Digital Security 87

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Ano 8 • No 87 • Novembro/2018

87 ISSN 2238-5711

www.revistadigitalsecurity.com.br

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

Entrevista FABIO LOPES DIRETOR DE CANAIS DA DAHUA TECHNOLOGY

Porto de Vitória

AUTOMATIZAÇÃO DE ACESSO PARA EFICIÊNCIA LOGÍSTICA

CRIADO NO BRASIL PREPARADO PARA

O MUNDO!

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Exportado para mais de 130 países em 18 idiomas.


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#credibilidade

Dahua Technology, paixão em proteger o mundo A multinacional Dahua Technology, fundada em 2001, é uma das principais marcas de soluções inteligentes no setor de videomonitoramento no mundo. A empresa, com a sua visão disruptiva, está sempre empenhada em fornecer produtos e soluções baseados em Inteligência Artificial, IoT e Cibersegurança que permitem a entrega de soluções de segurança end-to-end, para as mais diversas verticais de C

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negócio. O Dahua Cybersecurity Center (DHCC) coopera ativamente com empresas como Symantec, McAfee, Intel e Synopsys, alcançando altos padrões de segurança e estabelecendo mecanismos de proteção que incluem organização, procedimento, tecnologia e serviço. A Dahua Technology foi a primeira empresa do setor a receber a certificação da TÜV Rheinland, estando em total conformidade com o GDPR(Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Européia).


www.dahuasecurity.com

+1.400

+6.000

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40%

Patentes Arquivadas

Parceiros de Negócios

Engenheiros de Pesquisa & Desenvolvimento

Crescimento médio por ano em vendas. Em 2017, o faturamento foi aprox. de 3 bilhões de dólares

P&D

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Investimento de +10% da receita em P&D.

Até 5 anos de garantia*

Câmeras vendidas por ano para mais de 180 países

Projetos brasileiros realizados para empresas públicas e privadas

42

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Design

173

Prêmios iF Design Award, uma das premiações de design mais conceituadas do mundo

Escritórios pelo mundo

Subsidiárias no Exterior

Colaboradores

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Alta tecnologia, qualidade e credibilidade


Editorial

Blockchain no caminho Redação

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ão é preciso dizer que os problemas de segurança da IoT podem afetar as organizações de usuários finais de várias maneiras. Na medida em que os dispositivos, incluindo aqueles que lidam com segurança, estão se tornando cada vez mais conectados, o quesito segurança se tornou a grande preocupação. A este respeito, blockchain pode entrar para ajudar. Hoje, os dispositivos estão migrando cada vez mais para a rede. Isso inclui dispositivos de segurança de câmeras de vídeo para acessar leitores de controle. Apesar ser conveniente para o usuário final, é praticamente impossível escapar dos problemas de segurança da IoT. O incidente de DDoS de 2016, no qual câmeras e gravadores de IP foram usados para lançar ataques contra uma empresa de gerenciamento da Internet, resultando em desligamentos de vários sites famosos, é um exemplo claro. Com os dispositivos de IoT superando rapidamente os computadores, servidores, desktops e laptops tradicionais conectados à Internet, também fica clara a mudança na maneira como devemos pensar a questão da segurança baseada em servidores. Uma vulnerabilidade simples em um único dispositivo de usuário tem pouco ou nenhum efeito, mas a mesma vulnerabilidade em um grande número de dispositivos pode ser muito poderosa e potencialmente perigosa para as principais operações da Internet. É aí que o blockchain pode ser útil. Por definição, esta é uma tecnologia de registro distribuído que visa a descentralização como medida de segurança. Essas redes podem ter milhões de usuários em todo o mundo e, para sua própria proteção, todos os dados no blockchain são protegidos por criptografia. Além disso, todos os membros da rede são responsáveis por verificar e garantir que os dados que estão sendo adicionados são reais. Isso é feito usando um sistema de três chaves (privada, pública e a chave do receptor) que permitem que os membros verifiquem a veracidade dos dados. Esta natureza de “brigada” característica do blockchain torna-o extremamente resistente à pirataria, uma vez que, para destruir ou corromper um blockchain, um hacker teria que destruir os dados armazenados no computador de todos os usuários na rede global. Isso pode significar milhões de computadores, com cada um armazenando uma cópia de alguns ou de todos os dados. Além disso, a menos que o hacker pudesse derrubar simultaneamente uma rede inteira (o que é quase impossível), computadores não danificados, também conhecidos como “nós”, continuariam rodando para verificar e manter registro de todos os dados na rede. É nesse sentido que o Blockchain pode ajudar o mercado de IoT, ao descentralizar as comunicações entre dispositivos, permitindo que eles gerenciem funções independentemente de uma intervenção de um administrador. Mais ainda: a rede descentralizada também poderia suportar melhor a comunicação entre um grande número de dispositivos e seu volume e velocidade de dados. Este canal de comunicação pode permitir que ações determinadas por grupos sejam enviadas aos hosts para atualizar firmware e/ou software ou remediar infecções. Mas, claro, há ressalvas: isso implica em todos os envolvidos estarem comprometidos com a segurança e, vale dizer, ainda é muito cedo para elegê-lo como o salvador da pátria. Mas pode ser um bom começo.

Eduardo Boni Publisher

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Publisher

Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br

Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br

Comercial contato@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br

Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo

Al. Madeira, 53, cj. 91, 9º andar - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri, SP – Brasil + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br


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Sumário

produtos e serviços

Bosch

pg10 App para integradores Project Assistant chega ao Brasil

Intelbras

pg10 Câmeras iC7s já está disponível no mercado

CASE STUDY

Porto de Vitória

pg22 Preparando seus acessos para atender as exigências do projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente - Portolog, espaço está implementando tecnologias avançadas de acesso com inteligência artificial em sua operação

Mercado

Genetec

pg12 Desenvolvedora expande atuação para América Latina

Hikvision

pg12 Fabricante chinesa firma parceria com centro de capacitação em Florianópolis

Projeto utiliza mais de 70 câmeras com leitura automática de caracteres em mais de 10 linhas de acesso nas duas margens

Eventos

Anixter

pg 14 Com cerca de 600 m², nova sede da Anixter segue conceito aberto com proposta mais corporativa para posicionar empresa como distribuidora de valor agregado pg 14 Empresa comemora 50 anos no Brasil com novo presidente, Yasushi Tanabe, e mostra interativa na Japan House, em São Paulo

CELPE

pg26 16 subestações da Companhia Energética de Pernambuco estão integrando sistemas de segurança de vídeo, controle de acesso, comunicações, alarme de incêndio, evacuação por voz e alarme de intrusão da Bosch

NEC Continuum

Roadshow Pelco

pg 16 Fabricante adiantou novidades e estratégias que deve adotar em 2019, incluindo vídeo-analíticos, oferta em nuvem e câmeras para setor de transporte

entrevista

Fabio Lopes

pg28 Diretor de canais da Dahua Technology Depois de um 2018 de grandes mudanças na gestão, a Dahua reforçou sua aposta com foco em projetos integrados inteligentes de médio a grande porte. Entenda as formas de atuação da fabricante chinesa nessa entrevista exclusiva.

ARTIGO

CODE - Seminário de Cibersegurança

pg 20 Axis, Genetec e Microsoft trouxeram seus profissionais mais gabaritados em cibersegurança para uma manhã de painéis com um público qualificado de alto nível 6

Pesquisa indica cinco tendências e desafios para segurança pública na América Latina pg34



95% Similar

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Conheça a linha de produtos com inteligência artificial e deixe os dados trabalharem por você! Siga a Hikvision nas redes sociais:


Banco de dados

Poder de processamento

Deep Learning

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL O FUTURO DA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Reconhecimento Filtragem de Facial Falsos Alarmes

Contagem de Pessoas

Algoritmos Estruturados

Busca e Comparativo de Pessoas

Mais segurança e mais inteligência ao seu alcance.


Produtos e Serviços

Bosch

App para integradores Project Assistant

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ara facilitar o dia a dia dos integradores de sistemas de videomonitoramento, a Bosch desenvolveu o Project Assistant, um aplicativo gratuito que auxilia na instalação e pré-configuração de projetos de forma remota e antes mesmo das câmeras serem instaladas no local, proporcionando uma economia de tempo de até 30%, além de uma visão geral detalhada do status dos mesmos. Com este aplicativo inteligente e exclusivo no mercado, o integrador do sistema poderá inserir automaticamente informações para cada câmera utilizada, fazer ajustes finais de nitidez da imagem, aplicar configurações adicionais quando necessário e ainda obter mais controle, transparência e eficiência em cada fase de um projeto de videomonitoramento. Esta solução ainda contribui para evitar possíveis falhas causadas pela multiplicidade de usuários e tarefas do planejamento até a instalação. Depois que as configurações realizadas nas câmeras virtuais no Bosch Project Assistant forem carregadas, as mesmas estarão prontas para serem alinhadas com câmeras instaladas nos locais, via Wi-Fi

ou conexão por cabo. Por meio de código QR das câmeras é feita uma verificação de dados e o aplicativo cria em minutos um relatório completo para o cliente com as capturas de tela do campo de visão (FOV). O Bosch Project Assistant, que funciona nas plataformas Apple, Windows e Google, está disponível gratuitamente para download em lojas virtuais de aplicativos, sendo compatível para instalação em desktop, tablet e smartphones. DS

Intelbras

Câmeras iC7s já está

A

nunciada pela Intelbras na Exposec 2018 a câmera WiFi iC7s, que compõe a linha Mibo, agora está disponível no mercado. Diferente das demais ofertas da linha, a iC7s permite ao usuário a vigilância 360º do ambiente e armazenamento das imagens com qualidade FullHD (1080p), além de oferecer a função central de alarme, suportando até 32 dispositivos sem fios e interativos, como sensor de presença e de abertura, controle remoto e sirene. Além disso, a câmera tem design moderno e discreto, que harmoniza em qualquer tipo de ambiente, tornando-se um objeto de decoração. “Um dos grandes diferenciais da câmera iC7s são as funções “Auto tracking” que, ao identificar a presença de alguém, automaticamente acompanhará essa pessoa por todo percurso; e “Sensor tracking” que ao detectar a ativação de um dos sensores, direciona a câmera para ele, tornando todo processo de monitoramento mais dinâmico”, explica Diego Serra, gerente de Segmento Segurança Home & Office da Intelbras. Toda interação é feita pelo aplicativo Mibo instalado em smartphones iOS/Android. Pelo aplicativo, também é possível explorar a função “áudio bidirecional”:

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com apenas um clique é possível a comunicação entre o usuário e a pessoa monitorada. O lançamento da iC7s é a nova adição da linha Mibo, que já conta com dois modelos: a iC3 e a iC5. Os três modelos se conectam à rede Wi-Fi e possuem todas as características que uma câmera de segurança precisa ter: possibilidade de armazenamento em cartão micro-SD de até 128 GB (adquirido separadamente), visão noturna, imagens em alta definição, visão super-wide, com campo de visão 111º (iC3) e 114° (iC5) e 360º (iC7) e notificação de movimento. “A linha Mibo vai permitir que muitos brasileiros possam ter acesso pela primeira vez a um equipamento de segurança e monitoramento de imagem, protegendo assim o seu patrimônio 24 horas por dia, sete dias por semana. Nossas câmeras seguem a tendência crescente da “casa inteligente”, residências equipadas com tecnologia que permite fácil conexão, monitoramento e controle via smartphone.”, finaliza Serra. Os produtos já estão disponíveis nas grandes redes de varejo do Brasil e também podem ser comprados via revendas Intelbras. O preço sugerido da iC7 é a partir de R$ 1.299,90. DS



Mercado Genetec

Desenvolvedora expande atuação

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Genetec, desenvolvedora de soluções IP e plataformas de gerenciamento para segurança, anuncia a criação de uma nova posição de gestão com o objetivo de expandir e fortalecer sua atuação na América Latina e Caribe. Denis Côté, atual Country Manager da Genetec Brasil, assumirá como responsável por todas as operações da região, com exceção do México. “O Brasil teve um crescimento considerável nos últimos 6 anos, desde que a Genetec estabeleceu seu escritório regional no país. Criamos um centro de excelência e expertise que, agora, poderá ser aproveitado em todo o restante da América Latina”, disse Côté. “Esse conhecimento e experiência vão acelerar o crescimento da Genetec na região”. Como é de se esperar, o escritório brasileiro deve servir como centralizador de todas as principais demandas e atividades da região e a Genetec deve começar seus processos de contratação de equipes regionais nos principais países em breve. Ainda não há informações sobre quem irá assumir a posição deixada por Côté. DS

Hikvision

Fabricante chinesa firma parceria com

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Hikvision anuncia parceria com a Parkseg, empresa de treinamentos voltada aos profissionais do mercado de segurança eletrônica e TI. A partir de agora, a Hikvision terá um Centro presencial de capacitação em um prédio 100% sustentável, localizado na Grande Florianópolis, em Santa Catarina.

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Com recursos de última geração e estrutura para atender desde turmas mais enxutas até plateias maiores, em um auditório com capacidade para 200 pessoas, a Hikvision e sua parceira começam a atender profissionais de todo o Brasil já a partir deste ano. A Parkseg também irá utilizar os equipamentos da Hikvision em sua grade voltada aos alunos dos cursos de Elétrica, Redes e Gestão. Há mais de 15 anos no mercado de segurança eletrônica, Marcio Rosin e Douglas Maccari, diretores da Parkseg, afirmam que a parceria traz muita inovação aos negócios. “Nosso foco é capacitar o instalador, integrador e ministrar cursos com os equipamentos Hikvision para enriquecer a experiência de nossos alunos. Do outro lado, a Hikivision também utilizará nosso espaço capacitando outros profissionais e oferecendo certificações de seus produtos”, afirma Rosin. A estratégia e parceria deve continuar em outras regiões do País, com um segundo Centro de Treinamento em São Paulo, que será inaugurado até o segundo trimestre de 2019, além de plataformas de ensino a distância (EAD) e novos núcleos nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. “Essa é uma estratégia educacional e de treinamento muito importante para a Hikivision desenvolver sua marca no mercado e, principalmente, ajudar na capacitação de uma das nossas principais forças de vendas que são os instaladores”, afirma Marco Meirelles, Gerente de Marketing da Hikivision Brasil. DS


Imagem ilustrativa.

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Eventos Anixter

Reposicionamento Com cerca de 600 m2, nova sede da Anixter segue conceito aberto com proposta mais corporativa para posicionar empresa como distribuidora de valor agregado por Gustavo Zuccherato

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a noite do dia 7 de novembro, a Anixter realizou um evento para marcar a inauguração da sua nova sede no Brasil. Reunindo parceiros fornecedores e integradores em um clima de confraternização, a mudança dá as bases para a reformulação na estratégia de atuação da distribuidora no mercado. “Queremos nos posicionar perante o mercado com muito mais valor agregado e, por isso, precisávamos nos posicionar de uma maneira muito mais corporativa do que logística”, disse Carlos Henrique Fernandes, vice-presidente regional da Anixter Brasil. “Viemos para um ambiente com muito mais visão de tecnologia, com total integração de todas as áreas, onde a gente consegue ter uma sinergia muito maior, agilidade na tomada de decisão, um fluxo de informação muito mais rápido para conseguir receber cliente e fornecedores para ter discussões muito mais consultivas e técnicas para montar projetos mais estruturados com so-

luções mais integradas e diferenciadas que agregam valor ao negócio”. Localizado no 20º andar do imponente prédio comercial Office Time no bairro Jardim das Perdizes, na zona oeste de São Paulo, a apenas 2,7 km de distância da sua sede anterior, o espaço segue o mesmo conceito aberto para integrar e facilitar a colaboração entre as equipes, devendo abrigar aproximadamente 80 colaboradores da equipe administrativa e comercial da Anixter no Brasil. Com aproximadamente 600 m², a matriz também já conta com espaços para treinamentos e demonstração de tecnologias. “Temos dois ambientes exclusivos focados totalmente no cliente e integrado ao escritório: uma sala de treinamento modular para o público interno e externo e o Solution Briefing Center, onde conseguimos integrar todo tipo de solução que representamos para simular os ambientes dos clientes dentro da nossa estrutura”, explicou Fernandes. DS

NEC Continuum

50 anos em NEC comemora seu cinquentenário anunciando o seu novo presidente, Yasushi Tanabe, com foco total na operação brasileira e com mostra interativa na Japan House, em São Paulo por Gustavo Zuccherato

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NEC, multinacional japonesa fornecedora de soluções de biometria digital reconhecida por grandes projetos de tecnologia por todo o país, completa 50 anos no Brasil em 2018. Para comemorar a data histórica, a companhia preparou uma exposição interativa especial, NEC Continuum, e anunciou um novo presidente, com foco total na operação brasileira, Yasushi Tanabe. Até agora, a NEC possuía um presidente para toda a América Latina e a criação dessa nova posição trará um atendimento muito mais focado nas necessidades do mercado nacional. O executivo de origem japonesa, 52 anos, é formado em economia e trabalha na organização há 29 anos, iniciando a sua trajetória na sede da organização no Japão. Tanabe já atuou em posições nas áreas de negócios da NEC, principalmente nos âmbitos comercial e de administração, no Japão, na Colômbia e na região da Europa, além de ter exercido por quase dois anos a função de CEO da NEC na Argentina. O novo presidente da empresa no Brasil assume as atribuições locais que estavam sob comando da Masazumi Takata, presidente da NEC na

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América Latina. “Tanabe está há 30 anos na NEC e praticamente metade desse tempo em posições de gestão na América Latina. Ele possui ampla experiência na área de segurança e contribuirá fortemente para fortalecer esse mercado no Brasil”, afirma Masazumi. No evento realizado para imprensa na Japan House, em São Paulo, Takata e Andre Eleterio, diretor de relações públicas para América Latina, anunciaram a nova presidência, além de inaugurarem a NEC Continuum, uma mostra que reúne uma série de instalações representando a evolução da NEC em seus 119 anos de história. Com exposição de 27 de novembro a 2 de dezembro, o espaço localizado no primeiro andar da Japan House mostrou uma linha do tempo pautada em evoluções tecnológicas, com a proposta de oferecer experiências sensoriais capazes de despertar emoções, indo desde a invenção do telefone, em 1875, até chegar aos dias de hoje, com a biometria atuando na transformação da sociedade. A NEC já havia firmado um acordo que a torna a primeira mantenedora da casa no Brasil e, ainda, provedora de soluções avançadas a serem utilizadas para melhorar a experiência dos visitantes ao local. DS



Eventos Roadshow Pelco

De olho Em confraternização de fim de ano, a Pelco adiantou algumas das novidades e estratégias que deve adotar no próximo ano, incluindo vídeo-analíticos, oferta em nuvem e câmeras para setor de transporte por Gustavo Zuccherato

Confira mais fotos do evento em nosso portal www.revistadigitalsecurity.com.br

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arte do calendário anual recorrente de qualquer fabricante, os encontros para celebrar o ano que se encerra e apresentar algumas novidades para o começo do ano que virá já começaram a acontecer. Na tarde do dia 8 de novembro, foi a vez da Pelco reunir seus principais parceiros e clientes para sua confraternização no Embrase Golf Center, em São Paulo. Para além das entregas de placas de reconhecimento, o encontro serviu para reforçar o posicionamento estratégico da fabricante no Brasil, fortalecendo ainda mais as capacidades da sua plataforma VMS, o VideoXpert. “Este foi o segundo ano da solução VideoXpert no Brasil e 2018 representou um ano de transição para essa nova geração de gestão centralizada, escalável e fácil de usar”, disse Wesley de Moraes,

Parceria anunciada em julho, vídeo-analíticos da IBM devem começar a ser comercializados no Brasil em dezembro

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gerente regional de vendas da Pelco by Schneider Electric. “Temos um ciclo de atualizações intenso para trazer novas capacidades para os nossos clientes e parceiros. Em dezembro, já devemos lançar a versão 3.0 do VideoXpert e, em dois meses, nosso roadmap já prevê a versão 3.2 com ainda mais funcionalidades para a integração tecnológica visando facilitar a operação do sistema”, explica. Reconhecida por sistemas altamente robustos para demandas igualmente exigentes, a Pelco oferece um portfólio bastante extenso para as mais variadas necessidades mas deve se focar em duas principais verticais em 2019: o de segurança pública e de transporte. Por isso, de acordo com o gerente regional, a fabricante deve disponibilizar já em dezembro os primeiros analíticos IVA (Intelligent Video Analytics) fruto da parceria com a IBM, anunciada em julho deste ano. Com algoritmos de deep learning, o portfólio deve incluir reconhecimento facial, de placas veiculares, de pessoas, detecção de movimento, vandalismo, remoção ou abandono de objetos, entre outros, com capacidade de especificar alguns outros elementos, como cores, velocidade e tamanho, por exemplo. É claro, a novidade também prevê o uso desses recursos para facilitar a pesquisa por evidências e auxiliar nos processos de negócio. A comercialização será por licença de câmera e a precificação dependerá do nível de parceria e do projeto. Sem poder dar muitas informações, Wesley também citou que a fabricante deve disponibilizar novos dispositivos pensados para a mobilidade ainda no primeiro trimestre de 2019, incluindo câmeras e NVRs veiculares com recursos específicos para facilitar a comunicação com centrais de monitoramento e o armazenamento de imagens importantes via conectividade Wi-Fi; além de um recurso em nuvem para o acesso remoto do VideoXpert. DS





Eventos CODE - Seminário de Cibersegurança

De frente Axis, Genetec e Microsoft trouxeram seus profissionais mais gabaritados em cibersegurança para uma manhã de painéis com um público qualificado de alto nível por Gustavo Zuccherato

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a manhã do dia 8 de novembro, três gigantes de tecnologia multinacionais uniram forças para fomentar o debate cada vez mais importante sobre cibersegurança no Brasil. Realizado no Microsoft Technology Center, em São Paulo, o CODE - Seminário de Cibersegurança uniu os profissionais mais gabaritados da Microsoft, Genetec e Axis Communications à um público qualificado de cerca de 50 pessoas para explorar os cenários, tendências e as propostas das empresas para mitigar os riscos de ataques cibernéticos em seus dispositivos, sistemas e infraestruturas. Sempre se apoiando nos dados dos ataques e vazamentos de dados publicados em diversos estudos pelo mundo, além das evoluções legislativas relacionadas ao tema, o CODE trouxe para a discussão Laurent Villeneuve, gerente de segurança cibernética da Genetec, Ryan Zatolokin, gerente de novos negócios e especialista em cibersegurança da Axis, e Nycholas Szucko, chefe do time de Cybersecurity Solution Group da Microsoft. “Devemos pensar a cibersegurança como algo que é muito mais do que o que os dispositivos fazem por si: o criminoso pode não se importar com o que a imagem de uma câmera de segurança está captando, mas ela pode servir como um ponto de entrada para um ataque muito maior a uma rede”, disse Villeneuve. “A cibersegurança depende de vários atores, do cliente-final passando pelo fabricante, pelo consultor e pelo integrador da solução. Ela é uma responsabilidade compartilhada, não é um trabalho de um homem só. Trata-se de uma verdadeira rede de confiança que temos que construir”. Considerando esse cenário, a capacitação, a educação e a colaboração entre os diferentes agentes da cadeia de fornecimento foram um dos principais fatores levantados por todos os palestrantes. “Agora, as pessoas estão se tornando mais conscientes e tomando decisões inteligentes sobre quais produtos elas usam, tornando suas redes muito mais seguras”, ressaltou Zatolokin. “Não vamos conseguir entregar o que o nosso cliente demanda se a gente não tiver parcerias”, ressaltou Szucko. “Nesse evento tivemos uma empresa que desenvolve a parte de hardware, uma empresa que tem a solução de software para ter uma tomada de decisão de negócio mais assertiva, e tem toda a infraestrutura da Microsoft para prover disponibilidade, segurança e toda a parte de gestão”. Com mais informações, o mercado evoluiu ao longo dos anos para formatar soluções tecnológicas e propostas de camadas de proteção que cubram vulnerabilidades dos dispositivos e dos sistemas de segurança física. Além das tradicionais dicas de sempre manterem suas soluções atualizadas e periodicamente mudarem as senhas de acesso dos colaboradores da empresa, as empresas apresentaram como organizaram suas ofertas e ajudaram a desenvolver tecnologias que dão mais proteção contra os ataques cibernéticos. “Há algumas coisas muito fáceis que se pode fazer, como ter a capacidade de filtrar endereços IP de uma rede ou utilizar protocolos de mercado, como o HTTPS, que protege a comunicação de dados entre a câmera e o sistema de gestão de vídeo (VMS), ou o SRTP, que é a criptografia

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completa do fluxo de vídeo para o VMS”, explica Zatolokin. A Genetec, por sua vez, tem uma proposta de camadas de proteção para suas ofertas. No centro de tudo, há a proteção de dados, com a criptografia total das informações tanto paradas quanto em movimento, além da autenticação e autorização para garantir que as pessoas certas, acessem os dados corretos. Em cima disso, segue a camada de proteção de privacidade, com recursos que desfocam as pessoas que aparecem no vídeo e só desbloqueia o vídeo original mediante autorização de um supervisor, por exemplo. No topo, está a camada mais relacionada à empresa fornecedora, que deve realizar testes periódicos de proteção, compliance e auditoria, além de pensar a cibersegurança como padrão para todos os seus produtos. “Essas camadas não são como uma cebola. Elas devem ser encaradas como uma armadura, que se move e se adapta para defender de flechas à armas de fogo, e dificultem e bloqueiam a entrada de qualquer invasor”, exemplificou Villeneuve. No seminário, os palestrantes também falaram sobre ferramentas e métodos que facilitam a comunicação e a entrega para os usuários-finais para a massificação da ciberproteção. Como umas das suas principais propostas, a Microsoft tem apostado no fim das senhas padrões de letras e números para incrementar a segurança. Através do Windows Hello, a companhia permite o acesso com uso de biometria para autenticação, além de auxiliar no entendimento das métricas de cibersegurança. “Criamos uma abordagem chamada Secure Score, onde conseguimos mostrar, através de uma pontuação, onde o cliente está frente a uma pontuação total possível, com comparativos sobre a média de pontuação da vertical de indústria do usuário-final e uma média de pontuação de empresas que tem mais ou menos o mesmo número de dispositivos e usuários”, pontou Szucko. “A ideia é que o usuário saiba onde está hoje, mas também ter um caminho onde ele pode chegar e o que ele tem que fazer”. O CODE - Seminário de Cibersegurança deve seguir uma programação mensal de webinars, com a possível realização de outras edições presenciais que devem percorrer o Brasil em 2019. DS


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Case Study Porto de Vitória

Integração nacional Preparando seus acessos para atender as exigências do projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente - Portolog, o Porto de Vitória está implementando tecnologias avançadas de acesso com inteligência artificial em sua operação por Gustavo Zuccherato

I

niciativa do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil anunciada no final de 2016 como parte da sua missão de formular políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento destes setores, a Cadeia Logística Portuária Inteligente - Portolog está prestes a entrar em funcionamento no segundo dos 12 portos públicos brasileiros que devem fazer parte do projeto. Após a implementação nos terminais de granéis do Porto de Santos, em São Paulo, logo após o lançamento da iniciativa, agora é a vez do Porto de Vitória, no Espírito Santo, receber o sistema que revoluciona o processo de transporte e escoamento da produção nacional pelos terminais portuários brasileiros. Através da implantação de um Sistema de Informação desenvolvido pela Serpro, denominado Portolog, o projeto permite realizar o agendamento e sequenciamento de acesso de caminhões aos portos, a fim de sincronizar as datas de chegada dos navios e das cargas nos terminais, melhorando a programação e o credenciamento de veículos para a utilização da capacidade máxima do porto. Para isso, é claro, a melhoria dos controles de acesso aos terminais baseado na automação pelo uso da tecnologia é essencial. Assim, a Secretaria Nacional de Portos elaborou 12 anteprojetos que prevêem a implementação de Identificação por Rádio Frequência (RFID - Radio Frequency Identification); reconhecimento óptico de caracteres (OCR – Optical Character Recognition) para detecção automática das placas do veículo e do código BIC (Bureau Interna-

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tional des Containers) do contêiner; e reconhecimento Biométrico para detecção e identificação do motorista. No Porto de Vitória, a vencedora da licitação foi a Ergos Group, subsidiária brasileira da Certus Port Automation, responsável pela automatização de importantes portos internacionais como o de Roterdã, na Holanda, de Algeciras, na Espanha, e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. O projeto, orçado em R$21,9 milhões, foi baseado na construção e fornecimento dos equipamentos para os novos gates de acesso nas portarias dos Cais de Vitória e de Capuaba, em Vila Velha, com um total de 10 linhas de acesso. “São 4 gates de entrada e 4 de saída na margem de Vila Velha e outros 2 reversíveis na margem de Vitória”, disse Maxwell Rodrigues, CEO da Ergos Group. “Estes gates serão automatizados através da tecnologia da CERTUS e HTS, testada nos melhores portos do mundo, incluindo OCR, balanças, CFTV, quiosque de auto atendimento, cartões Mifare, entre outros”. Cada linha de acesso possui um poste com seis câmeras da HTS, sendo duas para a captura da placa dianteira, duas para a placa traseira e outras duas para capturar o código do contêiner, quando houver. Além disso, o totem de autoatendimento inclui mais uma câmera IP, um intercomunicador, os leitores de cartão Mifare HID R10 e o leitores de tag RFID, conectados à uma placa controladora da Apollo Security. “São marcas que nós já trabalhamos em outros projetos, que nos proporcionam excelentes resultados em durabilidade, confia-



Case Study Porto de Vitória

Cada lane possuirá um poste com 6 câmeras OCR para leitura de placas veiculares e do código dos contêiners, além de totem de autoatendimento para identificação do motorista

bilidade e precisão. A Certus, em especial, é a de maior credibilidade de mercado mundial, amplamente utilizada nos mais modernos portos do mundo e atendendo todas as especificações técnicas para o projeto”, ressaltou o CEO da Ergos Group. Para diminuir ao máximo as possibilidades dos acessos ficarem inoperante, o processamento do OCR é feito tanto na câmera como em um servidor local para cada lane, com o software CGATE da CERTUS. “Após isso, os dados são direcionados para um servidor principal, com o software PASS, da CERTUS, para monitoramento de todos os ativos de cada linha de acesso. Esse software se comunica com o Q-Ware da Serpro, permitindo que os sistemas do projeto possam enviar e receber informação do Portolog de forma assíncrona”, explica Rodrigues. “Toda a comunicação é feita através de uma rede Gigabit com total redundância. Tanto dados como fotos dos eventos dos Lanes serão armazenados por até 20 anos, podendo ser expandidos apenas com adição de mais HDs”. As portarias também contarão com outras câmeras para a segurança do ambiente e da operação, totalizando mais de 70 dispositivos no projeto como um todo, que serão integradas à um Centro de Controle Operacional (CCO) da CODESA na margem de Vila Velha com duas estações de trabalho e duas telas de 40” para visualização das imagens. O Porto de Vitória ainda conta com outras 100 câmeras espalhadas pelos prédios administrativos, berços e retroárea conectadas ao CCO sob a responsabilidade da Coordenação de Segurança Portuária. Para a Companhia das Docas de Espírito Santo (CODESA), autoridade portuária responsável por toda a operação do porto de Vitória, os principais desafios enfrentados neste projeto foram as obras civis, especialmente no Cais da Capuaba, onde houve necessidade de retirar veículos quebrados e caminhoneiros que utilizavam a área como estacionamento. As análises e aprimoramentos dos processos operacionais, com as integrações entre os sistemas novos e existentes também foram desafios pontuados pelo CEO da Ergos Group. As obras de infraestrutura estão em fase de finalização e a implantação de toda a tecnologia deve demorar mais três meses, com o sistema entrando em plena operação até o segundo semestre de 2019. Recebendo, em média, 500 caminhões por dia em todo o complexo portuário, a automação das portarias tem como um dos principais objetivos evitar as filas de veículos, tanto na capital como em Capua-

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ba, Vila Velha. “Atualmente, cada caminhão leva em média 5 minutos para ter acesso ao Terminal Portuário. Nossa expectativa é, com o sistema automatizado, esse tempo seja diminuído para 2 minutos, já considerando as tratativas de exceções”, pontuou Milton Fernandes, Encarregado de Cadastramento e Credenciamento da CODESA. Pela nova sistemática, os caminhões só entrarão no porto com horário pré-agendado. Antes de chegar ao complexo portuário, eles são direcionados para algum dos dois pátios de triagem credenciados, denominados Áreas de Apoio Logístico Portuário, e permanecem aguardando o cadastramento ou agendamento no sistema Portolog. Após a análise das vagas na proximidades do porto, os caminhões agendados são encaminhados para seu recepcionamento e informados do horário de saída para se encaminharem aos terminais portuários, recebendo a tag RFID e os cartões para identificação. “O Portolog tem a função de fornecer uma ferramenta especialmente desenvolvida para o monitoramento integrado e um controle eficaz nas áreas públicas do porto, terminais e pátios, trazendo segurança e agilidade para as operações”, disse Gustavo Martinez, coordenador de T.I. da CODESA. “Após implantado, o Portolog deve interligar-se ao Porto sem Papel - sistema de informação que reúne em um único meio de gestão as informações e a documentação das mercadorias embarcadas e desembarcadas nos portos - e ao Sistema de Monitoramento do Tráfego de Embarcações, o VTMIS, que possibilitará o acompanhamento e gerenciamento, em tempo real, do fluxo de embarcações no canal de navegação e nas áreas de fundeio do Porto”. Iniciando pela automatização dos portos, a Cadeia Logística Portuária Inteligente tem como pretensão permitir o gerenciamento do tráfego de caminhões desde a origem da carga até a entrega no navio, devendo estender o monitoramento por todos os corredores rodoviários do país. Para tanto, o Ministério também acionou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Agência Nacional de Transportes Aquáticos (ANTAQ) e Empresa de Planejamento e Logística (EPL) para que eles possam formular suas ações para garantir a plena integração da cadeia logística. Caso progrida, esse projeto tem o potencial de criar um verdadeiro ecossistema IoT para o monitoramento logístico em nível nacional, fomentando o mercado de tecnologias de segurança como um todo. Grandes oportunidades de negócio para se ficar de olho daqui para frente. DS



Case Study Companhia Energética de Pernambuco - CELPE

Gestão Dezesseis subestações da Companhia Energética de Pernambuco estão integrando sistemas de segurança de vídeo, controle de acesso, comunicações, alarme de incêndio, evacuação por voz e alarme de intrusão da Bosch por Redação

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companhia de infraestrutura brasileira Companhia Energética de Pernambuco (CELPE) é a principal fornecedora de eletricidade do estado de Pernambuco, no nordeste do país. Sediada na capital do estado, Recife, a CELPE atende uma população de mais de 8,8 milhões de habitantes nos 184 municípios de Pernambuco. A rede CELPE também contém usinas hidrelétricas nos rios de todo o estado. Fornecer eletricidade a clientes privados e clientes industriais nesta extensa região requer uma rede de distribuição de 136.762 quilômetros e 4.386 quilômetros de linhas de transmissão. Como parte crítica da infraestrutura de energia, a CELPE opera 240 subestações em todo o estado de Pernambuco. Mas como a maioria dessas estações estão localizadas em áreas remotas, nos últimos anos houve um aumento alarmante de vandalismo e roubo de cabos de energia caros. Buscando proteger sua infraestrutura vital, a CELPE precisava de uma solução de segurança integrada que atingisse três metas: primeiro, afastar os criminosos e alertar a polícia sobre violações de segurança. Em segundo lugar, fornecer controle de acesso contínuo para as 300 equipes de manutenção no campo. E, em terceiro lugar, conectar alarme de incêndio, comunicações e evacuação por voz em um sistema integrado que permitisse o gerenciamento remoto da sede da CELPE. Como provedora de soluções, a Bosch ganhou o contrato para equipar dezesseis subestações com sistemas de segurança de vídeo, controle de acesso, comunicações, alarme de incêndio e evacuação por voz, bem como alarme de intrusão conectado ao Building Integration System (BIS).

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Para segurança de vídeo, a Bosch instalou suas câmeras Starlight 7000 HD AUTODOME IP, integradas através do BVMS, o sistema de Gerenciamento de Vídeo da marca. O alarme de incêndio gira em torno de detectores de fumaça e calor, enquanto que para alarme de voz e evacuação, os amplificadores Plena são conectados aos alto-falantes espalhados pelos locais para evacuação. Todos os sistemas e câmeras são monitorados pelo pessoal de segurança no centro de controle da empresa em Recife. Para maior segurança, câmeras selecionadas possuem análise de vídeo integrada para ativar automaticamente os alarmes de intrusos e as autoridades em caso de alerta. O sistema também atende aos principais requisitos do cliente para gerenciamento remoto através do sistema de gerenciamento BIS (Building Integration System), incluindo a administração de credenciais de usuário e direitos de acesso para as 300 equipes de manutenção que atendem a vários locais de subestações. Instalada com sucesso em dezesseis estações de Pernambuco, a solução da Bosch se tornou um ativo para a CELPE e seu pessoal. Além de salvaguardar infraestruturas valiosas contra criminosos, o sistema também simplificou as comunicações entre as equipes de serviço na região, incluindo elementos como conferência e alertas automáticos para incêndios e intrusões por meio de um sistema de mensagens. O gerenciamento remoto dos direitos de acesso do usuário nas subestações melhorou o nível geral de serviço e evitou violações de segurança. Satisfeita com a solução ponta a ponta, a CELPE já encomendou à Bosch equipamentos para as suas 240 subestações elétricas nos próximos anos. DS



Entrevista Fabio Lopes - Dahua Technology

Na contramão Embora os produtos chineses ainda carreguem o estigma de preço baixo para lucrar a partir da venda de volume, a Dahua Technology decidiu por seguir um caminho diferente em sua atuação direta no mercado brasileiro por Gustavo Zuccherato

Confira essa entrevista e outros conteúdos em vídeo em nosso site www.revistadigitalsecurity.com.br

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018 foi um ano de intensas mudanças para a Dahua. A chegada do novo presidente para América do Sul, Neil Liang, trouxe novos ares e propostas para o mercado brasileiro. A reestruturação e a expansão da equipe local reforçou o posicionamento estratégico com foco em projetos integrados inteligentes de médio a grande porte. Entenda essas mudanças e as formas de atuação da fabricante chinesa nessa entrevista exclusiva com Fabio Lopes, diretor de canais da companhia no Brasil. Digital Security: Como está a estrutura e a equipe da Dahua atualmente no Brasil? Fabio Lopes: Nossa equipe passou por uma reformulação durante esse ano de 2018, onde buscamos trazer pessoas do mercado de segurança com perfil e experiência para atendimento aos clientes, com foco em soluções e projetos de maior nível, com maior necessidade de tecnologia.

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Atualmente, nosso time possui cerca de 40 colaboradores no Brasil. Metade deles são engenheiros, por conta da demanda de tecnologia e do alto padrão de solução que a gente busca oferecer. Vamos fechar o ano de 2018 com times regionais, tanto de vendas quanto de engenharia de pré-vendas, cada um posicionado estrategicamente no seu estado e atendendo a sua região com um foco maior e em busca de desenvolver negócios para o próximo ano. Digital Security: Quais são essas regiões que vocês estabeleceram equipes regionais? Fabio Lopes: Atualmente, temos times, que são uma dupla responsáveis pelo atendimento de toda a região. No sul do país, esse time fica em Florianópolis. No sudeste, há um time em São Paulo e um outro time no Rio de Janeiro que faz os três estados do Rio, Minas Gerais e Espírito Santo. Há um outro time no Distrito Federal para trabalhar o centro-oeste e que também busca pontu-



Entrevista Fabio Lopes - Dahua Technology

almente fazer algumas coisas no Norte, e em Recife a equipe que atende ao nordeste. Já temos ampliações dessas equipes regionais programadas para o início do próximo ano, mas muito mais voltadas para a parte técnica, para incrementar a nossa possibilidade de atender especificamente as verticais que a gente tem interesse. Digital Security: Neste ano, você migrou de uma posição de diretor de vendas para diretor de canais na Dahua Brasil, marcando um reposicionamento estratégico da Dahua no mercado. Quais mudanças você implementou no Programa de Canais desde que assumiu esse novo cargo e o que ainda pretende melhorar para 2019? Fabio Lopes: Não foi bem uma migração. Eu sempre estive na Dahua em uma posição de gestão. Desde que comecei meu trabalho aqui, eu já havia começado assinando como gerente e me tornei diretor de vendas. A mudança de diretor de vendas para diretor de canais ficou meio difícil de entender mas não mudou a minha posição, somente a nomenclatura. Basicamente, hoje eu sou responsável por tudo que se refere à comercialização da Dahua no Brasil. Com relação ao Programa de Canais, na verdade, o que a gente tem hoje não é um programa de canal complexo, não é uma coisa tão estruturada dessa forma. O que o nosso time criou já há algum tempo foi um modelo de trabalho, que eu prefiro chamar de uma política comercial, onde a gente pré-estabeleceu alguns requisitos básicos para a gente começar o trabalho há dois anos atrás. O que estamos fazendo agora, nesse fim de ano, é um upgrade dessa política já existente para, no ano que vem, sair com um planejamento mais elaborado que a gente talvez passe a chamar de um programa de canal. Nós iremos privilegiar os canais, e as empresas parceiras, que estão nos privilegiando. Aqueles que realmente já trocam negócios, conhecimentos e resultados conosco. São esses os canais que a gente vai colocar mais foco e é para eles que nós estamos desenvolvendo esse programa.

Nosso perfil vai na contramão das principais concorrentes. Nos propomos a fazer algo que era feito no passado e se perdeu: trabalhar realmente junto com o canal, respeitá-lo, e junto com ele estabelecer uma linha de relacionamento com o cliente. 30

Digital Security: Por onde um canal que almeja ser parceiro da Dahua deve começar? Fabio Lopes: Na verdade não tem muito por onde ele começar. Atualmente a gente tem focado em canais que já possuem know-how de trabalho com tecnologia, que já possuem a relação e a proximidade com o desenvolvimento de negócio, de uma solução. Nós temos o foco em trabalhar não com a venda de um produto, mas sim suprir alguma necessidade do nosso cliente. Nós, basicamente, selecionamos com quem a gente quer trabalhar. O caminho é um pouco diferente. Pode parecer um pouco estranho isso. É óbvio que a gente quer trabalhar e queremos atender todo o mercado, mas quando a gente busca focar em uma determinada fatia de mercado, principalmente falando de uma fatia que já é tão bem estabelecida e que já tem alguns parâmetros preestabelecidos, nós precisamos respeitar algumas coisas. Uma delas é com quem a gente trabalha. Para poder oferecer e entregar alguma coisa de qualidade, eu preciso ter parceiros muito bem preparados e com estruturas que atendam aquela demanda. Por isso que, hoje, nós selecionamos um grupo de canais com quem a gente está desenvolvendo esse trabalho. Nossa intenção não é crescer esse grupo. Muito pelo contrário, queremos focar nele e transformar esse grupo, cada vez mais, em vendedor de Dahua, desenvolvedor de soluções Dahua e que a gente consiga agregar outras soluções do nosso portfólio para ter maior participação em cada projeto deles. A nossa lista tem cerca de 100 canais que nós estabelecemos. São empresa reconhecidas no mercado, já com experiência e histórico de desenvolvimento de projetos em todas as verticais de negócios. Hoje, eu possuo cerca de 80 canais certificados, muito fruto do trabalho que a nossa equipe desenvolveu no decorrer desse ano, com certificações no Brasil todo. Nós pretendemos reforçar ainda mais toda a parte de treinamento técnico focado nessa carteira. Não vamos ampliar a carteira de canais-parceiros, mas vamos trazer coisas novas para essa carteira. Esse é o nosso objetivo. Após a conquista da confiança desse canal, os próximos passos são o desenvolvimento de novas oportunidades dentro da Dahua para ofertar para esses canais. Esse posicionamento vai na contramão do que o mercado tem visto nas principais concorrentes. Vamos buscar privilegiar e focar nas parcerias que estão aptas a ter uma troca de resultados. Digital Security: A medida que vocês evoluem para esse mercado mais enterprise, há uma exigência natural de certificação e treinamentos técnicos cada vez mais avançados para os parceiros, o que representa um investimento pesado do canal. Por que esse canal deveria escolher a Dahua e não uma outra marca que já está há mais tempo atuando nesse mercado enterprise para fazer esse investimento? Fabio Lopes: Como comentei, o nosso primeiro passo foi estabelecer quem eram os canais que queremos trabalhar. Esse primeiro contato já foi feito e, ao contrário desse pensamento de que o canal tem que investir muito nessa formação, na nossa oferta existe uma divisão desse investimento. Nós estamos dispostos a investir naquele canal que está disposto a investir no trabalho junto com a gente. Assim, o investimento não se torna tão grande assim. A Dahua é uma boa opção porque, além de ter soluções de ponta com produtos de qualidade para oferecer, nós oferecemos muitas outras possibilidades que empresas do nosso porte no mercado não conseguem atuar no mesmo formato. Temos trabalhado mui-


Entrevista Fabio Lopes - Dahua Technology

to com o desenvolvimento de projetos customizados, na reformatação de produtos para o atendimento de demandas específicas, temos feito treinamentos e certificações de acordo com a necessidade de cada mercado ou de cada vertical de negócio. O fato da gente trabalhar mais focado, nos permite ser mais maleável ou mais flexível para atender aquilo que realmente interessa para a Dahua nesse momento, que é o projeto que demanda uma maior atenção técnica, de mais desenvolvimento, mais integração com qualquer outro meio de tecnologia ou de comunicação. O nosso perfil é meio contrarregra do mercado. O que a gente está se propondo a fazer é uma coisa que se fazia no passado e que se perdeu. É trabalhar realmente junto com o canal. É respeitá-lo e junto com ele estabelecer uma linha de relacionamento com o cliente para poder ofertar aquilo que resolva um problema para o cliente, que traga benefícios. Se você me pergunta porque fazer esse investimento, a resposta está vindo junto com a conquista da credibilidade e da confiança. Estamos mantendo, conversando e levando para o mercado esse modelo há pelo menos dois anos. Com isso, temos conquistado bastante interação e confiança dos principais canais que tem visto que trabalhar com a gente tem alguns diferenciais que justificam alguns investimentos. Digital Security: Globalmente, a Dahua sempre teve um negócio muito forte na área de OEM, ou seja, fornecer componentes ou até dispositivos pré-montados para que outras fabricantes coloquem sua marca e vendam para o mercado. Desde que estabeleceu seu escritório no Brasil, em 2015, a Dahua vem traçando esse caminho - que é o foco da empresa hoje - de oferecer soluções mais avançadas, com maior valor agregado, focando nos projetos de médio a grande porte. Essa estratégia de venda de volume, de pequenos negócios e do mercado residencial, está mais atrelada à esses parceiros OEM aqui no Brasil? Fabio Lopes: Com certeza. Essa resposta é meio óbvia. A Dahua está no Brasil há bastante tempo em parceria com outra empresa, em modalidade OEM, onde temos uma participação muito significativa do mercado. Desde 2015 que a gente vem com o nosso escritório no Brasil e, é óbvio que propositalmente, por conta da existência desse mercado e também por conta do foco da marca Dahua mundialmente, nossa estratégia no Brasil tem uma direção diferente. Globalmente a Dahua tem um direcionamento voltado, nesse momento, para o mercado high-end, de soluções de grande porte, com inteligência e com integração. Mas o mercado de volume, de varejo, é existente, sendo muito importante dentro da Dahua, com um número muito significativo, e vai continuar sendo. A Dahua tem o perfil de respeitar os parceiros dela. Dentro dessas parcerias, OEM ou não, nós procuramos manter aquilo que foi traçado e que foi combinado. Por conta disso, o nosso papel como Dahua no Brasil é trabalhar negócios diferenciados. O modelo OEM continua existindo, vai continuar, e não tem a menor intenção de mudá-lo. Muito pelo contrário, nossa intenção é complementar as nossas possibilidades de negócios com uma estratégia desvinculada do volume, da distribuição em massa, focado realmente no desenvolvimento de negócio. Digital Security: E se os parceiros OEM quiserem participar desses projetos enterprise de alto nível? Fabio Lopes: Não existe nenhum problema para que a gente possa considerar a participação de um desses parceiros no desenvolvimento e na entrega de um projeto. Se uma empresa parceira tem condições, know-how, estrutura e consegue desenvolver um modelo de negócio que atenda ao mercado, não há problema al-

Nessas parcerias, OEM ou não, nós procuramos manter aquilo que foi traçado e combinado. Por conta disso, o nosso papel como Dahua no Brasil é trabalhar negócios diferenciados. Não tem a menor intenção de mudarmos esse modelo OEM gum. Muito pelo contrário, essa parceria vem para somar, para nos ajudar a atender o mercado que tem tantas demandas. O mercado está aberto para todo mundo, é melhor que seja desenvolvido por nós ou por um parceiro nosso do que pelos nossos concorrentes. Apesar disso, um parceiro de OEM tem uma linha de produtos e soluções estabelecidas, onde ele faz o trabalho dele e atende aquela demanda do mercado específica. Dentro do trabalho que a Dahua vem fazendo, a gente possui um portfólio mais amplo e aberto e que está sob o controle do desenvolvimento de projetos. Caso venha a existir essa necessidade, que é uma necessidade muito bem-vinda e muito bem vista por nós, nós precisaremos estudar e realmente trabalhar como trabalhamos com os outros parceiros: desenvolvendo negócios, garantindo que a nossa estratégia seja cumprida, que a nossa política seja atendida, indiferente de quem ou qual é o parceiro. Digital Security: Em outubro desse ano, na China, a Dahua lançou um novo posicionamento estratégico, chamado Dahua HOC (Heart of City) ou Dahua Coração da Cidade. Claramente, esse é um posicionamento focado nas cidades inteligentes. Como essa estratégia deve se refletir no mercado brasileiro? Fabio Lopes: Eu estava lá nesse lançamento, na China, vi a solução, que ainda não está no Brasil e nem foi apresentado aqui no Brasil. Basicamente, o Dahua HOC é uma solução que visa a integração de todos os sistemas que compõem a segurança eletrônica de uma cidade. O nome, por si, já estabelece esse conceito: o coração da cidade. Esse sistema já é uma realidade lá fora, na China, onde a Dahua tem estruturas, cidades e clientes, que são administradas com tecnologias da nossa empresa. Esse sistema visa basicamente a integração, tanto com as empresas desenvolvedoras de softwares VMS, como de outros produtos e, até mesmo, de outros cenários que possam compor a solução de segurança da cidade, sendo gerenciadas por esse sistema que chamamos de coração da cidade. Nossa intenção é trabalhar em parceria com o mercado já existente, com as tecnologias já existentes, e compôr uma solução que, de

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Entrevista Fabio Lopes - Dahua Technology

alguma forma, torne o dia-a-dia do cliente, do administrador daquela cidade, um dia-a-dia mais dinâmico e que some na segurança. No Brasil, a gente ainda não tem um plano de lançamento para isso. Eu também não posso falar muito mais. Vamos desenvolver esse plano e é óbvio que a gente deve apresentar essa ferramenta em breve aqui no Brasil, mas a gente continua com o objetivo de atuar em parceria com as empresas desenvolvedoras de softwares VMS, tanto nacionais quanto internacionais, com quem a gente tem uma ótima relação e permanece desenvolvendo muita coisa no cenário brasileiro. Digital Security: Nós vemos algumas empresas no mercado, especialmente as norte-americanas, criticando diretamente as fabricantes chinesas por supostamente não levarem a cibersegurança tão a sério e desenvolverem soluções que deixam vulnerabilidades abertas para os cibercriminosos. Como a Dahua se posiciona perante essas acusações? Fabio Lopes: Para começar, eu acho que existem muitas notícias no mercado e muita coisa que precisa ser reavaliada. Na verdade, não as notícias, mas as fontes. Precisamos ter mais entendimento do perfil de cada fonte para poder avaliar e entender se aquilo é verdade ou mentira ou se é uma fofoca, ou a partir de que nível você pode considerar que aquilo é verdade. Existem notícias no mercado com relação ao governo americano e as empresas chinesas. Precisamos dividir o que é verdade da parte de tecnologia e o que é verdade da parte econômica. Hoje, o governo americano tem bloqueado as empresas chinesas de tecnologia, não somente do nosso segmento mas também de outros, basicamente como uma resposta a guerra econômica que está sendo traçada do governo americano com a China para poder, de alguma forma, conter o crescimento econômico desse país que, nos últimos anos, todo mundo sabe, vem se mostrando muito acelerado. Com relação a parte tecnologia, eu acho que é necessário estudar mais. A verdade é que qualquer equipamento, qualquer solução, que tenha interação externa através de uma rede ou através de algum meio de comunicação com o mundo, é passível de uma invasão ou de qualquer tipo de ataque cibernético. O que cabe a nós, desenvolvedores e fabricantes, é estar sempre trabalhando e trazendo mais e mais e mais segurança. Temos que estar à frente dos invasores, desses criminosos, para poder garantir para os usuários das nossas soluções o nível de segurança que eles precisam. Não temos um histórico comprovado que nos mostre que temos algum problema e, mesmo assim, hoje esse é um dos assuntos mais discutidos dentro da Dahua, obviamente visando estar na frente. Na verdade, isso tem que ser a missão. Hoje quando se fala de segurança integrada, de coração da cidade, de integração de soluções, o número 1 da lista tem que ser a cibersegurança, para qualquer empresa que visa estar nesse mercado de segurança, no mercado de tecnologia. Hoje, todas as soluções são abertas. Elas estão penduradas em alguma rede e, normalmente, sendo acessadas de forma externa. Para garantir que você tenha um nível de segurança, você precisa ter um time muito especializado e focado para isso. O que eu posso dizer é que, hoje, os nossos sistemas estão aptos a oferecer, para qualquer tipo de cliente, o nível de segurança que ele precisa. Nós temos as certificações internacionais que nos permitem garantir isso. Digital Security: Como a Dahua colabora para que os parceiros estejam mais preparados para lidarem com esse tipo de demanda por cibersegurança nos projetos de mais alto nível?

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Fabio Lopes: A cibersegurança é um assunto que faz parte de qualquer uma das tratativas que temos com os nossos canais e em qualquer projeto. A importância desse assunto é variável de acordo com a infraestrutura do próprio cliente. Depende da operação daquele cliente, você precisa criar outros meios e mecanismos que defendam e protejam aquele cliente ou não. Isso é discutido a cada projeto, a cada abordagem. Não existe uma cartilha específica. Quando falamos de cibersegurança, não dá para traçar um plano hoje e achar que isso vai servir para daqui 6 meses. Não vai. Você tem que trabalhar todos os dias e estar todos os dias muito ligado a esse fator para poder garantir que você tenha uma solução que esteja à frente de quem quer invadir o seu sistema. Não dá pra se pensar em criar uma cartilha e treinar, pelo contrário, você tem que atuar no dia-a-dia, principalmente no nível de projeto que a gente trabalha, sempre buscando desenvolver e entregar uma solução que permita a segurança e o conforto do cliente com relação a esse tema. Digital Security: Quais novidades e tendências tecnológicas a Dahua deve trazer para o Brasil em 2019? Fabio Lopes: Novidades para 2019, só em 2019. O que eu posso contar é que nossa estratégia continua a mesma. Continuamos com o objetivo de trabalhar onde temos algo a agregar, onde possamos entregar algo que ofereça melhor custo e benefício ao canal ou integrador. Nosso principal objetivo é realmente fortalecer as nossas parcerias com essas integradoras selecionados no Brasil durante o próximo ano. Preparamos um novo plano de continuidade para certificações que estamos desenvolvendo. Vão ser certificações mais específicas, voltadas para determinadas verticais, para preparar mas tecnicamente o nosso canal-parceiro para cada uma das soluções que a gente vai oferecer. Além disso, também temos um plano de continuação para o crescimento do nosso time. Hoje, possuímos 40 profissionais de muita experiência no mercado e vamos seguir na mesma linha, buscando outros profissionais do mercado que estejam aptos e queiram fazer parte do nosso time, para poder qualificar cada vez mais a nossa empresa dentro desse modelo que estamos trabalhando. Para 2019, o nosso objetivo, em termos de números, é crescer dentro da mesma linha de atuação, tendo como “core“ do nosso negócio o vídeo-monitoramento, a solução, o projeto, mas a ideia é trazer todos esses outros itens do nosso portfólio, que a gente vem preparando há algum tempo, para dentro dessa solução, para que possamos agregar mais itens e oferecer uma solução Dahua mais completa. Se não 100%, algo perto disso. Outra novidade que também cabe comentar é que estamos em pleno processo de mudança, de construção de um novo escritório aqui no Brasil. Vamos mudar para um espaço que vai triplicar nossa capacidade de postos de trabalho e onde já projetamos e teremos um showroom vivo completo, com todas as nossas linhas de produtos ofertados no Brasil funcionando, para que a gente possa mostrar como são as aplicações e como elas respondem as necessidades dos nossos clientes e dos nossos canais. Também teremos o privilégio de ter alguns parceiros de VMS juntos nesse showoom, que nós convidamos para participar e interagir com nossos produtos. Esse escritório já foi selecionado. Mudaremos para a região da Berrini e estamos no período de montagem e construção do escritório e em breve faremos a inauguração. DS



Artigos Estudo de mercado

Pesquisa indica cinco tendências e desafios para segurança pública na América Latina por Elton Borgonovo*

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Motorola Solutions desenvolveu um estudo conjunto com pesquisadores da Universidade de Santiago do Chile para analisar a situação de múltiplas instituições policiais na região. Na pesquisa, constatou-se que aqueles que desenvolvem um processo sério de aquisição de tecnologia têm melhores resultados na prevenção e o controle do crime, embora a adoção da tecnologia seja uma das áreas em que mais dificuldades são observadas devido a ciclos mais longos, pouco investimento, falta de planejamento e instruções que mudam frequentemente. Por meio de entrevistas com instituições-chave, a Motorola Solutions também identificou necessidades e barreiras que afetam o ambiente de segurança pública na América Latina. Entre os maiores obstáculos que os órgãos geralmente encontram para adotar a tecnologia estão o financiamento limitado, processo de compra longo e burocrático, tomada de decisão ad hoc (medidas pontuais), visão descentralizada, manutenção de última hora (emergenciais) e falta da cultura “como serviço”, ou seja delegar a gestão da tecnologia em si para focar no atendimento à população. Da mesma forma, a Motorola Solutions identificou cinco tendências principais que permitirão aos governos gerar uma mudança na maneira de abordar o tema da segurança pública na região, que são as seguintes:

Um nível mais alto de participação cidadã Os cidadãos compartilham informações com sua comunidade por meio de redes sociais e hoje é muito comum que os socorristas sejam acionados por qualquer cidadão que usa seu dispositivo móvel para gravar os eventos e fazer o upload do conteúdo para suas redes sociais instantaneamente.O vídeo não apenas aumenta a transparência com a comunidade, mas também registra a sequência de eventos e ajuda a proteger servidores contra falsas acusações. Acesso aos dados em tempo real para os profissionais em campo É “fundamental” que os agentes em campo tenham acesso aos dados em tempo real. Essa tendência é mantida ano após ano e enfatiza a necessidade de informações confiáveis instantaneamente e apresenta desafios importantes em relação ao gerenciamento de dados, uma vez que o conteúdo do vídeo capturado com dispositivos corporais está sujeito às mesmas regras de preservação de evidências, cadeia de custódia e armazenamento. Comunicações com agências de cidades vizinhas Adotar aplicativos e dispositivos compatíveis que possam ser integrados em sistemas regionais ou estaduais para interconectar pessoal de diferentes redes (polícia, bombeiros, ambulâncias etc.) e dispositivos (rádios de mão, smartphones, computadores de mesa etc.). Isso permite expandir possibilidades de colaboração em tempo real, conectando-se a todos os tipos de plataformas.

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Uso de tecnologias colaborativas para expandir as capacidades Sempre que há mais conteúdo digital disponível, os socorristas e suas agências esperam acessar instantaneamente informações mais completas de vários bancos de dados, uso de GPS para rastreamento de veículos, indivíduos e acesso a vídeos em tempo real. Gestão do déficit de competências tecnológicas As agências devem enfrentar um desafio, pois a cada dia surgem novas plataformas tecnológicas e atualizações constantes, tornando a gestão de um sistema com o próprio pessoal da organização cada vez mais complexa. A tendência é terceirizar a administração para especialistas profissionais em redes e compartilhar a responsabilidade pela administração das tecnologias. Embora a tecnologia ofereça um potencial real, ela sozinha não acabará com o crime, mas pode ajudar as autoridades a tomar decisões mais inteligentes, baseadas em dados, sobre como implementar a equipe e os recursos limitados que têm disponíveis e a maneira mais eficiente possível. A região tem as melhores práticas isoladamente, mas o próximo passo será avançar na integração de esforços de planejamento de longo prazo, treinamento constante da equipe e maior conscientização sobre a importância da tecnologia como um fator chave e uma aliada para a segurança no desenvolvimento de cidades mais prósperas. Este estudo do setor faz parte de uma iniciativa de pesquisa promovida pela Motorola Solutions para ajudar a identificar e relatar tendências associadas às tecnologias de comunicação de segurança pública. Nesse caso, o estudo foi baseado em entrevistas com 800 profissionais de Segurança Pública na América Latina, inclusive no Brasil. DS

* Elton Borgonovo é presidente da Motorola Solutions Brasil



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