Odonto Magazine nº 37 - Edição fevereiro de 2014 by VP Group

Ano 4 - N° 37 - Fevereiro de 2014

www.odontomagazine.com.br

comunicação integrada

Ponto de Vista Qualidade de vida em foco

Editorial Edição: Ano 4 • N° 37 • Fevereiro de 2014 Presidência & CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7501 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7760 Publicidade - Gerente de Contas Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7768

Reinvente-se!

Publicidade - Gerente de Contas Rosana Alves e. rosana.alves@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7769 Editora Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506 Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7761 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br Marketing Tomás Oliveira e. tomas.oliveira@vpgroup.com.br Ironete Soares e. ironete.soares@vpgroup.com.br Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br Felipe Barros e. felipe.barros@vpgroup.com.br Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br Analista de Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br Sistemas Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br Mobile Cláudia Mardegan e. claudia.mardegan@vpgroup.com.br Conselho Científico Alice Granthon de Souza, Augusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Diego Michelini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, Jayro Guimarães Junior, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Lusiane Borges, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Pablo Ozorio Garcia Batista, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo, Wanderley de Almeida Cesar Jr. e William Torre.

om o início de um novo ano, ganhamos a oportunidade de fazer duas coisas importantes: olhar para trás e olhar para frente. Olhando para trás, no legado que construímos e que deixaremos para quem passar de alguma forma pelo nosso caminho, temos a chance de perceber como conseguimos crescer, aprender com os erros e também acertar. É muito bom olhar para um ponto no passado e ter a sensação de que fizemos o melhor que poderíamos ter feito. No momento de olhar adiante, de projetar o nosso futuro e formatar nossas expectativas em relação a nós mesmos, devemos pensar em algo que nos desafie, que nos motive e que nos dê forças para fazermos mais e melhor. É nessa hora que precisamos desenhar como faremos a mágica da reinvenção! Então, caro colega, aproveite e se reinvente, mesmo que isso não signifique mudar o que você faz e representa, mas, sim, em como você faz, para que o seu dia a dia seja algo prazeroso, leve e agregador; bom para quem te cerca e convive com você. Ou ainda, reinvente-se radicalmente, mudando tudo, com coragem, determinação e em busca do que mais importa para cada um de nós: ser feliz, realizado! Que aproveitemos as oportunidades que esta edição do CIOSP nos proporciona, sendo combustível para uma reinvenção na nossa prática odontológica, dando-nos a chance de mudar só um pouquinho ou radicalmente. Trazendo-nos a oportunidade de reencontrar com nosso passado, com pessoas que fizeram parte da nossa trajetória e contribuíram para construir quem somos hoje. Um evento desta importância é uma oportunidade de ver o que vem por aí, onde podemos buscar uma nova fonte de inspiração, de melhorar a técnica, de estudar ou de aprimorar o que já fazemos bem. Tudo isso, para que, em um futuro breve, ao olhar novamente para trás, esse momento de olhar para frente tenha, de fato, contribuído para nossas novas conquistas. Que neste momento, tenhamos a sensação, ainda melhor, de que todo esforço e dedicação valeram a pena!

A Revista A Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras comerciais e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas. A distribuição é gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais instituições do setor. Odonto Magazine Online s. www.odontomagazine.com.br Tiragem: 37.000 exemplares Impressão: HR Gráfica

Danielle Palacio

Membro do Conselho Científico Alameda Madeira, 53, 9o andar - conj. 92 Alphaville - Barueri – SP - 06454-010- + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br

Fevereiro de 2014

Sumário

Fevereiro de 2014 • Edição: 37

pág.

Editorial

Programe-se

Notícias

Odontologia Segura

Lançamentos CIOSP 2014

8 pág.

Reportagem

Entrevista

Casos Clínicos

Efeitos das drogas na saúde bucal

Estética em dentes anteriores superiores: coroas totais e facetas em cerâmica Frederico dos Reis Goyatá e Fabiano Vieira de Landa

Atendimento odontológico aos portadores de diabetes Alexandre Fraige

Espaço Equipe

Abordagem odontológica dos pacientes diabéticos e hipertensos

Alexandre Said Bussab

Danielle Ramos

Relacionamento

Ponto de vista

Reabilitando pacientes de uma forma complexa: do enxerto até a finalização protética

Normas para publicação

Philips Sonicare: inovação e tecnologia em prol da saúde e bem-estar Qualidade de vida em foco Arsenio Sales Peres

Colunista Marketing

Éber Eliud Feltrim

pág.

Fevereiro de 2014

Os artigos e as entrevistas são de inteira responsabilidade do autor e/ou entrevistado, e não refletem, obrigatoriamente, a opinião do periódico.

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Programe-se

Março

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Rio de Janeiro – RJ

04 e 05 de abril de 2014

2º Fórum de Gestão e Desenvolvimento Profissional em Odontologia 21 de março de 2014

O evento discutirá a importância de uma gestão eficiente e eficaz no mercado odontológico. Durante um dia inteiro, reconhecidos profissionais dividirão conhecimento com os participantes inscritos.

Rio de Janeiro – RJ

www.ceogroup.com.br

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contato@implanteinrio.com.br

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Maio 2º Meeting Internacional de Ortodontia

27 a 29 de março de 2014

29 a 31 de maio de 2014

Passo Fundo – RS

www.ciors2014.com.br

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Abril 22º COPEO - Congresso Pernambucano de Odontologia 03 a 06 de abril de 2014

Com um novo desenho, que congregará profissionais e estudantes da Odontologia e áreas afins de todo país, o Copeo trará atividades científicas interativas, onde serão abordados assuntos que vão do foco das especialidades à atuação generalista e multiprofissional, com discussões nas arenas cientificas, cursos de curta duração, encontros de especialidades, eventos paralelos, bem como a apresentação e premiação de pôsteres digitais, bancadas clínicas e fóruns científicos.

Recife – PE

www.copeo.com.br

Fevereiro de 2014

www.sbo.org.br

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Congresso Internacional de Odontologia do Rio Grande do Sul O evento visa oferecer informação e conhecimento a todos os congressistas, por meio de profissionais renomados e de destaque nas áreas de Cirurgia Bucomaxilofacial, Ortodontia e Implantodontia do Brasil e do mundo. Todo o empenho na organização do evento está voltado para manter e melhorar a qualidade dos serviços odontológicos.

O grupo Implante in Rio surge com o objetivo de disseminar a informação da Implantodontia para dentistas e acadêmicos. Servirá, inicialmente, como uma página para discussão de casos, divulgação de eventos e produtos da área de Implantodontia.

cursos de treinamento prático (hands on), cursos de credenciamento, curso internacional, simpósio multidisciplinar e palestrantes nacionais renomados. O objetivo principal é informar os novos rumos da Ortodontia, como também promover o intercâmbio cientifico dos pesquisadores, educadores e profissionais nacionais e internacionais que atuam nesta área.

Setembro 19º Congresso Brasileiro de Ortodontia 25 a 27 de setembro de 2014

O evento contará com grandes nomes da Ortodontia, como Jorge Ayala, Alberto Consolaro, Liliana Maltagliati, Eduardo Santana e Mauricio Sakima.

Durante três dias serão oferecidas aos participantes visões, ciências e experiências clínicas com o melhor da tecnologia mundial. A edição 2014 já está sendo formatada para superar todas as expectativas.

Barra da Tijuca – RJ

São Paulo – SP

www.meetingortodontiaiom.com.br

www.ortociencia.com.br/Orto2014

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Julho

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Outubro

XX CORIG – Congresso Odontológico Rio-Grandense 09 a 12 de julho de 2014

A comissão organizadora já começou a planejar a grade científica do evento, que terá a participação de ministrantes nacionais e internacionais. O evento contará com a temática “Odontologia: abrindo novos horizontes”.

Porto Alegre – RS

12º CIOMIG - Congresso Internacional de Odontologia de Minas Gerais 08 a 11 de outubro de 2014

Como o tema “O que nós conhecemos, o que pensamos que conhecemos e o que não conhecemos”, o evento reunirá renomados profissionais da Odontologia.

Belo Horizonte – MG

eventos@abomg.org.br

www.corig.com.br

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Agosto 8º SBO Ortopremium 13 a 16 de agosto de 2014

A programação científica do evento foi elaborada visando a oferecer um evento diversificado e inovador com

CIOBA - Congresso Internacional de Odontologia da Bahia 29 de outubro a 01 de novembro de 2014

O evento, que será realizado na capital baiana, contará com a presença de grandes nomes da Odontologia nacional e mundial.

Salvador – BA

www.abo-ba.org.br

Notícias Saúde bucal das gestantes O 1° Congresso Brasileiro de Odontologia para Gestantes acontece em São Paulo, nos dias 21 e 22 de março, com palestras programadas das 08h00 às 18h00. O evento visa oferecer ao Odontopediatra, em uma abordagem transdisciplinar, informações baseadas em evidências científicas que possibilitem o atendimento seguro da gestante em consultório odontológico e seu acompanhamento com foco nos aspectos educativos e preventivos, buscando a saúde geral do bebê. Renomados profissionais da Odontologia, entre eles Marcelo Bönecker, Gabriel Tilli e Maria Salete Nahás, ministrarão palestras durante os dois dias do evento. O congresso será realizado no Anfiteatro da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, FOUSP. Mais informações sobre inscrição e programação podem ser obtidas através do site www.fundecto.com.br.

Rede de franquias odontológicas cresce 32% Em janeiro de 2013, a ORTOPLAN - Especialidades Odontológicas contava com 22 clínicas. Em janeiro deste ano, esse número já chegava a expressivas 30 unidades. As novas unidades foram inauguradas em quatro Estados, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Paraná, além do Distrito Federal. São elas: São Paulo - SP: Unidade Jardins; Cachoeira do Itapemirim – ES; Foz do Iguaçu – PR: Unidade Vila A; Foz do Iguaçu; Morumbi – PR: Unidade Morumbi; Brasília – DF: Unidade Norte e São Bento do Sul – SC. Além dos novos espaços inaugurados em território brasileiro, a ORTOPLAN apresenta mais uma unidade internacional, agora no Paraguai, na cidade de Santa Rita. O plano de expansão da rede de franquias é chegar a 70 unidades até o final de 2014. “A ORTOPLAN tem um metodologia adequada para treinar seus franqueados, além de ter uma base forte e ideias criativas e estratégicas de campanhas. Seus processos administrativos e financeiros também são bem definidos. A rede de franquias efetivamente transforma o seu consultório em uma empresa. A equipe de coordenação da franquia está de parabéns!” afirma o Dr. Lúcio Ferreira, cirurgião-dentista e franqueado. “Desde o primeiro contato com a ORTOPLAN, tive a percepção de acolhimento, de parceria. Como administrador e empreendedor, o empresário busca, hoje, apoio técnico, segurança nos negócios e conhecimento. A ORTOPLAN mostra e demonstra todos esses requisitos”, afirma Fabio Nunes, gerente da nova unidade Jardins, em São Paulo.

Fevereiro de 2014

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Fevereiro de 2014

Odontologia Segura

Novas vacinas no calendário nacional de 2014: HPV e Hepatite A

Lusiane Borges Biomedicina - UNISA / UNIFESP. Odontologia – UMESP. Especialização em Microbiologia – Faculdade Oswaldo Cruz. Especialista em Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP. MBA em Esterilização - FAMESP. Pós-Graduanda em Prevenção e Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP, São Paulo. Coordenadora de Cursos de ASB/TSB desde 2000. Membro do Conselho Científico da Odonto Magazine, São Paulo. Autora-coordenadora do livro “AST e TSB – Formação e Prática da Equipe Auxiliar”. Consultora em Biossegurança em Saúde – Biológica. Consultora Científica da Oral-B, Fórmula & Ação, Sercon/Steris e outros. Representante do Brasil na OSAP (Organization for Safety, Asepsis and Prevention), EUA. Responsável pelo site www.portalbiologica.com.br.

este ano, a partir do mês de março, duas novas vacinas entrarão para o calendário nacional de vacinação: contra o vírus do papiloma humano (HPV) e contra a hepatite A. A vacina contra o HPV deverá ser ministrada em três doses em todas as meninas de 11 a 13 anos. Já a vacina contra a hepatite A, estará disponível em dose única para todas as crianças entre 12 meses e dois anos de idade. A hepatite A está relacionada aos ambientes onde não há saneamento básico e/ou higiene satisfatória, sendo bastante conhecida pela população. O vírus HPV é um dos principais fatores de risco que levam ao surgimento do câncer de colo de útero. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), no Brasil, este é o segundo tipo de câncer mais frequente na população feminina. Mesmo tendo alta incidência, quando diagnosticada precocemente, a doença possui forte potencial de prevenção e cura. Esta será a primeira vez que a população brasileira terá acesso a uma vacina que protegerá contra o vírus que pode ser o precursor de tumores malignos. O vírus HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero, segundo que mais atinge mulheres, atrás apenas do mamário. A vacina que estará disponível na rede pública é a quadrivalente, ou seja, usada na prevenção de quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer. Já os tipos 6 e 11, provocam verrugas genitais. Está prevista, ainda, a possibilidade de uso da versão nonavalente, que agregará outros cinco sorotipos à vacina.

O imunizante tem eficácia comprovada para pessoas que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. O câncer de colo do útero é a quarta causa de morte por esse tipo de doença no país. Em 2012, 4,8 mil mulheres morreram vítimas da doença. Em 2011, foram 5.160 óbitos registrados. A estratégia do MS é aplicar as três doses necessárias ao longo de oito meses. O calendário prevê que, após a primeira dose, a segunda será aplicada dois meses depois; e a terceira, dali a seis meses. Os agentes pedirão a autorização dos pais ou responsáveis para a aplicação. O Governo Federal acredita que, a partir do primeiro ano de imunização, as doses necessárias cairão para a metade, para seis milhões, pois parte do público-alvo já estará imunizado. Além das unidades de saúde, a aplicação da vacina ocorrerá, também, nas escolas. O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. No Brasil, a cada ano, 685.400 pessoas são infectadas por algum tipo do vírus. Pesquisas demonstram que achados de HPV oral têm aumentado significativamente nas últimas duas décadas, e está também relacionado ao câncer de traqueia nos homens. Prevenção é sempre o melhor caminho. Até a próxima!

Fevereiro de 2014

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Lançamentos - CIOSP 2014 Funcionalidade e beleza dental A linha Sof-Lex™, da 3M ESPE, agrega mais um inovador produto ao seu portfólio: Sof-Lex™ discos espirais emborrachados para acabamento e polimento. O revolucionário formato se adapta a superfícies irregulares, tanto em dentes posteriores como anteriores, substituindo pontas, taças e escovas. As cerdas emborrachadas flexíveis possuem partículas abrasivas que possibilitam a aplicação em qualquer área do dente. O resultado é um brilho natural nas situações mais desafiadoras, sem se preocupar com o ângulo de utilização do disco. O disco espiral emborrachado para acabamento Sof-Lex™ na cor bege é indicado para suavizar e remover riscos desenvolvidos durante o contorno em restaurações. O disco na cor branca é indicado para o polimento final, para obtenção de alto brilho. Não é necessário pulverizar água durante o uso. Os discos espirais Sof-Lex™ podem ser utilizados para polir as superfícies dos seguintes procedimentos diretos e indiretos: resinas compostas; ionômero de vidro modificado por resina – Vitremer; resina bisacrílica – Protemp 4; resina nano cerâmica – Lava Ultimate; e metais preciosos e semipreciosos. www.3mespe.com.br

Estética, conforto e confiança A Angelus apresenta uma moderna linha de produtos para clareamento dental. Os produtos foram desenvolvidos a partir de extensa pesquisa e testes, para tornar o clareamento mais fácil e confortável para profissionais e pacientes. A linha inclui clareadores com fórmula dessensibilizante, placas para moldeira, barreira gengival e gel dessensibilizante, mas a empresa espera abranger mais componentes até o final de 2014. Para o clareamento doméstico, sob supervisão do dentista, a empresa desenvolveu Clàriant Home (Peróxido de Carbamida), disponível nas concentrações 10%, 16% e 22%, em kit e reposição. Nos consultórios, os profissionais contam com Clàriant Office (Peróxido de Hidrogênio) 35%, que proporciona resultado imediato, em uma única aplicação. O produto dispensa o uso de luz, protegendo os dentes, e tem seringa com conexão inteligente, para melhor mistura e efetividade. Clàriant Tray complementa a comodidade do clareamento caseiro. São placas flexíveis para confecção de moldeira que, além de proporcionar conforto, são facilmente manipuladas pelos profissionais, têm alta adaptação e são fiéis às cópias. Como parte do tratamento de aplicação em consultório, para mais segurança, a empresa recomenda o uso de Clàriant Dam, barreira gengival fotopolimerizável de fácil uso e remoção. Ainda, para uma maior efetividade na dessensibilização, a linha traz Clàriant D-Sense, gel indicado para o tratamento da sensibilidade dental causada por estímulos externos. www.angelus.ind.br

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Lançamentos - CIOSP 2014 Sistema de radiologia intraoral digital A Carestream Dental apresenta o seu novo sistema digital de radiologia intraoral que reinventa a tecnologia de placa de fósforo para imagens. O CS 7600 conta com a tecnologia exclusiva “Scan & Go”, que utiliza placas inteligentes para evitar a mistura de placas e reduzir o tempo de operação. A operação amigável do sistema automaticamente detecta a inserção incorreta da placa, fornecendo instruções claras para correção em uma tela grande e colorida. Os profissionais podem escanear e exibir facilmente placas unitárias ou múltiplas e séries de boca completa. Posteriormente, as placas são automaticamente apagadas para reutilização. Diversos usuários podem trabalhar no sistema ao mesmo tempo, uma vez que o sistema está sempre pronto para uso, sem a necessidade de espera. O CS 7600 foi desenvolvido para uso ao lado da cadeira do paciente e uso compartilhado. Seu tamanho pequeno permite que os consultórios instalem a unidade facilmente onde atender melhor os pacientes: em uma estação de trabalho ou fixado na parede. A unidade não necessita de um computador dedicado para operar, o que otimiza os investimentos do consultório e o espaço, e pode ser facilmente conectada em uma rede por meio de uma conexão Ethernet. www.carestreamdental.com

Novidade Cristófoli Para incrementar sua linha de seladoras odontológicas, a empresa lança o modelo Sella I. O equipamento conta com design moderno e proporciona selagem de envelopes próprios para esterilização (papel/plástico), selagem de plásticos de polietileno (PE) e polipropileno (PP). A seladora possui controle de pulso, o que proporciona economia de energia e circuito eletrônico com controle de tempo para maior eficiência. A área de selagem (comprimento) é de 30 cm e a espessura da selagem é de 8 mm. O equipamento tem a garantia de um ano. www.cristofoli.com

Clareamento personalizado A DMC apresenta para a classe odontológica uma revolução mundial no clareamento dental: o gel clareador Lase Peroxide FLEX. O produto alia o que há de mais moderno e seguro no conceito de clareamento dental. O sistema FLEX apresenta o gel de dupla concentração, ou seja, o cirurgião-dentista tem a possibilidade de trabalhar com peróxido de hidrogênio com concentração de 15% e ou 35% no mesmo kit clareador. Assim, uma vez determinada a necessidade de clareamento do paciente, bem como seu risco de sensibilidade, o profissional escolhe a concentração para um clareamento mais efetivo e seguro. O novo conceito clareador FLEX apresenta a nova tecnologia “foto aceleradora”, composta da nanotecnologia com partículas de dióxido de titânio. O dióxido de titânio tem a finalidade de potencializar o clareamento dental quando submetido à fotoativação. Assim, o profissional tem a sua disposição um novo conceito no clareamento dental, proporcionando ao seu paciente um procedimento mais efetivo e com controle da sensibilidade. www.dmcgroup.com.br

Fevereiro de 2014

Lançamentos - CIOSP 2014 Saúde bucal dos pequenos O creme dental Früchtli Kids da edel+white® contém extratos naturais de chá verde e vitamina E, que fortificam e ajudam a manter os dentes presos à gengiva. Não contém corantes, aromatizantes artificiais ou agentes espumantes irritantes (Lauril Sulfato de Sódio-SLS). O creme é ideal para o cuidado dental diário das crianças a partir do primeiro dente até os seis anos de idade. Todo dia da semana é uma aventura durante a higiene bucal. São sete sabores de frutas naturais para a proteção dos dentes de leite. www.edel-white.com

Reabilitação dental A FGM apresenta o Allcem Core, mais um grande lançamento que otimiza a reabilitação dos dentes, com o melhor custo-benefício para o cirurgião-dentista. O cimento resinoso dual simplifica a reabilitação de dentes com grande perda estrutural, e se diferencia no mercado por ser um material 3 em 1, fazendo a cimentação do pino, a construção do munhão e a cimentação da coroa. Outro destaque do lançamento é a sua elevada resistência à flexão e à compressão, ideal para trabalhos duradouros, além da adequada viscosidade e escoamento balanceados, que facilitam os procedimentos. Por meio das ponteiras aplicadoras que acompanham a embalagem, o produto pode ser distribuído uniformemente no interior do conduto, dispensando mistura manual e inserção com propulsores Lentulo. Apresenta ainda 62% de carga em peso para ter a máxima estabilidade da reabilitação e conta com radiopacidade, permitindo o acompanhamento radiográfico e inspeção de eventuais excessos subgengivais. Por ter cura dual, o Allcem Core oferece polimerização química em ambientes onde a luz não alcança plenamente, e fotopolimerização, facilitando a construção do munhão. www.fgm.ind.br

Gnatus apresenta produto inédito e inovador A empresa lança a inovadora peça de mão Cobra LED Ultra Vision, que conta com exclusivo sistema de iluminação capaz de evidenciar qualquer material com fluorescência diferente da estrutura dental, garantindo mais precisão na remoção de materiais restauradores e diminuindo desgastes desnecessários à estrutura dental sadia. Atualmente, os materiais restauradores estéticos estão muito semelhantes ao dente natural, o que é ótimo para a estética do paciente, no entanto, essa semelhança dificulta a preservação do dente sadio quando da necessidade de substituição do material restaurador, onerando desgaste desnecessário da estrutura dental, em virtude da não identificação dos limites entre o dente e o material restaurador. A Cobra LED Ultra Vision permite uma visualização do limite material restaurador / estrutura dental, facilitando a remoção seletiva dos compósitos. Oferece também mais precisão na remoção de cimentos resinosos, na pós-remoção de braquetes ortodônticos, na remoção de contenções e bandas, de pinos de fibra de vidro, nos excessos de resinas nas regiões proximais, entre outras vantagens e aplicações. www.gnatus.com.br

Fevereiro de 2014

Conferência

Reserve a data

10/05 2014

Odontologia estética São Paulo - SP Apoio: Aguarde mais informações

Lançamentos - CIOSP 2014 Conhecimentos odontológicos Com mais de 500 títulos em seu catálogo, a Editora Santos, integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional, marca presença no evento com o lançamento coletivo que reunirá alguns dos mais importantes especialistas da Odontologia brasileira. Entre as novidades está a obra “Emergências Médicas e Suporte Básico de Vida em Odontologia (Além do Básico)”, do professor de Anestesia, Sedação e Emergências Médicas em Odontologia, Dr. Francisco José Barata Ribeiro, que enfatiza o suporte básico de vida, o primeiro passo para o atendimento de todas as emergências médicas, incluindo as odontológicas. Apesar de pouco frequentes, as emergências médicas podem ocorrer – e realmente acontecem – também no consultório de Odontologia. A compreensão dos conceitos que estão por trás da perda de consciência e da parada cardíaca súbita capacitará o profissional de saúde a reconhecer tais emergências e administrar o atendimento mais adequado. Outros grandes títulos serão apresentados durante os quatro dias do evento: “Diagnóstico e Tratamento das Alterações Peri-Implantares”, obra escrita pelo doutor Marco Aurélio Bianchini, especialista em Periodontia e professor do Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina; “Atlas da Radiografia Panorâmica para o Cirurgião-Dentista”, de Luiz Roberto da Cunha Capella, especialista em Radiologia e Implantodontia e Reinaldo José de Oliveira, especialista em Radiologia, ambos são professores em Instituições de Ensino de São Paulo; a segunda edição do livro “Conduta Clínica e Psicológica na Odontopediatria”, de autoria da Odontopediatra Maria Salete Nahás Pires Corrêa; “Prótese Parcial Removível Contemporânea”, dos doutores Adriana da Fonte Porto Carreiro, professora associada das disciplinas de Prótese Dentária, Implantodontia e Clínica Integrada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e professora do curso de especialização em Prótese Dentária da Associação Brasileira de Odontologia – (Recife, PE) e André Ulisses Dantas Batista, professor do programa de Pós-graduação em Odontologia (área de Estomatologia) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); “Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico”, livro de Marcelo Gusmão Paraiso Cavalcanti, coordenador dos cursos de Extensão Universitária: Tomografia Computadorizada, Especialização em Radiologia Odontológica e Imaginologia e Laboratório de Imagem em 3D, todos da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; “Prótese Total Contemporânea na Reabilitação Bucal”, do autor Vicente de Paula Prisco da Cunha, coordenador do curso de Especialização em Implantodontia e professor responsável pelas disciplinas de Prótese Dentária na UNITAU e Leonardo Marchini, professor assistente do Department of Preventive and Community Dentistry, College of Dentistry, University of Iowa (Estados Unidos); e, por fim, a obra “Controle da Dor, Medo e Ansiedade em Odontopediatria”, de Mirian de Waele Souchois de Marsillac, professora do Departamento de Odontologia Preventiva e Comunitária da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – FOUERJ. www.grupogen.com.br

Quando o silêncio é indispensável O Sistema de Compressão de Ar FENIX, lançamento da Hikari-Bras, utiliza uma das tecnologias mais avançadas e mais modernas do mercado para beneficiar seus clientes com o que há de melhor e mais silencioso em compressores odontológicos. Não se trata apenas de um compressor, mas de um sistema que é extremamente silencioso e potente. Sua principal característica é a versatilidade. O equipamento possui projetos especiais que solucionam a falta de espaço e a exposição ao ruído, adaptando-se ao consultório. Seu desenho modular exclusivo, com moto-compressores independentes, permite uma manutenção simples sem interrupção do ciclo de trabalho. Também possui, incorporado ao seu projeto, um bloqueador de impurezas - antes do reservatório de ar -, que assegura seu funcionamento mesmo quando um de seus motores desliga. O sistema de arrefecimento forçado garante maior durabilidade ao conjunto. www.hikari-bras.com.br

Fevereiro de 2014

Lançamentos - CIOSP 2014 Padronização da imagem A Indusbello traz para o mercado odontológico o Cabo para Espelho Cristal, que auxilia na captura de fotografias orais, com facilidade, precisão e padronização. Produzido em alumínio anodizado, com ângulo de abertura de até 65º, a novidade permite melhor empunhadura para o profissional, alcançando uma visão ampla durante os procedimentos e evitando que as mãos apareçam nas fotografias. O cabo apresenta cabeça móvel com anel de silicone, proporcionando perfeito posicionamento e ausência de contato das mãos, evitando, assim, impressões digitais. Nas cores verde, preto, lilás e prata, possuem design moderno e são autoclaváveis. Além de padronizar as fotografias, todos os ajustes são realizados de forma manual, permitindo mais controle sobre o equipamento e resultados fotográficos. www.indusbello.com.br

Eficiência e praticidade Lançamento da Ivoclar Vivadent, o Programat P510 combina alta tecnologia e design moderno em um equipamento de alta eficiência e fácil manuseio. A tecnologia infravermelha acelera o processo de queima em até 25%, garantindo ótimos resultados. O tamanho ou o número de restaurações na câmara de queima é irrelevante. A nova câmera de imagem térmica controla automaticamente os processos de pré-secagem e finalização. O Programat P510 é operado por meio de uma tela colorida sensível ao toque de 7 polegadas, com teclado protegido por membrana. Além dos diversos programas de queima da empresa, que estão coordenados com materiais, como IPS e.max, IPS d.SIGN, IPS InLine e IPS Empress, o forno possui 500 programas individuais. A mufla com tecnologia QTK2 representa uma inovação: ela é responsável por garantir a distribuição homogênea do calor e um ciclo de vida prolongado do elemento. Por fim, o novo sistema de controle de bomba a vácuo com a tecnologia da válvula dupla garante uma operação silenciosa e com economia de energia. www.ivoclarvivadent.com.br

Perfeição em moldagem Desenvolvidos com tecnologia Alemã, a Oraltech lança os silicones Consil e Replic. O silicone de condensação Consil é indicado para o sistema de técnica dupla e/ou simples moldagem. Possui alto poder de cópia e estabilidade dimensional. O silicone de adição Replic é composto pelo material pesado (Putty) e pelo material leve de consistência light, em cartuchos de 50 ml. O Replic Putty apresenta uma consistência inicial macia, proporcionando uma moldagem sem bolhas e excessos, indicado para a moldagem preliminar da técnica dupla. O Replic Light apresenta alta elasticidade, sendo extremamente resistente ao rasgamento. Reproduz, com total fidelidade, os detalhes das áreas subgengivais, devido a sua fluidez e propriedade hidrofílica. Uma das vantagens do Replic é o curto tempo de trabalho na boca, evitando deformações causadas pelos micromovimentos. www.oraltech.com.br

Fevereiro de 2014

Lançamentos - CIOSP 2014 Lançamentos Olsen A fabricante catarinense de equipamentos odontomédicos apresenta novidades para 2014. A linha Logic ficou ainda mais moderna: ganhou design arrojado e novo estofamento Soft 3D viscoelástico, mais macio e ergonômico. Além disso, o novo modelo da mesa de instrumentos é equipado com sistema capacitivo que proporciona maior leveza nos movimentos e o módulo auxiliar possui sistema touch integrado, garantindo um equipamento com custo-benefício incomparável no mercado. Na linha Siena, as inovações ficam por conta do conjunto odontológico Siena Flex com bandeja Cross Flex Mini, atendendo as necessidades do dentista com praticidade e segurança. Desenvolvidas para melhor atender o profissional de Odontologia, as linhas Logic e Siena superam as expectativas, oferecendo ao mercado equipamentos com design e elegância aliados à alta tecnologia e performance. www.olsen.odo.br Novidade na linha Siena

OrthoMundi lança elásticos de qualidade premium A empresa anuncia o lançamento dos elásticos de marca própria, com qualidade Premium. Os elásticos têm memória superior, maior resistência à pigmentação, excelente acabamento, 40 cores exclusivas, alta elasticidade e resistência. Desenvolvidos para atender o público mais exigente, a linha conta com: ligadura temática, ligadura modular, corrente, ligadura v-tie, elástico intraoral e separador. “Estamos muito felizes em apresentar a linha de elásticos OrthoMundi com qualidade Premium. Este material passou por muitos testes antes de seu lançamento, para garantir qualidade total associada a economia. Buscamos sempre trazer novidades para nossos clientes, e temos certeza de que este lançamento será um sucesso”, afirma Cinthia Lopes, diretora da empresa. www.orthomundishop.com.br

Polimento e alta resistência O SDI Limited anuncia o lançamento da Luna no mercado brasileiro. A combinação da tecnologia nano com a hibrida permite um polimento excepcional em restaurações anteriores e alta resistência para restaurações posteriores. A Luna possui propriedades particulares, como fluorescência e translucidez ideais para cada cor, permitindo a combinação perfeita aos dentes naturais. O produto não gruda e também não se solta facilmente do instrumento, o que permite um manuseio firme e impecável nas restaurações anteriores e posteriores. A pouca retração minimiza sensibilidade e microinfiltrações. O selamento efetivo contra as microinfiltrações diminui a probabilidade de desenvolver cáries secundárias. A Luna possui alta gama de cores para restaurações anteriores e posteriores: A1, A2, A3, A3.5, A4, B1, B2, B3, C1, C2, D2,OA2, OA3, OA3.5 e duas cores especiais - incisal (I) para reparar bordas incisais translúcidas e a Bleach (b): cor para os dentes que são um pouco mais claros do que B1. www.sdi.com.au e 0800 770 1735

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Reportagem

Fevereiro de 2014

Reportagem

Efeitos das drogas na saúde bucal Lícitas ou ilícitas, as drogas fazem com que o tratamento odontológico dependa e seja parte de um atendimento multidisciplinar ao paciente.

Por: Viviam Santos

lém dos problemas na saúde bucal e periodontal frequentes no consultório do dentista, o profissional deve lidar com aqueles que surgem devido aos fatos que vão muito além de uma simples doença ou falta de cuidado do paciente diretamente – por exemplo, complicações relacionadas ao uso de drogas, lícitas ou não. O paciente, quando tem algum vício neste sentido, pode ter problemas bucais, além do normal por dois motivos: todas as drogas causam, por si só, algum efeito prejudicial na saúde bucal e fazem com que o paciente tenha menos cuidado com sua higiene. Com isso, o cirurgião-dentista pode tratar apenas do problema ocasionado e fazer o tratamento frequente no mesmo paciente, ou pode garantir um bom tratamento ao tentar auxiliar na raiz do problema – auxiliando num tratamento multidisciplinar, para que a pessoa se trate como um todo, fazendo com que o problema não seja recorrente. Quem garante essa abordagem é o coordenador do curso de especialização de Periodontia da Associação Nacional de Estudos Odontológicos (Aneo) e consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes*. “O papel do cirurgião-dentista, ao constatar que um paciente é viciado em drogas, como todo profissional da saúde, é intervir e questionar abertamente para orientar à busca de tratamento especializado em saúde, com profissionais aptos a lidar com a situação. Médicos, psiquiatras e psicólogos fazem a diferença nesta trama multidisciplinar voltada ao apoio à saúde do dependente químico”, indica. “Toda a orientação ao paciente usuário de drogas deve vir de um diagnóstico médico fechado. A partir desse, outras necessidades serão avaliadas e encaminhadas ao seu tempo e espaço, conforme o plano de tratamento de saúde integrado para essa abordagem prever”, afirma o especialista. A exceção são as emergências e dores que exigem o pronto-atendimento. “Dependendo da gravidade, esse pronto-atendimento bucal pode requisitar internação hospitalar para a sua prática”, acrescenta. De qualquer forma, para ele, “a abordagem principal que o cirurgião-dentista deve ter nesses casos é de integração de seus procedimentos aos da equipe multidisciplinar da saúde. É do diagnóstico e aferição do conjunto de necessidades que nascem o tratamento e o seu plano de atividades”. O psicólogo deve fazer parte dessa equipe multidisciplinar, mas, o Dr. Rodrigo afirma que o dentista pode usar seus conhecimentos para identificar alguns fatores de comportamento do paciente usuário de drogas. “A Psicologia é aliada da Odontologia, desde a nossa formação. Na faculdade, dispomos da disciplina de Psicologia aplicada na Odontologia, que nos ajuda, entre outros, a lidar com

esses processos. Mesmo assim, a interatividade com psicólogos e psiquiatras é fundamental ao plano de tratamento conjunto de um dependente químico. Quando se trata da questão referente ao tratamento bucal do paciente sob efeito de drogas - especialmente as que levam a alterações no perfil comportamental, devemos nos ater aos nossos limites e, por vezes, aguardar a atuação preliminar de outros profissionais da saúde, para dispormos de melhores condições de abordagem e compreensão daquele paciente”. Segundo a renomada psicóloga clínica Dra. Maria Carolina Vita Nunes, “a Psicologia pode auxiliar o profissional na compreensão da motivação da pessoa para cuidar da sua saúde, visto que as estratégias de assistência, orientação e cuidado são diferentes, de acordo com o estágio motivacional. Isto pode tornar a relação profissional - paciente mais fácil, ajudando a decidir sobre o momento de realizar intervenções, de modo a obter maior comprometimento da pessoa com o tratamento e, consequente, melhores resultados”.

Drogas x saúde bucal De acordo com Moraes, uma grande parte das drogas pode trazer repercussões indesejadas aos dentes, boca e seus tecidos: “Recentemente, a Federação Dentária Internacional (FDI) listou mais de 700 drogas e formulações que podem trazer transtornos de fluxo salivar, por exemplo. Sem falar no potencial hiperplásico para gengivas e mucosas, a partir de algumas drogas – caso de anticonvulsivos”. Uma droga lícita que também merece citação são os bifosfonatos - medicamentos que atuam na capacidade de aumento densidade mineral óssea, agindo na reabsorção óssea e aumentando a massa esquelética total. “Ela gera efeitos prejudiciais à cicatrização pós-operatória e crescimento no risco de necrose óssea, além de alguns quimioterápicos de potencial efeito imunomodulador, aptos a prejudicar nossas defesas perante lesões e infecções menores, que serão perigosos nesses casos, especialmente aos pacientes de cuidados bucais precários”, diz. Ainda sobre o uso de drogas lícitas, o cirurgião-dentista lembra que, os “esteroides anabolizantes podem estar associados ao aumento mandibular, dores faciais e crescimentos gengivais”. No caso do álcool, que pode causar vício, apesar de lícito, também pode trazer problemas. “Pode haver aumento no volume das gengivas, dificuldades de coagular, redução do tônus ou hipertônus da musculatura facial, mau hálito, ressecamento e/ou ferida das mucosas da boca - no caso do alcoolismo -, e problemas cicatriciais e/ ou aumento no risco de infecção, apenas para citar os efeitos mais comuns”, nota Moraes.

* Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes é mestre em Odontologia pela Universidade Paulista, coordenador do curso de especialização de Periodontia da Associação Nacional de Estudos Odontológicos (Aneo) e consultor científico do Instituto Pedro Martinelli Pró-Odontologia e do Blog Adoro Sorrir. É Membro da American Academy of Periodontology e foi vice-presidente (de 2009 a 2010) da Sociedade Brasileira de Periodontologia (Sobrape).

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Reportagem Dos vícios encontrados nos pacientes que procuram o consultório odontológico, o alcoolismo é o mais frequente, segundo Moraes, e pode ser observado mediante os sintomas e efeitos observados. “Há, nesse caso, um hálito característico e, muitas vezes, o perfil alterado do paciente”. O tabagismo, também muito frequente, pode ser visto como droga de uso oral e reconhecida por todos os malefícios que traz à boca – começando pela coloração mais escurecida que o fumo causa nos dentes. “Em caso de dúvida, o dentista pode perguntar ou interagir com a equipe médica de saúde, pois isso é positivo ao tratamento”, acrescenta. As drogas depressoras e estimulantes também causam efeitos indesejáveis na saúde bucal, de forma direta e indireta, mas depende da dose utilizada. “Essa questão é dose dependente, ou seja, vai depender do tempo e da dosagem em que é utilizada, podendo variar de nenhum até um conjunto de sintomas”, alerta. A cafeína, como estimulante e muito consumida pelos brasileiros, pode, também, afetar os dentes quando o consumo é exagerado. Com isso, além de poder causar agitação, ansiedade, dor de cabeça, insônia, contração das veias e artérias - o que dificulta a circulação sanguínea e acelera os batimentos cardíacos -, o uso excessivo pode afetar a função gástrica e intestinal: “isso gera reflexos indiretos à boca, por exemplo, sem falar da acidez característica de cafés adoçados que podem prejudicar a saúde dos dentes e da boca”. Além, é claro, da coloração amarelada que também provoca nos dentes. Já a maconha, como droga ilícita, “pode se relacionar a queimaduras na mucosa bucal, xerostomia e diminuição na osseointegração de implantes”. A cocaína, devido ao seu alto poder vasoconstrictor, “pode causar perfurações no septo nasal e palato duro e necrose na mucosa e osso alveolar quando esfregada na gengiva”. O ecstasy tem um efeito xerostômico prolongado, além da indução à vontade de consumo de bebidas doces, apertamento e bruxismo: “Essa combinação resulta em lesões de atrição e erosão dental que podem chegar ao osso alveolar”. Em dependentes de cocaína, deve haver um cuidado maior no tratamento, uma vez que o uso de anestésicos com vasoconstrictores oferece alto risco quando combinado com a droga. “Tal uso nesse paciente pode levar a variações bruscas na pressão arterial”, afirma Moraes. De modo geral, segundo ele, grande parte das drogas causa xerostomia e estão associadas ao relapso na higiene bucal, além de os pacientes apresentarem altos índices de cárie, gengivite e doença periodontal. Para saber reconhecer esses problemas, o professor de Periodontia recomenda que, já na anamnese detalhada, o dentista conheça o paciente. “Primeiro, é preciso conhecer as respostas do paciente, seu perfil e seus limites – especialmente no que tange os motivos de uso e efeitos das medicações”, diz. Além disso, esta é uma etapa para conferir outro efeito de potencial: o da interação dos medicamentos necessários com as drogas consumidas pelo paciente. “Um exemplo pode ser o da perda da efetividade de dado contraceptivo oral, na prescrição de outra droga (por razão bucal) de efeito antagônico a essa. O dentista deve ficar atento a isso”, adverte. No atendimento bucal, muitas vezes, é preciso utilizar drogas que permitam determinado procedimento. Moraes confirma que pode haver algum impacto dessas drogas no atendimento bucal, como a perda do efeito da anestesia usada em alguns procedimentos. “A relação de perda da eficácia de antibióticos com o consumo de álcool, por exemplo, existe. Essa pode ser uma consequência indesejada que vai contra o objetivo da medicação”, diz.

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Além do álcool e do cigarro, mais facilmente reconhecidos de acordo com características físicas e mentais do paciente, é importante que o cirurgião-dentista saiba mais sobre as outras drogas que poderão aparecer na rotina de consultórios, seus sinais e sintomas. “O dentista deve, além de ler artigos e saber dos efeitos mais comuns, ter o dicionário de especialidades farmacêuticas como um dos livros de cabeceira. Lá estão boa parte dos efeitos e interações potenciais das drogas. Em caso de dúvida, o dentista deve recorrer a esse guia e esclarecer a ele, a outros colegas da saúde e ao paciente, sobre a atitude a seguir diante de um tratamento”, recomenda. A Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) define quatro tipos de usuários de drogas: experimentador, ocasional, habitual e dependente. O dentista pode desenvolver essa observação para ajudar a determinar qual tratamento e abordagem deve seguir. “A classificação da Unesco é fundamental ao dentista e a qualquer outro profissional de saúde que pretende se orientar no trato dessas situações. Sem dúvida, a diferenciação de estágios proposta pela UNESCO é válida e permite ao profissional cogitar aonde se encontra aquele paciente”, garante. E ele alerta: “É importante que o dentista lembre-se que, muitas vezes, muito antes do dependente químico chegar ao médico ou psicólogo, é ele o primeiro a ser procurado pelo paciente. Portanto, conhecer tal classificação facilita nossa comunicação com colegas da área de saúde, a quem podemos encaminhar e dividir a responsabilidade pelo tratamento, para comunicarmos nossas desconfianças e preocupações que levem a dificuldades na nossa terapia”.

Cuidados e ética A Odontologia pode aliviar a dor e, ao mesmo tempo, contribuir para a reabilitação psicossocial dos pacientes. “Ao tratar sinais e sintomas mutilantes e de desconforto, no caso de perdas dentárias ou dor, por exemplo, damos a nossa contribuição direta ao processo reabilitador de dependentes químicos”, comenta. Quando o tratamento bucal deve ser feito em usuários de drogas menores de idade, deve ser considerada, como sempre, a ética da Odontologia, garantida por um código claro que norteia a conduta e individualidade do processo. “Mesmo assim, dependendo do nível de comprometimento ou fase de vida, caberá ao responsável responder do menor pela situação”, nota. Moraes diz que os cirurgiões-dentistas seguem as mesmas diretrizes das leis e incentivos ao combate a drogas, bebidas, fumo e outras. Porém, está surpreso por outros consumos nocivos à saúde, inclusive aos dentes, não terem a devida atenção. “Surpreende-me que o uso abusivo do açúcar, que tanto afeta a saúde e a boca, não seja visto como dependência química, em casos mais extremos. Lamento o governo reduzir a carga tributária de açúcar e derivados e esquecer a escova de dentes da sua lista de incentivo, por exemplo”. O saco de açúcar, de acordo com ele, “deveria ter no seu verso o mesmo alerta do maço de cigarros, pois pode gerar dependência, se usado de forma abusiva”. Portanto, os dentistas devem conhecer os sintomas das drogas lícitas e ilícitas, além de auxiliar no consumo de alimentos e bebidas que prejudicam os tratamentos a serem aplicados, a fim de saber identificá-los e tentar detectar o tipo de problema na anamnese, antes de qualquer tratamento. Desta forma, deve orientar o paciente a fazer um atendimento multidisciplinar para auxiliar na saúde do mesmo como um todo, o que irá garantir um tratamento odontológico mais eficaz e, claro, que o paciente tenha satisfação não apenas com o atendimento do dentista, o qual procurou inicialmente, mas com a sua própria vida.

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Entrevista

Atendimento odontológico aos portadores de diabetes De acordo com a International Diabetes Federation (IFD), o Brasil está entre os 10 países com mais portadores de diabetes no mundo. A entrevista com o cirurgião-dentista Alexandre Fraige apresenta um pouco mais sobre os cuidados odontológicos direcionados ao grupo que possui tal desordem metabólica.

Por: Vanessa Navarro

Alexandre Fraige Cirurgião-dentista. Doutor pela Universidade de São Paulo – USP. Diretor do Departamento de Odontologia da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD). Atua no Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE) da Faculdade de Odontologia da USP.

Odonto Magazine – Estudos indicam que os primeiros sintomas do diabetes foram registrados no século II. A OMS estima uma expansão considerável de portadores da doença até 2030. A Odontologia brasileira está preparada para este iminente crescimento? Alexandre Fraige - O diabetes mellitus (DM) é a desordem metabólica mais comum, e sua incidência vem aumentando drasticamente nos últimos anos, tanto no Brasil como no mundo todo, principalmente devido ao envelhecimento da população, à aquisição de hábitos alimentares não saudáveis e ao sedentarismo. Dados da International Diabetes Federation (IDF) mostram um aumento entre 30% e 40% na incidência nos EUA e números semelhantes no Brasil. A mesma entidade estima que a prevalência de DM na população seja de cerca de 14 milhões de brasileiros, sendo que metade desse número não é diagnosticada e, consequentemente, não é tratada. É preciso fazer uma distinção entre os pacientes portadores de diabetes tipo 1 e tipo 2. Os pacientes tipo 1 somam apenas 10% do total de portadores de DM e, esses são de controle metabólico mais complexo e mais propensos a intercorrências durante tratamentos odontológicos, sendo recomendável que sejam tratados por especialistas. Pacientes tipo 2 têm maior estabilidade metabólica e, consequentemente, menor propensão a intercorrências. Sendo assim, a Odontologia brasileira está, sim, preparada, pois atingiu nível de reconhecimento internacional nos últimos

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anos, habilitando o cirurgião-dentista atualizado a tratar com segurança pacientes portadores de DM. Odonto Magazine – Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes foi responsável por mais de 470 mil mortes em todo o Brasil entre 2000 e 2010. Como a Odontologia pode contribuir para reverter este quadro? Alexandre Fraige - Além da quantidade expressiva de mortes devido a complicações da doença, existe também o impacto financeiro e social da patologia. Só em 2012 os EUA gastaram US$ 245 bilhões* com tratamento da doença e suas complicações. O impacto social se traduz nas amputações, cegueiras precoces, entre outras complicações, retirando milhões de pessoas da força de trabalho de nosso país. O cirurgião-dentista, como profissional de saúde, possui papel fundamental no diagnóstico precoce do DM ao encaminhar o paciente ao médico especialista. Tem também papel protagonista no manejo clínico-cirúrgico desse paciente, participando ativamente do controle de complicações bucais do DM, aconselhando-o quanto ao controle glicêmico, à aderência ao tratamento médico e odontológico e, assim, preservando a saúde bucal dessa população. Odonto Magazine – Uma pesquisa desenvolvida pelo Ministério da Saúde divulgou uma mudança negativa no regime alimentar tradicional dos brasileiros, desde a década de 1970. Este novo perfil alimentar contribui para o agravamento do dia-

Entrevista

betes, uma das doenças que mais mata no Brasil e no mundo. Como o cirurgião-dentista deve agir quando se trata da conscientização de seus pacientes sobre a alimentação adequada? Alexandre Fraige - A alimentação adequada desses pacientes deve ser individualizada pelo profissional de nutrição e varia de paciente a paciente, mas, de modo geral, o dentista deve orientar o paciente a seguir a alimentação hipossódica, pobre em carboidratos e açúcares, priorizando fibras. Devemos lembrar que, a alimentação adequada de nada vale se não há função mastigatória nessa população. O dentista tem o dever de reabilitar o paciente o quanto antes, a fim de possibilitar o mesmo a seguir as recomendações nutricionais. Odonto Magazine – Segundo a International Diabetes Federation (IDF), 50% das pessoas com diabetes desconhecem ser portadoras da doença. Como a avaliação bucal pode chegar ao diagnóstico? Alexandre Fraige - A doença periodontal é a 6ª complicação clássica da DM, sendo presente em torno de 40% dos portadores da doença, além da presença da secura bucal e de infecções oportunistas, como candidíases e herpes simples. A avaliação destas manifestações, associadas à boa anamnese e à coleta de informações sobre fatores de risco do paciente, podem levar o dentista a suspeitar da presença patologia e, consequentemente, a pedir exames diagnósticos, como glicemia em jejum e, mais atualmente, a hemoglobina glicada. Odonto Magazine – Quais são as doenças bucais mais comuns nos portadores de diabetes? Como o profissional de saúde bucal deve agir para monitorar a continuidade do tratamento?

Alexandre Fraige - Além da complicação clássica, que são as periodontopatias, o portador de DM também apresenta a xerostomia, que leva a problemas nutricionais, dificultando de sobremaneira a mastigação e deglutição de alimentos. Podemos citar também as infecções oportunistas, como a candidíase e lesões por herpes simples. O profissional deve estar atento tanto às manifestações bucais quanto ao controle metabólico do paciente, pois algumas destas manifestações cessam quando o paciente atinge um bom controle do DM. Odonto Magazine – Dados da IDF - International Diabetes Federation, relativos a 2012, apontam que o diabetes tipo 2 afeta mais de 371 milhões de pessoas no mundo. Existe um protocolo determinado pelas autoridades em Odontologia para o atendimento odontológico aos pacientes portadores da doença? Alexandre Fraige - Não existe um protocolo ou um valor específico de glicemia para o atendimento odontológico de portadores de DM. O que é recomendado é a individualização do tratamento odontológico para cada paciente, observando se o mesmo apresenta complicações microvasculares ou macrovasculares, tais como insuficiência renal, revascularizações cardíacas extensas e hipertensão arterial sistêmica, entre outras, e, assim, adaptar o procedimento à condição do paciente no momento da consulta. Uma boa fonte de pesquisa e recomendações clínicas para o tratamento odontológico em DM pode ser encontrada no periódico da American Dental Association (ADA) e em bases de dados conhecidas, como PUBMED. Vale a pena lembrar, que estes pacientes fazem uso de múltiplos medicamentos e é boa

*Diabetes Care, 2013 Apr; 36(4) : 103-46. doi : 10.2337/dc 12-2625. Epub 2013. ** Medicina Bucal: A Prática na Odontologia Hospitalar, cap. 14 , pág. 247 – 258.

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Entrevista

A saúde bucal está diretamente ligada à qualidade de vida nestes pacientes, e isso deve ser o mote principal da relação profissional-paciente

prática clínica colher todas as informações possíveis, a fim de evitar interações medicamentosas. Odonto Magazine – Quais são os cuidados especiais que os portadores de diabetes devem ter para uma boa saúde bucal? Alexandre Fraige - Os pacientes portadores de DM devem ser disciplinados para o bom controle metabólico, e isso deve refletir na higiene bucal, em que o mesmo deve seguir os três passos da higiene bucal: escovação + fio dental + bochecho com colutório adequado. O paciente tem que ser consciente de que essa é a melhor maneira de conservar a saúde da boca de maneira eficaz. Odonto Magazine - O cirurgião-dentista precisa manter um bom relacionamento com a equipe multidisciplinar envolvida no cuidado ao paciente portador de diabetes. Como essa relação pode prevenir ou minimizar complicações no tratamento do paciente com a patologia? Alexandre Fraige - O tratamento do portador de DM é multidisciplinar, obrigatoriamente. Isso é um fato, fruto de anos de pesquisa e prática clínica. O bom relacionamento com os demais profissionais envolvidos no tratamento de DM, como os médicos endocrinologistas e cardiologistas, educadores físicos, nutricionistas e enfermagem vai potencializar o efeito de cada terapêutica instituída ao paciente e, globalmente, acelerar a remissão de complicações da DM. Consequentemente, há uma aceleração na conclusão do tratamento global do paciente. Odonto Magazine – O diabetes gestacional vem ganhando cada vez mais destaque nas pesquisas relacionadas à saúde da mulher. Por não apresentar sintomas, a condição desperta o interesse da classe médica e odontológica. Como o dentista deve agir durante o tratamento odontológico das gestantes portadoras da doença? Alexandre Fraige - O estado de gravidez sempre suscita cuidados especiais, ainda mais quando associado a DM Gestacional. De maneira geral, para o primeiro trimestre (uma -12 semanas), recomenda-se que as pacientes sejam agendadas para avaliar sua saúde bucal, para informá-las das mudanças que devem esperar durante a gravidez e discutir como evitar problemas bucais característicos do estado gravídico que podem surgir a

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partir dessas mudanças. Não é recomendado que procedimentos invasivos eletivos sejam feitos neste momento. A preocupação em fazer procedimentos durante o primeiro trimestre é duplo. Primeiro, o desenvolvimento da criança está no estágio da organogênese, sendo o risco oriundo de agentes teratogênicos. E, em segundo lugar, durante o primeiro trimestre, é fato conhecido que uma em cada cinco gestações passa por abortos espontâneos. No segundo trimestre, a organogênese está completa e o risco para o feto é baixo. A mãe também teve tempo para se adaptar à gravidez e o feto não tem um tamanho potencialmente desconfortável, que tornaria mais difícil para a mãe permanecer imóvel por longos períodos. O posicionamento da grávida é importante, especialmente durante o terceiro trimestre. O útero se expande com o crescimento do feto e a placenta, que vem assentar diretamente sobre a veia cava inferior, veia femoral e a aorta. Se a mãe é posicionada em decúbito dorsal para o procedimento, o peso do útero grávido poderia aplicar suficiente pressão para impedir um fluxo de sangue através destes grandes vasos e para causar uma condição que é chamada de hipotensão supina. Nesta condição, reduz-se a pressão arterial secundária a impedido fluxo de sangue, o que provoca uma “quase-síncope”. Esta situação é facilmente sanada por um posicionamento adequado da paciente no seu lado esquerdo e elevando a cabeça da cadeira, para evitar a compressão dos vasos sanguíneos principais. O dentista não deve hesitar em consultar o(a) obstetra da paciente sempre que surgir alguma dúvida sobre a segurança de um procedimento, particularmente se existem circunstâncias especiais que estão associadas com a gravidez. Para o terceiro trimestre (25-40 semanas), o crescimento fetal continua e o foco da preocupação agora é o risco para o processo de nascimento, além da segurança e do conforto da grávida (por exemplo, o posicionamento da cadeira e evitar medicamentos que afetem o tempo de sangramento). É seguro executar um tratamento odontológico de rotina no início do terceiro trimestre. Mas, a partir de meados do terceiro trimestre, os tratamentos odontológicos invasivos devem ser evitados. Odonto Magazine – Existem restrições de medicamentos receitados pelos cirurgiões-dentistas ao paciente portador de diabetes?

Entrevista Alexandre Fraige - Existe uma grande preocupação na Odontologia quanto ao uso indiscriminado de medicamentos em geral, principalmente no uso de antibióticos. Pacientes portadores de diabetes são polimedicados, geralmente para o próprio controle glicêmico e para controle pressórico. Além desses medicamentos, o paciente pode se apresentar em uso de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes, além de outros medicamentos específicos para o controle de complicações crônicas do DM. Infelizmente, muitos dos medicamentos que o dentista prescreve rotineiramente podem interagir com os medicamentos do paciente, por isso, a coleta de todas as informações sobre medicações, mesmo que os fitoterápicos, deve ser feita cuidadosamente e depois de avaliadas possíveis interações. Odonto Magazine – Como o profissional de saúde bucal deve se comportar ao se deparar com uma complicação no tratamento do paciente portador de diabetes? Alexandre Fraige - Uma das principais complicações enfrentadas pelos dentistas durante o atendimento odontológico a pacientes portadores de DM é a crise hipoglicêmica, que se não manejada corretamente pode levar ao coma e óbito. O primeiro passo para controlar a crise é saber identificá-la. A crise ocorre quando os níveis de glicemia capilar estão abaixo de 50/70 mg/dl, e o paciente pode apresentar os seguintes sinais e sintomas: ansiedade, taquicardia, fraqueza, sudorese, confusão mental, incoordenação e tremores. Os sintomas tornam-se mais severos quando a glicemia é inferior a 40 mg/dl, podendo haver perda de consciência e convulsão. O segundo passo é contornar a crise hipoglicêmica. Se o paciente estiver consciente, administre três a quatro sachês de

gel de glucose ou meia lata de refrigerante normal. Meça a glicemia capilar em 15 minutos. Assim que a glicemia ultrapassar os 60 mg/dl, o paciente deve ingerir algum alimento fonte de proteína e carboidrato. Lanches ricos apenas em carboidratos levarão o paciente novamente à hipoglicemia. Caso o paciente esteja inconsciente, o cirurgião pode lançar mão de glucagon por via intramuscular ou subcutânea. O paciente deve recobrar a consciência em 15 a 20 minutos.** Odonto Magazine – Como as atuais tecnologias em destaque no mercado podem auxiliar o cirurgião-dentista no tratamento odontológico do paciente portador de diabetes? Alexandre Fraige - As tecnologias disponíveis no mercado visam otimizar a terapêutica odontológica, tornando-a menos invasiva, mais rápida e com maior previsibilidade de resultados. Cabe ao dentista, optar pela melhor técnica indicada ao seu paciente e se lembrar de sempre ter à mão métodos de monitorização de DM, com o uso de glicosímetros. Odonto Magazine – Ser diabético é uma condição controlável. Como a questão da saúde bucal aliada à qualidade de vida deve ser abordada pelos profissionais de saúde bucal? Alexandre Fraige - A saúde bucal está diretamente ligada à qualidade de vida nestes pacientes, e isso deve ser o mote principal da relação profissional-paciente. Essa relação deve ser construída e mantida através de comunicação direta com seu paciente, conscientizando-o sobre como o DM é perfeitamente controlável, assim como sua saúde bucal. O profissional deve focar na pessoa e não na doença.

Espaço Equipe

Danielle Ramos Cirurgiã-Dentista. Especialista em Programas Governamentais - Saúde Bucal da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Especialista em Saúde da Família pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Universidade Cruzeiro do Sul.

Abordagem odontológica dos pacientes diabéticos e hipertensos

s doenças crônicas, como hipertensão e diabetes são problemas de saúde pública e responsáveis por altas taxas de internações e comprometimento da qualidade de vida. Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que um em cada três adultos no mundo sofrem de hipertensão e, um em cada 10, tem diabetes. Os profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária têm papel importante na detecção e controle dessas doenças, quer seja no diagnóstico e conduta terapêutica, como nos esforços para informar e educar o paciente sobre a necessidade de tratamento. A abordagem integrada da equipe multiprofissional que atua na Estratégia Saúde da Família é fundamental para que esses profissionais desenvolvam ações necessárias para a recuperação e manutenção da saúde dos usuários portadores de doenças como hipertensão e diabetes.

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A atenção à saúde bucal foi também inserida neste contexto, uma vez que as afecções que acometem a cavidade bucal, dentre elas a doença periodontal, merecem atenção especial dos profissionais que atuam na atenção básica. Vários estudos relacionam às afecções da cavidade bucal com doenças sistêmicas (diabetes mellitus) e doenças cardiovasculares (hipertensão arterial). O diabetes e a doença periodontal apresentam associação bidirecional, na qual o diabetes favorece o desenvolvimento da doença periodontal que, quando não tratada, dificulta seu controle metabólico. Outro ponto importante de atenção da equipe de saúde bucal é em relação à terapia medicamentosa a qual esses pacientes são submetidos, uma vez que o uso crônico de medicamentos anti-hipertensivos pode levar a alterações bucais, por exemplo: xerostomia, reações liquenóides e hiperplasia gengival. É fundamental que o dentista, como parte da equipe de saúde, conheça os efeitos das drogas que são geralmente usadas no

Espaço Equipe

tratamento destas doenças e suas interações farmacológicas. Além disso, o cirurgião-dentista desempenha papel de destaque na detecção da hipertensão, pois tem contato com os pacientes em inúmeras consultas, o que favorece a diversas oportunidades de observação, podendo levar a suspeita para o correto diagnóstico deste agravo. Muitas vezes, a crise hipertensiva pode ocorrer durante o atendimento odontológico em decorrência de uma somatória de estímulos, como dor e estresse. O controle da pressão arterial dos pacientes é tarefa fácil e constitui aspecto importante, visto que os pacientes hipertensos frequentemente são assintomáticos. Durante o atendimento odontológico aos pacientes com comprometimento sistêmico, é importante que o cirurgião dentista reúna o maior número de informações na primeira consulta e tenha acesso à história médica. Uma anamnese bem realizada, associada à avaliação física, como aferição da pressão arterial e uso de monitor de glicemia para avaliação do nível glicêmico do paciente, pode garantir maior seguran-

ça durante o atendimento clínico, evitando-se o desenvolvimento de situações de emergências. Nos últimos anos, a Odontologia vem se dedicando na promoção à saúde através de práticas que enriquecem e aperfeiçoam as ações preventivas e terapêuticas fundamentadas no organismo como um todo, uma vez que relacionam as alterações bucais como causa e efeito de outros problemas orgânicos. A abordagem integrada da equipe multiprofissional na Estratégia Saúde da Família quer seja do médico, do enfermeiro ou do cirurgião-dentista, faz com que os pacientes sintam-se mais acolhidos, melhorando a adesão ao tratamento e o vínculo usuário/equipe, refletindo positivamente no controle das doenças, como hipertensão e diabetes. Sendo assim, façamos nosso papel com qualidade, auxiliando na prevenção e promovendo a saúde. É de suma importância que cada um de nós, profissionais da Odontologia, entenda que temos condições de oferecer uma vida melhor para nossos pacientes e de auxiliar outros colegas da saúde em um cuidado integral e mais tranquilo.

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Relacionamento

Inovação e tecnologia em prol da saúde e bem-estar

Rodrigo Ribeiro Gerente Senior da Categoria de Health & Wellness na Philips. Responsável pelas marcas Avent e Sonicare. Engenheiro elétrico pela Universidade Mackenzie e MBA pela Brigham Young University.

Trajetória Inspirada na tecnologia já usada nos consultórios odontológicos, a marca Sonicare foi criada em 1987 por David Giuliani, com a ajuda dos professores David Engel e Roy Martin, da Universidade de Washington. Em 2000, a marca de saúde bucal foi integrada à Royal Philips (NYSE: PHG, AEX: PHIA), uma empresa diversificada de saúde e bem-estar, com foco em melhorar a vida das pessoas por meio de inovações oportunas nas áreas de Healthcare, Consumer Lifestyle e Lighting.

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A Philips é destaque em soluções para cuidados cardíacos, cuidados com a saúde em casa, soluções eficientes em iluminação e novas aplicações de iluminação. No Brasil, a empresa atua há 89 anos e é importante nos mercados locais de eletroeletrônicos, eletrodomésticos portáteis, produtos para cuidados pessoais, lâmpadas, aparelhos de raios-X e sistemas de monitoramento de pacientes. Nos últimos anos, a Philips vem caminhando para se tornar cada vez mais, uma empresa líder em saúde e bem-estar,

Relacionamento distanciando-se do negócio de eletrônicos. A entrada no setor de saúde oral no Brasil, com a Sonicare, reflete o objetivo da empresa em continuar a liderar a agenda de inovação no mercado brasileiro de cuidados pessoais, com investimentos consistentes em produtos que atendam as necessidades dos consumidores, que estão em busca de produtos que oferecem benefícios e resultados reais.

dental de forma delicada e eficaz e ajudar a polir a superfície dos dentes.

Mercado de escovas elétricas Ao longo de mais de 20 anos, a Sonicare tem mudado o modo como mais de 15 milhões de pessoas cuidam da saúde oral ao redor do mundo. Em países, como os Estados Unidos, por exemplo, a penetração de escovas sônicas chega a 45%. São mercados mais maduros, onde o consumidor já conhece as vantagens do produto. As escovas Sonicare já foram descritas pela revista Forbes, durante um encontro anual da American Dental Association, como “O Rolls-Royce do mercado de escovas elétricas”. Com os benefícios mais claros, o consumidor tem muito mais confiança em adotar uma rotina de higiene oral com recursos mais avançados. O nosso objetivo é transformar a cultura de saúde bucal também no Brasil, que é hoje o terceiro maior mercado de higiene bucal no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e China. Queremos mostrar para o brasileiro o que esses produtos podem fazer pela saúde oral através de uma escovação e limpeza muito mais simples e eficientes. Estimamos que o Brasil tenha um mercado de aproximadamente 800 milhões de Euros de escovas de dente, com mais ou menos 95% de penetração. No entanto, o ticket médio da categoria é muito baixo, e a categoria de escovas sônicas no Brasil, praticamente não é explorada. Esse foi um dos fatores que despertaram o nosso interesse em investir no mercado brasileiro. Em todo o mundo, os dentistas são incentivadores do uso de escovas elétricas, por conhecerem e reconhecerem seus benefícios. Por isso, traçamos uma estratégia de relacionamento com os profissionais brasileiros, para que eles possam ter acesso às informações dos produtos e possam recomendar aos seus pacientes. O portfólio da nossa marca, que já é sucesso em mais de 20 mercados ao redor do mundo, incluindo França, Reino Unido e Japão, estreia no Brasil com o lançamento da escova elétrica sônica, nas versões FlexCare Platinum e HealthyWhite, e com o limpador interdental elétrico Airfloss.

A escova possui três modos de escovação: Clean, que remove a placa; White, que limpa e favorece o branqueamento dos dentes; e o Gum Care, que limpa os dentes e massageia as gengivas para ativar a circulação e combater doenças gengivais.

Tecnologia sônica A eficiência da tecnologia sônica patenteada pela Philips Sonicare é comprovada por mais de 175 estudos clínicos e laboratoriais em mais de 50 universidades e instituições pelo mundo todo. As escovas apresentam um mecanismo exclusivo que dinamiza a ação de limpeza através de movimentos velozes (30 mil vibrações por minuto) capazes de direcionarem o fluido entre os dentes e ao longo da linha da gengiva, removendo a placa bacteriana até mesmo nos locais mais difíceis.

Limpeza profunda Projetada para proporcionar uma limpeza mais profunda entre os dentes, a Philips Sonicare FlexCare Platinum remove até sete vezes mais placa bacteriana entre os dentes do que uma escova comum, e vem equipada com a inovadora cabeça InterCare, especialmente projetada para remover a placa

A Philips Sonicare FlexCare Platinum também conta com três níveis de intensidade, que ajudam o usuário com mais sensibilidade a ter uma escovação confortável. Um dos diferenciais da escova é o inovador sensor de pressão intuitivo, que sinaliza quando a escovação é feita com muita força e, automaticamente, reduz a frequência. Isso ajuda o usuário, que coloca força desnecessária na escovação, a não machucar as gengivas.

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Relacionamento Sorriso brilhante A HealthyWhite é uma versão que foi especialmente desenvolvida para oferecer os benefícios essenciais para um sorriso bonito e brilhante, e é ideal para quem não precisa de tantas funções.

se encaixar naturalmente nos dentes e alcançar mesmo os lugares mais profundos na boca.

Um conceito inovador Com mais de dois milhões de unidades vendidas ao redor do mundo, o limpador interdental elétrico Sonicare Airfloss é uma alternativa para pessoas que têm dificuldade em usar o fio dental regularmente.

Com a facilidade de limpar entre todos os dentes em apenas 30 segundos, o grande benefício é a praticidade, que não é encontrada em qualquer outro item de higiene oral. Basta encaixar a ponta do Airfloss entre os dentes e apertar o botão, depois deslizar pela linha da gengiva e repetir a ação entre cada espaço interdental. Através de um jato rápido de ar e micropartículas de enxaguante bucal ou água, ele alcança fundo entre os dentes e remove até cinco vezes mais placa bacteriana, ajudando, assim, a prevenir a gengivite, com resultados em apenas duas semanas.

Vantagens para toda a família

No modo Clean, a HealthyWhite remove até 100% mais placa dental do que uma escova manual e, no modo Clean & White proporciona, além da remoção de placa, a limpeza de até 90% das manchas superficiais dos dentes. A escova é oferecida com a cabeça ProResults, cujo formato das cerdas foi projetado para

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Uma das vantagens dos produtos Philips Sonicare é o fato de poderem ser utilizados por toda a família. Ao comprar a base da escova ou do limpador, cada membro da família pode ter a sua ‘cabeça de escova’. Uma única base é compartilhada por todos, sem riscos à higiene bucal. Além disso, qualquer cabeça da marca serve em todas as escovas da Philips Sonicare e podem ser adquiridas separadamente. Com isso, cada usuário pode comprar o modelo que melhor atende a sua necessidade.

Ponto de Vista

Qualidade de vida em foco

Arsenio Sales Peres Cirurgião-dentista. Livre Docente em Ética e Legislação. Mestre em Deontologia e Odontologia Legal. Doutor em Odontologia Preventiva e Social. Professor Associado do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo - FOB-USP.

apo sério, de colega para colega, como anda sua qualidade de vida? Vou me abdicar, neste curto ensaio, da praxe editorial dos artigos científicos para focar no cotidiano laboral do cirurgião dentista, no que diz respeito aos seus afazeres, deveres, direitos e buscar uma reflexão de como lidamos com nossa qualidade de vida. Vamos juntos? ‘Gostadores’ que somos do trato ao ser humano, debruçamonos sobre tarefas que visam recompor a função mastigatória, a estética, o sorriso e a autoestima do próximo (nosso pa-

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ciente), com a maestria de um monge e aplicando a habilidade que nos é inexorável, tudo aliado à sabedoria que retrata o perfil profissional da glamorosa Odontologia. Tratamos da saúde de nosso semelhante com galhardia! E a nossa saúde? Especificamente, a qualidade de vida, assaz lembrada em palavras e, pouco cuidada em gestos e atos concretos? Quando cometemos um ato isolado contra o nosso próprio bem-estar, estamos sendo negligentes com nosso organismo, mas ao repeti-lo de forma sucedânea, somos imprudentes. Um

Ponto de Vista

Lembre-se de que é um ser humano e não uma máquina, e o bem último do homem é ser feliz!

ato isolado pode representar muito pouco, mas a sucessão de atos é uma conduta viciosa. Já pensou nisso? O que fazer? Costumo dizer que é muito mais fácil criticar do que construir, porém, cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém, nesta seara passamos a ponderar sobre o dia a dia do clínico. Preliminarmente, devemos contextualizar o tempo de trabalho e a jornada diária. Lembro-me quando ainda acadêmico dos sábios ensinamentos de Olavo Bergamaschi Barros, que bradava: “divida o dia em três, um terço para o trabalho, um terço para a família/lazer e o derradeiro terço para dormir”. Assim fazemos? A desculpa de ordem é a vida moderna! Que seja os dias atuais, o século XXI, mas a intensidade de ofertas a uma vida saudável é muito mais palpável. Ônus e bônus. Reflitam, façam suas opções. Saúde física e mental são aspectos superlativos para um ótimo desempenho profissional. Fato posto, adote cautelas para um padrão de qualidade de vida aceitável. Comece pela rotina de consultório, quer seja autônomo ou empregado. Em nossa disciplina de orientação profissional, que ministramos aos acadêmicos, procuramos incutir a real necessidade do alongamento antes do início das atividades operacionais e, a cada 50 minutos, uma pequena pausa para revitalizar olhos, corpo e mente. Pessoal auxiliar em Odontologia, não se trata de mais uma necessidade, é pré-requisito para uma vida profissional saudável, segundo o triângulo ergonômico de Welly garante a saúde, o conforto e a eficiência. Escolha o seu período ideal para realizar os serviços e procedimentos odontológicos que exigem mais de você, e fique claro que cada qual tem a sua hora de pico máximo e mínimo, salvo raras exceções. A exodontia de um terceiro molar em posição anômala, por exemplo, logo no início da tarde e após a refeição pode ser exaustiva para alguns colegas, mas para outros, uma simples rotina. Posicione-se adequadamente, veja quadrante, dente, iluminação, delegação aos auxiliares, material (instrumental e insumo) adequado ao serviço ou procedimento e se aquele paciente é colaborador ou não. Não inicie nada sem planejamento e aquiescência do cliente. Seu estresse será ínfimo! O estresse chega a ser inevitável, caso se sinta em solidão ao trabalhar, somado ao desgaste físico, incerteza de mercado, direitos do consumidor, horários apertados, exigência

de produtividade (quando empregado), equipamentos com instalações inadequadas e tantas outras especificidades do cirurgião-dentista. Então, lembre-se de que é um ser humano e não uma máquina, e o bem último do homem é ser feliz. Seja feliz! Porém, a felicidade é um ato de reciprocidade, ao fazer seu cliente feliz, por consequência sentir-se-á feliz. Se buscares somente sua felicidade, não poderás estar em plenitude, sua qualidade de vida começa com seu bom humor. Sorria sempre no seu ambiente de trabalho, por mais hostil que o seja ou possa parecer. Nunca leve ao serviço seus problemas familiares/pessoais e, a recíproca é verdadeira. Seu expediente se encerra com o último agendamento do dia. Sempre haverá outro dia. Adversidades, todos as colecionam, construa uma postura de vida proativas na profissão; administre o seu tempo, procure não executar nada sem um raciocínio prévio; afeto as pessoas é muito importante, cultive aqueles que merecem seus cuidados; tire alguns momentos do dia para relaxar, independente de circunstâncias ou preocupações; exercício físico como regra de vida; se necessário, terapias, como relaxamentos e massagens; alimentação condizente com o que se quer como padrão de referência pessoal, toda regra tem sua exceção; muito cuidado com hábitos nocivos à saúde, como uso excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo, automedicação (inclui os antidepressivos, moderadores de apetites e outros); e, por fim, acredite no que faz. Ao aceitarmos a ideia que qualidade de vida é um termômetro que mensura em quantos graus anda nossa satisfação com a profissão e todo o entorno em que vivemos, devemos verificar se andamos frios por demais, apáticos ou imersos a um caliente sabor de contentamento. Afinal, a Odontologia que praticamos é envolvente e interage com o bem espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, sem podermos nos abdicar dos relacionamentos sociais, familiares, vínculos de aproximação, como coleguismo e amizades e, de forma indelével com a saúde, educação, poder de compra, habitação e outras circunstâncias que gravitam pelas nossas vidas. Há um erro crasso ao confundirmos qualidade de vida com padrão de vida, este último termo somente expressa e quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis ao ser humano. Não nos esqueçamos de que a Odontologia Brasileira é dedicada, estudiosa e muito acima da média mundial.

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Coluna - Marketing Gestão e Marketing

Planeje o sucesso da sua clínica Éber Eliud Feltrim Graduado e pós-graduado em Odontologia. MBA em Marketing (FGV e OHIO University). Cursos em Washington – DC (EUA), San Francisco – CA (EUA) e koln (Alemanha). Professor de Marketing Empresarial para o curso de pósgraduação em Administração de Empresas (FGV/Centro Hermes – Unidade Marília). Professor de Marketing para o Curso de Especialização em Odontologia (USP/ Funorp). Gestor do Grupo SIS – Consultoria em Marketing. feltrimp@uol.com.br

o atual mercado, extremamente competitivo, executar a técnica com excelência de qualidade nada mais é, na percepção do paciente, do que uma obrigação do profissional. Apenas a excelência técnica não determina sucesso de um profissional. É importante enxergar a clínica como uma empresa, independente de trabalhar na pessoa jurídica ou física, e como tal, é necessária uma administração profissional. A gestão familiar, sem gerenciamento, pode levar o negócio ao fracasso. Então, é primordial que os profissionais da área da saúde busquem conhecimentos da área de gestão e finanças. A técnica que se aprende na faculdade precisa ser de excelência. Gestão sem técnica aprimorada não funciona. Gestão + técnica = sucesso!

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O departamento financeiro é o coração da clínica. Em finanças, podemos enumerar pontos importantes a serem seguidos na gestão de seu negócio, e o primeiro passo a ser dado é um mapeamento de todo o sistema financeiro da clínica. Como disse Chiavenato “o que não se pode medir, não se pode administrar”. Ter metas e objetivos só é possível se mapearmos onde estamos atualmente. Um trecho clássico de ‘Alice no país das maravilhas’: se não sabemos onde estamos, ir a qualquer lugar, serve. Com isso, queremos falar do que consideramos o importantíssimo ponto de partida para o sucesso de toda e qualquer ação dentro da uma clínica: um diagnóstico bem feito e preciso no seu setor administrativo e financeiro. O diagnóstico consistente é que assegura um planejamento de resultados. É importante seguir três passos.

Primeiro passo: onde estou? Saiba onde sua clínica está, em números. Isso é possível por meio de um mapeamento como sugerimos nesse QR Code. Conheça todas as despesas, receitas, pacientes atendidos, pacientes novos e taxa de conversão. Anote tudo, tudo! Preencher o mapeamento financeiro é simples e nós podemos te ajudar nessa tarefa. A metodologia para preencher os dados depende de cada um e deve ser algo que não te atrapalhe, que não se torne penoso; devem-se fazer os lançamentos uma vez ao dia ou uma vez por semana, como preferir. O importante é, que no final do mês, os números mostrem a realidade do seu negócio. É importante enxergar a clínica como empresa e não uma extensão de sua vida pessoal. Muitos profissionais pecam por acreditar que todo o dinheiro que entra na clínica pode ir direto para o bolso. Errado! O profissional deve ter seu pró-labore. As informações obtidas pelo preenchimento do mapeamento financeiro devem refletir exatamente a realidade da clínica; informações incorretas ou imprecisas poderão produzir estratégias também equivocadas e o resultado, portanto, será diferente do esperado. Esse mapeamento tem o intuito de facilitar sua vida, mostrando de forma rápida e fácil o seu negócio; por isso, preencha-o com calma.

Segundo passo: para onde quero ir? Após saber onde sua clínica está, você deve definir metas de aonde quer chegar, em números. Algumas perguntas importantes que merecem respostas antes de começar o ano: Quantos pacientes novos minha clínica precisa captar por mês? Como geramos receita e como posso ampliar minha rentabilidade? Quantos % eu preciso ampliar? Quem são meus clientes e o que me diferencia dos demais profissionais? Minha clínica está usando toda sua capacidade produtiva ou tenho ociosidade?

Terceiro passo: como vou chegar lá? De nada adianta o primeiro e o segundo passos serem bem executados e não servirem de nada. Você deve traçar o planejamento financeiro a ser seguido para que alcance esses objetivos. Apenas querer crescer não basta. É necessário agir para alcançar essas metas. Segundo Gitmann, o planejamento financeiro é um aspecto importante das atividades da empresa, porque oferece orientação para a direção, coordenação e o controle das providências tomadas pela organização para que atinja seus objetivos. O que apresentamos é um roteiro didático de como fazermos um planejamento. Pode até parecer meio complicado ou que significa perder tempo; para alguns, pode-se até pensar em “atraso de vida”, mas lembre-se: é o seu negócio e se não houver tempo para seu negócio, os resultados poderão ser sempre os mesmos, e o pior, sem melhoria alguma. Então, mãos à obra!

Caso Clínico

Estética em dentes anteriores superiores: coroas totais e facetas em cerâmica

Frederico dos Reis Goyatá Mestre e Doutor em Prótese. Pós Doutorando em Prótese. Professor de Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia Unifal - Alfenas, MG. Professor e Coordenador dos Cursos de Pós Graduação em Prótese da EAP - ABO Barra Mansa - RJ.

Fabiano Vieira de Landa

Especialista em Prótese e Mestre em Clínica Odontológica. Professor dos Cursos de Pós Graduação em Prótese da EAP - ABO - Barra Mansa - RJ.

fredgoyata@oi.com.br

urante alguns anos, a opção de tratamento restaurador para dentes anteriores escurecidos e com alteração de forma convergia para a utilização das resinas compostas e das coroas totais metalocerâmicas A partir do uso das cerâmicas, no início do século XX, com as facetas laminadas, foi introduzida uma nova opção clínica para os casos que envolviam estética em dentes anteriores1-3. As cerâmicas feldspáticas são indicadas para confecção de facetas indiretas, pois atendem ao princípio da biomimética, com propriedades mecânicas, biológicas e ópticas semelhantes a dos tecidos dentais4-6. Têm sido muito utilizadas para confecção de facetas laminadas e restaurações do tipo inlay e onlay. Apresentam resultados clínicos bastante satisfatórios com eficiência estética7. A adesão do material restaurador ao substrato dental pela técnica de cimentação adesiva proporciona maior segurança e previsibilidade ao tratamento, quando bem planejada e executada pelo cirurgião-dentista8-10. Uma das principais causas de insucesso em reabilitações cerâmicas, as falhas na cimentação, atribuíram a um tratamento interno inadequado da superfície cerâmica uma das principais causas destas falhas11. Dentre as opções de tratamento de superfície, destacam-se como as mais utilizadas: o condicionamento com ácido hidrofluorídrico (HF 10%), o jateamento interno da superfície com partículas de óxido de alumínio (50 micrometros) e a silicatiza-

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ção. Nos métodos de tratamento de superfície é sempre importante a aplicação de agentes anfóteros (silano), subsequente ao tratamento12. O objetivo deste trabalho é demonstrar, com um relato de caso clínico, a confecção de três facetas em cerâmica de dissilicato de lítio nos dentes 12, 21 e 22 e uma coroa total no dente 11, a fim de restabelecer a função e estética ao paciente.

Caso clínico Paciente do gênero feminino, 50 anos, compareceu à Clínica do curso de Atualização em Prótese Fixa, da ABO - Barra Mansa RJ, queixando-se da aparência do seu sorriso. Após anamnese e exame clínico, constatou-se que os dentes 12, 11, 21 e 22 apresentavam-se com várias restaurações insatisfatórias e com a estética comprometida (figuras 1, 2 e 3). Com a finalidade de obter um tratamento estético com longevidade clínica, optou-se por facetas e coroa total em cerâmica à base dissilicato de lítio. A paciente assinou um termo de livre consentimento esclarecido, presente no prontuário de atendimento clínico, autorizando o tratamento e as fotografias. Inicialmente, moldaram-se os arcos superior e inferior com alginato e confeccionou-se modelos de estudo montados no articulador semiajustável, para obter o enceramento diagnóstico (figura 4). Foram realizados três moldes em silicona de condensação (Optosil, Heraeus, Alemanha) para guiar os desgastes e os provisórios (figura 5).

Caso Clínico Os preparos foram executados seguindo a técnica da silhueta com pontas diamantadas 2135, 2200, 3118 (KG Sorensen, Brasil), sempre com o auxílio do guia em silicone para verificar a espessura do desgaste (figura 6). Procedeu-se ao afastamento gengival com fios de algodão # 00 e 0 (Retraflex, Biodinâmica, Brasil) e moldou-se com silicona de adição (Express XT, 3M ESPE, EUA) pela técnica simultânea. O registro oclusal foi obtido com silicona de adição (Flextime Bite, Heraeus, Alemanha) (figura 7). As restaurações provisórias em resina bisacrílica (Proviplast, Biodinâmica, Brasil) foram confeccionadas a partir do guia em silicona e cimentadas com cimento de óxido de zinco sem eugenol incolor (Provitemp, Biodinâmica, Brasil) (figura 8). Enviou-se o molde, o modelo do arco antagonista e o registro oclusal ao laboratório de prótese dentária para confecção das próteses (figura 9). As facetas e a coroa total foram provadas em boca e realizaram-se os ajustes nos pontos de contato para melhor adaptação (figura 10). Com as próteses finalizadas, foi realizado o preparo das superfícies internas das facetas com HF 10 % (Ataque F, Biodinâmica, Brasil) por 30 segundos e aplicação do silano (Silano, Biodinâmica, Brasil). Aplicou-se um adesivo (Master Bond, Biodinâmi-

ca, Brasil) e fotoativou-se por 20 segundos (figuras 11, 12 e 13). Foram removidas as próteses provisórias e procedeu-se ao isolamento do campo operatório. Realizou-se uma profilaxia dos preparos com pedra-pomes e água com escova de Robinson. Condicionou-se os preparos cavitários com ácido fosfórico a 37% (por 20 segundos, lavagem e secagem por 40 segundos e aplicação do sistema adesivo - Master Bond, Biodinâmica, Brasil) primer e adesivo nesta sequência e fotoativação por 20 segundos (figura 13). Para a cimentação das facetas, em sequência, utilizou-se um cimento resinoso fotoativado cor A3 (Master Cement LC, Biodinâmica, Brasil). Iniciou-se a cimentação pela faceta do dente 12, depois do dente 22 e 21. Finalizou-se com a coroa total no dente 11, com cimento resinoso dual Master Cement (Biodinâmica, Brasil). Fotoativou-se por 40 segundos e removeram-se os excessos de cimento com lâmina de bisturi #12 (figuras 14, 15, 16 e 17). Checou-se os contatos oclusais e procedeu-se ao acabamento com pontas de silicona abrasiva e escova de carbeto de silício (Sistema Jiffy, Ultradent, USA). Após a conclusão da reabilitação, foi possível observar uma interação funcional e estética das próteses, conferindo satisfação e autoestima à paciente (figuras 18, 19 e 20).

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Sorriso inicial.

Aspecto clínico inicial - close-up.

Aspecto clínico inicial.

Modelos de estudo e enceramento diagnóstico.

Fevereiro de 2014

Caso Clínico

Figura 5

Figura 6

Figura 7

Figura 8

Figura 9

Figura 10

Guias em silicone.

Moldes e registro em silicona de adição.

Facetas e coroa em cerâmica.

Fevereiro de 2014

Preparos dentários.

Provisórios em resina bisacrílica.

Provas das restaurações.

Caso Clínico

Figura 11

Figura 12

Figura 13

Figura 14

Figura 15

Figura 16

Condicionamento ácido HF 10%.

Condicionamento ácido do dente.

Cimentação da faceta no dente 12.

Silanização.

Cimentação da faceta no dente 22.

Cimentação da faceta no dente 21.

Fevereiro de 2014

Caso Clínico

Figura 17

Figura 18

Figura 19

Figura 20

Considerações finais

5. Manta GF, Goyatá FR, Bertoldo SL Restabelecimento do Sorriso com Clareamento Dental, Resina Composta e Facetas em Cerâmica. Clínica - Int J Braz Dent. 2011;7(2):148-54. 6. Rezende MO, Cardoso PC, Rodrigues MB, Porfírio W. Laminados Cerâmicos Minimamente Invasivos. Clínica - Int J Braz Dent. 2009;5(2):182-92. 7. Valle AL, Martins LM, Tawil RC, Pimentel GHD, Rodrigues MGS, Ramos, MB, Lorenzoni FC. Sistemas Cerâmicos Atuais: Revisão de literatura. Rev Dental Press Estét. 2010;7(1):106-17. 8. Kina S, Bruguera A. Invisível: Restaurações Estéticas Cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2008. 9. Magne P, Belser U. Restaurações Adesivas de Porcelana na Dentição Anterior: Uma Abordagem Biomimética. São Paulo: Quintessence; 2003. 10.Bona AD. Adesão as Cerâmicas-Evidências Científicas para o uso Clínico. São Paulo: Artes Médicas; 2009. 11.Blatz MB, Sadan A, Kern M. Resin-ceramic bonding: a review of the literature. J Prosthet Dent. 2003;89:268-74. 12.Addison O, Marquis PM, Fleming GJP. The impact of hydrofluoridric acid surface treatments on the performance of a porcelain laminate restorative material. Dent Mat. 2007(23):461-68.

Aspecto final - após cimentação da coroa no dente 11.

Aspecto clínico final - close-up.

As facetas e as coroas em cerâmica representam uma modalidade de tratamento restaurador estético que possibilita ao paciente resultados bastantes satisfatórios e com excelente longevidade clínica. É extremamente importante que o dentista realize um planejamento correto - com enceramento diagnóstico em modelos de estudo - e conheça as propriedades dos materiais dentários restauradores e os cimentos resinosos.

Referências

1. Goyatá FR, Manta GF, Cunha LG. Reabilitação Funcional e Estética com Próteses Fixas. Clínica – Int J Braz Dent. 2011;7(1):88-97. 2. Goyatá FR, Ferraz CA, Barbosa M, Simões R, Zouain-Ferreira TRF. Restauração de incisivos laterais conóides com resina composta R Dent Press Estet. 2007;4(4):50-60. 3. Queiroz APG, Goyatá FR, Zouain-Ferreira TFR, Ferreira ACR. Estética em Dentes Anteriores: Clareamento Dental e Resina Composta. Dent Sci. 2008;2(8):281-90. 4. Aquino APT, Cardoso PC, Rodrigues MB, Takano AE, Porfírio W. Facetas de Porcelana: Solução Estética e Funcional. Clínica - Int J Braz Dent. 2009;5(2):142-52.

Fevereiro de 2014

Aspecto clínico final.

Sorriso final.

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Caso Clínico

Reabilitando pacientes de uma forma complexa: do enxerto até a finalização protética

Alexandre Said Bussab Especialista em Implantodontia pela Associação Brasileira de Odontologia de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Reabilitação. Diretor clínico da Dental Saúde. www.clinicadentalsaude.com.br

abemos da complexidade e tempo para reabilitarmos pacientes edêntulos, principalmente quando a quantidade e qualidade óssea e os tecidos moles não são favoráveis. Para o correto planejamento dos pacientes com maxila atrófica, que é um desafio na reabilitação estético funcional, levamos em relevância vários fatores, como idade, sexo e condições de higienização. Para devolvermos ao paciente sua autoestima e restabelecermos as funções estética e fonética, em alguns casos, necessitamos de um planejamento completo desde o enxerto até a finalização protética. O caso aqui apresentado traz um paciente do sexo masculino, com 60 anos de idade e com condições ósseas mínimas na arcada superior e alguns dentes abalados na inferior (figura 1). Não havia condições satisfatórias de função e nem de estética, como podemos verificar na figura 2. Foram solicitados todos os exames necessários, ente eles: sangue, tomografia e os complementares de imagens. O enceramento foi realizado para que fosse possível avaliar a quantidade e o posicionamento de enxertos e implantes, para, assim, garantirmos a manutenção dos tecidos moles e suportes labiais. Neste caso, foi utilizado o osso de banco, uma peça grande de anel de fêmur, na qual separamos blocos para região anterior e trituramos para a região de seios. Os implantes foram HE de plataforma 4.1 osseointegráveis. A finalização foi praticada com protocolos realizados em zircônia.

Fevereiro de 2014

Iniciamos a fase cirúrgica com a sedação do paciente em centro cirúrgico. Os dentes inferiores foram removidos e foi realizada a colocação de quatro implantes. Já na arcada superior, devido às poucas condições ósseas, realizamos o levantamento de seio bilateral e a colocação de enxerto em bloco parafusado nas regiões anteriores (de canino a caninos), além da colocação de mais seis implantes (figura 3). No mesmo dia, foi prosseguida a reabilitação com próteses provisórias, fixas parafusadas na arcada inferior e prótese total na arcada superior. Estas já programadas no enceramento e provadas anteriormente à cirurgia. Após acompanhamento de sete meses, foi iniciada a confecção das próteses, começando pela arcada inferior. Foi feita a moldagem e escaneamento. Foi iniciado o protótipo do protocolo em resina. O equipamento utilizado foi da Zirkonzahn. Após provas e ajustes, o escaneamento foi realizado novamente, para confecção da peça final em zircônia (figura 4). Usinamos o bloco em zircônia na máquina da Zirkonzahn e sinterizamos o mesmo, para iniciarmos a caracterização. Na arcada superior, foi iniciada a abertura dos implantes e colocação de uma provisória parafusada, para estabilização dos implantes. Nesta fase, o protocolo em zircônia já estava pronto (figura 5). A reabilitação foi finalizada com prova do protótipo superior e colocação do protocolo em zircônia (figura 6). Foi possível reabilitar todas as funções, garantindo ao paciente a segurança e a autoestima (figuras 7, 8 e 9).

Caso Clínico

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

Estágio inicial: condições ósseas mínimas na arcada superior e alguns dentes abalados na inferior.

Remoção dos dentes inferiores e colocação de quatro implantes. Na arcada superior, enxerto em bloco parafusado nas regiões anteriores (de canino a caninos) e colocação de mais seis implantes.

Caracterização da arcada inferior; na superior, abertura dos implantes e colocação de uma provisória parafusada.

Função estética prejudicada.

Confecção da peça final em zircônia.

A reabilitação finalizada com a prova do protótipo superior e colocação do protocolo em zircônia.

Fevereiro de 2014

Caso Clínico

NORMAS PARA PUBLICAÇÂO

A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínicogerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas. Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www. odontomagazine.com.br Os trabalhos devem atender as seguintes normas: 1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista. Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor. 2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: vanessa.navarro@vpgroup.com.br. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em altaresolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho. 3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver. 4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio. 5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento. 6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site. 7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico. 8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine. 9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado. 10) Qualquer correspondência deve ser enviada para: Vanessa Navarro - Odonto Magazine Alameda Madeira, 53 – conj. 92 - 9º andar Alphaville – Barueri - SP CEP: 06454-010 11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail. 12) Informações:

Figuras 7, 8 e 9

Conclusão do procedimento.

Fevereiro de 2014

Editora e Jornalista Responsável Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506