Digital Security Ed. 02 Outubro/2011

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Ano 1 No 2 Outubro/2011

www.revistadigitalsecurity.com.br

Rock in Rio 2011

MUITO ALém da música

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Entrevista

Congresso

Marcos matias: “é importante aliar a segurança ao consumo eficiente de energia”

encontro debate a segurança pública para os grandes eventos esportivos

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Editorial Ano 1

No 2

outubro

O peso do

O

governo federal e a Fifa estão finalmente se acertando no que diz respeito à realização da Copa do Mundo no Brasil. Depois de boatos de que a competição poderia até mesmo ser cancelada no país, a entidade máxima do futebol diz que nunca pensou em levar a Copa do Mundo de 2014 para outro país. Tal e qual uma enorme turba dividida entre o apoio irrestrito e o desprezo total pela realização da competição no Brasil, há aqueles que desejam como nunca uma nova Copa do Mundo em terras tupiniquins; e há também quem ache tudo isso um grande desperdício de dinheiro, energia , sem falar na enorme porta que se abre - na esteira do evento - para a corrupção, lavagem de dinheiro e toda a sorte de maledicências a que todos nós vemos na TV a todo instante. Há de se lembrar que uma Copa do Mundo ou Olimpíada bem planejados e executados, dão ao Brasil o aval para sediar, dali em diante, todo tipo de grande evento. Apesar disso, uma coisa é fato: o tempo está correndo, a data dos eventos chegando e não há como não sentir certa angústia - será que tudo vai sair a tempo? E nós – estamos realmente preparados para receber milhões de turistas? A dúvida sobre a estrutura do país é justificável, quando sabemos que nos faltam estradas, aeroportos e transporte coletivo para atender de forma decente aos próprios brasileiros. Que dirá oferecer aos milhões de estrangeiros que aportarão por aqui. A despeito disso, os encontros vão acontecendo e os acordos sendo fechados aos poucos. Em um país que nunca se preocupou com estrutura, terão de surgir arenas multieventos para substituir os centenários estádios, hotéis de luxo para dar cara nova aos grandes centros e milhares de novos quilômetros de estrada. O quesito segurança – aqui num contexto muito mais amplo do que a mera apresentação de produtos com a última tecnologia – ganha corpo. As empresas, cada uma a sua maneira, estão se preparando para encarar o desafio. Eventos acontecem aqui e ali – ora com produtos novos, ora com representantes do poder público, para mostrar que o Brasil é capaz de encarar esse desafio e vencer de goleada. No entanto, mais do que uma batalha de condições especiais para ganhar licitações ou os números astronômicos que a nossa força policial apresenta, é preciso aproveitar o momento para crescer, para tornar o que já existe melhor e construir em todo o país, uma estrutura a prova de futuro – tanto em termos de recursos humanos como em tecnologia. É preciso pensar no legado. De nada adianta termos uma enorme variedade de produtos de última geração em nossos recém inaugurados estádios agora se, daqui há alguns anos, nossas arenas voltarem a ser sucata. Da mesma maneira, de nada serve um enorme corpo de força policial a serviço da segurança de grandes eventos, se essa mesma polícia não estiver de fato a serviço do país, quando a euforia dos jogos passar. É preciso mudar de fato. Já mostramos capacidade para organizar festivais internacionais e eventos para milhões de pessoas, mas nada parecido com o que representa uma Copa do Mundo ou Olimpíada. É um desafio: os olhos do mundo estarão sobre o Brasil. Se vão nos enxergar com admiração de um povo que cresce rumo ao futuro ou se seremos alvo de um rápido passar de olhos, que se vai sem despertar interesse, só cabe a nós provar. Fica a torcida pela primeira opção.

Presidência & CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br Gerência Geral Marcela Petty e. marcela.petty@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Geral Bruna Oliveira e. bruna.oliveira@vpgroup.com.br Design Débora Becker e. debora.becker@vpgroup.com.br Sistemas Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br Marketing Ironete Soares e. ironete.soares@vpgroup.com.br Editor e Jornalista Responsável Eduardo Boni (MTb: 27819) e. eduardo.boni@vpgroup.com.br Publicidade – Gerente de Contas Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br ........................................................................................................... Digital Security Online s. www.digitalsecurity.com.br Tiragem: 20.000 exemplares Impressão - HR Gráfica ...........................................................................................................

comunicação integrada

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Eduardo Boni Editor

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Bycon Tecnologia francesa para controle de intrusão

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Magnetic Autocontrol Controle de acesso ecológico

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panasonic Novidades durante a Interseg 2011

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Avigilon Alta definição reduz custos de projetos de CFTV

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Futurecom 2011

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Mercado em expansão

Congresso Segurança Brasil

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O desafio dos grandes eventos

Workshop

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Aprendizado constante

Case Study

Mercado

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Eventos

DIGIFORT Empresa projeta crescimento de 80%

Produtos e Serviços

Sumário

Rock In Rio

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Segurança em alto e bom som Edição brasileira do Rock in Rio teve megainfraestrutura e contou com a participação da Prosegur, que levou mais de 500 profissionais para garantir a segurança do público nos dias do evento. Entre os destaques, um carro forte que foi equipado com 32 câmeras Bosch para fazer o monitoramento do público.

Transbrasa Vigilância em tempo integral Com o objetivo de garantir a agilidade nos processos de carga e descarga de contêineres, a Transbrasa, localizada em Santos, faz parceria com a D-Link para modernizar suas instalações.

Monitoramento eficiente planejamento e resultados Considerada a Veneza brasileira, a cidade de Recife recebe maior projeto de monitoramento urbano do país para combater a violência e soma números positivos.

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Datacenter Dynamics Aposta na sustentabilidade

E mais...

Entrevista

Em Profundidade, Artigo e Agenda

Marcos Matias

Atuando como executivo da Schneider Electric há quinze anos, Marcos Matias ocupa há pouco mais de três meses a vice-presidência da Unidade de Negócios Buildings da América Latina. Entre os principais desafios do novo cargo, o executivo estão o desenvolvimento dos negócios de BMS (Buildings Management System) e o segmento de Segurança Eletrônica.

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Mercado

DIGIFORT

Posição

Carlos Bonilha: apoio aos clientes é fundamental para estabelecer uma relação de parceria duradoura

No destaque, alguns dos recursos do software de segurança disponíveis no Digifort

e apagar luzes, ligar e desligar motores, ar condicionado, eletrodomésticos, movimentar suas câmeras PTZ ou tudo o que for necessário e criado pelo usuário. Diversos fabricantes de controle de acesso nacionais e internacionais já estão integrados ao Digifort, facilitando, sobremaneira, a identificação dos eventos ocorridos no sistema.

Serviços exclusivos

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Digifort é o primeiro software de IP Surveillance brasileiro e sua média anual de crescimento ultrapassou os 60% no ano passada. A previsão para este ano é um crescimento de 80% em relação a 2010. O sucesso do software está ligado a diversos fatores como, simplicidade no uso do sistema, grande estabilidade, dezenas de facilidades operacionais e administrativas não encontradas nos outros softwares, suporte técnico, e preços compatíveis com a realidade do mercado brasileiro. Segundo Carlos Eduardo Bonilha, presidente da empresa, o brasileiro está dando maior preferência para produtos de plataforma aberta, que contenham diversas facilidades que possam ajudar na identificação dos eventos e que, principalmente, querem contar com o apoio e suporte técnico do fabricante. “O apoio aos nossos clientes é fundamental, pois somente assim conseguimos estabelecer uma relação de parceria duradoura. Temos profissionais bem treinados e capacitados para atender todos os tipos de clientes e resolver qualquer dificuldade, desde dúvidas na utilização do sistema até ajuda para customizar o ambiente”, diz Bonilha. O Digifort é ainda um dos maiores integradores de equipamentos do mundo tendo mais de 100 fabricantes homologados com mais de 2000 modelos de câmeras integradas e é membro participante do ONVIF. Além de câmeras IP, o sistema permite monitoramento de qualquer câmera analógica convertida com vídeo-servers ou mesmo ligadas em DVR´s já integrados ao sistema. Possui uma linha completa de alarmes e automação, permitindo que o usuário controle seu ambiente a distância e que receba, via cliente web ou via celular, todas as informações dos eventos ocorridos em seu ambiente. O sistema ainda permite que através do celular, ou pelo seu IPAD, possa ser acionado qualquer alarme/evento, como abrir e fechar uma porta, portões, acender

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Diversos outros módulos estão disponíveis para o cliente, como o exclusivo Evidence, que permite a o armazenamento dos eventos ocorridos no sistema em discos especialmente destinados a esse fim, evitando que eles sejam destruídos, além de fazer o gerenciamento desses eventos, emissão de relatórios e gráficos. “Com o Digifort Evidence o cliente poderá reduzir seus custos de arquivamento de imagens, diminuir o tempo de pesquisa de ocorrências e o tempo de manutenção dos equipamentos envolvidos no monitoramento. Dessa forma, terá maior organização da documentação desses eventos e uma visão mais clara dos fatos ocorridos”, explicou. Ainda no Evidence, o cliente tem disponível um completo sistema de Help-Desk que garante a manutenção das câmeras e equipamentos envolvidos no sistema de CFTV. O sistema de análise inteligente de vídeo é outro módulo que o Digifort disponibiliza para seus clientes. A grande novidade é que os módulos analíticos não são fornecidos individualmente como todos os softwares de mercado. Ao adquirir uma licença analítica, o usuário irá receber de uma só vez todos os módulos analíticos existentes, que são mais de 15, e poderá utilizá-lo em qualquer câmera, seja IP ou analógica, podendo ainda, ativar na mesma câmera quantos módulos desejar simultaneamente (a licença analítica é vendida por câmera). A Digifort ainda possui o sistema de leitura de placas de automóveis para rodovias, shoppings, estacionamentos e para qualquer local que seja necessário a identificação de um veículo, permitindo integração com qualquer banco de dados existente. Mais de 250 cidades brasileiras se beneficiam das facilidades do Digifort, o governo brasileiro, em todas as suas esferas é responsável por 60% das vendas do produto no Brasil e diversos segmentos da iniciativa privada já possuem o software instalado.

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Produtos e Serviços

Bycon

Tecnologia francesa para de

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BSS – Bycon Smart Server, a mais eficiente solução de VCA, análise de conteúdo de vídeo. O produto surgiu na França em 2005, para o desenvolvimento de um projeto militar francês. Rapidamente transformou-se para se adaptar às necessidades de alta segurança no mercado corporativo, disponibilizando uma avançada plataforma de análise de vídeo, com altíssima precisão e um número extremamente reduzido de falsos alarmes. Agregando tecnologia ao sistema, com fornecimento de servidor dedicado, tropicalizado e de última geração, a BYCON concebeu o BSS (Bycon Smart Server), oferecendo performance e eficiência inigualáveis. O BSS utiliza algoritmos exclusivos e de alta tecnologia para a detecção de movimentos, capaz de detectar um movimento através de câmeras comuns mesmo no escuro, com neblina, chuva e condições de difícil visualização. “O maior problema que a área de segurança enfrenta são os altos números de falsos alarmes que os sistemas de monitoramento geram, podendo chegar até 300 alarmes por dia. O BSS reduz drasticamente esse número para cerca de 2 alarmes ao dia”, explica o diretor comercial da Bycon, Antônio José Claudio Filho. Totalmente parametrizável, conforme as necessidades do ambiente e da aplicação é indicado para “vigilância eletrônica total” em áreas críticas como zonas militares, petrolíferas, nucleares, aeroportos, bancos, indústrias, centrais elétricas, subestações, vilas e condomínios residenciais.

Também pode ser aplicado nas áreas de logística, transporte fluvial, e em uma infinidade de aplicações que requeiram um sistema eficiente e eficaz, reduzindo substancialmente a dependência humana, bem como os custos com infraestrutura.“

Magnetic Autocontrol

Controle de acesso

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Magnetic Autocontrol, fornecedora de equipamentos para o controle de acesso a pedestres e de veículos anunciou o lançamento da linha de cancelas MHTM MicroDrive para controle de acesso de veículos. A nova série foi projetada para atender as necessidades globais de sustentabilidade e suas cancelas são desenvolvidas com material 99% reciclável e apresentam baixo consumo de energia elétrica - 75% inferior à linha anterior. Ou seja, menos que uma lâmpada de 100 watts, além de ser compatível com células de energia solar ou bateria. Os modelos de cancelas trazem tempo de abertura entre 0,5 e 3 segundos, possuem design único (braço dobrável/ flexível), motor 50% menor que a linha anterior (adequado à largura de raia até 10 metros) e garantem 10 milhões de ciclos, com vida útil acima de 20 anos. Esses equipamentos seguem um conceito modular a fim de facilitar seu transporte, implantação e complementação do módulo eletrônico. Para maior resistência e proteção contra corrosão, os componentes das cancelas trazem gabinete e tampa de alumínio e base de aço inox, com pintura a pó.

Ainda, o item segurança foi muito bem pensado, pois o mecanismo de alavancas foi montado dentro de uma caixa de alumínio fundido - a fim de garantir a proteção total dos usuários e técnicos. A linha MicroDrive chegará ao Brasil no quarto trimestre deste ano e os modelos de equipamentos de controle de acesso serão comercializados de forma indireta, por meio de canais de venda. Já, as linhas de Pedágio e Estacionamento, serão vendidas diretamente pela Magnetic.

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Produtos e Serviços

Panasonic

Novidades

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ara demonstrar as principais tecnologias que oferece para monitoramento de áreas, a Panasonic do Brasil participa da 11ª edição da Interseg – Feira Internacional de tecnologia, serviços e produtos para segurança pública –, que aconteceu em agosto, no Rio de Janeiro. “Com a aproximação da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil, o mercado de vigilância está bastante aquecido e a Panasonic está inserida nesse contexto ao oferecer soluções completas para segurança”, afirma Luis Sérgio Corrêa, Engenheiro Eletrônico da Panasonic do Brasil. Um dos lançamentos que a Panasonic apresentou durante a feira é a WV-SC384 com sensor MOS 1/3 de polegada, câmera de segurança domo IP que grava em HD (1290x960), com zoom de 36x e, com o zoom adicional de oito vezes, o recurso chega a 288x. O equipamento grava em H.264, MPEG4 e MJPEG, além de transmitir até três streams de vídeos simultâneos, tornando-se ideal para todos os tipos de monitoramento. Indicado para monitoramento de cidades, estádios, portos e grandes locais, o modelo WV-SW396 com sensor MOS 1/3 de polegada, grava em HD (1290x960), com zoom óptico de 36x, 2x de extra zoom e mais 12x de zoom digital, totalizando 864x – única no mercado com essas características. A compressão suportada é de H.264; MPEG4 e MJPEG e permite exibição de até três streams de vídeos simultâneos. A caixa de proteção IP66 acompanha o produto para que a câmera seja utilizada em ambientes internos e externos. Já o lançamento WV-SW155, pode ser descrita como uma câmera fixa IP HD, possui extra zoom de 2x, suporta compressão H.264 e MJPEG e transmite até dois streams de vídeos simultâneos. Com a caixa IP66, o equipamento pode ser utilizado tanto internamente quanto em ambientes ao ar livre, o que a faz ser ideal para monitoramento em veículos como ônibus, carros de polícia e trens. O modelo também possui a função Day/Night com alta sensibilidade, permitindo o monitoramento de locais com pouca iluminação. A WV-SF135 é equipada com as mesmas características da WV-SW155, mas é recomendada para aplicação interna e transmite imagens de 30ips na resolução 1280x960 (HD).

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Trabalho em rede A câmera fixa WV-NP502 é específica para ser trabalhada em rede. Com ampla faixa dinâmica de 128x, o modelo grava em JPEG, MPEG4 e H.264 e gera até 30fps com tamanho de imagem de 1280x960. A tecnologia MEGA Super Dynamic é um diferencial do modelo uma vez que, quando instalada em lugares claros, a câmera divide a parte clara e escura da imagem, possibilitando o perfeito monitoramento em lugares com diferentes níveis de iluminação. Também ideal para trabalhar em rede, o modelo WV-SP302 possui sensor MOS de 1,3 megapixels com varredura progressiva e grava em alta resolução por meio da plataforma UniPhier. O modelo conta, ainda, com tecnologia de faixa Dinâmica para a face, que assegura imagens mais nítidas da face e possui saída de fluxo duplo em JPEG e H.264. A imagem é outro destaque, pois a câmera gera até 30fps com resolução de 800 x 600. A câmera WV-SF336 também possui as funções do modelo WV-SP302, diferenciando-se quanto ao tamanho da imagem em 30fps – 1280x960, e tecnologia de ajuste de foco automático, que assegura fácil instalação e foco estável enquanto a câmera captura imagens em preto e branco e colorido. A Panasonic também traz para o evento a câmera BB-HCM705. Com função extra zoom, o modelo possui tamanho compacto e fácil instalação em diversos tipos de tetos. Equipada com sensor de detecção de sons e de choques, a HCM705 grava as imagens em cartão de memória SD ou SDHC, possui compressão H.264 e JPEG e permite o monitoramento por telefone celular. Já o modelo BB-HCM715 conta com os mesmo recursos que a BB-HCM705, além de proporcionar saída de vídeo analógico em NTSC/PAL. A câmera BL-C210 possui compressão em H.264 e JPEG, zoom digital de 3x, sensor de detecção de sons e conta com funcionalidade para múltiplas câmeras. Outro destaque do modelo é monitoramento das imagens por telefone celular e conexão com TVs. O modelo BL-C160 é equipado com funções como Sensor de Detecção de Pessoas e de Movimentos, transferência de imagens e monitoramento por telefone celular.

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Produtos e Serviços

Avigilon

Alta definição reduz de

de CFTV

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to muito escuras, como resultado do Wide Dynamic Range. A isso se soma a possibilidade de controle de foco e íris de lentes SLR, com ampla seleção de lentes de altíssima qualidade. Essa câmera de 16 MP, como tem elevado nível de resolução é indicada para monitoramento detalhado de grandes áreas, em condições adversas de iluminação. Por suas características, é indicada para locais em que é necessária a identificação e a qualidade de imagens, como áreas abertas com grande concentração de pessoas, a exemplo de estádios e arenas multiuso; plataformas de trem e metrô: segurança pública; portos, aeroportos e rodoviárias. A solução também é indicada para aplicações em varejo.

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specializada em sistemas de monitoramento IP de alta definição, a Avigilon desenvolveu câmeras de 16 MP, que são multimegapixel e permitem PTZ digital ao vivo e em vídeo gravado. Esses equipamentos contam com gerenciamento de stream de alta definição, sensibilidade infravermelha de proximidade (NIR) e obturador eletrônico de alta performance. Essas características aumentam a qualidade de gravação sem perda de dados, permitem controle dinâmico de consumo de largura de banda para ótima transmissão e identificação além da visão humana em período noturno, com máxima performance de imagem com iluminadoras IR, além de captura de imagens nítidas de objetos em movimento. Equipadas com Power over Ethernet (PoE), as câmeras de CFTV IP de alta resolução da Avigilon dispensam fonte de alimentação externa e são Plug-and-Play, possibilitando autodetecção e autoconfiguração das câmeras para fácil instalação. A tecnologia desenvolvida pela fabricante canadense permite captura de cenas detalhadas tanto em áreas muito claras quan-

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Evento Futurecom 2011

Mercado Tradicional polo de telecomunicação em São Paulo, a Futurecom abre cada vez mais espaço para o mercado de Security, que aproveita o imenso público e a presença de executivos de todo o mundo para apresentar o que há de melhor no setor. Por Eduardo Boni

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Futurecom 2011 aconteceu de 12 a 14 de setembro no Transamérica Expo Center e, na edição deste ano, reuniu mais de 200 expositores que demonstram produtos e serviços nos segmentos de telecomunicações e – em menor número – segurança eletrônica. Além da feira, o Congresso Internacional também atraiu a atenção do público, com audiências lotadas em todas as salas, durante os dias do evento, inclusive no último dia do evento, que foi encerrado com uma palestra do apresentador Marcelo Tas. Um dos estandes que mais investiu para mostrar equipamentos e soluções do mercado Security foi a integradora Seal Telecom, que montou em seu estande três ambientes como a Sala Multimídia (com soluções de automação), a Sala de Realidade Virtual e um CCO (Centro de Controle Operacional) em que estavam integradas câmeras de monitoramento e softwares de reconhecimento facial. “A nossa ideia foi mostrar mais do que produtos. Por isso montamos esses três espaços para apresentar, na prática, como esses equipamentos podem ser combinados para funcionar em diversos níveis”, explicou Alexandre Novakoski, diretor comercial da empresa. No centro de controle era possível ver vários tipos de câ-

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meras, com os principais parceiros da Seal Telecom, como Samsung Techwin e Arecont Vision, que fabrica câmeras megapixel. “Essa empresa tem os modelos de câmeras com visão que varia de 90º a 360º. Dessa forma, é possível monitorar um ambiente inteiro usando apenas uma câmera”, contou. A empresa mostrou também um espaço chamado Sala Multimídia do Futuro com vídeo conferência, automação, controle de iluminação, cortinas e telefonia. “Quisemos mostrar que é possível se comunicar em qualquer lugar usando imagem ou voz com as melhores tecnologias disponíveis”. Outro destaque da Seal Telecom no evento foi a sala de telepresença montada em dois lugares diferentes para mostrar a tecnologia em funcionamento. “Nós criamos dois espaços exatamente iguais para dar ao público a sensação exata de como funciona uma sala de telepresença”. Navakoski falou também a respeito das duas ilhas que foram montadas para fazer uma simulação de sistema de evacuação por voz para ser usado em casos de emergência. “Esse equipamento foi lançado por um dos nossos parceiros, a Biamp, e pode ser interligado aos sistemas de monitoramento e de controle de acesso enviando mensagens automáticas para a equipe de segurança. Essa solução tem um grande mercado e pode ser usado em aeroportos, estádios”, afirmou.

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Evento Futurecom 2011

Parcerias com foco no projeto No estande da distribuidora Axyon, especializada em soluções de segurança, os destaques eram os softwares da ISS e as novas câmeras IP e megapixel da Arecont Vision e da SamsungTechwn, empresas com as quais mantém parceria há um ano e meio. A empresa levou para a Futurecom os modelos AV20185DN e AV20365DN, da Arecont Vision, duas câmeras megapixel de alta definição, que permitem substituir até 65 câmeras analógicas. “Uma das vantagens destes equipamentos está no fato de poderem ser instaladas em suporte de teto rígido com pingentes opcionais de montagem em parede. Outra vantagem é a facilidade de ajustes, uma vez que o modelo AV20365DN possui média de 10 graus de ajuste de ângulo de inclinação mecânica para localizar cada sensor e o modelo AV20185DN, tem 5 graus de alinhamento vertical elétrico para localizar cada posição do sensor”, detalhou Rodrigo Martini, da Axyon. No estande da distribuidora estavam também os modelos megapixel da Samsung Techwin, como os Speed Dome MegaPixel SNP-5200 e MegaPixel 5200H, duas câmeras que oferecem PTZ de 1.3 megapixels com alto desempenho e zoom óptico de 20x em imagens HD. “Essas domes são compatíveis com o padrão ONVIF e apresentam várias resoluções e proporções de aspecto desde CIF até o total de 1.3 megapixels, incluindo formato de alta definição 16:9 a 720p”, explicou. De acordo com ele, a ideia era mostrar a integração dos modelos de câmeras megapixel da Arecont Vision e da Samsung Techwin, com o software da ISS. “Queríamos mostrar qual a amplitude que esses equipamentos podem atingir. As duas empresas vieram para mostrar todas as possibilidades dos novos modelos IP e também megapixel. Esse é o grande foco dos dois grupos este ano”, resumiu. A empresa israelense Radwin, através da parceria com a Axyon, apresentou durante a Futurecom, o Radwin 5000 HPMP,

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uma Multiponto de alta capacidade, com 200Mbps por setor e direcionado para a conectividade corporativa. Esse produto é uma solução de conectividade wireless para redes governamentais e empresariais destinado a aplicações como vídeo monitoramento com câmeras de alta resolução, conectividade em banda larga com alta performance a garantia de transmissão. “A ideia da Axyon é ter vários parceiros de altíssimo nível para ajudar o integrador a desenhar um projeto de qualidade, com rádios, câmeras e controle de acesso, além de outros produtos”, resumiu. Além das duas companhias especializadas em câmeras de segurança, a distribuidora mostrou as novidades da HID, com a tecnologia de leitura de cartão inteligente chamada iCLASS. Essa tecnologia suporta várias aplicações e pode ser aplicada para identidade digital, transações financeiras, autenticação biométrica, venda sem dinheiro e até mesmo segurança de logon em PC. “Os cartões inteligentes e leitoras iCLASS, de 13,56 MHz, tornam o controle de acesso mais eficaz e versátil. E a criptografia garante a segurança das informações”, explicou. Durante a Futurecom foi demostrada a solução Edge Solo, como controle de acesso, para liberar a porta de um cofre. “Esse é um sistema de controle de acesso IP totalmente gerenciável pela internet. Ela não depende de um software”, concluiu.

Reconhecimento facial e leitura de placas O ISS mostrou o SecurOS Face Capture & Recognition, uma ferramenta que atua no reconhecimento de pessoas e permite o gerenciamento remoto para os processos de vigilância e pode ser integrado ao controle de acesso para melhorar sua funcionalidade. “Essa aplicação está sendo usada em segurança pública. O governo é o nosso maior cliente desse tipo de produto”, afir-

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Evento Futurecom 2011

WDC Networks lança expedição tecnológica durante Futurecom

Em grande estilo: a distribuidora WDC Networks aproveitou o evento para o lançamento do projeto ambicioso: uma expedição que vai cobrir 100 cidades brasileiras para descobrir qual a realidade da infraestrutura de telecomunicação do país.

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participação da distribuidora WDC Networks na Futurecom 2011 foi em grande estilo. Além de mostrar em seu estande todas as soluções de segurança eletrônica que o público está acostumado a ver, a empresa aproveitou o evento para lançar um projeto ambicioso: uma expedição que vai cobrir 100 cidades brasileiras com o objetivo de descobrir qual a realidade da infraestrutura de telecomunicação do país. O primeiro roteiro desenhado é rumo à região centro-oeste, partindo de São Paulo a Brasília, sede do Governo Federal. Nesse roteiro será visitada a primeira cidade que aderiu ao PNBL, Santo Antonio do Descoberto, em Goiás. Mesmo com o barateamento dos computadores, que possibilitou muitas regiões do país a crescerem, ainda temos uma realidade diferente em relação à oferta de internet banda-larga e de recursos de segurança eletrônica nas regiões do interior do país. “Pretendemos colher resultados, criar um banco de dados e armazenar esse conhecimento para expor a realidade da infraestrutura de telecom do nosso país. Para os patrocinadores será uma experiência incrível de conhecimento, para o mercado e o governo será uma forma de identificar e registrar a situação”, lembrou o presidente da WDC Networks, Vanderlei Rigatieri.

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De acordo com o empresário, nessas visitas, a WDC e seus patrocinadores pretendem mobilizar a comunidade local, os empresários, as autoridades e a mídia para que entendam a importância de se ter o acesso Banda-Larga de qualidade e os benefícios para a população desse serviço. “Visitando essas regiões e tendo como pontos de apoio os provedores de internet via rádio e as empresas de vigilância eletrônica de cada região, pretendemos traçar uma radiografia real da situação da banda-larga e chamar a atenção para a importância estratégica do projeto para o Brasil”. A equipe que farão as viagens será composta pelo piloto, que será o Presidente da WDC Networks, Vanderlei Rigatieri; o co-piloto – um revesamento entre patrocinadores ou apoiadores do projeto. Além deles, um produtor e um fotógrafo farão os registros da viagem. E, por último, está aberta uma vaga para jornalistas ou representantes do governo que queiram participar em alguns trechos. O projeto WDC Social tem como objetivo auxiliar na inclusão digital dos locais por onde a expedição passará. Algumas entidades tais como a APAE, centros comunitários, entre outros serão beneficiados por doações dos provedores da região e da WDC Networks. Serão doados acessos de internet grátis, computadores, e outros presentes em cada região.

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Evento Futurecom 2011

No estande da distribuidora Axyon, especializada em soluções de segurança, os destaques eram as novas câmeras IP e megapixel da Arecont Vision e da Samsung Techwn.

mou o executivo da empresa Eduardo. O SecurOS CARGO é um módulo inteligente de análise de imagem que prevê o reconhecimento de caracteres em caminhões de carga e containers, bem como guindastes. SecurOS Cargo Recognition é um sistema automatizado de reconhecimento de código ISO. “Ele implementa os mais avançados softwares. Essa tecnologia encontra um grande mercado em portos, por causa da normativa que estabelece o controle através do número das placas e dos contêineres. Essa lei deve estar em todos os portos até dezembro de 2012”, comentou. Além do software de reconhecimento facial, ele demonstrou uma aplicação em que o ISS Cargo e ISS Auto. “A solução de leitura de placa está sendo muito procurada por conta da normativa dos portos e segurança pública dentro das cidades”, esclareceu.

Para finalizar, houve uma demonstração do SecurOS, um software capaz de capturar e reconhecer múltiplas faces simultaneamente em tempo real.”

Gravadores O grupo GVI levou à Futurecom o gravador RazberiT, que simplifica a implementação de sistemas de vídeo IP, combinando as funções de um gravador de vídeo em rede, switch Ethernet ativo, roteador de rede e software de gerenciamento de vídeo com os recursos de configuração automática em um único dispositivo. A Intelbras mostrou em seu estande uma solução integrada em que se destacam alguns produtos de segurança eletrônica. Entre eles estão o Gravador Digital de Vídeo – VD 4E 120, a câmera profissional CAM 600i LT, que tem como diferencial

Outro destaque da distribuidora foram os produtos da HID, como a tecnologia de leitura de cartão inteligente iCLASS, de 13, 56 MHz, além do software de reconhecimento facial SecurOS Face Capture & Recognition, da ISS.

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Evento Futurecom 2011

No estande da Seal Telecom, um CCO (Centro de Controle Operacional) foi o destaque “Queremos mostrar na prática como esses equipamentos podem ser combinados em diversos níveis”, disse Alexandre Novakoski o dispositivo ICR, que permite que a função Day & Night seja feita pelo hardware True Day & Night. Outro lançamento foi a câmera Infravermelho VM 300 IR 30 VF, utilizado em projetos de integração para monitoramento de áreas de escuridão completa. dvtel_setembro.pdf

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Evento CONGRESSO SEGURANÇA BRASIL

O desafio dos Congresso na Fiesp dá início aos debates em torno da agenda estratégica do Governo Federal para Copa do Mundo e Olimpíadas – e reforça a importância de manter o legado após a realização dos eventos.

Por Eduardo Boni

O Congresso Segurança Brasil 2011 reuniu autoridades do Brasil e do exterior para discutir a questão da segurança pública durante os preparativos para os grandes eventos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo.

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o dia 12 de setembro a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sediou o Congresso Segurança Brasil 2011, que teve como objetivo envolver toda a sociedade na realização dos grandes eventos que acontecerão no país: a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016. O evento foi aberto pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que resumiu em poucas palavras os desafios que o governo federal, contando também com a iniciativa privada, terá nos próximos tempos: garantir a infraestrutura necessária e formatar uma estratégia de segurança eficiente. “Por isso, este Congresso ocorre com a participação dos estados-sede da Copa e com convidados internacionais somam sua experiência de Copas e Olimpíadas anteriores”, afirmou. Para ele, não se trata apenas de pensar na obediência do cronograma de infraestrutura – garantindo a construção de estádios, aeroportos, hotéis e centros de convenções e na expansão dos transportes coletivos –, mas também na sua destinação pós-eventos. “Eu diria que as obras já deveriam estar prontas para o uso da sociedade. Nosso país tem uma imagem positiva no exte-

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rior, neste momento, o que representa uma excelente oportunidade para que os outros países conheçam melhor o talento do povo brasileiro e nossas riquezas naturais. O Brasil estará na vitrine”, ressaltou. Durante o Congresso Segurança Brasil 2011 foram debatidas as estratégias de segurança que serão adotadas para garantir o sucesso dos grandes eventos, em torno de quatro eixos: gestão, tecnologia, legislação e integração. A intenção é que estas ações sejam acompanhadas constantemente por meio da construção de uma agenda estratégica, que será criada no evento. Além de Paulo Skaf, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo também participou da abertura do evento, no qual anunciou a criação do Sistema Nacional de Segurança Pública, com base em três diretrizes básicas: informação, planejamento e gestão, que estará pronto para a Copa. “Para a presidente Dilma Rousseff, a segurança é prioritária e tema entendido como de responsabilidade de todos os entes federativos”, revelou. De acordo com o ministro, há uma deficiência em termos de informações sobre segurança, que se reflete a partir do mapa da violência divulgado recentemente, mas que foi traçado com dados de 2008. “Não há sintonia metodológica, existe apenas

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Evento CONGRESSO SEGURANÇA BRASIL

A experiência internacional

Questões culturais: Ben Groenewald, Major-general da Polícia da África do Sul, lembrou a importância de garantir a segurança dentro do estádio com câmeras, controles de acesso e sistema de áudio. “Por isso, proíbam o uso de vuvuzelas nos estádios. Elas destroem qualquer tentativa de comunicação com o público”, enfatizou.

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segurança é uma questão internacional, especialmente quando se fala de tráfico de drogas e do crime organizado, mas o Brasil está se preparando para enfrentá-la da melhor maneira, sobretudo durante os eventos esportivos que acontecerão em breve. Prova desse empenho foi a participação de autoridades militares brasileiras e internacionais que relataram suas bem sucedidas experiências para garantir a segurança pública. Participaram do evento Lior Lotan, diretor-executivo do Instituto Internacional de Contra-Terrorismo e ex-comandante das Forças de Segurança de Israel, que identificou possíveis pontos de terrorismo em países como Venezuela, Bolívia e México, como pontos da organização na região, com forte envolvimento iraniano, de influência ideológica e de distribuição de ideias revolucionárias com tendências radicais. “A prevenção a ataques terroristas nos grandes eventos esportivos que o Brasil deve sediar em 2014 e 2016 deve começar nas fronteiras do País”, sinalizou. Lotan alertou para o fato de o Brasil ser conhecido mundialmente como um país que não vivencia atentados dessa natureza. Ele observou que a população brasileira, que ainda desconhece a lógica dos ataques terroristas, poderá ser um grande aliado do sistema de segurança do país, tanto nas Olimpíadas como na Copa do Mundo. “Não importa que o brasileiro não esteja interessado em práticas terroristas, mas nos preocupa o interesse de terroristas em relação ao Brasil, pelo fato de o País ser a futura sede de eventos que vão envolver milhares de pes-

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Lior Lotan, diretor-executivo do Instituto Internacional de Contra-Terrorismo e ex-comandante das Forças de Segurança de Israel, falou sobre possíveis pontos de terrorismo na Venezuela, Bolívia e México. “A prevenção a ataques terroristas nos grandes eventos esportivos que o Brasil deve sediar em 2014 e 2016 deve começar nas fronteiras do País”.

soas de diversas partes do mundo. O Brasil vai precisar de uma rede completa de segurança interna, e isso envolve a participação da sociedade”, advertiu o palestrante. Outro convidado internacional foi Ben Groenewald, Major-general da Polícia da África do Sul, que falou sobre sua experiência com a Copa 2010 e alertou contra sanções da Fifa em 2014. De acordo com ele, para um evento seguro é necessário que o país anfitrião mantenha sua própria legislação, mesmo que exigências de alterações no modelo venham da Fifa. Ele alertou que o governo e outros setores envolvidos na estratégia de segurança da Copa do Mundo 2014 devem agir contra qualquer tipo de imposição de regras por parte da Federação Mundial de Futebol. “A Fifa é um comitê muito exigente, mas o seu regulamento não pode obrigar mudanças porque são, na verdade, diretrizes. Dessa forma, ela não pode impor restrições ao plano de segurança do País para o evento. Ouvi dizer que a Fifa está alterando suas normas. É importante que o governo e outros segmentos se aliem para evitar regulamentos que restrinjam ações de segurança.” O oficial lembrou que teve muitos problemas por conta de questões culturais do país e da forma de expressão do público, com torcidas muito barulhentas. “Tão importante quanto garantir a segurança dentro do estádio, evitando brigas, é zelar pelo bom funcionamento de todos os dispositivos de segurança, sejam câmeras, controles de acesso e sistema de áudio”, ressaltou. “Por isso, proíbam o usos de vuvuzelas nos estádios, pois elas destroem qualquer tentativa de comunicação com o público”, enfatizou.

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Evento CONGRESSO SEGURANÇA BRASIL

O público lotou as dependências do teatro da Fiesp para conhecer de perto as iniciativas do Brasil para os megaeventos esportivos que estão por vir subnotificação e subregistro de infrações, e o sistema não é alimentado com novos dados. A intenção, a partir de agora, é criar uma metodologia a fim mapear áreas onde os crimes se concentram, além de suas características”, disse. Para o ministro da Justiça, assim será possível enfrentar a criminalidade com a colaboração conjunta dos Estados que receberão, em contrapartida, verbas federais. O desafio será envolver estados, municípios, União, além das forças policiais distintas. Segundo esclareceu, a coordenação dessa integração estará a cargo da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos com a missão de superar entraves e disputas corporativas. “O objetivo não é apenas garantir segurança para a realização da Copa e das Olimpíadas, mas também deixar um legado de segurança para toda a sociedade”, concluiu.

Segurança Privada e Planejamento estratégico O general Luiz Guilherme Paul Cruz, 5º subchefe do Estado-Maior do Exército e Force Commander da Missão de Estabilização da ONU na Haiti (Minustah), que também participou do Congresso de Segurança da Fiesp, acrescentou que, para a Copa 2014, será necessária a criação de regras que definam um padrão de treinamento por parte de empresas particulares de segurança. “Há regras definidas pela instituição que vai liderar o processo de segurança que podem facilitar o treinamento dessas organizações privadas. Pode ser criado o mecanismo que facilita, mas não cabe a essa instituição executar esse treinamento, pelo simples fato de que seria algo fora da sua missão final”, disse Paul Cruz. Para ele, o planejamento estratégico de segurança da Copa 2014 deve ser baseado no marco legal do país, no cenário previsto pelas instituições envolvidas no processo e nas ações táticas previstas. Ele usou como exemplo a missão que comandou no Haiti entre abril de 2010 e abril 2011, e concluiu: “É impossível resolver questões de paz e estabilidade em um país sem um fortalecimento das estruturas politicas, sociais e econômicas”.

Camilo falou sobre todo o aparato que a Polícia Militar do Estado possui, como os softwares que fazem o reconhecimento de pessoas fichadas e são usados como sistema de inteligência da polícia. De acordo com ele, a preparação da Polícia Militar para os grandes eventos está sendo feita da melhor maneira, com a Polícia Militar buscando por expertise fora do País para situações de elevado risco durante a Copa do Mundo de 2014 como ataques terroristas. “Temos que ter pé no chão, já que terrorismo não é uma cultura do Brasil. Então, fui para Israel, Alemanha e Espanha para aprender com quem tem experiência”, disse o coronel, lembrando que já aconteceram simulados de emergência que foram realizados no Pacaembu e em um hotel na zona sul de São Paulo. “Até o início da Copa vamos fazer mais testes em metrôs, cinemas e shoppings”, acrescentou. Segundo Batista, cerca de 3.000 câmeras de monitoramento devem ser entregues em São Paulo antes do início da Copa. Atualmente, o estado conta com 270 câmeras, que estão instaladas em pontos fixos na cidade. “Os novos equipamentos – as chamadas câmeras inteligentes, com OCR e programação – também são utilizadas e são um grande aliado do policiamento. Estamos adquirindo também as câmeras que ficarão na viatura filmando em 360 graus e em alta definição”, antecipou. De acordo com o comandante, estão sendo feitos investimentos em tecnologia que transmitirá a imagem das viaturas para o Copom. “Em São Paulo, a nossa central será reformulada. Estamos construindo um prédio inteligente na região da Luz. A nossa visão de futuro em termos de monitoramento é a integração total dos equipamentos, tanto em órgãos públicos quanto privados”. Ele lembrou que a Polícia Militar aumentou seu efetivo com 2.300 homens em março e pretende reforçar o quadro de funcionários com mais 2.190 policias em outubro e 1.690 em dezembro. “Para estarem prontos para os grandes eventos, os policiais cadetes têm curso de inglês e espanhol durante os quatro anos do bacharelado. Eles vão sair falando o idioma justamente para aender a esses eventos”, acrescentou o coronel da Polícia Militar

Policia preparada Em sua palestra, o comandante geral da PM de São Paulo, Álvaro Batista Camilo, lembrou que a cidade de São Paulo está acostumada com eventos internacionais, como a Corrida Internacional de São Silvestre, Grande Prêmio de Fórmula 1 e a Parada do Orgulho GLBT.

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O comandante geral da PM de São Paulo, Álvaro Batista Camilo, lembrou que São Paulo já recebe eventos internacionais, como a Corrida Internacional de São Silvestre e o Grande Prêmio de Fórmula 1. Até a chegada da Copa do Mundo, vão acontecer testes em metrôs, cinemas e shoppings

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Evento Workshop

Aprendizado Neste mês, as distribuidoras Policom, Gravo e WDC promoveram workshops em suas unidades para demonstrar o funcionamento dos equipamentos que comercializam e atraíram grande público.

Por Eduardo Boni

Os encontros promovidos pelas empresas de segurança são uma ótima oportunidade de conhecer de perto o funcionamento dos equipamentos disponíveis no mercado e atraem desde integradores até tomadores de decisão e clientes finais.

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s encontros promovidos pelas empresas de segurança são uma ótima oportunidade de conhecer mais de perto o funcionamento dos equipamentos que elas comercializam. Atraindo desde integradores até tomadores de decisão, ou mesmo clientes finais, os cursos vêm ganhando cada vez mais a participação do público que atua no mercado de segurança. A distribuidora Policom promoveu, no final de setembro, um treinamento sobre Estrutura de Cabeamento e CFTV, com o objetivo de levar novos conhecimentos para alguns de seus principais canais. “A ideia foi ajudar os profissionais especializados em equipamentos analógicos a iniciar um processo de aprendizado na tecnologia IP. Queremos que todos ganhem e por isso é importante treinar a nossos canais”, explicou o gerente de Marketing da Policom, Anderson Luiz Carvalho. De acordo com ele, este foi o quinto encontro promovido pela empresa, e abrigou na sala de treinamento do grupo, integradores e clientes finais. “Os clientes finais também têm dúvidas sobre em que tipo de equipamento investir. Esse tipo de encontro serve para ele definir que estratégia seguir, optando por analógico, IP ou híbrido. A política de ajudar o cliente a fazer a melhor escolha, priorizando sempre o treinamento”, afirmou. A primeira palestra foi a respeito de estrutura de cabeamento, ministrada por Carlos Cruz, responsável pelo setor de Engenha-

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ria de Aplicações. Na parte da tarde, o diretor comercial da empresa, Sandro Gonçalves de Souza, falou sobre CFTV e fez um panorama falando sobre o funcionamento básico das câmeras destacando alguns conceitos como a importância do CCD neste equipamento. “Os diferentes tipos de CCD influenciam diretamente o tamanho da imagem que é capturada e, por tabela, a qualidade dessa imagem. O sistema de ligação da câmera pode ser feita através de um cabo coaxial que deve ter 90% de malha. Isso garante imagens limpas e sem interferências”, explicou. E falou também sobre o gravador que armazena as imagens, que podem ser Stand Alone ou base PC e as diferenças entre cada um deles. “O Stand Alone é um equipamento dedicado para gravação e é um sistema mais robusto. Já a base PC funciona bem se o equipamento for bem dimensionado ou utilizado apenas para o fim de armazenamento”, ensinou. Para finalizar, o especialista comentou sobre as diferenças do sistema analógico e digital na questão da qualidade de imagem. “O tamanho da imagem VGA é limitada, o que torna difícil trabalhar detalhes como reconhecimento facial”, exemplificou. E deixou uma provocação para o público, ao comparar número de câmeras e qualidade de imagem. “O que vale mais: ter muitas câmeras com baixa qualidade de imagem, ou gastar um pouco a mais e garantir que se possa fazer um reconhecimento facial no caso de um assalto”, questionou.

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Evento Workshop

Treinamento em CFTV

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utra empresa que aposta na capacitação dos técnicos que trabalham no mercado de segurança eletrônica é a Gravo. Por isso, também no mês de setembro, a empresa promoveu um treinamento focado em CFTV, apresentado pelo gerente de produto Claudio Almeida. Ele falou sobre como elaborar um projeto desse tipo, levando em consideração a qualidade, mas também se atentando aos custos. “Muitas vezes, a incapacidade técnica gera projetos ruins, que visam apenas o lucro. Um bom projeto deve privilegiar a boa conduta e o comprometimento. Tudo deve ser feito corretamente desde o início”, ensinou. O engenheiro também deu dicas de como ser competitivo. Para isso, é necessário definir o público e tomar todos os cuidados durante a negociação. “É preciso saber quanto custa um erro”, afirmou. Depois, deu dicas de como diminuir as margens de erro. “Para isso, é importante aliar eficiência com projetos bem elaborados, eliminando os problemas assim que surgem”, reforçou. Outra etapa importante do processo é a satisfação do cliente. Para isso, é importante realizar todos os testes nos equipamentos antes de entregar e, depois, fazer o mesmo dire-

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tamente na empresa do cliente. “É mais fácil testar e trocar algum equipamento que esteja falhando antes dele sair da sua empresa. Se tiver de fazer isso no cliente, vai se gastar muito mais e, sem falar no constrangimento. Se isso acontecer, tentar descobrir o que causou o erro”, ensinou. Ainda no mês de setembro, a distribuidora WDC realizou um treinamento em CFTV com os equipamentos da NUUO. No workshop, os participantes conheceram os novos equipamentos da empresa, como o sistema de gravação NVR Mini para câmeras IP além do NDVR para câmeras IP e analógicas para plataforma Windows. Esse produto permite a gravação em tempo real H.264 de até 16 canais. “Esse equipamento oferece suporte para câmeras megapixel, gravação em real time e múltiplos canais de Playback, com suporte ao CMS da NUUO”, explicou Eduardo Henrique da Silva, técnico de suporte da NUUO. Ele falou também sobre os novos modelos de DVR e as séries já homologadas no Brasil, como a 3000, 6000, 7000 e 7100. “Nesses equipamentos, as taxas de gravação variam de 120 frames por segundo no modelo 3000, com quatro saídas de áudio e formato de compressão MPEG 4, até 30 frames por canal em H-264 na série 7000”, explicou.

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Evento Datacenter Dynamics

Aposta na Datacenter Dynamics volta atenções para a economia no consumo de energia Por Eduardo Boni

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edição do Datacenter Dynamics aconteceu nos dias 3 e 4 de outubro no Hotel Transamérica, em São Paulo. Entre os focos deste anos, estava a aposta da maioria das empresas na sustentabilidade. Além disso, algumas delas mostraram suas soluções para garantir tanto a segurança de dados como a segurança física desses espaços. O grupo Policom participou do Data Center Dynamics 2011 levando ao evento sua parceria com a CommScope Enterprise Solutions. Em seu estande, o grupo mostrou as soluções para esse segmento, como a linha 360 Evolve, as soluções iPATCH 360, SYSTIMAX 360 e Uniprise, todas da CommScope. A linha 360 Evolve de painéis de cobre foi lançada no segun-

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do trimestre deste ano e tem como diferencial o aprimoramento dos módulos de bloco RJ45/ IDC e maior desempenho com o lançamento do módulo GS6 de categoria 6A, que permite links curtos com painéis de blocos, facilitando a manutenção. “O conceito de gerenciamento também evoluiu, passando a permitir a instalação do kit de upgrade mesmo com os patch panels instalados, dispensando o uso de ferramentas para sua fixação, característica que o diferencia da linha 360 tradicional”, explicou Anderson Luiz Carvalho, do Grupo Policom. Além dos produtos, a empresa destacou durante o evento o case da Locaweb, que opera em missão crítica, investindo maciçamente em tecnologia e equipamentos. Esses investi-

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Evento Datacenter Dynamics

Datacenter do UOL ganha automação namics a nova etapa do projeto, que inclui toda a automação. “Nessa fase do projeto estão inclusos todo o monitoramento de energia, geradores e no-breaks e controle e monitoramento do ar condicionado”, afirmou. A partir de agora, todo o datacenter UOL estará num gerenciador que manda alarmes via e-mail e uma tela gráfica na qual é possível acessar os relatórios de alarmes. “Essa é a última fase do projeto, em que vamos fechar o case com todos os equipamentos integrados. A previsão de entrega é dezembro deste ano e, depois desse período nós faremos operação assistida do projeto por mais três meses para garantir o funcionamento”.

A automação Em sua palestra, o executivo mostrou como o sistema de automação pode contribuir para monitorar e registrar todas as variáveis. “Mais importante do que ter os índices quando se inaugura o Luciano Ribeiro, da CCN Automação falou sobre os processos de ausite, é manter esses índices contínuos durante a tomação do Datacenter do UOL operação do site. E isso só é possível através da monitoração”. De acordo com Ribeiro, essa fase não é tão complexa porDatacenter do UOL, um dos mais bem estruturados que todos os equipamentos já estão instalados e tem a sua do país, está passando por uma nova etapa na insarquitetura conhecida. “Dessa forma já sabemos o que devetalação de equipamentos de segurança. mos monitorar e como isso deve ser feito”. Durante o evento, a empresa CCN Automação, responEm relação ao controle de acesso, o site tem um sistema sável por instalar a tecnologia do datacenter, tinha um esde CFTV completo, em que todos os elevadores, unidades de tande e o diretor do grupo, Luciano Ribeiro, fez uma das rack e todas as unidades de rack estão cobertas. “Há também palestras falando sobre o case. eclusas para controle de acesso de veículos, que funcionam Ele lembrou que o projeto começou há dois anos a carno edifício, áreas internas, salas de servidores e nos cages go da CCN Automação. Na primeira fase foram instalados e racks. Além disso, todo o acesso às áreas do datacenter e equipamentos de detecção e alarmes com equipamentos salas elétricas é feito por biometria”, reforçou. da Edwards, além de toda a parte de controle de acesso, Conforme lembrou o executivo, a automação do site, em com biometria e cartões de aproximação integrados com o muitos casos, é uma forma de marketing positivo para as sistema de CFTV. “Todas as portas de entrada do datacenempresas. “É interessante mostrar os dados e recursos de ter tem uma câmera ligada em conjunto com o controle de seu site e o quanto sua empresa preserva isso. Se o cliente acesso. Para fazer isso usamos o software Scaiip, da Vault, não tem os logs para auditoria, significa que ele não está integrado com o CFTV da NUUO”, lembrou Ribeiro. monitorando os acessos ao site”. Agora, o grupo apresentou durante o Datacenter Dy-

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mentos atingem também a rede física, responsável por toda a infraestrutura de tráfego de informações, que é baseada em tecnologia da Systimax Solutions. Para suportar o alto tráfego de dados em grande largura de banda, a Locaweb utiliza cabeamento estruturado Categoria 6A e Categoria 6, que se somam a links em fibra óptica LazrSpeed 300 e InstaPatch Plus SYSTIMAX e conectividade UTP com patch panels angulares e PatchMAX Systimax. Além dessa solução, os data centers da Locaweb contam com racks Top Solution G3, exclusividade do Grupo Policom. Durante o evento, a empresa também foi responsável por uma das palestras, que ficou a cargo de Henrique Shiroma, ge-

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rente técnico da CommScope, e que falou sobre Soluções de Fibras Preparadas para o Futuro (40/100Gbps), exemplificado com o Case do Data Center da Ativas, em Minas Gerais.

Estrutura de qualidade A Anixter, uma das patrocinadoras do Datacenter Dynamics, levou diversas novidades para o evento, ressaltando a parceria com a CommScope. Entre os destaques estava o patch panel inteligente, um cabeamento que monitora toda a parte física do datacenter. “Ele monitora toda a instalação e indica se é possível fazer mudanças na estrutura no cabeamento. Nesse produto também podemos destacar os paines de distribuição

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Evento Datacenter Dynamics

Entre os produtos de empresas representadas pelo Anixter estavam as placas de piso elevado da Tate e os controles de acesso TZ Pretorian e TZ Centurion, que funcionam com travas especiais nas portas dos racks.

No estande da Anixter havia produtos de empresas que são representadas pelo grupo, com as placas de piso elevado da Tate, que serve para manter a ventilação dos datacenters. “Elas captam o ar condicionado do piso falso, fazendo chegar de forma mais eficiente nos racks”, afirmou. Outra novidade foi a solução da empresa TZ para controle de acesso no nível do rack. Batizados de TZ Pretorian e TZ Centurion, os sistemas funcionam com travas especiais nas portas dos racks. “As travas são conectadas via cabo de rede a um painel de acesso. A abertura das portas é feita somente com o crachá das pessoas autorizadas a estarem naquele local. Essa solução pode estar conectada ao sistema de câmeras. É uma solução interessante porque trabalha tanto o acesso ao datacenter como o rack”, explicou. O executivo lembrou também dos softwares de segurança como os da ISS e da Digifort, conforme destacou. “A Anixter procura ter algumas opções de fabricantes para poder ajudar na escolha do cliente com as melhores opções do mercado”.

Programas específicos para Datacenter

“A Anixter procura ter algumas opções de fabricantes para oferecer as melhores opções para os clientes”, explicou Luis Falguera, gerente de negócios e infraestrutura da empresa.

Para ajudar nossos clientes a obter o máximo de performance em seu Datacenter e para que possamos ajudá-los da maneira mais eficiente, a Anixter oferece o programa Datacenter HealthCheck. Esse programa foi lançado há quatro meses em nível mundial e funciona como um sistema completo e estruturado de análise de um datacenter, em que é aplicada uma pesquisa analisando todos os fatores críticos de um Datacenter. “Para isso utilizamos uma câmera térmica específica, que pode mostrar facilmente os problemas de aquecimento, fluxo de ar frio e quente, hot-spots e ajudar o cliente a aumentar a eficiência da gestão da temperatura de seu Datacenter e assim melhorar seu índice de eficiência energética”, explicou. Esta pesquisa e posterior diagnóstico podem ser solicitados por qualquer pessoa, independente de tamanho, complexidade e necessidade de seu datacenter - basta entrar em contato com nossa equipe e agendar. Também como parte dessa iniciativa, a empresa vem inovando com o Anixter University, um programa educacional implementado globalmente, focado na capacitação de profissionais do mercado. No Brasil, fazem parte do Anixter University: o Datacenter College, Security Systems College e Network Cabling College.

Missão crítica, o dia-a-dia do datacenter

Mark Breno, gerente de produtos e de desenvolvimento de negócios da Schneider, (à esq.) apresentou alguns dos produtos de segurança para datacenters: os produtos da Pelco e da Netbotz. de alta densidade, onde é possível colocar grande quantidade de pontos de fibra ótica num espaço reduzido”, explicou Luis Falguera, gerente de negócios e infraestrutura da Anixter.

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A Schneider Electric foi outra empresa que levou a sua expertise ao Datacenter Dynamics, com soluções para eficiência energética e produtos para missão crítica, como painéis elétricos, distribuição elétrica e segurança, tanto na parte interna quanto externa do datacenter. Mark Breno, gerente de produtos e de desenvolvimento de negócios da Schneider, disse que no que se refere a segurança do datacenter, existem duas linhas de produtos, da Pelco e da Netbotz. Conforme lembra Breno, a Pelco fornece câmeras, HDs e monitores de alta definição, destinadas à proteção de ambientes externos de controle de acesso ao datacenter. Para as áreas internas, os produtos são câmeras da Netbotz, equipamentos de menor resolução, usados para controlar cada rack. “Eles servem para promover o controle de acesso, fazendo com que apenas os funcionários daquele setor tenham acesso ao rack”, explica.

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Evento Datacenter Dynamics

Anixter lança programa educativo para especialistas

No DC In Motion, toda a equipe de Anixter se reúne durante dois dias, discutindo a implementação do plano e recebendo apresentações dos fabricantes que fazem parte do portfolio que foi desenvolvido para Datacenters.

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ensando no crescimento do mercado de Data Center, a Anixter está desenvolvendo na América Latina, desde 2010, um programa global para atender a essa demanda com seu portfolio. O ponto de partida tem sido o seu Datacenter Kickoff Meeting, que depois de México, América Central, Caribe, Colômbia e região Andina, aconteceu em São Paulo logo após o Data Center Dynamics. No evento, toda a equipe de Anixter se reúne durante dois dias, discutin-

do a implementação do plano e recebendo apresentações dos fabricantes que fazem parte do portfolio que foi desenvolvido para Datacenters. “O DC In Motion, como denominamos nossa iniciativa, por ser um mercado em constante evolução e movimento, tem como objetivo criar um time completo, com toda a cadeia de distribuição preparada e com o mesmo nível de conhecimento e comprometimento. Para isso, o processo acontece em três fases chamadas Internal Awareness, Partnership Development e Channel Development”, explica a Aline Swensson, gerente de marketing da Anixter. Na primeira etapa, os esforços são direcionados à capacitação de nossos profissionais em todas as soluções oferecidas, e para que o grupo esteja familiarizado com as necessidades do mercado de Datacenters, que possui necessidades especificas e uma abordagem mais completa quando falamos de soluções. Com o Partnership Development, a empresa busca capacitar o time interno, reforçando o compromisso com os principais parceiros para seu comprometimento com a execução de nosso plano. Isso também inclui o desenvolvimento de novas soluções, que são necessárias para atender a demanda do mercado de Datacenters. Na etapa voltada para os canais, a fase mais complexa e importante, a Anixter busca capacitar os canais e integradores a oferecerem nossa solução, como replicadores de nossa iniciativa. “Esse trabalho tem como objetivo tornar nossos parceiros cada vez mais preparados. Eles serão classificados em três diferentes níveis, de acordo com a quantidade de soluções Anixter em que estiverem preparados”, conta.

Boxfile: a arte de exercer autoridade A Boxfile, empresa especializada no projeto de ambientes seguros para operações civis e militares, mais uma vez participou do Datacenter Dynamics apresentando sua expertise no segmento de segurança. “O conceito de nossa empresa é arte de exercer a autoridade, que ajuda a obter sucesso nos empreendimentos, sejam eles civis ou militares. Esse conceito é muito comum em salas de controle, mesa de operações bancárias e também nos datacenters”, apontou o engenheiro Alexandre Sughihara, da Boxfile. Segundo ele, num ambiente de comando e controle, o datacenter é essencial para a proteção de informações. “A Boxfile projeta a parte de segurança física, com foco na proteção contra fogo, água, gases e intrusão e isolamento acústico. Nós atuamos tanto na execução do projeto, gerenciamento ou na implementação de algumas das disciplinas”, afirmou. Toda a solução de segurança física é produzida pela empresa, desde sala cofre, sala segura e divisão corta fogo. “Se o cliente exigir que nós fiquemos a frente do projeto,

A arte de exercer a autoridade: esse é o conceito que está por trás de todo o trabalho desenvolvido pela Boxfile, de acordo com o engenheiro Alexandre Sughihara nós contratamos um integrador ou fabricantes para fazer o trabalho”, finalizou.

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Entrevista Marcos Matias

Pronto para Atuando como executivo da Schneider Electric há quinze anos, Marcos Matias ocupa há pouco mais de três meses a vice-presidência da Unidade de Negócios Buildings da América Latina. Entre os principais desafios de seu novo cargo, estão o desenvolvimento dos negócios de BMS (Buildings Management System) e do segmento de Segurança Eletrônica. Nesta entrevista exclusiva à revista Digital Security, Matias fala sobre as principais novidades do mercado de segurança para a Schneider Electric, cita exemplos bem sucedidos de Segurança nas cidades e afirma que, com alguns ajustes, o Brasil estará totalmente preparado para sediar os grandes eventos.

Por Eduardo Boni

Revista Digital Security: Quais os grandes eventos

de segurança que a Schneider participa? Marcos Matias: A Schneider Electric está presente nas feiras, pois é a oportunidade para demonstrar novas tecnologias, consolidar negociações, além de gerar novas perspectivas de negócios. A principal estratégia foi a integração das soluções voltadas para automação e segurança predial. Outros eventos em que a nossa empresa está presente são as edições da Expo Seguridad, que já aconteceram na Argentina, México e Colômbia. Os encontros da ISC também são importantíssimos para nós. Eu considero a edição brasileira um dos grandes eventos mundiais que a Schneider Electric participa, por causa da alta qualidade técnica dos profissionais envolvidos. A Schneider Electric esteve presente neste evento mostrando todas as soluções da Pelco, inclusive para Data Center, como também uma Ilha de Soluções, onde os nossos parceiros puderam mostrar alguns dos produtos da Schneider Electric aplicados em suas próprias soluções. Foram oito empresas parceiras demonstrando soluções de monitoramento de cidades, aplicações em plataformas de óleo e gás, toda a parte de controle de acesso presente em alguns green buildings, automação residencial para melhorar o conforto dentro das casas. Sem falar da ISC Las Vegas e da ASIS, que foram uma das últimas das quais participamos. Revista Digital Security: Como pode ser definido o conceito de segurança no ponto de vista da Schneider Electric? Marcos Matias: Algo importante de se dizer é que a Schneider Electric não se restringe ao conceito de Segurança. Ela é parte do item integrado no sistema. Além dela, há toda uma parte de

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Matias: O executivo da Schneider afirma que para o mercado de Security vai manter o foco no canal de distribuição, sempre com os melhores produtos, além de oferecer aos clientes a garantia de uma empresa que está no Brasil há mais de sessenta anos.

conforto do usuário como também o gerenciamento do custo da instalação. Com tudo isso, temos uma preocupação maior, que diz respeito ao meio ambiente e ao bem estar do planeta, reduzindo consumo de energia, os insumos e, assim, diminuir o custo das operações. Revista Digital Security: Explique isso melhor...

Marcos Matias: A segurança é uma perda enorme de custo para o usuário. Para isso, basta medirmos a importância de se fazer o monitoramento, seja ele de instalação ou de processos para verificar os possíveis erros. Isso também se reflete em oferecer tranquilidade ao consumidor. Posso dar um exemplo do Puerto Vallarta, no México. Foi um monitoramento de cidades em que os produtos usados tinham especificação técnica robusta o suficiente para garantir tranquilidade e oferecer segurança aos visitantes desta cidade turística. O prefeito dessa cidade atentou para o fato de que o turismo por lá estava decaindo. A partir daí, fez um projeto muito interessante de aplicação das câmeras em locais discretos - para evitar vandalismo – e também em pontos de emergência, em que as câmeras buscam as ocorrências e as pessoas podem acionar as centrais necessárias. O aumento da segurança foi significativo.

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Entrevista

“Segurança é a ponta do iceberg. Ele é o principal item que salta aos nossos olhos. Mas junto com ela, vem muitas questões embutidas – principalmente relacionadas às pessoas. É a primeira vez que vejo o mundo acreditando na América Latina e no Brasil. E nós temos condições de oferecer toda a integração do sistema de segurança

Revista Digital Security: Quais as novidades em

termos de produtos que a Schneider Electric está colocando no mercado? Marcos Matias: A lista é extensa. Destacamos as câmeras IP com imagens em alta definição. Há ainda câmeras específicas dome anti-vandalismo, voltadas para o monitoramento das cidades. Na mesma linha temos o lançamento da câmera térmica IP Sarix com sistema Surevision, o qual, além de permitir visão no escuro, consegue distinguir quantidade de luz de um foco específico, equalizando a imagem. Estas câmeras podem ser aplicadas em estacionamentos, com baixa incidência ou ausência de luz, bem como em edifícios, onde a claridade das entradas faz com que se perca a qualidade de imagem, pois o sistema Surevision compensa essa perda, oferecendo uma imagem com alta qualidade. Além deste lançamento, temos a linha de gravadores para imagens híbridas. Essa é uma tendência que eu vejo, juntamente com gravadores que sejam capazes de trabalhar com multi sites. A nossa empresa têm filiais em quase todos os países da América Latina e precisamos disponibilizar a visualização do site em vários idiomas. Esse serviço passa também pela melhoria da banda de internet. Esse é o futuro e nós estamos nos preparando para eles.

Revista Digital Security: De que outra maneira vocês se preparam para chegar aos clientes? Marcos Matias: Nós continuamos promovendo road shows da Pelco por todo o país. É uma política comum em todos os países onde a Schneider Electric está presente. Nesses encontros, nós levamos não apenas os novos produtos de segurança eletrônica – mas aliamos também a integração deles. Esse é o grande diferencial. Para fazer isso, é preciso trabalhar em conjunto com as plataformas de segurança, ar condicionado, de controle de acesso ou do fire alarm. Isso é possível graças ao sistema EcoStruxure, desenvolvido pela Schneider Electric, em que unimos todos esses dispositivos e colocamos numa única plataforma. Essa é a nossa expertise. Nós promovemos a participação da Schneider Electric em diversos eventos para apresentar aos clientes não só a linha da Pelco, que é uma marca reconhecida no setor de segurança, mas também os produtos e soluções inovadoras da Schneider Electric. Mostrar que o cliente pode ter a sua disposição toda a nossa gama de produtos. Revista Digital Security: Como funciona o sistema

EcoStruxure ? Marcos Matias: À medida em que a comunidade global se une para corrigir os erros em relação à emissão de CO2 dos últimos 50 anos,

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Entrevista Marcos Matias

Em 2007, a Schneider adquiriu a Pelco, o que representou a entrada efetiva da empresa no segmento de Security. Com essa aquisição foi criada a unidade de negócios chamada Buildings, que tem ofertas nos setores de automação predial, controle de acesso e de CFTV.

não resta dúvida que precisamos de novas soluções, uma nova mentalidade e novas empresas que nos conduzam a um mundo em que realmente se possa fazer muito mais e consumir menos. O próximo passo em eficiência energética é a criação de várias e complexas soluções ao desafio energético. Na maioria dos casos, estas soluções dependem de uma colaboração mais estreita e eficiente entre gerentes de instalações e prédios, gerentes de TI, supervisores de fábrica e engenheiros de fábrica. Uma real compreensão do gerenciamento de energia revela que a eficiência no nível do componente é apenas um primeiro passo. Os componentes de eficiência energética são hoje o preço do ingresso para o jogo e não o que vai mudar o jogo. Como resposta aos atuais desafios temos o EcoStruxure, uma abordagem para criação de sistemas de gerenciamento de energia inteligente. Com essa solução é possível ver, medir e gerenciar o uso da energia na empresa toda, com compatibilidade garantida entre o gerenciamento de energia, TI, processos e máquinas, controle do prédio e segurança. Estas soluções destacam três princípios fundamentais: simplicidade, transparência e economia. Isso significa compatibilidade entre todos os seus sistemas e interfaces intuitivas baseadas na Web, para controle onde quer que você

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esteja. Transparência significa que sua energia pode ser visualizada, rastreada e contabilizada por você, conforme necessário, além de economia, que pode ser gerada através de soluções modulares, instalação simplificada e verificação de vídeo que reduz a necessidade de vigilância física. Com a arquitetura EcoStruxure, é possível economizar até 30% em despesas de capital e operacionais na empresa toda. Revista Digital Security: De que outra maneira vocês atuarão junto aos consumidores brasileiros? Marcos Matias: O mercado de segurança traz, na maioria das vezes, material importado. São distribuidores que buscam esse material e colocam no mercado brasileiro. Agora, nós vamos continuar trabalhando os canais de distribuição, mas com a marca de uma empresa que está no Brasil há quase 65 anos. Essa vai ser uma grande transformação que nós vamos aplicar no segmento de Security da Schneider Electric. Com isso, ao adquirir uma câmera, o usuário terá a sua disposição toda a base da Schneider Electric no que diz respeito à qualidade, assistência técnica, garantia e o tipo de aplicação de cada um desses equipamentos?

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Entrevista Marcos Matias Revista Digital Security: Em que tipo de aplicações de segurança eletrônica a Schneider Electric está presente? Marcos Matias: A Pelco é uma empresa que tem muito tempo de mercado e está presente em vários segmentos, como aeroportos e rodovias. Inclusive, os sistemas de segurança para Praças de Pedágios é um nicho que tem crescido muito por conta do alto risco de assaltos nesses lugares. Existem ainda outros projetos, que são elaborados especificamente para grandes empresas do setor de óleo e gás, mineração, além de clientes do mercado de infraestrutura. Revista Digital Security: Como você enxerga o mer-

cado de segurança eletrônica no Brasil e na América Latina? Marcos Matias: Quando comparamos com outras localidades da América Latina, percebemos que o Brasil é um país que tem um potencial de crescimento extraordinário. Se olharmos o volume de investimentos que foram feitos no parque de câmeras – sejam digitais ou analógicas – ainda há um espaço enorme para crescer, porque muitas cidades ainda não contam com o monitoramento de câmeras. Locais com mais recursos, como São José dos Campos e Catanduva – para ficar em dois exemplos – estão cada vez mais preocupadas em garantir a segurança de seus cidadãos. Por esse cenário, dá para ver o tamanho do mercado. O Brasil ainda é um país carente em termos de segurança, sobretudo se levarmos em conta o fato de que estamos nos preparando para sediar grandes eventos esportivos. Por causa disso, o foco deve ser direcionado em segurança eletrônica, com um trabalho muito forte nesse sentido. Quando comparamos as condições de segurança no Brasil com outros países do mundo – sobretudo Estados Unidos e países europeus, é nítido que nos falta estrutura. Ao mesmo tempo, há um viés positivo, uma vez que um enorme mercado está aberto e há muito a ser feito. Em termos de segurança, o 11 de setembro funcionou como um divisor de águas. A partir dele, houve uma demanda por tecnologia, com aumento no número de funções e na qualidade dos equipamentos que até então não existia. Isso nos obrigou a investir em desenvolvimento e, nesse sentido, a Pelco foi das que mais investiu, inclusive com monitoramento online da reconstrução do que hoje é o Memorial do 11 de Setembro. O que posso dizer que só temos a crescer e a América Latina como um todo representa um grande potencial de investimento. Revista Digital Security: Para os eventos de Copa

do Mundo e Olimpíadas, de que forma vocês estão investindo? Marcos Matias: Recentemente nós realizamos um evento voltado para soluções em estádios chamado Infra 2014. Quando se pens em estádio, imaginamos os tais estádios verdes. A Schneider Electric dispõe dessa solução que converte energia solar em energia CA. Além disso, a distribuição elétrica dentro das normas de segurança, respeitando a NR-10, que estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidasde controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, atuem em instalações elétricas. Depois disso, vem a questão do monitoramento dos acessos e da tecnologia envolvida nas grandes arenas. Isso pode ser resumido a uma palavra: integração. No que diz respeito ao en-

“Em termos de segurança, o 11 de setembro funcionou como um divisor de águas. A partir dele, houve uma demanda por tecnologia, com aumento no número de funções e na qualidade dos equipamentos que até então não existia. Nesse contexto, a Pelco foi uma das empresas que mais investiu, inclusive com o monitoramento do Memorial do 11 de setembro

torno dessas mega construções, penso que ele representa umpotencial de trabalho muito maior do que a arena em si, já que tudo envolve segurança, seja nos portos, aeroportos, hotéis, hospitais e transporte público. Eu penso que o que foi realizado em Barcelona terá que ser feito aqui, mas é preciso que o Brasil acorde para essa realidade. Revista Digital Security: Como você avalia a atuação do Brasil quando se fala em grandes eventos? Marcos Matias: Eu acho que nós estamos evoluindo porque estamos melhorando em termos de qualidade. Sempre é possível investir mais e nós, enquanto usuários, queremos sempre mais. É aí que está o papel da empresa em apoiar o governo no que diz respeito a oferecer as melhores soluções e nos equipararmos às cidades mais evoluídas do mundo. Nós temos grandes empresas aqui mesmo no Brasil que podem fazer esse trabalho com qualidade, fornecendo o que têm de melhor. Em minha opinião, até a Copa do Mundo, os estádios estarão terminados e com um entorno bem planejado. Para a Olimpíada, os projetos serão ainda melhores. Creio que até a Copa será uma escola e, depois disso podemos esperar um Rio de Janeiro muito diferente. A Schneider Electric está muito preocupada em captar essas oportunidades no momento mais propício e num timing exato. Nós temos uma equipe especialmente destacada para esse objetivo.

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Segurança em Edição brasileira do Rock in Rio tem megainfraestrutura e contou com a participação da Prosegur, que levou masi de 500 profissionais para garantir a segurança do público nos dias do evento. Entre os destaques, um carro forte equipado, que foi equipado com 32 câmeras Bosch fez o monitoramento do público. Por Eduardo Boni

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uando soaram os últimos acordes do Rock in Rio, o público se despediu de dois finais de semana em que a música e a atitude sustentável por um mundo melhor deram os tons na cidade do Rio de Janeiro. Mas, o festival representou muito mais do que diversão. Para quem está prestes a entrar numa maratona de grandes eventos, que teve seu pontapé inicial exatamente na Cidade do Rock, os shows e a multidão foram uma excelente oportunidade de testar o nível de segurança daquilo que, daqui por diante, será o métier dos organizadores brasileiros. Para garantir que toda essa movimentação servisse apenas como a mais pura diversão, um sofisticado aparato de segurança foi montado – a cargo da Prosegur, empresa que já havia participado de outras edições do evento nos anos de 2006, 2008 e 2010 em Lisboa, e na edição de 2010, em Madri. Além disso, o grupo tem experiência também na segurança de times de futebol em Portugal e uma forte atuação na UEFA. O número de profissionais envolvidos na segurança do Rock in Rio foi de mais de 500 pessoas entre homens e mulheres - e todos eles passaram por período de treinamento,

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voltado especificamente para grandes eventos, com a realização de simulações desenvolvidas pela Prosegur e também pela produção do evento. Os parâmetros traçados pela organização do festival para garantir a segurança do público foram típicos dos grandes eventos, com boas doses de cautela, concentração e inteligência. Além da vigilância interna dividida por setores e subsetores dentro da Cidade do Rock, a Prosegur trabalhou sempre na integração entre os meios físicos, tecnológicos e humanos para minimizar de forma efetiva os conflitos. A Polícia Militar foi a responsável por fazer o policiamento do lado de fora da arena. Vale destacar que toda a vigilância do Rock in Rio, por parte da Prosegur, foi feita sem armamento, entretanto a companhia atuou em parceria com a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que foi acionada sempre que necessário. A equipe de profissionais da Prosegur – 448 vigilantes, 10 coordenadores, dois gerentes de operação, além de outras 15 pessoas na estrutura de Backoffice -, estava treinada para eventuais conflitos que possam ocorrer em eventos de grandes dimensões como o Rock in Rio. “Os profissionais da Prosegur tem o aprimoramento profis-

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A central de monitoramento funcionava dentro de um carro forte da Prosegur, equipado com 12 monitores, computadores, rádios e vários servidores para gravação e armazenamento

No detalhe, a Central de Segurança montada em parceria da Prosegur com a Bosch. Lá dentro eram geradas as imagens captadas pelas 32 câmeras espalhadas por todo o festival.

sional como algo constante, mas a equipe que atuou no Rock in Rio passou por um rígido treinamento, voltado especificamente para grandes eventos, com a realização de simulações desenvolvidas pela Prosegur e também pela produção do festival”, explica José Luis Rodrigues, diretor de vigilância ativa da Prosegur, que participou das outras edições do festival. Nesse caso, foi elaborado um plano de emergência e evacuação da cidade do Rock, em que os vigilantes, sob o comando de seus coordenadores de áreas, estavam aptos a abrir as saídas de emergência, isolar o local de conflito e orientar a dispersão das pessoas de forma calma e ordenada. Para distúrbios no ambiente externo, com a integração das Forças de Segurança Pública, os profissionais da Prosegur foram acionados pelo Centro de

Comando Integrado para atuação e contenção do conflito. “No caso de detenção de alguma pessoa por mau comportamento ou em situações ilícitas, será acionado o Centro de Comando Integrado e, dependendo do caso, a força policial, que encaminhava o infrator ao Ministério Público”.

O acesso Para controlar a entrada do público, foram instaladas três barreiras de controle de acesso, fator fundamental e estratégico à segurança de um evento desse tipo. Nessas barreiras era feita a revista das pessoas e a checagem da autenticidade dos ingressos. Além disso, outras 10 áreas contaram com o contingente da Prosegur, composto por vigilantes, líderes e coordenado-

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Grupos de apoio da Prosegur estavam espalhados em toda a área. Além disso, foram instalados sete postos de observação nas partes altas e em pontos estratégicos da Cidade do Rock

res de segurança. Para completar, foram instalados sete postos de observação nas partes altas e em pontos estratégicos da Cidade do Rock. Conforme lembra o executivo, os procedimentos de segurança são diferentes no Brasil e nos outros países onde já foi realizado o festival. “O problema de segurança no Brasil é muito maior do que nos países como Portugal e Espanha. No entanto, vemos a preocupação crescente das autoridades com relação a esse aspecto. Acreditamos que os índices de criminalidade tendem a baixar rapidamente por causa das oportunidades crescentes que o Brasil vem conseguindo no cenário mundial, e com o crescimento da economia de forma ordenada”, ressaltou.

Segurança reforçada No segundo final de semana de shows na Cidade do Rock, a organização do festival aumentou em 30% o efetivo de segurança presente no evento, apesar do irrisório número de ocorrências. De acordo com a organização do Rock in Rio, o motivo desse reajuste foi garantir a sensação de segurança no evento e diminuir as ocorrências de pequenos furtos — uma vez que foram registradas 573 ocorrências dentro da Cidade do Rock, ou seja, 0,2% na massa de 300 mil pessoas que foram ao evento naquele fim de semana. De acordo com o diretor do Departamento de Operações e subchefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, trata-se de um índice insignificante perto da dimensão do festival. Para ele, o número real de pequenos furtos pode ser ainda menor do que o apresentado (número de ocorrências relatadas e registradas), já que muitas pessoas que perdem seus pertences acabavam registrando inadequadamente como furto. “Depois do evento, cerca de 600 itens estão à disposição do público na sessão de Achados e Perdidos do evento. O número é pequeno quando analisamos o tamanho do evento. Outro fator muito importante é que não houve registros de furtos seguidos de violência”, concluiu o Diretor do Departamento de Operações e subchefe da Policia Civil. Por conta dos muitos casos de documentos perdidos, o site oficial do Rock in Rio disponibiliza a lista de todos os documentos que foram encontrados na Cidade do Rock.

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Mix de tecnologia Não bastasse o batalhão de pessoas encarregadas de manter a ordem no Rock in Rio, a equipe técnica da Prosegur que cuidou do assunto tinha à disposição um enorme aparato de segurança. Todo o monitoramento do público foi realizado pela Central Avançada de Segurança, o Case, que foi criada para a corrida Lisboa-Dakar, pela Prosegur Portugal. A Prosegur Brasil desenvolveu um modelo similar, com um aparato tecnológico maior do que a versão portuguesa, pensando na atuação em grandes eventos. Na versão brasileira, o maior diferencial foi a combinação de mobilidade e tecnologia – aliada a um design único: um carro forte fez todo o trabalho de monitoramento. No lado de dentro desta central, equipamentos modernos estavam à disposição da equipe da Prosegur. E isso inclui 12 monitores, três joysticks, quatro computadores, dois rádios e vários servidores para gravação e armazenamento das imagens. Além

“Os profissionais da Prosegur passam por aprimoramento profissional constante, mas a equipe que atuou no Rock in Rio passou por um rígido treinamento, voltado especificamente para grandes eventos, com a realização de simulações desenvolvidas pela Prosegur e também pela produção do festival”, explica José Luis Rodrigues, diretor de vigilância ativa da Prosegur

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Parceria aposta em tecnologia e design

Foram instaladas 32 câmeras de monitoramento em toda a Cidade do Rock, como os modelos PTZ MIC 400 e MIC 500 e a Auto Dome Série 200, que usa velocidades super rápidas de pan e tilt 360 °, além de zoom proporcional

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ara monitorar todo o festival a Bosch fez um mix de controles, que incluíam diversos tipos de câmeras. “Combinamos modelos fixos, com Dome e high speed PTZ com iluminador até 60 metros, as câmeras PTZ séries 400 e 500, além de câmeras térmicas posicionadas estrategicamente em alguns locais”, explica Meneses. A PTZ MICTérmica 400 possui dupla modalidade de captura - térmica e convencional e permite a captura termal de pessoas de acordo com a temperatura (iluminação de pontos frios ou quentes de indivíduos em uma cena), até uma distância de mais de 780 metros. A série 500 permite uma captura convencional para vigilância em quatro níveis: detecção, classificação, reconhecimento e identificação de um indivíduo. “Esse equipamento permite a visualização de imagens com extrema nitidez, independentemente da condição de luminosidade”, explicou. Para captar as imagens externas, foram utilizadas as câmeras dome da Série 200, que faz giros super-rápidos de 360º pan e tilt e tem funções como AutoScaling (zoom proporcional) e AutoPivot (que roda automaticamente e movimenta a câmera) Um dos destaques da central foi o sistema de análise inteligente de vídeo – o IVA (Intelligent Video Analysis), integrado em parte das câmeras e que se baseia em metadados. “Dessa forma, o sistema detecta automaticamente situações suspeitas e notifica as equipes de segurança, auxiliando o trabalho dos operadores da central de monitoramento”, completou. Ao todo, foram instaladas 32 câmeras de monitoramento em toda a cidade do rock. Também foram utilizados 100 detectores de metal manuais e 110 rádios comunicadores para reforçar a operação. Essa parceria permitiu uma tomada de decisão mais rápida e efetiva por parte da equipe de segurança do evento. A organização do evento atuou também na segurança dos lojistas. Por isso, a Prosegur destacou um efetivo independente para a segurança dos estabelecimentos localizados na Cidade do Rock. A companhia forneceu aos lojistas interessa-

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dos o serviço Caixa Fácil Prosegur – um cofre de acesso externo inteligente e inviolável, dotado com a segurança mais avançada do mercado. No total, três unidades do Caixa Fácil Prosegur foram instaladas nos postos de observação para facilitar o acesso. O lojista podia depositar – em envelopes previamente identificados – os valores ao longo do evento quantas vezes fosse preciso. Em relação aos megaeventos, o executivo adiantou que em breve será feita uma reunião para ver erros e acertos para continuar a parceria. “A discussão vai priorizar o que pode ser melhorado nesse processo todo. Uma coisa é falar em gerência de megaeventos, outra é trabalhar de fato com eles. Mas eu acho que tanto a Prosegur quanto a Bosch estão de parabéns pelos resultados alcançados”, contabiliza. E comemora: “Era nosso objetivo disponibilizar toda a tecnologia, e também entender como funciona um grande evento e oferecer todo o suporte. Posso dizer que tivemos um grande sucesso em nossos propósitos. O aprendizado por trás de tudo isso é que foi o melhor dessa experiência”, ressalta Meneses.

Segurança total garantida com o monitoramento de 32 câmeras, 100 detectores de metal manuais e 110 rádios comunicadores para reforçar a operação

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Marcos Meneses: “Disponibilizamos toda a tecnologia e suporte. Além disso, aprendemos como funciona um grande evento. Posso dizer que tivemos um grande sucesso em nossos propósitos”. dos equipamentos para monitoramento, havia ainda um sistema de no-break e geração autônoma para garantir seu funcionamento ininterrupto mesmo na ausência total de energia – o que não chegou a ocorrer.

Para garantir que nada saísse errado e a segurança do público fosse garantida, a Prosegur também contou com a parceria da Bosch durante o Rock in Rio. A Central de Controle estava equipada com o software Bosch Video Management System (BVMS), que gerenciou todos os sistemas de áudio e video digital, além de todos os dados de segurança transmitidos por meio de uma rede IP. A empresa vem fortalecendo cada vez mais a sua participação em grandes eventos, como os Jogos Militares, para onde levou uma tecnologia de intrusão e detecção de incêndio. A estratégia da empresa é participar dos todos os megaeventos que acontecerão no Brasil nos próximos anos. Conforme lembra o diretor de marketing da Bosch, Marcos Meneses, o convite para a participação no Rock in Rio veio através da Prosegur. “Nós queremos ser a tecnologia utilizada nesses megaeventos. No caso do Rock in Rio, tivemos a oportunidade de desenvolver a plataforma de videomonitoramento e foi um case de grande sucesso”, diz. Meneses lembra que houve envolvimento total das empresas que fizeram a instalação de segurança e, apesar do prazo curto, tudo deu certo, graças à divisão correta de tarefas que cada uma das empresas faria no evento. “Houve um grande envolvimento do organizador, da Prosegur e da Bosch em todo o processo de instalação e configuração do sistema. Oferecemos à Prosegur todo o apoio técnico e nossos funcionários estavam sempre a postos para fazer o tunnig do sistema. O prazo de instalação é muito curto e nada podia sair errado”, conta.

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Vigilância em Com o objetivo de garantir a agilidade nos processos de carga e descarga de contêineres, a Transbrasa, localizada em Santos, investe em equipamentos de segurança e moderniza suas instalações. Por Eduardo Boni

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undada em 1974, a Transbrasa iniciou suas atividades no Transporte Rodoviário de cargas, e depois expandiu os seus serviços para diversas outras áreas, como o de carga e descarga de contêineres. Ao chegar na sede da empresa, a imagem é marcante: ao longo de 53mil m² de área pavimentada estão milhares de contêineres que traçam “ruas” em todo o terreno. Dentro deles há vários tipos de mercadorias. Além disso, o espaço é cercado por 11 armazéns, que são destinados a cargas soltas, e especialmente projetados para guardar produtos químicos, gêneros alimentícios, farmacêuticos, hospitalares e especiais. “São movimentados cerca de 4500 contêineres TEUS, que equivalem a 20 pés, por mês em nossa empresa”, contabiliza o gerente de Tecnologia da Informação do grupo, Wagner Pereira. Em 2008, com o objetivo de atender a uma necessidade de mercado e também à portaria 969 da Receita Federal, que estipula procedimentos de segurança no acesso de veículos de

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“Temos um grande aparato tecnológico, pois movimentamos 4500 conteineres por mês e a tecnoloiga wireless ajuda muito”, explica o gerente de tecnologia Wagner Pereira

carga, movimentação de carga na área alfandegada e circulação de pessoas na empresa, a Transbrasa passou por modificações em sua estrutura. “Quando surgiu essa necessidade, fizemos

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Reportagem ROTA DAS BANDEIRAS

A entrada e a saída dos caminhões são fiscalizadas por câmeras Speed Dome posicionadas em locais estratégicos e pela equipe de segurança da Transbrasa

um levantamento junto às empresas de segurança, com know how e com instalação fixa em Santos, para que pudéssemos negociar os melhores custos e prazos”, explicou. De acordo com o engenheiro, a primeira opção era monitoramento de imagens e armazenamento. Mas, por sugestão de um dos parceiros de negócios, o grupo se voltou para a utilização de câmeras wireless. “Percebemos que o nível de segurança implementado na solução wireless era muito maior do que naqueles com cabeamento estruturado, porque não há o inconveniente dos fios e a possibilidade do acesso à informação é mais difícil”. Ele reforçou que o protocolo WPA de 128 bits atende perfeitamente as necessidades do grupo – e se for preciso, essa configuração pode ser estendida. “Ela nos deu um ganho muito maior do que o cabeamento. Dessa forma, evitamos a invasão do meio físico e a criptografia nos deu segurança maior em relação à proteção das informações”, frisou.

Projeto feito para durar Para realizar o projeto todo, a Transbrasa contou com o apoio de quatro parceiros, que estiveram envolvidos com mão de obra e prestação de serviço com engenharia. “A D-Link nos forneceu os sistemas de rádio foi a D-Link e a parte de telecomunicação foi feita pela Raicon. O início do projeto foi feito com a Honeywell, que fornece os nossos coletores de dados. A solução é toda integrada, em que os coletores falam com os rádios e estão funcionando muito bem”, elogia.

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O sistema antiincêndio conta com extintores espalhados por todo o perímetro do terreno, e também nos armazéns e áreas críticas, como pontos de alta voltagem

Além dos contêineres empilhados no terreno, as cargas mais sensíveis ficam em 11 armazéns especialmente projetados para guardar produtos químicos, gêneros alimentícios, farmacêuticos, hospitalares e especiais.

O projeto inicial de monitoramento de cargas era composto por 38 câmeras, sendo três delas Speed Dome, que estavam posicionadas em locais estratégicos como as áreas de entrada e manuseio de carga. “Escolhemos esses locais porque são aqueles onde a possibilidade de ocorrência de roubo ou desvio de mercadoria era maior. Com elas, o segurança pode acompanhar com atenção tudo o que acontece no setor de armazenagem”. Com o passar do tempo, o número de câmeras aumentou e hoje, a estrutura de segurança da Transbrasa é muito maior. No entorno da empresa estão instaladas 35 câmeras night and day DCS-3420, além de outras cinco modelos DSC-6620 peed Dome com Zoom, 15 coletores de dados Honeywell, 20 rádios DWL 7700 AP, que mandam o sinal para as câmeras e coletores, 47 antenas Aquário, 18 antenas de replicação WDS, que fazem o enlace da rede, além de 10 switches com porta gigabit, que trabalham em fibra ótica. “Para nós isso é importante, porque trafegamos muitas imagens e dados precisávamos de boa performance. Para isso fizemos o enlaces wireless para poder ter o sinal da rede coletora. Mas a transferência desses dados até os servidores é feito via fibra ótica e, em algumas partes, par trançado”, detalha. O engenheiro lembrou que o core de produtos é D-Link, tanto na parte de telecomunicação como de monitoramento de imagem. E explicou a opção pela empresa. “A modernidade tecnológica envolvida no projeto, com câmeras wireless e possibilidade de escalabilidade, além da diminuição dos custos de manutenção foi decisivo para que escolhêssemos os produtos da empresa e de seus parceiros no projeto”. Entre esses parceiros estão a Raycon Telecom, que teve que lidar com todas as intempéries como umidade e a incidência de raios. “Fizemos o projeto com uma rede de aterramento exclusiva para a parte de telecomunicação, que evita ao máximo a troca de equipamentos por dano”, enfatiza. Para melhorar ainda mais o trabalho dentro da empresa, alguns procedimentos de ampliação estão sendo discutidos, no que diz respeito à comunicação, câmeras e armazenamento. “A ideia é chegar até 62 câmeras para fechar o perímetro conforme o projeto de segurança, aumentar o número de coletores para 25 unidades até 2013, além de aumento de capacidade dos nossos dois storages. “Nós estamos negociando com a D-Link uma solução de storage que permita gravar até 24 teras, com processo de reciclagem via software”. Isso elimina a necessidade de fazer rodízio”.

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Monitoramento integral e cuidados especiais

As imagens capturadas pelas câmeras vão para a central de monitoramento e são visualizadas em dois monitores. Em destaque, o storage da D-Link.

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Uma das características mais marcantes de Transbrasa é a movimentação de carga, já que as pilhas de contêineres estão por toda a parte e são transferidas de um lugar para outro a todo o momento. “Essa pilhas formam áreas de sombra e foi um grande trabalho de engenharia fazer um projeto que nos permitisse ter sinal em todos os lugares. Essa foi, sem dúvida, a nossa maior dificuldade no projeto”, recorda. Para controlar todas as câmeras que estão espalhadas pela empresa, há uma sala de monitoramento protegida e com acesso restrito, em que até mesmo integrantes da empresa só entram mediante solicitação prévia. Dentro dela ficam guardados todos servidores de imagens, que são administrados por uma empresa terceirizada. “Toda a carga que entra tem sua imagem registrada e enviada para a central”, afirmou.

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Os contêineres são empilhados numa área de 45 mil metros quadrados, que é vigiado 24 horas por dia. No detalhe, o funcionário Paulo Vilar com um dos coletores Honeywell que são utilizados na Transbrasa. O acesso à empresa também passa por controles de segurança. Os visitantes são identificados na entrada e recebem um cartão de dados, com o qual entram na empresa. Para os funcionários do grupo, o controle de acesso é feito por biometria. “Todas essas soluções estão integradas ao sistema principal de segurança”, explicou. As imagens que são captadas nas câmeras vão para a central de monitoramento, além de ficarem armazenadas nos storages por um período de 90 dias, que é o prazo que a alfândega solicita por lei, mas a Transbrasa guarda as imagens por até seis meses. “Essa iniciativa é importante porque, além de oferecer segurança ao serviço que prestamos, a recuperação de imagens serve como respaldo para questões relacionadas a seguro, quando existe alguma reclamação dos clientes”, finaliza. A Transbrasa conta com uma área de Segurança do Trabalho, que avalia todas as possibilidades de risco. Além disso, o grupo conta com uma Brigada de Incêndio, que realiza treinamentos periódicos. A segurança antiincêndio é garantida por extintores espalhados por todo o perímetro do terreno e também nos armazéns. “Os tipo de extintor varia de acordo com as cargas que estão armazenadas. Além disso, há equipamentos próximos a áreas críticas, como pontos de alta voltagem”, explica. O engenheiro lembra que são feitas revisões periódicas nos equipamentos e há reservas de água para o caso de incêndio. “Para garantir a segurança dos funcionários, todos os turnos contam com integrantes da Brigada em pontos estratégicos, que conhecem todas as rotas de fuga. É uma atividade necessária quando se trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana”, finaliza.

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Sem áreas de sombra: as antenas garantem a comunicação mesmo em meio a corredores de contêineres.

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Planejamento Considerada a Veneza brasileira, a cidade de Recife recebe maior projeto de monitoramento urbano do país para combater a violência e soma números positivos Da redação

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ensolarada Recife é uma das mais belas cidades brasileiras e a Região Metropolitana, a quarta maior rede urbana do Brasil em população, segundo estudo publicado em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente na capital pernambucana, vivem mais de 1,5 milhão de pessoas, que recebem a visita de milhares de turistas de janeiro a janeiro, atraídos pela beleza das praias, pelos pontos históricos e pelas festas populares. A maior delas, o Carnaval, atraiu 800 mil turistas no ano passado. Como acontece com toda metrópole, os índices de violência também são altos e mudar esse cenário foi um dos maiores desafios do governo. Segundo a pesquisa “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros”, do Instituto Sangari, baseada em dados oficiais de 2007 (Datasus e IBGE), os números falam por si: 61,2 homicídios por 100 mil habitantes, à frente de Vitória (56,3), Maceió (52,3) e Belém (41,2). Essa situação começou a mudar a partir de 2007. A solução veio em meados de 2007, quando o Governo

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Foram adquiridas 187 câmeras Axis que fazem o monitoramento das áreas mais críticas, como bairros da região central e da Zona Sul da cidade

do Estado de Pernambuco decidiu criar um sistema de videomonitoramento no Centro do Recife, onde há uma grande concentração populacional. Naquele mesmo ano, teve início a instalação das primeiras 50 câmeras.

O projeto Diante dos bons resultados iniciais, o governo estadual decidiu investir no projeto. A Secretaria de Defesa Social realizou

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um estudo para identificar as áreas mais perigosas e definiu que, além de novos pontos nos onze bairros da região central do Recife, o sistema também alcançaria mais três bairros da Zona Sul, onde fica a praia de Boa Viagem. Foram adquiridas 187 câmeras Axis, fabricante líder mundial em câmeras de rede, sendo 150 câmeras para os bairros centrais e 37 para a Zona Sul. O projeto incluiu ainda a aquisição de cerca de 30 rádios digitais para ajudar na transferência das imagens até a Central de Monitoramento do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods), onde 20 estações de trabalho funcionam 24h por dia, sete dias por semana. A solução conta com uma rede de fibra óptica monomodo. Todo o projeto foi viabilizado pelo integrador local Avantia, que oferece soluções integradas em tecnologia e engenharia, em parceria com a Axis. No final de 2009, os novos equipamentos já estavam instalados, e o sistema foi inaugurado com um total de 237 câmeras, tornando-se o maior do gênero em operação no Brasil. O primeiro grande teste do projeto aconteceria poucas semanas depois, no monitoramento de milhares de foliões durante o Carnaval de 2010.

Resultados positivos Os resultados obtidos com o investimento não tardaram a surgir e hoje são prova de como o videomonitoramento pode contribuir para a diminuição da violência. Nas áreas monitoradas, a Secretaria de Defesa Social identificou uma redução de 44% no número de homicídios no primeiro semestre de 2010 em comparação com o mesmo período de 2009. Além disso, houve uma queda de 95% nos índices de roubos e furtos. Outros dados oficiais da Secretaria de Defesa Social apontam que o Carnaval deste ano também foi menos violento. A quantidade de assaltos, roubos de veículos, extorsão e sequestro caíram 19,7% no Recife e Região Metropolitana em comparação com o Carnaval de 2009. Considerando todo o estado de Pernambuco, a instalação do sistema de monitoramento, associada a outras ações de reforço na segurança pública, provocou uma reversão nas taxas de criminalidade. A partir de 2008, o número de crimes violentos letais intencionais apresentou queda significativa, culminando com uma redução de 13% da taxa de homicídios por 100 mil habitantes no primeiro semestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009. “O governo planeja, para os próximos quatro anos, instalar mais 800 câmeras em todo o estado, ampliando o monitoramento no Recife e em outros municípios da Região Metropolitana”, afirma o Coronel Sérgio Viana, coordenador do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods).

Modelo internacional O sistema de monitoramento urbano instalado no Recife conta com a mesma qualidade técnica de projetos em Londres, na Inglaterra, e em Nova York, nos Estados Unidos, tornando mais ágil a ação policial e oferecendo mais segurança aos cidadãos. As 187 câmeras da Axis instaladas são modelo 233D, que fornece recursos como o zoom óptico de 35x (e zoom digital de 12x), permitindo o monitoramento de objetos distantes em detalhes nítidos. Graças a esse recurso, a equipa de especialistas da Polícia Militar de Pernambuco consegue

Inteligência para diversas aplicações

“A versatilidade da plataforma da ISS permite ao usuário customizar a integração do banco de dados do governo e a maneira de pesquisar informações entre os sistemas”, afirma Alexandre Nastro, diretor da ISS para o Brasil.

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s equipamentos instalados nas três principais avenidas do bairro de Boa Viagem contam com um sistema de reconhecimento de placa para supervisionar os veículos que trafegam por aquelas vias. Os caracteres identificados são contrastados de forma automática com o banco de dados de veículos roubados e furtados da Secretaria de Segurança Pública, para verificar eventual restrição. Na verdade, o software da Intelligent Security Systems (ISS) já é fornecido com um banco de dados. Cabe ao usuário apenas estabelecer o link de consulta com o banco de dados desejado, o que é resolvido em questão de horas. “A versatilidade da plataforma da ISS permite ao usuário customizar a integração do banco de dados do governo e a maneira de pesquisar informações entre os sistemas”, afirma Alexandre Nastro, diretor da ISS para o Brasil. “Está em fase de desenvolvimento a integração também com o banco de dados do Detran [Departamento Estadual de Trânsito], para identificar veículos em situação irregular”, acrescenta Marcelo Poncell, diretor de Negócios da Avantia. Além disso, segundo Poncell, as câmeras móveis da Axis permitem integrar um sistema de reconhecimento de face, o que já está sendo considerado pela Secretaria de Defesa Social. Além do sistema de leitura de placas e reconhecimento de faces, o software da ISS permite, até mesmo, a inclusão de um módulo que detecta o fluxo de veículos numa via e que pode coordenar o tempo de abertura dos semáforos. “As câmeras da Axis instaladas em Recife já têm condições de fazer essa análise de tráfego”, observa Nastro. Para o Coronel Sérgio Viana, coordenador do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods), a câmera tem uma tecnologia avançada que atende perfeitamente à necessidade de utilização no segmento de segurança pública. “O sistema é uma ajuda muito grande para quem precisa controlar uma área de grande concentração populacional, porque otimiza os meios efetivos, materiais e humanos para aquela área”.

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Ficha Técnica – Axis 233D

Em todo o estado de Pernambuco, a instalação do sistema de monitoramento, associada a outras ações de reforço na segurança pública, provocou uma reversão nas taxas de criminalidade.

captara detalhes das ações mesmo em locais com grande concentração de pessoas. Esses equipamentos contam com a tecnologia de varredura progressiva oferece imagens com resolução total para objetos em movimento, sem distorção, que contribui para a alta qualidade das imagens da câmera. Já o dispositivo EIS (Electronic Image Stabilizer) é, como o nome diz, um estabilizador de imagens eletrônico que é capaz de reduzir o efeito das vibrações causadas por tráfego ou vento. Além disso, o amplo alcance dinâmico de 128 vezes, por sua vez, assegura vídeo de alta qualidade mesmo em condições de iluminação complexas. “Os recursos de vídeo inteligente da câmera incluem detecção de movimento por vídeo e detecção de áudio. Com o rastreamento automático, um objeto em movimento que esteja dentro do campo de visão da câmera pode ser detectado e seguido de forma automática”, diz Sergio Fukushima, gerente técnico da Axis Communications. A câmera AXIS 233D oferece desempenho de panorâmico/ inclinado altamente preciso e imediato. Seu movimento de velocidade lenta de 0,05° por segundo torna possível seguir um objeto de uma distância longa, ao passo que sua velocidade máxima de 450° por segundo permite movimentos panorâmicos e inclinados extremamente rápidos.

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AXIS 233D foi projetada para uso em aplicações de vigilância altamente exigente, como aeroportos, estádios, cassinos e portos, onde a capacidade de seguir objetos em movimento à grande distância, com todos os detalhes, é crucial. Com uma velocidade máxima de 450º/segundo e movimento de baixa velocidade de alta precisão a 0,05º/segundo, a AXIS 233D pode seguir uma pessoa que caminha a uma distância de 400 m (1300 pés) e aplicar controle panorâmico/inclinado a qualquer predefinição em menos de 1,5 segundos. A função congelar armazena a imagem enquanto a câmera se movimenta entre predefinições, para que o trabalho seja mais fácil. A funcionalidade E-flip inverte eletronicamente a imagem a 180° quando câmera segue um objeto em movimento sob o dome. Veja alguns diferenciais: • Zoom de 35x • Controle panorâmico/inclinado rápido e preciso • WDR (Wide Dynamic Range, Amplo Alcance Dinâmico) • Varredura progressiva • EIS (Electronic Image Stabilizer, Estabilizador Eletrônico de Imagens) • Zoom de área • Rastreamento automático

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Vídeo analítico – Um estudo da IMS Research mostra que em 2012 o número de câmeras IP irá superar a quantidade de câmeras analógicas vendidas no Brasil

Por Ricardo Miralha

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ma das áreas da tecnologia de segurança que mais tem crescido nos últimos anos, sem dúvida, é a análise inteligente de vídeo. A análise inteligente de vídeo ou simplesmente vídeo analítico é uma tecnologia baseada em software que permite automatizar a vigilância ao vivo e o processo de investigação de gravações de um sistema de CFTV. Através desta tecnologia é possível identificar certos comportamentos na imagem, classificar, indexar dados e gerar alertas automáticos para os operadores. O vídeo analítico é uma tecnologia relativamente nova que iniciou suas aplicações comerciais em 2003. Segundo dados da IMS Research, teve um crescimento composto de 65% até 2009. Se observarmos uma central de segurança tradicional, o que temos geralmente são diversos monitores, muitas vezes subdivididos em telas multiplexadas e alguns operadores para monitorar tudo isso. No final das contas qual é a eficiência deste tipo de monitoramento para uma pronta resposta em caso de alguma ocorrência? A resposta é: praticamente nenhuma. Estudos recentes mostram que o ser humano é extremamente desatendo a mudanças no ambiente e não consegue notar diferenças na cena. Não importa o quão treinado ou atento seja um observador. É impossível prestar total atenção a mais de um objeto simultaneamente. Outro estudo sobre vigilância militar mostrou que depois de 12 minutos de observação de dois ou mais monitores um observador perde 45% de toda a atividade da cena e depois de 22 minutos ele perderá 95% de toda a atividade da cena.

Eficiência comprovada Nas apresentações sobre vídeo analítico que costumo realizar pelo Brasil, faço um teste interessante com os participantes que consiste em exibir um vídeo que mostra um treino de basquete entre dois times. O objetivo deste teste é contar quantos passes são trocados somente entre os jogadores do time branco. Durante a reprodução do vídeo, são raros os casos de quem consegue perceber o homem fantasiado de urso que passa dançando “Moonwalk” no meio da quadra. Na verdade, este vídeo foi produzido para ilustrar uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard sobre um fenômeno chamado cegueira por desatenção “Inattention Blindness” em que a pessoa vê, mas não enxerga. O vídeo analítico pode aumentar drasticamente o poder do vídeo vigilância, pois com ele é possível monitorar mais câmeras, com menos operadores e com maior eficiência. Desta forma o operador é alertado somente em casos de exceção às regras previamente configuradas, podendo assim se preocupar exclusivamente em executar uma pronta resposta às ocorrências. Alguns comportamentos mais comuns detectados pelo vídeo analítico são: cruzamento de linha virtual, contagem de pessoas e veículos, detecção de objetos abandonados ou retirados, leitura de placas ou número de containers, comportamento suspeito, veículo parado em local não permitido, captura e reconhecimento facial, etc.

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No entanto, diante de tantas novas soluções e recursos surge a pergunta: Será que o vídeo analítico funciona de verdade? Será que em aplicações no mundo real ele realmente é eficiente? O que é realidade e o que é ficção? Como se trata de uma tecnologia nova, muitas vezes ela é vendida como a “solução para todos os problemas” por empresas desenvolvedoras oportunistas que vislumbram um mercado em crescimento exponencial. O usuá-

rio final acaba comprando a solução sem ter feito um estudo prévio de funcionamento e acaba se frustrando com um resultado indesejado e ineficiente. O que é importante saber é que o vídeo analítico profissional é muito diferente de detecção de movimento ou detecção avançada de movimento que simplesmente detecta a variação de pixels. O vídeo analítico é inteligente ao ponto de conseguir diferenciar uma pessoa de um veículo ao passo que uma detecção de movimento não. Um bom software de análise de vídeo deve funcionar mesmo em condições adversas tais como: chuva, vento, neblina, alterações no ambiente, poeira, posição do sol, sombra, reflexos, vegetação, vibrações inerentes, movimentação da água, etc. O desenvolvedor de software, para tornar o seu software inteligente o suficiente para funcionar de maneira confiável, considerando todas estas condições adversas do mundo real, precisa utilizar algoritmos sofisticados. Ele vai precisar de muitas horas de desenvolvimento e altíssimos níveis de processamento. E isto, obviamente tornará o sistema mais caro quando comparado aos sistemas amadores. O problema é que num vídeo de demonstração, ou numa apresentação em PowerPoint onde são simulados alguns exemplos de aplicação, todos os softwares podem parecer iguais. E geralmente quando isto ocorre, a decisão final de compra acaba sendo feita pelo software de menor custo. Não quero dizer com isso que obrigatoriamente o custo de um sistema de vídeo analítico deva ser tão alto que inviabilize sua aplicação. A melhor forma de saber se uma solução de vídeo analítico atenderá ou não seus objetivos é fazer um teste real em campo, deixando a câmera instalada pelo tempo necessário para que possam ser testadas todas as variáveis acima descritas. Depois deste período de teste, o próprio cliente deverá validar se a solução atende ou não ao que se propõe a fazer. Levando em conta a quantidade de alarmes falsos e simulando situações reais de detecção. Adicionalmente, para que uma solução de vídeo analítico atinja realmente seus objetivos, além de um software de qualidade, alguns outros fatores importantes tem que ser observados: • É necessária uma boa iluminação; • A câmera deve ter um posicionamento correto; • Escolha de uma câmera adequada; Para determinados tipos de comportamentos, tais como proteção perimetral ou barreira virtual, o uso câmeras térmicas pode ser a melhor ou única alternativa tecnicamente viável, pois muitos dos fatores ambientais anteriormente descritos não são captados pelo sensor térmico. Além disso, pelo fato de detectar contraste de temperatura, e não luz refletida como nas câmeras convencionais, somente a câmera térmica pode funcionar sem nenhum tipo de iluminação (dia e noite), conseguindo detectar intrusos mesmo em grandes distâncias. Concluindo, a análise de vídeo inteligente é uma tecnologia nova e ainda em fase de desenvolvimento e no mercado existem muitos mitos e expectativas fantasiosas. No entanto, para algumas aplicações o vídeo analítico pode funcionar muito bem, desde que devidamente dimensionado. Testes em campo e referências sobre a solução são fundamentais na avaliação da solução. *Ricardo Miralha é engenheiro eletrônico formado pela FEI, de São Bernardo do Campo. Tem 14 anos de experiência em projetos de soluções Integradas de Segurança Eletrônica tais como CCTV, Controle de Acesso, Intrusão e Incêndio e já atuou nas multinacionais Northern Computers do Brasil, Ademco do Brasil e Honeywell do Brasil. Atualmente é Engenheiro de Vendas da Anixter do Brasil.

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Artigo Ponto de vista

A Evolução do Por Claudio Almeida*

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ode-se dizer que o mercado de CFTV brasileiro realmente tomou forma há cerca de 15 anos atrás, quando tivemos nossa primeira feira de segurança, passando então por várias fases. No início, devido ao alto custo, a comercialização de sistemas de CFTV era feito em grandes empresas: grandes clientes encomendando sistemas a grandes integradores, que utilizavam equipamentos de marcas renomadas. Nessa época, havia apenas dois fabricantes americanos oferecendo speed domes. Quanto às câmeras fixas, a única opção eram as profissionais, do tipo box, com lente à parte. Numa segunda fase, começaram a surgir as primeiras micro-câmeras, fabricadas na Ásia. Eram de baixíssima qualidade, mas de custo bem mais acessível, o que proporcionou o surgimento de pequenos instaladores, que começaram a oferecer sistemas bem mais simples, a um custo mais acessível. Esses pequenos instaladores criaram um novo nicho de mercado; não competiam com os grandes integradores porque seus clientes eram de um nível diferente, mas tiveram um papel muito importante no crescimento do mercado, pois atraíram clientes que antes não se interessavam por sistemas de CFTV, devido ao seu alto custo. Obviamente, os sistemas instalados eram de baixa qualidade, se comparados com aqueles oferecidos pelos gran-

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des integradores. O resultado era que, em pouco tempo, a maioria dos clientes ficava descontente com o sistema instalado. Mas, por outro lado, acabava percebendo a utilidade de um sistema de CFTV. Isso fez com que alguns procurassem uma solução melhor, ou seja, os grandes integradores, entendendo e valorizando o porquê do custo mais elevado. A terceira fase ocorreu quando os fabricantes asiáticos se especializaram, passando a oferecer todos os tipos de câmeras - inclusive as profissionais e speed domes-, e também DVRs, alguns de qualidade bastante próxima dos produtos oferecidos pelas grandes marcas. Os grandes integradores, percebendo que havia novas opções de equipamentos no mercado, passaram a oferecer também soluções com os produtos asiáticos, o que lhes permitiu baixar seus preços, passando a competir pelos clientes que estavam no topo daquela faixa antes atendida apenas pelos pequenos instaladores. Hoje, penso que estamos na quarta fase, em que muitos desses pequenos instaladores cresceram e estão se profissionalizando, seja pela experiência adquirida ao longo desses anos, seja pelo que aprenderam com os grandes integradores, quando eram terceirizados por estes. Estas novas empresas passaram a competir diretamente com os integradores de sistemas mais tradicionais, mesmo em grandes obras e até em licitações públicas, pois conseguem oferecer serviços similares com melhores preços, já que sua estrutura é mais enxuta, não tendo os altos custos operacionais nem a inércia de seus grandes concorrentes. Por outro lado, o cliente também se especializou. Os sistemas de CFTV já não são mais novidade para ele, que acaba por não aceitar qualquer solução apresentada sem discutir sua eficiência, qualidade e preço. Vejo então o mercado atual de CFTV como altamente competitivo, onde aqueles que não forem eficientes certamente sucumbirão. Como ser eficiente e competitivo? Para se diferenciar, é preciso ter propostas bem elaboradas e equipes de projetos e implantação capacitadas e treinadas. Um projeto prévio bem feito minimizaria os possíveis erros no cálculo dos custos de mão de obra e equipamentos e também na execução da obra, evitando que etapas sejam refeitas, fazendo com que a obra demore mais do que o previsto, o que também aumentaria seu custo. Afinal, empresas mais eficientes vão errar menos, e podem trabalhar com uma margem de erro menor e, consequentemente, terão preço final menor, ganhando mais obras que seus concorrentes.

*Claudio Almeida é gerente de produto da Gravo

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Artigo Ponto de vista

A eficiência no combate à criminalidade Por Sandro Gonçalves de Souza*

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s investimentos de algumas autoridades na adoção de medidas e criação de projetos de leis e procedimentos visando à redução da violência em locais de grande concentração de público – como shows e partidas de futebol, em que o total supera a casa das 10.000 pessoas – crescem dia a dia. No entanto, há outros tipos de crime aplicados contra a população, em locais públicos e privados, que também merecem atenção especial, a exemplo do delito conhecido como “saidinha de banco”. O aumento desses crimes já levaram alguns municípios, como o de Mairiporã (SP) e João Pessoa (PB), a promulgarem leis de proteção dos clientes das instituições financeiras via instalação de biombos dividindo caixas e clientes. É o caso da lei 11.359 de 10/01/2008, João Pessoa-PB, que exige a instalação de painel opaco entre caixas e clientes, e da Lei 1.659/2007, que trata da obrigatoriedade de instalação de câmeras de segurança nas ruas no entorno de agências bancárias e instituições financeiras. Observam-se também algumas iniciativas em nível estadual, como da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que em 17 de Dezembro de 2010 aprovou projeto de lei semelhante ao de João Pessoa, com proibição de celulares dentro das agências e obrigação da instalação de câmeras no entorno das agências. Há também legislação que prevê o controle de acesso através de biometria, entre outras. Outro ponto importante que pode contribuir para a diminuição dos crimes é o uso de imagens captadas por sistemas

de CFTV para a identificação dos crimnosos, desde que ela seja feita com bom nível de qualidade, já que é comum a mídia televisiva e a via internet mostrar vídeos gravados por sistemas de CFTV com imagem de qualidade aquém do razoável. Nas imagens com baixa resolução 640 X 480 (0,3 megapixel) no formato normal e com zoom, observa-se que ao ampliar a imagem, a quantidade de pixel por metro não é suficiente para identificar a face de uma pessoa ou qualquer objeto que ela esteja carregando. E aí surgem algumas questões importantes, como, por exemplo, a falta de padrões mínimos de definição em relação à captação das imagens das câmeras para o sistema de CFTV, que acaba por prejudicar as instalações e, por consequência, a qualidade das imagens. No entanto, mesmo sem as normas estarem concluídas, os avanços das tecnologias tornam possível incluir nos projetos de lei parâmetros mínimos de definição em relação à captação das imagens, como iluminação do local, câmeras e lentes apropriadas para os locais em que elas serão instaladas e, principalmente, aquilo que realmente proporcionará a identificação: o conceito “pixel por metro”. Um pixel é geralmente considerado como o menor componente de uma imagem digital, que estão presentes em dispositivos de exibição como monitores ou nos elementos fotossensores de uma câmera digital. Ao incorporar o conceito, a lei poderá garantir que todas as imagens do perímetro estipulado (distância, largura e altura) possuam a quantidade mínima de pixel por metro que será suficiente para identificar uma face ou objeto. O conceito de pixel por metro permite, por exemplo, com 164 pixels por metro, a identificação de uma pessoa ou objeto que ela esteja carregando. Vale salientar e deixar claro que não existem barreiras intransponíveis. Elas apenas dificultam ou retardam as ações de um intruso ou criminoso, possibilitando que o elemento operador dos sistemas de segurança execute ações que auxiliem no apoio. Toda barreira física pode ser transposta desde que haja determinação, ferramentas eficazes, habilidades na sua utilização e tempo suficiente. Nesse contexto, a utilização correta das ferramentas disponíveis e seus recursos avançados minimizarão os problemas. Assim, o combate aos criminosos será mais eficiente, a sociedade ficará melhor protegida e o objetivo dessas leis será plenamente alcançado.

* Sandro Gonçalves é diretor comercial da Policom São Paulo desde 2007. Formado em Administração de Empresas, há mais 15 anos atua em projetos de infraestrutura de comunicação para os mercados corporativo e industrial.

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Agenda

OUTUBRO 18o. Congresso ANTP 2011 Centro de Convenções Sul América 18 a 21 de Outubro de 2011 Rio de Janeiro – RJ http://congressos.antp.org. br/18cng/SitePages/Página%20 Inicial.aspx

Security Canada Central 19 – 20 de outubro de 2011 Toronto, Canada www.securitycanadaexpo.org

12a CPSE (China Public Security Expo) 29 de outubro e 1o de novembro Shenzhen, China http://www.cpse.com.cn

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NOVEMBRO ISC Solutions 2 e 3 de novembro Nova Iorque, USA

Security Show 2011 Neste ano, o evento vem com a proposta da integração entre Segurança Pública e Privada, abordando o tema “Turismo e Segurança”. Importantes palestrantes já estão confirmados, como José Botelho, delegado da Polícia Federal, Secretário da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos e representante Interpol e International Association Chiefs of Police - IACP - no Brasil; Rodrigo Pimentel, capitão reformado do Batalhão de Operações Especiais (Bope) 10 e 11 de novembro Costão do Santinho Florianópolis/ SC www.securityshow.com.br

Alpha-Digi A Alpha-Digi realizará nos dias 24 e 25 de Novembro a Certificação em Soluções IP (CSIP) em seu Centro de Treinamentos e Show Room de São Paulo. O evento destina-se a profissionais de segurança eletrônica e abordará conceitos técnicos de instalação e configuração de equipamentos de excelência global como Vivotek, Digifort, Seenergy, Qnap e Witelcom. 24 e 25 de novembro São Paulo/ SP Informaçõe: (11) 3805.3213 ou marketing@alphadigi.com.br

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