Panorama Hospitalar Ed. 14 Abril/2014

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Panorama Gestão - Tecnologia - Mercado

Ano 1 • No 14 • Abril/2014

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Mundial 2014

Sistema de saúde pública em contagem regressiva para a Copa do Mundo

espaço gestor

entrevista

Brasanitas Hospitalar é a primeira a conquistar a Certificação por Distinção dos Serviços de Higiene Hospitalar

Dr. Eustácio Vieira, do hospital Santa Joana, de Recife (PE), celebra os 35 anos da instituição neste mês de abril



Editorial

Panorama Edição: Ano 1 • N° 13 • Fevereiro de 2014

Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7732 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500 Publicidade - Gerente de Contas Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7724 Editora Keila Marques e. keila.marques@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7739 Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7727 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7728 Publicidade - Gerente de Contas Rosana Alves e. rosana.alves@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7723 Marketing Tomás Oliveira e. tomas.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7762 Graphic Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Felipe Barros e. felipe.barros@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Flávio Bissolotti e. flavio.bissolotti@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7762 Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7726 Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br t. +55 (11) 4197.7762 A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online s. www.revistapanoramahospitalar.com.br

N

essa edição o tema ‘preparação’ permeia algumas de nossas reportagens. Logo na reportagem de capa tratamos um assunto polêmico, a Copa do Mundo, e mostramos como a estrutura de saúde pública do País foi preparada para o Mundial, nas 12 cidades-sede. Segundo o Ministério da Saúde (MS), os recursos do governo federal não foram direcionados especificamente para a Copa, mas reorganizados para atender necessidades, principalmente, das cidades-sede. Por conta disso, nos últimos três anos o MS investiu R$ 5,4 bilhões em estrutura para essas cidades, abrangendo a estrutura médico-hospitalar, a melhoria de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e a qualificação do SAMU. Esses recursos também garantiram a aquisição de equipamentos e a construção e reforma de unidades de saúde das cidades que sediarão os jogos. Preparar-se significa também antecipar-se. E foi exatamente o que a Brasanitas, prestadora de serviços de limpeza para instituições de saúde, fez ao acompanhar a questão da acreditação ganhar mais relevância no País ao longo do último ano. Antecipando-se a esta tendência, a empresa propôs a criação da Certificação por Distinção dos Serviços de Higiene Hospitalar e foi a primeira a ser auditada a partir dos critérios do manual elaborado pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG) e validado pela Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar (SBHH). Para sentir-se preparado, o profissional faz treinamentos práticos e busca a resposta para suas dúvidas previamente. Porém, algumas coisas só podem ser percebidas no dia a dia, na percepção de si mesmo, do outro e do universo ao redor. Esse processo reflexivo é alcançado por meio do autoconhecimento e do relacionamento interpessoal. No ambiente corporativo, o feedback está entre as ferramentas que têm contribuído para ampliar a percepção que o profissional tem de sua atuação, sendo quase sempre utilizada por um gestor para com a sua equipe. O inverso acontece pouco, mas é igualmente importante, mesmo para quem atingiu alto nível de liderança. Na reportagem “E quando o gestor recebe o feedback?” vamos mostrar como a avaliação de sua equipe sobre o seu desempenho pode contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Aproveite a leitura!

Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: HR Gráfica

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Alameda Madeira, 53, Cj. 92 - 9º andar 06454-010 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br comunicação integrada

Abril, 2014

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Sumário

nesta edição

SUMÁRIO 10

Aposta no Brasil Em visita ao País, Luc Thjis, reforçou a importância do mercado brasileiro para os negócios da empresa na América Latina

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Processamentos acelerados Unimed Paulistana substitui software e acelera o processamento de análises e indicadores mensais

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Entrevista

Dr. Eustácio Vieira, fundador do hospital Santa Joana, de Recife (PE), e da Anahp, relembra as principais conquistas da instituição, que completa 35 anos neste mês de abril, e propõe a integração para o sistema de saúde brasileiro 22

Espaço Gestor MBA em Gestão de Organizações de Saúde lançado pela HSM Educação em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz começa neste mês de abril, em São Paulo (SP)

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MUNDO HOSPITALAR

Mundo Hospitalar

Fanem investe em exportação para expandir os negócios da empresa

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Reportagem de capa Confira as informações divulgadas até agora sobre a estrutura de saúde pública preparada para a Copa do Mundo nas 12 cidades-sede

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Certificação Brasanitas Hospitalar é a primeira empresa a conquistar a Certificação por Distinção dos Serviços de Higiene Hospitalar

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Feedback para o gestor Entenda como a avaliação da equipe pode contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional do gestor.

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Ferramenta de gestão Grupo Encore faz balanço dos ganhos obtidos com o sistema Tasy, da Philips, no projeto de reestruturação do Hospital Encore

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Catering é a aposta da Panasonic Brasil

A versão manual do Delicart será lançada no Brasil em maio, com preço mais competitivo e tamanho compacto, Entrevista

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Panorama Hospitalar


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Notícias

Hospital Pró-Cardíaco inaugura novo Centro Médico

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novo Centro Médico do Hospital Pró-Cardíaco, localizado em Botafogo (RJ), oferece consultas, exames, reabilitação e check-up. Além de outros exames, como raio-x, tomografia e ultrassonografia, também são realizados tratamentos de punções, biópsias, e drenagem de abscessos. Para oferecer atendimento para ecocardiografia, o Centro conta agora com quatro salas e novos equipamentos e procedimentos. Além de sessões de exercícios e acompanhamento nutricional realizados por uma equipe multidisciplinar em uma infraestrutura para reabilitações cardíaca. O Check-up + Pró-Cardíaco também passa a funcionar no Centro Médico. Elaborado para atender as necessidades dos pacientes, tem como foco o diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares e oncológicas mais frequentes. Seus maiores diferenciais são a avaliação clínica no mesmo dia e local, com duração média de quatro horas e meia; e exames exclusivos, como o que identifica pessoas mais vulneráveis a eventos cardiovasculares por meio da detecção de focos calcificados nas paredes das artérias antes da evidência de sintomas da doença ateroesclerótica coronariana. Recentemente, o Hospital Pró-Cardíaco passou a focar suas atividades também em tratamentos de ultra complexidade, como implante de coração artificial somando qualidade assistencial e inovação.

Robô vai guiar cirurgias de câncer no SUS de São Paulo

U

m robô, inédito em hospitais públicos paulistas, vai guiar cirurgias de pacientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, na capital paulista. A novidade faz parte do protocolo de pesquisa do ICESP. O equipamento irá beneficiar 1.070 pacientes da instituição nos próximos três anos com procedimentos minimamente invasivos. A idéia é que, futuramente, os benefícios (custo-efetividade e a segurança) da cirurgia robótica no tratamento do câncer seja uma realidade permanente para o SUS paulista. Sentado à frente de um console, os cirurgiões do Icesp irão acionar os comandos do robô e terão visão tridimensional, com profundidade, o que deverá permitir maior precisão das intervenções em relação às cirurgias convencionais e àquelas guiadas por videolaparoscopia. Espera-se que o novo equipamento propicie recuperação mais rápida e menos dolorosa aos pacientes, além de menor tempo de internação no hospital. As cirurgias com o robô, importado dos EUA, irão acontecer em cinco diferentes especialidades oncológicas: urologia, ginecologia, cabeça e pescoço, aparelho digestivo e cirurgias do tórax. Três

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Panorama Hospitalar

cirurgias já foram realizadas pelo Icesp com o novo robô, para retirada de tumores malignos da próstata, uma no dia 7, uma no dia 13 e outra no dia 18 de fevereiro. A Secretaria de Estado da Saúde investiu R$ 2 milhões no custeio das cirurgias realizadas pelo robô, que foi adquirido pelo Ministério da Saúde.


Notícias

Aplicativo de smartphone identifica remédios por código de barras

C

om o aplicativo “Caixa de Remédios”, desenvolvido pela empresa brasileira Ambiente Medicamento, o remédio pode ser identificado por meio do escâner do celular, que faz a leitura do código de barras da embalagem do produto. O banco de dados da empresa tem mais de 16 mil medicamentos comercializados no Brasil, facilitando assim a identificação. O software também reúne informação farmacêutica, lembretes, permite fotografar a embalagem para evitar a troca de medicamentos e ainda acompanha a rotina do paciente. “Como a caixa de remédios tem sido, na prática, o meio mais usado pelos pacientes para controlar sua medicação, nós resolvemos adaptar esse método para a mídia eletrônica, aproveitando os recursos disponíveis nos smartphones”, explica o diretor da Ambiente Medicamento Antonio Carlos Zanini. Outra funcionalidade do aplicativo Caixa de Remédios é proporcionar a supervisão do paciente à distância. Assim, o membro da família ou o funcionário responsável por garantir que uma criança ou um idoso tome os remédios certos todos os dias pode fazer o controle remotamente. “Com essas ferramentas, as chances de acidentes com medicamentos diminuirão significativamente”, afirma Zanini. Lançado em dezembro de 2013, em versão gratuita, o aplicativo pode ser instalado por meio de um dispositivo com o sistema operacional Android 2.3 ou superior.

O aplicativo Caixa de Remédios identifica o remédio por meio do escâner do celular, que faz a a leitura do código de barras da embalagem do produto.

Ricoh e InterSystems anunciam parceria para soluções em Saúde A Ricoh Americas Corporation, empresa norte-americana pertencente ao grupo japonês Ricoh, fabricante de soluções de impressão e em equipamentos corporativos para captura de imagens, anunciou uma parceria estratégica com a InterSystems, desenvolvedora de tecnologias para o setor de saúde, com o objetivo de criar novas soluções para saúde que podem aprimorar o fluxo de trabalho, reduzir custos e melhorar o atendimento ao paciente. A parceria visa possibilitar a criação de soluções tecnológicas interoperáveis para melhorar o gerenciamento de informações clínicas conectando dispositivos, sistemas, dados e organizações. A primeira solução apresentada ao mercado permite aos médicos fotografar uma lesão de um paciente recém-admitido e, automaticamente, anexar foto e informação no Prontuário Eletrônico de Saúde (EHR) via wireless. Antes de tirar a foto, o médico terá que usar a Ricoh Healthcare Camera para escanear a identificação encontrada no código de barras na pulseira do paciente e adicionar informações, e até mesmo gravação de voz, para descrever a lesão. No cenário de imagens, o InterSystems HealthShare integra a câmera, o EHR e a tecnologia Ricoh, empregando os padrões do setor clínico sem se limitar aos padrões de perfil para a troca de informações de saúde entre diferentes dispositivos, sistemas e organizações.

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Notícias

Samaritano inaugura espaço exclusivo para médicos

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ara oferecer um local reservado e aconchegante para a troca de experiências e o relaxamento entre um procedimento e outro, o Samaritano inaugura o Espaço Médico. Localizado no terraço do Hospital, o ambiente, que funciona das 6h às 22h, possui fitness center, vestiários privativos, concierge à disposição, lounge com café e quitutes, além do espaço gourmet Adherbal Maia com refeições exclusivas. Mais de 100 médicos visitam o novo espaço todos os dias. Na sala de estar, o corpo clínico da instituição e médicos assistentes poderão ter um momento de descanso na poltrona de massagem ou utilizar a mesa interativa para ter acesso à internet, uma ferramenta moderna e lúdica com diferentes aplicativos e recursos que permitem a leitura de publicações, checar e-mails ou escutar música, por exemplo. “É uma área especialmente criada para os médicos com o intuito de proporcionar momentos descontraídos e de convívio na

intensa rotina da equipe”, destaca o diretor executivo do Samaritano, Dr. Marcus Santos. Localizado em Botafogo, no Rio de Janeiro, o Samaritano está entre os mais modernos centros de prevenção, diagnóstico e tratamento do país e conta com equipe médica para diversas especialidades.

Indeba firma parceria com Associação de Hospitais de Porto Alegre A Indeba, empresa da área de higiene institucional, fechou parceria com a Associação de Hospitais de Porto Alegre (Ahpa), para desenvolver uma solução customizada e integrada de lavagem e higienização, que atende às exigências dos hospitais. A Ahpa é responsável pela unificação dos serviços de lavanderia de oito grandes e médios hospitais do Rio Grande do Sul, entre eles o Hospital Mãe de Deus e o Hospital das Clínicas. Com isso, a Indeba conquistou a liderança no segmento de lavanderia hospitalar no Rio Grande do Sul. A parceria inclui a montagem de duas centrais de lavagem, com equipamentos automatizados de dosadores de produtos, gerenciados remotamente por wi-fi, e o fornecimento de oito toneladas de produtos químicos mensais. A central de lavanderia, cuja sede fica em Porto Alegre, tem capacidade de produção de 23 toneladas de roupa por dia, ou cerca de 700 toneladas por mês, com perspectivas de alcançar 35 toneladas por dia. Para atender à demanda dos hospitais, a Indeba desenvolveu 15 processos diferentes de lavagem, com um mix de seis produtos. Com sede e fábrica em Salvador e 48 anos de tradição, a Indeba possui ampla rede de distribuição, com equipes de consultores comerciais e técnicos. São 32 unidades próprias ou distribuidores autorizados, que comercializam cerca de 200 produtos químicos de higienização e limpeza, divididos em sete linhas de atuação.

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Notícias

Hospital Moinhos de Vento lança a TV Moinhos

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TV Moinhos apresenta programas produzidos especialmente para os pacientes e seus acompanhantes. Como um dos objetivos da TV Moinhos é desenvolver canais educativos, o primeiro programa ensina os direitos e os deveres do paciente e está sendo veiculado nos quartos do Hospital pelo canal 40, além do site na internet. O conteúdo é apresentado de forma lúdica e didática, utilizando desenho animado, ambientado em cenários reais do hospital. Russel Tate, um talentoso desenhista australiano, produziu personagens simpáticos, que lembram os clássicos da animação dos anos 1960, como Flintstones e Jetsons. Nesse programa, um dos personagens, o Sr. Wilson, aprende seus direitos durante uma internação, e, antes de receber alta, ensina aos telespectadores os seus deveres. “Ao educar o paciente, favorecemos que sua participação no tratamento seja ativa e responsável, repercutindo na qualidade da assistência”, explica o Dr. Luciano Hammes, Superintendente de Pesquisa, Educação e Responsabilidade Social.

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O primeiro programa, com duração de 21 minutos, levou um ano para ser produzido e envolveu profissionais do próprio Hospital. A previsão para os próximos anos, é a criação de programas que englobam desde a história do Moinhos até a prevenção de doenças. Para conhecer a TV Moinhos, acesse: http://www.iepmoinhos.com.br/tvmoinhos/

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Presidente da Agfa HealthCare visita o Brasil Em visita ao País, Luc Thjis, reforçou a importância do mercado brasileiro para os negócios da empresa na América Latina

PH - Qual é a importância do mercado brasileiro para a Agfa Healthcare? Thijs - O mercado brasileiro está relativamente próximo dos mercados europeu e norte-americano. Gestores de hospitais e diretores de departamentos de radiologia acreditam no valor da tecnologia, diferentemente de muitos outros profissionais oriundos de países economicamente mais desenvolvidos. Eles entendem o que a tecnologia da informação e os serviços podem trazer para os cuidados com o paciente e os negócios do hospital. O nosso market-share em radiologia é de cerca de 40%. Para os nossos negócios, o Brasil está para a América Latina como a China está para a Àsia. O Brasil representa entre 50% e 60% do mercado latino americano. PH - Qual foi a participação do Brasil nos resultados da AgfaHealthcare no último ano? Thijs - Nós ainda não publicamos os resultados de 2013, mas posso dizer que foi bem significativo no resultado total. Há 13 anos, quando eu morava aqui, o mercado era pequeno. Hoje posso afirmar que é 10 vezes maior e que o crescimento tem sido constante, com investimentos não só em radiologia, mas em todo o hospital. PH - Qual é o grande desafio em relação à integração com tecnologias de outras companhias? Thijs - A Agfa não está interessada em vender somente produtos, mas soluções completas, com todas as integrações. Os grandes players estão aqui no Brasil e todos eles seguem padrões internacionais. Antigamente, poucos padrões internacionais eram utilizados. Depois que os padrões da área de radiologia foram levados para outros departamentos, muitos players começaram a seguir esses padrões. Esse processo ainda está começando e cada país tem um módulo com especificidades locais. A elaboração do módulo personalizado para o Brasil do Integrate Healthcare Enterprise (IHE) já começou.

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Crédito: Panorama Hospitalar

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presidente mundial da Agfa HealthCare, Luc Thjis, esteve no Brasil em fevereiro e reforçou a importância do mercado brasileiro, que representa hoje 60% dos negócios da empresa na América Latina. Segundo ele, nos próximos anos o Brasil vai passar por uma transformação no modelo de assistência médica, na qual os cuidados aos pacientes irão abranger desde a prevenção até o cuidado pós-tratamento. Outra mudança prevista por Thijs está na integração de hospitais, tanto horizontal quanto vertical, que vai resultar na consolidação de grandes núcleos hospitalares.

PH - Qual é o maior desafio da Agfa HealthCare em grandes hospitais, em comparação com hospitais europeus e norte-americanos? Thijs - Temos clientes grandes no Brasil, com operações comparáveis às de hospitais europeus. Eu não sinto muita diferença em relação aos hospitais europeus e norte-americanos, levando em consideração não só os aspectos de radiologia, mas do hospital inteiro. Nos últimos 13 anos, o mercado amadureceu muito, principalmente em recursos de gestão, buscando eficiência e produtividade. PH – Quais mudanças você prevê para o modelo brasileiro de assistência médica? Thijs - Acredito que daqui a 10 anos nem todos os hospitais que vemos hoje existirão. Muitos deles trabalham com escalas muito baixas, será muito difícil manter a competitividade. Vamos ver consolidações de hospitais que estão na liderança e que comprarão outros hospitais, como a Rede DO’r. Isso já vem acontecendo nos Estados Unidos, são integrações tanto horizontais quanto verticais. No futuro, ninguém vai poder viver isolado. A assistência médica não vai mais se restringir ao cuidado adquirido, vai abranger a prevenção e os cuidados pós-tratamento. Provavelmente São Paulo vai passar por essa transformação mais rapidamente. PH - Quais são as suas expectativas para o mercado brasileiro neste ano? Thijs - Em longo prazo, o mercado brasileiro só vai crescer, claro que de acordo com as depreciações do mercado. Porque no ano passado isso aconteceu não só no Brasil, mas em vários outros países. Nós [a Agfa] estamos aqui há muito tempo e não vamos sair. Contamos uma equipe formada por brasileiros, temos só um funcionário estrangeiro aqui. Há muitos bons profissionais no Brasil e na América Latina. PH


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Notícias

Unimed Paulistana acelera o processamento de análises e indicadores mensais Crédito: Divulgação/Unimed Paulistana

O projeto de substituição de software contemplou a migração de cerca de 1.600 objetos e a conversão de um conjunto de 12 relatórios cia de diversos processos manuais. O Sistema Unimed, composto por 360 cooperativas médicas, presta assistência a mais de 18 milhões de clientes em todo o país. “Além de difundir a cultura de acompanhamento de indicadores, a Cooperativa precisava que as análises fossem apresentadas de maneira simples e objetiva, cujos resultados pudessem ser imediatamente percebidos”, ressalta Cassius Marcelo Ferreira, Analista de ETL Sênior da Unimed Paulistana. O departamento de Informações Gerenciais (anteriormente denominado Business Intelligence) desenvolve relatórios e estudos que apoiam a maioria das áreas de negócio da empresa. Nos últimos anos tornou-se uma necessidade a substituição da plataforma Business Objects 6.5 (BO), a ferramenta de BI anterior utilizada pela equipe do departamento.

Migração

Um relatório que demorava em média três dias para atualizar e gerar todas as análises em apresentação (PPT), agora leva 2h para o processamento e disponibilização em dispositivos móveis

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gilidade no desenvolvimento de indicadores, análises dinâmicas e objetivas, disponíveis em dispositivos móveis e a conquista de um processo de tomada de decisão mais rápido. Esses foram alguns benefícios alcançados pela Unimed Paulistana, ao substituir sua antiga plataforma de BI por uma solução da MicroStrategy, fornecedora de plataformas de software empresarial. O cenário era de uma solução obsoleta, falta de dinamismo nas análises e a existên-

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A plataforma MicroStrategy gerou mais produtividade dos analistas do hospital. Um relatório que demorava em média três dias para atualizar e gerar todas as análises em apresentação (PPT), agora com MicroStrategy demora apenas 2h para o processamento e disponibilização no dispositivo móvel do corpo diretivo da Cooperativa, eliminando a necessidade de desenvolvimento da apresentação em PPT. “Conseguimos mais dinamismo, pois os relatórios anteriormente produzidos eram estáticos. Devido aos poucos recursos da ferramenta anterior, os relatórios tinham que ter muitas cópias, ou seja, guias replicadas para dar diferentes visões”, explica Ferreira. A migração dos relatórios da antiga para a nova plataforma está acontecendo de maneira gradativa, e foi projetada por área. O projeto de implantação do Microstrategy contemplou a migração de um universo do BO com cerca de 1.674 objetos e a conversão de um conjunto de 12 relatórios com uma ampla gama de informações. Além da migração do BO, o projeto englobou o desenvolvimento de três dashboards em iPad, para uso da diretoria da Unimed Paulistana e proporcionou uma nova forma de acesso e utilização das informações do BI. Também existia uma rotina diária que era executada manualmente para extrair informações da base de dados do sistema transacional, gerar relatórios, exportar e encaminhar por e-mail para um grupo de pessoas. A geração de todos os relatórios e programação do envio levava cerca de 8h30 para execução e um adicional de 4h para colocá-los no padrão de envio desejado por cada área e programar o envio por email. Todo este processo foi automatizado na plataforma MicroStrategy, desde a extração até o agendamento de envios por email ou para arquivos. Pode-se dizer que o hospital literalmente eliminou um esforço diário, e desnecessário, para gerar e enviar informações. PH


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Sistema de gerenciamento de dados A Stryker apresenta o SDC3, uma solução de gerenciamento de dados intuitiva para o centro cirúrgico. Ideal para o ensino à distância, o SDC3 captura imagem e áudio com resolução HD, faz fotografias, e armazena esses arquivos em disco rígido externo, CD, DVD ou Compact Flash Card. A tela do equipamento exibe o status de dispositivos cirúrgicos em todos os monitores: insuflador, shaver, câmera, fonte de luz, etc. As configurações de perfil de usuário são personalizadas, permitem criar mais de um login, guardar anotações e importar dados de pacientes. O armazenamento interno tem capacidade para até 500 procedimentos. No entanto, é possível editar e armazenar arquivos utilizando o Studio 3, uma solução da Stryker de armazenamento centralizado para arquivamento e gerenciamento de vídeos cirúrgicos e imagens.

Estetoscópio de Inox de Alta Precisão A linha Eternity foi desenvolvida pela CBEMED para oferecer um produto de alta precisão e design clássico para os profissionais da saúde. A linha é formada por três modelos, o Inox Master Duplo, Master Standart e Cardiológico. Os produtos têm a estrutura toda de aço inoxidável, que contam com tubo de PVC com mola integrada e anéis criados para evitar que o toque da peça gere a sensação de frio ao paciente. Além disso, possuem excelente auscultação cardíaca e pulmonar. O produto já está registrado na Anvisa. Na foto, o modelo cardiológico.

Big Brother do coração

Crédito: Divulgação/CBEMED

O Big Brother do coração, como é apelidado entre os cardiologistas, foi debatido durante o XXXV Congresso da SOCESP, realizado entre 21 e 24 de março, em São Paulo (SP). A tecnologia é uma ferramenta importante para portadores de marcapasso ou outro Dispositivo Cardíaco Eletrônico Implantével (DCEI), pois o aparelho monitora o ritmo cardíaco e o estado do sistema de estimulação cardíaca artificial. Essas informações clínicas são encaminhadas para uma central, que as envia periodicamente ao médico responsável por email ou SMS. No Brasil o sistema está disponível desde 2004, mas só agora está recebendo investimento, principalmente, para contar com uma equipe de profissionais exclusivamente dedicados à avaliação e o monitoramento remoto de seus pacientes. Segundo Carlos Eduardo Duarte, cardiologista/ritmologista e palestrante do evento, “a detecção de arritmias potencialmente graves foi antecipada em até 40 dias em alguns casos e houve redução de até 45% das consultas presenciais/paciente/ano”, conclui. 14

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N

Rastreabilidade

Acesso

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Vigilância

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RFID

- Eficiência Energética: Medição de energia, Otimização, Economia, Iluminação, HVAC, Energias Renováveis, Automação. - Soluções em rastreabilidade utilizando RFID como: Enxovais e rouparia, RN (recém-nascidos), pacientes, staff, equipamentos de alto valor agregado como próteses, medicamentos controlados, ativos fixos, equipamentos de informática, inventário instantâneo (vigilância de ativos), rastreamento de documetos, controlar saídas de funcionários com determinados equipamentos e controle de produtos consignados em outros locais. - Rastreabilidade integrada ao Controle de Acesso e Vigilância: Permite a rastreabilidade dos equipamentos e ativo fixo em geral nos seguintes âmbitos: Inventário em curto espaço de tempo dos itens, identificação do último local por onde passou o item, quais pessoas estavam ao redor do item quando ele foi lido pela última vez, integração da imagem digital da última ocorrência do item, identificação de ativo fixo ou equipamento em área não permitida, desativação do acesso em áreas por motivo de emergência, habilitação de imagens gravadas pelas câmeras de CFTV no momento das ocorrências, e disponibilização online.

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Ficha Técnica

Tomógrafo que capta imagem do coração no momento da pulsação chega ao Brasil

Crédito: Divulgação/GE HealthCare

Na fotografia, quanto mais rápida é a captura da imagem, maior será a capacidade da câmera de “congelar” objetos em movimento e retratar o instante de maneira fidedigna. O mesmo acontece com equipamentos médicos de diagnóstico por imagem. Para contornar essa dificuldade, a GE Healthcare apresenta o Revolution CT, tomógrafo computadorizado que consegue capturar imagens de diversas estruturas do corpo mesmo em movimento. O equipamento utiliza um sistema de alta resolução aliado a um sistema de correção de movimentos, proporcionando um nível superior de precisão na captura da imagem e, consequentemente, melhor definição. Além disso, o Revolution CT também garante baixa dose de radiação e ampla cobertura da anatomia examinada, possibilitando a visualização de partes inteiras do corpo, como crânio e abdômem. Um grande destaque do scanner é a possibilidade de tirar uma perfeita foto 3D do coração no momento de uma pulsação, sem prejudicar a qualidade do exame. O Revolution CT também conta com uma tecnologia chamada Whisper Drive, que deixa o exame mais silencioso e menos assustador para as crianças, que, muitas vezes, não conseguem permanecer paradas por muito tempo.

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Entrevista

Dr. esutácio vieira.

“Nem privada nem pública: saúde integrada” Fundador do hospital Santa Joana, de Recife (PE), e da Associação Nacional de Hospitais Privados, Dr. Eustácio Vieira relembra as principais conquistas da instituição, que completa 35 anos neste mês de abril, e propõe a integração para o sistema de Saúde brasileiro

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Dr. esutácio vieira.

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ntes mesmo de formar-se médico, o ‘Dr. Francisco Eustácio Fernandes Vieira fundou com seus dois irmãos a Casa de Saúde Santa Helena, em 1965, para atender os trabalhadores da Usina Trapiche, no interior de Pernambuco, e parte da população da região. Na época, o Dr. Eustácio ainda cursava o último ano da faculdade. Pouco tempo depois, os irmãos abrem a Clínica Santa Helena, pioneira no Nordeste na implantação da medicina de grupo. Prestar um serviço diferenciado na área hospitalar era o que motivava os irmãos a expandirem os negócios, e eles inaugurarem então, em 17 de abril de 1979, na cidade do Recife, o Hospital Santa Joana, com uma nova concepção em arquitetura hospitalar, o uso de cores na decoração e climatização em 100% dos ambientes. Há mais de três décadas envolvido em atividades empreendedoras e associativas do setor hospitalar, Dr.Eustácio Vieira também participou da fundação da Associação Nacional de Hospitais Privados da qual hoje faz parte do Conselho de Administração. Neste mês de abril, o hospital Santa Joana completa 35 anos. Entre as conquistas mais marcantes dessa trajetória, Dr. Eustácio destaca a acreditação da Joint Comission International, que garante a vaga entre as 22 instituições acreditadas pela JCI no País. Em visita a São Paulo, Dr. Eustácio concedeu entrevista à Panorama Hospitalar e falou sobre os investimentos do hospital, a conquista da acreditação JCI e deu sua opinião sobre o atual modelo assistencial do País: “Saúde tem de ser considerada peça única: nem privada nem pública, mas integrada”. Panorama Hospitalar - Quais são os diferenciais do hospital Santa Joana? Dr. Eustácio Vieira: Desde que adquiriu a mais importante acreditação internacional que existe para hospitais e serviços de saúde, a JCI, e, para isso, foi avaliado em mais de quatro mil atributos. O hospital Santa Joana, desde a

sua fundação em 1979, o hospital se caracterizou pelo pioneirismo em diversos serviços. Fomos o primeiro hospital privado das regiões Norte e Nordeste a ter uma UTI, a oferecer o serviço de radiologia 25h, em regime de plantão, o primeiro a disponibilizar um médico pediatra na maternidade 24h, especialidade que hoje é chamada de neonatologista. O projeto de arquitetura do hospital é diferenciado. Na época em que foi construído, o Santa Joana foi considerado moderno e arrojado, porque dispensamos complemente o branco, passamos a usar cores, e fizemos uma estrutura 100% climatizada, com controles individuais em todos os ambientes. Depois nós fomos expandindo e melhorando outros aspectos, sempre buscando referências fora e dentro do Brasil. PH - Quais núcleos de especialização têm mais destaque no hospital? Dr. Eustácio Vieira: O hospital é mais dedicado à alta complexidade. Sempre fomos referência em atendimento de pacientes politraumatizados e tivemos uma dedicação muito especial à neurocirugia. A cirurgia da coluna, e ortopédica de um modo geral, a oncologia clínica e cirúrgica, a pediatria clínica e cirúrgica, foram as especialidades de um modo geral que receberam mais atenção. Para isso, é imprescindível que você tenha uma retaguarda de centros de cuidados intensivos muito bons, tanto para adultos quanto para crianças, e o hospital possui hoje cinco unidades fechadas em tratamento intensivo. Uma CTI geral adulta, um coronariana, uma pediátrica, uma neonatal e uma unidade de oncohematologia clínica com transplante de medula óssea (OTMO). PH - Houve dificuldade para formar um bom corpo clínico no hospital? Dr. Eustácio Vieira: Sem dúvida. Este é um problema comum a todos os hospitais e tem se tornado extremamente dispendioso para as instituições, porque nós concorremos cada vez mais. Concorremos

Entrevista

com serviços públicos e a remuneração médica dada pelas operadoras de saúde, que não é atrativa para o médico. Então é uma tarefa cada vez mais vez difícil. PH - Quais foram as principais conquistas do hospital Santa Joana nesses 35 anos? Dr. Eustácio Vieira: A maior conquista é a acreditação da JCI. Há mais de seis mil hospitais no Brasil, entre públicos e privados, sendo 64% privados, e apenas 22 instituições, incluindo centros de diagnósticos, possuem a JCI. Minha filha, Juliana Vieira, foi a grande incentivadora e comandante do [processo para conseguir a acreditação] do JCI. Não falo com a emoção de pai, pois sei que ela tem o reconhecimento da instituição, mas por que a ela foram agregados outros valores fundamentais que hoje fazem parte do nosso corpo gerencial. A parte que não é tangível nem mensurável é a nossa credibilidade, representada por quase 4.500 colaboradores que também são responsáveis por outra grande conquista: o respeito e a admiração da sociedade pernambucana e nordestina em geral. PH - Muitas das facilidades hoje disponibilizadas no hospital são dignas de um hotel de luxo. Essas facilidades são uma demanda dos pacientes e visitantes do hospital? Dr. Eustácio Vieira: As facilidades que nós oferecemos são uma consequência da demanda e do tipo de público atendido no SanAbril, 2014

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Entrevista

Dr. esutácio vieira.

mergência, que foi ampliada e modernizada? Dr. Eustácio Vieira: Vamos inaugurar dentro de dois meses uma UTI de pediatria, uma especialidade que não interessa muito ao empresariado, que é reconhecidamente não lucrativa dentro do setor privado. Mas nós temos uma tradição e desde a inauguração do Santa Joana, a pediatria e a maternidade são parte da cultura do hospital. Além disso, estamos inaugurando a ampliação na qual a modernização total da multiemergência médica e vamos introduzir uma ferramenta muito importante, o conceito de Patient Inteligent Identification (PID), suportado pelo sistema radio frequency identification (identificação por radiofrequência – RFID). É uma pulseira inteligente para o registro, a identificação, localização, monitoração e assistência multiprofissional ao paciente, desde a entrada na multiemergência até a alta ou encaminhamento para a internação. Somos o segundo hospital do País a utilizar essa pulseira inteligente.

Dr. Eustácio Vieira: Primeiramente é ter sensibilidade para identificar os elementos mais importantes para oferecer os melhores cuidados médicos e assistenciais com qualidade e segurança. Com o tempo, surge a necessidade de criar meios de controle gerenciais. Você precisa ser um grande conhecedor de áreas fundamentais dentro do hospital, principalmente as relacionadas aos suprimentos de alimentação e serviços básicos. Nas últimas décadas, o Santa Joana se modernizou muito e hoje temos colaboradores que impulsionam o crescimento do hospital, por isso temos setores que não são exigências do JCI, como o grupo de melhores práticas, um projeto implementado pela Anahp. Também temos um grupo administrativo responsável pelo processo completo do paciente no hospital. Então, o elemento mais importante no hospital nos últimos 15 anos foi de natureza humana fazendo referência aos valores adotados pelo corpo gerencial do hospital.

PH - No último ano, o hospital Santa Joana investiu 8 milhões de reais na expansão da infraestrutura e em equipamentos. O que foi contemplado no investimento? Dr. Eustácio Vieira: No ano passado nós inauguramos uma CTI, que ocupa um andar inteiro do hospital. Nós valorizamos muito a parte de humanização em ambientes fechados. Todos os leitos têm janela com vista para a área externa do hospital, são espaçosos, e toda a parte de tecnologia foi muito bem incorporada em todos eles, com sistemas de monitoração, equipamentos modernos. Temos dentro dessa unidade seis apartamentos que permitem a presença dos familiares das 7h às 22h, individualizados, com banheiros privativos.

PH - O que motivou a criação do conceito de Patient Inteligent Identification (PID)? Dr. Eustácio Vieira: Nós fizemos um estudo sobre o tempo que o paciente leva em cada procedimento, na triagem, na primeira consulta, na realização de exames, na sala de medicação, etc. Usando a pulseira inteligente, o paciente é monitorado enquanto está na multiemergência ou nos espaços interligados. Quando ele ultrapassa o prazo de um procedimento, o desenho que o representa na tela de monitoração muda de cor, sinalizando o atraso. Com esse fluxo, queremos a redução do tempo. Se existe algo complicado na atividade médico-hospitalar, hoje, no mundo, se chama emergência. Nós ainda não concluímos a implantação dessa ferramenta, mas já temos pelo menos 2/3 do processo e a conclusão se dará neste ano.

PH - Você é um médico empreendedor. Quais são as suas referências em gestão hospitalar? Dr. Eustácio Vieira: O hospital Santa Joana foi criado por mim e mais dois irmãos. Logo depois ficamos eu e outro irmão. Há 28 anos eu presido essa instituição e meu irmão preside outro hospital nosso, o Memorial Santa José [inaugurado em junho de 1989], que também é acreditado pela JCI. Mas nós viemos de outro hospital, menor, fundado quando eu estava no último ano de faculdade, chamado Santa Helena. Quando começamos, não existia, nem se comentava sobre, o especialista em gestão hospitalar, então a nossa cultura era muito pessoal, pelo menos durante as duas primeiras décadas. Muito do que aprendemos como médicos, nos anos em que trabalhamos em hospitais acadêmicos do Brasil e do exterior, influenciou o nosso modo de gerenciar um hospital.

PH - Quais são os destaques da UTI de pediatria, a ser lançada neste ano, e da multie-

PH - O que você considera fundamental na administração de um hospital?

PH - Você foi eleito dirigente hospitalar do ano em 2011. A que você atribui a premiação?

ta Joana, que ainda carrega o peso do hospital classe A. Mas eu diria que após os avanços econômicos que tivemos no Brasil, o hospital pode ser considerado de classe B também. Eu espero muito em breve que o hospital Santa Joana possa prestar serviços especializados para a classe C. Por conta da origem e do processo evolutivo do hospital, nós oferecemos serviços na área de lazer, como restaurante e lanchonete, a brinquedoteca para a área de pediatria, um projeto musical nos apartamentos dos pacientes, e o vip lounge para a celebração do nascimento sem comprometer o descanso dos internados na área de maternidade. PH - Qual é a maior dificuldade para oferecer serviços para a classe C? Dr. Eustácio Vieira: É se estruturar fisicamente para ter enfermaria. Pelo o que as operadoras recebem, você não pode oferecer aos planos que contemplam a classe C o serviço de apartamento. E o que nós temos atualmente gira em torno disso. Ainda neste ano pretendemos oferecer serviços especializados na área de enfermaria, ou melhor, leitos compartilhados. Algumas especialidades, como neurocirurgia, coluna, cirurgia cadiovascular e serviços.

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Dr. esutácio vieira.

Dr. Eustácio Vieira: Creio que foi uma homenagem mais pelo tempo que eu pratico essa atividade empresarial na área de saúde, do que por minhas qualidades. Até hoje não sei quem são as pessoas que fizeram essa escolha e isso me sensibilizou ainda mais. Foi um reconhecimento generoso a alguém que está há mais de três décadas bastante envolvido em atividades empreendedoras e associativas do setor hospitalar.

Anahp tem 52 hospitais afiliados, como o Einstein, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz, Samaritano, Santa Catarina, Santa Joana. Por conta disso, não foi difícil para a Associação se tornar uma unidade de inteligência, de ações estratégicas, de construção de caminhos e alternativas para a saúde suplementar do Brasil e, por consequência, de formar um grande centro de estudos e debates sobre a saúde do brasileiro de um modo geral.

PH - Você participou da fundação da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), qual é a importância da Anahp para o setor de Saúde? Dr. Eustácio Vieira: Sim, fui um dos fundadores e sou diretor desde a fundação. A Anahp é uma entidade jovem, tem 13 anos, mas foi gerada por 21 hospitais bastante amadurecidos, com bastante conhecimento a respeito dos cuidados assistenciais ao paciente e, sobretudo, do compromisso com a sociedade e com a vida. Hoje a

PH - Quais são os principais desafios enfrentados pelo setor de Saúde do Brasil? Dr. Eustácio Vieira: A Anahp está lançando agora o chamado ‘Livro Branco’, um conjunto de propostas para a Saúde brasileira. Nesse conjunto nós consideramos 10 grandes eixos, mas entre eles eu destacaria três. O primeiro é desenvolver um modelo de assistência integrado, com foco no processo completo, desde a prevenção da doença até a continuidade dos cui-

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dados após a desospitalização. A falta de integração gera grandes desperdícios e repetição de procedimentos e exames. A outra questão é estimular políticas justas de remuneração dos serviços de saúde, vinculadas à qualidade e ao desempenho assistencial. No Brasil, o que se faz é política dos serviços pela quantidade do que você oferece, e não pela qualidade. Outra coisa muito importante é criar um sistema nacional de avaliação da qualidade da Sáude. Enquanto não houver um plano de ação público-privado, informatizado, que permita a integração e a interoperabildiade dos sistemas de informação, o conhecimento não será igualmente disseminado. PH - Como você acredita que um plano de ação público-privado informatizado e integrado poderia mudar o modelo assistencial do País? Dr. Eustácio Vieira: Hoje você [médico] faz uma coisa em um Estado e no outro Estado ninguém sabe o que você fez. Ou seja, não há registro, o paciente não tem história, e cada vez que for atendido em um lugar diferente, será um paciente primário e terá de passar por todos os estágios em que já passou em outro lugar. Quem pagou por isso, seja o governo, a empresa, ou até mesmo o próprio paciente, paga tudo de novo. Valorizo muito, diante do nosso cenário, a integração entre público e privado, de maneira segura e informatizada. Saúde tem que ser considerada peça única: não é privada nem pública, é integrada. * O Grupo Fernandes Vieira, presidido por Eustácio Vieira, foi fundado em 1965, na cidade do Recife (PE) e é composto pelos hospitais Santa Joana e Memorial São José, sendo que este último também possui clínicas; pelo Memorial Diagnóstico e o Santa Joana Diagnóstico; e a MedAlliance, no segmento de serviços médico-hospitalares. O FGV também atua no segmento de agribusiness, com as empresas Atlantis e Aqualider Maricultura. PH

Dr. Eustácio Vieira, gestor do Hospital Santa Joana, está envolvido em atividades empreendedoras e associativas do setor hospitalar há mais de 30 anos

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Espaço Gestor

novo mba

Gestão de Organizações de Saúde MBA da HSM Educação em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz começa neste mês de abril, em São Paulo (SP)

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curso de MBA em Gestão de Organizações de Saúde, lançado entre a HSM Educação, escola de negócios da HSM com foco em tendências do management mundial, em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é dirigido a profissionais que atuam ou pretendem atuar em instituições e empresas do setor de saúde. O coordenador do curso é o Dr. Jefferson Gomes Fernandes, também superintendente de Educação e Ciências do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Com duração de 19 meses, as aulas do MBA começam na 2ª quinzena de abril. O objetivo é qualificar os alunos como líderes e gestores em organizações de saúde, capazes de contribuir para sua sustentação e crescimento, e desenvolver uma visão empreendedora para a atuação em um mercado competitivo e complexo, como o de sistema de saúde do Brasil. O curso visa ainda o desenvolvimento pessoal e profissional do aluno e a criação de uma rede de relacionamentos. O MBA em Gestão de Organizações de Saúde busca contribuir para a formação dos profissionais que atuam na área da saúde, por meio do desenvolvimento das competências necessárias para a concretização de suas expectativas profissionais e crescimento em suas carreiras. Além disso, busca qualificar os alunos como líderes e gestores em organizações de saúde, capazes de contribuir para a sustentação e o crescimento das instituições que representam, e de desenvolver uma visão empreendedora sobre os sistemas de saúde do Brasil. O curso foi elaborado com cuidado para suprir toda a necessidade do profissional que busca crescimento na área. Entre as disciplinas ofertadas, o coordenador do curso destaca: Desenvolvimento Pessoal e Profissional; Gestão Estratégica em Saúde; Gestão de Pessoas em Saúde; Gestão Financeira em Organizações de Saúde; Gestão de Serviços em Saúde; Qualidade e

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Acreditação em Saúde e Responsabilidade Social e Ética nas Organizações de Saúde. Boa gestão é fundamental em qualquer negócio, “mas quando falamos em organizações de saúde, ela é ainda mais importante, pois qualquer equívoco administrativo, por menor que seja, pode impactar no paciente”, reforça Fernandes. Cientes desta realidade, cada vez mais as organizações de saúde buscam a gestão de excelência e investem em recursos humanos, processos e profissionalização da gestão. Entre os diferenciais do curso estão o acesso a conteúdos exclusivos (vídeos e cases) desenvolvidos por grandes experts do management mundial; a participação nos eventos HSM (Fórum e HSM ExpoManagement); o ambiente virtual para troca de conteúdo; o C-Book (Collaborative Book) com conteúdo atual e exclusivo e a elaboração de um plano de negócios individual, em tema de interesse do aluno. Profissionais do Hospital Alemão Oswaldo Cruz serão docentes do curso, como o Dr. Jefferson Gomes Fernandes, coordenador do MBA, o Dr. Andrea Bottoni, o Dr. Rodrigo Bornhausen Demarch e a Dr. Adriana Bottoni, além de profissionais de áreas administrativas da Instituição. O curso será realizado nas dependências do hospital, que conta com salas de aula equipadas com a infraestrutura adequada para o desenvolvimento do aluno. PH

Serviço:

MBA em Gestão de Organizações de Saúde Realização: HSM Educação em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) Duração: 19 meses Investimento: R$ 27,8 mil Periodicidade: 2ª quinzena de abril, das 18h às 23h.


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Revolução na limpeza e desembaçamento das óticas Sistema é o primeiro desenvolvido para manter lente de laparoscópio limpa e desembaçada do começo ao fim do procedimento cirúrgico. A empresa Partners trouxe ao Brasil um produto inovador para a limpeza e desembaçamento das óticas, o D-HELP, um kit de cuidados com laparoscópios contra o embaçamento da lente, do fabricante New Wave Surgical - dos Estados Unidos. Nos Estados Unidos já é um produto muito utilizado, principalmente para os procedimentos com robótica, onde o investimento aplicado é altíssimo. Durante o Congresso Regional de Videocirurgia – Sobracil, realizado em Búzios (RJ), e na feira e fórum Hospitalar 2013, em São Paulo (SP), a Partners apresentou pela primeira vez o produto no Brasil. O D-HELP é um sistema criado para manter a lente do laparoscópio limpa e desembaçada do começo ao fim do procedimento cirúrgico. Atualmente os métodos utilizados nas salas cirúrgicas, em geral, não são tão seguros para eliminar o embaçamento da lente. Normalmente são utilizadas garrafas térmicas, equipamentos de microondas e solução salina – itens que podem causar danos ao equipamento e acidentes com os pacientes e equipes médicas. Com este novo produto, é possível a economia de tempo, dinheiro e a garantia de segurança e eficácia. O kit é composto de: D-HELP com redutor, compatível com todos os laparoscópios; dois MicroPads, lenços cirúrgicos com mais de 200 mil fios de microfibra; e um TrocarWipe, limpador de trocater com extremidades, para todos os tipos de trocateres. Todos os itens são radiopacos. Mais informações: www.partners.com.br


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Fanem investe em exportação

Crédito para todas as fotos da matéria: Divulgação/Fanem

Em ano de eleições, o mercado externo torna-se mais atrativo para a expansão dos negócios da empresa

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onsiderada uma das mais importantes indústrias nacionais de equipamentos médicos, a Fanem é referência em tradição para os segmentos de neonatologia e laboratórios. Com sede no estado de São Paulo (SP), a empresa foi fundada em 1924 e hoje tem porte de multinacional. Como tem reforçado os investimentos no mercado exterior nos últimos dez anos, as vendas para clientes instalados em mais de 100 países diferentes representam, hoje, aproximadamente 35% de todo o faturamento. Outro exemplo desse crescimento está na unidade industrial instalada há dois anos em Bangalore, na Índia, para suprir a demanda do País. A Fanem também mantêm um escritório na Jordânia, em Amã, e uma rede organizada de representantes em todos os países em que atua. O presidente da Fanem Djalma Luiz Rodrigues avalia alguns destes mercados “complexos e desafiadores”, como os da Indonésia e da Índia. A primeira venda internacional da Fanem foi para a Colômbia, em meados da década de 1970. A segunda para Moçambique. Desde então as estratégica de vendas com foco no mercado exterior tornaram-se contínuas e, nos últimos 10 anos, foram mais intensificadas. Tanto que neste período a Fanem venceu concorrências em diversos hospitais. “Estamos falando de um mercado complexo e extremamente pulverizado. Essas conquistas podem ser consideradas ainda mais expressivas se levarmos em consideração as dificuldades de infraestrutura, principalmente portuária, que enfrentamos no Brasil”, aponta Rodrigues. Segundo o presidente da empresa, as vendas para

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o mercado externo neste período (de 10 anos), atingiram o patamar de US$ 100 milhões. “A Fanem é responsável pela exportação de 90% dos equipamentos neonatais brasileiros”, afirma Rodrigues. Para aumentar cada vez mais as suas exportações, a Fanem continuará a participar dos projetos da Apex, e de feiras internacionais, pois esse tipo de exposição contribui para a ampliação dos negócios em diferentes países. Todos os anos, participa da feira Arab Health, que é realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Entre os principais clientes no mundo árabe estão Arábia Saudita, Marrocos e Iraque. Outro evento que a empresa já participou é a Feira Internacional de Cartum, no Sudão. Entre as concorrências conquistadas, está a do Al Galaa Military Hospital, no Cairo, um centro médico dedicado a atender parentes de militares egípicios. Cerca de 70 produtos foram enviados para o Egito e, segundo a empresa, alguns deles são equipamentos para fototerapia da família Bilitron, desenvolvidos no Brasil e lançados em 2004. A empresa também ganhou a licitação para equipar o Hospital del Niño, referência pediátrica neonatal do Equador. Na ocasião, foram entregues 70 equipamentos, entre eles, unidades de cuidado intensivo e incubadoras. No início de março, um grupo de empresários da Índia e dos Estados Unidos visitou a fábrica da empresa localizada em Guarulhos (SP) e dois hospitais, sendo um público e um privado, ambos equipados com produtos Fanem. A iniciativa pertence ao Projeto Carnaval, viabilizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil, visando intensificar o relacionamento entre empresários brasileiros e compradores


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Cerca de 7% do faturamento é investido em P&D; as tendências em tecnologias e equipamentos para a área de neonatal são adicionar a telemetria aos equipamentos, melhorar a usabilidade e aumentar a segurança do paciente e operador

internacionais. Entre os visitantes estavam clientes do sul da Índia e uma empresa norte americana que distribui produtos Fanem em alguns países da América Latina. No faturamento da empresa, a participação do mercado de neonatologia brasileiro corresponde a 65%. Sobre a economia brasileira, neste ano, Rodrigues comenta que o primeiro semestre está “apertado”, devido às demandas reprimidas que se estenderam até o mês de março. “Estão acumulando negócios entre junho e agosto, tendo como expectativa a redução das verbas recebidas antes das eleições, em novembro”, revela Rodrigues. Por isso, a empresa busca possibilidades onde não há “tanta interferência dos fatores políticos/governamentais”. E é aí que a exportação torna-se mais atrativa. “Esperamos que o parque de equipamentos brasileiro seja instalado em conformidade com o número de nascimentos, uma vez que, nesse momento, ainda não existem equipamentos suficientes para atender a toda demanda da população. Além disso, os equipamentos estão em grande parte defasados e precisam de atualização”, opina o presidente da Fanem sobre a área de neonatologia brasileira.

Desenvolvimento de produtos

Com sede no estado de São Paulo, a Fanem tem duas unidades industriais no Brasil, em Guarulhos (SP). Cerca de 7% do faturamento é investido em P&D. Este ano estarão disponíveis para venda os equipamentos Incubadora Duetto e a centrífuga 2206, após a liberação do registro da Anvisa. Para criar novos produtos e acompanhar as mudanças do mercado, a Fanem realiza pesquisas para compreender as necessidades dos clientes e desenvolver funções que atendam demandas específicas. De acordo com Karin Massaro, responsável pelo departamento de P&D, as

A empresa tem reforçado os investimentos no mercado exterior nos últimos dez anos, que, hoje, representam aproximadamente 35% de todo o faturamento

tendências em tecnologias e equipamentos para a área de neonatologia são adicionar a telemetria aos equipamentos, melhorar a usabilidade (user friendly) e aumentar a segurança ao paciente e ao operador. Atualmente, a maior demanda do mercado brasileiro está em hospitais públicos. “Para inovar no mercado procuramos sempre atender o desejo dos consumidores”, explica Karin. O aumento da preferência pelo parto humanizado, por exemplo, tem influenciado o desenvolvimento de novas tecnologias. É o caso da Cama Parto Humanizado MP-7097, projetada para garantir as melhores condições durante o parto normal ou natural e facilitar todos os procedimentos de pré e pós-parto. Essa característica oferece a possibilidade de não transferir a parturiente do quarto para o centro cirúrgico, proporcionando uma situação de maior aconchego e individualidade. Outro detalhe muito importante é que ela o sistema CPR para ressuscitação cardiopulmonar, que permite atuar rapidamente com manobras cardíacas em situações de emergência. Recursos como acionamentos elétricos para ajustes de altura, dorsal, sistema Trendelenburg e proclive, proporcionam o movimento total da cama e facilitam o trabalho de parto tanto para a parturiente quanto para os profissionais assistentes. A cama conta ainda com apoio diferenciado para os pés (articulado em até oito posições), com inclinação e abertura ajustável à anatomia de diferentes pacientes, conferindo conforto e segurança em todas as posições durante o parto. PH Abril, 2014

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conahp mundial 2014

Preparados para a Copa? A estrutura de saúde pública preparada para a Copa do Mundo nas 12 cidadessede será formada por 531 unidades móveis do Samu, 66 UPAs e 67 hospitais, que funcionarão de forma integrada para atender os torcedores brasileiros e estrangeiros

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mbora a Saúde não tenha sido efetivamente elencada no projeto de obras e investimentos para a Copa do Mundo, a dúvida sobre as condições reais do País para sediar o Mundial também paira sobre o setor. Os profissionais de saúde estão devidamente capacitados para atuar durante o evento? As unidades móveis disponíveis são suficientes? E os hospitais públicos, estão preparados para atender mais pacientes? Com base no histórico de copas do mundo realizadas em outros países e na experiência brasileira com a Copa das Confederações no ano passado, o Ministério da Saúde (MS) afirma que a expectativa é que, nos locais dos jogos, de 1% a 2% dos torcedores necessitem de algum cuidado médico. Deste percentual, mais de 99% das demandas costumam ser atendidas e resolvidas no local. E entre 0,2% e 0,5% necessitam ser encaminhadas para hospitais de alta complexidade. Embora não tenham sido incluídos no cálculo do MS, os protestos contra a Copa, que certamente ocorrerão, podem elevar o índice de atendimento em prontos-socorros e de chamadas do Samu. Em evento organizado pela FIFA, em São Paulo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou a estrutura do sistema de saúde nacional preparada para a Copa do Mundo. As 12 cidades-sede têm um aparato de 531 unidades móveis do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), 66 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), e 67 hospitais que funcionam de forma integrada para fazer o atendimento da população local e dos tu-

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ristas brasileiros e estrangeiros. São elas - Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). “Todo investimento que o governo vem fazendo, entre 2011 e 2013, são ações voltadas à estruturação e qualificação do Sistema Único de Saúde dentro das redes de atenção à saúde”, ressaltou Chioro. O objetivo do MS é aproveitar a Copa do Mundo para qualificar o SUS e deixar um serviço de maior qualidade como legado para os brasileiros. Para isso, em 2011, foi criada a Câmara Técnica Nacional de Saúde, que integra profissionais de diversas áreas dos segmentos do Ministério da Saúde e das 12 cidades-sede para trabalhar de forma padronizada e integrada. No entanto, das 56 obras previstas, apenas cinco estão prontas. Outras 35 estão em andamento, mas a maioria delas não deve ficar pronta até o Mundial, e algumas foram até retiradas da Matriz de Responsabilidades (documento no qual o governo federal, os estados e municípios listam todas as obras que devem estar prontas até o início da Copa do Mundo). O Tribunal de Contas da União apresentou o balanço atualizado de execução dos projetos da Copa durante audiência pública sobre o legado do Mundial na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, em Brasília, no último mês de março. Na ocasião, os participantes da audiência levantaram questões relacionadas ao ‘legado’, ou seja, obras e inves-


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GRAACC é uma instituição que trabalha no limite do conhecimento científico, perseguindo de forma determinada a cura de crianças e adolecentes com câncer. Para isso, administra e mantém um hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC/ Unifesp), preparado para realizar um tratamento eficaz e humano, que o coloca em igualdade com os maiores centros de oncologia pediátrica do mundo. A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização de cirurgias complexas, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares. Trabalhando em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o GRAACC opera em regime de hospital-dia, beneficiando seus pacientes com os resultados das atividades realizadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de formar novos mestres e doutores que levam o conhecimento avançado e o tratamento de qualidade em oncologia pediátrica para todas as regiões do país. E, tudo isso, para oferecer à criança e ao adolescente com câncer todas as chances de cura, com qualidade de vida. Saiba mais em: www.graacc.org.br

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timentos em aeroportos, portos, turismo, telecomunicações, mobilidade urbana e segurança – sendo esta última a que apresenta condições mais críticas. A Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência visa a congregação de profissionais de várias especialidades que se dedicam às urgências e emergências no dia a dia, incluindo as vítimas de acidentes automobilísticos, armas de fogo, violências em geral, bem como acidente vascular cerebral (AVC), infartos, sepse, trombose, entre outros.

Estrutura

A estrutura prevê o atendimento também de estrangeiros no caso das urgências. O Ministério da Saúde criou planos de contingência para acidentes com múltiplas vítimas e para acidentes com produtos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares. As secretarias estaduais e municipais de saúde vão montar próximos aos estádios postos médicos que funcionam como Unidades de Pronto Atendimento. Se necessário, a Força Nacional do SUS poderá complementar estes postos com até nove outros, que serão montados apenas em situações que extrapolem a capacidade de resposta das cidades-sede. Para monitorar as situações de risco, a demanda por atendimento e vigilância, e dar respostas coordenadas, o Ministério da Saúde criou, em 2011, o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS), que coordenará as ações de saúde juntamente com as secretarias. Há uma sede em Brasília e um centro regional em cada cidade-sede. Eles serão ativados até 20 dias antes do início da Copa do Mundo e permanecerão ativos algumas semanas depois para monitorar o retorno das delegações e turistas aos seus países de origem. Cerca de 1,5 mil profissionais de saúde atuarão nas atividades de campo e de monitoramento. Segundo informações do CIOCS, durante a Copa das Confederações foram atendidos 1.598 torcedores entre os 796 mil que participaram dos jogos. Não houve caso grave registrado e cerca de 98% das ocorrências foram resolvidas no local. Nos estádios e intermediações (até dois quilômetros de distância das arenas), a FIFA é a responsável pelos atendimentos de emergência. Porém, o MS garante que haverá um profissional de referência do CIOCS dentro de cada estádio para monitorar as ocorrências, além de outros profissionais da vigilância e assistência para fazer a avaliação de risco e garantir atendimento, acionando a

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estrutura do SUS quando houver necessidade. Os CIOCS fazem parte de uma estrutura maior, que abrange os demais órgãos envolvidos na organização do grande evento, que trabalham de forma articulada no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), criado em 2011. Este centro desenvolve ações coordenadas de monitoramento e compartilhamento de informações conforme a necessidade. Além do Ministério da Saúde, fazem parte do CICCN a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ministério da Defesa, Ministério da Justiça, Ministério do Esporte, Política Federal, Defesa Civil, dentre outros. Há um centro regional em cada cidade-sede.

Capacitação

Cerca de 10 mil profissionais de Saúde foram capacitados para atuar durante o evento ao longo dos últimos três anos. São servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Sistema Único de Saúde (SUS) que atuam em estados, municípios, além de voluntários da Força Nacional do SUS (FN-SUS). Além disso, uma iniciativa do MS, por meio da FN-SUS, deve capacitar 600 pessoas entre os meses de março e abril. A capacitação para a Copa do Mundo é realizada em parceria com o governo alemão e a Filantropia do Hospital Sírio-Libanês (HSL) faz parte da estratégia do Ministério da Saúde para preparar o Brasil para desafios relacionados à realização de grandes eventos como o enfrentamento de ameaças, vulnerabilidades e organização da Rede de Atenção à Saúde. Os workshops são realizados por meio do Host City Programm (HCP), programa alemão de cooperação do BMZ (Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha) e da Engagement Global que visa promover intercâmbio de experiências entre os municípios que sediaram a Copa da Alemanha em 2006 e as cidades-sede brasileiras. Essas empresas enviarão equipes compostas por médicos especialistas em resgate e situações de emergência, bombeiros e paramédicos - funcionários das cidades-sede da Copa do Mundo da Alemanha. Participarão dos cursos as cidades de São Paulo, Cuiabá, Porto Alegre, Salvador, Natal e Fortaleza. No Brasil, a execução do programa ficará a cargo da Agência de Cooperação para Desenvolvimento Sustentável do Governo Alemão (GIZ). O Hospital Sírio-Libanês é o responsável pela viabilização dos workshops, sendo responsável pela logística para a realização do evento como a aquisição das passa-


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gens aéreas domésticas para as equipes alemãs, o material que será utilizado nos cursos, equipamentos para as apresentações, equipe e aparelhos de tradução simultânea em cada cidade e hospedagem das equipes. “Não tenho a menor dúvida de que o Brasil está preparado para receber a Copa do Mundo”, afirma o superintendente do Sírio Libanês. “Eventualmente, por conta das manifestações, teremos algumas pessoas com ferimentos que deverão ser atendidas nas redes de urgência e emergência, mas eu acho que a maioria das cidades-sede está preparada para isso.” Em Curitiba, até servidores da Secretaria Municipal de Urbanismo, agentes de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e guardas municipais estão sendo capacitados para a Copa do Mundo. A capacitação básica para leigos para atendimento a vítimas de trauma é a proposta do Curso de Agente de Socorros Urgentes, promovido pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate Curitiba), até o final de maio. Estão programadas seis turmas, cada uma com 20 alunos e carga de 44 horas-aula. Também participam das atividades, policiais civis e militares, bombeiros, funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e voluntários que trabalharão na Copa do Mundo.

Atendimento

Neste ano, o tema do Congresso Brasileiro dos Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (CBSAMU) é “Capacitar os Profissionais para os Grandes Eventos: Copa do Mundo 2014, Olimpíadas 2016”. O objetivo é promover a integração, capacitação e qualificação dos profissionais e estudantes atuantes no atendimento pré-hospitalar. Entre os temas abordados, estarão a integração dos sistemas de resgate, resgate aéreo, resgate a múltiplas vítimas, resgate com acidentes radiológicos, resgate aquático, resgate em espaço confinado, regulação, atendimento bilíngue, integração com os estudantes, legislação e cursos.

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O CBSAMU é direcionado para bombeiros, socorristas, policiais militares e federais, policiais rodoviários estaduais e federais, exército, marinha e aeronáutica e estudantes. O Samu do Rio Grande do Norte apresentou seu plano operacional no início de fevereiro. Duas ambulâncias passam a fazer parte da frota, sendo uma de suporte básico e outra de suporte avançado, além de um caminhão baú para acondicionar material. Além disso, 35 profissionais irão se juntar às equipes de atendimento. “Desde o mês de janeiro os 500 profissionais do Samu estão sendo capacitados para a Copa, incluindo a capacitação em incidências com múltiplas vítimas”, explicou Rodrigo Dantas, coordenador do Núcleo de Educação Permanente. Já no Distrito Federal, o Samu vai ampliar o efetivo em 25% para cada uma das sete partidas da Copa do Mundo da FIFA que serão realizadas no Estádio Nacional Mané Garrincha. As equipes passarão de 170 para 210 funcionários. Além disso, o Núcleo de Educação em Urgências do Samu promoveu, entre novembro de 2013 e janeiro deste ano, o Curso de Capacitação em Atendimento Pré-Hospitalar Móvel para Policiais Rodoviários (CAPH). O curso contou com a participação de 250 policiais rodoviários de todo o País e possibilitou o desenvolvimento de habilidades em atendimento ao trauma,


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cuidados iniciais em desastres e primeiros-socorros a adultos e crianças. “Teremos um provável aumento na demanda com a vinda de turistas e a movimentação de pessoas nas estradas”, explicou o coordenador-geral do Samu-DF, Rodrigo Caselli. Em São Paulo, equipes do Samu realizaram um treinamento com o objetivo de aprimorar o atendimento em situações com múltiplas vitimas, em fevereiro. Realizado em um parque da cidade, no treinamento começou com a parte teórica, obviamente, na qual foram abordadas as técnicas sobre procedimentos e a triagem de pacientes. Para a surpresa dos participantes, entre eles, profissionais do próprio serviço de atendimento móvel, da área da saúde e da escola do corpo de bombeiros, um cenário para a simulação de um acidente de ônibus foi montado e figurantes receberam maquiagens especiais que imitavam lesões. Durante essa simulação, os técnicos do SAMU tiveram que enfrentar todas as etapas envolvidas no atendimento em acidentes desse porte. Mais de 180 profissionais que atuam no Samu, no Corpo de Bombeiros e em hospitais de referência estão sendo treinados para avaliar os riscos e prestar atendimento médico/hospitalar a pacientes expostos a agentes químico, biológico, radiológico e nuclear (QBRN). Os profissionais atuam nas 12 cidades sedes da Copa e serão replicadores dos conhecimentos nas cidades de origem, formando uma rede interligada para enfrentar as situações de risco biológico durante o evento esportivo. A capacitação foi realizada no Centro de Desenvolvimento Tecnológico e Nuclear (CDTN) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob a coordenação da secretaria de Saúde de Minas. Integram a programação do curso, temas como a proteção contra armas químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, gerenciamento de crise, detecção, descontaminação, abordagem de vítimas, triagem QBRN e mobilização em caso de episódios de risco evidente de contaminação integram a programação do curso. O Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Adail Rollo, afirma que “já temos organizado o sistema de ouvidoria do SUS, o 136, durante 24 horas, uma semana antes do evento até uma semana após, com atendimento em inglês, francês e português para garantir uma boa acolhida e segurança em saúde durante a Copa”, ressaltou. O SAMU vai trabalhar integrado às operadoras dos planos privados de saúde em cidades onde acordos travados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) devem viabilizar que as ambulâncias do SUS encaminhem para hospitais particulares pacientes com planos de saúde. O Ministério da Saúde lançou um aplicativo que integra o SAMU ao Facebook que será usado, em fase de testes, durante a Copa do Mundo. O aplicativo qualifica a assistência prestada e diminui o tempo de espera por atendimento. Além de permitir ao cidadão acionar o SAMU com apenas um toque e acompanhar pelo smartphone ou tablet o trajeto percorrido pela ambulância até chegar ao local do evento. A iniciativa é possível por meio da integração do 30

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sistema E-SUS SAMU, disponibilizado gratuitamente aos gestores estaduais e municipais, que está em funcionamento nas cidades de Salvador (BA), Curitiba (PR) e Londrina (PR). Em março o sistema começou a ser implementado em 76 centrais de regulação de todo o país que utilizam o antigo sistema do Ministério da Saúde e devem migrar para o E-SUS SAMU, como Manaus (AM), Cuiabá (MT), Natal (RN), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Santo André (SP) e Euzébio (CE). O software proporciona mais controle para os gestores, permitindo acompanhar via internet cada passo do atendimento, desde a identificação da unidade que será deslocada, o percurso feito pela ambulância, o acolhimento e até a transferência para uma unidade de pronto-socorro. O sistema substitui o uso de formulários e papel pelo computador, organizando o recebimento das chamadas telefônicas do 192. Os mapas da rede Waze na versão 2.0 são atualizados por GPS e o facebook são integrados pelo aplicativo. Ao acessá-lo, o cidadão deverá preencher algumas informações de saúde, por exemplo, se possui plano de saúde, se é hipertenso, diabético ou tem alguma alergia. Os dados ficarão disponíveis para a equipe que prestará o socorro. Como o aplicativo é sincronizado ao perfil no Facebook, o usuário pode escolher familiares ou amigos para serem acionados, automaticamente, em caso de emergência – quando o cidadão solicitar o atendimento pelo aplicativo. O chamado também será registrado na página do usuário.

Tecnologia

O Ministério da Saúde está desenvolvendo também um aplicativo para smartphones, destinado aos torcedores, que fornecerá informações úteis sobre saúde, tais como localização de hospitais e farmácias. O aplicativo também monitora informações de saúde em redes sociais e faz o mapeamento de tendências de ocorrências epidemiológicas. A proximidade do Mundial e o atraso na finalização das obras têm gerado discussões acaloradas e, acima de tudo, um sentimento ambíguo, de revolta e empolgação. Preparado ou não, o Brasil vai sediar a Copa do Mundo. PH *Com informações da Agência Saúde e do Portal da Copa


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Brasanitas Hospitalar é a primeira empresa a conquistar a Certificação por Distinção dos Serviços de Higiene Hospitalar

Crédito: Divulgação/Hospital Santa Joana

A empresa propôs a criação da certificação e foi a primeira a ser auditada a partir dos critérios do manual elaborado pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG) e validado pela Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar (SBHH)

A Certificação por Distinção dos Serviços de Higiene Hospitalar vai padronizar serviços de acordo com os critérios dos selos internacionais de qualidade e mostrar que é preciso alcançar a excelência das atividades prestadas

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esde que a Câmara anunciou, em novembro do último ano, a análise do Projeto de Lei 5503/13, que obriga hospitais públicos e privados, vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS), a passarem por avaliações periódicas e processos de certificação da qualidade, o tema ‘acreditação’ ganhou mais relevância no País. A proposta altera a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90) e prevê que “serão estabelecidos em regulamento os modelos, as metodologias de avaliação, os indicadores e os padrões de qualidade admitidos, assim como os critérios para a habilitação de prestadores de serviços de avaliação e certificação de qualidade”. Antecipando-se a esta tendência, diretores da Brasanitas Hospitalar, empresa do Grupo Brasanitas com foco de atuação na área de saúde, analisaram minuciosamente os programas de padrão de qualidade elaborados por instituições como a Joint Comission Inter-

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nationl (JCI) e a Organização Nacional de Acreditação (ONA). “Identificamos, junto aos hospitais já acreditados no quesito assistência, a possibilidade de adaptar esses programas ao nosso negócio. Houve interesse mútuo, tanto da Brasanitas quanto do IQG [Instituto Qualisa de Gestão], em desenvolver um manual baseado em legislações vigentes que pudesse basear o padrão de excelência do serviço de higienização”, explica Giovanna Araújo, diretora de operações da Brasanitas Hospitalar. Posteriormente, a Sociedade Brasileira da Hotelaria Hospitalar (SBHH) juntou-se a Brasanitas e ao IQG com a missão de validar a certificação e incentivar outras empresas do ramo a serem certificadas também. Assim surgiu a Certificação por Distinção dos Serviços de Higiene Hospitalar, acreditada pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG) e validada pela Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar (SBHH). Além de pa-


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Crédito: Divulgação/Hospital Brasil

dronizar os serviços de acordo com critérios dos selos internacionais de qualidade, a certificação irá alavancar o mercado de higienização hospitalar. “Agora não basta seguir apenas normas ou regulamentações, é preciso alcançar a excelência nas atividades prestadas e comprovar que, de fato, se possui diferenciais na atuação no setor”, analisa Giovanna. Sendo precursora, a Brasanitas foi a primeira empresa a ser auditada a partir dos critérios do manual elaborado pelo IQG e validado pela SBHH. “Outro aspecto significativo é que foram considerados também critérios internacionais, além de todos os valores e princípios que a certificação exige. O método aplicado garante para a instituição de saúde a segurança do paciente”, finaliza a executiva.

Processo de certificação O manual com normas validadas pela SBHH foi dividido em seções como: Liderança, Gestão de Suprimentos e Equipamentos, Área Técnica, Gestão de Contratos, entre outras. Após a produção do manual, o próximo passo foi avaliar a qualidade dos serviços da Brasanitas Hospitalar. Para isso, foram realizadas auditorias divididas em duas etapas. A primeira teve como objetivo verificar os processos administrativos internos, com análise pelo IQG das áreas de Recursos Humanos, Suprimentos, Compras, Logística, Contratos, Facilities e Manutenção, Área Técnica, A empresa teve 120 dias para fazer os ajustes necessários. “Fizemos ajustes de processos, de homologação de fornecedor externo, questões administrativas mesmo. A área técnica, hoje, é o nosso diferencial no mercado e foi exatamente nessa área que nós conseguimos criar critérios de excelência”, reforça Giovanna. Essa área é composta por seis enfermeiros com diferentes atribuições, como a educação continuada, a auditoria e o planejamento. Criada em 2010 para dar suporte aos 14 estados onde a empresa atua, a área técnica mantém um representante em cada estado para garantir a unicidade do padrão de excelência, levando em consideração as características de cada contrato. Entre as atividades da área estão: rastreabilidade, monitoramento de processos, auditoria de qualidade, treinamento e educação continuada, revisão e dimensionamento de quadro. De acordo com Eleuza Amaral, gerente técnica da empresa, para cada hospital é elaborado um projeto com foco em melhorias de processos no qual a educação continuada é percebida como importante fator de interferência nos resultados do hospital. Por isso, a Brasanitas organiza um programa de treinamentos anual com foco em higiene e limpeza que apresenta, a cada mês, um tema diferente para os funcionários, como o uso de produtos químicos, a importância da higienização das mãos, etc. Ao final dos treinamentos é realizada uma avaliação para saber o quanto os funcionários absorveram do conteúdo. Outras formas de monitoração e avaliação também são utilizadas pela empresa, formando um conjunto de indicadores baseados em rotatividade de funcionários, satisfação do cliente, limpeza programada x limpeza realizada e número de faltas de funcionários. “Baseamos nossos processos em uma metodologia e utilizamos ferramentas de gestão que

A etapa de auditoria aconteceu no Hospital Brasil, localizado em Santo André (SP) e pertencente à Rede D’Or, onde a Brasanitas Hospitalar realiza os serviços de higienização hospitalar, coleta de resíduos, jardinagem e controle de pragas

atendem as acreditações internacionais JCI e Accreditation Canada International”, explica Eleuza.

Auditoria no hospital A segunda etapa para validação da qualidade dos serviços foi cumprida por meio de auditoria em um cliente da Brasanitas para demonstrar, na prática, as atividades prestadas. Esta fase ocorreu no Hospital Brasil, localizado em Santo André (SP) e pertencente à Rede D’Or. Ao Hospital Brasil, a Brasanitas Hospitalar realiza os serviços de higienização hospitalar, coleta de resíduos, jardinagem e controle de pragas. “Ter um parceiro de serviços com esta certificação de qualidade nos possibilita Abril, 2014

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ter uma única linha de condução dos processos voltados à qualidade e a segurança da assistência ao paciente”, declara Luiz Sergio Santana, diretor corporativo na Rede D’Or São Luiz de Hospitais. Segundo Santana, inicialmente, apenas ambulatórios, áreas de apoio e administrativas eram atendidos pela empresa. Depois as unidades de internação foram incluídas também. O hospital Brasil é acreditado em nível de excelência pela ONA (Organização Nacional de Acreditação) e está atualmente em processo de acreditação pela Accreditation Canada International (metodologia Qmentum). A Brasanitas Hospitalar compõe o Grupo Brasanitas com outras três empresas, Brasanitas Limpeza e Conservação, Praxxis Controle de Pragas e Infralink Facilities Services, e representa mais de 25% do faturamento do Grupo. Mais de 300 estabelecimentos de saúde do País são atendidos pela empresa, sendo a maioria deles hospitais. Confira a entrevista com Giovanna Araújo, diretora de operações da Brasanitas Hospitalar:

tregar leitos mais rapidamente durante a Copa? Houve um pico de solicitações, pois todos os nossos clientes estão preocupados com o gerenciamento de leitos. Principalmente por conta do pronto-socorro e do centro cirúrgico, que são as duas áreas onde o paciente não pode esperar para ser internado. Já fizemos um trabalho prévio com todos os clientes, principalmente os de maior rotatividade, e já estamos propondo uma melhoria do tempo de resposta. Se o hospital tolera 1h30 para liberar o quarto e tem interesse que durante a Copa este quarto seja liberado em 1h, então vamos aumentar os recursos, a equipe e os processos revisados. PH – Como os funcionários da Brasanitas interagem com os funcionários do hospital? Está comprovado que quando temos total envolvimento com a instituição, o nível de comprometimento e de satisfação dessa instituição é infinitamente maior do que o daquela que nos trata como funcionários terceirizados. Muitas vezes, o terceirizado não faz as refeições no mesmo lugar que o contratado nem entra na empresa pela mesma porta. Isso não é errado, mas com certeza influencia no resultado final do serviço. Esse assunto é bem interessante porque estamos vivendo um momento diferente e crítico no mercado de mão de obra com escassez e falta de capacitação, principalmente nos últimos 24 meses. PH – Qual é a estratégia para manter o funcionário satisfeito? Higiene e Limpeza não são áreas atrativas, ninguém fala “eu quero trabalhar fazendo limpeza”. Então quando uma pessoa vai trabalhar conosco, nós temos de convencê-la de que ela é extremamente importante e que, se ele estava aqui por acaso, agora não está mais. O nosso papel é diminuir a sensação de discriminação, o tempo todo. Treinamentos e campanhas têm nos ajudado a reter funcionários.

PH – O que está incluso no serviço oferecido pela Brasanitas hoje? Limpeza de áreas internas, críticas, semi-críticas e não críticas; coleta de resíduos infectantes, comuns e recicláveis; gestão de rouparia; serviço de camareira e gerenciamento de leitos. PH – Como funciona o gerenciamento de leitos? Temos uma interface direta com a área de internação do hospital. Existe uma necessidade entre os hospitais de girar os leitos da forma mais eficiente possível e nós começamos a ser pressionados por isso. A equipe que faz essa parte da higienização ficou rotulada como a causadora de atrasos. Para quebrar esse rótulo, decidimos fazer o processo completo da liberação de leitos com tempo de trabalho pré-determinado, pelo qual somos cobrados e, se necessário, penalizados. O processo começa pela limpeza, depois passa pela camareira e, em seguida, entra o pessoal da manutenção, para verificar se o chuveiro e a lâmpada estão funcionando, por exemplo. Por fim, o quarto é lacrado e entregue para a internação novamente. PH – Como a Brasanitas vai se preparar para en34

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PH – Quais são os planos da Brasanitas para este ano? Nosso objetivo é a consolidação da área técnica com foco em produtividade. Também está nos planos da Brasanitas Hospitalar o estabelecimento de um escritório na região Norte do País, em Manaus, onde está uma das maiores filiais do Grupo Brasanitas. PH

De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), 4% dos hospitais possui alguma acreditação, o que representa 246 hospitais, do total de 6.300 existentes no país. São 24 hospitais acreditados pela JCI, 26 pela Accreditation Canada e 196 pela ONA. A região Sudeste é responsável pela maior fatia, sendo 165 hospitais acreditados, em seguida, está a região Sul com 32. Já o Nordeste conta com 27 instituições acreditadas, o Centro-oeste com 14 e, por fim, o Norte tem 8 hospitais acreditados.


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E quando o gestor recebe o ?

Cleusa Ramos Enck, superintendente de desenvolvimento humano e institucional do Hospital Alem達o Oswaldo Cruz, conta como o feedback da equipe contribuiu para a melhoria de seu desempenho no trabalho

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A Você está no topo da hierarquia corporativa e não se lembra da última vez em que recebeu um feedback? A avaliação da sua equipe sobre o seu desempenho pode contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e profissional

lcançar o posto de gestor de uma instituição não é para qualquer um, nem para quem não está disposto a manter-se um eterno aprendiz da arte de liderar. O feedback está entre as mais importantes ferramentas de gestão e desenvolvimento de pessoas, principalmente, por ser essencialmente construtiva. Na hierarquia corporativa, essa ferramenta é comumente aplicada de cima para baixo. É sempre o gestor, ou diretor, quem faz a avaliação do gerente e da equipe. Mas e o desempenho do gestor, quem avalia? Muitos acreditam que, apenas pelo fato de terem alcançado a posição de gestor, não precisam mais de feedback. No entanto, considerando que o gestor conta com o engajamento de inúmeros funcionários para que a empresa possa atingir níveis de excelência, quanto mais saudável for o relacionamento entre ele e seus liderados, mais chances ele terá de atingir seus resultados. Falando assim, até parece uma tarefa fácil. Porém, sabe-se que o gestor pode sentir-se ameaçado, com medo de que as críticas ao seu desempenho sejam enviadas ao seu chefe, ou ainda não ter paciência para ouvir, após vivenciar um momento crítico no hospital. E, por outro lado, o funcionário também pode sentir-se ameaçado, com medo de perder o emprego caso seja sincero em sua avaliação ou, ainda, temeroso de causar a demissão do chefe. Embora todo relacionamento implique diálogo aberto e respeito, acredita-se que menos de 40% dos gestores fazem uso eficaz do feedback, segundo a Associação Brasileira de Relacionamento Humano (ABRH). Contudo, existem técnicas que, quando bem aplicadas, causam mudanças impactantes no desempenho tanto do líder quanto de seus liderados. De acordo com o diretor da Associação, Jefferson Leonardo, o feedback pode alavancar, positivamente, a performance da equipe e o resultado da organização. Desde que o foco esteja baseado no resultado alcançado, nas estratégias que funcionaram ou não e nos pontos de melhorias. Em outras palavras, o foco é a crítica construtiva. Após essa avaliação, é hora de

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colocar o plano de ação em prática. “Costumo dizer que ter problemas é muito bom para a empresa porque uma vez que os reconhecemos, podemos resolvê-los”, explica Leonardo. Segundo ele, o departamento de RH pode colaborar para que o gestor receba feedback com ferramentas adequadas à realidade da empresa, capacitação contínua de líderes e colaboradores. Neste contexto, é importante acompanhar, de perto, os acontecimentos que envolvem problemas emocionais para fazer os ajustes necessários rapidamente. É de responsabilidade do RH, ainda, encontrar um sistema de avaliação e feedback de acordo com as circunstâncias, contribuir na construção dos planos de ação (também conhecidos como planos de melhorias) e mensurar os resultados das metas traçadas. Já ao gestor cabe buscar a capacitação necessária para receber feedback da equipe e fazer mudanças no seu dia a dia. “Dar e receber feedback na vida pessoal e profissional fazem parte da interatividade humana, e muitas vezes de uma necessidade pessoal de receber um olhar de fora, isento e sincero. Essa prática pode construir organizações e pessoas melhores”. Outra abordagem sobre o tema é proposta pela master coach, Maria D’Arienzo. Segundo ela, o feedback bem aplicado é uma ferramenta valiosa e imprescindível para promover aprendizado e crescimento, inclusive para o líder de uma equipe. “O feedback para o gestor, mesmo que já tenha atingido alto nível de liderança, é muito importante para ampliar a percepção que ele tem de sua atuação profissional e para que ele mesmo possa identificar os pontos de melhoria que farão toda a diferença nos resultados que visa atingir”, explica Maria. Muitas empresas recorrem a esta ferramenta durante um período de avaliação de performance, solicitando feedbacks a todos, desde os subordinados até os superiores dos gestores. A consequência positiva desta atitude é a elevação da capaciAbril, 2014

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dade de inspirar, motivar e engajar as pessoas na conquista de seus objetivos e metas. Quando ouvido com atenção, o funcionário sente-se valorizado e, geralmente, isso resulta em mais empenho para corresponder à confiança nele depositada. Maria conta que durante o processo de coaching, os gestores são estimulados a ter novos comportamentos, como por exemplo, o de ouvir com atenção e de fazer perguntas que geram reflexão. Sempre com o objetivo de encontrar soluções, claro, e essas atitudes geram confiança - fator fundamental para que a equipe participe do processo de feedback. Esta será a chave para o gestor manter-se em um ciclo positivo de aprendizagem.

A teoria que, na prática, deu certo

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz implantou um projeto de gestão por competências, com a colaboração de uma consultoria especializada, que colaborou para ampliar a abrangência das avaliações realizadas até então pela instituição. Na época, nos idos de 2008, estas avaliações tinham forte ênfase no período de experiência de funcionários e no departamento de enfermagem. Neste mesmo ano, as avaliações passaram a ser realizadas a partir de 11 competências com desdobramento em mais de 50 comportamentos. As competências ‘Liderança por meio de exemplos inspiradores’ e ‘Foco em resultados’ foram criadas especialmente para o grupo gestor. Além da autoavaliação, da avaliação do colaborador pelo gestor e da avaliação de consenso, havia o feedback. A necessidade de desenvolver relações cada vez mais transparentes entre líderes e liderados foi o que causou essa mudança. Antes de a equipe de liderados ser comunicada, havia certo receio por parte dos gestores quanto a aceitação e o engajamento de todos. Afinal, falar para o próprio chefe o que se pensa sobre o trabalho exercido por ele não é algo recorrente. Então, para tornar esse processo mais harmonioso, o hospital criou um grupo de trabalho, capacitações e treinamentos com a metodologia de simulação realística. E, apesar de a participação não ter sido obrigatória, a maioria participou. A avaliação acontecia presencialmente ou via internet, principalmente, quando o membro da equipe não se sentia à vontade para falar frente a frente. Neste modelo, o gestor é o primeiro a responder a todas as questões. Em seguida, era hora de o liderado avaliar a performance de seu gestor. Um profissional especializado em carreiras, que trabalhava no departamento de desenvolvimento humano do hospital, tinha acesso a todos os feedbacks e fazia a síntese do conteúdo relatado, a fim de evitar mal entendido ou, até mesmo, comentários grosseiros. Ao final dessa primeira experiência, os depoimentos foram considerados preciosos para o crescimento pessoal de cada participante e, consequentemente, das equipes. O processo contribuiu para aparar arestas, 38

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principalmente comportamentais, e o feedback permitiu que o gestor criasse seu próprio plano de melhorias baseado em informações reais. A superintendente de desenvolvimento humano e institucional do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Cleusa Ramos Enck, passou pela experiência e, ao relembrar os momentos mais marcantes, revela: “O feedback sobre o meu comportamento foi claro”. Ela conta que quando foi promovida de gerente para superintendente vivenciou um período de contemplação, tornando-se mais observadora do que tomadora de decisões nos primeiros meses. Justamente neste período uma avaliação de desempenho foi realizada pela empresa e ela recebeu o feedback: tinha uma postura mais assertiva quando exercia o cargo de gerente. “Foi duro ouvir e me analisar”, recorda Cleusa. “Mas foi muito importante, eu estava me concedendo um tempo que aquela gestora não considerava prudente esperar. Então conversamos sobre isso.” Cleusa diz acreditar que a verdade deve ser dita, mas sempre com respeito, e que para dar bons feedbacks, antes é preciso ter maturidade para recebê-los. Hoje, quando tem a oportunidade de ouvir opiniões sobre os pontos mais obscuros de sua personalidade, leva-os para a reflexão, para a tomada de consciência. Agora que já passou por muitas dessas avaliações, ela afirma: “Receber feedback é aprendizado puro. A cada sessão faço a reflexão de como me vejo, como meu superior me vê, como meus pares me veem e como meus subordinados me enxergam. Mudei para melhor, sou mais verdadeira, menos intransigente e uma eterna aprendiz na arte de liderar.” As sessões de feedback acontecem anualmente no hospital Oswald Cruz até hoje. Mas após tantos anos de prática, já se tornou hábito do dia a dia entre os funcionários. “É uma prática sem volta”, enfatiza Cleusa. “O feedback, na minha avaliação, tem capacidade de curar relações, resgatar comportamentos, desenvolver pessoas.” A consciência de quem se é e aonde se quer chegar implica necessariamente em melhoria do relacionamento no ambiente corporativo. PH Confira os benefícios para o gestor que se submete ao feedback mencionados pela master coach Maria D’Arienzo • Relações baseadas na confiança • Análise de crenças limitantes e de comportamentos improdutivos • Melhoria constante de comportamentos e atitudes • Aquisição de competências e novas habilidades • Novas perspectivas para a solução de problemas • Aumento da autoconfiança • Elevação do senso de urgência e motivação à ação


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Venha Venha Venha nos nos nos visitar visitar visitar nana na FEIRA FEIRA FEIRA HOSPITALAR HOSPITALAR HOSPITALAR 2013 2013 2013 2121 21 aa 24 a24 24 dede de Maio Maio Maio - Das - -Das Das 12h 12h 12h àsàs 21h às21h 21h Expo Expo Expo Center Center Center Norte Norte Norte - Pavilhão - -Pavilhão Pavilhão Azul Azul Azul - Rua - -Rua Rua D/C D/C D/C Deus Deus Deus é Fiel! é Fiel! é Fiel!


Case Study

phillips

Ferramenta

de gestão

Grupo Encore faz balanço dos ganhos obtidos com o sistema Tasy, da Philips, no projeto de reestruturação do Hospital Encore

O

Encore e o Hospital Encore (antigo Hospital São Bernardo) são instituições que fazem parte do Grupo Encore no Estado de Goiás. O primeiro, com foco em hemodinâmica, possui matriz e duas filiais e o segundo, adquirido recentemente, é um hospital geral que recebeu R$ 20 milhões em investimentos nos últimos três anos. O Hospital Encore foi totalmente saneado e reconstruído tanto em seus aspectos físicos como assistenciais, de gestão, tecnologia e, principalmente, na cultura e nos valores da organização e de seus colaboradores. Em meio à reestruturação, o sistema Tasy foi a ferramenta escolhida para permitir a concretização dos objetivos e metas traçados. São vários os desafios que o Grupo Encore enfrentou e enfrenta ao longo dos anos e, durante este percurso, a necessidade de padronizar a

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Panorama Hospitalar

informação e garantir que cada departamento das instituições possuísse os indicadores necessários para a melhoria de seu desempenho tornou-se mais pungente. O Diretor Administrativo Maurício Lopes Prudente relata que havia todo tipo de divergência com relação a valores e também quanto aos dados assistenciais e de produção. “A robustez e a segurança do sistema Tasy nos aspectos de gestão e clínicos, a integração dos diferentes departamentos e, finalmente, a possibilidade de controlar os custos por área e, a partir daí, definir orçamentos e metas foram diferenciais significativos na escolha do sistema pelo Grupo Encore”, destaca Maurício. O Tasy trouxe contribuições efetivas na segurança do paciente, pois os procedimentos, materiais e medicamentos passaram a ter rígido con-


phillips

Case Study

A importância do sistema Tasy em diferentes setores:

Olympia Dias de Azeredo Bastos Médica Cardiologista

José de Arimatéia Moreira Junior Gerente de Faturamento

Mayler Olombrada Nunes dos Santos Diretor Clínico

Fabíola Gomes Silva Magalhães Gerente de Enfermagem

O resultado mais visível e confortante foi organizacional, por meio da diminuição do índice de retrabalho e desperdício, reduzindo custos em aproximadamente 60%

Crescimento de 7,53% do volume faturado na matriz, em comparação a um certo período de um ano para outro; com a ampliação do Hospital Encore o crescimento foi de 56% na filial.

O Tasy nos permite obter vários indicadores para mensurar o desempenho de cada setor do hospital como uma unidade estratégica individual, avaliando quais estão sendo rentáveis e quais necessitam de mudanças nos processos internos.

No serviço de hemodinâmica o Tasy possibilita que todos os membros da equipe de enfermagem possam ter informações suficientes e atualizadas para o desempenho de suas atividades.

*Informações cedidas pela Philips.

trole de prescrição, dispensação e administração, possibilitando a rastreabilidade, principalmente de OPME (órteses, próteses e materiais especiais). Para o Diretor Administrativo a facilidade de acesso a registros anteriores, históricos, resultados de exames on-line, avisos de incompatibilidade de medicamentos, alertas, entre outros, são importantes ferramentas que o sistema disponibiliza. Aumento de 30% no faturamento Ainda, do ponto de vista financeiro, a primeira e grande mudança foi a recuperação de receitas perdidas dentro da própria instituição, na forma de guias “engavetadas” e contas não processadas ou processadas com falha de preenchimento, descrições e cobrança de materiais e medicamentos. Maurício relata que “esses valores chegaram a 30% do faturamento nos primeiros meses e em seguida o sistema já corrige quase que definitivamente essas falhas. Muito há que ser feito e amadurecido ainda tanto pelos usuários quanto pelo Tasy, mas há sinais bastante concretos de que estamos no caminho certo.” De acordo com Roseli Gonçalves S. Pitaluga, Gerente de TI, os principais benefícios que o sistema trouxe, especificamente para a área de TI, estão ligados à estabilidade da operação do sistema, à confiabilidade nas informações cadastradas, à possibilidade de parametrização e à redução

de tempo no cadastro de informações durante o atendimento do paciente. “Nossa relação com a Philips é sustentada pela parceria e por objetivos comuns de fazer com que o Tasy seja uma ferramenta com a qualidade que a nossa gestão deseja”, destaca Roseli. PH

Tasy para tablets com sistema operacional iOS A Philips Healthcare disponibilizou o aplicativo de gestão hospitalar Tasy para todos os tablets com sistema operacional iOS em janeiro deste ano. A flexibilidade desse sistema ainda oferece vantagens financeiras e de gerenciamento às instituições, diminuindo a substituição de equipamentos, além do iPad representar a maior fatia dos tablets no segmento de saúde no Brasil. O Tasy para iPad foi desenvolvido de acordo com as melhores práticas de ergonomia e usabilidade, permitindo o acesso 24h por dia por meio de conexão com a internet. A nova versão permitirá mais mobilidade aos profissionais do hospital no acompanhamento da evolução clínica dos pacientes, como consulta de dados em tempo real na beira do leito.

Abril, 2014

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Case Study

panasonic

Catering é a aposta da Panasonic Brasil

Crédito: Divulgação/Panasonic

A versão manual do Delicart será lançada no Brasil em maio, com preço mais competitivo e tamanho compacto, ideal para hospitais com corredores e elevadores estreitos

A

qualidade das refeições oferecidas aos pacientes está entre as principais queixas relatadas aos prestadores de serviços em hospitais. Para aumentar o índice de satisfação dos pacientes, a temperatura ideal da comida e a disposição correta dos ingredientes na bandeja fazem a diferença. No Japão, onde o uso de robôs na em atividades domésticas é crescente, um equipamento que faz o serviço de entrega de refeições em apartamentos de hospitais já foi adotado pelo setor hospitalar. O nome dessa tecnologia é Delicart, um equipamento desenvolvido na sede da Panasonic Japão para acompanhar, por meio de um sistema motorizado, o profissional que distribui alimentos aos pacientes. Para

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Panorama Hospitalar

circular pelos corredores do hospital, sensores evitam o choque com pessoas e obstáculos e uma câmera permite a visualização traseira durante manobras. Um sistema de aquecimento e resfriamento mantém a refeição quente e a sobremesa gelada, em uma mesma bandeja, garantindo a tewmperatura ideal. Para o usuário do Serviço de Nutrição e Dietética, o carro facilitou o trabalho na distribuição das refeições, causando até diminuição do absenteísmo neste setor do hospital. Outro detalhe importante está na segurança. É possível fechar as portas de todas as prateleiras com chaves para impedir o acesso às refeições, enquanto a copeira as serve dentro do quarto, já que o equipamento fica


panasonic

no corredor. Vale lembrar que essa é uma exigência da acreditação Joint Comission International (JCI). O produto está já disponível no mercado brasileiro na versão automatizada, porém, em maio, a linha manual chegará ao País, com preço mais competitivo e tamanho compacto, para corredores e elevadores estreitos. O Delicart foi desenvolvido em diversas versões manuais e elétricas, com capacidades de atendimento que variam entre 24, 28, 32, 36, 40, 42, 48, 54 e 60 pacientes. A Panasonic irá expandir a oferta do Delicart para outros Estados brasileiros ainda este ano, com seus parceiros distribuidores.

Delicart no Brasil

Quem distribui o produto e faz a assistência técnica é a integradora Flash Medical, com sede em São Paulo (SP). O sócio-proprietário da integradora, Rogerio Koji

Case Study

nic do Brasil, a Flash Medical passou a receber o suporte da fabricante para a distribuição do Delicart no Brasil. “Fizemos testes com o Delicart em hospitais e não tivemos dificuldade para integrar o produto aos serviços de hotelaria nem de limpeza. Pelo contrário, os funcionários gostaram muito do produto e da tecnologia”, conta Kuniy. Todas as demonstrações são acompanhadas pela equipe técnica da Flash Medical, que também é responsável pelo treinamento dos profissionais do hospital. A limpeza do equipamento, geralmente, é realizada pelo próprio setor de Serviço de Nutrição e Dietética.

Produtos hospitalares

No último ano, a Panasonic do Brasil inaugurou um departamento de produtos para saúde, em São Paulo (SP), para expandir sua atuação no mercado de saúde no Brasil, contando com profissionais de vendas e assistência técnica. O departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa acrescentou à suas atribuições o desenvolvimento de tecnologia para as exigências do mercado brasileiro. Segundo informações da empresa, no ano de inauguração alguns produtos já foram fornecidos para os melhores centros de pesquisa do Brasil, localizados nos Estados do Amazonas, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal, entre outros. “O principal desafio é mostrar que a Panasonic oferece tecnologia de ponta para o mercado de saúde, aliada ao baixo índice de manutenção e baixo consumo de energia”, afirma o engenheiro de vendas responsável pela linha de produtos hospitalares da Panasonic do Brasil, Bruno Roma. Sobre o lançamento de novos produtos, Roma faz mistério, e revela apenas que neste ano “será lançado um produto único para a área da saúde, desenvolvido no Japão”. Aparelhos de pressão, ultrassom, dispensador automático de medicamentos, entre outros produtos, em breve estarão disponíveis no Brasil. A Panasonic oferece uma linha completa de freezers e refrigeradores para hospitais, clínicas e laboratórios, com tecnologia especialmente desenvolvida para a área da saúde. Entre eles, destaque para a linha de ‘Life Science’, que conta com freezers criogênicos elétricos que atingem a temperatura de - 150 ºC e os ultrafreezers que atingem a temperatura de -86 ºC, além de refrigeradores laboratoriais e farmacêuticos e esterilizadores portáteis para laboratório. PH

Principais características do Delicart O Delicart facilita a entrega das refeições nos apartamentos do hospital e ainda mantém a temperatura ideal para pratos quentes e frios oferecidos na mesma bandeja

Kuniy, teve acesso ao Delicart quando participou da feira Hospex em Tokyo, em 2011. “Percebemos que havia demanda no mercado brasileiro, fizemos o contato com a Panasonic Japão e iniciamos a importação do produto”, conta Rogério. O produto foi apresentado na feira HOSPITALAR, maior feira do setor de saúde no Brasil que acontece todos os anos em São Paulo (SP). Com a abertura do novo departamento de produtos para saúde da Panaso-

*disjuntor de fuga elétrica onboard * carregador elétrico equipado com dispositivo para a prevenção de sobrecarga *carregador para automaticamente quando a carga de alimentação está 100% * baixo consumo de energia * velocidade máxima: 4km /h * freio na altura dos pés, em modelos manuais, e na altura das mãos em automáticos * alcança a temperatura pré-definida em 30 minutos * mantém baixa e alta temperatura, uniformemente, no mesmo ambiente * baixo consumo de energia


Ponto de Vista

libânia rangel

Regulação no setor suplementar: é suficiente? Libânia de Alvarenga Paes Coordenadora do Curso de Especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP)

C

om a criação da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, o setor de saúde suplementar tem passado por uma avaliação constante e próxima do governo, configurando ganhos e perdas para todos os lados. O setor suplementar lida com pelo menos três grupos: as operadoras de planos e seguros, os prestadores de serviços de saúde e – claro! – os beneficiários. Apesar de cada um ter seus interesses, características e prioridades, a regulação da ANS só atinge diretamente um deles. Nos últimos meses, por exemplo, o que mais lhes tem dado dor de cabeça é a proibição da venda de novos planos. Os dois principais motivos da punição são a desautorização de procedimentos e o descumprimento de prazos de atendimentos. Neste último caso, o problema vai além da operadora em si e entra no segundo grupo de interesse: os prestadores de serviços. Os prestadores de serviço, tradicionalmente, são formados pela rede credenciada ou referenciada das operadoras. O problema é que, desde a década de 1990, tem-se observado a aquisição e construção de hospitais e clínicas pelos próprios planos, a chamada verticalização. Um levantamento feito pela ANS mostrou que pelo menos 40% das operadoras tem rede própria e muitas delas redirecionam os agendamentos e autorizações para esta rede e – às vezes – retiram do cliente a possibilidade de optar por um hospital ou clínica específico. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) publicou, em 2012, um documento com o subtítulo “Guia de direitos contra os abusos pra-

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Panorama Hospitalar

ticados pelas operadoras”. Dentre outros tópicos, a entidade questiona a falta de regulamentação por parte da ANS, que também atinge os médicos. No Brasil, 79% dos planos são corporativos ou coletivos. Sob o ponto de vista de Marketing, o beneficiário é quem usa o serviço, mas quem realmente decide a compra é a empresa. Nesta decisão estão qual a operadora, que tipos de planos e quais as políticas de utilização. O mercado de planos coletivos é tão grande que algumas operadoras, como a Golden Cross e a SulAmérica, reduziram sua atuação em planos individuais. A primeira chegou a vender sua carteira de usuários individuais e familiares para a Unimed-Rio em 2013. A SulAmérica, assim como o Bradesco e outras seguradoras, não comercializam novos planos e apenas administram os já existentes. Para a ANS, não há obrigação por parte das operadoras de oferecerem planos individuais. Apesar disso, a Agência afirmou no último ano que a opção de planos coletivos é objeto de análise do órgão regulador e de questionamentos a operadoras que só vendem planos empresarias. A lei 9.656/98 e a criação da ANS foram uma evolução para um mercado que não tinha qualquer orientação. A Agência tem erros e acertos, mas seu objetivo principal é definir políticas e diretrizes gerais para a organização e melhoria do setor. A grande questão que fica é o quanto ela poderia – ou deveria? – agir também junto aos demais grupos, protegendo consumidores sem ferir a sustentabilidade mercadológica e financeira dos prestadores e das próprias operadoras. PH


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Ponto de Vista

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Você quer construir ou destruir? Silvio Celestino Autor do livro Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira, Sílvio Celestino é sóciofundador da Alliance Coaching e atua como coach de presidentes, VPs, diretores, CEOs e gerentes de organizações no Brasil e no exterior

U

m indivíduo, especialmente um líder, pode se desenvolver sozinho, só que leva muito mais tempo. Para ser um bom líder, precisará de referências construtivas de liderança. Sem um modelo, ou com um modelo destrutivo, o profissional corre sério risco de se deformar e transformar-se, ele mesmo, em um destruidor. Quer seja de ideias, estruturas, empresas ou, o que é pior, de carreiras e pessoas. Isso ocorre porque os indivíduos esquecem que, mesmo com muitos seguidores, um líder pode ser destrutivo, e não construtivo. Por mais óbvio que pareça, precisamos do segundo tipo para construir o mundo, ideias, empresas, oportunidades e carreiras. Outro fator importante é observar que é muito mais fácil destruir do que construir. Por esse motivo, você não encontrará líderes de destruição muito inteligentes. Afinal, a tarefa que assumem é fácil de fazer e lhes dá grande vantagem em relação aos líderes construtivos. Aqueles que constroem estudam muito, leem, aprendem e evoluem continuamente. Promovem a transformação de si mes-

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Panorama Hospitalar

mos e de suas ideias, em acordo com o mundo. Por sua vez, os líderes de destruição são arraigados a ideias anacrônicas, comportamentos violentos e são contrários a qualquer pensamento de construção. Pouco evoluídos, comportam-se como predadores e terroristas. Se alcançarem cargos de liderança nas empresas, são capazes de gerar resultado elevado no curto prazo, à custa de muito sacrifício, estresse e esgotamento de seus liderados. No longo prazo, destroem a companhia. Em alguns casos, utilizam até meios ilícitos. Por isso, todo aquele que deseja liderar deve escolher um líder de construção como referência. Pense no que esse líder construiu e no que contribuiu para a vida das pessoas, para as empresas, para o mundo e, especialmente, para as gerações futuras. Além de aprender muito mais rápido, será capaz de, nos momentos críticos, questionar: “O que meu líder de referência faria em uma situação como esta que enfrento?” O mundo precisa e é feito por líderes de construção. Bons líderes formam bons líderes, não seguidores. Seja um bom líder! PH


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LIVROS

Atualização da prática médica “Clínica Médica: Diagnóstico e Tratamento” conta com a participação de mais de 750 especialistas brasileiros

C

omposta de seis volumes, a coleção “Clínica Médica: Diagnóstico e Tratamento”, traz abrangente atualização de diversas áreas da medicina. A obra, cuja coordenação geral é do professor Dr. Antonio Carlos Lopes, diretor da Escola Paulista de Medicina, tem a participação de 41 coordenadores e 756 colaboradores das mais variadas especialidades. Entre as propostas da coleção está a difusão da prática médica de qualidade nas regiões mais distantes, carentes de atualização científica, mas com a pluralidade de atendimentos que caracteriza um país de dimensões continentais, miscigenação e cultura tão variados quanto o nosso, e desafia diariamente os profissionais na linha de frente do atendimento à população. “O acesso à informação atualizada e confiável é imprescindível para que o médico siga realizando o diagnóstico adequado e oferecendo o melhor tratamento possível, em uma relação médico-paciente adequada, baseada no humanismo, que deve permear toda a atividade profissional.” No papel de coordenador geral, o prof. Dr. Antonio Carlos Lopes participou ativamente de todas as etapas, desde a elaboração do conteúdo programático, indicação dos coordenadores e acompanhamento da definição de todos os autores, até o processo de seleção de fotos e gráficos, revisão do conteúdo programático, uniformização dos textos. “O livro envolveu colegas de vários es-

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Panorama Hospitalar

tados, de várias Universidades, e não foram poupados esforços, nem da editora Atheneu, nem dos demais envolvidos no projeto, para que fosse concretizado da maneira como havíamos idealizado.” A publicação leva em conta a capilaridade entre as várias especialidades, de suma relevância no exercício da medicina no dia-a-dia, permitindo o diagnóstico e tratamento mais completos. “É essencial que o médico, por mais especialista que seja, interaja com outras áreas especializadas, e que tenha à mão uma fonte segura para consultas em caso de dúvidas. Em muitos casos, um mesmo especialista atende a diversas regiões e os clínicos se tornam generalistas, na acepção completa da palavra”. Os colaboradores abordaram, de forma crítica, temas que atendem à exigência e necessidades reais dos profissionais que atendem no Brasil. Muitas vezes profissionais brasileiros precisam se basear em obras internacionais, que nem sempre abrangem uma série de características típicas de nosso país e de nossa população. PH Ficha Técnica: Clínica Médica: Diagnóstico e Tratamento Autores:Professor Doutor Antônio Carlos Lopes Editora: Atheneu Coleção: 6 volumes Páginas: 6.254 Valor: R$ 777,00


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ÌÌ V SIMI - Simpósio Internacional de Medicina Intensiva 8 a 12 de abril de 2014 Onde: Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa; São Paulo (SP) Realização: IEP - Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa Contato: www.simisirio.com.br

ÌÌ I Jornada de Gerontologia e Geriatria da Rede de Hospitais São Camilo 23 e 24 de maio Onde: Hospital São Camilo; São Paulo (SP) Contato: iep@saocamilo.com/ (11) 3677-4405

ÌÌ Fórum Internacional de Diabetes 24 a 26 de abril Onde: Bourbon Cataratas Convention; Foz do Iguaçu (PR) Contato: fernanda@ccmew.com (51)3086-9100

ÌÌ XVI EBT Encontro Brasileiro de Tireóide 1 a 3 de maio Onde: Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo (SP) Contato: fernanda@ccmew.com (51)3086-9100

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Ì ÌXIX Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia 29 de abril a 3 de maio Onde: Centro de Convenções Hangar; Belém (PA)\ Contato: fernanda@ccmew.com (51)3086-9100

ÌÌ 44ª Jornada Paulista de Radiologia 1 a 4 de maio Onde: Transamerica Expo Center (TEC); São Paulo (SP). Realização: Hospital Albert Einstein e Insper Contato: (11) 5053-6363/ inscricao@spr.org.br

ÌÌ 6º Curso Avançado de Reciclagem em Clínica Médica 19 a 23 de maio Onde:Hotel Travel Inn Live & Lodge; São Paulo (SP) Contato: www.sbcm.org.br/reciclagem2014

ÌÌ HOSPITALAR 2014 20 a 23 de maio Onde: Realização: Pavilhões do Expo Center Norte; São Paulo (SP) Contato: (11) 3897.6199/ hospitalar@hospitalar.com.br

ÌÌ Efemérides 7 - Dia Mundial da Saúde 8 - Dia Mundial de Combate ao Câncer 26 - Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão Arterial 28 - Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho


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