Ano 3 - N° 34 - Novembro de 2013
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Reportagem Odontologia do Esporte
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Oferecer já de início todas as Especialidades agrega valor a cada cliente que entra na clínica. No momento do projeto da clínica, na implantação, considero que a Franqueadora dá uma ideia muito boa de estruturação da clínica como um negócio. Dr. Felipe Giacomet - Franqueado ORTOPLAN Unidade Porto Alegre - RS
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Editorial Edição: Ano 3 • N° 34 • Novembro de 2013
Presidência & CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7501 Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7761 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br Marketing Ironete Soares e. ironete.soares@vpgroup.com.br Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br Mobile Cláudia Mardegan e. claudia.mardegan@vpgroup.com.br Analista de Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br Sistemas Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br Editora Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7760 Publicidade - Gerente de Contas Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7768 Publicidade - Gerente de Contas Rosana Alves e. rosana.alves@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7769 Conselho Científico Alice Granthon de Souza, Augusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Diego Michelini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, Jayro Guimarães Junior, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Lusiane Borges, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Pablo Ozorio Garcia Batista, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo, Wanderley de Almeida Cesar Jr. e William Torre.
O atual mercado brasileiro e o impacto na Odontologia
A
Odontologia brasileira, na atualidade, requer um pouco de reflexão. O mercado brasileiro, como um todo, tem passado por um gigantesco efeito de globalização. Os impactos e mudanças deste processo têm afetado diretamente a Odontologia. No Brasil, estão 19% dos dentistas do mundo. O dado é do livro Perfil Atual e Tendência do Cirurgião-Dentista Brasileiro, do ano de 2010, desenvolvido pelo Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, em parceria com outras organizações e o Conselho Federal de Odontologia (CFO), e este número só deve aumentar. Anualmente, muitos novos dentistas se formam em todo o país, para se juntar aos já “veteranos” e competir por um mercado acirrado, em que o valor agregado e os diferenciais competitivos são alicerces para a longevidade do negócio. Todos esses avanços também tornaram o cliente cada vez mais exigente e consciente da qualidade dos serviços que adquire, o que faz com que uma clínica odontológica esteja em constante avaliação pelo seu paciente e, caso suas expectativas não sejam superadas, certamente trocarão, sem pensar duas vezes, de dentista. Estamos vivendo a considerada “era do cliente”. Não mais por ser o cliente o dono da verdade, aquele que sempre tem razão, mas, sim, porque exige um profissional muito mais atento às suas necessidades e expectativas e, com isso, muito mais ‘antenado’ nos avanços do mercado odontológico. Tudo isso faz com que você, dentista, pare e pense sobre o que tem feito para se diferenciar na mente e na escolha de seus clientes. Sendo assim, um maior desempenho também de seus colaboradores tem sido exigido, para que com um serviço de qualidade e excelência, agregue valor, para continuar conquistando e mantendo clientes satisfeitos e encantados. O cuidado com a administração de clínicas no Brasil é um assunto recente, ao contrário de outros países, por exemplo, os Estados Unidos e o Canadá, onde existem milhares de profissionais especializados nesta área, além de contarem com produtos e serviços para auxiliar na administração do marketing da clínica ou consultório odontológico. Aproveitar a época de globalização do Brasil e de mudanças no setor da Odontologia para alavancar o seu negócio pode ser a chave certa para o sucesso. Portanto, unir globalização e crescimento pode ser muito proveitoso, desde que feito com estratégia. Saber como e para onde crescer é indispensável, afinal, para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve.
A Revista A Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras comerciais e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas. A distribuição é gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais instituições do setor. Odonto Magazine Online s. www.odontomagazine.com.br Tiragem: 37.000 exemplares Impressão: HR Gráfica
Éber Feltrim
Membro do Conselho Científico
Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br
Novembro de 2013
3
Sumário
Novembro de 2013 • Edição: 34
pág.
3
Editorial
6
Programe-se
8
Notícias
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Odontologia Segura
12
Produtos e Serviços
8 pág.
18
Reportagem
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Entrevista
Odontologia do Esporte
Casos Clínicos
Biorreprogramação bucal: muito além da boca
40
Rogério Pavan dos Santos
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32
Tratamento endodôntico utilizando o MTA Fillapex® como cimento obturador Carlos Alberto Spironelli Ramos, Victor Hugo Dechandt Brochado, Roberto Prescinotti e Bruno Shindi Hirata
Espaço Equipe
A utilização das ferramentas da qualidade nos serviços de saúde odontológicos
42
Danielle Ramos
28
32
Relacionamento
Gnatus: Pioneirismo e inovação para a Odontologia mundial
Clareamento dental para dentes não vitais e vitais, seguido de procedimentos restauradores diretos Jorge Eustáquio e Ilana Pais Tenório
50
Ponto de vista
Normas para publicação
Cirurgia Ortognática não é mais um mito Andrea Beder e Milton Raposo Jr.
34
Colunistas Gestão
Plínio Augusto Rehse Tomaz 36
4
Estética Victor Clavijo
Novembro de 2013
pág.
36
Os artigos e as entrevistas são de inteira responsabilidade do autor e/ou entrevistado, e não refletem, obrigatoriamente, a opinião do periódico.
Programe-se
Novembro 19º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética - SBOE 06 a 09 de novembro de 2013
O maior congresso de Odontologia Estética do Brasil, congregando cerca de 40 palestrantes nacionais e internacionais. Serão 3600m2 de área de exposição e feira comercial.
Curitiba – PR
www.sboe.com.br/Cong2013/Por/index.html
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Ego Meeting 2013 08 e 10 de novembro de 2013
O evento surge em um momento de mudanças na Odontologia. A necessidade de conhecimento empresarial e empreendedor dos odontólogos se tornou uma condição “sine qua non” para o sucesso do negócio. Entre os renomados palestrantes, estão: Plínio Tomaz, que discutirá “Como os clientes escolhem seus dentistas?”; e Bruno Juliani, que abordará com propriedade sobre o questionamento “Como transformar sua paixão em lucros?”.
Búzios – RJ
www.egomeeting.com.br
De acordo com o Dr. César José Campagnoli, conselheiro do CFO e membro da Comissão Organizadora do evento, o objetivo da programação visa à qualificação do trabalho das Equipes de Saúde Bucal na estratégia da Saúde da Família e a avaliação da situação das Redes de Serviços Odontológicos no país e na região Sul.
Curitiba – PR
www.cropr.org.br/iiiesbsb
IX Congresso Brasileiro de Radiologia Odontológica – CONABRO 27 a 30 de novembro de 2013
Um grupo de radiologistas do Rio de Janeiro, movido pelo espírito carioca de querer seus amigos sempre juntos, aceitou promover um evento de grande importância para a Radiologia Odontológica.
Rio de Janeiro – RJ
www.conabro2013.com.br
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4º Congresso Internacional de Odontologia da FOUFU e 34ª JOUFU
XXXIV Jornada Científica da Odontoclínica Central da Marinha
07 a 09 de novembro de 2013
28 e 29 de novembro de 2013
Direcionado aos discentes, docentes, cirurgiões-dentistas e residentes, o evento contará com cursos nacionais e internacionais, ministrados por renomados profissionais da saúde bucal; apresentação de trabalhos, hands-on; atendimento ao vivo; minicursos; e workshop.
Uberlândia – MG
Este evento reunirá diversas autoridades militares e civis da área odontológica, abordando os mais variados e atuais temas científicos, proporcionando uma grande oportunidade de atualização profissional.
Rio de Janeiro - RJ
www.ocm.mar.mil.br
www.cioufu.com.br
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6º Congresso Internacional de Odontologia do Piauí
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Dezembro
07 e 10 de novembro de 2013
O evento realizado na capital piauiense reunirá renomados profissionais da Odontologia para discutirem procedimentos e técnicas mais recentes em todos os segmentos odontológicos.
Teresina – PI
www.ciopi.com.br
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Novembro de 2013
Brasília – DF
www.cispod.com.br
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2014
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III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal 07 e 08 de novembro de 2013
pacional, educação física, nutrição, enfermagem, farmácia e biomedicina - estarão presentes para unir esforços, a fim de criar mecanismos capazes de fortalecer a pesquisa e a divulgação dos conhecimentos em torno da saúde da pessoa com deficiência e grupos especiais.
1º Congresso Internacional sobre Saúde da Pessoa com Deficiência 06 a 08 de dezembro de 2013
O CISPoD é o primeiro congresso transdisciplinar sobre saúde da pessoa com deficiência e grupos especiais. Representantes de todas as áreas da saúde - medicina, odontologia, psicologia, fisioterapia, terapia ocu-
Janeiro 32º CIOSP – Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo 30 de janeiro a 02 de fevereiro de 2014
O evento reunirá grandes nomes da Odontologia. Ministradores nacionais e internacionais compõem uma grade científica diversificada, com temas de grande relevância clínica. O evento ainda conta com uma das feiras odontológicas mais importantes do mundo, a FIOSP, que gera, anualmente, um grande volume de negócios e apresenta as principais novidades do mercado de equipamentos, materiais e serviços do setor.
São Paulo – SP
www.ciosp.com.br
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Março 12º CIOMIG - Congresso Internacional de Odontologia de Minas Gerais 06 a 09 de março de 2014
Como o tema “O que nós conhecemos, o que pensamos que conhecemos e o que não conhecemos”, o evento reunirá renomados profissionais da Odontologia.
Belo Horizonte – MG
eventos@abomg.org.br
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Notícia Odontologia brasileira
Que o Brasil é um país de contrastes, todo mundo sabe. Mas, é preciso voltar os holofotes para a boca dos brasileiros, a fim de chamar atenção de todos. Enquanto o país responde por 19% dos cirurgiões-dentistas do mundo inteiro, com mais de 260 mil profissionais ativos, 50% dos adultos têm apenas 20 ou menos dentes funcionais. Na população de idosos, essa taxa sobe para 70%. Na opinião de Adriano Forghieri, presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), “a saúde oral do brasileiro melhorou muito nos últimos 10 anos. Mas, é necessário haver mais iniciativas que estendam o tratamento dentário para cada canto do país. Afinal, quando um indivíduo perde um dente, perde também parte de sua saúde”. Dados do IBGE apontam que quase 12% da população nunca pisaram em um consultório odontológico e apenas 40% dos entrevistados tinham consultado um cirurgião-dentista no ano que antecedeu a pesquisa (divulgada em 2008). Entre as pessoas que têm mais acesso aos tratamentos dentais, a maioria é mulher, moradora de área urbana, e com renda mais elevada do que a média da população. “As mulheres também são maioria entre os profissionais formados em Odontologia. Hoje, elas representam quase 52% desse mercado de trabalho”, revela Forghieri. O contraste é grande. Enquanto a indústria da Odontologia é superavitária e o país é o que mais forma cirurgiões-dentistas no mundo – ocupando, também, a segunda posição na produção e colocação de implantes dentários – as pessoas adoecem por falta de cuidados com os dentes. Apesar de, hoje em dia,
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Novembro de 2013
a relação “cáries x crianças” ter diminuído muito em função da água fluoretada, que chega diariamente às torneiras de boa parte da população, tem muita gente ficando gravemente doente por não contar com um tratamento odontológico. Estudo divulgado pela American Heart Association no jornal Stroke, envolvendo mais de 40 mil pacientes, associa perda dentária e doenças periodontais à ocorrência de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) – também conhecido como derrame ou isquemia cerebral –, que é causado pela falta de sangue em uma parte do cérebro por conta da obstrução de uma artéria. De acordo com a entidade norte-americana, homens com 24 dentes ou menos apresentavam risco aumentado de sofrer um AVCI quando comparados com aqueles que contavam com melhor dentição. O Instituto do Coração (Incor/USP) também divulgou estudo comprovando que a manutenção adequada da saúde oral é fundamental na prevenção de doenças, como a endocardite infecciosa, doença que resulta da invasão por bactérias e fungos em tecido endocárdico – que reveste internamente o coração. Trata-se de uma doença grave, com taxas de mortalidade em torno dos 25%. “Além de ampliar e intensificar programas em nível municipal, estadual e federal para melhorar a saúde bucal dos brasileiros, há que se conscientizar ainda mais a população da importância do cirurgião-dentista e de como esse profissional pode e deve ajudá-la na prevenção de doenças orais, na manutenção dos dentes e na preservação da saúde como um todo”, diz o presidente da APCD. www.apcd.org.br
Odontologia Segura
Vacina: uma história de curiosidade, ousadia e humildade
Lusiane Borges Biomedicina - UNISA / UNIFESP. Odontologia – UMESP. Especialização em Microbiologia – Faculdade Oswaldo Cruz. Especialista em Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP. MBA em Esterilização FAMESP. Pós-Graduanda em Prevenção e Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP, São Paulo. Coordenadora de Cursos de ASB/TSB desde 2000. Membro do Conselho Científico da Odonto Magazine, São Paulo. Autora-coordenadora do livro “AST e TSB – Formação e Prática da Equipe Auxiliar”. Consultora em Biossegurança em Saúde – Biológica. Consultora Científica da Oral-B, Fórmula & Ação, Sercon/Steris e outros. Representante do Brasil na OSAP (Organization for Safety, Asepsis and Prevention), EUA. Responsável pelo site www. portalbiologica.com.br.
A
primeira vacina foi descoberta por acaso, ou melhor, pela observação de Edward Jenner. Ele era um médico inglês, nascido em 1749, que sempre teve interesse pelas ciências da vida. Desde seus tempos de menino e, mais tarde, como estudante, intrigava-se com o fato de que as tiradoras de leite não contraíam a varíola ou então apresentavam somente uma forma branda da doença. No século XVIII, morria na Europa cerca de 400.000 pessoas por ano em decorrência da varíola e os poucos sobreviventes ficavam cegos. Era essencial que se fizesse algo para combater a doença. Vale lembrar que, a origem da varíola, como uma doença natural, perde-se na pré-história. Acredita-se que apareceu por volta de 10.000 a.C., quando apareceram as primeiras colônias agrícolas no nordeste de África. A primeira evidência de lesões na pele resultantes de varíola foi encontrada em múmias, inclusive na cabeça mumificada do Faraó Ramses V (morte em 1156 aC.). Em maio de 1796, Edward Jenner encontrou uma jovem leiteira de nome Sarah Nelms que tinha lesões recentes de varíola bovina nas mãos e braço. Ele já suspeitava que o pus destas lesões deveria ter uma substância que protegia as tiradoras de leite de contrair uma forma mais grave da doença, e isso ativou sua curiosidade como pesquisador. Usando material extraído das lesões de Sarah, Jenner, impulsionado pelo espírito curioso e ousado, inoculou um menino de oito anos, James Phips. Diariamente, ele injetava uma pequena quantidade deste material em James, até que, finalmente, ele injetou no menino o vírus da varíola extraído de uma lesão fresca da doença.
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James teve um pouco de febre e mal-estar, mas não desenvolveu a doença. Edward Jenner conseguiu provar sua teoria de que alguma substância no pus das lesões das tiradoras de leite protegia a pessoa de contrair a varíola. Evidentemente que, como em qualquer descoberta, ele encontrou muita resistência e enfrentou inúmeros preconceitos no mundo médico conservador da época. Quem poderia aceitar que um simples médico rural pudesse ter feito tamanha descoberta? Edward Jenner chegou a ser publicamente humilhado ao trazer suas descobertas a Londres. No entanto, o que ele havia descoberto não poderia ser negado e, eventualmente, teria que ser aceito. Em 1840, o governo britânico proibiu qualquer outro tratamento para a varíola, além do preconizado por Edward Jenner. Jenner decidiu não patentear sua descoberta, pois acreditava que isso tornaria a vacinação muito cara e fora do alcance da maioria da população. Uma atitude nobre de um gênio, que inaugurou uma nova era na humildade. A Anvisa divulgou, no dia 21 de outubro, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 46/2013, que trata sobre as determinações que deverão ser adotadas para as vacinas da gripe que serão utilizadas no Brasil, em 2014. A composição da vacina contra a gripe é atualizada a cada ano, de acordo com os vírus circulantes, para garantir a eficácia do produto. A resolução está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Hemisfério Sul. Estar em dia com a vacinação é um direito e dever do profissional de saúde. Até a próxima!
Produtos e Serviços Alegria e saúde bucal O brasileiro é considerado um povo alegre, que tem a prerrogativa de viver em um extenso território contemplado por paisagens exuberantes e diversos ritmos culturais e musicais. Ainda mais, quando chegam às estações primavera e verão, os cenários naturais ficam mais radiantes, o que inspira a criação e a aquisição de produtos típicos da época, até mesmo a escova de dente, que também pode ser sazonal e de alta qualidade, como retrata muito bem a versão especial da Curaprox 5640 Tropical, lançada mundialmente. De extrema importância no dia a dia, a escova de dente deve conter grande quantidade de cerdas, preferencialmente acima de cinco mil, como a tradicional Curaprox 5460, já consagrada no mercado nacional e internacional. Porém, quando a qualidade, a variedade das cores e o designer estão juntos no mesmo produto, o ato de realizar a higiene oral fica mais fácil, prazeroso e menos traumático. “Cerdas ultramacias conseguem desorganizar a placa bacteriana sem agredir o esmalte dos dentes e a gengiva”, confirma o cirurgião-dentista e professor, mestre e doutor em Odontologia da Uniban Anhanguera, Dr. Hugo Lewgoy. A edição especial Tropical oferece 12 opções de cores de cabo e três opções de cores diferentes das cerdas. www.curaprox.com.br
Para fotografias odontológicas O contraste lateral é o novo integrante da linha de fotografia odontológica da Indusbello. Produzido em alumínio com revestimento em PTFE preto e fosco, o novo contraste é ideal para fotografias odontológicas laterais, evidenciando os dentes e primando pela qualidade da imagem. O formato anatômico atua como cabo, permitindo segurança e firmeza no momento do uso. www.indusbello.com.br
Próteses para pacientes sem dentes Elsevier apresenta “Tratamento Protético para os Pacientes Edêntulos – próteses totais convencionais e implantossuportadas”. O compromisso da obra é orientar estudantes de Odontologia, dentistas e protesistas a tomarem decisões clínicas bem embasadas no gerenciamento ideal das necessidades de pacientes edêntulos. Abordando novas técnicas, procedimentos e materiais – de moldagem, agentes limpadores e adesivos, entre outros – em capítulos curtos e fáceis de ler, é um guia completo, abrangente e superatualizado. Mais de 800 fotos e ilustrações coloridas destacam detalhes clínicos e estéticos essenciais, e novas discussões sobre a eficácia dos implantes dentários abordam os protocolos clínicos no tratamento das próteses implantorretidas e implantossuportadas. Um novo capítulo sobre “próteses totais com carga imediata” descreve a justificativa para esse enfoque popular emergente, que permite, em curto prazo, resultados funcionais esperados. O livro, do autor George Zarb, trata, ainda, de técnicas para a confecção de próteses totais acessíveis àqueles que não têm acesso a outros tipos de tratamento mais sofisticados, como os protocolos alternativos – entre eles o de “próteses totais em quatro sessões clínicas”. www.elsevier.com.br
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Produtos e Serviços Tomógrafo odontológico Eagle 3D A Dabi Atlante, empresa de Ribeirão Preto (SP), deu início às vendas do tomógrafo odontológico, o Eagle 3D, o único fabricado no Brasil e em todo o hemisfério sul. O equipamento, o mais alto estágio tecnológico do projeto Eagle, iniciado pela empresa em 2008, oferece três funções – panorâmico, teleradiografia e tomógrafo odontológico e chega ao mercado com importantes diferenciais em relação aos concorrentes importados. A primeira grande inovação do Eagle 3D é o FOV (campo de visão) de 12 x 7,5 cm, o maior do mercado entre os equipamentos médios e que permite, em uma única tomada, capturar na mesma imagem e com grande nitidez toda a mandíbula do paciente. A unidade Voxel pode ser ajustada de 120 a 400 micromilímetros, o que traz definição e foco com resolução superior, permitindo visualização ampla e detalhes com mais segurança. Os equipamentos Eagle possuem sensor desenvolvido pela Ajat, da Finlândia, e tubo de raios-X da Toshiba, componentes vitais para a qualidade da imagem e que equipam as principais marcas mundiais de panorâmicos e tomógrafos. As vantagens do Eagle 3D são também sentidas na função panorâmica. Com sensor CdTe, que converte a imagem diretamente no sensor, os resultados são mais nítidos e necessitam assim menor dosagem de raios-X. Além disso, o equipamento oferece ajuste do plano focal, sem necessidade de nova exposição, economizando tempo para a clínica e evitando dosagens desnecessárias ao paciente. www.dabiatlante.com.br
Philips lança linha de saúde bucal no Brasil A empresa investe em um novo segmento de atuação no Brasil com a apresentação, no mercado brasileiro, da sua marca de cuidados com a saúde bucal, a Philips Sonicare. O portfólio da marca, que já é sucesso em mais de 20 mercados ao redor do mundo, estreia, por aqui, com o lançamento da escova elétrica sônica, nas versões FlexCare Platinum e HealthyWhite, e com o limpador interdental elétrico Airfloss. Os maiores benefícios da escova elétrica Sonicare com a tecnologia sônica e do limpador interdental elétrico são, respectivamente: mais escovação em dois minutos do que um mês com uma escova manual e remoção de até sete vezes mais placa bacteriana entre os dentes, e uma limpeza entre os dentes em apenas 30 segundos. A eficiência dessa tecnologia é comprovada por mais de 175 estudos clínicos e laboratoriais em mais de 50 universidades e instituições pelo mundo todo. Uma das vantagens dos produtos Sonicare é o fato de poderem ser utilizados por toda a família. Ao comprar a base da escova ou do limpador, cada membro da pode ter a sua ‘cabeça de escova’. Uma única base é compartilhada por todos, sem riscos à higiene bucal. Além disso, qualquer cabeça da marca serve em todas as escovas da Philips Sonicare e podem ser adquiridas separadamente. Com isso, cada usuário pode adquirir o modelo que melhor atende a sua necessidade. Já o limpador interdental elétrico Sonicare Airfloss, é uma alternativa para pessoas que têm dificuldade em usar o fio dental regularmente. O grande benefício do Airfloss é a praticidade, que não é encontrada em qualquer outro item de higiene oral, removendo até 99% mais da placa interdental do que uma escova comum sozinha, em apenas 30 segundos. www.philips.com.br
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Produtos e Serviços Limpeza bucal completa Sanifill aprimora o seu mix de produtos e apresenta ao mercado sua linha de antissépticos bucais com fórmulas renovadas e escovas ultraprofissionais e ortodônticas com novas embalagens e funcionalidades. Os produtos foram desenvolvidos, especialmente, para auxiliar na manutenção da saúde oral de forma completa e suave. As escovas Ultra Profissionais Sanifill possuem formatos especiais e adequados para a necessidade de cada usuário. Com cabo anatômico e emborrachado, proporcionam mais firmeza e segurança, além de sinalizador de uso que indica o momento correto de troca. A escova ainda possui higienizador de língua, que auxilia na remoção das bactérias, e cerdas retas com acabamento arredondado, que proporcionam uma limpeza eficiente sem machucar a boca. Quem usa aparelho ortodôntico pode contar com a nova Escova Ortodôntica Dupla Ação Sanifill. A escova possui cerdas macias nas laterais, que massageiam as gengivas, e cerdas médias, no centro, para os braquetes. O seu formato em V facilita a higienização dos dentes e braquetes. Além disso, o cabo anatômico foi projetado para se adequar perfeitamente às mãos do usuário, dando mais firmeza e conforto durante a escovação. A linha de antissépticos Sanifill também foi renovada, e conta com novidades nas embalagens e fórmulas. As cinco variantes – menta, cuidado total, ice, citrus e kids – não contêm álcool e previnem contra a formação de placa bacteriana e cáries. O antisséptico bucal Kids, ideal para crianças com mais de seis anos, conta com embalagem decorada com a turma do desenho animado “A Era do Gelo 4”. O produto possui fórmula exclusiva com flúor e sem álcool, auxiliando no combate a placa bacteriana, cárie e mau hálito. www.sanifill.com.br
Novidade no mercado laboratorial O INEOS X5 é novo scanner extraoral da Sirona. O equipamento conta com câmera com foco automático e possibilita o trabalho manual ou automático na tomada de imagens. A novidade possui a melhor precisão do mercado laboratorial, com capacidade de imagens abaixo de 12 microns. A câmera, com maior amplitude, tem a capacidade de captar até 5,5 elementos por imagem. Com posicionamento e foco automático, o INEOS X5 captura todas as áreas vistas com velocidade e sem gaps, exportando, ainda, arquivos STL para todos os sistemas CAD/CAM do mercado. Possui articulador virtual e articulador físico, com capacidade para tomar imagens de todos os tamanhos de moldeiras e articuladores. www.sirona.com.br
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Novembro de 2013
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Reportagem
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Novembro de 2013
Reportagem
Odontologia do Esporte Especialidade da Odontologia é promissora e necessária, já que os esportistas devem ter tratamento e acompanhamento adequados às suas realidades. Por: Viviam Santos
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Odontologia no esporte é um campo ainda pouco explorado no âmbito acadêmico – uma vez que, para obter conhecimentos sobre a especialidade, o profissional deve buscar cursos além da graduação. A fusão da Associação Brasileira de Odontologia Desportiva (Abrodesp) com a Sociedade Brasileira de Odontologia do Esporte (Sboesp) resultou na Academia Brasileira de Odontologia do Esporte (Abroe), que congrega cirurgiões-dentistas do esporte de todo o Brasil. Pode-se afirmar que, a área é ainda nova no Brasil, entretanto, os grandes times esportivos possuem um departamento odontológico com especialistas em Odontologia Esportiva para direcionar o tratamento na realidade dos atletas. Esse é o caso do dentista oficial da equipe do S.C. Corinthians Paulista (Academia e CT de MMA), Alexandre Fonseca Barberini, também professor e coordenador de cursos na área de Odontologia Esportiva e Traumatologia do Esporte. Segundo ele, a Odontologia do Esporte possui alguns aspectos próprios no atendimento dos atletas, principalmente no atendimento de esportistas de alto rendimento. “Por definição, a Odontologia do Esporte é a área da Odontologia voltada para o conhecimento, prevenção e tratamento das lesões e doenças do sistema estomatognático na prática esportiva, baseia-se no estudo da interferência do esporte no sistema estomatognático e como esse sistema pode comprometer o desempenho físico e psicológico do esportista”, explica ele. A saúde bucal do esportista deve ser mantida como a de um paciente normal, ou seja, que não pratica esporte regularmente. “A prevenção é feita com exames pré-participativos odontológicos (Eppo) e, nos casos de traumatismos dentários, com palestras e utilização de protetores de boa qualidade, indicando o melhor para cada modalidade esportiva”, garante o dentista. Do ponto de vista do clube, o profissional de Odontologia do Esporte é importante, porque, quando a saúde bucal do atleta não vai bem, pode haver queda de rendimento do esportista. “Pode ocorrer, em alguns casos, como nas infecções odontológicas pós-cirúrgicas, periodontais, endodônticas, e pericoronarites. O importante é realizar os exames e diagnosticar o mais rápido possível e resolver qualquer interferência que possa causar um foco infeccioso”, afirma o professor. Ele também lembra que o atleta de alto rendimento, geralmente, está no seu limite de treinamento: “Engana-se quem pensa que o atleta é saudável, pois em algumas modalidades tem que perder peso, está debilitado, com a imunidade baixa e perde rendimento rapidamente”. A maioria dos tratamentos no consultório comum, de acordo com o professor Alexandre, pode ser aplicada no departamento odontológico de um clube. “O que difere um tratamento em um atleta de alto rendimento é a velocidade do tratamento, pois os atletas mudam de clube com frequência, viajam muito e não têm tempo de comparecer às consultas. Portanto, o calendário das competições
deve ser respeitado”, diz. Procedimentos cirúrgicos que podem afastar o atleta das competições devem ser estudados com toda a equipe médica, argumenta ele, pois “devem ser realizados fora das competições ou quando o atleta estiver lesionado e fora de jogo”. Outro fator que difere o tratamento bucal de atletas e merece muita atenção é a medicação, para que o doping positivo seja evitado. “Medicamentos que o dentista indica em procedimentos simples podem causar doping positivo ao atleta de alto rendimento, analgésicos, anti-inflamatórios e anestesia com vasoconstrictor devem ser administrados com cautela, pois podem causar doping positivo e suspender o atleta por até dois anos”, alerta Barberini. Os casos que aparecem no consultório do dentista desportivo também são similares aos do consultório convencional, com algumas exceções: “Os atletas podem apresentar algumas alterações que prejudicam sua saúde e seu desempenho, tais como: a síndrome do respirador bucal, problemas ortodônticos e má oclusão; periapicopatias, má higiene oral, disfunção da articulação temporomandibular e postura, cáries interproximais e oclusais, anomalias radiculares, dentes inclusos e sua posição intraóssea, reabsorções alveolares, bolsas periodontais, raízes residuais e corpos estranhos”, relata. Portanto, cirurgiões-dentistas especializados em diversas áreas da Odontologia estão, também, inseridos no contexto da Odontologia do Esporte, para tratar tais alterações nos atletas. As alterações bucais citadas por Barberini são encontradas em todos os esportes, mas cada esporte pode desenvolver determinados problemas bucais. “Temos que tomar cuidado com as particularidades do atendimento em cada modalidade esportiva, pois cada esporte tem suas características próprias. Um exemplo são os atletas de natação que, além do desvio médio facial, nadam mais de oito horas diárias e possuem manchamento dentário amarronzado, chamados ‘cálculos de nadador’”, exemplifica. A ATM também pode ser resolvida na Odontologia Esportiva. “No caso de patologias da ATM, podemos contar com tecnologia neurofisilógica, que avalia, por meio de aparelhos de alta tecnologia, a melhor posição mandibular, otimizando o rendimento do atleta. Essa tecnologia produz aparelhos e protetores bucais do tipo V (com otimizador esportivo), melhorando a postura e a respiração do atleta”, comenta.
Prevenção em foco As lesões no esporte são comuns e, com isso, a saúde bucal também pode ser afetada. Para prevenir esses tipos de problemas, os atletas são recomendados a utilizar protetores bucais. Segundo a American Dental Association (ADA), 200 mil traumas são evitados graças ao uso de protetores bucais, e atletas de modalidades de contato tem cerca de 60 vezes mais chance de lesões traumáticas dentárias se não estiverem usando protetores bucais adequados. Além disso, dados da associação mostram que o protetor bucal
* Alexandre Fonseca Barberini é Especialista e Mestre pela Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP), professor-chefe do Ambulatório de Odontologia do Esporte do Departamento de Ortopedia (DOT) no Centro de traumatologia do esporte (CETE), disciplina de Medicina Esportiva na Unifesp / EPM. Professor e coordenador do curso de pós-graduação em Odontologia do Esporte eTraumatismo Dentário na Fundação para o Desenvolvimento Científico eTecnológico da Odontologia (Fundecto) da Faculdade de Odontologia da USP. Diretor do Departamento Odontológico da Confederação Brasileira de MMA, cirurgião-dentista do Departamento Médico da Confederação Brasileira de Boxe, cirurgião-dentista oficial da equipe do S.C. Corinthians Paulista - Academia e CT de MMA e cirurgião-dentista do Instituto do Atleta (INA).
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Reportagem adequado pode reduzir entre 30 e 50% das lesões bucais no esporte. “Alguns trabalhos mostram que dentre as lesões orofaciais, os traumatismos dentários são comuns, atingindo cerca de 39% das injúrias no esporte, e que a cabeça é a região mais atingida em um esporte de luta”, nota Barberini. Quem mais apresenta traumatismos dentários no esporte, segundo ele, são crianças e adolescentes. “O atleta infanto-juvenil está em uma fase onde acontece a maioria dos casos de traumatismos dentários, então, há a necessidade do uso de protetores bucais nas modalidades de contato”. Alterações como a Síndrome do Respirador Bucal podem ser detectadas precocemente nessa fase. “Há necessidade de um acompanhamento e tratamento multiprofissional e multidisciplinar. A Síndrome do Respirador Bucal detectada no início, nas categorias de base, por exemplo, pode evitar alterações que podem levar a modificações musculares, posturais, queda de resistência aeróbica e reflexos, ocasionando a queda de rendimento”,diz. Quanto ao mercado para o dentista desportivo, de acordo com ele, existe. “Hoje, a Odontologia do Esporte cresceu muito e há mercado de trabalho para todos”, garante Barberini. “Temos colegas trabalhando em confederações, federações, clubes, academias e eventos esportivos. Profissões, como Cutman (profissional que cuida dos atletas de MMA no octógono) são dentistas, e outros têm empresas que fabricam protetores bucais”, conta o especialista.
Cursos e regulamentações A Abroe regulamenta as diretrizes, as especializações, as subespecialidades e as disciplinas, tais como: Odontologia do Esporte, Clínica Integrada de Odontologia do Esporte, Medicina do Esporte, Psicologia Esportiva, Fisiologia do Exercício, Fisioterapia Esportiva, Nutrição Esportiva, Fonoaudiologia Esportiva, Emergências médicas em Odontologia, Ética e Legislação Odontológica, Bioética, Metodologia do Ensino. “Apesar de não ser reconhecida como espe-
cialidade pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), já existem alguns cursos de especialização em Odontologia do Esporte cadastrados no MEC e em universidades federais”, diz Barberini. Para iniciar nesta especialidade, ele indica: “O dentista que está interessado nessa nova área da Odontologia precisa, inicialmente, participar de cursos que tratam do assunto, pesquisar, filiar-se à Abroe e frequentar grupos nas entidades de classe, como os grupos de estudo, câmaras técnicas e comissões”. A maior parte dos cursos no Brasil são cursos de pós-graduação, workshops, atualização e especialização. “Na parte acadêmica são poucas as universidades que colocam em suas grades a disciplina de Odontologia do Esporte. Até o traumatismo dentário, por exemplo, é ministrado na Endodontia, Cirurgia Bucomaxilofacial e Odontopediatria. Cursos de pós-graduação na USP (Faculdade de Odontologia), Unifesp, Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas (APCD), Universidade Positivo, PUC de Minas Gerais e nos clubes, como o Botafogo F.R., são referências nesta área”, sugere. Para ele, “será uma questão de tempo para que o CFO perceba a importância da Odontologia dentro das entidades esportivas e para a criação de mercados de trabalhos” para os cirurgiõesdentistas que atuam na área esportiva. Enquanto isso, a Abroe é a entidade que Barberini indica para quem busca se especializar e regulamentar na Odontologia do Esporte. “A Abroe, nos moldes da Academy for Sports Dentistry, é uma entidade sem fins lucrativos que congrega dentistas que trocam experiências com médicos, instrutores, treinadores, técnicos de prótese dentária e educadores interessados em Odontologia do Esporte”, explica. As atividades da Abroe incluem a formulação de diretrizes, certificação de produtos, além de divulgar informações sobre lesões traumáticas no esporte e investigar o melhor método de prevenção das lesões dentárias.
Deveres do dentista na Odontologia do Esporte Segundo o professor Alexandre Fonseca Barberini, o dentista do esporte deve: » Realizar avaliações de saúde bucal pré-contratual, pré participação e pós-participação, obedecendo sempre o calendário dos atletas. » Atendimento inicial no local dos eventos, treinos e jogos, principalmente nos casos de acidentes orofaciais. » Administrar corretamente substâncias e medicamentos, descartando os que podem causar doping ao atleta, podendo também utilizar da metodologia para detecção de doping e estresse pela saliva. » Trabalhar em equipe multidisciplinar, promovendo campanhas de prevenção de saúde bucal para os atletas, fornecendo aos treinadores, técnicos e dirigentes informações
sobre: procedimentos de urgência, uso de acessórios de proteção adequados para cada modalidade esportiva. » Saber os protocolos de atendimento médico apropriado antes do tratamento dentário. » Acompanhar treinamentos e jogos. » Respeitar os direitos desportivos do atleta e sua imagem. » Saber como o esporte pode ser uma ferramenta para o marketing estratégico na Odontologia. » Utilizar metodologias, tecnologias, produtos capazes de treinar, ensinar, avaliar, alimentar e recuperar melhor atletas de alto rendimento. » Aplicar a Odontologia Neurofisiológica (Neuromuscular).
“Hoje, a Odontologia do Esporte cresceu muito e há mercado de trabalho para todos”
Alexandre Fonseca Barberini
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Biorreprogramação bucal: muito além da boca A entrevista com o cirurgião-dentista Rogério Pavan, pesquisador na área de Biocibernética Bucal, apresenta a Biorreprogramação Bucal, a técnica que mostra que a importância da boca vai muito além da mastigação e da fala. Por: Vanessa Navarro
Rogério Pavan Cirurgião-dentista. Desde 1990 realiza pesquisas sobre Biocibernética Bucal. Autor do livro “Biocibernética Bucal - em busca da saúde perfeita”.
Odonto Magazine - A Biorreprogramação Bucal é considerada uma das mais avançadas técnicas de terapia holística. Como surgiu esse segmento de tratamento alternativo no Brasil? Rogério Pavan - Como tudo que existe, a Biorreprogramação Bucal é o resultado da continuidade científica. Desde 1902, percebe-se a relação entre o sistema respiratório e as deficiências de crescimento da arcada. Naquela época, Pierre Robin apontava a glossoptose e a retrusão mandibular como causas de dificuldades respiratórias. Balters, em 1955, já apontava que as alterações de crescimento da arcada dentária estavam relacionadas à postura esquelética. Muitos outros autores publicaram artigos relacionando à boca com disfunções físicas, dentre eles um foi de muita importância: Dr. Ernesto Furlan, que tratou de centenas de pacientes voluntários para criar uma metodologia que, mais tarde, pelas minhas mãos, culminaria na criação da Biorreprogramação Bucal, técnica que tem como principal objetivo tratar de disfunções da saúde do corpo por meio da boca, ou, como o próprio nome sugere, reprogramar o corpo através da boca.
Odonto Magazine - Como a técnica pode se tornar favorável para o paciente e também para o dentista durante o atendimento odontológico? Rogério Pavan - Dentre outras coisas, a técnica coloca o dentista de volta ao rol da Medicina, pois o habilita a tratar de disfunções da saúde, como: bronquite, asma, apneia, ronco, sinusites, dores nas costas, lordoses, refluxos, entre outras, por meio da boca. O dentista jamais sairá da sua área de atuação, pois, em muitos casos, as causas para estas disfunções estão na boca. Temos muito orgulho de valorizar nossa profissão e dar aos colegas uma nova e maravilhosa ferramenta. Já os pacientes, passam a ter um universo completamente novo e amplo de opções de tratamento para sua saúde, com grande eficácia e muita segurança, uma vez que, os processos se baseiam em técnicas já conhecidas, como Ortopedia e Ortodontia, ou mesmo na utilização de recursos especiais de compensação, por meio dos sistemas de tratamento como Polis® (placas oclusivas lisas) ou DARAA® (dispositivo antirronco e antiapneia). Além disso, os recursos e
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Entrevista conhecimentos adquiridos na criação destes dispositivos podem orientar os processos de reabilitação protética ou mesmo cirurgias ortognáticas. Nosso objetivo é que, cada dentista do mundo possa usufruir destes conhecimentos e, a partir deles, beneficiar seus próprios pacientes, ajudando a Medicina na sua ampla e magnífica jornada, e tornando a vida das pessoas cada dia melhor, com mais saúde e longevidade. Odonto Magazine - Como os fatores sociais e emocionais podem definir a forma da arcada dentária de cada indivíduo? Rogério Pavan - Tive duas maravilhosas professoras a respeito deste assunto. Quando minhas filhas nasceram, usei todos os métodos disponíveis para estimular o crescimento adequado das arcadas. Com o passar do tempo, percebia que deficiências surgiam e o desenvolvimento estava aquém do esperado. Meus antecessores diziam que alterações de relacionamento com o feminino iriam interferir no posicionamento dos dentes superiores e, quando inferior estariam relacionados ao masculino (informações obtidas na apostila Dr. Ernesto Furlan e no livro “A Cura Pelos Dentes”, de Newton Nogueira de Sá, ambos os trabalhos publicados nos anos 1980). Ao observar como ocorria o crescimento da maxila e da mandíbula das minhas filhas, comecei a refletir de que maneira eu e minha esposa poderíamos interferir. Foi, então, que um daqueles momentos de pura magia aconteceu. Em segundos, tudo começou a vir na minha mente. Comecei a enxergar nosso padrão educacional nos dentinhos das meninas, meus olhos se mexiam de um lado para outro, pensando nas múltiplas possibilidades. Em seguida, pensei no padrão da minha arcada e como tinha sido meu processo de educação. Fui ampliando para pessoas próximas e conhecidas e, tão logo, consegui formar o padrão inicial. Passei a estudar pessoas as quais eu não conhecia a história. Após analisar mais de 300 pessoas, pude concluir que, seguramente, o crescimento da arcada dentária sofria grande influência do processo educacional. Odonto Magazine - Quais são os recursos odontológicos utilizados na prática da Biorreprogramação Bucal? Rogério Pavan – Os primeiros e preferenciais recursos a serem utilizados são os diferentes métodos de correção ortopédica. Gosto muito dos recursos criados por Mauricio Vaz de Lima. Utilizo versões modificadas ou clássicas do Bionator de Balters. Adaptei as pistas de Pedro Planas à técnica de Maurício e gosto muito das máscaras de Petit, pois todas estas técnicas ampliam o volume da arcada. Nesta fase, o tratamento dura de um a quatro anos, e pode ser iniciado a partir dos três anos de idade, ou quando todos os dentinhos decíduos estiverem presentes. Não concordo com extraorais para retenção ou diminuições de maxila ou mandíbula, também não concordo com exodôntias para correção, pois irão diminuir a arcada dentária. Sempre que a arcada cresce, temos benefícios para os sistemas correlacionados (respiratório, digestivo e equilíbrio esquelético), e sempre que a arcada diminui, temos prejuízos. Uma vez que o processo de correção ortopédica for executado, podem-se somar, paralelamente ou posteriormente, as correções ortodônticas, a fim de resultados mais elaborados e esteticamente satisfatórios.
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Na fase adulta, os recursos ortopédicos e ortodônticos ficam limitados, no entanto, devem ser utilizados, para corrigir tanto quanto for possível. O que não for possível corrigir deve ser compensado com recursos, como DARAA® ou Polis®. Em muitos casos, podemos aplicar estes recursos para executar próteses totais, protocolos ou reabilitações fixas ou removíveis. O intuito principal é reestabelecer as funções que foram prejudicadas com o passar dos anos. Hoje, sabemos que mais de 60% da população adulta apresentam algum tipo de deficiência de crescimento dos arcos dentários, que não foi corrigida durante a fase de crescimento e, portanto, apresentam disfunções na saúde corporal, diretamente relacionadas a estas alterações. Sabemos que, na fase adequada (de três a oito anos), tem-se o tempo necessário para executar tratamentos de ortopedia bucal adequada. Os índices de sucesso no tratamento de ronco e apneia infantil estão acima de 90%, quando tratados dentro desta faixa etária. Estudos realizados com dispositivos de compensação, como Polis® e DARAA® mostraram que existe capacidade de ampliar a coluna aérea, em média 35%, e que, mesmo quando o paciente não está utilizando o dispositivo, pode-se verificar um aumento da coluna em cerca de 18%, comprovando que o uso continuado amplia, eficientemente, a capacidade respiratória do indivíduo. Infelizmente, o número de dentistas dedicados a este segmento é muito pequeno. Creio que o número seja inferior à meia centena. Notei que, para os profissionais aplicados a técnica, a relação entre a saúde corporal e a boca parece ser muito simples, no entanto, quando converso com outros dentistas de especialidades diferentes, percebo que, na maioria das vezes, não se dão conta de como a boca pode influenciar estas outras funções do corpo. Tenho me dedicado à construção de um curso que irá habilitar o colega a trabalhar com o sistema POLIS®, para que, gradativamente, possa ampliar sua atuação às demais especialidades. Desejo que os conceitos básicos a respeito da respiração, digestão e postura possam fazer parte da formação de cada dentista do mundo, assim, faremos com que a nossa Odontologia se torne ainda mais valiosa. Estima-se que mais de 15.000 pessoas já tenham sido beneficiadas pelos tratamentos que envolvam os processos da Biorreprogramação Bucal, e a expectativa é que este número venha dobrar em poucos anos, pois, a consciência vem aumentando, e os pacientes que passaram pelo processo fazem muitas indicações. Odonto Magazine - A Biorreprogramação Bucal caracteriza a boca como um importante meio de diagnóstico e tratamento de diversas disfunções e patologias, incluindo problemas de postura. Qual é o embasamento teórico e prático utilizado para tal afirmação? Rogério Pavan - Vivemos em um tempo onde uma agulhinha espetada em alguma parte do corpo trás resultados incríveis para nossa saúde. Seria ingenuidade pensar que os dentes, que são partes integrantes do nosso corpo, não causassem consequências. Nosso corpo é um sofisticado sistema de equilíbrio e balanceio. Se pagarmos uma sacola pesada com a mão esquerda, automaticamente nosso corpo pende para direita. Se resolvermos trocar a sacola de lado, imediatamente, o corpo fará a inversão. Observamos que, grande parte dos indivíduos apresenta algum tipo de assimetria facial, desta maneira, o nosso sistema automático ira balancear, mudando a posição da cabeça que, por sua vez, muda a postura do pescoço e,
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A visão de um especialista não deve nunca sobrepor a do outro e, sim, somar. Muitas vezes, para o sucesso do tratamento, vários profissionais devem ser envolvidos
consequentemente, da cintura escapular (ombros), que interfere na cintura pélvica e, desta maneira, modifica a forma como pisamos no chão. Cada pequena variação, no que diz respeito ao posicionamento dos dentes ou crescimento das arcadas dentárias, será sempre compensada pelo nosso corpo. Não existe a possibilidade de ser diferente. Sempre que houver uma alteração, haverá uma consequência. Odonto Magazine - Como a Biorreprogramação Bucal pode auxiliar no tratamento do ronco da e apneia, problemas que chegam a atingir até 30% da população brasileira? Rogério Pavan - Ao longo de 20 anos tratando de pacientes roncadores e apnéicos, nas mais diferentes idades, percebi que a causa principal deste distúrbio é a falta de crescimento ou desenvolvimento dos arcos dentários. Ainda nos primeiros anos de vida, podem-se notar os primeiros sinais. Na maioria das vezes, o quadro começa com inofensivos resfriados e, às vezes, como gripes que, por sua vez, evoluem para o aumento das tonsilas faringianas e palatinas, o que logo farão a criança roncar. Uma vez identificado quais são as necessidades, um recurso de desenvolvimento ortopédico pode evitar cirurgias e promover resultados definitivos. Quando não se faz possível o tratamento corretivo, o dispositivo DARAA® será indicado. Com um design especial, este recurso favorece a reacomodarão da língua no espaço bucal, desobstruindo a coluna aérea, aumentando o afluxo de ar, diminuindo ou eliminando o ronco e/ ou apneia. Este recurso habilita o dentista a conquistar benefícios extras, pois, suas pistas baseadas no sistema POLIS®, possibilita melhoria nas lombalgias e cervicalgias em pelo menos 60% dos casos, além disso, tem se mostrado eficiente na diminuição da acidez gástrica, por aumento do estímulo das glândulas salivares. Odonto Magazine - A Biorreprogramação Bucal defende que cada dente carrega informações de toda a vida do indivíduo. Como isso é possível? Rogério Pavan - Criei um curso de quatro horas, onde ensino as pessoas a como interpretar o emocional por meio dos dentes. É fascinante observar o alto índice de acerto que obtemos com esta interpretação. Em meu livro, no capítulo “Os Dentes”, explico a que se refere cada dente. Este assunto não é novidade, Aristóteles 300 aC. já tentava decifrar o emocional por meio da aparência. Confesso que, ainda não sabemos como este fato acontece, mas os estudos quantitativos não deixam dúvida. Sempre digo que eu posso errar na interpretação, mas tenho certeza que o “dente” nunca erra. Cada cárie, cada retração gengival são apenas formas de registro. Assim como estas palavras registram o que falo, os dentes gravam as informações da vida de cada indivíduo.
Odonto Magazine - A Biorreprogramação Bucal visa tratar problemas de saúde por meio do redimensionamento bucal. Existem restrições da técnica na Odontologia? Rogério Pavan - Com certeza. Existe uma compatibilidade que é bastante individual. Não devemos calçar um sapato 34 em um pé 43 e vice versa. Alguns acreditam que basta fazer um alargamento da arcada. Não é bem assim! Uma análise complexa, que envolve análise da postura esquelética e teleradiografias frontais e laterais, irá nos guiar no processo de correção da boca. Uma arcada bem desenvolvida comporta, com facilidade, os pré-molares e também os dentes do siso, no entanto, para que isso seja possível, o tratamento deve ser feito durante o processo de crescimento. A partir daí, a correção fica limitada e, portanto, apresenta restrições. Lembrando que, o que não pode ser corrigido, deve ser compensado. Odonto Magazine - Como deve ser trabalhada a questão do limite entre o tratamento holístico e a medicina tradicional? Rogério Pavan - Partindo do princípio que as coisas mudam. Existem muitos processos que eram tidos como corretos no passado, e que, hoje, todos sabem que são grandes absurdos. Noto que as pessoas, hoje em dia, não querem mais tratar de dor com analgésico, elas querem entender a causa da dor e elimina-la. Se as ciências holísticas cresceram grandemente é porque as ciências tradicionais apresentaram falhas e insucessos. A ação multidisciplinar deve sempre existir. Se trato de um paciente com lombalgias e ele deixa de ter dores, não significa que ele deva deixar de ir ao médico ortopedista. A visão de um especialista não deve nunca sobrepor a do outro e, sim, somar. Muitas vezes, para o sucesso do tratamento, vários profissionais devem ser envolvidos. Nunca tentem resolver tudo sozinhos. O bom senso, a análise crítica e imparcial, com certeza, irão contribuir muito. Muitas vezes, ao iniciar minhas palestras, peço às pessoas que se esvaziem, pois em um copo cheio, uma única gota o fará derramar. Somente absorveremos novos conhecimentos se nos dedicarmos a ouvir e pensar. Triste daquele que acha que já sabe tudo, pois nada mais irá aprender. Odonto Magazine - Qual é a posição do Conselho Federal de Odontologia - CFO no que diz respeito à prática Biorreprogramação Bucal nos consultórios odontológicos? Rogério Pavan - O CFO tem posicionamento neutro, suas leis e regimentos nos orientam a uma prática odontológica segura, que tragam resultados práticos, eficientes, que preservem os dentes e a saúde dos indivíduos. Sem dúvidas, a Biorreprogramação Bucal atua dentro das normas odontológicas, pois ajusta seu foco na promoção da saúde. Desejo muito que a técnica consiga, em breve, seu reconhecimento como especialidade, pois, assim, seus conhecimentos chegarão mais longe e poderão ajudar bilhões de pessoas a viverem mais e melhor.
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Danielle Ramos Cirurgiã-Dentista. Especialista em Programas Governamentais - Saúde Bucal da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Especialista em Saúde da Família pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Universidade Cruzeiro do Sul.
A utilização das ferramentas da qualidade nos serviços de saúde odontológicos
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m dos grandes desafios ao se trabalhar em um serviço odontológico, é atender e superar as expectativas do cliente. As constantes inovações tecnológicas e a velocidade com que as informações são propagadas, trazem a preocupação de estarmos sempre atualizados para oferecer um serviço de saúde com segurança e qualidade. Mas, afinal, o que é qualidade? O termo “qualidade” tem várias definições na literatura. Para alguns autores, a qualidade é um valor conhecido por todos, mas a percepção dos indivíduos difere em relação aos mesmos produtos ou serviços, de acordo com suas necessidades, experiências e expectativas. Diante deste cenário, é fundamental que os serviços de saúde odontológicos avaliem, constantemente, suas ações, estabelecendo como meta a busca da qualidade dos serviços prestados. Esse processo implica em um trabalho em equipe, onde todos estejam comprometidos com a filosofia da melhoria contínua. Uma das formas de verificar a qualidade dos serviços de saúde são os programas de acreditação, que buscam um padrão de excelência junto às instituições, por exemplo, a Organização Nacional de Acreditação (ONA). Os serviços de saúde também podem utilizar ferramentas para melhoria dos seus processos. As ferramentas da qualidade são técnicas utilizadas para definir, mensurar, analisar e propor soluções para os problemas que interferem no bom desempenho dos processos de trabalho. Podemos utilizar essas ferramentas como um recurso de melhoria, porém, essa ação isolada não garante a resolução dos problemas. Para isso, é necessário que todos os colaboradores estejam envolvidos e conheçam o produto ou serviço a ser melhorado. As ferramentas da qualidade mais utilizadas são: ciclo PDCA, diagrama de Pareto, diagrama de causa e efeito (também co-
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nhecida como espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa), histograma, folha de verificação, gráficos de dispersão, fluxograma, diagrama de controle, brainstorming, 5W2H, 5S, entre outras. Não há regra que defina qual a melhor ferramenta a ser utilizada, pois cada ferramenta apresenta suas vantagens e funcionalidades. A mais apropriada irá depender do problema identificado. Por exemplo, a Equipe de Saúde Bucal que atua na Estratégia Saúde da Família, frequentemente, enfrenta dificuldades para captar as gestantes para tratamento odontológico. Para auxiliar a equipe neste processo, a ferramenta “Ciclo PDCA” poderá ser utilizada para apoiar a resolução do problema e melhoria do processo de trabalho. O ciclo PDCA é um método gerencial utilizado para controlar o processo, com as fases básicas de planejar, executar, verificar e atuar corretamente. É conhecido também como ciclo de Shewrhart, ou como ciclo de Deming. Cada letra do ciclo corresponde a um termo que se traduz da seguinte forma: P - PLAN (planejar); D - DO (executar); C – CHECK (verificar); A ACTION (atuar corretivamente). Tem como objetivo deixar os processos envolvidos na execução mais claros, tendo como meta a manutenção do processo ou sua melhoria contínua. Além das ferramentas de qualidade que o serviço de saúde odontológico pode utilizar, outra estratégia é o conhecimento da satisfação do cliente. A partir dessas informações, é possível aprimorar o serviço pela perspectiva do cliente e, muitas vezes, dar início a melhoria de algum processo. Assim, no contexto atual, é primordial que os profissionais da Odontologia que atuam em instituições de saúde conheçam os programas e as ferramentas da qualidade, para que possam avaliar e monitorar o seu processo de trabalho, buscando uma prestação de serviço com excelência, segurança e sustentabilidade.
Relacionamento
Pioneirismo e inovação para a Odontologia mundial Tradicional no mercado médico-odontológico, a Gnatus prioriza tecnologia e inovação. Carlos Banhos Diretor da área de Inovação, com equipe multidisciplinar de pesquisa, desenvolvimento, transferência de tecnologia e projetos de equipamentos médico-odontológicos.
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Gnatus é uma empresa genuinamente brasileira, reconhecida mundialmente pela qualidade e inovação de seus produtos. São mais de três décadas dedicadas à pesquisa e ao desenvolvimento de equipamentos que asseguram conforto e segurança aos profissionais e a seus pacientes. Destacada como uma das maiores fabricantes de equipamentos odontológicos do mundo, a Gnatus possui o maior portfólio
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do setor, com características para atender as exigências dos profissionais de diferentes especialidades. Uma linha completa de produtos que prezam pela qualidade, tecnologia e confiança de nossos clientes. Com uma grande rede de comercialização e distribuição do Brasil, a Gnatus também está presente em mais de 142 países e é responsável por um terço das exportações do setor.
Relacionamento Isto mostra que os padrões de exigência, fabricação e confiabilidade dos produtos rompem as fronteiras e oferecem aos consumidores o mais alto padrão de excelência. Todos os equipamentos Gnatus são rigorosamente testados, somente saem da fábrica os que estiverem 100% aprovados, de acordo com padrões internacionais de qualidade e segurança. Para isto, os equipamentos são submetidos a testes que simulam condições extremas, muitas vezes superiores às condições normais de utilização, garantindo certificações que atendem as normas e legislações mundiais. As modernas práticas de fabricação, utilizadas pela Gnatus, são aliadas à preocupação contínua com a sustentabilidade e o meio ambiente. No que diz respeito à sustentabilidade, várias atividades são desenvolvidas pela Gnatus. A empresa conta com uma estação de tratamento de esgoto, dentro da fábrica, pela qual toda água consumida é tratada e reutilizada internamente. Além disso, vale destacar o Projeto de Nanotecnologia, um processo inovador de pré-tratamento de superfícies metálicas que se baseia no uso de componentes ecologicamente corretos e mais eficientes. Como resultado deste projeto, não há mais descarte de efluentes líquidos e foi reduzido em 98% o descarte de efluentes sólidos, 80% do consumo de água e 66% de gás GLP. A Gnatus recicla resíduos gerados na fabricação dos equipamentos e um deles é o resíduo de poliestireno, que é retornado ao fornecedor para que seja reprocessado e transformado, novamente, em matéria prima. Ainda, os resíduos gerados nos processos de usinagem também não são descartados. Toda sobra de matéria prima proveniente dos tornos, furadeiras e fresadoras é destinada às usinas de beneficiamento que transformam este material, novamente, em barras de aço, cobre, latão ou alumínio. A base dos produtos Gnatus é a pesquisa. São mais de 60 profissionais dedicados, integralmente, à busca de novas tecnologias e geração de patentes. Para isto, a empresa não mede
esforços e investimentos para gerar parcerias com institutos de pesquisas e faculdades, com o objetivo de, constantemente, desenvolver e inserir no mercado inovações que facilitem a prática clínica. Dessa forma, nos últimos anos, a Gnatus realizou o lançamento de equipamentos de ponta, por exemplo, o patenteado refletor LED acionado por sensor, o diferenciado Raios-X Sommo, a caneta de alta rotação Cobra LED e os consultórios G8 e G4.
Tecnologia e Inovação O Gnatus G8, lançado em 2012, é um consultório revolucionário, dedicado a todos os profissionais da Odontologia que buscam excelência. Os conceitos de ergonomia, biossegurança e conforto foram privilegiados em cada item deste consultório, que conta, ainda, com sistema de massagem embutido no estofado, motor elétrico extremamente silencioso com controle de torque e rotação, peças de mão com iluminação e sistema
Gnatus G8: A excelência de um consultório de classe mundial.
Refletor LED com acionamento através de sensor de proximidade e ajuste da intensidade de luz sem contato.
de aquecimento de água da seringa tríplice. Um consultório de nível mundial, mas com tecnologia nacional. Inclusive, em 2012, o G8 foi vencedor do 1º Prêmio Odonto Magazine, na categoria Melhor Consultório Odontológico. Já o consultório Gnatus G4, é um equipamento versátil, oferece uma ampla lista de opcionais, que faz deste equipamento uma das melhores opções do mercado. Destaque para o refletor LED utilizado nos consultórios G8 e G4, proporciona o me-
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Relacionamento
O consultório Gnatus G4 oferece o máximo em conforto e versatilidade.
lhor e mais amplo campo de visualização através de luz branca e fria. Além de possuir puxadores removíveis e autoclaváveis, seu sensor de presença faz com que o profissional não necessite tocar no refletor para acionar a luz ou mudar sua função. Os clientes Gnatus podem contar com um pós-venda ágil e eficiente. São mais de 180 pontos de assistência técnica espalhados por todo o território nacional e em cada país onde a Gnatus está presente. Mais que equipamentos, os produtos Gnatus carregam beleza, tecnologia, funcionalidade, resistência, segurança e confiabilidade.
Parceria Gnatus & Bien-Air Recentemente, a Gnatus inovou mais uma vez e firmou uma parceria inédita com a empresa suíça Bien-Air, uma marca de vanguarda em tecnologia no mundo. Essa união consolida uma nova era no mercado odontológico e será um marco na carreira dos profissionais mais exigentes. Como fruto desta parceria, foram lançados os motores de implante Chiropro L e iChiropro. Este último, diferente de tudo já visto no mercado, traz como diferencial a facilidade de utilização, através de interface do iPad. Dentre os benefícios oferecidos por este equipamento, alguns merecem destaque, como o fato de permitir a gestão de múltiplos usuários, sendo que cada um destes pode deixar programado o sistema de implante que utiliza, com configurações pré-programadas para o implante que será instalado. Além disso, todos os dados da cirurgia, como o torque alcançado, velocidade utilizada, relação de transmissão, nível de irrigação, implante instalado e dados do paciente, podem ser armazenados e impressos por meio de relatórios. O micromotor funciona
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O motor de implante iChiropro atua integrado ao iPad e possui interfaces intuitivas e operações pré-programadas.
por indução magnética e possui lubrificação vitalícia. O contra-ângulo com dupla iluminação oferece a melhor condição de trabalho para a rotina do profissional. Os motores de implante frutos da parceria Gnatus & Bien-Air são o que há de melhor no mercado, aliando tecnologia, funcionalidade e eficiência.
Ponto de Vista
Cirurgia Ortognática não é mais um mito
H
Andrea Beder
Milton Raposo Jr.
Cirurgiã-dentista. Especialista em Cirurgia Traumatologia Bucomaxilofacial.
Mestrando em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial na São Leopoldo Mandic. Especialista em Estética Dental, Reabilitação Oral e Implantodontia.
oje, podemos dizer que a cirurgia ortopédica funcional deixou de ser algo que trouxesse a alguns pacientes e para alguns profissionais uma solução bastante aceita e com resultados favoráveis e funcionais para ambos. Há algum tempo, acerca de quase duas décadas, as deformidades maxilofaciais eram vistas apenas para aqueles pacientes com defeitos esqueléticos que causavam constrangimentos, tanto para o portador como para a própria família. Vamos tentar enfocar, de uma maneira sucinta e de fácil compreensão, os aspectos mais importantes que levam o paciente a procurar profissionais especialistas nesta área. Até mesmo, tentar transmitir a alguns colegas de profissão, a necessidade de uma cirurgia ortognática, além de desmistificar o aspecto de um procedimento extremamente invasivo e severo. Assim como noções básicas e fundamentais para o paciente que necessita de uma cirurgia corretiva funcional, pois um dos maiores motivos que atormentavam o profissional da Odontologia, na qual não era especialista em bucomaxilofacial, até bem pouco tempo, era quando indicar, como diagnosticar, assim como preparar e planejar o tratamento destes pacientes, além do receio de como lidar com o psicológico de um paciente que precisa tomar conhecimento de sua necessidade patológica. Vale ressaltar que, se olharmos na literatura mais
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antiga, podemos nos deparar com falhas que poderiam ter sido evitadas, se existisse o trabalho multiprofissional. A maioria das cirurgias era feita baseada apenas no defeito esquelético maxila e mandíbula. Os ortodontistas se deparavam com casos que não conseguiam solucionar, devido a grande desproporção de bases ósseas. Os cirurgiões operavam os pacientes, mas corriam sérios riscos de recidiva, devido à precariedade de oclusão dentária obtida, e/ou até mesmo a busca de auxílio em outro profissional, como protesistas, que elaboravam planejamentos e que se limitavam aos dentes e a estética, o que poderia causar casos até mais severos após alguns anos, como dores nos músculos faciais, principalmente os que estão envolvidos no sistema estomatognático insuportáveis; cefaleias incuráveis e, até mesmo, o desgaste da articulação temporomandibular. Quando se deu início ao trabalho em conjunto com outros especialistas, como ortodontistas, protesistas, especialistas em oclusão dentária e distúrbio de articulação temporomandibular e reabilitadores intraorais, a mentalidade de abordagem destes pacientes foi modificando, de maneira que, o preparo intraoral tinha tudo a ver com o resultado esquelético funcional da cirurgia ortognática, tornando-a, assim, algo mais positivo e adequado.
Ponto de Vista
Para o benefício do paciente e para o sucesso dos profissionais envolvidos, há uma necessidade da atuação em conjunta entre os profissionais envolvidos e o paciente, possibilitando esclarecer as dúvidas do paciente, trabalhando com suas expectativas, além de deixar claro que o resultado e o sucesso do procedimento dependem também do respeito ao tratamento proposto, que se faz multidisciplinar, e o bom relacionamento entre profissional e paciente. Com o avanço das técnicas cirúrgicas e o advento do material utilizado ser cada vez mais adaptável às técnicas, hoje, quase todos os procedimentos cirúrgicos são realizados por meio intraoral. Tudo isso resultou em melhora significativa na qualidade e aceitação do paciente a cirurgia ortognática. O avanço das técnicas de cirurgias ortognáticas não se deu por si só. A especialidade Ortodontia também teve seu avanço tecnológico acelerado e, em conjunto com a Bucomaxilo, podem-se trocar diversas experiências e associar o crescimento maxilomandibular à arcada dentária, respeitando as suas fases de crescimento. Materiais mais modernos e mais confortáveis favoreceram o tratamento ortodôntico, além de fornecer movimentos dentários ortodônticos que, com as ligas mais antigas não se conseguia com tanto êxito e segurança, isso desde que se respeite o tempo e o limite de força empregada para cada movimento.
O tratamento preventivo oferece melhores resultados, pois trabalha com o crescimento e desenvolvimento craniofacial, resultado possível quando lidamos com crianças em fase de crescimento. Porém, há uma responsabilidade do profissional em observar se os aparelhos ortopédicos funcionais estão se harmonizando com o crescimento facial, ajustando-se com a base óssea do paciente. Para que o mesmo não venha a ser um paciente que necessite de correção ortognática cirúrgica quando mais velho, já é necessário iniciar o planejamento ortodôntico para que, futuramente, aconteçam apenas algumas correções cirúrgicas ortognáticas. Já o adulto jovem, como na fase da puberdade ou nas primeiras menarcas, o problema de maloclusão deve ser avaliado por uma equipe multidisciplinar, como o ortodontista, o especialista em DTM, o Bucomaxilo e o Fonoaudiólogo. Nestes casos, hoje, considera-se a extração dos pré-molares uma mutilação, causando danos futuros à harmonia das arcadas e da face (relação maxila e mandíbula), além de danos a articulação temporomandibular, quando o indivíduo chegar à fase adulta. Pacientes adultos são os que mais passam por este tipo de procedimento, uns porque não tiveram a prevenção quando pequenos, outros por não atingirem a maturidade óssea e a oclusão dentária, nem a harmonia entre as arcadas, além dos fatores hereditários.
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Coluna - Gestão e Marketing
Uma conversa sobre valor Plínio Augusto Rehse Tomaz Cirurgião-Dentista. Master em Empreendedorismo e Inovação (B.I International). Pós-graduação em Marketing (ESPM), com especialização em Saúde Pública (Unaerp) e Administração Hospitalar (IPH). Conferencista internacional. Articulista de jornais e revistas voltados aos profissionais de saúde. Professor de diversas instituições de ensino. Diretor da Tomaz Gestão e Marketing. plinio@tomazmkt.com.br
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ste é um dos assuntos que mais tem chamado minha atenção nos últimos tempos. Decidi escrever mais uma vez sobre ele, só que, agora, sobre outro ponto de vista. Nossos critérios de escolha se dão por valor e isso precisa estar bem sedimentado em sua mente ao analisar tantos outros fatos e fenômenos que vivenciam em sua atividade profissional. Valor é algo presente na gestão de pessoas, ou seja, motivação e liderança, mas também na sua capacidade de vender seus serviços e gerar uma imagem forte e positiva acerca de você mesmo. Nós avaliamos e valorizamos (ambas as palavras derivam de valor) as coisas o tempo todo. Baseados nisso, tomamos decisões, fazemos nossas interpretações e criamos preferências e conceitos. Por consequência, a forma como vemos e percebemos as coisas determina nosso futuro, sucesso ou insucesso.
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Às vezes erramos e tomamos decisões equivocadas, inclusive em relacionamentos pessoais, simplesmente porque julgamos errado o que a outra pessoa está entendendo como valor ou como ela está percebendo aquilo que nós estamos fazemos ou dizendo (ou não). Sob o ponto de vista mais profissional, a pergunta é: O que nossos clientes valorizam, ou seja, em que eles percebem mais valor? São as percepções dos clientes sobre valor que regem as vendas, sucesso ou fracasso do que estamos propondo. Para alguns clientes, o fato de seu consultório ser bem perto do escritório onde ele trabalha é percebido como valor, enquanto para outros, o mais importante é o fato de o profissional ter se formado na mesma cidade onde ele nasceu, ou ainda o profissional saber falar japonês. Identificar o que seu cliente percebe como valor é complexo, porém, essencial para saber
Coluna - Gestão onde investir. Ampliar o efeito para estas coisas que o cliente valoriza e colocar uma lente de aumento sobre elas, fortalecendo a percepção positiva destes pontos tem nome. Isso se chama agregar valor. Nosso julgamento de valor na clínica vem de: » » » » »
Como vemos a empresa/marca (clínica). Como vemos nossos próprios serviços. Como vemos a nós mesmos. Como vemos o cliente. Como vemos o processo de compra e venda, ou seja, o momento da apresentação do plano de tratamento e a negociação.
Esse conjunto de valores se reflete em nossas habilidades de venda, atitudes, crenças, ética, etc. A forma como agimos e a intensidade com que fazemos as coisas dependem dessas nuances de percepções, ou seja, do quanto valorizamos as coisas, as pessoas e os fatos que nos cercam. Cada cliente nos avalia conforme o conjunto de valores que carrega, de sorte que o que é bom ou ruim será sempre relativo. Quanto maior for sua (profissional) capacidade de perceber e decifrar o conjunto de valores do cliente, maiores serão as chances de sucesso e fidelização. Ressaltoaqui um ponto importante: boa parte do julgamento que os clientes fazem sobre você é feita durante a primeira vez
que ele o encontra e que interage com sua equipe. O processo continua na proporção que você vai se relacionando com ele e apresentando possibilidades de tratamentos, propostas, discute técnicas, etc. O relacionamento vai, portanto, dando direção às percepções iniciais. Por consequência, a forma como você se apresenta na internet interfere nestas percepções. Todo seu material de comunicação impresso também. Esse é um grande motivo para , jamais, exagerar ou mentir em autoinformes. Percepção de valor influencia a aceitação e a percepção do preço. Além disso, sua reputação também estará em jogo, e isso é ainda mais valioso, certo? Assim, deixo mais uma dica: pesquise seu nome no Google para tentar descobrir como você e sua clínica aparecem. Que imagem está passando? O que os clientes veem ao pesquisar o seu nome? Qual é a primeira imagem que você está passando? Essa imagem está em consonância com o que gostaria? Acredite, os clientes fazem esta pesquisa e criam personagens a seu respeito por conta disso. Mantenha, então, uma imagem profissional positiva em meios eletrônicos (redes sociais), cuidando para ser avaliado como alguém de sucesso e com atitudes dignas de serem julgadas como “valor” por seus clientes potenciais e atuais. Valorize-se!
Coluna - Estética
Restaurações cerâmicas com mínimo preparo dental: lentes de contato Victor Clavijo Especialista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora.
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Coluna - Estética
A
literatura científica já é unânime em afirmar que as facetas cerâmicas, quando confeccionadas em sua correta indicação e com um preciso protocolo clínico, possuem grande longevidade, devido às características dos materiais, como estabilidade físico-química; excelente compatibilidade biológica; coeficiente de expansão térmica semelhante ao das estruturas dentárias; suficiente resistência à compressão e à abrasão; excelente reprodução das propriedades ópticas da estrutura dental; radiopacidade; adesão ao agente cimentante e aos substratos dentários; estabilidade de cor; e longevidade clínica com trabalhos de até 20 anos de acompanhamento1,2. Autores concluem que um dos fatores primordiais para esta longevidade é a manutenção do esmalte dental durante a preparação, ou seja, quanto mais esmalte remanescente mais favorável será a cimentação e maior será a longevidade da restauração1,2. Com a evolução dos materiais cerâmicos, técnicas laboratoriais e a excelente adesão das cerâmicas à estrutura de esmalte, técnicas de preservação durante o planejamento de preparação dental vêm sendo cada vez mais procuradas. Uma tendência que voltou ao mercado foi o conceito de restaurações sem preparo dental, um conceito que já foi proposto há 25 anos, por John R. Calamia, porém, o não domínio dos materiais laboratoriais associado à adesão das restaurações à estrutura dental ocasionaram muitos insucessos, desde fraturas até grande inflamação gengival, devido ao sobrecontorno. Todavia, foi constatado que, para a remoção das mesmas restaurações havia certa dificuldade e, desta forma, concluíram que o esmalte é fundamental para adesão das cerâmicas3, contudo, pequenos preparos no terço cervical deveriam ser realizados para um adequado perfil de emergência. Desta forma, as restaurações minimamente invasivas começaram a evoluir, chegando, nos dias de hoje, a revelarem-se uma excelente escolha, quando utilizadas com correta indicação. Sob tal aspecto, o objetivo deste texto é apresentar uma sequência em tópicos de perguntas e repostas para restaurações com mínimo preparo dental.
material restaurador, sendo necessário o desgaste de estrutura dental, o que descaracteriza as lentes de contato e caracteriza restaurações mais espessas, como as facetas ou laminados cerâmicos. Em casos que se deseja alterar a cor em mais de dois tons acima da escala, também, são contraindicadas.
» O que são restaurações cerâmicas com mínimo preparo: lentes de contato? As lentes de contato dentais são facetas ou lâminas muito delgadas de cerâmica acrescentadas ao dente quando se tem como intuito modificar ou devolver sua forma original, podendo ser confeccionadas sem nenhum desgaste ou com mínimo desgaste ao esmalte. A maior diferença entre lentes e fragmentos são que para estes, como o próprio nome revela, são frações ou pedaços de cerâmica que envolvem parte do dente e deixam a linha de cimentação na vestibular; por sua vez, as lentes cobrem a face vestibular total do dente.
Fatores para decisão do preparo ou não preparo
» Quando posso indicar as restaurações cerâmicas com mínimo preparo dental? São indicadas em situações em que a estrutura/posição dental permita acréscimo de material, como aumento da borda incisal, aumento de volume vestibular, fechamento de diastemas, abfrações e retrações gengivais até restaurações oclusais para aumento de dimensão vertical, desde que não modifiquem ou criem um sobrecontorno. » Quais são as contraindicações? As lentes de contato são contraindicadas quando não há possibilidade de atingir a forma desejada apenas acrescentando
» Como planejar restaurações cerâmicas com mínimo ou sem preparo dental? Quando se pensa em restaurações minimamente invasivas, logo vem a ideia de realizar a moldagem e cimentação. Teoricamente, seriam passos simples, porém, comumente, esquecemo-nos que o resultado final pode vir agregado a problemas, como cor e forma inadequadas, falta de ponto de contato e sobrecontorno excessivo, além de fraturas tardias. Muitas vezes, esses problemas são decorrentes da falta de um correto planejamento inicial, o qual é primordial, pois sua indicação é restrita, e, portanto, a análise de fotografias, modelos e mock-up torna-se essencial, sendo que qualquer erro decorrente somente será corrigido com a remoção das restaurações com pontas diamantadas e, consequentemente, agredirá a estrutura do esmalte, onde o trabalho minimamente invasivo já se tornará totalmente invasivo. Nesta etapa, lembre-se da frase: “Não planejamos fracassar, mas fracassamos por não planejar” (DreiaOliver). » Quando preparar e quando não preparar? A consolidação da adesão e, principalmente, as grandes vantagens de realizá-la no esmalte dental aumentaram as indicações das restaurações cerâmicas sem preparo ou com mínimo preparo. A questão do preparo ou não será decorrente da interpretação do T.P.D e C.D., se há possibilidade de eixo de inserção da restauração cerâmica tipo lentes de contato. Caso haja retenção, a remoção da mesma será necessária. Outra característica seria a necessidade de mudança de cor, que se for necessária, ter-se-á de preparar a estrutura dental para aumentar a espessura da restauração cerâmica, a fim de realizar o mascaramento.
Enceramento diagnóstico Com o modelo adequado em mãos, o técnico deve encerar o caso somente por adição de preferência com cor diferente do modelo de gesso, assim, tendo a exata visão de onde se deve acrescentar material restaurador, desta forma, já será possível a visualização quanto à possibilidade do caso ser executado por meio de fragmentos, lentes ou facetas sem preparo dental. Nesta hora, também ocorre a decisão pela utilização de fragmentos ou lentes de contato, lembrando que, em fragmentos, sempre terá uma linha de união visível na superfície vestibular, tendo, assim, uma vida estética menor que o recobrimento total com as lentes de contato. Agora, antes da decisão, é preciso fazer o seguinte questionamento: Será melhor não desgastar a estrutura dental e ter uma restauração sem preparo, porém com uma vida estética menor ou realizar um mínimo desgaste, dessa maneira, possibilitando a execução de uma lente de contato recobrindo toda superfície vestibular e proporcionando uma vida estética mais longa?
Eixo de inserção Após o enceramento, o técnico deve averiguar se há eixo de inserção para remoção e inserção dos fragmentos ou lentes no modelo
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Coluna - Estética de gesso. Caso haja alguma interferência, o técnico deve orientar o desgaste de alguma convexidade, aresta ou ângulo de retenção.
equivocada pode ser desastrosa. Portanto, deve-se dar preferência às cores translúcidas de cimento.
Cor desejada
Tratamento da peça
Um dos fatores principais para indicação das restaurações sem preparo será quando a cor remanescente for favorável, ou seja, clara ou no máximo um tom abaixo da cor desejada, assim, podese realizar a restauração tipo lentes de contato. Porém, se houver a necessidade de mudança de cor, deve-se optar pelo aumento da espessura da restauração cerâmica tipo de lentes de contato para confeccionar o mascaramento da estrutura dental escurecida.
Mock-up aditivo é uma etapa cuidadosa a ser realizada quando devemos trabalhar com resinas bisacrílicas, por sua facilidade de manuseio e excelente acabamento. Nesta etapa, podemos ter a visualização real quanto à forma final, bem como passar informações adicionais ao técnico relativamente a mudança de forma, mas, para isso, o mock-up em boca precisa ser fiel ao modelo encerado. Nesta etapa, o comparativo entre a foto inicial e a final se torna essencial para demonstração do paciente.
O condicionamento das lentes de contato deve ser realizado com cautela, devido à fragilidade das mesmas. Lembrarse de fazer o condicionamento somente após ter realizado a prova da peça. A sequência já é bem descrita na literatura, sempre atentando aos protocolos específicos para cada material cerâmico. Inicia-se uma aplicação de ácido fluorídrico a 10% por 90s. Após o tempo determinado, remove-se o ácido fluorídrico com água corrente. Após lavagem e secagem, deparase com uma superfície branca e opaca, que são debris do condicionamento, os mesmos devem ser removidos com uma imersão em cuba ultrassônica por 5min, ou aplicação ativa de ácido fosfórico a 37%, por meio de um microbrush e, novamente, lavagem com água corrente. Uma fina camada de silano é aplicada durante 60s, seguida de secagem e aplicação do sistema adesivo através de uma fina camada e secagem; não fotopolimerizar esse adesivo.
Escolha de cor
Cimentação
A seleção de cor deve ser realizada com os dentes hidratados. Por isso, sugerimos que seja feita logo no início da sessão, antes do paciente permanecer com a boca aberta, desse modo, correndo o risco de desidratar os dentes.
O cimento resinoso de eleição para as lentes de contato deve ser com polimerização exclusivamente por luz, devido às suas características de maior estabilidade de cor e tempo de trabalho. Indica-se a cimentação das restaurações tipo lentes de contato simultaneamente, e não individualmente, porque as mesmas não possuem uma estabilidade adequada, por não possuírem retenção. Dessa maneira, qualquer micromovimento pode interferir no assentamento e cimentação de todas outras restaurações. Essa etapa deve ser minuciosa, com a luz do refletor desligada e com cimentos somente fotopolimerizáveis, como citado anteriormente. Na estrutura dentária, após a profilaxia com pedra-pomes, o condicionamento deve ser realizado com ácido fosfórico a 37%, por 30s, seguido de lavagem com jato de água e ar. O sistema adesivo será aplicado ao dente e à restauração com auxílio de microbrush, após aplicação ativa por 20s, os excessos serão removidos com uma cânula de aspiração e o jato de ar será aplicado para evaporação do solvente, nesta etapa, não se deve fotopolimerizar o adesivo. O cimento resinoso Variolink II (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) na cor transparente deve ser utilizado como agente cimentante. Os excessos de cimento serão removidos antes da fotopolimerização com pincéis, fio dental e sonda exploradora, seguido de fotopolimerização por 40s, nas superfícies vestibular e palatina de cada peça.
Mock-up
Moldagem Para confecção de restaurações cerâmicas tipo lentes de contato ou qualquer outro trabalho protético sobre dentes naturais, sempre, optar por silicone de adição. As vantagens frente aos outros materiais são bem esclarecidas na literatura, ainda, chamamos a atenção para optarem por realizar o molde do antagonista em silicone de adição, pois, assim, o ajuste de oclusão nos modelos de gesso é mais acurado, principalmente, por tratar-se de peças muito delicadas. Sugerimos a moldagem em dois passos, para ter uma cópia precisa de toda a estrutura dentária e das gengivas. Contudo, o cuidado fundamental é quanto ao manejo das margens gengivais para moldagem - usar ou não fio afastador gengival? Quando se insere o fio, sempre ocorre uma retração da margem gengival, o que é adequado quando há término cervical, porém, as lentes de contato dental são facetas que se caracterizam por serem confeccionas diretamente sobre o dente, sem a realização do preparo, assim, o afastamento gengival altera a referência dos tecidos gengivais, podendo resultar em peças com sobrecontorno cervical, consequentemente, resultando em aspecto artificial e podendo alterar o perfil de emergência natural do dente ou mesmo causar retração gengival. Para que isso não ocorra, o ideal é sempre realizar moldagem para lentes sem fio retrator, mantendo margem gengival na posição natural. Porém, usa-se fio retrator somente quando se pretende fechar diastemas e seja necessário criar novo perfil de emergência com início intrassulcular.
Prova da cerâmica Existem cimentos resinosos com opções de cores e com pastas para prova de cor. O uso dessas pastas de prova ou try-in pode ser feito para corrigir pequenas variações de cor, porém, esta etapa deve ser visualizada com muita atenção, pois as lentes de contato são extremamente finas; e a cor utilizada de forma
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Referências 1. Layton D, Walton T. An up to 16-year prospective study of 304 porcelain veneers. Int J Prosthodont. 2007 Jul-Aug;20(4):389-96. 2. Friedman MJ. A 15-year review of porcelain veneer failure--a clinician’s observations. Compend Contin Educ Dent. 1998 Jun;19(6):625-8, 630, 632 passim; quiz 638. 3. Calamia JR. Etched porcelain veneers: the current state of the art. Quintessence Int. 1985 Jan;16(1):5-12.
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Caso Clínico
Tratamento endodôntico utilizando o MTA Fillapex® como cimento obturador
Carlos Alberto Spironelli Ramos Especialista, Mestre e Doutor em Endodontia. Professor Associado - Setor de Endodontia, Universidade Estadual de Londrina.
Victor Hugo Dechandt Brochado
Especialista, Mestre em Endodontia. Professor Adjunto - Setor de Endodontia, Universidade Estadual de Londrina.
Roberto Prescinotti
Especialista, Mestre em Endodontia. Professor Adjunto - Setor de Endodontia, Universidade Estadual de Londrina.
Bruno Shindi Hirata
Especialista e Mestrando em Endodontia, Universidade Estadual de Londrina.
O
advento de novos materiais e técnicas destinadas à especialidade endodôntica, nos últimos anos, oferece novas perspectivas e previsibilidade à terapêutica proposta. Entre estas inovações, encontram-se instrumentos confeccionados a partir de ligas especiais, como o níquel-titânio, motores que realizam movimentos automatizados de oscilação, rotação e combinação entre os movimentos, ultrassom, magnificação, entre outras. Porém, é de unânime opinião entre pesquisadores, que a utilização do MTA nos procedimentos reparadores em Odontologia, sobretudo em Endodontia, iniciou um processo determinante no que diz respeito à sua especial atuação frente à reparação biológica, quer seja em dentina, tecido pulpar ou ligamento periodontal. Nesta acepção, surge o cimento endodôntico obturador MTA Fillapex®(Angelus), com a proposta de aliar a capacidade seladora dos cimentos estruturados a partir de resinas, e o efeito indutor de reparação biológica do agregado trióxido mineral como base do novo produto.
Caso clínico Paciente do gênero masculino, 46 anos, portador de doença valvular cardíaca, apresentou-se no serviço de atendimento da Clínica Odontológica Universitária da Universidade Estadual de Londrina com a queixa de dor referida à região posterior inferior direita. Ao tempo do exame clínico, anamnese e exame radiográfico, foi administrada uma dose de um grama de amoxicilina ao paciente, via oral, no sentido de prevenção à possí-
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vel bacteremia resultante de intervenção, conforme norma da Associação Brasileira de Cardiologia. Ao exame clínico, radiográfico (figura 1) e de sensibilidade pulpar, resultou-se no diagnóstico de abscesso dentoalveolar agudo, em fase inicial ou apical, do dente 46, o mesmo apresentando restauração metálica fundida, envolvendo dois terços da coroa. Após anestesia por bloqueio regional mandibular, complementada por infiltrativa e intraligamentar, utilizando o anestésico Mepivacaína 2% com adrenalina 1:100.000 (Scandicaine, Septodont), procedeu-se a abertura coronária com broca carbide cirúrgica esférica de 28mm N2 FG (Maillefer) e Endo-Z (Maillefer). O preparo da embocadura dos canais foi executado a partir de brocas Largo números 1, 2 e 3 (Maillefer), complementado por CP Drill (Helse) nos terços cervical e médio dos canais. Em seguida, foi realizada a odontometria eletrônica, com instrumentos Tilos (Ultradent) manuais número 20 (amarelo) para o canal distal e número 15 (branco) para os mesiais. Copiosa irrigação durante todo o processo foi realizada com solução de hipoclorito de sódio a 2,5% (Odontofarma). O equipamento utilizado na realização da odontometria foi o Romiapex A-15 (Romibrás). Para instrumentação do sistema de canais radiculares, optou-se pelo sistema Reciproc (VDW), consistindo no motor VDW Silver Reciprocem movimento combinado, e instrumentos Reciproc vermelho (25 0.8) nos canais mesiais, e preto (40 0.6) no distal. Estes instrumentos são de uso único para o caso, tendo sido descartados ao fim do tratamento. Ao final da instrumen-
Caso Clínico tação, foi executada a irrigação final com o auxílio de energização ultrassônica (ENAC) com ciclagem de irrigantes, a saber, três ciclos de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% por 30 segundos, alternando com três ciclos de solução de EDTA a 19% (Ultradent) por 30 segundos. A secagem dos canais foi realizada com ponta de aspiração CapillaryTip verde (Ultradent) e cones de papel calibrados Reciproc (VDW). Os cones de guta percha escolhidos foram os equivalentes aos instrumentos utilizados, ou seja, cone 25 0.8 Reciproc nos mesiais, e 40 0.6 Reciproc no distal. A obturação foi realizada pela técnica da condensação lateral passiva, utilizando-se cones acessórios TP FM (Dentsply) e o cimento obturador MTA Fillapex® (Angelus). Para o corte do feixe obturador, optou-se pelo equipamento térmico Guta Cut (NRG Medical), e, após limpeza da câmara pulpar com álcool etílico a 92%, restauração temporária com uma camada de Cimpat (Septodont), seguida de resina fotoativada de baixa carga Permalow (Ultradent). A coroa metálica foi mantida, provisoriamente, para agregar resistência ao remanescente coronário. Optou-se por não seguir com a medicação sistêmica antibiótica, prescrevendo-se apenas três comprimidos de analgésico Paracetamol 750mg (Tylenol), em intervalos de quatro horas.
O paciente foi contatado oito e 24 após atendimento, referindo dor estimulada fraca no primeiro contato e ausente no segundo. Interessante notar a boa fluidez do cimento obturador MTA Fillapex®, ocupando espaços do sistema de canais radiculares que não sofreram ação direta da instrumentação mecânica. A formação de “surplus” ou botões apicais com o cimento escolhido denota a limpeza foraminal ocorrida na execução da técnica de instrumentação proposta, onde o limite de limpeza (nivelado na saída foraminal) e o comprimento de modelagem são coincidentes, fato permitido pelo desenho de alta conicidade nos últimos três milímetros dos instrumentos elegidos. Igualmente, chama atenção a reabsorção do excedente de cimento MTA Fillapex® (figura 3) em um período de tempo relativamente curto (três meses), fato que mostra o interessante comportamento biológico deste material, ainda que contenha uma carga de MTA considerável, cerca de 60% do volume total. Uma das explicações a este fato pode estar na composição diferenciada do MTA, desta feita realizada apenas com finalidade de uso a que se propôs, ou seja, como cimento obturador endodôntico, e sua estrutura nanoparticulada, resultando em maior solubilidade no tecido apical.
Figura 1
Imagem radiográfica do elemento 46, com pequena área radiolúcida difusa na região apical da raiz mesial.
Figura 2
Imagem radiográfica do pós-operatório imediatamente após a obturação.
Figura 3
Imagem radiográfica 90 dias após o tratamento endodôntico. Notar reabsorção do cimento obturador e ausência de imagem radiolúcida apical.
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Caso Clínico
Clareamento dental para dentes não vitais e vitais, seguido de procedimentos restauradores diretos Jorge Eustáquio Mestrando em Dentística pelo CPO São Leopoldo Mandic – Campinas – SP. Professor dos Cursos de Especialização em Dentística – ABO-AL e Aperfeiçoamento em Dentística – NEO Odontologia – Maceió – AL. Coordenador do Curso de Imersão em Laminados Cerâmicos – ABO – AL.
A
alteração de cor da estrutura dental pode ser causada por uma série de fatores, dentre eles se destaca o trauma e os materiais utilizados no tratamento endodôntico. Um trauma, mesmo que não promova uma fratura coronária, pode afetar a polpa dental, ocasionando, por exemplo, hemorragia interna e necrose pulpar, e indicando um tratamento endodôntico imediato ao trauma. Materiais endodônticos podem resultar em descolorações e pigmentações1,2. Uma das formas de interromper ou reverter o processo de escurecimento é o clareamento dental, realizado também em dente desvitalizado. A técnica consiste no selamento de 2 mm iniciais da porção cervical da raiz obturada com ionômero de vidro modificado por resina e utilização de produto clareador no interior da câmara pulpar, podendo ser realizada por meio de duas técnicas: mediata com curativo de demora de perborato de sódio ou peróxido de carbamida 37%; ou imediata - através de aplicações intracoronárias de gel clareador, peróxido de hidrogênio 35%, semelhante a técnica de consultório para dentes vitais1. Dentes tratados endodonticamente que sofreram trauma a mais de um ano e com menor perda estrutural possível favorecem o sucesso do tratamento, minimizando os riscos. Os critérios de indicação da técnica devem ser seguidos corretamente, para que o procedimento seja indicado2. O conceito da Odontologia Restauradora atual preconiza que, para qualquer tipo de procedimento, o profissional deve sempre optar pelo tratamento mais conservador, isto é, com maior preservação da estrutura dental sadia. Hoje, quem define a indicação é o profissional, em vista de cada situação clínica e com base em conhecimentos científicos. As restaurações diretas possuem a grande vantagem de ser unicamente dependente do profissional, além do custo do procedimento, que é, relativamente, mais baixo, do que os que envolvem a parte laboratorial. Desde que, respeitando as suas limitações, principalmente em relação à seleção do caso e sensibilidade da técnica, as resinas compostas são materiais que podem proporcionar ou devolver a harmonia do sorriso de forma excepcional, reproduzindo as características de forma e cor dos dentes naturais e mimetizando as propriedades ópticas de dentes anteriores. A propriedade de translucidez adquire uma maior relevância nas restaurações do setor anterior, especialmente em pacientes jovens que apresentam a estrutura do esmalte relativamente intacto, que ainda não sofreu desgaste pró-
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Ilana Pais Tenório
Aluna do Curso de Especialização em Dentística pelo CETAO – São Paulo – SP. Monitora do Curso de Aperfeiçoamento em Dentística – NEO Odontologia – Maceió – AL.
prio da idade e, portanto, apresentam um esmalte de maior espessura e uma borda incisal e interproximal identificável. Segundo Villarroel et al, translucidez é uma das características ópticas mais difícieis de quantificar em dentição natural, uma vez que varia de indivíduo para individuo e, muitas vezes, variando na mesma pessoa. As resinas modernas têm matizes e opacidades diferentes, que imitam a cromaticidade e translucidez do esmalte, bem como a dentina, na melhor maneira possível3. Neste artigo, é relatado um caso clínico resolvido por meio de procedimentos conservadores de clareamento dental de dente desvitalizado com curativo de demora de perborato de sódio e água destilada do elemento 21 escurecido, clareamento de consultório para os demais dentes vitais e restauração em resina composta do elemento 11 fraturado.
Caso clínico Paciente KC, de 22 anos de idade, gênero feminino, compareceu à clínica de atendimento reclamando, como queixa principal, a cor do dente 21. Também era incômodo à paciente o formato da restauração incisal do dente 11 (figuras 1a e 1b). Segundo o relato da paciente, durante a anamnese, tanto o escurecimento como a restauração classe IV do dente 11 foram resultantes de um acidente doméstico, onde o impacto maior foi sobre a região dos dentes anteriores. Este trauma havia ocorrido há cerca de um ano e dois meses. No dente 11 ocorreu uma fratura do terço incisal e no dente 21 ocorreu rompimento de vasos sanguíneos da câmara pulpar, fazendo com que o sangue se extravasasse por entre os túbulos dentinários. De acordo com a paciente, o tratamento endodôntico do dente 21 iniciou-se no mesmo dia do acidente, e a restauração do dente 11 foi executada alguns dias depois. Durante esta primeira sessão clínica foi realizada o exame clínico geral, intra e extraoral, onde foi observada melhor a restauração do dente 11, qualificado como inadequada, devido à deficiência na capacidade de reproduzir a anatomia incisal do dente homólogo. Observou-se, também, uma restauração na face palatina do dente 21, resultante da abertura para que fosse executado o tratamento endodôntico. Uma radiografia periapical destes dois dentes foi obtida, e durante a análise da radiografia, observou-se que não havia modificações nos tecidos periapicais dos dois dentes em questão, e que o tratamento
Caso Clínico endodôntico do dente 21 apresentava-se de forma satisfatória. Também nesta sessão, foi realizado protocolo de fotografias e a obtenção de modelos de estudo para a análise do caso. Com todas estas informações, obtidas por meio destes procedimentos, foi possível eloborar o plano de tratamento, ou os planos de tratamento, entre as sessões clinicas, sem a presença do paciente. Na segunda sessão clínica, foram apresentados dois planos de tratamento para este caso clínico.
seguindo a anatomia incisal do dente 21. O modelo de estudo da arcada superior foi desgastado no dente 11 para se obter a anatomia do dente 21. Com este desgaste, foi confeccionada uma guia da palatina dos dentes anteriores para facilitar a reconstrução da face palatina do dente 11. Para o tratamento do dente 21, optamos por colocar uma camada bem fina de um corante na cor ocre na região cervical e média, seguida por uma fina camada de uma resina altamente translúcida.
Plano de tratamento A
Técnica restauradora do dente 11
» Faceta cerâmica no dente 11. » Coroa cerâmica metal free no dente 21, com a instalação de pino de fibra de vidro.
» Remoção da restauração existente no dente 11 (figura 8). » Prova da guia palatina obtida no modelo de estudo (figura 9). » Isolamento relativo com afastador labial e roletes de algodão. Os dentes adjacentes foram protegidos com o uso de uma fita de teflon, para que os procedimentos de adesão não atinjam a estes dentes. » Condicionamento com ácido fosfórico 37% - Condac (FGM) – 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina, seguido por lavagem por spray ar/água por 30 segundos. O excesso de umidade foi removido com leve jato de ar e bolinhas de algodão (figuras 10a e 10b). » Aplicação de duas camadas consecutivas do adesivo Ambar (FGM), seguida de fotoativação do adesivo por 20 segundos (figuras 11a e 11b). » Inserção da resina composta Opallis (FGM), na cor Trans Neutral, na guia palatina, com a finalidade de simular o esmalte da face palatina do dente, seguido de colocação da guia nos dentes e fotopolimerização da resina por 20 segundos (figuras 12a e 12b). » Inserção da resina composta Opallis (FGM), na cor DA1, sobre a resina de esmalte palatino, com a finalidade de simular a dentina e o formato dos mamelos dentinários da região fraturada do dente, seguida de fotopolimerização da resina por 40 segundos (figuras 13a e 13b). » Inserção da resina composta Opallis (FGM), na cor OW, sobre a borda incisal da restauração, com a finalidade de simular o halo opaco desta região, seguida de fotopolimerização da resina por 40 segundos (figuras 14a e 14b). » Inserção da resina composta Opallis (FGM), na cor Trans Neutral, sobre a região dos mamelos dentinários, com a finalidade de simular a área de opalescência desta região, seguida de fotopolimerização da resina por 20 segundos (figura 15). » Inserção da resina composta Opallis (FGM), na cor E-Bleach M, sobre toda a área restaurada com a finalidade de simular o esmalte vestibular, seguida de fotopolimerização da resina por 40 segundos (figura 16). » Acabamento preliminar da restauração com discos de lixa Diamond Pro (FGM) – (figura 17).
Plano de tratamento B » Clareamento dental de dente desvitalizado no dente 21. Porém, deixou-se claro para a paciente, as questões com relação à recidiva de cor e a possibilidade de que o clareamento não fosse totalmente efetivo. » Restauração em resina composta do dente 11. A paciente optou pelo plano de tratamento B e, nesta mesma sessão, iniciamos os procedimentos prévios ao clareamento do dente 21. Como primeiro passo, foi realizada a reabertura endodôntica, remoção da guta-percha em 3 mm intrarradicularmente, medidos através da inserção de uma pinça clínica com uma das hastes dentro e outra fora do dente. Foi também confeccionado o tampão cervical, por meio da inserção de ionômero de vidro modificado por resina, fotoativado, cobrindo a guta-percha e as paredes proximais e palatina da raiz. Esse tampão tem cerca de 2 mm de espessura na região vestibular, fazendo que o tratamento clareador atinja a coroa anatômica do dente em até 1 mm subgengivalmente (figuras 2a a 2c). Primeiramente, optou-se por fazer o clareamento dental pela técnica imediata, com Peróxido de Hidrogênio a 35% (Whiteness HP Blue – FGM), por duas sessões, com aplicação única do produto, por 40 minutos cada. A proteção gengival foi obtida com a utilização da barreira gengival TopDam (FGM). Após a segunda sessão, observou-se que o tratamento clareador não estava obtendo resultados satisfatórios (figuras 3a e 3b). Com isso, optou-se por fazer o clareamento dental pela técnica mediata, onde o produto clareador, Perborato de Sódio (Whiteness Perborato) associado à água destilada, foi inserido internamente à câmara pulpar e o dente fechado provisoriamente. Este material ficou dentro do dente por sete dias (figura 4). Após este prazo, a paciente retornou a clínica apresentando um clareamento altamente efetivo, com cor dental inclusive até mais clara do que a cor dos dentes adjacentes, conforme pode ser observado na figura 5. Com isso, partimos para o clareamento dos demais dentes, pela técnica de consultório, com Whiteness HP Blue 35%, seguindo o protocolo de três sessões com aplicação única de 40 minutos cada. Previamente ao uso do peróxido, a paciente teve seus lábios e língua afastados - com o afastador labial ArcFlex (FGM) - e a gengiva marginal protegida com a utilização da barreira gengival Top Dam (FGM) (figuras 6a a 6c). Ao final do tratamento, foi observado o clareamento total de todos os dentes, mas ainda havia uma pequena diferença entre a cor dos dentes. Decidimos por restaurar normalmente o dente 11,
Protocolo para a alteração de cor do dente 21 » Isolamento relativo com afastador labial e roletes de algodão. Os dentes adjacentes foram protegidos com o uso de uma fita de teflon para que os procedimentos de adesão não atinjam a estes dentes. » Condicionamento com ácido fosfórico 37% - Condac (FGM) – 30 segundos em esmalte, seguido por lavagem por spray ar/água por 30 segundos. A umidade foi removida com jato de ar e bolinhas de algodão (figura 18). » Aplicação de duas camadas consecutivas do adesivo Ambar (FGM), seguido de fotoativação do adesivo por 20 segundos (figura 19).
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Caso Clínico » Aplicação de corante na cor ocre, nos terços médio e cervical do dente 21, seguida de fotopolimerização por 20 segundos (figura 20). » Inserção da resina composta Opallis (FGM), na cor Trans Neutral, sobre a face vestibular do dente, em uma camada extremamente fina, com a finalidade de cobrir o corante sem perder o aspecto transparente do esmalte vestibular do dente, seguido de fotopolimerização da resina por 20 segundos (figura 21). » Acabamento preliminar da restauração com discos de lixa Diamond Pro (FGM).
Na sessão clínica seguinte, foi certificado se as características obtidas de anatomia e escultura dental e cor das restaurações eram adequadas. As correções de anatomia necessárias foram realizadas com a utilização de pontas diamantadas de granulação fina e extrafina e discos de lixa Diamond PRO (FGM). A sequência completa destes discos foi passada sobre os dentes para dar o acabamento final (figuras 22a a 22d). O polimento final das restaurações foi obtido através do uso de discos de feltro Diamond Flex (FGM) com pasta de polimento Diamond Excel (FGM) - (figura 23).
Figura 1a
Figura 1b
Figura 2a
Figura 2b
Figura 2c
Figura 3a
Fotografia inicial do sorriso da paciente.
Reabertura endodôntica.
Tampão cervical.
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As fotos do resultado final são as figuras de 24a a 24d.
Fotografia aproximada com contraste preto.
Mensuração da quantidade de desgaste da guta-percha removida.
Proteção gengival com Topdam e Clareamento com Whiteness HP Blue 35%.
Caso Clínico
Figura 3b
Figura 4
Figura 5
Figura 6a
Aspecto do dente após duas sessões de clareamento pela técnica mediata.
Resultado do clareamento do dente 21 após uma semana utilizando a técnica mediata.
Whiteness Perborato.
Arcflex, Topdam e Whiteness HP Blue 35% pela técnica de clareamento de consultório, protegendo o dente 21, já clareado.
Figuras 6b e 6c
Whiteness HP Blue 35% aplicado.
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Caso Clínico
Figura 7a
Figura 7b
Figura 8
Figura 9
Figura 10a
Figura 10b
Figura 11a
Figura 11b
Resultado após três sessões de clareamento de consultório.
Remoção da restauração classe IV do dente 11.
Condicionamento ácido com Condac 37% por 30 segundos em esmalte e 15 em dentina.
Aplicação do adesivo Ambar.
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Resultado após três sessões de clareamento de consultório – vista aproximada com contraste preto.
Prova da guia palatina.
Lavagem do ácido por 30 segundos.
Fotopolimerização do adesivo Ambar por 20 segundos.
Caso Clínico
Figura 12a
Figura 12b
Figura 13a
Figuras 13b
Figura 14a
Figura 14b
Figura 15
Figura 16
Resina Opallis na cor T-Neutral para reconstruir o esmalte da face palatina, seguida de fotopolimerização por 20 segundos.
Aplicação da Opallis na cor DA1 para restabelecer a dentina e os mamelos dentinários perdidos na região incisal, seguida de fotopolimerização por 40 segundos.
Aplicação da resina Opallis na cor OW para simulação do halo incisal, seguida de fotopolimerização por 20 segundos.
Aplicação da resina Opallis na cor T-Neutral, para restabelecer as áreas opalescentes, seguida de fotopolimerização por 20 segundos.
Aspecto do esmalte palatino após a fotopolimerização.
Aspecto da resina posicionada, simulando a dentina do dente 21.
Aspecto da resina aplicada sobre a borda incisal.
Aplicação da resina Opallis na cor E-Bleach M, para restabelecer o esmalte vestibular, seguida de fotopolimerização por 40 segundos.
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Caso Clínico
Figura 17
Figura 18
Figura 19
Figura 20
Figura 21
Figura 22a
Acabamento preliminar com disco de lixa Diamond Pro.
Aplicação do adesivo Ambar, seguida de fotopolimerização por 20 segundos.
Aplicação da resina Opallis na cor T-Neutral em uma camada extremamente fina para recobrir o corante aplicado, seguida de fotopolimerização por 20 segundos.
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Condicionamento ácido com Condac 37% no dente 21 por 30 segundos, seguido por lavagem por spray ar/água por 30 segundos e secagem com jato de ar mais bolinha de algodão.
Aplicação de corante na cor ocre para aumentar a saturação da cor do terços cervicais e médio do dente 21, seguida de fotopolimerização por 20 segundos.
Acabamento das restaurações com disco de lixa Diamond Pro na granulação grossa.
Caso Clínico
Figura 22b
Figura 22c
Figura 22d
Figura 23
Figura 24a
Figura 24b
Acabamento das restaurações com disco de lixa Diamond Pro na granulação média.
Acabamento das restaurações com disco de lixa Diamond Pro na granulação extrafina.
Aspecto final das restaurações – exposição dental com lábio relaxado.
Acabamento das restaurações com disco de lixa Diamond Pro na granulação fina.
Polimento das restaurações com disco de feltro Diamond Flex e pasta de polimento Diamond Excel.
Aspecto final das restaurações – sorriso.
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Caso Clínico
NORMAS PARA PUBLICAÇÂO
A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínicogerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas. Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www. odontomagazine.com.br Os trabalhos devem atender as seguintes normas:
Figura 24c
Aspecto final das restaurações – intrabucal com contraste preto.
1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista. Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor. 2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: vanessa.navarro@vpgroup.com.br. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em altaresolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho. 3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver.
Figura 24d
Aspecto final das restaurações – observar a translucidez incisal obtida.
Discussão A escolha do tratamento pela paciente permitiu a execução de um cuidado mais conservador, porém de uma previsibilidade de resultado final mais baixa quando comparada a um procedimento indireto, principalmente pelo fator clareamento dental de dente desvitalizado, pelas diferentes respostas que apresenta nas mais diversas situações clínicas. Neste caso, ainda contamos como fato do dente 21 ter clareado além do esperado, fazendo com que o clareamento dos demais dentes vitais não tivesse a mesma eficácia alcançada no desvitalizado. A qualidade do material restaurador, associada a uma técnica de estratificação de camadas, permitiu a perfeita reprodução, no dente 11, das características incisais do dente 21, e também das características cervicais do dente 11, no dente 21. A utilização de uma sequência de discos de lixa, feltro e pasta de polimento foi fundamental para a obtenção de um polimento final adequado.
Conclusão A execução de um plano de tratamento bem definido, apesar de intercorrências, e a utilização de uma sequência correta de técnicas, possibilitam que o sucesso do tratamento seja previsível. Os materiais FGM utilizados (clareadores, sistemas de adesão, resinas e sistemas de acabamento e polimento) se mostraram altamente eficientes na execução deste caso de difícil resolução.
Referências 1. MacIsaac AM, Hoen CM. Intracoronal bleaching: concerns and considerations. J Can Dent Assoc. 1994 Jan;60(1):57-64. Review. 2. Attin T, Paqué F, Ajam F, Lennon A M. Review of the current status of tooth whitening with the walking bleach technique. International Endodontic Journal, 36, 313-329, 2003. 3. Villarroel M et al. Direct Esthetic Restorations Based on Translucency and Opacity of Composite Resins. J Esthet Restor Dent 23:73–88, 2011.
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4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio. 5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento. 6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site. 7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico. 8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine. 9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado. 10) Qualquer correspondência deve ser enviada para: Vanessa Navarro - Odonto Magazine Alameda Amazonas, 686 – sala G1 Alphaville – Barueri - SP CEP: 06454-070 11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail. 12) Informações: Editora e Jornalista Responsável Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506