Panorama Audiovisual Ed. 54 - Agosto de 2015

Page 1

9 772236 033008

ISSN 2236-0336 54

Ano 4 - Edição 54 - Agosto/2015

Homenagem

TV Globo 50 anos




P4

>>

Editorial

Ano 4 • N° 54 • Agosto de 2015

Agilidade para reduzir riscos

Diretoria Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja

O recém-lançado Relatório de Segurança da Cisco analisa as tendências e a inteligência que estão por trás de ameaças de segurança cibernética. O estudo mostra uma necessidade urgente de as companhias detectarem mais rapidamente as ameaças como uma forma de combater ataques de hackers que estão cada vez mais sofisticados e que causam prejuízos de milhões de dólares para as empresas. O relatório mostra que novos riscos de malwares associados com o Flash e Dridex, só para ficarmos em alguns exemplos e reforça a necessidade de reduzir o tempo para detecção, sobretudo em um mundo onde a Internet e os mundos virtuais são uma realidade incontestável. O estudo também chamou a atenção para a evolução do malware Dridex, cujos criadores trabalham no sentido de modificar constantemente o software para criar novos métodos de invasão e ludibriar os sistemas de segurança. A tática de enviar email-s, anexos e outras fontes de contagio forçam os sistemas antivírus tradicionais a um infindável trabalho de detecção. A digitalização dos negócios e a Internet das Coisas é um enorme e fértil campo para a proliferação de malwares e ameaças cibernéticas. Para se ter uma ideia, o estudo aponta que, atualmente, nas expectativas mais otimistas o tempo de detecção de um novo malware pode levar até 200 dias. Paralelamente a isso, é preciso lembrar que o aumento dos ataques gera problemas seríssimos de ordem econômica. A situação tem se tornado tão grave, que os especialistas em geopolítica se mostram unânimes em criar um quadro global de governança cibernética para sustentar o crescimento econômico. A empresa de pesquisas IDC mostra que o mercado global de coisas com possibilidade de ser interconcectadas deve crescer ao nível de 30 bilhões de dispositivos, atingindo cifras de US$ 1,7 trilhão até 2020. Boa parte desse crescimento será comandado pela disseminação do protocolo IPV6, que permite um salto em termos de números de conexões: com ele, o número de conexões pode atingir estratosféricos 340 undecilhões de endereços IP (algo como o número 340 seguido por 36 zeros. No Brasil, o governo federal informa que a quantidade de terminais de máquina-máquina (dispositivos sem intervenção humana) cresceu de 161 mil para 1,76 milhão. Com a máxima de mercado de “mais e mais tecnologia”, ficam de lado, muitas vezes, as práticas que embassam a segurança no mundo cibernético. Assim,, o número de possibilidades de conexões com a Internet das Coisas cresce na mesma medida em das ameaças cibernéticas. Em outro recente encontro ocorrido no México promovido pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), um organismo da ONU, aponta o Brasil como campeão regional em crimes na internet, com um saldo negativo que contabilizou US$ 8 bilhões em prejuízos em 2014. Prova de que ainda há um longo caminho a percorrer quando o assunto é segurança na grande teia de conexões da Internet.

victor.piiroja@vpgroup.com.br Redação Editor e Jornalista Responsável

Fernando Gaio (MTb: 32.960) fernando.gaio@vpgroup.com.br Editor Assistente

Fávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Repórter

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Editor Internacional

Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Colaborador

Eduardo Boni Arte Giovana Dalmas giovana.dalmas@vpgroup.com.br Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Web Design Bruno Macedo bruno.macedo@vpgroup.com.br Robson Moulin robson.moulin@vpgroup.com.br Marketing Assistente

Michelle Visval michelle.visval@vpgroup.com.br Sistemas Wander Martins wander.martins@vpgroup.com.br Comercial Diretor Comercial

Christian Visval christian.visval@vpgroup.com.br Gerentes de Contas

Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Golçalves de Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Duograf

Fernando Gaio (MTb: 32.960) Editor

Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV

PanoramaAVBR



P6

>>

Sumário

08 28 08

Notícias

28

Especial Globo 50 anos História de pioneirismo e liderança.

30 30

Globo 50 anos - Adilson Pontes Malta O engenheiro por trás do ProJac conta como foi o processo de criação do maior centro de produção da América Latina.

32 32

Globo 50 anos - Fernando Bittencourt

O ex-diretor de engenharia fala do passado, presente e futuro da televisão aberta no mundo.

42 42

Globo 50 anos - Do 4K ao 8K Primeiros passos com o 4K e a experiência 3D.

56 56

Globo 50 anos - Produção Cuidar bem do áudio, do figurino, da maquiagem, não medir esforços para obter o resultado. O segredo do sucesso está nos detalhes.

66 66

Globo 50 anos - Globosat Da sede da Globosat são coordenados mais de 2 mil eventos por ano e exibidos mais de 30 canais, 24 horas por dia

70 70

Globo 50 anos - Tecnologia

O processo de atualização tecnológica que deixou a emissora no estado da arte da radiodifusão.

80 80

Globo 50 anos - Pós-Produção

Saulo Silva, colorista da TV Globo, que trabalhou em grandes novelas e seriados, conta a sua experiência de trabalho na área de pós-produção e efeitos visuais.

88 88

92 92

Em Profundidade

Otimização da rede de TDT em ambientes ISDB-T/Tb

Prévia IBC 2015

O principal evento de tecnologia broadcast da Europa promete trazer novas soluções de convergência entre o mundo UHD e IP.


A combinação perfeita ISIS | 1000 • Artist | DNxIO • Media Composer | Software Acelere o fluxo de trabalho com mais flexibilidade e integre um sistema de gerenciamento de mídia com armazenamento compartilhado. Tudo isso, e muito mais, a um preço muito acessível.

ISIS® | 1000 : • • • • • •

Suporte em tempo real para SD, HD, 2K e 4K 20TB de storage expansível até 80TB 300Mb/s de largura de banda expansível até 1,200 Mb/s Integração com Media Composer, Premiere Pro e Final Cut Pro Permite até 24 editores com acesso simultâneo Desempenho comprovado pelo portfólio Avid ISIS

Artist | DNxIO : • • • • •

Entrada e saída SD, HD, Ultra HD, 2K E 4k Encode e conversão de mídia onboard Compatível com Media Composer, Da Vinci Resolve, Premiere Pro ou Final Cut Pro Várias opções de conexões de E/S para áudio e vídeo Monitoração de entrada e saída pelo display LCD HD integrado

Media Composer® | Software : • • • • •

Edição HD, Ultra HD, 2K e 4K nativa Avid Resolution Independence, suporte a qualquer resolução de mídia Avid Open I/O, suporte para interface de vídeo da Avid ou de terceiros Três opções de licença: Assinatura, Licença Definitiva ou Licença Flutuante Opção de trabalho remoto com o Media Composer | Cloud

Visite-nos na SET EXPO 2015, estande 26, e veja as demonstrações. Para mais informações entre em contato com rafael@cisbrasil.tv ou felipe.andrade@avid.com CIS Group - Distribuidor autorizado Avid no Brasil

Saiba mais em avid.com/BR © 2015 Avid Technology, Inc. Todos os direitos reservados. Características de produtos, especificações, requisitos de sistema e disponibilidade estão sujeitas à alteração sem aviso prévio. Avid, o logo Avid e ISIS são marcas ou marcas registradas da Avid Technology, Inc. ou de suas subsidiárias nos Estados Unidos e/ou em outros países. Todas as outras marcas aqui citadas são propriedade de seus respectivos detentores.


P8

>>

Notícias

Avid completa a compra da Orad A integração de plataformas complementares fortalece a empresa e abre as portas para novos mercados.

D

e surpresa, a Avid anunciou durante a NAB 2015 a compra da israelense Orad Orad Hi-Tec Systems. Especializada em soluções gráficas 3D em tempo real, servidores de vídeo, e gestão do fluxo de trabalho associado, a Orad conta com mais de 600 clientes em todo o mundo. Em entrevista à Panorama Audiovisual, o Diretor de Vendas da Avid para a América Latina, Ariel Sardiñas, lembra que o segmento de eventos ao vivo, especialmente esportes, é de extrema importância para os radiodifusores, mas a empresa nunca teve aplicações muito específicas para esta área. Esta aquisição, além de ampliar a gama de produtos e clientes da Avid, leva-a a um mercado onde não tinha grande presença”. Com esta operação, a Avid incorpora ao seu portfólio uma potente suíte de gráficos e várias soluções para produção de eventos ao vivo, jornalismo, rádio e transmissões esportivas, além de estúdios virtuais, servidores de repetição em câmera lenta, publicidade virtual e produção ao vivo channel-in-a-box baseada na nuvem. “É uma união muito importante, porque a Avid conhece muito bem o mundo da produção, enquanto a Orad tem muita experiência em eventos ao vivo com gráficos e cenários virtuais, por exemplo”, reforça Ariel.

União completa Hoje, mais de 600 clientes em todo o mundo utilizam a tecnologia da Orad para produzir gráficos, eventos ao vivo e transmissões esportivas. Agora a Avid planeja expandir a sua rede de distribuição com a linha

A israelense Orad tem uma longa tradição no fornecimento de soluções para cenários virtuais e gráficos ao vivo

completa de soluções para telejornais, branding de canal, estúdios virtuais, produções de esportes, programas eleitorais ou espaços comerciais. A perspectiva para os próximos meses também é integrar a plataforma da Orad à arquitetura Avid Interplay e MediaCentral, criando uma interoperabilidade mais fluida, com mais eficiência e produtividade. Ariel Sardiñas lembra que já existem integrações entre os sistemas de gráficos da Orad com o sistema de jornalismo iNews. “Neste momento, equipes conjuntas trabalham na integração com as plataformas ISIS e Interplay. Aliás, esta é uma solicitação que já começou por parte dos nossos clientes”. Ariel também menciona que um dos pontos-chave para concluir esta aquisição é a ausência de sobreposição de produtos, especialmente ao



P 10

>>

Notícias

Ariel Sardina, Diretor de Vendas de Avid na América Latina, reforça a importância da Orad no portfólio da empresa, ampliando a sua atuação nos eventos ao vivo

nível de software. Cita o caso dos servidores, no caso da Avid voltados para ingest e produção, enquanto a Orad tem modelos desenvolvidos para aplicações de slow-motion ao vivo, por exemplo. Quando a operação de compra foi concluída, Luis Hernández Jr., presidente e CEO da Avid, destacou que muitos clientes “utilizam já soluções da Avid e Orad de forma conjunta e integrada. Estamos trabalhando duro para incluir rapidamente todas as linhas de produtos da Orad na plataforma Avid MediaCentral. As soluções chave da Orad estarão integradas em soluções da Avid como iNews e MediaComposer, oferecendo um grafismo avançado e suporte de servidor de vídeo para o ingest e playout com DNxHD”. Neste momento todos os canais de comunicação permanecem os mesmos entre os clientes e as companhias, além disso, os grupos de trabalho globais e para cada região do mundo estão sendo definidos. “Até o começo de outubro, nós já devemos ter a definição de todas as equipes que atuarão ao redor do mundo. Num primeiro momento, os funcionários da Avid estão sendo treinados nas soluções Orad e o mesmo acontecerá com as revendas em breve”, conta Felipe Andrade, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da companhia no Brasil. “No Brasil, a Avid tem uma equipe própria e o atendimento prioritário é feito através da CIS, integradora que trabalha conosco há 23 anos e garante suporte completo aos usuários”. Para os próximos meses, a estratégia para o Brasil ainda inclui a expansão do atendimento para novos clientes, além de grandes emissoras e produtoras. “A Avid tem novos produtos como o ISIS 1000 que permitem atender uma nova gama de clientes a um preço muito acessível e é isso que vamos fazer”, finalizou Felipe Andrade.. PA

www.brasilsignage.com.br

Uma feira focada, com público decisor. Um marco do DOOH na América Latina.

27 e 28 de agosto de 2015 august, 27 th and 28th, 2015

pavilhão amarelo | expo center norte são paulo | brasil

Conference Sponsor:

Patrocinador Ouro:

Apoio Entidade :

Parceiros:



P 12

>>

Notícias

Todos os estúdios para gravação das aulas trabalham com câmeras HD e switchers da NewTek

Solução para ensino on-demand A Internet tem se mostrado um excelente canal de educação, especialmente quando não há tempo para se deslocar até uma sala de aula convencional. A vantagem deste canal também tem impacto nos custos dos estudos, que costumam ser muito atraentes.

N

o Brasil, uma das empresas com o maior sucesso neste formato de ensino é o Complexo de Ensino Renato Saraiva (CERS), a maior instituição de ensino a distância do país. Em pouco mais de seis anos, a entidade já atende mais de 90 mil alunos com mais de 300 cursos ativos pela internet e produz, diariamente, 64 horas de aulas, aproximadamente. No portal do CERS, os alunos selecionam os cursos de sua preferência e assistem às aulas conforme a disponibilidade de tempo. Nos 24 estúdios localizados em São Paulo (2), Ribeirão Preto (1), Vinhedo (1), Rio de Janeiro (6), Curitiba (2), Brasília (2), Recife (5) e Salvador (5), dezenas de professores se revezam para ajudar profissionais que desejam participar de concursos públicos, especialmente nas carreiras jurídicas. Estes estúdios estão equipados com recursos de iluminação, captação de áudio e vídeo, além da gravação feita em equipamentos da linha NewTek TriCaster. “Nós gravamos aulas com cinco blocos de 30 minutos, onde tudo funciona como se estivéssemos ao vivo, com vinheta de abertura e geração de caracteres. Ao final, o material é compactado, armazenado nos nossos servidores e está pronto para ser assistido pelos alunos dos nossos cursos on-line”, conta Jefferson Cruz, Diretor de Estúdio do CERS. Além dos estúdios para gravação das aulas, que utilizam apenas uma câmera HD, a instituição também tem um estúdio de TV na cidade do Recife (PE) pronto para trabalhar com seis câmeras 2k e um switcher TriCaster 8000. Segundo Cruz, entre os pontos a favor do TriCaster está a união de hardware e software em uma única solução. “Essa característica nos dá garantia e confiança para trabalhar”.

A instituição também tem um estúdio de TV na cidade do Recife (PE) pronto para trabalhar com seis câmeras 2K e um switcher NewTek TriCaster 8000


Notícias <<

P 13

terabytes de dados todos os dias. Tudo é armazenado nos servidores de vídeo mantidos dentro e fora do país, para garantir redundância e disponibilidade de acesso. PA

TriCaster 8000

Nós gravamos aulas com cinco blocos de 30 minutos, onde tudo funciona como se estivéssemos ao vivo, com vinheta de abertura e geração de caracteres. Ao final, o material é compactado, armazenado nos nossos servidores e está pronto para ser assistido pelos alunos dos nossos cursos on-line”, conta Jefferson Cruz, Diretor de Estúdio do CERS.

A CERS ainda possui uma unidade móvel, com as mesmas capacidades do estúdio de Recife. Essa unidade móvel é usada em aulões que o complexo realiza quando um grande concurso público ou prova está próxima, como a prova da Ordem dos Advogados do Brasil, por exemplo. A ‘render farm’ da escola processa todas as quase 24 aulas de três horas produzidas por dia em três formatos diferentes, movimentando até 1.4

A CERS usa os equipamentos da NewTek desde os primeiros dias e tem acompanhado a evolução desta família, contando inclusive com o TriCaster 8000. Veja a seguir algumas das características da solução: - Switcher com 24 canais, com oito entradas simultâneas HD-SDI, HD Componente, SD-SDI, SD Componente, Y/C (BNC) ou composto, incluindo entradas para dois DDRs; - Cinco reprodutores de mídia digital para vídeo, caracteres, fotos e áudio; - Sobreposição com rotação, posicionamento, escala em 3D e efeitos de animação; - Monitoração simultânea de todas as entradas em campo e verificação da integridade do sinal com vetorscópio e waveform; - Combinação entre áudio digital AES3/EBU e analógico (SDI) e suporte a Phantom Power; - Até 14 conexões de saída, sendo 3 SDI, 3 analógicas, 2 portas para projetores ou telas adicionais, HDMI, A/V e saída de rede; - Gravação em resoluções de até 1080p; - Streaming HD em resoluções de até 720p.

Aqui e Pronto Soluções e Comunicação e Conectividade: Seu pedido foi atendido. A líder em comunicações com fio, sem fio e IP traz agora novas soluções de conectividade para resolver praticamente qualquer tipo de desafio de comunicação. Durante décadas, as nossas soluções de intercomunicação forneceram significativas melhorias no modo de como as pessoas se comunicam no mundo profissional. Hoje, podemos expandir esse legado com soluções projetadas para a interligação de vários sistemas de intercomunicação em conjunto através de redes IP, distribuição de sinais de áudio e vídeo através de redes de fibra óptica e interconexão de soluções de comunicação com protocolos SIP. Com a Clear-Com você tem muitas opções, não importa a sua necessidade. Nós estamos aqui e pronto para ajudar. Savana Comunicações Ltda. Tel.: +55-21-2512-9888 E-mail: savana@savana-comunicacoes.com.br Site: www.savana-comunicacoes.com.br

Copyright © 2015. Clear-Com, LLC. All rights reserved. ® Clear-Com is a registered trademark of Clear-Com LLC.




P 16

>>

Notícias

TV TEM moderniza fluxo de trabalho e armazenamento Buscando uma solução para colaboração e storage, a afiliada da Rede Globo optou pela solução Avid ISIS por Redação

O Avid ISIS é um sistema de armazenamento pensado para trabalhar com largura de banda inteligente e colaboração em tempo real

C

om a presença crescente dos fluxos de trabalho baseados em arquivo dentro das emissoras de televisão, uma nova demanda técnica passou a rondar o planejamento dos responsáveis técnicos das empresas: armazenamento. Sobretudo em um ambiente em que cada vez as resoluções se ampliam, e logo também o tamanho dos arquivos, a necessidade de registrar o material capturado em externas jornalísticas e produção para entretenimento. A busca por uma forma de “guardar” conteúdo, porém, vai muito além de ter uma forma de gravar discos de memória com todo o conteúdo lá dentro. A forma de acessar este conteúdo, a arquitetura de seu registro e sua integração com um fluxo de trabalho mais amplo e colaborativo, são, normalmente, até mais importantes do que a capacidade de armazenamento em si. Com estas necessidades em mente, o Diretor de Tecnologia da TV TEM, afiliada da Rede Globo para o interior paulista, Ewerton Maciel, começou a pesquisar uma forma de deixar o trabalho de suas múltiplas equipes mais simples. “Precisávamos possibilitar que múltiplos sites pudessem trocar material e projetos de forma nativa”, explica. Quando fala de múltiplos sites, Maciel não está exagerando. Inaugurada em 2003, a TV TEM é hoje a maior rede regional de televisão do estado de São Paulo, com oito emissoras atingindo 318 municípios em uma área equivalente a 49% da unidade federativa. Para suprir esta necessidade, após longa pesquisa, a afiliada optou pelo sistema ISIS da Avid. “No ambiente Avid é possível compartilhar projetos entre múltiplos sites, sem limitações do tipo ‘flat-file’”, afirma Maciel. Além disso, outra vantagem

destacada pelo diretor é a compatibilidade com diversos codecs e o funcionamento total tanto em Mac como em Windows. Em termos de armazenamento, o destaque ficou para a capacidade de largura de banda do ISIS e a capacidade de alocação dinâmica do espaço. “Podemos criar, por exemplo, um novo programa, alocar um determinado espaço para ele. Após a exibição, podemos simplesmente apagar esse espaço e toda essa operação acontece de forma fluída sem interrupções ou transtornos para os usuários”, explica. Após o sistema instalado, veio a necessidade de aprendizado por parte da equipe, que, de acordo com Maciel, foi extremamente bem executado pelos times da Avid nos Estados Unidos e no Brasil, representados pela distribuidora CIS Group. “Foram vários treinamentos in loco (nas emissoras) e também no headquarter da Avid nos EUA, hoje a equipe da TV TEM possuí a maturidade para comissionar um sistema completo partindo do zero até a operação no ar”. Como o Avid ISIS em funcionamento, todo o workflow da empresa foi automatizado, desde o News Room Computer System, passando pelo playout e até o gerador de caracteres. “Todos os objetivos do projeto foram atingidos. As equipes nos Estados Unidos e no Brasil são hoje nossas parceiras e os sistemas distribuídos em várias emissoras e escritórios são bastantes exigidos e cumprem muito bem suas tarefas”, explica Maciel. Apesar do sistema recém-instalado, a TV TEM já está de olho na próxima expansão. “Estamos ampliando a base de produção para AVC INTRA 200 (AVC Ultra), e isso vai exigir mais banda, mais espaço, enfim, novos desafios a frente”, conclui Maciel. PA


Hall 7 | Estande N. B27. 11 a 15 de Setembro, Amsterdam, Holanda.

www.asperasoft.com moving the world’s data at maximum speed


P 18

>>

Notícias

Produção de respeito Multvideo prepara o lançamento da maior unidade móvel disponível para locação no mercado.

A nova unidade estará disponível para locação a partir de novembro.

A

companhia localizada em São Paulo está adotando o conceito opentruck da Ross Video para o seu novo caminhão de externa. O projeto contemplou dois switchers, sendo o principal o Acuity e o segundo o Carbonite, como backup, instalado dentro do NK router de 144x144, proporcionando 100% de redundância, além do gerador de caracteres Xpression e a parte de geração de sincronismo para todo o caminhão de produção. “Esta é a unidade número 8 e está sendo montada sobre uma unidade móvel que já foi da TV Globo e, mais recentemente, da TV Bahia”, conta Sérgio Mattoso, diretor da empresa. “A carreta tem 15,5 x 3 metros de comprimento e cresce para 16,5 x 4,5 metros com as expansões lateral e traseira”. A Multvideo tem um longo relacionamento com a For-A, que continua vigente, mas neste caso a melhor opção foi apresentada pela Ross, que forneceu um novo sistema de switcher, grafismo e infraestrutura integrável entre si. A produtora passará a contar com um switcher principal de frame ACU3, que trabalha em 3G/4K, possui 3 MEs (expansível a 4MEs), 4 canais de DVE 3D, 2 processadores de multviewer independentes, 60 entradas/20 saídas e painel A3 de 3 bancos. Operando como backup ou segundo switcher terá a disposição o tradicional switcher Carbonite com recursos em 3G/4K, 2,5 ME, 8

canais de DVE 2D, 2 processadores de Multviewer independentes, 24 entradas / 10 saídas e painel de 2 bancos (C2M). O switcher Carbonite é instalado dentro do Frame Xtreme, que em sua natureza é o NK router de 144x144, tornando uma solução única de router e switcher com 100% de redundância de fonte, crosspoint, controladora e CPU, podendo ainda ser expansível para uma segunda placa de switcher Carbonite. A matriz de vídeo ainda conta com 14 painéis de 40 botões cada em LCD e 2 painéis de 17 botões cada em LCD para paginação. Complementando o projeto foi adquirido o gerador de caracteres Xpression Studio de 2 canais por ser uma plataforma de grafismo utilizada nos principais eventos esportivos do mundo e dois geradores Master de sincronismo com sistema de Change Over automático. A unidade móvel será equipada com 24 câmeras Ikegami, embora esteja pronta para operar com 28 câmeras, contará com monitoração de vídeo Sony OLED, monitoração técnica Leader e mesa de áudio Lawo. Já a recuperação e repetição de imagens será feita por sistemas combinados EVS e Orad. A unidade móvel deve ser finalizada até Novembro deste ano com o objetivo de atender grandes eventos esportivos e espetáculos, por exemplo. PA


䄀搀攀甀猀 愀漀猀 倀爀攀ⴀ刀漀氀氀猀 堀倀爀攀猀猀椀漀渀 䌀氀椀瀀猀 刀漀猀猀 猀攀 攀渀最甀氀栀愀 搀攀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀爀 漀 堀倀爀攀猀猀椀漀渀 䌀氀椀瀀猀Ⰰ 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀搀漀  猀漀戀爀攀 愀 瀀氀愀琀愀昀漀爀洀愀 最爀昀椀挀愀 搀攀 洀愀椀漀爀 挀爀攀猀挀椀洀攀渀琀漀 渀愀 椀渀搀切猀琀爀椀愀⸀ ꀀ 堀倀爀攀猀猀椀漀渀 䌀氀椀瀀猀 攀猀琀 洀漀渀琀愀搀漀 猀漀戀爀攀 漀 爀漀戀甀猀琀漀 堀倀爀攀猀猀椀漀渀  䜀爀愀瀀栀椀挀 䔀渀最椀渀攀 攀 攀猀琀愀戀攀氀攀挀攀 甀洀 渀漀瘀漀 瀀愀搀爀漀 瀀愀爀愀 猀攀爀瘀椀搀漀爀攀猀  搀攀 瀀爀漀搀甀漀 攀洀 琀攀爀洀漀猀 搀攀 漀瀀攀爀愀漀Ⰰ 昀甀渀挀椀漀渀愀氀椀搀愀搀攀 攀 挀甀猀琀漀  戀攀渀攀昀椀挀椀漀⸀ ꀀ 堀倀爀攀猀猀椀漀渀 䌀氀椀瀀猀 漀昀攀爀攀挀攀 甀洀愀 昀氀攀砀椀戀椀氀椀搀愀搀攀 椀渀挀漀洀瀀愀爀瘀攀氀 焀甀攀  爀攀搀攀昀椀渀攀 漀 猀椀最渀椀昀椀挀愀搀漀 搀攀 甀洀 猀攀爀瘀椀搀漀爀 瀀愀爀愀 瀀爀漀搀甀漀⸀ 倀攀爀洀椀琀攀  椀渀最攀猀琀愀爀 攀 爀攀瀀爀漀搀甀稀椀爀 瘀搀攀漀猀 搀椀爀攀琀愀洀攀渀琀攀 搀攀渀琀爀漀 搀攀 甀洀  愀洀戀椀攀渀琀攀 瘀椀爀琀甀愀氀 洀攀猀挀氀愀渀搀漀 挀氀椀瀀猀 挀漀洀 最爀昀椀挀愀 攀洀 ㌀䐀Ⰰ 愀猀猀椀洀  挀漀洀漀 瀀攀爀洀椀琀攀 愀氀椀洀攀渀琀愀爀 挀漀洀 瘀搀攀漀 攀 最爀昀椀挀愀 漀 猀眀椀琀挀栀攀爀 搀攀  瀀爀漀搀甀漀 漀甀 漀猀 搀椀猀瀀氀愀礀猀 搀漀 攀猀琀切搀椀漀⸀ ꀀ 堀倀爀攀猀猀椀漀渀 䤀一挀漀搀攀爀 愀最爀攀最愀 愀 昀氀攀砀椀戀椀氀椀搀愀搀攀 搀攀 挀爀椀愀爀 眀愀琀挀栀 昀漀氀搀攀爀猀  瀀愀爀愀 昀愀挀攀爀 琀爀愀渀猀挀漀搀椀渀最 攀 洀甀氀琀椀 琀愀爀最攀琀 瀀甀戀氀椀猀栀椀渀最 搀攀 昀漀爀洀愀 愀  最愀爀愀渀琀椀爀 甀洀愀 攀昀椀挀椀攀渀琀攀 攀渀琀爀攀最愀 搀攀 洀攀搀椀愀 瀀愀爀愀 瀀氀愀礀漀甀琀⸀ ꀀ 䌀漀渀琀愀琀攀 猀攀甀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀渀琀攀 氀漀挀愀氀 刀漀猀猀 瀀愀爀愀 洀愀椀猀 搀攀琀愀氀栀攀猀 猀漀戀爀攀  漀 堀倀爀攀猀猀椀漀渀 䌀氀椀瀀猀 ☀ 䤀一挀漀搀攀爀 攀 愀 椀渀琀攀最爀愀漀 挀漀洀 漀猀 漀甀琀爀漀猀  瀀爀漀搀甀琀漀猀 刀漀猀猀Ⰰ 愀猀猀椀洀 瀀漀搀攀爀 挀漀渀栀攀挀攀爀 愀 洀愀椀猀 瀀漀搀攀爀漀猀愀  猀漀氀甀漀 瀀愀爀愀 瀀爀漀搀甀漀 愀漀 瘀椀瘀漀⸀

嘀椀猀椀琀㨀

眀眀眀⸀砀瀀爀攀猀猀椀漀渀⸀挀漀洀 琀漀 最漀 搀椀爀攀挀琀氀礀 琀漀 琀栀攀 氀愀琀攀猀琀 堀倀爀攀猀猀椀漀渀 椀渀昀漀爀洀愀琀椀漀渀 漀爀 眀眀眀⸀爀漀猀猀瘀椀搀攀漀⸀挀漀洀 昀漀爀 琀栀攀 氀愀琀攀猀琀 椀渀昀漀爀洀愀琀椀漀渀 漀渀 琀栀攀 挀漀洀瀀氀攀琀攀 氀椀渀攀 漀昀 刀漀猀猀 瀀爀漀搀甀挀琀猀 愀渀搀 猀攀爀瘀椀挀攀猀⸀

䌀愀爀愀挀琀攀爀椀猀琀椀挀愀猀 匀愀氀椀攀渀琀攀猀 ∠ 䤀渀猀琀愀渀琀 挀氀椀瀀 爀攀挀愀氀氀 ∠ 䈀愀挀欀ⴀ琀漀ⴀ戀愀挀欀 琀爀愀渀猀椀琀椀漀渀猀 ∠ 䤀渀琀攀最爀愀漀 䘀爀愀洀攀 䄀挀挀甀爀愀琀攀 挀漀洀 攀昀攀椀琀漀猀 搀漀    猀眀椀琀挀栀攀爀 ∠ 䤀渀琀攀爀昀愀挀攀 搀攀 甀猀甀爀椀漀 椀渀琀甀椀琀椀瘀愀 ∠ 䴀甀氀琀椀ⴀ䌀栀愀渀渀攀氀 椀渀最攀猀琀 ∠ 䴀甀氀琀椀ⴀ䌀栀愀渀渀攀氀 氀愀礀攀爀攀搀 瀀氀愀礀漀甀琀 ∠ 䌀漀渀琀爀漀氀攀 爀攀洀漀琀漀 瘀椀愀 瀀爀漀琀漀挀漀氀漀猀 䄀䴀倀Ⰰ 嘀䐀䌀倀Ⰰ    倀ⴀ䈀甀猀 ☀ 刀漀猀猀吀愀氀欀 ∠ 䈀愀猀攀 搀攀 搀愀搀漀猀 䌀氀椀瀀匀琀漀爀攀 挀漀洀 搀椀爀攀椀琀漀 愀    挀漀渀昀椀最甀爀愀漀 搀攀 甀猀甀爀椀漀猀 ∠ 䄀爀洀愀稀攀渀愀洀攀渀琀漀 攀砀琀攀爀渀漀 一䄀匀 ☀ 匀䄀一Ⰰ 攀猀琀攀    切氀琀椀洀漀 挀漀洀 猀漀氀甀漀 匀一匀 䔀嘀伀


P 20

>>

Notícias

Calrec na primeira unidade móvel UHD da Europa A Timeline Television instalou um console da Calrec Artemis na Unidade Móvel UHD1, a primeira unidade móvel 4K/UHD da Europa

A

produtora Timeline construiu a unidade primeiramente para oferecer conteúdo para a BT Sport, que lançou o primeiro canal de esportes ao vivo UHD da Europa no dia 1º de Agosto. A empresa escolheu o console Artemis de 40 faders, devido ao seu grande número de controles em um tamanho pequeno. Além disso, a superfície é familiar a muitos mixers de áudio de unidades móveis, o que minimo o tempo para configuração. “Nosso objetivo é entregar som 5.1 surround de alta qualidade para todas as produções UHD e HD da BT. Mas existem complicações de temporização que vão com a incorporação de áudio e a codificação Dolby E em vídeos 4K que tornam isso complicado”, disse Will Underwood, engenheiro de som da Timeline. “Nós superamos facilmente esses desafios com o console Artemis. Redundância, roteamento Hydra2, e flexibilidade de entradas e saídas fixas e modulares – tudo isso foi importante. A medição de volume e os limitadores ‘look-ahead’ são particularmente úteis em ajudar os engenheiros a chegar aos requisitos EBU R128”, completa. O Hydra2 permite integração rápida e fácil com a infraestrutura da unidade móvel. Mais importante, essa facilidade de integração

se estende à rede Hydra2 existente na BT Sport em iCity, onde três consoles Artemis estão conectados à um roteador central. Além disso, o console Artemis processa facilmente áudio 5.1 e oferece uma redundância excepcional. O UHD1 está contratada pela BT Sport para cobrir eventos esportivos pelo Reino Unido e Europa, incluindo a UEFA Champions League, o Barclays Premier League Football, a Aviva Premiership Rugby e o MotoGP. PA

Grass Valley fornece equipamentos para produção HD para a RIC TV Desta vez foram três câmeras da série LDX 80 e um switcher Karrera K-Frame.

A

RIC TV, afiliada da TV Record no sul do Brasil, está investindo em soluções para produção HD da Grass Valley. Foram adquiridas câmeras da série LDX 80 e um switcher da série S Karrera K-Frame. Esta é a segunda vez em dois anos que a RIC TV adota soluções da Grass Valley para equipar um dos seus estúdios de produção com uma solução HD completa. “Nossa experiência com a Grass Valley nos mostrou que este é o melhor equipamento do mercado para a produção de material HD e para atender às expectativas dos consumidores”, disse André Fronza, gerente de engenharia e tecnologia da RIC TV. “Nós procuramos por fornecedores que entendem nosso negócio e trabalham conosco para adquirir as ultimas inovações para mantermos uma vantagem competitiva no mercado. A Grass Valley tem sido uma parceira de confiança por diversos anos, nos ajudando a crescer e nos manter no topo”, completa. A emissora comprou três câmeras LDX 80 Flex com estações de base XCU e um switcher da série S 2 M/E Karrera K-Frame. A LDX Flex é a câmera de formato único 1080i ou 720p da Grass Valley. Com o programa GV-eLicense, os usuários podem atualizar a LDX 80 Flex para qualquer outra câmera da linha LDX 80, baseado

nas necessidades de produção e de negócio. Os switchers Karrera K-Frame combinam desempenho mid-range com fluxos de trabalho comprovados e controle simplificado das complexas produções para suporte multiformatos, incluindo 1080p e 4K. PA


Estamos orgulhosos de nossos produtos inovadores, de nossas longas parcerias e do novo escritório no Brasil. Venha ao stand n.32 da Eurobrás e conheça as últimas inovações.

VERDADEIRAMENTE CINEMATOGRÁFICA

Para maiores informações entre em contato:

EUROBRÁS

Eurobrás Tel. +55 (21) 2240-3399 Av. Graça Aranha 19/202 eurobras@eurobrastv.com.br 20030-002 - Rio de Janeiro, Brasil www.eurobrastv.com.br

www.ARRI.com/br


P 22

>>

Notícias

Blackmagic Design anuncia o DaVinci Resolve 12 Versão gratuita do software está disponível para download para todos os usuários.

A

goro a versão grátis, DaVinci Resolve Lite, passou a ser apenas “DaVinci Resolve”, e a versão que se chamava DaVinci Resolve foi rebatizada como “DaVinci Resolve Studio” para refletir sua capacidade avançada de edição e colorização, desenhado especialmente para grandes instalações. O DaVinci Resolve 12 é o um software que permite o usuário a editar, fazer o grading, e finalizar projetos em uma só ferramenta. Editores profissionais podem trabalhar de uma forma familiar e confortável em um novo conjunto de ferramentas, e ao mesmo tempo desfrutar da tecnologia de processamento de imagem que só o DaVinci oferece para cortar e finalizar seus projetos com alta qualidade. A linha de tempo, a interface completamente customizável, e atalhos de teclado são familiar e facilitam a mudança para o DaVinci Resolve 12. A solução também inclui novas funcionalidades que até então não tinham sido anunciadas, sendo um deles o suporte para Intel Iris e GPUs Iris Pro. Essa grande atualização exigiu um trabalho intenso de engenharia. O suporte para Intel Iris e Intel Iris Pro melhora drasticamente o desempenho de vários sistemas, inclusive laptops. Essas atualizações facilitarão grandemente o trabalho de editores e coloristas, tanto remotamente quanto ao nível local.

䠀 ㄀㠀 愀渀漀猀 渀漀 洀攀爀挀愀搀漀 搀攀 䌀愀洀瀀椀渀愀猀 攀 爀攀最椀漀Ⰰ 愀 䐀甀瀀氀椀挀瘀椀搀攀漀  甀洀愀 攀洀瀀爀攀猀愀  攀猀瀀攀挀椀愀氀椀稀愀搀愀 渀愀 瀀爀攀猀琀愀漀 搀攀 猀攀爀瘀椀漀猀 攀 搀椀猀琀爀椀戀甀椀漀 搀攀 瀀爀漀搀甀琀漀猀 搀漀 爀愀洀漀  愀甀搀椀漀瘀椀猀甀愀氀Ⰰ挀漀洀 甀洀愀 氀椀渀栀愀 愀洀瀀氀愀 搀攀 攀焀甀椀瀀愀洀攀渀琀漀猀 瀀爀漀昀猀猀椀漀渀愀椀猀⸀ 䄀琀攀渀搀攀渀搀漀 攀洀椀猀猀漀爀愀猀 搀攀 吀嘀Ⰰ 瀀爀漀搀甀琀漀爀愀猀 搀攀 瘀搀攀漀Ⰰ 愀最渀挀椀愀猀 搀攀 瀀甀戀氀椀挀椀搀愀搀攀 䤀最爀攀樀愀猀Ⰰ 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀猀 攀渀琀爀攀 漀甀琀爀漀猀⸀

Com o aumento de clientes que trabalham com mídia de alta resolução e arquivos de câmera RAW nativos, o DaVinci Resolve 12 agora possui a capacidade de criar proxy de mídia otimizada, e também configurações personalizadas de codec e resolução para acelerar o desempenho editorial. O DaVinci Resolve conta com ainda outra novidade, o Smooth Cut Transition, que utiliza algoritmos proprietários do DaVinci para criar transições perfeitas em entrevistas, eliminando a necessidade de cobrir os jump cuts com material B-roll. PA

氀椀渀栀愀 挀漀洀瀀氀攀琀愀 瀀愀爀愀 猀甀愀 瀀爀漀搀甀漀㨀 ⴀ 䰀攀渀琀攀猀Ⰰ 挀洀攀爀愀猀Ⰰ 最甀愀猀Ⰰ 猀眀椀琀挀栀攀爀猀Ⰰ 琀爀愀瘀攀氀氀椀渀最Ⰰ 椀氀甀洀椀渀愀漀 䰀䔀䐀Ⰰ 䐀匀䰀刀⸀      ⴀ 倀漀爀昀椀猀猀椀漀渀愀椀猀 攀 洀漀渀琀愀最攀洀 搀漀猀 攀焀甀椀瀀愀洀攀渀琀漀猀 渀愀 猀甀愀 瀀爀漀搀甀漀⸀

䌀漀渀琀愀渀搀漀 挀漀洀 甀洀愀 攀焀甀椀瀀攀 攀猀瀀攀挀椀愀氀洀攀渀琀攀 琀爀攀椀渀愀搀愀 瀀愀爀愀 愀琀攀渀搀攀爀 愀猀 猀甀愀猀  渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀猀㨀   ⴀ 倀爀漀樀攀琀漀猀 瀀愀爀愀 椀最爀攀樀愀猀    ⴀ 吀爀愀渀猀洀椀猀猀漀 瘀椀愀 椀渀琀攀爀渀攀琀⸀

⠀㄀㤀⤀ ㌀㈀㌀㠀⸀㘀 ㄀  ⼀ ⠀㄀㤀⤀ ㌀㈀㌀㠀⸀㜀㈀㘀㄀ ⼀ ⠀㄀㤀⤀ ㌀㈀㐀㄀⸀㌀㌀㄀㤀 刀甀愀 儀甀愀琀 ⴀ 䨀搀⸀ 搀漀 吀爀攀瘀漀 ⴀ 䌀愀洀瀀椀渀愀猀 ⼀ 匀倀

嘀攀樀愀 愀 氀椀猀琀愀 挀漀洀瀀氀攀琀愀 攀洀 渀漀猀猀漀 猀椀琀攀℀

瘀攀渀搀愀猀䀀搀甀瀀氀椀挀瘀椀搀攀漀⸀挀漀洀⸀戀爀 眀眀眀⸀搀甀瀀氀椀挀瘀椀搀攀漀⸀挀漀洀⸀戀爀



P 24

>>

Reportagem

A SP2 Brazil gerenciou o conteúdo exibido nos dois telões de 103m²

Show de Bola Parceria entre a SP2 Brazil e a Pinnacle Broadcast leva o TriCaster para os principais eventos esportivos do Brasil

B

rasileiro que é brasileiro com certeza já foi ao estádio ver o time do coração jogar. Justamente considerada uma das maiores paixões nacionais, o futebol reúne toda semana milhares de pessoas nos estádios e arenas para acompanhar de perto cada lance decisivo do campeonato da vez. A experiência de visitar um estádio, no entanto, mudou com o surgimento das grandes arenas. Com seus imensos telões e sistemas de som modernizados, as arenas passaram a oferecer outras possibilidades de entretenimento enquanto a bola não rola. Pensando neste nicho, que já é comum fora do país e em outros esportes, a SP2 Brazil, empresa especializada na distribuição de conteúdo para entretenimento durante diversos tipos de eventos esportivos, realizou uma parceria com a Pinnacle Broadcast, distribuidora oficial da NewTek no Brasil. O objetivo era equipar as arenas de três grandes clubes brasileiros e oferecer algo à mais para quem vai ao estádio. A empresa necessitava de uma central de produção completa para entreter os fãs e aumentar seu engajamento dentro do campo, atraindo a atenção do público antes, durante e depois da partidas para os telões digitais instalados nas arenas. Para isso, optou peloTriCaster, um switcher que grava, reproduz, publica e realiza transmissões broadcast e stream ao vivo. O equipamento foi instalado em três arenas brasileiras: o Allianz Parque, do Palmeiras em

Equipe gerencia a participação do público e oferece informações como a escalação dos times.

São Paulo; a Arena do Grêmio, em Porto Alegre; e a Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, no Paraná. Equipes completas com técnico de áudio, locutor, DJ, operadores de câmera, diretores, técnicos de cortes e designers gráficos, trabalham sincronizadamente para oferecer ao público diversas possibilidades. São lances históricos do time, entrevistas com jogadores, possibilidade de interação do público com a internet e pedidos de músicas para o DJ. Além disso, câmeras espalhadas pelas arquibancadas dão a oportunidade do público participar ativamente de brincadeiras e reportagens em tempo real, tudo exibido pelos potentes telões instalados nas arenas espalhadas pelo Brasil.

A escolha certa O TriCaster caiu como uma luva para entregar entretenimento de qualidade durante transmissões ao vivo. O equipamento é um switcher que captura e produz shows e eventos de qualquer tamanho e em qualquer lugar, com ferramentas criativas e de fácil utilização para atrair


Retire sua Amostra Grátis no IBC estande 10.A31

A PURA ESSÊNCIA PARA SUA REDE 24

SDI

DU

not

a CREAM

it‘

s t h

e B RAO

DRE D C A S T E R ‘S

AM

NDAN

C Y <> RE

<> RE

s It‘

M AIS C O N E C T I V I D A D E M AIS F L E X I B I L I D A D E M AIS M E D I O R N E T

DU

CY

TESTED

MADE IN GERMANY

Support NATURE with LESS CABLING

NDAN

STAND-ALONE como um roteador

*20ml creme para as mãos com aloe vera

12x12 (24 x 3G/HD/SD-SDI) com os recursos de processamento

PONTO A PONTO suportando

MESH como um roteador

Mediornet e 2 MADIs / ETH (1Gbit)

24 sinais de vídeo SDI bidirecionais

de audio e vídeo descentralizado

· Esta unidade de alta densidade pode trabalhar com valiosos 24 sinais 3G/HD/SD-SDI · Compatibilidade em Rede testada em projetos com sinais sensíveis · Audio Embedding / De-Embedding Natural Um membro da família MediorNet

· Frame Synchronizer Dia e Noite · Vitalizantes Links 10G Mediornet de alta velocidade para uma flexibilidade e redundância suave

www.riedel.net


P 26

>>

Reportagem

O “Reporco” procura personagens e entrevista a torcida

As ações criadas com o TriCaster, favorecerão não só o espetáculo, mas o público que comparecerá durante os eventos nas arenas espalhadas pelo Brasil

a atenção do público. A primeira experiência dentro da parceria foi realizada no Allianz Parque, casa do Palmeiras. Durante a última partida do time contra o São Paulo no final de junho, o TriCaster gerenciou todo o conteúdo dos telões de alta de resolução, seguindo padrões das principais arenas do mundo. O objetivo de todo o trabalho é manter o torcedor (público) empolgado, como peça participante do evento, aumentando o atrativo para que ainda mais pessoas participem nos próximos eventos. Antes das partidas, diversas atrações agitaram o pré-jogo dos palmeirenses. Além de uma animada seleção de músicas, escolhida de acordo com o perfil do torcedor alviverde, imagens com declarações de jogadores e palmeirenses ilustres, gols históricos e duelos inesquecíveis do Palmeiras apareceram constantemente no telão. Também aconteceu a transmissão ao vivo direto dos vestiários, mostrando a chegada da delegação ao estádio, no entanto, o espaço maior foi destinado aos torcedores. Para agitar a arquibancada antes dos jogos, no intervalo e depois das partidas, a equipe de produção promove ações de entretenimento incentivando os torcedores a cantar o hino do Palmeiras, participar de enquetes e enviar fotos no estádio, tudo isso em tempo real. As seções “câmera do beijo”,“festa no chiqueiro” e “famiglia palmeiras”

O “Reporco” Yuri Magalhães, junto à equipe do Alianz Parque

O objetivo de todo o trabalho é manter o torcedor (público) empolgado, como peça participante do evento, aumentando o atrativo para que ainda mais pessoas participem nos próximos eventos.

são algumas das atrações fixas que empolgam os palmeirenses. Quem comanda tudo no meio da galera é Yuri Magalhães, ator de 23 anos que foi o escolhido para ser o “Reporco”. Na cabine, no último andar da arena, a diretora comanda as ações e mantém comunicação constante comYuri e os produtores no gramado, que ficam em um dos setores do estádio procurando por personagens, além de gerenciar toda a equipe dentro da sala para levantar a torcida e entregar um bom conteúdo. O time de produção que trabalha este conteúdo é reponsável também por itens importantes em uma partida de futebol como, por exemplo, iniciar o hino nacional antes da bola rolar, montar a escalação dos times para ser exibido no telão, indicar os cartões amarelos e vermelhos, juízes e muito mais. “As ações criadas com o TriCaster, favorecerão não só o espetáculo, mas o público que comparecerá durante os eventos nas arenas espalhadas pelo Brasil”, aponta Samuel Hafens, diretor comercial da Pinnacle Broadcast. “O mais interessante, será a entrega de conteúdo personalizado para cada arena e público, fruto da parceria e flexibilidade do equipamento da NewTek para essa finalidade. Essa grande ação com a SP2 Brazil, foca a entrega de conteúdo digital de qualidade e a tecnologia envolvida promete mudar o nível de entretenimento ligado ao mundo do esporte brasileiro”, comenta. PA


Focused on The Future

Entre em contato e conheรงa toda a linha de lentes para Televisรฃo e Cinema da Fujinon

www.fujinon.com | fujinon.brasil@fujifilm.com | Telefone 11 5091 4022


P 28

>>

Especial Rede Globo 50 anos

História de pioneirismo e liderança A TV Globo celebra seu 50º aniversário esse ano. Desde sua inauguração em 1965, a emissora se tornou um dos cinco maiores centros de televisão do mundo e o maior produtor de telenovelas. Nesta edição a revista Panorama Audiovisual rende uma homenagem a todos que ajudaram a construí-la. por Keila Marques, Gustavo Zuccherato, Flávio Bonanome e Fernando Gaio

Roberto Marinho fundou a TV Globo aos 61 anos. Hoje quase 90% da programação da rede é produzida pela própria emissora. São quase 2.500 horas anuais de telenovelas e programas, assim como mais de 1.800 horas de telejornalismo.

A

Rede Globo chegou aos 50 anos com uma estrutura invejável em todo o mundo. Vista em 99,5% dos municípios brasileiros, através de cinco emissoras próprias e 117 afiliadas, ela conta com cerca de 18 mil funcionários e colaboradores envolvidos diretamente na criação de seus programas, como autores, diretores, atores, jornalistas, engenheiros, técnicos e cenógrafos. Pode-se dizer que o seu coração está na Central Globo de Produção (CGP), inaugurada em outubro de 1995 e que é o maior centro de produção da América Latina, com infraestrutura, tecnologia e processos de produção para atender a todas as necessidades na realização dos programas de entretenimento da TV Globo. A central ocupa 1,65 milhão de metros quadrados em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, com três ou mais cidades cenográficas montadas ao mesmo tempo, totalizando 160 mil metros quadrados. São mais de 30 unidades portáteis de produção para gravação das cenas; salas de controle de estúdio; um prédio de arquivo de fitas automatizado e robotizado, com 250 mil cópias; dez estúdios acusticamente tratados, com 8 mil metros quadrados, e avançados recursos de iluminação. Os estúdios dedicados à produção de novelas já disponibilizam tecnologia para gravação HDTV e 4K. Os criadores ainda têm à sua disposição Unidades Móveis de produção, com dezenas de câmeras, ilhas de edição de vídeo e áudio, e estações de pós-produção entre outras facilidades.

Somado a isso, a CGP dispõe de um acervo de figurinos com 56 mil peças e 87 mil itens no acervo de contrarregra. Encravada numa área de Mata Atlântica, mantém um milhão de metros quadrados de vegetação nativa e, em 400 mil metros quadrados, foram plantadas 40 mil mudas de espécies locais no início do empreendimento. Há estações próprias de tratamento de água, esgoto e tintas, sistema de refrigeração menos agressivo ao meio ambiente, gerenciamento dos resíduos e reciclagem. Em São Paulo, o edifício Jornalista Roberto Marinho abriga áreas administrativas e o departamento comercial, a TV Globo São Paulo passou a reunir em um único endereço cerca de 1.500 funcionários de 17 áreas distintas. O edifício conta com 15 pavimentos, sendo um andar de convenções, um auditório para 160 pessoas e um estúdio panorâmico no último pavimento. O edifício também abriga o Globocop, as UMJs (Unidade Móvel de Jornalismo), motolinks para vencer os obstáculos do trânsito da megalópole e cerca de 40 equipes de reportagem que garantem a máxima rapidez na transmissão da informação. Há ainda sistemas portáteis para transmissões ao vivo de trens, ônibus, carros e até motos. A CTRS (Central de Transmissão e Recepção de Sinais) de São Paulo permite a gravação e utilização de até 55 sinais diferentes e simultâneos, de qualquer parte de São Paulo, do Brasil ou do mundo. PA



P 30

>>

Especial Rede Globo 50 anos

O engenheiro por trás do Projac por Flávio Bonanome

Q

uando Adilson Pontes Malta foi convidado para ser o Supervisor Técnico da Engenharia da TV Globo em 1968, ela ainda era somente o Canal 4 do Rio de Janeiro, uma emissora local longe de ser a rede de alcance nacional que se tornou. Malta já trabalhava no setor broadcast, mais especificamente na TV Rio, e foi um dos grandes responsáveis pela transformação da empresa de canal local à cabeça de rede nos anos vindouros. Em parceria com outros grandes nomes da história da televisão no Brasil, Malta fundou dezenas de afiliadas e retransmissoras em todo o Brasil, atingindo a cobertura que fez da emissora a mais importante do país. Como se não fosse o suficiente para grafar seu nome na história da Globo, o engenheiro também foi o principal responsável técnico na implantação do “Projeto Jacarepaguá”, também conhecido como Projac, inaugurando uma nova era em termos de produção audiovisual no país. Panorama Audiovisual: Como era a tecnologia nos primeiros anos de Rede Globo? Adilson Pontes Malta: A TV GLOBO tinha os mais avançados equipamentos do final da década de 60. Transmitia sinais monocromáticos, com cerca de 99% de equipamentos valvulares. O 1% restante era em estado sólido, na forma de uma mistura de válvulas com transistores de germânio e silício, usados na segunda geração dos gravadores de vídeo da AMPEX, em configuração híbrida. Uma ousadia tecnológica na época. Os primeiros equipamentos com processamento digital que recebemos formam os geradores de caracteres, sem acentuação em português e o “Ç”. O chip que armazenava a única fonte alfabética foi fabricado apenas para o idioma Inglês. Mesmo assim, foram usados por várias emissoras brasileiras durante um bom tempo.

PAV: Sabemos que a tecnologia evoluiu muito com o passar dos anos. Em sua opinião a mão de obra técnica também melhorou? Malta: Sem dúvida a mão-de-obra melhorou muito, mas os campos do conhecimento e funções técnicas aumentaram e se fragmentaram. Quando entrei na TV GLOBO só existiam cursos de telecomunicações nas forças armadas. Nas universidades, na maioria públicas, existiam cursos de engenharia elétrica. Naquela época as especialidades se dividiam entre técnicos e operadores de estúdio, os de transmissores e um grupo especializado que cuidava dos gravadores e reprodutores de vídeo no formato quadruplex. No mundo atual do HDTV, 4K, plataformas digitais e a comunicação IP a mão-de-obra foi fragmentada e distribuída por especialidades, por exemplo: projetos e gestão de redes ethernet, manutenção de servidores de dados e vídeo, gestão de conteúdos, entre outras. PAV: Você esteve presente durante a implantação do Projac, um dos mais importantes projetos da história da TV Globo. Como foi este processo? Malta: A primeira versão do Projac data de setembro de 1987 e foi desenvolvida por mim e pelo arquiteto Elio De Nardi. Com o aumento da produção de dramaturgia sustentada por uma infraestrutura muito descentralizada foi necessário elaborar um novo projeto. Fui nomeado pelo Dr. Roberto Marinho em 1983 para o Planejamento e Coordenação do Novo PROJAC, trabalhando com os arquitetos Antônio Carlos Guimarães e Márcio Tomazzini e um exército de colaboradores da REDE GLOBO. A gradeço a família Marinho pela confiança no meu trabalho e por ter me proporcionado a maior realização profissional de toda a minha carreira. PA


Não importa o jeito de assistir...

…estaremos sempre evoluindo com vocês.

Todo o nosso reconhecimento e admiração pelos 50 anos da Rede Globo.


P 32

>>

Especial Rede Globo 50 anos

Presente e futuro da radiodifusão por Flávio Bonanome

“Eu diria que as chances de não haver televisão no ar em 10 anos é altíssima. O espectro vai sendo invadido pela banda larga, que está longe de ter a confiabilidade da TV Aberta para a transmissão”

O

engenheiro Fernando Bittencourt construiu uma carreira de sucesso na área de engenharia da Globo, onde trabalhou durante 45 anos. Ao longo de quatro décadas e meia, Bittencourt participou de grandes avanços tecnológicos na Globo, como a introdução no jornalismo do Eletronic News Gathering (ENG), unidades portáteis dotadas de câmeras leves e sensíveis, transmissores de microondas, videotapes e sistemas de edição, que permitiam o envio de matérias diretamente do local do acontecimento para a emissora. Participou também da implantação da sonorização com o uso de computador, da criação do Projac e do início das transmissões digitais. Em 2014, já como Diretor de Engenharia, encerrou sua carreira na emissora com chave de ouro: foi o responsável pela equipe que montou toda a infraestrutura para a transmissão, em 2014, dos 64 jogos da Copa do Mundo de Futebol. Bittencourt recebeu a Panorama Audiovisual em seu escritório, na Barra daTijuca, onde agora funciona uma empresa de consultoria que leva seu nome. Além dos projetos para vários clientes, o engenheiro é figura constante em debates de tecnologia e nos grupos de trabalho que definem o futuro do broadcast à nível mundial. Panorama Audiovisual: Como foram os primeiros anos de trabalho na Rede Globo? Fernando Bittencourt: Tudo começou em 1969, quando a Globo tinha apenas quatro anos de existência. Era tudo muito difícil ainda, havia equipamentos razoavelmente bons, mas já naquela época o volume de demanda era muito grande e exigia um esforço enorme

do pessoal que trabalhava para que aquilo ficasse funcionando. Era um regime de trabalho muito violento, trabalhávamos demais. Praticamente a vida das pessoas era a Globo porque a empresa não tinha muitos recursos e havia a necessidade de ser líder de mercado. Me marcou muito esta dedicação que o pessoal da época entregava para a empresa. Tínhamos hora para entrar, mas para sair não e muitas vezes dormíamos lá. Quando tinha algum problema sério, enquanto não resolvessemos não podia sair. Dormíamos em um sofá qualquer para descansar, acordar e continuar a tentar resolver. Ainda hoje é uma empresa que demanda muito de seus funcionários, mas é já está bem mais estruturada. Vale destacar que todos nós gostávamos daquilo, dava vontade de entregar esta dedicação porque o trabalho era muito gratificante. A televisão tem esta característica, ela atrai muito porque você vê no ar o resultado de seu trabalho. Aquilo repercute fora da empresa, você sente envolvido. A televisão é um tipo de

“Praticamente a vida das pessoas era a Globo porque a empresa não tinha muito recurso e tinha a necessidade de ser líder de mercado. Me marcou muito esta dedicação que o pessoal entregava“


Especial Rede Globo 50 anos

atividade na qual as pessoas se envolvem muito por conta da suas característica.

P 33

“Quando tinha algum problema sério, enquanto não fosse resolvído não podíamos sair da emissora. Dormíamos em um sofá qualquer para descansar, acordar e continuar até resolver”

e isso sempre foi assim e fazia com que nós nos sentíssemos responsáveis. Se desse certo os louros eram seus, se desse errado, era sua culpa. PAV: Quantas pessoas trabalhavam na engenharia da Globo nesta época? Bittencourt: Em 1969, cerca de 150 pessoas. Para termos uma ideia, quando eu saí em 2014, havia 2.500 funcionários. PAV: Houve uma tradição de desenvolvimento interno de tecnologia para produção? Bittencourt: Sim, isso aconteceu muitas vezes. Desenvolvemos junto com muitas empresas equipamentos exclusivos para a Globo. Um dos exemplos é o Videotape portátil, porque no início a única forma de gravar uma reportagem era com filme de película, o que dava horas de trabalho, em geral a matéria nem ia para o mesmo dia para o ar. Do lado do entretenimento, tudo que era gravado fora

REPRODUÇÃO

PAV: Nesta época, de onde vinha a tecnologia que a Globo usava? Bittencourt: Tinha muita coisa europeia e muita coisa americana. Os japoneses ainda não eram muito fortes nesta área, ao contrário de hoje em que quase tudo é japonês. E era tudo valvulado, o que exigia uma manutenção muito grande. E como eram poucos equipamentos, qualquer um que parasse era um problema sério. Comparado com o panorama atual, a estrutura era precária, a empresa era nova, não tinha todo dinheiro do mundo para poder investir. Esta filosofia de entrega vinha do próprio dono. O Roberto Marinho tinha uma dedicação, uma atenção à empresa muito grande, e ele queria sempre o melhor. Certa vez ele me contou uma história de que quando começou a televisão, ele recebeu uma proposta de uma empresa europeia para equipar a emissora em troca de permuta de mídia. E ele chamou na época o diretor técnico e perguntou se o equipamento que esta empresa fazia era o melhor possível, e não era. Então ele não aceitou a permuta, preferiu gastar o dinheiro e comprar o equipamento que fosse o melhor. Esta cultura de fazer o melhor ficou e foi implantada por ele, sem dúvida nenhuma, a empresa sempre atuou para fazer o melhor, independente se ia custar mais caro ou não, a Globo sempre teve foco em fazer as coisas da melhor maneira. Outro ponto que caracteriza a Globo é o absoluto respeito pelos profissionais. Claro que há os acionistas, mas quem gerencia a empresa, quem decide absolutamente tudo, são os profissionais,

<<

>> JORNAL NACIONAL, 29 DE JULHO DE 1997. PRIMEIRA APRESENTAÇÃO NA TV BRASILEIRA DE LEGENDA OCULTA AO VIVO. >> E A GENTE JÁ ESTAVA LÁ. A Steno do Brasil se orgulha de fazer parte da história da televisão no País em parceria com a Rede Globo. Nosso pioneirismo aliado à tecnologia de ponta - até então inédito na América Latina - proporcionou acessibilidade a milhares de deficientes auditivos, mudando a maneira de se ver e se fazer televisão no Brasil. Parabéns à Rede Globo pelos 50 anos e pelo voto de confiança em fazer parte da sua história.

www.steno.com.br


P 34

>>

Especial Rede Globo 50 anos

Bittencourt: Vivemos várias transições importantíssimas. Teve esta da película para o eletrônico, que foi uma mudança muito grande, porque o jornalismo passou a ser mais ágil e a produção de entretenimento a ter mais qualidade. Isso foi em meados dos anos 1970 e não foi um impacto somente técnico, mas também a forma de produzir mudou. Passamos a ter mais coisas ao vivo no jornalismo, matérias feitas meia hora antes de ir para o ar, a qualidade das novelas que passou a ser praticamente um filme. Depois veio a transição da imagem em cores, que, do ponto de vista técnico, não foi assim tão impactante. Em seguida veio a computação gráfica que permitiu muita inovação no visual, nas aberturas, vinhetas. Isso foi um salto enorme e a Rede Globo e foi pioneira no mundo neste tema. E agora temos a transição da TV Digital que é muito mais do que só transmitir em digital, mas produzir em HD, além do salto da mobilidade com os dispositivos One-Seg. PAV: Você atuava como diretor de engenharia durante todo este processo da TV Digital, como foi o trabalho por trás da mudança?

“Juntos com a Sony desenvolvemos o

do estúdio, precisava de unidades móveis, caminhões gigantes, câmeras enormes, cada vez que saia uma multidão ia atrás. As novelas da Globo eram praticamente todas gravadas em estúdio, não podia ter muita cena de externa. Foi então que, juntos com a Sony, desenvolvemos um videotape que permitisse trabalhar com as câmeras portáteis para poder ir para rua e captar, permitindo dar um salto de qualidade de produção muito grande, porque até então era tudo em estúdio e de repente era tudo em externa e isso foi levando as novelas a um outro patamar. Só quem fazia isso naquela época era Hollywood com película. Claro que nesses casos havia carência para que a fabricante pudesse vender o equipamento aos nossos concorrentes. Outro ponto em que fomos muito ativos tecnologicamente, foi quando começou a TV a Cores em 1970 tínhamos equipamentos produzidos exclusivamente para o Brasil, por conta do padrão PAL-M, e isso exigiu muito esforço nosso porque as empresas de produziam produtos para os mercados delas. Então tínhamos que acompanhar e tutoriar as fabricantes para que eles fizessem PAL-M e que funcionasse. O volume de compra que o Brasil fazia de equipamento não era grande comparado com o resto do mundo, logo ninguém queria produzir nada exclusivamente para o Brasil. PAV: Quais foram as transições tecnológicas mais importantes para a televisão?

“Esta filosofia de entrega vinha do próprio dono. O Roberto Marinho tinha uma dedicação, uma atenção à empresa muito grande, e ele queria sempre o melhor”

videotape que permitisse trabalhar com as câmeras portáteis para poder ir para rua e captar, o que ajudou a dar um salto de qualidade na produção muito grande, porque até então era tudo em estúdio e de repente era tudo em externa e isso foi levando as novelas para um outro patamar”

Bittencourt: Não foi um processo simples. Passamos 10 anos estudando as opções de tecnologias disponíveis, fora a discussão política que foi enorme. Tínhamos de um lado o lobby americano para o padrão ATSC, e outro o lobby europeu para o DVB, mas nós víamos que o ISDB-T era muito superior. Além disso, o “padrão japonês” trazia a possibilidade de mobilidade one-seg, que foi o principal motivo que nos levou a escolhê-lo. Foi um trabalho muito árduo, porque como nós da Globo defendíamos o ISDB-T, muitos setores passaram a se posicionar contra ele. Sempre existiu esta paranóia muito grande de que tudo que a Rede Globo faz é com motivos escusos, como se houvesse uma grande conspiração por trás de tudo. Neste meio tempo, o Governo surgiu com uma ideia de que o Brasil precisava criar o próprio sistema de TV Digital, o que era um absurdo. Este seria uma empreitada de uma complexidade incrível e que não fazia sentido para nós. No final das contas, este esforço acabou rendendo os frutos, pois nós aprimoramos o sistema japonês, até porque na época já se tratava de uma tecnologia com 10 anos de idade, e no final das contas temos hoje o melhor sistema de TV Digital do mundo. A tecnologia sempre foi um diferencial da Globo, então tínhamos que escolher a melhor opção. PAV: Este foi o trabalho mais desafiador de sua carreira? Bittencourt: Sem sombra de dúvida digitalização foi, porque


Novas luminárias com CRI de até 98%, temperatura e luminosidade ajustáveis em um painel LCD, função Mutual Control e diversas tecnologias únicas no mercado Brasileiro.

Iluminação - Baterias

Transmissores - Acessórios

Uma grande linha de equipamentos de alta tecnologia

www.energia.tv As novas baterias BPL passaram de 130Wh para 150Wh e de 190Wh para 230Wh com garantia incondicional de até 18 meses

Linha Premium

Linha Smart

NOVO ENDEREÇO Estrada da Gávea, 696 / 326 - São Conrado - Rio de Janeiro - RJ - 22610-002 - Brasil Telefone: +55 (21) 3344-5555 Email:comercial@energia.tv


P 36

>>

Especial Rede Globo 50 anos

tivemos que transformar toda a infraestrutura, lutar contra os lobbys americano e europeu e até mesmo lutar contra a indústria. Na maioria dos países, quem liderou o processo de transformação da TV foram os fabricantes de televisores, mas aqui, esta indústria nunca fez questão de dar este passo, tivemos que correr contra eles também. Este desafio também foi pesado porque tecnologia de TV não tem volta. Uma vez que a primeira televisão começa a ser vendida com o padrão escolhido, você vai precisar conviver com ele pelas próximas décadas, mesmo que ele não seja o melhor. Foi o que aconteceu com os Estados Unidos que fez a escolha errada com uma tecnologia ruim e estão sofrendo até hoje. A Europa também, que além da tecnologia errada, optou pelo modelo de negócio errado. Os Europeus acharam que o HD não tinha futuro, e o resultado disso é que o padrão deles não suporta transmissão HD, deixando muitos canais em alta definição somente via cabo. PAV: Estas escolhas acabaram acontecendo porque a TV Aberta tem menos popularidade nestes países do que na América do Sul, por exemplo? Bittencourt: Não, acho que foi uma escolha errada mesmo das áreas envolvidas. Na Europa há países onde países de TV aberta é muito popular como Espanha e Inglaterra. A escolha não aconteceu porque a TV já era frágil, foi um problema mesmo de cultura. Os europeus tiveram uma experiência muito ruim antes disso com uma tecnologia chamada HD-MAC que era um sistema de HD por satélite que não deu certo e criou uma ideia de que a alta definição não iria vingar, e isso explica porque eles escolheram a multi-programação ao invés do HD em seu padrão de TV Digital. Nos EUA havia a ideia de que a alta definição era importante, mas errou-se na escolha da tecnologia pela pressa de decidir. No fim das contas o ATSC não é robusto, primeiro porque não faz mobilidade e segundo porque é muito difícil conseguir recepção usando uma antena interna. PAV: Houve algumas destas etapas da evolução que não deu certo?

“Passamos 10 anos estudando as opções de tecnologias disponíveis, fora a discussão política que foi enorme. Tínhamos de um lado o Lobby americano para o padrão ATSC, e outro o Lobby Europeu para o DVB, mas nós víamos que o ISDB-T era muito superior.” Bittencourt: Tudo é sofrido no começo e não funciona, é um processo dolorido. As câmeras portáteis e o videotape mesmo, no começo era uma tecnologia nova que dava muito problema. Toda nova tecnologia gera algo muito interessante, porque você tem toda uma estrutura da empresa já acostumada com a tecnologia dominante. Quando usávamos filme, havia os cinegrafistas, laboratórios de revelação, etc e tudo funcionava. Daí quando começamos a usar a eletrônica, com as câmeras portáteis, elas eventualmente falhavam, e essas falhas eram justificativas para muitos dizerem que não deveríamos investir naquilo, e nós (da engenharia) insistindo que tínhamos que enfrentar aquele problema, porque aquilo ia trazer um benefício muito grande. O novo é algo que começa dando problema, com muita gente contra porque não acreditam ou acham que não vão conseguir acompanhar. O modelo da inovação é sempre assim: um pequeno grupo que é a favor. Um outro grupo que é contra e tem um grupo maior que é agnóstico, ele fica esperando dar o resultado. ATV Digital, no início, só havia meia dúzia de pessoas que acreditavam no modelo, alguns contra e a grande maioria agnóstica. A TV Digital foi muito difícil, as pessoas não acreditavam em HDTV, achava que era luxo para rico, que era caro, que ninguém usava, que a empresa já estava muito bem de audiência e não precisava daquilo. Hoje, se não tivéssemos migrado para a alta definição, já teríamos perdido tudo que construímos para o Cabo e o Netflix.


Especial Rede Globo 50 anos PAV: Qual será o próximo passo nesta evolução tecnológica? Bittencourt: O que temos hoje é o surgimento da mobilidade, dos aparelhos móveis e o grande desafio é produzir para aparelhos 4K, 8K e móveis ao mesmo tempo. A qualidade da imagem é algo que cresce de forma permanente, as pessoas continuam a ver TV na tela grande, seja para ver Futebol, acompanhar uma novela vem feita, etc. O desafio é que agora tem também as telas portáteis e é preciso entender como é que você concilia isso, a produção para a tela grande e ao mesmo tempo ter como interagir com a tela pequena. Há características tecnológicas e de atitude do usuário que são diferentes nas duas telas, e a empresa, como produtora de conteúdo, precisa conseguir conciliar estas coisas. O ideal é um mesmo conteúdo que dá para os dois.

“Quando usávamos filme, havia os cinegrafistas, laboratórios de revelação, etc e tudo funcionava. quando começamos a usar a eletrônica, com as câmeras portáteis, elas eventualmente falhavam e essas falhas eram justificativas para muitos dizerem que não deveríamos investir naquilo”

<<

P 37

PAV: E o material humano, também evolui com o passar dos anos? Bittencourt: Com a evolução tecnológica, nós fomos obrigado a investir muito em pessoal pois a tecnologia de televisão não é algo ensinado nas escolas. Contratávamos os engenheiros e técnicos de eletrônica para trabalhar na Globo, mas eles não tinham conhecimento de televisão. Para isso, sempre tivemos uma estrutura de seleção e treinamento muito forte. O mercado de televisão é pequeno, e as outras emissoras não tinham o nível da Globo, como não tem até hoje, não dava para contratar das nossas concorrentes, como elas faziam o contrário. Sempre fomos formadores de mão de obra. Tínhamos uma estrutura interna que cuidava dos treinamentos e era dado por profissionais próprios da Globo. Nós investimos muito desde a seleção e recrutamento até o treinamento porque é a única forma de suprir a necessidade de gente é investir desta forma. Nós tínhamos muitos estagiários, cursos, viagens, especialmente cursos internos, tínhamos uma estrutura interna que só cuidava disso, e existe até hoje. PAV: Essa carência ainda existe? Bittencourt: Sim, claro que hoje menos, mas ainda é uma tecnologia muito específica e exige que forme as pessoas dentro da emissora. Não tem ninguém que saia da escola pronto para trabalhar na TV, com toda a formação boa que alguém possa ter, leva no mínimo um ano para que consiga trabalhar 100%. PAV: A integração do mundo audiovisual com IP já é realidade? Bittencourt: Sim, já é uma realidade. Hoje 60% da Globo já roda

倀愀爀愀戀渀猀 吀嘀 䜀䰀伀䈀伀 瀀攀氀漀猀 㔀  愀渀漀猀 䄀 䴀攀最愀琀爀愀砀 猀攀 漀爀最甀氀栀愀 攀洀 昀愀稀攀爀 瀀愀爀琀攀 搀攀猀琀愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀攀 猀甀挀攀猀猀漀⸀

⠀㈀㄀⤀㌀㈀㔀㤀⸀㤀㌀㤀㌀ 簀 挀漀洀攀爀挀椀愀氀䀀洀攀最愀琀爀愀砀⸀挀漀洀⸀戀爀  洀攀最愀琀爀愀砀⸀挀漀洀   ⼀洀攀最愀琀爀愀砀 䀀洀攀最愀琀爀愀砀


P 38

>>

Especial Rede Globo 50 anos

em infraestrutura IP e caminhando para os 100%. A estrutura de TI e engenharia já está unificada. PAV: Então o engenheiro de TV vai se tornar profissional de TI? Bittencourt: Aí é que está, a tecnologia é mais ou menos a mesma, mas com aplicações muito diferentes. Então a cabeça do profissional deTI tem que ser focado no que ele pode fazer para melhorar a gestão da empresa, que é muito diferente do profissional de broadcast que quer botar uma novela no ar. A cabeça é outra, não pode ser a mesma pessoa. O job precisa ser dividido porque se não alguém vai sair perdendo. Não há alguém que consiga se dedicar a coisas tão diferentes ao mesmo tempo. PAV: Existe futuro para a televisão? Bittencourt: Não acredito no fim da TV, o espaço dela com conteúdo de alta qualidade não vai acabar nunca. Claro que sempre mais focada em conteúdos ao vivo, como esporte, jornalismo e eu diria que as novelas que a Globo faz, ou melhor dizendo, no estilo Globo, são um conteúdo para atender televisão, porque ela tem uma característica de instantaneidade. Elas são feitas para serem vistas por milhões ao mesmo tempo. Se você não assistir aquele capítulo, você não consegue conversar com as pessoas no dia seguinte no escritório. Então para mim este é um estilo que vai continuar na televisão. O que já não faz sentido é filme na televisão. PAV: E o modelo de transmissão aberta, prossegue existindo? Bittencourt: Este é um problema que nós temos. Estamos para terminar a TV Analógica, e o ISDB-T é um sistema fantástico, mas já está há 8 anos no ar com uma tecnologia que tem o dobro disso. Então, o ideal seria que pudéssemos iniciar uma outra tecnologia de transmissão pelo ar como opção para as pessoas, uma ideia muito focada em mobilidade, mas também para a recepção fixa em casa. As pessoas não devem ser obrigadas a assinar cabo. Eu acredito que há espaço para conteúdo linear, então o ideal é que haja condições de iniciar uma nova tecnologia, mas o problema é que não tem espectro. As frequências da TV analógica estão sendo enviado para a Telecom, cujo modelo não é broadcast. Mesmo se esteja transmitindo vídeo pela banda larga, trata-se de um conteúdo individualizado, com um grande consumo de banda. Eu acho ideal é que parte deste espectro que é ocupado hoje pela TV analógica fique reservado para novas tecnologias de transmissão terrestre. Tenho consciência de que esta é uma briga grande porque as Telcos querem espectro e tem tecnologia disponível, até porque, eles têm condições de evoluir rapidamente. Tivemos 3G, 4G, em breve 5G e enquanto isso a TV Aberta continua estacionada. Agora, com relação ao espectro da TV Aberta, o que eu acho é que não tem espaço é para 25 canais de no ar, como tem em São Paulo e

“Acho que agora já existe maturidade suficiente para que se tenha um único padrão de TV digital no mundo, mas novamente, o problema não é mais a tecnologia, é espectro O ATSC 3.0 está caminhando para ser um padrão mundial, mas não temos como colocá-lo no ar nos Estados Unidos”

no Rio de Janeiro. Isso é um problema político sério, porque quem é que vai dizer para A, B ou C que eles precisam sair do ar podermos testar tecnologias novas? No longo prazo, com as pessoas todas conectadas, não há mais sentido haver canais no ar transmitindo para meia dúzia de pessoas. Hoje a pessoas ainda não estão 100% conectadas, mas em 10 anos estarão e dai estes canais não precisam mais estar no ar, eles podem para cabo ou banda larga e deixar o ar para as empresas que podem colocar e que justificam conteúdos neste formato, ou seja, conteúdos de massa e de alta qualidade. Isso é um problema político sério que o governo e as empresas precisam enfrentar. A TV precisa continuar evoluindo tecnologicamente, caso contrário a sociedade vai perder. PAV: Este cronograma de evolução pode acabar atropelado pelo lobby das Telcos? Bittencourt: Claro que sim! Se alguém não tiver esta visão, e a sociedade perder a TV Aberta, vamos todos sair perdendo. Eu entendo que não há necessidade de mais do que 5 ou 6 canais de televisão no ar com altíssima qualidade. Até porque a próxima geração de tecnologia não vai dispor de todo o espectro que temos hoje para radiodifusão. PAV: O senhor é um dos participantes do desenvolvimento do ATSC 3.0. Você o vê como um padrão global de TV Digital? Bittencourt: Sim, acredito nisso, seria o ideal. Acho que agora já existe maturidade suficiente para que se tenha um único padrão, mas novamente, o problema não é mais a tecnologia, é espectro. O ATSC 3.0 está caminhando para ser um padrão mundial, mas não temos como colocá-lo no ar nos Estados Unidos. Não dá para trocar em tempo real porque as pessoas estão usando o padrão atual, e não há faixa de frequência para colocá-lo em paralelo. Eu já questionei isso várias vezes nas reuniões do ATSC e ninguém sabe o que responder. O Brasil já perdeu o espectro dos 700 Mhz. Nos EUA já perderam este e vão perder mais uma faixa. Eu diria que as chances de não haver televisão no ar em 10 anos é altíssima. O espectro vai sendo invadido pela banda larga, que tem uma característica diferente de transmissão, mesmo de vídeo. A banda larga está longe de ter a confiabilidade da TV Aberta e para atingir uma maturidade capaz de atingir o que a TV Aberta atinge hoje de abrangência em largura de banda, leva pelo menos mais 50 anos. PA


Vimos você nascer, crescer, se desenvolver com perseverança, profissionalismo e equipamentos da mais alta qualidade e tecnologia

À TV Globo e suas afiliadas

parabéns pelos 50 anos de sucesso

Eurobrás • desde 1962 (21) 2240 3399 | www.eurobrastv.com.br


facebook.com/churchtechexpo

ChurchTech_Expo

facebook.com/panoramaaudiovisualshow

Panorama Show

www.panoramashow.com.br

www.churchtechexpo.com.br

Reserve seu espaço contato@vpgroup.com.br +55 11 2424.7720 • +55 11 9.7563.2030

Mídias oficiais


TECH

CHURCH EXPO SOLUÇÕES PARA TEMPLOS E IGREJAS

2016

De 31 de maio a 2 de junho de 2016

Evento simultâneo

show

Mídia sem limites. Audiência sem fronteiras.

Organização


P 42

>>

Especial Rede Globo 50 anos

Primeiros passos com o 4K e a experiência 3D

A variedade de cores e movimentos são ideais para testar novas tecnologias de captação

O

Carnaval é o acontecimento cultural brasileiro mais conhecido no exterior. As suas características únicas de duração, quantidade de pessoas, beleza, musicalidade e encenação criam as condições ideais para provar as capacidades de qualquer tecnologia numa situação ao vivo e de extrema pressão. A proximidade da TV Globo com os fabricantes de equipamentos e o interesse de ambos nesta prova de fogo completam o cenário. Como já aconteceu com as primeiras câmeras HDTV que chegaram ao país, em 2012 e 2013 foi a vez de modelos 3D e 4K serem colocados na linha de frente. Praticamente todos os fabricantes de câmeras forneceram os seus lançamentos para trabalharem lado a lado nestes testes. Parte do resultado, como a produção 3D, pôde ser vista pela TV paga e outra parte, especialmente os materiais em 4K, em eventos e congresso internacionais. O primeiro deles foi a NAB 2012.

Produção 3D Em 2012, a Panorama Audiovisual conversou sobre a produção em 3D com José Dias, um dos pioneiros da engenharia na TV Globo e que esteve a frente de projetos de vanguarda envolvendo, por exemplo, o uso de cenários e gráficos virtuais. Ele conduziu as avaliações sobre o emprego de imagens tridimensionais na televisão e as suas implicações. Dias lembrou que 2012 foi o terceiro ano de transmissão do sinal 3D do Carnaval pela empresa de TV a cabo NET, mas que a Globo já estudava a tecnologia a bem mais tempo. Questionado sobre a transmissão pela TV aberta, ele afirmou “se formos transmitir (o 3D) pelo ar, nós perderemos muita qualidade em HD e não queremos trabalhar dessa maneira. Existem técnicas em estudo para conseguirmos transmitir pela TV aberta, mas elas ainda não foram finalizadas”. O tempo mostrou que ele tinha razão e hoje esta tecnologia anda meio esquecida. O engenheiro explicou que, o caminho ainda é usar um canal de-

dicado, em distribuição fechada ou aberta. “Se houver outro canal, obviamente você vai ter mais banda dedicada apenas 3D, o que é Red Dragon capta cenas do ao Êxodo a condição ideal, mas que não existe hoje. No em futuro, existirá a posdo Egito retratadas Os Dez Mandamentos. Michel Angelo sibilidade de transmitir o estéreo 3D e o HDFoto: com limitação de banda.” Sobre o particionamento do canal de 6MHz disponível para as emissoras de TV fazerem a transmissão aberta do sinal digital, Dias esclareceu as possibilidades que estão em estudo: “Hoje nós usamos 16 Mbits/s para transmitir o sinal HDTV. Se baixarmos o HD para 10 ou 09 Mbits/s, usaremos 3D no espaço restante. Outra técnica, um pouco mais sofisticada, que é empregada hoje no Blu-ray, chama-se Multiview Video Coding (MVC), e otimiza bastante o processo de reprodução. Se utilizássemos essa técnica, nós poderíamos transmitir o HD usando 12 Mbits/s e a diferença em 4 Mbits/s. Você não precisaria ter um quadro idêntico para o segundo canal. O televisor que for apenas HD recebe esse sinal e mostra a imagem HD, enquanto o televisores que forem 3D e tiverem implementada a tecnologia MVC, vão pegar essa diferença para criar outro canal (estéreo). Ele vai subtrair a quantidade adicional com um algoritmo que consegue analisar as diferenças que existem entre uma imagem e outra e transmitir só a diferença”. Na aplicação do Multiview Video Coding, o sinal principal fica com 63% da banda, e o sinal diferente fica com 23% da banda. Estes 86% da banda correspondem exatamente aos 16 Mbits/s usados pela transmissão HDTV feita hoje. Os 14% restantes (4 Mbits/s) são usados para transmissão do canal One Seg, interatividade, testes e outros serviços. “Essa seria uma coisa próxima do real, para se conseguir transmitir HD e 3D. Obviamente, transmitir um canal em 3D seria o ideal. Eu também gostaria de ver o 3D num canal de uma operadora, para o telespectador usufruir efetivamente da TV 3D e trabalhar o mercado de merchandising com criações em paralaxe



P 44

>>

Especial Rede Globo 50 anos

negativo (imagens ou objetos que parecem sair da tela). Assim nós teríamos as imagens em paralaxe positivo, que não cansa, e as inserções e gráficos sairiam da tela. Isso daria uma força muito grande ao produto”, diz. O engenheiro acrescentou que a experiência da técnica de paralaxe nos desfiles de carnaval de 2012 foi feita com o uso das mais de 30 câmeras HD, usadas na transmissão para a TV oficial e que são convertidas e combinadas com as imagens de seis câmeras 3D (imagens full 3D). Os merchandisings dos patrocinadores em paralaxe negativo são aplicados sobre as imagens do desfile. A emissora usou rigs de câmeras lado a lado com lentes de 500mm, câmeras mais leves com lentes geminadas, uma câmera com capacidade de super slow motion para gerar até 800 quadros por segundos (For-A) e uma handycam montada numa steadycam.

A TV Globo tem um longo histórico de estudos sobre a transmissão em 3D e fez alguns testes no carnaval do Rio de Janeiro, que foi transmitido em circuito fechado e pela NET. Hoje o 3D é um assunto secundário nas transmissões ao vivo e não atrai tanto interesse quanto 4K e o 8K

Convergência e gráficos Em ambientes pouco controlados, cresce a preocupação com o controle local e remoto de cada câmera, ainda mais quando há modelos e fabricantes diferentes lado a lado. “Quando você trabalhar com estéreo, precisa levar em consideração todo o processo de distância interocular e convergência, por isso, para cada câmera existe um assistente de pulling, um auxiliar que fica na central técnica. Quando o cameraman faz o zoom num objeto, criando o 3D, nós controlamos (a convergência) para haver coerência com o paralaxe positivo e negativo, de modo a não ultrapassar determinados limites que cansem os olhos”. Já nos objetos gráficos, criados com antecedência, o processo é outro. Eles são gerados com o paralaxe certo e não precisam desse controle. Na hora de exibir, é só disparar o arquivo. Neste momento é que precisa ser controlado o paralaxe da câmera. Em 2012, foram necessários três operadores de pulling para os conjuntos de câmeras Sony montadas em rigs. Nestes casos a operação é mais complicada, porque o diretor de TV não pode cortar uma imagem antes de o assistente de pulling preparar o paralaxe. Já nas câmeras com lentes geminadas, JVC e Panasonic, o ajuste do ponto de convergência foi feito pelos próprios cinegrafistas. “Eles simplesmente escolhem o objeto e ajustam. É meio automático”, explicou Dias.

Publicidade virtual Nos testes com 3D, as imagens de quase 40 câmeras HD foram convertidas e combinadas com as imagens de seis câmeras 3D, com paralaxe positiva, enquanto o merchandisings dos patrocinadores saia da tela com a paralaxe negativa

Muito antes de o 3D estar disponível na captação, a TV Globo já desenvolvia cenários, gráficos e animações tridimensionais nas suas produções. O mesmo aconteceu com a publicidade virtual, muito frequente nas transmissões esportivas. Com a chegada dos televisores 3D, estas criações ganharam ainda mais importância. “Nós temos uma área dedica a publicidade virtual, onde mapeamos tudo antes (no local do evento) de inserir os objetos”. José Dias começou a desenvolver e operar as criações virtuais para publicidade em 1995. Em 2002, quando a tecnologia já estava madura, a equipe que estava sob a sua jurisdição ganhou espaço para tocar o trabalho sozinha. “Quando eu termino o desenvolvimento, entrego para turma operar”.

Experiência

Nas gravações em 3D e 4K, a preocupação com o foco é redobrada, por isso as câmeras começam a ganhar o apoio de um foquista, algo que só existia no mundo do cinema

Sobre o desempenho das câmeras 4K, Dias elenca alguns dos pontos críticos observados: “acho que mesmo numa câmera 4K, o preto ainda não é um preto absoluto. E o foco geral também precisa ser cuidado. A câmera que testamos tem um foco muito bom, mas é muito complicado usá-la, por exemplo, com esporte. Quando você está acompanhando o jogador, é muito difícil você conseguir manter o foco. As lentes também precisam ser melhoradas para esse processo e o preto absoluto tem que ser ainda levado em consideração, além dos monitores OLED por causa do dynamic range”. Assim como no 3D, a transmissão no 4K em TV aberta é algo distante. “Vamos



P 46

>>

Especial Rede Globo 50 anos

Quando o 3D estava em voga no carnaval do Rio de Janeiro, o controle da paralaxe dos três conjuntos de câmeras montados em rigs foi feito na central técnica

Os estudos com 4K e 3D conduzidos pelo diretor da Rede Globo José Dias têm grande impacto na programação da emissora

precisar de outro codec e inventar uma solução que consiga levar essa quantidade de dados até casa do espectador e recupera-las de uma forma subjetiva boa”. A equipe envolvida nos testes também colocou lado a lado câmeras 2K e 4K para avaliar o resultado final das imagens, após a correção de cor e edição. “Precisamos reunir umas 200 pessoas numa sala para saber se, subjetivamente, elas conseguem notar a diferença. Isso é necessário, porque as diferenças só se apresentam em telas muito grandes, como a de cinema, embora os japoneses acreditem que logo nós teremos telas de televisão de 120 em casa”.

Cobertura de fôlego A produção de carnaval da Rede Globo é sempre uma grande operação. Milhares de profissionais são mobilizados em todo o país. Os números variam, mas em alguns anos chegam a ser usadas mais de 30 câmeras ao longo da avenida, além de gruas e unidades móveis de transmissão, sendo uma apenas para o áudio. No recuo da bateria, microfones são posicionados para captar todas as

No carnaval de 2012, as imagens 3D vinham de rigs de câmeras lado a lado, com lentes de 500mm, câmeras leves com lentes geminadas, uma câmera para super slow motion e uma handycam montada numa steadycam

batidas e ao longo das arquibancadas mais dez microfones para captar as reações do público. São algumas toneladas de equipamentos. No Rio de Janeiro, a estrutura é maior. Localizado na dispersão da apoteose, por exemplo, o ‘Estúdio Globeleza’, entra em ação ao final da apresentação de cada escola de samba, com especialistas que analisam o desempenho das escolas. No estúdio, um telão exibe os melhores momentos e links com repórteres que estão na avenida, mensagens de internautas e notas dos telespectadores. Na avenida, trilhos conduzem as câmeras acima da arquibancada da Apoteose, caminhando entre as escolas ao longo do desfile, enquanto uma grua garante a movimentação em meio a passagem dos carros e foliões. São usadas cerca de 40 câmeras, incluindo as versões sem fio. No ar, um ou mais helicópteros completam a captação. A TV Globo Internacional leva a folia para além das fronteiras do país. Os desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e de São Paulo, chegam à casa dos assinantes do canal internacional, espalhados por mais de 100 países nos cinco continentes. PA



>>

Especial Rede Globo 50 anos

Imersão com 4K

P 48

O diretor de tecnologia Raymundo Barros e o diretor de novelas Luiz Henrique Rios conduziram os primeiros testes com a câmera 4K em eventos ao vivo

E

m 2012, a Panorama Audiovisual também conversou com o diretor de tecnologia Raymundo Barros e o diretor de novelas Luiz Henrique Rios. Eles deram detalhes sobre a experiência de trabalhar em 4K. As gravações também foram feitas durante o Carnaval do Rio de Janeiro e as imagens foram exibidas na NAB 2012. Para começar, eles contaram que na época não foi fácil manipular a quantidade tão grande arquivos gerados pela câmera. “Nós ainda não temos workflow para abrir os arquivos de uma câmera de 60P (4K). O workflow que conhecemos é aquele que podemos buscar no cinema. O 60P ainda está em desenvolvimento”, conta Luiz Henrique Rios. Foi por isso que a emissora decidiu captar parte das imagens em 24P, que pode ser passar por correção de cor ser corrigido internamente, e parte em 60P. “Não chegamos a produzir em paralelo, mas fizemos o mais próximo possível uma da outra. Nós gravamos uma escola de samba em 24P e a outra em 60P. O material em 60P vai para o Japão para ser aberto e editado com o EDL que enviamos. Esta parte do material tem uma história com o conceito “nessa terra, essa gente produz essa festa”. Não tem texto, só som e imagem para ser projetado no mundo todo”, diz Rios.

Volume brutal Segundo a equipe da TV Globo, o fluxo de produção proposto pela câmera Sony F-65, usada na ocasião, tem um volume de dados tão “monstruoso”, que as plataformas convencionais de edição não davam conta. Isso exigiu recursos diferenciados, que permitiram pudesse fazer a gradação de cor e edição. “Fizemos um processo off-line e um on-line bem proprietário. Não é algo que você consiga comprar no mercado. Foi uma sacada feita do grupo de pesquisa e desenvolvimento da Central de Pós-Produção daTV Globo. Foi uma parceria entre arte e tecnologia”, explica Raymundo Barros. Para cada minuto de gravação foi gasto uma hora de renderização e mais uma hora de exportação para mudança de formato, por conta da quantidade de padrões envolvidos, como o F65 Pro Data. “Esse conteúdo precisa ser importado, editado, passar pelo color grade e exportado para um padrão que os projetores e televisores 4K consigam entender”, diz Barros.

Em relação ao material HD, o tamanho do arquivo em 24P é 4 vezes maior. Em um cartão de 512 Gb, em 24P, são gravados 27 minutos. Em 60P são 12. “Eles disponibilizaram uma quantidade grande de cartões e fizemos uma divisão para poder gerar os arquivos em 24 e 60P. Foi um trabalho de planejamento muito grande, pois era como no tempo dos filmes de rolo, que saiamos com a quantidade de latas necessárias para o dia”, completa Luiz Henrique Rios. Havia um sistema de ingest em servidor array ligado a uma rede 10GbE no sambódromo, que recebia o material diário em arquivos RAW dos cartões e que precisava ser esvaziado para estar livre no dia seguinte.

4K 24P Ao contrário dos estúdios de Hollywood, nos primeiros contatos com o 4K, a emissora não estava preparada para o volume de dados gerado pelas gravações, mesmo em 4K 24P. Isso exigiu a criação de um fluxo com as soluções disponíveis internamente e entre os fornecedores, que dessem condições de criar um clipe. “É uma colagem de tecnologias e plataformas que permitiu sair de uma câmera F65, que grava num cartão de memória, num conteúdo e num formato totalmente novo e entrar no workflow dentro do centro de pós-produção da TV Globo, usando os recursos que temos para todos os processos intermediários, até criar o pacote DCP (arquivo usado nas exibições de cinema digital)”, detalha Raymundo Barros. O clipe criado pelo diretor Luiz Henrique Rios para o evento da TV Globo tem 5 minutos e 15 segundos e há outro de 9 minutos e 17 segundos. “São imagens diferentes, para a NAB o foco era 60P e nós só transferimos para hard disk, sem entrar no processo de edição. Nós apenas criamos um EDL para apoiar a edição feita no Japão”, diz Barros.

Resultado dos testes A chegada da F-65 era muito aguardada e aconteceu pelas mãos de três técnicos da Sony que acompanharam o processo de configuração. Foram dez dias entre a chegada do equipamento e o carnaval, que também serviram de aprendizado técnico e operacional para o que viria pela frente. Pelo lado estético também houve muita informação nova. “As imagens noturnas ficaram muito perto do Super 35. Você tem uma capacidade de ler a luz que é incrível. São 16 diafragmas, numa relação



P 50

Especial Rede Globo 50 anos

>>

campo focal se reduz um pouco. No 24P eu tenho um campo focal de 20 metros, mais ou menos, e lá eu começo a ter um campo focal de 8 a 9 metros e começa a ir para o infinito”, detalhou Rios.

De HD para 4K

Nos primeiros testes com 4K, a câmera escolhida foi a Sony F-65, que gerava um volume de dados superior ao que as plataformas convencionais de edição poderiam processar

A evolução da TV não terminou no HDTV, na TV Digital e no padrão SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital). “O mundo evolui agora numa velocidade muito maior do que a que houve entre o PAL-M e o SBTVD. As demandas por qualidade vêm naturalmente do próprio consumidor, quando ele começa a ter acesso a outras mídias que estão entregando HD pela internet. Enquanto isso, o Japão já vem trabalhando no padrão de ultra high definition, em 8K, para entrega-lo gratuitamente pela radiodifusão aberta na casa das pessoas. Nós temos que começar agora o que fizemos em 1994 (com o HDTV) e começar a discutir qual é o futuro da TV aberta, e esse futuro passa necessariamente pela ampliação da qualidade oferecida, porque nenhum outro meio de distribuição vai conseguir dar esta qualidade gratuitamente na casa das pessoas. Então a nossa disputa aqui é, primeiro, gerar um aprendizado interno, dentro da TV Globo, para produzir dentro desse workflow, ainda que eu tenha que ‘down converter’ para exibir em um canal HD. Agora precisamos fazer com que as pessoas entendam que o padrão do HDTV tem uma vida útil, como qualquer tecnologia, e as tecnologias para substituí-lo já estão aí”, detalhou Barros. Barros lembrou que a combinação de 4K em 3D também foi avaliada pela empresa. “Nós precisaremos pensar numa solução, num novo padrão, na evolução do padrão brasileiro de TV Digital e na necessidade de espectro para eventualmente um simulcast no futuro. Tudo isso está em aberto”, analisou.

Parcerias na distribuição

Apesar dos mais de um milhão de televisores 3D vendidos no Brasil logo nos primeiros anos da tecnologia, a experiência não prosperou na TV aberta

de claro e escuro gigantesca, basicamente a mesma relação do cinema. São dois diafragmas a menos que o olho humano. Com ela também começamos a perceber que precisaríamos mudar as relações de tempo, pois com mais informação, o plano pode ser mais apreciado por mais tempo. Nós saímos de 3 segundos, em média, para 9 segundo e meio por plano. Houve uma série de buscas e descobertas, ainda muito incipientes porque é a primeira experiência”, comentou Rios. “Para ela ter esses 16 diafragmas e me dar um ‘stop’ a mais de luz na noite, ela tem uma densidade no preto e uma latitude para o branco que é muito maior do que a experiência anterior com a F-35. Assim eu chego num ‘preto-preto’ e num ‘branco-branco’. Entre 100% e zero, o setup usado vai de 3%, que é o preto, aos 98%, que é o branco. Eu só não fui além porque não tinha visto a imagem. O resultado no vídeo é uma situação que eu só conseguiria reproduzir na película”, complementa. “Nós já estamos trabalhando há algum tempo com F-35 nas externas, que usa a arquitetura ótica do cinema, com a preocupação com o foco. Obviamente, quanto mais densa a imagem, quanto mais definida ela é, mais crítica vai ser a sua relação focal. Nas novelas, nós já mudamos o processo de foco e com esse equipamento nós já fizemos os testes com um foquista. Eu não sei como seria trabalhar sem ele, porque o viewfinder não entrega essa relação (entre preto e branco), por melhor que ele seja. Na minha experiência, sem ver o resultado final, me pareceu que no 60P a questão do foco fica mais crítica (que o 24P), porque me parece que o

A Rede Globo e a operadora de TV a cabo NET tiveram durante alguns anos um acordo para exibição ao vivo em HD 3D dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Em 2010, a parceria entre as duas empresas garantiu a primeira transmissão ao vivo e em 3D do país, exclusivamente no Rio de Janeiro. Já em 2011, foi feita a primeira transmissão nacional com esta tecnologia, expandindo a experiência para outras cidades com cobertura da NET. A repercussão das ações anteriores viabilizou mais um ano de transmissões. Em 2012, o evento contou também com o apoio da LG. “A transmissão em HD 3D proporciona uma experiência muito mais emocionante e envolvente para quem já temTV 3D em casa. Levamos ao assinante a sensação única de assistir aos desfiles da Sapucaí como se estivesse entre as alas, passistas e ritmistas”, analisou Márcio Carvalho, diretor de Produtos e Serviços da NET.

Produção e distribuição A transmissão contou com 40 câmeras HD e seis câmeras 3D nativas. As imagens das câmeras HD forma convertidas em 3D nas seções não cobertas pelas câmeras 3D nativas, que tiveram preferência na edição das imagens. A estrutura existente na transmissão da TV Digital foi aproveitada para a 3D. “Os dois sinais gerados, do olho direito e olho esquerdo, forma combinados em um único canal com imagens exibidas lado a lado. Dessa forma, enviamos o sinal como se fosse um canal HD da NET”, detalha o diretor de Novas Mídias da Rede Globo José Dias. “Os consumidores estão demandando, cada vez mais, uma qualidade superior de imagem e novas experiências através de telas de TV. A tecnologia 3D viabiliza uma experiência muito diferente, com sensações e percepções capazes de levar o cliente para dentro da tela”, afirmava Márcio Carvalho, da NET. Com o passar do tempo, entretanto, os custos envolvidos, entre outros aspectos, fizeram com que estas transmissões fossem deixadas de lado. PA


13 Anos Bateria Broadcast Divisível

BPL-130V-2 A única bateria com

24 meses de garantia!

*

63Wh + 63Wh de capacidade

*Válida somente para compras sem desconto.

Luminária On-Camera

LED ONE BI-COLOR A primeira luminária de LED on-camera com CRI 97

CRI 97 60°

2700K ~ 5600K

1300 lux @ 1m (sem lentes) 4000 lux @ 1m (com lentes)

www.mci.tv

contato@mci.tv

(85) 3254-4700 (21) 3500-6195

facebook.com/MciStore


P 52

>>

Especial Rede Globo 50 anos

Experiências com 8K

A NHK é líder no desenvolvimento do 8K e mantém estreito relacionamento com a TV Globo

E

m 2013, a Globo realizou demonstrações da tecnologia 8K ou UHD (Ultra High Defintion) que proporciona imagens 16 vezes mais nítidas que o HDTV(High Definiton). Em parceria com a emissora pública japonesa NHK (Nippon Koso Kyokai), a apresentação aconteceu no Projac, Rio de Janeiro, e apresentou cenas do carnaval 2013. As duas emissoras mantém uma relação estreita com as novidades tecnológicas desde 2000, após terem sido realizados os primeiros testes do padrão japonês de TV Digital (ISDB-T), sistema adotado no Brasil. Hoje em dia, a parceria se estende também nas experiências dos profissionais. “Temos engenheiros que fazem programas de intercâmbio na NHK e equipes japonesas que trabalham conosco em experiências, como, por exemplo, no carnaval deste ano”, afirmou à época Raymundo Barros, diretor de engenharia da emissora. O formato 8K está em desenvolvimento no Japão, sob a liderança da NHK. Os planos da equipe japonesa é que em 2016 haja testes de transmissões via satélite para o público e em 2020, a previsão é começar a transmissão de TV aberta com o UHDTV. Em termos de tamanho e taxas de transmissão, um sinal em HD convencional e sem compressão tem 1,5Gb/s (gigabits por segundo). Já o sinal 8K pode chegar a 200Gb/s, em sua resolução máxima, que são 7680x4320 pixels. Este maior número de pontos favorece as telas maiores que chegam ao mercado, com um conforto visual ao espectador quando posicionado próximo ao monitor - a uma distância de apenas 0,75 vezes a altura do display. Já

o televisor Full HD necessita de uma distância três vezes maior que a tela. Por estar mais próximo ao equipamento, o espectador fica “imerso” nas imagens, e a sensação de envolvimento é intensificada pelos 22.2 canais de áudio disponibilizados pela nova tecnologia, diferente dos 5.1 do padrão atual. A Globo já trabalha com arquivos 8K para efeitos visuais. “Algumas das nossas cenas de novelas e séries têm efeitos visuais que dependem de bases de imagens capturadas com resolução 8K. Estes efeitos, conhecidos como digital backlots, ambientam uma cena da novela em locações para as quais não precisamos levar os atores. Para conseguir este realismo, as imagens precisam de altíssima resolução”, explica Raymundo Barros. Sobre a evolução das novas tecnologias, Raymundo lembra que será um processo mais ágil em relação à migração do SD (Standard Definition) para o HD . “Não há como repetirmos a história da TV analógica no Brasil, que levou 40 anos para implantarmos uma nova geração tecnológica. Nós viramos de SD para HD “com o avião voando”. E viraremos do HD para o 8K da mesma maneira”, lembrou. PA



Globosat lança aplicativo com conteúdo 4K

P 54

>>

Especial Rede Globo 50 anos

A

Sony e a Globosat fecharam neste ano uma parceria em tecnologia para oferecer conteúdos em 4K na linha de smart TVs da Sony. Se trata do lançamento do aplicativo Globosat Play 4K, disponível na loja de aplicativos da Sony. O aplicativo garante acesso a uma série de programas dos canais GNT, SporTV, VIVA, +Globosat, Telecine e OFF de forma completamente gratuita ao usuário final. Dentre as atrações disponíveis há programação sobre esportes radicais – como a Copa de Skate Vertical, por exemplo -, além de ficção, natureza, música e viagem. Entre os filmes, há grandes sucessos, como Mercenários 3, e

séries, como Guitear Center Sessions, que conta com a participação de grandes nomes da música. A empresa promete atualizar o acervo gradativamente. O aplicativo está disponível apenas nos modelos 2014 e 2015 da linha de Smart TVs Sony XRB. É recomendado uma conexão à internet de 30 megas ou superior, para evitar travamentos. Apesar de ainda não ser possível a transmissão de conteúdo 4K através de broadcast no Brasil, essa parceria demonstra que já é possível monetizar esse conteúdo através da internet. Com o aplicativo, abrem-se as possibilidades de venda de publicidade, além, é claro, de incentivar a assinatura de conteúdos da Globosat e a venda de TVs da Sony. PA

Com a expansão da base de clientes com telas de TV 4K, a Globosat tem investido na promoção de conteúdos com esta qualidade


Transmitimos nossos parabéns em alta definição para a Rede Globo pelos seus 50 anos de história.

+55 11 3889.2696 | info@casablancaonline.com.br

www.casablancaonline.com.br


P 56

>>

Especial Rede Globo 50 anos

A perfeição está nos detalhes

Escultores de próteses, costureiras, camareiras, figurinistas, aderecistas, designers gráficos e maquiadores caracterizaram a personagem

U

m dos aspectos fundamentais na qualidade da produção exibida pela TV Globo é percebida na atenção dada ao áudio, algo que se tornou bem mais complexo com a chegada do 5.1. Em palestra proferida por Rodrigo Meirelles, Supervisor de Áudio para Entretenimento da emissora, no Congresso AES Brasil, foi possível conhecer em detalhes os desafios envolvidos na produção de áudio para televisão em surround. Meirelles abriu a sessão levantando a importância que o Surround Sound tem ganhado quando se trata do consumo de entretenimento. “Muitos dizem que o 5.1 é uma ilusão, pois cada vez mais as pessoas ouvem música em fones de ouvido. Ao mesmo tempo, eu vejo uma geração toda surgindo que está acostumada a ter uma experiência totalmente imersiva quando estão envolvidos com games”, explicou. Em seguida, o palestrante apresentou as vantagens do padrão ISDB-T (que consegue transmitir simultaneamente 2.0 e 5.1) e levantou todos os elementos que se precisa levar em conta na hora de fazer o trabalho. “Temos que lembrar que o áudio para TV é composto de diálogos, ambientes, efeitos, música, folley e elementos de baixa frequência. Para conseguir manter tudo isso funcionando, é preciso de organização”, afirmou. De acordo com o especialista, nesta hora o fluxo de trabalho padrão das emissoras faz a diferença. “Na maioria dos segmentos do áudio, a metodologia de inserção de metadados, divisão de canais por cor, relatórios de gravação, etc, são vistos como ‘frescura’. Para a produção 5.1 para TV isso é uma necessidade”. Expondo uma série de exemplos, em sua maioria minisséries da Globo, e explicando como foram produzidas, contando os detalhes e problemáticas de cada situação, ele deixou claras as vantagens de se fazer captação no local, ao invés da inserção de

elementos de pós- produção. “Temos que conseguir produzir o Surround com o mesmo tempo e pessoal que tínhamos para o estéreo, por tanto, tudo que já chegar pronto à pós é uma mais valia”, afirmou. Como exemplo, ele lembra das várias versões da abertura da novela “Saramandaia”, feitas em 5.1 real, em 5.1 upmix e em 2.0. “O mais importante é nunca esquecer de monitorar também em estéreo o mono, pois de nada adianta ter uma grande tecnologia para se produzir em 5.1 quando ainda 90% da população estará assistindo aos programas em televisores antigos”, comenta.

Caracterização Usando como exemplo a novela Saramandaia, pode-se mencionar outro aspecto importante no resultado final das produções: a caracterização. Quem não assistiu à novela Saramandaia da TV Globo e pensou como a produção da personagem e da cena da explosão da Dona Redonda foram feitas? A nova versão de Saramandaia integrou equipes de produção e de criação da emissora para dar vida aos personagens que compõe essa história de realismo fantástico. A trama original, do autor Dias Gomes, gravada em 1976, ficou marcada na história brasileira de novelas, principalmente, pela criação de personagens bizarros, como o homem que tem asas, outro que solta formigas pelo nariz, o lobisomem que não dorme há anos e a Dona Redonda, a mulher que pesa 300 quilos e protagoniza uma cena emblemática na novela: ela explode de tanto comer. Mais de 30 profissionais foram envolvidos na caracterização da personagem, interpretada atualmente pela atriz Vera Holtz, e na produção da cena da explosão, finalizada, na nova versão, com efeitos de computação gráfica.


Vera Holtz viajou aos Estados Unidos e passou por um processo chamado body scanning. Todo seu corpo foi escaneado para que as duas equipes pudessem criar as próteses e a estrutura principal do corpo da dona Redonda, seguindo a anatomia do corpo da atriz

Para a criação de Dona Redonda, as equipes de caracterização, figurino, efeitos especiais e computação gráfica tiveram que trabalhar conjuntamente o tempo todo. Entre eles, escultores de próteses, costureiras, camareiras, figurinistas, aderecistas, designers gráficos e maquiadores. De acordo com o diretor geral de Saramandaia, Fabrício Mamberti, nada no personagem foi feito de forma isolada, a integração foi total do início ao fim. A estrutura sob o vestido da personagem foi desenvolvida exclusivamente para ela. “Todo o corpo da Redonda é inédito, criado pelas equipes de caracterização, efeitos especiais e figurino da Globo com consultoria de Mark Coulier, premiado caracterizador inglês, que esteve no Brasil para acompanhar a produção do corpo da personagem”, ressalta Mamberti.

Caracterização da personagem Vera Holtz levava cerca de quatro horas para transformar-se, com a ajuda de, pelo menos, 12 profissionais. Ela podia permanecer com essa estrutura no corpo por, no máximo, sete horas, que é o tempo de duração das próteses aplicadas na face, nas mãos, nos braços e nos pés. Depois de gravar, ela leva mais uma hora para se descaracterizar. Em entrevista ao Fantástico, a atriz conta, aos risos, o dia em que a caracterização durou três horas e meia. “Tudo era aplaudido e comemorado ali mesmo”. Outra curiosidade é que a prótese encaixada no rosto da atriz não podia ter contato com açúcar, então os inúmeros doces que ela come durante a novela são todos salgados. A caracterização da personagem exigia muito tempo. Vera Holtz levou cerca de quatro horas para transformarse em Redonda, com a ajuda de, pelo menos, 12 profissionais. Ela podia permanecer com essa estrutura no corpo por, no máximo, sete horas, que é o tempo de duração das próteses aplicadas na face, nas mãos, nos braços e nos pés. De acordo com a TV Globo, durante os intervalos, a atriz está sempre conectada a um sistema de refrigeração, com tubos internos que recebem água gelada para abaixar a temperatura do corpo, resfriar as próteses e impedir que elas se descolem. Na primeira versão da novela, a atriz Wilza Carla, que interpretou


A Câmera 2 ao longo dos últimos anos realizou mais de 2000 eventos com suas unidades híbridas (SNG com câmeras) para as mais conceituadas emissoras de televisão do Brasil. Com uma equipe técnica especializada e experiente, estamos presentes nos mais importantes eventos esportivos, musicais, jornalísticos e de entretenimento. Nossas unidades de transmissão são configuradas para atender com 01, 02, 03 ou até 10 câmeras. Estamos preparados para realização de eventos com qualquer grau de complexidade. Equipamentos de última geração e uma equipe altamente qualificada tem sido o nosso diferencial. Entre em contato conosco.

AS UNIDADES MÓVEIS DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO QUE CONQUISTARAM O MERCADO.


www.camera2.tv (21) 2147-6779 (21) 2143-8319 (21) 2294-9391

atendimento: jorgedelgado@camera2.tv (21) 98133-1533 ID: 55*325 marcelinho@camera2.tv (21) 7814-7323 ID: 55*8253 pablo@camera2.tv (21) 7836-6987 ID: 55*3859


P 60

>>

Especial Rede Globo 50 anos

De acordo com o diretor geral de Saramandaia, Mamberti, a integração entre as equipes de produção e de pós-produção foi fundamental para o sucesso da cena da explosão

Redonda, estava naturalmente acima do peso e usava apenas um pequeno enchimento na cintura, inflado conforme a necessidade. “Hoje, a partir de efeitos visuais, físicos e virtuais, é possível transformar uma pessoa magra. Apenas olhos, nariz e boca são da Vera, até os braços e as unhas são próteses”, detalha Mamberti.

Cena da explosão De acordo com o diretor geral de Saramandaia, Mamberti, a integração entre as equipes de produção e de pós-produção foi fundamental para o sucesso da cena da explosão. Antes da gravação da famosa cena em que a Dona Redonda explode de tanto comer, a equipe de direção de Saramandaia já havia decidido como iria acontecer, pois, habitualmente, a cada bloco de capítulos recebido, toda a equipe se reúne para decidir a parte de produção. Como a cena era considerada emblemática, antes do recebimento do capítulo, as equipes sabiam que seria necessário montá-la. “Conversar com o autor Ricardo Linhares durante esse processo foi importante para chegar ao resultado esperado”, conta Mamberti. A cena da explosão foi gravada quase três semanas antes de ir ao ar. No entanto, o planejamento foi feito muito antes de a novela estrear, pois todos já sabiam da importância dessa cena para a novela. De acordo com o diretor geral de Saramandaia, tudo foi feito com muita antecedência e planejamento devido à complexidade dos personagens e das cenas. “Queríamos passar exatamente a concepção do autor, de uma novela atemporal, que retrata fatos da realidade de forma cômica, lúdica, colorida e leve”, explica Mamberti. Todos os envolvidos precisavam estar cientes do que cada equipe estava planejando e produzindo, pois os trabalhos eram complementares. Para Mamberti, a integração entre as equipes de produção e de pós-produção foi fundamental para o sucesso da cena da explosão.

Efeitos de computação gráfica Vera Holtz viajou aos Estados Unidos e passou por um processo chamado body scanning. Todo seu corpo foi escaneado para

As próteses do rosto foram muito maleáveis e colocados delicadamente para não puxar a pele natural da atriz e manter as expressões faciais

que as duas equipes pudessem criar as próteses e a estrutura principal do corpo da Dona Redonda, seguindo a anatomia do corpo da atriz. Depois de gravado, o material bruto seguiu para a equipe de efeitos visuais. Ali, com recursos de computação gráfica, as imagens foram finalizadas. Os efeitos visuais criados pela equipe de computação gráfica representam a evolução tecnológica entre a explosão original e a atual explosão da personagem. Dona Redonda começa a inchar antes de explodir e, apesar de estar com um corpo ainda maior que o usual, foi preciso utilizar efeitos para aumentar suas bochechas, seus braços e suas mãos. “Os gases e fumaças causados pela explosão foram coloridos, bem desenhados, como se realmente algo explodisse e só é possível montar tudo isso com os efeitos de computação gráfica”, explica o diretor. Outro trabalho conjunto com a equipe de efeitos especiais foi o da equipe de caracterização da personagem. Vera Holtz viajou aos Estados Unidos e passou por um processo chamado body scanning. Todo seu corpo foi escaneado para que as duas equipes pudessem criar as próteses e a estrutura principal do corpo da dona Redonda, seguindo a anatomia do corpo da atriz. PA



>>

Especial Rede Globo 50 anos

A TV por ela mesma

P 62

O Divertics abriu espaço para a experimentação e mostrou o mundo da produção ao grande público, no qual os humoristas improvisam e interagem com o diretor, Jorge Fernando, em cena

E

sconder os cabos, não mostrar o microfone ou os operadores das câmeras no enquadramento não estão no script. No extinto programa Divertics, tudo isso aparecia na tela da TV, inclusive a troca e a construção dos cenários sobre o palco. O telespectador via um galpão de criação, com todos os equipamentos que um programa de televisão requer: estrutura de iluminação, equipamentos de luz, tripés, câmeras, mesas de som, mesa de edição, câmeras. Além de containers fixos e móveis e telões de LED que compõem as cenas de maneira lúdica, sem descaracterizarem o espaço. A sensação de que uma peça de teatro está sendo apresentada evidencia as influências do teatro na criação do programa. Apesar de apostar em um novo formato, que mostra os bastidores da produção e aproxima o público das improvisações, o programa de variedades da Rede Globo, Divertics, exibido em 2013, não bateu os índices de audiência do Esquenta, programa que ocupa as tardes de domingo da emissora. Mesmo contando com um elenco de grandes humoristas, como Luiz Fernando Guimarães, Leandro Hassum e Maria Clara Gueiro. Outras atrações do programa estavam na banda ao vivo e no DJ, responsáveis pelas vinhetas musicais que interligam os esquetes. Durante esses intervalos, não só a banda, ou o DJ, apareciam, mas também a performance de bailarinos e trapezistas. Em um dos esquetes, rapidamente os cenografistas levam uma mesa de jantar para o centro do palco e encaixam as cadeiras. Enquanto isso, por atrás da mesa, uma estrutura metálica se aproxima, deslizando em direção ao público, até formar um paredão, com telas pintadas em perspectiva, reproduzindo a fachada de um palácio. Em frente à mesa de jantar, os bailarinos, vestidos com roupas espalhafatosas da época do imperialismo brasileiro, dançam uma valsa. Até que, do nada, a valsa se transforma na música “Passinho do Volante”, mais conhecida como ‘Ah Lelek Lek Lek Lek’, e os bailarinos mudam completamente da dança. A mixagem de som é feita por um DJ, ao vivo e em frente às câmeras. Apresentar uma produção em construção é a intenção do diretor

Jorge Fernando, diretor do Divertics: “Não queremos apenas mostrar as cenas no palco, com tudo perfeito, mas fazer o público sentir-se parte do programa e, para isso, é preciso ver além do cenário do esquete”

programa, Jorge Fernando e do autor Cláudio Torres Gonzaga. Os humoristas têm liberdade para criar em cena, gerando mais empatia com o público – ou não, depende da qualidade da piada. Em alguns momentos, os atores não aguentam e caem na risada. Nesse clima de descontração, o diretor Jorge Fernando interage com os atores, sentado em uma mesa equipada com mesa de som e de edição, em frente ao palco, como se estivesse controlando os cortes de câmeras. Segundo ele, assim como o roteiro, toda a cenografia foi projetada para ambientar o clima de variedades, improviso, imprevisto e bastidores. “Para conseguir captar e passar tudo isso para o espectador, criamos um complexo de dez câmeras, sendo seis com um operador e quatro robôs”, explica Jorge Fernando. Em algumas cenas, as câmeras GoPro são utilizadas. Como a intenção de ‘Divertics’ era, também, abordar o mundo da produção, as cenas de montagem de cenário, a condução da direção e os erros, que muitas vezes acabam se tornando o ápice cena, são exibidos ao público. “Não queremos apenas mostrar as cenas no palco, com tudo perfeito. A ideia é que o público se sinta parte do programa e para isso, é preciso ver além do cenário do esquete.” O Divertics teve apenas uma temporada. PA


NETWORK. AUDIO. VIDEO. smart IP live production infrastructure.

® d I gr

s e V a W O

d N u sO

Om c2 36 C O m

ã ç a gr

ua s a sd e . e s d o a t t d i i IN ional vor ! : a o f O w c s a V aL NO da as fun -ins Wave d um n g a u l p m p l e sar ex e s u v o u á e se dit ácil d o tud e m r e o l c c so na ente f nefíci i n o m c so ivelm to-be O # : s 2 36 incr ível cu c # m cr # in

s@ ade

tan

I

es , C B

50

.B de 8

vid

no tras

u

#O

www.lawo.com


P 64

>>

Especial Rede Globo 50 anos

Apoio ao jornalismo

U

m dos aspectos fundamentais na qualidade da produção exibida pela TV Globo é percebida na atenção dada ao áudio, algo que se tornou bem mais complexo com a chegada do 5.1. Em palestra proferida por Rodrigo Meirelles, Supervisor de Áudio para Entretenimento da emissora, no Congresso AES Brasil, foi possível conhecer em detalhes os desafios envolvidos na produção de áudio para televisão em surround. Meirelles abriu a sessão levantando a importância que o Surround Sound tem ganhado quando se trata do consumo de entretenimento. “Muitos dizem que o 5.1 é uma ilusão, pois cada vez mais as pessoas ouvem música em fones de ouvido. Ao mesmo tempo, eu vejo uma geração toda surgindo que está acostumada a ter uma experiência totalmente imersiva quando estão envolvidos com games”, explicou. Em seguida, o palestrante apresentou as vantagens do padrão ISDB-T (que consegue transmitir simultaneamente 2.0 e 5.1) e levantou todos os elementos que se precisa levar em conta na hora de fazer o trabalho. “Temos que lembrar que o áudio para TV é composto de diálogos, ambientes, efeitos, música, folley e elementos de baixa frequência. Para conseguir manter tudo isso funcionando, é preciso de organização”, afirmou. De acordo com o especialista, nesta hora o fluxo de trabalho padrão das emissoras faz a diferença. “Na maioria dos segmentos do áudio, a metodologia de inserção de metadados, divisão de canais por cor, relatórios de gravação, etc, são vistos como

Na sua passagem pelo programa, o jornalista Tiago Leifert mudou a cara do Globo Esporte ao abolir o uso do teleprompter e colocar mais informalidade na apresentação. O ônibus-estúdio foi mais um exemplo de inovação ao levar o estúdio para a porta dos centros de treinamento, estádios e praças

‘frescura’. Para a produção 5.1 para TV isso é uma necessidade”. Expondo uma série de exemplos, em sua maioria minisséries da Globo, e explicando como foram produzidas, contando os detalhes e problemáticas de cada situação, ele deixou claras as vantagens de se fazer captação no local, ao invés da inserção de elementos de pós- produção. “Temos que conseguir produzir o Surround com o mesmo tempo e pessoal que tínhamos para o estéreo, por tanto, tudo que já chegar pronto à pós é uma mais valia”, afirmou. Como exemplo, ele lembra das várias versões da abertura da novela “Saramandaia”, feitas em 5.1 real, em 5.1 upmix e em 2.0.


Especial Rede Globo 50 anos

<<

P 65

“O mais importante é nunca esquecer de monitorar também em estéreo o mono, pois de nada adianta ter uma grande tecnologia para se produzir em 5.1 quando ainda 90% da população estará assistindo aos programas em televisores antigos”, comenta.

Caracterização Usando como exemplo a novela Saramandaia, pode-se mencionar outro aspecto importante no resultado final das produções: a caracterização. Quem não assistiu à novela Saramandaia da TV Globo e pensou como a produção da personagem e da cena da explosão da Dona Redonda foram feitas? A nova versão de Saramandaia integrou equipes de produção e de criação da emissora para dar vida aos personagens que compõe essa história de realismo fantástico. A trama original, do autor Dias Gomes, gravada em 1976, ficou marcada na história brasileira de novelas, principalmente, pela criação de personagens bizarros, como o homem que tem asas, outro que solta formigas pelo nariz, o lobisomem que não dorme há anos e a Dona Redonda, a mulher que pesa 300 quilos e protagoniza uma cena emblemática na novela: ela explode de tanto comer. Mais de 30 profissionais foram envolvidos na caracterização da personagem, interpretada atualmente pela atriz Vera Holtz, e na produção da cena da explosão, finalizada, na nova versão, com efeitos de computação gráfica. PA

A maior dificuldade nas adaptações foi a iluminação, por conta das janelas que podem alterar a entrada de luminosidade o tempo todo, mas isso não foi empecilho dexel-aviso.pdf

1

12/08/15

13:46

ILUMINAÇÃO LED PROFISSIONAL

LUMATEK Ilum. Tecn. Ind E Com. Ltda. Rua Cesário Ramalho 688/702 - CEP 01521-000 Cambuci - São Paulo - Brasil

Tel.:(11) 5060-2900/01/02/03 Fax.:(11)5062-8353

www.lumatek.com vendas@lumatekbrasil.com.br


P 66

>>

Especial Rede Globo 50 anos

Múltiplos canais

Do edifício da Globosat são coordenados mais de 2 mil eventos por ano e exibidos mais de 30 canais, 24 horas por dia

I

rmã mais jovem da TV Globo, a Globosat foi criada em novembro de 1991 com quatro canais e é pioneira na programação de canais segmentados para TV por assinatura. Sua sede está na Barra da Tijuca (RJ) desde 2010. O seu surgimento está ligado ao início das transmissões de canais internacionais em redes de cabos coaxiais e da disseminação do conceito de programações sob medida. Ao criar os canais Telecine, Top Sports, GNT e Multishow, a empresa também criava o embrião para a produção de uma nova programação para a televisão brasileira. A partir deles foram construídos canais como o Globo News e SporTV. A Globosat quebrou a barreira dos 20 anos com uma nova sede, preparada para abrigar todos os controles de tráfego de sinal e exibição dos canais distribuídos para dezenas de operadoras de televisão por assinatura. Mudar a sede da empresa do Recreio dos Bandeirante para a Barra da Tijuca foi como reconstruí-la, contou em 2011 Lourenço Carvano, gerente de tecnologia da empresa. “Nós fizemos o projeto olhando para o futuro, com tudo em alta definição, incluindo uma infraestrutura de rede muito poderosa”. O novo edifício foi construído especialmente para a finalidade e começou a ser ocupado no final de 2009 com a instalação das redes elétrica, de áudio, vídeo e dados. “O prédio foi entregue em junho de 2010, a tempo de ser usado na Copa do Mundo da África. Durante o evento nós ainda finalizamos as instalações

para a transmissão do Campeonato Brasileiro”. Além do complexo de exibição, o edifício ainda abriga grande parte dos canais distribuídos pela programadora. “Os canais esportivos são os mais complexos porque fazemos mais de dois mil eventos por ano e eles demandam infraestrutura para recepção e controle de sinais, área de edição e dois estúdios (150 e 80 metros quadrados)”, explicou Carvano. Os canais GNT e Multishow também estão ali, enquanto o Globo News fica junto com o departamento de jornalismo da TV Globo, no Jardim Botânico. “Podemos dizer que metade da programação é composta por canais esportivos e a outra metade tem shows, filmes e entretenimento”, diz.

Recepção de sinais O volume de canais distribuídos pela Globosat varia de acordo com a frequência de eventos e programações especiais ao longo do ano, como o Big Brother Brasil e os canais Premiere. Em cada programa ou canal, as imagens seguem um caminho diferente para chegar à programadora. “O conteúdo chega aqui de várias formas, por fita e cada vez mais por FTP. Nós convertemos tudo para o nosso formato de exibição, exibimos e arquivamos. No caso dos esportes, como quase sempre são ao vivo, o caminho pode ser satélite e fibra óptica”, descreve. Todos os programas


Especial Rede Globo 50 anos

produzidos pela própria Globosat, coproduzidos ou comprados de outras empresas passam pelo centro de ingest e controle de qualidade, antes de serem armazenados.

HD e unidades de externa Na Copa do Mundo de 2006 a empresa fez a sua primeira transmissão usando a relação de aspecto 16:9 e som Dolby, além de uma transmissão experimental em HD. No ano seguinte foi criado o canal Globosat HD para iniciar as exibições em alta definição, trazendo o melhor da programação. Hoje estão no ar os canais Telecine em alta definição e áudio 5.1, além do Multishow HD, Globosat HD e Premiere HD. A empresa aproveitou a Copa da África do Sul para reformar uma antiga unidade de externas e construiu outros dois carros neste ano, todos preparados para alta definição. Entre as tecnologias integradas, estas unidades receberam diversos sistemas para apoiar a repetição de imagens em esportes e eventos. “Nós usamos fortemente as soluções da EVS para recuperação de pelo menos oito câmeras por caminhão. Em 99% dos casos estes equipamentos são usados para esportes, mas quando há shows eles gravam algumas câmeras independentes para ajudar na edição. Nós gravamos e fazemos a transferência para os editores via IP Director”. A empresa tem ainda um sistema interno também fornecido pela EVS para recuperação de imagens dos eventos ao vivo e usadas, por exemplo, para criar rapidamente sequências de melhores momentos no intervalo dos jogos.

Spectra - Iluminação Leds

A enorme necessidade de armazenar arquivos que possam ser recuperados rapidamente fez a Globosat adotar bibliotecas de fitas Quantum. A capacidade está na casa dos Petabytes. Essa estrutura é comandada pelo sistema de automação Marina, fornecido pela empresa inglesa Pebble Beach Systems (uma dissidência da Louth, que foi comprada pela Harris/Imagine). A Globosat já usava soluções da Louth e seguiu usando com a Pebble Beach para sequenciar as listas de exibição; movimentar arquivos entre os servidores (além dos modelos Omneon, também existem servidores SeaChange e Harris integrados, entre outras tecnologias para armazenamento de mídia); e gerenciar as identificações de cada canal, entre outras tarefas desempenhadas.

Copa no Brasil A aproximação da Copa do Mundo no Brasil em 2014 motivou a Globosat a substituir a unidade de produção externa UM3. O veículo rodava desde 1997, foi construído em parceria com a Sony e passou por várias atualizações, incluindo a instalação de câmeras da linha HDC em 2010. O projeto inicial previa uma nova unidade HDTV, mas na Copa das Confederações 2013 ficou provado que era possível trabalhar com 4K ao vivo. “Foi aí que surgiu a ideia de uma unidade 4K”, conta Lourenço Carvano. “Enfrentamos o desafio de construir um carro grande o suficiente para acomodar os equipamentos para 4K extras e que ao mesmo tempo tivesse flexibilidade para se deslocar entre os diversos

Novo Digital Director para iPad Air

LUMATEK Ilum. Tecn. Ind E Com. Ltda. Tel.:(11) 5060-2900/01/02/03 Fax.:(11)5062-8353

P 67

Armazenamento e controle central

Tripés e Cabecas para Cameras

Rua Cesário Ramalho 688/702 - CEP 01521-000 Cambuci - São Paulo - Brasil

<<

www.lumatek.com vendas@lumatekbrasil.com.br


P 68

>>

Especial Rede Globo 50 anos

Os conteúdos chegam à programadora através de mídias físicas, FTP, satélite e fibra óptica. Todos passam pelo centro de ingest e controle de qualidade, antes de serem armazenados

Lourenço Carvano testou a viabilidade de um evento ao vivo em 4K durante a Copa do Mundo 2014. A unidade da Globosat foi configurada com 12 câmeras F-55 e uma câmera F-65 ligadas por fibra óptica a um switcher Sony MVS 8000

Detalhes da sala de áudio e do controle de câmeras da unidade 4K

eventos que cobrimos. Além disso, não poderíamos gastar muito mais do que o programado com a unidade HD, por isso fomos bastante criativos”. O carro foi construído em três meses na fábrica da norteamericana Gerling & Associates e preparado para trabalhar com 12 câmeras 4K. Inicialmente foram compradas quatro unidades Sony F-55, combinadas com modelos da linha HDC (1080p). As lentes adotadas seguem o padrão Fujifilm Cabrio em várias versões, mas também são usados adaptadores para as lentes box já utilizadas pela Globosat. A unidade ainda usa instrumentação Tektronix e o sistema de gravação Sony PWS-4400 XAVC, que tem a melhor densidade de gravação do mercado, gerando um único arquivo XAVC a 600 Mbit/s. Oito unidades das câmeras F-55 foram incorporadas especificamente para a Copa do Mundo, além de uma Sony F-65, usada para gerar as imagens em câmera lenta a 120 fps. Já o switcher Sony MVS 7000 de 80 entradas SDI, previamente escolhido, precisou se substituído por um MVS 8000 para dar conta de sinais auxiliares em HD que eram recebidos no início e intervalo dos jogos. Após a Copa, Lourenço Carvano fez um balanço positivo do trabalho. “Foi muito melhor do que esperávamos, porque, quando começamos o projeto, não tínhamos a ideia exata de onde poderíamos chegar. Nós sabíamos que fazer uma transmissão de ponta a ponta era possível, mas existia uma série de dificuldades ao longo do caminho e tecnologia precisou ser desenvolvida em vários âmbitos para que o projeto atingisse o ponto que chegou. Trabalhar em 60p, por exemplo, foi um grande desafio. Até o início deste ano, poucas pessoas julgavam ser possível fazer uma transmissão completa a 60p”. No que tange à captação de imagens, o resultado também foi positivo, embora Carvano considere que alguns pontos podem melhorar nas coberturas esportivas, onde há muita movimentação e é possível notar algum “motion blur”. “A solução para isso está nos sensores, no processamento e no tamanho das lentes”, explica. “Por outro lado, a qualidade da relação sinal/ ruído é impressionante”. O diretor explica que controle de foco também foi um dos desafios enfrentados nas partidas da Copa. “Se o HD já havia complicado o ajuste de foco, o 4K exige ainda mais atenção, por isso instituímos a figura do operador de foco. É uma pessoa que fica na unidade móvel, ao lado do diretor de TV, fazendo o controle de qualidade e orientando os operadores de câmera e de vídeo. Este foi um dos pontos de maior atenção”. Este controlador utilizava um monitor 4K nativo, enquanto os operadores de vídeo tinham à disposição monitores HD convencionais para manter os níveis corretos. Nas transmissões em 4K coordenadas por Lourenço Carvano foram usados planos abertos tanto nas câmeras 1 e 2, quanto nas câmeras à beira do gramado. Considerando televisores de 55 a 65 polegadas, o tamanho dos jogadores era preservado quando comparado com telas HD de 40”, mas era possível ver muito mais detalhes das arquibancadas e do estádio. “Nós aprendemos muito sobre as formas de enquadrar quando trabalhamos em 4K, tirando o melhor proveito da tecnologia”, diz Carvano. O resultado deste trabalho foi distribuído para emissoras e salas de cinema de vários países, numa operação pioneira. Aqui no Brasil, as imagens puderam ser assistidas por clientes de TV por assinatura NET, Vivo e OI. PA



>>

Especial Rede Globo 50 anos

Atualização tecnológica

P 70

Com histórico de mais de 300 novelas, 90 minisséries e 100 seriados, sem falar nos humorísticos, musicais, programas infantis, esportivos e de auditório, realities shows e telejornais, a emissora dispõe de um imenso aparato tecnológico para dar vazão a tantos programas e produções simultâneas

E

ntre os desafios da TV Globo está a seleção de tecnologias que se adaptem às suas necessidades em cada etapa do processo de criação até a transmissão dos programas. Um dos exemplos mais recentes é a nova arquitetura do seu acervo digital. Líder mundial de produção de telenovelas, a Globo começou a desenvolver um workflow para arquivamento end-to-end e preparação de conteúdo usando a tecnologia Dalet Media Life, baseada na estrutura Dalet Galaxy Media Asset Management (MAM). A emissora está utilizando a plataforma Brio para ingest de alta densidade, Dalet AmberFin para transcoding de alta qualidade, todas sob o controle do Galaxy MAM, para proporcionar a manipulação de arquivos digitais com o propósito de arquivar todo o conteúdo de entretenimento (incluindo telenovelas) produzido no Rio de Janeiro e São Paulo. A instalação também habilita a distribuição de conteúdo para usuários internos e externos. As plataformas se integram com sistemas padrão da indústria. Isto inclui a integração com o Avid Interplay e Avid Symphony para produção, com o Tektronix Cerify

para arquivos baseados em QC review, e com o Front Porch DIVA e o sistema de arquivamento de discos ópticos da Sony. Por ocasião do anúncio desta integração, Julien Decaix, gerentegeral da Dalet para as Américas, afirmou que este é o maior acordo da Dalet no Brasil e é muito importante oferecer à TV Globo uma solução superlativa para produção de conteúdo e distribuição, não apenas na América do Sul, mas globalmente. O conteúdo é ingestado diretamente no catálogo de conteúdo e automaticamente transcodificado pela solução Dalet AmberFin durante o ingest do formato Sony SStP para XDCAM HD 50. A busca baseada em arquivos e procura do material é habilitada pelos clientes Dalet Webspace, graças a configuração dos módulos Dalet Xtend, a mídia pode ser procurada, pré-visualizada



P 72

>>

Especial Rede Globo 50 anos

e exportada sem problemas para e do Avid Interplay.

Automação Um pré-requisito da TV Globo é que a automação playout ofereça uma operação altamente robusta e sem ponto de falha. Para atender a esta premissa, em 2013 a emissora adotou o sistema de automação Pebble Beach Marina, que foi configurado com funcionalidades “Air Protect” e controles redundantes completos para servidores de mídia, principal e de backup. Toda a solução foi sincronizada com um sistema de backup completo, para maximizar a resiliência, a disponibilidade e a facilidade de manutenção. O sistema Marina foi fornecido com uma interface dinâmica sob medida para o sistema de tráfego da TV Globo, com uma interface para MAM. O sistema também incluiu ingest em vários locais, um fluxo de trabalho sofisticado para controle de qualidade e controles para múltiplos dispositivos periféricos, como controles mestre, roteadores, sistemas de gráficos ao vivo e servidores de mídia. “Ficamos muito impressionados com a riqueza do conjunto de recursos durante a nossa avaliação conceitual do processo. Juntamente com suas soluções de redundância, o Marina é uma solução muito atraente para nós”, afirmou na ocasião da aquisição o diretor de Engenharia da TV Globo para a Divisão Playouts, Paulo Santos. Para o diretor da Pebble Beach Systems, Peter Hajittofi, “foi uma satisfação trabalhar com esta grande emissora, em colaboração com o parceiro local da Pebble Beach Systems, a Videodata. Este contrato de prestígio reforça ainda mais a posição do sistema Marina”.

Fluxo de trabalho Outra tecnologia adotada nos últimos tempos veio da Glookast, que desenvolve soluções para gerenciamento de fluxo de trabalho. A empresa forneceu para a TV Globo os sistemas Ingester-HR, Remote Ingest Controller (RIC) e ScriptChecker para gerenciar e simplificar o ingest de mídia para a pós-produção dentro do Projac, no Rio de Janeiro. O uso de múltiplos IngesterHR, RIC e ScriptChecker permitiu a Globo implementar um fluxo

de trabalho em sua pós-produção totalmente “tapeless”, multiresolução e baseado em arquivos, tanto em estúdio como na produção de campo. Com este novo fluxo, filmagens capturadas em formato SStP-440 da Sony são processados pelo Ingester-HR e o RIC para a incorporação de metadados, com a finalidade de criar outras duas versões dos vídeos em baixa resolução para edição e navegação. O arquivo em resolução para edição é “ingestado” pelo Glookast Ingester-HR diretamente em um dos múltiplos sistemas Avid ISIS/ Interplay do Projac, enquanto que os arquivos em resolução para navegação são movidos para o Gloobox ScriptChecker para validação de continuidade e inserção de metadados adicionais no Avid Interplay. O conteúdo em alta resolução SStP é transferido de forma segura pelo Ingester-HR em um sistema NAS para futuras conformidades usando a infraestrutura de pós-produção da Avid. O Ingester-HR também está sendo usado para acelerar e simplificar o ingest de conteúdo capturado em tomadas externas. Um fluxo de trabalho similar ao usado em estúdio também é utilizado em campo. “Nós produzimos uma grande quantidade de conteúdo todo ano no Projac. A qualidade, no entanto, não pode ser sacrificada. Nós buscamos sempre usar a melhor qualidade de gravação disponível”, explicou Paulo Rabello, diretor de tecnologia e entretenimento da Rede Globo. “Nós precisávamos de uma solução de ingest que nos permitisse manter nosso padrão de qualidade e ainda sim prover meios eficientes de entregar o conteúdo ao nosso sistema de pósprodução. O sistema de ingest precisava se integrar perfeitamente com nosso fluxo de trabalho de pós-produção, para que nenhum metadado valioso adquirido durante a produção fosse perdido. A Glookast foi capaz de entender as necessidades do nosso fluxo de trabalho e entregar uma solução que atingisse estes requerimentos”, conclui.

Controle de qualidade Em 2013, a TV Globo começou a utilizar o Volicon Observer Media Intelligenca, uma ferramenta para monitorar feeds de



P 74

Especial Rede Globo 50 anos

>>

O Volicon Observer Media Intelligence é usado para monitorar feeds de 27 estados e do Distrito Federal, assim como em 125 países das Américas, Europa e África que transmitem canais da TV Globo Internacional

27 estados e dos Distrito Federal, assim como em 125 países das Américas, Europa e África que transmitem canais da TV Globo Internacional. O Observer é usado para suportar aplicações críticas incluindo compliance em monitoramento, compliance para áudio em closed-caption e análise competitiva. Na ocasião, Eduardo Ferreira, engenheiro da TV Globo, atestou que a Volicon provou ser um parceiro responsável e capaz de fornecer o suporte adequado. “Nós apreciamos os diferentes benefícios da plataforma de mídia inteligente da companhia trazidos para nossas operações no Brasil e no mundo”, disse. Primeiro, a TV Globo avaliou o sistema Observer com o seu escritório em Nova York para permitir o monitoramento remoto. Usando o sistema Observer, a emissora estabeleceu o acesso remoto para sua equipe no Rio de Janeiro, que pode se conectar ao servidor, assistindo ao conteúdo desejado e fazendo os downloads necessários. Na Europa, o Observer acompanha o playout da TV Globo Internacional e TV Globo Portugal. Lá, o sistema da Volicon monitora quatro canais transmitidos para a Europa e África, como dois específicos para o mercado português. Durante as 24 horas do dia, o Observer permite o monitoramento e a solução de problemas, para que os engenheiros no Rio de Janeiro revejam conteúdos e o discutam com os operadores qualquer questão técnica. No Brasil, onde a rede cobre mais de 98% do País, a TV Globo fornece programação para cinco canais próprios e 122 afiliadas. Uma instalação do Observer no Rio de Janeiro habilita a entrada no sistema e o monitoramento de feeds

da rede nacional, assim como oito canais concorrentes. A TV Globo também utiliza o sistema para ajudar a monitorar dados de closed caption e descrição de áudio. Dado que ele permite à TV Globo acessar canais de áudio via a interface SDI de mais de 16 canais relacionados, a companhia pode assegurar a gravação das faixas necessárias para checar e estar de acordo com seus padrões de compliance. Russell Wise, vice-presidente de Volicon, avalia que “com o emprego do Observer nas operações domésticas e internacionais, a TV Globo demonstra quão poderoso o sistema pode ser com uma ferramenta para manter e ampliar a qualidade e o valor do produto broadcast”. Eduardo Ferreira, gerente na TV Globo, explica que o sistema se tornou popular internamente, em particular, pelos múltiplos grupos da organização - incluindo as áreas de engenharia, vendas, e a equipe da programação - que pode acessar sua interface amigável e flexível em seus iPhones e iPads a qualquer horário para ver tudo que é exibido no ar, avaliar o conteúdo ou compará-lo com a programação.

Distribuição Neste ano, a Cisco e a TV Globo começaram a trabalhar juntas em um projeto de larga escala para maior agilidade nos negócios por meio da virtualização e da orquestração das funções de rede, de gestão, entrega e compartilhamento de conteúdo. Combinando os componentes virtuais da solução Videoscape com os servidores Cisco Unified System Computing (UCS), os switches Cisco Nexus e os serviços da Cisco, a Globo pode gerenciar e fornecer dezenas de formatos de vídeo, conteúdos e metadados a partir de uma arquitetura de rede centralizada para suas várias unidades e parceiros de mídia. A emissora chega em 99,5% dos potenciais espectadores da


ODAIR AUGER: +55 11 97419-8833

ENTRE EM CONTATO COM OS NOSSOS REPRESENTANTES HOJE MESMO:

ALDO CAMPISI: +1 305 972-1396


P 76

>>

Especial Rede Globo 50 anos

população brasileira e anualmente produz cerca de 2.400 horas de entretenimento. Suas operações internacionais incluem sete canais de TV pay-per-view e uma divisão de produção e distribuição, com esportes domésticos e conteúdo de entretenimento, para mais de 190 países ao redor do mundo. “Com a quantidade de conteúdo que produzimos e gerenciamos, temos de trabalhar constantemente para melhorar a eficiência de nossas operações e transformar a maneira como fornecemos vídeo para milhões de telespectadores, nas novas mídias e também nas tradicionais. A colaboração com a Cisco vai permitir à Globo operar com a agilidade necessária, acelerando os fluxos de trabalho e oferecendo qualidade de vídeo multiscreen para os consumidores”, afirmou Raymundo Barros, Diretor Geral de Tecnologia. Utilizando o Processamento Virtualizado de Vídeo (Virtualized Video Processing - V2P) e as tecnologias do portfólio Cisco Videoscape, a Globo está reduzindo o custo e a complexidade de gerenciar e modificar os fluxos de vídeo, aumentando a eficiência de seus recursos de hardware e software. “A Cisco está focada em ajudar as empresas de mídia a tornarem-se mais ágeis com as suas operações de vídeo

A tecnologia que integra a câmera I-Movix X10 também foi adotada pela emissora para reproduzir lances

multiscreen, expandindo seus negócios e oferecendo mais conteúdo para mais usuários”, reforça Jordi Botifoll, vicepresidente sênior da Cisco para América Latina.

Gráficos Em outra vertente, a TV Globo desenvolve a mais de dez anos uma parceria com a israelense Orad, que acaba de ser adquirida pela Avid. A empresa é famosa pelas soluções para cenários virtuais e gráficos e, em 2012, ajudou a implantar a solução ProSet nos Estúdios da Globo em São Paulo e no Rio de Janeiro. A emissora passou a utilizar o ProSet extensivamente para produzir e transmitir uma ampla gama de programas em HD, incluindo programas de entretenimento, de notícias e meteorologia. Alimentado pela plataforma de renderização HDVG + 64-bit da Orad, o fluxo de trabalho do PROSet incorpora o sistema de rastreamento de câmera infravermelho Xync para uma cobertura extensiva das áreas de rastreamento ativos de São Paulo (60m²) e Rio de Janeiro (90m²), permitindo que os movimentos de dolly fiquem tão naturais quanto em um estúdio real. O ProSet proporciona um ambiente realista com ricas texturas, profundidade e perspectivas, graças a uma forte integração entre seu hardware, software e tecnologias de rastreamento. Ele pode ser utilizado para todos os tipos de produções, incluindo cobertura de eleições, esportes, entretenimento e notícias.



P 78

>>

Especial Rede Globo 50 anos

A solução ainda permite flexibilidade tanto para modificações de design gráfico, bem como da operação. Durante as fases de projeto e operação, gráficos são criados simplesmente arrastando e soltando os itens gráficos em uma playlist. Uma preview, incluindo os gráficos e animação do ponto de vista da câmera de estúdio, está disponível antes de a criação ir ao ar. O ProSet inclui um conjunto de ferramentas que atende às necessidades específicas de produções de estúdios virtuais, como o posicionamento dos gráficos virtuais do set, e muito mais. Outra tecnologia da Orad que foi adotada pela emissora é o PlayMaker. Também em 2012, os estúdios de produção de esportes e jornalismo em São Paulo. Devido à sua capacidade exclusiva de trabalho em estúdio, o PlayMaker se tornou a solução ideal para emissoras como a TV Globo, que precisam de recursos de servidor de reprodução avançados tanto para operações ao vivo em unidades móveis quanto para produção em estúdio de programas em pré/pós-produção. A equipe de produção da emissora adotou o modo de trabalho de estúdio do PlayMaker para criar e exibir materiais com mais facilidade. O modo de estúdio do equipamento permite que os usuários possam alternar entre as feeds de entrada, simplificando o processo de edição de conteúdo de várias fontes. Com ele, cada feed tem sua própria playlist, de modo que cada ponto marcado é adicionado diretamente à lista de exibição, eliminando o processo de primeiro salvar os clipes para depois colocá-lo em uma playlist.

Esportes e entretenimento Outra parceira de longa data da Globo é a EVS. Quando a emissora migrou os seus estúdios no Rio e em São Paulo para HDTV, as soluções da fabricante belga foram adotadas, bem como em uma das mais recentes unidades móveis desenvolvidas. Com um relacionamento de mais de quinze anos com a EVS, a Globo atualizou nos últimos anos os seus servidores de definição padrão com novos modelos XT3 e um servidor XTnano. Os novos servidores suportam mais de duas dezenas de canais de vídeo e tiveram papel importante na migração do SD para HD. Para a unidade móvel HD no Rio de Janeiro, a Globo também optou por utilizar soluções da EVS. A unidade conta com cinco XT3 de oito canais, com EpsioLive para inserir gráficos ao vivo, bem como o conjunto de aplicações de gerenciamento de produção IPDirector e com XFile (solução de arquivamento). Usando a nova tecnologia U-Motion da EVS, um servidor XT3 pode trabalhar em conjunto com a nova câmera X10 de I-Movix, permitindo a gravação de até 38 horas seguidas em ultra câmera lenta. Além de cobertura de eventos esportivos, a unidade móvel é usada em um dos maiores eventos ao vivo da Globo: o carnaval do Rio de Janeiro. À época da aquisição, José Manuel Marinho, diretor de engenharia de notícias e esportes na Rede Globo,

reconheceu que as soluções EVS foram escolhidas “baseadas na experiência de mais de quinze anos utilizando os sistemas EVS em nossas unidades móveis. Os novos servidores XT3 nos deram a velocidade e a confiabilidade de que precisamos para a cobertura de esportes ao vivo e para a produção de entretenimento, ao mesmo tempo em que suporta a migração para o HD em nossos estúdios”. Benjamin Mariage, gerente de vendas para a América Latina da EVS, ressaltou a importância “de continuar o nosso longo relacionamento com uma das maiores redes de televisão do mundo. Ao longo dos anos, temos trabalhado em estreita colaboração com a equipe Globo para dar suporte a suas produções mais exigentes. O fato de que confiam nas nossas soluções para alta performance é uma prova da confiabilidade da EVS e suas características mais avançadas, como integração com o I-Movix X10 para ultra câmera lenta”. A TV Globo foi a primeira emissora na América Latina a adquirir o sistema I-MOVIX X10 de streaming contínuo em ultra slow motion. A emissora se decidiu em 2012 pela X10 como um complemento de seus sistema SprintCamVvs HD utilizados na produção de cobertura de esportes. Destinado para a implantação nos centros de produção no Rio de Janeiro e São Paulo, os novos sistemas X10 passaram a ser utilizados para fornecer imagens em ultra slow motion em eventos de alto nível, como em torneios de futebol e voleibol. A TV Globo também passou a usar a X10 para a produção de projetos especiais em documentário da emissora e departamentos de notícias. “Ficamos muito animados em sermos os primeiros a usar o X10”, disse José Manuel Mariño. “A TV Globo tem uma tradição de inovar na transmissão de esportes e está sempre procurando por soluções para melhorar a maneira como suas histórias são capturadas e apresentadas ao seu público. É importante para nós termos as melhores e mais modernas ferramentas disponíveis, para que possamos alcançar este objetivo, e nossa parceria com a I-MOVIX tem sido muito proveitosa. Com o X10 podemos estender nossa liderança na produção de cobertura de esportes ao vivo e conteúdos de entretenimento”. O I-MOVIX X10 é uma solução ultra motion para reprodução de slow motion em tempo real e contínuo em full HD, em um inovador 300 fps (ou 600 fps em 720p), superando o desempenho de sistemas existentes, com 90 fps. Desenvolvido em parceria com a EVS, o sistema X10 é usado com um servidor de produção EVS XT3 controlado por um painel LSM e fornece uma interface de usuário familiar e controles que qualquer equipe de transmissão pode usar imediatamente, sem nenhum treinamento especial. “A TV Globo é uma emissora muito influente, por isso ficamos particularmente satisfeitos em expandir nosso relacionamento de sucesso com eles através da entrega dos primeiros sistemas X10 na região”, disse o CEO da I-MOVIX, Laurent Renard. “Eu gostaria de agradecer a TV Globo pela confiança que tem colocado em nossos produtos, e a Video Systems, nossa parceira brasileira, por sua eficiente colaboração na conclusão deste novo negócio e seu excelente nível de serviço.” PA



P 80

>>

Especial Rede Globo 50 anos

O especialista

Um colorista de sucesso precisa de flexibilidade e um bom entendimento do seu fluxo de trabalho, além de outras áreas relevantes de produção e pós-produção com as quais precisa interagir

S

aulo Silva, colorista da TV Globo, que trabalhou em grandes novelas e seriados, como “Avenida Brasil”, “A Favorita” e, mais recentemente, em “Dupla Identidade”, conta a sua experiência de trabalho na área de pós-produção e efeitos visuais. Panorama Audiovisual: Como você começou na pós-produção e se tornou um colorista? Foi sorte ou tudo planejado? Saulo Silva:Em 1996 eu me graduei em eletrônica e minha escola recebeu um convite para estágio da TV Globo. Eu fui finalista para uma vaga de operador de áudio, mas, percebendo que não era realmente o que eu queria, no meio da entrevista eu pedi para ir para área de pós-produção como operador de vídeo. A diretoria aceitou e eu tive a chance de fazer outra entrevista com um novo comitê, que acabou por ser um sucesso. Então não foi exatamente sorte, mas foi uma boa combinação de sabedoria e determinação. Depois, em 1998, eu fui convidado para entrar em um novo departamento da TV Globo chamado “correção de cor”. Nesse caso, eu tive sorte! PAV: Com que tipo de conteúdo você trabalha? Silva:Todos os tipos. Eu já trabalhei com vídeos de música, masterização de shows para DVD e Blu-ray, comerciais e até mesmo filmes. Mas diariamente eu trabalho com shows de TV, séries e novelas. O primeiro programa com gradação de cor que usou Baselight na emissora, foi Sinhá Moça, uma novela clássica com Sérgio Tortóri como diretor de fotografia. Nós realmente nos divertimos muito usando as ferramentas, filtros e plugins. Foi um tempo de descobertas e uma explosão de criatividade, possibilidades e resultados. PAV: Que projetos você tem trabalhado recentemente? Silva: Eu fiz uma novela que foi indicada para o Grammy,

“Avenida Brasil”, com o diretor de fotografia Fred Rangel. Essa novela teve um enorme sucesso em todo o mundo e foi um grande trabalho em termos de fotografia. Eu também tive a grande oportunidade de acompanhar as gravações e trabalhar em uma adaptação do filme “O Tempo e o Vento” com Affonso Beato como diretor de fotografia. Ano passado, eu finalizei o suspense “O Rebu”, onde eu trabalhei com o Walter Carvalho pela segunda vez (a primeira vez foi no seriado chamado “O Canto da Sereia”). Logo depois, eu comecei a trabalhar na série policial “Dupla Identidade” com o Gustavo Hadba como diretor de fotografia. Eu fui convidado pelo diretor Mauro Mendonça Filho e por Roberto Barreira e Raymundo Barros, diretores de operações e tecnologia respectivamente, a fazer parte de um time para criar um fluxo de trabalho de dados 4K RAW de uma Sony F55, usando ACES e com entregas múltiplas incluindo pacotes DCP para filmes. Nós usamos o Baselight como nossa estação principal, na conformidade, gradação, acabamento e entrega. Esse ano eu juntei forças com outros profissionais do meu time para trabalhar em três novelas diferentes – “Sete Vidas”, “Babilônia” e “Verdades Secretas” – e tem mais três vindo em breve. Então, tem um conjunto muito eclético de projetos e todos eles no mesmo centro de produção que é a TV Globo. PAV: Que conselho você daria para quem quer começar uma carreira como colorista? Silva: Várias pessoas me perguntam isso. Na minha opinião, isso não depende somente da sua educação, mas das habilidades que você adquire durante sua carreira. Na nossa equipe, nós temos várias origens diferentes e também grandes talentos.



P 82

>>

Especial Rede Globo 50 anos

A coisa mais importante para mim é ter um bom conhecimento de sinais de vídeo e sistemas broadcast e/ou filmes de longa-metragem. Você deve gostar de filmes, design, publicidade e arte e também ter um grande conhecimento de fotografia e iluminação. Você também não pode se importar em trabalhar sozinho no escuro, com a pressão de prazos de entrega apertados, mudanças de opiniões e retrabalho. Por último, você tem que ter em mente que você tem que aprender alguma coisa nova a todo momento, porque é uma atividade que se desenvolve todos os dias. PAV: Na sua opinião, quais habilidades naturais você acha que ajudam a ser um colorista de sucesso nesse campo? Silva: Um colorista de sucesso precisa de flexibilidade e um bom entendimento do seu fluxo de trabalho, além de outras áreas relevantes de produção e pós-produção que você terá que interagir. A graduação de cor também necessita de concentração, disciplina, personalidade, criatividade e capacidade de decisão. Mas a coisa mais difícil é ter que abandonar suas próprias preferências em favor do conceito. PAV: O que faz um bom dia na sua mesa de trabalho? Silva: Quando eu tenho que transformar uma filmagem de dia em uma filmagem noturna, o que nós chamamos de um dia por noite. Eu adoro criar todo um ambiente de luz e sombras e ter sucesso em criar a ilusão. O pessoal sempre diz que sou um especialista nisso. PAV: Como o seu papel como colorista mudou nos últimos anos? Silva: Meu papel mudou muito nos últimos 17 anos! No começo, pelo menos para mim, era muito difícil fazer as pessoas entenderem quão fascinante e importante a atividade de graduação de cor é. Então nós tivemos que viver com preconceito e muita desconfiança. Era uma época em que as pessoas não sabiam que podiam manipular imagens com tantos recursos na pós-produção, principalmente porque eles nunca precisaram disso antes. Portanto, não era uma questão de só fazer um bom trabalho, mas provar como a visão artística unida com o valor tecnológico era importante ao processo. Além disso, no começo eu trabalho com sistemas baseados em

hardware, o que era extremamente complexo e, claro, mais caros. Eles também eram mais limitados e menos flexíveis. Agora eu estou na cadeira do piloto de um sistema Baselight EIGHT, o mais poderoso software do mercado. A criatividade é o único limite. PAV: Conte-nos sobre sua suíte DI e seu set-up. Silva: Nós temos cincos estações em cinco suítes perfeitamente desenhadas para o trabalho: todas cinzas e paredes pretas com luz baixa (com exceção do painel de luz traseira para o balanço de branco e referência). O Baselight é a peça central das nossas estações de trabalho 4K integradas para pós-produção na nuvem, com compartilhamento de dados diretamente na rede, edição e VFX, assim como outros quatro sistemas. Esse sistema transforma nossas suítes de gradação de cor de “ilhas” de pós-produção em um processo colaborativo, aumentando a criatividade significantemente, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias no ano. PAV: O que se destaca nesta plataforma de trabalho? Silva: Para mim, a coisa mais importante é o conceito. Muitos outros sistemas foram desenvolvidos para complementar sistemas já existentes ou evoluíram de plataformas hardware. O Baselight é o contrário. Ele nasceu como um software e foi concebido para ser uma suíte dedicada de gradação de cor. Todo o resto foi implementado na plataforma, preservando a integridade de correção de cor. Muitas daquelas funcionalidades foram adicionadas ou desenvolvidas baseadas no feedback e em pedidos de consumidores. Eu sei disso porque quando eu rodo o sistema, eu posso ver diversas desses pedidos que eu fiz como cliente desde 2006. O melhor de todos é o dissolve inteligente. PAV: Você pode descrever como esta plataforma aumentou a sua produtividade e criatividade? Silva: Desde a primeira vez, fiquei impressionado e apreciei o fato que ele me permite fazer a gradação em tempo real enquanto simultaneamente executa tarefas intensivas, como o ingest e a renderização, em segundo plano. Outra coisa boa é a conectividade

Saulo Silva trabalhou na novela “Avenida Brasil”, com o diretor de fotografia Fred Rangel



P 84

>>

Especial Rede Globo 50 anos

de multi-entregas e, de fato, usando o gerenciamento de cor disponível, foi simples conseguir o resultado que eu precisava para todas entregas, até mesmo cinema. PAV: Com o estreitamento da relação entre a produção e a pós -produção, você se vê mais envolvido no começo de um projeto? Silva: Sim, eu acompanhei essa mudança de perto desde que eu entrei na indústria. Atualmente, a parceria entre os diretores de fotografia e os coloristas é muito estreita. Nos anos recentes, no entanto, eu vi um aumento gradual na participação do colorista na pré-produção. Eu acho que isso vem de um entendimento que o produto final é o resultado do alinhamento preciso das diferentes áreas; não é somente fotografia, iluminação e graduação de cor, mas também o cenário, o figurino, a arte e a engenharia. Um pouco de orientação baseado na experiência de projetos anteriores ou até mesmo a exploração de recursos na pósprodução podem proporcionar grandes resultados à longo prazo.

Saulo também foi convidado pelo diretor Jayme Monjardin para ajudar a marcar a luz de partes da versão para televisão de “O Tempo e o Vento”

dual de 10Gb, que me permite usar qualquer outra máquina na rede para renderizar, graduar ou armazenar. Eu definitivamente usei a maioria dos benefícios disponíveis para mim no Baselight como colorista, mas a coisa mais importante para mim é a flexibilidade e as infinitas possibilidades. Você pode combinar ferramentas simples para criar resultados complexos incríveis! Sobre essas ferramentas, eu considero a composição uma função particularmente ótima. Em um único sistema, você tem a solução DI, gerenciamento espacial de cor, transformação, conformação e edição, graduação de cor e também a composição. PAV: Quais são os desafios atuais em conseguir o visual que você quer? Silva: Atualmente, desde que eu comecei a utilizar esta solução, dificilmente eu tive alguma limitação. A coisa mais importante para mim hoje é como a filmagem é capturada. Se vier em LOG ou RAW e com a exposição correta, “não” é uma palavra que não faz parte do meu dia. PAV: Você gosta de trabalhar diretamente com dados RAW? Quais os benefícios? Silva: O melhor benefício para mim é poder controlar o fluxo de trabalho do começo ao fim, apenas trabalhando com metadados e preservando a filmagem original. A primeira vez que usei dados RAW foi quando eu fui convidado pelo diretor Jayme Monjardin para entrar no time da Colorworks em Los Angeles para ajudar a marcar a luz de partes da versão para televisão de “O Tempo e o Vento”; lá, eu comecei a trabalhar no fluxo de trabalho 4K F65 ACES com todo o suporte e conhecimento do grande time da Colorworks. A última vez, eu estava de volta à minha mesa completamente por minha própria conta, então, após algumas orientações de Peter Postma na FilmLight (e várias leituras do manual de usuário da Turlight Colour Spaces), eu descobri que era muito intuitivo e relativamente fácil de manipular e converter com o gerenciamento de cor da Baselight. A gradação de “Dupla Identidade” foi meu primeiro projeto

PAV: O que você gosta de fazer depois de ficar em um quarto escuro o dia todo? Silva: Eu amo música e sou um cantor razoavelmente bom. Eu amo ao karaokê com minha família e amigos para gastar algum tempo de qualidade lá. Eu também adoro ver filmes com minha esposa, Christiane, e fazer sessões de fotos com minha filha super talentosa, Isabella Costa. PAV: Qual é o seu filme favorito? Silva: Eu sou um grande fã de filmes. Se eu pudesse, eu ao cinema todo os dias. Mas o último filme que explodiu minha mente foi “Gravidade”. Eu achei ele incrível por tantas razões, mas principalmente eu fiquei espantado ao ver a produção impressionante filmada em 4K ACES em F65, o que resultados naquelas imagens extremamente belas. PAV: Se você pudesse escolher qualquer filme para fazer a gradação, qual seria? Silva: “Os Outros”, “Senhor dos Anéis” ou “Matrix”. PAV: Quem é a sua inspiração? Silva: Eu tenho muitas inspirações, mas o primeiro de todos é meu pai Rubens Silva. Eu sempre apreciei a oportunidade de escutar quando alguém estava disponível para ensinar e essa é a razão de eu ter vários mentores na minha vida. Eu sou grato a cada um deles. No entanto, há três que foram muito importantes para mim no começo e que realmente me ajudaram a me tornar um colorista: Juarez Argolo, Celso Araujo e Ricardo Waddington. O Juarez me deu a oportunidade de medir a importância da ferramenta que eu tinha e como conduzi-la tecnicamente, com cuidado e segurança. O Celso me mostrou que eu deveria ver e como deveria ver, e o Ricardo me tirou da minha zona de conforto, me dando a oportunidade de fazer minha primeira novela e me encorajando a ter confiança em assumir riscos e a acreditar em mim mesmo. Além disso, há um homem que desde o começo eu escolhi como mentor intelectual. Seu nome é Kevin Shaw, ele é um colorista renomado, e eu tenho orgulho de dizer que agora eu posso chamá-lo de meu amigo. PAV: Se você pudesse trocar de lugar com alguém em outro departamento por um dia, qual departamento você escolheria? Silva: Definitivamente, VFX e composição. Sou um grande entusiasta dos dois. PA



Informe publicitário

wTVision celebra 10 anos de parceria com a Globo! Nos últimos 10 anos, a wTVision vem consolidando o desenvolvimento de soluções para a Globo, a maior emissora de TV aberta da América Latina. A parceria teve início em 2005, quando a wTVision apresentou a sua plataforma Slides CG, uma solução customizável que buscou atender à necessidade de uma ferramenta que permitisse uma rápida e efetiva implementação de soluções de grafismo de forma autônoma para Esportes e Jornalismo. A solução apresentada pela wTVision permitiu à Globo desenvolver projetos de forma centralizada e distribuível, padronizando processos e modelos de forma horizontal. Em 2010, foi a vez da criação de um novo centro de distribuição de sinais em Portugal, substituindo um único feed para atender as regiões da Europa e África por dois canais customizados. Com isso, a solução da wTVision transcendeu a oferta da estrutura técnica, agregando responsabilidades que integraram desde o projeto técnico, o aluguel das instalações, contratação e gestão de recursos, e a entrada do sinal para distribuição, tornando-se prime contractor desta empreitada. Como aplicação central para a automação do centro de canais, foi utilizado o sistema de playout da wTVision - ChannelMaker. Este centro de distribuição ganhou um novo canal Globo em 2012, totalizando três canais sob a responsabilidade da wTVision. Cinco anos depois, surgiram novos desafios. “Houve a necessidade de ampliar o centro de distribuição com a inclusão de mais dois canais, a Globo no Japão e o canal Globo ON. Além disso, também era preciso atualizar todo o hardware e software wTVision, garantindo um workflow mais eficiente, com tecnologia de ponta. Assim, toda a estrutura de produção foi passada de SD para HD 1080i , trazendo o centro de distribuição multimídia da Globo para a linha da frente das tecnologias”, como comenta Paulo Ferreira, Diretor Comercial da wTVision. Optando pela integração total do software da wTVision em todo o workflow de vídeo e playout, a TV Globo conseguiu garantir a tão desejada escalabilidade para o futuro e ainda, a garantia da entrega do projeto em 90 dias. Uma equipe de 4 engenheiros trabalharam em conjunto durante este período, executando a instalação de um total de 10 sistemas in-a-box, para 5 canais, cada um com um video server, uma plataforma gráfica e um controlador de playout (ChannelMaker Playout), todos com total redundância. Para gestão de alinhamento foi instalada a ferramenta (ChannelMaker Sequencer) que permite fazer multi-sequenciação (multi-gestão), ou seja, a partir de um posto é possível gerir o alinhamento de todos os canais. De forma a tornar o fluxo de trabalho mais rápido e eficaz, a wTVision forneceu também a sua solução wTVision Media Tools na qual estão incluídos o wTVision Media Ingester e o wTVision Media Trimmer. Além destas ferramentas, o ecossistema conta também com o sistema de MAM da wTVision (wTVision Media Manager). Este sistema permite a deteção de novos arquivos na rede, sua catalogação automática (através do Media Agent), bem como a sua transferência automática. Consultas, pesquisas, monitorização de transferências e catalogações manuais são feitas através de uma interface web do MAM. Uma vez que o projeto foi todo pensado para funcionar em SAN, tanto o ingest e trim como o playout dos clips são realizados dire-

tamente a partir do storage central, evitando as transferências dos arquivos para os video servers, para playout. O storage central é redundante fazendo mirroring automático entre main e backup, garantindo que os dados permanecem seguros em caso de falha catastrófica. Cada sistema tem uma capacidade superior a 140TB. Para garantir a qualidade e confiabilidade necessária aos canais TV Globo, foram ainda criados neste workflow dois clusters de base de dados compostos cada um por dois sistemas que funcionam também de forma redundante. Além de toda a vertente de software que suporta o centro de canais, a wTVision foi também a empresa responsável por todo o projeto de engenharia, aquisição de material/hardware, mudança e instalação em novo espaço físico. Para finalizar, o recrutamento e formação necessária de recursos humanos agregados a este projeto completam o pressuposto inicial: a entrega à TV Globo de um projeto turn key, com um serviço premium end-to-end.


QUANDO COMEÇAR A TRABALHAR COM A WTVISION... ...com certeza vai querer conhecer todos os nossos produtos! Somos uma empresa especializada em emp automação de playouts e geração de artes em tempo-real, atuando na área de broadcast. Para gerência de canais, oferecemos sistemas de playout, MCR (Master e Exibição) e PCR (Produção e Jornalismo), além de um conjunto de fa aplicações que permitem fazer a gerência de mídia, trim, ingest, logging e reporting. Para gerência de artes, apresentamos soluções para esportes, jornalismo, eleições e programas de entretenimento.

Não perca tempo, nós temos a solução! AUTOMAÇÃO DE PLAYOUT - INGEST&TRIM - MAM MÍDIA SOCIAL - ESPORTES - JORNALISMO - ELEIÇÕES ENTRETENIMENTO - DESIGN & BRANDING wtvision.com I

sales@wtvision.com


P 88

>>

Artigo - Em Profundidade

Otimização da rede de TDT em ambientes ISDB-T/Tb No contexto do ISDB-Tb, OneBeam fornece a capacidade de usar um stream de transporte (MPEG-2) padronizado dentro da rede de distribuição. Como resultado, nenhum equipamento proprietário é necessário para acessar ou monitorar o stream de conteúdo. por Richard Lerhmitte*

O IP ainda é, na melhor das hipóteses, parte do nosso mundo de distribuição fragmentada e não a principal via de recepção de conteúdo de TV

N

ão há dúvida de que o mundo da distribuição de conteúdo está em constante mudança. IP, OTT, DTO (downloadto-own) e o acesso a conteúdo móvel são as principais tendências nos mercados desenvolvidos e uma opção crescente em muitas outras regiões. No entanto, antes de descartar a televisão de broadcast tradicional, vale a pena lembrar que para a grande maioria ao redor do mundo, o IP ainda é, na melhor das hipóteses, parte do nosso mundo de distribuição fragmentada e não a principal via de recepção de conteúdo de TV. A entrega de broadcast testada e confiável (analógica ou digital, por satélite, cabo ou terrestre) continua dominando grandes áreas do mundo. No mundo da TV aberta, a entrega digital terrestre constitui o método mais eficaz, especialmente quando é necessário conteúdo regional. De acordo com um relatório da Digital TV Research de julho de 2013, o número de lares que recebem sinais de TDT vai mais que dobrar entre 2013 e 2018, significando 553 milhões mundialmente. O número de lares recebendo principalmente TDT (aqueles não assinantes de cabo, IPTV ou satélite e que usam TDT basicamente) também vai dobrar ao longo desse período para 380 milhões. E metade do conteúdo é proveniente de canais de TV regionais. A ENENSYS é conhecida no mundo de DVB pelas suas tecnologias

de otimização de redes e regionalização. Estas abrangem codificação/multiplexação e transmissão, e são projetadas para criar redes otimizadas que por sua vez possibilitam oportunidades de monetização mais eficientes. Isso é vital no ambiente de TDT. Seus sucessos recentes incluem instalações com a Thai PBS para o lançamento de uma rede de TDT; Thai TV5 e também com a Televisa. A ENENSYS tem analisado os mercados da América Latina durante algum tempo, avaliando onde os seus produtos podem proporcionar um benefício real no ambiente ISDB-T/ISDB-Tb, em oposição ao DVB-T/T2. Também trabalhou consideravelmente no processo de reengenharia, uma vez que a avaliação inicial foi concluída. Como resultado, desenvolveu OneBeam, uma de suas principais soluções de TDT para apoiar os mercados da América Latina na redução de Capex e Opex. No entanto, o sistema evoluiu de sua iteração de DVB para abordar questões específicas de ISDB-T. Um dos problemas principais que OneBeam aborda é a natureza específica do stream de transporte de broadcast (BTS) em ISDB-T. Isto, por sua vez, exige um equipamento específico que não é interoperável para receber sinais. Devido à forma como o ISDB-T está projetado, também pode haver deficiências de largura de banda significativas dentro de um stream de transporte.



P 90

>>

Artigo - Em Profundidade

Usando OneBeam, um sinal de transmissão normal pode ser utilizado na rede de distribuição

Em um ambiente ISDB-T normal, um BTS específico precisa ser gerado no headend, com mecanismos de compressão proprietários, a fim de lidar com os streams ISDB-T altamente especializados. Por exemplo, os operadores de cabo precisam de equipamento proprietário adicional para decodificar e ler o sinal BTS. Além disso, o ISDB-T requer um stream de 32 Mbit/s, independentemente do número de canais ou serviços incluídos, tornando-se uma opção cara para a distribuição de conteúdo via satélite para headends de TDT, como é o caso geral na América Latina a partir da perspectiva geográfica. No contexto do ISDB-Tb, OneBeam fornece a capacidade de usar um stream de transporte (MPEG-2) padronizado dentro da rede de distribuição. Como resultado, nenhum equipamento proprietário é necessário para acessar ou monitorar o stream de conteúdo. O conteúdo regional é gerido mais facilmente através de um local central, enquanto sistemas CAM padrão podem ser usados para proteger o stream de conteúdo. O uso da largura de banda também pode ser otimizado de forma mais eficaz, pois o sistema só envia o conteúdo que está realmente sendo usado através da rede de distribuição. O mesmo stream de transporte MPEG-2 pode ser entregue via satélite como através da rede de TDT. Isto significa que os serviços podem ser facilmente monitorados através da rede de distribuição por causa do sinal MPEG padronizado. Isso também significa que os operadores têm uma rede de distribuição com vários serviços. Em cada local de transmissão eles podem facilmente selecionar os serviços que necessitam, utilizando assim uma rede de distribuição através de múltiplas regiões, impulsionando a regionalização. O BTS que é gerado no local de transmissão final está onde está o conteúdo, e é adaptado para SFN e associado com as diferentes camadas relacionadas que existem dentro do stream de ISDB-T. Neste caso, OneBeam atua como um gerador de BTS determinista. Usando OneBeam, um sinal de transmissão normal pode ser utilizado na rede de distribuição. Isto, por sua vez, oferece uma opção eficiente e fácil de controlar para contribuições habilitadas,

contribuições afiliadas, retransmissão analógica (usando IRD com saída analógica) ou transmissão digital em ambientes MFN e SFN. No contexto de ISDB-Tb, OneBeam permite gerir quatro diferentes serviços (contribuição de operador de cabo, contribuição afiliada, streams de transporte terrestres analógicos e sinais digitais terrestres) dentro de um único stream de transporte, proporcionando economias significativas de custos e oportunidades de monetização adicionais. Cada emissora de TV afiliada necessita receber o conteúdo em um formato que permita uma fácil reutilização e também inserir o seu próprio conteúdo local. É por isso que as emissoras locais precisam de uma rede de distribuição dedicada com stream de transporte MPEG padrão. Os operadores de cabo também se beneficiam desta flexibilidade e há um grande número de operadores em toda a região. Eles também podem usar a rede de distribuição como as afiliadas locais. Mesmo em uma situação de desconexão analógica, a entrega analógica terrestre ainda é necessária, e usando a rede de distribuição descrita acima, não há necessidade de uma rede de distribuição analógica separada. Por último, tem a distribuição de serviços a uma rede de TDT na melhor qualidade possível. Todas estas aplicações podem utilizar a mesma rede de distribuição, com a economia de custos associada, devido ao fato de que os equipamentos de recepção de MPEG-2 padronizados podem ser usados para receber o stream de transporte. Também é possível usar a banda Ku para entregar o mesmo stream via satélite, proporcionando como benefício adicional a capacidade de oferecer simultaneamente um serviço de TDH. Isso pode ser usado para cobrir os pontos sem cobertura existentes, capacitar as emissoras para alcançar mais clientes e oferecer uma maior gama de serviços de televisão para os clientes existentes, tudo isso sem a necessidade de duas redes separadas para TDH e TDT. PA *Richard Lerhmitte é VP de Vendas e Marketing da Enesys



P 92

>>

Prévia IBC 2015

Novos passos da tecnologia O IBC 2015 promete trazer novas soluções de convergência entre o mundo UHD e IP.

M

arcado para acontecer entre os dias 10 e 15 de Setembro em Amsterdã, na Holanda, o IBC 2015 é o maior evento de tecnologia para a produção e distribuição de conteúdo audiovisual da europa. Tradicionalmente conhecido por ser a contraparte européia da NAB Show, o congresso e feira é onde grande parte das marcas apresenta os primeiros passos de novos produtos, protótipos e aproveita para colher as opiniões do mercado

A SP2 Brazil

para consolidar suas linhas. gerenciou o conteúdo exibido Este ano, com as tecnologias de captação e produção em UHD nos dois telões já bastante estabelecidas, o mercado começa a trazer soluções de 103m² periféricas, seja para armazenar, trabalhar ou criar novos fluxo de trabalho usando tecnologias IP. A Panorama Audiovisual preparou um especial com uma prévia dos principais produtos que devem ser apresentados no evento. Confira nas próximas páginas. PA

Eyevis apresentará soluções de visualização para estúdio e controles de televisão Entre as novidades, destacam-se os cubos de retroprojeção Slim Cubes EC-50-LHD-ISE-SLIM com apenas 422 mm de profundidade.

D

urante a IBC 2015, principal evento do segmento de produção audiovisual e broadcast da Europa, a Eyevisexibirá seus sistemas de visualização profissionais, além de suas soluções de hardware e software para a criação de redes de vídeo e sistemas de IPTVda sua filial Teracue. A empresa alemã, neste mercado, foca sua oferta em sistemas para estúdios e salas de controle. Entre as novidades que levará até Amsterdam, destacam-se os cubos de retroprojeção Slim Cubes EC-50-LHD-ISE-SLIM. Eles possuem apenas 422 mm de profundidade, além de um sistema especial de encaixes que permite a sua montagem diretamente como um videowall sem a necessidade de uma estrutura adicional. A empresa também levará o monitor EYE-LCD-9800-QHD-LD. Um monitor 4K/UHD de 98 polegadas com 248 cm de diagonal e quatro vezes a resolução Full HD, com 3840 x 2160 pixels. Para aplicações táteis em grande formato há a EYE-LCD-

8500-QHD-LD-Touch-32IR que conta com até 32 pontos táteis simultâneos em um monitor LCD 4K/Ultra-HD, com uma diagonal de tela de 215 cm. Para visualização prévia, a Eyevis levará seus monitores LCD profissionais com diagonais de tela de 17 e 21 polegadas, resolução Full HD, mais de 1.000 cd/2 de brilho para melhorar a visibilidade em condições de luz dificeis e possibilidade opcional de trabalhar com 12 V. Em seu stand na IBC, a empresa também mostrará o OmniShapes, uma solução para apresentação visual capaz de realizar instalações de videowall das formas mais versáteis. Por fim, a Eyevis ainda levará os monitores LCD EYE-LCD-4600LE-700 de 46”, os LCD seamless EYE-LCD-550-M-USN-LD-BC de 55” pensados para aplicações broadcast e os LCD EYE-LCD-5500OPS de 55” com compatibilidade OPS para sua integração com as unidades de processamnto da Eyevis. PA


Multicam Studio: emissão e streaming com até quatro câmeras

É O QUE ESTÁ POR TRÁS QUE NOS MANTÉM À FRENTE

A nova solução da Multicam Systems oferece produção em modo totalmente automatizado ou semi-automatizado.

LIDERANDO O CAMINHO EM DIGITAL KVM gd-northamerica.com

Os sistemas KVM de G&D têm uma reputação comprovada para usabilidade e segurança duradouras. Mas isso não é tudo o que nos mantém à frente. G&D não apenas fornece sistemas, oferece soluções. Soluções KVM que são feitas sob medida para atender às suas necessidades específicas. O nosso amplo portfólio permite combinar produtos e sistemas para cobrir qualquer aplicação. A nossa experiência em todas as áreas garante que a solução de G&D é ideal para você em todos os sentidos – desde o projeto até o planejamento, desde a instalação até o suporte técnico.

A

Multicam Systems apresentará durante o IBC 2015, principal evento do segmento de produção audiovisual e broadcast da Europa, sua nova proposta de solução para produção, transmissão ao vivo e streaming. Com uma interface fácil de usar com tela tátil, o sistema, que gerencia toda a produção ao vivo, pode ser operado por uma única pessoa sem formação prévia. Projetado para a produção multicâmeras, a Multicam Studio permite aos usuários capturar eventos esportivos, assim como qualquer outro evento ou conferência. O sistema permite uma visualização prévia e controle de até quatro câmeras PTZ (ou outras fontes de vídeo de alta definição) contando com uma entrada DVI-D como opcional. Os usuários podem gerenciar facilmente títulos, sobreposições de mídia, gráficos personalizados e realizar a emissão ou streaming ao vivo (H.264 MP4). Com função de gravação nativa, o sistema pode funcionar em modo totalmente automatizado ou semi-automatizado. O Multicam Studio é compatível com uma ampla gama de padrões, incluindo SD-SDI, HD-SDI, CCD, MOS, 3MOS e pode ser combinado com câmeras como Sony, Panasonic, Canon, Bradley ou Lumens, dependendo da necessidade. PA

Versatilidade também desempenha o seu papel em nos manter à frente. Por exemplo, nós oferecemos sistemas para uma ampla variedade de padrões de vídeo – digital ou analógico – com larguras de banda até 4K (incl. full HD, 2K e ultra HD).

SEE US AT IBC STAND 1.B10 AND SET EXPO STAND 181B

O poder para dar a perfeita solução KVM. Isso é G&D.


P 94

>>

Prévia IBC 2015

Bluebell apresentará soluções para câmeras robóticas remotas A empresa também mostrará o BC364, sistema apresentado durante a NAB Show 2015.

O

estande da Bluebell Opticom, fabricante de links de fibra óptica, contará com soluções da empresa voltadas para câmeras robóticas remotas. A primeira novidade será a interface BN385. Ela oferece dois caminhos 3G-SDI da posição da câmera com um retorno genlock opcional, além de um link dual-port GigE em duas fibras monomode com o opcional de operação com uma fibra. A interface é ideal para links com câmeras robóticas/POV. Uma aplicação típica usa um dos caminhos HD para o vídeo PGM, o outro para o visor de sobreposição/menus e o link GigE para controle de câmeras e operação PTZ. Outra novidade é o módulo TDM750 HD-SDI com interface de fibra ethernet. Se trata de um módulo montado em rack para transporte em direção única de HD-SDI e sinais Ethernet 100BaseT. Desenvolvida tanto para broadcast, como para aplicações de segurança, o módulo requer

apenas duas fibras óticas com a opção de operação com uma única fibra. “Na IBC 2015, nós contaremos com duas novas soluções para suporte de câmeras robóticas remotas. Cada um deles tem características, embalagens e opções que os tornam flexíveis o suficiente para lidar com praticamente qualquer exigência de câmeras remotas a preços muito competitivos”, explica Paul McCann, gerente geral da Bluebell Opticom. Por fim, a Bluebell também mostrará o sistema de gerenciamento de comprimento de onda com monitoração remota BC364. Apresentado durante a NAB Show 2015, a interface multiformato já está disponível para compras. A interface captura em múltiplos sinais óticos e os retransmite em comprimentos de ondas que podem ser inseridos em um CWDM mux. No fim da conexão, os sinais são retornados aos seus estados individuais. Esta funcionalidade, em conjunto a tecnologia de inserção de força ShaxX da Bluebell (que é enviada junto ao BC364), é o que torna possível o multiplexing de câmeras. PA

EVS focará em produção ao vivo com tecnologia IP A empresa promete abrir novas perspectivas para a produção de eventos ao vivo às emissoras e produtoras.

A

EVS, provedora de sistemas de produção de vídeo ao vivo, divulgou as novidades do seu estande na IBC 2015, principal evento do segmento de produção audiovisual e broadcast da Europa. O foco será na tecnologia IP, em distribuição multimídia baseada em nuvem e no gerenciamento de replay ao vivo de conteúdo, além das novas instalações para a IBC TV. A empresa promete abrir novas perspectivas para a produção de eventos ao vivo às emissores e produtoras. Os visitantes serão apresentados às possibilidades de produção ao vivo oferecidas pela infraestrutura baseada em IP, incluindo contribuição de conteúdo entre os locais dos eventos e o estúdio e operações de produção remota. Será apresentado uma série de demonstrações ao vivo integrando as novas soluções baseadas em IP com as principais tecnologias de terceiros. O “LSM Cockpit” da EVS, que inclui o LSM Connect, o MultiReview e o Epsio, mostrará um ambiente para produções ao vivo com a nova versão do sistema de servidor em software Multicam. O Cockpit permite que dois operadores LSM trabalhem lado a lado, aumentando a eficiência e a flexibilidade. A suíte de software para produção ao vivo

IPDirector também estará disponível no estande da empresa. Desenvolvido para o ingest, gerenciamento, intercâmbio e contribuição, a suíte oferece uma riqueza de novas capacidades baseado em fundamentos avançados de SOA (Serviceoriented architecture). Para exibição, a empresa apresentará as ferramentas baseadas na Web para colaboração e troca de conteúdo entre os locais dos eventos e o estúdio, gerenciamento automatizado de clipes, integração de metadata e gerenciamento de arquivos. A EVS também demonstrará o Ingest Funnel, um portal de processamento que automaticamente transforma, legaliza e masteriza todos os formatos de ingest. Com o Ingest Funnel, o conteúdo é preparado para o ar ou facilmente configurada para a pós-produção ou arquivo. O novo switcher que promete romper com o conceito de switcher tradicional, o EVS DYVI também estará disponível. Mostrando como os acionistas podem monetizar conteúdo de vídeo ao vivo, a EVS apresentará um conceito de ecossistema global baseado na sua plataforma de distribuição multimídia baseada em nuvem C-Cast. Assim, a empresa pretende oferecer aos acionistas a habilidade de envolver a audiência e criar pacotes de conteúdo individualizado para os seus telespectadores. Por fim, a empresa também falará sobre as soluções da EVS que a IBC TV adotou para a programação de notícias ao vivo da emissora. Segundo a empresa, a emissora usará servidores de produção ao vivo CS e um suíte de software IPDirector. PA



P 96

>>

Prévia IBC 2015

Digigram anuncia novas soluções para vídeo e áudio sobre IP Durante o IBC 2015, empresa dará foco nos codecs oferecidos e na atualização de software.

A

Digigram, empresa provedora de soluções baseadas em IP, promete apresentar soluções que visam a performance e os requisitos de custo de todas as aplicações de contribuição e distribuição de áudio e vídeo sobre IP. No estande serão apresentadas soluções que simplificam a captura e a entrega de audio de alta-qualidade através de redes sobre IP. Entre elas, estão inclusas a adição do protocolo RAVENNA/AES67 na linha de produtos IQOYA e diversas linhas de codecs. Também será possível conferir melhoramentos funcionais e de interface para a linha de produtos AQORD e AQILIM, voltadas para vídeo sobre IP, com o lançamento da atualização para a sétima versão do software de cada uma. “Os produtos que levaremos até a IBC2015 apresentam uma série de refinamentos-chave que permitem ao nosso consumidor estabelecer a distribuição e contribuição de video e áudio de alta-qualidade de forma confiável, flexível e de baixo custo”, aponta Philippe Delacroix, presidente e CEO da Digigram. “O carro chefe desses refinamentos é a introdução do suporte ao RAVENNA/AES67 na nossa linha de produtos de áudio sobre IP, como também os melhoramentos na interface do usuários que nós fizemos para os nossos produtos de vídeo sobre IP, que o tornou mais intuitivo para usuários com qualquer nível de conhecimento técnico”, completa. PA

Harmonic apresenta soluções de infraestrutura para distribuição de vídeo Entre as novidades, destaca-se a nova linha para processamento de vídeo Electra X desenvolvida para distribuição broadcast e OTT de conteúdos SD, HD e 4K.

A

Harmonic mostrará, pela primeira vez, no IBC 2015, o novo processador Electra X e o servidor de mídia Spectrum X.Também irá realizar demonstrações que irão destacar a economia significativa de espaço e custo que oferece o armazenamento Harmonic MediaGrid ContentStore 5840. O sistema incorpora o ProView 7100, um receptor-decodificador (IRD) multiformato de um único rack, capaz de processar e transcodificar stream MPEG com suporte para o padrão HEVC. Por ser uma solução baseada na tecnologia Harmonic VOS, é uma plataforma totalmente virtualizável que unifica o processamento de mídia para distribuição broadcast e multi-telas. Já o novo processador Electra X foi desenvolvido para distribuição broadcast e OTT de conteúdos SD, HD e 4K. Se trata de uma família de codificadores que suporta grafismo, branding e funções de playout ao mesmo tempo e que codifica em tempo real à resoluções full frame UHD/4K. A nova família incluí o Electra X2, de 1 unidade de rack (RU), ideal para aplicações de processamento de mídia SD e HD; e o Electra X3, de 2 RU, projetado especificamente para codificação em 4K até

2160p60 (HEVC Main 10). Com a tecnologia Pure Compression Engine da Harmonic, o Electra X oferece uma notável melhora na eficiência através da maioria dos formatos e codecs, incluindo MPEG-2, AVC e HEVC sobre CBR, VBR e ABR. Pelo que o novo servidor de mídia Spectrum X apresenta, é possível perceber que a Harmonic pretende melhorar a flexibilidade, a eficiências e rendimento da sua linha de servidores. Desenvolvido para aplicações de produção e playout, o Spectrum X facilita a transação para fluxos de trabalho IP com integração de SDI e IP I/O no mesmo chassi. Seu software baseado na tecnologia VOS, permite combinar arquivos e conduzir um ingest direto em banda base, com capacidades de playout, incluindo grafismos, branding, DVE, controle mestre e mix de áudio. Suporta formatos SD e HD, podendo ser escalonada até Ultra HD, e ocupa apenas 1 RU com capacidade de playout de até quatro canais, integrando-se facilmente em uma infraestrutura broadcast já existente, configurando-se como um servidor SDI, como um sistemas baseado em IP ou uma combinação de ambas as modalidades. PA



P 98

>>

Prévia IBC 2015

Vitec lança primeiro codificador HEVC portátil O produto será apresentado durante a IBC 2015 com outras soluções codecs da empresa.

A

Vitec, provedora de produtos de video digital, anunciou suas novidades para a IBC 2015. O destaque é para o MGW Ace, um codificador HEVC portátil. O aparelho é 100% baseado em hardware e permite a codificação e o streaming de vídeo, oferecendo compressão HEVC (H.265) e H.264.A Vitec, provedora de produtos de video digital, anunciou suas novidades para a IBC 2015. Equipado com uma ampla seleção de entradas e saídas e com baixo consumo de energia, o MGW Ace é ideal para streaming de qualquer video ou audio de alta-qualidade, assim como os requisitos de metadados KLV em campo ou em movimento. Outra novidade é o decodificador portátil MGW D265. Desenvolvido para decodificação para qualquer IPTV e aplicações full-motionvideo, o aparelho oferece um tamanho compacto, diversas opções de conectividade e delay ultra-baixo. Oferecendo suporte a HEVC, o MGW D265 permite que aplicações de vídeo IP se beneficiem com a redução de até 40% em largura de banda se comparado ao H.264. Como resultados, as instalações poderão reduzir as despesas operacionais ou melhorar a qualidade de imagem com configurações de largura de banda fixas. O decodificador oferece opções de conectividade HD-SDI, SD-SDI e HDMI além de latência end-to-end baixa de 400 milisegundos.

As novidades do sistema EZ TV IPTV também serão expostos no evento. O sistema permite a qualquer um a entrega de vídeo ao vivo, sobre demanda ou gravados através da infraestrutura IP já existente. Trata-se de uma solução em que os administradores poder criar, gerenciar e distribuir recursos de vídeo através da internet. Streaming com delay zero é o que promete o MGW Sprint, codificador/ decodificador MPEG-4 H.264 HD da Vitec. A aparelho IPTV permite streaming de audio e vídeo full-HD 1080p60 com menos de um frame de atraso. O codec estará disponível juntamente com toda a linha MGW de decodificadores. Os gravadores portáteis de proxy Focus FS-H50/60/70, que gravam até 1080p30 e com bit rates de até 8Mb/s, e o extensor SDI4Mosaic, que serve para conectar até quatro saídas SDI em um único display mosaico, serão as outros produtos apresentados pela empresa. PA

Yamaha apresentará o Rivage PM10 e a versão 1.7 do Nuage na IBC Além disso, haverão outros consoles digitais e interfaces

A

Yamaha apresentará no IBC 2015 seu novo carro-chefe em termos de console de áudios, o Rivage PM10. Com muitas inovações, o novo console traz maiores níveis de qualidade, flexibilidade, funcionalidade e confiabilidade em um console de grande formato que está dando muito o que falar. Também pensando em melhorar a eficiência nas tarefas cotidianas, assim como proporcionar um avanço significativo na produtividade e na qualidade no estúdio de produção, o sistema Nuage DW também será apresentado. O Nuage é ideal para aplicações comerciais que vão desde a pós-produção de audio até a gravação da música e mixagem. AYamaha fará demonstrações com a última versão do software (1.7) que traz suporte a Steinberg Nuendo 7 e incorpora uma série de melhorias de controle, suporte para dispositivos HPI para melhorar a comunicação do estúdio e um maior controle do Avid Pro Tools com atribuições de plugin e acesso direto. Os consoles digitais CL e QL também estarão no estande da empresa. Estas são voltadas para

ambientes broadcast, com a possibilidade de trabalhar em Surround panorâmico 5.1, monitoramento surround, Mix Minus, Frame Delay e compressor Buss Comp 369 no pacote Premium Rack. Novos usuários e profissionais experientes também terão espaço para conhecer os consoles digitais TF da empresa. Essa linha é voltada para aplicações com orçamentos apertados mas que precisam de uma ferramenta potente, intuitiva e rápida para operar. Como complementos, o estande ainda terá o novo conversor RMio64-D Dante/MADI e a interface RSio64-D Dante/Mini-YGDAI. O RMio64-D é baseado em conversores de frequência de amostragem, assegurando que, nas conversões Dante/MADI, os usuários possam simplesmente conectar e esquecer o ruído, dropouts e qualquer outra questão. Já o RSio64-D converte entre os formatos Dante e Mini-YGDAI até um máximo de 64 entradas e 64 saídas. A interface também é compatível a configuração remota dos consoles da série CL e QL. PA


Garanta a cobertura terrestre ISDB-Tb, com qualidade, com os melhores equipamentos Tektronix. Adquira o kit de análise de ISDB-Tb: RFM220 + MTM400A com 24% de desconto! Promoção exclusiva por tempo limitado!!! Ideal para quem gerencia os transmissores de TV digital e redes SFN. O RFM220 é um analisador de RF dedicado para ISDB-TB que facilita o dia a dia da operação de RF. Seus alarmes customizáveis dispensa profundos conhecimentos em análise de RF digital. Sintonize o canal desejado com o RFM220 e automaticamente obtenha métricas de potência, MER e estabilidade do canal RF ou estabilidade da rede SFN, com máscaras de potência e diagrama de símbolos. Possui memória de 7 dias e acesso remoto para comando e download de dados. Em conjunto com o MTM400A é uma solução completa para garantir a qualidade da sua cobertura. O MTM400A é uma solução de análise do Transport Stream e RF que permite detectar e alarmar falhas no transport stream da TV Digital ou baixadas satelitais em tempo real, garantindo uma transmissão digital sem erros. Métricas na análise de RF DVBS/S2: potência, MER, EVM, Jitter, Ruído de fase. Métricas na análise de TS: Programs, PIDs, PCR jitter, Compliance tests, Tables, thumbnails, Hexadecimal Analysis.

Preço Inicial Preço Inicial

Onde usar: - Na saída do Multiplexer de transmissão - Monitoramento de chegada do satélite - Monitoramento de Rede Operadora de Satélite Interfaces - ASI (MPEG - ISDBT - DVB - ATSC) - IP (Gigabit)

Esta promoção finaliza em 31 de agosto de 2015. Entre em contato conosco no tel 11 4058-0229 Visite nosso website www.tek.com


P 100 >>

Prévia IBC 2015

VSNExplorer melhora interface com o usuário Solução para gerenciamento de produção será destaque no IBC

D

e olho no IBC 2015, a VSN começou a anunciar novas funcionalidades para o VSNExplorer, sua solução de MAM, PAM, BPM e BI. A primeira delas é a possibilidade dos usuários personalizarem completamente o aspecto visual da solução, o que permitirá, por exemplo, utilizar suas cores corporativas, logos e imagens na interface durante seu uso diário. Desta forma, os usuários podem fazer seu próprio VSNExplorer e melhorar a experiência do usuário, fomentando a identificação com a solução por parte de cada cliente. Esta nova implementação acontece devido a constante demanda dos clientes que querem ter sua imagem corporativa na aquisição de soluções de tecnologia para terceiros. Com este diferencial em relação aos seus competidores, o VSNExplorer quer se posicionar como o único no mercado que se molda a identidade de cada um dos seus usuários. “Nós da VSN sempre escutamos atentamente aos nossos clientes para identificar o que eles mais reclamam no seu dia a dia, para incluir isso

em nossos planos de desenvolvimento”, aponta Jorge Muria, chefe de desenvolvimento da VSN. “Neste caso, a personalização do visual do VSNExplorer era muito pedida pelos nossos usuários, que vêem como algo muito positivo para fortalecer a solução de gestão de conteúdos da VSN’, conclui. Além do software, a empresa ainda levará ao IBC seus módulos Media Asset Management (MAM0, Production Asset Management (PAM), Bussines Process Management (BPM) e Business Intelligence (BI). PA

Ikegami fará demonstrações com câmeras 4K e 8K A Ikegami, em parceria com a NHK, exibirá a quarta geração de câmeras 8K no IBC 2015

A

Ikegami, fabricante de soluções de captação, levará para o IBC 2015 uma demonstração de possibilidades de produção em 4K e 8K com produtos da marca. Entre as novidades, poderemos ver a câmera Unicam 4K com três sensores CMOS de 2/3 de polegada. Entre outras vantagens, além da qualidade cristalina de imagem em UHD, destaca-se o uso do encaixe B4 que permite o acoplamento direto de lentes convencionais. Compacta e leve, a câmera Unicam UHD foi desenvolvida para uma fácil integração em um estúdio 4K e em unidades móveis. Permite trabalhar com sinais RGB sem compressão 4:4:4 de banda base a partir da cabeça da câmera até a unidade de controle para garantir a mais alta qualidade de transmissão possível. Outro destaque fica para os links híbridos 2K/4K de transmissão de fibra óptica de montagem em rack. A CCU-980 em combinação com o link BS-98, utilizadas nas câmeras atuais, permite entregar HD e UHD 4K processadas simultaneamente. Isso permite aos usuários empregar suas câmeras e acessórios HD existentes, incluindo lentes, para produções 4K como equipamentos econômicos até que estejam prontos para mudar definitivamente para o 4K. A câmera de produção com emissão Ikegami HDK-97ARRI e a câmera portátil HDK-97A 3G HDTV digital de 16 bits serão exibidas ao vivo com os links hibridos 98-BS 2K/4K e CCU-980.

Ikegami SHL-810 A principal novidade será a quarta geração de câmeras 8K que foi

desenvolvida em parceria com a NHK, emissora pública japonesa que participa do desenvolvimento dessa tecnologia desde a primeira geração de câmeras. A SHL-810 tem 1/10 do peso e tamanho do primeiro modelo de câmera 8K apresentado em 2002. A câmera possui um sensor Super CMOS com 33 milhões de pixels fazendo 4.000 linhas de resolução horizontal e vertical. O produto oferece saída 8K, 4K e 2K, tudo em qualidade nativa. Pode ser utilizada em ambientes de produção totalmente 8K ou em conjunto a outras câmeras 4K ou 2K. Além disso, permite o uso de lentes com encaixe PL. Também será possível ver um sistema de câmera robótica baseado em uma combinação da Ikegami HDL-45E montado em uma unidade de giro horizontal/vertical. O controle pan/tilt é feito através de um link de transmissão de fibra óptica Ikegami iHTR-100. PA


PAINÉIS DE ALTA DEFINIÇÃO Olimpíadas do Conhecimento

Lojas Marisa

Atuando como uma das principais empresas do segmento de Led no Brasil, somos especialistas em locação e realização de projetos Indoor, Outdoor. Também realizamos eventos de pequeno, médio e grande porte, projetos audiovisuais e interativos para todos os tipos de segmentos. Trabalhamos com os melhores e mais modernos equipamentos do mercado e oferecemos o que há de mais completo em exibição de imagens de alta definição em plataformas variadas, como Painéis de Led, Tv’s, Videowall, Fachadas Eletrônicas, Vitrines Eletrônicas, Eventos Corporativos, entre outros.

Eventos Esportivos

Sebrae - Premio de Design

Midia Outdoor Brasília - DF

Projetos Especiais

Jornal da Globo

Minas Trend - Desfile

Feiras e Estandes

NBB - Jogo das Estrelas Porshe GT3

Shows

Tedia Brasil Goodyear

CONHEÇA MAIS EM www.led10.com.br Rua Benedito Campos Moraes, 213

Vila Anastácio - São Paulo/SP - CEP:05094-010 Telefone: +55 (11)2115-3091 - Nextel: 927*23638

Maria Bethania

E-mail: contato@led10.com.br

Fernando e Sorocaba


P 102

>>

Prévia IBC 2015

NUGEN Audio apresentará upmixer e suporte a Leg(m) Além disso, serão mostradas novidades para administração de licenças no IBC.

A

NUGEN Audio apresentará suas novidades para o gerenciamento de áudio e ruído na pós-produção de filmes e televisão durante o IBC 2015. Nisto, incluem-se uma tecnologia de upmix para produção surround, novas funções de medição de ruído para produção de trailer teatral e um novo programa de licenciamento flutuando para clientes de médio e grande porte. Tecnologia upmix de estéreo para 5.1/7.1 A NUGEN desenvolveu uma série de processos próprios para o upmixing de áudio estéreo para 5.1/7.1 surround em produções de TV e filmes. O primeiro produto a incluir essa nova tecnologia será a ferramenta Halo Upmix, que será anunciada no IBC. O Halo Upmix foi desenvolvido para criação de um upmix estéreo para 5.1/7.1, compatível com downmix, com a opção de isolamento de diálogo em um canal central. O Halo Upmix estará disponível nos formatos Avid AAX, VST e AU. Gerenciamento de ruído Atendendo a um nicho de aplicações de gerenciamento de ruído profissionais, a NUGEN Audio introduzirá a medição Leg(m) em uma série de soluções existentes. O suporte a Leg(m) fornecerá funções de missão-crítica para profissionais de áudio que trabalham em produção

de trailers teatrais, além de complementar as funções de medição de ruído ITU dos produtos da NUGEN. A funcionalidade será oferecida como uma atualização gratuita para o medidor de ruído VisLM-H2, apara a ferramenta de conserto rápido de ruído LM-Correct 2 e para o processador LMB para análise de ruído e correção em múltiplos arquivos.

Administração de licenças Pensando nas dificuldades que organizações de médio e grande porte tem para administrar licenciamento multiterminal, a NUGEN mostrará uma tecnologia de licenciamento desenvolvida para simplificar e centralizar processo de gerenciamento de licenças para clientes de média a grande porte. Essa melhora estará disponível para todos os produtos de ruído da companhia e para o Halo Upmix. PA

Dalet apresentará integração com Adobe Premiere Pro No IBC 2015, a empresa focará a integração com as plataformas Dalet Brio e Dalet Galaxy.

A

Dalet anunciou suas novidades para o IBC 2015. A empresa fará demonstrações de suas soluções para gerenciamento de mídia, destacando a integração entre o Adobe Premiere Pro e as plataformas Dalet Brio e Dalet Galaxy. Através do painel da Adobe, os operadores do Dalet Brio podem iniciar, parar, controlar e ingestar diretamenta da interface do Adobe Premiere Pro. Além disso, o modo de chat e mensagem redesenhado recentemente oferece uma moderna interface de chat unificado com suporte para mensagens comuns, chat em grupo, mensagens offline e muito mais. O modo estará disponível para o Dalet Galaxy, Dalet WebSpace e no aplicativo móvel Dalet On-the-Go, A nova ferramenta Dalet Work Order também estará disponível. Voltada para optimização e melhora de uma rota de produção, a ferramenta permite importar ordens de trabalho de um sistema de terceiros como um objeto na plataforma Dalet Galaxy Media Asset Management (MAM). Os usuários poderão ver o progresso em qualquer momento durante todo o projeto. Por último, destaca-se que será possível publicar diretamente no Facebook e no Twitter através do Dalet Galaxy. PA



P 104 >>

Prévia IBC 2015

Thomson apresentará soluções de compressão e codificação HEVC Novos softwares também estarão disponíveis na IBC 2015.

A

Thomson Video Networks anunciou suas novidades para o IBC 2015, principal evento do segmento de produção audiovisual e broadcast da Europa. A empresa levará seus novos lançamentos de software que melhoram a eficiência de compressão para sua família de soluções de codificação SD/HD ViBE, além de um novo software para a suíte MediaFlex que simplifica o gerenciamento da entrega de conteúdo broadcast e multi-telas. Também serão apresentadas novas capacidades para sua multiplexação DVB-T2, IRD, e soluções para compressão 4K, assim como novas soluções para originação e distribuição multi-cast LTE eMBMS.

Simplificando o gerenciamento No IBC, a Thomsom revelará seu segundo lançamento da sua suíte MediaFlex, desenvolvida para simplificar serviços de gerenciamento para consumidores operando através de múltiplas plataformas de entrega. Combinado com o sistema operacional MediaFlex, a suíte pode oferecer recursos de compressão baseado nas prioridades para distribuição de velocidade, requisitos de qualidade de vídeo, otimização de consumo de banda e customização. Outra novidade será o lançamento dos softwares para as soluções de codificação HD/SD ViBE EM4000, VS7000 e XT 1000, que melhoram a eficiência de compressão de todos os padrões atuais e emergentes, incluindo MPEG-2, MPEG-4 e HEVC. O software possui novos algoritmos implantados na motor de compressão do núcleo usado nos produtos da Thomson Video, desenvolvidos para melhorar a performance de compressão em 10% para HEVC e MPEG-4 AVC e em 5% para MPEG-2.

Codificação 4K e multiplexação Uma demonstração da codificação de sinal de TV Ultra HD HDR (High Dynamic Range) para HEVC com a solução de codificação em tempo real ViBE 4K também será feita. A solução completa pega o sinal UHD HDR de um feed SMPTE 2084-compliant e o processa para oferecer um fluxo comprimido padrão

UHD HEVC Main10 com informação HDR específica. Em um único fluxo, as emissoras podem endereçar tanto os decodificadores HDR como as implantações não-HDR com o mínimo de informação HDR carregada no sinal. O SingleFeed estará no sistema de multiplexação e transporte NetProcessor 9030/40 e no receptor/descrambler RD1100. Ele foi desenvolvido para alimentar simultaneamente tanto receptores DTH e transmissores DVB-T2 com um único multiplex, resultando em uma economia de OPEX para operadores headend de DTTV. Além disso, o lançamento do codificador ViBE EM4000 oferece a multiplexação estática Flextream 2.0. Com isso, o codificador permitirá aos operadores incluírem componentes além do vídeo em uma multiplexação estática para otimizar o uso de largura de banda. O VS7000 também passa a suportar codificação HEVC, incluindo suporte entrelaçado e multiplexação estática.

Parcerias A Thomsom Video anunciará uma parceria com Expway, empresa especializada na entrega de conteúdo ao vivo e arquivos multimídia em modo multi-cast sobres redes wireless. As empresas trabalharam juntas para integrar uma cadeia fim-a-fim de transmissão de vídeo HEVC através de rede LTE eMBMS. No IBC, as duas companhias irão mostrar uma cadeia de transmissão que consiste em codificação ao vivo com o codificador ViBE VS700, encapsulamento BM-SC da Expway, provisionamento de serviços e dispositivos middleware eMBMS.

IRDs AThomsom ainda lançará uma nova linha de receptores/decodificadores (IRDs) da série MD. A linha é composta pela MD9000, uma plataforma modular de 2 RU que acomoda até 10 módulos, incluindo o receptor desclamber MD1100, o decodificador e receptor de distribuição MD4000, e o decodificador e receptor de contribuição MD6000. Por fim, a empresa anunciará o suporte para decodificação HEVC/H.265 para seus IRDs RD4000 e RD6000. PA



P 106

>>

Prévia IBC 2015

Roland lança mixer de áudio Console M-5000C suporta protocolos Dante, MADI, Waves Sound Grid e REAC

A

Roland anunciou o lançamento global do console de mixagem digital M-5000C. Este é a continuação da premiada M-5000, já apresentada este ano. Com um tamanho inferior a 74 centímetros de largura e pesando só 32 kg, a compacta M-5000C oferece toda a flexibilidade e potência da M-5000, mas ocupando um espaço menor. O console é voltado para turnês, broadcast, teatro e eventos ao vivo onde o tamanho precisa ser levado em consideração. Usando a plataforma O.H.R.C.A (Open High Resolution Configurable Architecture), que tornou sua antecessora tão popular entre os engenheiros de áudio, a M-5000C oferece uma nova dimensão sobre as possibilidades de configuração em consoles deste tamanho e de preço acessível. A plataforma O.H.R.C.A oferece 128 recursos de áudio definidos pelo usuário livremente, possibilidade de comunicação com múltiplos protocolos além de uma interface de usuário muito flexível, em qualidade de áudio de 24 bits / 96 KHz. Esta arquitetura aberta suporta protocolos como Dante, MADI, Waves Sound Grid e REAC, assim como pode codificar/decodificar áudio sobre vídeo usando SDI, DVI (HDMI) e SFP. Além da frequência de amostragem de 96 Khz, para uma qualidade superior de áudio, o console oferece um auxiliar de mixagem de 72 bits. O M-5000C possui 16 entradas e 8 saídas e incorpora dois slots de expansão que podem comportar REAC, Dante, MADI, Waves Sound Grid e outras entradas de expansão da série XI. Fluxo de trabalho intuitivo e flexível O fluxo de trabalho intuito e flexível é a chave no design da M-5000C. Com um grande número de características voltadas ao usuário, como

uma tela tátil de 12 polegadas controlada por 16 potenciômetros multifunção debaixo dela. Os 16 faders (de um total d 20), divididos em dois conjuntos de 8 faders cada um, podem trabalhar juntos ou isoladamente, podendo se comportar de 4 maneiras diferentes: Scroll horizontal, Spill DCA, Anchors e camadas definidas pelo usuário. Os 4 faders restantes podem ser atribuídos livremente aos canais ou auxiliares que o usuário achar necessário. O usuário também dispõe de 4 potenciômetros e 8 botões multiplicados por 3 bancos, que também podem ser atribuídos com aquelas funções que precisar acessar com urgência.

Integração Naturalmente, a M-5000C se integra com a extensa linha de produtos da Roland, transformando-a em um potencial peça para as numerosas instalações e sistemas que funcionam em todo o mundo. Além de uma extensa gama de caixas de cenário com múltiplas opções de entradas e saídas, também é compatível com o sistemas de monitores pessoas M-48 que oferece ao músico a possibilidade de trabalhar sua mixagem em monitores. O gravador R-1000, que oferece até 48 canais de gravação/reprodução, é uma solução muito confiável de gravação para o console. A M-5000C é a última aquisição da crescente linha de produtos baseados na plataforma O.H.R.C.A, cuja linha inclui a M-5000 que contêm 28 faders e foi ganhadora do prêmio “Melhor sistema de mixagem ao vivo” nos prêmios Pipa/Prolight & Sound International Press Awards. A M-5000C também estará disponível na IBC 2015, em Amsterdam. PA



P 108 >>

Prévia IBC 2015

Broadpeak: apresentará soluções CDN A empresa apresentará diversas possibilidades de aplicações no IBC 2015.

A

Broadpeak, provedora de tecnologias de streaming e redes de entrega de conteúdo (CDN, da sigla em inglês), separará e apresentará sua linha de soluções em quatro principais aplicações: over the top (OTT), na rede, na residência ou na saída (on the go).

Novo servidor de origem OTT A Broadpeak irá ampliar suas ofertas para provedores de conteúdo e operadores com o lançamento de um novo servidor de origem. A próxima geração de servidor de origem aumenta a lista de tecnologias para provedores de conteúdo além do umbrellaCDN da empresa. O umbrellaCDN, disponível como serviço ou produto, permite aos provedores de conteúdo sempre selecionarem o CDN mais adaptado para entregar o conteúdo de vídeo. O umbrellaCDN oferece uma variedade de recursos avançados, incluindo a habilidade de mostrar informação QoS vindo dos players enquanto oferece analíticos detalhados e dados de audiência em tempo real.

Na rede A demanda dos consumidores por conteúdos em vídeo para qualquer dispositivo continua a aumentar. A virtualização surgiu como uma dos métodos mais flexíveis e com melhor custo/benefício para serviços de pay TV. Pensando nisso, a Broadpeak dedicará uma parte do seu estande para as soluções de entrega de serviços de vídeo streaming. Nele, serão apresentadas: • Capacidades de PVR em nuvem, permitindo aos operadores oferecerem funções como start-over, time-shifting e catch-up TV, assim como gravação impulsiva, enquanto armazena o conteúdo uma única vez. • BkM100 CDN Mediator v5.0, um gerenciador de CDN unificado. Apresentando uma interface de usuário melhorada e novos recursos de otimização de largura de banda, que permite aos operadores limitar o número de dispositivos que podem acessar um serviço simultaneamnte e que adapta a taxa de bits conforme o tipo de dispositivo. •Solução de software de analíticos de entrega de vídeo BkA100, que agrega dados de vários componentes da cadeia de entrega de vídeo para oferecer às operadoras informações sobre consumo e qualidade de serviço em uma variedade de formatos. A função de relatório diário será demonstrada. •Tecnologias para aumentar a velocidade de mudança de canais para serviços IPTV ao vivo, aumentando o QoE dos usuários finais.

Na residência A tecnologia nanoCDN da Broadpeak permite aos operadores estender suas CDN em uma rede doméstica alavancando equipamentos como gateways broadband e set-top-boxes (STBs). O nanoCDN agora suporta quatro aplicações, que serão demonstradas no IBC. •Multicast ABR para entrega multi-telas ao vivo: agora disponível para STBs Android, o nanoCDN torna a entrega de vídeo OTT ao vivo para qualquer disponível realmente escalonável ao tornar milhões de gateways broadband, cable modems, roteadores Wi-Fi ou STBs em componentes ativos de uma infraestrutura de entrega de conteúdo do operador. Alavancando as redes domésticas, os operadores podem gerenciar os picos de consumo de serviços multi-telas para milhões de espectadores simultâneos usando apenas alguns megabits por segundo da sua rede. Isso é feito pela implementação do suporte multicast para formatos ABR. •Caching de vídeo transparente: esta aplicação do nanoCDN permite aos operadores lidarem com o crescente volume de conteúdo de vídeo nãogerenciado nos seus backbones eficientemente. Atraves do nanoCDN, os operadores podem reduzir os custos de peering para ISPs enquanto otimizão seus recursos de rede e melhoram o QoE para usuários finais. A aplicação abre caminho para novos modelos de negócio, permitindo aos operadores monetizar a capacidade de caching com donos de conteúdo, sem a necessidade de mudar sua configuração depois. •Precaching VOD: Aproveitando a tecnologia multicast e equipamentos instalados na casa das pessoas (os chamados CPE), a aplicação otimiza a capacidade de streaming e o QoE de usuários finais em serviços VOD. A solução é instalada no equipamento, permitindo-o agir como um servidor cache próximo aos usuários finais, já que o CPE está entre da rede doméstica. O multicast é usado para enviar conteúdo de vídeo para o gateway doméstico durante horas de pouca utilização. •Multi-telas por satélite: juntamente com a Eutelsat, o nanoCDN permite entrega de vídeo multi-telas por satélite.

On the Go Com a implantação rápida de redes 4G/LTE, entregar vídeo de altaqualidade em áreas populosas é uma realidade. Na IBC, a Broadpeak apresentará como o CDN pode ser estendida até a estação base pela implantação de cache e tecnologias do nanoCDN em uma plataforma de computação móvel. PA



P 110

>>

Prévia IBC 2015

ChyronHego levará atualizações de soluções de grafismos A empresa apresentará diversas possibilidades de aplicações no IBC 2015.

N

a IBC deste ano, a ChyronHego apresentará seu fluxo de trabalho fim-a-fim de grafismos BlueNet, incluindo soluções para melhorar a produção de grafismos offline e criação de gráficos em qualquer lugar usando importação e exportação de vídeo baseada em arquivo. Essas soluções serão apresentadas não só para criar grafismos broadcast 4K mas também para telas de videowall e ultra altaresolução, realidade aumentada e grafismos virtuais – todos oferecidos pela próxima geração de solução de fluxo de trabalho CAMIO 4.2 “A eficiência do fluxo de trabalho é nosso principal tema no IBC 2015”, aponta Johan Apel, presidente e CEO da ChyronHego. “Nós vamos demonstrar inovações desenvolvidas para fazer apresentações de gráficos mais rápidos, fáceis e com melhor custo/benefício da criação até o playout”, completa.

Channel Box Prime A sistema Channel Box da ChyronHego já é conhecido por oferecer à indústria uma das possibilidades de entregar elementos de branding como notícias minuto a minuto, placares de esportes, dados financeiros, informações meteorológicas, comentários de mídia social e promoções automatizadas. No IBC, a ChyronHego introduzirá o Channel Box Prime, um novo lançamento do Channel Box que foi desenvolvida para ambientes 64-bit. O Prime inclui novas funcionalidades para proporcionar liberdade criativa e performance. Um exemplo são os efeitos Warp, um efeito especial que se integra a soluções de modelagem e renderização do mercado como o Adobe After Effects e o 3ds Max.

CAMIO 4.2 Outra lançamento será a atualização para a versão 4.2 para o CAMIO, solução de gerenciamento de gráficos da Broadpeak. Como destaque fica a reformulação do LUCI, a interface modular

para produtores preencherem grafismos em sistemas de computadores da redação (NRCs).

Lyric64 e Studio MediaMaker Como novidades na IBC, será possível conferir o Lyric64 e o Studio MediaMaker. O primeiro é uma versão 64-bit para sua solução para criação e playout de grafismos. Incluí uma nova e melhorada interface de usuário que oferece acesso point-and-click à dados através da tecnologia Advanced Data Object. Na IBC o Lyric64 será apresentado em um ambiente 4K e em uma aplicação de video wall avançada. Já o Studio MediaMaker é uma solução para produção broadcast e stream em organizações menores e não-tradicionais. O MediaMaker oferece automação completa fim-a-fim de processos de broadcasting. Ideal para produções de todos os tamanhos, o Studio MediaMaker é uma solução fácil de usar que traz eficiência para operações sem precisar de salas de controle ou técnicos; de fato, a automação pode ser feita até mesmo pelo âncora sozinho. O MediaMaker funciona como um sistema independente e permite a integração com qualquer sistema de computador da redação compatível com MOS, se necessário, com entrega de conteúdo baseado em arquivo para MAMs internos, servidores de transmissão e websites.

Paint 6.1 A empresa ainda levará o Paint 6.1, solução telestration que oferece suporte para produções 4K e integração com sistemas e fluxos de trabalho EVS. A família Paint incluiu análise avançada de produção com ferramentas telestration desenvolvidas especialmente para as necessidades de transmissões esportivas. Com o Paint 6.1, as emissoras podem introduzir e desenhar um stream 4K em uma transmissão HD sem perder a resolução. Além disso, o Paint 6.1 está disponível também para plataformas Mac. PA



P 112

>>

Prévia IBC 2015

Dejero focará em transmissão e produção IP e na nuvem Além disso, será anunciada parceria com empresa de drones

A

Dejero levará sua plataforma LIVE+ para o IBC2015, principal evento do segmento de produção audiovisual e broadcast da Europa. A plataforma oferece funcionalidades para melhorar a capacidade das emissoras entregarem feeds primários e suplementares de vídeo ao vivo do campo com um custo reduzido, eficiência e facilidade de uso. “Na IBC deste ano, nós mostraremos uma nova linha de soluções de vídeo sobre IP que torna a aquisição de vídeo ao vivo e a distribuição multi-telas mais fácil e mais imediata do que nunca”, aponta Brian Cram, CEO da Dejero. A Dejero sikmplifica a adoção do IP e da tecnologia na nuvem para o transporte de vídeo, roteamento e distribuição para espectadores de TV e internet.

LIVE+EnGo – Trasmissor compacto e modular para aquisição de vídeo remoto Dando as caras pela primeira vez no IBC, o EnGo é um transmissor compacto que pode ser montado na câmera ou vestido que condifica vídeo H.264 e o transmite através de múltiplas redes IP. Utilizando conectividade de celular, Wi-Fi, Ethernet ou de satélite portátil, a tranmissão pode ser feita de qualquer lugar, até mesmo de um veículo em movimento. A solução é ideal para cobertura esportiva, noticiários e qualquer tipo de evento ao vivo remoto. Seu design modular permite a adição de módulos wireless para customizar o LIVE+ EnGo para a infraestrutura de rede wireless local.

LIVE+Multipoint – Compartilhamento baseado na nuvem de conteúdo de vídeo ao vivo O Multipoint é a mais nova rede de distribuição de video sobre IP profissional da Dejero, para trocas de vídeo de qualidade HD com baixa latência de local para local. A solução baseada em nuvem permite às emissoras e organizações de mídia enviar um stream ao vivo de qualidade broadcast de um local para vários locais simultaneamente, com o controle de latência de cada ponto final.

O Multipoint também pode ser usado para a troca de conteúdo gravado entre estúdios. A solução aproveita a internet, juntamente com a tecnologia de codificação de bit-rate adaptativo e a plataforma LIVE+ de transmissores, servidores, software e serviços em nuvem para oferecer uma solução resiliente que codifica e encaminha o conteúdo de uma única fonte para vários caminhos pelo globo.

LIVE+Control – Gerenciamento, relatórios baseado em nuvem

monitoração

e

Outra novidade será o Control, ferramenta de gerenciamento, monitoramento e geração de relatórios baseado em nuvem que simplifica fluxos de trabalho baseado em IP, usado em produções broadcast remotas. O LIVE+ Control gerencia todas as soluções de transmissão da Dejero, incluindo o EnGo, o GoBox, o VSET, o NewsBook e o aplicativo móvel. Acessando uma interface intuitiva de um navegador web, emissoras e profissionais de vídeo podem geolocalizar e controlar remotamente toda a linha de transmissores de campo. Eles podem monitorar o desempenho da transmissão e conexão, incluindo analíticos em tempo real, e prever e encaminhar feeds ao vivo ou gravador para um servidor broadcast LIVE+ para um playout tradicional ou para um servidor na nuvem LIVE+ para a distribuição web ou em dispositivos móveis. Parceria com fabricante de sUAS Aeryon para captura de vídeo ao vivo com drones A empresa ainda exibirá sua nova parceria tecnológica estretégica com a fabricante de pequenos sistemas aéres não-tripulados (sUAS, da sigla em inglês) Aeryon Labs para oferecer distribuição de vídeo HD pela plataforma LIVE+. Através da parceria, as emissoras poderão integrar vídeo ao vivo capturado com drones em suas produções. A solução Dejero Aeryon combina os transmissores e serviços na nuvem com o sUAS SkyRanger da Aeryon. PA


RAI Amsterdam Conference 10-14 September : Exhibition 11-15 September

Experience IBC

Attracting over 55,000 attendees from more than 170 different countries, IBC’s annual Conference and Exhibition provide an essential guide to the current and future direction of the electronic media and entertainment industry. IBC Conference • 6 streams over 5 themed days • 300+ speakers • Over 80 sessions

IBC Content Everywhere Europe Featuring: • IBC Content Everywhere Hub • IBC Content Everywhere Technology in Action Theatre

IBC Exhibition • 1,700+ key industry suppliers • Fourteen themed and easy to navigate halls • Touch & Connect networking technology

Plus: • IBC Awards • IBC Leaders’ Summit • IBC Rising Stars • IBC Future Zone • IBC Big Screen Experience

Register now to take advantage of our Early Bird rates at www.ibc.org/register

www.ibc.org IBC, Third Floor, 10 Fetter Lane, London, EC4A 1BR, UK t. +44 (0) 20 7832 4100 f. +44 (0) 20 7832 4130 e. info@ibc.org


P 114

>>

Programe-se!

Agenda Acompanhe aqui o roteiro com as melhores sugestões de congressos, festivais, exposições, mostras, cursos, treinamentos e eventos do mercado audiovisual.

10 a 15 de Setembro IBC 2015

Considerado uma versão europeia da NAB Show, o IBC reúne em Amsterdam os líderes da indústria de radiodifusão, broadband e produção audiovisual. Mais de 1000 estandes apresentam um panorama completo do mercado com tecnologias, produtos e serviços. www.ibc.org

16 a 20 de Setembro

Expomusic - Feira Internacional Da Música

O grande momento do setor onde os principais importadores e a indústria de fabricação de instrumentos se reúnem com todo o mercado. Lojistas, compradores corporativos, Músicos profissionais e amadores, instituições religiosas, artistas e endorseres, além do público final e das Escolas de Música, Professores e escolas de ensino público visitam a Feira em busca de novos produtos e imersão no mundo da música. Contempla as novidades em instrumentos musicais e os últimos lançamentos do mercado mundial, acessórios, equipamentos e tecnologia de áudio vídeo e show profissionais. www.expomusic.com.br

27 a 29 de Outubro

23º Congresso Gaúcho de Rádio e Televisão

A Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) promoverá o evento em Canela, no Centro de Eventos do Hotel Continental. Durante o congresso, ocorrerá a tradicional Feira de Equipamentos Técnicos onde o associado poderá conhecer os novos produtos que a indústria do setor está ofertando, bem como adquirir equipamentos com planos especiais de venda. www.agert.org.br

28 a 30 de Outubro Caper 2015

A 24ª edição da Exposição Internacional para a Indústria Audiovisual (CAPER) será realizada entre os dias 28 e 30 de Outubro, no Centro Costa Salguero, em Buenos Aires, Argentina. O evento é promovido pela Cámara Argentina de Proveedores y Fabricantes de Equipos de Radiodifusión e atrai principalmente visitantes argentinos, mas também da América Latina. www.caper.org.ar

11 a 13 de Novembro

23º Congresso Paranaense de Radiodifusão

O evento acontece no hotel Bourbon Cataratas, em Foz do Iguaçu, e contará com a presença de diversas autoridades, palestras, mesas de discussões e mais de 20 expositores, trazendo as últimas tendências do setor e promovendo novas oportunidades para conhecer e adquirir serviços de alta tecnologia. http://aerp.org.br/congresso

6 a 7 de Outubro

27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão

O evento acontece no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, e será mais um marco da história da comunicação no país. Jornalistas, empresários, especialistas de diversas áreas e figuras políticas nacionais debaterão a liberdade de expressão e o processo de intensa transformação vivenciado pelas emissoras de rádio e televisão, e o profundo impacto no modelo de negócio das empresas e na forma de consumir informação. www.congressoabert.com.br

19 a 25 de Outubro LDI 2015

Em sua 28ª edição, a Live Design International (LDI) é uma feira dedicada aos profissionais de design de todo o globo. A LDI cobre os mercados de teatro, concertos, clubes, parques temáticos, casas de culto e uma ampla gama de eventos internacionais ao vivo e broadcast. www.ldishow.com

18 a 20 Novembro Inter BEE

O Inter BEE - International Broadcasting Equipment Exhibition é realizado em Chiba, Japão, desde 1965. É promovido pela Japan Electronics Show Association e apresenta soluções para os mercados de Multimídia, Eletrônica de Consumo e Broadcast. www.inter-bee.com/en

16 a 21 de Abril 2016 NAB SHOW 2016

Feira e congresso promovidos pela Associação Norte Americana de Radiodifusores em Las Vegas. O NAB SHOW é considerado o maior evento do setor no mundo e é reconhecido pela capacidade de reunir os principais fabricantes e apontar as tendências dos setores audiovisual e broadcast. www.nabshow.com



HD, Extreme Speed ou 4K? A resposta é SIM.

A nova geração de tecnologias, como 4K ou extreme-speed 6X, pode oferecer uma liberdade criativa sem precedentes que deslumbra os espectadores. Mas, quem pode fornecer os recursos para as posições especializadas necessárias? Você pode. Nosso novo sistema de replay e câmera comutável LDX 86/K2 Dyno Universe foi concebido pensando no seu fluxo de trabalho. Agora você pode configurar qualquer câmera ou posição de replay para HD regular, 4K, ou extreme-speed com uma eLicense adequada, sem a necessidade de posições ou equipamentos adicionais. Triplique suas opções usando o mesmo espaço de rack, o mesmo número de operadores, e o mesmo número de posições. A produção ao vivo do seu jeito, e nós vamos ajudá-lo a maximizar a criatividade, respondendo às demandas dinâmicas de negócios.

LDX/K2 Dyno Universe da Grass Valley

Conte melhores histórias com as soluções para produção ao vivo da Grass Valley. Visite www.grassvalley.com/live.

Marcel Koutstaal

Vice-Presidente e Gerente Geral, Camera Product Group

Copyright © 2015 Grass Valley USA, LLC. Todos os direitos reservados. Belden é uma marca registrada da Belden Inc. ou de suas empresas afiliadas nos Estados Unidos e em outras jurisdições. Grass Valley, K2 Dyno eLDX são marcas comerciais ou marcas registradas da Grass Valley.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.