Odonto Magazine #03

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www.odontomagazine.com.br

Entrevista Emergências médicas na prática odontológica

Reportagem Práticas integrativas e complementares à saúde bucal

Especial

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03

comunicação integrada

ISSN 2179-8796

Ano 1 - N° 3 - Abril de 2011

Móveis odontológicos

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Ponto de Vista

A saúde bucal infantil 20/04/11 12:02


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Editorial

Interdisciplinaridade e Saúde Bucal para todos

Edição: Ano 1 • N° 3 • Abril de 2011 Presidência & CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7501 Gerência Geral Marcela Petty e. marcela.petty@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7502

N

ossa terceira edição está recheada com informações inovadoras que abre um universo completamente novo para a odontologia atual. A Reportagem com o Dr. Hélio Sampaio Filho aborda práticas alternativas e complementares à saúde bucal, como homeopatia, acupuntura, hipnose, terapêutica floral e fitoterapia. Em Entrevista abordamos um assunto de extrema relevância: “As emergências médicas na prática odontológica”. A Dra. Solange Vergani esclarece os pontos principais do assunto, muitas vezes ignorado pela maioria de nossos colegas. Na seção Espaço Equipe desta edição, a Profª. Marina Montenegro faz um retrospecto interessante da odontologia na humanidade, bem como a importante atuação dos auxiliares desde tempos remotos. Em Relacionamento temos a Profa. Daniele Palacio, interlocutora de saúde bucal do ESF – Einstein, explicando o maravilhoso trabalho que a entidade faz nas UBS da região sul da cidade de São Paulo. Em Ponto de Vista contamos com a participação da Profª. Helenice Biancalana abordando o assunto de sua especialidade – Saúde Bucal Infantil. A seção Especial deste mês aborda Móveis Odontológicos e Ergonomia na Prática Odontológica. Nesta, apresentamos opções de móveis do mercado para que o cirurgião-dentista possa associar beleza e ergonomia à sua clínica. Nesta edição temos três colunistas abordando assuntos atuais e de extrema relevância. Em Gestão, o Dr. Plínio Tomaz fala sobre o mercado odontológico atual e a necessidade de inovar e “renascer” para uma nova odontologia. Em Ortodontia, o Prof. Wilson Murata aborda novos conceitos, tecnologia e conforto; e em Saúde Pública a Dra. Regina Brizolara explica com propriedade acerca da Política Nacional de Saúde e o governo Lula. Os Casos Clínicos apresentam assuntos de última geração, como o Sistema Cone More Friccional Kopp com o Dr. Antonio Maciel de Oliveira, Prótese Flexíveis Termoplásticas com a Dra. Vanessa Malucelli Andersen e também um outro tema muito importante: o Clareamento Caseiro com Dra. Letícia C. A. G. de Almeida, Dr. Paulo H. dos Santos e Dr. André Luís F. Brito. Agradecemos novamente a confiança de nossos patrocinadores e nosso impecável corpo científico, que se supera a cada edição. Desejamos uma leitura enriquecedora a todos!

Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7511 Atendimento Geral Natalia Piedade e. contato@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500 Arte Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br Wesley Costa e. wesley.costa@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 Editora e Jornalista Responsável Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506 Publicidade - Gerente de Contas Vivian Ceribelli Pacca e. vivian.pacca@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7508 Diretora Científica Dra. Lusiane Borges e. lusianeborges@uol.com.br

Conselho Científico Augusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Rodolfo Candia Alba Jr., Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo e William Torre. A Revista A Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas. É uma publicação da VP Group voltada para profissionais de odontologia das mais diversificadas especialidades. Conta com a distribuição gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais instituições do setor.

Dra. Lusiane Borges Diretora Científica

Odonto Magazine Online s. www.odontomagazine.com.br Tiragem: 37.000 exemplares Impressão: HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br

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Sumário

Abril de 2011 • Edição: 03

pág.

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Reportagem

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Entrevista

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Espaço Equipe

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Editorial

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Programe-se

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Notícias

10

Produtos e Serviços

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Especial: móveis odontológicos

26

Práticas integrativas e complementares à saúde bucal

pág.

16

Emergências médicas na prática odontológica

Casos Clínicos

Um pouco sobre nossas origens, nossos Tiradentes...

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Marina Montenegro Rojas

22

Relacionamento

26

Ponto de Vista

O Einstein na saúde bucal

Alex Antônio Maciel de Oliveira

42

Colunistas Gestão Odontológica Plínio Tomaz 30

Ortodontia

pág.

32

Clareamento dental caseiro Letícia Cunha Amaral Gonzaga de Almeida, Paulo Henrique dos Santos e André Luiz Fraga Briso

A saúde bucal infantil Helenice Biancalana

28

Resolução estética com Coroa Implantossuportada Munhão Integrada: Sistema Cone Morse Friccional Kopp

48

Próteses flexíveis termoplásticas Vanessa Malucelli Andersen

50

Normas para publicação

Wilson H. Murata 32

Saúde Pública

Regina Vianna Brizolara

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Programe-se

Abril As atividades científicas do 23º CBO estão subdivididas em: ‘Opinião de quem entende’, ‘Simpósios’, ‘Cursos Integrados’, ‘Cursos Master em Foco’, ‘Cursos de curta duração’ e ‘Conferências’.

XXIV Congresso Brasileiro de Peridontologia

dontia, e será uma grande oportunidade para a troca de informações e experiências entre palestrantes, congressistas, estudantes, profissionais e demais interessados na área. Serão realizadas mais de 150 atividades científicas nacionais e internacionais, entre elas: conferências, simpósios, fóruns científicos, painéis científicos, mesas-redondas, empresas expositoras, conferências sequenciais, fórum de tecnologia aplicada e cursos de imersão nacionais e internacionais.

Goiania – GO

25 a 28 de maio de 2011

Curitiba – PR

23º Congresso Brasileiro de Odontopediatria

senvolver ação comunitária com crianças da rede pública de ensino de Palmas e dar visibilidade ao serviço de saúde odontológico, destacando sua importância na comunidade.

Palmas - TO

27 a 30 de abril de 2011

www.23cbo.com.br

***

Maio OdontoBrasil 2011 24 a 27 de maio de 2011

A 7ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Odontologia - oferece uma diversificada amostragem do que existe de mais novo em produtos, equipamentos e serviços para clínicas, consultórios odontológicos e laboratórios de prótese. É uma excelente oportunidade para que a indústria fornecedora contate diretamente os profissionais da área odontológica e distribuidores, promovendo negócios e relacionamentos. O evento permite que os profissionais de odontologia possam vivenciar novas experiências. Juntas, Hospitalar e OdontoBrasil formam o maior evento de saúde da América Latina.

São Paulo - SP www.hospitalar.com.br

*** 3º Congresso de Odontologia do Estado do Tocantins Saúde Bucal na Conquista da Dignidade Humana 25 a 28 de maio de 2011

O evento tem como objetivo contribuir com a política de promoção de saúde bucal da população tocantinense, valorizar a atualização dos cirurgiões-dentistas no contexto técnico-científico, colaborar com a integração sociocultural, auxiliar na integração da classe odontológica em seus diversos setores, permitir acesso aos cursos e a novos conceitos teóricos e práticos, promover palestras de diversas especialidades odontológicas e fórum sobre saúde pública, de-

(63) 3214-2246

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O evento promovido bianualmente pela SOBRAPE – Sociedade Brasileira de Periodontologia contará com especialistas, clínicos e estudantes interessados nas áreas de periodontia e implantodontia, e suas relações com as demais áreas da saúde. Trata-se de oportunidade ímpar para a veiculação e discussão da pesquisa mundial sobre temas que compõem a literatura científica desta área do conhecimento, asseguradas pelo nível de excelência dos ministradores convidados, nacionais e internacionais. Permite, também, efetuar intensa divulgação dos avanços tecnológicos do setor, criando oportunidades para que a indústria e o comércio odontológicos, do Brasil e exterior, possam mostrar o desenvolvimento de novos produtos e serviços.

Salvador – BA

(45) 3025-2121

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Julho 20º Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro - CIORJ 20 a 23 de julho de 2011

Com um público estimado de 55.000 participantes, o CIORJ apresentará riquíssimo conteúdo científico, além de grandes oportunidades de negócios.

Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ

www.ciorj.org.br

http://periodontologia.com.br

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Agosto

Junho

Congresso Odontológico da Paraíba

6º Congresso Odontológico do Mato Grosso 02 a 04 de junho de 2011

Com o tema central: “Conhecimento: valorização profissional”, o evento contará com uma programação científica especializada, devidamente preparada e desenvolvida por grandes profissionais das áreas específicas (cursos, palestras e simpósios).

Cuiabá – MT

04 a 06 de agosto de 2011

O evento contará com conteúdo científico ministrado por renomados profissionais das mais diversas especialidades da odontologia.

João Pessoa – PB www.abopb.com.br

*** V Congresso de Ortopedia da CBOFM

www.abomt.com.br

21 a 24 de agosto de 2011

2º Neodent International Congress

O evento contará com uma programação científica impecável, e será palco da comemoração dos 10 anos da Ortopedia Funcional dos Maxilares como especialidade odontológica.

16 a 18 de junho de 2011

Termas do Rio Quente - GO

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O evento contará com nomes da odontologia mundial na área da implanto-

www.cbofm.com.br

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Notícias Novas tendências e tecnologias em implantes dentários Estão abertas as inscrições para o I SIN Expert Meeting. O encontro é promovido pela SIN – Sistema Nacional de Implantes e acontecerá no próximo dia 20 de maio, das 8 às 19h00, no auditório Vila Noah, em São Paulo. A abertura estará a cargo da Dra. Martha Penna, presidente da SIN. Já estão confirmadas as presenças de dois palestrantes internacionais, os especialistas Dr. Georgios Romanos, da Universidade de Rochester (NY, EUA) e Dr. Paulo G. Coelho, da Universidade de Nova York (NY, EUA), que

falarão, respectivamente, sobre “Carga Imediata: Uso de Implantes do tipo Cone Morse” e “A Interface da Macro e Micro Estrutura no Processo de Cicatrização e Recuperação Óssea”. Também estão confirmadas as presenças de renomados especialistas brasileiros. As inscrições são gratuitas para dentistas e especialistas, e devem ser feitas antecipadamente pelo site www.sinexpertmeeting. com.br, por telefone 08007702941, ou pelo e-mail sin@sinimplante.com.br. As vagas são limitadas.

Ministério da Saúde libera recursos para saúde bucal Os brasileiros vão ganhar um reforço na assistência odontológica com a liberação de R$ 1,37 milhão do Ministério da Saúde para a construção de mais 29 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) em diferentes municípios. A medida consta da Portaria 87/11, que prevê o repasse dos recursos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde dos 29 municípios beneficiados em 10 diferentes estados. Nos CEO’s, a população tem acesso gratuito a tratamentos de canal, gengiva, cirurgias mais simples e outros serviços especializados, que passaram a ser oferecidos de forma mais estruturada no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2004. Os CEOs integram o Programa Brasil Sorridente, que já conta com 853 Centros em todo país. Essa estratégia já proporcionou um crescimento de seis para 25 milhões no número de atendimentos odontológicos na rede pública entre 2002 e 2010. www.saude.gov.br

Negócios e relacionamentos em odontologia Reunindo marcas líderes do setor, OdontoBrasil 2011 - 7ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Odontologia - oferece uma diversificada amostragem do que existe de mais novo em produtos, equipamentos e serviços para clínicas, consultórios odontológicos e laboratórios de prótese. A feira acontece entre os dias 24 e 27 de maio de 2011, no Expo Center Norte, em São Paulo, simultaneamente à Hospitalar. É uma excelente oportunidade para que a indústria fornecedora contate diretamente os profissionais da área odontológica e distribuidores, promovendo negócios e relacionamentos. O evento permite que os profissionais de odontologia possam vivenciar novas experiências. Juntas, Hospitalar e OdontoBrasil formam o maior evento de saúde da América Latina. www.hospitalar.com.br

Novos cursos: especialização para CD e capacitação para ASB A Faculdade Ingá Santo Amaro está com inscrições abertas para os cursos de especialização e aper feiçoamento dierecionados aos profissionais de saúde bucal.

Especialização em Implantodontia - Uningá - Registro MEC e CFO Coordenação: Dr. Reginaldo Migliorança e Equipe Início: maio de 2011, com duração de 24 meses.

Aperfeiçoamento em Implantodontia – Módulos - Full Time Coordenação: Dr. Reginaldo Migliorança e equipe Início: maio de 2011, com duração de nove meses.

Especialização em Ortodontia - Uningá - Registro MEC e CFO Coordenação: Equipe do Dr. Miguel Neil Benvenga - Dr. Sylvio Gonçalves Filho e Dra. Regina Rossi Gonçalves

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Início: maio de 2011, com duração de 36 meses.

Curso para Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) – Registro CFO/CRO Coordenação: Dra. Lusiane Borges e Equipe Início: maio de 2011, com duração de seis meses.

Intensivo Teórico-Prático de Biossegurança e Esterilização para CDs e Equipe Auxiliar (ASB e TSB) Ministradora: Dra. Lusiane Borges Data: 07 de maio de 2011 - sábado Carga horária: 8 horas - material didático incluído *** Descontos especiais para alunos e ex-alunos*** A instituição é localizada na Rua Izabel Schimidt, 118 (esquina com a Av. Adolfo Pinheiro, 220), em Santo Amaro, SP. Mais informações sobre a grade curricular e o investimento podem ser obtidas por meio dos telefones: (11) 2619-5390, 2361-2342 ou 2361-2145.

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Notícias CETO inaugura mais duas unidades de atendimento odontológico O CETO, tradicional Centro de Estudos e Técnicas Odontológicas, inaugurou mais duas unidades de atendimento odontológico nas regiões de Guarulhos e Mogi das Cruzes. Agora os moradores destas regiões poderão contar com 24 anos de experiência em serviços odontológicos focados em qualidade tanto no atendimento quanto nas instalações e profissionais da área. “Sempre buscamos nos diferenciar pela excelência de nossos profissionais e pela qualidade de nossos serviços prestados. Quem é atendido em uma de nossas unidades, não apenas sai satisfeito como comenta com parentes e amigos o que acaba sendo nossa melhor fonte de publicidade”, afirma Rogério Velasco, diretor do Ceto. “Pretendemos estender este conceito de qualidade para outras cidades de São Paulo gradativamente, adquirindo a confiança do público local ao proporcionar a eles um bom atendimento com um custo acessível”, finaliza. O CETO prevê a inauguração de mais três unidades de atendimento ainda para 2011. www.ceto.com.br

Instrumentarium agora no Brasil O portfólio de produtos Instrumentarium no Brasi conta com o Sistema de placas Intra-orais Express, o Raio X Focus, o tomógrafo panorâmico OP200 e o Sensor Intra-oral Snapshot. A distribuição e o suporte técnico dos produtos é de responsabilidade da KaVo. Além de todo o suporte técnico dado aos tomógrafos i-CAT e Gendex GCB-500, a KaVo do Brasil possui mais uma linha de produtos para distribuição: a Instrumentarium. Referência na área de radiologia odontológica e de origem finlandesa, a Instrumentarium foi a primeira a desenvolver um Raio-X Panorâmico. Muitos clientes que possuem produtos da Instrumentarium tinham dificuldades na manutenção ou reposição de peças, por não haver assistência adequada no Brasil. Agora, a KaVo fornecerá todo e qualquer tipo de suporte, como já feito com as outras marcas distribuídas e supervisionadas pela empresa. www.kavo.com

Prodent realiza ações em parceria com os RH

Julio Cesar Felipe Diretor de Relacionamento da Prodent

A empresa passou a promover, ao lado dos Recursos Humanos, ações que propiciem a educação de todos os profissionais de cada organização, instruindo-os sobre a importância da saúde bucal. Esta preocupação com a qualidade de vida dos beneficiários, aliada a redução da sinistralidade, faz a operadora oferecer gratuitamente palestras de higiene oral durante as SIPATs – Semanas Internas de Prevenção de Acidentes do Trabalho. Na última semana de fevereiro, a Prodent esteve presente em uma das filiais da Tivit, empresa especializada em TI, promovendo quatro palestras sobre prevenção aos seus 1.400 funcionários. “Entendemos que a prevenção começa com a informação, por isso consideramos esses eventos importantíssimos para a conscientização dos empregados sobre saúde bucal e qualidade de vida”, afirma Julio Cesar Felipe, diretor de Relacionamento da Prodent. Só para se ter uma ideia da importância desse trabalho, de dezembro para cá já foram 14 SIPATs realizadas, média superior a uma palestra por semana. www.prodent.com.br

Estratégia de serviços voltados para resultados Ministrado pelo administrador de empresas e consultor empresarial, Fernando Schiavetto, o treinamento visa oferecer aos profissionais da área de saúde uma visão completa do planejamento estratégico de serviços voltados para o consultório odontológico, com análise do comportamento do consumidor e a relação com o mercado. O curso que será realizado no período de 20 de abril a 11 de maio de 2011, envolve temas, como entendendo serviços, consumidores e mercados, principais elementos do planejamento estratégico de serviços, gerenciando o processo de entrega de serviços e implementando estratégias de serviços. Mais informações sobre o curso e sobre o investimento podem ser obtidas por meio do site www.cetao.com.br

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Produtos e Serviços Escova dental para quem usa aparelho ortodôntico A Curaprox, empresa especializada em higiene oral, desenvolveu uma escova especificamente para a Ortodontia, a CURAPROX 5460 Ortho. O Especialista Mestre e Doutor pela USP e Professor de Odontologia da Uniban, Dr. Hugo Lewgoy explica que essa escova possui uma canaleta central de cerdas rebaixadas, permitindo que a escova encaixe sobre o aparelho ortodôntico, favorecendo a higienização. Com 5460 cerdas ultramacias, ela realiza uma escovação efetiva e atraumática, além de favorecer a limpeza dos braquetes e do arco dos aparelhos ortodônticos, evitando o desgaste prematuro do produto. Ela pode ser utilizada em conjunto com as escovas interdentais CPS Prime e Unitufo CS1009. www.curaprox.com.br

Moderno sistema de clareamento Nascida nos Estados Unidos, a New Smile chegou ao Brasil, no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca. Com a direção da dentista Isabella Haiat e do diretor comercial Dany Haiat, a empresa traz ao mercado o moderno sistema de clareamento utilizando LED (Light Emitting Diodo) que oferece resultados imediatos a um preço acessível. Com clínica estética localizada no Shopping Downtown, Barra da Tijuca, a New Smile Express oferece os tratamentos Express 30’, indicado para quem já fez clareamento e quer realizar uma manutenção ou não tem a coloração dental muito escurecida; e o Premium 60’, indicado para quem nunca fez o clareamento ou tem dentição mais escura. Além disso, a empresa oferece manutenção por até seis meses após o procedimento. Os dois tratamentos são realizados com LED de luz azul sem emissão de raios ultravioletas, ou seja, totalmente seguros para dentes e gengivas. As únicas restrições ao clareamento são para pessoas grávidas e quem tem algum problema dentário, por exemplo, uma cárie, pois deixa o dente hipersensível. Uma das grandes inovações da empresa é usar em seus pacientes óculos 3D que exibem filme, desenhos e shows durante o as sessões de clareamento dentário. Durante os 45 minutos o cliente fica, literalmente, de boca aberta com as novidades projetadas na cadeira do dentista. Contato: (21) 3258-3612

Solução em instrumentos rotatórios de níquel-titânio Estabelecer um Glide Path (uma via de acesso) suave e bem feito é um passo essencial na fase inicial de um tratamento endodôntico. É necessário entender e avaliar a anatomia do canal a ser tratado e reduzir o risco de fratura do instrumento rotatório. Até agora, essa fase inicial do tratamento é convencionalmente realizada com instrumentos manuais, tais como Limas K 008, 010 ou 015. Visando reduzir risco e garantir qualidade nesta fase do tratamento, a Maillefer lança no mercado, o PathFile, um novo sistema rotatório de níquel-titânio para um rápido e seguro pré-preparo na fase inicial do tratamento endodôntico. PathFile é extremamente flexível (adaptadas a todos os tipos de canais) e muito resistente à fratura e à fadiga, trazendo melhores resultados do que as técnicas manuais para preparo do canal radicular. www.dentsply.com.br

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Produtos e Serviços Localizador Apical Root ZX mini A J Morita lança no mercado brasileiro o novo localizador apical, Root ZX mini. Mais compacto (60 mm x 57 mm x 103 mm) e leve (110g), o Root ZX mini foi desenvolvido com a mesma tecnologia do renomado Root ZX. Seu display digital mostra de forma clara a posição da lima a partir de 3 mm aquém do forame. Acompanham o equipamento: cinco clipes labiais, três suportes de lima e três pilhas AAA. O produto conta com a garantia de um ano. Para mais informações e aquisição entre em contato por meio do telefone 0800-888-5060. www.jmoritabrasil.com

Obra sobre tomografia computadorizada para cirurgião-dentista A Editora Santos, integrante do Grupo GEN, lança o “Atlas de Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico para o Cirurgião-Dentista”. O livro orienta o cirurgiãodentista no uso da tecnologia computadorizada, que teve grande influência no avanço do diagnóstico em odontologia. Segundo os autores Elio Papaiz, Luiz Roberto Capella e Reinaldo de Oliveira, este atlas é, na realidade, um guia muito bem ilustrado com imagens obtidas por tomógrafo computadorizado por feixe cônico, também denominado de Tomografia Volumétrica. Direcionada ao cirurgião-dentista clínico geral, a obra tem por objetivo orientar e familiarizar o profissional com essa tecnologia, a qual, na última década, possibilitou um enorme avanço na melhoria do diagnóstico. Ao dispor desse recurso de ponta, as diversas especialidades da odontologia poderão ter acesso a uma visualização tridimensional das estruturas anatômicas do complexo maxilomandibular. Tal ação favorece condutas clínicas muito mais seguras. www.grupogen.com.br

Novidade em pinça odontológica Fabricada pela Erwin Guth, a pinça Beyer é especialmente desenvolvida para cortar micro fragmentos em estruturas ósseas. Com 19 centímetros de comprimento, o instrumento facilita o corte preciso do cirurgião-dentista. A ponta de 2mm de espessura, com dupla articulação da extremidade, permite um esforço muito menor do CD e uma pressão maior de corte. Os processos de produção são certificados pela NBR ISO 13485 e possuem as Boas Práticas de Fabricação concedidas pela ANVISA. O produto pode ser adquirido por meio do portal: www.tudoparaodontologia.com.br

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Reportagem

Práticas integrativas e complementares à saúde bucal As práticas alternativas na odontologia são recémreconhecidas e regulamentadas para o uso dos profissionais, mas despertam o interesse de muitos profissionais e contam com a aprovação dos pacientes.

Por: Célia Gennari

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Resolução CFO-82/2008 “reconhece e regulamenta o uso pelo cirurgião-dentista de práticas integrativas e complementares à saúde bucal”. A Decisão CFO45/2008 baixa normas complementares para habilitação para as seguintes práticas: acupuntura, homeopatia, fitoterapia, terapia floral, hipnose e laserterapia. Não menos importante, mas que ficou de fora dessa contemplação foi a odontologia integral antroposófica, muito bem lembrada pelo Dr. Helio Sampaio Filho, reconhecido profissional que trabalha e leciona cursos dessas práticas. Para entender como e quando essas terapias começaram a ser utilizadas pela equipe de odontologia, Dr. Helio lembrou que na década de 1970 o Dr. Álvaro Badra, eminente cirurgião-dentista, fez um alerta para uma nova abordagem ao paciente odontológico voltada para uma visão integral, humanista, para valorizar o que deve ser o foco da atenção do profissional, muito além da frieza da técnica e do mecanicismo vigente – o ser humano. “Este visionário publicou artigos, ministrou cursos e editou apostilas e livros sobre hipnose e psicossomática em odontologia, acupuntura e homeopatia, em uma época em que a odontologia tinha sua atenção voltada exclusivamente para técnicas e medicamentos convencionais”, comentou Dr. Hélio Sampaio Filho. A partir de 2002, as discussões tomam novo rumo, apesar de muitos dentistas utilizarem ou recomendarem o uso de práticas integrativas e complementares há décadas. Nessa época foi realizada a Assembleia Nacional de Especialidades Odontológicas – ANEO, na qual acupuntura e homeopatia pleiteavam o reconhecimento, o que lhes foi negado. Por essas e outras, ficou clara a necessidade de união e organização. E, assim, em 2006, Conselhos Regionais de Odontologia – inicialmente MG, SP, RJ e RS, nomearam Comissões de Terapêuticas Complementares para a Odontologia. Em 2007, o Conselho Federal de Odontologia – CFO convocou

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Reportagem

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Reportagem

O ambiente clínico natural ao cirurgião-dentista é perfeitamente compatível com a aplicabilidade das técnicas terapêuticas. O consultório de um dentista homeopata ou que pratica hipnose, em nada difere do de um dentista clínico ou especialista

uma Assembleia em Bonito (MS) para uma ampla discussão sobre quais seriam as terapêuticas a serem avaliadas e discutidas e normas para a realização de um Fórum, que aconteceu em junho de 2008, denominado já de Fórum para a Regulamentação das Práticas Integrativas e Complementares. Segundo Dr. Hélio, a pesquisa de opinião realizada por meio do site do CFO mostra uma aprovação expressiva para que a normatização e regulamentação fossem discutidas em caráter oficial. No entanto, o dentista recorda que a odontologia é a única área da saúde que ainda não reconhece a acupuntura e a homeopatia como especialidades. O Conselho Regional de Medicina – CRM, o Conselho Regional de Medicina Veterinária – CRMV, além do Conselho Regional de Farmácia – CRF já reconhecem. Sem contar os não prescritores, como exemplo, a fisioterapia. O mais curioso é que, desde maio de 2006, foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC no Sistema Único de Saúde pela Portaria nº 971, que disponibiliza vagas para atendimento nas áreas de acupuntura, homeopatia e fitoterapia para o cirurgião-dentista. “Porém”, ressaltou Dr. Hélio, “como não foram ainda reconhe-

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cidas como especialidades, perdese mercado de trabalho de maneira incompreensível”.

Benefícios Com uma parcela muito expressiva dos profissionais que utilizam práticas integrativas e complementares à saúde bucal, a prática clínica diária mostra que os benefícios são reais. “Observo, tanto na minha prática clínica como em conversas com outros profissionais, que a aceitação por parte do paciente ao tratamento complementar, assim como a resposta ao mesmo são, na maioria das vezes, muito positivas”, afirmou Dr. Helio. Existe uma reprovação velada, não expressa e não mensurável entre alguns profissionais que não aceitam o reconhecimento dessas práticas, porém aos poucos a tendência é de mudança positiva. “Hoje conseguimos adentrar em muitas áreas do saber em odontologia. Vemos grupos atuando clinicamente em diversos setores dentro da Universidade de São Paulo e em outras faculdades, mas em número bem modesto. Em termos de Brasil, isso é diluído e acaba ficando meio sem expressão”.

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Reportagem

Cursos A Decisão CFO-45/2008 estabelece normas tanto para a habilitação quanto para o funcionamento dos cursos, porém a procura tem sido muito pequena para os cursos, provavelmente porque os profissionais aguardam o prometido reconhecimento da especialidade que despertaria um maior interesse. De qualquer forma, o Dr. Hélio informou que na maioria dos congressos importantes que ocorrem no Brasil ministram palestras e conferências sobre o tema.

Algumas das práticas integrativas e complementares Homeopatia A homeopatia é uma terapêutica que se desenvolveu por meio da história, desde Hipócrates até Hahnemann, médico alemão que a propôs, no final do século XVIII. É um sistema científico-filosófico bem determinado, com metodologia de pesquisa própria, apoiada na experimentação clínica de medicamentos homeopáticos. Tal processo de experimentação é realizado em indivíduos sadios, para depois, por meio do Princípio da Semelhança, utilizá-los em indivíduos adoecidos. É uma terapêutica denominada de vitalista, em que o denominado princípio vital é estimulado para obtermos a homeostase, ou seja, o equilíbrio geral do indivíduo. Os medicamentos utilizados vêem do reino vegetal, mineral ou animal e são submetidos a uma farmacotécnica homeopática, em que se utilizam ultradiluições e agitações (sucussões) que se corretamente prescritos e administrados trarão inúmeros benefícios ao paciente. Sua aplicação é ampla dentro da odontologia. A homeopatia em odontologia não substitui os procedimentos técnico-operacionais convencionais, mas como as possibilidades da terapêutica homeopática são bastante diversificadas. Ela poderá ser aplicada na clínica geral e em todas as suas especialidades. Por vezes, acompanhando as técnicas específicas e em outras oportunidades, como a terapêutica de eleição.

Hipnose Pelo uso da palavra, o cirurgião-dentista consegue promover um estado alterado de consciência do indivíduo de modo rápido e seguro, para que o mesmo possa ter um comportamento adequado e positivo controlando fobias, medo, traumas e tantos outros comportamentos que limitam o tratamento convencional. A Hipnose é citada e recomendada na Lei nº 5.081, de 24 de agosto de 1966 [publicada no D.O.U. de 26.8.66, retificada em 1º.9.66 e 16.6.67] que regulamenta a profissão de cirurgião-dentista. Terapêutica Floral Idealizada em suas bases por um médico inglês, Dr. Edward Bach, que catalogou 38 medicamentos principais extraídos de flores e suas aplicações com o intuito de promover o reequilíbrio geral do doente. Os florais atuam sobre a desarmonia profunda que afeta o paciente, promovendo o seu reequilíbrio, preparando o caminho para a recuperação física. Atuam também como preventivos, impedindo o aparecimento de novas doenças. Fitoterapia É a terapêutica mais utilizada pelos diversos povos de todo o mundo, desde a mais antiga idade. As matérias-primas dos fitoterápicos são plantas (folhas, caule, flores, raízes ou frutos) com efeitos farmacológicos medicinais, alimentícios, coadjuvantes técnicos ou cosméticos. Em odontologia existe uma condição de sua aplicação complementarmente a outras práticas e com possibilidade de pesquisa, aplicação e desenvolvimento nas indústrias farmacêuticas especializadas. De certa maneira pode haver a comparação da fitoterapia com o tratamento com fármacos, porém com o estudo das plantas medicinais, amplia-se o leque de aplicações que não ficariam restritas aos produtos padronizados pela indústria farmacêutica e com maior diversidade de emprego.

Acupuntura É uma técnica que tem como origem a medicina tradicional chinesa e que se baseia na inserção de agulhas ou qualquer outro meio de estímulo sensorial, aplicados em áreas determinadas e escolhidas para prevenir ou tratar diversas afecções do sistema estomatognático, além de poder proporcionar analgesia, efeitos ansiolíticos e miorelaxantes, melhora na função imunológica, controle de estresse e tantas outras aplicações nas diversas áreas de atuação do dentista.

“Hoje conseguimos adentrar em muitas áreas do saber em odontologia. Vemos grupos atuando clinicamente em diversos setores dentro da Universidade de São Paulo e em outras faculdades, mas em número bem modesto”

Dr. Helio Sampaio Filho

Carência de dados estatísticos Há carência de dados estatísticos bem como de trabalhos científicos nas áreas relacionadas. O número de profissionais interessados é reduzido, não deve chegar a 1.500 em todo o Brasil, o que diminui o número de trabalhos na área. Além, disso, segundo o Dr. Hélio Sampaio Filho, existe um crivo pelas editoras quando o assunto abordado é a prática integrativa de modo geral. A Homeopatia possui a Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas Homeopatas – ABCDH (abcdhnac.blogspot.com) que tenta agregar os profissionais atuantes. No entanto, essa não é a realidade das outras áreas, sendo a desunião, na opinião do Dr. Hélio, o ponto crítico para que dados estatísticos sejam produzidos e destacados.

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Emergências médicas na prática odontológica Não é incomum o profissional de saúde bucal se deparar com situações de emergências médicas no consultório odontológico. A entrevista com a Dra. Solange Vergani, uma das autoras do livro “Emergências Médicas na Prática Dental: prevenção, reconhecimento e condutas”, aponta as principais ocorrências presenciadas em ambientes odontológicos e apresenta algumas das medidas que devem ser tomadas pelo profissional de odontologia. Por: Vanessa Navarro

Dra. Solange Vergani Especialista em Periodontia pela AORP. Mestre e Doutora em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP. Professora da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade de Franca – UNIFRAN.

Odonto Magazine - Quais são as causas de emergências médicas mais frequentes nos consultórios odontológicos? Dra. Solange Vergani - As emergências podem ocorrer devido diferentes fatores desencadeantes, porém, sem dúvida alguma, as mais comuns são aquelas desencadeadas pelo medo e pela ansiedade gerados pelo próprio tratamento odontológico. Na maioria das vezes, estão relacionadas com experiências anteriores que foram desagradáveis ou traumáticas para o paciente, mas podem derivar também de informações depressivas passadas por outros, tais como, relatos de pacientes que passaram por tratamentos mais complexos, como extração de dentes inclusos ou cirurgias para a colocação de implantes. Outro fator a ser considerado é o local de atendimento, que pode se tornar pouco agradável devido às condições físicas das instalações, tempo muito prolongado de espera para o atendimento, estado de conservação e/ou de higiene dos equipamentos, pela exposição ostensiva do instrumental e, ainda, pela conduta do profissional, que pode algumas vezes subestimar os temores do paciente ou demonstrar insegurança. No entanto, a principal causa de estresse é a dor, e suas consequências podem ser ligeiras, fazendo com que o paciente sinta dor antes mesmo que esta possa ser provocada pelo tratamento. Outras vezes as consequências são mais pronunciadas, principalmente em casos cirúrgicos, manifestando-se como tensão muscular excessiva, lipotímias, aumento dos batimentos cardíacos, da pressão arterial, da glicemia, das secreções salivar e gástrica, entre outros. Esses fenômenos podem desencadear acidentes, principalmente naqueles pacientes que não se acham em condições físicas ideais. Por exemplo, o aumento da pressão arterial, principalmente se for brusco, pode levar a acidentes vasculares cerebrais em pacientes

hipertensos ou com arteriosclerose. O aumento da glicemia pode provocar uma crise em um paciente diabético; a elevação do metabolismo pode predispor o aparecimento de crises em pacientes epiléticos ou portadores de hipotireoidismo. O procedimento básico no controle da ansiedade e do medo se baseia nas atitudes do cirurgião-dentista, que deve ser persuasivo, bondoso, atencioso e demonstrar possuir um alto grau de paciência, segurança e poder de decisão no tratamento dispensado a todos os seus clientes. Odonto Magazine - Como o profissional de saúde bucal deve agir ao se deparar com algum tipo de emergência médica? Dra. Solange Vergani - A primeira coisa a fazer é não entrar em pânico, ou não será capaz de ajudar. Depois deve realizar as medidas propostas para o chamado Suporte Básico de Vida (SBV) ou ABC da Vida (A = abertura das vias aéreas; B = boa ventilação; e C = circulação). A abertura das vias aéreas é conseguida pela extensão da cabeça e pescoço, inclinando a testa para trás com uma das mãos e elevando a parte posterior do pescoço com a outra mão. Puxar a mandíbula para frente fazendo pressão anterior no ângulo da mandíbula e tracionando-a pela sua porção anterior. Puxar a língua para frente, utilizando material de sutura ou instrumento apropriado (pinças). A respiração pode ser proporcionada por um dos seguintes métodos: ventilação boca a boca (ou boca a mascara) ou bolsa de ventilação para ressuscitação. A circulação é proporcionada por compressões cardíacas externas. Os princípios básicos dos primeiros socorros na prática da odontologia são: salvar vidas, evitar danos maiores e procurar ajuda qualificada. Odonto Magazine - Quais são os equipamentos, drogas e insumos necessários no consultório odontológico em uma

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situação emergencial? Dra. Solange Vergani - Uma peça básica do equipamento é a cadeira odontológica, que deve permitir ao paciente ser posicionado na horizontal ou em posição o mais horizontal possível, colocando a cabeça do paciente mais baixa e os pés mais elevados. A sala deve ter espaço suficiente para que seja possível colocar o paciente no chão, para a realização do SBV. Se o espaço físico for insuficiente, deve estar disponível uma placa de metal rígido, para ser usada sob o tórax do paciente, a fim de administrar o SBV na própria cadeira odontológica. Quando estamos frente a uma emergência, é preciso aumentar imediatamente a capacidade respiratória do paciente. Sendo assim, o equipamento para a administração de oxigênio é fundamental para um atendimento odontológico seguro. Usualmente administra-se 5 a 10 litros por minuto, controlando-se a respiração, a coloração e o pulso do paciente. A estimativa do pulso não requer equipamentos e pode ser realizada colocando-se os dedos indicador e médio, em uma das três regiões: no sulco radial do punho, no pescoço ou próximo da orelha, adiante do trago. Em adultos, os valores normais encontram-se entre 60 e 90 batimentos por minuto. A pressão arterial pode ser determinada usando estetoscópio e esfigmomanômetro ou monitores digitais de pressão. Uma vantagem considerável desse aparelho frente a emergências está no fato de que ele é adaptado ao pulso por uma cinta de tecido e é acionado pelo simples toque em um botão, o que libera as mãos do operador que, no caso do esfigmomanômetro precisa usá-las para manter o estetoscópio em posição e, ao mesmo tempo, pressionar a pêra de borracha para insuflar o aparelho. Em relação às drogas, embora sejam comercializados kits de produtos, o dentista deve preferir montar o seu próprio conjunto, que devem incluir: ansiolíticos, adrenalina, nitroglicerina, anti-histamínicos e corticoides; além de seringas, agulhas e garrotes de látex. Seus componentes devem ser rotulados e conferidos regularmente, para assegurar que esteja completo e seus produtos dentro do prazo de validade. O rótulo deve apresentar, além do nome, a indicação da droga, ou seja, a situação na qual deve ser utilizada. Odonto Magazine - Quais são as medidas que devem ser tomadas pelo profissional de odontologia em casos onde a prescrição e a administração de medicamentos se tornam indispensáveis para o bem-estar do paciente vítima de mal súbito? Dra. Solange Vergani - O cirurgião-dentista é perfeitamente capaz de prescrever medicamentos quando julgar necessário; quer seja para aliviar a dor, tratar infecções ou até reduzir a ansiedade e o estado de apreensão frente ao tratamento. Para o caso de pacientes temerosos, os fármacos mais indicados são os ansiolíticos de uso oral, considerados como primeira escolha tanto pela sua eficácia como por sua segurança clínica. Os ansiolíticos mais indicados são os do grupo dos benzodiazepínicos, do qual fazem parte o diazepam (Valium), o lorazepam (Lorax) e o bromazepam (Lexotan). Outra droga importante deste grupo é o midazolam (Dormonid), que além de ansiolítico também possui ação hipnótica, sendo muito usado para a realização de alguns procedimentos médicos, como a endoscopia e a indução da anestesia geral.

Quando indicado o uso de ansiolíticos, além da dose que precede a sessão clínica, deve ser prescrita ainda uma outra dose na noite anterior à consulta, a fim de induzir o sono e proporcionar descanso adequado ao paciente que deve, preferencialmente, ser atendido logo pela manhã, com o intuito de diminuir o estresse. Os ansiolíticos têm como principal efeito colateral a indução da sonolência, podendo ocorrer também confusão mental, visão dupla, depressão, cefaleia, perda de coordenação motora e dependência química, porém esses efeitos geralmente ocorrem em casos de tratamentos prolongados. Devido à possibilidade de retardamento dos reflexos, o paciente deverá vir ao consultório acompanhado de um adulto responsável para auxiliá-lo em tarefas como atravessar a rua, uma vez que este pode não ser capaz de avaliar corretamente a velocidade ou a distancia dos automóveis. Por esta mesma razão, estão contraindicadas também outras atividades, como dirigir veículos e utilizar máquinas ou equipamentos que ofereçam risco a ele próprio ou aos terceiros. Em cerca de 5% dos casos, especialmente em crianças e idosos, essa medicação pode induzir o chamado efeito paradoxal, isto é, sinais de excitação ou euforia, ao invés da sedação esperada, efeito esse que desaparecerá após a metabolização da droga. Odonto Magazine - Quais são os aspectos éticos e legais em relação às emergências médicas na prática odontológica? Dra. Solange Vergani - Nesse aspecto, a legislação não é muito clara, mas sabe-se que, em um caso de urgência ou emergência, se a atuação do profissional causar algum dano ao paciente ele poderá ser legalmente responsabilizado. Da mesma maneira, isso pode ocorrer se for estabelecido dano ao paciente devido a omissão de socorro por parte do profissional. Sendo assim, o ideal é cercar-se de todos os cuidados possíveis e de conhecimento próprio para a prevenção, o reconhecimento e o tratamento das emergências, se necessário. Odonto Magazine - Existe algum treinamento específico direcionado às emergências médicas na prática dental? Como e onde o profissional de odontologia pode se preparar para tais situações? Dra. Solange Vergani - O profissional deve começar a receber conhecimentos e treinamento em emergências médicas já no curso de graduação, procurando, a partir daí, não só manter esses conhecimentos como também atualizar-se constantemente por meio de cursos de educação continuada nessa área. Hoje em dia, por meio da internet, é possível encontrar facilmente esses cursos, entre eles o BLS (Basic Life Support), que é oferecido por instituições credenciadas pela American Heart Association (AHA), como o Instituto do Coração (InCor) e o Hospital Sírio Libanês, entre outros tantos. Nesses cursos, o aluno aprende como proceder em situações de emergências cardíacas, de asfixia (por obstrução ou engasgamento) e até a utilizar um desfibrilador automático. Esses cursos oferecem um certificado para o aluno, que é válido por dois anos, e é concedido após treinamento de dois dias com aula prática e teórica. O aluno que não atingir sete pontos - no mínimo precisa fazer reciclagem para receber o certificado. O certificado é emitido pela AHA.

Todas as informações contidas nessa entrevista são derivadas da obra “Emergências Médicas na Prática Dental”, cujo principal autor foi meu pai, Prof. Dr. Regis Alonso Verri, que, infelizmente, não está mais entre nós para poder divulgar a importância do seu trabalho. Sendo assim, valho-me dessa entrevista para fazer minhas as palavras dele, para continuar a divulgar seu trabalho, que muito colaborou com o engrandecimento da nossa classe.

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Um pouco sobre nossas origens, nossos Tiradentes...

Marina Montenegro Rojas Cirurgiã-Dentista. Membro da Diretoria da APCD Pinheiros e da Coordenação do Projeto Odontocomunidade – CIOSP. Cirurgiã- Dentista do PSF Albert Einstein. Docente dos cursos de ASB/ TSB – Biológica – APCD e ABO. Consultora em Odontopediatria do site “multiplos.com.br”. marinamr2006@gmail.com

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egundo os antigos, o sol curava todas as enfermidades, inclusive as afecções dentárias. Assim como os gregos adoravam Apolo, o deus Sol, da juventude e da cura das enfermidades, na Alexandria do século IIId.C., os cristãos canonizaram uma santa: Apolônia, que perseguida pelos pagãos, teve dentes e ossos fraturados, além de ser queimada até a morte. Há uma analogia entre Apolo e Santa Apolônia: os dias instituidos para o culto foram 11/02 e 09/02 respectivamente. Além disso, Apolônia é igualmente venerada por ser guerreira e protetora dos enfermos, considerada padroeira dos dentistas e dos que sofrem de dores ou problemas bucais. Assim, acredita ser a representação de Apolo para os cristãos. Na busca pelas origens da odontologia há achados arqueológicos que apontam perdas dentais e seus mais diversos reparos: um texto sumério de 5000 a.C. descreve vermes do dente como causa da cárie. A arte dentária foi relatada nos escritos de Hipócrates e Aristóteles, nos papiros egípcios e no compêndio romano de medicina, incluindo restaurações, exodontias e métodos para firmar dentes perdidos e maxilares fraturados. Durante a Idade Média, na Europa, a medicina, a cirurgia e a odontologia eram praticadas por monges, substituídos pelos barbeiros, divididos entre os treinados para cirurgias complexas e os de serviços rotineiros, como barbear, cortar e pentear, além de curativos, sangria e cirurgias simples, como as chamadas extrações dentárias. A odontologia do século XVI restringia-se basicamente às exodontias com técnicas rudimentares e, instrumental inadequado sem qualquer higiene ou anestesia. Os médicos (físicos) e cirurgiões a evitavam alegando perderem a destreza manual, além dos riscos de hemorragias e infecções, podendo levar o

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paciente a óbito. Barbeiros e sangradores eram geralmente fortes, impiedosos, impassíveis, ignorantes e tinham um baixo conceito, aprendendo a atividade sem qualquer teoria com os mais experientes, os mestres de ofício. Por volta do ano de 1500 chegaram ao Brasil mestres de ofício de diversas profissões: artesãos de grande habilidade manual, entre eles, barbeiros e sangradores. Uma profissão sem prestígio social, realizada normalmente por escravos ou forros com pouco conhecimento, muitas vezes analfabetos com instrumentos enferrujados e infectados, sem técnica e recursos financeiros, além de traumatizar dentes, lábios, ossos e língua com manobras intempestivas. Em 1629 a profissão foi regulamentada pela Carta Régia de Portugal, por meio de ofícios e licenças após comprovação de prática de dois anos e aprovação no exame, sendo multados e presos os que “tirassem dentes” sem licença. Em 1782 houve melhora da fiscalização das mesmas e estabeleceu-se princípios científicos, tornando a odontologia uma verdadeira profissão, daí o termo dentista. Nessa época, Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, entre seus múltiplos ofícios praticou com grande habilidade a profissão ensinada por seu padrinho, tornando-se “Patrono da Odontologia”. Em 1839 é criada em Baltimore, Estados Unidos, a primeira Escola de Odontologia do mundo: Colégio de Cirurgia Dentária, além da Sociedade Americana de Cirurgiões-Dentistas e o American Journal of Dental Science. Muitos dentistas americanos vieram para o Brasil suplantando franceses e com os Estados Unidos liderando a evolução técnica e científica mundial. Muitos brasileiros lá se aperfeiçoaram. Em 1850 é criada a Junta de Higiene Pública, reforçando medi-

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das saneadoras e regularizando profissionais de universidades estrangeiras. Em 25 de outubro de 1884, o ensino de odontologia foi instituído no Brasil e era vinculado às Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia, já que deveriam anexar uma escola de farmácia, um curso de obstetrícia e ginecologia e outro de cirurgia dentária. Os auxiliares sempre estiveram presentes, mas a profissão não era organizada como tal; sem escolas de formação e regulamentação, os serviços eram realizados por profissionais variados e o aprendizado era entre o dentista e o assistente ou quem quisesse aprender o ofício, assim qualquer um poderia exercêlo. Em 1885 foi empregada a primeira assistente de odontologia, que “auxiliava o dentista, limpava os instrumentos, fazia o inventário, apontamentos, a contabilidade e a recepção”. Por volta de 1890, descobriu-se que cárie era causada por bactérias, havendo mundialmente grande interesse pela higiene oral. Em São Paulo, em 1899, foi inaugurada a Escola Livre de Farmácia e Odontologia. Com o avanço tecnológico surgiram novas categorias ocupacionais sendo delegadas funções a indivíduos de nível intermediário, qualificados ou não para o trabalho no consultório. Assim, foi criado, em 1910, o primeiro curso para auxiliares na Faculdade de Odontologia de Ohio (USA). Em 1913, Alfred C. Fones, “Pai da Higiene Dental”, incentivou a prevenção fundando a primeira Escola de Higiene Oral. Em 1958, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou os auxiliares de acordo com suas funções: assistente clínico, técnico em laboratório dentário, higienista dental e enfermeira dental escolar. A regulamentação do exercício profissional limitava seu trabalho e instituia a supervisão pelo próprio cirurgiãodentista (Lei 5.081, Brasil 1966). Com isso, investiu-se mais no preparo dos auxiliares, melhorando a qualidade no

atendimento e suprindo necessidades dos sistemas de saúde nos países das Américas. Era uma mão-de-obra mais barata, liberando médicos e cirurgiões-dentistas para trabalhos de conhecimentos e habilidades superiores. Nos anos 1970, o atendente de consultório dentário, técnico em higiene dental e técnico em prótese dentária tiveram seu perfil, funções e currículos mínimos estabelecidos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Conselho Federal de Educação. Além disso, a regulamentação no Conselho Federal de Odontologia (CFO) e a inscrição no Conselho Regional de Odontologia (CRO) fez-se obrigatória. A incorporação desses profissionais nas equipes de saúde foi incentivada a partir de 1976, com a ampliação da rede ambulatorial do setor público. A formação do ASB e do TSB é normatizada pela lei federal 5.962/71 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Em 1980 houve aumento de especialistas, clínicas e profissionais liberais prestadores de serviços odontológicos além do desenvolvimento do conceito de saúde bucal coletiva. O novo cirurgião-dentista deveria estar apto tanto para a área clínica como para complementar equipes de saúde, promovendo a saúde bucal individual ou coletivamente. Desde então, a necessidade do pessoal auxiliar vem crescendo na área clínica e educativa, sendo, atualmente, quatro as ocupações auxiliares em reconhecidas e regulamentadas no Brasil (Resolução CFO – 63/2005). O trabalho em equipe, a delegação de funções é uma forma inteligente de distribuição e realização de tarefas, trazendo ganhos qualitativos e quantitativos em vários aspectos. A organização de um de trabalho em equipe com cooperação e visão integrada do paciente, constitui-se em uma tarefa diária de superação de desafios. E quantas mudanças ainda virão...

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O Einstein na saúde bucal As Equipes de Saúde Bucal do Albert Einstein em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde atuam na Estratégia Saúde da Família prestando assistência odontológica aos usuários das regiões do Campo Limpo e Vila Andrade. Supervisionado pela Dra. Danielle Palacio, o programa conta com 62 profissionais.

Por: Vanessa Navarro

Dra. Danielle Palacio Cirurgiã-Dentista. Interlocutora de Saúde Bucal do Instituto Israelita de Responsabilidade Social da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Especialista em Saúde Coletiva. Mestranda em Saúde Coletiva. Coordenadora do módulo de Saúde Bucal da Especialização em Saúde da Família e Comunidade do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Docente da Equipe Biológica.

Odonto Magazine - Como foi a inserção da Equipe de Saúde Bucal em Parceria do Hospital Israelita Albert Einstein com a Secretaria Municipal de Saúde? Dra. Danielle Palacio - A Estratégia Saúde da Família surgiu em 1994, como plano do Ministério da Saúde para reorganização da atenção básica e mudança do modelo assistencial. No município de São Paulo, essa estratégia foi escolhida como uma das ferramentas para a estruturação do SUS, sendo articulada parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura do Município de São Paulo (SMS/PMSP) e Instituições de Ensino e de Serviços em Saúde de respeito e legitimidade nacional e internacional. Desde agosto de 2001, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE) foi uma das Instituições que firmou, por meio do Instituto Israelita de Responsabilidade Social (IIRS), o convênio de parceria com a SMS/PMSP para auxiliar na coordenação, implantação e desenvolvimento do Programa Saúde da Família (PSF) no município de São Paulo, que, desde 2006, o Ministério da Saúde passou a denominar Estratégia Saúde da Família. A SBIBAE atua especificamente na região da SupervisãoTécnica de Saúde de Campo Limpo, zona Sul de São Paulo, atualmente em 12 Unidades Básicas de Saúde, com 75 equipes de saúde da família, que prestam atendimento a uma população de mais de 315 mil habitantes. Em 2008, foram implantadas equipes

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Ação educativa realizada em instituição de ensino.

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de saúde bucal (ESB) como parte integrante dessa estratégia. Atualmente são 22 ESB na região. Odonto Magazine - Quais são os profissionais de saúde bucal que compõem o quadro de atendimento do projeto? Dra. Danielle Palacio - Contamos atualmente com 62 profissionais de saúde bucal, sendo 22 cirurgiões-dentistas (CD), 17 técnicos de saúde bucal (TSB) e 22 auxiliares de saúde bucal (ASB), além de mim, que sou responsável pelo planejamento e implantação das equipes de saúde bucal, pelo acompanhamento das atividades (dinâmica de trabalho e diretrizes técnicas, em conformidade com as diretrizes propostas e estabelecidas pela SMS/PMSP) e pela interlocução com as equipes, unidades e instâncias públicas, relacionados à saúde bucal. Todos os nossos CD’s têm especialização em alguma área clínica, sendo que, a maioria, também possui especialização em saúde pública. Na Estratégia Saúde da Família a principal atuação da Equipe de Saúde Bucal é na área de clínica geral, e para isso, nossos profissionais precisam ter visão integral do paciente e conhecimento em todas as áreas de atuação da saúde bucal para poder intervir ou encaminhar corretamente os usuários. Nossos profissionais trabalham de maneira multidisciplinar, a equidade e a universalidade também fazem parte de nossa atuação. Odonto Magazine - Como foi a implantação, neste período de parceria entre a SBIBAE e a SMS/PMSP, das ESB’s? Dra. Danielle Palacio - Inicialmente, em 2007, houve a inserção de apenas uma ESB modalidade I (CD +ASB) como “projeto piloto”. No final de 2008 houve a implantação efetiva, sendo contratadas mais 12 ESB, ampliando nosso quadro para 13 ESB modalidade I. Em 2009 algumas equipes passaram à modalidade II (CD + TSB + ASB) e ampliamos para 18 ESB. Em 2010 chegamos a 21 equipes e agora, em 2011, já temos 22 ESB (17 modalidade II e 5 modalidade I), estando previstas 24 ESB até o fim de 2011. Odonto Magazine - Quais são as expectativas de realização de atendimentos para os próximos anos? Dra. Danielle Palacio - Nosso trabalho é baseado pelas diretrizes estabelecidas pelo Documento Norteador “Crescendo e Vivendo com Saúde Bucal” da Secretaria Municipal de Saúde. A expectativa é que nossa atuação cada vez mais se consolide no território e que possamos dar acesso a um número maior

de pacientes, disseminando ações de saúde que proporcionem promoção e prevenção. Nosso maior objetivo é melhorar a qualidade de vida da população, tendo consciência de que, como profissionais de saúde, podemos atuar conjuntamente para a melhoria dos indicadores de saúde na região. Odonto Magazine - Qual a população atendida pelas ESF e ESB e sua média de atendimentos? Qual a principal porta de entrada para o atendimento odontológico? Dra. Danielle Palacio - Nossas Equipes de Saúde da Família e Saúde Bucal atuam na Região de Campo Limpo e Vila Andrade, que se localizam na Zona Sul de São Paulo. Segundo a estimativa do ano de 2010 (Fundação SEADE), as regiões do Campo Limpo e Vila Andrade possuem 315.372 habitantes. Dessa população, de acordo com o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), as Equipes de Saúde da Família (ESF) da SBIBAE são responsáveis por 76.516 famílias cadastradas, resultando em 268.434 pessoas. Ao ano, nossas ESF realizam mais de 170 mil atendimentos por mês, resultando em cerca de 2 milhões de atendimentos. Essa população tem uma leve predominância de mulheres (52,7%). Já as ESB, que atendem a população cadastrada pelas ESF, realizaram os atendimentos descritos no quadro 1. A principal porta de entrada para o atendimento odontológico se dá por meio da triagem de risco familiar e biológico: a cada ciclo de triagem as famílias convocadas são examinadas e têm a sua consulta marcada. Cada paciente recebe o atendimento e agendamento de acordo com o risco biológico que apresenta, ou seja, os pacientes de alto risco são atendidos prioritariamente com atendimento curativo imediato e ações de prevenção e educação em saúde concomitantemente. Já os pacientes de médio e baixo risco recebem ações focadas na prevenção. As ações curativas também são realizadas após o período de prevenção. Odonto Magazine - Quais são as principais ações das ESB? Dra. Danielle Palacio - Nossas ESB fazem atividades dentro e fora da Unidade Básica de Saúde (UBS), onde atendem pacientes agendados e demanda espontânea diária (urgências). Nas urgências são realizados procedimentos para alívio da dor e abscesso, já nos pacientes agendados são feitos procedimentos preventivos e curativos da atenção primária: escovação supervisionada, evidenciação de placa, profilaxia, raspagem, fluorterapia, restaurações diretas, cirurgias básicas, pulpotomias e

Quadro 1: Atendimentos em 2009 e em 2010 2009

2010

Total

73.440

135.493

208.933

Atendimentos de urgência

5.002

6.247

11.249

Total de atendimentos (clínicos + urgências)

18.460

29.353

47.813

Visitas/atendimentos domiciliares

2.141

2.205

4.346

Casos novos

7.673

10.841

18.514

Grupos realizados

2.659

2.520

5.179

Convocados para triagem

29.682

37.829

67.511

Atendimentos Procedimentos clínicos

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pulpectomias. Além disso, os pacientes acamados, restritos ao lar, recém-nascidos e em situações de risco e vulnerabilidade social recebem a visita da ESB em suas residências. Outras atividades também são desenvolvidas na UBS: reuniões de equipe, integrada às ESF, grupos educativos, interconsultas e consultas compartilhadas. São realizadas ações coletivas em espaços escolares: triagem de risco, atividades educativas, escovação supervisionada, fluorterapia e Tratamento Restaurador Atraumático (ART) e cada ESB é responsável por 900 a 1900 crianças. Na comunidade, são realizadas atividades de educação em saúde e ART em espaços, como garagens, igrejas e galpões. As ações desenvolvidas pelos nossos profissionais sempre têm como foco a humanização e o vínculo com a população. Odonto Magazine - Os CD, TSB e ASB da SBIBAE contam com programas de capacitação e/ou treinamento? Existe algum apoio de desenvolvimento científico? Dra. Danielle Palacio - Todos os nossos profissionais recebem diversas capacitações e treinamentos oferecidos durante o ano. Alguns desses treinamentos são oferecidos pela SMS e outros pela própria SBIBAE, que busca a atualização contínua dos profissionais, assim como o seu desenvolvimento científico. Contamos com o apoio do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) que desenvolve e oferece treinamentos customizados para os nossos profissionais, de acordo

com necessidades apontadas e/ou percebidas durante o desenvolvimento das atividades rotineiras. Há também a Simulação Realística, que é uma metodologia educacional inovadora que por meio de situações da vida real e utilização de atores, robôs e tecnologia de áudio e vídeo, permite a capacitação de profissionais, seja em competências técnicas ou competências comportamentais. Em 2010 todos os profissionais de saúde bucal foram capacitados para atuar em situações de urgências e emergências por meio da simulação realística. Com o intuito de incentivar e orientar o desenvolvimento científico, o IIRS, desde 2008 organizou um Comitê de Desenvolvimento Científico (CDC). Em 2010 tivemos 12 trabalhos de saúde bucal apresentados em eventos científicos, dentro e fora do Brasil. Além disso, todos os nossos CD’s fazem parte de grupos de estudos (visita domiciliar, processo de trabalho, recém-nascido e gestante), onde artigos científicos são discutidos e as diretrizes são reforçadas, havendo troca de experiências entre as equipes. Odonto Magazine - Como deve agir o profissional de saúde bucal interessado em fazer parte das Equipes de Saúde Bucal? Dra. Danielle Palacio - Para ser funcionário da SBIBAE, o candidato deve se inscrever no site do Einstein: www.einstein.br e cadastrar seu currículo no ícone “Trabalhe Conosco”. Os processos seletivos são realizados por nossa equipe de Recursos Humanos em parceria com a equipe técnica e representantes das instâncias públicas.

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Ponto de Vista

A saúde bucal infantil Helenice Biancalana Especialista em Odontopediatria. Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela FCM – UNICAMP. Diretora do Departamento de Prevenção e Promoção de Saúde da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas – Central. Diretora da Associação Paulista de Odontopediatria – APO. Coordenadora dos Projetos de Educação e Prevenção desenvolvidos pela APCD em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADs e com as Faculdades de Odontologia Ação SOS Sorriso Saudável.

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o final do ano passado foram divulgados os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010, realizada pelo Ministério da Saúde – SB 2010, que indicou a melhoria da condição de Saúde Bucal entre 2003 e 2010. Na idade de 12 anos, utilizada mundialmente para avaliar a situação em crianças, a doença atingia 69% da população em 2003. Essa porcentagem diminuiu para 56% em 2010. Um declínio de 13 pontos percentuais, o que corresponde a uma diminuição de 19% na prevalência da enfermidade. O número médio de dentes atacados por cárie também diminuiu nas crianças: era 2,8 em 2003 e caiu para 2,1 em 2010 – uma redução de 25%. Em termos absolutos, e considerando a população brasileira estimada para 2010, essas reduções indicam que, no período considerado, cerca de um milhão e 600 mil dentes permanentes deixaram de ser afetados pela cárie em crianças de 12 anos em todo o país. Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, a média de dentes afetados é de 4,2, exatamente o dobro do número médio encontrado aos 12 anos. Essa evolução do CPO entre 12 e 15-19 anos tem sido um achado comum em outros estudos no Brasil e no mundo. Comparando-se com 2003, contudo, a redução no componente “cariado” foi de 39% (de 2,8 dentes em 2003 para 1,7 em 2010). Em termos absolutos, isso corresponde aos mais de 18 milhões de dentes livres da doença. (Pesquisa Nacional da Saúde Bucal – 2010, Ministério da Saúde). Cabe ressaltar, também, que atenção especial deve ser dada à dentição decídua, pois o ataque de cárie em crianças de cinco anos foi em média de 2,3 dentes. Desses, menos de 20% estavam tratados no momento em que os exames epidemiológicos foram realizados. Em 2003 a média nessa idade era de 2,8 dentes afetados – uma redução, portanto, de apenas 18% em sete anos. Além disso, a proporção de dentes não tratados se manteve no mesmo patamar de 80%. Ao se tratar de atenção odontológica infantil estamos ainda longe de atingirmos o considerado ideal. Crianças com até três anos de idade não são conduzidas ao cirurgião-dentista. É fundamental considerar que a família é um setor importante na educação e prevenção, uma vez que nela se de-

senvolvem hábitos e comportamentos relacionados à saúde, que em geral, são capazes de influenciar os seus membros. Os valores culturais também se encontram associados às percepções sociais em relação à saúde bucal, incluindo o fator socioeconômico. Ainda neste contexto, a complexidade que envolve a cárie dentária, doença que mais acomete a saúde bucal infantil, requer métodos mais abrangentes para o diagnóstico e tratamento, melhor estruturados e, multidisciplinares envolvendo o especialista da odontologia, associado e integrado a outros profissionais da saúde e à sociedade organizada. Deve-se ainda acrescentar que, o desenvolvimento de habilidades pessoais cognitivas e sociais viabiliza a acessibilidade, o entendimento e a utilização das informações em saúde podem favorecer a promoção e a manutenção da saúde. Houve um avanço em todas as regiões, exceto na região norte, devido a características particulares e peculiaridades no que se refere à constatação de que tecnologias com portabilidade mais adequadas - aparelhos menores para serem usados em nas unidades móveis - deverão ser levadas em consideração nas próximas ações (Pucca Jr, G A – Coordenador da área Técnica de Saúde Bucal do Ministério da Saúde). É imperioso ao se falar de saúde bucal infantil que se conheça exatamente a condição dessa população, para diagnosticar e estabelecer parâmetros para a implementação de Programas e maior clareza dos assuntos. Assim, foi necessário esclarecer pontos importantes na epidemiologia para reconhecermos as necessidades de cada grupo e região. Atualmente, o Brasil tem uma política de saúde bucal bem estruturada, conduzida pela Coordenação Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, porém é preciso estimular a valorização do profissional e nos conscientizarmos que somos profissionais da saúde e devemos estar aptos para promover saúde e praticar a odontopediatria social e coletiva diante das necessidades tão evidentes da nossa população, o que exige mudança em nossas atitudes e maior participação dos cirurgiões-dentistas nas questões políticas e sociais com o objetivo de vislumbrar um futuro melhor para os jovens profissionais e para a nossa sociedade.

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Coluna - Gestão Odontológica

O renascimento da odontologia

Plínio Tomaz Cirurgião-Dentista. Master em Empreendedorismo e Inovação (B.I International). Pós-graduação em Marketing (ESPM), com especialização em Saúde Pública (Unaerp) e Administração Hospitalar (IPH). Conferencista internacional. Articulista de jornais e revistas voltados aos profissionais de saúde. Professor de diversas instituições de ensino. Diretor da Tomaz Gestão e Marketing.

plinio@tomazmkt.com.br

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omo alguém dedicado e aplicado em estudar o mercado odontológico e suas relações, posso dizer que a odontologia está passando (e irá passar) por grandes mudanças. O título deste artigo dá a exata ideia do que realmente quero aqui mencionar. A odontologia, tal como a conhecemos, está morrendo ou talvez até já tenha morrido. Forte esta frase? Mas fique tranquilo: uma nova e gloriosa odontologia começa a nascer. É um renascimento sendo produzido e visto para todo aquele que já aprendeu a ver com a lente correta: a do empreendedor. Poderia gastar muitas linhas mostrando e provando o quão caótica está nossa profissão: uma quantidade exorbitante de profissionais mal distribuídos pelo país e com lacunas importantes na formação acadêmica. Ganhos médios (que não passam de US$ 1,3 mil) e imagem caricaturada se unem às dificuldades que nos são impostas ora pelos governos ora pelos próprios colegas, em diversos níveis. Há muitos profissionais fechando suas portas e mudando de profissão, frustrados por não conseguirem – nem de longe – alcançar os seus lindos sonhos de estudante. O que de fato parece ocorrer é que o problema está na insistência de um modelo de negócios (esta é a questão!!!) que já caducou! Refiro-me ao modelo de negócio onde um dentista monta seu consultório (ou quando muito uma pequena clínica com um ou dois sócios), contrata sua secretária e abre as portas esperando que os pacientes entrem. Isso morreu. Isso não funciona mais na grande maioria dos casos. Por outro lado, tenho ficado espantado com a velocidade com que a odontologia renasce das cinzas, só que agora com uma visão mais madura, atualizada, contextualizada e, consequentemente,

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mais lucrativa e profícua. O novo modelo de negócio, o que funciona, nasce de uma visão mais empresarial, ainda que isso soe estranho para alguns colegas mais saudosistas e presos ao paradigma da velha odontologia. Neste novo modelo, o dentista dá lugar ao empresário, que vê uma oportunidade de ganhos financeiros interessantes ao enxergar a odontologia em seu potencial mercadológico. Enquanto muitos do velho paradigma têm medo deste assunto, os da nova ganham dinheiro e nos mostram (e provam) que isso pode ser eticamente saudável para todos. O novo modelo tem várias caras. Uma delas é a formatação de grandes centros clínicos segmentados (com foco), montados por um grupo de 10 ou mais profissionais, que investem significativa importância financeira e montam negócio de alto nível técnico em amplo sentido. Contratam gestores e executivos profissionais para tocarem a empresa e dedicam-se integralmente ao que gostam e sabem fazer: odontologia. Em assembleias ou reuniões, fazem a macro gestão do negócio, porém mais como um conselho consultivo ou deliberativo do que como alguém preocupado em ver os detalhes do dia-a-dia do negócio. O executivo contratado é quem se preocupa com estas coisas… De modo semelhante, há empresas que são capitaneadas por um ou dois profissionais da odontologia, mas há por trás um ou mais investidores importantes. Falo de investimentos na casa dos sete dígitos ou quase isso. O produto final é bem produzido, bem “embalado”, vem vendido por meio de linhas de crédito amplas (a perder de vista; “carnê”). Todas que tenho visto e acompanhado estão dando certo. Algumas delas, já com duas, três ou mais unidades, faturam alguns milhões por

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Coluna - Gestão Odontológica

mês (isso mesmo: milhões!!!) pagando os profissionais corretamente e com altos padrões de biossegurança, provando que a odontologia pode dar certo quando se vê produtividade e se tem um controle administrativo eficaz. Outra forma possível, embora com força variável e às vezes duvidosa (dependendo da “proposta”) são as franquias. Este é um negócio que cresce exatamente por perceber a falha principal sobre a qual venho falando e pregando há anos: a falta de ensino sobre gestão e marketing na graduação somado à ausência de campanhas nacionais estratégicas de fomento da demanda, levaram os dentistas a não saber lidar com as questões administrativas e comerciais de seu negócio, ficando reféns de toda sorte de aproveitadores. Neste contexto, as franquias se apresentam como um modelo de negócio intermediário entre o novo e o velho paradigma (mais para o novo), em que dão todo o suporte e orientação ao franqueado para que estabeleça seu negócio com maior probabilidade de sucesso. Neste caso, a consultoria e o know-how recebidos pelo franqueador são mais importantes do que o nome ou marca que está sendo adquirida, pelo menos enquanto não houver marcas odontológicas clínicas consagradas pelo grande público no Brasil. Tenho quase certeza que muitos dos que me lêem agora se chocam em algum grau quanto a estas afirmações, mas acreditem em mim: o fato de não gostarmos de um ou outro fato não irá mudá-lo. Precisamos aprender imediatamente a lidar com esta nova odontologia, cheia de inovações tecnológicas e cuidados especiais ao cliente. E, obviamente, parar de chorar pela quebra daquele velho modelo. Bons tempos aqueles… mas, assim como nossa adolescência, não voltarão mais.

Abre parênteses: segundo meus estudos particulares, a Odontologia precisaria de cerca de 14-16 anos para voltar a um equilíbrio econômico financeiro, e isso se todas as condições atuais e as tendências se mantiverem nesses níveis. Será? Vai querer esperar? Fecha parênteses. Não sei se percebeu, mas neste novo contexto, o grande mercado de trabalho odontológico deixará de ser o do “dono do próprio consultório” e passará a ser predominantemente o do profissional assalariado, comissionado ou ainda com pequenas cotas associativas. Remuneração por hora já é o que mais impera neste novo modelo. Isso é bom, mas muitos, de modo infantil, sentem-se inferiorizados por não terem seus próprios consultórios. Conheço colegas comissionados que faturam mais de R$ 30 mil mensais e conheço donos de consultório que não faturam R$ 1 mil. Só para dizer que é “dono” do próprio consultório? Essa miopia precisará ser corrigida. Bons profissionais terão lugar no mercado e boa remuneração, mas não montando seu consultório na esquina de casa, mas exercendo sua atividade para um grande projeto empresarial como mencionei. Por fim, ressalto que dentro deste novo modelo de negócio que chega para dar uma nova cara à odontologia brasileira, há um ponto sempre comum nos cases de sucesso: todos eles têm foco!! O foco, ou seja, a segmentação, pode ser na especialidade (ex.: clínica só de ortodontia ou somente de implantodontia, etc.), nas características sociodemográficas (ex.: clínica só para mulheres, só para adolescentes, só para classe AA, etc.) ou em uma patologia (ex.: policlínica multidisciplinar especializada em dor ou em respiração bucal; clínica de halitose; medicina/odontologia do esporte; etc.).

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Coluna - Ortodontia

Novos conceitos, tecnologia, conforto e estética Wilson H. Murata Mestre em Ortodontia pela CPO São Leopoldo Mandic. Especialista em DTM e Dor Orofacial pela UNIFESP. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia SENAC. Professor Coordenador do Curso de Atualização em Ortodontia ABENO. Professor Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia UNICSUL. Professor Coordenador da Disciplina de Ortodontia UNISA. Diretor Clínico da Policlínica Espaço Odontológico.

wmurata@uol.com.br

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elacionando a qualidade de vida com a saúde bucal, podese afirmar que indivíduos com problemas estéticos, como dentes cariados, manchados, fraturados, mal posicionados ou ausentes tendem a reduzir o contato social, perdendo, então, qualidade de vida. Dados recentes apontam em terceiro lugar, dentre os vários problemas odontológicos, os problemas ortodônticos (má oclusão), perdendo apenas para a doença cárie e a doença periodontal. É notória uma crescente demanda por tratamentos ortodônticos, justificada pela melhoria do poder aquisitivo de boa parte da população, somado à divulgação pelos meios de comunicação. Deve o profissional, portanto, estar preparado para atender esse mercado. Para os ortodontistas, o desenvolvimento de novos conceitos e tecnologias, a integração com outras especialidades odontológicas, o tratamento ortodôntico no paciente adulto e o retratamento mostram o universo de possibilidades de atuação nesta especialidade. Várias especialidades odontológicas são definidas pelas suas técnicas particulares, mas a Ortodontia é definida pelos problemas clínicos criados pela variabilidade de desenvolvimento craniofacial, e o profissional deve estar apto para identificá-los. Alguns indivíduos portadores de desvios morfológicos importantes associados à função inadequada necessitam de tratamento integrado multidisciplinar, podendo envolver fonoaudiólogo, fisioterapeuta, médico otorrinolaringologista, psicólogo, cirurgião bucomaxilofacial, anestesista e equipe de enfermagem, quando em casos cirúrgicos que exijam internação hospitalar, enfim, o que se fizer necessário para a correção do problema em questão. Em casos onde o paciente apresenta bases ósseas equilibradas e discrepâncias dentárias de pequena monta, o tratamento permitirá alcançar os principais objetivos de um tratamento ortodôntico, tais como atender as expectativas do paciente, estética dentária, oclusão funcional, saúde periodontal e estabilidade.

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Porém, em algumas situações envolvendo discrepâncias esqueléticas acentuadas, pode-se optar por um tratamento ortodôntico compensatório de resultado aceitável ou limitado. Se a opção for pela correção por meio de cirurgia ortognática realizamos um preparo ortodôntico prévio, com compensação das posições dentárias e concluímos após o normoposionamento das bases ósseas. As várias técnicas para um tratamento ortodôntico corretivo, utilizando aparelho fixo, decorrem de fatores inerentes ao profissional, e atualmente é mais frequente a utilização da técnica ”Straight Wire“, de vários autores. Atualmente a preferência por braquetes autoligados e utilização de fios especiais com memória de forma são justificados pelo consistente ganho de tempo, tanto nas consultas quanto nos resultados. Importante frisar que são apenas dispositivos especialmente concebidos para a otimização de tempo e conforto e que, de maneira alguma, o resultado obtido será melhor que o do tratamento convencional. São imprescindíveis os conhecimentos técnicos e científicos necessários para a condução do tratamento. Outra possibilidade de tratamento seria por meio de aparelhos removíveis tipo ”clear aligner“. Novamente reforço a necessidade desse conhecimento, pois os aparelhos são meros “agentes” para promover a movimentação dentária. O que realmente importa para a correção de um problema ortodôntico é o preciso diagnóstico, que permitirá então as diversas formas de tratamento. Percebo, às vezes, certa banalização da Ortodontia, o que me deixa apreensivo com seu futuro. Quero ressaltar a importância e a necessidade de constante aprimoramento dos profissionais que a ela se dedicam, pois conforme supracitado, a demanda por tratamentos continuará crescente. Cabe somente ao responsável pela área manter o atendimento em elevado nível profissional e científico.

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Coluna - Saúde Pública

O governo Lula e a Política Nacional de Saúde Bucal

Regina Vianna Brizolara Cirurgiã-Dentista. Técnica especializada do Ministério da Saúde / Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde / Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde. Aprimoramento em Odontologia Hospitalar. Especialista em Saúde Coletiva.

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aros leitores e leitoras, na primeira edição conversamos um pouco sobre a posse da Presidente e do Ministro da Saúde, assim como os desafios colocados para a saúde pelo novo governo. Terminei o texto lembrando que Dilma se compromete com a continuidade da Política Nacional de Saúde Bucal – PNSB. Nesta edição, trataremos do balanço das ações do governo federal na área da saúde bucal no período 2002-2010 e da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Projeto SB 2010, divulgados à imprensa pelo Ministério da Saúde em 28 de dezembro de 2010. Antes de trazer informações sobre o balanço e a pesquisa, faço a vocês um questionamento: como avaliam a PNSB proposta no governo do Presidente Lula? Imaginam que a saúde bucal do brasileiro melhorou ou piorou? Como profissionais da área e cidadãos, devemos nos interessar pela resposta a essas perguntas. Espero que o texto colabore para que tirem suas próprias conclusões. Durante o governo Lula, esteve à frente da Coordenação Nacional de Saúde Bucal - CNSB o cirurgião-dentista Gilberto Alfredo Pucca Júnior. Em 2004, a PNSB, popularmente conhecida como Brasil Sorridente, foi apresentada à sociedade. Ela propunha a organização da atenção à saúde bucal e a reorientação das práticas da área. Estiveram dentre suas prioridades: a atenção básica em saúde bucal, a ampliação e qualificação da atenção especializada, a fluoretação das águas de abastecimento público e o aprimoramento da vigilância em saúde aplicada à saúde bucal. Com o objetivo de reorganizar a atenção básica em saúde bucal, a CNSB estimulou a ampliação das Equipes de Saúde Bucal ESB na Estratégia Saúde da

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Os CEOs somam 853 unidades, presentes em todos os estados brasileiros. O número de atendimentos especializados passou de 6 milhões para 25 milhões. Quadriplicou! Já os 664 LRPD produzem anualmente cerca de 480 mil próteses.

Família. Hoje, as ESB estão presentes em 85% dos municípios brasileiros; o número de equipes, que era de aproximadamente 4.000 em 2002, passou para mais de 20.000 em 2010. Os cirurgiões-dentistas - CD engrossaram a força de trabalho do Sistema Único de Saúde. Estima-se que 30% dos CD do país trabalham no programa atualmente; os postos de trabalho passaram de 40.205 para aproximadamente 59.258. Para ampliar e qualificar a atenção especializada, foram implantados Centros de Especialidades Odontológicas - CEO e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias - LRPD. Os CEOs somam 853 unidades, presentes em todos os estados brasileiros. O número de atendimentos especializados passou de 6 milhões para 25 milhões: quadriplicou! Já os 664 LRPD produzem anualmente cerca de 480 mil próteses. Pensando em viabilizar a adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público, foram financiados 600 sistemas de fluoretação, que passaram a beneficiar mais de 5 milhões de brasileiros. Já os investimentos em saúde bucal acompanharam a expansão dos serviços e das ações, passando de R$ 56 milhões para R$ 600 milhões. Segundo PNAD/ IBGE, 17,5 milhões de brasileiros passaram a ir ao dentista entre 2003 e 2010, com maior impacto nas famílias com renda de até dois salários mínimos. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010 – SB Brasil 2010, ação de vigilância em saúde bucal, pesquisou condição socioeconômica, cárie dentária, condição periodontal, traumatismo dentário, oclusão dentária, fluorose dentária, edentulismo, utilização de serviços odontológicos e autopercepção de saúde bucal dos brasileiros. Foram entrevistadas e examinadas 38 mil pessoas, de 177 municípios, de cinco grupos etários: cinco anos; 12 anos; 15 a 19 anos; 35 a 44 anos e 65 a 74 anos. Para a cárie, foi utilizado o índice preconizado pela Organização Mundial de Saúde: o CPO-D médio (dentição permanente) e o ceo-d (dentição decídua). Os resultados são positivos e mostram a melhoria da saúde bucal do brasileiro. Por exemplo, a média do CPO para as crianças aos 12 anos de idade, padrão para comparação internacional, passou de 2,8 (2003) para 2,1 (2010). Com esse resultado, o Brasil passa a integrar o grupo de países com baixa prevalência de cárie. Na próxima edição, abordaremos com maiores detalhes os resultados do Projeto SB 2010 e também os desafios desta Política. Até breve! Quer comentar ou sugerir novos temas? Escreva! reginabrizolara@gmail.com

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Especial Móveis Odontológicos

Ergonomia na prática odontológica Muitas vezes a beleza é um artifício considerado muito importante no momento da escolha do consultório odontológico, porém, tal virtude não deve ser a principal característica no momento de ‘bater o martelo’. O ideal é que a beleza e a ergonomia andem sempre de braços dados. Por: Vanessa Navarro

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número de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho cresce aceleradamente entre os profissionais de saúde. Tais doenças são normalmente ocasionadas por movimentos repetitivos, postura inadequada, estresse ou até mesmo excesso de trabalho. A má postura adotada, em qualquer que seja a atividade, pode ser o pivô para o surgimento desse conjunto de desordens neuro-músculo-tendinosas - de origem ocupacional - que atingem, principalmente, membros superiores, pernas, coluna cervical, dorsal e lombar. Há poucos anos, o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Federation Dentaire Internacionale (FDI) homologaram normas e diretrizes oficiais sobre a ergonomia na atuação do profissional de saúde bucal. Mas, mesmo após a validação das informações, os cirurgiões-dentistas enfrentam dificuldade para incorporar as orientações ergonômicas em seu dia-a-dia, isso se deve, principalmente, pela falta de informação, pois é fato que ao longo da formação deste profissional existe uma escassez de conteúdos e de disciplinas que abordam o assunto. “É de suma importância que os cirurgiões-dentistas sejam instruídos a adotar práticas saudáveis para otimizar sua ‘performance’ durante o exercício de suas funções. Um posicionamento corporal correto, a disposição correta dos equipamentos utilizados e, principalmente, a adoção de um protocolo de exercícios laborais específico para ser aplicado antes, durante e após os atendimentos são fundamentais para garantir a longevidade destes profissionais”, afirma Alexandre Menoncello Ballerine, fisioterapeuta, especialista em estabilização segmentar, especialista em fisioterapia esportiva, especialista em fisiologia do exercício e membro da Associação Latino Americana de Pesquisas em Odontologia e Saúde – ALAPOS. O cirurgião-dentista não está livre de ser surpreendido pelas lesões por trauma cumulativo, pois normalmente têm problemas por trabalhar com posturas inadequadas, organização do trabalho ineficiente e estresse cognitivo. “Considerando que a atividade do cirurgiãodentista exige a frequente manutenção de posturas inadequadas, como braços em contrações estáticas durante longos períodos de

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tempo, rotação do corpo com inclinação, movimentos de precisão, trabalho em local de difícil acesso e o uso de ferramentas em movimento de pinça, muitas lesões podem vir a acometer esses profissionais devido ao esforço repetitivo desses movimentos”,esclarece a Teresa Elias Chacur de Miranda, professora adjunta da Faculdade de Odontologia da UFRJ e especialista em endodontia. Algumas medidas simples podem reverter esse quadro. Optar por projetos ergonômicos de consultórios odontológicos já é um passo muito importante no quesito prevenção. Segundo o Dr. Ballerine é fundamental respeitar um esquema ergonômico durante a compra de móveis odontológicos. “Atualmente existem empresas no mercado que auxiliam nesse tipo de planejamento, inclusive os projetos às normas preconizadas pela vigilância sanitária e por outros órgãos competentes. Nesses projetos específicos devem ser observados detalhes, como alturas e distâncias corretas, iluminação do ambiente e área de trabalho, disposição dos móveis e estação de trabalho, ruídos - não só os produzidos pela aparelhagem específica como externos ao consultório”. Durante a aquisição dos móveis para compor o consultório odontológico, o profissional de saúde bucal deve procurar sempre unir o útil ao agradável, ou seja, a beleza à ergonomia. “Como trabalho com estética, costumo avaliar o design e se os móveis vão passar para o cliente a minha marca e o meu estilo. Por outro lado, só adquiro tal produto se for ergonômico e se o mesmo se adapta a minha concepção de trabalho. Já tive grandes problemas em comprar uma cadeira odontológica sem avaliar os detalhes que são realmente importantes”, destaca o cirurgião-dentista Wanderley de Almeida Cesar Jr., especialista em dentística restauradora. A escolha da cadeira odontológica para o bem-estar do paciente também é um fator extremamente importante. O cliente que se sente plenamente satisfeito com as práticas odontológicas e com o conforto oferecido durante as mesmas, fideliza o atendimento e o divulga entre os amigos e os conhecidos. O mercado apresenta inúmeras opções para que o cirurgião-dentista possa aliar a beleza à ergonomia no consultório odontológico.

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Especial Móveis Odontológicos

Novo mocho ‘sela de cavalo’

Mais segurança e conforto

A Salli oferece o único mocho do mercado que dá sustentação ao dentista por meio do esqueleto ósseo. O formato de sela de cavalo proporciona um suporte ideal para a região da pélvis por meio dos ísquios, proporcionando naturalmente a fixação da boa postura. Na Salli, não há nenhuma pressão em articulação, inervação e nem mesmo na musculatura, o que garante um altíssimo nível de conforto e agilidade durante o dia de atendimento. Além disso, o conceito trás inovações condizentes com as atuais regras ergonômicas, o ângulo ideal para os joelhos, por exemplo, é de 135º, retirando assim, a tensão do joelho e economizando espaço dentro do consultório. A empresa também oferece uma série de acessórios para diferentes áreas da odontologia, como: apoio de braço giratório, articulados ou fixos, suporte para alongamento, regulagem de altura com os pés, entre outros. São produtos finlandeses de alta qualidade com até 10 anos de garantia.

Considerada a solução inteligente do Grupo Alta Mogiana, a D700 é ideal para profissionais que buscam versatilidade, durabilidade e visual moderno ao alcance de seus bolsos. Agora traz ao mercado equipamentos mais confortáveis para que você tenha mais praticidade e segurança ao utilizá-los. A cadeira e o mocho da D700 oferecem aos profissionais inúmeros itens de segurança e conforto, o que auxilia e facilita seu trabalho no dia-a-dia. A cadeira possui características que ressaltam sua ergonomia, como: estofamento extramacio, assento e encosto com movimentos de subida e descida, linhas arredondadas, curvatura anatômica e apoio lombar, entre outros itens que dão mais segurança ao profissional e ao paciente. O mocho tem sistema de elevação a gás pressurizado, que amortece os movimentos e permite posicionamento adequado ao profissional. A marca possui ampla rede de Assistência Técnica em todo o Brasil, loja online e rapidez na entrega. Complete seu consultório com soluções inteligentes!

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Especial Móveis Odontológicos

Consultórios e mochos ajudam a prevenir doenças no consultório odontológico Cada detalhe dos equipamentos Gnatus é pensado com o objetivo de eliminar posições e manobras improdutivas, aumentar a produção do profissional, diminuir seu esforço físico e proporcionar conforto e segurança aos seus pacientes. Os consultórios da linha Syncrus, por exemplo, possuem encosto com apoio lombar, apoio de cabeça ajustável à altura do paciente, comandos elétricos que podem ser acionados tanto pelos botões localizados no equipo quanto por meio do pedal de comando integrado e unidade de água com braço alcance, o que exige menos esforço do profissional para alcançar as ferramentas durante os procedimentos. A cadeira também possui apoio de braços e posição de cuspir, permitindo que o paciente se levante sem esforço para alcançar a cuspideira. Os mochos são projetados para manter a correta postura dos profissionais. O modelo Syncrus Top possui encosto anatômico com regulagem de inclinação e altura, assento impulsionado a gás com ajuste de altura entre 50 e 70 cm, apoio ajustável para os pés e rebaixamento das bordas anteriores do assento, que facilitam a hemonidâmica (circulação sanguínea).

Bem-estar para o dentista e para o paciente As unidades odontológicas da Ravagnanidental-Brasil são equipamentos pensados em nível de ergonomia, design e robustez, fabricados segundo as normas europeias CE para equipamentos odontológicos. Todos os equipamentos apresentam praticidade, proporcionando conforto tanto para o profissional dentista quanto para o paciente. A cuspideira inteiramente rebatível com duas articulações (movimentando a cuspideira e o grupo hídrico) facilita muito em caso de cirurgia para trabalhar de ambos os lados, bem como a quatro mãos, aumentando o campo operatório de dos lados Os braços da cadeira são rebatíveis de fácil manuseio, permitindo que o paciente se sinta com mais segurança e conforto. Os equipamentos são completos de fábrica com todo comando de movimento da cadeira e acendimento do refletor no equipo e no braço auxiliar da cuspideira, além de comando de pé. O equipo apresenta cinco terminais (foto de LED e ultrassom) para facilitar a praticidade ergonômica. www.ravagnanidental-brasil.com

www.gnatus.com.br

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Especial Móveis Odontológicos

Projeto ergonomicamente correto

Revolucionário conceito de mocho odontológico

Os mobiliários Odontics são projetados individualmente a cada necessidade por especialidade de cada dentista, proporcionando ao cliente as condições ideais de ambientação e de integração ao trabalho, melhorando a qualidade de seu trabalho e sua produtividade. Projetados com a distância máxima de 1 metro da cabeça do paciente a borda do tampo, facilita a ergonomia e faz com que o profissional tenha tudo ao seu alcance em um menor esforço físico possível. Em um consultório tudo deve ser analisado, a posição do profissional, a posição da cadeira, como paciente entra e senta para ser atendido e onde situar os periféricos. A Odontics desenvolve seus armários nessa filosofia, oferecendo aos seus clientes não só armários, mas uma consultoria com um projeto ergonomicamente correto.

Um novo e revolucionário conceito de mocho odontológico – SeatBall - foi desenvolvido pela Coraldent. O produto é composto por uma esfera inflável que suporta até 200 quilos, apoiada em uma base metálica com rodízios. Tem por objetivo principal manter o usuário sempre ativo, trabalhando a musculatura abdominal e de suporte da coluna vertebral. O impacto ao se sentar é reduzido a quase zero e a sensação de cansaço, ao final de um dia de trabalho se torna prazerosa como se tivesse praticado uma sessão de ginástica relaxante. A eficiência é comprovada cientificamente em estudos fisioterapêuticos que podem ser acessados pelo site da empresa. O SeatBall é ideal para os profissionais da odontologia portadores de problemas de coluna, bem como para os adeptos da ideia de que o trabalho mais produtivo está associado à saúde e à ergonomia.

www.odontics.com.br

www.coraldent.com.br

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Caso Clínico

Resolução estética com Coroa Implantossuportada Munhão Integrada: Sistema Cone Morse Friccional Kopp

Alex Antônio Maciel de Oliveira Especialista em Implantodontia. Consultor científico do Sistema Friccional de Implantes – Kopp.

alexamaciel@hotmail.com

S

erá apresentado um caso clínico de reabilitação de um pré-molar superior por meio de implante do Sistema Friccional Biológico (Kopp – Curitiba – Brasil) e prótese CMI (coroa munhão integrada) em Ceramage – (SHOFU – Japão). A CMI é uma restauração (coroa unitária) de compósito sem parafuso e sem cimento, que pode ser usada somente com um sistema que utiliza conexão por meio de cone Morse (retenção friccional), onde a inserção do componente não depende da posição de um parafuso ou de uma faceta antirrotacional. Ceramage é o único sistema de compósitos indiretos com 73% de carga de zircônia, indicado para uso em dentes anteriores e posteriores, transmissão natural de luz como o dente natural, com alta resistência à abrasão e à flexão e que apresenta forte união com qualquer tipo de metal.

Caso clínico A paciente D.V.C., 64 anos, compareceu à clínica odontológica particular com queixa de dor na região gengival do dente 24. Após avaliação clínica e radiográfica e remoção da

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coroa metalocerâmica, observou-se quadro clínico compatível com fratura radicular longitudinal e foi proposta a sua substituição por um implante. O planejamento cirúrgico envolveu a extração minimamente traumática da raiz, instalação imediata do implante (Friccional Kopp II 4,3x13 mm, Curitiba, Brasil) e adaptação de prótese removível provisória em acrílico durante o período de osseointegração (figuras 1 a 5). A paciente foi acompanhada, após cinco dias, para remoção de sutura e após 30, 60 e 90 dias para controle clínico. Após quatro meses, foi realizada a reabertura do implante com instalação do formador de perfil em polímero. Na mesma sessão, procedeu-se a moldagem de transferência com munhão personalizáve II 4,5x13mm (figuras 6 a 12). Após a execução das etapas laboratoriais (vazamento do modelo, preparo do munhão e aplicação de cerômero Ceramage – Shofu diretamente sobre o munhão), a coroa munhão integrada foi instalada na boca (figuras 13 a 17). A paciente se encontra em manutenção preventiva.

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Caso Clínico

Figura 1 Aspecto inicial.

Figura 3 Raiz fraturada longitudinalmente.

Figura 5 Sutura após instalação do implante.

Figura 7 Pós-operatório de 30 dias (vista oclusal).

Figura 2 Prótese parcial removível provisória em acrílico.

Figura 4 Após exodontia sem retalho.

Figura 6 Pós-operatório de 30 dias.

Figura 8 Pós-operatório de 60 dias.

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Caso Clínico

Figura 9 Pós-operatório de 90 dias.

Figura 11 Reabertura do implante e instalação do formador de perfil (vista oclusal).

Figura 13 Peça protética no modelo de trabalho (Ceramage – Shofu aplicada diretamente sobre o munhão).

Figura 15 Coroa munhão integrada.

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Figura 10 Reabertura do implante e instalação do formador de perfil.

Figura 12 Molde de transferência com conjunto análogo munhão reposicionado e gengiva artificial.

Figura 14 Vista oclusal da peça protética no modelo de trabalho.

Figura 16 Aspecto final.

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Figura 17 Aspecto final em oclusão.

Figura 18 Aspecto radiográfico inicial dente 24 (apesar da raiz fraturada, não são observados sinais radiográficos de infecção).

Figura 19 Aspecto radiográfico após remoção da raiz fraturada e instalação imediata do implante friccional Kopp.

Figura 20 Aspecto radiográfico após instalação da coroa implantossuportada.

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Caso Clínico

Clareamento dental caseiro Paulo Henrique dos Santos Letícia Cunha Amaral Gonzaga de Almeida Mestre em Odontologia, área de Dentística da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Brasil.

O

clareamento dental tem sido empregado com sucesso nos casos em que o tecido dentinário é naturalmente escuro ou apresenta alterações cromáticas que comprometem a estética e, portanto, a saúde do paciente. Nestas condições clínicas, a exposição dos dentes a agentes oxidantes, à base de peróxidos, tem sido a primeira opção de tratamento. O tratamento clareador pode ser realizado com a técnica caseira ou de consultório. A técnica caseira é realizada com o uso de produtos à base de baixas concentrações de peróxidos (hidrogênio ou carbamida), aplicados em moldeiras que deverão ser utilizadas diariamente pelo paciente. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico em que uma paciente com dentes naturalmente amarelados recebeu tratamento clareador com o produto Whiteness Perfect a 10%.

Caso clínico Paciente com 23 anos, do sexo feminino, encontrava-se insatisfeita com a tonalidade amarelada de seus dentes, principalmente dos dentes posteriores e caninos. Inicialmente foi realizado exame clínico (figura 1) e radiográfico para verificar a saúde periodontal e a eventual presença de lesões cariosas ou áreas de dentina exposta. Observou-se, então, a presença de áreas de recessão gengival, que receberam tratamento prévio antes da realização do procedimento clareador. As áreas dentinárias expostas, sem perda de tecido dental, receberam condicionamento ácido com ácido fosfórico por 30 segundos e aplicação de três camadas de adesivo sob isolamento relativo com afastador labial, roletes de algodão e sugador. As regiões que apresentavam alguma cavitação foram devidamente restauradas com ionômero de vidro modificado por resina. Posteriormente, optou-se pela realização de clareamento caseiro utilizando o produto a base de peróxido de carbamida a 10%, Whiteness Perfect (FGM – Produtos Odontológicos). A decisão sobre a opção de tratamento e a posologia empregada baseouse na idade da paciente, na grande

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Professor Assistente Doutor. Docente da disciplina de Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP, Brasil.

André Luiz Fraga Briso Professor Adjunto. Responsável pela disciplina de Dentística I da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP, Brasil.

amplitude da câmara pulpar e no padrão de cor favorável à terapia clareadora. Antes de iniciar o tratamento foi realizado o registro inicial da cor dos dentes, sendo constatada cor A2 da escala Vita para os incisivos centrais superiores (figura 2), e cor A3,5 para caninos e pré molares (figura 3). Logo após, as arcadas da paciente foram moldadas com alginato e, após a obtenção do modelo de gesso pedra, foram confeccionadas as moldeiras com as placas de silicone contidas no Kit Whiteness Perfect (figura 4). As moldeiras foram recortadas 1 mm além do limite gengival e em uma segunda sessão clínica, foi realizada a sua prova, verificando a adaptação e o relato de desconforto ou dor. A paciente foi então orientada a aplicar uma pequena porção do produto na região da moldeira correspondente à face vestibular dos dentes a serem clareados. A terapia clareadora constituiu do uso da moldeira com o produto clareador por três horas diárias, durante três semanas (figura 5), momento em que os centrais apresentaram cor A1 (figura 6) e os premolares e caninos cor A2 (figura 7). Durante e após o tratamento, a paciente relatou ausência de sensibilidade dental ou irritação gengival e declarou estar satisfeita com o resultado obtido. Após seis meses (figuras 8 e 9), a paciente retornou para as reavaliações, e relatou que gostaria de continuar o clareamento dos caninos que permanecia mais escuro que os incisivos. A moldeira voltou a ser utilizada pela paciente por mais uma semana - momento em que se pode observar um mesmo tom de cor entre todos os dentes. Uma nova avaliação foi realizada após 26 meses (figuras 10 e 11), sendo constatada manutenção da coloração, uniforme e brilhante da superfície dental (figuras 12 e13), assim como a estabilidade de cor e a satisfação da paciente mesmo após tanto tempo do término do tratamento. Nesse momento a escala correspondente a cor inicial dos dentes foi comparada com o aspecto obtido após 26 meses (figuras 14 e 15), ficando evidente a alteração cromática ocorrida e a melhoria na estética do sorriso (figuras 16 e 17).

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Caso Clínico

Figura 1

Figura 2

Exame clínico.

Inicial incisivos A2.

Figura 3

Figura 4

Inicial canino A3,5.

Kit Whiteness perfect.

Figura 5

Figura 6

Adaptação da moldeira.

Final incisivos A1.

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Caso Clínico

Figura 7

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Final canino A2.

Após seis meses incisivos A1.

Figura 9

Figura 10

Após seis meses canino A2.

Após 26 meses incisivos A1.

Figura 11

Figura 12

Após 26 meses canino A1.

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Aspecto uniforme após 26 meses.

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Caso Cl铆nico

Figura 13

Figura 14

Aspecto uniforme ap贸s 26 meses.

Aspecto final - incisivos comparados com escala inicial.

Figura 15

Figura 16

Aspecto final - canino comparado com escala inicial.

Sorriso inicial

Figura 17 Sorriso ap贸s 26 meses.

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Caso Clínico

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Discussão

Conclusão

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS- 1948), não é apenas a ausência de doença, mas a situação de perfeito bemes­tar físico, mental e social de um indivíduo. Sendo assim, todas as ações que melhoram a autoestima e a autoconfiança das pessoas são colaboradoras da promoção de saúde dos indivíduos. Atualmente, o clareamento dental é um dos procedimentos estéticos mais procurados pelos pacientes que buscam uma melhora na aparência do sorriso. O clareamento com a técnica caseira utilizando peróxido de carbamida a 10% aplicado em moldeiras foi proposto por Haywood e Hayman em 19891, e a partir daí vem sendo amplamente pesquisado2-8, sendo considerado um tratamento não invasivo, seguro, eficaz e duradouro, quando bem indicado e supervisionado por um cirurgião dentista. No presente relato, o material eleito para o tratamento, Whiteness Perfect, tem como principal componente o peróxido de carbamida a 10%, que é usado como padrão ouro para comparação com outros produtos, devido à vasta literatura encontrada sobre o mesmo1-11. Este agente, quando em contato com os tecidos dentais se dissocia em ureia e peróxido de hidrogênio que, por sua vez, libera radicais livres de oxigênio, que por serem extremamente reativos, quebram as moléculas pigmentadas da estrutura dental, tornando-as menores e mais claras. Esse fenômeno oxidante é a explicação atualmente aceita para o complexo mecanismo envolvido no clareamento dos dentes12,13. Porém, antes da realização do tratamento clareador é necessário um criterioso exame clínico e radiográfico para verificar a presença de cárie, dentina exposta, trincas e restaurações desadaptadas, que são fatores que podem influenciar na sensibilidade dental durante e após o tratamento. A sensibilidade é o efeito colateral mais comum decorrente do clareamento dental, porém quando a terapia clareadora é realizada com produtos à base de peróxido de carbamida a 10%, a sintomatologia é inexistente ou ocorre de forma branda e transitória. Mas, com a presença dos fatores acima citados ela pode se exacerbar, por isso, vale salientar a importância da indicação correta, e principalmente, do monitoramento do cirurgião dentista. Sendo assim, após constatar a presença de dentina exposta, foi realizada a impermeabilização dessa dentina para evitar uma penetração exagerada do produto. Dentre as técnicas clareadoras, segundo Patel, Louca e Millar o clareamento caseiro é a que oferece melhor relação entre sensibilidade e eficácia clareadora, além de apresentar menor custo para o paciente2. Neste caso clínico, o tratamento realizado não gerou nenhum tipo de sensibilidade ou desconforto e possibilitou a obtenção da alteração de cor desejada pela paciente. O sucesso clareador também foi observado após 18 e 26 meses de avaliação, confirmando as constatações de Dietschi e colaboradores9, que afirmam que esta terapia proporciona resultados duradouros por atuar na profundidade da estrutura dental.

A técnica do clareamento caseiro, utilizando o produto Whiteness Perfect 10%, é efetiva em clarear dentes naturalmente amarelados, produzindo resultados satisfatórios e duradouros.

Referências 1. Haywood VB, Heymann HO. Nightguard vital bleaching Quintessence Int 1989; 20:173-176. 2. Patel A, Louca C, Millar BJ. An in vitro comparison of tooth whitening techniques on natural tooth colour. Br Dent J 2008;204:E15. 3. Haywood VB, Leonard RH, Nelson CF, Brunson WD. Effectiveness, side effects and long-term status of nightguard vital bleaching. J Am Dent Assoc 1994;125:1219–1226. 4. Dahl JE, Pallesen U. Tooth bleaching--a critical review of the biological aspects Critical reviews in oral biology and medicine : an official publication of the American Association of Oral Biologists 2003; 14(4) 292-304. 5. Riehl H. Considerações clínicas sobre terapias de clareamento dental. Scientific-A 2007; 1(1):68-78. 6. Santos Medeiros MC, de Lima KC. Effectiveness of nigthguard vital bleaching with 10% carbamide peroxide a clinical study. J Canadian Dent Assoc 2008; 74(2):163-163. 7. Zeknois R, Matis BA, Cochran MA, Al Shetri SE, Eckert GJ, Carlson TJ. Clinical evaluation of in-office and at-home bleaching treatments. Oper Dent 2003;28(2): 114-121. 8. Gonzaga LCA. Análise do efeito clareador e da sensibilidade pós operatória utilizando diferentes materiais clareadores e fontes de luz. 2009. Dissertação de mestrado - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, 2009. 9. Dietschi D, Rossier S, Krejci I. In vitro colorimetric evaluation of the efficacy of various bleaching methods and products. Quintessence Int 2006;37:515-26. 10. Leonard RH Jr, Haywood VB, Phillips C. Risk factors for developing tooth sensitivity and gingival irritation associated with nightguard vital bleaching. Quintessence Int 1997;28:527-34. 11. Jorgensen MG, Carroll WB. Incidence of tooth sensitivity after home whitening treatment. J Am Dent Assoc 2002;133:1176-82. 12. Li Y. Biological Properties of peroxide-containing tooth whiteners. Food and Chemical toxicology 1996; 34: 887-904. 13. Kawamoto K &TsujimotoY (2004) Effects of the hydroxyl radical and hydrogen peroxide on tooth bleaching Journal of Endodontics 30(1) 45-50ching treatments. Oper Dent 2003;28(2): 114-121.

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Caso Clínico

Próteses flexíveis termoplásticas

Vanessa Malucelli Andersen Cirurgiã-Dentista - CRO-3909. Referência nacional em informação científica sobre próteses flexíveis. Coordenadora do curso intensivo - Próteses Flexíveis na EAP-UNI ABOPR.

www.vanessamalucelli.odo.br vanessamalucelli@terra.com.br

A

opção pelas próteses flexíveis termoplásticas pode se transformar em solução diante da realidade socioeconômica do país quando aumenta a preocupação, inclusive entre autoridades, de oferecer à população um tratamento que não seja oneroso e, ao mesmo tempo, corresponda às expectativas de saúde e de estética. Muitas vezes, deparamo-nos com a situação constrangedora de uma pessoa, que por não ter recursos financeiros para se submeter a um implante dentário, apresenta falhas na dentição, fica com a saúde bucal comprometida e com a autoestima prejudicada. As próteses flexíveis termoplásticas são recomendadas não apenas para pacientes com baixa renda, mas também para quem apresenta problemas ósseos, idade mais avançada, próteses imediatas, pacientes especiais, pós-ortodontia, provisório em diagnósticos de implante, mobilidade dentária, odontopediatria, entre outras indicações do dia-a-dia clínico. Acredito que compartilhamos da mesma responsabilidade, inerente à nossa profissão, de oferecer ao paciente que nos procura todas as possibilidades para que ele tenha retorno de perdas sofridas. Para que isso aconteça é necessário ter conhecimento, com capacitação técnica, sobre este tipo de tratamento que lhe possibilite recuperar a qualidade do sorriso. É importante termos respostas originadas no próprio conhecimento e não apenas no que ouvimos falar – muitas vezes, sem fundamentação científica. O paciente chega ao consultório com uma perda. Sim, a falta involuntária de um ou mais dentes. Traz consigo também tristeza, fragilidade, insegurança e até estado depressivo. Além do aspecto Saúde, como o resgate, por exemplo, da função de mastigação, um tratamento especializado envolve também o aspecto psicológico. Recupera-se uma perda de dente com o foco também no “sentir-se bem tan-

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to estética quanto emocionalmente”. E isso é possível se o profissional estiver ciente da importância do seu papel nesta dupla “recuperação” – a física e a emocional. Ele deve estar aberto ao diálogo com o seu paciente – ou futuro paciente – para entender as suas dificuldades de fazer um tratamento, tanto as de fundo psicológico como as que podem surgir devido a uma situação socioeconômica desfavorável ou a imprevistos domésticos. Desde a introdução, em 1954, próteses parciais removíveis termoplásticas mantiveram escolha entre dentistas. Estas próteses, parciais ou totais, atendem a todas as especificações da ADA e são aceitas em todo o mundo por sua excelente biocompatibilidade e propriedades. Como resultado: um paciente clinicamente atendido em suas necessidades gerais. Planejamento e diagnóstico adequado, caso a caso, dentro da realidade de cada um é o objetivo de uma proposta da odontologia voltada à recuperação de um sorriso saudável e bonito. E quem não quer ter um?

Caso clínico Paciente M. F, 39 anos, apresentou-se ao consultório sem dentes, com autoestima muito comprometida e chorando. Iniciou tratamento de implantes dentários com outro profissional especialista, na trajetória interrompeu por motivo financeiro. Sem condições para evoluir e concluir este diagnóstico e planejamento, o seu tratamento inicialmente programado ficou sem solução por um período de quase dois anos sem dentes. A paciente era jovem, vaidosa e não conhecia uma solução para sua atual condição dentária. O tratamento proposto foi confecção das próteses superior e inferior flexíveis. No período de um ano e sem perspectivas de dar continuidade ao seu tratamento - e concluir os implantes (o moti-

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Caso Clínico

Planejamento e diagnóstico adequado, caso a caso, dentro da realidade de cada um é o objetivo de uma proposta da odontologia voltada à recuperação de um sorriso saudável e bonito. E quem não quer ter um?

vo ainda é o financeiro) e sem pressa, uma vez que está muito satisfeita com o resultado das próteses flexíveis. Porém, com outro quadro dentário, com a autoestima recuperada e com tranquilidade. Lamentando não ter recebido este trabalho como opção e ficado tanto tempo sem um sorriso possível. Prontificou-se a colaborar no que fosse necessário para que outras pessoas como ela pudessem ser beneficiadas com a indicação deste trabalho.

Figura 1

Figura 2

Situação inicial. Paciente chegou ao consultório com este sorriso.

Com detalhes intraoral.

Figura 3

Figura 4

Intraoral lateral direita.

Intraoral lado esquerdo. Visualizar o pino de implante e dente com preparo para coroa total no molar.

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Caso Clínico NORMAS PARA PUBLICAÇÂO A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínicogerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas. Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www. odontomagazine.com.br Os trabalhos devem atender as seguintes normas: 1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista. Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor.

Figura 5 O sorriso inicial

2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: vanessa.navarro@vpgroup.com.br. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em altaresolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho. 3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver. 4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio. 5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento. 6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site.

Figura 6 Intraoral com as próteses superior e inferior.

7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico. 8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine. 9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado. 10) Os trabalhos, bem como qualquer correspondência devem ser enviados para: Vanessa Navarro ou Vivian Pacca – ODONTO MAGAZINE Alameda Amazonas, 686 – G1 Alphaville Industrial – Barueri-SP CEP 06460-100 11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail. 12) Informações:

Figura 7 Resultado final.

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Editora e Jornalista Responsável Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506 Publicidade - Gerente de Contas Vivian Ceribelli Pacca e. vivian.pacca@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7508

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