9 772238 571003
Ano 5 • No 75• Novembro/2017
75 ISSN 2238-5711
www.revistadigitalsecurity.com.br
Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica
Entrevista CLEBER RIBAS BLOCKBIT
SEGURANÇA VERTICALIZADA
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Editorial
Soluções e tecnologia
S
e o ano de 2017 não apresentou tantas novidades quanto o esperado, pelo menos nos mostrou que algumas verticais do mercado vão muito bem, obrigado. Segundo o interesse dos principais players do mercado e conversas com especialistas, o sempre presente Varejo, ao lado do setor de Óleo e Gás movimenta o segmento na aquisição de novos equipamentos e soluções – sobretudo de videomonitoramento e soluções que permitam uma gestão mais eficiente. Despontando como uma grande surpresa – e um mercado altamente promissor – chega também o segmento de Condomínios. Não que ele já não figurasse entre os “mais queridos” quando o tema é segurança eletrônica, mas, agora, o crescente número de profissionais que se dedicam a esse setor, com a criação da profissão de “Síndico Profissional”, e a enorme quantidade de eventos com apoio setorial, fez desse segmento uma nova vertente para a qual a segurança eletrônica se torna essencial. Não apenas as instalações de câmeras aumentaram, mas as soluções de portaria remota e portaria virtual tornaram-se um sucesso e o número de empresas que se dedica a esse trabalho (agregando outras soluções) está em franco crescimento e longe de mostrar sinais de esgotamento. De olho nesses setores, a Digital Security vem já há algum tempo ressaltando a importância do Varejo e dos Condomínios sob o aspecto da segurança. Sem dúvida, são dois segmentos onde a tecnologia se faz presente para controlar uma força bastante considerável: as pessoas. Nesses segmentos, talvez mais do que em outros, o fator comportamento humano seja o mais nitidamente perceptível. São nesses dois ambientes – Condomínios e Varejo – que o ser humano mostra o que realmente é e onde o controle tecnológico de câmeras de segurança e outros aparatos ajudam a reduzir perdas, roubos e delitos além de servir como prova irrefutável para punir os responsáveis. Com isso em mente, a publicação promoveu um evento que levou, a um único local, público e tecnologias afins com esses dois segmentos. A ideia inicialmente baseada em medir o tamanho dos mercados, rapidamente se expandiu para uma nova série de ações que devem nos levar a repetir esses eventos (agora com o apoio das entidades representativas de cada setor) ao longo do próximo ano, com o objetivo de ser mais um canal a auxiliar os profissionais na busca cada vez maior por soluções com base no avanço tecnológico. Temos a certeza de que poderemos contribuir com nossa expertise em tecnologia para reforçar ainda mais os eventos setoriais, somar forças e tomar parte de mercados que têm como preocupação transformar padrões, buscar sempre o melhor e ter a excelência como padrão de qualidade permanente.
Redação Publisher
Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente
Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Colaboradores
Fernanda Beatriz Renan Araújo Coordenador Editorial
Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Comercial contato@vpgroup.com.br
Presidente & CEO Presidência e CEO
Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br
Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo
Eduardo Boni Publisher
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Sumário
produtos e serviços
Seagate
pg10 Fabricante apresenta HDD focado em inteligênia artificial para área de segurança
entrevista
Cleber Ribas - Blockbit
pg24 Mantendo a segurança a qualquer custo
Bosch
pg10 Novas câmeras “série i” passam a oferecer analíticos de vídeo embarcados
Hikvision
pg12 Companhia lança nova linha de videovigilância com recursos de deep learning
DJI
pg12 Solução FlightHub facilita a operação de múltiplos drones ao mesmo tempo
Dahua
pg14 Empresa revela plataforma de gerenciamento e controle de acesso em estacionamentos
Genetec
pg14 Companhia anuncia sistema de suporte para segurança pública Citigraf
DS Experience
pg32 O maior encontro de segurança eletrônica para as verticais de Condomínios, Varejo e Hospitais do país
CASE STUDY
Mercado
IPCAN pg16 Distribuidora comercializará produtos da ISS no Brasil Cisco e Hikvision
pg16 Empresas concluem primeira fase de parceria para colaboração em cibersegurança
Eventos
pg18 Encontro em São Paulo fomenta a discussão e apresenta tecnologias da indústria de cibersegurança
Varejo - COOP
pg34 Sistemas de segurança reduzem em até 50% as perdas em uma das maiores redes supermercadistas do Brasil
Condomínio Supremo
pg40 Consultoria especializada auxiliou na mitigação de invasões com melhorias em sistemas e procedimentos
Hospitais Estaduais de Sorocaba e São José dos Campos pg44 Pioneirismo em integração de tecnologias trará mais segurança aos processos em favor da vida
8º Security Leaders
Lançamento ISC Brasil 2018
pg22 13ª edição focará em experiências e abrirá espaço para segurança digital
Simpósio ABESE - Salvador pg23 Associação reforça o conhecimento e as boas práticas de segurança para além do eixo Rio-São Paulo
6
ARTIGO
Hora do investimento em Sectechs no Brasil pg48
agenda
pg50
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Produtos e Serviços Seagate
Fabricante apresenta HDD focado em
A
Seagate anunciou o lançamento do novo HDD SkyHawk AI, o primeiro criado especificamente para soluções de inteligência artificial em aplicações de segurança. Com utilização econômica de banda e grande capacidade de processamento de dados, os HDDs podem analisar e gravar vídeos a partir de diversas câmeras HD simultaneamente. Com o uso crescente de aplicações de IA, como reconhecimento facial e análise de irregularidades, a empresa afirma que o uso de analíticos de vídeo deve continuar a crescer, trazendo a necessidade de dispositivos preparados a essa realidade. “O uso de inteligência artificial na segurança está crescendo consideravelmente – tanto no backend quanto na parte visível das instalações,
como no controle de tráfego e na segurança de lojas e comércios. As soluções de IA vão permitir aos nossos clientes implementar a próxima geração de aplicações de analíticos de vídeo”, disse Sai Varanasi, vice-presidente do gerenciamento de produtos da Seagate. Com baixa latência, os HDDs oferecem grande performance de análise de vídeo e para localização e entrega de imagens, possibilitando decisões mais ágeis. Com um firmware especial, o drive não oferece dropped frames, possibilita analíticos de NVR compatíveis com IA, assegurando que o material gravado não se perca. Há dois modelos disponíveis, de 8 e 10 TB, para suportar até 64 câmeras. Todos os HDDs vem com 5 anos de garantia de fábrica. DS
Bosch
Novas câmeras “série I” passam a oferecer
A
Bosch Security Systems introduziu uma nova categoria na sua linha de câmeras, com a nomenclatura “i”, derivada de inteligência. As novidades compõe os modelos fixos dome (Flexidome), bullet (Dinion) e PTZ (Autodome) IP 4000i, IP 5000i e IP 6000i que agora possuem os recursos do novo Essential Video Analytics. Isso permite que as câmeras entendam o que estão gravando, gerando metadados inteligentes que auxiliam na tomada de decisões e no desenvolvimento do negócio. O objetivo é aumentar o nível de segurança, facilitar o acesso a determinados materiais e permitir decisões mais rápidas a partir das estatísticas geradas. Cada vídeo já inclui informações como detalhes de cores, tipo, velocidade e a direção do movimento dos objetos e pessoas detectadas. Com o recurso de busca avançada é possível localizar um material rapidamente. Podem ser obtidos dados de quantas pessoas entram em uma loja e identificação de padrões de consumo, entre outros. Com a ajuda de analíticos de vídeo, é possível verificar quando há uma saída bloqueada em um prédio comercial, quando veículos dirigem em direções contrárias ou estacionam em locais proibidos, por exemplo. Elas possuem sistema de detecção de intrusos, permitindo que sejam ajustados alarmes individuais ou em paralelo com recebimento de alertas de acordo com a necessidade. Os modelos disponíveis vão de 720p até 5MP com até 60fps, possuem infravermelho e recurso de visualização em ambientes escuros,
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streaming inteligente e recurso de Redução de Ruídos Inteligente, que identifica quando há movimento na cena e pode economizar em até 80% as necessidades de banda e armazenamento através do uso de compressão H.265 DS
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Produtos e Serviços Hikvision
Companhia lança linha de videovigilância
A
Hikvision anunciou o lançamento da linha de câmeras IP e dos NVRs DeepinView que possuem o recurso Deep Learning para oferecer um sistema de segurança completo adequado a diversas aplicações. Com algoritmos de deep learning, os equipamentos podem trazer uma performance de analíticos de vídeo muito mais precisa e consistente, além de apresentar grande velocidade mesmo coma grande quantidade de dados gerada, se a câmera for combinada a um processamento com GPU. Entre as análises possíveis está a identificação de alarmes, reconhecimento facial, contagem de pessoas e leitura de placas com o rastreamento e envio de alertas mais eficiente. Outro diferencial é o sistema de busca avançado para grandes quantidades de material captado, permitindo que ele seja encontrado rapidamente. As câmeras podem detectar corpos humanos e identificar objetos e movimentos que não são importantes para a gravação. Segundo a Hikvision, este recurso pode auxiliar na proteção de perímetros.
Já o reconhecimento facial é obtido a partir da modelagem da imagem do rosto de uma pessoa e cálculo da similaridade entre rostos presentes no sistema. A tecnologia pode ter aplicações em ambientes com acesso controlado e atuando na prevenção de pessoas não permitidas, como estádios, restaurantes e casas noturnas. Já a contagem de pessoas pode rastrear o número de pessoas que entram e saem de uma determinada área, com o objetivo de controlar a capacidade de pessoas em um local de grande movimento ou de verificar o movimento em uma loja ou comércio. Já em relação à leitura de placas, as câmeras da nova série da Hikvision podem identificar a informação de uma placa em um cenário e reconhecê-la em meio a uma grande quantidade de carros sem que haja mudanças no posicionamento das câmeras. O recurso é muito utilizado para identificar infratores de trânsito, além de criminosos por meio da placa. DS
DJI
Solução FlightHub facilita operação
A
DJI lançou a nova solução FlightHub que ajuda as empresas e as fabricantes de drones a controlar de maneira mais eficiente múltiplos equipamentos a partir de uma única plataforma. A solução possibilita uma melhor comunicação entre os pilotos e suas equipes de apoio com telemetria, câmeras e sensores que contam com os recursos de visualização em mapa, que oferece dados de telemetria para a coordenação de múltiplos voos e equipamentos além de um sistema de georreferenciamento para indicar áreas com restrições de voo, e o Real-Time View, que oferece vídeos ao vivo de até quatro drones simultaneamente para que as equipes fora da operação possam visualizar e tomar as decisões necessárias. Com a ferramenta, é possível acessar as informações e estatísticas sobre todos os voos de qualquer lugar com a possibilidade de armazenar os dados em um storage em nuvem seguro, além de contar com um sistema de busca para localizar as informações. A transferência de informações acontece por meio da conexão entre o app DJI Pilot e o FlightHub, eliminando a necessidade de transferência de arquivos por um cartão SD. Ainda há a possibilidade de verificar as condições de manutenção e uso dos equipamentos e de gerenciar as equipes de controle em um sistema de hierarquização entre as equipes que podem se comunicar internamente. A ferramenta pode ser acessada em navegadores web e em apps Android e é compatível com as séries de drones Matrice 200,
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DJI Mavic Pro, DJI Phantom 4 e DJI Inspire 2. Haverá três tipos de assinatura. O básico, que suporta 5 drones para todos os recursos, com exceção do Real-Time View, sai por US$99 por mês ou US$999 anualmente. O avançado permite controlar até 10 drones com todos os recursos do plano básico mais o Real-Time View US$299 por mês ou US$2999 anualmente. Já o Plano Empresarial possui a possibilidade de controlar 10 drones com todos os recursos do plano avançado e a capacidade de integrar dados com a nuvem privada. DS
Produtos e Serviços Dahua
Empresa revela plataforma de gerenciamento
A
Dahua apresentou a sua plataforma de gerenciamento de estacionamentos PMS PRO, que identifica as placas cadastradas e puxa os dados dos motoristas automaticamente para verificar seus status e históricos. Segundo a empresa, o sistema pode reconhecer veículos com autorização para as vagas especiais ou ainda ficar de olho em condutores com um histórico de irregularidades para evitar mais problemas. Se caso um veículo sem liberação para as vagas especiais estacionar em local proibido, o sistema alerta o administrador que pode assistir em tempo real o que está acontecendo e se comunicar com o usuário, via áudio bidirecional. O sistema de gerenciamento para estacionamentos também evita que os condutores fiquem procurando por vagas durante muito tempo. O PMS PRO indica quantos espaços livres ainda restam e em que zona se localizam – através de câmeras com detecção Dahua. O equipamento mostra aos motoristas, através de luzes coloridas, onde estão e de qual tipo são as vagas disponíveis – vagas para idosos, vagas comuns,
vagas para veículos de serviço. Para os gestores de estacionamento, a tecnologia representa economia e controle – além de efetiva melhora no atendimento aos clientes. O sistema ainda permite diversas configurações, diferentes regras de acesso, imagens em tempo-real, áudio bidirecional - para avisar ou notificar os usuários imediatamente. A plataforma ainda oferece customização de operação de acordo com tipo/placa, liberação remota de cancelas, mapeamento, entre outros recursos avançados. A aplicação adota a arquitetura de Cliente-Servidor e é compatível com o sistema Windows com interface intuitiva. O PMS PRO pode ser instalado em diversos cenários como shoppings, aeroportos, supermercados, com possibilidade de se adaptar a diferentes cenários. Em ambientes com a entrada mista de veículos de serviço e veículos particulares, por exemplo, é possível oferecer diversas licenças de acesso diferentes através de cartões de liberação via VTO (Video Interfone). DS
Genetec
Companhia anuncia sistema de suporte para segurança pública Citigraf
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Genetec anunciou o lançamento do novo sistema de suporte para segurança pública Genetec Citigraf. Com ferramenta de analíticos embarcada, ele é capaz de detectar instantaneamente e exibir informações relevantes a partir de diferentes sistemas para a colaboração entre órgãos públicos para uma resposta mais efetiva à emergências. Com uma interface construída no Genetec Security Center, o Citigraf coleta e gerencia informações vindas dos sistemas CAD (Computer Aided Dispatch), vídeos de CFTV, dados de reconhecimento de placas, sistemas de gerenciamento de gravações (RMS), entre outros, para identificar e exibir a exata localização de um evento usando ícones em um mapa a partir de um sistema de informações geográficas (GIS). As equipes de segurança podem ser notificadas quando um tiroteio for detectado por meio de alertas instantâneos, já que o sistema possui sensores próprios que identificam os tiros. Dashboards analíticos, mapas de calor e análise de dados também oferecem insights valiosos e rápidos para o combate ao crime, proporcionando ações preventivas. “Antes, conectar informações a partir de sistemas distintos para ter uma visão clara da situação era muito difícil e consumia
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muito tempo, ocasionando atrasos no atendimento a emergências e chamados. Uma solução unificada oferece uma visão comum para a operação, aumenta os alertas e permite melhor planejamento, detecção de resposta e prevenção de acidentes”, disse Jason Friedberg, gerente de desenvolvimento de negócios do Nordeste dos Estados Unidos para a Genetec. DS
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Campanha DS de combate à pirataria
Mercado IPCAN
Distribuidora comercializará
A
IPCAN anunciou que será a distribuidora oficial das soluções da Intelligent Security Systems, a ISS. Segundo a empresa, com a parceria será possível utilizar as soluções da ISS de maneira escalável, de acordo com a necessidade do usuário, ter acesso a um suporte técnico local, realizar customizações e ter integrações com outras soluções. Entre as principais soluções da empresa está o software de gerenciamento e análise de vídeo SecurOS que atende a diversos segmentos de mercado. Combinadas à sistemas de alta qualidade, a solução pode capturar informações no trânsito sobre as placas de veículos que estejam em até 210km/h em diferentes condições climáticas, realizar o reconhecimento facial com alto nível de precisão em condições desafiadoras e utilizar sensores para a análise de vídeo de câmeras e soluções de segurança. Com mais de 100 mil soluções implementadas em 53 países, a ISS possui atuação em diversos mercados como vigilância urbana, transporte, instalações, bancos, varejo, educação, entre outros. DS
Cisco e Hikvision
Empresas concluem primeira
A
Hikvision realizou um encontro sobre cibersegurança em Hangzhou, na China em conjunto com a Cisco, marcando a conclusão da primeira fase do projeto entre as empresas, que teve início em dezembro de 2016. No projeto a Cisco está compartilhando sua expertise na gestão de segurança cibernética com a Hikvision, com o objetivo de facilitar o processo de globalização da empresa de segurança.
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Durante o encontro, os especialistas da Cisco apresentaram os resultados da primeira fase do projeto e compartilharam suas experiências e conselhos relevantes para a próxima etapa. Ao mesmo tempo, a Cisco reconheceu a dedicação da Hikvision na gestão segura de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Segundo Weiqi Wu, vice-presidente da Hikvision, a companhia está comprometida com os mais altos níveis de segurança cibernética. “Embora as melhores práticas de cibersegurança da empresa sejam líderes da indústria, os esforços de segurança cibernética devem estar em constante evolução. A Hikvision continuará a avaliar e aperfeiçoar seus esforços de cibersegurança no processo de P&D e fortalecer sua pesquisa sobre tecnologias de segurança. A empresa também seguirá aprofundando sua colaboração e comunicação com empresas de cibersegurança de alto nível, como a Cisco, para melhorar ainda mais nessa área para a indústria de segurança”, afirmou ele. Segundo a Hikvision, cerca de 7% do seu faturamento global e anual de vendas é investido em Pesquisa e Desenvolvimento. Com um time de mais de 8 mil engenheiros e atuação em diversos segmentos como varejo, bancos, transporte, educação e cidades, a Hikvision registrou uma receita de US$ 4,67 bilhões em 2016, com uma taxa de crescimento de receita mundial de cerca de 27% e, atualmente, detém 23.2% do mercado global de câmeras de segurança IP. DS
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Eventos 8º Security Leaders
Encontro da indústria Depois de um tour por diversas capitais brasileiras, congresso finaliza em São Paulo promovendo um debate nacional em torno do tema
por Gustavo Zuccherato
J
á consolidado como o principal encontro de executivos e indústria da segurança cibernética no Brasil, a 8ª edição do Security Leaders serviu como mais uma plataforma de discussão e exibição das novas propostas, soluções e tecnologias para atender a crescente demanda pela proteção de dados e informações digitais. Depois de um tour por diversas capitais do Brasil, o congresso finalizou o ano de 2017 em São Paulo. Nos dias 13 e 14 de novembro, cerca de 2000 profissionais, entre executivos, empresários, advogados, educadores, psicológos e fornecedores de soluções, passaram pelos espaços de congresso e estandes no Sheraton São Paulo WTC Hotel. “Nosso principal objetivo é discutir as questões relativas a segurança cibernética que afetam as empresas e a sociedade a medida que a transformação digital acontece”, diz Graça Sermoud, responsável pelo Congresso. “O Brasil é um adepto imediato dos avanços tecnológicos no mundo, mas é preciso discutir aspectos importantes relacionados à segurança e educação digital, proteção de dados, regulamentação, entre outros temas”. Pensando nisso, o Security Leaders se configura com diversas
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Congresso foi palco de debates entre representantes dos setores público e executivos de importantes empresas
salas de palestras e encontros, além da área de exposição para os patrocinadores. Neste ano, o evento trouxe um formato inovador, com o palco principal se dividindo em duas “arenas” para apresentações simultâneas dos painéis. Além disso, haviam três outras salas: o Security Labs, onde as empresas puderam exibir suas propostas na prática; o Security Education, mais focado em aspectos
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24/07/2017
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Eventos 8º Security Leaders
legislativos da segurança cibernética; e o Security C-Meeting, um encontro às portas fechadas com executivos que ocupam cargos gerenciais nas áreas de Tecnologia e Segurança da Informação. Entre os principais palestrantes estavam os diretores de tecnologia de importantes empresas do setor, como Corey Nachreiner, da WatchGuard, Angelo Rodriguez, da SonicWall, e Jacobo Resnikov, da Palo Alto Networks, além de representantes do poder público, sendo o principal deles Arthur Sabbat, diretor do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. “Discutimos o Plano Nacional de Segurança da Informação, que está sendo desenvolvido em Brasília e precisa ser aberto a participação de todos da sociedade”, conta Graça. “Hoje, o Security Leaders percorre o país, começando em março em Brasília e finalizando em novembro aqui em São Paulo. Foi uma demanda que veio do mercado promover esses encontros regionais em outras regiões além do eixo Rio-São Paulo e, com isso, conseguimos promover um debate nacional, articulando profissionais do Brasil inteiro”, ressalta. Embora as preocupações com a segurança cibernética de produtos diretamente relacionados à segurança física tenham aumentado nos últimos anos, como câmeras e sistemas de controle de acesso com criptografia de ponta a ponta, estamos diante do efervescer de uma nova era em relação à tecnologias e equipamentos conectados à internet. A Internet das Coisas é um termo cada vez mais discutido – e não é para menos: as projeções da Gartner estimam que até 2020 serão mais de 20 bilhões de dispositivos conectados. As vulnerabilidades que essa massa pode causar é a grande preocupação de muitos dos presentes no Security Leaders. Por isso mesmo, a tecnologia do IoT foi citada por Antonio Gomes, diretor de operações da Contacta, em sua palestra como uma das três tecnologias que vão revolucionar o mercado de segurança. As outras duas, segundo ele, são os autômatos e a inteligência artificial. “A grande maioria dos dispositivos de IoT são muito simples, com baixa capacidade de processamento e sistemas operacional simplificado. Uma lâmpada inteligente, por exemplo, só precisa de informações de ligar/desligar e intensidade luminosa. Essa limitação impede que seja usada uma autenticação forte ou um protocolo de transmissão seguro de informações, como HTTPS para as imagens de câmeras de segurança de baixo custo. Se houver uma ponta vulnerável no sistema, não será difícil para um hacker invadi-lo”, diz. “Combine isso com a capacidade dos sistemas funciona-
Entre os debates, o palco principal era dividido em duas arenas para palestras simultâneas
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Switches e Access Points da Watch Guard unem as melhores tecnologias de cada parceiro segundo as necessidades do cliente
rem sozinhos e se adaptarem dinamicamente com a Inteligência Artificial, pensando no ataque e na tentativa de invasão, e teremos um grande risco real para as pessoas e empresas”. Assim, a indústria de cibersegurança encontrou dois pilares fundamentais para reduzir a exposição a riscos: a segmentação de rede e análise de ameaças Zero Day. O primeiro consiste em oferecer soluções que tenham a capacidade de diferenciar dispositivos mais vulneráveis dos menos vulneráveis para aplicar diferentes níveis de segurança segundo as necessidades de cada grupo. O segundo está relacionado à capacidade de identificar ameaças ainda não catalogadas e reagir a elas da maneira mais rápida possível. No hall destas soluções, estão diversas propostas indo da “básica” implantação de um switch de rede gateway com capacidade de processamento suficiente para oferecer a autenticação necessária em uma rede doméstica à sistemas em nuvem para a incorporação de dispositivos externos, como um smartphone de um usuário, e a operação e gestão pelas empresas. A Contacta, por exemplo, atua como uma consultoria, unindo soluções de diversos parceiros que representa. A WatchGuard, por sua vez, também marcou presença no Security Leaders mostrando os seus Access Points e Switches de Rede UTM (Unified Threat Management, ou Gerenciamento Unificado de Ameaças), com capacidade de atender de 5 até 8000 usuários. “Nosso principal diferencial é trabalhar com o conceito de Best-of-breed, agregando valor aos nossos equipamentos com o melhor que há em tecnologias de segurança de parceiros, desde Firewalls básicos até antivírus, filtro web, controle de aplicação, VPN, entre outros”, ressalta Renato Marques, Sales enginner Brasil da empresa. Outra fornecedora que atua com este tipo de produto é a Fortinet, porém seu conceito abarca a integração entre diversas de suas soluções proprietárias. No evento, a empresa exibia os sistemas em funcionamento, visando fornecer uma experiência real para os visitantes. Em uma ponta, estavam conectados os FortiSwitches e os FortiAP, utilizando o firewall de próxima geração FortiGate. Ao lado, os sistemas para proteção de aplicações, FortiAnalyser e FortiWeb, unindo logs para a geração de relatórios em nuvem. Por fim, o destaque ficava para o FortiManager, o centralizador para gestão de
Eventos 8º Security Leaders
todas essas soluções, inclusive com a possibilidade de integração ao FortiSIEM, uma proposta que visa facilitar a colaboração entre as equipes de Segurança e de Redes de uma companhia. “Com isso, criamos o conceito de Security Fabric, mostrando as vantagens de ter algo completo e totalmente integrado quando se tem uma estratégia de segurança estabelecida. Nossas soluções também são abertas para integração com sistemas de terceiros através de APIs”, pontua Carlos Cortez, gerente de engenharia Brasil da Fortinet. As opções estão na mesa, a indústria se organiza e as discus-
Fortinet exibiu soluções integradas em funcionamento para visitantes terem uma experiência real de operação
sões em torno da segurança cibernética se tornam cada vez mais necessárias, crescendo em um nível exponencial. É preciso estar atento e não perder essas oportunidades. Se quiser conhecer um pouco mais das discussões que foram levantadas durante o evento, algumas das palestras do Security Leaders foram transmitidas ao vivo pelo canal do YouTube da TVDecision. DS
Eventos Lançamento ISC Brasil 2018
ISC Brasil 2018 focará em experiências Evento acontecerá entre os dias 06 e 08 de março no Expo Center Norte por Gustavo Zuccherato
Secretário Municipal de Segurança Urbana de São Paulo, José Roberto Rodrigues de Oliveira, apresentou o projeto City Câmeras como um exemplo de integração entre as diversas áreas da segurança
E
m evento voltado à imprensa e potenciais expositores no fim de outubro foi realizado o lançamento da Feira e Conferência Internacional de Segurança, ISC Brasil 2018. As principais novidades da 13ª edição, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de março no Expo Center Norte em São Paulo,visam trazer mais experiências para verticais específicas e abre espaço dedicado para segurança digital Com a expectativa de crescer 10% no próximo ano, o mercado de segurança no Brasil está otimista em relação aos negócios em 2018, segundo pesquisa feita pela SIA Brasil (Associação das Indústrias de Segurança). Um estudo do Banco Julius Baer (Suíça), também mostra o potencial do setor: os investimentos em cibersegurança devem crescer, pelo menos, 7,5% ao ano até 2020. Igor Tavares, Diretor da ISC Brasil, reforça a perspectiva de que 2018 tenha um cenário muito positivo. “Vemos um grande movimento de importantes lançamentos das empresas e evolução geral do que já é oferecido. Este ano a Feira gerou movimentação de R$ 830 milhões em negócios e a perspectiva é que a ISC 2018 supere em 23% o volume gerado na última edição”, explica. O evento terá como base três pilares. O primeiro deles diz respeito à convergência dos setores, reunindo segurança eletrônica, segurança pública, segurança privada e patrimonial e, pela primeira vez, a segurança digital, em um único espaço de exposições. O segundo pilar tem como foco atrair compradores de 12 segmentos importantes para o desenvolvimento do mercado de se-
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gurança, através do estabelecimento de políticas de comunicação específica para cada uma delas. Os setores que a ISC está focando são indústrias, construção, transporte e logística, varejo, hospital, hotel, bancos, aeroportos, agricultura, universidades, shopping center e condomínios. O último dos pilares para a próxima edição é o foco na experiência dos usuários. Para isso, a ISC trará de volta o ISC Experience. Inaugurado no ano passado, o espaço visa trazer ambientes reais com tecnologias aplicadas para verticais específicas. Para a próxima edição, já estão confirmados as simulações de aeroportos, hospitais, condomínios e residências. Por fim, vale o destaque para a reformulação da cerimônia de abertura que terá como objetivo trazer especialistas e figuras importantes do mercado mundial. Em 2018, o co-fundador da Axis Communications e inventor da primeira câmera de rede do mundo, Martin Gren, já está confirmado e a ideia, segundo Thiago Pavini, gerente da feira, é que a cerimônia reúna outros três representantes de grandes players do mercado. Durante o evento de lançamento da feira, o Secretário Municipal de Segurança Urbana de São Paulo, José Roberto Rodrigues de Oliveira, também apresentou o projeto City Câmeras como um exemplo de integração entre as diversas áreas da segurança. Realizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, a 13ª edição da ISC no Brasil tem expectativa de reunir cerca de 15 mil visitantes e mais de 150 marcas. DS
Eventos Simpósio Abese – Salvador
Muito além do eixo Evento da ABESE em Salvador leva conhecimento e boas práticas aos profissionais de segurança da região Nordeste por Redação
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o final de outubro, a ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança) promoveu o Simpósio de Segurança – Regional Salvador, no Fiesta Bahia Hotel. O evento, que reuniu cerca de 100 gestores de segurança, abordou tanto temas ligados a tecnologia para segurança, como videomonitoramento e portaria remota, como também gestão estratégica e legislação. De acordo com Selma Migliori, presidente da ABESE, o setor ainda é carente de conhecimentos técnicos e eventos desse tipo servem para levar as novidades para o público e fortalecer os laços da associação com o profissional de segurança de cada região. “Percebemos que existe uma carência de capacitação técnica e informação do setor. Nesses encontros que promovemos, o empresário tem a oportunidade de estar por dentro das tendências do mercado e das conquistas jurídicas, tributárias e institucionais promovidas pela ABESE”, explicou. A presidente da ABESE abriu o evento falando sobre o impacto do estatuto da segurança privada para as empresas. “As questões ligadas à regulação no setor de segurança eletrônica são as que mais chamam a atenção do público, pois existe ainda muito desconhecimento sobre o tema e as conquistas que obtivemos junto aos governos”, destacou. Outro tema que chamou bastante a atenção do público foi a nova lei do Simples Nacional e as novas conquistas jurídicas para o setor, que foram demonstradas pela consultora da Abese, a advogada Patrícia Roccato. Benefícios para o associado Um dos objetivos dos encontros promovidos pela Abese é o de ampliar a representatividade, fomentar negócios e disseminar conhecimento. Entre os benefícios está o desconto especial para empresas que se associam durante o Simpósio de Segurança. E, segundo destaca a presidente da ABESE, esses encontros ajudam a promover a entidade e a reforçam sua importância dentro do segmento.
“O mercado consegue assimilar a importância da associatividade, todas as informações levadas aos associados e as empresas ainda não associadas são disseminadas por profissionais especializados no Setor de Sistemas Eletrônicos de Segurança. Em muitos estados as empresas se associam dentro do simpósio porque entendem a seriedade da atuação da ABESE no setor”. Além da promoção das palestras, um dos maiores destaques é o curso, promovido sempre na sequência do evento. Esse ano o curso que percorreu os estados foi “Como elaborar projeto de Sistema Eletrônico de Segurança” ministrado pelo consultor da Abese Claudio Procida. De acordo com o especialista, o treinamento aborda o uso de ferramentas especificas para identificação das necessidades do cliente, estabelecendo um canal de comunicação e métodos de analise de risco que ajudam a conseguir informações especificas e mais precisas para a determinação correta dos dispositivos, equipamentos, softwares e processos que atendam às necessidades do cliente. “No final do treinamento os participantes são capazes de construir um memorial descritivo do projeto onde além da solução técnica está descrito as necessidades do cliente baseadas na analise de risco, o cronograma da implantação, o orçamento do projeto entre outros detalhes que fundamentam o projeto”. Esse tipo de treinamento atrai bastante a atenção do público, pois é repleto de interatividade. O roteiro do dia de treinamento é recheado com muitas dinâmicas de grupo entre os times de projetos formados pelos participantes. “O objetivo é incentivar o trabalho colaborativo, em que os participantes têm de seguir e construir o processo de criação do memorial descritivo utilizando canvas específicos de analises que são preenchidos com post-its pelo time de trabalho. Além disso, é necessário construir maquetes e protótipos utilizando LEGOS e outros materiais para simularem situações específicas. Para finalizar, acontecem debates entre os times de projetos, entre outras diversas atividades lúdicas. É um treinamento voltado para a prática”, finaliza Procida. DS
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Entrevista Cleber Ribas – Blockbit
Mantendo a segurança A cada ataque cibernético, o mundo dos negócios se movimenta em busca de novas formas de proteção e maneiras de garantir a segurança de bancos de dados e sistemas que, uma vez danificados, acarretam prejuízos de milhões de dólares. Nesta entrevista, Cleber Ribas, VP de Vendas da Blockbit, fala sobre as novas ameaças, os desafios e as parcerias para combater os crimes cibernéticos em termos mundiais. por Eduardo Boni
Digital Security: A cibersegurança tem se tornado uma preocupação cada vez maior das companhias em todo o mundo. Quais as causas dessa mudança de atitude? Cleber Ribas: Cada vez mais o mundo vê um cenário em que as ameaças estão mais próximas de suas empresas, evidenciando a necessidade de adotar medidas de cibersegurança que protejam as informações e garantam que seus ambientes estejam seguros. Esse cenário vem se intensificando, especialmente após os ataques de Wannacry e Petya, que causaram múltiplos prejuízos econômicos para as empresas nacionais e internacionais. A transformação digital no mundo corporativo demanda a criação e implementação de políticas de segurança da informação, que permita proteger suas informações ao adotar qualquer processo tecnológico. Digital Security: De que forma acontecem os ciberataques? Cleber Ribas: Muitos incidentes acontecem porque as pessoas não seguem as recomendações básicas das políticas de cibersegurança. O cibercriminoso entende esse cenário e desenvolve técnicas focadas nos pontos frágeis do usuário, sejam empresas ou indivíduos.
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Em outras palavras, para prevenir ataques, além da adoção de tecnologias de proteção ativas, automatizadas e inteligentes, que reduzam os riscos antes de chegar ao usuário, é crucial um processo de educação. Esse é o principal motivo pelo qual nenhuma empresa está 100% segura. Quando se fala em ataques direcionados, os resultados de proteção seriam outros se as pessoas fossem mais cautelosas. É preciso educar os usuários sobre a complexidade do tema segurança digital e conscientizá-los sobre os impactos gerados por comportamentos indevidos. Digital Security: Podemos traçar um panorama dos ataques cibernéticos de cinco anos para cá? Cleber Ribas: Podemos fazer uma avaliação não exaustiva, mas interessante, entre os tipos de tecnologias disponíveis do mercado e quais técnicas o cibercrime poderia aplicar para alcançar seus objetivos. O mundo corporativo usa o email como recurso produtivo. Então, há alguns anos atrás, o phishing era uma das grandes ameaças cibernéticas, pois os usuários poderiam receber mensagens fraudulentas. Por esse meio, informações confidenciais e sistemas privados de empresas podem ser comprometidos.
Entrevista Cleber Ribas – Blockbit
Além dele, temos os dispositivos móveis, que habilitam a produtividade em regime remoto. O cibercrime também evoluiu nessa direção, criando aplicativos maliciosos para esse tipo de dispositivo. Com o acesso a conexão via internet, a própria conexão Wi-Fi, passa a ser um meio de expansão para que o cibercrime. Hoje, estamos discutindo segurança para os dispositivos da Internet das Coisas. Seu carro, sua geladeira e outros itens conectados podem prover informações para atacantes. Vale destacar uma tendência bastante recente que é o Malware como Serviço, que está gerando uma série de desafios para as empresas, uma vez que agora qualquer pessoa pode comprar um malware e, seguindo as instruções, ser capaz de efetivar um ataque bem-sucedido. Os cibercriminosos têm preferido essa modalidade de crime virtual, pois a dificuldade de rastreamento reduz os riscos de processos jurídicos uma vez que a legislação atual ainda não prevê punições para esse tipo de crime. Digital Security: Como a BLOCKBIT está estruturada no Brasil e no exterior? Cleber Ribas: Somos uma empresa global de produtos de cibersegurança, com mais de 2 mil clientes corporativos ativos e escritórios no Brasil (São Paulo), Estados Unidos (Miami) e Inglaterra (Londres). O Brasil é o principal mercado em que a companhia atua. Contudo, vale o destaque para nosso crescimento nos Estados Unidos, onde temos diversos clientes já instalados e usando nossas soluções. Atuamos por meio de canais e, atualmente, contamos com aproximadamente 150 canais parceiros.
Digital Security: De que forma os produtos são comercializados? Cleber Ribas: A empresa comercializa seus produtos por meio de canais e desenvolve alguns projetos diretamente com o cliente. Nossa projeção para o ano 2018 é que a estratégia de comercialização seja 100% via canal. Nosso programa de canais oferece diversas vantagens e está dividido em quatro categorias (Ouro, Prata, Bronze e Finder), com benefícios personalizados. Nessa política de canais estão inclusos desde treinamento especializado, suporte e marketing cooperado até descontos baseados em metas e outros benefícios. Digital Security: Com a IoT, a preocupação das empresas e a busca por soluções de segurança cibernética aumentaram? Cleber Ribas: O impacto da IoT (Internet das Coisas) ainda não é completamente compreendido pelas empresas. Podemos dizer que esse novo cenário promove alguns desafios. Do ponto de vista interno, todos os públicos da organização colaboram com novos dispositivos inteligentes. Qualquer dispositivo conectado aos recursos corporativos pode promover riscos, criando vias de ataque e contaminação. Por outro lado, muitas organizações se interessam em migrar para as tecnologias emergentes, criando novos serviços e produtos sem a devida atenção para a segurança no processo de desenvolvimento do portfólio. Desse modo, podem colocar em perigo seus clientes, parceiros e funcionários. A falta de conhecimento dos desafios trazidos pela IoT também gera desconhecimento dentro das empresas de como elas podem
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Entrevista Cleber Ribas – Blockbit
se proteger. Um exemplo são os milhões de dispositivos IoT já existentes, que podem ser ferramentas relevantes para ataques de negação de serviço (DoS e DDoS). É importante que as empresas considerem os tipos de dispositivos que são usados em conexão com suas infraestruturas ou que querem oferecer aos seus clientes, para prover soluções de segurança adequadas. Digital Security: Como é o perfil das organizações que fazem os ataques? Cleber Ribas: O mercado se refere a organizações criminosas ou a grupos de cibercriminosos. Existem vários perfis de cibercriminosos, uma vez que os ataques podem ter várias motivações: econômicas, políticas, sociais e emocionais. Dito de outro modo, um ataque pode ser motivado por fins econômicos (ganhar dinheiro), para impactar a reputação de uma empresa ou em função de uma causa social, entre outros fatores. Os motivos são inúmeros. Portanto, ainda é muito difícil criar um perfil único de cibercriminosos, assim como estabelecer um único de modos de ação, dado que eles podem variar dependendo do objetivo do ataque. Digital Security: De que forma podemos descrever a evolução dos ransomware e quais as novas vertentes desse tipo de ataque? Cleber Ribas: O ransomware é um tipo de ameaça que vem chamando atenção nos últimos anos, embora não seja uma modalidade nova. Em 2017, um dos principais ataques desse tipo foi o WannaCry, que ocorreu em maio. O ransomware é uma modalidade de malware que sequestra o dispositivo da vítima, criptografando seus dados e impedindo o acesso a arquivos ou sistemas. A ameaça exige resgate (nos últimos anos, os resgates são requeridos em criptomoedas, que dificultam o rastreamento do criminoso) para recuperar o acesso aos dados. Algumas novidades que vêm aparecendo ao longo do tempo são o aumento da demanda por aplicações de ransomware no mercado da Deep Web (onde os criminosos criam e comercializam software criminoso por encomenda); o crescimento da criptoeconomia, que vem dando suporte à disseminação do ransomware, dificultando o rastreamento das transações financeiras e identificação dos criminosos e, além disso, novas mutações vão aparecendo, dando mais poder a esse tipo de malware.
Digital Security: Como é o trabalho de Pesquisa e Desenvolvimento na Blockbit para criar novos produtos? Cleber Ribas: O processo de desenvolvimento de novos produtos é realizado por equipes dedicadas, separadas por tipo de solução: Network Security (que abrange as tecnologias de proteção ativa para ecossistemas de rede); Vulnerability&ThreatAnalysis (que inclui os produtos avançados de gestão de vulnerabilidades) e EmailProtection (que desenvolve produtos para proteção de serviços de email). Ainda temos uma área emergente que é de EndpointProtection, cujos produtos são dedicados ao gerenciamento e proteção dos dispositivos de mobilidade corporativa. Focados em cada um destes pilares, nossos desenvolvedores estão constantemente monitorando o cenário de cibersegurança e suas técnicas emergentes, para inovar os produtos do nosso portfólio, levando mais proteção para os nossos clientes. O nosso laboratório de inteligência, BLOCKBIT Labs, também integra a área de desenvolvimento. Com os feeds de análise de ameaças (threatanalysis), assinaturas e conteúdos (que são integrados a todo o portfólio de produtos), o laboratório subsidia as equipes de desenvolvimento para o mapeamento de novas demandas do mercado e criação de novos produtos. Por outro lado, nossa equipe de negócios está na ponta para entender quais são as transformações do mercado e as necessidades levantadas pelos nossos clientes. A ponte entre o desenvolvimento e a área comercial é instrumental para que a companhia identifique demandas emergentes no mercado. Levamos em consideração estes inputs para desenvolver novos produtos avançados para proteger empresas. Digital Security: Quais os novos produtos que a BLOCKBIT colocou no mercado? Cleber Ribas: A BLOCKBIT tem um portfólio abrangente e que busca proteger empresas de todos os portes com produtos que se integram em camadas de segurança. Nossos produtos protegem organizações de todos os portes contra ameaças, sejam internas ou externas, genéricas ou direcionadas. Em 2017, nós reposicionamos o nosso portfólio, trazendo novidades nos nossos produtos já conhecidos pelo mercado brasileiro e lançamos novidades em alinhamento com tendências globais. Entre os principais lançamentos está o BLOCKBIT VCM (Vulnerability and Compliance Management), uma plataforma de gestão de vulnerabilidades
Eduardo Bouças, CEO da companhia, durante o Blockbit Day
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Entrevista Cleber Ribas – Blockbit
Antes de falar de soluções sofisticadas, é importante assegurar que o básico seja bem feito, com cuidados referentes a segregação de rede, gestão de acessos, usuários e senhas, controle de conteúdo eficaz, bom sistema de firewall de redes, sistema de prevenção contra intrusos (IPS) em todos os segmentos de rede e sistemas de antivírus e anti-spam sempre atualizados. Fazendo esse dever de casa, 99% dos ataques seriam bloqueados
está inserida em um mundo digital, está sujeita aos incidentes de segurança digital. Ainda assim, algumas empresas acreditam no mito de que não são relevantes para o cibercrime. Nesse contexto, vale lembrar que as pequenas e médias empresas podem estar mais vulneráveis que outras, justamente por terem menos volume de investimento, menos conhecimento ou profissionais especializados. Outro fator é que os cibercriminosos focam as PMEs por saberem que estas empresas não investem tanto em segurança da informação. Vemos cada vez mais ataques direcionados a este perfil de negócio. É claro que algumas indústrias, pelo seu perfil e tipo de negócios, são atacadas mais frequentemente. A indústria de serviços financeiros, serviços de governo e varejo online, são algumas que estão frequentemente no foco dos cibercriminosos e buscam se proteger com diversas tecnologias. Digital Security: Quais as principais formas que as empresas dispõem para se defender de ataques cibernéticos? Cleber Ribas: Atualmente, existem soluções muito avançadas para mitigação de riscos. A BLOCKBIT oferece produtos que protegem organizações de todos os portes contra o cibercrime. Desde tecnologia para gerenciar as vulnerabilidades internas em sistemas e políticas de segurança, prevenindo as brechas que promover incidentes de segurança passando por produtos para proteção ativa de infraestruturas, com monitoramento de tráfego, proteção contra ameaças avançadas e prevenção de intrusos, filtros de conteúdo WEB e garantia de comunicações criptografadas. Nossos produtos oferecem uma ótima experiência para proteção para empresas, não apenas pela inteligência de cibersegurança integrada a todos os produtos, mas pela facilidade de uso e gerenciamento por parte dos líderes de segurança da informação. Nesse ponto, é importante sublinhar que mesmo com o crescimento das ameaças globais, as empresas ainda precisam de mais investimentos para endereçar funções básicas de segurança. E aquelas que já investem em segurança, precisam reforçar as boas práticas para proteger seus ativos e informações. Basta um descuido para que todo o ambiente seja comprometido.
e conformidades, que monitora o status de segurança de todos os dispositivos de rede e aplicações WEB, avaliando eventos de acordo com uma extensa base de vulnerabilidades. Esse tipo de produto é uma tendência crescente, pois ajuda a reforçar as políticas de segurança, além de garantir conformidade com os padrões da indústria e regulamentações governamentais, incluindo o Marco Civil da Internet. Para gerenciar de forma centralizada o portfólio de produtos avançados para segurança de redes, lançamos também o BLOCKBIT GSM (Global Security Management), que endereça o desafio de gerenciamento das políticas de segurança de rede em diferentes unidades organizacionais. A plataforma garante o máximo de flexibilidade e abrangência na gestão de configurações e políticas de segurança. Além disso, é a única tecnologia brasileira com a capacidade de consolidar e arquivar todos os registros de conexão, de acesso a aplicações de internet, de dados pessoais e de conteúdo de comunicações privadas em conformidade com as regulamentações do Marco Civil da Internet. Digital Security: Como é o perfil de empresa preferida pelos hackers? Existe uma vertical mais vulnerável? Cleber Ribas: Toda empresa que usa recursos conectados, que
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Entrevista Cleber Ribas – Blockbit
Evento Blockbit Day: um dia inteiro dedicado ao conhecimento sobre ataques cibernéticos e segurança
Digital Security: Há alguns anos, um ranking colocou o Brasil como um dos países mais vulneráveis a ataques cibernéticos. Como é essa realidade hoje? Cleber Ribas: A despeito dos rankings, a segurança da informação é uma necessidade real, pois o perigo cibernético é real. O Brasil sofre como outros países, pois temos um mercado dinâmico, onde o cibercrime identifica oportunidades. Diante desse cenário, as organizações brasileiras começaram a investir na implantação de políticas de segurança da informação devido aos prejuízos financeiros que sofreram, porém o tema ainda não é prioridade para a maioria delas. Vale ressaltar que mesmo com essas primeiras iniciativas, é fundamental educar os colaboradores das organizações sobre a importância da prevenção ao adotar as boas práticas de cibersegurança, pois só assim se reduz a probabilidade de ataques e vazamentos. Digital Security: Existe uma política brasileira ou mundial para combater os ataques cibernéticos? Cleber Ribas: Atualmente, existem políticas tanto brasileiras como internacionais que visam a prevenção de ciberataques e zelam pela privacidade dos dados do usuário. No entanto, ainda não existe regulamentação clara e efetiva para punir os cibercriminosos, uma vez que se trata de uma modalidade relativamente recente. No Brasil, o Marco Civil da Internet (lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014), é responsável por estabelecer os princípios e garantias normativas do convívio civil na rede mundial online de computadores. Seu objetivo é prever as práticas cibercriminosas e zelar pela privacidade dos usuários, assim como garantir a livre expressão online. Com sua reforma mais recente (DECRETO Nº 8.771, DE 11 DE MAIO DE 2016) a lei reforçou a proteção dos dados dos usuários, até mesmo dos provedores de internet fomentando a transparência na requisição de dados. O Marco Civil da Internet (lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014) define os direitos e deveres de cidadãos e empresas na internet com base nos princípios da Neutralidade da rede, Privacidade e armazenamento de dados de usuários e Registro dos Acessos (que envolve a guarda dos registros de conexão dos usuários). Ao falar de legislação internacional, há também a Regulamentação Geral da Proteção de Dados da União Europeia, que privilegia o usuário, uma
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vez que obriga as empresas a informá-lo antes de usar seus dados. Isso muda radicalmente a forma como são gerenciados os dados pessoais atualmente. A regulamentação entrará em vigor a partir de maio de 2018. Atualmente, existem políticas tanto brasileiras como internacionais que procuram zelar pela privacidade dos dados do usuário, mas ainda não existe regulamentação clara e efetiva para punir os cibercriminosos. Digital Security: Em sua opinião, qual é o modelo de proteção que as empresas vão adotar para se prevenir contra os ataques via ransomware? Cleber Ribas: Antes de falar de soluções sofisticadas, é importante assegurar que o básico seja bem feito, com cuidados referentes a segregação de rede, gestão de acessos, usuários e senhas, controle de conteúdo eficaz, excelente sistema de firewall de redes, sistema de prevenção contra intrusos (IPS) em todos os segmentos de rede, sistemas de antivírus e anti-spam sempre atualizados, processo constante de gestão de vulnerabilidades, dentre outras camadas de proteção. Fazendo esse dever de casa, 99% dos ataques seriam bloqueados e a partir daí você pode investir em sistemas de segurança mais sofisticados, além de educação do usuário, claro, que deve ser permanente. Digital Security: Como é a formação do profissional especializado a atuar nesse segmento? Cleber Ribas: Primeiro, o profissional deve se formar em disciplinas relacionadas à computação, tais como Engenheira de Sistemas ou Ciências da Computação. Além disso, com as demandas atuais na área é necessário possuir conhecimentos sólidos e atualizados em linguagem de programação, cibersegurança, segurança na nuvem, amplo conhecimento em avaliação e gestão de risco, junto com outras habilidades, tais como uma excelente capacidade de análise crítica e comunicação. Digital Security: Podemos dizer que o Brasil está preparado para criar esse tipo de profissional? Cleber Ribas: Sim, o Brasil tem excelentes instituições acadêmicas e profissionais especializados na área. A qualidade na área vem melhorando constantemente, e essa especialização tem de ser um caminho sem volta diante dos desafios que trazem as novas tecnologias e as demandas do mercado corporativo. DS
Eventos DS EXPERIENCE
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Digital Security promoveu no dia 28 de Novembro o DS Experience, um dia todo voltado para a troca de conhecimento para os segmentos de Condomínios, Varejo e Hospitais. Realizado no Novotel Center Norte, o evento reuniu profissionais e especialistas em três salas simultâneas que trouxeram workshops, debates e demonstração de soluções para cada um dos segmentos. Cada uma das salas contou com um workshop de duas horas focado nas necessidades específicas de cada um dos segmentos, uma mesa de debate com usuários, especialistas em segurança e em legislação e apresentação de um fornecedor com as soluções voltadas para a área. Ao fim do evento, as três salas se uniram para uma
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palestra master com a presidente da Associação Brasileira de Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), Selma Migliori. Durante o evento, nossa equipe realizou entrevistas ao vivo com alguns dos palestrantes e patrocinadores, incluindo as empresas Digifort, Hikvision, ISS e HID Global. O conteúdo completo, você pode conferir realizando a leitura do QR Code ao lado. Além disso, preparamos uma edição especial da Revista, com um Case Study de cada uma das verticais abordadas no DS Experience. Nas próximas páginas, você poderá conferir as possibilidades que os sistemas e procedimentos de segurança têm a oferecer aos negócios e pessoas. Boa leitura! DS
SIA SUBTITULO
Confira as entrevistas em vĂdeo realizadas ao vivo durante o evento:
Confira a galeria completa de fotos do evento: 33
Case Study COOP - Varejo
Sistemas de segurança agem A Cooperativa de Consumo, uma das maiores redes supermercadistas do Brasil, apostou na solução Gatecash da Gunnebo e alcançou uma redução de até 50% na perda de alguns itens
por Gustavo Zuccherato
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s perdas associadas a roubos, furtos e problemas operacionais nas atividades de comercialização de bens atingiu a marca de 2,28% do faturamento líquido das empresas varejistas brasileiras, conforme estudo anual divulgado em dezembro de 2016 pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR). Percentualmente, o número não parece ser dos mais altos, porém não se pode deixar de considerar que esta vertical de mercado abarca toda e qualquer empreendimento que venda diretamente ao consumidor, seja um supermercado, farmácia, loja de material de construção, de produtos eletrodomésticos, eletroeletrônicos, vestuário, entre outros. Dito isto, esse mercado possui uma representatividade no PIB Nacional na ordem de R$ 5,9 trilhões, movimentando milhões todos os dias. Portanto, as perdas, mesmo que percentualmente pequenas, podem representar milhares de reais de prejuízo às empresas que, obviamente, repassam ao consumidor. Por isso, a prevenção de perdas deve estar presente em todos os pontos da cadeia de varejo, desde o estoque até o momento da ven-
da. Mas o checkout é, sem dúvida, um dos pontos mais vulneráveis da loja, concentrando cerca de 40% das perdas interna, segundo o levantamento da IBEVAR. Por isso é preciso estar sempre atento ao Ponto de Venda (PDV) e contar com equipamentos que facilitem e controlem sua rotina. No segmento supermercadista, que figura dominando mais da metade da lista das 50 maiores empresas varejistas do Brasil, doces, bebidas e perfumaria representam 53% das perdas em quantidade de produtos. Em termos de valores financeiros, no entanto, as carnes, bebidas e eletrônicos são o que mais geram prejuízo, respondendo por 53% das perdas. Já com uma equipe dedicada e de olho nestes indicativos, a Cooperativa de Consumo (Coop), considerada uma das maiores cooperativas de consumo da América Latina e 14ª colocada no ranking dos maiores supermercados do Brasil de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), solucionou parte seus problemas com a solução Gatecash da Gunnebo. No período de três meses, as lojas de Santo André, Mauá e São
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Case Study COOP - Varejo
COOP de Santo André foi uma das três lojas-piloto que testaram a tecnologia. Hoje, todas as 30 lojas da rede estão recebendo o sistema.
Bernardo, na região metropolitana de São Paulo, testaram a tecnologia que analisa os processos de venda com o principal objetivo de identificar as perdas, geralmente causadas por erros de processos de funcionários e furtos de clientes. “A solução da Gunnebo é composta, basicamente, por um servidor, uma câmera para gravar as imagens e um microfone para gravar o áudio, auxiliando na verificação do contexto quando for necessária a análise”, explica Hailton Santos, diretor comercial da Gunnebo. “No servidor, nós instalamos o software Gatecash, desenvolvida em parceria com a Ponfac, que trabalha integrado ao software do PDV para buscar informações do Cupom Fiscal, permitindo assim correlacionar vídeo, áudio e dados a partir das ações de maior risco no PDV, assim como a programação de alertas”. A solução também pode ser integrada ao sistema de CFTV já existente na loja, seja ela IP, Analógica ou AHD. O atendimento para implantação do sistema e sua precificação é personalizada, seguindo as necessidades específicas de cada empreendimento. Além da venda direta, também é oferecida a possibilidade de locação da solução, incluindo os serviços de treinamento e manutenção.
Segundo levantamento da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), Carnes representam 20% das perdas em termos de valores financeiros. O índice é seguido por bebidas (20%), eletrônicos (13%), perfumaria (12%) e doces (11%).
Os caixas da loja de Santo André utilizam câmeras Intelbras VMD 240 DN
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“Oferecemos também o serviço de Monitoramento Especializado Gunnebo, no qual fornecemos uma equipe de pessoas treinadas e dedicadas para auxiliar no processo de prevenção de perdas com o auxílio do Gatecash”, pontua. “Desta forma, o cliente não perde tempo com a contratação, curva de aprendizado, folga, férias, turnover na operação do sistema, focando nas ações corretivas e preventivas”. Segundo o executivo, a Gunnebo já implementou a solução Gatecash em mais de 3500 PDVs por todo o Brasil e, baseado em informações fornecidas por parte de seus clientes, o sistema possui um retorno de investimento entre 6 e 12 meses.
Case Study COOP - Varejo
Solução é composta de uma câmera e um microfone instalados no PDV, além de servidor com o software Gatecash integrado ao de automação comercial
Redução de até 50% nas perdas O Gatecash trouxe uma nova visão sobre os itens mais furtados ou que não eram registrados no caixa da COOP. Mais focada, a área de prevenção de perdas conseguiu desmistificar alguns tópicos, como o fato de itens menores serem os grandes geradores de perdas por serem mais fáceis de roubar. “Descobrimos que produtos como leite, cerveja, refrigerante e água eram os que mais impulsionavam as quebras não identificadas. Com o sistema já reduzimos em 30% as nossas perdas”, destaca Antonio Guilherme, Gerente de Riscos e Prevenção de Perdas. O índice geral de perdas da Coop em suas 30 lojas gira em torno de 1,65%. Sendo os itens mais furtados, picanha, contra filé, carga para gilete, protetor solar, desodorante aerossol, chocolate e chiclete. Após a instalação do Gatecash, o maior problema detectado foi o “esquecimento” dos operadores de caixa na hora de registrar alguns produtos, ou seja, por falta de atenção, muitos alimentos não eram cobrados na conta final do cliente. Com as ações de treinamento dos colaboradores e o apoio da tecnologia, cada loja conseguiu reduzir em aproximadamente 50% das perdas em itens como cerveja e leite. “Antes o colaborador fazia o registro de um produto e deixava de cobrar as unidades restantes, valor que não era cobrado na conta do cliente e automaticamente causava perdas para o estabelecimento”, relata o gerente da rede. O Gatecash tem como grande diferencial a contagem cruzada com o que foi efetivamente registrado no PDV, gerando alertas em tempo real no caso de inconformidades. Trocando em miúdos, caso o operador de caixa passe um produto, mas não o registra, um sinal é emitido. Se o produto não for registrado, há consultas nos bancos de dados que permitem a identificação. “O Gatecash permite a programação de tudo que será monitorado através do uso de filtros e análise de vídeo”, diz Hailton Santos. “Um exemplo é o caso da compra de leite ou cerveja. É raro o cliente levar apenas uma unidade destes produtos. Assim, o sistema foi programado para que, toda vez que o operador do PDV passar um desses itens pelo scanner de código de barras, ele ser obrigado a digitar o multiplicador de quantidade”. Outros exemplos citados pelo diretor comercial são o caso do operador do PDV conhecer o cliente e agir deliberadamente para fraudar o sistema e deixar com que ele leve produtos sem pagar. “O operador pode obstruir a leitura do código de barras e fingir que está passando pelo scanner. Em supermercados onde a supervisão é feita de maneira física por uma pessoa, isso pode passar despercebido. Com o Gatecash, o vídeo detectará que o produto foi passado pelo scanner, mas não foi registrado pelo sistema de gestão e alertará em tempo real a ocorrência”. Com o controle da operação no caixa, a partir do momento que é identificado um erro de processo, ou até uma possível fraude, o
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Hailton Santos, diretor comercial da Gunnebo
gerente da loja, é acionado para que passe instruções de aperfeiçoamento de trabalho para o operador. “Antes, os erros eram descobertos somente nos inventários ou com denúncias. Agora, as análises são feitas através de consultas parametrizadas verificadas no sistema do Gatecash. Ou seja, após a análise das ocorrências, o feedback ocorre na hora”, completa Antonio Guilherme. Outras das vantagens oferecidas pelo Gatecash, segundo Hailton Santos, é que o varejista não precisa ter uma equipe dedicada para acompanhar visualmente em tempo real tudo que está acontecendo. “As notificações são automáticas e os relatórios podem ser acessados sempre que necessário, permitindo a sua classificação, como fraude, furto, erro operacional ou outra situação”. “Um fato curioso que acontece depois da implantação do Gatecash é que alguns operadores de caixa acabam pedindo demissão, porque tiravam um segundo salário a partir destes furtos”, relata. Além de ser um eficiente sistema de análise e auditoria dos processos de vendas para identificar fraudes e erros no cumprimento dos procedimentos, na hora exata em que elas ocorrem, o Gatecash também propiciou um melhor atendimento ao cliente. “Com o sistema, a conferência de divergências entre o valor pago e a quantidade de itens que um cliente leva tornou-se mais eficiente. Como a operação é gravada, os casos de dúvidas são rapidamente resolvidos”, explica o Gerente de Riscos e Prevenção de Perdas da Coop. O resultado final foi extremamente positivo e a solução está sendo implantada em toda a rede de 30 lojas, que juntas têm 1,7 milhão de cooperados e mais de 5,9 mil colaboradores diretos. DS
Case Study Condomínio Supremo
Otimização de Depois de sofrer duas invasões, o Condomínio Supremo em Guarulhos buscou o auxílio da Equalipro Consultoria para elevar seus níveis de segurança baseado em suas necessidades específicas por Gustavo Zuccherato
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s razões para escolher um condomínio como lar podem variar de família para família mas, em qualquer contexto, um dos principais desejos é a maior segurança. Para oferecer isso, as estratégicas básicas são as mesmas: algumas câmeras são instaladas nos pontos de circulação, um porteiro controla o acesso de moradores, prestadores de serviços e visitantes, e um ou mais vigilantes realizam rondas periódicas pelo espaço. Isso, no entanto, já não tem bastado frente às técnicas desenvolvidas pelos criminosos. Os cenários e as situações são das mais diversas. Uma pessoa chega a uma das portarias de um condomínio de grande porte com várias entradas e anuncia que mora em outro bloco, pedindo para entrar por ali para cortar caminho. Andando pelo condomínio, aproveita a entrada de um morador em uma das torres para “pegar carona” e subir pelos andares, vasculhando por apartamentos vazios e mais fáceis de serem invadidos e, na melhor das oportunidades, pratica o furto. Em outro exemplo, aplicável à condomínios de qualquer porte, é o caso de um morador chegar acompanhado em seu carro e adentrar diretamente no estacionamento, sem nenhuma verificação. Quando há a figura do controlador de acesso, muitas vezes, a li-
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beração é feita apenas por conhecer o dono do carro, sem pedir a identificação dos acompanhantes. Dentro do veículo, no entanto, estão assaltantes, que renderam o morador no trânsito e o obrigaram a levá-los para dentro do condomínio. Além disso, ainda há os óbvios perigos da falha nos sistemas de segurança, como a impossibilidade de identificação de invasores pelas câmeras de CFTV por uma queda de energia ou um leitor biométrico impreciso que pode acabar liberando pessoas não cadastradas no sistema. Foi por conta de um desses problemas que o Condomínio Supremo precisou rever sua abordagem de segurança. Localizado no município de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, o complexo possui 276 apartamentos divididos por três torres e oferece diversas opções de lazer para seus moradores, incluindo piscina, academia, quadras poliesportivas, entre outras comodidades. Todo dia, cerca de 1.200 pessoas circulam pelos 48 mil m² de área do condomínio, incluindo moradores, visitantes, funcionários e prestadores de serviço. “A primeira torre foi entregue pela construtora há aproximadamente 5 anos e a última um ano depois. Porém, os espaços foram
Case Study Condomínio Supremo
Entre as estratégias adotadas para melhorar a segurança estão entradas independentes para moradores e visitantes e o uso de biometria para autenticação
entregues sem acabamento e equipamentos. Logo no começo, os moradores se organizaram e estabeleceram que a administração seria orgânica e, a partir daí, foram feitas as escolhas e tomadas as decisões”, relata José Carlos da Silva, subsíndico do condomínio. “No entanto, pela rapidez e forma com que esse processo foi feito, sem a participação de todos os moradores das três torres, o sistema de segurança escolhido não atendia nossa necessidade e apresentava falhas graves, o que acabou resultando na invasão do condomínio por duas pessoas, que furtaram três apartamentos e gerou um pânico enorme. A partir daquele momento, houve a necessidade de se qualificar para buscar um maior nível de segurança”. Por isso, o síndico Júlio Santos decidiu ir até um encontro setorial para analisar as possíveis alternativas, onde conheceu a Equalipro Consultoria. Fundada por Leandro Santos, a empresa estabeleceu um novo patamar em otimização de segurança dedicado a condomínios. Sua proposta é baseada em um atendimento personalizado para cada condomínio, oferecendo avaliação de riscos e vulnerabilidades ao correlacionar a tríade SHP – Sistema | Homem | Procedimento em uma ferramenta de análise própria, denominada Condo-Rating. “Ao avaliar estes pontos, baseado em informações dos condomínios e levantamentos que fizemos durante os anos tanto na Secretaria de Segurança Pública quanto em boletins de ocorrências das regiões, nós descobrimos que o aspecto do procedimento responde por 50% das falhas em segurança dos condomínios. O criminoso se aproveita de falácias tentando associar parentesco a um condômino,
inclusive dizendo que está em posse das chaves do apartamento, para adentrar aos locais e praticar os furtos”, pontua Leandro Santos. “Ainda assim, procedimentos bem estabelecidos não funcionam se o ‘homem’ não estiver bem treinado e os sistemas não estiverem funcionando adequadamente. Por isso, a Equalipro trabalha com diversos braços de serviços nestas três abordagens”. Logo que adentrou neste projeto, a consultoria inseriu seu método de trabalho e constatou uma pontuação bastante baixa de segurança, principalmente no acesso ao condomínio. “A empresa que havia instalado todo o hardware e software de controle de acesso cometeu diversas falhas de parâmetros, sendo a mais grave a redução do nível de aceitação/leitura da biometria digital, permitindo duplicidade no acesso. Por conta disso, o condomínio apresentou dois casos de pessoas não cadastradas por biometria digital que geraram acesso por meio dela”, relata Leandro. “Assim, sem solução por diversos meses, foi solicitada a retirada dos equipamentos e a abertura de um processo entre o condomínio e a empresa prestadora. A Equalipro se colocou como perícia técnica, a fim de validar os erros de instalação e parâmetros, e o condomínio ganhou a causa”, ressalta. Além deste problema na portaria de pedestres, o Condomínio enfrentava dificuldades na entrada do estacionamento. “Tínhamos um sistema de tags que não oferecia uma leitura rápida e precisa: o morador chegava com seu carro e tinha que ficar manobrando para conseguir ativar o sistema e abrir o portão. Com a entrega das outras torres, a demanda foi crescendo e esse processo foi cau-
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sando um transtorno e um descontentamento muito grande dos moradores”, relata Edevaldo Santiago da Silva, zelador responsável por coordenar as equipes de portaria, limpeza e manutenção. A partir destas constatações, então, a Equalipro pôde sugerir melhorias e efetivamente começar a agir para auxiliar na dissuasão de qualquer nova tentativa de invasão. O primeiro ponto de ataque, segundo Leandro, foi no sistema de vídeovigilância. O Supremo já possuía um sistema analógico instalado, com câmeras Tecvoz, mas que não cobria com precisão todo o trajeto feito pelas pessoas. Por isso, a consultoria redesenhou a topologia do sistema de CFTV e optou por complementá-lo com outras 14 câmeras HD, visando cobrir todo o trajeto de circulação, dos portões de entrada aos saguões de acesso de cada torre. Em seguida, foram definidas as mudanças necessárias no controle de acesso do condomínio. A princípio, foi estabelecido que houvesse clausura dupla na entrada de pedestres e dois portões para a entrada de veículos. No primeiro caso, uma das clausuras é específica para o atendimento e cadastro de visitantes e prestadores de serviço, enquanto a segunda fica livre para os moradores entrarem e saírem sem ter contato direto com a portaria e pessoas ainda não-autorizadas a adentrarem ao condomínio. A mudança na entrada de veículos, por sua vez, foi visando estabelecer uma autenticação mais efetiva do condutor e acompanhantes antes do acesso real ao estacionamento. Determinadas as especificações técnicas de sistemas, a administração do Supremo foi ao mercado e, após a análise e equalização das propostas pela Equalipro, encontrou na empresa Projeto 5005 a melhor relação custo/benefício em termos de equipamentos. Para as câmeras, a escolha ficou por conta de modelos HD e Full HD IP bullet e dome da Squilla Security. Entre os recursos, as câmeras oferecem Compensação de Luz de Fundo (BLC, da sigla em inglês), infravermelho inteligente e são a prova de água. “Não queríamos onerar o Condomínio com a troca de todos os equipamentos de uma vez, por isso o processo de instalação é gradual, sempre com acompanhamento e validação da Equalipro”, pontuou Leandro Santos. “Além disso, o sistema de cadastro para controle de acesso já era Squilla, facilitando a integração com o VMS para que eles trabalhassem em conjunto, incluindo gravação de imagem por detecção de eventos de acesso”. Com o posicionamento estratégico das câmeras, atualmente cerca
Mesmo moradores tem que ser liberados pelos porteiros antes de entrarem no condomínio
Na portaria, duas estações exibem as imagens das câmeras 24 horas por dia
de 50% da área total do condomínio é monitorada com aproximadamente 80 câmeras. As imagens são acompanhadas em dois mosaicos diretamente da portaria do condomínio e também há a possibilidade de verificá-las em um rack que concentra os switches de rede Dell X1026P, o Power Balun PVT-8000 da Onix Security para alimentação e transmissão de dados das câmeras analógicas, e o DVRs Tecvoz, Giga Security e Intelbras que armazenam as gravações por até 28 dias. Seguindo as mudanças essenciais relacionadas a sistemas, a Equalipro especificou uma solução biométrica que oferecesse mais confiabilidade para o Condomínio Supremo. Por isso, optou pelos leitores MA300 da ZKTeco. Com estrutura metálica e certificação IP65 para ser a prova de poeira e água, a solução é ideal para aplicações externas, podendo registrar até 1.500 digitais e até 10 mil cartões de acesso Mifare. No Condomínio Supremo, a solução foi implantada na entrada da clausura para moradores e antes do segundo portão do estacionamento, fazendo com que seja necessário que o condutor se identifique antes de ter o acesso liberado pelo porteiro. Caso esteja acompanhado, explica Edevaldo, a orientação é que os acompanhantes também sejam identificados e cadastrados com documento de identidade antes de ter o acesso liberado. O acionamento do primeiro portão na entrada de veículos, por
Condutores de veículos tem que se identificar por biometria antes do segundo portão ser liberado
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sua vez, também ganhou uma atualização, com uma Antena Leitora da ACURA Global, visando melhorar a resposta na leitura das tags. Em termos de infraestrutura, Leandro relata que foi aproveitado o cabeamento já instalado, mas algumas reformas ainda foram necessárias, com a passagem de cabeamento Furukawa Cat5E para as novas câmeras IP e cabos blindados Legrand para o controle de acesso. “Esse novo sistema implementado é muito mais prático para cadastrar e identificar moradores e visitantes, facilitando nosso trabalho”, ressalta Edevaldo. “Até então, a antiga empresa não havia nos dado apoio nenhum e, agora, com a Equalipro e a Projeto 5005 temos suporte sempre que precisamos”. Mas não é só em equipamentos que a segurança do Condomínio Supremo foi otimizada. Grande parte do trabalho personalizado da Equalipro neste disputado mercado diz respeito ao treinamento e auditoria dos serviços prestados pela companhia. Já no cerne da sua atuação (leia mais em “Braços de serviço”), a Equalipro estabeleceu o plano diretor do condomínio junto à ad-
ministração e ofereceu sua rotina de treinamento aos controladores de acesso e demais funcionários, além das palestras dedicadas aos condôminos, visando diminuir sua resistência às novas regras e metodologias estabelecidas. “Como viemos de casa e não somos síndicos profissionais, nós não tínhamos nenhum conhecimento em segurança para condomínios”, conta o subsíndico José Carlos. “A Equalipro foi importante para nos trazer esse conhecimento, não só para nós da administração, mas principalmente aos funcionários e moradores, com palestras didáticas orientando passo a passo todos os processos que decidimos ter para alcançar um maior nível de segurança”. Segundo Leandro Santos, todo o processo, da visita inicial aos treinamentos, passando pelo resultado dos laudos e implantação dos sistemas, durou aproximadamente 10 meses e, atualmente, a Equalipro realiza testes de conformidade periódicos, simulando possíveis tentativas de invasão com o auxílio de uma empresa terceirizada, além de prestar apoio sob demanda ao condomínio. DS
Braços de serviço
A
principal ferramenta de trabalho da Equalipro é o Condo-Rating, um sistema que analisa as vulnerabilidades por meio de centenas de variáveis criadas em Probit. “O Probit é um modelo econométrico que estabelece a probabilidade de vitimização do condomínio em função das suas principais características, como por exemplo a localização, procedimentos de segurança, sistemas de segurança, entre outros. Ao inserir essas informações na ferramenta, o Condo-rating estabelece uma pontuação para cada aspecto de segurança do condomínio e, com isso, gera um plano de ações com hierarquia de urgência, fazendo com que o empreendimento invista exatamente no que melhor impactar a segurança considerando a tríade SHP”, explica Leandro Santos. No que tange a sistemas, Leandro conta que a Equalipro fica responsável por criar toda a especificação e desenho técnico dos sistemas de segurança para o condomínio. “Após isso, abrimos duas possibilidades: ou nós mesmos implantamos o sistema ou abrimos uma licitação de concorrência. Independente da escolha, nós fazemos a equalização das propostas para mostrar ao condomínio qual a opção que oferece melhor custo-benefício segundo suas necessidades e acompanhamos a instalação”. Sobre a questão do homem, o foco é no treinamento: não só da equipe técnica de operação do sistema, mas também integrando os moradores no processo. Pensando nisso, Leandro estabeleceu uma sociedade com o professor universitário e da academia de polícia e delegado do DEIC – Departamento Estadual de Investigações Criminais, Carlos Alberto da Cunha, trazendo todo o conhecimento de campo para o atendimento. “Combinando nossos anos de experiência trabalhando com segurança, constatamos que, muitas vezes, os moradores, controladores de acesso e demais funcionários que trabalham nos condomínios não tem consciência do quadro real de segurança que envolve o bairro, a cidade, o estilo de vida e o perfil do condômino”, diz Cunha. “Por isso, a Equalipro desenvolve um treinamento totalmente personalizado que faz com que o controlador de acesso tenha pleno conhecimento do que o condomínio está
Os sócios da Equalipro Consultoria, Leandro Santos à esquerda e Carlos Alberto da Cunha à direita
trabalhando e que mostre a realidade da região para os condôminos, visando diminuir a sua resistência as regras estabelecidas e criar uma cultura de segurança”. Por fim, relacionado ao procedimento, a atuação da empresa de consultoria é na elaboração do protocolo de acesso e na sua inserção no plano diretor do condomínio. Outros diferenciais destacados pelos sócios são o acompanhamento, a continuidade e a auditoria das ações sugeridas pela Equalipro. “Normalmente, as empresas fazem a implantação de sistemas de segurança no condomínio, treinam o controlador de acesso, dão algumas palestras aos moradores e saem do local. Nós, por outro lado, fazemos uma consultoria contínua, por um período de aproximadamente 6 meses”, explica Cunha. Segundo Leandro, esse processo “abarca também a auditoria com empresas terceirizadas para verificar se todos os controladores e condôminos estão seguindo as regras, incluindo simulações de tentativas de invasão com pessoas dos mais diferentes perfis”. Nestes cinco anos de existência, a Equalipro Consultoria já atendeu mais de 60 clientes de vários portes na cidade de São Paulo e região metropolitana.
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Case Study Hospitais Estaduais em Sorocaba e São José dos Campos
Tecnologia para segurança Os novos hospitais paulistas de Sorocaba e São José dos Campos são os primeiros do Brasil a investir em solução integrada de farmácia automatizada e correio pneumático
por Gustavo Zuccherato
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esde 2014, o Estado de São Paulo está se preparando para receber três novos complexos hospitalares: o Hospital Pérola Byington, na região da Nova Luz, centro da capital paulista, e os hospitais estaduais de Sorocaba e de São José dos Campos, no interior do Estado. Frutos de uma parceria público-privada (PPP) com a Construcap CCPS Engenharia e Comércio S/A, vencedora da licitação, os empreendimentos tem investimento de R$ 772,2 milhões que compreendem o planejamento arquitetônico e funcional, a construção, compra, e instalação completa, manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos hospitalares e a instalação e manutenção de recursos de tecnologia de comunicação e informática, bem como a gestão dos serviços não clínicos, denominados “bata cinza” dos três complexos hospitalares, que permanecerão totalmente integrados ao Sistema Público de Saúde e subordinados à Secretaria da Saúde. Pela licitação, as três unidades terão certificação de Qualidade Nacional e Internacional e deverão realizar atendimentos de média e alta complexidade em áreas de maior demanda. A previsão de entrega dos complexos está programada para março de 2018.
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Os terrenos para construção dos Hospitais de Sorocaba e São José dos Campos foram doados pelas respectivas prefeituras e a operação clínica dos dois hospitais será realizada via contrato com Organizações Sociais de Saúde. “O principal benefício da PPP para a construção de hospitais está na agilidade para a implantação dos serviços associada à economia de recursos públicos. Por meio de parcerias como essa, conseguiremos ampliar o acesso da população a serviços de alta qualidade e complexidade que serão referência regional”, disse David Uip, secretário de Estado da Saúde de São Paulo, quando do anúncio da parceria. O contrato entre a empresa privada ganhadora da licitação e o Estado terá duração de 20 anos, com previsão de aportes e incorporação de novas tecnologias durante esse período. Se tratando de uma PPP, o interesse pelo retorno de investimento no menor prazo possível é total. Por isso, a busca por soluções tecnológicas que facilitam a operação e diminuem chances de perdas é incessante desde a concepção do projeto. Partindo deste ponto de vista, uma das possibilidades encontradas pela concessionária –e já prevista em licitação - foi o uso
Case Study Hospitais Estaduais em Sorocaba e São José dos Campos
O Swisslog PillPick une diversos equipamentos que fazem a separação, unitarização e identificação dos medicamentos
As cápsulas do sistema TranspoNet da Swisslog levam os materiais, medicamentos, orteses, próteses e materiais especiais para os postos de enfermagem
do chamado Correio Pneumático, que permite o envio de rápido e preciso de pequenos objetos através de cápsulas cilíndricas e tubos instalados nas paredes, acelerando os processos dentro do ambiente hospitalar. Visando implantar essa solução nos hospitais de Sorocaba e São José dos Campos, a Construcap contratou a L+M, uma renomada empresa integradora de soluções de tecnologia para o segmento de saúde, que ficou responsável pelo planejamento, projeto e acompanhamento desta instalação. O sistema de correio pneumático escolhido foi o TranspoNet da Swisslog. À medida que as obras avançavam, através do respeitado consultor Marcos Plana, a concessionária também tomou ciência das vantagens de um sistema de automatização de farmácia oferecido pela multinacional suíça. Denominado PillPick, a solução une diversos equipamentos que fazem a separação, unitarização e identifi-
cação dos medicamentos, evitando potenciais problemas de erros humanos nesta tarefa. Por isso, a Construcap optou por incorporá-la ao projeto e a integrá-la com o correio pneumático, sendo pioneira no Brasil nesta implantação. “Quando falamos sobre um orçamento de um hospital privado, a revenda de material e medicamento já chegou a representar 60% da receita do empreendimento. Do lado dos hospitais públicos, de 25 à 30% do custo de operação é ligado à compra de materiais, medicamentos e orteses, próteses e materiais especiais (OPME). Ainda assim, temos diversos hospitais que chegam à percentuais de desperdício de até 30% nessa cadeia logística, o que pode colocar o orçamento do ano inteiro a perder”, relata Lauro Miquelin, CEO da L+M. “Neste cenário, as soluções e tecnologias de informação e comunicação têm um papel fundamental para auxiliar na organização das informações e definição de processos que trazem rastreabilidade em todo o fluxo de trabalho”. Assim, já trabalhando no sistema de correio pneumático, a L+M precisou redesenhar o projeto, inclusive com intervenções arquitetônicas e de engenharia civil e elétrica dos complexos hospitalares, uma vez que as salas de farmácia precisavam abrir espaço para o robô de automação. “Nós utilizamos o software Revit da Autodesk para BIM (Building Information Modeling ou Modelagem de Informações de Construção), que inclui recursos para projetos de arquitetura, engenharia de sistemas mecânicos, elétricos e hidráulicos, engenharia estrutural e construção, gerando um modelo 3D com quantitativo de produtos que facilitou na visualização e na orçamentação do projeto pela Construcap”, destaca Julius Paiva, especialista de projetos da L+M. Com o auxílio do sistema de prontuário eletrônico previsto no edital, a solução integrada funcionará da seguinte forma: assim que os pedidos de medicamento forem feitos pelos médicos, a equipe farmacêutica separará as caixas e colocará no início do fluxo de trabalho. O robô, por sua vez, captará as informações de qual é o medicamento e sua data de validade, abrirá o blister e separará cada dose unitária em embalagens plásticas segundo a demanda. Logo em seguida, o sistema identificará as embalagens com código de barras e serialização, e tirará uma foto para a verificação futura. A partir daí, um robô pegará as doses unitárias dos setores específicos do hospital, colocará dentro das cápsulas e encaminhará para os postos de enfermagem ou farmácias satélite, tudo de forma automatizada e com rastreabilidade total.
O Hospital de Sorocaba terá 250 leitos, sendo 96 de UTI e 10 salas cirúrgicas e será voltado para atendimento de urgências e emergências
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Case Study Hospitais Estaduais em Sorocaba e São José dos Campos
Outro diferencial é a integração do sistema da Swisslog com o de controle de acesso dos hospitais. “Trabalhamos em conjunto com a Astec, empresa responsável pela automação predial, para integrar as bases de dados do controle de acesso Bosch com a dos terminais Swisslog de forma que os funcionários possam utilizar apenas um cartão Mifare para ter acesso às salas e ao sistema, trazendo mais segurança para a operação”, ressalta Paiva. “Essa foi uma personalização solicitada pelo cliente e a relação direta que temos com a Swisslog, aliada à nossa expertise em tecnologia, foi fundamental para possibilitar a integração”. “O foco é na segurança do paciente, uma vez que tratamos da aplicação de uma medicação em uma pessoa. Isso é um processo de altíssimo risco. A tecnologia aliada a processos bem definidos tem potencial de zerar qualquer erro neste processo”, ressalta Miquelin. Para o CEO da L+M, o projeto destes dois hospitais vai ser um divisor de águas no mercado da saúde brasileiro. “No Brasil, o uso de tecnologia de automação ainda é muito incipiente: apenas o
Lauro Miquelin, CEO da L+M
Julius Paiva, especialista de projetos da L+M
O Hospital de São José dos Campos terá 178 leitos, sendo 44 de UTI e seis salas cirúrgicas, com serviços de média complexidade
Hospital Sírio-Libanês e o Albert Einstein possuem uma solução de automação de farmácia, mas eles não são integrados ao correio pneumático. A partir do momento que o mercado ver essa solução integrada funcionando e as vantagens que ela trará, certamente essa tecnologia passará a ser vista com bons olhos”. DS
Estrutura dos complexos
L
ocalizado em uma área próxima à Rodovia Raposo Tavares, o Hospital Estadual de Sorocaba será voltado ao atendimento de urgências e emergências e contará com 250 leitos, dos quais 96 de UTI, e 10 salas cirúrgicas. O investimento na unidade, incluindo obra civil e os projetos, equipamentos médicos e mobiliários, tecnologia de informação, instrumentação cirúrgica e transporte, será de R$ 248,4 milhões. A unidade também contará com um serviço de diagnóstico por imagem completo, heliponto e um centro de ensino e pesquisa. O Hospital Estadual de São José dos Campos, por sua vez, será um serviço de média complexidade, com prioridade de atendimentos em traumas ortopédicos e neurologia. A unidade terá investimento de R$ 217,1 milhões e vai contar com 178 leitos,
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dos quais 44 de UTI, seis salas cirúrgica, serviço de urgência e emergência, serviço de diagnóstico por imagem e atendimento ambulatorial. Por fim, o Centro de Referência em Saúde da Mulher (Pérola Byington) será instalado no quadrilátero da Avenida Rio Branco, com as Alamedas Glete e Barão de Piracicaba e a Rua Helvetia. Terá 218 leitos, dos quais 22 de UTI, e 10 salas cirúrgicas. Com investimento total de R$ 306,7 milhões, o hospital irá oferecer, exclusivamente para as mulheres, atendimento ambulatorial, serviços de urgência e emergência, centro de diagnóstico por imagem, centro de reprodução assistida, unidade de cuidados paliativos, centro de referência para vítimas de violência sexual e tratamento especializado de câncer.
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4ª Feira Internacional de Tecnologia, Inovação, Infraestrutura e Soluções para Templos e Igrejas
2018
Organização
13 A 15 DE JUNHO
Mídias oficiais
Artigos Inovação
Hora de investimento em Sectechs no Brasil É importante que as grandes empresas se relacionem com startups para fomentar novas tecnologias e fortalecer o mercado de segurança por Diogo Vinicius*
O
crescimento do setor de tecnologia no Brasil é da ordem de mais de 20% ao ano, apesar da prolongada turbulência macroeconômica. Mesmo com a recessão do País, os gastos com tecnologia estão crescendo e o empreendedorismo florescendo. Muitos setores tradicionais da nossa economia, como a construção civil, bancos, educação, saúde e agronegócio, estão se dando conta de que é preciso acompanhar essa nova onda de inovação que as startups, empresas de tecnologia com rápido crescimento, estão trazendo aos seus respectivos mercados. Recentemente alguns dos maiores players da construção civil, como Gerdau, Tigre, Vedacit e Intercement, investiram em um grupo de startups focados em trazer inovação para o setor. No setor financeiro o movimento é o mesmo. Grandes bancos como Itaú, Bradesco e Banco Votorantim já se uniram às Fintechs, startups voltadas para o setor financeiro, através de programas como o CUBO e o InovaBRA. Outro grande setor da economia que entrou de cabeça na parceria e investimento com startups foi o agronegócio, através das Agtechs. Grandes empresas do setor, como a Monsanto e a BASF já investem em startups. Também encontramos fundos especializados em startups nos setores de educação (Edtechs) e saúde (Healthtechs). Mas e a segurança? O que os grandes players do mercado de segurança nacional estão fazendo para acompanhar esse movimento, já identificado por outros setores tradicionais do mercado? A segurança é a segunda maior preocupação entre os brasileiros, esse mercado movimentou mais de R$ 50 bilhões de reais em 2015 e com fortes indicadores de crescimento para os próximos anos. Porém, não há um movimento tão forte no sentido de buscar parceria com startups, como nos outros setores tradicionais da nossa economia. Esse tipo de parceria traz benefícios mútuos. É bom para as startups, que vendem seus serviços e produtos e constroem seus cases de sucesso com os grandes players do mercado e é bom para
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as grandes empresas, que consomem o que há de mais moderno e inovador e, em muitos casos, viram sócios da startup, adquirindo uma fatia da companhia. A aquisição de equity de startups, aliás, foi a forma mais barata e rápida que essas empresas tradicionais encontraram para inovar. Afinal, quanto custa manter um setor de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) em uma grande empresa. Quanto tempo leva para uma empresa, que não tem no seu escopo desenvolver produtos tecnológicos e inovadores, botar um novo produto no mercado? É quase uma questão de sobrevivência. Parcerias desse tipo trarão a possibilidade de geração de valor entre as empresas tradicionais e as Sectechs, startups focadas em resolver dores do mercado de segurança, seja segurança patrimonial, gestão de riscos, cyber security ou outros problemas sob o guarda-chuva da proteção de bens. Eu acredito firmemente que nunca tivemos um período tão propício para investimento em startups, especialmente na área de segurança. Há uma oportunidade ímpar para inovar e reinventar velhas indústrias, como se estivessem recomeçando. A união entre empresas tradicionais do mercado de segurança e empreendedores inovadores de sucesso nessas arenas de tecnologia trarão uma contribuição sem precedentes para o crescimento mais amplo e, acima de tudo sustentável, para o mercado de segurança do Brasil. DS
* Diogo Vinícius é CEO da FindMe Tecnologia, presidente da SecTech Brasil e membro da ABSEG
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JANEIRO CES 9 a 12 de janeiro Las Vegas – Estados Unidos A International Consumer Electronics Show 2018 trará um panorama tecnológico inovador para atualizar o público em temas como Computação, Software, Tecnologia da Informação, Internet, Eletrônica, Tecnologia, Eletrônica de Consumo e muitos outros temas. A Mostra Anual 2018 do CES vai abrigar sessões e workshops para fornecer conteúdo de alto nível para profissionais de Tecnologia da Informação. www.ces.tech
Intersec 21 a 23 de janeiro Dubai – Emirados Árabes Reconhecida como um dos maiores e mais abrangentes encontros para as indústrias de segurança e proteção, a Intersec oferece uma linha exclusiva de produtos das áreas de segurança. A feira promete ser ainda maior em 2018, apresentando mais de 1.300 expositores que mostrarão uma gama verdadeiramente abrangente de produtos em cinco pavilhões: Projeto de Segurança em Edifícios, Casa Conectada, Drones, Segurança Vestível e Carreira. www.intersecexpo.com
MARÇO Protect 5 a 6 de março Filipinas A PROTECT é uma exposição e conferência com foco internacional que a Leverage International (Consultants) Inc. organiza todos os anos nas Filipinas. Lançada em 2005 com o Conselho Anti-Terrorismo, a série PROTECT é a única parceria entre o governo e o setor privado no país dedicado à segurança. É composto por uma conferência de alto nível e uma exposição de alguns dos principais players do mercado. A exposição PROTECT é uma vitrine das mais recentes tecnologias, soluções e serviços para enfrentar os desafios de segurança. O evento deste ano terá como destaque a sua série de conferências sobre novos negócios em meio a novas ameaças.
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Trata-se de um fórum para comunicar áreas de preocupação em questões de segurança, que proporciona diálogo e debate entre as agências governamentais envolvidas, os gestores das infra-estruturas críticas e os responsáveis pela segurança e segurança dos negócios, da comunidade e da população local. www.protect.com.ph
ABRIL Seguridad Expo 24 a 26 de abril México Eleita entre as mais importantes feiras do segmento na América Latina, a Seguridad Expo reúne em um único lugar todas as verticais de segurança como videomonitoramento, controle de acesso, alarmes, combate a incêndio, cybersegurança e ciências forenses. Nela estão presentes todos os principais players mundiais do setor de segurança, tornando o evento um dos mais completos tanto para quem deseja adquirir novos conhecimentos, como conhecer as novidades tecnlógicas ou ampliar o networking. www.exposeguridadmexico.com
JUNHO Church Tech Expo 26 a 28 de junho São Paulo/SP A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e transmissão. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo, segurança e iluminação em templos e igrejas. www.churchtechexpo.com.br
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