Panorama Hospitalar 08 - Setembro 2013

Page 1

Panorama Gestão - Tecnologia - Mercado

Ano 1 • No 08 • Setembro/2013

w w w. r evis tapan o ramah o s pita la r.com.br

Entrevista do mês

Henrique Prata do Hospital de Câncer de Barretos amparo maternal

Hospital de São Paulo inaugura nova UTI com Projeto Canguru.

Case Study

Ala Vip do Hospital Paulistano é referência em hotelaria premium.



Editorial

Panorama Edição: Ano 1 • N° 07 • Agosto de 2013 Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7501 Gerência Geral Marcela Petty e. marcela.petty@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7502 Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7761

Atendimento diferenciado

Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7765 Marketing Ironete Soares e. ironete.soares@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500 Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7521 Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7763 Analista de Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7707 Sistemas Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br t. +55 (11) 4197.7762 Editora Viviam Santos e. viviam.santos@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7766 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7760 Publicidade - Gerente de Contas Rosana Alves e. rosana.alves@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7769 Publicidade - Gerente de Contas Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7768

H

otelaria hospitalar é um dos fatores que pacientes exigentes consideram essencial num hospital, quando há diferenciais em humanização, ambientação e inovações. Trazemos como exemplo desse tipo de atendimento em nosso Case Study da edição, onde mostramos como tudo funciona na Ala Vip do Hospital Paulistano – onde até a água é diferenciada! Neste caso, é um atendimento aos pacientes de planos de saúde premium. Um caso de atendimento exemplar e humanizado no Sistema Único de Saúde (SUS) é no Hospital de Câncer de Barretos, o qual conta com doações para conseguir manter um hospital de diferentes especialidades da Oncologia e com 650 leitos em seus alojamentos, para abrigar pacientes que moram até dois mil quilômetros distantes do hospital. Tudo para oferecer uma vida mais tranquila ao paciente durante seu tratamento. E ainda é considerado referência em diversos aspectos, dentre eles o próprio atendimento. Confira como é mantido o hospital na Entrevista do mês, com o gestor Henrique Prata. Outro hospital que buscou humanização e conforto aos pacientes foi o Amparo Maternal, de São Paulo, que está praticando o “Projeto Canguru” – no qual as mães podem ficar com seus recém-nascidos o tempo todo em contato, enquanto descansam em uma confortável poltrona reclinável. A matéria que mostra as instalações do hospital está na seção Mundo Hospitalar. Esses casos mostram que, nas diferentes realidades, do hospital público ou privado – premium ou não -, o gestor pode encontrar uma solução para que o atendimento e as instalações de internação sejam os melhores possíveis e com diferenciais. Boa leitura!

A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online s. www.revistapanoramahospitalar.com.br Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: HR Gráfica

Viviam Santos

Editora

comunicação integrada

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br comunicação integrada

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

3


Sumário

NESTA EDIçÃO

36 Case Study

Inaugurada em 2008, hospedagem especial para paciente de planos de saúde premium serve de modelo para outros hospitais.

18 ENTREVISTA

Gestor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata.

NotÍcias Takeda apoia novo aplicativo

sobre alergia para médico HCor contrata o Dr. Gilberto Lopes

06 07

para novo núcleo de oncologia GE Healthcare

07

Produtos e Serviços

tem novo diretor comercial para o Brasil Laboratório do RJ adquire

tecnologia inovadora para triagem neonatal Tecnologia substitui

Chiller

08

LabAdvance 09

Excelsa i 2206

fraldas em homens submetidos à cirurgia de próstata Carestream e Buffalo Bills

Ficha Técnica

10

INTRABEAM

em colaboração para detecção precoce de lesões cerebrais

Zeiss

Hospital Moinhos de Vento

12

Mais de 40% dos resíduos em saúde

12

14

recebe novos prêmios

16

Mundo hospitalar Amparo Maternal

têm destinação inadequada segundo pesquisa

inaugura Unidade Neonatal

32

Ponto de vista André Carneiro Marketing: Você conhece o perfil dos clientes do seu hospital?

40

Luiz Vicente Rizzo Inovar para crescer

42

fabrizio rosso Kung Fu e liderança

44

28 Mundo hospitalar acreditação

Update

AGENDA 48

4

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

50


Monitores para Diagnóstico Sony A Qualidade e Tecnologia que você Conhece Aplicada para Radiologia

LMD-DM50

5MP P&B, ideal para Mamografia Independent Sub-pixel Drive** até 15MP

LMD-DM30

3MP P&B, ideal para CT, MRI, US, DR e CR. Independent Sub-pixel Drive** até 9MP

LMD-DM20

2MP P&B, ideal para CT, MRI, US, DR e CR

Em conformidade com os padrões e normas médicas nacionais e internacionais:

FDA, MDD e ANVISA. A Série LMD-DM de monitores foi projetada para ser utilizada na exibição e visualização de imagens para diagnósticos por médicos e profissionais da saúde em conformidade DICOM. São monitores para diagnósticos de alta qualidade e performance, com a confiabilidade e a durabilidade Sony.

LMD-DM30C

3MP Color, ideal para PET/CT, MRI, NM, Cardiologia e US

LMD-DM20C

2MP Color, ideal para MRI, CT, US, NM e Cardiologia

Revendedores Autorizados Sony Brasil:

©2013 Sony Corporation. Todos os direitos reservados. As características e especificações estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. “SONY” é uma marca comercial da Sony Corporation. Todas as outras marcas comerciais são de propriedade de seus respectivos criadores. Imagens meramente ilustrativas. *Garantia de 5 anos para peças e serviços e de 1 ano para painel de LCD, válida para série LMD-DM através da compra via revendedores autorizados Sony Brasil. **Tecnologia Independent Sub-pixel Drive: Aumenta em três vezes a resolução original, aplicável apenas aos modelos LMD-DM50 e LMD-DM30. Para utilizar a função Independent Sub-pixel Drive, é necessário um software especial de visualização. Para mais detalhes, por favor, entre em contato com revendedor autorizado Sony Brasil.


Notícias

Takeda apoia novo aplicativo sobre alergia para médico

B

uscando viabilizar a disponibilização e atualização com conhecimento técnico-científico de alta qualidade para contribuir com diagnósticos mais precisos, a Takeda, farmacêutica multinacional japonesa, patrocinou o desenvolvimento de um aplicativo de ensino à distância sobre alergia, inteiramente gratuito e disponibilizado na Apple Store - para iPad. Para encontrar o aplicativo, o profissional pode buscar por “Alergia IMA”. A iniciativa inédita tem o Instituto de Medicina Avançada (IMA) como idealizador e elaborador de todo o conteúdo, com a coordenação do Dr. Fábio Castro (CRM 42.267 SP), diretor do IMA Brasil, professor livre-docente associado da disciplina de Imunologia e Supervisor do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

6

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

O aplicativo consiste em um curso composto por módulos com diferentes níveis de aprofundamento, sendo assim direcionado a médicos não só de especialidades generalistas, mas também específicas para as doenças respiratórias - como alergologistas, otorrinolaringologistas e pneumologistas. “O médico baixa o aplicativo e se cadastra, podendo emitir certificado ao fim do curso. A cada módulo concluído, há uma série de perguntas visando a fixação de conteúdo. O último módulo, que abriremos no final do ano, será um estudo de caso interativo, no qual os médicos poderão exercitar e aplicar os conteúdos em uma simulação baseada em casos do dia a dia”, comenta a gerente médica de grupo da Takeda, Angela Honda.


Notícias

HCor contrata o Dr. Gilberto Lopes para novo núcleo de oncologia O HCor contratou o Dr. Gilberto Lopes, professor assistente de oncologia da Universidade John Hopkins e membro do comitê de assuntos internacionais da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), para liderar o HCor Onco, que será composto por três unidades novas, duas delas em fase final de construção. Com mais de 100 trabalhos apresentados e publicados nas mais importantes revistas científicas do mundo, o oncologista acumula experiências internacionais, com passagem pela Universidade de Miami, na Florida, EUA, e na Escola de Medicina da Universidade Perdana, uma colaboração da Hopkins na Malásia, onde foi o professor inaugural para oncologia clínica. Além disso, o Dr. Lopes atuou como consultor na área de câncer para várias instituições como a Organização Mundial de Saúde, a Agencia Internacional de Energia Atômica, além de governos, entidades filantrópicas, hospitais, associações comerciais e grupos industriais.

GE Healthcare tem novo diretor comercial para o Brasil

O

recém-anunciado diretor comercial da GE Healthcare para o Brasil, Eudemberg Silva terá como foco fortalecer a estrutura comercial e ofertas de soluções dedicadas ao País. O executivo que está há 25 anos na companhia, atuando no mercado de saúde, também terá o objetivo de acompanhar os planos de expansão da GE Healthcare no Brasil, bem como a ampliação da fábrica de Contagem (MG) que contará com investimento de US$ 75 milhões em 10 anos e servirá como plataforma de exportação para países da América Latina e em todo o mundo. Silva atua no setor há 31 anos, é formado em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. “Nessa gestão comercial terei a necessidade de fazer a GE Healthcare crescer ainda mais no Brasil, tendo comprometimento com os clientes. O desafio

principal é conseguir o envolvimento da minha equipe nos três pilares: comprometimento, ética e paixão pelo cliente. Todos na GE são muito profissionais, mas paixão pelo cliente é ir além, é pensar em casa sobre o que pode fazer para solucionar os casos, ajudar o cliente sempre e comemorar o sucesso dele”, diz ele. Eudemberg Silva ingressou na GE Healthcare em 1988 e desde então atuou em diferentes funções na área comercial e de produtos. Como responsável pela modalidade de Imagem Molecular, fez da GE referência nesse segmento de saúde no Brasil e garantiu resultados expressivos, como o crescimento em 10 vezes durante os seis anos em que esteve a frente do negócio. E agora será responsável pela área comercial no Brasil, reportando-se diretamente para o Daurio Speranzini Jr, vice-presidente comercial da GEHealthcare para a América Latina. Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

7


Notícias

Laboratório do RJ adquire tecnologia inovadora para triagem neonatal O Sérgio Franco Medicina Diagnóstica inaugurou em setembro seu Núcleo de Genética Laboratorial (NGL), uma área com 132m² dentro do Núcleo Técnico Operacional (NTO) da empresa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Além dos exames de triagem neonatal, o NGL tem foco em exames com abordagens bioquímica, celular e molecular voltados para genética clínica, medicina preventiva, farmacogenética, cardiologia, gerontologia e oncologia. Dessa forma, médico e paciente poderão concentrar histórico de exames reunidos em um só lugar, facilitando o acompanhamento médico do nascimento e ao logo da vida de cada indivíduo. Somente para Neonatologia, os investimentos somam R$1 milhão em obras de infraestrutura e aquisição de novos equipamentos, o que aumentou sua capacidade de processamento para 4 mil amostras por dia em realização de exames de triagem neonatal. Com esta expansão, o laboratório Sérgio Franco Medicina Diagnóstica torna-se pioneiro do serviço particular a possuir tecnologia de ponta na realização de exames de triagem neonatal. Além do Spectrometro de Massa (MS), equipamento específico para pesquisa de Erros Inatos do Metabolismo (EIM), o laboratório atualmente conta com equipamentos inovadores, a exemplo do Genetic Screening Processor (GSP), com metodologia fluorimétrica apto tanto para dosagens hormonais quanto enzimática. Outro equipamento que o laboratório adquiriu, com capacidade para partilhar a mesma amostra para dosagens de diferentes analitos, foi o Panthera. São picotadoras das amostras colhidas em papel filtro. “Quando o sangue é colhido no papel filtro, o formulário deste cartão ganha uma etiqueta com código de barras identificando o paciente e seus exames. Basta apresentar esta etiqueta a este picotador que ele identifica a numeração e, por meio de uma câmera fotográfica que funciona como sensor, consegue detectar a melhor área a ser utilizada para análise”, detalhou a bióloga e coordenadora do setor, Cláudia Muniz.

8

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013


Notícias

Tecnologia substitui fraldas em homens submetidos à cirurgia de próstata

U

m estudo realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo revela que 25% dos homens submetidos à remoção cirúrgica da próstata permanecem com incontinência urinária um ano após a cirurgia, precisando recorrer a fraldas para controlar o problema. E dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a incontinência urinária afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo que, no homem, a ocorrência está associada, na maioria dos casos, a cirurgias na próstata. O procedimento pode afetar o funcionamento do esfíncter uretral - músculo que envolve a uretra e é responsável pelo controle da urina - causando perda involuntária de urina.

www.sonosite.la

No Brasil, uma tecnologia classificada mundialmente como padrão ouro na medicina para tratamento da incontinência urinária masculina grave pode acabar com o uso de fraldas. Denominado esfíncter artificial, o dispositivo é implantando em procedimento cirúrgico e substitui o mecanismo natural de continência por meio de uma prótese, que é acionada pelo próprio homem quando tem vontade de urinar. No restante do tempo, o esfíncter permanece fechado. Nos casos leves a moderados, as opções de tratamento são os slings - malhas cirúrgicas que funcionam como um suporte reforçando a sustentação da uretra, com 70% de eficácia e as injeções endoscópicas. O sistema é composto de um manguito - espécie de anel preenchido com líquido estéril, balão regulador de pressão e bomba de controle conectados por tubos.

SonoSite, Inc. Matriz Mundial 21919 30th Drive SE, Bothell, WA 98021-3904 Tel: +1 (425) 951-1200 ou +1 (877) 657-8050 Fax: +1 (425) 951-6800 E-mail: sonohq@sonosite.com

SonoSite do Brasil (NOVO ENDEREÇO) Rua Estado de Israel, No. 233, Vila Mariana, São Paulo, SP 04022-000, Brasil Tel: +55 11 99657 0164


Notícias

Carestream e Buffalo Bills em colaboração para detecção precoce de

lesões cerebrais

A

Carestream Health e o time norte-americano de futebol americano Buffalo Bills firmaram um acordo que auxiliará no desenvolvimento de tecnologia avançada de imagens médicas da Carestream para detecção em estágio inicial e monitoria de lesões cerebrais. A parceria tem foco na necessidade por novas tecnologias para ajudar a direcionar as principais preocupações com a medicina esportiva, especialmente aquelas relacionadas a lesões na cabeça, incluindo o diagnóstico precoce e avaliação precisa de áreas danificadas, desenvolvimento de padrões médicos que indiquem que um atleta pode voltar a jogar; e pesquisa que pode ajudar em diagnóstico precoce de condições médicas degenerativas de longo prazo na cabeça e no cérebro. O acordo com o Buffalo Bills vem de encontro com planos entre a Carestream e a Universidade Johns Hopkins para pesquisa e desenvolvimento de um novo sistema de imagens 3D, incluindo um sistema

10

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

de tomografia de feixe cônico desenvolvido para radiologia musculoesqueletal e imagens ortopédicas de extremidades, com aplicações que vão de uma lesão traumática até artrite e osteoporose. A Carestream e o Johns Hopkins planejam ampliar sua colaboração para incluir novos sistemas para imagem de TBI para suportar as atividades de desenvolvimento de produtos da empresa que possam ajudar a melhorar o diagnóstico e tratamento de lesões na cabeça. A Carestream instalou o sistema DRX-Ascend e um CR DirectView no Ralph Wilson Stadium para permitir que a equipe do Buffalo Bills use as mais recentes tecnologias de imagem médica da empresa. Acesso instantâneo a imagens de raios X ajudam a equipe médica e os treinadores a determinar se um jogador pode retornar ao jogo ou passar por uma sessão de treino, ou se é necessário continuar o tratamento. A empresa também disponibilizará o sistema de raios X móvel Carestream DRX-Revolution.


N

Rastreabilidade

Acesso

Eficiência Energética

Soluções para Hospitais

Automação

Vigilância

N

RFID

- Eficiência Energética: Medição de energia, Otimização, Economia, Iluminação, HVAC, Energias Renováveis, Automação. - Soluções em rastreabilidade utilizando RFID como: Enxovais e rouparia, RN (recém-nascidos), pacientes, staff, equipamentos de alto valor agregado como próteses, medicamentos controlados, ativos fixos, equipamentos de informática, inventário instantâneo (vigilância de ativos), rastreamento de documetos, controlar saídas de funcionários com determinados equipamentos e controle de produtos consignados em outros locais. - Rastreabilidade integrada ao Controle de Acesso e Vigilância: Permite a rastreabilidade dos equipamentos e ativo fixo em geral nos seguintes âmbitos: Inventário em curto espaço de tempo dos itens, identificação do último local por onde passou o item, quais pessoas estavam ao redor do item quando ele foi lido pela última vez, integração da imagem digital da última ocorrência do item, identificação de ativo fixo ou equipamento em área não permitida, desativação do acesso em áreas por motivo de emergência, habilitação de imagens gravadas pelas câmeras de CFTV no momento das ocorrências, e disponibilização online.

Newello Tecnologia. Soluções completas do tamanho de sua necessidade.

N

Rua Osvaldo Cruz, 2080 São Caetano do Sul - SP Cep: 09540-280 Fone: 55-11-4232-3170 www.newello.com.br comercial@newello.com.br


Notícias

Hospital Moinhos de Vento recebe novos prêmios O Hospital Moinhos de Vento foi contemplado com os prêmios Top Cidadania e Top Ser Humano 2013, da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RS). O projeto vencedor da categoria Top Ser Humano é o Programa Desafio, uma ação de reconhecimento por metas, inovador no contexto de criatividade no setor de saúde do RS, que o Hospital Moinhos de Vento realiza anualmente, possibilitando motivar e comprometer sua equipe que constrói resultados diários a partir de um objetivo em comum alicerçado pela gestão da empresa. Já o Top Cidadania será conferido a um projeto assistencial que tem ajudado a melhorar a saúde bucal de pessoas que vivem em regiões socialmente vulneráveis. O Programa de Saúde Bucal desenvolve ações com foco na prevenção, educação e atendimento odontológico. Os índices ajudam a comprovar a eficácia do programa, que, ao longo dos últimos três anos, atingiu dezesseis escolas e creches das regiões onde a Instituição atua, com atendimento de mais de 4,6 mil crianças entre quatro e seis anos de idade. Para analisar os cases recebidos, avaliadores dos prêmios Top Cidadania e Top Ser Humano 2013 envolveram-se no processo que examina critérios como Apresentação, Aplicabilidade, Inovação, Conteúdo e Resultados. Cada case foi analisado por três avaliadores. Posteriormente, foi realizada visita técnica para vistoriar as ações realizadas e os resultados obtidos.

Mais de 40% dos resíduos em saúde têm destinação inadequada segundo pesquisa

A

ausência de uma gestão apropriada e eficiente dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) vem aumentando o risco à saúde pública e ao equilíbrio do meio ambiente. É o que alerta a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), que constatou que mais de 40% do RSS coletado teve destinação inadequada em 2012, segundo dados da última edição do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, estudo publicado anualmente pela entidade. “A discrepância é grande e demonstra que uma grande parcela de RSS ainda é gerenciada de forma irregular, o que exige atuação imediata dos órgãos competentes”, destaca o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. Ele observa que o cenário, apesar de generalizado e ocorrer em todo País, se agrava nos grandes centros urbanos, pelo volume de RSS gerados. “A quantidade de estabelecimentos de assistência à saúde triplicou no estado de São Paulo, entre 2005 e 2012, e que passou de 21.512 unidades para mais de 60 mil unidades”. O estudo desenvolvido pela Abrelpe aponta que foram coletadas em 2012 mais de 244 mil toneladas de RSS no Brasil. Desse total, 37,4% seguem para incineração; 21,7% são enviados a aterros sanitários; 13,3% vão parar em lixões; 16,6% são tratados em autoclaves e 5,2%, em micro-ondas; e 5,8% acabam dispostos em valas sépticas.

12

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

Um dos instrumentos que regulamentam a gestão de RSS no Brasil é a RDC 306 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que está em vigor desde 2004. Essa resolução determina que os serviços de saúde são responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os RSS por eles produzidos, desde o momento de sua geração até a sua destinação final, incluindo-se os processos de tratamento, quando se fizer necessário. Além disso, todo gerador, segundo a RDC 306, deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde estabelecendo as diretrizes de manejo, baseado nas características dos resíduos gerados.


METALÚRGICA FAVA Qualidade e confiança para doutores e pacientes

COMADRE

CUBA RIM

TAMBOR

TAMBOR

CUBA RED.

PAPAGAIO

• 40 x 30 cm • Tipo Pa • 2.000 ml

• 26 x 12 cm • 740 ml

• 10 x 10 cm • 780 ml

• 16 x 14 cm • 2.800 ml

• 14 x 5 cm • P/ assepsia • 530 ml

• 26 x 15 cm • 1.000 ml

ESTOJO PERFURADO

ESTOJO

ESTOJO

ESTOJO PERFURADO

• 42 x 28 x 12 cm • Autoclavável

• 36 x 22 x 9 cm

• 42 x 18 x 9 cm

• 42 x 16 x 6 cm • Autoclavável

METALÚRGICA FAVA — Consulte nossos distribuidores autorizados. www.fava.com.br


Produtos e Serviços O novo chiller com compressor centrífugo da Trane, Series S CenTraVac, é ideal para uso em hospitais aonde a busca pela alta performance e confiabilidade são fundamentais. A nova linha utiliza a tecnologia AdaptiSpeed que é a integração de um novo compressor de transmissão direta, utilizando um design de impulsor de fluxo misto número um da indústria, um motor magnético permanente, e a unidade de terceira geração Adaptive Frequency, AFD3, com o design de 24 pulsos fornece uma solução harmônica para atender as exigências do IEEE 519. Esse produto também é ideal para obra de reforma, pois pode ser totalmente desmontado para entrar em locais de difícil acesso

Chiller com compressor Centrífugo

LabAdvance Consultoria Estratégica A Roche Diagnóstica está trazendo para o mercado brasileiro um novo serviço de consultoria técnica voltada a laboratórios clínicos: o LabAdvance Consultoria Estratégica. A solução é uma estratégia para laboratórios de pequeno, médio e grande porte investirem em mais produtividade nos seus negócios. O serviço viabiliza a redução no tempo de liberação de resultados dos exames e ajuda a mapear soluções adequadas ao tamanho e capacidade de cada laboratório, atuando como um modelo de gestão na área da saúde. Dentre os recursos há a análise do desempenho de equipamentos diagnósticos, análise do fluxo de amostras e do perfil dos testes, e análise da carga de trabalho.

Centrífuga Excelsa i 2206 Destinada às áreas de laboratório, clínicas, banco de sangue, assim como indústrias, veterinária e agropecuária, a nova centrífuga Excelsa i modelo 2206 da Fanem conta agora com um design arrojado e inovador, trava dupla e teclado touch, que facilita o uso e a assepsia do produto no seu dia a dia. A Excelsa i, que está aguardando liberação da Anvisa, passou por vários testes destrutivos e análises críticas para se alinhar totalmente às exigências de certificação da norma IEC 61010-1 (que garante a segurança elétrica e mecânica do equipamento).

14

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013


Ideal para

APLICADOR DE SAPATILHA DESCARTÁVEL AUTOMÁTICO

Clínicas Fábricas Hospitais Escritórios Residências Laboratórios Ind. Eletrônicas Ind. Alimentícias

Higiene e conveniência 1. Fácil de usar 2. Seguro e rápido 3. Higiênico e prático 4. Dispensa eletricidade 5. Conforto na aplicação 6. Dispensa o uso das mãos

O Propé Mágico foi desenvolvido com o objetivo de facilitar a aplicação de sapatilhas descartáveis de forma prática e higiênica.

Veja vídeo demonstrativo em nosso site: www.raskalo.com.br

Modelo sem suporte

Modelo maleta sem suporte

Modelo com suporte

Você coloca o pé na máquina e o Propé é aplicado automaticamente.

p rodutos que embelezam

Caxias do Sul | RS | Brasil Fone|Fax: 54 3222.7778 www.raskalo.com.br vendasprope@raskalo.com.br


Ficha Técnica

INTRABEAM A Carls Zeiss lançou no Brasil o equipamento de radioterapia direcionada Intrabeam, ideal para tratamentos de doenças tumorais adaptado aos riscos. O aparelho móvel usa fótons de baixa energia e transporta a irradiação em dose elevada diretamente até o tumor ou o leito tumoral. O resultado é um tratamento direcionado localmente e, ao mesmo tempo, com alta eficácia. O Intrabeam recebeu em 1997 a homologação nos EUA e em 1999 a Certificação CE na Europa. Após uma resseção R0 bem-sucedida do tumor, o leito tumoral (a região onde o risco de recidiva é maior) é irradiado de forma direcionada. No caso de uma resseção R1 ou R2, pode ser aplicada irradiação direcionada nas regiões tumorais remanescentes.

Ficha Técnica Fabricante: Carl Zeiss Lançamento: 2013 (América Latina) Tipo de aparelho: Radioterepia direcionada Principais diferenciais: • Tratamento direcionado localmente, com uso de fótons de baixa energia.

Panorama Hospitalar – Fevereiro, Hospitalar 2013 – Setembro, 2013 16 Panorama


Precisamos de um

ventilador

versátil do qual realmente podemos

depender. Dr. S. Goga, Departamento de Anestesia de KwaZulu Natal, África do Sul

Novo Savina 300 - Feito para atender às suas necessidades Em todo o mundo, os ventiladores Savina têm fornecido mais de 400 milhões de horas de ventilação com qualidade. O Savina 300 possui ventilação de turbinas que lhe dá independência de infraestrutura real e proporciona ventilação avançada e confiável mesmo em condições desafiadoras.

Para iNFormaçõeS aDiCioNaiS: www.Draeger.Com e TeL.: + 55 11 4689-4900

Dräger. Tecnologia para a Vida.


Entrevista

Henrique Prata

Hospital de Câncer de Barretos e o mercado

brasileiro de radiologia Por Viviam Santos

O gestor Henrique Prata revela a história, atualidade e metas do hospital referência em tratamento de câncer no Brasil, que sobrevive do SUS e de doações. Henrique Prata, gestor do Hospital de Câncer de Barretos, a primeira instituição do SUS a operar com robôs e técnicas minimamente invasivas.

A

revista Panorama Hospitalar conversou com o Henrique Prata, gestor do Hospital de Câncer de Barretos – da Fundação Pio XII -, o maior centro de tratamento oncológico pelo Sistema Único de Saúde no Brasil. O hospital fechou 2012 com mais de 674 mil atendimentos realizados, sendo mais de 100 mil pacientes vindos de 1.541 municípios de todos os estados do país - um recorde de cobertura. Além de contar com o Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (Ircad). Com inovações e amplo atendimento que financiados em boa parte através de doações feitas ao hospital, Henrique Prata fala como tudo isso é possível e quais são as metas do hospital. Panorama Hospitalar - O Hospital de Câncer de Barretos foi fundado por seu pai, Dr. Paulo Prata, com a parceria de sua mãe, Dra. Scylla Duarte Prata. Como era a instituição com ele na liderança e quais foram as transformações ele realizou? Henrique: Meus pais eram médicos e fundaram o hospital como geral em 1962, mas meu pai percebeu que os pacientes com câncer que ele atendia tinham

18

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

que se tratar em São Paulo, então ele transformou o hospital geral em oncológico em 1967, fazendo com que a instituição fosse a primeira desta especialidade no interior de São Paulo. Tornou-se um centro especialista de tratamento contra câncer, com os médicos atendendo em tempo integral e com equipe multidisciplinar, ou seja, o paciente passava por diversas especialidades para receber o tratamento adequado. A transformação de hospital geral para oncológico foi radical, porque ele teve que implantar a cultura de os médicos terem dedicação exclusiva. Meu pai teve o êxito e a coragem de mudar, o que foi a grande transformação que ele realizou. Panorama Hospitalar Você assumiu a partir de que ano? Como foi essa transição? Henrique: Assumi em 1988 e em 89 percebi que dava pra confiar que as pessoas ajudariam, iniciando essa expansão. Entrei com a necessidade de auxiliar meu pai na parte financeira, porque eu já tinha talento pra administrar negócios. Eu tento copiar todas as gestões que dão certo. Sempre acho que tem sempre alguém que sabe mais que a gente, com mais experiências e resultados. Por isso ando pelo mundo inteiro


Entre no mundo digital com a Agfa HealthCare Perfeita solução para instituições de pequeno e médio porte que desejam migrar para o mundo digital.

CR 30-Xm

• Ideal para diferentes aplicações: Mamografia, Radiografia Geral, Ortopedia, Perna e Coluna Completa e Odontologia. • Alta qualidade de imagem para mamografia digital • Digitalizador de mesa, versátil para ambientes descentralizados • Alta eficiência no fluxo de trabalho • Fácil instalação e manutenção

Produto registrado no MS/ANVISA sob no. 80497200010

CR 10-X

• Ideal para aplicações de Radiografia Geral, Ortopedia, Perna e Coluna Completa e Veterinário. • Digitalizador compacto de mesa para ambientes descentralizados de Radiologia • Permite a instalação em unidades móveis • Digitalizador robusto de fácil instalação e manutenção

Saiba mais sobre Agfa HealthCare:

www.agfahealthcare.com


Entrevista

Henrique Prata

Nossa equipe tem essa postura de olhar com amor para cada pessoa que entra no hospital.”

buscando isso. No Brasil eu também procuro, mas o Brasil é atrasado em pesquisa. Meu pai dizia que seríamos uma instituição de saúde reconhecida a partir do momento em que nos especializássemos em tratamento, prevenção e pesquisa, porque são fatores conectados uns aos outros. Não poderia ser só assistencialismo. Quando conseguimos essas três frentes, fomos realmente reconhecidos pelo mundo inteiro, inclusive com parcerias internacionais. Panorama Hospitalar - Como houve a parceria com o MD Anderson Cancer Center em 2011 e com o Saint Judes Children´s Research Hospital em 2012? Henrique: O Hospital de Câncer de Barretos se tornou “instituição irmã” desses hospitais norte-americanos porque temos as mesmas condições de aplicar os métodos deles, então assinamos a proposta de troca de experiência e competência, além de fazermos pesquisas e trabalhos juntos. O Saint Judes, por exemplo, cura cerca de 30% mais a leucemia do que os hospitais privados do Brasil, e essa doença atinge 40% das crianças com câncer. Não está nos remédios a cura, está no comprometimento e trabalho multidisciplinar da instituição. O MD Anderson é o melhor do mundo para atendimento a adultos com câncer e o Saint Judes é o melhor do mundo para crianças com câncer. Então tivemos o privilégio 20

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

de termos as melhores escolas do mundo de mãos dadas conosco. E podemos transferir esses conhecimentos a outros locais do Brasil. Panorama Hospitalar - Como foi o aumento da área do hospital? Henrique: Consegui isso quando tive patrocínios para conseguir terrenos na periferia de Barretos, porque percebi que o Governo pagava pouco. Foi a maneira que achei para o hospital sobreviver. O SUS paga menos o que o hospital custa. Resolvi buscar ajuda de outros meios, por uma concepção cristã que tenho. Ajudar ao próximo é obrigação de todos nós perante Deus, então resolvi pedir ajuda à sociedade. Pedir é um ato de humildade e de se humilhar todos os dias. Com isso, saímos de um hospital de dois mil metros quadrados para termos um hospital de 120 mil metros quadrados. Panorama Hospitalar Quais são os planos de expansão agora? Henrique: Em prevenção e diagnóstico precoce, que é o que mais fazemos hoje. Temos a certeza que o diagnóstico precoce permite que alguns casos de câncer, como o de mama, por exemplo, tenham até 90% de cura. Inauguramos um centro diagnóstico em agosto em Campo Grande [MS] e vamos inaugurar outro em


Henrique Prata

Entrevista

Pavilhão do Hospital de Câncer de Barretos dedicado ao tratamento oncológico infantojuvenil.

Porto Velho [RO], entre outubro e novembro, além de já termos centros como estes em Jales [SP], Juazeiro [BA], e estarmos construindo um em Nova Andradina [MS], etc. E sempre buscamos novos parceiros para crescer nessa área de diagnóstico precoce. Panorama Hospitalar - Como você encara o número de atendidos e a cobertura de atendimento do hospital? Henrique: O Brasil é um país carente em medicina avançada, onde a medicina especializada geralmente está nas capitais. Até hoje muita gente acha que não pode existir uma instituição como a nossa no interior, porque acham que os grandes centros de tratamento estão apenas nas capitais. O Norte e Nordeste do Brasil são regiões muito carentes da medicina especializada. O Brasil paga muito caro com essa cultura de centralizar as especialidades nas capitais. O Estado de São Paulo é um bom exemplo de aplicação de recursos em saúde, pois teve a capacidade de ter no interior as mesmas capacidades em saúde que tem na capital. Tenho aconselhado alguns governos estaduais a copiar esse modelo de São Paulo. Panorama Hospitalar - Acredita que o interior é bom de quais formas para se ter um hospital desse porte?

Henrique: Em qualidade de vida, principalmente. Há médicos que eu não acreditava que viriam trabalhar no interior devido às suas capacidades acadêmicas. Enquanto poderiam ganhar o dobro em São Paulo, estão conosco. Temos dois lados para eles que os satisfazem, o primeiro é que eles podem exercer plenamente o lado humano da profissão de médico, porque quando eles se graduam fazem o juramento de atender a todas as pessoas igualmente. O segundo é este de qualidade de vida que eles podem ter no interior, porque podem almoçar em casa, curtir a família, entre outras coisas. Panorama Hospitalar - Há falta de médicos especialistas no hospital? Henrique: Temos atualmente de 10 a 15% de defasagem de médicos especialistas. Acreditamos que o interesse dos nossos médicos surge devido a essa humanização do atendimento e pelo ensino e pesquisa que desenvolvemos no hospital. Aqui eles têm a capacidade de se aprimorarem igual ou mais que um centro de oncologia de São Paulo, e mais que em universidades. Mas ainda há essa defasagem. Precisamos atualmente de pelo menos 40 especialistas e 30 generalistas. A medicina privada absorve a maioria da demanda de especialistas médicos hoje. Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

21


Entrevista

Henrique Prata

Panorama Hospitalar - O hospital tem 13 alojamentos gratuitos com 650 lugares. Eles estão sempre lotados? Henrique: Fora esses nossos alojamentos há 70 municípios com alojamentos apoiando seus pacientes, sendo mais de 1500 pacientes assistidos por esses locais. As ambulâncias trazem os pacientes no hospital na segunda-feira e levam de volta na sexta-feira, então eles têm esse conforto de se hospedarem aqui ao invés de ficar indo e vindo de ônibus ou outro meio de transporte todos os dias. De segunda-feira temos mais de 500 ambulâncias chegando com pacientes. Os alojamentos são sempre lotados, principalmente os nossos, porque pegamos a população carente e que mora mais distante. É um conceito de humanização que temos com os pacientes mais carentes que precisariam ficar viajando, e damos a alimentação também. Panorama Hospitalar - Quais são os grandes diferenciais do Hospital de Câncer de Barretos, que poderia citar hoje? Henrique: O maior diferencial nosso é a humanização, além das instalações. Todos os funcionários recebem qualquer paciente, de qualquer classe social, com tratamento igual. Somos uma equipe e todos nós temos essa postura, de ter o olhar de carinho e amor por cada pessoa que entra no hospital. Panorama Hospitalar - Recentemente o hospital lançou a campanha “Voo Contra o Câncer” para o município receber voos comerciais de companhias aéreas. Quais são os resultados da campanha? Henrique: Essa campanha foi um presente do publicitário Washington Olivetto, que se encantou com a história do hospital e quis ajudar. Ele pensou desta forma inteligentíssima de nos ajudar, para proporcionar ao paciente a dignidade de poder chegar até o destino com mais rapidez, ao invés de vir com táxi, ônibus ou van, sofrendo. A média é de mais de mil quilômetros entre a residência dos nossos pacientes e o hospital. Com o avião é muito melhor o deslocamento. Conseguimos uma parceria com a Passaredo e creio que até o fim do ano vá funcionar uma linha área aqui em Barretos. Na prefeitura está em andamento o processo da logística de funcionamento do aeroporto. Depois, irá ter a reforma com o dinheiro do Governo Federal para transformar o aeroporto. Panorama Hospitalar - O hospital conta com o apoio de diversas celebridades. Como surgem esses apoios? Henrique: Os apoios surgem pelo coração de cada uma dessas celebridades. Começamos a ter o apoio do meio artístico mais simples, que é o sertanejo, e hoje temos apoiando Chitãozinho e Xororó, Ivete Sangalo, Xuxa, Alexandre Pires, entre outros. Todos os segmentos da música amam ajudar aqui porque sabem da nossa seriedade. Além dos cidadãos que nos reconhecem e ajudam todos

22

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

os meses. Com a média de 20 shows por ano em prol do hospital, conseguimos cerca de 30 artistas para nos ajudar com seus talentos. Temos êxito com isso porque temos essas doações já há 25 anos. Nos shows a população paga pra entrar e esse dinheiro é revertido ao hospital. A Festa do Peão de Barretos separa um dia especial para o hospital, além de mais ou menos 15 cidades que sediam esses shows. Panorama Hospitalar - As doações de pessoas, inclusive através do site do hospital, são suficientes? Henrique: Nunca são suficientes. Pra se ter uma ideia, o déficit do hospital por mês, este ano, está em torno de 5 milhões de reais. O Governo Federal paga 13 milhões, o Governo Estadual 2,5 milhões – somando 15,5 milhões de reais -, mas o hospital custa aproximadamente 21 milhões por mês. Essa diferença é buscada na sociedade, mas sempre conseguimos até 3 milhões em doações por mês. Queremos ir ao Ministério da Saúde rever isso porque 40% dos pacientes são de outros municípios. A Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo ajuda com o Programa Pró Santa Casa, porque sabe que a tabela do SUS paga pouco. Devemos muito, mas fazemos o que há de mais honesto que é atender o paciente com tratamentos de primeira linha. No final do ano, com o hospital em vermelho, pedimos ajuda ao Governo para pagar essa dívida. Precisamos então aumentar o que nos é pago por mês. Agora o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), de incentivo fiscal para instituições que tratam de pacientes com câncer, vai ajudar bastante a gente. Panorama Hospitalar Como está a tecnologia e as inovações do hospital? Henrique: A grande mudança está na medicina minimamente invasiva e a medicina robótica. Temos todos os equipamentos de ponta em medicina operando pelo SUS. Essa é a grande evolução: operar o paciente de manhã e ele ter alta à tarde. Isso já reduziu o tempo de permanência do paciente no hospital em 1/3, com taxa de redução de infecção hospitalar em cerca de 70%. E em torno de 80% dos pacientes de determinadas especialidades do hospital hoje são operados desta forma. Somos o primeiro centro do SUS a operar com cirurgia robótica. Panorama Hospitalar - Qual é o seu recado aos gestores, para que se adaptem às suas realidades com base em sua experiência? Henrique: Os gestores dos hospitais geralmente são médicos, com uma visão muito clínica. Eu sou a favor de serem também administradores, para que enxerguem amplamente o hospital. Meu conselho é que tenham a humildade de reconhecer que há sempre outras pessoas que sabem mais que a gente para buscar esse conhecimento. Nosso êxito está baseado na humildade de buscar ajuda com quem sabe mais que nós.


Informe publicitário

Revolução na limpeza e desembaçamento das óticas Sistema é o primeiro desenvolvido para manter lente de laparoscópio limpa e desembaçada do começo ao fim do procedimento cirúrgico. A empresa Partners trouxe ao Brasil um produto inovador para a limpeza e desembaçamento das óticas, o D-HELP, um kit de cuidados com laparoscópios contra o embaçamento da lente, do fabricante New Wave Surgical - dos Estados Unidos. Nos Estados Unidos já é um produto muito utilizado, principalmente para os procedimentos com robótica, onde o investimento aplicado é altíssimo. Durante o Congresso Regional de Videocirurgia – Sobracil, realizado em Búzios (RJ), e na feira e fórum Hospitalar 2013, em São Paulo (SP), a Partners apresentou pela primeira vez o produto no Brasil. O D-HELP é um sistema criado para manter a lente do laparoscópio limpa e desembaçada do começo ao fim do procedimento cirúrgico. Atualmente os métodos utilizados nas salas cirúrgicas, em geral, não são tão seguros para eliminar o embaçamento da lente. Normalmente são utilizadas garrafas térmicas, equipamentos de microondas e solução salina – itens que podem causar danos ao equipamento e acidentes com os pacientes e equipes médicas. Com este novo produto, é possível a economia de tempo, dinheiro e a garantia de segurança e eficácia. O kit é composto de: D-HELP com redutor, compatível com todos os laparoscópios; dois MicroPads, lenços cirúrgicos com mais de 200 mil fios de microfibra; e um TrocarWipe, limpador de trocater com extremidades, para todos os tipos de trocateres. Todos os itens são radiopacos. Mais informações: www.partners.com.br


Espaço Gestor

LIVRO

Tecnologia

de salas limpas

Por Viviam Santos

Lançamento da LTC Editora aborda tema inédito no Brasil com foco em fundamentos e ensaios.

A

LTC Editora, integrante do GEN - Grupo Editorial Nacional, apresenta a nova edição de “Tecnologia de Salas Limpas – Fundamentos de Projeto, Ensaios e Operação”. O livro é de autoria de William Whyte, especialista internacional sobre o assunto, que traz as orientações necessárias para a construção de salas limpas, minimizando o risco de contaminação. Além disso, a obra oferece aos leitores metodologias apropriadas para testar e operar essas práticas. A segunda edição chega ao mercado mais completa com a inclusão de dois capítulos que trazem informações sobre as normas e diretrizes de salas limpas, bem como o gerenciamento de risco. Também são abordados assuntos sobre construção limpa; estabelecimento de volumes de ar para salas limpas (fluxo de ar não unidirecional); sistemas de barreira de acesso restrito; métodos para testar a recuperação de contaminação; entrada de itens volumosos em uma sala limpa; problemas de alergia a luvas e diretrizes sobre como desenvolver um programa de limpeza de salas.

24

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

A revisão técnica desta obra foi realizada utilizando termos técnicos e afins conforme adotados pelo Núcleo Científico da Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC) e pelo Comitê Brasileiro CB – 46 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – “Áreas Limpas e Controladas”. William Whyte é autoridade internacional em salas limpas, com mais de 45 anos de experiência em pesquisas, ensino e consultoria nas indústrias de eletrônica, saúde e farmacêutica. É, ainda, membro de comitês de normas britânicas e internacionais tendo produzido textos para as Normas Internacionais de Salas Limpas e recebido inúmeros prêmios pelo trabalho nesse segmento.

Ficha Técnica

“Tecnologia de Salas Limpas - Fundamentos de Projeto, Ensaios e Operação” Autor: William Whyte Edição: 2ª edição | 2013 Quantidade de páginas: 308 Mais informações: www.grupogen.com.br


presence

Espaço Gestor

Videoconferência do

Hospital Sírio-Libanês Software Presence é instalado nas quatro unidades do hospital para garantir a comunicação à distância entre os profissionais.

O

Hospital Sírio-Libanês conta com quatro unidades (sendo três em São Paulo e uma em Brasília), cerca de cinco mil colaboradores, 400 leitos somente na matriz, realiza 1,7 mil internações por mês e no segundo semestre vai inaugurar duas torres na planta da matriz. Para manter a comunicação diária entre todas as unidades e também com seus fornecedores, o hospital tinha como desafio encontrar uma tecnologia de videoconferência que atendesse suas necessidades e coubesse em seu orçamento. “Optamos pela solução Presence da 2S porque dispensa o investimento em infraestrutura e o pagamento é feito mensalmente, conforme o número de usuários”, explica o gerente de infraestrutura de TI do Hospital Sírio-Libanês, Wellington de Almeida Pimentel Junior. O Presence da 2S é baseado na tecnologia de software da Vidyo, dispensando a compra de equipamentos para conexões, e o acesso é feito na nuvem, podendo ser integrado às tecnologias de vídeo e colaboração já existentes no ambiente do cliente. É possível fazer reuniões por videoconferência de qualquer lugar, em alta definição, com condições técnicas excelentes. Assim, a solução da 2S permite que o usuário do Sírio-Libanês transforme seu notebook, tablet ou smartphone em uma central de conferências em alta definição, apenas usando uma câmera HD e conexão web. Dessa forma, a equipe de TI do hospital se conecta aos seus fornecedores via Presence, assim como os usuários dos dois Centros de Diagnóstico (localizados nos Jardins e no Itaim, em SP) e a unidade de Brasília, que tem como foco a oncologia. Por meio do sistema é possível visualizar até oito pessoas na mesma tela, compartilhando conteúdo em alta definição com extrema facilidade. Isso é possível porque, com a tecnologia da Vidyo, trabalha com um novo padrão para envio e recebimento de vídeo. Adaptável às variações de banda e delay, elimina falhas e distorções no áudio e vídeo. O Sírio-Libanês também contratou a 2S para o projeto de Tel IP, instalado nas duas novas torres. Esse projeto visa dobrar a capacidade operacional do hospital, que hoje conta com cerca de 2 mil ramais e será ampliado para mais de 3 mil ramais com a inauguração das novas

torres. “O plano de expansão contempla ampliar em mais de 50% nossos leitos. Por outro lado, essa ação nos trouxe novos parceiros e, em uma cidade como São Paulo, nem sempre é viável o deslocamento. Por isso optamos peloPresence, que oferece a agilidade que o negócio precisa”, afirma o executivo. Segundo Pimentel Junior, o Presence trouxe maior produtividade a todos. “Antes uma reunião de duas horas chegava a consumir até um dia e meio em função do deslocamento. A partir do uso da Tel IP e do Presence gastamos apenas as duas horas de reunião, com alta disponibilidade e por meio de uma tecnologia flexível e escalável”, diz ele. Os servidores da 2S ficam em um datacenter de alta performance, com estrutura totalmente redundante e garantia de disponibilidade de 99,9% - segundo o gerente de projetos da 2S, João Paulo Wolf: “O acesso aos equipamentos é limitado à equipe especializada da 2S que trata da manutenção e gestão da plataforma”. Com o serviço hospedado na nuvem, é possível que pessoas localizadas em diferentes partes do mundo se conectem e façam reuniões. “Tudo é realizado via software e em um ambiente Web 2.0, totalmente intuitivo e amigável. O Presence é adquirido como serviço, com o pagamento mensal pelo número de usuários”, explica Wolf. Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

25


Espaço Gestor

ar limpo

Tratamento de ar

em hospitais

Por Viviam Santos

Especialista revela movimentações do mercado de tratamento e refrigeração de ar e indica como os hospitais devem manter esses equipamentos.

A

lém da manutenção da higiene e limpeza nos hospitais, para estabelecer ambientes limpos e saudáveis também são importantes as centrais de ar-condicionado e filtragem de ar – que inclui compressores, chillers, centrífugras, entre outros equipamentos. Nota-se essa preocupação também em feiras e outros eventos do setor de refrigeração de ar. Dois exemplos recentes que dedicaram um espaço para este tema foi o Greenbuilding Brazil - Conferência Internacional e Expo, realizado de 27 a 29 de agosto deste ano, e a

26

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar (Febrava), realizada de 17 a 20 de setembro em São Paulo (SP). O Greenbuilding Brazil contou com exposições de produtos para ambientes de saúde e a Febrava também, que ainda teve uma Ilha Temática “Salas Limpas”, com sala limpa itinerante e funcional que pode servir de exemplo aos hospitais. Uma das empresas que trouxe novas soluções para o setor hospitalar foi a Trane, fabricante de soluções de conforto, qualidade do ar interior e servi-


ar limpo

ços, marca do Grupo Ingersoll Rand. O diretor comercial e de produtos aplicados da Trane, Manoel Luiz Simões Gameiro – também presidente do Conselho do Green Building Council do Brasil e vice-presidente de Eficiência Energética da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento) -, diz que a qualidade e eficiência são os principais fatores benéficos das novas centrais de refrigeração e filtragem de ar dos hospitais: “É inaceitável o hospital ter um problema de ar-condicionado. Outra coisa crítica é a qualidade interna do ar, para evitar infecção hospitalar. Esse problema é mitigado de forma muito importante com esses equipamentos. Os hospitais que tem certificações internacionais de qualidade têm esses equipamentos de ar”. Para a aplicação em hospitais, Gameiro indica que “são importantes as centrais de água gelada, onde há equipamentos como compressores e centrífugas, com condensação a ar ou a água, com capacidade de 500 a 1000 TR (toneladas de refrigeração)”. A central de tratamento de ar recebe a água gelada e é composta por conjunto de filtros que purifica o ar dos ambientes, que complementam a central de ar-condicionado. Nessas centrais, o gestor do hospital deve incluir produtos confiáveis na compra, mas também respeitar as normas de filtragem e trocas de ar adequadas, segundo o diretor comercial da Trane. “As normas de qualidade de ar são muito diferentes dos prédios comerciais”, acrescenta. Ele indica que, para o hospital ter a garantia de desempenho do produto de refrigeração e filtragem de ar, é importante que esse produto tenha a certificação da AHRI - Air-Conditioning, Heating, and Refrigeration Institute. “As certificações no setor de ar-condicionado no Brasil são parecidas com a do mercado norte-americano, pois temos apenas certificações quanto à performance do equipamento. A AHRI é uma associação de fabricantes que certifica e testa os equipamentos, garantindo o desempenho dos mesmos. Mas essa certificação não é obrigatória ainda”, diz Gameiro. Ele revela que a Abrava e as grandes empresas do setor têm tentado fazer um movimento, dentro do segmento, para que o governo brasileiro exija a certificação. “Os grandes fabricantes já certificam, mas muitos outros não fazem isso. É um benefício pra quem vai comprar. Como o cliente terá a segurança do que a empresa diz sobre seu equipamento? Os hospitais já colocam essa certificação como pré-requisito para esta compra, mas ainda não são todos”, afirma. O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) é o selo dos eletrodomésticos, mas Gameiro acredita que o próximo passo é a garantia desse selo em equipamentos de médio e grande porte, como os de refrigeração e tratamento de ar. “Essa tentativa é para o governo estimular tudo isso e para que o consumidor tenha a garantia do que está comprando. É um movimento da Abrava, do Green Building Council do Brasil e das empresas de grande porte, que não têm receio da qualidade de seus produtos”, revela, ressaltando: “Ainda não chegamos na certificação de filtragem, mas sim na performance –

Espaço Gestor

que significa que o equipamento gasta menos energia com bom funcionamento”. Com a redução do consumo de energia, há também menos emissão de carbono – o que pode auxiliar o hospital a ter selos de sustentabilidade. “A redução de carbono é relacionada à baixa energia que o equipamento consome. O hospital de grande porte tem um consumo altíssimo por mês de energia com produtos de refrigeração e filtragem de ar, porque esses equipamentos funcionam 24 horas por dia em diversos ambientes. Essa redução é uma conta importante aos hospitais”, afirma o vice-presidente de Eficiência Energética da Abrava. O retorno do investimento na qualidade de ar é a diminuição de eventos adversos relacionados à qualidade do ar no hospital, mas o retorno financeiro dos equipamentos de centrais de tratamento de ar varia de hospital para hospital. Porém, Gameiro garante que quase todos os empreendimentos com os quais a Trane fez negócio tiveram retorno de investimento em até três anos. “O que dá de retorno de pagamento é a eficiência energética, e a filtragem de ar dá retorno quanto à diminuição da infecção e contaminação hospitalar, o que é um ganho imensurável. Na energia, se pegarmos um empreendimento de 10 anos de vida que trocou os equipamentos de ar, reduz em torno de 50% o consumo de energia se comparar aos equipamentos anteriores, e o hospital terá o retorno de pagamento de um a três anos”, diz. A manutenção dos equipamentos deve ser constante, segundo ele. “Há dados estatísticos que podem ser monitorados ao longo do tempo quanto à filtragem, para se ter indicativos de quando trocar filtros, etc. Esses equipamentos são órgãos vivos, e quanto mais o gestor demorar pra fazer essa manutenção, mais ele vai gastar. Quando o filtro fica sujo ou obstruído, o hospital não terá só a diminuição de eficiência da filtragem do ar, mas também terá mais gasto energético”, alerta. Ele exemplifica: “Uma central de chiller, quando bem mantida, dura bem de 15 a 20 anos. Um climatizador é em torno de 10 anos a durabilidade. Se não mantiver adequadamente, o prazo desses equipamentos é de cinco a 10 anos”. O investimento por parte dos hospitais brasileiros em centrais de tratamento de ar ainda tem a atenção maior dos hospitais privados, principalmente os de referência nacional. “Quando vou a um hospital grande, privado, eles fazem um investimento significativo de dinheiro. Quando o hospital é menor, o investimento também é menor. Nos hospitais públicos vemos casos até de ar-condicionado de janela, doméstico, isso quando não há casos que nem ar-condicionado ou filtragem existe. Ou seja, depende de cada hospital”, aponta Gameiro, que cita o programa do Governo “Mais Médicos”: “A gente espera que esse movimento do governo também considere este parâmetro de qualidade, porque investir em mais médicos para o País é importante, mas ter infraestrutura para estes médicos trabalharem também é. Não pode fazer uma coisa e esquecer a outra, deveriam ser feitas juntas”. Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

27


Mundo Hospitalar

acreditação

Congresso Internacional de Acreditação Colaboração: Cristiane Creliler SB Comunicação

Vice-presidente da Joint Commission International (JCI) e presidente da Sociedade Internacional de Qualidade em Saúde (ISQua) foram os destaques do evento no RJ.

M

édicos, profissionais de Enfermagem, Nutrição, Odontologia, Farmácia e de Administração Hospitalar estiveram reunidos nos dias 15 e 16 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ), para o II Congresso Internacional de Acreditação, para debater o tema “O Presente e o Futuro da Segurança no Cuidado ao Paciente, Resultados da Acreditação no Novo Cenário Econômico e Populacional”. O evento, promovido pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e pela Joint Commission International (JCI), contou com palestrantes do Brasil e internacionais.

Conectando ambientes

A importância da segurança dos “Pacientes de Cuidados de Longa Duração na Acreditação” foi tema de painel no II Congresso Internacional de Acreditação. O debate teve a participação da presidente da International Society for Quality in Healthcare (ISQua), Tracey Cooper, da assessora de Qualidade do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Isabela Simões, e do diretor da assistência médica Amil, Antônio Jorge Kropf. 28

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

Tracey Cooper, presidente da ISQua, falou sobre acreditação em segurança dos pacientes com doenças crônicas.

Cooper, que está à frente da ISQua – organização sem fins lucrativos que objetiva a melhora da qualidade da saúde, congregando uma rede de profissionais e instituições em mais de 100 países dos cinco continentes, e também acredita as acreditadoras – falou sobre algumas experiências que vivenciou em outros países e alertou para o fato de que as políticas para os cuidados de longa duração precisam ser vistas e discutidas de forma global, e não apenas local. “A população mundial acima dos 60 anos dobrou desde 1980. Por volta de 2017, o número de pessoas acima de 65 anos vai ultrapassar o número de crianças abaixo de cinco anos. Em 2050, a população idosa acima dessa faixa etária será maior que o número de crianças até 14 anos de todo o mundo. Hoje


acreditação

Mundo Hospitalar

“Devemos focar em menos desperdício, resultados de saúde, evitar complicações e proporcionar segurança.” - Antônio Jorge Kropf

em dia as populações são muito transitórias, as pessoas viajam, as pessoas se mudam de país, então não adianta olhar para o problema de forma regional”, comentou Cooper. No Brasil, estimativas apresentadas pela ISQua, revelam: 5% da população está acima de 65 anos. Até 2030, essa camada representará 14% da população brasileira. Ela lembrou também que os cuidados em saúde para com o idoso, que tem mais problemas crônicos de saúde e, muitas vezes, fica debilitado por conta dessas doenças, são cíclicos, o que os leva a receber tratamento em diversos ambientes que vão além da saúde assistencial. “São cuidados em casa, pela família e por cuidadores, em creches para idosos, casas de repouso... E esses ambientes têm diferentes fronteiras e existem buracos nos quais podemos cair quando passamos de um lado para outro”, ressaltou, acrescentando que o dever das pessoas envolvidas na área de saúde é criar mecanismos para reduzir esses espaços, integrando e conectando essas fronteiras. A presidente da ISQua citou a medicação como um dos exemplos de gap potencialmente perigoso. “Temos estudos que mostram que 35% das pessoas com idade avançada tomam mais que 10 remédios por dia. Quando esse idoso tem um problema agudo de saúde e vai a um hospital, ele pode acabar recebendo duas doses de um mesmo medicamento, ou pode acabar tendo uma interação medicamentosa desastrosa”, ressaltou.

Cooper lembrou ainda que a prescrição de remédios é problemática, pois o organismo do idoso reage às substâncias de forma diferente do que o de um indivíduo jovem: “Como é muito rara a participação de idosos em estudos clínicos, não há evidências científicas o suficiente para determinar se o medicamento é eficaz e seguro para pessoas de idade avançada. Complicações e reações adversas não são incomuns”.

Ortopedia

Isabela Simões, assessora de Qualidade do Into (RJ), primeira instituição pública de saúde acreditada no Brasil pela JCI, revelou que o instituto já responde por 4,4% dos procedimentos ortopédicos de alta complexidade realizados em todo o País, 45,1% no estado do Rio de Janeiro e quase 70% no município - estatística da qual o hospital não se orgulha, já que existe uma fila para atendimento com 18 mil pacientes, podendo chegar a três anos a espera por procedimentos como próteses de joelho. Os dados também mostram que boa parte dos pacientes do Into são idosos e que a permanência deles é maior. “Em 2012, tivemos 360 pacientes que ficaram internados por mais de 30 dias, até 289 dias. Destes, 132 eram idosos”, revelou Simões, acrescentando que um terço dos pacientes do hospital permanece internado por mais de 100 dias. Dos pacientes atendidos no INTO em 2013, 46,66% têm mais de 65 anos.

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

29


Mundo Hospitalar

acreditação

Vice-presidente da JCI, Paul vanOstenberg, fala sobre as evidências da qualidade de saúde e segurança após acreditação.

A presidente da ISQua defendeu que as instituições precisam garantir a segurança dos idosos no ambiente hospitalar e apontou que são precisos cuidados especiais para “essa população diferenciada” como, a avaliação de risco continuada, a necessidade de hidratação e alimentação especial, controlar os riscos de queda e, especialmente, manter o idoso integrado ao seu meio social. “Temos que manter as pessoas saudáveis por mais tempo”, afirma Cooper.

Equilíbrio financeiro

Os cuidados com as doenças de longo prazo já estão provocando impactos financeiros na saúde. Foi o que mostrou o diretor médico da Amil, Antônio Jorge Kropf. Ele revelou que a operadora recebe de 15 a 20 liminares por dia útil no Rio de Janeiro para prover serviços de home care para clientes – o que já representa mais de 150 pacientes sob liminar. Ele frisou que a receita dos planos de saúde tem um crescimento anual médio de 11%. Em contrapartida, as despesas crescem aproximadamente 18% ao ano. Neste cenário, Kropf demonstrou preocupação com o 30

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

financiamento da saúde no futuro se não houver uma situação de estabilidade e mudança de cultura. “Quase 90% da atenção domiciliar da Amil no Rio de Janeiro e em São Paulo é prestada por serviço próprio da empresa, por uma questão histórica de falta de opção do serviço no mercado. Sendo que o custo Brasil da mão de obra oficial está ficando cada vez mais difícil; um colaborador aqui tem o custo de 115% além do que é pago a ele. Agora, com a nova legislação do serviço doméstico, as pessoas que têm cuidador em casa estão entrando na Justiça para que a operadora de saúde passe a pagar por esse cuidador. Essa judicialização gera uma instabilidade muito grande e quem paga essa conta é a sociedade”, refletiu. Kropf ressaltou, no entanto, que o papel de todos os atuantes na área de saúde é enfrentar de frente as dificuldades e vislumbrar as oportunidades. “Devemos focar em menos desperdício, em resultados de saúde, em evitar complicações e proporcionar segurança. Com isso, o recurso sobra mais adequadamente”, defendeu. O diretor médico da Amil ressaltou que, neste ce-


acreditação

Mundo Hospitalar

A acreditação é uma metodologia e é muito complicado realizar pesquisas a respeito de metodologia.” - Paul vanOstenberg

nário de envelhecimento da população, a atenção deve ser mais voltada para os pacientes crônico ambulatorial do que para os pacientes terminais, e defendeu a importância da acreditação para auxiliar as operadoras nesse processo. “O desafio das operadoras hoje é classificar o paciente, alocá-lo ao prestador que tenha padrões de desfecho adequado, monitorar resultados, mensurar a performance de médicos e de serviços em relação aos resultados e ter um instrumento de melhoria de todo esse processo. A acreditação, por meio da implantação de padrões de desempenho e indicadores contribui de forma significativa para a mensuração de resultados e performance, em especial para a linha de cuidados de longa duração”, pontuou.

Impactos da acreditação

O vice-presidente da Joint Commission International (JCI), Paul vanOstenberg, falou sobre as “Controvérsias a respeito das evidências de que a acreditação melhora a qualidade de saúde e de segurança” no congresso da CBA. A principal conclusão sobre o questionamento de estudos sobre o real impacto da acreditação na qualidade das instituições acreditadas, nem sempre espelha a realidade. “Há cerca de 70 pesquisas publicadas em revistas científicas confiáveis que tentam determinar os impactos da acreditação na qualidade e segurança. Algumas são positivas, outras negativas. Mas a verdade é que não conhecemos os métodos utilizados nessas pesquisas e nenhum desses estudos pode apresentar um cenário muito realístico, já que existem

poucas informações disponíveis, uma vez que os relatórios dos organismos de acreditação são mantidos em sigilo”, comentou vanOstenberg. Para o vice-presidente da JCI, “a acreditação é uma metodologia e é muito complicado realizar pesquisas a respeito de metodologia. O impacto de certos padrões é mais fácil avaliar, porém ainda é complexo, pois é necessário abrir dados sigilosos, além de outras peculiaridades, como de que forma interpretar os dados”. Para exemplificar, ele cita o aumento das notificações de eventos adversos em hospitais acreditados: “Essa evidência não mostra de fato que mais pacientes estão sendo prejudicados, mas demonstra que esses eventos agora estão sendo mais notificados”, destacou. Um dos pontos exaltados durante todo o congresso foi a importância da notificação dos erros para que possam ser corrigidos e serem evitados no futuro. Ostenberg apresentou também o resultado de duas pesquisas, uma na Espanha e outra na Jordânia, encomendadas pela JCI às brandies em diferentes ocasiões. Os estudos constataram a economia anual de 7,8 milhões de euros para o sistema de saúde espanhol e de US$ 87,6 mil por cada hospital da Jordânia. Por fim, ele apresentou algumas razões, além do custo e da complexidade, para parar de pesquisar sobre o tema. Um desses motivos é a divergência de interesses. “Pacientes querem dados a respeito de segurança, seguradoras querem dados sobre resultados, hospitais querem dados que diferenciem o mercado”, concluiu.

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

31


Mundo Hospitalar

amparo maternal

Amparo Maternal inaugura Unidade Neonatal Por Viviam Santos

Equipado com 18 leitos, ala de UTI para recém-nascidos permite melhor fluxo e contato direto entre mães e bebês no Projeto Canguru.

O

Amparo Maternal, maternidade filantrópica de São Paulo, inaugurou no dia 20 de agosto a nova Unidade Neonatal, composta por 10 leitos, sendo um de isolamento e oito leitos de cuidados intermediários neonatal convencional. Após mais de R$ 1 milhão de investimentos de parceiros e quatro meses de obra, a instituição conquistou melhorias nas instalações de gases, elétrica e ar condicionado. Além disso, proporcionou redução de ruídos e adequação da luminosidade com a nova estrutura.

32

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

“Temos agora uma área de apoio para as mães e vestiários privativos para as equipes. Tudo isto proporcionou uma otimização do espaço e humanização do setor. A ideia é tornar a nova Unidade Neonatal mais agradável para as mães que acompanham seus filhos”, afirma a médica neonatologista responsável pela unidade, Dra. Silvia Maia Holanda. O novo espaço possibilita o início do Projeto Canguru com as mães, que é um tipo de assistência neonatal que implica em contato pele a pele precoce, entre os pais e o recém-nascido, desde a UTI, no qual o bebê é


O MELHOR DA TECNOLOGIA E GESTテグ HOSPITALAR, na plataforma que vocテェ escolher:

Revista digital

|

Portal web

|

Redes sociais

siga-nos em: facebook.com/panoramahospitalar

twitter.com/PanoramaHosp

www.revistapanoramahospitalar.com.br


Mundo Hospitalar

amparo maternal

Durante reforma da nova área de UTI, novos equipamentos de terapia intensiva ficaram na antiga sala.

colocado na posição vertical diante do peito da mãe e é encoberto por uma roupa especial que também envolve a mãe. “A Unidade de Neonatal será composta por equipamentos modernos e uma poltrona para a mãe, em cada leito. A mãe hoje fica algumas horas com o bebê e à noite vai para casa, ficando o bebê aqui. Com o Projeto Canguru, um dos grandes diferenciais, ela pode ficar o dia todo aqui, o quanto quiser. Ela envolve o bebê com o auxílio de um top, uma faixa que fica na região do peitoral, para que o bebê tenha contato direto com a mãe. A poltrona é bem confortável e é reclinável para a mãe se acomodar”, explica a médica neonatologista Renata Renata Carolina Garcia Lamano. O diretor técnico do Amparo Maternal, Dr. Nahor Pedroso Filho, afirma que a estrutura atual é adequada às normas necessárias: “O principal diferencial da nova unidade é a segurança e qualidade. Na ala antiga, onde tínhamos os bebês em UTI, é uma área que não suportava muito fluxo de profissionais, não tínhamos ar-condicionado, nem as pias que a nova unidade tem, para que os profissionais se higienizem. No novo setor já temos tudo isso, então não é só diferencial tecnológico. Quando o profissional do hospital chega na sala, ele visualiza todos os leitos e poltronas com as mães, é um espaço mais amplo”. Ele lembra que o benefício da nova unidade ao atendimento e aos funcionários será em dobro, “já que com a UTI na nova unidade e a fototerapia na sala antiga, onde ficava a UTI, ambos os setores terão mais espaço”. 34

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

A sala de isolamento do bebê com doença infectocontagiosa na nova UTI é adequada também às normas. Antes das obras de reforma, quando necessário, uma sala de isolamento era improvisada. “Agora temos uma câmara com pia, para a higienização do profissional e paramentação antes de entrar na sala. Depois, para sair, ele lava as mãos novamente na pia para circular nos outros ambientes”, explica a Dra. Renata. A sala tem ligação à central de ar-condicionado do hospital, mas com filtro e pressão positiva para que não haja infecção hospitalar nos outros ambientes. Antes à reforma, a fototerapia dos bebês ficava juntamente na sala de UTI, mas com a nova unidade, eles ficarão na sala da antiga UTI, sem proximidade com os bebês em estado mais crítico. “Ou seja, além do conforto às mães e bebês que estarão na UTI, também haverá mais conforto e espaço para os bebês que precisam apenas da fototerapia”, diz o Dr. Nahor. A neonatologista complementa: “Quando é preciso fazer fototerapia num bebê a gente internava, a mãe não ficava com ele. Isso é muito ruim, porque atrapalha a amamentação. Com a nova ala, a mãe pode ficar junto, e isso é um grande benefício. A gente sabe que com contato direto com a mãe, o bebê se desenvolve mais rápido. Já os bebês que estão na UTI geralmente tem baixo peso, ou são prematuros, ou tem algum tipo de infecção, entre outros casos mais graves”, finaliza Lamano.


O

GRAACC é uma instituição que trabalha no limite do conhecimento científico, perseguindo de forma determinada a cura de crianças e adolecentes com câncer. Para isso, administra e mantém um hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC/ Unifesp), preparado para realizar um tratamento eficaz e humano, que o coloca em igualdade com os maiores centros de oncologia pediátrica do mundo. A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização de cirurgias complexas, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares. Trabalhando em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o GRAACC opera em regime de hospital-dia, beneficiando seus pacientes com os resultados das atividades realizadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de formar novos mestres e doutores que levam o conhecimento avançado e o tratamento de qualidade em oncologia pediátrica para todas as regiões do país. E, tudo isso, para oferecer à criança e ao adolescente com câncer todas as chances de cura, com qualidade de vida. Saiba mais em: www.graacc.org.br

Dr. Sérgio Petrilli Responsável Técnico: CRM 16.434

Atuando no limite do conhecimento, para alcançar as melhores taxas de cura do câncer infantojuvenil Brinquedoteca

Cirurgia

Quimioteca

UTI

Transplante de Medula Óssea

Ressonância

Pesquisa

• Centro de Transplante de Medula Óssea • Centro de Diagnóstico por Imagem • Quimioterapia • Brinquedoteca Terapêutica • Consultórios • UTI Pediátrica • Centro Cirúrgico • Unidades de Internação • Laboratório de Transplante de Medula Óssea • Laboratório de Genética • Laboratório de Hematologia

Rua Botucatu, 743, Vila Clementino São Paulo/SP, Cep: 04023-062 (+55 11) 5080-8400


Case Study

hospital paulistano

Ala Vip do Hospital Paulistano Por Viviam Santos

Inaugurada em 2008, hospedagem especial para paciente de planos de saúde premium serve de modelo para outros hospitais.

O

Hospital Paulistano inaugurou em novembro de 2008 a sua Ala Vip, visando oferecer atendimento de primeira linha para pacientes que fazem questão de luxo e conforto durante a internação. Apesar de estar já há cinco anos ativo, o setor especial de hotelaria hospitalar ainda serve de modelo para outros hospitais.

36

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

A Ala Vip do Paulistano conta com serviços de hotelaria exclusivos a pacientes particulares ou das categorias premium dos planos de saúde. As suítes, instaladas no 11º andar do hospital, foram projetadas utilizando materiais modernos, além da instalação de equipamentos com tecnologia de última geração. No total são cinco apartamentos – dois deles com 40m², dois com 58m² e o último com 94m².


hospital paulistano

Case Study

Pensamos: ‘o que podemos fazer para facilitar a vida desse paciente e tornar a vida dele menos desgastante?’” – Ana Rosa Scheibe

Apartamento médio da Ala Vip do Hospital Paulistano conta com televisão embutida no teto.

Todos os quartos têm área privativa para o acompanhante, dividido por uma porta ampla, que aberta integra o ambiente todo, unindo acompanhante e paciente e, fechada, confere a privacidade necessária a cada um deles. Cada uma delas possui lavabo, banheiro e uma pequena copa. A exceção fica por conta da suíte número cinco – a maior da ala - que dispõe de uma sala de estar separada, que conta com exposição de uma tela exclusiva do pintor brasileiro Carlos Araújo, mesa para refeição e pequeno espaço para trabalho com mesa de canto, cadeira e suplementos de escritório.

Hotelaria

Escolher entre diferentes modelos de travesseiros, aromas de sabonetes ou, ainda, definir o almoço

e o jantar através de algumas opções de cardápios. Esses são alguns dos serviços disponíveis aos pacientes da Ala Vip. Segundo a gerente de atendimento do Hospital Paulistano, Ana Rosa Scheibe, o conforto ao paciente começa bem antes da internação: “Basta ele agendar o dia e horário conforme orientação médica, e o hospital disponibiliza traslado executivo de sua residência para o hospital, caso ele queira, com motorista particular. O mesmo acontece no momento da alta”. Ao dar entrada no hospital e seguir à suíte, além do ambiente moderno, o cliente tem à disposição um enxoval de cama com 300 fios de algodão egípcio da grife Trussardi; roupão e pantufas; cesta de boas-vindas, com frutas selecionadas, elaborada pela Casa Panorama Hospitalar – Agosto, 2013

37


Case Study

hospital paulistano

Santa Luzia; Acqua Panna e um kit de banho da marca francesa L’Occitane. “Até a água é diferenciada para os pacientes e acompanhantes, porque é italiana e servida na taça. São os pequenos detalhes para os quais damos atenção”, aponta Ana Rosa. A Ala Vip do Hospital Paulistano conta, ainda, com um mordomo exclusivo responsável por atender todos os pedidos dos pacientes, no menor tempo possível. Inclusive, é ele o responsável pela compra de jornais e revistas da preferência do cliente, sem custo extra. No quarto os pacientes recebem um menu de travesseiros, através do qual é possível escolher o modelo que melhor se adapta ao seu estilo ou conveniência dentre oito opções; menu com seis diferentes aromas de sabonetes e duas opções de cardápios vips - que une nutrição, dietética e gastronomia. Outras regalias fazem parte do pacote de hotelaria do Hospital Paulistano como garçom, conexão Wi-Fi de internet, e laptop gratuito tanto para o paciente quanto para o acompanhante. “A independên-

cia e a tecnologia dos equipamentos, como o controle remoto de luz, ar-condicionado e televisão disponível ao paciente, são as vantagens que a Ala Vip oferece. Pensamos: ‘o que podemos fazer para facilitar a vida desse paciente e tornar a vida dele menos desgastante?’. E fazemos, para que ele se incomode menos e seja menos estressante a situação. Porque é claro que o paciente nunca quer ficar no hospital”, nota a gerente de atendimento.

Arquitetura e tecnologia O projeto arquitetônico da Ala Vip, concebido pelo Departamento de Projetos do Paulistano, incluiu a preocupação com o espaço e a utilização de materiais nobres foi prioridade desde o início. O mais presente é o mármore crema Marfil, utilizado para revestir todo o piso e paredes do andar, além dos banheiros externos, que também possuem o mármore Indus Gold. Já nos banheiros das suítes, o Marmoglass é

Apartamento grande tem mais espaço e privacidade ao paciente.

38

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013


hospital paulistano

Case Study

Banheiro do paciente vip tem opções de produtos sofisticados e acessibilidade.

que dá o toque de requinte no revestimento da parede. A higiene e limpeza são facilitadas da Ala com a Fórmica Grit na parede dos apartamentos, permitindo melhor assepsia e uma manutenção preventiva praticamente inexistente. A decoração dos ambientes, criada por Solange Medina, segue o estilo contemporâneo sem abrir mão do conforto e adequação necessários a um hospital. Todos os apartamentos possuem Dock Station para Ipods, aparelhos de DVDs e televisores de 32 polegadas (para o paciente) e 26 polegadas (para o acompanhante). Para o paciente, o televisor é embutido no forro do quarto e ele desce quando o paciente liga a televisão. Na suíte número cinco ambas as televisões possuem 42 polegadas e são fixas na parede. Em cada quarto é possível acionar iluminação com diferentes intensidades; ar-condicionado com opção de calefação ou refrigeração; televisores; grade completa de TV a cabo com programação digital e som ambiente - tudo através de um único controle remoto. Além disso, há um sistema de viva-voz disponível na cabeceira da cama, que possibilita a comunicação do paciente com o posto de enfermagem, sem a necessidade da presença física da enfermeira no quarto.

Humanização

Cada quarto tem painel LCD de identificação do quarto e paciente, com aviso de maçaneta dos cuidados especiais ao paciente. Em datas especiais como aniversário do paciente ou Dia das Mães do Dia dos Pais, o Hospital contrata músicos para apresentações em cada quarto. “Pode ser um violinista, saxofonista ou flautista. É uma cor-

tesia e é a ação mais esperada pelos pacientes. Mas antes sempre perguntamos a cada paciente se ele desejaria ouvir a música ao vivo, porque há casos em que o paciente não quer”, lembra Ana Rosa. Essa atenção tem muito reflexo na recuperação do paciente, de acordo com ela: “No primeiro ano aconteceu uma história da qual nunca vou me esquecer. Um paciente que aceitou a abordagem, quando o músico e nós do hospital entramos no quarto, chorou muito e disse pra mim: ‘não precisa ficar preocupada, é que estou relembrando grandes momentos da minha vida’. Outro, ainda, que era músico e estava em estado terminal de câncer, quando entrou o músico no quarto ele deixou transparecer a emoção só pelo jeito e olhar. E aí a gente se emociona junto. Então, a música é uma das coisas que traz muitas lembranças e vemos casos como estes sempre”. Um dos projetos adotados pelo hospital é a zooterapia, onde um cachorro Golden Retriever pode interagir com o paciente. “Todo mundo adora, mas respeitamos o limite do cliente. Já tivemos um paciente que passou a gostar de cachorro por causa da visita do animal! Registramos inclusive tirando foto do paciente com o cachorro, caso ele queira”, acrescenta a gerente. Na porta de cada quarto há um pequeno painel digital em LCD onde é informado o primeiro nome do paciente, para que os funcionários interajam com ele desta forma. Quando o próprio paciente chega para se internar, a mensagem nesse painel é de “bem-vindo”. Na maçaneta da porta também há um aviso se o paciente tem risco de queda ou outras informações importantes para os funcionários. Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

39


Ponto de Vista

inovação e pesquisa

Inovar para

crescer

É

interessante notar em diversos meios o quanto as empresas e mesmo os indivíduos se julgam erroneamente, capazes ou incapazes de inovar. De um lado deste espectro há aqueles que se acham capazes de inovar porque inovar é criar coisas que não existiam antes e “isto nós fazemos o tempo todo”. Não é bem assim. Inovar é criar soluções ou necessidades e inovação é trabalho sério e organizado, requer pessoal especializado e desenvolvimento individual e institucional. A capacidade de resolver problemas só se transforma em capacidade de inovar quando os problemas são gerais o suficiente para interessar a outros (solução), ou quando o problema em si é novo e haverá um desenvolvimento de mercado (necessidade). Do outro lado, estão aqueles que acham serem incapazes de inovar por falta de viés tecnológico em sua atividade fim. Inovação não é apenas tecnologia, é também processos e serviços. Algumas das empresas mais inovadoras do mundo o fazem via serviços e processos, como é o caso da fabricante de brinquedos Lego, que vende apenas um brinquedo, um bloco de plástico, cuja patente expirou há várias décadas e ainda assim é uma das maiores fabricantes de brinquedos do mundo, competindo com empresas que têm portfólios muito mais diversificados. O segredo da Lego é inovação constante. Há várias maneiras de crescer. Você pode nadar com os tubarões ou procurar mares azuis onde a competição é menor, mas requer inovação. A decisão pela inovação não pode ser intempestiva, passageira ou amadora. Inovar é coisa séria. Requer gente com dedicação exclusiva. Inovar é mais que ter boas ideias. As empresas que decidem pela inovação devem se preparar para tal, lembrando que

40

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

Luiz Vicente Rizzo Diretor Superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa - IIEP – Hospital Israelita Albert Einstein.

inovação não significa somente um produto a mais no seu portfólio. É um conjunto de ações que permita apresentar uma solução ou criar uma necessidade até então despercebida. Uma vez imbuída do espírito inovador, uma instituição deve decidir-se pelos métodos para gerenciá-la, torneios de inovação, scouting de inovação, previsão de tecnologia, modelagem de ciclo de vida útil, TRIZ, gerenciamento de ideias etc. Todas podem ser aplicadas solitariamente, mas em geral são combinadas de diversas formas com algumas sendo mais utilizadas nas indústrias de serviços, enquanto outras são mais utilizadas pelos prestadores de serviços. Seja qual for sua estratégia, ela deve ser elaborada com base no seu credo institucional e não pode fugir da sua missão. A única certeza é que para crescer, inovar é preciso.


multiline Versátil. Projetado para a sua necessidade.

Carro de procedimentos especiais, desenvolvido para você. Mudando os acessórios, você tem o mesmo carro com diferentes funções: Carro de Anestesia | Carro de Isolamento | Carro de Curativo | Carro de Medicamentos | Carro de Emergência | Carro de Terapia | Carro para Artroscopia | Carro para Beira de Leito | Carro para Áreas Críticas | Carro para Materiais

c arus

peagade

Detalhes fazem toda a diferença, tornando o ambiente bonito, moderno e humano. Quando você precisar saiba com quem contar.

Indispensável para o profissional nos momentos de emergência.

Fácil de manobrar, com um corpo em polímero de alta resistência e estrutura em tubos de aço. Possibilita o acesso simultâneo de várias pessoas ao mesmo tempo. Possui um corpo leve e resistente e uma estrutura forte que suporta cargas elevadas.

Projetos desenvolvidos especialmente para auxiliar na recuperação do paciente. Com designer arrojado, é um carro leve e fácil de movimentar, projetado para maximizar o espaço e a produtividade. Na linha pediátrica, com cores e figuras lúdicas, acompanha a decoração e torna o ambiente mais agradável, trazendo maior facilidade ao profissional nos cuidados com a criança. Um carro que auxiliará na humanização do tratamento.

Fone: 55 (11) 36452226 | Fax: 55 (11) 38319741 w w w.healthmoveis.com.br

Fabricado no Brasil


Ponto de Vista

Marketing

Você conhece o

perfil dos clientes do seu hospital?

S

eu hospital conhece seus clientes, sabe onde eles estão, do gostam, e o que fazem? Pode até saber, mas isso não é tudo. Mais do que conhecer, é preciso saber administrar a carteira de clientes. O propósito do marketing é atender e satisfazer as necessidades e desejos dos clientes. No entanto, conhecer os clientes não é tarefa simples. Eles podem declarar suas necessidades e desejos, porém, agir de maneira diferente do esperado. Como pensa Philip Kotler, os clientes podem até deixar de manifestar suas aspirações mais profundas e reagir a influências que mudam seus pensamentos no último minuto. É de fundamental importância que os profissionais de marketing estudem e analisem o comportamento do cliente através de seus desejos, suas percepções, etc. É através desta análise que seu hospital buscará subsídios para o desenvolvimento de novos serviços, modelos de oferta dos serviços, e aperfeiçoamento dos canais de marketing, estudos de preços, promoções, entre outros elementos do marketing. Para a maioria dos hospitais os clientes ainda são estranhos. Para os clientes, o fator mais relevante na hora da escolha por um hospital é a sua percepção de valor, que é baseada em um mix de atributos, que cabe ao hospital descobrir. Esses pontos de vista diferentes na maioria das vezes geram conflitos. Uma estratégia de marketing bem-sucedida exige a superação deste conflito. Até os anos 90 o marketing direcionava suas ações ao “consumidor”. A partir daquela década vivencia-se uma mudança na forma de nomear este

42

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

André Carneiro é doutor em Administração com ênfase em Marketing no Setor de Saúde. Professor, Pesquisador e Prático da Administração, ele possui vasta experiência no Mercado de Saúde.

público: de consumidor para cliente. Era o que os estudiosos chamaram de início da “era do cliente”, quando os clientes queriam ser tratados como indivíduos, com suas necessidades entendidas e atendidas individualmente. Foi um período de transformação do marketing, de uma abordagem clássica para uma abordagem de relacionamento. No entanto, esse tipo de conceito exigiu um maior esforço de marketing em conhecimento detalhado e gerenciamento do cliente. Segundo Sheth, Mittal e Newman, autores do livro “Comportamento do cliente: indo além do comportamento do consumidor”, o termo consu-


Marketing

Ponto de Vista

Ninguém encanta outra pessoa se não sabe o que irá encantá-la.”

midor, para tratar do mercado de bens de consumo, é utilizado de maneira didática, pois na realidade prática o mais utilizado pelas organizações é o termo cliente, principalmente organizações de serviços - como é o caso dos hospitais. Segundo eles, tratar o consumidor como cliente não significa desconsiderar as diferenças existentes na comercialização entre pessoas e organizações, mas sim considerar que independentemente do tipo de mercado, quem influencia e toma decisões de compra são pessoas, com crenças, valores e atitudes que são formados pela sociedade ou pela personalidade.

Relacionar-se bem com o cliente tem sido o objetivo constante das organizações, inclusive hospitais, porém não é uma prática fácil. Primeiramente requer uma mudança de paradigmas. Mudanças desse tipo, que alteram o comportamento e a cultura organizacional, são as mais difíceis. Talvez o primeiro passo na busca desta cultura de bom relacionamento com o cliente seja conhecê-lo bem. Ninguém encanta outra pessoa se não sabe o que irá encantá-la. Porém, muitos hospitais não superam o óbvio. Conheça seu cliente e saberá como encantá-lo e, consequentemente, transformá-lo no advogado da marca do seu hospital.

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

43


Ponto de Vista

gestão de pessoas

Kung Fu e liderança: Que tal essa

combinação?

E

m 2011 me inscrevi junto com minha filha numa academia de Kung Fu. Quem escolheu isso? Obviamente que não fui eu, mas como diz o ditado: “Não basta ser pai, tem que participar”. Tradução no mundo corporativo: Não basta ser líder, tem que estar próximo. Então, lá estava eu começando minha primeira aula de Kung Fu. Confesso que quase morri nos primeiros minutos de ginástica. Depois, as formas básicas do Kung Fu, eu errava todas – é como alguém que é promovido ao seu primeiro cargo gerencial, quando se tem um grande desafio, mas percebe logo que não está tão preparado assim. Para minha sorte, numa das primeiras semanas de aula, ouvi o “mestre” falar: “Em Kung Fu, você não desiste, não para. Você erra a forma e continua, segue em frente, vai até o fim. Na próxima vez, você melhora naquilo que não saiu tão bem, mas a persistência é o caminho e a virtude no Kung Fu”. As palavras não são exatas, mas o conceito me marcou. Na liderança, seguir em frente não significa ignorar o erro, mas apesar dele, não desistir. É aprender, melhorar e lembrar que quando estamos iniciando na gestão existe uma “curva de aprendizado”. Você não aprende técnicas e já sai usando com sucesso absoluto. Na verdade, no primeiro momento pode até ter resultado inferior. Mas nessa hora vale o conceito que aprendi no Kung Fu: “Insistir. Persistir. Nunca desistir”.

44

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

Fabrizio Rosso é professor, administrador hospitalar, mestre em Recursos Humanos e sócio e diretorexecutivo da Fator RH.

Nesta arte marcial, identificar e buscar o que lhe falta é infinitamente mais importante do que parar no meio e criticar por não conseguir ou não possuir ainda a habilidade necessária. E a primeira ação para isso é “olhar no espelho”. Ou seja, na gestão de uma equipe, olhar a si mesmo no espelho é o movimento mais difícil, mas autoconhecimento é indispensável. E isso não é um novo conceito gerencial, pelo contrário, muito antes de nós os filósofos e grandes líderes falavam e praticavam esse preceito de gestão. Alguns exemplos? Socrátes: “Conhece-te a ti mesmo” (antes de agir com a sua equipe); Platão: “O



Ponto de Vista

gestão Marketing de pessoas

Olhar a si mesmo no espelho é mais difícil, mas autoconhecimento é indispensável.”

corpo humano é a carruagem. Eu, o homem que a conduz. O pensamento, as rédeas. Os sentimentos, os cavalos.” (eu guio o caminho, pois as rédeas estão em minhas mãos); e Gandhi: “Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar os outros” (não adianta surtar junto com os funcionários, no meio de um conflito na equipe. Isso é falta de governo). Com uma vida profissional extremamente agitada como consultor de RH, muitos profissionais que convivem comigo não acreditaram que eu conseguiria manter nem três meses de Kung Fu. E já são quase três anos! Nesse momento, é importante utilizarmos ferramentas de gestão como o “SMART” para es-

46

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

tabelecer metas. Um dos princípios da liderança é comemorar cada pequena vitória junto com a equipe para renovar o oxigênio e motivá-la ao próximo desafio. Assim, para celebrar nossa conquista, eu e a Bia nos presenteamos na faixa azul. Nosso plano de metas é ousado e inclui até viagens de comemoração. Afinal, uma meta só é meta se for SMART, mas isso é uma conversa para outro artigo. Para finalizar, vale repetir uma frase que a própria academia espalhou aos alunos: “Devemos a todo o momento vencer a nós mesmos, vencer nossas inseguranças, medos, sedentarismo, limites e distâncias”. Um líder que já esqueceu isso, geralmente continua se pautando pelas vitórias do passado, sem se dar conta de que o cenário mudou e que a batalha, agora, é outra!


Faça seu aplicativo conosco e otimize seu negócio A VP Group é especialista em desenvolver aplicativos inteligentes para mercados corporativos e segmentados, nas versões tablets e smartphones.

www.vpgroup.com.br contato@vpgroup.com.br Solicite uma visita: (11) 4197-7500


Update

Educação

MBAs da Estácio com conteúdo da Harvard Business Publishing

A

Estácio e a Harvard Business Publishing acabam de firmar uma parceria: estudos de caso da instituição americana farão parte da ementa dos cursos de pós-graduação da universidade brasileira. O projeto tem início, já em outubro, com as novas turmas dos cursos de MBA em Marketing, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, MBA em Gestão de Projetos e MBA em Gestão Empresarial. Os quatro cursos têm carga horária de 360h e serão oferecidos pela Estácio na modalidade presencial no estado do Rio de Janeiro inicialmente e também à distância para todo o Brasil. Os alunos vão receber os cases em português, por meio de um ambiente virtual, e depois levar para a sala de aula para debate. “Estamos muito satisfeitos em iniciar esta relação com a Estácio. Levar uma experiência educacional transformadora para os alunos da instituição é uma prioridade para nós. Temos certeza de que, oferecendo os melhores materiais de ensino do mundo, iremos contribuir decisivamente para o desenvolvimento profissional dos alunos. Os valores da Estácio estão alinhados com a nossa missão de melhorar a prática de gestão num mundo em mudança”, afirma o executivo da Harvard Business Publishing para a América Latina, Luciano Durini. Os cases da Harvard Business Publishing são selecionados pelos coordenadores nacionais dos cursos de pós-graduação da Estácio e inseridos em cada aula, como um dos principais elementos de aprendizado de cada discipli-

48

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

na. “O método de estudo de casos é ideal para imergir os alunos em situações de negócios reais. Este método de ensino cria uma sala de aula em que os alunos não simplesmente absorvem os fatos e teorias, mas também exercem habilidades de liderança e trabalho em equipe diante de problemas reais. Os alunos aprendem a analisar dados, priorizar objetivos, persuadir os outros e tomar decisões difíceis através das experiências e circunstâncias apresentadas nas leituras dos casos. Já temos mais de 200 cases de Harvard traduzidos para o português e eventualmente traduziremos alguns outros que façam sentido para o aprendizado específico de alguma disciplina de nossos cursos”, afirma o diretor de Educação Continuada da Estácio, Marcos Noll Barboza. A expectativa é que ao longo do curso, de 18 meses, o aluno tenha contato com pelo menos 72 cases diferentes de Harvard nas diversas disciplinas do MBA. No último semestre do curso, os alunos de pós-graduação vão receber orientação profissional individual (coaching). “O objetivo é desenvolver as competências do aluno e apontar as deficiências que devem ser trabalhadas em sua vida pessoal e profissional para que ele tenha uma carreira promissora”, completa Barboza. Os novos cursos de pós-graduação com cases de Harvard custam o mesmo valor da pós-graduação oferecida atualmente. As inscrições já estão abertas. Para obter mais informações acesse o site http://novapos.estacio.br/.


Sistemas ERP integrando todo o seu negócio Desenvolvemos sistemas integrando todos os processos operacionais, administrativos e gerenciais da empresa, aperfeiçoando o fluxo dos processos de trabalho, controlando e garantindo confiabilidade nas informações de forma rápida.

www.vpgroup.com.br contato@vpgroup.com.br Solicite uma visita: (11) 4197-7500 comunicação integrada


Agenda

fique por dentro

OUTUBRO ÌÌ 2º Congresso Nacional de Hospitais Privados O evento este ano terá como tema central: “O envelhecimento populacional e as repercussões na atividade hospitalar e na gestão da assistência”. Destinado aos administradores de hospitais públicos e privados, médicos, lideranças setoriais e profissionais da área, além de organismos governamentais envolvidos com planejamento e políticas de saúde, o Conahp reunirá renomados especialistas nacionais e palestrantes internacionais para debater o impacto do envelhecimento populacional. 2 a 4 de outubro Local: WTC Hotel São Paulo, SP http://conahp.org.br

ÌÌ 12º Congresso Brasileiro de Clínica Médica O congresso, realizado pela Diretoria da Sociedade Brasileira de Clinica Médica (SBCM) e pela Diretoria Regional da Sociedade, reunirá paralelamente os eventos: 2ª Jornada Nacional em Medicina Diagnóstica e Exames Complementares, 2º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência da Abramurgem, 1ª Jornada em Neurociências Professor Ivan Izquierdo, 1ª Jornada de Promoção de Saúde. 9 a 12 de outubro Local: Centro de Convenções da PUCRS Porto Alegre, RS http://www.clinicamedica2013.com.br/

50

Panorama Hospitalar – Setembro, 2013

ÌÌ XXVII Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear Realizado pela Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), o Congresso acontece em conjunto com o XLII Congresso Brasileiro de Radiologia, do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), celebrando a união das especialidades médicas. 10 a 12 de outubro Local: Expo Unimed Curitiba Curitiba, PR http://www.sbmn.org.br/congresso

ÌÌ Congresso Internacional eSaúde & PEP 2013 O evento realizado pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) irá discutir fundamentos, aplicações e políticas relacionadas a registros eletrônicos em saúde, especialmente os prontuários eletrônicos de pacientes. Além das atividades técnicas e científicas e área de exposição de soluções de TI para a área da saúde, será realizado também o 2º integraTISS, que mostrará a integração entre sistemas de operadoras e prestadores dentro do padrão TISS definido pela ANS. 20 a 22 de outubro Local: Centro de Convenções Rebouças São Paulo, SP http://sbis.org.br/


Liderando o mercado de vídeo em rede juntos, no país de maior crescimento mundial.

O Programa de Canais Axis é parte fundamental de nossa relação com o mercado, como empresa orientada por canais. Para a Axis, os parceiros são uma extensão de nossa equipe, com papel-chave na estratégia de mercado e no sucesso geral de nossa empresa.

BENEFÍCIOS DO PROGRAMA • Contato direto com a Axis • Vantagens e margens ampliadas • Ganhos exclusivos através de recursos de marketing e vendas Axis • Suporte para definição de preços de projetos • Suporte técnico ilimitado e gratuito

: alhes acesse Para mais det r/ is.com/pt/partne http://www.ax ram/index.htm channel_prog


Soluções para Medicina

Soluções Sony. Alta tecnologia, qualidade e performance para Medicina. Telemedicina

Monitores OLED Monitores e equipamentos 3D

Monitores para radiologia Câmeras

Impressoras Gravadores Para mais informações, acesse:

www.sonypro.com.br

FilmStations

©2013 Sony Corporation. Todos os direitos reservados. As características e especificações estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. “SONY” é uma marca comercial da Sony Corporation. Imagens meramente ilustrativas.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.