Mendicidade Estremecido, cabisbaixo, Você caminhava rua abaixo; Esquecido, sonolento, Você cruzava os carros lento; Exumado de sorrisos, Você ria das borboletas no piso. Nada acontecia ao mundo e você vivia assim: mudo, distante e compulsivo, pedinte de cigarros e copos d’água caindo em seus sujos cabelos. Você era ninguém no meio de nada, e a cidade engolia sua própria morada. Na rua deitava a dormir na calçada, assim sonhava.
Paulo nada na vida dele era simples se era pra perder a virgindade foi ________________ dando _______ pra uma vara de ____________ se era pra se formar arrumou briga com o ___________ e a _____________ na véspera de seu ___________ se era pra pedir demissão saiu da _______ sem avisar os ________ fingindo que era apenas mais um dia de trabalho e não o último se era pra dizer adeus sumia não deixava rastros
Primavera árabe jardins arabesques, sempre internos tão privados de suas flores janelas fechadas se abrem com sangue e rasgam uma primavera alheia: flores carnívoras, fascínoras, hecatombes, jardins arabesques, linda cultura que o conteúdo exploda o continente e só preserve a bela arquitetura do que é humano
a mulher pode se você for ruim, mentirosa, eu não ligo. se você for assim, é teu direito, te digo! você pode ser como quase todos e pode me decepcionar, como fizeram... você não tem que ser melhor se não quiser ainda que melhor seja nascido de mulher.
Gosto do seu não gostar de mim E dos beijos sem sentimento algum Da sua indiferença velada E do “tudo bem e você?” Quando dança e me encara Ou quando passa e nem me olha Gosto do seu cheiro Da barba e do batom Da sua bunda no fil dental Te gosto de longe E gosto assim
o desgovernador quer tornar prendíveis os imprendíveis... não quer tornar prestáveis os imprestáveis, nem violáveis os invioláveis (por suas opinões, palavras e votos) o desgovernador quer mudar o mundo pela caneta, não pelas mãos. Quer prender os bebês tão logo nasçam das mulheres pobres - mas nunca deixar que elas abortem! Isso não, claro que não. os desgovernador nao se importa que sejam elegíveis os inelegíveis só quer prender os imprendíveis inacreditável.
Um cu de responsa “cu é lindo! Fazei o que puderdes com esta dádiva.” Adélia Prado
Tentei gostar de ti como pessoa, e nao só como um cu. Deu no que deu me deixou falando sozinho me mandou escrever um livro me chamou de fresco. se sou fresco você é o que? hétero? masculino? másculo? ser irresistível dono de um orifício anal maravilhoso que me dá tesão nunca ninguém viu nada igual seu cu o cu mais elegante da cidade um cu que sabe se dar um ânus de responsa um furico maravilha o privilégio que tive de comer esse ânus foi inigualável de outro mundo alienígena que cu gostoso nossa senhora quero de novo tudo que quero que você suma e que me leve contigo nesse buraco negro de tesão seu cu
Foto Marcel Copola
Foto Marcel Copola
Grafite Willian Mophos Edição
Marcel Copola
Ilustração Guilherme Pinkalsky
Produção
Luciara Ribeiro Marcel Cabral Couto Colaboradores
Artestenciva Cassiano Mendes Eduardo Rosa Emanoel Tavares Flávio Ba Fernanda Simionato Florido Gabi Rubinho Guilherme Pinkalsky Heli Anthus Izumi Sanma Lorelay de Souza Marcel Copola Mayra Biajante Soeiro Victor Alquati Lucindo Viviane Vieira Willian Mophos Realização
Ilustração Flávio Bá
Foto Cassiano Mendes
Grafite Willian Mophos Planta Urbana Ilustração Eduardo Rosa Foto Renato Missé
Poema Giovanni Bombagabe Ilustração Flávio Bá Ilustração Flávio Bá
Poema Emanoel Tavares
Foto Mayra Biajante Soeiro
Apoio
Foto Fernanda Simionato
Grafite Willian Mophos/Planta Urbana Poema Lorelay de Souza Ilustração Larissa Monteiro
Ilustração Victor Lucindo
Poema Loreray de Souza
Ilustração Linoca Florido
Ilustração Marcel Cabral Couto Heli Anthus
Poema Heli Anthus
Ilustração Gabi Rubinho
Foto Viviane Vieira Ilustração Victor Lucindo
Poema Loreray de Souza Grafite Artestenciva
Poema Emanoel Tavares Ilustração Izumi Sanma