Fotografia Still e Making Off: Georgia Niara I Fotos de Divulgação: Camila Tuon I Logger: Gabriel Arruda e Victoria Negreiros I Ass. de Arte: Ione Maria I Ass. de Figurino: Larissa Martins I Maquiagem: Larissa Oliveira I Ass. de Maquiagem: Luciano Rodrigues I Cabelo: Driih Oliveira I Ass. de Cabelo: Gajuba Hair I Edição e Desenho de Som : Dandara Sonora I Som Direto: Juliana Santana I Captação de Som Extra: Andressa Bodê e Letícia Yabá I Trilha Sonora Original: .enzo I Música: Aquecimento das Maravilhas (DJ Diogo / MC Thaysa Maravilha), interpretado por Bonde das Maravilhas, fonograma cedido por Galerão Records/Sony Music I Coordenação de Pós Produção: Leonardo Domingos I Ass. de Edição: Leonardo Domingos I Motion Designer: Ivano I Pós Produção - Quanta Post: Direção Geral: Guilherme Ramalho e Hugo Gurgel. Colorista: Luisa Cavanagh. Supervisão de Coordenação: Giovanna Rezende. Coordenação: Nilma Gomes. Financeiro: Maria Emília Tavares. Assistente Administrativo: Amanda Belintani e Maria de Fatima Lacerda. Intermediação Digital: Camila Pereira. Laboratório Digital: Felipe Hortencio, Guilherme Castelli e Pedro Godoy. TI: Afranjo Pedroso e Ricardo Mello Côrte Real. Controle de Qualidade: Samarah Kojima I Catering: Isabel Cândida I Motoristas: Luiz da Kombi e Vagner Nery Pereira I Segurança: Antonio Marcos Ferreira Filho I Figuração: Alexsandra Laura, Amilton Guedes Bispo, Ana Gabriela, André da Silva Reis, Brenda Caroline de Araújo, Claudinei Silva, Caroline Santos, Deyzerre, Diney Silva, Douglas Paiva, Douglas Ribeiro, Emerson Warlli da Silva, Erick Ramos, Felipe Lopes, Gabriel Soares, Guilherme Candido, Guilherme Martins, Heitor Ferreira, Jessica Ferreira, Joyce Santos, Juliana Santana, Karina Soares Pereira, Larissa Martins, Leandro Salles, Leonardo Cardoso da Silva, Leonardo Domingos, Luciana Alves, Marcelo Anderson Silva de Lima, Maria do Carmo, Miss Tacaca, Oliv Barros, Profânia, Ramon José Gomes da Silva Filho, Regiane Anjos, Roseli Segala, Ruan de Araujo Viana, Tatiane Deize de S. Miranda, Thamires Sobri, Valquiria Proence, Victoria Eemily Correia dos Santos, Vitoria Zummak, Vitor Proence, Viviane Maisa, Well Bruno, Yziblack I Agradecimentos: Ana Giza, Ana Martins, Andressa Bodê, Ariana Lackshmi, Baiuca's Bar, Beatriz Pessoa, Bonde das Maravilhas, Brechó Desencanto, Chupa A Firma, Elirone Rosa, Elitecam, Emeri Amaro Tavares Varela, Emerson Silva, FESPSP - Faculdade de Sociologia e Política de São Paulo, Gabriela Leite, Gisele Lopes de Oliveira, Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias, Joana D’arc Soares Silva, Marcelo Borges Leal, Mari Santos, Monique Lemos, MR5, Natália Albuquerque, Pujança, Quanta, Quanta Post, Rolê Locadora de Vans, Roque, Sidnei Batista I Agradecimentos especiais à toda comunidade de Heliópolis que nos acolheu e fez possível a gravação desse filme, especialmente: Adivane Santos da Silva, Diego Morais Santana, ETEC Heliópolis, João Florentino da Silva, Marlene, Nínive Loraine Ferreira do Nascimento, Zé Rodrigues.

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CUSCUZ PEITINHO de Rodrigo Sena e Julio Castro [FIC, 15', RN, 2016] Sinopse: Karol, 27 anos, sempre esteve aos cuidados da tia conservadora. Em sua ausência ele permite se descobrir com a ajuda de um novo amigo. Elenco: Sandro Souza, Hyago Pinheiro, Rodrigo Silbat, Pedro Queiroga, Ênio Cavalcante, Carla Mariane I Roteiro, Direção de Fotografia e Montagem: Rodrigo Sena e Julio Castro I Argumento: Rodrigo Sena I Preparação de Elenco e Produção Executiva: Arlindo Bezerra I Mídias: Nathalia Santana I Direção de Arte e Produção: Gustavo Guedes I Som Direto: Gustavo Guedes, Fabinho, Jota Marciano I Desenho de Som e Mixagem: Jota Marciano I Finalização: Rodrigo Fernandes I Designer Gráfico: Caio Vitoriano I Trailer: Rafael Araújo I Música: Luisa e os Alquimistas - Brechó, Conde do Brega - Se Minha Vida é Errada, Igapó de almas - Até Sonhar I Tradução: Julian Cola - Inglês, Beatriz Brooks – Espanhol I Apoio: Ilha Deserta, Astromar Filmes, A Boca – Espaço de Teatros, Studium Jota Marciano, Betapro Este filme foi finalizado através do edital de Economia Criativa de apoio a Projetos culturais viabilizado pelo Sebrae RN.


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STANLEY de Paulo Roberto [FIC, 19', PB, 2016] Sinopse: Quando eu tinha sete, oito anos... vi meu pai conversando com um amigo. Não entendia muito bem o que eles estavam falando... o que eu mais lembro era dos lábios mexendo. Fiquei com vontade de beijar a boca do amigo do meu pai! Elenco: Laís Lacerda, Rafael Guedes, Maria Aparecida, Carlos André e Aelson Felinto I Roteiro: Paulo Roberto I Direção de Fotografia: Luís Barbosa I Direção de Arte: Diógenes Mendonça I Figurino: Aurora Caballero e Diógenes Mendonça I Som Direto: Gian Orsini I Produção Executiva: Cybele Soares I Montagem: Diego BenevidesI Edição de Som e Mixagem: Rafael Borges.

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TEA FOR TWO de Julia Katharine [FIC, 25', SP, 2018] Sinopse: Silvia é uma cineasta de meia idade em crise com sua vida. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da exesposa, que a largou há alguns anos, conhece outra mulher que a fascina. Elenco: Gilda Nomacce, Amanda Lyra, Julia Katharine, Carlos Eduardo Valente e Lui Seixas I Direção de Produção e Produção Executiva: Lara Lima e Laila Pas I Roteiro: Julia Katharine I Direção de Arte: João Marcos de Almeida I Fotografia: Cris Lyra I Montagem: Beatriz Pomar I Som: Vanessa Silva I Edição de Som: Marilia Mencucini e Mariana Vieira ITrilha Sonora: Adriana Davi.


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Mostra Quatro Estações: 10 anos de luta e pluralidade no audiovisual brasileiro “Um dado fundamental para a Mostra Quatro Estações é o fato de ela não ter sido programada de partida, mas sim imposta pelo conjunto de filmes de temática LGBT que encontramos em meio a curadoria. Surgida no ano passado como um evento único, em forma de mostra paralela que apresentava um panorama deste cinema nos últimos anos, em 2012, a Mostra Quatro Estações ganha caráter oficial, competitivo, e o espaço tradicional da meia-noite, como já acontece nos festivais mundo afora. Para além de filmes com temática próxima em outras seções do Festival de Vitória [...] este grupo poderoso e diverso de curtas acabou pedindo para si um espaço de exibição”.

Público chegando a 5ª Mostra Quatro Estações. Foto: Tati Hauer

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Rodrigo de Oliveira na 5ª Mostra Quatro Estações. Foto: Tati Hauer

Desta forma, o diretor e roteirista Rodrigo de Oliveira, à época curador do Festival de Cinema de Vitória apresentava a 2ª edição da Mostra Quatro Estações. Apesar de já enxergar um caráter de comunidade na janela audiovisual, que abarcava as diversas letras que compõem a diversidade do grupo, a produção do começo da década ainda era, em sua maioria, monotemática. “10 anos atrás nós falávamos basicamente de um cinema gay cis branco, e felizmente isso já não é verdade atualmente”, explica o realizador Para Rodrigo, o atravessamento de raça e outras possibilidades de orientações sexuais e de gênero - que ocuparam novos lugares nas produções audiovisuais - pluralizou o olhar e as narrativas ao longo dos últimos anos. “A experiência trans e lésbica deixa de ser algo que se filma apenas como objeto, são noves realizadores que surgem com voz própria, e há um distanciamento da branquitude, um cinema queer que é preto, que é indígena, que vem de fora do centro, e tudo isso fala de outro lugar social e histórico, de outras vivências que estiveram à margem da própria margem, e hoje é onde está o mais vivo e interessante cinema brasileiro LGBTQIAP+”.


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Curadora da 8ª Mostra Quatro Estações, exibida no 25º Festival de Cinema de Vitória, a professora, crítica e curadora de cinema, com pesquisa sobre Afrofuturismo e o Cinema Negro, Kênia Freitas refirma o aumento da produção feminina nos filmes de realizadores e temática LGBTQIAP+. “É notável o crescimento na produção de filmes por mulheres lésbicas e trans. Isso se reflete evidentemente na curadoria da mostra. E também em como as temáticas e experimentações narrativas dos filmes programados se ampliam com essa presença mais intensa. E me parece fazer todo sentido com o aumento das discussões de interseccionalidade no movimento e na sociedade em geral”. Um exemplo disso é o filme Convictas, de Kamila Barbosa Ferreira, exibido na 10ª edição da Quatro Estações. O documentário aborda a perspectiva de mulheres que amam mulheres, mas rejeitam um modelo de feminilidade socialmente imposto. Para a realizadora, a presença das mulheres no audiovisual braileiro é uma curva em constante ascensão. “Cada vez que nós, mulheres, avançamos, os espaços que não eram ocupados por nós, passam a ser ocupados e reivindicados, então para mim, é natural que essa participação fique cada vez mais evidente, afinal, lutamos para estar nele (cinema) todos os dias”. Exibição Ter o filme exibido em um grande festival é o desejo de vários realizadores em início de carreira. Com Kamila Barbosa Ferreira não foi diferente. "Foi um sonho pra gente”, afirmou a diretora. “Fizemos o Convictas com a intenção de que fosse um documentário leve, que abordasse a lesbianidade de um jeito alegre, sem aquela tristeza característica das produções LGBTQIAP+ e que atingisse todos os públicos, sabe? Então ver o nosso filme selecionado para o Festival foi uma realização, foi a comprovação de que também é possível contar histórias felizes”.

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Exibição da Mostra Quatro Estações. Fotos: Débora Benaim

Com uma carreira mais longeva no audiovisual, Emerson Evêncio foi o primeiro diretor a exibir uma produção do Espírito Santo na Mostra Quatro Estações, o curta-metragem Angorá. O filme, que marcava a estreia do diretor, trata dos desencontros de Bruno, Fabrício, Silvio, Lucio e um gato, em uma narrativa nãolinear para falar sobre o medo, a culpa, o ego e o sensível pelo olhar felino. “Fiquei muito feliz com a seleção do Filme, foi um momento de comemoração. Naquele instante iniciava uma longa jornada da Mostra Quatro Estações”, relembra ele. Importância Tendo números alarmantes de homofobia - somente em 2020, 237 pessoas perderam a vida para a violência LGBTfóbica no Brasil, segundo dados do relatório “Observatório das Mortes Violentas de LGBTI+ No Brasil – 2020”, realizado pelo Grupo Gay da Bahia e pela Acontece Arte e Política LGBT+, de Florianópolis - a Mostra Quatro Estações é mais um espaço para o debate, a reflexão e a celebração das vivências desta população por meio do audiovisual. “A Mostra Quatro Estações é de extrema importância, no Brasil um


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Exibição da Mostra Quatro Estações. Fotos: Débora Benaim

homossexual é morto a cada 28 horas por conta da homofobia, vale lembrar que cerca de 70% dos casos, assassinatos de pessoas LGBTQIAP+ ficam impunes”, pontua Emerson Evêncio. “O Cinema traz essa liberdade de expressão, reflexão e abertura para diálogos. Necessitamos de empatia, precisamos imediatamente de mudanças e o fundamental "Respeito à Diversidade". Para Rodrigo de Oliveira, “a esperança é sempre a de que as mostras minoritárias comecem a avançar para o centro das programações, e acho que o cinema brasileiro LGBTQIAP+ consegue hoje ocupar um lugar central nas discussões, os filmes dessas últimas décadas proporcionaram isso, o protagonismo”, pontua o diretor, que na sequência pondera: “ao mesmo tempo, fiz minha primeira Mostra Quatro Estações em 2012, e a sensação é que o cinema evoluiu e a sociedade que o gera regrediu: a estes filmes do presente ainda cabem lutas que são históricas, ao mesmo tempo em que a consciência da comunidade cresceu junto com a demanda de intervenção política na luta pela existência, expressāo e a própria

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sobrevivência dos nossos pares”. Para Kênia Freitas a mostra cumpre um papel sinalizador da pluralidade do cinema LGBTQIAP+. “Acho que a importância é primeiro estratégica: ressaltar o volume da produção de filmes LGBTQIAP+. Hoje em dia é uma produção incontornável. A segunda é justamente pensar na variedade, na não essencialidade do cinema LGBTQIAP+. E uma mostra específica que coloca vários filmes na mesma sessão ajuda a perceber essa diversidade. E por fim há a importância conceitual da curadoria pensar e propor tendências e caminhos dessa produção” explica a pesquisadora. Sessões As sessões da Mostra Quatro Estações sempre foram um espaço de diversidade. O público que comparece está sempre aberto a novas propostas audiovisuais, além de ser um local de encontro. E conta com espectadores fiéis. O funcionário público, André Luiz, acompanha as sessões desde o início e, mesmo em 2020 com a exibição on-line em função da pandemia do Coronavírus, ele não deixou de prestigiar. “Acompanho a mostra desde a sua primeira edição, em que o então Vitória Cine Vídeo apresentava uma seleção de curtas de temática LGBTQIAP+. Sempre frequentei para entrar em contato com esse universo tão diverso que permeia a comunidade”. André também acredita que a janela é um espaço potente para que o público em geral se aproxime das temáticas LGBTQIAP+ através do audiovisual. “Indicaria a mostra para todos que desejam entrar em contato e conhecer um pouco mais a fundo a diversidade que existe no meio LGBTQIAP+ e que é tão bem representada na mostra”.


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Rodrigo de Oliveira também guarda com carinho as noites de exibição. “O que mais me marcava mesmo era a própria sessão, a sensação da comunidade se reunindo na sala de cinema à meia-noite, ver como cada filme conversava com o outro e com a platéia, a inevitável festinha na saída da sessão já na madrugada, ainda inebriados pelos filmes”. Os Preferidos Os entrevistados para essa matéria indicaram seus filmes de temática LGBTQIAP+ preferidos que foram exibidos tanto na Mostra Quatro Estações quanto em outras janelas do Festival de Cinema de Vitória. Rodrigo de Oliveira: “São vários, Canto de Outono, do André Antônio, Tubarāo, do Leo Tabosa, os filmes do Gustavo Vinagre e do Rafael Aidar e do René Guerra, que estiveram na mostra mais de uma vez”.

O diretor Emerson Evêncio (a direita) com o realizador Anderson Bardot no 23º FCV. Foto: Tati Hauer

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Kênia Freitas: "Sair do Armário, da Marina Pontes é um filme que sempre me causa um grande efeito. Ele parte de um dispositivo simples, mas é arrebatador emocionalmente”. Kamila Barbosa Ferreira: ”O filme que mais me marcou foi o curta NEGRUM3, assistido no 26º FCV (o filme foi vencedor do Troféu Vitória de Melhor Filme da Mostra Competitiva Nacional de Curtas), que foi o último que pude ir presencialmente. A estética do filme, que é um dos principais pontos abordados pelo roteiro, traz questionamentos essenciais para a nossa sociedade. Provocar através da estética, de que como a bixa preta é vista, em como o corpo negro é visto e julgado o tempo todo, a direção do Diego Paulino, tudo perfeito. O Convictas estava nascendo e assistindo NEGRUM3, só tive mais certeza do caminho que estávamos tomando”. Emerson Evêncio: “O filme que me marcou foi O Clube, do diretor Allan Ribeiro. No final da apresentação o público não parava de aplaudir, os créditos terminaram e todos estavam deslumbrados, um cenário incrível para admirar. O Allan é um realizador muito querido no mercado, eu acompanho os trabalhos realizados por ele e nesse curta-metragem foi apresentado o espaço "Turma OK", do Centro do Rio de Janeiro, um lugar de entretenimento, Luta e RESISTÊNCIA. Merecidamente recebeu o prêmio de Melhor Filme, no Festival de Cinema de Vitória em 2014”. André Luiz: “Bonde da 10ª Mostra Quatro Estações porque ele ressalta a realidade de três LGBTs periféricas que vivem em Heliópolis, São Paulo, e sua busca por diversão na região central da cidade”.


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Mostra Quatro Estações 65 filmes de 15 estados brasileiros de 05 regiões do Brasil

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27º FCV 10ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr, Waldir Segundo, Flavia Candida - BABI & ELVIS (DOC, 18’, MG, 2019) de Mariana Borges - AGACHEM, SEGUREM, FORMEM, ARRASEM (DOC, 10’, SP, 2020) de Caio Baú - BONDE (FIC, 18’, SP, 2019) de Asaph Luccas - CONVICTAS (DOC, 16’, ES, 2019) de Kamila Barbosa Ferreira

26º FCV 9ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr, Waldir Segundo, Flavia Candida – PEIXE ( FIC, 17’, MG, 2019) de Yasmin Guimarães – REFORMA (FIC, 15’, PE, 2018) de Fábio Leal – SELMA DEPOIS DA CHUVA ( FIC, 12’, SC, 2019) de Loli Menezes – SUPERPODEROSA MATHILDA ( DOC, 21’, ES, 2018) de João Giry – TEA FOR TWO ( FIC, 25’, SP, 2018) de Julia Katharine – VIGIA ( FIC, 22’, RJ, 2018) de João Victor Borges

25º FCV 8ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr, Kênia Freitas, Luana Cabral e Waldir Segundo - SAIR DO ARMÁRIO ( DOC, 3’, BA, 2018) de Marina Pontes - LÉSBICA (EXP, 5, BA, 2018) de Marina Pontes - NETUNO ( FIC, 17’, GO, 2017) de Daniel Nolasco


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- AZUL VAZANTE ( FIC, 16’, SP, 2018) de Julia Alquéres - SAM ( FIC, 8’, RJ, 2017) de Miguel Moura e Julia Souza - INCONFISSÕES (DOC, 21’, RJ, 2017) de Ana Galizia - YOMANGO (FIC, 12’, BA, 2018) de Alexandre Guena e Rafaela Uchôa 24º FCV 7ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr, Gustavo Guilherme, Luana Cabral e Waldir Segundo - VANDO VULGO VEDITA (FIC, 20’, CE, 2017) de Andréia Pires e Leonardo Mouramateus - BAUNILHA (DOC, 13’, PE, 2017) de Leo Tabosa - TAILOR (ANI, 9’, RJ, 2017) de Calí dos Anjos - ROMA (FIC, 20’, SP, 2017) de Charles C.S. Ferreira - LATIFÚNDIO (EXP, 11’, RJ, 2017) de Érica Sarmet - STANLEY (FIC, 19’, PB, 2016) de Paulo Roberto - WONDERFULL – MEU EU EM MIM (DOC, 21’, AL, 2016) de Dário Jr

23º FCV 6ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr, Gustavo Guilherme, Luana Cabral e Waldir Segundo - LIGHTRAPPING (FIC, 22', SP, 2016) de Marcio Miranda Perez - LOVEDOLL (FIC, 12', PR, 2015) de Débora Zanata e Estevan de la Fuente - CUSCUZ PEITINHO (FIC, 15', RN, 2016) de Rodrigo Sena e Julio Castro

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- PARA MINHA MÃE (FIC, 22', CE, 2015) de Wislan Esmeraldo - INGRID (DOC, 7', MG, 2016) de Maick Hannder - A VEZ DE MATAR, A VEZ DE MORRER (FIC, 25', MS, 2016) de Giovani Barros

22º FCV 5ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr e Rodrigo de Oliveira - AMANHÃ JÁ É OUTONO (FIC, 16', RJ, 2013) de Luciana Bezerra - SUBMARINO (FIC, 20', SP, 2014) de Rafael Aidar - SAILOR (FIC, 13',RN, 2014) de Victor Ciriaco - COMO ERA GOSTOSO MEU CAFUÇU (FIC, 14', PE, 2015) de Rodrigo Almeida - NOVA DUBAI (FIC, 50', SP, 2014), de Gustavo Vinagre

21º FCV 4º Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr e Rodrigo de Oliveira - CANTO DE OUTONO (FIC, 13'24'', PE, 2014) de André Antônio - EMBARAÇADAS (FIC, 12', ES, 2014) de Paulo Sena - UMA CARTA PARA HEITOR (FIC, 15', GO, 2013) de Larissa Fernandes - LINDA, UMA HISTÓRIA HORRÍVEL (FIC, 20', RS, 2013) de Bruno Gularte Barreto - O OLHO E O ZAROLHO (FIC, 17', SP, 2013) de René Guerra e Juliana Vicente - FLERTE (FIC, 15', RJ, 2014) de Hsu Chein


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20º FCV 3ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr e Rodrigo de Oliveira - TUBARÃO (DOC, 13', PE, 2013) de Leo Tabosa - OLYMPIAS (DOC, 11', RJ, 2013) de Bia Medeiros - O PACOTE (FIC, 18', SP, 2013) de Rafael Aidar - ALGUMAS MORTES (FIC, 10', SP, 2012) de Lucas Camargo de Barros - MENINOS DO ARCO-ÍRIS (DOC, 24', ES, 2013) de Hebert Bastos e Lamartine Netto - TOMADA ÚNICA (FIC, 24', SP/PR/ RJ/ BA/ ALEMANHA, 2013) de Anita Rocha da Silveira, Claudia Priscilla, Dacio Pinheiro, Daniel Lisboa, Gustavo Vinagre, Hilton Lacerda, Karen Black, Leonardo Mouramateus, Nino Cais, Rodrigo Bueno, Stefan Fahler e Ana Izabel Aguiar

19º FCV 2ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr e Rodrigo de Oliveira - JIBÓIA (FIC, 18’ SP, 2011) de Rafael Lessa - QUEM TEM MEDO DE CRIS NEGÃO? (DOC, 25’ SP, 2012) de René Guerra - FILME PARA POETA CEGO (DOC, 25’, SP, 2012) de Gustavo Vinagre - GAYDAR (FIC, 11’55’’, RJ, 2012) de Felipe Cabral - ANGORÁ (FIC, 10’30’’, ES, 2011) de Emerson Evêncio - ABISMO (FIC, 20’, MG, 2011) de Aleques Eiterer

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18º FCV 1ª Mostra Quatro Estações Curadoria: Erly Vieira Jr e Rodrigo de Oliveira - BRINCOS DE ESTRELA (FIC, 18’, RJ, 2008) de Marcela Bertoleti - TÁ (FIC, 5’, RJ, 2007) de Felipe Sholl - ESSE MOMENTO (FIC, 13’, RJ, 2006) de Vitor Leite - SUSPEITO (FIC, 15’, SP, 2009) de Eduardo Mattos - PÁGINAS DE MENINA (FIC, 19’, SP, 2008) de Monica Palazzo - DEPOIS DE TUDO (FIC, 12’, RJ, 2008) de Rafael Saar - PROFESSOR GODOY (FIC, 14’, SP, 2009) de Gui Ashcar - DEPOIS DA CURVA (FIC, 18’, PB, 2009) de Helton Paulino - UM POUCO MAIS DE ETERNIDADE (FIC, 19’, SP, 2009) de Marcel Tosta - GAROTO DE ALUGUEL (FIC, 19’, RJ, 2009) de Tarcísio Lara Puiati - BÁRBARA (FIC, 10’, MG, 2007) de Carlos Gradim - O AMOR DO PALHAÇO (FIC, 15’, CE, 2005’) de Armando Praça

Troféu Marlene: entregue aos vencedores da 1ª até 6ª Mostra Quatro Estações. Foto: Acervo/ Galpão-IBCA


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FICHA TÉCNICA Mostra Quatro Estações - 10 Anos Galpão Produções Artísticas e Culturais LTDA Instituto Brasil de Cultura e Arte - IBCA Direção Lucia Caus Coordenação Executiva Larissa Delbone Fran de Oliveira Curadoria Erly Vieira Jr Waldir Segundo Produção Gabi Nogueira Guilherme Rebêlo Renata Moça

REVISTA MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES 10 ANOS Projeto Editorial Guilherme Rebêlo Leonardo Vais Produção Gabi Nogueira Guilherme Rebêlo Leonardo Vais Miguel Filho Renata Moça

Comunicação e Redes Sociais Miguel Filho Leonardo Vais

Textos Leonardo Vais Erly Vieira Jr Waldir Segundo

Conferência de Cópias Fran de Oliveira

Identidade Visual e Ilustração Hélio Coelho

Identidade Visual e Ilustração Hélio Coelho

Design gráfico Gustavo Binda

Design gráfico Gustavo Binda

Vitória-ES Junho de 2021

Programação do Site Sílvio Alencar


PRODUTORAS ASSOCIADAS

REALIZAÇÃO

Galpão Produções Artísticas e Culturais LTDA REALIZAÇÃO Instituto Brasil de Cultura e Arte - IBCA Rua Professora Maria Cândida da Silva, 115 - Bairro República Vitória, ES - CEP 29070-210 www.galpaoproducoes.com.br Telefone: (27) 33272751 WhatsApp: (27) 999713098 Secretaria da Cultura

Secretaria da Cultura


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