Edição Junho 2011

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editorial JOSÉ ALBERTO MAGALHÃES

Manuel António Pina “É a coisa mais inesperada que podia esperar”. Foi assim, com simplicidade, que Manuel António Pina - escritor, ficcionista, poeta, cronista e jornalista ”aceitou” o Prémio Camões, galardão que, em meia hora, o júri, reunido na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, lhe atribuiu por unanimidade. Em 2010 tinha sido distinguido o poeta brasileiro Ferreira Cullar e em 2009 o caboverdiano Arménio Vieira. O maior prémio da língua portuguesa distinguiu a obra notável daquele que é talvez o maior poeta português vivo, um incrível criador de obras para crianças e um cronista de pena afiada que faz de uma total e desassombrada liberdade a sua principal caraterística. Manuel António Pina, que deve à sua poesia um cada vez mais amplo reconhecimento público (em Portugal e com inúmeras traduções em várias línguas) foi o 23º escritor a receber o Prémio Camões, estreado em 1989 por Miguel Torga. Esta distinção segue-se ao Prémio Nacional de Crónica do Press/Clube de Jornalistas, em 1993, ao Prémio de Crónica da Casa da Imprensa, em 2004, e ao Prémio Gazeta de Mérito do Clube de Jornalistas, em 2007. Natural de Sabugal (Guarda), mas “tripeiro” há mais de 40 anos, este advogado amante de gatos é, acima de tudo, um cidadão interventivo e livre. Com Manuel António Pina, e com o prémio que o escritor recebeu, Portugal tornou-se um lugar melhor, mais alegre e afetivo ainda que, como o poeta escreveu, numa admirável obra de literatura infantil, “O país das pessoas de pernas para o ar”. Manuel António Pina tem, em 40 anos de percurso literário, uma obra singular, cheia de humor, complexa e muito diversificada. O escritor tem quase pronto, para sair até final do ano, um novo livro denominado “Como Desenhar uma Casa”. 3


sumário Editorial ............................................................................................... 3 Protagonista: Alberta Marques Fernandes ........................................... 6 Música: Os Azeitonas ....................................................................... 12 Reportagem: Arte Urbana ................................................................. 16 Moda: Ricardo Andrez ....................................................................... 22 Ciência: Tratamento da miopia patológica ........................................ 26 GAES: ............................................................................................... 30 Lazer: Zoo Santo Inácio ..................................................................... 34 Universidade: Dois séculos de ensino da Ciência em exposição ...... 38 Galiza: Segredos a revelar ............................................................... 42 Desporto: Futebol Clube do Porto ..................................................... 46 Momentos: ...................................................................................... 50 Um dia com...: Marinha .................................................................. 58 Memórias: Largo da Aguardente ....................................................... 64 Iniciativa: CIN ................................................................................. 66 Televisão: Porto Canal ...................................................................... 68 Porto Come: Gastronomia e Arte ................................................... 72 Portuguese Fashion News: PFN distinguiu jovens talentos ............ 73 Através dos tempos: Palácio das Cardosas ................................... 74 Águas do Porto: Água de qualidade .............................................. 78 Atualidade: ....................................................................................... 80 EDP Gás: Net aproxima clientes .................................................... 82 Portofólio: ........................................................................................ 85 Figura: Pedro Sousa .......................................................................... 86 Universidade Portucalense: ............................................................. 90 Águas do Douro e Paiva: ................................................................ 94

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Reportagem

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Um dia com... Marinha

Arte Urbana

Autarquias Porto: Um século de S. João ......................................................... 96 Famalicão: O “esplendor” das Festas Antoninas ........................ 100 Gaia: Teleférico é a nova «estrela» da cidade ............................. 106 Vila do Conde: A arte na palma das mãos .................................. 112 Área Metropolitana do Porto: Qualidade no ensino básico ........... 114 Sugestões Culturais: ..................................................................... 118 Freguesias Campanhã: Renovação em avanço ................................................. 120 Lordelo do Ouro: Em clima de festa .............................................. 122 Nevogilde: Cinco “oleões” para Nevogilde ..................................... 124 Paranhos: Loja social promove novo conceito de partilha ............... 126 Passatempos. ................................................................................. 128 Crónica: O Porto que se faz na ciência ........................................... 130 4


Propriedade de: ADVICE – Comunicação e Imagem Unipessoal, Lda. Sede da redacção: Rua do Almada, 152 - 2.º – 4050-031 Porto NIPC: 504245732 Tel.: 22 339 47 50 – Fax: 22 339 47 54 adviceporto@mail.telepac.pt adviceredaccao@mail.telepac.pt www.viva-porto.pt Diretor Eduardo Pinto Editor José Alberto Magalhães Redação Marta Almeida Carvalho Mariana Albuquerque Fotografia Virgínia Ferreira

Moda Ricardo Andrez

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Marketing e Publicidade Eduardo João Pinto Célia Teixeira Produção Gráfica Ricardo Nogueira Pré-impressão Xis e Érre, Estúdio Gráfico, Lda. Impressão, Multiponto Acabamentos Rafael, Valente e Embalagem & Mota, S.A. R. D. João IV, 691-700 4000-299 Porto Distribuição Mediapost Tiragem 140.000 global exemplares Revista trimestral gratuita Registado no ICS com o n.º 124969 Membro da APCT

Através dos tempos Palácio das Cardosas

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protagonista

Porto

de afetos 6


alberta marques fernandes

Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Jorge Calçada

Todos a conhecem do pequeno ecrã. A jornalista que abriu a primeira emissão da SIC, em 1992, continua na informação, agora na RTP-N. Conhecida pela sua simpatia, Alberta Marques Fernandes é a pivô de voz sensual, que um dia sonhou ser uma «enviada especial». Filha de um portuense e de uma angolana, habituou-se a gostar do Porto, cidade pela qual diz ter um profundo afeto, sempre associado à memória do pai. 7


protagonista Alberta Marques Fernandes, 43 anos, jornalista, nasceu no Porto, na freguesia da Sé, tendo sido batizada, “com muito orgulho”, na Igreja do Bonfim, freguesia onde ainda vive toda a sua família paterna. “Nasci no Porto por vontade do meu pai, tripeiro ferrenho, que queria que o seu primogénito nascesse na sua cidade. Mas passei apenas alguns meses, nunca cá vivi”, diz a jornalista. Angola, a terra da mãe, foi a próxima paragem, onde ficou até aos seis anos porque era lá que o pai, engenheiro de petróleos, trabalhava Em 1974, a família regressou a Portugal mas foi residir para Lisboa, dadas as funções do pai. ”O Porto sempre foi, até o meu pai morrer, a nossa segunda cidade”, onde eram passadas as épocas festivas como Páscoa, Natal, férias e fins de semana prolongados. “Cheguei a passar seis meses no norte, em Moledo, com a minha mãe e um irmão, na época em que o meu pai foi para os Estados Unidos fazer uma especialização”, conta. Em nome do pai As recordações que a jornalista tem, do “seu” Porto da infância e adolescência, confundem-se com a lembrança do pai. “Os passeios pela Foz, o Castelo do Queijo, a Rua de Santa Catarina, o café Majestic, o Liceu Alexandre Herculano, onde ele estudou, a Igreja do Bonfim”, lembra. Durante muitos anos o Porto foi para ela, uma cidade de afetos, a cidade da «família». Com a morte do pai, há mais de vinte anos, Alberta adotou uma espécie de luto da cidade. “Estive vários anos sem querer regressar, provocava-me uma enorme tristeza. Cheguei a passar pelo Porto sem parar porque me fazia sofrer”, conta. Mas “há uns anos” reconciliou-se com a cidade tendo-a redescoberto a uma nova «luz». “Conheci novos lugares como o Parque da Cidade, Serralves, Palácio de Cristal, Casa da Musica. Descobri a noite da Invicta, os espaços renovados, os recantos mágicos de uma cidade antiga e cheia de charme”. Embora já não venha ao Porto nas épocas festivas, a jornalista vem regularmente passar um fim de semana ou quando convidada para alguns eventos. “Adorei participar no último Circuito da Boavista, uma gigantesco evento muito bem organizado e assitir à Red Bull Air Race e aproveito todos os pretextos para regressar”, sublinha. A jornalista admite que só consegue pensar no Porto com o coração. “Cinzen8


alberta marques fernandes

to? Adoro o granito, o cheiro a História, a Foz onde o rio se encontra com o mar revolto”. Gosta de calcorrear as ruas e ruelas em pedra, entrar nas inúmeras igrejas e capelas. “Perder-me e encontrar-me numa cidade onde nunca vivi e que me diz tanto. O meu Porto é o «Porto Sentido» de Rui Veloso”, garante. À descoberta do jornalismo Alberta Marques Fernandes descobriu o jornalismo quando pensou em escolher um curso superior. “Encantou-me a ideia romântica de viajar, conhecer pessoas, nunca ter um dia igual ao outro”, conta. Queria ser enviada especial aos grandes acontecimentos internacionais, foi essa a razão que a fez optar pelo

curso de Relações Internacionais que, diz, a ajudou a compreender o mundo. O final da licenciatura coincidiu com o início das televisões privadas e concorreu a ambas. “Enviei o meu currículo para dezenas de pessoas”, diz. O processo de seleção da TVI foi o primeiro e foi uma das pré seleccionadas. Logo de seguida foi convidada a trabalhar na Renascença como estagiária, com os olhos postos na TVI. Mas quando começou a seleção na SIC, sentiu-se atraída pelo projeto e pelos profissionais e decidiu concorrer também. Entrou nos 10 selecionados a um lugar de estagiário, entre os 400 candidatos, tendo sido a escolhida para a abertura da primeira emissão, com um noticiário às 16h30 do dia 6 de outubro de 1992, o que considera uma “honra”. Começou nos noticiários da tarde, passando depois para os de fim de noite e terminou a coordenar e apresentar os jornais das 20 ao fim de semana. Simultâneamente esteve quatro vezes na Bósnia, na cobertura do funeral da princesa Diana, da visita do Papa João Paulo II a Portugal e do Ano do Jubileu em Roma. “Acabei por não ser enviada especial como sonhava mas ainda fiz alguma coisa nessa área”, diz. Da SIC passou para a RTP porque pensou “com o coração”. “A SIC estava a viver um momento conturbado, o primeiro desde a sua fundação. Algumas pessoas importantes no meu percurso profissional, com destaque para Emidio Rangel, estavam num grupo que 9


protagonista coloca no topo das prioridades. Por isso tem feito opções que privilegiam a vida familiar. “Realizome nos afetos e considero a maternidade uma vocação. Só sou feliz se sentir que dou o meu melhor enquanto mulher e enquanto mãe e isso tem custos profissionais que aceito”, sublinha, admitindo, no entanto que as suas maiores oportunidades ainda estão para chegar. Mas quando está a trabalhar entrega-se por completo. “Sou quase obsessiva com notícias mas quando desligo também o faço de forma radical. Não ligo a televisão, não ouço rádio, não vejo jornais. Às vezes só não resisto a dar uma olhadela ao que se passa na internet, nomeadamente no Twitter”, refere, salientando que na vida faz tudo de forma “apaixonada e intensa”. “Gosto de dançar, de uma boa conversa e de trocar afetos”

tinha um projeto para a RTP. Fui porque acreditei nas pessoas e na ideia”, garante. Na RTP inaugurou um novo espaço de informação das televisões generalistas: as manhã informativas das 7 às 10 com o “Bom dia Portugal” que considera “uma grande experiência”. Cerca de um ano depois era a pivô do Jornal Dois onde permaneceu vários anos, sendo que, atualmente, é responsável pelas tarde informativas da RTPN. “Sinto-me bem em todos os géneros jornalísticos”, garante, salientando a especialização na apresentação de noticiários. “Realizo-me em estúdio, atrai-me a comunicação «olhos nos olhos» com quem está em casa, gosto da ideia de cativar a atenção do telespectador para a importância da notícia”. Adora entrevista, descobrir o outro e trazê-lo para o público. Gosta de aproximar pessoas, de dar a conhecer pessoas interessantes, de descobrir o seu melhor lado. “Ao fim de 18 anos à frente das câmaras sinto que sou, sobretudo, uma comunicadora, adoro partilhar informação, pensamentos e emoções. “Na minha vida faço tudo de uma forma apaixonada e intensa” A sua carreira tem sido “saborosa”, cheia de aventuras e desafios mas, apesar de a adorar, não a 10

Adora navegar nas redes sociais, fá-la sentir mais próxima das pessoas sem barreiras de distância, idade ou condição social. “São espaços de encontro e de afeto. Recebo inúmeras manifestações de carinho na minha página do Facebook e o Twitter é uma comunidade fantástica, sendo ambas já indispensáveis ferramentas de trabalho, canais de transmissão de informação de rapidez insuperável. Já dei várias notícias em primeira mão por estar ligada ao Twitter”. Os seus prazeres são simples: estar com quem ama, aproveitar um bom passeio, uma boa conversa, trocar afetos. “Gosto de ler um bom livro, de ir ao cinema e ao teatro, de dançar, de ouvir musica ao vivo”, refere, salientando, no entanto, que a sua grande paixão é viajar. E ainda tem tanto para conhecer... Q

Discurso direto Um lugar – a minha casa Viagem de sonho – África Livro – “As Primeiras-Damas da Democracia” o primeiro que escreveu Música – “Ave Maria” de Bach Filme inesquecível – Cinema Paraíso Um projeto inadiável – Ser Feliz Clube do coração – Boavista Uma figura que associe imediatamente à cidade – Pai Porto numa só palavra – Pai


alberta marques fernandes

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música

«Subversão» criativa Os Azeitonas nasceram em 2002 na sequência de uma brincadeira entre amigos, de onde resultou uma espécie de «boysband de garagem». A voz de Nena veio desmistificar o conceito, que passou de uma «boysband» para uma «boysandgirlsband». A ideia inicial era a de enveredar por uma série de clichés, ao sabor de uma “cena” satírica, mas o projeto cresceu de tal forma que acabaram, agora, de lançar o seu quarto disco. «Em Boa Companhia Eu Vou» é um registo «ao vivo» que chegou recentemente ao mercado discográfico. 12


os azeitonas

Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Os Azeitonas

O ano de 2002 marcou o arranque da banda, que tomou por seu o nome de Os Azeitonas, numa clara alusão satírica a um termo genuinamente portuense. “No Porto utilizamos muito o termo «azeitona» em substituição do termo «azeiteiro»”, explicam, salientando a “veia humorística” que gostam de manter. Começaram por ser uma espécie de “boysband de garagem”, como se auto intitularam, mas tudo acabou por mudar para um panorama bem diferente. As suas

canções popularizaram-se e hoje todos conhecem Os Azeitonas. Marlon (voz), Salsa (teclas), Miguel AJ (guitarra/voz) e Nena (voz) formam o núcleo duro da banda que conta ainda com a colaboração de vários músicos que a acompanham nas atuações ao vivo, nomeadamente os elementos da Banda D`Hotel e dos Hornsters.Integrados no género do pop-rock, todos os elementos que constituem o grupo são autodidatas à exceção de Salsa que conta com formação musical. 13


música todos os elementos da formação. Em palco auto intitulam-se como «uma das melhores bandas ao vivo» e não têm um público alvo, «dando» música a quem gostar de a ouvir. A agenda d`Os Azeitonas tem sido bastante preenchida em termos de atuações, tendo chegado aos 70 espetáculos entre 2009 e 2010, com destaque para as maiores queimas das fitas do país – Porto, Coimbra e Braga - e para alguns dos maiores festivais nomeadamente o Rock in Rio e o Marés Vivas.. Grandes êxitos - como «Quem és Tu Miúda», «Cantigas de Amor», «Café Hollywood» ou «Mulheres Nuas» - que a banda tem vindo a popularizar, fazem dela uma das mais solicitadas a nível nacional. Passeando pelo Porto

Ao som dos Azeitonas As influências musicais são abrangentes e vão desde o jazz ao soul, passando pelos Beatles e por uma grande diversidade de música portuguesa. É, aliás, na língua materna que fazem as suas composições embora tenham alguns registos cantados noutras línguas mas que não estão editados. E uma banda que cante em português pode pensar na internacionalização? “Claro que sim. Os fatores que ditam a internacionalização prendem-se mais com a aposta que as editoras deveriam fazer na música nacional, e na visibilidade que as rádios lhe deveriam dar, do que com a língua em que são cantadas”, garantem, salientando que ainda há muito a fazer no panorama musical português. “Não se aposta na música nacional”, garantem, lamentando o facto de ter de haver cotas para a música portuguesa nas rádios nacionais e os critérios segundo os quais as editoras pegam ou rejeitam um trabalho. O processo criativo é feito em conjunto, mas parte quase sempre de uns acordes e de uns “bitaites” de Miguel AJ, sendo, depois, completado por 14

Três álbuns de originais e o mais recente registo ao vivo, que inclui a compilação de diversos temas, constituem a discografia da banda portuense. Inspirada pela cidade e pelas suas vivências, a banda tem dois temas alusivos à cidade - «Rua da Alegria» e «Anda comigo ver os aviões». Todos concordam que o Porto é uma cidade musical, ou não fosse uma das que mais bandas produz. “Deve ser do tempo. O facto de chover muito no Inverno faz com que as pessoas não saiam tanto como seria de esperar e isso leva a uma maior produtividade”, salientam, admitindo que esta possa ser uma das explicações. Adeptos das francesinhas e do FC Porto, destacam algumas personalidades que lutam pelo nome Porto. “Pinto da Costa é um nome incontornável, uma espécie de voz da cidade, um líder incontestado”, garantem, recordando os nomes de Rui Veloso, Carlos T e Rui Reininho como uma espécie de “embaixadores” da cidade no panorama musical. www.osazeitonas.com www.facebook.com/osazeitonas Q

Discografia 2005 2008 2009 2011

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«Um Tanto ou Quanto Atarantado» «Morangos com Açúcar vol.10» «Salão América» «Em Boa Companhia Eu Vou»


os azeitonas

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reportagem

Muros de expressão São mais os «sarrabiscos» aleatórios a preencher as paredes da cidade do Porto do que as obras de arte daquela que é considerada a “mais poderosa forma de expressão do século”. Apesar de sentirem, cada vez mais, o respeito da sociedade, os protagonistas da arte urbana pedem locais onde possam expressar-se de forma legal. 16

O que na correria diária pode passar despercebido, não escapa durante um passeio a pé pelas ruas do Porto. Da Baixa à periferia, com especial incidência no centro histórico e em diversas estações de metro, a cidade está repleta de paredes cravejadas de riscos, nódoas e caracteres perdidos que escapam a qualquer manifestação da chamada “street art”. Apesar da subjetividade do referido conceito, a verdade é que graffiters e cidadãos comuns afastam os tradicionais rabiscos “Zé ama Maria”, visíveis em inúmeras fachadas de


arte urbana

Texto: Mariana Albuquerque e Marta Almeida Carvalho Fotos: Virgínia Ferreira / Mr. Dheo / Janina Brandão

prédios portuenses, de qualquer tipo de grafismo associado à arte urbana. Se a intenção é admirar verdadeiros murais de expressão, elaborados por “writters” que manifestam pontos de vista, alertas e críticas sociais em forma de stencils, graffiti ou outras intervenções que dão corpo a sentimentos, a tarefa é árdua e há que procurar. Na cidade do Porto não existem espaços destinados à prática urbana e os graffiters pedem uma maior colaboração com as entidades locais para que as obras de arte urbana possam estar à vista de todos. 17


reportagem

Evitar a pintura ilegal com espaços para a arte urbana Apesar de não serem adotadas medidas condenatórias contra os grafismos da “street art”, a generalidade das autarquias que compõem a Área Metropolitana do Porto não disponibiliza locais próprios para que os “writters” se possam expressar. Numa tentativa de travar a proliferação de pinturas ilegais, há cerca de dois anos, a Câmara do Porto iniciou uma ação de limpeza da cidade, através da Direção Municipal do Ambiente e Serviços Urbanos (DMASU). Para isso, adquiriu uma máquina de remoção de graffiti e constituiu duas equipas de intervenção. A operação de limpeza das paredes das ruas do Porto surgiu na sequência de um “levantamento exaustivo dos graffiti exis-

tentes” que permitiu a definição de um mapa de atuação. Na altura da elaboração do plano, “manter a cidade limpa”, “dissuadir a prática ilícita” e “combater o sentimento de insegurança” eram os principais objetivos da autarquia portuense. Contudo, para os artistas, é importante selecionar as paredes incluídas nas ações de limpeza. Além disso, os graffiters consideram que uma forma de evitar a pintura ilegal seria a aprovação, por parte das câmaras, de algumas propostas em determinados locais. “O problema é que não existe nenhum local, nem há sítios onde comprar uma lata”, notou Gon, adepto da arte urbana. “Que tenha conhecimento, o que as autarquias disponibilizam são baldes de tinta branca e trinchas para que se limpe o que os artistas fazem”, apontou também Mr. Dheo, um dos graffiters mais conhecidos, não só no nosso país, mas também no estrangeiro. De acordo com o artista plástico, que faz graffiti há já onze anos, ainda há alguma “falta de visão” da sociedade, que não consegue ou não quer ver “a qualidade e o sucesso de alguns artistas que estão, de facto, comprovados nacional e internacionalmente”. Mas, afinal, em que é que consiste esta modalidade artística que, apesar de ser considerada “a mais poderosa forma de expressão do século”, ainda permanece escondida? Arte que não promove Segundo Mr. Dheo, “a arte urbana, em específico, não promove nem publicita nada nem ninguém,

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arte urbana

a não ser o artista e o seu próprio trabalho”. “É simultaneamente uma manifestação que deve transmitir um conceito/mensagem e que tem de comunicar com o público”, acrescentou o artista, que sempre rejeitou integrar uma escola ou um curso de artes, optando por desenvolver as suas próprias técnicas. Para o conhecido “writter”, a estética da obra de arte urbana é “fulcral” e devem ser tidos em conta critérios como o “nível técnico, as proporções, as dimensões e o jogo de cores”. Aliás, tal como destacou Gon, “a arte urbana, noutros países, é uma disciplina”. “Há onze anos, quando comecei a pintar, quase tudo o que fazia era associado a vandalismo, independentemente de ter ou não autorização e de fazer,

ou não, uma pintura concetual e visivelmente agradável”, notou Dheo. Atualmente, o artista sente que há já “um equilíbrio”. “Considero que hoje em dia há uma maior aceitação e capacidade de distinguir a arte de tudo o resto que se vê nas ruas”, destacou, salientando que a mudança de mentalidades se desenvolveu muito por mérito de “um trabalho contínuo e evolutivo” dos “writters”, apesar “das muitas contrariedades” que enfrentaram. “Conseguimos, com a nossa arte e personalidade, mudar mentalidades e acredito que estamos, aos poucos, a ser recompensados por este esforço e dedicação”, notou, com satisfação. “Continuam a existir pessoas que me vêem a trabalhar na rua e fazem ‘cara feia’, é um facto. Mas também é verdade que existem ainda mais a quererem dialogar comigo, a elogiarem o meu trabalho, a fotografá-lo e a agradecerem o facto de ele estar a ser feito nas suas ruas, nas suas cidades, no seu país”, acrescentou Mr. Dheo. Onde encontrar exemplares de Arte Urbana? Apesar do crescente respeito da sociedade pela “street art”, Mr. Dheo considera que, como não há espaços “para os artistas urbanos se expressarem”, é “realmente complicada” a tarefa de identificar as ruas portuenses nas quais se encontram os melhores exemplares de arte urbana. “Seria 19


reportagem incapaz de responder referindo apenas o meu trabalho porque creio que é importante indicar espaços onde o público possa ter acesso a obras de diferentes artistas”, afirmou. Ainda assim, Mr. Dheo acabou por selecionar “a antiga fábrica da “Faísca”, agora em ruínas, que tem um muro exterior com boas obras”. “Outro é o mural do Clube Inglês, no Campo Alegre”, acrescentou. De resto, para o graffiter, as melhores obras “estão no interior de espaços abandonados, em Gaia, Matosinhos e Leça da Palmeira”. Homenagem aos artistas na parede da Universidade Católica Também na fachada da Universidade Católica do Porto é possível ver a intervenção que Mr. Dheo realizou a convite da organização do Festival Black & White. Trata-se de uma homenagem aos artistas portugueses, que continuam “presos à parede”, num país onde existe “uma desvalorização da cultura e das artes”.

Com a obra, que representa “um manifesto pessoal de defesa do ponto de vista artístico”, o graffiter quis despertar a atenção das pessoas e obrigálas a refletir sobre a temática. O trabalho de Mr. Dheo, que continua a encarar a rua como espaço de eleição, está, por isso, ainda muito ligado à sensibilização da comunidade, uma vez que, “pouca gente consegue compreender o valor que uma obra de arte urbana pode ter”. “Persistência” e “trabalho árduo” são, assim, dois dos ingredientes que o “writter” destaca para a possibilidade de traçar um percurso nesta forma de expressão. Arte Urbana: uma profissão? Com trabalhos espalhados um pouco por todo o país e até no estrangeiro, Mr. Dheo é um dos poucos graffiters que consegue viver do seu talento. “Eu faço da arte urbana a minha profissão, mas em determinados momentos questiono-me como é possível estar a consegui-lo em Portugal”, admitiu. No momento, o “writter” está a trabalhar em “dois projetos urbanos de grande envergadura fora da cidade do Porto”. Apesar de ser considerada “a forma de expressão mais poderosa do século”, é pouca a força da arte urbana na Área Metropolitana do Porto, permanecendo quase invisível, à espera de um local onde possa afirmar-se à vista de todos. Q

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arte urbana

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moda

Antes de ser reconhecido no próprio país, o jovem criador Ricardo Andrez começou por conquistar o estrangeiro através de uma minicoleção “usável e sem falsas pretensões”. Hoje, já com seis criações na bagagem - a última lançada em março – o portuense assegura que a moda não é “tão fútil como aparenta”. Texto: Mariana Albuquerque Fotos: Isabel Zuzarte e Rui Vasco/arquivo ModaLisboa

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“Arriscar, arriscar, arriscar”


ricardo andrez Sempre a “duvidar do impossível” e a defender a ousadia de arriscar, Ricardo Andrez, jovem criador da cidade do Porto, já conseguiu levar os seus conceitos de moda ao estrangeiro. A paixão pela área, essa, surgiu quando o portuense, de 31 anos, ainda estudava no liceu. A partir de então, decidiu investir na aprendizagem, de modo a perceber se era “algo sério” ou, nas palavras do próprio criador, apenas “um flirt adolescente”. Aliar a formação à predisposição Ainda sem saber as oportunidades que poderiam surgir no universo da criação, Ricardo Andrez começou por aprender o conceito de liberdade criativa na Cooperativa Árvore, no Porto, de onde saiu com a certeza de que o seu futuro teria de passar pela moda. Mais tarde, foi no Citex (Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil) que o jovem procurou os conhecimentos técnicos necessários ao seu percurso profissional. No entanto, a “estrutura rígi-

da, industrial e competitiva” da instituição fê-lo afastar-se durante algum tempo para pensar. “A formação é fundamental. Funciona como várias ferramentas que depois poderemos aliar a uma predisposição e sensibilidade para a área, conjugadas com uma total entrega”, afirmou o criador à Viva. Assim, dois anos e meio depois de ter deixado o Citex, e uma vez que essa predisposição nunca deixou de estar presente, Ricardo Andrez viu-se num processo criativo que viria a resultar na criação da sua própria marca, voltada para a moda masculina. Prémio de Melhor Coleção Sem possibilidades económicas para desenvolver uma coleção inteira, o portuense desenhou e concebeu uma minicoleção que conquistou Barcelona. “Era um trabalho de puro sportswear, graficamente muito forte, usável e sem falsas pretensões”, descreveu. “Ainda hoje me perguntam se tenho algumas daquelas peças”, notou o criador. 23


moda Depois do prémio de Melhor Coleção, em Barcelona, Ricardo Andrez conquistou a distinção de Melhor Criador Revelação-Homem nos prémios “The Famous Revelation Awards 09”, vencendo também a “Bota de Prata” no concurso “MMM Munich”, em Barcelona. Só depois de ter sido convidado a participar na Semana de Moda de Madrid é que as portas da moda portuguesa se abriram ao jovem criador que, em 2010, foi convidado para a plataforma LAB da ModaLisboa, onde este ano voltou a apresentar o seu trabalho. “Para mim é um privilégio fazer parte do calendário da melhor plataforma nacional na área da moda. Nunca é de mais salientar o profissionalismo e o rigor de toda a organização e a paixão de todos os intervenientes”, disse, defendendo que o seu principal objetivo enquanto profissional é o de “fazer crescer o mecanismo da moda em Portugal”, juntamente com as outras pessoas. Entre prémios, preparativos para apresentações e instantes de agitação, Ricardo Andrez já conta bastantes momentos de embaraço. “Existem imensas situações!”, garantiu, contando já ter estado a rezar, até ao último minuto, para que os sapatos

chegassem a tempo para um desfile. “Vinham de transportadora e só chegaram a Espanha mesmo em cima da hora. Foi um sufoco total!”, garantiu. Um mundo “não tão fútil e cor-de-rosa” “Entrega total”, “trabalho árduo”, “vitaminas” e capacidade de “arriscar” são os ingredientes que o jovem criador recomenda aos que pretendem construir uma carreira no universo da moda. “É um mundo apaixonante, efervescente e competitivo. Não tão fútil e cor-de-rosa como aparenta. É viciante e estimulante”, descreveu o jovem que encontra em Bernhard Willhelm, Vibskov, Karl Lagerfeld e Yamamoto algumas das suas grandes inspirações. Para o portuense, que se descreve como “relaxado, intuitivo, persistente, livre e sem medo de arriscar”, o melhor criador é aquele que “está em constante busca”. Como melhor peça de vestuário, Ricardo Andrez elege “a próxima a ser idealizada”, uma vez que “o melhor está para vir”. O criador apresentou em Março a sua sexta coleção, “Capsule w12”, e está, agora, a produzir fardas para uma entidade ligada ao turismo. Q

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ricardo andrez

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ciência e tecnologia

Tratamento melhora de doentes com NVC

Há cinco anos, o crescimento de vasos sanguíneos na retina provocava uma perda de visão impossível de contrariar. Hoje, uma equipa de cinco médicos do Hospital de São João aplica um tratamento que apresenta resultados bastante positivos. 26


visão

Com destreza de movimentos, as enfermeiras Filomena e Virgínia, do serviço de Oftalmologia do Hospital de São João (HSJ), no Porto, reunem, quase em tempo cronometrado, os materiais necessários ao próximo doente. Após largos minutos de preparação, os pacientes vão chegando ao bloco operatório para um procedimento que conjuga rapidez e rigor. Separados pela idade e pelas doenças que originaram a complicação a ser tratada, os doentes combatem aquilo a que as batas brancas apelidam de

Texto: Mariana Albuquerque Fotos: Virgínia Ferreira

Neovascularização Coroideia (NVC), que mais não é, de acordo com Falcão Reis, diretor do Serviço de Oftalmologia da referida unidade hospitalar, do que o “aparecimento de vasos sanguíneos que invadem a retina na sua zona mais importante, a mácula aquela que usamos para ver”, prejudicando a visão. Se há cerca de cinco anos o problema não apresentava cura, hoje, algumas equipas de médicos de hospitais universitários aplicam uma injeção, dentro do olho, que promove a oclusão dos vasos sanguíneos, fazendo com que os doentes melhorem 27


ciência e tecnologia desenvolvimento dos neovasos e a sua progressão, permitindo-nos preservar a visão do doente e impedir um agravamento progressivo”, salientou. A equipa do São João já aplicou mais de três mil tratamentos em pessoas com neovasos originados por doenças distintas, das quais são exemplo a Miopia Patológica e a Degenerescência Macular da Idade. O que é a Miopia Patológica? Segundo Ângela Carneiro, a miopia patológica é aquela que apresenta uma graduação superior a seis dioptrias. “Os olhos com miopia patológica são olhos maiores, que não param de crescer, muitas vezes ao longo da vida. Desenvolvem, então, uma distensão das várias camadas do olho, o que pode originar pequenas ruturas e problemas de irrigação que levem ao desenvolvimento dos neovasos”, afirmou à Viva. Degenerescência Macular da Idade

consideravelmente. O Hospital de São João foi uma das primeiras unidades a iniciar o tratamento, criando uma consulta específica para avaliar e tratar as pessoas com NVC. Entretanto, de regresso ao bloco operatório, Ângela Carneiro, uma das médicas que integra a equipa responsável pelo procedimento, aplica as injeções, quase de uma forma automática, mas num ambiente cuidadosamente preparado para não haver qualquer tipo de risco para o paciente. “Antigamente não havia tratamento e os doentes acabavam por sofrer uma perda da visão central: deixavam de conseguir distinguir letras e caras”, explicou à Viva. Ler um livro e reconhecer as pessoas tornavam-se, assim, ações extremamente complicadas para as pessoas com NVC. “Depois, começou a ser usado um tratamento com terapia fotodinâmica - que é uma espécie de laser dirigido para tentar matar especificamente os neovasos - mas provocava lesões na retina. Não era tão específico como se pensava”, acrescentou a médica oftalmologista. “Agora há estas drogas que procuram impedir o 28

No entanto, a formação da membrana neovascular não surge só no contexto da miopia patológica. “Essa complicação é muito mais frequente na Degenerescência Macular da Idade (DMI)”, contou Falcão Reis, acrescentando que “os doentes que têm miopia patológica podem ter esta complicação em qualquer fase da vida, por vezes ainda jovens; enquanto que os doentes com DMI são tipicamente pessoas com mais de 70 anos. Os riscos associados ao tratamento De acordo com Falcão Reis, o novo tratamento provoca dois tipos de riscos: “oculares, em regra associados ao ato cirúrgico e não ao produto que se injeta” e “sistémicos, que resultam dos efeitos secundários do fármaco”. “O procedimento em si não é doloroso. O único incómodo é que sempre que leva a injeção, o doente tem de o fazer em ambiente de bloco operatório”, afirmou o diretor do serviço de Oftalmologia do HSJ. Para que os pacientes não corram o risco de desenvolver endoftalmites, infeções nos olhos, a equipa médica realiza o tratamento no bloco, com desinfeção e com todos os cuidados de assepsia. Q


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GAES

Soluções auditivas 30


centros auditivos

Fotos: AP

integrais

A GAES – Centros Auditivos desenvolve a sua atividade há mais de 60 anos, tendo consolidado a sua presença como líder em correção auditiva, tanto através da sua marca própria como das melhores marcas mundiais, que distribui numa rede de 550 centros auditivos em todo o mundo, repartidos entre cinco países: Espanha, Argentina, Chile, Turquia e Portugal. Em 1993, a GAES inaugurou a sua primeira delegação no Porto. Atualmente, conta com seis centros auditivos no distrito - três na cidade e os restantes em Matosinhos, Gondomar e Póvoa de Varzim. No resto do país, dispõe de mais 25 centros auditivos e cerca de 150 centros de consulta externos, onde presta serviços de orientação protésica. A missão da GAES – Centros Auditivos é melhorar a comunicação e a qualidade de vida das pessoas, oferecendo as melhores soluções auditivas integrais, em colaboração com o especialista Otorrinolaringologista (ORL), desde o fabrico até à adaptação final, através de uma experiente equipa de profissionais. O seu objetivo primordial é a satisfação do cliente através de um programa de reabilitação auditiva integrado e de técnicos especializados que se encarregam de estudar cada caso e encontrar a solução auditiva mais adequada, através de avaliações auditivas completas (audiometria tonal e vocal, impedanciometria e timpanograma). Oferece tam-

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GAES

bém serviços de reparação de todas as marcas de aparelhos auditivos, de venda de pilhas, kit de limpeza, seguimento e controlo periódico de todas as adaptações e ajustes personalizados. Nos Institutos Auditivos Integrais (IAI), a GAES oferece serviços especializados para as situações que requerem uma atenção mais especifica, por exemplo, em auditologia infantil ou tratamento de zumbidos. Dispõe ainda de um serviço de assistência ao domicílio para pessoas com mobilidade reduzida ou que não tenham possibilidade de se deslocarem a um centro auditivo. A perda auditiva e as suas manifestações A perda auditiva é, na maioria dos casos, um processo gradual chamado presbiacusia e deve-se à evolução natural do nosso sistema auditivo. O primeiro indício aparece no dia em que disser “eu ouço bem mas não estou a perceber o que está a dizer!” É um processo lento, quase impercetível, exceto para os familiares e amigos, que se apercebem da diferença mais cedo: verificam que a pessoa nem sempre responde, estava ligeiramente mais reservada e o som da televisão frequentemente muito alto. Que tipo de soluções auditivas existem Hoje em dia, a grande maioria dos problemas auditivos tem solução. Dependendo do caso concreto

de cada pessoa e do grau de perda auditiva, a solução pode passar por uma cirurgia, um implante auditivo ou, o mais comum, por aparelhos auditivos. É necessário acabar com estereótipos e imagens pré concebidas que não ajudam a solucionar um problema cada vez maior, pois os aparelhos auditivos são cada vez mais discretos e com componentes mais pequenos, para que passem totalmente despercebidos. Evoluíram de forma surpreendente nos últimos anos e adaptam-se cada vez melhor ao estilo de vida de cada pessoa, dando resposta às suas necessidades funcionais e estéticas. Os aparelhos auditivos digitais destacam-se pela sua máxima versatilidade, oferecendo uma audição muito natural, nítida e com um sinal sonoro de qualidade, inclusive em situações ambientais distintas. O compromisso com a correção auditiva A GAES mantém um compromisso com a saúde auditiva, não só com os seus clientes, mas com a população em geral e com a comunidade médica. Nesta linha, desenvolve diferentes iniciativas com o objetivo de promover o cuidado com os ouvidos e a consciencialização para a perda auditiva, em paralelo com eventos científicos. Q

Contactos: PORTO IAI - Rua Santa Catarina 493 Telef.: 222 039 619 Edifício Mota Galiza - Rua Calouste Gulbenkian, 13 Telef.: 226 094 254 Av. Boavista, 1203, 1º, sala 105 Telef.: 226 000 017 MATOSINHOS Rua Brito Capelo 146 | Telef.: 229 376 006 GONDOMAR Av. 25 de Abril, 18 R/C | Telef.: 224 631 251 PÓVOA VARZIM Praça do Almada, 38 R/C | Telef.: 252 688 345 Linha atendimento ao Cliente 808 10 11 12 www.gaes.pt apoioaocliente@gaes.es

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centros auditivos

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lazer

O paraĂ­so da bicharada

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zoo santo inácio Enquanto uns se deliciam com a simpatia do «Manel», o pónei residente, ou com a beleza das panteras-das-neves e do lince, outros assistem a shows de aves-de-rapina e de répteis, à alimentação dos pinguins e a outras peripécias que só os amigos animais proporcionam, e que acontecem ao longo do dia no Zoo de Santo Inácio. Situado em Gaia, este é um espaço onde se pode desfrutar de momentos de descontração e liberdade, rodeado pela Natureza.

Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Virgínia Ferreira

Enquanto o calor do sol deixa alguns mais molengões, como a «Ariana» e o «Ulagan», o casal de panteras-das-neves, outros há que aproveitam os dias solarengos para dar uma «voltinha», esticando as asas ao sol e planando, lá em cima, bem no alto, ou em voos que rasam pela cabeça dos visitantes. Ao longo do dia, são diversas as demonstrações com aves-de-rapina e répteis a que se pode assistir no Zoo de Santo Inácio. O complexo estende-se por cerca de 12 hectares da Quinta de Santo Inácio, em Vila Nova de Gaia, composta ainda pela CasaMuseu do século XVIII, um frondoso bosque e jar35


lazer

dins românticos, onde tudo o que se ouve são os sons da Natureza. O zoo abriu ao público em Junho de 2000, na sequência da ideia dos proprietários da quinta, que sempre tiveram uma grande ligação aos animais, de criar um Jardim Zoológico numa área natural. O projeto parecia arrojado mas a persistência deu lugar à concretização. O zoo abriu portas com um

grande número de animais de pequeno porte mas com alguns «pesos pesados» como as panterasdas-neves, o lince europeu, os cangurus e os pinguins, sempre tão apreciados. Agora há muitos mais para ver. Habitats recriados Os habitats e a alimentação dos animais são estudados ao pormenor, calculando-se o espaço de que necessitam e o que gostam de fazer. O espaço está dividido por segmentos de forma a recriar as condições dos habitats de origem. No reptilário encontramos várias espécies de répteis e anfíbios como a cobra piton, o escínco-de-língua-azul, o dragão de vela ou o crocodilo de água salgada. No insetário moram o escorpião do deserto, o inseto-pau gigante e a arrepiante tarântula de joelhos vermelhos. O reino dos macacos tem uma diversidade de espécies entre o irrequieto saguim, o lémur, o macaco-aranha ou o de rabo-vermelho. Na estufa tropical, por entre a vegetação exuberante e variada, estão presentes dez espécies de aves exóticas das florestas tropicais, muitas delas em perigo de extinção. Os predadores dos ares constituem uma das grandes atrações do zoo: a coruja-das-neves, fiel companheira de Harry Potter, o urubu e o falcão peregrino, que consegue avistar uma presa a 1,5 quilómetros de distância. Os mamíferos

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zoo santo inácio

estão representados pelas belíssimas panteras-dasneves, pelo magnífico lince europeu, zebras, lamas, cangurus e hipopótamos-pigmeu. Na quinta pedagógica podem observar-se os animais que habitualmente se encontram em qualquer quinta como galinhas, porcos, cabras e póneis. A ilha do lago principal do zoo é o habitat de uma diversidade de espécies de aves, que interagem num espaço comum onde habitam diversas espécies de cisnes, patos e gansos. Pelos espaços verdes correm livremente magníficos pavões e cãesda-pradaria.

O veterinário residente e os tratadores encarregamse da saúde e da alimentação diária dos animais, muito diversificada devido à grande variedade de espécies: muitos quilos de carne, peixe, feno, frutas e milho preenchem todas as suas necessidades nutricionais. Preservação de espécies ameaçadas A estrutura, moderna, está concebida de forma a reproduzir as características ambientais dos habitats das várias espécies, proporcionando-lhes as melhores condições de conforto, o que contribui largamente para que o visitante observe animais muito saudáveis e com comportamentos genuínos. O zoo está integrado numa rede internacional de parques temáticos e jardins zoológicos, que cooperam entre si no desenvolvimento de programas de conservação de diversas espécies em vias de extinção, como a pantera-das-neves, pinguim de Humboldt, mabeco, hipopótamo-pigmeu, damalisco, curaçau-de-capacete-setentorial ou o ganso-dohavai. Contribuir para melhorar o futuro das dezenas de espécies ameaçadas em todo o mundo é um dos objetivos do zoo que proporciona, ainda, todas as condições de comodidade a quem o visite, nomeadamente a nível de infraestruturas de apoio como bares, restaurantes e parques de merendas. www.zoosantoinacio.com Q 37


universidade

Dois séculos de ensino da Ciência em exposição “Dois Séculos: Instrumentos Científicos na História da Universidade do Porto” é o nome da exposição que reúne uma panóplia de instrumentos ligados ao ensino e à investigação experimental do espólio do Museu de Ciência da Universidade do Porto (U.Porto). São centenas de instrumentos científicos, com mais de duzentos anos, que estão em exposição no Museu Nacional de Soares dos Reis e que perpetuam a memória da instituição. Cada um tem a sua história, o seu “percurso” nos corredores da univer38

sidade, sendo, todos eles, testemunhos silenciosos de avanços e dificuldades que a U.Porto encontrou pelo caminho. Entre o extenso rol de instrumentos científicos, encontram-se peças raras como o pêndulo de segundos, o objeto mais antigo do espólio, que data de 1798. A esta preciosidade juntam-se outras como o fonógrafo de Edison, aparelho que demonstrou pela primeira vez a possibilidade de registar e reproduzir um som repetidamente, foi adquirido em 1878 e chegou à universidade como novidade tecnológica


centenário

Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: U.Porto

Centenas de instrumentos históricos, utilizados desde as origens da Universidade do Porto, transferiram-se temporariamente para o Museu Nacional de Soares dos Reis. São dois séculos de história marcados por uma diversidade de objetos como o pêndulo de segundos, o mais antigo do espólio, ou a máquina de calcular “Millionaire”, que pesa 40 quilos e é capaz de fazer as quatro operações aritméticas.

e estrela da Exposição Internacional de Paris, tendo custado à instituição “sessenta e tal mil reis”. Esta quantia foi retirada da verba total de 100 mil réis, atribuída ao Gabinete de Física. A “Millionaire”, antepassada das máquinas de calcular, apesar de ser capaz de realizar as quatro operações aritméticas, pesa cerca de 40 quilos e é a antítese das máquinas atuais, tecnologicamente muito avançadas e que cabem em qualquer bolso. Peças de «origem» Bússolas de marear, barómetros e astrolábios das aulas de Astronomia, passando pela sereia acústica para medir a frequência do som, do gabinete de Física da Academia Politécnica, ou pelo projetor 39


universidade cinematográfico Imperator, de 35mm, são objetos que estão, agora, acessíveis a todos aqueles que visitem o museu. Inserida nas comemorações do centenário da U.Porto, a mostra conta centenas de histórias através dos diversos instrumentos expostos e estará patente até 30 de Outubro de 2011. A exposição é composta por vários instrumentos didáticos que permitem ao visitante ter a noção de como no passado se solucionavam determinadas questões científicas e calcular a eficácia dessas ações. O vi-

sitante pode também avaliar alguns objectos mais modernos, comparar com os antigos e conhecer a sua evolução ao longo da história. A grande parte das peças em exposição são das origens da U.Porto, provenientes das aulas de Náutica, Desenho e Matemática da Real Academia de Marinha e Comércio (1803-1837), dos Gabinetes de Física, Química e de História Natural da Academia Politécnica (1837-1911) e dos Laboratórios de Física, Química, Mineralógico e Geológico da atual Faculdade de Ciências. Q

Próximas iniciativas U.Porto • De junho a setembro 2011 7.ª Universidade Júnior Programa de cursos de Verão desenvolvido pela universidade com o objetivo de desper tar nos jovens - entre os 11 e os 17 anos - o interesse pelo conhecimento, ajudando-os, ao mesmo tempo, nas suas opções vocacionais. Integra ainda um programa geral e escolas de introdução à investigação (Física, Matemática, Química, Línguas, Humanidades e Ciências da Vida e da Saúde), especialmente vocacionadas para os jovens do ensino secundário. • De 20 a 27 de junho 2011 XXXIV Congresso Mundial da Vinha e do Vinho Local: Centro de Congressos e Exposições da Alfândega Dedicado ao tema “A construção do Vinho – Uma Conspiração de Saber e de Ar te”, este evento resulta de uma organização da associação “Um Porto para o Mundo”, da qual faz par te a Universidade do Porto. • 24 de junho 2011 Regata dos Barcos Rabelos Em pleno dia de S. João, uma embarcação com vela e tripulação da Universidade do Por to vai participar na tradicional regata de barcos rabelos, no Rio Douro. Trata-se de mais uma forma de reforçar os laços da instituição com a cidade. • Julho 2011 Exposição “Coleção Egípcia da Universidade do Por to” Local: Reitoria da U.Por to / Praça dos Leões Exposição que reúne a coleção de cem peças oferecidas à Universidade no início do século XX e 40

que, para além da sua raridade e valor, permite conhecer melhor a história de tão impor tante civilização antiga. • Setembro 2011 Exposição “As Preciosidades Bibliográficas da Universidade do Por to” Local: Biblioteca Almeida Garrett Exposição de obras bibliográficas que integram o acervo das Bibliotecas da Universidade do Por to e são o reflexo do desenvolvimento do conhecimento ao longo dos séculos.

• Até 29 de setembro 2011 Ciclo de Conferências “Conhecimento na U.Porto” Hora: todas as quintas-feiras às 18h30 Local: Vários Até ao próximo mês de setembro, os finais de tarde de quinta-feira serão ocasião para conhecer e debater, na primeira pessoa, o conhecimento científico produzido na Universidade do Porto. Este ciclo vai atravessar diferentes locais do Campus da universidade e conta com a par ticipação de investigadores das mais diversas unidades de I&D sedeadas na instituição.


centenรกrio

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destinos Partir à descoberta da Galiza é agora mais fácil para todos aqueles que queiram desvendar os mistérios da região. Mais de uma centena de variadíssimos pacotes turísticos são disponibilizados a todos os tipos de público, através do programa “Vive Galicia”. E são imensos segredos por revelar...

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galiza Fotos: Turgalicia / Alberto Trabada-ViĂş Foto

Segredos a revelar

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destinos

“Vive Galicia” é um programa de divulgação da oferta turística da Região da Galiza que oferece mais de uma centena de pacotes turísticos aos visitantes, divididos por diversas áreas temáticas. Através deste programa, o visitante poderá desfrutar de 122 pacotes de Turismo Experimental, que conta, este ano, com mais 50 ofertas relativamente a 2010, divididas por áreas: Caminho de Santiago e Santuário; Turismo Náutico e Marítimo; Turismo Rural e Ativo; Turismo de Saúde; Turismo Gastronómico e Enoturismo; Turismo de Golf; Turismo Acessível e Urbano. Promover a região “Vive Galicia” disponibiliza aos visitantes uma grande diversidade de elementos concebidos com uma dupla finalidade: promover o Turismo da região e garantir a qualidade de todos os serviços prestados. O programa “Vive Galicia 2011” foi criado para proporcionar experiências fantásticas aos visitantes. Integrado nas comemorações do 8º Centenário da Consagração da Catedral de Santiago de 44


galiza

Respirar cultura

Compostela, o programa visa, ainda, a promoção da Cidade da Cultura, o Turismo de Saúde e das paisagens naturais mais caraterísticas da região galega: rurais, marítimas e fluviais.

“Vive Galicia 2011” dá-lhe a possibilidade de conhecer as referências históricas e universais desta região de Espanha como o Caminho de Santiago, o primeiro trilho histórico de um caminho multicultural e cosmopolita; o Cabo Finisterra, o ponto mais ocidental da Europa; a Ribeira Sacra, que concentra o maior número de mosteiros de Espanha; a «Hostal dos Reis Católicos», em funcionamento desde há cinco séculos; a Praia de Rodas, considerada como a melhor do mundo pelo «The Guardian»; a Torre de Hércules, o farol romano ativo mais antigo do mundo; a Muralha de Lugo, a muralha romana mais bem conservada, ou os «Acantilados de Teixeira», as serras mais altas do continente europeu. Informações sobre preços e consulta do catálogo dos pacotes turísticos em www.vivegalicia.es Q 45


desporto

A época de 2010/2011 foi recheada de vitórias azuis e brancas que tornaram o FC Porto no clube com mais títulos na história do futebol português. Depois da conquista da Supertaça e de se sagrar campeão nacional sem derrotas, em abril, os «dragões» venceram a Liga Europa, repetindo, assim, o feito de 2003, em Sevilha. A estes títulos, o clube juntou, ainda, a Taça de Portugal, que conquistou pela terceira vez consecutiva, na sétima dobradinha da sua História. Termina, assim, em grande o ano dos dragões, que teimaram em pintar a Invicta de azul e branco. Parabéns ao campeão! 46


fc porto

O ano do DragĂŁo

Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: VirgĂ­nia Ferreira

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desporto

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fc porto

Fernando Santos

“Este é nosso destino”. Foi com este slogan que o FC Porto encerrou uma época de conquistas e que se veio a revelar como uma espécie de premonição: no futebol, o destino foi mesmo o de ganhar quatro das cinco provas onde os dragões estavam envolvidos, e às quais se juntaram os títulos de campeões nacionais de sub-19, andebol, hóquei em patins e basquetebol.

Futebol foi «rei» Uma equipa coesa, um plantel de luxo e um jovem treinador audaz foram argumentos mais que suficientes para partir à conquista de uma época cheia de emoções, que terminou verdadeiramente em «ouro sobre azul». Foi mais uma Supertaça, um campeonato nacional, uma Liga Europa e uma Taça de Portugal a acrescentar ao já extenso palmarés do clube azul e branco que parte, agora, à conquista da Europa, com acesso direto à Liga dos Campeões. Um ano de festas para os adeptos, que não se cansaram de sair à rua para celebrar as vitórias do clube. O nome «Porto» foi, uma vez mais, projetado a nível internacional, e o azul e branco dominou no país e na Europa. E lá diz a canção: “Esta vida de dragão, só dá campeão!”.Q 49


momentos

Boa disposição é o ingrediente principal

O Twin’s Baixa continua a oferecer, de segunda a sábado, um vasto leque de festas animadas onde a boa disposição é o ingrediente principal. Dois anos depois da abertura das suas portas, continua a ser um espaço de eleição na baixa portuense, com uma experiente equipa de trabalho e cocktails especiais que fazem as delícias dos clientes. 50


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momentos 1

Marc by Marc Jacobs no Porto 2

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A etiqueta Marc by Marc Jacobs escolheu o renovado bairro da baixa no Porto para inaugurar a sua segunda loja em Portugal, localizada na Rua das Carmelitas n.º 70, num edifício com uma bonita 52

fachada inspirada na arte nova. Apesar de ser um bairro tradicional, adaptou-se a um novo modo de vida com um espírito renovado, repleto de público jovem, rodeado de bares, restaurantes e do núcleo das faculdades que tornam o lugar único. Num espaço com muita luz, são apresentadas as coleções de pronto-a-vestir para homem e senhora e a coleção de acessórios, perfumes, relógios, óculos de sol e produtos especiais e únicos de Marc by Marc Jacobs. O cocktail de inauguração, organizado pela empresa Batata Cerqueira Gomes, foi um momento muito especial, num animado fim de tarde. A Loja irá estar aberta de segunda a sábado sendo que às quintas, sextas e sábados só encerra às 23h00.


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1 – Vista geral 2 – Carlota e Batata Cerqueira Gomes 3 – Artur Miranda, Raquel Cerqueira Gomes e Jack Beck 4 – Belkiss Costa Oliveira, João Caiano e Joana Mexia 5 – Márcia Barros, Domingas Leite Castro, Sara Brandão, Patricia D´Orey e Marta Mexia 6 – Mª Augusta Osório de Castro, Manuel Castro Lemos, Isabel Castro Lopes e Marina Costa 7 – Marina Costa, Filipa Cortez e staff 8 – Manel Guedes, Batata Cerqueira Gomes e Pedro Santos 9 – Paulo Lobo e Rita Almada 10 – Catarina Marques Pinto e Nuno Ribeiro 11 – Mafalda Fernandes e Marta Sousa 12 – Manela Saldanha e Vera Deus

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Fotos: Rui Barroso

Uma equipa jovem e dinâmica está a dar uma nova alegria ao Twin’s Foz 1

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O Twin’s Foz conta com uma nova gerência, uma equipa jovem e dinâmica que está a dar uma nova alegria ao Twin’s do Passeio Alegre. As noites low cost, às quintas-feiras, e as temáticas de fim-de-semana são as grandes atrações do espaço. Batata Cerqueira Gomes e a sua empresa de eventos integram a nova equipa, que promete surpreender. 54

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1 – José Luis Branco e Mariana Castro Moreira 2 – Iolanda Sena e Catarina Marques Pinto 3 – Fernando Gomes e Ivo Alves 4 – Nelson Ribeiro e Sónia Pedra 5 – Diana Veloso, Angie Guadalupe e Inês Guimarães 6 – Inês Guimarães e Angie Guadalupe 7 – Diana Veloso, Lala Ferreira e Catarina Gomes 8 – Susana Duarte, Miguel Vieira, Susana Vale e Rui Maciel 9 – Raquel e Catarina Jacob 10 – Luciana, Eduardo, Filipa, Joana e Diana

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11 – João Loureiro e Maria Pinto de Sousa Loureiro 12 – Nuno Costa, Renata Gomes, Renato Brasil, Sandra Sá e Manuel Anselmo 13 – Raquel, Batata e Carlota Cerqueira Gomes com Francisco Miranda 14 – Pedro Garcia e Daniela Martins 15 – Rodrigo e Márcia Barros 16 – Miguel Barros e Inês Guimarães

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«Mare Nostrum» Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Jorge Aguiar

“O mar sem fim é português”. Quem o afirmou, um dia, foi um dos maiores poetas lusitanos, Fernando Pessoa. A Marinha é o ramo mais antigo das Forças Armadas, ou não fosse Portugal um país de marinheiros e descobridores. Para além do âmbito militar, são diversas as vertentes que integram a Marinha portuguesa e que lhe concedem um duplo uso. Do patrulhamento da costa ao salvamento marítimo, passando pela coordenação das diversas atividades e da Autoridade e Polícia marítimas, são estas as vertentes mais utilizadas no Norte do país.

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marinha

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um

A ação da Marinha Portuguesa divide-se em duas componentes: militar e não-militar. O poderio naval encontra-se estacionado em Lisboa, sendo também na capital a base da armada portuguesa. O Comando Naval, vertente militar, centra-se principalmente na defesa e apoio à política externa, onde estão integradas a componente naval e as ações no âmbito dos acordos internacionais. Relativamente à segurança e autoridade do estado, e de acordo com o Comandante da Zona Marítima do Norte, Manuel Mendes dos Santos, a Marinha conta, uma vez mais, com um duplo uso: a componente naval e a Auto-

ridade Marítima. “Entre ambas estão distribuídas uma série de ações nomeadamente de salvamento da vida humana no mar, patrulhamento, vigilância e fiscalização da pesca, assinalamento marítimo (garantir o bom funcionamento dos faróis ao longo da costa, infraestruturas fundamentais para uma boa navegação) e ações em que a Marinha possa intervir como agente da Protecção Civil, nomeadamente através do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), uma infraestrutura também ela sob alçada da Marinha”, refere. Autoridade Marítima Nacional Integrados no Sistema de Autoridade Marítima (SAM) encontram-se a Polícia Marítima e a Direcção Geral da Autoridade Marítima (DGAM). Desta fazem parte os Departamentos Marítimos e as Capitanias dos Portos, que se dirigem, basicamente, às comunidades piscatórias, à navegação de comércio, recreio e marítimo turística, e às quais compete a execução de actos administrativos aplicados a este tipo de utentes, nomeadamente a emissão de licenças, vistos em documentos e registo de embarcações. Da DGAM fazem parte organismos como o ISN, a Direcção de Faróis, a Escola da Autoridade Marítima e o Serviço de Combate à Poluição no Mar por Hidrocarbonetos, todas elas vertentes ativas da Marinha Portuguesa.

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marinha Polícia Marítima

Combate às atividades clandestinas

Sob o comando da Marinha, e integrada na estrutura operacional da Autoridade Marítima, encontra-se a Polícia Marítima (PM), uma força armada e uniformizada, dotada de competências especializadas e composta por militares e agentes militarizados. O pessoal da PM é considerado órgão de polícia criminal para efeitos de aplicação da legislação, sendo os inspetores, subinspetores e chefes considerados autoridades de polícia criminal. A PM garante e fiscaliza o cumprimento das leis e regulamentos na área de jurisdição marítima nacional, nomeadamente em espaços integrantes do domínio público marítimo, em águas interiores de jurisdição nacional. Para além das ações de fiscalização aos portos comerciais e dos atos necessários com vista à concessão do despacho de largada de navios e embarcações nas zonas portuárias, a fiscalização a embarcações que se encontrem em atividade marítima é, também, uma das competências desta força policial. Fiscalizar a carga, a atividade da pesca, peso e tamanho do pescado, redes e equipamento faz parte do quotidiano da força que garante ainda o combate a ilegalidades no âmbito da pesca clandestina. O patrulhamento costeiro terrestre também se encontra sob a sua jurisdição, fiscalizando, ainda, os equipamentos de lazer ao longo da costa, licenciamento de obras e atividades nas praias.

As noites de lua cheia são de grande azáfama para os agentes do Comando Local da Polícia Marítima do Douro. Sob a sua jurisdição encontra-se uma grande extensão do rio, onde a atividade piscatória clandestina teima em persistir, sob determinadas condições. Considerado um petisco «de luxo», o «meixão» é um peixe minúsculo, conhecido pelo nome popular de «louras» ou «angullas», uma espécie protegida mas muito apreciada sobretudo pelos espanhóis, que pagam cerca de 300 euros por quilo. Na lua cheia, o «meixão» sobe o rio para a desova e à sua espera tem diversas armadilhas. As redes de captura são deixadas com uma pequena bóia, de cor discreta para que não seja perceptível a olho nu, para serem recolhidas passadas algumas horas. É neste período que as embarcações dos agentes policiais descem o rio no sentido de desmantelar as armadilhas, cuja apreensão se espera que desencoraje a atividade. “As armadilhas são caras, principalmente as âncoras que as sustêm. A destruição das que são apreendidas pretende ser dissuasora da ilegalidade em que incorrem estas pessoas, que têm nesta atividade o lucro fácil”, refere Belarmino Moreira, 2º comandante local da Polícia Marítima do Douro. Mas se as ações de fiscalização e patrulhamento na área que abrange o rio estão sob a alçada da capitania do Douro, as que se desenrolam já em alto mar são da

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um responsabilidade da de Leixões. Um grupo de agentes sai ao encontro das embarcações que se encontram em atividade, no sentido de fiscalizar a pesca. “Os pescadores estão muito mais conscientes do cumprimento da legislação do que estavam há alguns anos atrás”, refere José Barbosa, 2º comandante da PM de Leixões, salientando que a fiscalização também é “mais apertada”. Em causa está a segurança de quem trabalha no mar. De acordo com o agente Aníbal Rosa, o facto de descurarem um simples gesto, como a colocação do colete salva-vidas, pode ser fatal. “Alguns dizem que não dá jeito para trabalhar mas são de extrema importância para a sua segurança”, garante. Um navio de grande porte acaba de atracar em Leixões e a verificação da proveniência, tripulação e carga é necessária para que possa permanecer no porto. Os procedimentos são efetuados pelos elementos da força policial e o contacto é feito com o comandante da embarcação e com o representante do armador. O «Celtic Freedom» transportava uma grande carga de ferro e teve «luz verde» para continuar a sua atividade, quer em termos de logística, quer de tripulação. O patrulhamento da orla costeira, a vistoria de obras e licenciamentos de construções, bem como a fiscalização de todas as atividades junto às praias são também da competência desta polícia. Dois agentes destacados para o local, patrulham a área e verificam as licenças da pesca amadora que se desenrola nas várias praias da sua jurisdição. “Muita gente não sabe as regras e pensa que para pescar à linha não é preciso licença. A nossa função, para além da de penalizar, é também, a de prevenção e de alerta junto destas pessoas”, explica o agente José Correia. O controlo e prevenção balnear também fazem parte das competências desta força policial.

Meios operacionais A Marinha conta com uma grande diversidade de meios operacionais, nomeadamente aéreos, anfíbios, de superfície e subsuperfície. A componente aérea da Marinha é formada por uma esquadrilha de helicópteros, que realiza missões de caráter militar e de cariz secundário - transporte de carga e pessoal, reconhecimento, de busca e salvamento. Os meios anfíbios são constituídos pelos Fuzileiros, a unidade especial da marinha, uma força de desembarque e combate, com capacidade para operar no mar e em terra, dada a versatilidade dos seus homens altamente treinados. Os meios de subsuperfície são constituídos pelas equipas de mergulhadores e submarinos da armada, sendo que todos os outros navios, fazem parte dos meios de superfície desta força. A bordo do “Cacine” O “Cacine” é um navio-patrulha ao serviço da Marinha Portuguesa, que conta com uma tripulação de 33 homens. Construído em 1969, durante a Guer-

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marinha marinha

ra Colonial, foi o primeiro de um conjunto de dez navios, dando, por isso, o nome à classe “Cacine”, em homenagem ao rio mais a sul da Guiné, na época uma província portuguesa. O navio foi feito para desempenhar operações de patrulha costeira e dos rios portugueses em África, e efetuou um conjunto de missões de “serviço público” nomeadamente ao nível da fiscalização da pesca, repressão do contrabando, busca e salvamento e controlo da poluição no mar. Terminada a comissão de serviço em Janeiro de 1975, o “Cacine” iniciou um período de intensa atividade operacional, com destaque para missões na Zona Marítima da Madeira, cruzeiros ao longo da costa continental e vários exercícios conjuntos com outras unidades navais e aéreas. Apesar da intensa taxa de operacionalidade, o navio continua a sua atividade com ações de salvamento no mar, apoio às populações, nomeadamente na Madeira, fiscalização da pesca e combate à poluição, tendo participado nas operações de combate ao derrame em Porto Santo e de afundamento do navio “Prestige”. Apesar de vocacionado para o patrulhamento da costa e salvamento, a fiscalização da atividade piscatória faz também parte da sua ação

quotidiana. Em alto mar, a Viva acompanhou essa vertente de atuação da tripulação do navio. O “Caminho da Luz” e o “Jaimito” encontravam-se na faina e o dia rendera uma “pescaria razoável”. Entre raias, polvos, pescadas e robalos, havia muito peixe para pesar e redes para medir. “O material de apoio a esta atividade é fundamental para a garantia de que as regras estão a ser cumpridas”, refere Tiago Mendes, guarda marinha, salientando a importância da precisão dos meios complementares. “As redes têm determinados diâmetros consoante o pescado e há aparelhos de que nos servimos para fazer essa medição que tem de ser rigorosa e fiável”, assegura. Toda a pescaria tem de estar devidamente registada a bordo, nomeadamente a espécie, quantidade e peso, em relatórios que também são inspecionados pela tripulação. Para além do produto da pesca, os instrumentos de bordo, a presença de coletes salva-vidas, de material de sinalização e de extintores, bem como a sua validade são também verificados pelos marinheiros. A guarnição do “Cacine”, constituída por três oficiais, seis sargentos e 24 praças, tem como primeiro comandante o tenente Neves Cabrita. Q 63


mem贸rias

O largo da aguardente 64


praça do marquês

Durante o século XIX, no limite Norte da zona urbana do Porto, existia uma praça denominada de Largo da Aguardente por ali se realizar o mercado da aguardente. O local funcionava como uma espécie de fronteira, onde todas as mercadorias que o transpusessem estavam sujeitas a impostos e constituiu uma importante linha de defesa da cidade. Hoje, mais central, é conhecido pelo topónimo Marquês de Pombal.

Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Virgínia Ferreira

A Praça do Marquês de Pombal, antigamente denominada de Largo da Aguardente, por se realizar neste local o mercado da aguardente, fazia parte de uma enorme quinta que se situava no limite da zona urbana, a Norte. A praça constituía uma das barreiras da cidade, uma espécie de «alfândega» onde eram cobrados impostos sobre as mercadorias que cá entravam. Até meados do século XIX, funcionou como uma importante linha de defesa da cidade, quer durante as Invasões Francesas, quer no Cerco do Porto. Por volta de 1850, a praça tinha já a configuração atual e possuía uma alameda que foi ajardinada em 1898 quando também recebeu o coreto de ferro, oferta dos habitantes da zona. Foi também neste local que foi construída, em 1870, a praça de touros da Aguardente que, junto com a da Boavista, formaram os dois únicos locais de corridas de touros na cidade do Porto. O nome atual da praça foi-lhe atribuído em 1882, em homenagem ao estadista Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Foi ministro durante o reinado de D. José I tendo governado despoticamente, sendo de destacar a sua ação na reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755. Q 65


iniciativa

Transforma Lisboa numa pauta colorida Ao som da música de Tiago Bettencourt, estudantes do ensino superior transformaram três espaços urbanos da capital numa Exposição Contemporânea de Cor. Numa vertente de reabilitação urbana, estudantes de todo o país voltaram a unir-se para conferir uma nova cor a três espaços da cidade de Lisboa, no âmbito da 4.ª edição do CIN RE-MAKE, projeto que visa a transformação de elementos citadinos através de uma aposta na cor e nas potencialidades da arte. Inspirados na música “Lisboa que me encontra”, trabalho de Tiago Bettencourt criado especificamente para a iniciativa, alunos das faculdades de arquitetura, belas artes e design aceitaram o desafio deMetallic interpretar, graficamente, cada verso do cantor, Paint Champagne transformando os muros da cidade numa verdadeira (ref. A638) Exposição Contemporânea de Cor. 66

A edição de 2011 do CIN RE-MAKE está visível nas principais artérias e zonas centrais de Lisboa Rua José Gomes Ferreira às Amoreiras, Avenida de Tela Tassoglas Ceuta e 2.ª+ Circular – durante os próximos seis meMetallic Paint Silver ses. A (ref. Z550)mostra integra trabalhos de alunos da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, Escola Técnica de Imagem e Comunicação (ETIC), Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE), Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias (RESTART), Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), Universidade Católica do Porto, Escola Superior de Artes e Design (ESAD) e Escola Superior Artística do Porto (ESAP).Q


cin

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televisão

Expansão em curso O Porto Canal tem vindo a alargar a sua área de cobertura contando já com cinco delegações no Norte do país. Juan Figueroa, diretor do canal, salienta a necessidade deste crescimento no sentido de “dar voz” a cada vez mais pessoas, sendo que a atualidade é um dos fatores com maior importância. 68


porto canal Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Porto Canal

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televisão

Cinco delegações regionais O Porto Canal conta já com cinco delegações regionais. A estação televisiva passou, assim, a contar com instalações em Penafiel, abrangendo o território do Tâmega e Vale do Sousa, Mirandela, estendendo-se ao território de Trás-os-Montes, Arcos de Valdevez, abrangendo o Alto Minho, Guimarães, que cobre o território do Cávado e Ave, e Vila Real, no Alto Douro. As várias delegações, que permitem uma maior capacidade operacional para assegurar a cobertura informativa na região Norte do país, estão dotadas de materiais com as mais avançadas tecnologias. “A recolha de imagens e a elaboração das reportagens, bem como a capacidade do seu envio imediato, asseguram a grande atualidade do Porto Canal na cobertura da região Norte”, garante Juan Figueroa, diretor do canal nortenho. 70

Este é o primeiro passo para a abertura de uma vasta rede de delegações regionais, com as quais o Porto Canal espera vir a dar maior visibilidade às principais comunidades nortenhas, tendo-se, assim, iniciado um processo de descentralização informativa a partir do Grande Porto, onde está sedeado. “Queremos também proceder à criação de pequenos estúdios nestas delegações, onde possamos receber convidados para que não tenham que se deslocar ao Porto”, refere, salientando que, a médio prazo, a ideia é abrir uma delegação também em Lisboa. “Faz todo o sentido porque na capital tomam-se decisões que interferem com a região Norte”, sublinha. «Será assim tão difícil?» Não há dificuldade nenhuma em assistir a esta tertúlia, cujo objetivo é o de valorizar a região Norte, olhando de forma crítica o centralismo do


porto canal

tões importantes para a região com um convidado. “Somos três pessoas diferentes com um fator em comum: o amor pelo Porto e pela região”, refere Jorge Fiel, um dos elementos fixos da tertúlia. O programa, com duração de 60 minutos, vai para o ar todas as terças-feiras, pelas 22h, e repete à 4ª, às 13h.

«A Jornada»

país. As conversas à volta de diversos temas, diretamente ligados ao Norte, são exploradas por um painel que inclui o jornalista Jorge Fiel, o empresário António Souza-Cardoso e o jurista Rui Vicente que, todas as semanas debatem ques-

Todas as sextas-feiras, pelas 22h, no programa «A Jornada», Tiago Marques traz a estúdio um painel de quatro jornalistas convidados, para debater e fazer a antevisão da jornada da semana. Neste espaço falase de golos, de momentos únicos do futebol, de novas apostas, e de previsões para o futuro do campeonato. Os telespectadores podem intervir no programa através de chamadas telefónicas em direto. Q 71


porto.come Gabriela Gomes

Gastronomia e arte no Porto.Come “I Shot the Chef” foi uma das novidades do Porto.Come, que decorreu de 26 a 29 de maio, na Alfândega do Porto. O desafio, lançado à Escola Superior Artística do Porto (ESAP) visava dar a conhecer jovens artistas e associar a arte da gastronomia à fotografia. Os Chefes fotografados foram alguns dos grandes cozinheiros dos Restaurantes que integraram a Rota do Gosto, que juntou 34 restaurantes da cidade. Coube aos fotógrafos captarem a vida que transparece numa cozinha através de um artista gastronómico. Os selecionados tiveram os trabalhos expostos no Porto.Come, com destaque para a vencedora, Gabriela Gomes, que foi a Fotógrafa Oficial do Porto.Come 2011. O evento juntou milhares de pessoas para provas gastronómicas. O Continente foi, pelo segundo ano consecutivo, o patrocinador oficial, tendo marcado presença com o Clube de Produtores, Continente Gourmet e Take Away. O que diz o júri…

Eunice Silva - Diretora Comercial de Perecíveis e Presidente do Clube de Produtores SONAE “É com grande satisfação que nos associamos à iniciativa do Porto.Come 2011 “I Shot the Chef”, um concurso com os alunos da ESAP que vai encontrar o fotógrafo oficial do evento. O projeto é interessante uma vez que tem como principais objetivos não só 72

estimular e promover a criatividade destes jovens artistas, como também dar a conhecer o seu talento e apoiar o seu início de carreira. Podemos considerar que este é um veículo importante de valorização dos produtos portugueses, com os quais o Clube de Produtores Sonae se identifica, associando-se a mais uma iniciativa Continente de promoção da produção nacional.” Rui Lourosa - Diretor do Curso Superior de Artes Visuais – Fotografia “’Os olhos também comem...’ Velho e sábio adágio, que verifica o que se tem passado desde sempre no domínio da imagem fotográfica de comida: a fotografia sustém a imagem essencial de um prato e coloca o apetite em suspense. No desafio colocado pelo Porto.Come, os alunos tentaram objetivar o papel do cozinheiro em fotografias.” Chefe Hélio Loureiro Lisa Dunke Comissário Porto.Come “Fotografar comida é talvez das ações fotográficas mais difíceis, pois para além de ser necessário mostrar a tridimensionalidade do objeto fotografado, é preciso apelar aos sentidos sensoriais que um prato de comida comunica. (…) Fotografar comida é, pois, um ato de apelo a todos os sentidos, daí a complexidade da fotografia, uma vez que a especialização de fotógrafos de alimentação é hoje mais que necessária pois nunca a gastronomia esteve tanto na moda como hoje.” Manuel Serrão - Organização Porto.Come “A gastronomia é uma forma de arte. Quisemos tornar esta edição do Porto.Come inesquecível através de uma outra forma de arte: a fotografia. Lançámos o desafio à ESAP para que alguns dos seus alunos nos ajudassem a mostrar a emoção, a energia e a cor por detrás de cada prato, de cada cozinha, de cada ingrediente. O vencedor do desafio foi nomeado fotógrafo oficial do Porto.Come e foi para nós um orgulho dar a conhecer o talento destes jovens artistas e, esperamos nós, assistir ao lançamento de uma brilhante carreira.” Q


portuguese fashion news

PFN distinguiu jovens talentos Cláudia Garrido, da Escola Superior de Artes e Design (ESAD), com tecidos Adalberto Estampados, Eduarda Brandão, do Citex, com tecidos Texwool e Amandine Zimmermann, da Universidade da Beira Interior, com tecidos Albano Morgado S.A. foram as três vencedoras do concurso Jovens Criadores, desenvolvido pela Associação Seletiva Moda no âmbito do projeto Portuguese Fashion News (PFN). 15 alunos, representantes de 10 escolas de moda portuguesas, foram sujeitos a várias fases de avaliação, mas acabou por ser Cláudia Garrido a conquistar o primeiro lugar do pódio, na final realizada no Cace Cultural do Porto, no dia 13 de maio.

Do júri do concurso fizeram parte quatro profissionais ligados ao mundo da moda nacional: Alexandra França, representante da empresa Lona, Teresa Marques Pereira, da empresa Onara, Sara Oliveira, jornalista do JN e a estilista Elisabeth Teixeira. Aproximar as escolas de moda da indústria é um dos objetivos do concurso Jovens Criadores, que pretende desafiar o setor a um aumento da inovação, através de uma aposta na originalidade dos mais novos. Q

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através dos tempos

Imponência e «glamour»

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palácio das cardosas Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Virgínia Ferreira

O Mosteiro dos Lóios, ou Palácio das Cardosas como é vulgarmente conhecido, é um dos mais opulentos edifícios da cidade e da Baixa portuense. Construído no século XV para os cónegos da Ordem de S. João Evangelista, o edifício transforma-se, agora, num sumptuoso hotel, onde será reaberto um dos cafés mais tradicionais da cidade que se situava naquele local: o Astória. 75


através dos tempos

Próximo ao local onde se situa a Palácio das Cardosas passava a Muralha Fernandina. No interior da «cerca», no último quartel do século XV, o Bispo D. João de Azevedo fundou um mosteiro para os Cónegos Seculares da Ordem de S. João Evangelista, conhecidos por frades Lóios, ou Elóis, que ali tinham a sua igreja e respectivo claustro – o Mosteiro de Santo Elói ou dos Lóios. Uma doação generosa permitiu-lhes, inicialmente, a construção de uma pequena ermida, que anos mais tarde viria a ser substituída por uma sumptuosa igreja com fachada para o Largo dos Lóios. No final do século XVIII, o mosteiro encontrava-se em avançado estado de degradação, sendo que os cónegos deram início à sua requalificação, que contemplava uma nova fachada virada para a Praça Nova, atual Praça da Liberdade, e passeio adjacente. Em 1798 começaram as obras de requalificação do convento e de construção da fachada, da autoria do arquiteto José de Champalimaud. A época

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conturbada que se viveu no início do século XIX, com as guerras liberais e a entrada do exército de D. Pedro no Porto, para libertar a cidade, viria a ditar a fuga da Ordem religiosa dos Cónegos dos Lóios, apoiantes do absolutismo de D. Miguel, deixando as obras de requalificação do convento a meio. O «Palácio das Cardosas» e o «Astória» Com a extinção da Ordem, a Câmara do Porto tomou posse do edifício e colocou-o à venda em hasta pública, sendo o seu comprador Manuel Cardoso dos Santos, um negociante abastado que fez fortuna no Brasil e que se comprometeu em acabar a fachada. Após a sua morte, a viúva e as filhas, conhecidas como «as Cardosas», herdaram o edifício, que passaria a ser conhecido como o «Palácio das Cardosas», bem como o passeio anexo que tomou a mesma designação popular. Do convento apenas chegou até aos nossos dias a fachada que os frades começaram a construir já no século XIX. O edifício está localizado na Praça da Liberdade, denominada de Praça Nova antes da abertura da Avenida dos Aliados. Na esquina com a Praça Almeida Garrett - em frente à Estação de S. Bento existia o Café Astória, um espaço secular muito tradicional na cidade, famoso não só por ser um ponto de encontro da elite burguesa, mas também pela comodidade do mobiliário.


palácio das cardosas

De acordo com o historiador Eugénio da Cunha Freitas, supõem-se que poderia haver, soterradas no local, algumas ossadas de figuras importantes da cidade. “Agora, na Casa de Deus, em vez dos honrados frades de Santo Elói, estão os gordos e opulentos senhores da Finança e da Indústria, perturbando, na febre do negócio e do lucro, o eterno descanso de tantas cinzas veneráveis que ali jazem”. Esta citação poderá ser referente ao período em que o edifício foi ocupado por sucessivas entidades bancárias.

Luxo no coração da Baixa Depois de quase quatro séculos de história, e de ter conhecido a sumptuosidade e a degradação, o edifício foi, agora, transformado num hotel de luxo – o Intercontinental Porto Palácio das Cardosas. Propriedade da IHG – Intercontinental Hotels Group, o palácio irá proporcionar uma nova vida ao centro da cidade, sendo que a sua construção está envolta em grande luxo, onde não foram descurados os mais ínfimos pormenores, numa clara conjugação de conforto e de recriação histórica. A nova infraestrutura será o primeiro «hotel de luxo internacional» localizada no coração do centro histórico e assume-se como “um importante impulso para o desenvolvimento da região e um pólo de atração do turismo de qualidade, uma espécie de «embaixador» da imagem da cidade junto de mercados internacionais estratégicos. O Intercontinental Porto - em cuja marca proprietária fez questão de manter a denominação «Palácio das Cardosas», transformando-se assim no equipamento com o nome mais extenso do grupo - está equipado com 105 quartos (Deluxe, Executive e 16 suites), restaurante, bar, ginásio e Wellness Center e duas salas de reunião. Do equipamento faz, ainda, parte o «novo» Café Astória, devolvido à cidade de forma a preservar a sua «memória» aliando apontamentos decorativos de grande sumptuosidade, à semelhança de todo o edifício, num claro conceito de modernidade. Q 77


águas do porto O Pavilhão da Água, cuja função ambiental é realçada por diversas experiências que proporciona a crianças e adultos, é um infraestrutura fundamental para o conhecimento sobre a água e o seu ciclo. Integrada, agora, na empresa Águas do Porto, a estrutura conta com cerca de 30 mil visitantes/ano e assume-se como uma peça indispensável para a transmissão das boas práticas ambientais. Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: AP

Água de qualidade

Com a integração do Pavilhão da Água na sua estrutura, a empresa Águas do Porto (AP) passou a deter toda responsabilidade do percurso da água na cidade. A educação ambiental vem juntar-se, assim, ao abastecimento de água, saneamento básico, águas pluviais, ribeiras e praias, itens já geridos pela empresa 78

municipal. Para além da informativa, o Pavilhão da Água conta, ainda, com uma função pedagógica, sendo visitado por milhares de alunos ao longo do ano. “Aqui podem perceber o ciclo completo da água, de forma sensitiva, bem como todos os fenómenos com ela relacionados”, refere Poças Martins, da AP.


Interação com o público De forma a proporcionar experiências sensitivas a quem o visita, o Pavilhão da Água conta agora com dois novos espaços interativos: O primeiro permite visualizar e quantificar fugas de Fotos: AP água e explica a forma como são detetadas, através de um sistema de auscultação às condutas. No segundo foi colocada a maqueta de uma ribeira e o público é convidado a colocar peças de forma a animá-la. Para tal são disponibilizados diversos materiais didáticos, como plasticina e papel, a que o público dá forma, uma experiência que tem atingido um enorme grau de popularidade. Recorde-se que o Pavilhão da Água esteve representado, recentemente, no Aqua Meeting, um certame internacional que se realizou na Alfândega do Porto. «Beba da nossa água» De forma a garantir a boa qualidade da água portuense mas também ajudar as famílias numa lógica de poupan-

ça, a AP lançou um desafio: para além de só fazer bem à saúde, se cada criança bebesse água em vez do habitual sumo que leva para a escola, isto permitiria uma poupança de cerca de 50 cêntimos diários, o que, em termos mensais significa uma redução de 15 euros. E se uma família optar também por beber água do abastecimento público, em detrimento da engarrafada, a redução no orçamento familiar pode chegar aos mil euros/ano. Q 79


Vila do Conde

Atualidade

The Style Outlets com descontos durante todo o ano Surpreender os visitantes com descontos atraentes continua a ser uma das prioridades do Vila do Conde The Style Outlets que, em 2011, está a apostar nas “Campanhas Quinzenais”, ações que apresentam, durante 15 dias por mês, um desconto adicional entre os 40 e os 70 por cento em produtos ou lojas específicas. Assim, cada mês terá uma “Quinzena” com descontos especiais num determinado tipo de artigo. De 13 a 26 de junho haverá a Quinzena de Desporto e Praia; entre os dias 1 e 15 de agosto, a da Restauração; de 1 a 11 de setembro a do Regresso às Aulas e, em outubro, de 7 a 16, a Quinzena dos Jeans. Para o mês de novembro ficarão reservados 15 dias inteiramente dedicados ao Natal. O centro pretende, desta forma, que os clientes tenham a oportunidade de usufruir de vários descontos adicionais durante o ano, de forma a fidelizar os visitantes através de um conceito criativo. O Vila do Conde The Style Outlets tem atualmente cerca de 140 lojas, com descontos entre os 30 e os 70 por cento. Desde a sua abertura em 2004, já recebeu mais de 15 milhões de visitantes. Q

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EDP

Net aproxima clientes 82


gás Apoiada numa lógica da sustentabilidade, a EDP Gás desenvolveu uma ferramenta online, de apoio à área comercial, que permite uma ampla visibilidade sobre o panorama de implementação de novos contratos. Os objetivos são os de adaptar o produto às necessidades do cliente que ganha, assim, maior comodidade ao requerer os serviços da empresa sem sair de casa, e diminuir o uso do papel, numa lógica de ampliação de recursos e de uma maior economia.

Agora já pode ter acesso ao Gás Natural sem sair de casa. A EDP Gás, através de um moderno sistema online, implementado pela empresa, chega junto dos clientes para apresentar as grandes vantagens do Gás Natural e todos os interessados podem requerer a sua instalação sem sair de casa. Através de um computador portátil, o novo sistema permite a visualização imediata, por parte dos técnicos, das habitações já abrangidas e das que ainda não estão ligadas, facilitando novos mecanismos de oferta junto dos potenciais clientes. No momento do contacto, os interessados podem proceder de imediato à contratação do Gás Natural. Para isso, basta introduzir o cartão do cidadão no computador portátil adaptado para o efeito e os dados são automaticamente transferidos para o aparelho. A assinatura é digital, feita no próprio ecrã, e o cliente apenas recebe um formulário com as condições de funcionamento, juntamente com um pequeno recibo. “Evitam-se, assim, as três cópias de cerca de 15 folhas de papel que eram geradas anteriormente”, refere João Dias Santos, diretor comercial e de redes da empresa. 83


EDP

Gás Natural - maior economia, mais ecologia

que não liberta CO2 e não contém aditivos, contribuindo para um meio ambiente mais ecológico.

O aquecimento de ambiente a Gás Natural é uma solução que oferece vários níveis de desempenho e uma redução significativa nos custos energéticos mensais. Ao mesmo tempo que garante a temperatura desejada, a emissão de calor direcionada e um funcionamento silencioso, apresenta-se como uma solução acessível e adaptável a todas as necessidades. O Gás Natural assume-se como uma excelente alternativa ao uso da eletricidade, uma vez

Solidariedade na vertente desportiva e educativa

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A EDP Gás promove diversas ações, quer a nível desportivo, quer educativo, cujos objetivos são os de envolver a comunidade da zona Norte na filosofia de sustentabilidade da empresa. Para tal, organiza, anualmente, alguns desafios junto das escolas bem como diversas provas desportivas cujas receitas das inscrições revertem, em parte ou na totalidade, a favor de instituições de solidariedade social, como as do «Dia do Pai», de «S. João» ou «do Homem e da Mulher», sendo que as 30 mil inscrições do último ano demonstram já o carisma destas provas na Área Metropolitana do Porto. A empresa patrocina ainda diversas corridas e caminhadas na zona Norte, a sua área de abrangência, integradas na iniciativa «Todos a Andar com a EDP Gás», que conta com cerca de 50 mil participantes por ano. A empresa é um dos parceiros da «Byke Tour», uma prova em que os participantes percorrem as cidades do Porto e Gaia em bicicleta, e a promotora integral da «Mini Byke Tour», onde participam crianças de instituições de solidariedade social. Q


portofólio

gás

“Se na nossa cidade há muito quem troque o V pelo B, há muito pouco quem troque a liberdade pela servidão”.

Almeida Garrett

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figura Em cima do palco a mostrar a paixão pelo teatro e pela dança ou nos bastidores de uma área na qual não é fácil triunfar, Pedro Sousa não tem dúvidas: o teatro musical é a sua praia. Numa experiencia “de suor e sangue”, o jovem fez parte da companhia de Filipe La Féria durante quatro anos e está disposto a arregaçar as mangas e a lutar por uma carreira.

Entre palcos e bastidores 86


pedro sousa Texto: Mariana Albuquerque

Nasceu numa cidade que poucos conhecem, mas já sabe o que é a “balbúrdia feliz” dos grandes bastidores. Pedro Xavier Sousa, de 25 anos, deu os primeiros passos de dança na Trofa, onde reside, e, num abrir e fechar de olhos, viu-se em cima dos palcos pisados pela companhia de Filipe La Féria. De Apóstolo S. João, na peça “Jesus Cristo Superstar”, a Acendedor de Candeeiros, em “O Principezinho”, o jovem ator e bailarino tem já algumas histórias para contar. A destreza de movimentos e a capacidade de improviso, detetadas no 12.º ano por uma professora, convenceram Pedro Sousa a inscrever-se no Balleteatro, no Porto. E se a dança parecia ser a carreira a seguir, rapidamente ganhou um forte aliado – o teatro – ingredientes que Pedro Sousa gosta de manter lado a lado. “Fui à escola profissional para fazer a audição de dança, mas vi que também podia fazer uma para teatro e pensei: ‘que engraçado, vou fazer as duas’”, contou à Viva. “Na altura da audição para o curso de teatro deu-me qualquer coisa e achei que deveria arriscar”, acrescentou o jovem. Ainda assim, entre trabalhos caprichados e discussões acesas com os professores, o estudo de teatro teve de ser interrompido, ao fim de um ano e meio. “Tive de saltar. Fui selecionado para fazer um musical em Leiria e, durante os ensaios, mandaram-me uma mensagem a dizer que estavam a fazer castings para um musical do La Féria que ia estrear no Porto”, explicou Pedro Sousa. “Seja o que Deus quiser”, garantiu ter pensado na altura, ainda sem saber que o trabalho a estrear seria, curiosamente, o “Jesus Cristo Superstar”. Com uma música “mais ou menos preparada”, Pedro Sousa fez o casting, no qual cantou “à frente de duas mil pessoas”. “Obrigada, depois ligamos-te, ou não”, foi a expressão proferida pelo júri. Passados dois dias, o bailarino recebeu o telefonema que acabou por ditar o início de uma carreira profissional.

A mudança de vida “”O que mudou? Deixei de ter tempo para os amigos, para a família, namorada, escola e até para mim”, contou Pedro Sousa, entre gargalhadas. “Para o ‘Jesus Cristo Superstar’ tínhamos ensaios com horários que não lembravam ao diabo: das 13 horas às três da manhã”, acrescentou, assumindo que, no momento, o apoio da família foi fundamental. “Foi um espetáculo que marcou a minha vida. Para uma pessoa que cresceu com uma educação católica, começar a vida artística com uma obra que homenageia a religião tem um significado marcante”, confessou. Entre ensaios e apresentações, os convites foram surgindo. Depois de desempenhar o papel de Apóstolo S. João, Pedro Sousa foi convidado a vestir a pele do Acendedor de Candeeiros, personagem baseada em Charlie Chaplin, da obra “O Principezinho”. “Só tinha folgas ao domingo à noite e à segunda à noite. De resto tinha sempre espetáculos: de manhã, para as escolas, fazia a peça infantil “O Principezinho”, e à noite o “Jesus Cristo Superstar”. Franz, o mordomo que mais exigiu de Pedro Sousa Ao longo dos quatro anos em que integrou a companhia de Filipe La Féria, Pedro Sousa participou também nas peças “Música no Coração”, “Um Violino no Telhado”, “Alice no País das Maravilhas” e “Annie”. Por conseguir conciliar dança, canto e representação, o teatro musical é encarado pelo bailarino como “aquela praia” onde se sente bem. Ainda assim, para o ator, há papéis que exigem uma entrega e dedicação diferentes. “A peça ‘Música no 87


figura Coração’ se calhar foi a que mais me marcou. Eu tinha uma personagem importante na história e foi muito difícil trabalhar o Franz, o mordomo, porque era uma figura militar muito estilizada, britânica e digamos que eu tenho um andar caraterístico – se calhar de uma pessoa que não se preocupa muito com a postura – e ali tive de me preocupar mesmo!”, revelou à Viva. “Foram dois meses de ‘colégio militar’, em que tinha de ter muito cuidado com aquilo que dizia, fazia e até com o olhar. Tive de cortar tudo do Pedro Sousa para me cingir ao mínimo que a personagem precisava e isso foi muito enriquecedor”, acrescentou. “Um Violino no Telhado” foi, para o ator, um dos trabalhos “mais completos”. “Tinha uma componente muito dramática, era uma boa história e a casa esteve sempre cheia”, afirmou o jovem, que teve oportunidade de contracenar com José Raposo, Hugo Rendas, Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Wanda Stuart e Gonçalo

Salgueiro. “São excelentes profissionais. Todos os dias aprendi qualquer coisa com eles e estavam sempre dispostos a ajudar”, assegurou o jovem. O preconceito de uma dança no masculino Se, por algum motivo, um dos bailarinos não podia atuar em determinada peça, Pedro Sousa desdobravase para ocupar o seu papel. Aliás, antes de integrar a companhia de Filipe La Féria, o jovem acumulou várias experiências como dançarino, ao lado de Nelo Ferreira. Nas atuações realizadas por todo o país, o preconceito associado aos bailarinos foi uma das realidades com a qual o jovem se deparou. “Notei que o preconceito é maior nas grandes cidades, como por exemplo em Lisboa, no Porto e em Braga. As pessoas viam um bailarino no meio das bailarinas e achavam estranho”, salientou. “Um homem a dançar e a mexer as ancas como uma mulher ainda causa muita estranheza. No entanto, no Alentejo, onde, às vezes, não havia luz, as pessoas eram muito mais prestáveis”, notou Pedro Sousa. O ator garantiu ainda que, em cima do palco, poucas são as coisas que lhe escapam. “Vemos as pessoas que estão a gostar, as que não estão a gostar, as que estão a fazer frete e as que estão a criticar. Os portugueses são muito previsíveis”, considerou, defendendo que o país “não está assim tão desenvolvido”. “Num dos espetáculos cheguei a dançar com uma namorada e, para as pessoas, ver o bailarino a dar um beijo à bailarina é muito confuso. Por isso, às vezes, até fazia de propósito só para chocar um bocadinho”, brincou Pedro Sousa. Uma possível aposta no estrangeiro Apesar de já não trabalhar na companhia de Filipe La Féria, da qual saiu devido à prolongada falta de pagamento, o ator e bailarino não tem medo de pensar numa carreira fora de Portugal. “O meu projeto é ser feliz. Às vezes penso em sair daqui. Gosto muito de Madrid, é uma cidade que respira cultura. Se for, vou chegar lá e atirar-me porque tenho alguma experiência e penso que posso fazer qualquer coisa. Pode nem ser no palco, posso começar a trabalhar nos bastidores”, revelou, garantindo que baixar os braços não é, de todo, um dos seus objetivos. Q

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pedro sousa

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Universidade Portucalense

Em tempo de aniversário, a Universidade Portucalense continua a reforçar os seus objetivos de aposta na formação contínua, através de métodos inovadores que estimulem os alunos.

Os 25 anos da Universidade 90


A Universidade Portucalense está a comemorar 25 anos numa época de constrangimentos em todo o país. Quanto a nós, temos razões para satisfação. Na verdade, a UPT registou um crescimento em 2010, em todos os aspetos; e voltou a crescer em 2011. Uma razão deve estar na solidez da gestão financeira e na confiança que os administradores dão ao corpo docente e aos estudantes; outra, radicará no sentimento de que está a nascer um projeto educativo para os próximos vinte e cinco anos, que moderniza a Universidade, que lhe dá coerência, que a torna socialmente mais relevante. A Universidade Portucalense está muito interessada na formação ao longo da vida, dos 22 aos 88. A ideia tradicional de que um estudante, depois de passar pela universidade, ficava preparado para o resto da vida, está ultrapassada. Os processos de trabalho modificam-se e as pessoas são obrigadas a mudar de emprego e de profissão. Neste contexto novo e exigente, as universidades têm de assumir a responsabilidade de continuar a dar formação para aqueles que regressarão às escolas superiores. A

nossa Universidade está a tomar a sério estas realidades e a apresentar um conjunto de cerca de trinta cursos de formação avançada. Estes cursos têm uma grande preocupação com as necessidades dos auditores. É por isso que procuram ser transdisciplinares, como a realidade da vida profissional se apresenta; têm uma estrutura flexível, de tal modo que possam ser frequentados e concluídos à medida das disponibilidades dos interessados; assentam em parcerias com as entidades do mercado, para que esteja sempre viva a dimensão prática da oferta formativa; e pesquisam áreas novas, para corresponder aos desafios sociais e para antecipar as competências necessárias. Interessa-nos modificar os métodos pedagógicos tradicionais, de tal modo que os estudantes sejam menos passivos e adaptados. Achamos indispensável estimular a vontade de mudança que existe em todos os jovens; o desejo de criar um mundo melhor; o pendor para a criatividade e para o risco. Se o conseguirmos, os anos passados na Universidade podem transformar o estudante num parceiro dentro da Escola; num empreendedor, quer venha a

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Universidade Portucalense

ser patrão quer empregado; num cidadão mais ativo e responsável. A UPT vai dar um novo impulso às relações com os agentes económicos e culturais do Norte, para dar o que tem e para receber os impulsos do exterior, que a tornarão mais competente e socialmente mais útil. Mas, para já, concentremo-nos nas Comemorações dos 25 anos! A UPT oferece um Concerto à cidade, no dia 6 de junho, e a receita será entregue ao Projeto “Joãozinho”, em cumprimento da Responsabilidade social da Universidade. A UPT já tinha grupos de voluntariado e desenvolvia ações de apoio social, habitualmente. Porém, demos agora um impulso novo – criámos a UPT Social – que reorganiza e potencia as tarefas de solidariedade dentro e fora da Universidade. Sabemos que as universidades não devem resumir-se à criação e à transmissão de conhecimentos; as universidades devem contribuir para o desenvolvimento da personalidade 92

dos estudantes, designadamente na sua dimensão cívica. Em outubro, a UPT concede o título de Doutor Honoris Causa a Manoel de Oliveira, homenageando a sua carreira excepcional no domínio do cinema. Além disto, foi deliberado criar a “Cátedra Manoel de Oliveira de Cultura e Criatividade” que ficará encarregada de promover estudos e formação em todos os domínios culturais e na sua ligação com a Economia. Em Portugal, a Economia associada aos bens culturais representa apenas metade da média europeia. Nós vamos participar na expansão desta atividade. Para além destes momentos estruturantes das Comemorações, temos organizado e realizaremos outros eventos académicos e culturais, como o Simpósio internacional sobre Conservação e Restauro, que já decorreu com a presença do Senhor Secretário de Estado da Cultura e do Senhor Bispo do Porto, e a Exposição de Artes Plásticas, que estará patente em outubro, em colaboração com a Fundação Júlio Resende. O Norte inspira-nos! junho de 2011 Guilherme de Oliveira - Reitor


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ambiente

À descoberta dos ecossistemas ribeirinhos

Ciente de que “é de pequenino que se torce o pepino”, a empresa Águas do Douro e Paiva decidiu mostrar à sociedade que cada pessoa pode contribuir para a proteção dos recursos híbridos. Texto: Mariana Albuquerque Fotos: Cinda Miranda / Virgínia Ferreira

De bonés coloridos e galochas já calçadas, foi com alegria estampada nos rostos que as crianças das escolas EB 2/3 de Maceda, em Ovar, e EB1/JI de Pereiras, em Caíde de Rei, concelho de Lousada, chegaram aos troços do rio Lourido e da ribeira de Caíde, respetivamente, para longos minutos de atividades no seio da natureza. “Eu não encontrei nenhuma ave!”, “Oh não, aqui há aranhas!” e “Vimos uma libelinha azul” foram algumas das expressões soltas pelos miúdos, sob o olhar atento de Mariana Cruz, da Biorumo, e de João Luís Roseira, da Águas do Douro e Paiva (AdDP), empresa responsável pelo Programa Integrado de Educação 94

Ambiental (PIEA) - A Água e os Nossos Rios – Projeto “Mil Escolas”. A iniciativa, no terreno desde o ano letivo 2004/05 e destinada aos alunos e professores do 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, da rede pública e privada, dos 20 municípios englobados pela AdDP para a implementação do projeto, visa sensibilizar a comunidade escolar para a importância da preservação dos recursos híbridos. Através do PIEA, que já mobilizou mais de 9425 alunos e cerca de 900 professores em torno do “Mil Escolas”, a AdDP conseguiu arrecadar três Prémios da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas: dois pelas Melhores Ações de Educação Ambiental e outro pelo Melhor Sítio na Internet www.aguaonline.net, que funciona como canal de comunicação privilegiado do Projeto “Mil Escolas”. Explorar os sentidos Assim que chegam ao terreno, os mais novos são desafiados a “ouvir, com muita atenção, tudo o que se passa à sua volta”, quase como se estivessem em comunhão com a natureza. Já com os sentidos apura-


águas do douro e paiva

dos, o passo seguinte é o que apela à imaginação. “Um, dois, três, agora somos uma árvore a abanar ao sabor do vento. E agora, flores a nascer, só quero ver flores a nascer”, dizia Mariana Cruz, a comandar as crianças, já depois de lhes transmitir a regra número um das saídas de campo: o silêncio como forma de expressar respeito pelos seres vivos. “A metodologia que utilizamos vai ao encontro dos sentidos”, referiu, a mesma à Viva, explicando que, muitas vezes, as crianças que têm uma maior incapacidade a nível visual têm outros sentidos mais apurados. “É sempre possível identificar uma árvore, em vez de usarmos o convencional guia de campo, através do tato e do cheiro, dos contornos das folhas…”, ilustrou Mariana Cruz, esclarecendo tratar-se de uma forma/metodologia de evitar sensações de inferioridade perante o contexto dos grupos de crianças envolvidos. A aventura à procura das espécies Com guias de campo – Agenda do Professor e Livro de Bolso - cuidadosamente preparados e atualizados pelo Projeto “Mil Escolas” tendo por base

a metodologia e ferramentas (fichas de identificação) científico-pedagógicas disponibilizadas pelo Projecto Rios e pela AdDP, as crianças aventuram-se a identificar o maior número possível de espécies existentes nos respetivos troços de rio. Estas ferramentas representam uma mais-valia para o desenvolvimento dos projetos escolares no enriquecimento e motivação dos professores e alunos para práticas de preservação e conservação dos ecossistemas ribeirinhos com a intervenção ativa das escolas na área de influência da AdDP. O objetivo das saídas de campos prende-se com o enriquecimento e motivação dos mais pequenos para as práticas da preservação e conservação de ecossistemas ribeirinhos, apoiada na observação e registo de dados no local de estudo definido. E cerca de vinte minutos depois do início da atividade, são já extensas as listas que cada grupo exibe, com orgulho. Mosquitos, heras, amieiros, choupos, carvalho, líquens, cogumelos, folhas de morangueiro, libelinhas – que indicam águas pouco poluídas – trevos, borboletas da Família Pieridae, aranhas pretas, gramíneas e, quando a sorte ajuda, sapinhos de verruga verde são algumas das propostas que os alunos, já com as faces cheias de rubor, apresentam a Mariana Cruz e João Luís Roseira. Analisar a qualidade da água Depois da identificação do troço onde se encontram, os mais novos têm ainda a oportunidade de observar os macroinvertebrados, bioindicadores da qualidade da água do troço em estudo. Um dos momentos mais apreciados pelos grupos escolares é a determinação dos parâmetros físico-químicos e biológicos da amostra de água recolhida. Sentados no chão, é com muita atenção que os alunos ouvem as palavras de Mariana Cruz, no momento em que a mesma explica que os nitratos e nitritos são químicos presentes nos fertilizantes utilizados na agricultura capazes de contaminar a água. E no caso da ribeira de Caíde, os alunos da EB1/JI de Pereiras terminaram a saída de campo com uma tarefa para casa: aconselhar os agricultores a utilizarem fertilizantes biológicos, de modo a não poluírem a água. Q 95


autarquias

Um século de S. João Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Rui Meireles

e o facto de este ano se realizar no fim-de-semana que intercala as corridas da Boavista vai trazer ainda mais gente à cidade.

100 anos de S. João no Porto Clássicos já aquecem motores Este ano, as festas de S. João acompanham o grande evento turístico que é o Circuito da Boavista e espera-se uma grande afluência de turistas àquela que, pelas suas caraterísticas, é uma comemoração única no mundo. A visibilidade do S. João do Porto tem-se estendido a diversos pontos do globo 96

A edição deste ano do circuito da Boavista, que vai ser intercalada pelo S. João, traduz-se, uma vez mais, num acontecimento de elevado impacto turístico para a região. Pretende-se, assim, que uma extensa e variada oferta cultural gerada por este


porto

O Porto está em contagem decrescente para a realização das corridas do «Circuito da Boavista» e para uma comemoração especial: este ano o S. João celebra a centésima edição. Os dois eventos são, desta vez, intercalados e, assim sendo, aquecem já motores e «fogareiros». A requalificação da Avenida da Boavista e o novo Portal do Turismo são outros destaques do trimestre.

animação que irá decorrer em paralelo. “Queremos convidar quem nos visita para assistir às corridas, nomeadamente ao Grande Prémio de Clássicos, uma prova muito cotada em termos internacionais, para desfrutar de toda a animação decorrente das festas sanjoaninas e para assistir também ao campeonato de WTCC que, este ano, volta ao Porto”. As provas do Grande Prémio de Clássicos, que se realizam a 17, 18 e 19 de junho, bem como a etapa internacional do Campeonato do Mundo de Turismos (WTCC) que irá decorrer entre 1 e 3 de julho, são promovidas, na íntegra, pela Porto Lazer. Tiago Monteiro, o piloto portuense, irá, uma vez mais, marcar presença nesta prova. Nos locais envolventes ao circuito, a autarquia vai disponibilizar diversos pontos de interesse, nomeadamente a nível de concertos e animação para crianças, numa variada oferta cultural e recreativa que se vai estender a toda a cidade. Rui Rio apresentou Portal do Turismo

evento fixe, ao longo do mês, muitos dos visitantes na cidade. Vladimiro Feliz, vereador do Turismo, Inovação e Lazer da Câmara do Porto, salienta a importância da oferta, quer desportiva quer de

O presidente da Câmara do Porto considera que o turismo é o elemento estratégico para resolver “o maior problema” económico de Portugal e assinalou a aposta no setor como uma das mais importantes do seu mandato. “O turismo é aquilo a que podemos já deitar a mão para ajudar o país. É um elemento estratégico para o maior problema de Portugal”, referiu, na apresentação do novo portal oficial do Turismo do município (www.visitporto.travel). Por considerar que a competitividade é um fator decisivo no desenvolvimento da economia nacio97


autarquias

nal, onde o turismo assume importância primordial, a autarquia desenvolveu uma plataforma online onde se podem encontrar todos os pontos de interesse para quem visite a cidade. Aqui, os turistas poderão planear a sua estadia com base em informação pormenorizada sobre hotéis, eventos, gastronomia, cultura, circuitos e locais de interesse, que pode ser visualizada diretamente em telemóveis e PDA´s georreferenciados ou impressa num pequeno desdobrável, com todos os pormenores da estadia. Rui Rio salientou que “a seguir ao aeroporto, que é a grande âncora do turismo, este ‘site’ é decisivo para potenciar as visitas à cidade”, sendo um instrumento fundamental para o desenvolvimento de um setor estratégico do Porto. Reestruturação do Palácio de Cristal As obras de reabilitação do Pavilhão Rosa Mota vão ter início no segundo semestre de 2011. Da autoria de Carlos Loureiro, arquiteto que originalmente o concebeu em 1952, o investimento, de 19 milhões de euros, aposta na requalificação estrutural do pavilhão, mantendo as suas características arquitetónicas, bem como na preservação dos jardins. O novo equipamento irá dispor de um restaurante, uma sala para cerca de 1200 pessoas e diversas áreas técnicas, sendo que a colocação de bancadas retráteis irá permitir acolher eventos para grandes massas. 98

Reabilitação poente da Avenida da Boavista em execução Está em execução a primeira fase de requalificação da Avenida da Boavista, na parte poente, entre a rua António Aroso, junto à entrada do Parque da Cidade, e a rotunda Gonçalves Zarco (Castelo do Queijo). A obra, orçada em 800 mil euros, prevê a manutenção da largura dos atuais passeios, o número de faixas rodoviárias, a diminuição do separador em alguns troços, a acomodação do estacionamento e a criação de um canal verde arborizado e de uma ciclovia, estando, também, prevista a ligação à futura Avenida Nun’ Alvares. A autarquia tem um projeto de requalificação integral de toda a avenida mas, devido à extensão da via, a obra será efetuada em três fases distintas. A primeira fase da intervenção, agora em curso nesta artéria, é um exemplo do investimento contemplado no plano e orçamento para 2011 e deverá alargar-se ao resto da avenida até 2013.


porto Rui Moreira preside à Sociedade de Reabilitação Urbana Rui Moreira, da Associação Comercial do Porto (ACP), é o novo presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) do Porto. A decisão, tomada pelos acionistas da Porto Vivo, foi “unânime” e Rui Moreira substitui assim Arlindo Cunha na administração da SRU, entidade responsável pela reabilitação urbana da Baixa da cidade. Conferências do Porto 2011/12 - “Grandes Debates do Regime” com boa adesão Prossegue, no Porto, o ciclo de conferências denominado “Grandes Debates do Regime”, uma iniciativa lançada pelo presidente da autarquia, Rui Rio. “Democracia no século XXI: que hierarquia de valores?” e “O estado do Regime” foram as duas sessões que já se realizaram, tendo registado grande adesão por parte do público. A próxima, cujo tema será “O papel do Estado e os limites da sua intervenção” terá lugar a

16 de junho e tem como intervenientes Abel Mateus, António Lobo Xavier e Rui Moreira. Todas as sessões decorrem no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, com início às 21h15. Sessões do próximo trimestre 14 julho 2011 – Justiça: como fazer a rutura? Laborinho Lúcio, Marinho Pinto e Paulo Rangel 22 setembro 2001 – Comunicação Social: impune ou responsável? Azeredo Lopes, Manuel Teixeira e Maria João Avillez. Q 24 junho¦Concerto de S. João – Banda Sinfónica Portuguesa | 16h00 Local: Jardins do Palácio de Cristal, Concha Acústica Gratuito Org: CM Porto | PortoLazer

S. João 23 junho | Concerto | à noite (até às 24h00) Local: Av. dos Aliados - Gratuito Org: CM Porto | PortoLazer Fogo-de-artifício | 24h00 Mais uma vez as margens do Rio Douro serão invadidas por um magnífico espectáculo de cor, luz e magia. Local : Rio Douro Org: CM Porto | PortoLazer Arraial Minimal | 24h00 Festa de rua com sonoridades ecléticas, desde o Rock, Funk e Disco à Música Popular, Local: Rua Cândido dos Reis - Gratuito Org: Plano B, Clube 3c

S. João à Moda Antiga | 17h30 Local: Jardins do Palácio de Cristal, em frente à Biblioteca Almeida Garrett Criação e Direção Artística – NEFUP Participação – NEFUP - Núcleo de Etnografia e Folclore da U. Porto; OUP - Orfeão Universitário do Porto; AAOUP – Associação dos Antigos Orfeonistas da U. Porto Gratuito Org: NEFUP / OUP / AAOUP | CM Porto | PortoLazer XXVIII Regata de Barcos Rabelos | 17h30 Partida: Cabedelo junto à Foz do Rio Douro Chegada | Ponte Luíz I Org: Confraria do Vinho do Porto 25 junho | Rusgas de S. João | 21h00 Percurso: Praça da Batalha, R. Sta. Catarina, R. Passos Manuel, R. Sá da Bandeira terminando na Praça da Liberdade com a actuação das Rusgas perante o júri. Local : Av. dos Aliados - Gratuito Org: CM Porto | PortoLazer 99


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O “esplendor� das Festas Antoninas 100


famalicão Fotos: António Freitas

A cor e a folia das festividades de Santo António contagiam, todos os anos, milhares de pessoas que enchem as ruas de Famalicão, concelho que continua a ajudar os munícipes a terem uma “Casa Feliz” e que, este ano, atribuiu o Prémio Eduardo Prado Coelho a Manuel Gusmão. 101


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Já em clima de festa, a cidade de Vila Nova de Famalicão prepara-se para acolher as tradicionais celebrações dos santos populares, com as Festas Antoninas, que decorrem de 9 a 13 de junho, no topo do calendário festivo. A edição de 2011 da homenagem a Santo António promete mobilizar muitos milhares de pessoas de diversas localidades do Norte do país. Durante os cinco dias de festa, o município conta com a participação direta de 10 mil pessoas de 180 coletividades locais, entre associações culturais e desportivas, grupos folclóricos, Juntas de Freguesia e outras entidades da sociedade civil. O programa, que pode ser consultado na Internet em www.vilanovadefamalicao.org, inclui atividades para todas as idades. No entanto, as Marchas Antoninas, que animam a noite de 12 para 13 de junho e que, este ano, movimentam mais de uma dezena de instituições, são consideradas um dos pontos altos da festividade, pelo que serão transmitidas em direto pelo Porto Canal. O desfile etnográfico, que envolve os ranchos folclóricos, e as Marchas Antoninas Infantis, formadas pelas crianças dos jardins-de-infância e das escolas do 1.º ciclo, são outras ações relevantes que integram o programa desta edição. O ambiente de alegria que se vive nas 102

ruas da cidade nesta época é um motivo de orgulho para o presidente da autarquia, Armindo Costa, que caracteriza as Festas Antoninas como “as maiores do concelho de Vila Nova de Famalicão, mobilizando milhares de pessoas”. Em tempos de crise, a câmara reduziu em 12 por cento a comparticipação municipal nas festas, tendo passado de 210 mil euros, em 2010, para 170 mil euros, em 2011. “Poupámos nas despesas, mas mantemos a tradição e o esplendor das festividades”, assegurou o autarca. “Casa Feliz” já apoiou 80 famílias Na lista de preocupações da câmara famalicense está também a qualidade da habitação dos munícipes. Assim, as famílias de reduzidos recursos económicos podem ter acesso a um programa municipal que permite um apoio financeiro da autarquia até 5 mil euros, a fundo perdido, para a realização de obras de reparação. O programa “Casa Feliz” resulta do Regulamento Municipal de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos em Matéria Habitacional, ao abrigo do qual já foram beneficiadas 80 famílias. O projeto engloba obras de conservação, reparação ou beneficiação de habitações degradadas, incluindo ligação às redes de abastecimento de água,


famalicão Numa cerimónia de entrega de cheques a algumas famílias, o presidente Armindo Costa lembrou o trabalho desenvolvido nos últimos dez anos, salientando o desempenho dos técnicos e das instituições de solidariedade que atuam numa rede social que abrange as 49 freguesias do concelho. “O Programa “Casa Feliz” é um bom exemplo do trabalho que desenvolvemos junto dos famalicenses menos protegidos. Em 10 anos, eliminámos barracas, construímos e reabilitámos cerca de 600 habitações, num investimento superior a 11 milhões de euros”, revelou o presidente da autarquia. Prémio Eduardo Prado Coelho

eletricidade e esgotos; ampliação de moradias e melhoria das condições de segurança e conforto de pessoas com pouca mobilidade. O “Casa Feliz” destina-se a cidadãos ou agregados familiares desfavorecidos, com rendimentos mensais inferiores a 60 por cento do salário mínimo nacional, que residam no município há pelo menos três anos e não possuam outro imóvel destinado a habitação.

Ainda no rol de novidades do município está a entrega do Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho de 2010, atribuído ao poeta e ensaísta Manuel Gusmão, pela obra “Tatuagem Palimpsesto – Da poesia em alguns poetas e poemas”, editada pela Assírio & Alvim. Armindo Costa agraciou o poeta Gusmão e lembrou Eduardo Prado Coelho como “um grande nome da nossa cultura, um grande intelectual português e um amigo de Vila Nova de Famalicão”. “A sua biblioteca pessoal, doada à nossa terra, e disponível para consulta pública na Biblioteca Municipal, foi uma dádiva que acolhemos com entusi-

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asmo e que estimamos e divulgamos com a paixão dos que gostam de descobrir coisas novas”, acrescentou o autarca. Criado pela Associação Portuguesa de Escritores (APE) e pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, o galardão distinguiu, no ano da sua criação, em 2009, o investigador Vítor Aguiar e Silva. De salientar ainda que a Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Famalicão, acolhe a Sala Eduardo Prado Coelho, que disponibiliza um espólio bibliográfico de 12500 títulos, doados ao município pelo próprio escritor. Hotel Rural da Azenha abre em Dezembro Mais para o fim do ano, Vila Nova de Famalicão vai passar a contar com mais uma unidade hoteleira, situada na margem do rio Ave, na freguesia de Bairro. O Hotel Rural da Azenha, com inauguração prevista para dezembro, é um projeto turístico promovido pelo empresário João Monteiro, num investimento de 3 milhões de euros, com comparticipação europeia através do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional). 104

O hotel integra uma propriedade agrícola com 2,2 hectares, que une o melhor de dois mundos: a beleza paisagística do Minho e o conforto e modernidade das suas infraestruturas. A nova unidade será constituída por 23 quartos duplos, SPA, ginásio, parque infantil, piscina interior e exterior, apresentando ainda um restaurante aberto ao público cuja inauguração está marcada para julho. Além disso, terá uma adega que incluirá o vinho “Quinta da Azenha”, produzido na propriedade que circunda o hotel. O espaço proporcionará condições para a prática de ecoturismo, futebol, caminhadas e algumas modalidades de desportos radicais. Q


famalic達o

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autarquias O teleférico de Gaia, que liga o jardim do Morro, junto ao tabuleiro superior da Ponte Luís I, à Praça Super Bock, no Cais de Gaia, é a mais recente novidade da cidade, cuja zona ribeirinha pode, agora, ser vista de uma nova perspetiva. O equipamento potencia o turismo local e pretende, ainda, ser um meio de transporte de ligação da cota alta à cota baixa. O pacote de investimentos da autarquia, que ronda os 26 milhoes de euros, a requalificação da “Rotunda da Aguda” e a recuperação dos cais do Esteiro e de Crestuma são outros dos

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gaia Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: CMG

Teleférico é a nova «estrela» da cidade 107


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BrevesBreves Breves Breves Breves Breves Aguda com praça requalificada

O teleférico de Gaia já está em funcionamento desde o mês de abril. Trata-se de um equipamento que assume um grande potencial em termos de valorização turística, frequentemente utilizado na Europa com grande êxito, e que poderá ser também usado como meio de transporte para moradores e trabalhadores locais. De acordo com Luís Filipe Menezes, presidente da autarquia, o teleférico permite “pôr a ribeira de Gaia, e as suas populações, em contacto direto com a estação de metro da Ponte Luís I”. 108

A Câmara Municipal de Gaia não quis deixar passar as comemorações do 25 de Abril sem mais uma inauguração. Assim, o presidente da câmara presidiu à cerimónia que assinalou o fim das obras de requalificação da Praça de Nossa Senhora da Nazaré – “Rotunda da Aguda” – em Arcozelo. Foi a quarta e última etapa da requalificação da Avenida de Gomes Guerra, na marginal, que no total representou um investimento de 2,2 milhões de euros. Investimento privado A nova estrutura, cujo investimento privado rondou os dez milhões de euros, possui 12 cabinas com capacidade para oito pessoas e demora entre três a seis minutos a percorrer os 562 metros que ligam as cotas alta e baixa da cidade. No Jardim do Morro estão a ser construídas duas infraestruturas de apoio ao novo equipamento: um parque de esta-


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cionamento, com capacidade para 150 viaturas e um restaurante panorâmico. Luís Filipe Mezes, realizou a viagem inaugural na companhia de D.Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal, que se encontrava no concelho para uma visita ao Empreendimento Social que tem o seu nome, em Oliveira do Douro.

balho de casa para maximizar o aproveitamento de projetos suportados por fundos comunitários, ou por contratos-programa com o Governo, ou ainda através da conceptualização/execução/exploração por privados”, explicou o autarca. Centro de Alto Rendimento para criar campeões

Gaia segue em frente O investimento continua a ser uma aposta da Câmara de Gaia e Luís Filipe Menezes já apresentou um “pacote” de investimentos que ascende a 26 milhões de euros para o desenvolvimento do concelho, sem recurso ao crédito. “Fizemos o tra-

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Em abril do próximo ano, poucos meses antes do início dos Jogos Olímpicos de Londres, vai estar concluído o Centro de Alto Rendimento, em Gaia. O equipamento - que representa um investimento de 7 milhões de euros, comparticipado em cerca de 72 por cento de fundos estatais - vai servir as modalidades de ténis de mesa e taekwondo, permitindo aos atletas olímpicos ter mais estágios semanais e mensais, equiparando-se assim ao que de melhor se faz nos países mais competitivos da Europa. Marco António Costa, vice-presidente da Câmara de Gaia, destacou, ainda, um novo projecto de captação de investimento privado para construção de equipamentos de lazer (piscinas e ginásios), com tarifas especiais para os mais carenciados. “Ao longo da última década a Câmara investiu cerca de 121 milhões de euros em equipamentos desportivos, todos eles vocacionados para a formação desportiva e população em geral”, salientou. Q


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Texto: Mariana Albuquerque Fotos: AMVC (Arquivo Municipal de Vila do Conde)

A arte na palma das mãos Equipada com 160 stands inteiramente dedicados ao talento dos artesãos portugueses, a 34.ª edição da Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde contará ainda com a presença das propostas artesanais tailandesas. Se há 34 anos, por esta altura, já se desconfiava que as “Rendas de Bilros” iriam conquistar a admiração de artistas e leigos, hoje, não restam quaisquer dúvidas: Vila do Conde tem nas suas rendas, “o maior e mais representativo ícone no que concerne ao artesanato”. Assim, por amor à tradição e à arte, o município está já a ultimar os preparativos para edição de 2011 da Feira Nacional de Artesa112

nato, que juntará, entre os dias 23 de julho e 7 de agosto, artesãos de vários pontos do globo. Idealizada para promover o artesanato tradicional de Vila do Conde, a primeira edição do evento, que, segundo o vereador do Turismo da autarquia, José Aurélio Baptista, foi “coroada de êxito, seja pelo número de artesãos participantes, seja pela novidade e conceito inovador do certame”, representou o


vila do conde arranque de uma constante procura, pelo país, de diferentes artesãos e estilos de arte. “Resumindo, uma permanente busca do melhor que há em Portugal e um apertado critério de qualidade na seleção dos artesãos fizeram da mostra uma referência de promoção das artes tradicionais portuguesas”, descreveu, à Viva, Carlos Laranja, membro da organização da Feira de Artesanato. Tailândia é o país convidado da 34.ª edição A edição deste ano do certame de Vila do Conde promete, de acordo com Carlos Laranja, ser uma aposta “na qualidade do artesanato presente, privilegiando o de cariz mais tradicional, sem excluir as novas formas artesanais”. “Depois do Brasil, das nossas antigas colónias de África, de alguns países do Magrebe, de Goa, Macau e Timor, na 34.ª edição da mostra, o país convidado a participar é a Tailândia. “Todos os anos a organização da Feira Nacional de Artesanato convida um país a representar-se, apresentando o seu artesanato. Para a edição de 2011, estará presente a Tailândia, comemorando-se os 500 anos da nossa chegada ao Reino do Sião”, explicou o vereador do Turismo. As diferentes modalidades de artesanato A diversidade continua a ser uma das bandeiras do evento dedicado às “Rendas de Bilros”. Nos 160 stands do certame, os visitantes poderão admirar variados tipos de artesanato, “da cerâmica ao ferro forjado, dos têxteis à cestaria, da tapeçaria aos bordados, da latoaria aos trabalhos em pedra, da tanoaria

aos instrumentos musicais, das filigranas à cutelaria, da arte pastoril à olaria”, exemplificou Carlos Laranja, acrescentando que, “em Vila do Conde estarão todos os tipos de artesanato, de Bragança ao Algarve, passando pelos Açores e Madeira”. Apesar de não fazer parte do palco principal, onde estarão os artesãos e os seus trabalhos, a animação é outro ingrediente garantido no concelho. Assim, segundo Carlos Laranja, “as danças e cantares, os grupos corais e as tocatas ou os ranchos folclóricos, a par de uma visita à cozinha portuguesa num dos Restaurantes da Feira onde, em cada dois dias, se percorrem as nossas regiões gastronómicas, são manifestações paralelas à ‘festa’ que é o artesanato nacional”. Os visitantes, que costumam rondar os 400 mil, vão, por isso, poder encontrar pequenas iguarias como mel, doçaria conventual, queijos, biscoitos tradicionais e mesmo licores. A riqueza cultural e artística da mostra concedeu-lhe a categoria de “maior cartaz turístico de Vila do Conde. “É [um evento] de extrema importância para o concelho e para os vilacondenses, pelo efeito económico multiplicador que promove, na dinamização do turismo, do comércio e dos serviços, e simultaneamente, pela notoriedade e imagem positiva que comunica”, concluiu José Aurélio Baptista. Q 113


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Qualidade no ensino bรกsico 114


Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: CMMaia

As competências dos municípios, no setor da educação, colocam sob a alçada das autarquias o planeamento, gestão e desenvolvimento do ensino pré-escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico, sendo estas mais reduzidas ao nível dos 2.º e 3.º ciclos. A atuação metropolitana pretende, assim, a implementação de uma crescente qualidade na rede escolar do ensino básico, promovendo a proximidade dos cidadãos aos principais bens e serviços na área educativa.

A promoção de um Ensino Básico de elevada qualidade é o grande objetivo programático da Área Metropolitana do Porto (AMP), para o período 20072013, que surge na sequência de enquadramento e diagnóstico efectuados no âmbito do seu Plano Territorial de Desenvolvimento. A Prioridade Estratégica de Educação, do ponto de vista da atuação municipal e metropolitana, passa por um investimento nas condições infraestruturais e de equipamentos e pelo desenvolvimento de complementaridades educativas e pedagógicas, promovendo, assim, a proximidade e a equidade dos cidadãos aos principais bens e serviços na área educativa. Neste âmbito, a AMP pretende a construção, até 2012, de 707 salas para o pré-escolar, bem como a requalificação de mais 297, e a estruturação de mais 1015 salas para o 1º. Ciclo do Ensino Básico, num investimento total de cerca de 172,2 milhões de euros. A concretização destes objetivos irá contribuir para estruturação da rede, diagnosticada como necessária para a promoção de um ensino básico de elevada qualidade na AMP. Centro Escolar de Gueifães/Vermoim Um exemplo a ter em conta é o Centro Escolar de Gueifães/Vermoim. Com uma capacidade para 460 alunos, a nova infraestrutura é composta por 16 115


amp

salas de aula do 1.º Ciclo do Ensino Básico, três salas de atividades de jardim de infância, biblioteca, sala de informática, laboratório multimédia, polivalente, cozinha com refeitório, polidesportivo com balneários, painéis foto voltaicos, Parque infantil para o Jardim de Infância e de um total de 4 mil metros quadrados de área de recreio.. A aposta

na educação é um dos pilares da ação de investimento da Câmara da Maia que conta com alguns apoios na execução deste que é, sem dúvida, o maior desafio futuro do concelho. Reordenamento da rede educativa O reordenamento da rede educativa visa a racionalização do parque escolar, numa lógica de anulação de redundâncias e na aposta da criação de sinergias municipais, definindo prioridades de intervenção e optimizando a gestão dos recursos existentes, de forma a evitar rupturas da rede educativa, contribuindo para o aumento dos níveis de escolarização. Os equipamentos de ensino pré-escolar e do 1.º CEB são aqueles que se caracterizam por uma necessidade de proximidade evidente. Dada a urgente resposta à massificação do ensino deuse um crescimento da rede, caracterizada por uma excessiva fragmentação, e que atualmente se encontra desajustada, quer em termos de oferta/procura, quer de satisfação dos cada vez mais exigentes serviços educativos. Numa vertente de integração, a aposta é a oferta de Centros Educativos especificamente dedicados a integrar os dois níveis de ensino (pré-escolar e 1.º ciclo), bem como assegurar o seu apetrechamento. A aposta na construção destas infraestruturas é complementada com a requalificação das já existentes. Q

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sugestões culturais

Centro Cultural Vila Flor Avenida D. Afonso Henriques, 701 - 4810-431 Guimarães Tel. 253 424700 / 916 329 333 | Fax. 253 424710 http://www.ccvf.pt/ 29 agosto a 10 setembro Encontros Internacionais de Música de Guimarães Em 2011, os Encontros Internacionais de Música de Guimarães, que chegam ao Centro Cultural Vila Flor a 29 de agosto, voltam a celebrar a música erudita com a participação de professores de renome internacional. Através da junção da componente formativa e da apresentação de recitais, a iniciativa proporciona interações, dá espaço à criatividade e ao aperfeiçoamento e fornece um palco a jovens músicos que, em conjunto com outros artistas, têm oportunidade de mostrar o seu talento. A direção artística do evento está a cargo de António Saiote.

14 julho | Festival Marés Vivas Concerto Manu Chao Depois de uma passagem pelo Sudoeste TMN em 2007, o músico francês Manu Chao regressa a Portugal no dia 14 de julho, para subir ao palco do Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia. Filho do conhecido escritor galego Ramón Chao, Manu cresceu influenciado pelo punk que se desenvolvia na França. Durante a adolescência, chegou a tocar em algumas formações, incluindo o grupo “Hot Pants”, bem recebido pela crítica mas com pouca repercussão. “Xutos e Pontapés”, “Natiruts”, “Moby”, “Skunk Anansie” e “Expensive Soul” são outras presenças confirmadas no Marés Vivas 2011. Os bilhetes diários para o festival custam 25 euros e o passe para os três dias (14, 15 e 16 de Julho), 50 euros. 118

Leitura “Batalha” de David Soares A obra “Batalha”, de David Soares, uma das recentes apostas da editora Saída de


Música “Suck It and See” – Arctic Monkeys O novo álbum dos Arctic Monkeys chega às lojas portuguesas no início de Junho, em CD e vinil. “Suck It and See”, produzido por James Ford, é composto por 12 faixas, incluindo a “Brick by Brick”, e foi gravado no Sound City Studios, em Los Angeles. David Bowie, Nick Cave, Leonard Cohen e Lou Reed são alguns dos artistas que serviram de inspiração ao novo trabalho da banda de rock britânica, que nasceu em 2002, na cidade de Sheffield. Geralmente associados a parte da cena indie rock, os Arctic Monkeys ficaram conhecidos com o seu segundo single “I Bet You Look Good on the Dancefloor”, lançado em janeiro de 2006, que venceu o “Mercury Prize 2006” e o “Brit Award for Best British Álbum”, em 2007. Emergência, retrata uma história na qual os animais são protagonistas. O romance, “sombrio, filosófico e comovente”, observa o fenómeno religioso do ponto de vista dos animais, especulando sobre o significado de ser-se humano. Na obra, uma ratazana procura um sentido numa viagem que a levará ao local de construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, o derradeiro projeto do mestre arquiteto Afonso Domingues. Entre o “romance fantástico e a alegoria hermética”, “Batalha” combina sensibilidade e sofisticação, com um “toque negro” ao estilo do autor.

Cinema “Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte II” Estreia 14 de julho de 2011 A derradeira batalha entre o bem e o mal está prestes a chegar às salas de cinema portuguesas, em versão 3D. Harry Potter e o “terrível bruxo das trevas”, Lord Voldemort, vão encontrar-se num último confronto que vai mobilizar centenas de feiticeiros e exigir inúmeros sacrifícios. Os riscos nunca estiveram tão elevados e nenhum sítio parece ser verdadeiramente seguro para o jovem feiticeiro.

Coliseu do Porto Rua Passos Manuel, 137 – 4000-385 Porto Tel. 223394940 | Fax. 223394949 www.coliseudoporto.pt 17 julho | 21:00 h Concerto Dream Theater Depois de uma atuação na capital, em 2009, os Dream Theater regressam a Portugal, mais especificamente ao Coliseu do Porto, no dia 17 de julho, para um dos poucos concertos que a banda agendou para este ano em solo europeu. Os fãs da banda norte-americana de metal progressivo, formada em meados dos anos 80, vão ter oportunidade de conhecer o novo baterista do grupo e algum material inédito que integrará o sucessor de “Black Clouds & Silver Linings”, com data de edição agendada para o mês de setembro. 119


freguesias

Renovação em avanço Em tempos de crise há que reforçar o investimento e zelar pelo bem-estar dos moradores. Nesse sentido, a Junta de Freguesia de Campanhã tem vindo a realizar alguns esforços que contribuem para uma melhoria na oferta aos seus habitantes nomeadamente em áreas como a da saúde, recreativa, cultural e da mobilidade urbana. O Bairro do Lagarteiro, em Campanhã, integrado no projeto piloto denominado “Bairros Críticos” está a ser requalificado. O projeto, que prevê a recuperação dos 13 blocos habitacionais e a criação de infraestruturas de apoio com vista à integração social, tem como parceiros diversas instituições nacionais e locais. A intervenção nos blocos habitacionais e a construção de um multiusos, no âmbito do programa “ANIMAR”, integrado no projeto principal e que irá servir a população aos 120

níveis desportivo, cultural, pedagógico e de animação, já estão a decorrer. A requalificação do bairro representa uma pretensão antiga da autarquia, integrada na renovação de alguns espaços da freguesia. Novo Centro de Saúde O lançamento do concurso público para a construção de um novo centro de saúde está também em execução. Recorde-se que esta nova unidade, que será construída no local da antiga escola preparatória do Cerco do Porto, irá aglutinar os utentes vindos dos postos de saúde do Ilhéu e de Azevedo, num total de cerca de 30 mil. Entretanto, e de acordo com Fernando Amaral, presidente da Junta de Campanhã, a autarquia está a encetar esforços junto da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) de forma a assegurar a mobilidade dos habitantes daquelas zonas nas suas deslocações para a nova unidade de saúde. Festas na freguesia O jardim da Corujeira vai ser palco da “Festa da Cerveja”. A iniciativa, promovida pela Junta de de


campanhã cargo da “prata da casa”, incluiu momentos musicais com alguns dj`s e também a atuação da banda “Curt&Grosso”, toda formada por ex-alunos que quiseram dar o seu contributo para a animação.

Patrulha “Lince” reabre agrupamento 300 do CNE Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Virgínia Ferreira

Campanhã, irá decorrer entre 9 e 13 de junho. A autarquia pretende que o evento sirva para dinamizar o espaço e contribuir para a oferta de novas atividades junto dos moradores da freguesia. O mês de junho será também forte em ofertas recreativas na freguesia, nomeadamente pelos festejos do S. João, que decorrem entre 15 e 26 de junho, no Dragão, pela festa popular que irá decorrer a 23, 24 e 25 de junho no Bairro do Lagarteiro e pelo S. Pedro de Azevedo, de 28 a 29. O auditório da freguesia de Campanhã vai ser palco da Cascata de S. João, que estará patente ao público de 6 a 30 de junho. Festa reúne ex-alunos da EB 2 3 do Cerco do Porto Em maio, a escola EB 2 3 do Cerco do Porto foi palco de uma atividade inédita que reuniu algumas centenas de ex-alunos da década de 80. Um grupo de alunos que a frequentou organizou uma festa no local para recordar velhos amigos e velhos tempos. A iniciativa, que contou com o apoio do conselho executivo e da associação de estudantes, foi bem acolhida e os ex-alunos aderiram em massa. O programa, cuja animação esteve a

O agrupamento 300 vai reabrir em Setembro, depois de ter encerrado em 1983. A nova secção do Corpo Nacional de Escutas (CNE), que adotou a designação de Agrupamento 300 Senhora do Calvário, por estar ligada à paróquia de Nossa Senhora do Calvário, vai funcionar nas instalações da própria igreja. Nuno Rodrigues, chefe do agrupamento, referiu que o 300 estará em funcionamento com uma «alcateia» de «Lobitos» (dos 6 aos 10 anos) e «patrulhas» de «Exploradores» (dos 10 aos 14), sendo que as restantes categorias como «Pioneiros» (14-18) e «Caminheiros» (18-22) surgirão da evolução natural dos primeiros. O processo de reabertura do agrupamento encontra-se a aguardar a eleição dos órgãos diretivos, uma vez que os candidatos a dirigentes estão a finalizar um curso de formação. “Ser escuteiro é uma paixão”, refere o chefe do agrupamento, acrescentando que a função pedagógica do escutismo incute valores fundamentais na vida de crianças e jovens. “Apesar de tudo não é um ATL”, recorda. As inscrições para o novo agrupamento já se encontram abertas. As instalações foram cedidas pelo Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora do Calvário mas necessitam de obras. “Toda a ajuda é bem vinda”, apela o responsável. A Missão do Escutismo consiste em contribuir para a educação dos jovens, envolvendo-os num processo de educação não formal. Q 121


freguesias Texto: Mariana Albuquerque Fotos: JFLordelo/Virgínia Ferreira

Em clima de festa Na freguesia de Lordelo, as atividades de São João estão prestes a sair para o terreno com uma programação repleta de concertos, petiscos e apoio às instituições. No topo da lista de prioridades está também o acompanhamento da transferência das famílias do Bairro do Aleixo. Além de estar a ultimar os preparativos para a comemoração dos 175 anos da integração de Lordelo no concelho do Porto, a freguesia já está preparada para dar as boas vindas às festividades de São João. Assim, marcada para o dia 18 de junho, está mais uma edição do “Cantar Portugal”, que promete reunir, no mesmo palco da Universidade Católica do Porto, mais de duzentas vozes de artistas de várias localidades do país. De acordo com a presidente da Junta de Freguesia de Lordelo, Gabriela Queiroz, o movimento 122

nasce da junção de uma série de grupos corais, sobretudo da zona norte, que, em vez de fazerem atuações individuais, se juntam e “ensaiam um repertório de música tradicional portuguesa”. Na edição deste ano, a receita obtida vai ser utilizada para a inscrição de jovens da freguesia no Clube Fluvial Portuense. “É uma forma de, por um lado, promover o desporto e ajudar alguns jovens carenciados que não têm essa possibilidade e, por outro, de dar uma ajuda ao clube, que passa por um processo de reestruturação e que vive atualmente algumas dificuldades”, explicou a responsável à Viva.


lordelo do ouro O “Cantar Portugal” é uma iniciativa oferecida à junta de freguesia. “Já no ano passado [os grupos corais] colaboraram connosco e conseguimos ajudar duas instituições”, notou Gabriela Queiroz, acrescentando que o evento é mais um modo de assinalar o aniversário de Lordelo do Ouro. O Auditório Ilídio Pinho, da Universidade Católica, foi o local escolhido para acolher a iniciativa. “O espaço foi construído como apoio à Escola das Artes e tem condições acústicas e de estrutura excelentes para um evento deste género”, notou a responsável, anunciando que os bilhetes para o espetáculo podem ser adquiridos na junta de freguesia.

As “Noites de Ouro” O dia 18 de junho marcará, assim, o início das “Noites de Ouro”, que se prolongam durante 19, 21, 22, 23 e 24, abrangendo também os dias 1 e 2 de julho, de modo a integrar as festividades de São Pedro. Tal como explicou Gabriela Queiroz à Viva, “as ‘Noites de Ouro’ consistem num conjunto de concertos integrados na comemoração do São João”, onde não faltam os divertimentos típicos das feiras populares. O Largo António Cálem estará repleto de barraquinhas de comes e bebes, atribuídas às coletividades da freguesia, para que possam “não só mostrar-se e participar nas festas, mas angariar alguma receita para as suas atividades”. De salientar também o Festival de Folclore, agendado para o dia 11 de junho. Ainda em relação ao calendário de festas da freguesia, a sessão solene que irá assinalar os 175 anos da integração de Lordelo no concelho do Porto, no dia 26 de novembro, deverá realizar-se na Fundação de Serralves. “Estamos só à espera da confirmação da disponibilidade do espaço mas, em princípio, está tudo encaminhado e estamos muito contentes com a abertura da Fundação ao nosso pedido”, referiu Gabriela Queiroz. “Atentos” à transferência das famílias do Aleixo Outra das prioridades da freguesia tem sido o acompanhamento da transferência das famílias do Bairro do Aleixo. “Estamos a acompanhar o processo, junto da Domus Social, nomeadamente através da sinalização de algumas situações de vizinhança de pessoas que dependem de vizinhos até na sua higiene diária e alimentação”, afirmou a presidente da junta, destacando que o objetivo é respeitar as referidas relações. “É importante que as pessoas saibam que, em qualquer circunstância e para qualquer coisa de que precisem, podem contactar diretamente a junta de freguesia para que nós intermediemos junto da Domus Social”, apelou a autarca. As expectativas da Câmara do Porto apontam para que, até ao fim do ano, seja possível ter uma das torres do Aleixo já sem habitantes. “Estamos atentos e vigilantes”, concluiu Gabriela Queiroz. Q 123


freguesias

Cinco “oleões” para Nevogilde Nevogilde irá contar, a curto prazo, com a colocação de cinco “oleões” na freguesia, no sentido de dar um fim adequado aos óleos alimentares usados. A solução dos “oleões” permite um “destino” mais ecológico para este resíduo, bem como a produção de biodiesel através da sua recolha. 124


nevogilde

Álvaro Castello-Branco e Francisco Marques Aguiar firmam acordo para a instalação de “oleões” na freguesia

Os equipamentos para recolha de óleos usados têm capacidade para 140 e 240 litros

índice de poluição ambiental. “Uma gota de óleo pode poluir dezenas de metros cúbicos de água”, refere, salientando a importância de uma crescente consciência ecológica de todos os habitantes. “Não havendo pontos de recolha torna-se difícil reciclar”. Instalação de cinco equipamentos em Nevogilde

Texto: Marta Almeida Carvalho Foto: Jorge Aguiar

A Câmara do Porto está a colocar “oleões” em diversas zonas da cidade. Dos 60 equipamentos que irão suportar a recolha de óleos usados, 30 serão colocados até ao final de 2011 e outros tantos até final do próximo ano. Para Álvaro Castello-Branco, vice-presidente da Câmara do Porto, as novas estruturas vêm contribuir largamente para a diminuição do

No seguimento desta ação foi celebrado um acordo entre a autarquia e a Junta de Nevogilde para a colocação de cinco estruturas para a recolha de óleos usados na freguesia, sendo que a primeira vai ficar instalada dentro do perímetro da Junta. Recorde-se que os equipamentos têm de ser colocados em espaços fechados para evitar que sejam vandalizados. “Trata-se de uma substância que é facilmente inflamável e que não pode estar sujeita a vandalismo”, alerta. As outras quatro estruturas que irão ser colocadas, a médio prazo, na freguesia, serão instaladas dentro de perímetros igualmente resguardados. Para Francisco Marques Aguiar, secretário da Junta de Nevogilde, a instalação de “oleões” na freguesia vem colmatar uma lacuna que existe há muito. “A recolha de óleos usados é uma questão fundamental em termos ambientais uma vez que, não havendo pontos onde os depositar, a tendência é deitá-los na banca”. Esta é uma solução pouco ecológica que a autarquia pretende, agora, minimizar. Q 125


freguesias

Loja Social promove novo conceito de partilha Uns tentam ajudar com a oferta de bens dos quais já não precisam; os outros retribuem em períodos de tempo dedicados a atividades comunitárias. A Loja Social de Paranhos, inaugurada em abril, já começou a mobilizar as pessoas para contrariar os casos de pobreza da freguesia. A freguesia de Paranhos conta, agora, com uma Loja Social, inaugurada no início de abril, que pretende não só ajudar as famílias mais carenciadas como explorar um novo conceito de partilha. O projeto nasceu, portanto, da necessidade de encontrar uma solução para os agregados em dificuldades. “É necessário combater a pobreza através de 126


paranhos

Texto: Mariana Albuquerque Fotos: Virgínia Ferreira

apoios que assegurem a satisfação das necessidades básicas das famílias mais vulneráveis que, no contexto de crise socioeconómica, têm sido mais atingidas”, constatou o presidente da junta de freguesia de Paranhos, Alberto Machado. A nova estrutura, que, segundo o autarca, “é de todos e para todos”, foi criada em Paranhos com a particularidade de ser encarada como “uma plataforma de troca entre aqueles que têm mais e os que têm menos”. Ajudar em troca de ser ajudado Incentivar a população a doar e mostrar às pessoas ajudadas que podem, de alguma forma, retribuir esse apoio são os dois grandes objetivos da nova Loja Social de Paranhos, aberta de segunda a sexta-feira, das nove às 17 horas. Alberto Machado explicou à Viva que qualquer pessoa ou instituição pode oferecer à

junta de freguesia vários tipos de bens (brinquedos, alimentos, material didático, mobiliário, artigos de higiene, eletrodomésticos, vestuário e calçado). Numa fase seguinte, as candidaturas ao apoio são analisadas por técnicos que procuram identificar as maiores carências. “Algumas lojas sociais cobram 50 cêntimos ou um euro; outras cobram um valor tabelado de acordo com o artigo e há outras que, simplesmente, não cobram. Nós não exigimos nada, mas sensibilizamos as pessoas para que retribuam à comunidade”, salientou o presidente da junta, acrescentando que, em Paranhos, o único elemento que se pede é tempo, “porque isso toda a gente tem”. “Queremos que ajudem a junta de freguesia nas iniciativas que promove e que nos dêem algum tempo de trabalho comunitário”, explicou. “Se, por exemplo, tivermos um passeio com crianças, sugerimos que as pessoas possam fazer esse acompanhamento, tomando conta dos miúdos; se tivermos um idoso que liga para a junta porque partiu um vidro e não consegue ou não tem recursos financeiros para recolocá-lo, poderá haver alguém na Loja Social com habilidade manual para pôr o vidro, ou trocar uma torneira ou até mudar uma fechadura”, acrescentou. Do lado de quem ajuda existe um voluntariado que assume duas perspetivas: uma de apelo à recolha de bens e outra de gestão dos materiais reunidos. Os voluntários dedicados à recolha procuram, junto dos seus amigos, familiares e colegas de trabalho, motivar as pessoas para a realização de campanhas de angariação. “A gerir a Loja Social estão os voluntários dedicados à organização e distribuição dos bens que vão chegando”, referiu Alberto Machado. Q

Recolha no Colégio Ellen Key O Colégio Ellen Key foi uma das primeiras instituições a contribuir para a Loja Social de Paranhos, através de uma recolha de ar tigos e alimentos realizada nos primeiros meses de 2011. A cerimónia de entrega dos bens contou com a presença de Alber to Machado, que foi recebido pelos alunos ao som do hino da instituição e convidado a conhecer as instalações da escola.

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passatempos

Sudoku Perverso

Crítico

Crítico

Perverso

Anedotas O telefone Quando Alexander Bell inventou o telefone viu que tinha duas chamadas não atendidas do McGyver. Opinião médica Um paciente chega ao consultório e diz: -Senhor doutor, crescem-me pêlos por todo o lado, não sei porquê nem o que fazer. Diga-me, o que lhe parece! O médico responde: -Um urso de peluche! Felicidade Conversa entre dois amigos: - Eu fui feliz com a minha mulher durante 27 anos. - E o que é que aconteceu depois? - Conhecemo-nos. Homicídio Aconteceu um homicídio na Gronelândia e a polícia deteve um suspeito para interrogatório. Um detetive entra na sala e pergunta-lhe: “Diga-nos, o que fez na noite entre outubro e abril.” 128

Entrevista de emprego - Por acaso o senhor tem alguma recomendação da empresa onde trabalhava? - Claro que sim! - E qual? - Recomendaram-me que procurasse outra empresa! Cabelo Durante o jantar, o miúdo pergunta à mãe: - Ó mãe, porque é que o pai é careca? - Porque o teu pai é muito inteligente e pensa muito. - Então... porque é que tu tens tanto cabelo? - Está calado e come!


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crónica e as cidades

Loja do Cidadão É seguramente uma das iniciativas do Governo, então liderado por António Guterres, que mais elogios colheu pela maneira simples como descomplicou a vida das pessoas. Falo da Loja do Cidadão do Porto, localizada junto ao desaparecido Estádio das Antas, local onde os portuenses, e não só, resolvem de uma forma quase sempre rápida e eficaz inúmeros problemas e encontram a informação de que necessitam. Mas a estrutura já está nos limites. Aliás a realidade atual é clarificadora: 5 mil pessoas/dia são atendidas na loja do Porto, número que ultrapassa a capacidade prevista aquando da sua abertura em 1999. Desde então já por lá passaram cerca de 17 milhões de utentes, uma média de 115 mil/mês e 5 mil/dia. É a segunda Loja do Cidadão com mais afluência de público, depois da das Amoreiras, em Lisboa. Quer a secretária de estado da Modernização Administrativa, quer a Câmara do Porto (a quem cabe pressionar o Governo e disponibilizar um espaço) têm agora de dar as mãos para que seja possível implementar uma segunda Loja do Cidadão na cidade do Porto. Um dos locais mais ajustados - e tanto quanto sei disponível porque não tem qualquer loja-âncora - é a Praça de Lisboa (onde esteve o Clérigos Sho-

pping) que está a sofrer amplas obras de reabilitação e para onde está já prevista a instalação do Pólo Zero da Federação Académica do Porto. José Alberto Magalhães, jornalista, ex-responsável da Delegação do Porto da Agência Lusa e, atualmente, editor da Revista Viva.

Para comentar esta crónica vá a www.viva-porto.pt e clique em “Notícias/Crónicas” 130


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