Sumário
PONTO LINHA FORMA PLANO BÁSICO COR TEXTURA EQUILIBRIO ESCALA MOVIMENTO E CONTRASTE TÉCNICAS VISUAIS GESTALT
PÁGINA 1. PÁGINA 2. PÁGINA 3. PÁGINA 4. PÁGINA 5. PÁGINA 8. PÁGINA 10. PÁGINA 11. PÁGINA 12. PÁGINA 15. PÁGINA 22.
O Ponto A identidade de um ponto é aquela de um escopo de atenção em foco; ele simultaneamente contrai-se para dentro e irradia-se para fora. Um ponto ancora-se em qualquer espaço no qual é introduzido e fornece uma referência para o olho em relação às outras formas que o cercam, incluindo outros pontos, e sua proximidade das margens do espaço de um formato. Entretanto, por mais simples que possa parecer, um ponto é o objeto complexo, o bloco de construção fundamental de todas as outras formas. Não pode ser reduzido a nenhum outro e, combinado com outros pontos, forma todos os demais elementos. Isoladamente, o ponto tem a característica de possuir um grande poder de atração. Imagine, por exemplo, um ponto escuro numa parede branca. Sua presença é suficiente para chamar a atenção espontânea do olhar. No entanto, o ponto é estático ( não sugere qualquer movimento) e neutro ( tem pouco poder para sugerir emoções) ao contrário da linha, tons e cores.
Agrupamento de pontos O grupo de pontos cria um tipo de massa ondulante. O contorno externo do grupo é muito ativo, com proximidade e tensão distintas nas bordas do formato. Trabalhando em conjunto, os pontos criam uma variedade infinita de planos e uma complexidade crescente; uma linha vertical ou uma linha horizontal única, linhas invertidas, um ponto isolado em contraste com o grupo, progressões no intervalo, linhas ordenadas em uma estrutura quadriculada, ângulos e padrões geométricos, curvas e assim por diante. A utilização desse recurso é muito comum na retícula.
Retícula: malha de pontos usada em reprodução gráfica de imagens, permitindo a utilização de meio-tom. Também as imagens nas telas como monitores de computador são possíveis graças ao agrupamentos de milhares de pontos. No caso, a quantidade de pontos é medida em dpi, (dots per inches -pontos por polegadas). Quanto mais dpi, mais pontos agrupados por polegadas e portanto, melhor a definição da imagem. 1.
Linha O caráter essencial de uma linha é a conexão. Essa conexão pode ser invisível, definida pelo efeito de atração entre dois pontos no espaço, ou pode assumir uma forma visível como um objeto concreto, viajando para frente e para trás entre um ponto inicial e um ponto final. Diferentemente de um ponto, a linearidade caracteriza-se pelas ideias de movimento e direção; uma linha é inerentemente dinâmica, não estática. A linha pode iniciar em algum lugar e continuar indefinidamente, ou pode viajar por uma distância finita. Enquanto os pontos criam escopos de foco, as linhas realizam outras funções; elas podem separar espaços, unir espaços ou objetos, criar barreiras de proteção, cercar ou limitar, ou interseccionar. Alterar o tamanho (a espessura) de uma linha em relação ao seu comprimento tem impacto muito maior em sua qualidade como linha do que alterar o tamanho de um ponto. À medida que uma linha se torna mais espessa ou mais densa, ela se transforma gradativamente em uma superfície plana ou em uma massa; para manter a identidade da linha, ela deve ser alongada proporcionalmente. Duas linhas que se unem criam um ângulo. A junção entre duas linhas torna-se um ponto inicial de dois movimentos direcionais; múltiplas junções entre linhas criam um senso de direção alterada em um movimento. Um ângulo extremamente agudo também pode ser percebido com um movimento rápido de uma direção para outra. Como afirma Dondis, a linha “pode assumir formas muito diversas para expressar uma grande variedade de estados de espírito”. Por isso, as linhas podem traduzir emoções, sentimentos, condições, estados, etc. Por exemplo: Uma única linha fina não contém centro ou massa e expressa apenas direção e um efeito no espaço que a cerca. Quebrar a linha aumenta sua atividade superficial sem desviar a atenção do movimento e direção. Várias linhas finas em conjunto criam uma textura, semelhante àquela criada por um denso agrupamento de pontos de tamanho semelhante.
Linha onduladas e curvas: associam-se a leveza, suavidade, harmonia. Linhas retas: são mais associadas à racionalidade e à precisão. Linhas angulosas: podem traduzir a noção de choque e conflitos. Linhas horizontais: associadas a estabilidade. Linhas diagonais: dinamismo, movimento ou também instabilidade
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Forma A linha descreve a forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Cada uma das formas básicas tem suas características especiais, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de significados, alguns por associação, outros por vinculação arbitrária, e outros, ainda, através de nossas próprias percepções e fisiologias. Ao quadrado se associam enfado, honestidade, retidão e esmero; ao triângulo, ação, conflito, tensão; ao círculo, infinitude, calidez, proteção. Segundo Dondis, todas as formas físicas da natureza e da imaginação humana são derivadas de três formas básicas: o triângulo equilátero, o quadrado e o círculo. Assim sendo, toda forma pode ser reduzindo a esquemas básicos formados por tais figuras geométricas. O profissional deve exercitar-se na redução de figuras a esquemas básicos, para aprimorar a capacidade de simplificar formas. A simplificação de formas é um recurso muito utilizado na criação de marcas, logos, etc. Para tanto, o profissional também deve estar atento para criar formas como: - Formas abertas: Aquelas que não tem o contorno fechado. - Formas esquemáticas: reduzindo figuras a seu esquema básico. Direção Todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva. Cada uma das direções tem um forte significado associativo e é um valioso instrumento para a criação de mensagens visuais. Quando se trata de direção, a referencia vertical-horizontal constitui a referencia primária do homem, em termos de bem-estar e mentalidade. Seu significado mais básico tem a ver principalmente com a estabilidade em todas as questões visuais. A direção diagonal tem referencia direta com a ideia de estabilidade. É a formulação oposta, a força direcional mais instável, e, consequentemente, mais provocadora. As forças direcionais curvas tem significado associados à abrangência, à repetição e à calidez.
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Plano Básico O Plano Básico é o espaço compositivo; o espaço em que a imagem será representada. Por si só, quando fazemos escolhas relativas ao seu formato ou orientação, já conseguimos estabelecer com o leitor visual a transmissão de sensações.
Estabilidade Segundo Dondis, estabilidade é a técnica que expressa a compatibilidade visual e desenvolve uma composição dominada por uma abordagem temática uniforme e coerente. Se a estratégia da mensagem exige mudanças e elaborações, a técnica da variação oferece diversidade e sortimento. na composição visual, contudo, essa técnica reflete o uso da variação na composição musical, no sentido de que as mutações são controladas por um tema dominante Tonalidade É o jogo de claro e escuro em uma imagem; não necessariamente dentro de um conceito de luz e sombra, de luz projetada. "As margens com que se usa a linha para representar um esboço rápido ou um minucioso projeto mecânico aparecem, na maior parte dos casos, em forma de justaposição de íons, ou seja, de intensidade da obscuridade ou claridade de qualquer coisa vista. outras palavras, vemos o que é escuro porque está próximo ou se superpõe ao claro, e vice-versa" - Donis A. Dondis. Vemos graças à presença ou à ausência relativa de luz, mas a luz não se irradia com uniformidade no meio ambiente, seja ela emitida pelo Sol, pela Lua Ou por alguma fonte artificial. Se assim fosse, nos encontraríamos numa obscuridade tão absoluta quanto a que se manifesta na ausência completa de luz. A luz circunda as coisas, é refletida por superfícies brilhantes, incide sobre objetos que têm, eles próprios, claridade ou obscuridade relativa. As variações de luz ou de tom são os meios pelos quais distinguimos eticamente a complexidade da informação visual do ambiente. Em outras palavras, vemos o que é escuro porque está próximo ou se superpõe ao claro, e vice-versa" - Donis A. Dondis 4.
Cor As representações monocromáticas que tão prontamente aceitamos nos meios de comunicação visual são substitutos tonais da cor, substitutos disso que na verdade é um mundo cromático, nosso universo profusamente colorido. Enquanto o tom está associado a questões de sobrevivência, sendo portanto essencial para o organismo humano, a cor tem maiores afinidades com as emoções. E a tudo associamos um significado. Também conhecemos a cor em termos de uma vasta categoria de significados simbólicos. O vermelho, por exemplo, significa algo, mesmo quando não tem nenhuma ligação com o ambiente. Vermelho significa perigo, amor, calor e vida, e talvez mais uma centena de coisas. Cada uma das cores também tem inúmeros significados associativos e simbólicos.
A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas. Matiz ou croma, é a cor em si, e existe em número superior a cem. Cada matiz tem características individuais; os grupos ou categorias de cores compartilham efeitos comuns. Existem três matizes primários ou elementares: amarelo, vermelho e azul. Cada um representa qualidades fundamentais. O amarelo é a cor que se considera mais próxima da luz e do calor; o vermelho é a mais ativa e emocional; o azul é passivo e suave. O amarelo e o vermelho tendem a expandir-se; o azul, a contrair-se. Quando são associadas através de misturas, novos significados são obtidos. O vermelho, um matiz provocador, é abrandado ao misturar-se com o azul, e intensificado ao misturar-se com o amarelo. As mesmas mudanças de efeito são obtidas com o amarelo, que se suaviza ao se misturar com o azul.
Em sua formulação mais simples, a estrutura da cor pode ser ensinada através do círculo cromático. As cores primárias (amarelo, vermelho e azul), e as cores secundárias (laranja, verde e violeta) aparecem invariavelmente nesse diagrama. Também é comum que nele se incluam as misturas adicionais de pelo menos doze matizes. A partir do simples diagrama do círculo cromático, é possível obter múltiplas variações de matizes.
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A segunda dimensão da cor é a saturação, que é a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza. A cor saturada é simples, quase primitiva, e foi sempre a preferida pelos artistas populares e pelas crianças. Não apresenta complicações, e é explícita e inequívoca; compõe-se dos matizes primários e secundários. As cores menos saturadas levam a uma neutralidade cromática, e até mesmo à ausência de cor, sendo sutis e repousantes. Quanto mais intensa ou saturada for a coloração de um objeto ou acontecimento visual, mais carregado estará de expressão e emoção. Os resultados informacionais, na opção por uma cor saturada ou neutralizada, fundamentam a escolha em termos de intenção. A terceira e última dimensão da cor é acromática. É o brilho relativo, do claro ao escuro, das gradações tonais ou de valor. É preciso observar e enfatizar que a presença ou a ausência de cor não afeta o tom, que é constante. Um televisor em cores é um excelente mecanismo para a demonstração desse fato visual. Ao acionarmos o controle da cor até que a emissão fique em branco e preto e tenhamos uma imagem monocromática, estaremos gradualmente removendo a saturação cromática. O processo não afeta em absoluto os valores tonais da imagem. Aumentar ou diminuir a saturação vem demonstrar a constância do tom, provando que a cor e o tom coexistem na percepção, sem se modificarem entre si.
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Natureza da Cor: Cor-pigmento e Cor-luz A natureza da cor deve ser conhecida em seus aspectos básicos, uma vez que suas características elementares interferem no tipo de cor utilizada na mídia impressa ou em vídeo. Para tanto, devemos saber que a cor pode ser percebida, quanto à sua natureza, em dois tipos básicos: cor-pigmento e cor-luz.
Cor-pigmento é aquela que se manifesta na superfície de qualquer objeto, produzida pela reflexão da luz quando esta incide sobre ele. É a cor materializada como pigmento, sejam naturais ou artificiais. São as cores utilizadas em qualquer tipo de impressão gráfica: revistas, jornais, etc.
Cor-luz é a cor presente na emissão direta de uma fonte luminosa, ou seja, está na própria luz. Por exemplo: as cores em qualquer meio que utiliza monitores, como TV, vídeo ou computador.
Características da cor: matiz, brilho, saturação Matiz: O matiz é determinado pela posição exata de uma cor no espectro de luz. Na linguagem comum, é aquilo que se denomina como cor - vermelho, amarelo, azul, laranja, verde, etc. Brilho: Definido pela quantidade de claros e escuros presentes na cor. Sua variação abrange do tonalidade mais escura (preto) ao mais iluminado possível. Saturação: Intensidade ou pureza da cor. No Photoshop, a cor perde sua saturação quanto mais se aproxima do cinza.
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Textura A textura é o elemento visual que com freqüência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato. Na verdade, porém, podemos apreciar e reconhecer a textura tanto através do tato quanto da visão, ou ainda mediante uma combinação de ambos. É possível que uma textura não apresente qualidades táteis, mas apenas óticas, como no caso das linhas de uma página impressa, dos padrões de um determinado tecido ou dos traços superpostos de um esboço. Onde há uma textura real, as qualidades táteis e óticas coexistem, não como tom e cor, que são unificados em um valor comparável e uniforme, mas de uma forma única e específica, que permite à mão e ao olho uma sensação individual, ainda que projetemos sobre ambos um forte significado associativo.
Centro Perceptivo Chamamos de ponto geométrico aquele resultante do cruzamento das linhas que cortam a imagem de maneira a dividi-la em partes geometricamente iguais, ou seja, é o centro verdadeiro. É o ponto que tendemos a buscar com os olhos. Centro perceptivo marca a região onde realmente enxergamos quando buscamos o centro da imagem. Se localiza um pouco acima do centro geométrico. O centro de uma imagem é a área de maior atração visual, no entanto não significa que seja a mais pesada visualmente.
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O canto esquerdo superior é uma área leve, uma vez que funciona como introdução à leitura da imagem, assim como ocorre com um texto. Assim como ocorre em um texto, também nas imagens o canto direito superior é pouco explorado, sendo, assim, a área mais leve e discreta. Qualquer forma disposta no centro de uma imagem, além de ganhar destaque imediato, gera estabilidade na mesma, contribuindo para seu equilíbrio. Os cantos esquerdo e direito inferiores são os mais pesados.
O canto esquerdo inferior configura a área de identificação com o espectador, bem como o clímax de uma narrativa, daí sua importância visual. Vale lembra a maneira como nosso cérebro capta as imagens. No canto direito inferior encontramos a área mais pesada de uma imagem. É o fim de uma leitura. Área responsável pela fixação de uma forma ou idéia.
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Equilíbrio O equilíbrio resulta da distribuição equitativa dos pesos visuais no campo imagético. A distribuição dos elementos visuais são compensadas mutuamente nas áreas da imagem. Não é necessário que a imagem apresente exatamente os mesmo elementos. Depois do contraste, o equilíbrio é o elemento mais importante das técnicas visuais. Sua importância baseia-se no funcionamento da percepção humana e na enorme necessidade de sua presença, tanto no design quanto na reação diante de uma manifestação visual.
Tipos de Equilíbrio • AXIAL OU MECÂNICO – dado pela distribuição simétrica das formas. • VISUAL OU ORGÂNICO – dado pelo uso de pesos visuais. • HOMOGÊNEO – ampla utilização das superfícies. Cores quentes são sempre mais pesadas que as frias, pois trazem luz e proximidade, enquanto as frias geram distância, profundidade espacial PESO VISUAL designa formas, cores, linhas, padrões de grande destaque numa imagem, tendo como determinantes: 1 – cor 2 – profundidade espacial 3 – isolamento 4 – interesse intrínseco 5 - tamanho 6 – forma 7 - disposição
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Escala Todos os elementos visuais são capazes de se modificar e se definir uns dos outros. O processo constitui, em si, o elemento daquilo que chamamos de ESCALA. A medida é parte integrante da escala, mas sua importância não é crucial. Mais importante é a justaposição, o que se encontra ao lado do objeto visual, em que cenário ele se insere; esses são fatores mais importantes. A escala pode ser estabelecida não só através do tamanho relativo das pistas visuais, mas também através das relações com o campo ou com o ambiente.
Dimensão A representação da dimensão em formatos visuais bidimensionais também depende da ilusão. A dimensão existe no mundo real. Não só podemos senti-la, mas também vê-la, com o auxílio de nossa visão estereóptica e binocular. Mas em nenhuma das representações bidimensionais da realidade , como o desenho, a pintura, a fotografia, o cinema, e a televisão, existe uma dimensão real; ela é apenas implícita.
A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a convenção técnica de perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, através do claro-escuro.
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Movimento Como no caso da dimensão, o elemento visual do movimento se encontra mais frequentemente implícito do que explícito no modo visual. O movimento talvez seja uma das forças visuais mais dominantes da experiência humana. A sugestão de movimento nas manifestações visuais estáticas é mais difícil de conseguir sem que ao mesmo tempo se distorça a realidade, mas está implícita em tudo aquilo que vemos, e deriva de nossa experiência completa de movimento na vida.
Contraste A importância e o significado do contraste começa no nível básico da visão por meio da presença ou ausência de luz. É a força que torna visível as estratégias da composição visual. É de todas as técnicas a mais importante para o controle visual de uma mensagem bi ou tridimensional. É também um processo de articulação visual e uma força vital para a criação de um todo coerente. No nível básico de construção e decodificação, o contraste pode ser utilizado com todos os elementos básicos: linha, tom, cor, direção, forma, movimento e, principalmente, proporção e escala. Todas essas forças são valiosas para a ordenação do input e do output visual, enfatizando a importância fundamental do contraste no controle do significado. Toda mensagem visual combina os elementos em uma interação complexa.
A valorização das sensações de horizontalidade, verticalidade e inclinação pelos contrastes de direção apresentados da fotografia. 12.
Dentro da horizontalidade, a atração trazida pelo contraste tonal.
A distorção da escala, por exemplo, pode chocar o olho ao manipular à força a proporção dos objetos e contradizer tudo aquilo que, em função de nossa experiência, esperamos ver. A ideia ou mensagem subjacente ao uso do contraste através de uma escala distorcida deveria ser lógica; deveria haver um motivo racional para a manipulação de objetivos visuais conhecidos.
O tom supera a cor em nossa relação com o meio ambiente, sendo, portanto, muito mais importante que a cor na criação do contraste. Das três dimensões da cor (matiz, tom e croma), o tom é a que predomina.
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Usamos contrastes de linha nas escolhas das famílias e estilos em um arranjo tipográfico. E também quando desenhamos uma ilustração. Sabemos que as trajetórias curvas se atagonizam em sensações em relação às retas.
Ao conferirmos espessura à linha atingimos uma visualidade definida e nas linhas mais finas, imprecisão.
O entendimento de leve ou pesado pode depender do contraste de dimensão.
A geometria e a organicidade no contraste de formas.
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Técnicas Visuais Na comunicação visual, não basta apenas emitir uma mensagem, mas como emitir essa mensagem. A organização dos elementos básicos não é apenas um recurso acessório, mas aquele que permite incorporar, no própria visualidade, o conteúdo que se quer transmitir. 1. Equilíbrio e Instabilidade
Equilíbrio: A distribuição dos elementos visuais são compensadas mutuamente nas áreas da imagem. .Não é necessário que a imagem apresente exatamente os mesmo elementos. Depois do contraste, o equilíbrio é o elemento mais importante das técnicas visuais. Sua importância baseia-se no funcionamento da percepção humana e na enorme necessidade de sua presença, tanto no design quanto na reação diante de uma manifestação visual. Instabilidade: Oposta ao equilíbrio, no qual os elementos estão numa apresentadas como se estivessem em suspensão, com forças atuando com mais intensidade numa determinada área da imagem que em outra. É muito comum utilizar linhas inclinadas para sugerir instabilidade. Como técnica compositiva a inquietar e aguçar a atenção do observador, podendo ser utilizada também para simbolizar estados e sentimentos condizentes. 2. Simetria e Assimetria Simetria : É um tipo específico de equilíbrio, ocorrendo quando as unidades visuais se distribuem igualmente em torno de um eixo central. Numa página, por exemplo: se a dividirmos em duas partes, encontramos praticamente os mesmo elementos nos dois lados. Quanto à composição, pode torná-la monótona ou pouco surpreendente
Assimetria: Equilíbrio obtido com variação de elementos e posições. Trata-se de uma técnica mais complexa que a simetria, exigindo a distribuição de pesos e forças de maneira mais elaborada.
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3. Regularidade X Irregularidade Regularidade: Distribuição uniformidade de elementos, apresentando um maneira constante e invariável.
Irregularidade: Inclui elementos inesperados, variando e quebrando a repetição de padrões ao longo da imagem. 4. Simplicidade X complexidade
Complexidade: presença de múltiplos elementos de da linguagem visual, com relações mais elaboradas entre si.
Simplicidade: utilização de formas elementares, sem maiores ornamentação ou elaborações detalhistas
5. Unidade X fragmentação Unidade: os elementos componentes formam uma totalidade percebida de imediato pelo observador;
Fragmentação: Os elementos da imagem são decompostos em várias partes separadas. 16.
6. Economia X Profusão
Economia: Elaboração da imagem com elementos mínimos, em geral aproveitando o próprio vazio do suporte.
Profusão: A imagem apresenta-se carregada de elementos visuais como, por exemplo, na ornamentação exagerada.
7. Minimização X Exagero Minimização: Apresentação dos elementos em condições mínimas. Por exemplo: dimensões reduzidas.
Exagero: Ampliação e intensificação do componente da mensagem visual.
8. Previsibilidade e Espontaneidade Previsibilidade: Convencional, sendo possível prever de antemão como vais ser toda a mensagem visual
Espontaneidade: Caracteriza-se liberdade e soltura na aplicação dos elementos visuais, sugerindo a ausência de planejamento rígido.
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9. Atividade e Estase ( passividade) Atividade: Procura refletir o movimento através da representação ou sugestão.
Estase: Representação estática, apresentando um efeito de repouso, tranquilidade ou mesmo de falta de atividade. 10. Sutileza X Ousadia
Sutileza: Segundo Dondis, uma técnica que sugere “uma abordagem visual delicada e de extremo requinte”.
Ousadia: Segundo Dondis, técnica visual que, de alguma forma, sugere “audácia, segurança, confiança” na própria articulação dos elementos visuais.
11. Neutralidade X Ênfase Neutralidade: Pouco atração do olhar para elementos isolados, predominando a imagem como um todo.
Ênfase: Predomínio de um assunto ou elemento numa mensagem visual, chamando sua atenção em relação aos outros componentes da imagem.
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12. Transparência e opacidade Transparência: Utilização de recursos visuais que permitem ao observador ver figuras e objetos que se situam atrás dos mesmos, em termos de profundidade.
Opacidade: A mensagem envolve elementos visuais que cobrem, ocultam outras que parecem atrás
13. Estabilidade e Variação Estabilidade: Segundo Dondis, “a estabilidade é a técnica que expressa a compatibilidade visual e desenvolve uma composição dominada por uma abordagem temática uniforme e coerente”
Variação: Técnica sugerindo diversidade e variações em torno de um mesmo tema.
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14. Exatidão e Distorção Exatidão: Técnica de criação de imagens procurando reproduzir exatamente as características do objeto ou modelo representado. Na pintura, é chamada trompe l´oeil ( “ilude o olhar”), representando o modelo como se fosse um espelho colocado diante dele. Distorção: Modificação da visão realista , representando o modelo ou objeto como uso de efeitos.
15 . Planura e Profundidade Profundidade: Técnica com utilização de recursos como perspectiva, luz e sombra e outros que sugerem tridimensionalidade.
Planura: Ênfase no aspecto bidimensional da imagem, eliminando a aparência de volume e profundidade.
16. Singularidade e justaposição Singularidade: Enfoque num tema isolado e independente,
Justaposição: técnica que consiste em colocar estímulos visuais lado a lado, provocando a comparação.
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17. Sequencialidade e acaso Sequencialidade: Ordenação seguindo um padrão rítmico, sugerindo uma ordem lógica
Acaso: Técnica marcada pela casualidade, sugerindo a ausência de planejamento e um processo acidental na criação da imagem.
18. Agudeza e difusão Agudeza: Utilização de contornos precisos e rígidos
Difusão: Contornos difusos, suaves, diminuindo nitidez
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19. Repetição e episocidade
Repetição: Repetição de elementos visuais, formas ou padrões, sugerindo forte conexão entre os mesmos. Um bom exemplo é a modularidade: composição da imagem com módulos que se repetem.
Episodicidade: técnica que sugere pouco ou nenhuma conexão entre os elementos componentes da imagem. A relação estudada de técnicas não é exaustiva. Como afirma Dondis, é possível, uma vastíssima série, com muitas outras técnicas como:
GESTALT A Gestalt, após sistemáticas pesquisas apresenta uma teoria nova sobre o fenômeno da percepção. Segundo essa teoria, o que acontece no cérebro não é idêntico ao que acontece na retina. A excitação cerebral não se dá em pontos isolados, mas por extensão. Não existe, na percepção da forma, um processo posterior de associação das várias sensações. A primeira sensação já é de forma, já é global e unificada.
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No exemplo da ilusão de ótica (fig.1), a excitação cerebral se processa em função da figura total pela relação recíproca das suas várias partes dentro do todo. Um retângulo nos parece maior do que outro, porque eles são vistos na dependência de sua posição dentro do ângulo, da mesma maneira, a linha superior nos parece mais comprida que a inferior e as linhas obliquas não parecem paralelas e os dois círculos centrais, embora pareçam diferentes, têm o mesmo tamanho.
Análise das Forças Que Regem a Percepção da Forma Visual- Forças Externas e Forças Internas Koffka, quando estuda o fenômeno da percepção visual, isto é, quando procura explicar “por que vemos as coisas como as vemos” estabelece, inicialmente, uma primeira divisão geral entre forças externas e forças internas As forças externas são constituídas pela estimulação da retina através da luz proveniente do objeto exterior. Essas forças têm origem no objeto que olhamos, ou melhor; nas condições de luz em que se encontra.
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As forças internas são as forças de organização que estruturam as formas numa ordem determinada, a partir das condições dadas de estimulação, ou seja, das forças externas. As forças internas têm a sua origem, segundo a hipótese da Gestalt, num dinamismo cerebral que se explicaria pela própria estrutura do cérebro. A maneira como se estruturam essas formas obedece a uma certa ordem, isto é, essas forças internas de organização se processam mediante relações subordinadas a leis gerais. Mas, aqui, entra-se numa segunda divisão ou na análise especifica de alguns princípios básicos regendo as forças internas de organização:
Princípios Básicos que Regem as Forças Internas de Organização Através de suas pesquisas sobre o fenômeno da percepção, feitas com grande número de experimentos, os psicólogos da Gestalt precisaram certas constantes nessas forças internas, quanto à maneira como se ordenam ou se estruturam as formas psicologicamente percebidas. Essas constantes das forças de organização são o que os gestaltistas chamam de padrões, fatores, princípios básicos ou leis de organização da forma perceptual. São essas forças ou esses princípios que explicam por que vemos as coisas de uma determinada maneira e não de outra. As forças iniciais mais simples, que regem o processo da percepção da forma visual são as forças da segregação e unificação. As forças de unificação agem em virtude da igualdade de estimulação. As forças de segregação agem em virtude de desigualdade de estimulação. Evidentemente, para a formação de unidades, é necessário que haja uma descontinuidade de estimulação (ou contraste). Se estivermos envolvidos numa estimulação homogênea (sem contraste), como uma densa neblina, nenhuma forma será percebida.
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Devemos lembrar, que para percebermos unidades destacadas é necessário que haja contrastes (diferenças, descontinuidades). Numa situação de nenhum contraste, nenhuma orma será percebida. Em síntese: - Forças de segregação - Agem pelos estímulos de desigualdade de estimulação - Forças de unificação - Agem com os estímulos de igualdade de estimulação. SEMELHANÇA: A lei da semelhança defende que elementos que possuem algum tipo de semelhança parecem estar agrupados. O agrupamento pode ocorrer tanto nos estímulos visuais quanto nosauditivos.
PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. O aspecto de semelhança é mais forte do que o da proximidade
BOA CONTINUAÇÃO: Toda unidade linear tende a continuar conm a mesma direção e com o mesmo direcionamento.
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CLAUSURA: Ou “fechamento”, o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto. Esta propriedade se intensifica quando a forma a ser completada já é conhecida pelo leitor visual anteriormente. (Lei da Experiência Passada)
EXPERIÊNCIA PASSADA: A associação aqui, sim, é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas e já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.
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PREGNÂNCIA: Quanto mais facil for a identificação das unidades, mais harmoniosa, forte e veloz será a informação visual. Mais simples.
Mais complexo.
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