Panorama Hospitalar 29ª edição Julho de 2015

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ph “O Hospital Israelita Albert Einstein não é uma grife. É um símbolo de responsabilidade e compromisso. A leitura que os demais têm é outra questão”

9 772359 052009

29 ISSN 2359-0521

Ano 2 • No 29 • Julho/2015

Dr. Claudio Lottenberg

Panorama hospitalar A revista + completa do setor da saúde


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Panorama hospitalar A revista + completa do setor da saúde

Edição: Ano 2 • N° 29 • Julho de 2015 Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br

Redação Editora e Coordenadora Editorial Carla Nogueira carla.nogueira@vpgroup.com.br Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Giovana Dalmas giovana.dalmas@vpgroup.com.br

Comercial Diretor Comercial Christian Visval christian.visval@vpgroup.com.br

Marketing Michelle Visval michelle.visval@vpgroup.com.br

Web e Sistemas Wander Martins wander.martins@vpgroup.com.br Robson Moulin robson.moulin@vpgroup.com.br Bruno Macedo bruno.macedo@vpgroup.com.br Carolina Teixeira carolina.teixeira@vpgroup.com.br

Financeiro Rodrigo Gonçalves de Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br

UMA GESTÃO DIRECIONADA A

PACIENTES E HUMANOS COMO ÚNICOS

N

o ano que completa 60 anos da Sociedade Beneficente Albert Einstein, entidade responsável por uma das instituições de mais excelência em saúde no Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein dá mais um grande passo em sua trajetória. Com investimento de R$ 35 milhões, a Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein inaugura uma nova fase e compromisso com a educação em saúde. Foi sobre esta novidade que a PH abriu a entrevista com o presidente do hospital, Dr. Claudio Lottenberg. A conversa trafegou por vários assuntos sobre o sistema de saúde, seus gargalos, sua vida “pós-presidência” e sua declaração evidente que “é movido pela paixão”. Explanou também sobre pontos de vista diferentes, mas de modo democrático. Um encontro que me condicionou a lembranças vivenciadas dentro do hospital, onde pude, de fato, sentir o olhar macro da gestão de Lottenberg direcionada a pacientes e humanos como únicos e não como células distintas. Falando em hospitais, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) reúne a nobreza dos pensadores e líderes da saúde global na terceira edição do Conahp – Congresso Nacional dos Hospitais Privados, em novembro, na capital. Um grande momento de reflexão; troca de experiências; e atualização profissional que a PH conta em detalhes para você. Boa leitura!

A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online www.revistapanoramahospitalar.com.br Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: Duograf

Alameda Madeira, 53, Cj. 92 - 9º andar 06454-010 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br

Carla Nogueira Editora e Coordenadora Editorial Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Sumário

ÍNDICE

Diretoria 6

Anvisa tem nova diretoria

Atualização 7

Anahp reúne players mundiais no 3º Conahp

Prevenção 8

Saúde lança protoclo para medicamentos de HIV

Pesquisa 9

GE e NBA: juntos em prol da medicina esportiva

Mudança 10

Hospitais reduzem receita líquida

Processo 12

Logística Hospitalar: otimização dos processos e custos

Expansão 14

Greiner Bio-One investe R$ 42 milhões

Programa 15

Mais Médicos: 96% das vagas são por brasileiros

Internações por acidentes de motos dobram

Contigenciamento 28

Ministério da Saúde não será atingido por novos “cortes”

Novidade 30

Hospital Samaritano inaugura Centro de Reabilitação

Debate 31

Lauro Miquelin em palestra na 11ª Conferência Digital Security

O Setor 16/17

Transparência 32

Recursos 18

Saúde Suplementar 34

As novidades da saúde

Quanto vale a receita de uma sala cirúrgica?

Especial 20/25

Entrevista com Dr. Claudio Lottenberg

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Prevenção 26/27

Panorama Hospitalar | Julho, 2015

Acordo setorial para dispositivos médicos

Rede de Atendimento de planos de saúde cresce


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Diretoria

NOVA

Médico Jarbas Barbosa da Silva:

assume o comando da Anvisa

O

médico sanitarista Jarbas Barbosa da Silva Júnior tomou posse do cargo de diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União. Antes de tomar posse na Agência, o pernambucano Jarbas Barbosa atuava como secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, cargo que assumiu no início deste ano. Antes, foi secretário de Vigilância em Saúde do mesmo ministério, função para a qual retornou em 2011. Ele já havia comandado esta pasta no período de 2003 a 2007. Jarbas Barbosa é doutor em Saúde Coletiva, mestre em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialista em Saúde Pública e em Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Professor-adjunto licenciado da Faculdade de Ciência Médica da Universidade de Pernambuco e consultor legislativo do Senado Federal em Saúde licenciado, Jarbas Barbosa iniciou sua carreira no Poder Executivo Federal como diretor do Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi/Funasa). Depois, se tornou secretário de Vigilância em Saúde e secretário executivo do Ministério da Saúde. No início da sua vida profissional, Barbosa foi médico da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE),

Diretor é doutor em Ciência Coletiva e mestre em Ciências Médicas coordenador do Programa de DST/Aids da SES/PE, diretor de Vigilância em Saúde, Secretário de Saúde de Olinda e Secretário de Saúde de Pernambuco. Jarbas Barbosa da Silva Júnior foi o representante do Brasil no Comitê Executivo e da Organização Pan-Americana de Saúde e também ocupou o cargo de Gerente de Vigilância em Saúde, Prevenção e Controle de Doenças da Opas/OMS. Com larga experiência nacional e internacional em temas referentes à saúde pública, epidemiologia aplicada aos serviços de saúde, vigilância em saúde, prevenção e controle de doenças e agravos e gestão de sistemas de saúde, Jarbas Barbosa é autor e co-autor de diversos artigos, capítulos de livros e livros nas áreas de saúde. 6

Panorama Hospitalar | Julho, 2015


Atualização

Evento

Anahp foca a importância do hospital na construção do sistema de saúde no 3ºConahp

P

rincipais players da saúde, dirigentes e profissionais do setor têm um encontro marcado no Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp). A iniciativa promovida pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) trará importante tema central, “O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: Perspectivas e desafios”. Realizado a cada dois anos, o Conahp fortalece a atuação da Anahp como entidade que reúne 72 hospitais de referência de todo o País, contribuindo na discussão das novas diretrizes para a melhoria do sistema de saúde brasileiro. Para esta edição, a Associação convidou um time de profissionais de elite para participar das sessões de debates e palestras. Além dos convidados internacionais, o Conahp 2015 contará com a participação das principais lideranças brasileiras – entre autoridades e executivos dos hospitais de

Presença internacional de importantes players – Além de provocar a atualização profissional, o Conahp também permite a interlocução e relacionamento com importantes players globais da saúde. Para esta edição, o evento contará com a nobreza da saúde mundial. Já estão confirmadas as palestras de: • Robert S. Kaplan, professor da Fundação Baker na Harvard Business School (HBS) e cocriador do método de gestão Balanced Scorecard (BSC); • Eric De Roodenbeke, Chief Executive Officer of the International Hospital Federation (USA); • Jennifer Lawson, membro da Prática Global de HealthCare do renomada consultoria Boston Consulting Group (BCG); • Martin Makary, médico-cirurgião na Universidade Johns Hopkins Hospital e professor de Políticas de Saúde e Gestão da Escola Bloomberg de Saúde Pública (EUA); • James Scheulen, diretor Administrativo do Departamento de Medicina de Emergência Johns Hopkins (EUA); • Derek Feeley, Vice-Presidente Executivo do Institute do Healthcare Improvement (EUA); • Jeffrey J. Martin, gerência de Supply Chain do Johns Hopkins Health System (EUA) • Boi Ruiz Garcia, Ministro da Saúde da Cataluña (Espanha) • Juan Carlos Giraldo Valencia, diretor Geral da Associação Colombiana de Hospitais e Clínicas (Colômbia) Serviço: O III Conahp acontece nos dias 11 e 12 de novembro de 2015 no WTC Golden Hall. Mais informações: www.conahp.org.br

Serão três dias de intenso trabalho em torno dos novos desafios no desenvolvimento de lideranças, inovações e tecnologias na saúde para atender as demandas atuais e as exigências futuras”; Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Anahp.

excelência de todo o Brasil. “No país, há mais de 6300 hospitais para atender os 200 milhões de brasileiros. Essas instituições desempenham papel extremamente importante para o sistema de saúde - setor que movimento mais de 9% do Produto Interno Bruto do país (PIB). Serão três dias de intenso trabalho em torno dos novos desafios no desenvolvimento de lideranças, inovações e tecnologias na saúde para atender as demandas atuais e as exigências futuras”, afirma Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Anahp. “O objetivo do evento é refletir e debater sobre a construção de um sistema de saúde de excelência, tendo o hospital como ator importante e integrador do sistema. Entendemos que o sistema de saúde de excelência é aquele que entrega mais saúde para a população, com qualidade no cuidado e o custo adequado”, explica Fernando Torelly, Presidente da Comissão Científica do Conahp. Entre os temas a serem abordados no evento, destaque para o desafio dos modelos de liderança nos hospitais, o papel do líder médico e assistencial no gerenciamento de equipes de alta performance, além de experiências inovadoras em modelos de remuneração e modelos assistenciais. “Hospitais são organizações com uso intensivo de capital humano, onde modelos eficientes de liderança impactam na qualidade do atendimento, produtividade e na sustentabilidade da organização”, completa Torelly. Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Prevenção

ASSISTÊNCIA

Saúde lança protocolo

para uso de medicamentos em situações de exposição de risco ao HIV SUS: 22 medicamentos para os pacientes soropositivos

O

profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV unificada no Sistema Único de Saúde (SUS) passa a valer na rede pública. O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV – publicado no Diário Oficial da União – integra os três tipos de PEP existentes: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida. O documento recomenda também a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses. O protocolo recomenda que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. O ideal é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir). Em 2014, foram ofertados 22 mil tratamentos em todo o país. A rede de assistência conta atualmente com 517 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 777 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM). “A grande vantagem desse protocolo é a simplificação e unificação da PEP em um esquema único de medicamentos. Com isso, não será preciso um especialista em aids para dispensar a PEP. Isso não só irá ampliar o acesso à população de forma geral, mas também facilitar o procedimentos para os profissionais de saúde como um todo”, explicou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita. Para 2014, a PEP contou com investimento de R$ 3,6

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Panorama Hospitalar | Julho, 2015

milhões, ou seja, 0,4% do total de R$ 864 milhões investidos com antirretrovirais no ano passado. Disponível desde a década de 1990 no SUS, o procedimento foi implantado, inicialmente, para os profissionais de saúde, como prevenção, em casos de acidentes de trabalho, com materiais contaminados ou possivelmente contaminados. Ainda em 1998, a PEP foi estendida para vítimas de violência sexual. Em 2011, o tratamento passou a incluir qualquer exposição sexual de risco, como o não uso ou o rompimento do preservativo. Sendo assim, desde 2010 foram dispensados 87.891 tratamentos e a oferta da terapia quase dobrou de 2010 para 2014 – passando de 12 mil tratamentos para 22 mil. Antes da aprovação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), o novo protocolo ficou à disposição de profissionais de saúde e público em geral para consulta pública durante um mês. O total de brasileiros com acesso ao tratamento com antirretrovirais no País mais do que dobrou entre 2005 e 2014, passando de 165 mil pacientes (2005) para 400 mil (2014). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 12 são produzidos no Brasil. Epidemia – Desde os anos 1980, foram notificados 757 mil casos de aids no Brasil. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil novos casos de aids ao ano. O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes (2003) para 5,7 casos (2013).


Pesquisa

INOVAÇÃO

GE Healthcare e NBA:

parceria na promoção da medicina ortopédica e esportiva

O

s problemas ortopédicos e lesões no sistema musculoesquelético (músculos, tendões, ligamentos, nervos, vasos sanguíneos, entre outros) são complicações que afetam tanto os atletas de alto rendimento e amadores, quanto a população em geral. Tendo essa preocupação, a GE Healthcare e Associação Nacional de Basquete dos Estados Unidos (NBA) anunciaram uma parceria para promover a pesquisa em medicina ortopédica e esportiva, visando beneficiar a saúde e o bem-estar dos jogadores da NBA, bem como de esportistas de todos os níveis. O projeto terá como foco o avanço na prevenção, diagnóstico e tratamento da saúde muscoesquelética para redução de lesões e aumento da qualidade de vida de jogadores da NBA, servindo como base de estudos do mesmo assunto para os esportistas não profissionais e cidadãos comuns. O presidente e CEO da GE Healthcare, John Flannery, destaca o papel das duas instituições envolvidas para aprimorar os serviços voltados a questões de medicina esportiva. “Ao combinar o “know-how” da GE em tecnologia de diagnóstico por imagem e o interesse da NBA em promover a saúde e segurança do jogador, estamos trabalhando para ajudar a prevenir e melhorar o tratamento das lesões esportivas mais comuns”, comenta. Para o comissário da NBA, Adam Silver, a aliança com a GE Healthcare vai contribuir, inclusive, para o alcance de re-

sultados futuros. “Nosso suporte para pesquisa médica por meio de nossa parceria com a GE Healthcare nos ajudará a melhorar a saúde e bem-estar a longo prazo dos jogadores da NBA”, afirma. Além disso, ele ainda aprova a importância da ação para esportistas profissionais e amadores em todo o mundo. “Também estamos empolgados com o fato de que essa colaboração de pesquisa fornecerá informações importantes para atletas em todos os níveis”, salienta. A parceria exclusiva será guiada por um conselho diretivo estratégico, presidido pelo Dr. John DiFiori, diretor de Medicina Esportiva da NBA, e formado por médicos e pesquisadores clínicos das principais instituições norte-americanas especializadas em ortopedia, medicina do esporte, radiologia e outras áreas relacionadas. A GE Healthcare e a NBA também vão patrocinar pesquisadores clínicos empenhados no estudo de técnicas diagnósticas e preventivas de riscos para a saúde ortopédica. Por isso, as instituições planejam convocar propostas de pesquisa ainda este ano. Os resultados desse trabalho vão auxiliar os especialistas e funcionários da equipe médica da NBA a continuarem fornecendo cuidados médicos de caráter global no tratamento de jogadores da NBA. Para ampliar os esforços em pesquisa, a GE Healthcare e a NBA também vão contar com alguns colaboradores adicionais, como Adidas, Kaiser Permanente, Nike e Under Armour. Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Mudança

TENDÊNCIA

Hospitais reduzem receita líquida por paciente-dia para atender novo perfil de demandas

Novas processos impulsionam modelos de atendimento inovadores como a desospitalização

N

a medida em que a população envelhece, é essencial que o setor de saúde acompanhe essa tendência do mercado e desenvolva iniciativas que permitam oferecer tratamento adequado ao paciente. Esses mecanismos envolvem tanto o investimento em promoção e prevenção de saúde, quanto o incentivo à desospitalização, para melhor direcionar os pacientes que não precisam permanecer em ambiente hospitalar, tendo como principal alternativa a internação domiciliar. Apesar dos investimentos necessários para que os hospitais se adaptem a nova realidade do mercado, a receita líquida por paciente-dia sofreu queda de quase 5% em 2014, passando de R$ 4.327 para R$ 4.118. Isso significa que o preço médio por paciente ficou menor de um ano para o outro. Por um lado, isso se explica pela tendência de aumento da eficiência nas instituições de saúde, que têm investido

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cada vez mais em melhoria de processos e adoção de melhores práticas em governança. Estes dados estão na 7ª edição do Observatório Anahp e foram apontados a partir do Sistema Integrado de Indicadores Hospitalares (SINHA). A publicação reúne uma completa análise dos indicadores econômico-financeiros, operacionais, de gestão de pessoas e de qualidade dos hospitais associados, bem como uma análise do sistema de saúde suplementar. Instituição – Criada em 2001, a Anahp conta hoje com 71 associados. Em 2014, os então 68 associados da Anahp obtiveram uma receita da ordem de R$ 20,7 bilhões, o que representa 19% das despesas assistências na saúde suplementar. Além disso, oferecem 17.409 leitos, o equivalente a 13,8% do total de leitos privados para a medicina suplementar existente no Brasil.



Processo

+ECONOMIA

Logística Hospitalar: eficiente para otimização dos processos e custos nos ambientes de saúde

L

ogística: De origem francesa, do verbo” loger”alojar ou acolher, a palavra foi inicialmente utilizada por Antoine-Henri Jomini, teórico militar da primeira metade do século XIX, para descrever a ciência da movimentação, suprimento e manutenção de forças militares. Atualmente, no entanto, envolve a arte de alocar, manusear e entregar suprimentos em operações de baixa à altíssima complexidade, movimentando mais de US$ 100 bilhões por ano, somente no Brasil. Dentro do segmento de alta complexidade, a Logística Hospitalar, tem expertise em criar proposta de atuação através de um novo cenário para a gestão de insumos médicos nas áreas públicas e privadas. Segundo o presidente da UniHealth Logística Hospitalar, Domingos Fonseca, ainda há muitas dúvidas a respeito das atribuições e contribuições da logística hospitalar. “Se eu fosse traduzir para o leigo, poderia fazer uma comparação rasa com uma compra de mercado por um pai de família. Mais do que comprar na loja, carregar no carro e armazenar em casa, a logística envolve um conjunto de informações e atividades para melhorar as compras e o uso dos produtos. Neste caso, então, o processo logístico incluiria o planejamento da compra com base no levantamento do consumo periódico da família, necessidades especificas dentro dos desejos e indicações de cada membro da família, a devida separação dos produtos perecíveis de acordo fragilidade e refrigeração para que o transporte da loja à casa e o acondicionamento posterior seja o mais adequado possível. Além disso, agregaria o controle da data de validade dos produtos na aquisição e armazenamento”. O resultado, segundo ele, seria menos desperdício e consequente economia, comprando o que realmente será consumido no tempo previsto, sem correr riscos de super abastecimento ou mesmo de desabastecimento.

Projeção - Focando no setor da logística hospitalar, estudos indicam que, em média,39% dos erros na medicação ocorrem no processo de prescrição de medicamentos. Além disso,cerca de 1.000 medicamentos passam por recall todos os anos no Brasil. Esses dados tornam indispensável à gestão logística e o rigoroso controle de lotes, data de validade e até mesmo dos pacientes que fizeram uso de um determinado produto, a fim de garantir a identificação de pessoas que foram expostas a insumos inadequados. “Em uma de nossas operações para uma secretaria de saúde,economizamos para o governo e, por consequência, para a população,mais de R$ 6 milhõesque eram gastos com compras inadequadasde insumos e medica12

Panorama Hospitalar | Julho, 2015

“..O fato de as entidades do setor terem constatado que seus serviços estão associados a um importante recurso de segurança do paciente e produz grandes resultados de economicidade para as instituições de saúde, tanto públicas quanto privadas”, presidente da UniHealth, Domingos Fonseca

mentos em quantidade maior que o necessário, com prazo de validade inapropriado para o destino e tempo de uso, entre outros”, conta Fonseca. Além, disso, com o apoio de alta tecnologia e rastreabilidade, foi possível reduzir o desperdício e mal uso de materiais médicos e medicamentos em mais de 28%. Atestando a importância da logística hospitalar, a Anvisa que lançou a RDC 54 (11/12/2013), prevendo a implantação do sistema nacional de controle de medicamentos e os mecanismos e procedimentos para rastreamento de medicamentos na cadeia dos produtos farmacêuticos sujeitos a registro pela entidade. “Nós já realizamos esse processo há mais de 8 anos e conseguimos revelar um universo de benefícios através do processo de rastreabilidade, que já é realidade em muitas operações logísticas hospitalares”, afirma Fonseca. “Sem dúvida, uma das maiores vitórias da logística hospitalar, para a saúde, nesses últimos anos foi o fato de


ph

Da contratação ao consumo - Entenda o ciclo Com Logística Hospitalar o medicamento chega aonde é preciso Insumos médicos e medicamentos responsáveis pelo segundo maior custo nas instituições de saúde

Logística hospitalar de qualidade: reduz em até 30% o desperdício dos produtos

Contratação

Reduz

Custos

Aumenta

Segurança do paciente

Uma logística de qualidade atende toda a complexidade de uma unidade de saúde, determina com segurança os caminhos corretos que devem ter medicamentos e insumos e auxilia gestores a proporcionar segurança aos pacientes

Adequação Compra entregue no Centro de Distribuição Da infraestrutura de armazenagem

do sistema e adequação de infraestrutura de TI

Nota fiscal: é dada entrada assim que os insumos e medicamentos chegam

No centro de distribuição, nas unidades de saúde e farmácias para armazenagem correta dos insumos e medicamentos, incluindo Câmara fria, para controle diferenciado

Rastreabilidade: os insumos e medicamentos são etiquetados com código de barras, para serem classificados por: Produto Validade do Lote Quantidade

Os insumos são conferidos

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Também são kits personalizados: para o setor de saúde responsável ou médicos

Logística Reserva Atende as normas de sustentabilidade e garante estorno físico, contábil e financeiro dos produtos não consumidos pelo paciente, atendendo ao Plano Nacional de Resíduo Sólido.

Cruzamento das Informações: é feita a conferência, através do código de barras antes da administração aos pacientes Sistema de entrega ao paciente certo/ Hora – Dosagem – Período determinados

Medicamentos individualizados

Fonte: www.unihealth.com.br | www.baruco.com.br

Instalação

Lei 12.305/200 Pacientes x Prescrição Médica x Medicamento

São gerados relatórios e informações, em tempo real, para aquisição de insumos e medicamentos. O fornecimento desses dados permite o gerenciamento completo do ponto de vista econômico e de importância da utilização dos insumos, previsão de sazonalidades e o perfil de movimentação do produto para planejamento de compra correto, evitando desperdícios e gastos desncessários.

as entidades do setor terem constatado que seus serviços estão associados a um importante recurso de segurança do paciente e produz grandes resultados de economicidade para as instituições de saúde, tanto públicas quanto privadas”, revela Fonseca, que ainda afirma que o maior desafio de agora em diante é continuar avançando os in-

vestimentos em robótica e equipamentos de automação, além interfacear estes recursos aos softwares de gerenciamento do fluxo de materiais de uma forma ordenada, que melhorem ou permitam o gerenciamento da cadeia de suprimentos e movimentação de maneira global dentro das instituições de saúde. Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Expansão

AMPLIAÇÃO

Greiner Bio-One

investe R$ 42 milhões em nova unidade no Brasil

C

om investimentos de R$ 42 milhões, a Greiner Bio -One, empresa tecnológica , que atua na área da saúde nos segmentos de biociência, diagnósticos e é co-líder mundial da divisão pré-analítica, iniciará em agosto a expansão do site de Americana. A planta, no interior de São Paulo, é a única na América Latina. A ampliação fabril e maquinaria acontecerá em duas fases. A primeira começa neste segundo semestre com a construção das novas instalações que estarão finalizadas até o final de 2016. O início das suas atividades estão previstas para janeiro de 2017. Com essa expansão, a empresa irá dobrar sua capacidade de produção atual e seu potencial de crescimento chegará a cerca de 800 milhões de tubos de coleta de sangue à vácuo fabricados por ano. A intenção da Greiner Bio-One é se tornar líder no mercado brasileiro. O CEO da Greiner Bio-One, Rainer Perneker, esteve presente em Americana, que simboliza o início das obras de expansão, apresentando a estratégia de negócios da empresa, que faz parte de um plano do grupo, denominado “Vision 2020“. Criado em 2012, a partir de uma diretriz clara de desenvolvimento sustentado, define a abrangên-

Empresa vai dobrar a capacidade de produção: R$ 800 milhões de tubos de coleta de sangue à vácuo 14

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“Nossa visão não se limita a indicadores. Este investimento é forte, substancial e prova um comprometimento com o País”, CEO da Greiner Bio-One, Rainer Perneker.

cia, decisão, construção, execução e acompanhamento dos projetos da empresa dentro de um prazo de oito anos Além da obra, a empresa investirá no aumento da produção, conforme a demanda, com eficiência, ganho de produtividade, tecnologia e mão de obra adequadas.”Nossa visão não se limita a indicadores. Este investimento é forte, substancial e prova um comprometimento com o País. Desde 2003, quando a Greiner Bio-One iniciouas atividades no Brasil, acreditamos no crescimento deste mercado”,afirma Perneker. Seguindo os objetivos claros e definidos da “Vision 2020“, o gerente Geral da Greiner Bio-One do Brasil, Haroldo Fontes Graci, afirma que o investimento estimulará o desenvolvimento do parque industrial nacional. “Ao investirmos no Brasil, desenvolvermos fornecedores locais, o que beneficiará as novas indústrias do segmento que queiram investir no País”, esclarece. O projeto recebe apoio da Investe São Paulo, Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. O presidente da Investe São Paulo, Juan Quirós, afirmou que o mercado de insumos/ equipamentos na área de saúde tem enorme potencial de crescimento no Brasil, já que hoje este segmento é abastecido por produtos importados. “O Estado de São Paulo é o destino mais lógico para esse tipo de investimento. É aqui que se encontram as universidades que formam os melhores profissionais do País. Além disso, a infraestrutura logística e a complexa cadeia de fornecedores da área faz com que um número cada vez maior de empresas, que atuam com saúde, se instalem aqui“, disse. Quirós lembrou ainda que o segmento é considerado prioritário na Investe São Paulo.


Programa

ASSISTÊNCIA

Mais médicos:

96% das vagas de reposição já foram preenchidas por brasileiros

M

édicos brasileiros ou com diplomas revalidados ocuparam 96% das novas oportunidades oferecidas no edital de reposição, lançado em julho, do Programa Mais Médicos. Das 276 opções disponíveis em 200 municípios, 266 já foram escolhidas em 193 cidades. As vagas remanescentes serão oferecidas aos profissionais com CRM Brasil que não foram alocados nesta fase. O médico que for alocado, mas não se apresentar na data prevista, ficará impedido de participar da próxima seleção. Essa vaga será disponibilizada para a segunda chamada de escolha dos municípios. Caso as vagas não sejam preenchidas, o edital será aberto aos brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, aos profissionais estrangeiros. Os próximos editais estão marcados para outubro deste ano e janeiro de 2016. Ao todo, 1.410 profissionais com CRM Brasil se inscreveram nesta etapa para preencher os postos abertos a partir de desistências ou desligamentos desde o último chamamento, realizado em janeiro deste ano. No momento do cadastro, os candidatos escolheram entre a pontuação adicional de 10% nas provas de residência, atuando na unidade básica por, no mínimo, 12 meses, ou permanecer no município por até três anos e obter benefícios como auxílios moradia e alimentação pagos pelas prefeituras.

Programa – Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no País. Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS.

1.410 profissionais com CRM Brasil inscritos Para a classificação na concorrência das vagas foram estabelecidas as mesmas regras adotadas no edital anterior: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena); do VER-SUS; do ProUni ou do FIES. Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade. No primeiro chamamento de 2015, os médicos formados no Brasil ou com diploma revalidado e os brasileiros graduados no exterior preencheram todas as 4.139 vagas ofertadas em 1.289 municípios e 12 distritos indígenas. Com a expansão em 2015, o programa conta com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas. Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Coluna

O SETOR

ABIMED cria programa para capacitar pequenas e médias empresas em compliance

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O programa oferece conhecimento prático e visa principalmente empresas que não possuem uma área estruturada decompliance. “Nosso objetivo é oferecer ferramentas para ajudá-las a implementar boas práticas de negócios no seu dia a dia e na interação com todos os públicos” destaca Carlos Goulart,presidenteexecutivo daABIMED. Segundo Goulart, disseminar uma cultura decomplianceé fundamental para o segmento da Saúde, que tem grande interação com o setor público, como a área regulatória e a Receita Federal, além de participar de licitações. “São empresas que também dependem de terceiros

Foto: Divulgação

ABIMED - Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde desenvolveu um conjunto de iniciativas para ajudar pequenas e médias empresas do setor a implementar programas decompliance. O objetivo é capacitar as empresas para se adequarem ao novo Código de Conduta da entidade e à Lei Anticorrupção vigente no País.

na sua prática comercial, como distribuidores, representantes e despachantes aduaneiros, e que interagem muito com profissionais de saúde”, diz ele.

Para apoiar as empresas, a ABIMED criou ainda o Grupo de Estudos deCompliance(GEC), ligado à Comissão de Ética, com a missão de criar ferramentas práticas que possam ser utilizadas no dia a dia. A primeira delas é um documento com perguntas e repostas sobre a aplicação do Código de Conduta da ABIMED. O Código, que está na quarta edição revista, inovou ao recomendar e detalhar umprograma decompliance para a interação das empresas com terceiros e intermediários. Ele tambémaltera as regras para o relacionamento com profissionais de saúde, propondo um novo modelo de patrocínio em substituição ao patrocínio direto.

O programa de capacitação prevê a realização de uma série de treinamentos, que deverão se prolongar até março de 2016. Além de presenciais, eles serão gravados e disponibilizados no site da ABIMED.

Karla Santa Cruz: nomeada diretora da ANS

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médica Karla Santa Cruz Coelho foi nomeada para mandato de três anos como diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A designação da presidenta da República, Dilma Rousseff, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Karla é professora-adjunta de Saúde Coletiva na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ingressou na ANS em 2001. O cargo mais recente que ocupou na Agência é o de gerente de Assistência à Saúde, na diretoria de Habilitação de Produtos (DIPRO). Graduada pela Faculdade Federal Fluminense e doutora pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, sua vivência acadêmica na área de medicina e profissional teve ênfase em atividades de saúde suplementar, coletiva e interdisciplinar. Antes de receber a sanção presidencial, a indicação da nova diretora foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais e pelo plenário do Senado Federal.

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UBM Brazil oficializa aquisição da HOSPITALAR durante coletiva de imprensa

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a executiva adiantou o empenho para trazer novos compradores e abrir mercado para o setor, conteúdo ainda mais qualificado, além de informar o novo horário de funcionamento: das 12h às 20h. O evento aconteceu na sala de reuniões da ABIMO/FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e teve a participação da presidente da HOSPITALAR, além de Jean-François Quentin, Tom Ehardt, vice-presidente da UBM Life Sciences, divisão da UBM que congrega feiras, conferências e publicações dirigidas aos setores médico,odontológico, veterinário e farmacêutico e Francisco Santos, presidente do Grupo São Paulo Feiras.

presidente da UBM Brazil, JeanFrançois Quentin, que assumiu a presidência em 1º de julho. “Estamos muito honrados com a confiança que ambos depositaram em nosso relacionamento e nesta parceria de longo prazo com a UBM.” Durante a apresentação da HOSPITALAR, Dra. Waleska Santos, presidente da HOSPITALAR, ressaltou a importância da mostra para o setor, que emprega mais de 12 milhões de pessoas anualmente no País, e como o evento traz uma agenda muito positiva todos os anos. Destacou o crescimento de 5% na visitação neste ano, que fechou com um total de 96 mil visitas durante os quatro dias de evento. Sobre as expectativas para o próximo ano,

ABIMO nas redes sociais

Hospital São Paulo inaugura Setor do Sono da Mulher

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Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) está cada vez mais próxima do setor e dos seus associados. Recentemente, a instituição inaugurou sua fan page, potencializando a interlocução com toda a cadeia da saúde. Curta a página e fique sabendo das novidades e inovações da saúde.

Hospital São Paulo, hospital universitário da Universidade Federal de São Paulo (HSPHU/Unifesp), inaugurou o Setor do Sono da Mulher, serviço assistencial e de pesquisa multidisciplinar que visa atender mulheres, a partir dos 10 anos de idade, que tenham problemas para dormir. O espaço, em parceria com os departamentos de Ginecologia e Psicobiologia/Medicina do Sono da instituição, tem capacidade para

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rofissionais do trade de saúde estiveram presentes na coletiva de imprensa que apresentou oficialmente a a transferência do controle da HOSPITALAR Feiras e Congressos para a UBM Brazil, braço do grupo britânico UBM plc, líder global em mídia de negócios e feiras profissionais. Durante o encontro, os jornalistas conheceram as novas estratégias de negócios da empresa. ”É com grande entusiasmo que anunciamos a aquisição da HOSPITALAR depois de consolidarmos um relacionamento profissional de 20 anos com Francisco e Waleska Santos, respectivamente presidente e vicepresidente do Grupo São Paulo Feiras Comerciais”, declarou o

o atendimento de 40 pacientes por mês e conta com um corpo multidisciplinar composto por ginecologistas, fisioterapeutas, nutricionistas, otorrinolaringologistas, psicólogos, psiquiatras, entre outras especialidades, que atuarão de acordo com a necessidade de cada paciente. Para isso, é necessário passar pela triagem que consiste na consulta médica de avaliação e posteriormente, o encaminhamento aos profissionais relacionados. Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Recursos

PADRÃO

Quanto vale a receita

de uma sala cirúrgica por dia?

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aplicação de conceitos arquitetônicos para prevalecer a ergonomia, segurança e higiene de ambientes hospitalares, clínicas e laboratoriais, melhora o bem -estar de quem trabalha e de quem se hospeda nele. Para poder enquadrar um empreendimento deste desempenho e no seu alto padrão de exigência, é necessária uma visão empresarial para enfrentar desafios financeiros, com foco em gestão e resultado, assim como as demais organizações. A variação de investimentos hospitalares dependem da complexidade e perfil assistencial, do hospital resolutivo porém compacto ao centro hospitalar com toda a cadeia de cuidados dos pacientes com câncer até a radioterapia, por exemplo. Os números podem variar de R$ 5 a 5,5 mil reais por m2 para execução de obras de hospitais compactos; de R$ 7 a 7,7 mil reais por m2 para obras com sistemas de instalações mais complexos e redundantes (com co geração de energia, por exemplo); e custos de tecnologia,

Centro Cirúrgico setor de maior investimento, pois é o principal centro de receita e lucro de uma instituição 18

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equipamentos, mobiliário e capital de giro podem variar de US $ 150 mil a 1 milhão por leito. A durabilidade média dos elementos do edifício é que define o prazo para a primeira grande reforma ou “retrofit” que exija paralisações parciais de operação, ocasionando alguns dias de prejuízo. “O impacto e o tempo de indisponibilidade operacional para as reformas dependem de fatores como Soluções de Design e Engenharia e Sistema de Gestão de Manutenção”, observa o arquiteto Lauro Miquelin da L+M. Segundo ele, podemos mensurar: de 7 a 10 anos para revestimentos de pisos vinílicos homogêneos; 15 anos para principais equipamentos de elevadores e equipamentos de Ar Condicionado (Chillers); 20 anos para sistemas de impermeabilização e 25 anos para transformadores e telhas metálicas. Apesar de ter maior custo operacional, o centro cirúrgico é também o setor de maior investimento, pois é o principal centro de receita e lucro de uma instituição. Para entender a lucratividade que um hospital de médio porte tem com salas cirúrgicas, cerca de 15 delas tem a média de aluguel de R$ 3.835 para cada procedimento, que leva cerca de 2 horas. Se são realizadas cerca de 7 cirurgias ao dia, sua receita média diária é de R$ 26.845. Com um custo estimado por dia de R$ 16.107, o lucro por dia estimado chega a R$ 10.738. Ou seja, mensalmente, estes números chegam a uma receita de R$ 644 mil, custo mensal de R$ 386 mil e lucro de R$ 257 mil. Paralisar alguns dias de uma sala cirúrgica para restauração pode apresentar um bom prejuízo. Reconhecendo a demanda em reduzir reformas e manutenção, a Avitá Health Design, especializada em projetos em Corian, é procurada por instituições respeitadas do país comoHos-


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Para entender a lucratividade que um hospital de médio porte tem com salas cirúrgicas, cerca de 15 delas tem a média de aluguel de R$ 3.835 para cada procedimento, que leva cerca de 2 horas. pital Paulistano, 9 de julho, TotalCor, e tem 30% de seu faturamento representado pela área de saúde. “Quando começamos a trabalhar com o Corian, o mesmo era usado somente para bancadas da área hospitalar. Quando estava fazendo estudo de material para revestir as paredes do centro cirúrgico, chamei a Avitá para conhecer o revestimento sem emendas e pedi uma amostra para realizar os testes de limpeza, já que o centro cirúrgico demanda produtos fortes para higienização das salas. Todos os requisitos foram atendidos pelo Corian”, relembra o arquiteto Rogério Coelho da Silva, da área hospitalar.

Não é só em lindas vitrines ou projetos residenciais que o Corian - “material do futuro” - tem ganhado destaque. Grande parte de sua procura vem pela solução em revestimento de paredes de salas cirúrgicas que oferece: o sistema de cobertura selada (SCS – Sealed Covering System). As paredes resistentes do Corian podem ter durabilidade de até 20 anos, um dos motivos chaves de estar conquistando renomadas organizações hospitalares, clínicas e laboratoriais. Outro motivo é a qualidade não porosa que além de facilitar o reparo, impede o surgimento de manchas, tem vantagens de alta assepsia e controle bacteriano, reduzindo riscos de contaminação, uma das principais preocupações do segmento. Revestimentos mais encontrados em hospitais, como o Laminado, pode ter investimento inicial de 20 mil para revestimento de uma sala cirúrgica de 65 m2, contra 90 mil do Corian, porém, o laminado demanda pelo menos 3 substituições ao longo de 15 anos e o corian tem durabilidade de 20 anos, com possíveis realizações de reparos ágeis. Para cada reforma do Laminado, cerca de 15 dias são necessários para substituí-lo. Se temos 3 substituições ao longo de 1 década e meia, temos 45 dias de uma sala paralisada. Ou seja, o lucro não ganho ao longo desse período é de aproximadamente R$ 483 mil, se levarmos em conta que o lucro diário é estimado em R$ 10.738 multiplicado por 45 dias para reforma. Além das salas cirúrgicas, a Avitá Health tem ganhado destaque por projetos como os lavatórios ergonômicos em hospitais, que facilitam a preparação da equipe na higienização e mostra o seu potencial de ondulação no design. Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Especial

Dr. Claudio lottenberg

“O Hospital Israelita Albert Einstein

tem que manter firme os seus valores e propósitos. O hospital não pode se banalizar e sim se eternizar como símbolo de responsabilidade, valores éticos e de compromisso com o paciente e se inserir em tudo aquilo que possa estar relacionado à área da saúde”. Por Carla Nogueira | Fotos Fábio Mendes

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etornar ao Hospital Albert Einstein particularmente é um grande desafio, afinal, alguns anos relutei para encará-lo. Por nove meses, há dois anos, este hospital foi meu segundo endereço. Neste período, “meu segundo pai de alma” lutou contra um câncer de pulmão. Percorrendo os corredores a caminho da UTI e depois na salinha de espera, chorei, e me indaguei com tantos “porquês”, me rebelei contra todos, busquei esperança na dor. Amor no sofrimento e ternura nas noites de insônia. De pouco adianta um tratamento de excelência, o esforço e competência do corpo clínico com os melhores especialistas com incorporações inovadoras e de um atendimento de referência quando os diagnósticos gritam que o corpo quer descansar. Que a doença evolui e que o caminho, mesmo com tantas lutas, é um só. Minha experiência na área da saúde se diluía toda vez que entrava no hospital. Estava do outro lado. No desespero humano; no medo da perda, da saudade incontida, da fragilidade sagaz e nestas horas, nos despimos de todas as carcaças que somos obrigados a atuar na vida, porque a dor é soberana. A luta teve um fim. O corpo venceu e meu “segundo pai de alma” se despediu aonde sua luta iniciou em um quarto de UTI no Hospital Albert Einstein. O que te salva nestes momentos de total entrega à esperança, mesmo que seja mínima? Qual colo preenche estes momentos da espera da melhora; de um diagnóstico positivo ou que a quimioterapia foi eficiente? Qual sorriso arranca a dor na alma de querer que a pessoa que você ama, tenha apenas uma noite tranquila de sono? Qual o milagre da cura? O que de fato desejamos e precisamos nestas horas

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é sermos amparados, acolhidos. O abraço da enfermeira que acalmava. O enfermeiro que aplicou a primeira quimioterapia e confortou a todos no quarto e entendeu que eu queria estar presente segurando a mão do “meu segundo pai de alma”. O corpo clínico esteve 24 horas à disposição da família. O “tiozinho” que controlava as entradas na UTI e me olhava e dizia sorrindo, “Sra. Carla pode entrar”. E na volta, aonde a dor toma conta de você, ele estava ali firme, com o sorriso largo e o afeto que te segura para “o amanhã é outro dia”. Todos, independente do “status quo”, somos arrebatados por dores singulares e tomados pela fragilidade inerente para qualquer ser humano e aí, não adianta, somos todos um. Todos estes gestos para comigo e a família que recebemos no Hospital Albert Einstein traz luz a uma discussão de total relevância no tratamento e assistência ao paciente. O trato humanizado, que particularmente, acredito ser a pedra angular da saúde e para qualquer sistema de assistência, seja particular ou público. O viés de uma gestão de sucesso é pautado no olhar e bem-estar do paciente como todo e não como uma célula. Retornando ao Hospital Albert Einstein, após dois anos, para entrevistar o presidente da instituição, Dr. Claudio Lottenberg pude compreender de forma clara, que sua atuação está nos pilares da espinha dorsal do sistema de saúde: o paciente e o ser humano como únicos. Médico oftalmologista, formado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), Dr. Claudio Lottenberg está há mais de dez anos na presidência do Hospital Albert Einstein. Tem uma visão holística de todo o setor da saúde.


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A SaĂşde se faz com mĂŠdicos bons, e acredito que seja um dos pilares contributivos para todo o sistema


Especial

Dr. ClauDio lottenberg

Numa entrevista com vários questionamentos e divergências, Lottenberg discorre sobre a importância da credibilidade adquirida e conquistada pela instituição e de projetos futuros. Dá seu ponto de vista sobre o sistema de saúde no Brasil e declara abertamente, “sou movido pela paixão”. Paixão esta que reflete em toda sua atuação como referência na saúde e proporciona títulos como um dos líderes de melhor reputação pela Revista Exame, em 2013, e Executivo de Valor na área da Saúde pelo Valor Econômico em 2014 e 2015. PH - A Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein está em comemoração dos seus 60 anos. A Faculdade de Medicina, muito bem já divulgada, faz parte do festejo de aniversário? Dr. Claudio Lottenberg: “Não faz parte das comemorações dos 60 anos. Existe uma coincidência temporal. A Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein dentro do contexto de sua existência de sociedade mantenedora completa 60 anos. O hospital tem um período normal, porquê na realidade esta sociedade concebeu o contexto da participação judaica no cenário da saúde e a primeira materialização desta participação se fez através da existência de um hospital. Outras coisas surgiram dentro desta participação ao mesmo tempo, por exemplo, na parte de capacitação e treinamento, cursos de pós graduação, a faculdade de Enfermagem, as residências e demais programas de atualização. Dentro desta visão de ampliação, surge uma perspectiva que acho que é importante, ou seja, a formação daquele que é o grande líder no processo de assistência que é o médico. E numa coincidência temporal este amadurecimento justamente acontece no marco da existência dos 60 anos da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein. Nunca foi desenhado para acontecer desta forma, as coisas foram se desenvolvendo. E a gente na verdade foi se adequando para a concretização da Faculdade de Medicina. Hoje, acredito que a contribuição de profissionais médicos de boa qualidade é muito importante.

O SUS é um grande desafio, mas ele não é um sistema executor de práticas. Ele é um financiador PH- Falando em formação de médicos, o senhor acredita que a quantidade destes profissionais no Brasil é suficiente? Dr. Claudio Lottenberg: “Acho que não é suficiente. A Saúde se faz com médicos bons, e acredito que seja um dos pilares contributivos para todo o sistema. Neste cenário e fiel aos compromissos dos fundadores da sociedade vamos implementar a Faculdade de Medicina Albert Einstein, com investimento de R$ 35 milhões. PH- A Faculdade de Medicina vem com uma determinada grife, selada pela qualidade e excelência do hospital. Dentro desta “grife”, quais seriam os diferenciais na área de ensino? 22

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Não acho que ela vem com uma grife. O Hospital Albert Einstein, não é uma grife. É um símbolo de responsabilidade de compromisso. A leitura que que os dêmais têm é uma outra questão. O Hospital Albert Einstein tem patrimônio moral, intelectual de compromisso com conhecimento e firmeza de valores que no fundo dão credibilidade antes de ser uma grife. Esta credibilidade quando utilizada tem riscos muitos maiores, porque coloca à prova toda reputação que você construiu numa vertente que é nova. Então esta faculdade nasce com esta responsabilidade e não com como grife, de trazer na ação da formação destes profissionais o efeito da mesma representatividade que o hospital conseguiu exercer no meio da assistência médica deste País. É desta maneira que encaro o papel do Hospital Albert Einstein neste cenário. Agora quando você tem esta excelência e quer traduzi-la na formação de capital humano é muito diferente do que você só prestar assistência. Tem que criar expertise que são educativas, que envolvem transferência de conhecimento. É um cenário novo e estamos propondo a fazer isto com mesmo rigor e a mesma sistemática e respeito da excelência que nós fazemos em nosso hospital. A Faculdade de Medicina é um amadurecimento da organização, um projeto de dois anos. PH- O Hospital Albert Einstein tem bons cases de PPP´s – Parcerias Públicas Privadas. Em recente entrevista com o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. David Uip, o mesmo afirmou que PPP´s e OS são modelos inovadores da saúde. Na sua visão de gestor, o senhor também acredita? Dr. Claudio Lottenberg: “Acredito muito neste modelo. Quando nós fizemos uma opção da saúde de inclusão social na Constituição de 1988, ficou claro que a saúde passaria ser um direito do cidadão e um dever do Estado, mas não obrigatoriamente que este dever seria executado pelo Estado e o Estado na realidade, talvez, um instrumento dentro desta estrutura republicana, tem que encontrar mecânicas de controle de garantia de acesso, mas não garantir a realização dos processos. Isto já acontece em outras frentes e aonde não acontece é ruim. Então, se você dar uma olhada, estes modelos de celulares que usamos significam que a iniciativa privada assumiu a responsabilidade de fazê-los. Acho que na saúde temos que encontrar mecânicas transparentes, temos que encontrar mecânicas que garantam de fato o acesso com indicadores, instrumentos métricos e o Estado tem que encontrar formas regulatórias de participar e garantir que isto esteja acontecendo adequadamente dentro da experiência do paciente, isto se é feito com a iniciativa privada. Acho que é o melhor dos mundos. Então, as PPP´s , OS e as mesmas contratualizações com entes privados, sejam eles com fins ou não lucrativos, isto garantem uma leveza em todo o processo contratual. É por isto que acredito nestes modelos e estou alinhado com a posição do secretário, Dr. David Uip” PH - A pergunta é óbvia, mas o olhar do senhor é importante. Em relação ao SUS, acredita na eficácia da proposta do sistema? Dr. Claudio Lottenberg: “Acredito. O SUS é um grande desafio, mas ele não é um sistema executor de práticas. Ele é um financiador. Quando o País admitiu que teria um sistema único de saúde, ele criou no fundo um grande sistema de financiamento como é o sistema inglês, por exemplo, que não é perfeito e passa a todo o momen-


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Sou uma pessoa movida pela paixão

to por processo de aperfeiçoamento. Neste presente momento, o sistema inglês, por exemplo que é universalizante como nosso, está buscando justamente suas respostas na iniciativa privada. Acredito no modelo SUS, desde que não seja modelo corporativista, desde que não seja um modelo que deseja participar como feitor e realizador. PH - E em sua opinião, quais seriam os principais gargalos do SUS? Dr. Claudio Lottenberg: “O financiamento do SUS é muito pequeno. Por quê? Quando você for ver , os gastos em saúde no Brasil são em média de 8% a 9% do PIB, mas eles esquecem que esta porcentagem envolve tanto o privado quanto público. Acho que isto é fruto de uma incapacidade nossa de ter não precificado que custaria muito dinheiro. Mas, que isto não é só no Brasil, mas no mundo, devido a vários fatores como o custo do envelhecimento. Este fator não é só nosso, e a sociedade contemporânea internacional tem que estar preparada para arcar

Almejo mesmo é continuar fazendo parte de um cenário de líderes, formadores de opinião que possam propositalmente participar de um debate para uma sociedade melhor

com este fenômeno, o que significa trabalhar mais tarde na sua vida, poupar mais na sua vida. É um dilema internacional. Em relação ao financiamento evidentemente existe a questão do subfinanciamento e tem que ser melhorado. Também acho que existe uma necessidade da gente entender o que é incorporação tecnológica. Ela está sendo feito não necessariamente na mecânica de agregar valor e sim com dados corporativos das tecnologias vigentes. Então, se a sociedade não conseguir mensurar exatamente o que tem que ser incorporado, vai incorporar tudo e vai ser cada vez mais inviável todo este contexto. Acho que a gente neste momento vai ter que primeiro entender esta mecânica do financiamento que não está muito clara pra sociedade. No SUS há problemas óbvios de gestão. E ela começa pelas próprias portas de entrada - não da gestão propriamente dita, mas do entendimento do paciente. O paciente procura portas de entrada que nem sempre configuram tudo aquilo que ele precisa. O indivíduo que precisa de uma assistência de alta complexidade precisa bater na porta do hospital. O indivíduo que precisa de um atendimento de baixa complexidade precisa ir a uma unidade básica de saúde ou num consultório médico. Mas não é isto que acontece. Todo mundo procura as estruturas de alta complexidade porque sabe que está aberto 24 horas. Este nexo da correlação tempo, causa e efeito é algo que tem que ser melhor desenhado e aí começa todo um questionamento de processos de gestão. Sou uma pessoa otimista, acredito em tudo isto. PH- Voltando para sua atuação em toda a cadeia da saúde. Acompanho sua forte presença no facebook. Acredito que seja um dos poucos líderes do setor que possui e investe em redes sociais. Percebe-se que há Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Especial

Dr. ClauDio lottenberg

uma integração muito significativa com mais de 15 mil seguidores. O senhor gosta desta “popularidade”? Dr. Claudio Lottenberg: “Acho que as pessoas que se propõem a liderar, também devem fazer isto por meio de mecânicas transparentes. Elas não devem se ocultar, pois são referências, exemplos e se elas não deixarem esta acessibilidade para a população de maneira muito aberta e clara, não estarão exercendo sua liderança de forma adequada. Nenhum líder é líder para si mesmo. O líder faz, porém não deve só fazer aquilo que acredita, mas convidar as pessoas a fazerem parte do cenário das mudanças, senão, ele não está exercendo seu papel de mudança. Então, sempre imaginei que o cenário de comunicação é o ideal para qualquer líder. Um das áreas que mais trabalhei dentro da organização foi todo o processo da Comunicação, nós profissionalizamos praticamente toda a instituição. E esta área está diretamente ligada a mim no Hospital Albert Einstein, porque entre vários motivos, cabe a mim falar, exemplificar; porquê no fundo eu levando a credibilidade da organização e estimulo as pessoas a participarem disto. Não se trata de ser popular, de ser conhecido ou lido, mas sim de exercer papéis que é de responum dos pap sabilidade de um líder. Como tudo que faço é muito sério e correto, eu não tenho receio de expor, nem que amanhã tenha que rever uma posição que pode estar equivocada; aliás deve ter uma série delas. O fato de estar próximo a toda a comunicação do Hospital Albert Einstein, ter uma aproximação com a assessoria de imprensa não é um papel de popularização de um nome ou uma marca, mas de um compromisso que um líder de uma instituição tem que ter. Todos deveriam fazer isto, porquê as pessoas se inspiraram naqueles que ocupam posições de lideranças. PH- O que é mais difícil exercer nos dias de hoje hoje: ser médico ou líder? Dr. Claudio Lottenberg: “São coisas que acontecem de forma isolada. O médico, eu acho que ele naturalmente, pode exercer o papel de liderança sistematicamente. O que é liderar? Liderar tem vários tipos de atuação, agora todos os líderes de verdade precisam ter a capacidade e a criatividade de propor caminhos alternativos e modificar. O médico 24

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tem um contato com o ser humano praticamente de forma diária. Ele tem a oportunidade de interagir com outra pessoa o tempo todo e quando exercer a sua liderança de forma genuína não é só um médico técnico. Quantos médicos, por exemplo, ajudam o paciente na decisão de uma questão particular de ordem familiar? O médico desenvolve uma habilidade talvez pouco além do aspecto técnico. Não existe o que é mais difícil ser médico ou ser líder. O desafio é fazer as duas coisas em uma só ou cada uma delas de forma independente. O bom líder entende que ser bom não é ser comandante mas inspirar seu time. Porém, veja bem, a mais autêntica liderança é do conhecimento. Ela é inconquistável, ninguém tira. PH- O senhor almeja uma posição mais política? Dr. Claudio Lottenberg: “Acho que para uma posição política precisa ter um cunho de carreira. As pessoas que são políticas precisam fazer uma vida pautada neste objetivo. Fazer política dentro do contexto clássico significa lidar com o exercício do voto. Esta posso ou não almejar. Mas, almejo mesmo é continuar fazendo parte de um cenário de líderes, formadores de opinião de pessoas que possam propositalmente, participar de um debate para uma sociedade melhor e isto pode ser diante do viés político ou de uma figura pública, que é meu caso dentro do papel que exerço no Hospital Albert Einstein. Não vejo meu papel com menos relevância do que vários políticos brasileiros. Será que as pessoas são úteis para sua sociedade só por conta do seu cargo público? Não necessariamente. PH- O quê o senhor espera para o hospital nos próximos anos? Dr. Claudio Lottenberg: “O Hospital Albert Einstein tem que manter firme aos seus valores e propósitos. O hospital não pode se transformar numa grife, não pode se banalizar mas se eternizar como símbolo de responsabilidade, de valores éticos e de compromisso com o paciente, além de se inserir em tudo aquilo que possa estar relacionado à área da saúde”. PH- O senhor está há mais de dez anos na presidência do hospital, como imagina não estar mais neste comando? Dr. Claudio Lottenberg: “Imagino. Uma pessoa que entra em uma organização tem que saber que em um determinado momento vai deixar de liderar ou estar naquela posição. Eu posso deixar de ser presidente, o que não significa que vou me afastar do hospital. O hospital Albert Einstein pertence um espaço a um espaço muito importante na minha vida. Sou apaixonado pelo hospital, amo o que faço assim como amo minha família, minhas clínicas, meus valores, meu judaísmo, minha profissão...Neste sentido, sou uma pessoa movida a paixão e terei que ter outra paixão, caso não tiver nenhuma participação no Einstein. PH- E o Hospital Albert Einstein sem o comando do Dr. Claudio Lottenberg, já pensou nisto? Dr. Claudio Lottenberg: “ O Hospital Albert Einstein é mais forte que eu. O papel que tenho hoje é de garantir a perenidade da instituição independente de estar aqui ou não, seria vazia minha missão se eu não pudesse ter esta garantia”. Time da PH agradece em especial à Mirtes Bogea / Comunicação da Instituição.



Prevenção

SAÚDE PÚBLICA

Em 2013, 51,8% das internações por acidentes em transportes foram relacionadas a motocicletas

Internações por acidentes de motos mais que dobram em cinco anos

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governo federal apresentou durante reunião com governadores em Brasília, uma proposta de plano de ação nacional para o enfrentamento das mortes em decorrência da violência no trânsito. O encontro, promovido pela Presidência da República, reforçou a importância de aumentar a segurança nas vias e rodovias e, consequentemente, reduzir mortes e sequelas de acidentes de trânsito, principalmente com motociclistas. Em 2013, 51,8% de todas as internações por acidentes de transporte em hospitais estavam relacionadas a motocicletas. O plano ”Segurança no Trânsito em Defesa da Vida” envolve sete ministérios e está dividido em dez eixos. O eixo Gestão prevê a articulação integrada entre as 26

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três esferas de governo. Sobre Informação, a proposta é promover a integração das informações de trânsito dos vários órgãos responsáveis. As medidas abrangem, ainda, projetos de lei como o que permitiria a aquisição de motos somente por condutores habilitados. Já no eixo Educação, o objetivo é ampliar a capacitação dos agentes de trânsito. “Nas urgências, nos hospitais de traumas e nas unidades de reabilitação estamos acompanhando uma crescente demanda de pacientes vítimas de acidentes de motos. Precisamos de uma ação nacional, envolvendo diversos setores da sociedade e do poder público, para barrar essa epidemia de mortes e traumas”, afirmou Chioro. Segundo o Sistema de Informação Hospi-


ph talar, foram registradas, em 2013, mais de 169,7 mil internações por conta de acidentes no trânsito, sendo as motos responsáveis por 88 mil delas – um crescimento de 114% em cinco anos. O plano está sendo elaborado conjuntamente pelos ministérios da Saúde, Cidades, Justiça, Trabalho e Emprego, Previdência, Educação e Transportes – coordenados pela Casa Civil. A proposta foi apresentada aos governadores com o objetivo de destacar a necessidade da participação dos estados na coordenação de ações e mobilização intersetorial e da sociedade para reduzir a violência no trânsito. “No eixo Fiscalização, a ideia é intensificar as ações, priorizando aspectos como a mistura álcool/direção, excesso de velocidade, uso dos equipamentos obrigatórios de segurança, habilitação válida e condição segura do veículo”, explicou o ministro. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014, 24% dos motoristas do Brasil dizem associar ou já ter associado álcool e direção. Ainda segundo a PNS, metade da população (49,8%) admite nem sempre usar o cinto de segurança no banco de trás dos veículos. Nas áreas rurais do país, 41% afirmam que nem sempre usam capacete quando estão na garupa das motos. As medidas devem abordar, ainda, Comunicação, Participação social, Infraestrutura, Novas Tecnologias e Atenção às Vítimas. “Para a Atenção às Vítimas, daremos destaque a importância do SAMU e das UPAs, para garantir o resgate de urgência e o serviço de atendimento às vítimas de trânsito”, ressaltou Chioro. Os gastos do SUS com acidentes de motos foram de R$ 112,9 milhões - uma fatia de mais de 49% do total investido para tratar sequelas de acidentes de trânsito. De acordo com os dados mais recentes do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, 42,2 mil pessoas morreram no Brasil por conta de acidentes de trânsito em 2013, sendo 12.040 envolvendo motocicletas. Conferência Global– A segurança no trânsito será debatida este ano em Brasília por 1,5 mil participantes de cerca de 150 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) na “2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resulta-

Em 2014, 24% dos motoristas do Brasil dizem associar ou já ter associado álcool e direção.

Gastos do SUS com acidentes de motos: R$ 112,9 milhões

dos”. O evento, marcado para os dias 18 e 19 de novembro, terá entre seus objetivos avaliar o andamento das iniciativas para redução das mortes e lesões ocorridas no trânsito em todo o mundo em meio à Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011-2020. O Brasil, que se voluntariou para sediar o evento, é um dos Amigos da Década - um grupo informal comprometido com o sucesso do plano global cuja meta é salvar cinco milhões de vidas no planeta até 2020 por meio da adoção, pelos países comprometidos, de políticas, programas, ações e legislações que aumentem a segurança nas vias especialmente para pedestres, ciclistas e motociclistas - que correspondem à metade das estatísticas de mortes no trânsito, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Também integram o grupo a Federação Russa, Estados Unidos, Espanha, França, Austrália, Argentina, Costa Rica, Índia, México, Marrocos, Nigéria, Omã, Filipinas, África do Sul, Suécia, Tailândia, Turquia, Uruguai, Organização Mundial de Saúde, Banco Mundial, Comissão Econômica para a Europa, Comissão Global pela Segurança no Trânsito (vinculada à Federação Internacional de Automobilismo) e Parceria Global pela Segurança no Trânsito (Vinculada à Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho). Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Contigenciamento

ECONOMIA

Ministério da Saúde será menos atingido por “novos cortes”

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contingenciamento (bloqueio de verbas) adicional de R$ 8,6 bilhões anunciado pelo governo atingirá todos os ministérios, mas afetará menos as áreas de educação e a saúde, disse o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive. Segundo o secretário, as duas áreas serão proporcionalmente menos atingidas pelos novos cortes, que serão detalhados , em decreto que será publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União. “Todos os ministérios serão afetados com cortes, mas vamos preservar áreas prioritárias nos ministérios da Educação e da Saúde. Todos os limites constitucionais [despesas mí-

Bloqueio de verbas adicional é de R$ 8, 6 bilhões; Tesouro Nacional vai preservar áreas prioritárias nimas determinadas pela Constituição] serão respeitados”, disse Saintive, que assegurou que os principais programas serão poupados. Pela legislação, apenas despesas discricionárias (não obrigatórias) podem ser contingenciadas. Saintive disse ainda que, embora os valores bloqueados nas duas pastas seja expressivo, os novos cortes serão pequenos em relação ao orçamento total dos dois ministérios. “Os cortes nos dois ministérios são maiores, mas não em termos proporcionais”, declarou. No primeiro corte do orçamento, anunciado em maio, os ministérios da Educação e da Saúde lideraram os cortes em valores absolutos, com R$ 11,8 bilhões de contingen28

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ciamento para a saúde e R$ 9,4 bilhões para a educação. Em termos percentuais, no entanto, o bloqueio chegou a 11,4% para o Ministério da Saúde e 19,3% para o Ministério da Educação. O corte adicional de R$ 8,6 bilhões elevou o contingenciamento das despesas não obrigatórias de R$ 69,9 bilhões para R$ 78,5 bilhões. A redução de gastos, no entanto, não impediu que o governo revisasse para baixo a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – em 2015. A meta de esforço fiscal para este ano foi reduzida de 1,1% para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) por causa da queda na arrecadação. Em relação à decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s de revisar para baixo a perspectiva da nota da dívida brasileira, o secretário do Tesouro afirmou que o governo dialoga permanentemente com as agências. “Explicamos a elas [agências] que o esforço fiscal do governo permanece, tanto que aumentamos os cortes no orçamento. Na verdade, atravessamos um quadro fiscal delicado que impede o cumprimento de uma meta de superávit maior”, alegou. Para mostrar o esforço da equipe econômica, o secretário apresentou um levantamento que mostrou a redução das diferenças na execução das despesas não obrigatórias neste ano em relação a 2013. Em janeiro, esse tipo de gasto totalizava R$ 256,9 bilhões no acumulado de 12 meses, contra R$ 200,5 bilhões em janeiro de 2013 – diferença de R$ 56,4 bilhões. Em junho, a diferença caiu para R$ 39,5 bilhões: R$ 250 bilhões em 2015 contra R$ 210,5 bilhões em 2013. Segundo Saintive, o Tesouro está fazendo a sua parte em conter o crescimento das despesas. Ele, no entanto, diz que um corte mais amplo depende de reformulações nos gastos obrigatórios, que dependem de mudanças na lei e precisam ser aprovados pelo Congresso. “O Brasil precisa rediscutir as despesas obrigatórias. Essa deve ser uma agenda de debate para a sociedade”, disse o secretário.


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12 EvEntos simultânEos 4º Workshop para Profissionais do setor de saúde 4º congresso norte-nordeste de Gestão em saúde congresso nacional científico de Enfermeiros 63º cosEms - Encontro dos secretários municipais de saúde de Pernambuco 2º Fórum n- nE de Farmácia 2º Recipólis internacional ii Fórum n-nE de saúde digital 7º Encontro Rede nutes ii Jornada Pernambucana de medicina e odontologia legal 1º Fórum de administração Hospitalar 1º Fórum norte-nordeste de licitação mommenttum: ProHealth nordeste

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Hospital Samaritano

inagura Centro de Reabilitação Física e Cognitiva

S

egundo dados da Organização Mundial da Saúde, 60% dos pacientes de um hospital geral são passíveis de receberem cuidados de reabilitação para prevenção ou tratamento de incapacidades. O Hospital Samaritano de São Paulo, inaugurou no mês de agosto, Centro de Reabilitação Física e Cognitiva. De acordo uma tendência mundial, o novo Centro terá uma equipe transdisciplinar para o atendimento dos pacientes, ou seja, é realizada uma avaliação individual por médicos especialistas e pela equipe de reabilitação. Ao final de cada avaliação, chega-se a um consenso de toda a equipe sobre as condições do paciente e a terapia mais adequada a cada caso. Outro diferencial do Centro será a realização de laudos homogeneizados das áreas cognitiva e motora: em cognição, os relatórios serão elaborados pelos pro-

Centro contará com equipe transdisciplinar; espaço conta com investimento e o suporte da tecnologia em procedimentos diagnósticos 30

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fissionais que o assistem: terapeuta ocupacional, neuropsicólogo e/ou fonoaudiólogo. Na área motora, os responsáveis serão médicos especializados em medicina de reabilitação, além de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e equipe de enfermagem especializada. “Este acompanhamento será periódico, o que permitirá analisar o histórico do paciente e apresentar ao médico responsável pelo caso uma avaliação da evolução no tratamento”, destaca Donaldo Jorge Filho, médico fisiatra, especialista responsável pelo atendimento de reabilitação motora e coordenador do Centro. O espaço conta com investimento e o suporte da tecnologia em procedimentos diagnósticos, prontuário eletrônico para registro da evolução dos pacientes, além da presença da equipe de reabilitação que atende as necessidades de pacientes com diferentes limitações físicas e cognitivas, especialmente nas áreas de Ortopedia, Neurologia, Ginecologia, Oncologia, Urologia e casos como dor, demências, transtornos de atenção, reabilitação pós trauma de crânio, entre outras. “A metodologia de trabalho aplicada por profissionais experientes deverão tornar o Centro de Reabilitação uma referência”, afirma Renato Anghinah, responsável pelo atendimento cognitivo, ao lado do Donaldo Jorge Filho. Com alta tecnologia para a realização de procedimentos das mais variadas abrangências, a infraestrutura do Hospital Samaritano conta ainda com moderno Centro Cirúrgico composto por 17 amplas salas, com avançadas tecnologias e 313 leitos, além de moderno Centro de Medicina Diagnóstica e Laboratório de Análises Clínicas.


Debate

DISCUSSÃ0

“O olhar em segurança nos ambientes de saúde deve estar focado no paciente”, diz Lauro Miquelin em palestra na 11ª Conferência Digital Security

“O

olhar em segurança nos ambientes de saúde deve estar focado no paciente, no cuidador e na gestão. Nosso grande objetivo é proporcionar bons cuidados, buscando oferecer o melhor bem-estar possível ao paciente”, foi este o tom da participação do diretor, fundador, arquiteto da L+M, pai do Tomás e avô da Manoela, Lauro Miquelin de sua palestra, “Segurança do Paciente: Visão Holística de Processos, Espaços e Tecnologias”, na 11ª Conferência Digital Security, que aconteceu em julho em São Paulo. A iniciativa que trouxe o tema, “Soluções de Segurança para o Mercado Hospitalar” foi da revista Digital Security com apoio da Panorama Hospitalar, braços editoriais da VP Group, L+M e SindHRio - Sindicato dos Hospitais Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Miquelin, na oportunidade, explicou os processos dos ambientes em saúde e a importância da segurança quando pensada e direcionada para o bem do paciente. Também adiantou algumas tendências do mercado de segurança para a saúde. “As oportunidades em desenvolver platafor-

mas para controlar seguranças de processos no setor da saúde são imensas. E devem ser aproveitadas”. Além de Miquelin, estiveram na programação do evento os debates: “Inovações e Aplicações Tecnológicas para o Mercado Hospitalar”, ministrado por José Marcos Medeiros (Anixter); “Soluções IP para o Mercado Hospitalar” e “Soluções de Segurança Integrada Bosch para Hospitais” que foram os temas apresentados por Fernando Lira e Robson Marzoni, representantes da Axis Communication e da Bosch, respectivamente. “Por quatro horas, pudemos mostrar aos participantes as inovações e, também, as necessidades do setor hospitalar, quando o assunto é segurança eletrônica. Além disso, apresentamos as aplicabilidades dos equipamentos em um segmento que está em constante evolução”, destaca Christian Visval, diretor comercial da VP Group. A próxima edição da Conferência Digital Security com foco nas Soluçõesde Segurança para o Mercado H ospitalar já tem data marcada. O evento acontece na segunda quinzena do mês de julho de 2016, na capital paulista. Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Transparência

setor

Acordo setorial: inédito no País prevê a criação de um programa voltado para o fortalecimento de um ambiente de negócios ético e transparente na comercialização de produtos médicos

Abraidi e Ethos

lançam acordo setorial de dispositivos médicos

O

Ética Saúde - Acordo Setorial - Importadores, Distribuidores e Fabricantes de Dispositivos Médicos, que reúne as principais empresas do setor de dispositivos médicos, foi lançado, com a presença de mais de 250 pessoas, entre signatários, representantes dos ministérios da Saúde, Justiça, OAB, Ministério Público, agências reguladoras, Tribunal de Contas da União, parlamentares, entidades de classe, como Abimed e ABIMO empresários e executivos de companhias. A iniciativa é da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi) e do Instituto Ethos. O programa foi idealizado em agosto do ano passado, depois da criação de um grupo de trabalho formado por empresas associadas à Abraidi e representantes do Instituto Ethos. Durante quase um ano, muitas reuniões foram necessárias para a definição do Acordo Setorial que foi es-

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truturado com metodologia da Transparência Internacional e códigos de conduta de associações como a Advanced Medical Technology Association, dos Estados Unidos, e a Eucomed Medical Technology, da União Europeia. O acordo setorial prevê, pela primeira vez no País, a criação de um programa voltado para o fortalecimento de um ambiente de negócios ético e transparente na comercialização de produtos médicos e levou mais de dois anos para ser estruturado. Para o diretor-presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, o acordo pode contribuir para uma mudança histórica nos cenários nacional e do setor que lida com vidas humanas. “Estamos subindo um primeiro degrau que, talvez, não possa ser totalmente dimensionado neste evento. Mas nós do Ethos não temos referência de nenhum outro com a relevância e abrangência do Ética Saúde”.


ph

O diretor do Instituto Ethos, Caio Magri, ressaltou que o acordo setorial é um processo de construção permanentemente e coletivo, que só acontece se todos estiverem comprometidos ao longo do caminho. “Se avançarmos juntos, daremos ao País uma contribuição única. As empresas signatárias hoje são desiguais, mas o Acordo dará os instrumentos para que elas possam se igualar em relação à ética, para uma concorrência leal”. Já o presidente da Aliança da Indústria Brasileira Inovadora em Saúde (ABIIS), Carlos Eduardo Gouveia, destacou que o Ética Saúde nasce grandioso com 60 a 70% do mercado e que irá servir de exemplo. “É um modelo que deverá ser replicado com uma pedra no meio de um lago, que provoca ondas de ressonância”. O subprocurador da República, Antônio Fonseca, que será juntamente com Edson Luiz Vismona e Celso de Hildebrand e Grisi, integrante do Comitê de Ética do acordo setorial, lembrou a importância da participação do Ministério Público Federal. “A ética é ser ético e precisa estar presente nas estratégias do mercado. A sociedade não tolera mais atitudes de forma diferente”, completou Fonseca. O presidente da Abraidi, Glaucio Pegurin Libório, disse que mais de 130 empresas já fazem parte do Ética Saúde e que o número de signatários não para de crescer. “Eu não escutei quando disseram que ia ser difícil, porque eu

nunca quis desistir e assim seguimos em frente com todos os obstáculos que puderam e ainda podem surgir. É um trabalho sólido e não somente para reverter a imagem do setor. Não há espaço para retrocessos. Precisamos trabalhar em um ambiente sadio, independente de vender mais ou menos”, concluiu Libório. A diretora executiva da Abraidi, Claudia Scarpim, apresentou os objetivos do Ética Saúde, o modelo de governança que contará com uma plenária, constituida pelos signatários do Acordo, uma Secretaria Executiva e o Comitê de Ética independente. Claudia Scarpim disse que o desafio agora é ampliar o Acordo Setorial para hospitais, fontes pagadoras e a classe médica. Também independente será a administração do Canal de Denúncias, que ficará sob os cuidados da ICTS, empresa global de consultoria e serviços especializada em gestão de riscos, ética, compliance e segurança. Segundo o gerente da ICTS, Fábio Haddad, o canal receberá relatos dos desvios ao Acordo. “Vamos checar a veracidade da denúncia e dar os devidos encaminhamentos. Não temos vínculo algum com as empresas participantes”, esclareceu Haddad. As denúncias podem ser anônimas ou identificadas e feitas por meio de três canais: direto na página do www.eticasaude.com.br, por voz ou e-mail, mas em todos os casos, o sigilo é garantido. Panorama Hospitalar | Julho, 2015

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Saúde Suplementar

aumento

Rede de atendimento

de planos de saúde cresce mais do que ingresso de novos beneficiários

A

rede de atendimento dos planos de saúde registra, nos últimos cinco anos, crescimento superior ao número de beneficiários. Em termos proporcionais, houve um aumento da oferta de rede acima do volume de ingresso de novos vínculos. A constatação é do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), apresentada no boletim Nota de Acompanhamento do Caderno de Informações da Saúde Suplementar (Naciss). O IESS constatou que, no País, o total de estabelecimentos de atendimento ambulatoriais subiu de 166,1 por 100 mil beneficiários de planos de saúde, em 2009, para 222,5 por 100 mil beneficiários em 2014. Um avanço de 34% em cinco anos. Nesse mesmo período o número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares cresceu 19,4%. Para o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, uma hipótese que pode justificar a expansão da rede de atendimento da saúde suplementar em um patamar superior estaria na competição existente nesse setor. “Uma hipótese é que, para ser mais competitiva, cada operadora busca ofertar uma rede maior e melhor do que sua concorrente. Essa demanda, portanto, seria uma forma de estimular mais investimentos por parte dos prestadores contratados pelas operadoras”, sugere. Nos estabelecimentos de internação, o total usado pela saúde suplementar saltou de 3,8 para 4,6 por 100

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Total de estabelecimentos de atendimento ambulatoriais subiu de 166,1 por 100 mil beneficiários de planos de saúde, para 222,5 por 100 mil beneficiários em 2014. mil beneficiários, um crescimento de 21%. Já nos estabelecimentos de emergência, a saúde suplementar contava, em 2009, com a proporção de 3,1 unidades por 100 mil beneficiários. Em 2014, esse número subiu para 4,1 por 100 mil, o que representa um crescimento de 32,2%. No caso de estabelecimentos de diagnose e terapia, em 2009, na saúde suplementar, havia 27,7 estabelecimentos de diagnose e terapia por 100 mil beneficiários. Em 2014, esse número chegou a 35,7 por 100 mil beneficiários, um crescimento de 28,8%.


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