9 772238 571003
Ano 8 • No 82• junho/2018
82 ISSN 2238-5711
www.revistadigitalsecurity.com.br
Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica
Entrevista ALESSANDRA FARIA DIRETORA REGIONAL PARA AMÉRICA DO SUL DA AXIS COMMUNICATIONS
Mackenzie
PROFISSIONALIZAÇÃO E MIGRAÇÃO PARA CFTV IP DIMINUEM CRIMES EM MAIS DE 90%
CRIADO NO BRASIL PREPARADO PARA
O MUNDO!
www.digifort.com.br
Exportado para mais de 130 países em 18 idiomas.
Editorial
Muito além Redação
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om projetos de alto nível de integração espalhando-se em larga escala pelo mundo e temas como IoT cada vez mais presentes no mercado de segurança, volta à cena uma antiga conhecida dos especialistas: a questão do armazenamento. De acordo com a pesquisa divulgada pelo IHS Market “Enterprise and IP Storage used for Video Surveillance Report”, há a previsão de crescimento anual para este setor na ordem de 17% ao ano, praticamente mais do que dobrando o faturamento, que salta de US$ 6 bilhões em 2016 para US$ 13 bilhões em 2021. Tais valores se mostram tão representativos que levaram empresas tradicionais do mercado de tecnologia da Comunicação, como Dell EMC, Huawei, NEC e Motorola, entre outras a entrar no mercado de segurança. E, ao mesmo tempo, obrigaram os vendedores de vídeovigilância tradicionais a oferecer sistemas de comunicação para complementar suas soluções de segurança. Essa mudança de paradigmas fez empresas de ponta do nosso mercado a apostarem forte em uma política de renovação da infraestrutura, com conceitos de nuvem e de servidores robustos. Os analíticos de vídeo baseados em Deep Learning prometem gerar um volume de metadados considerado inimaginável há anos atrás. Ao mesmo, aplicações envolvendo IoT com sensores conectados demandam plataformas computacionais cada vez mais rápidas e dinâmicas. Com a chegada das arquiteturas baseadas em Cloud, o jogo ficou ainda mais agressivo. Indo muito além da questão dos portfólios, essa evolução tecnológica em pouquíssimo tempo mudou o mercado e as regras do jogo. A convergência leva a novos modelos de negócios, uma vez que o mercado tradicional de vídeovigilância passa a ser altamente impactado por novos conceitos vindos da indústria de Comunicação. Um exemplo é uma plataforma de hardware aberta com um ecossistema de software relacionado, um conceito típico de TIC. Algumas empresas asiáticas estão introduzindo um conceito de vídeovigilancia, com o anúncio do conceito de câmera definida por software (SDC), que permite que os algoritmos de vídeo analítico sejam desenvolvidos por um ecossistema de fornecedores independentes de software (ISV), para rodar em uma câmera. De acordo com os fabricantes asiáticos, a SDC vai dissociar o software de seu hardware, com base em seu sistema operacional aberto, estrutura de integração aberta e plataforma de gerenciamento de algoritmo unificado na nuvem. Será interessante ver se o modelo SDC é capaz de funcionar como um smartphone, com um sistema operacional unificado, além de um ecossistema de aplicativos dinâmico. Além disso, práticas com vigilância de vídeo como um serviço (VSaaS) ou a análise de vídeo como um serviço (VAaaS) são mais dois exemplos contínuos de TICs que mudam os modelos de negócios tradicionais de vigilância por vídeo. Essas duas tecnologias oferecem aos fornecedores a possibilidade de gerar receitas recorrentes de forma regular, um conceito comumente usado para as TIC. Fato é que o mercado de videovigilancia está se tornando cada vez mais interconectado com outras indústrias. Onde antes havia apenas distribuidores de segurança e integradores fechados em um segmento, hoje atuam profissionais de altíssimo nível trabalhando com infraestrutura de Comunicação avançada e integrando diversos dispositivos IoT através de toda o rede. Esse trabalho árduo das companhias através de seus departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento é que vai definir as soluções que se posicionarão como líderes em um novo modelo de negócio dentro de um setor em reinvenção. Se for para uma mudança positiva – ainda que radical do mercado – que essas novas tendências cheguem com tudo e transformem o nosso antigo mundo em um novo horizonte de propostas inovadoras.
Eduardo Boni Publisher
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Publisher
Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente
Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial
Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br
Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br
Comercial contato@vpgroup.com.br
Presidente & CEO Presidência e CEO
Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br
Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo
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Sumário
produtos e serviços
Digifort
pg10 Versão 7.2.1 chega ao mercado com melhorias em performance e usabilidade
Mercado
pg12 Sistema Único de Segurança Pública é aprovado
Governo
CASE STUDY
Mackenzie
pg20 Desde 2011, a universidade mudou sua abordagem contratando uma equipe qualificada e migrando seu sistema de CFTV analógico para IP, resultando em uma diminuição de mais de 90% nos crimes dentro do campus
Hospital das Clínicas
pg26 Solução de RFID, videomonitoramento e controle de acesso integrados por plataforma IoT reduz riscos e preserva a saúde de pacientes transplantados
entrevista
Alessandra Faria
pg28 Diretora Regional para América do Sul da Axis Communications
Eventos
Smart Show Axis
pg 14 Evento roda pelo país para mostrar, na prática, o portfólio de soluções integradas da companhia
Segurpro Soluções Integradas pg 16 Primeira edição do encontro na América Latina apresentou cases da GLP, Vale e Grupo Ultra para discutir o papel da segurança privada no auxílio à segurança pública
De olho em expandir sua atuação para além de projetos de alto nível e fortalecer seu relacionamento com usuários-finais, a Axis está reformulando sua estratégia de atuação.
Kick off Dahua pg 17 Fabricante chinesa fecha parceria com distribuidora Dimensional para expandir negócios ARTIGO
Impedir a escalada da violência no Brasil é possível, desde que haja inteligência, planejamento e integração pg33
agenda
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Banco de dados
Poder de processamento
Deep Learning
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL O FUTURO DA SEGURANÇA ELETRÔNICA
Reconhecimento Filtragem de Facial Falsos Alarmes
Contagem de Pessoas
Algoritmos Estruturados
Busca e Comparativo de Pessoas
Mais segurança e mais inteligência ao seu alcance.
Produtos e Serviços Digifort
Versão 7.2.1 chega ao mercado com
A
Digifort anunciou o lançamento da versão 7.2.1 da sua plataforma de gestão de segurança. Entre as principais novidades estão a melhoria na escalabilidade multiprocessador, reprodução de mídia e decodificação de vídeo multi-thread, servidor de banco de dados atualizado, exportação MP4 compatível com WhatsApp, detecção de movimento utilizando apenas Frames I, ONVIF Profile G, anexar múltiplas imagens e limite de imagens por e-mail, personalização de e-mails, novo design da tela de alarme e reprodução de múltiplos eventos na tela de alarme. Disponível para download no site do Digifort, a nova atualização também incluiu mais 1.046 dispositivos suportados, a capacidade de auto desativar a detecção de movimento durante o PTZ (Vigilância), zoom na linha do tempo com o mouse, parar Vigilância PTZ e personalizar a posição Home de câmeras móveis, forçar exportação criptografada, reprodução de vídeo através do Servidor RTSP, mosaicos salvos nos servidores de Failover, melhorias na calibragem do analítico avançado, melhorias na reprodução de vídeo pela API (Mobile) e melhor uso de recursos do sistema operacional. Além de todas as funcionalidades e recursos da versão 7.2, agora, o sistema passa a oferece maior escalabilidade no uso de mul-
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tiprocessadores, prometendo uma melhoria de até 50% na performance dos servidores. Outra atualização está no sistema de leitura e envio de vídeo para reprodução (Server-Side) que agora utiliza multithread para garantir maior performance durante a leitura das imagens e envio para os clientes. O uso de multithread se estende à decodificação de vídeo H.264 e H.265 para acelerar a decodificação de vídeo no cliente, especialmente de imagens ultra megapixel. A atualização inclui ainda o formato de exportação de vídeos em .MP4, compatível com Whatsapp. Assim é possível enviá-lo diretamente por meio da interface web do whatsapp ou do aplicativo. Para reforçar a detecção de movimento, o sistema passou a permitir o uso apenas de Frames I. Esta opção deve oferecer uma redução significativa de uso de CPU por parte do servidor, porém a Digifort recomenda o uso de 2 Frames I por segundo para melhorar a performance de detecção de movimento. Em termos de interface, a nova versão traz algumas mudanças na gestão de usuários, como a possibilidade de configurar um idioma específico para um usuário ou grupo de usuários, por exemplo, e um novo design de tela de alarmes dentro do Digifort, destacada em vermelho e com indicações de tipo de evento e servidor de origem diretamente no título da tela. Por fim, a adição de compatibilidade com o ONVIF Profile G define um protocolo padrão para gravação na borda (Edge Recording), permitindo a utilização do sistema de Edge Recording com as câmeras utilizando o driver ONVIF. A plataforma ainda conta com recursos anteriores, incluindo suporte ao codec H.265, decodificação via placa de vídeo Intel (QuickSync), IPv6, 64bit, gravação de metadados de analítico e movimento, Vídeo Synopsis, entre outras facilidades operacionais, como o suporte ilimitado de câmeras simultâneas, utilizando ambiente multi-streaming, multi-usuário, multi-server, multi-site, multi-codec e multi-língua. “Além destas aplicações, temos soluções para demandas corporativas, urbanas e residenciais de todos os portes. As experiências que trocamos com o mercado criaram um rico acervo de ideias, tornando o nosso software um produto diferenciado”, explica Carlos Eduardo Bonilha, CEO do Digifort. O executivo ainda ressalta que a nova versão possui a maior quantidade de equipamentos integrados do mundo. São diversas funções e tipos de câmeras, totalizando mais de 10 mil modelos compatíveis. Os módulos de alarme, automação e de Leitura de Placas de Automóveis (LPR) também foram melhorados, da mesma forma que o Digifort Synopsis, que permite identificar um evento em poucos minutos no sistema. “Existem vários softwares VMS no mundo, mas nenhum deles possui tantas facilidades. O nosso produto transforma ideias em soluções. Para superar expectativas, sempre ouvimos clientes e fazemos de suas sugestões a nossa matéria prima. É assim que desenvolvemos um software cada vez melhor”. A comercialização segue os mesmos moldes das versões anteriores. Todos os testes podem ser feitos antes da aquisição, basta o usuário fazer o download do produto no site da empresa. Para aqueles que já possuem a versão 7, basta baixar a nova versão no site do Digifort e atualizar. Para aqueles que possuem a versão 6 e desejam mudar para a 7.2.1, basta entrar em contato com um distribuidor oficial. DS
Segurança tem nome. Intelbras. Sempre próxima.
A cada ano, a Intelbras evolui para oferecer aos clientes produtos com qualidade superior. E no próximo ano, queremos estar cada vez mais ao seu lado. Por isso, em 2018, continue com quem mais entende do mercado brasileiro e oferece as vantagens que você merece. Confie na marca da segurança. Confie na Intelbras.
Rede de revendedores especializados em todo o país
Qualidade reconhecida internacionalmente
Suporte técnico eficiente e especializado
Assistências técnicas em todo o Brasil
Imagens ilustrativas
Alto investimento em pesquisa e desenvolvimento
Mercado Governo
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Sistema Único de
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este mês de junho foi sancionado o Projeto de Lei que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e as diretrizes para a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS). Iniciativa com o objetivo de integrar os órgãos de segurança em nível federal, estadual e municipal e destinar verbas da união específicas para esse setor, a Lei 13675 de 11 de junho é um avanço real nas políticas voltadas à diminuição de crimes e da violência em todo o país. De acordo com os termos da lei, serão repassados recursos da União aos demais entes federativos, mediante contrapartidas, como metas de redução da criminalidade e a padronização de coleta de informações para construir uma base de dados compartilhada. “Hoje damos um passo importantíssimo para dar mais tranquilidade ao brasileiro. Queremos fazer essa integração da segurança pública entre todos os estados brasileiros a partir de uma coordenação que só pode residir no Estado federal”, disse o presidente Michel Temer durante a solenidade que marcou a sanção do Susp. De acordo com a Agência Brasil, a União vai repassar recursos via Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O FNSP ganhou um reforço de verbas das loterias federais que, neste ano, será de aproximadamente R$ 800 milhões, mas a previsão é que em 2022 chegue a R$ 4,3 bilhões ao ano. Além disso, o BNDES também criou uma linha de R$ 42 bilhões para financiamento de segurança pública, destinada a estados e municípios. A partir da nova legislação, governadores e prefeitos só terão
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acesso aos recursos federais se aderirem ao Susp e acertarem metas de redução das taxas de criminalidade, de formação e qualificação de policiais, além de abastecerem o banco de dados nacional sobre segurança. Na solenidade o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que é a primeira vez que o Estado “dá rumo à segurança pública” no país. “[Estamos] criando um federalismo compartilhado, que diz que todo mundo vai ter que trabalhar junto para enfrentar o PCC, o Comando Vermelho, a Família do Norte, o Sindicato do Crime [dentre outras facções criminosas]”, disse o ministro. De autoria do Executivo, a proposta estabelece princípios e diretrizes dos órgãos de segurança e prevê proteção aos direitos humanos e fundamentais; promoção da cidadania e da dignidade do cidadão; resolução pacífica de conflitos; uso proporcional da força; eficiência na prevenção e repressão das infrações penais; eficiência nas ações de prevenção e redução de desastres e participação comunitária. Entre as principais linhas de ação do sistema estão a unificação dos conteúdos dos cursos de formação e aperfeiçoamento de policiais, a integração dos órgãos e instituições de segurança pública, além do uso de métodos e processos científicos em investigações. Entre as mudanças de procedimento, o texto estabelece a criação de uma unidade de registro de ocorrência policial, além de procedimentos de apuração e o uso de sistema integrado de informações e dados eletrônicos. O projeto diz ainda que o Ministério da Segurança Pública fixará, anualmente, metas de desempenho e usará indicadores para avaliar os resultados das operações. DS
Eventos Smart Show Axis
Apostando em projetos Smart Show Axis roda pelo país para mostrar, na prática, o portfólio de soluções integradas da companhia para as mais variadas verticais por Gustavo Zuccherato
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fabricante de soluções de segurança Axis Communications realiza neste segundo trimestre de 2018 o Smart Show, uma série de eventos regionais de relacionamento com canais para apresentar suas novas apostas tecnológicas para o mercado. A edição de São Paulo ocorreu no dia 7 de junho, reunindo cerca de 120 pessoas no Hotel Grand Mercure Ibirapuera. Posicionada enquanto marca premium, a Axis sempre possuiu um dos portfólios de produtos com tecnologias mais avançadas do mercado. Desde otimizações na qualidade de imagem, com o Lightfinder e o WDR Forense, e melhorias que auxiliam na economia e proteção de infraestrutura, como a compressão Zipstream e a criptografia ponta-a-ponta dos sistemas, até as mais diversas opções de conectividade e analíticos embarcados na própria câmera. Tudo isso, obviamente, tem seu preço - o que fez com que a fabricante inventora da primeira câmera IP ganhasse uma certa aura de que possui soluções apenas para projetos enterprise de alto nível. Para desmitificar esse ponto e fortalecer seu posicionamento também como fornecedora para empresas de médio porte, o Smart Show Axis apresenta um portfólio de produtos mais acessíveis da empresa. “No medium-business - considerado pela Axis como projetos que vão desde 10 à 100 canais de dispositivos conectados - buscamos fornecer a solução ponta-a-ponta de segurança, incluindo videovigilância, controle de acesso, alarmes e sonorização”, ressalta Gláucio Silva, gerente nacional de vendas da Axis Communications Brasil. “Fizemos um trabalho de tropicalização para trazer uma linha de produtos, abordagem e discurso específico, além de um posicionamento comercial mais agressivo para esses projetos. Criamos um portfólio que oferece todas as tecnologias avançadas da Axis, mas que retira alguns componentes que são exigidos nos projetos mais avançados, como interfaces I/Os e infravermelho de longas distâncias, mas que não fazem sentido em alguns projetos, como hospitais, escolas, escritórios ou hóteis, por exemplo”. Com uma abordagem bastante interativa, falando sobre os sistemas e demonstrando seus recursos com vídeos e uma maleta
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de demonstrações, Fernando Lira, gerente de contas estratégicas da Axis, conduziu o encontro. Durante a palestra, foi abordado todo o portfólio de produtos da marca, além das tendências e apostas tecnológicas da empresa, incluindo Internet das Coisas, CIberseguranca e novos analíticos. Em relação as boas novidades para o mercado, vale o destaque para a próxima geração dos processadores que serão embarcados nas câmeras Axis, os ARTPEC-7. Entre as demonstrações, foi apresentada a possibilidade de obter várias visualizações de imagem de uma única câmera fisheye, a de integração com realidade virtual para visualização do sistema e a mascara de privacidade em movimento. Segundo Lira, esta nova geração já deve estar presente em novas câmeras até o fim do ano. Também vale o destaque para as integrações com novas plataformas e tecnologias analíticas, em especial o Briefcam Video Synopsis que permite compilar horas de vídeos gravados em um pequeno vídeo resumo, indicando horário onde o objeto ou pessoa pesquisada passou pelo campo de visualização da câmera. A aquisição da BriefCam pela Canon, dona da Axis Communications, havia sido anunciada há pouco mais de um mês, mostrando a velocidade com que a marca consegue fazer com que as empresas do grupo trabalhem em conjunto. “O mercado está entendendo que existe preço e valor, e que há um abismo enorme entre essas duas palavras. O que estamos fazendo é levar valor para o mercado demonstrando que um sistema barato, muitas vezes, pode representar muito mais custos de manutenção para mantê-lo funcionando, enquanto os da Axis oferecem robustez e qualidade”, reforçou Gláucio. Com presença das quatro distribuidoras da marca no Brasil, Anixter, Arrow, Network1 e WDC Networks, o Smart Show Axis também ofereceu descontos de até 50% em alguns produtos para parceiros certificados pela companhia. Ainda no mês de junho, o evento ainda passou pelas cidades de Porto Alegre, Curitiba, Campinas e Rio de Janeiro. DS
Eventos Segurpro Soluções Integradas
Segurpro apresenta cases e discute papel da segurança privada no Primeira edição do evento na América Latina reuniu representantes da GLP, Vale e do Grupo Ultra por Gustavo Zuccherato
Parceria para crescer
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econhecida como uma das maiores empresas do mercado de vigilância e transporte de valores do mundo, a Prosegur realizou uma grande mudança estratégica no começo de 2018. Criou-se a Segurpro, empresa independente 100% focada em vigilância e tecnologia da companhia, enquanto a marca Prosegur permaneceria focada no transporte de valores. Após um período de adaptação, a nova companhia começa a mostrar ao seus clientes e parceiros os resultados dessa nova abordagem mercadológica com o 1º SSI - Segurpro Soluções Integradas da América Latina. Realizado no dia 11 de junho, no Teatro WTC, em São Paulo, o evento traz um formato diferenciado, focado em discutir os temas pertinentes ao setor de segurança privada em parceria com o setor público e mostrar na prática as mais recentes inovações e soluções tecnológicas disponíveis ao mercado. Em uma primeira etapa, são apresentados cases de parceiros que usam os serviços da Segurpro e quais são suas estratégias e melhores práticas na segurança das suas operações. Em seguida, uma figura que tenha vivência no setor de segurança pública compartilha sua visão. Após essa apresentação, ainda no auditório, todos se reúnem para um debate com participação do público. Na área externa, por fim, são realizadas demonstrações práticas das novas possibilidades de integração tecnológica nas linhas de atuação da Segurpro, incluindo o Centro de Comando, drone services, smart solutions e a plataforma Integra.
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Para apresentar os cases, nesta primeira edição, foram convidados Rômulo Otoni, diretor de property management da GLP, uma das maiores empresas de instalações logísticas em nível mundial; Orlando Sá, gerente de segurança empresarial da mineradora Vale; e Wellington Santos, gerente geral de supply chain do Grupo Ultra, dona de marcas como Ultragaz, Ultracargo, Ipiranga e Extrafarma. O debate foi completado por Diogenes Lucca, um dos mais renomados consultores de segurança do Brasil. “Esse tipo de evento é importante porque são fóruns onde se tem a oportunidade de trocar experiências com outros clientes que também utilizam as soluções de segurança”, ressaltou Rômulo Otoni. “Vemos casos ou modelos de operações onde, eventualmente, pode se tirar proveito, compartilhar informações e replicar em suas operações, além do networking e da possibilidade de discutir assuntos comuns que podem ser endereçados para ações que vão fomentar políticas públicas de segurança”. Voltado para um público exclusivo de executivos da área de segurança e gestão de riscos de grandes empresas brasileiras, a primeira edição reuniu cerca de 250 pessoas entre clientes, propects e parceiros tecnológicos e comerciais. De acordo com Bruno Jouan, diretor da SegurPro, ainda serão realizadas mais duas edições de menor porte em outras capitais do país ainda esse ano. “Nossa proposta é fazer um debate mais amplo sobre o uso da segurança privada no auxílio à segurança pública”, disse. DS
Eventos Kick Off Dahua
Parceria Dahua anuncia parceria com a distribuidora Dimensional com o objetivo de expandir negócios no mercado de segurança. por Eduardo Boni
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Dahua deu mais um passo no direcionamento de fortalecer a marca no Brasil. Em evento no hotel Unique, em São Paulo, a companhia chinesa promoveu um encontro para anunciar a parceira com a distribuidora Dimensional, de Limeira. Além deles, também participou do evento a Furukawa. A apresentação da Dimensional foi feita pelo CEO da empresa, Daniel Toledo. O executivo destacou a experiência da companhia na área de Indústria, mas ressaltou que está animado para o investimento na nova unidade de negócios voltada para segurança. “Teremos um investimento forte para conquistar o mercado. Isso inclui reforço tanto em na equipe de profissionais como na diversidade do nosso portfólio. Para nós, é importante usar nossa experiência no segmento industrial para gerar leads para os nossos parceiros neste novo segmento em que passamos a atuar”, disse. Em seguida, Douglas Dias, falou pela Furukawa, outro parceiro da Dimensional. Ele destacou o histórico de excelência da empresa em todo o mundo e falou sobre algumas das principais vertentes onde a empresa está presente, como a área de cabeamento e datacenters. “Entender as demandas e as novas necessidades para preparar seus canais e trazer soluções inovadoras para o mercado de Tec-
nologia de Automação e de Informação. A parceria que estamos oficializando hoje reforça essa política da companhia”. Fabio Lopes, diretor de vendas da Dahua, encerrou a apresentação destacando a importância dos novos parceiros e lembrando que o evento é mais um passo da empresa para fortalecer a presença no território nacional. O executivo destacou o foco em canais com estratégias diferenciadas para segurança e apresentou alguns dos principais cases que a Dahua conquistou no último ano. “Nosso objetivo quando chegamos foi atuar com foco em canais oferecendo uma estratégia diferente e tecnologia de alto nível, além de integração com players relevantes do mercado. Isso é feito através de encontros, treinamentos e apoio total aos nossos parceiros. Conforme ressaltou em sua apresentação, a parceria com a distribuidora Dimensional visa fortalecer a atuação da companhia e é uma oportunidade para ampliar o número de negócios. “Hoje, nossa estratégia para trabalhar com grupo pequeno de canais, de forma a fazer uma troca entre fabricante, distribuidor e canal, com desenvolvimento de projetos com a proteção dos parceiros em cada projeto. Estamos muito felizes com essa nova parceria”, finalizou. DS
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Case Study Mackenzie
Segurança e atualização tecnológica Desde 2011, o Mackenzie mudou sua abordagem para área de segurança, contratando uma equipe qualificada e migrando seu sistema de CFTV analógico para IP, resultando em uma diminuição de mais de 90% nos crimes dentro da universidade
por Gustavo Zuccherato
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aculdades e universidades são, por natureza, espaços desafiadores. Seja buscando a inovação com seus estudos de ponta nas diversas áreas de conhecimento, na formação da próxima geração de profissionais-cidadãos ou na busca de maior eficiência em sua própria operação, não há como negar que existe toda uma complexidade e dificuldades em gerir uma organização para se tornar referência em nível nacional e internacional. Os espaços são dos mais diversos, indo de pequenos prédios à complexos gigantes de salas de aula, auditórios, laboratórios e lojas, reunindo milhares de pessoas em ambientes que parecem uma verdadeira cidade dentro de outra cidade. Neste cenário, pensar na segurança do público que circula pelo ambiente é indispensável para a sobrevivência de qualquer instituição, especialmente as privadas, que temem o impacto à sua imagem e até mesmo a espionagem industrial. Fundada em 1870, o Mackenzie é uma das mais antigas e renomadas instituições privadas de ensino do Brasil, sempre figurando no Ranking Universitário Folha entre as melhores universidades privadas do país desde o início da avaliação em 2012.
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Gerida pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie, a universidade de mesmo nome faz parte de um grupo que atua desde o ensino fundamental até a pós-graduação, contando hoje com mais de 40 mil alunos nas cidades de São Paulo, Barueri, Brasília, Campinas e Rio de Janeiro. Na capital e região metropolitana, o campus de Higienópolis possui uma área construída de 117 mil m², enquanto o de Alphaville (Barueri) possui 30 mil m². Em Campinas, são mais 27 mil m², Brasília com 33 mil m² e o Rio de Janeiro com um prédio de 605 m². Desde 2011, para fortalecer o bem-estar dos seus visitantes e colaboradores, o Mackenzie tem tomado medidas estratégicas com foco na segurança. A primeira delas foi a contratação do Coronel da Reserva da PM e especialista em videomonitoramento, Orlando Taveiros, culminando em um projeto de avaliação de toda a infraestrutura de segurança da instituição. “Todo e qualquer ambiente onde exista o ser humano, se faz necessário tomar todas as medidas possíveis para que a sensação de segurança nessa ambiência seja solidificada. Uma das propostas era nós buscarmos a tecnologia como algo que fosse ampliar nosso
Case Study Mackenzie
Todas as quatro entradas do Campus Higienópolis são monitoradas com câmeras fixas e speed domes
campo de visão dentro do campus”, ressaltou o gerente de segurança. Com um sistema de segurança ainda totalmente analógico na época, o Mackenzie buscou a consultoria da empresa Systec para avaliar a situação da infraestrutura instalada. O levantamento gerou um Assessment, um documento de mais de 1000 páginas especificando cada componente do CFTV, incluindo câmeras, DVRs e cabeamento de todo o campus Higienópolis. “Avaliamos todas as características de localização e técnicas dos sistemas, como se uma câmera tem uma quantidade de linhas e colunas de resolução suficientes para o ambiente ou se ela tem certificação IP66, por exemplo, colocamos tudo isso com imagens demonstrativas no Assessment e definimos um índice de obsolescência dos equipamentos”, relata Iatyr Marques Cesquim, diretor-executivo da Systec. “Esse documento foi submetido pela gerência de segurança à direção do Mackenzie, que definiu algumas etapas de atualização tecnológica e nós desenhamos o atendimento seguindo essas etapas”.
Inaugurado em 1896 e tombado como patrimônio histórico, o Prédio 1 representou um desafio a parte: câmeras tiveram que ser instaladas sem causar nenhum dano arquitetônico ou estrutural ao local
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Em um primeiro momento, ainda em 2011, optou-se por substituir um parque de mais de 200 câmeras já ultrapassadas por um sistema totalmente IP, visando a gestão mais facilitada da segurança na faculdade. Para possibilitar isso, toda a infraestrutura de conectividade teve que ser refeita resultando também na construção do Centro de Controle Operacional em uma obra que durou aproximadamente seis meses. “Para se ter uma ideia, nós tiramos aproximadamente 17 km de cabos coaxias danificados das tubulações”, destaca Cesquim. “Construímos um anel de fibra óptica monomodo de 5 km, que perpassa todo o campus e que já oferecia capacidade de expansões futuras, com melhorias possibilitadas também pela evolução dos algoritmos de compressão”. Tombado como Patrimônio Histórico e Cultural de São Paulo, o prédio 1 do campus Higienópolis foi um desafio a parte para a equipe da Systec. “Nós não podíamos fazer nenhuma obra que pudesse ser ofensiva a esse patrimônio, então fizemos um mapeamento de todas as galerias com um sistema de sonar e tubulações do local para aproveitar todo esse caminho para passagem da fibra”, ressaltou o diretor. “Houveram alguns trechos de interligação onde tivemos que fazer algumas pequenas obras, mas sem interferência arquitetônica, preferencialmente passando pelo jardim. Nos trechos onde foi necessário abrir buracos entre uma calçada e outra, nós fizemos a instalação e imediatamente cobrimos com os mesmos materiais. Além disso, fizemos acabamentos personalizados para o Mackenzie, visando esconder a tubulação. O desafio foi fazer com que o sistema funcionasse, sem mostrar que há toda essa estrutura lá”. Sendo integradora Gold da Panasonic, a Systec implementou di-
Case Study Mackenzie
Software proprietário WV-ASM300 permite estabelecer um mapa interativo para facilitar a identificação das câmeras nos locais do campus
versos modelos de câmeras IP diferentes da fabricante, dimensionadas de acordo com a necessidade de cada ambiente. “As câmeras monitoram todos os pontos de acesso e arredores do campus, além de ambientes internos importantes, como corredores e espaços de exposição, por exemplo”, explica. “O prédio João Calvino, onde é a administração, tem pelo menos duas ou três câmeras por andar, especialmente no hall de elevadores. Nos arredores, também implementamos câmeras PTZ com um zoom poderoso que chega até 600 metros de distância”. Como o projeto foi dimensionado em etapas de atualização tecnológica, o campus de Higienópolis ainda conta com parte do sistema analógico em funcionamento. Para incorpora-los na nova estrutura de comunicação baseada em fibra óptica, Cesquim explica que foram utilizados conversores da linha WJ da Panasonic conectados aos DVRs locais de cada prédio ainda em fase de transição. Disponíveis em modelos de um até quatro canais, esses dispositivos convertem o sinal analógico de cabos coaxiais em uma única porta LAN para permitir a incorporação no sistema de monitoramento digital. Para a gestão das imagens, o software escolhido foi o WV-ASM300, proprietário da Panasonic. Com ele, é possível conectar até 100 NVRs e DVRs ao sistema, além de 64 encoders e 256
Conversores WJ da Panasonic permitem aproveitar a infraestrutura analógica já existente até a migração completa para um sistema IP
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câmeras diretamente para monitorar um total de mais de 13 mil câmeras com um único software VMS, sem cobrança por licença de câmeras. “Neste software é possível fazer toda a gestão de IPs, o controle de uma série de parâmetros de qualidade, de tempo de gravação e até a gestão do videowall. Também é possível estabelecer gráficos, como uma planta-base do empreendimento, no qual o operador pode clicar em cima das câmeras posicionadas nessa planta e abrir o stream de vídeo daquela câmera. São recursos intuitivos que facilitam a operação”. Com a evolução da relação ao longo dos anos, a Systec seguiu realizando atualizações periódicas no sistema, instalando e agregando a infraestrutura IP em áreas diferentes e prédios novos. Em 2016, por exemplo, foi a vez da área infantil do Mackenzie e do prédio do MackGraphe, centro de referência mundial em pesquisas sobre o grafeno, receberem novos sistemas. “Foram cerca de 90 câmeras somente no MackGraphe, um projeto de primeiríssima qualidade que exigiu um cuidado especial, por precisar ser protegido até mesmo de espionagem industrial, com um ambiente extremamente controlado na entrada e saída de pessoas que estão ali fazendo seu trabalho”, reforçou o diretor-executivo da Systec. Entre os recursos citados como diferenciais neste sistema em específico está a criptografia de vídeo AES-256bit, evitando a invasão de cibercriminosos ao sistema. A parceria também se estendeu para além do Campus Higienópolis, chegando também à unidade de Campinas, onde a Systec projetou, forneceu e instalou toda a estrutura de CFTV, e à de Barueri, no qual a empresa fez a venda das câmeras, somando mais de mil câmeras Panasonic fornecidas à instituição. Para Cesquim, essa migração representa uma mudança radical de filosofia. “Quando você tem um sistema analógico, há os DVRs gravando as imagens e acabou. Hoje, por outro lado, o Mackenzie possui um Centro de Controle Operacional completo em cada um dos seus campus, com três computadores funcionando 24 horas por dia, um videowall de 10 telas de 46 polegadas, com um software inteligente que facilita a visualização e a gestão dessas imagens em tempo real”. “Antigamente, o Mackenzie chegou a registrar em torno de 60 casos de furto por mês. Hoje, esse mesmo número está quase zerado e está caindo cada vez mais”, pontua o diretor da Systec. “Todo esse aparato tecnológico, aliado à forma de gerir diferenciada, com um corpo de segurança eficiente, trouxe um resultado surpreendente que lá na frente também será um instrumento de venda para a universidade, refletindo em mais alunos que também buscam no ensino privado um local protegido para estudar”. O grande diferencial desta parceria, segundo Orlando Taveiros, é que as câmeras IP da Panasonic, aliadas à experiência e treinamento da equipe de monitoramento do Mackenzie, tornaram a segurança dos campi mais efetiva e, com isso, o número de incidentes caiu em mais de 90%. “O diferencial de atendimento, pós-vendas e as pessoas comprometidas e apaixonadas pelo que fazem é o que nos fizeram escolher esse tipo de produto e marca que é a Panasonic junto à Systec”, disse o gerente de segurança do Mackenzie. “A Panasonic é uma marca de altíssima qualidade e confiabilidade em termos de investimento. De todas as câmeras IP que instalamos na primeira fase do Mackenzie, nenhuma deu defeito. Já são 7 anos em que a tecnologia ainda se mantêm recente e funcionando através de atualizações de firmware da fabricante”, ressaltou Cesquim. “Atuamos desde a consultoria e concepção do projeto até a instalação, configuração e treinamentos das equipes de segurança, fornecendo uma solução ‘turn-key’ para o cliente. A Panasonic confia em nosso trabalho e nós confiamos que estamos fornecendo a melhor tecnologia ao mercado”. DS
Enxergando além do que é visível A câmera H4 Thermal
Operando além do espectro visível, a linha de câmeras H4 Thermal foi criada para detectar o movimento de pessoas e veículos em áreas com baixa visibilidade, desafiando condições de iluminação, escuridão absoluta e cenas parcialmente camufladas. Integração com Software Avigilon Control Center (ACC) Configuração de análise e notificações de alarme sem complicação Analítica de vídeo com autoaprendizagem patenteada da Avigilon Ajuda operadores a verificar e agir em caso de eventos Tecnologia HDSM SmartCodec™ Ajuda a reduzir a largura de banda da câmera, mantendo qualidade de imagem excepcional e diminuindo os requisitos de armazenamento Certificados de resistência IP66 para ambiente e IK10 para vandalismo Para suportar desafiadoras condições climáticas
avigilon.com/pt-br/h4-thermal | asksales@avigilon.com
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Case Study Hospital das Clínicas
Reduzindo riscos e preservando Tecnologia moderniza ala do Hospital das Clínicas e cria ambiente seguro para pacientes transplantados. Solução baseada em RFID UHF, videomonitoramento e controle de acesso integrados por plataforma de IoT reforça a importância da correta higienização das mãos
por Eduardo Boni
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Hospital das Clínicas, em São Paulo, ganhou um espaço de alta tecnologia para acompanhar pacientes que necessitam de cuidados especiais. Trata-se de uma ala composta por dez quartos-leitos. Desses, quatro serão usados para isolamento, ideal para pacientes recém-transplantados. Na ala onde estão instalados estes leitos, todo o controle de acesso será feito nos corredores. O projeto começou no final de 2017, com o objetivo de impulsionar o projeto de evitar infecções cruzadas. A ideia é criar um ambiente seguro tanto para o profissional de saúde quanto para o paciente, evitando que bactérias e microorganismo nocivos sejam transmitidas de um paciente para outro. Por isso, a higienização das mãos é considerada fundamental no projeto e o profissional de saúde é obrigado a executar o processo de lavagem antes de entrar no quarto e antes de sair para o ambiente externo. “O processo obriga que a higienização das mãos dure um minuto. Durante esse período uma câmera monitora o profissional e, ao término do processo, o sistema libera a abertura da porta que dá acesso ao quarto. Uma vez fechada, ela só é liberada para a saída depois que o enfermeiro faça o processo novamente”, explica Robson Arantes, co-idealizador do projeto. O projeto A execução do projeto incluiu integração de tecnologias como
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cartões de acesso Dual Mifare / UHF. Para o projeto foram contratadas as empresas Terra 2, distribuidora da linha Stark-ID que possui a plataforma e demais equipamentos e software de segurança e IoT aplicados no projeto, e a integradora Aeontec, que foi responsável pela modelagem clínica e implantação da solução. “Essa tecnologia detecta o funcionário a distancia e passa a registrar por vídeo e fotos todos os procedimentos que são executados. O sistema conta com controles de acesso, RFID UHF, videomonitoramento e automação de monitores que geram todas as informações sobre os procedimentos que estão sendo realizados”, destaca Robson. O projeto contou com uma plataforma IoT, um appliance com mini computador e WINDOWS IoT embarcado. A solução conta com duas saídas de vídeo e duas interfaces de Digital Signage (uma para prontuário médico e outra para entretenimento do paciente), que exibem conteúdos do hospital e podem incluir outras opções de entretenimento. “Na appliance Stark-Box IoT Platform Z estão presentes CFTV, com VMS integrados, controle de acesso, controladoras, leitores RFID Ethernet, Digital Signage. Essa solução de IoT permite que o middleware unifique todas as soluções para gerar valor agregado, gerando maior produtividade”, finalizou. DS
Entrevista Alessandra Faria - Axis Communications
Aproximar De olho em expandir sua atuação para além de projetos de alto nível e fortalecer seu relacionamento com usuários-finais, a Axis Communications está reformulando sua estratégia de atuação na América do Sul. Nesta entrevista, a diretora regional Alessandra Faria fala sobre essas mudanças, o mercado brasileiro e as tecnologias da fabricante sueca.
por Gustavo Zuccherato
Confira essa entrevista e outros conteúdo em vídeo em nosso site www.revistadigitalsecurity.com.br
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igital Security: A Axis acaba de anunciar algumas mudanças na estrutura organizacional, colocando m gerente nacional de vendas para o Brasil e outro com foco total no restante da América do Sul. Por que dessas mudanças e o que efetivamente isso representa para o mercado brasileiro? Alessandra Faria: Estamos fazendo uma reorganização e o principal motivo disso é que possamos ter um foco nos dois mercados. A minha responsabilidade é sobre toda a América do Sul. Tenho que enxergar todos os mercados desde o norte da América do Sul, começando por Colômbia até o Chile, incluindo o Brasil. Nós resolvemos fazer essa reestruturação porque nos dois mercados, hoje, temos países super importantes. O Brasil é um país muito importante no bloco da América do Sul, representando pelo menos 50% do nosso negócio e queremos ter um foco total nesse mercado. Isso significa estar mais perto do cliente e das regiões e, para isso, é necessário focar.
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Eu não só criei dois gerentes de vendas focados nesses dois blocos como também teremos clusters focados nas regiões. O Brasil tem três clusters: um no Sudeste, um no Norte e Nordeste e outro no Sul. Ao mesmo tempo, temos três clusters focados no lado hispânico, sendo um deles de Argentina, Paraguai e Uruguai, outro englobando Chile, Bolívia e Peru e, por fim, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname. Esses clusters são compostos por gerentes de vendas, inside sales, engenheiros de vendas, com foco total em atender o mercado local. A principal intenção é estar perto e ouvir o cliente, separados por nós em três níveis: distribuidor, canal e usuário-final. Com essa mudança, ganhamos muito mais escalabilidade aqui no Brasil. Temos mais gente da Axis falando com o cliente, desenvolvendo e educando o canal, e mais gente da Axis perto e educando o cliente-final que, hoje, é um dos nossos principais objetivos na região da América do Sul.
Entrevista Alessandra Faria - Axis Communications
Digital Security: Haverá alguma mudança na política de relacionamento com os canais que vocês atuam? Alessandra Faria: Não, a política de canais da Axis permanece a mesma e nós só queremos fortalecer ela ano após ano. O canal continua sendo a nossa principal fortaleza de vendas. Vamos continuar exatamente com a mesma política, sempre fortalecendo os nossos distribuidores para que eles nos ajudem a recrutar, ativar e manter esse canal. Por parte da Axis, temos um foco muito grande naqueles canais que já são fiéis a nós, que estão em nosso programa e que já são canais Ouro e Prata. Além, é claro, de prestar todo suporte aos canais autorizados que estão chegando para trabalhar conosco agora. O foco da organização Axis continua sendo o canal. Mesmo que a gente esteja crescendo e expandindo o foco na parte de educação e de relacionamento com o usuário-final, sempre vamos respeitar o nosso canal. Digital Security: Vocês ressaltam muito esse fortalecimento no relacionamento com usuários-finais. Para a Axis no Brasil, quem são esses usuários-finais? Alessandra Faria: Os usuários-finais são os clientes que estão utilizando e manuseando o nosso sistema. É a ponta. É quem realmente está comprando as soluções da Axis, seja controle de acesso, vídeo, áudio ou uma solução integrada com nossos parceiros. E aí falamos de diversas verticais, desde saúde e educação até cidades inteligentes, que é um dos focos da Axis mundialmente. Digital Security: Quais são as verticais mais importantes para a Axis no Brasil? Alessandra Faria: Ao longo desses 11 anos desde que nós começamos a organização aqui na América do Sul desenvolvemos várias verticais. Mundialmente, a Axis tem foco em três verticais que também podem ser traduzidas para o mercado brasileiro, sendo elas Smart Cities, Transporte e Varejo. Falando especificamente do Brasil, nós temos também um foco bem grande na área de saúde e educação. Para nossa felicidade, o mercado está voltando a ficar bom no Brasil. Vemos alguns segmentos crescendo, como o de medium business. Nós temos feito muitos projetos em condomínios e na industria também, que é um bom sinal para o nosso mercado. A indústria voltou a se preocupar em ter um sistema de segurança e uma solução de tecnologia de ponta. 2018 começou dessa forma e a indústria promete ser um bom segmento para nós ao longo do ano. Digital Security: Quais ações vocês planejam para fortalecer o relacionamento com o usuário-final neste novo modelo organizacional? Alessandra Faria: Serão ações institucionais sempre com foco em educação. Muito treinamento e visitas técnicas da equipe Axis em conjunto com o canal, buscando que o usuário-final conheça e saiba que aquilo que ele está adquirindo vai realmente atender as suas necessidades. Queremos ouvir o usuário-final e chegar com algo que seja a melhor solução para atender esse cliente. Digital Security: A ideia é fazer um roadshow pelo país para chegar até esse usuário-final? Alessandra Faria: Na verdade, na parte de usuário-final, nós temos alguns treinamentos programados. O roadshow nós usamos para chegar até o canal. Nossa missão com os roadshows é ir até as regiões, principalmente àquelas onde nós não temos presença local, para atrair e recrutar novos canais para trabalhar conosco. No quesito cliente-final nossa ideia é estar perto deles, fazendo eventos mais “one-to-one” ou eventos menores onde podemos realmente ter a proximidade com esses clientes ou, ainda, levá-
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Eu não só criei dois gerentes de vendas focados no bloco Brasil e no bloco América do Sul como também teremos clusters focados nas regiões. Esses clusters são compostos por gerentes de vendas, inside sales e engenheiros com foco total em atender o mercado local -los para conhecer instalações e os nossos centros de experiência. Também vamos reformular o escritório de São Paulo para ter mais possibilidades de trazer os clientes até aqui para ver nossas soluções em funcionamento. Digital Security: Como está a estrutura de canais da Axis atualmente? Alessandra Faria: Hoje o Brasil conta com uma base de aproximadamente 3 mil empresas registradas no nosso programa de canais. Dessas 3 mil, temos uma boa taxa de 20% de canais ativos. Em nosso programa, temos os canais Multi-regional Partners, que são aqueles parceiros globais que atuam não só no Brasil mas também na região ou em todo o mundo. Esses canais normalmente tem também alguém lá na matriz que olha para essa conta a nível global. Localmente, aqui no Brasil, separamos em parceiros Ouro, Prata e Autorizados. Eu diria que a gente tem um feito um trabalho bem consistente com eles, principalmente nos últimos cinco anos, de buscar com que essas empresas cresçam conosco. Para nós, na forma com que a Axis trabalha, é muito gratificante ver empresas que as vezes nem trabalhavam no nosso mercado de segurança e, ao começarem a trabalhar conosco, crescem uma unidade de negócio nesta área. Nós educamos, nós treinamos e nós certificamos esse canal. Digital Security: A Axis tem várias tecnologias patenteadas para as suas câmeras, como o Zipstream, o WDR Forense e, mais recentemente, lançado na ISC West, o OptimizedIR. Como esse tipo de abordagem traz vantagens competitivas para a Axis para além do discurso comercial? Alessandra Faria: Tem dois lados. No lado do canal, isso dá uma fortaleza na hora de agregar valor à solução que ele está propondo ao cliente dele. Pelo lado do usuário-final, quando vamos para perto dele, tanto como Axis como também dando suporte ao nosso canal para entender a necessidade dele, nós oferecemos soluções de desenvolvimento próprio que fortalecem o sistema que ele está comprando. Em nossa visão como empresa, temos uma preocupação muito grande em colocar soluções de tecnologia para alcançarmos um
Entrevista Alessandra Faria - Axis Communications
mundo mais inteligente e seguro. Nosso slogan, em nível global, é “Innovate for Smarter and Safer World”. É nesse sentido que a Axis vai seguir e isso só traz benefícios tanto para o canal, porque ele tem uma vantagem competitiva na hora de chegar perto do cliente dele, quanto para o usuário-final porque ele sabe que está falando com uma empresa que está sempre na vanguarda da tecnologia e que pode, de repente, atender uma necessidade que ele, de primeiro momento, até achasse que não seria possível. Digital Security: Como está a equipe de pesquisa e desenvolvimento da Axis para trazer essas tecnologias patenteadas para o mundo todo? Alessandra Faria: Hoje temos uma equipe grande na casa matriz na Suécia. Na área “core”, são mais de 700 engenheiros trabalhando. Além disso, tem uma área dentro da Axis hoje, chamada New Business, com mais 400 pessoas trabalhando na área de pesquisa e desenvolvimento para novos negócios, quer seja através de produtos e soluções que são desenvolvidas pela própria Axis ou olhando empresas no mercado para aquisição. Recentemente estive na Suécia, e estamos construindo uma nova sede. É um edifício enorme que vai acomodar por volta de 1300 pessoas e já não cabe todo mundo. A empresa está crescendo bastante e muito focada. Digital Security: Quais são os novos negócios que a Axis está buscando atualmente? Alessandra Faria: Sempre voltado ao mundo da Internet das Coisas. Olhamos três mercados, o small, o medium e enterprise. Essa divisão olha para esses três mercados, pensa e define o que é para o mercado small, mais residencial e de volume; o que é para o medium, que é um mercado importantíssimo que cresce bastante, onde falamos de soluções para alguns segmentos específicos como varejo; e o que é para Enterprise, que são os grandes projetos no segmento de transporte e de smart cities. Essas pessoas olham para isso e desenvolvem soluções sempre pensando nesse mundo IP e de Internet das Coisas. Cada vez mais esse mundo de Tecnologia da Informação (TI) vai ser importante para nós.
Estamos fortalecendo a relação com o usuáriofinal através de muito treinamento e visitas técnicas para que ele conheça e saiba que aquilo que está adquirindo vai realmente atender as suas necessidades. Queremos ouvir o usuário-final
Além disso, adquirimos algumas empresas, como a Cognimatics, a Citilog e a 2N, e estamos em fase de integrar essas soluções em nosso portfólio, com algumas delas mais adiantadas que outras. Também lançamos a nossa solução de áudio e ao longo desses últimos dois anos viemos aprimorando essa solução. Digital Security: Outra estratégia adotada pela fabricante tem sido as parcerias com desenvolvedoras de aplicações inteligentes baseados em equipamentos da Axis. Há empresas brasileiras que atuam desta forma em parceria com a Axis? Alessandra Faria: Sim, temos algumas empresas brasileiras que atuam, principalmente na área de transporte. Quem teve a oportunidade de visitar nosso estande na ISC Brasil pode ver. Inclusive, há algumas empresas brasileiras que começaram a desenvolver a partir dos produtos Axis e hoje são empresas grandes e importantes em nível nacional. Temos uma área que dá suporte a esse desenvolvimento. As vezes, esse relacionamento começa localmente mas transportamos isso para a casa-matriz. Alguns parceiros brasileiros nossos tem uma pessoa na matriz que cuida do relacionamento com eles, nesta área de tecnologia e desenvolvimento. Esse desenvolvimento é sempre muito voltado na parte analítica, buscando agregar valor à uma solução core de monitoramento, por exemplo. Como os nossos padrões são abertos e temos bastante gente para dar suporte à essas empresas, é fácil desenvolver. Digital Security: Como é o relacionamento da unidade América do Sul da Axis com a matriz na Suécia para a tropicalização dos produtos da marca? Alessandra Faria: Nunca existiu essa tropicalização de produtos pelo simples motivo de que nunca foi necessário. Se analisarmos, hoje o nosso portfólio é tão completo e tão abrangente que não há essa necessidade. Apesar disso, é claro que nós temos a nossa voz. A Axis é dividida em 9 regiões de venda no mundo e a Matriz escuta essas 9 regiões de uma forma muito igual. Alguns “inputs” sempre vem de uma região ou outra. Um exemplo é o fato de uma câmera nossa suportar de -50º até +50º C. Certamente é uma demanda que veio de determinadas regiões do mundo, mas não existe essa tropicalização. A área de pesquisa e desenvolvimento escuta os “inputs” e procura fazer produtos que sirvam para todas as regiões. É um conforto isso para gente porque o nosso portfólio é muito abrangente e sempre temos um produto que atende a necessidade do mercado. Digital Security: O infravermelho embarcado nas câmeras já existe há um bom tempo no mercado e está chegando apenas agora nos produtos da Axis com o OptimizedIR. Até que ponto a concorrência influencia na tomada de decisões de desenvolvimento na Axis? Alessandra Faria: O que eu vejo da Axis, principalmente do grupo de pesquisa e desenvolvimento na casa-matriz, é que é claro que a concorrência tem um papel e nós sempre estamos olhando o mercado e respeitando os nossos concorrentes, acho que isso é muito válido e muito importante. Mas o que influencia mesmo é o mercado, o usuário-final. São os inputs que o pessoal que está trabalhando localmente nas regiões traz para essa área de pesquisa e desenvolvimento lá na Suécia. Eu diria que, hoje, o fato da Axis ter essa linha de produtos, mais do que influência dos concorrentes, é uma influência das requisições das nossas regiões, do pessoal de vendas que está próximo ao cliente. Digital Security: Quais as demandas de tecnologia aqui do Brasil a
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Entrevista Alessandra Faria - Axis Communications
Axis está levando para a Suécia? Alessandra Faria: Algumas requisições que tínhamos no passado, nós levamos para eles e fomos atendidos. A própria OptimizedIR é um exemplo. O fato da nossa câmera PTZ Q61, com o recurso Speed Dry, foi outra delas. A linha Q86 de câmeras para transporte também é resultado de uma requisição que já estávamos levando há anos para a casa matriz. Voltando mais para o mercado da América do Sul, principalmente no segmento de mineração, requisitamos algumas câmeras à prova de explosão, que são uma necessidade nessa vertical, muito forte nos países que eu tenho responsabilidade além do Brasil. São diversas as requisições que fazemos para a casa matriz já há algum tempo e que são atendidas de acordo com um planejamento de negócios da companhia. Digital Security: Quase todos os executivos do mercado de segurança que falamos dizem que as câmeras de segurança estão virando um commodity. A Axis se enxerga tendo que abrir mão dos lucros vindo da venda de câmeras para ainda se manter no mercado? Alessandra Faria: Acreditamos que o mercado de segurança é muito grande e ainda tem muita coisa para se fazer no mercado. Falando da região América do Sul, o Brasil, a Argentina e a Colômbia são três mercados bem grandes onde ainda temos muito trabalho para se fazer. Pelo menos no nosso ponto de vista de mercado, o mercado mediano e o enterprise ainda não está commoditizado. O que nós temos apostado muito é em educar o mercado para pensar em solução. Dificilmente você vê um executivo, representante comercial ou uma pessoa da Axis que vai educar o mercado falando simplesmente de produto. Em todos os nossos eventos e apresentações, nosso discurso já é voltado na área de solução. Exploramos como é possível integrar a solução Axis, de forma completa ou parcial, dentro da solução que o cliente já possui. A ideia é agregar valor no negócio deste cliente. Ainda tem muito mercado para ser desbravado e muita coisa que pode ser feita ainda para melhorar os sistemas em todos os três segmentos que trabalhamos, no small, no medium e no enterprise. Digital Security: A Axis anunciou no final de janeiro a câmera M5065, junto com uma série de dispositivos complementares para automação, como sensores de movimento, abertura de portas e janelas, botão de alerta, entre outros, que ao nosso ver tem
Nunca existiu essa tropicalização de produtos. Se analisarmos, hoje o nosso portfólio de produtos é tão completo e abrangente que não há essa necessidade. 32
um foco em casas e pequenos negócios inteligentes. No entanto, esse produto só será comercializado nos Estados Unidos, Canadá e Japão a princípio. Ao mesmo tempo, vemos fabricantes brasileiras investindo pesado lançando soluções com foco em Smart Home. A Axis prefere esperar uma consolidação maior desse mercado antes de disponibilizar uma linha como essa por aqui? Alessandra Faria: A Axis sempre trabalha a longo prazo. Sempre quando colocamos uma solução como essa da câmera M5065, voltada para uma automação residencial ou de pequeno negócio, existe todo um estudo por trás dos potenciais mercados que a gente tem e de como chegar a esses mercados na linha do tempo. Nunca fizemos um planejamento menor do que cinco anos. Foi assim que nós sempre atuamos aqui no Brasil e na América do Sul. Claro que a gente observa o potencial do mercado brasileiro, mas como mencionamos na questão sobre a commoditização do mercado, enxergamos que ainda tem um trabalho muito grande para se fazer onde nós já somos muito fortes hoje, que é no segmento de enterprise, de smart cities e de transporte, e no médio-alto, trabalhando em hospitais, universidades, escolas, shoppings, varejo, entre outros. O mercado ainda vai precisar ser um pouco mais educado, antes de irmos para esse mercado de automação, de volume. A nossa própria infraestrutura atual não comportaria o atendimento a essa demanda por volume. Talvez precisemos esperar alguns anos para que possamos chegar e falar com esse mercado. Digital Security: Nessa política de planejamento a longo prazo, onde a empresa se enxerga daqui à cinco anos no mercado brasileiro? Alessandra Faria: Daqui a cinco anos, queremos crescer a organização. É claro que queremos estar com uma presença muito forte e ainda mais consolidada junto ao cliente-final, principalmente nesse segmento enterprise e desenvolver muito esse segmento médio, com as nossas soluções end-to-end que estamos colocando no mercado unindo soluções de vídeo, acesso e de áudio, que agregam valor ao sistema de monitoramento nesse mundo de IoT. A presença da Axis aqui nesses últimos 12 anos foi de profissionalizar o nosso mercado de segurança. Trouxemos educação e elevamos o patamar dos canais que atuam conosco. Queremos trazer os canais para esse mundo de IoT e de TI, porque esses mercados se integram perfeitamente. Daqui a cinco anos queremos ter uma organização bem maior, focada nesses três mercados, medium, enterprise e talvez já começando a pensar nesse small business também. Digital Security: O que está sendo feito hoje para chegar a essa meta? Alessandra Faria: Essa reestruturação que estamos fazendo agora é o primeiro passo. Eu parto de uma organização funcional, que era focada na região América do Sul, para uma organização focada nos mercados. Com essa mudança, eu realmente consigo unir todo o meu time de vendas, inside sales e engenharia, para focar em marketing, no mercado e em estar perto do cliente, com uma equipe no back office dando todo suporte para que essas pessoas tenham a única preocupação de estar próximo e atender as necessidades dos clientes delas. Também estamos expandindo o nosso quadro de funcionários, não só aqui no Brasil como em toda a América do Sul. Só no primeiro mês de mudança, abrimos quatro posições para novos profissionais. São contratações focadas no canal e no usuário-final, e também em engenharia, porque essa área é muito importante no nosso negócio dando suporte na educação do cliente. Além disso, temos contratações abertas na Argentina, na Colômbia e outros países. Queremos crescer e isso vai fazer com que alcancemos nossa meta de cinco anos. DS
Artigos
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Segurança Pública
Hardening de rede
Impedir a escalada da violência no Brasil é possível, desde que haja inteligência, planejamento e integração
O
Brasil tornou-se palco, ao longo das últimas décadas, das mais variadas e inacreditáveis formas de violência, sobretudo nos grandes centros urbanos. A combinação explosiva entre desigualdades sociais, políticas ineficazes e um quê de burocracia gerou uma crise na segurança pública sem precedentes, cujo impacto é percebido em todos os setores da sociedade. Isso faz com que a população cobre respostas inovadoras e, ao mesmo tempo firmes. Foi o que senti ao participar, na capital do país, do 1° Simpósio Internacional de Segurança Pública. O evento, que foi promovido pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), reuniu especialistas do Brasil e do exterior e, também, profissionais que entendem os problemas relacionados à segurança pública em sua raiz. As discussões demonstraram que a tecnologia é a chave e o caminho para controlar e impedir a escalada da violência no Brasil. É isso mesmo. Por mais que a situação esteja cada vez mais além do limite do suportável, a tecnologia torna perfeitamente possível reverter esse quadro. Virar a mesa. Ganhar o jogo. Mas, para isso, é preciso ter inteligência, sobretudo no planejamento para o uso desses recursos. Tomando como exemplo o Rio de Janeiro (onde a violência não dá trégua, mesmo com iniciativas amplamente divulgadas, como as Unidades de Polícia Pacificadora e a intervenção do Exército), a falta de inteligência dificulta iniciar qualquer investigação. Existem recursos, mas falta estratégia. E, também, união. É verdade que cada estado faz o que pode e o que está ao seu alcance para dar conta das demandas. E é correto dizer que existem, sim, grandes e importantes ações para inibir a criminalidade (Big Data e Inteligência Artificial não são mais realidades distantes ou coisa de ficção científica). Embora alguns estados estejam mais adiantados que outros, todos querem fazer algo – e isso é bom, porque há o senso comum de que sem inciativa, os bandidos continuam a tomar conta da situação. Mas, no meu entendimento, é preciso que o Governo Federal faça a sua parte, promovendo a integração de todas as bases de inteligência para, enfim, chegarmos a um sistema único. Infelizmente, os movimentos nesse sentido são lentos, o que faz com que tenhamos a sensação de estar “tapando o sol com a peneira”, já que ao inibir a violência em um determinado local, os criminosos automaticamente migram para outras regiões. Tomando novamente o exemplo do Rio de Janeiro, fica fácil entender a equação: sem uma base de dados integrada e sem compartilhar as informações, as soluções temporárias e sem planejamento a longo prazo fizeram com que a mancha criminal do Nordeste aumentasse consideravelmente. Regiões onde nunca se ouviu falar em violência foram dominadas com rapidez pelo problema. O modelo atual de aquisição de equipamentos e soluções é outro
Foto: ANPF Online/Divulgação
por Alexandre Nastro*
Alexandre Nastro recentemente participou do 1º Simpósio Internacional de Segurança Pública, em Brasília.
entrave para o controle da criminalidade, pois restringe – e muito – a aquisição de novas e modernas tecnologias. Por isso, o Brasil precisa, e com urgência, descobrir modelos mais avançados de negociação e aquisição, que sejam adaptados à realidade brasileira e que tirem o sistema atual da obsolescência. Nesse sentido, defendo o incentivo às parcerias público-privadas, que já contam com vários cases de sucesso, inclusive na cidade de São Paulo. E, também, investimentos substanciais em educação e em formação, para que o uso dos equipamentos adquiridos (seja no modelo atual, ou via PPP) aconteça em sua totalidade. Vencer a violência e a criminalidade depende de todos nós. Mas, como eu destaquei anteriormente, é preciso inteligência, união de dados e planejamento. Com profissionais capacitados, ferramentas cada vez mais intuitivas e integração das informações, teremos assertividade e poder para vencer essa guerra. DS
* Alexandre Nastro é country manager da ISS Brasil (Foto: Capital Informação/Divulgação)
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Agenda
JULHO Security Exhibition & Conference 25 a 27 de Julho Sydney – Austrália O Exhibition & Conference Segurança é um evento essencial para entrar em contato om novos produtos e inovações e se conectar com o melhor da indústria, além das mais recentes formas de gerenciamento inteligente de ameaças. Reunindo os principais especialistas de segurança locais e internacionais, a Conferência de Segurança ASIAL também vai discutir as mudanças de estratégias para combater as ameaças à segurança e os desafios enfrentados pelas empresas, do governo e da comunidade em geral. www.securityexpo.com.au
exibição de tecnologias de segurança na América do Norte, a associação internacional de profissionais de segurança ASIS se uniu à InfraGard e à ISSA - International Systems Security Association International para renomear sua feira e congresso para Global Security Exchange - GSX. Mais do que uma mudança de nome, o GSX surge com uma proposta de elevar a experiência do evento com uma educação modernizada, networking revitalizado e um chão de exposição reimaginado que permite explorar o cenário de segurança atual e futuro, trocar ideias e melhores práticas, expandir os contatos globais e experimentas as inovações do mercado. Para isso, o evento espera levar mais de 300 sessões em seu congresso, incluindo palestras, painéis de discussão, workshops e case studies. Nesta primeira oportunidade, o evento espera atrair mais de 22 mil profissionais para conferir as soluções e serviços de mais de 550 provedores durante três dias na cidade de Las Vegas. www.gsx.org
SETEMBRO Equipotel 18 a 21 de setembro São Paulo/SP A Equipotel é o ponto de encontro da hotelaria e gastronomia da América Latina. Figurando entre as cinco maiores do mundo no setor, é um polo de negócios e relacionamentos fundamental para o sucesso de empresas dos setores de hotelaria, gastronomia, alimentação e turismo. www.equipotel.com.br
Global Security Exchange 23 a 27 de setembro Las Vegas/EUA Depois de 63 edições que consagraram a ASIS Seminar and Exhibits como uma das principais plataformas de discussão e
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OUTUBRO Futurecom 15 a 18 de outubro São Paulo / SP Figurando como um dos maiores eventos de Tecnologia da Informação e Comunicação da América Latina, o Futurecom completa 20 anos em 2018 reunindo os mais importantes agentes da área de telecomunicações, TI e internet para discutir temas e expor soluções nas áreas de redes, nuvem, realidade aumentada, redes sociais, transformação digital, experiência do usuário, inteligência artificial, cidades inteligentes, Internet das Coisas, entre outros. No ano passado, o Futurecom contou com a participação de mais de 15 mil visitantes de 40 países, reunindo mais de 250 empresas expositoras de vários continentes. www.futurecom.com.br
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