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Gestão - Tecnologia - Mercado
Ano 1 • No 10 • Novembro/2013
BRO AZU EM L OV
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TA DE PRÓS
Softwares para saúde
As opções de sistemas que facilitam os processos hospitalares ARMÁRIOS DESLIZANTES
Hospital de Câncer de Barretos instalar armários deslizantes para arquivos e lâminas.
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Panorama
ENTREVISTA DO MÊS
Fernando Torelly, CEO do Hospital Moinhos de Vento, fala sobre as atuais metas do hospital.
Editorial
Panorama Edição: Ano 1 • N° 10 • Novembro de 2013 Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7501 Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7761 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7765 Marketing Ironete Soares e. ironete.soares@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500
Economia de espaço e organização de arquivos
Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 João Azambuja e. joao.azambuja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7521 Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7763 Analista de Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7707 Sistemas Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br t. +55 (11) 4197.7762 Editora Viviam Santos e. viviam.santos@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7766 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7760 Gerente de Marketing Tomás Oliveira e. tomas.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7766 Publicidade - Gerente de Contas Rosana Alves e. rosana.alves@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7769
N
esta edição a Panorama Hospitalar reuniu diversas matérias que enfocam as facilidades atuais aos gestores de hospitais, laboratórios e mesmo clínicas. Para isso, a matéria especial da edição fala de softwares para hospitais, onde mostramos algumas das soluções que digitalizam, organizam e oferecem relatórios digitais. Mostramos como tais softwares é importante para grandes, médias e pequenas instituições. Tem opções de soluções para todos os casos! Assim, o gestor pode ter a economia de tempo – seu e de seus funcionários – e claro, de papel, já que o arquivamento de prontuários e outros documentos dispensam a necessidade de salas e até andares dedicadas apenas para arquivos. Entretanto, para aquelas que necessitam guardar prontuários e lâminas com exames, seja para o uso no dia a dia e em pesquisas, existe a opção de sistemas deslizantes para arquivos – como mostra a matéria de Case Study do Hospital de Câncer de Barretos. Lá, duas salas receberam dois sistemas de armários deslizantes, que economizou espaço e facilitou e agilizou o trabalho dos funcionários. E saindo do assunto das facilidades, e contribuir com as ações do Novembro Azul, que abrange não só a saúde da próstata, mas também o controle de diabetes, temos duas matérias na seção Mundo Hospitalar que expõem as atuais tecnologias e discussões que o setor abordou no mês através de divulgações e eventos. Boa leitura!
Publicidade - Gerente de Contas Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7768 A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online s. www.revistapanoramahospitalar.com.br Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: HR Gráfica
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Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br comunicação integrada
Viviam Santos
Editora
Novembro, 2013
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Sumário
NESTA EDIÇÃO
40 CASE STUDY
Sistemas deslizantes de arquivos do Hospital de Câncer de Barretos.
FICHA TÉCNICA FLEXIMAG E BABYMAG
Magnamed
NOTÍCIAS EINSTEIN CRIA
MUNDO HOSPITALAR
06
serviço de assistência a idosos
SOFTWARE
Algumas das empresas e softwares que fornecem facilidades ao setor de saúde no Brasil.
07
PROJETO EM SERGIPE IMPLANTA
telemedicina no atendimento pediátrico 07
ANAHP
inaugura sede de Brasília
NOVEMBRO AZUL
TESTE PARA DIAGNÓSTICO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA
08
HOSPITAL ALVORADA IMPLANTA PROTOCOLO
09
EINSTEIN RECEBE PRÊMIO DE MELHOR VÍDEO
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NOVO ESTUDO
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e neuromielite óptica chega ao Brasil
de atendimento para idosos com fraturas de cirurgia robótica nos EUA
Em campanha de Novembro Azul, boas notícias saíram em relação a tratamentos de próstata e para póscirurgia de câncer de próstata.
LUIZ VICENTE RIZZO cirurgia robótica FABRIZIO ROSSO
PRODUTOS E SERVIÇOS TELEHELP
32 38
PONTO DE VISTA
sobre lavanderia hospitalar
PHILIPS
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Padrão de excelência no atendimento:
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44 46
sua empresa tem isso por escrito?
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UPDATE
AGENDA
30 MUNDO HOSPITALAR DIABETES
Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes revela novas metas da entidade e fala sobre os temas do evento. 4
Panorama Hospitalar
18 ENTREVISTA FERNANDO TORELLY
CEO do Hospital Moinhos de Vento, fala sobre as atuais metas do hospital.
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Notícias
Einstein cria serviço de assistência a idosos
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Serviço de Assistência Domiciliar do Hospital Israelita Albert Einstein (Home Care Einstein), com a expertise de oferta de serviços próprios, criou o Family Care: uma proposta inovadora, abrangente, integrada e personalizada de atenção à saúde do idoso, com foco na segurança do paciente e na qualidade e humanização do atendimento. O Family Care conta com módulos customizados de produtos voltados a idosos independentes e ativos, assim como para aqueles total ou parcialmente dependentes. Abrange ações de promoção de saúde, prevenção de doenças e oferta continuada de cuidados especializados - de acordo com o grau de necessidade do paciente.
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Panorama Hospitalar
Utilizando-se de equipe multiprofissional especializada e em constante aprimoramento, o serviço contempla atividades domiciliares personalizadas, com entrevista inicial, elaboração do Plano de Atenção Continuado, gerenciamento de doenças crônicas, oficinas de orientação e preparo para o autocuidado, programas multiprofissionais de reabilitação, coletas laboratoriais e programa de imunização no domicílio, serviço de acompanhante, entre outros. Para pacientes com maior demanda, existe ainda a modalidade de Internação Domiciliar, com enfermagem por 12 ou 24 horas/dia, com visita médica e de supervisão de enfermagem periódicas.
Notícias
Projeto em Sergipe implanta telemedicina no atendimento pediátrico Um projeto-piloto da Cisco em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) vai encurtar distâncias e agilizar o atendimento a pacientes. Com o uso de telemedicina será possível atender crianças na zona rural e menos povoada de Sergipe, das cidades de Lagarto e Tobias Barreto com o auxílio de hospitais e especialistas de Aracaju, capital do Estado, e de São Cristovão - onde está o campus da UFS. A meta é melhorar o acesso ao atendimento especializado e a qualidade no serviço e na vida das crianças e de suas famílias. O projeto faz parte do programa global de responsabilidade social da Cisco “Connected Healthy Children” e combina os esforços da UFS, instituição reconhecida pela excelência em Ciências Médicas, e dos prestadores de assistência médica nos municípios envolvidos. Conta com o apoio também da Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde e das Prefeituras das cidades de Tobias Barreto e Lagarto. As consultas das crianças de Tobias Barreto e Lagarto em clínicas de saúde da família serão acompanhadas em tempo real por especialistas no Hospital Universitário de Aracaju e no campus da UFS em São Cristóvão. As equipes médicas poderão avaliar conjuntamente caso por caso, sem que seja necessário saírem de seus municípios. Graças à qualidade de som e da imagem em alta definição da solução de telemedicina da Cisco TelePresence, os especialistas poderão ver e conversar com as crianças, acessar resultados e auxiliar o médico generalista local com uma segunda opinião.
Anahp
inaugura sede de Brasília
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Anahp promoveu no dia 8 de novembro a primeira reunião do Conselho de Administração na nova sede da Associação, em Brasília (DF). O novo escritório é um dos marcos estratégicos da atual gestão e está associada ao desejo dos hospitais membros da entidade, de ampliar a representatividade da Associação perante o setor. O novo escritório da Anahp possui 100 m² e está localizado na Asa Sul da cidade. “As discussões que envolvem a saúde têm ganhado cada vez mais espaço nos últimos tempos e a participação da Anahp nas decisões legais regulató-
rias se faz cada vez mais necessária”, explica Carlos Figueiredo, Diretor Executivo da Entidade. Para Francisco Balestrin, Presidente do Conselho de Administração da Associação, a sede de Brasília reflete o amadurecimento da Anahp como entidade representativa. “O Brasil vive um momento decisivo na saúde e a maior participação política da Associação é fundamental nesse momento. Esse novo núcleo certamente vai otimizar as discussões e a participação da entidade em assuntos que impactam a sustentabilidade do setor”, comenta.
Novembro, 2013
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Notícias
Teste para diagnóstico de
esclerose múltipla e neuromielite
óptica chega ao Brasil
J
á está disponível para os laboratórios clínicos brasileiros o teste Aquaporina, de extrema importância no diagnóstico diferencial entre neuromielite óptica e esclerose múltipla. A finalidade do teste é a detecção de anticorpos anti-aquaporina 4, que serve para diferenciar a Neuromielite Óptica da Esclerose Múltipla, principalmente nos pacientes em fases precoces, que apresentaram um único ataque de mielite longitudinal extensa e que provavelmente vão evoluir para a NMO clássica. O kit está sendo comercializados pela Genese Produtos Diagnósticos e já possui registro no Ministério da Saúde. A neuromielite óptica (NMO) é uma doença neurológica que sofreu grandes mudanças em seu entendimento fisiopatológico nos últimos anos. Classificada previamente como uma forma variante da esclerose múltipla (EM), passou a integrar o grupo das canalopatias imunomediadas. 8
Panorama Hospitalar
Na neuromielite óptica há produção de autoanticorpos que provoca uma inflamação que leva a destruição com perda de células e fibras nervosas na medula espinal (mielite) e fibras nervosas no nervo óptico (neurite óptica). Vários outros locais podem também ser envolvidos. A doença é mais frequente em populações da Ásia e da África e afeta pessoas de qualquer idade, embora seja mais comum em adultos de meia idade. As mulheres são mais susceptíveis à doença, numa proporção de até 8 mulheres para cada homem afetado. A neuromielite óptica é mais comum no Brasil que na América do Norte e na Europa, provavelmente por causa de fatores raciais. Aquaporinas são moléculas proteicas que constituem um canal transmembranoso que permite a passagem de água e outras pequenas moléculas através da membrana celular. Há poucos anos foi descoberta a expressão da aquaporina 4 (AQP4) no cérebro.
Notícias
Hospital Alvorada implanta protocolo de atendimento para idosos com fraturas O Hospital Alvorada, localizado em São Paulo (SP) e especializado em ortopedia, implantou um protocolo de atendimento específico para pacientes idosos internados com fraturas, que permite a realização de procedimentos cirúrgicos com mais agilidade, acelerando o processo de reabilitação. No Alvorada, após o início da utilização do protocolo, em agosto, 59% dos idosos com fraturas e em boas condições clínicas foram operados em até 48 horas após a internação e tiveram alta médica em apenas sete dias. Durante toda a internação, desde a entrada no pronto-socorro, o cliente é acompanhado por uma equipe multiprofissional que segue um protocolo criado especificamente para o melhor cuidado do paciente com mais de 65 anos e com fratura ortopédica, que necessita de tratamento cirúrgico. Há um profissional responsável por gerenciar todas as ações necessárias para minimizar o tempo de hospitalização, intermediando o contato com os médicos para que o procedimento possa ser realizado em até 48 horas. “Com esse novo protocolo, dispomos de um acompanhamento específico e realizado por uma equipe especialmente treinada, que abrange as fases pré, durante e pós-tratamento do idoso com fraturas. Nosso objetivo é proporcionar um atendimento cada vez mais ágil e reduzir ao máximo a estada do paciente no hospital”, explica o diretor técnico do Hospital Alvorada, Fernando Moisés José Pedro.
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Notícias
Einstein recebe prêmio de melhor vídeo de cirurgia robótica nos EUA
O
programa de cirurgia robótica do Hospital Israelita Albert Einstein ganhou o prêmio de melhor vídeo (entre 96 vídeos enviados) do congresso da Clinical Robotic Surgery Association, ocorrido na primeira semana de outubro, em Washington, EUA. O vídeo, de uma cirurgia que utilizou as técnicas de laparoscopia e robótica, foi realizado pela equipe do cirurgião Antonio Macedo, para o tratamento de um câncer de pâncreas. O vídeo se destacou entre cirurgias enviadas por centros de todo o mundo, notadamente EUA, Europa e Asia. A premiação demonstra o reconhecimento da
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Panorama Hospitalar
competência técnica e qualidade da cirurgia realizada no Einstein. O Hospital Albert Einstein já completou a maior marca em cirurgias robóticas na América Latina, tendo realizado 2 mil operações. Desde 2008, quando adquiriu o sistema robótico da Vinci, o Einstein vem apresentando um patamar de utilização superior ao dos hospitais dos Estados Unidos. Atualmente, a instituição conta com 25 cirurgiões robóticos habilitados, sendo sete cirurgiões-preceptores preparados para capacitar novos usuários.
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Notícias
Novo estudo sobre
A
lavanderia hospitalar
empresa Indeba, que atua no segmento de higienização e limpeza, apresentou seu Laboratório de Microbiologia no III Congresso de Lavanderia de São Paulo, que aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro em São Paulo (SP). No estande da Indeba foi mostrado como é feito o controle microbiológico no processo de lavagem de roupas hospitalares e os níveis de bactérias existentes em cada fase da limpeza. O estudo “Biossegurança do Profissional de Lavanderias: área suja x área limpa”, apresentado pelo engenheiro químico e gerente técnico da Indeba, Marcelo Pierri, foi desenvolvido durante um ano e meio em lavanderias industriais hospitalares, em parceria com Teresinha Covas Lisboa. O objetivo do estudo foi evidenciar como a Infecção Hospitalar pode ser transmitida por roupas e enxoval não adequadamente higienizados.
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Panorama Hospitalar
A primeira fase da pesquisa concluiu que a utilização dos procedimentos corretos de lavagem e o uso de produtos químicos adequados garante roupa limpa e desinfetada. A segunda, mostra a necessidade de se criar procedimentos de higienização, assim como o uso de equipamento de proteção individual por todos os profissionais da lavanderia, para conseguir 100% de redução de microrganismos, que podem levar a diversos tipos de contaminação, desde uma simples micose à tuberculose. Porém, ainda há grande resistência na utilização desses mecanismos. “Os hospitais focam sempre na limpeza dos apartamentos, mas dão pouca atenção à roupa e higienização da lavanderia. Estamos mostrando com esse estudo que a lavanderia pode ser um dos canais de infecção e deve ter atenção redobrada, tanto nos equipamentos quanto com os profissionais”, diz Pierri.
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Produtos e Serviços
Monitor LED ecológico da Philips
Para auxiliar as companhias a reduzirem custos operacionais, a Envision Philips desenvolveu o Monitor LED ecológico 221B3LPCB com PowerSensor, uma tecnologia inteligente que detecta a presença do usuário e ajusta o consumo de energia, economizando até 80% nas contas de eletricidade. O modelo possui tela de 21,5” e o botão ZeroWatt que, em modo OFF é totalmente desligado, sem ficar em standby, resultando em consumo zero de energia. Para levar maior conforto ao ambiente corporativo, o monitor tem a função Compact Ergo Base, que permite ajustar altura, inclinação e pivotagem. O produto ainda possui Hub USB com duas portas para facilitar as conexões, controles SmartTouch modernos e alto-falantes internos evitando a necessidade de caixas de som, contando com 3 anos de garantia Onsite
Novo serviço de teleassistência no Brasil
A TeleHelp traz ao Brasil seu serviço já consolidado nos Estados Unidos e na Europa de teleassistência, que visa melhorar a vida de pessoas que moram sozinhas e necessitam de cuidados específicos, especialmente os idosos. A empresa conta com os produtos TeleHelp ID, uma pulseira que traz o nome completo e os dados da central de atendimento, e um celular devidamente elaborado para a terceira idade, com teclas grandes e de fácil utilização. O uso desses serviços reduz custos para operadoras de planos de saúde e hospitais e pode evitar custos com enfermagem. O software utilizado pela TeleHelp monitora milhões de idosos no exterior há mais de 30 anos e foi totalmente adaptado para o Brasil.
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Panorama Hospitalar
Informe publicitário
Revolução na limpeza e desembaçamento das óticas Sistema é o primeiro desenvolvido para manter lente de laparoscópio limpa e desembaçada do começo ao fim do procedimento cirúrgico. A empresa Partners trouxe ao Brasil um produto inovador para a limpeza e desembaçamento das óticas, o D-HELP, um kit de cuidados com laparoscópios contra o embaçamento da lente, do fabricante New Wave Surgical - dos Estados Unidos. Nos Estados Unidos já é um produto muito utilizado, principalmente para os procedimentos com robótica, onde o investimento aplicado é altíssimo. Durante o Congresso Regional de Videocirurgia – Sobracil, realizado em Búzios (RJ), e na feira e fórum Hospitalar 2013, em São Paulo (SP), a Partners apresentou pela primeira vez o produto no Brasil. O D-HELP é um sistema criado para manter a lente do laparoscópio limpa e desembaçada do começo ao fim do procedimento cirúrgico. Atualmente os métodos utilizados nas salas cirúrgicas, em geral, não são tão seguros para eliminar o embaçamento da lente. Normalmente são utilizadas garrafas térmicas, equipamentos de microondas e solução salina – itens que podem causar danos ao equipamento e acidentes com os pacientes e equipes médicas. Com este novo produto, é possível a economia de tempo, dinheiro e a garantia de segurança e eficácia. O kit é composto de: D-HELP com redutor, compatível com todos os laparoscópios; dois MicroPads, lenços cirúrgicos com mais de 200 mil fios de microfibra; e um TrocarWipe, limpador de trocater com extremidades, para todos os tipos de trocateres. Todos os itens são radiopacos. Mais informações: www.partners.com.br
Ficha Técnica
FlexiMag e BabyMag A empresa brasileiro Magnamed lançou este ano o ventilador pulmonar FlexiMag, especialmente desenvolvido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O equipamento ventila desde pacientes neonatais de baixíssimo peso até adultos. No modo neonatal, ficam disponíveis somente as modalidades ventilatórias utilizadas na neonatologia: PLV, P-SIMV, CPAP e DualPAP. Já vem com sugestão segura, conforme o peso do paciente, e com identificação fácil do alarme acionado. Além deste produto, a Magnamed também lançou o BabyMag, ventilador pulmonar especialmente desenvolvido para UTIs neonatais. Nele, é possível monitorar os principais parâmetros ventilatórios, como volume corrente, com controle de parâmetros precisos e estáveis. Basta inserir o peso do paciente e o BabyMag orienta os ajustes dos controles e alarmes dentro de uma faixa segura. Tanto o FlexiMag quanto o BabyMag são compactos, possuem as opções de monitores de 10,4’’ ou 15’’ com tela sensível ao toque, e com bateria para três horas de duração.
Ficha Técnica Fabricante: Magnamed Lançamento: 2013 Tipo de aparelho: Ventilador pulmonar Principais diferenciais: • Ventila desde pacientes neonatais de extremo baixo peso até adultos; • Mantém o histórico de funcionamento das últimas 24 horas; • Fácil identificação do alarme acionado/ativo; • Interface amigável, com tela touch screen. Principais diferenciais do BabyMag: • Célula paramagnética permanente (opcional), sem necessidade de troca e recalibração; • Fácil identificação do alarme acionado/ativo; • Interface amigável, com tela touch screen.
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Panorama Hospitalar
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Fabricado no Brasil
Entrevista
FERNANDO TORELLY
Reconhecimento internacional e referência no Brasil Por Viviam Santos
Fernando Torelly, CEO do Hospital Moinhos de Vento, fala sobre os padrões da instituição que levaram de reconhecimento no Sul, no Brasil e no exterior.
O CEO do Hospital Moinhos de Vento, Fernando Andreatta Torelly, é economista com mestrado em administração de empresas e professor.
C
om padrões que muitos hospitais do País buscam ter, o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), conquistou um patamar de reconhecimento que fez com que, em 27 de agosto deste ano, o Hospital se afiliasse à Johns Hopkins Medicine International, braço international da Johns Hopkins Medicine – do Hospital Johns Hopkins, o melhor dos Estados Unidos de acordo com a avaliação da News and World Report. Além disso, o Hospital Moinhos de Vento é considerado pelo Ministério da Saúde um dos seis hospitais de excelência no Brasil e, desde 2002, é acreditado pela Joint Commission International (JCI). O superintendente executivo e CEO do Hospital Moinhos de Vento, Fernando Andreatta Torelly, conversa exclusivamente com a Panorama Hospitalar para falar dos padrões, metodologias e inovações do hospital. Panorama Hospitalar - Fale um pouco sobre sua carreira até o momento.
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Panorama Hospitalar
Fernando Torelly: Estou completando em 30 anos na área da saúde em 2014, já ocupei funções de gerente de materiais, recursos humanos, fui vice-presidente administrativo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, depois vim pro Hospital Moinhos de Vento como superintendente administrativo e há um ano e meio sou o superintendente executivo, CEO, do Moinhos de Vento. De formação sou economista com mestrado em administração de empresas. Sou um gestor de saúde. Também sou professor e dou aula nos cursos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), de MBA de gestão em saúde que é oferecida em Porto Alegre e na Escola Superior de Gestão e Ciências da Saúde, do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS). PH - Comente como surgiu o acordo entre o Johns Hopkins Medicine International e o Hospital Moinhos de Vento? Fernando: Em 2012 nós revisamos todo o planejamento estratégico do hospital e definimos um plano
FERNANDO TORELLY
Entrevista
Todos os hospitais do Brasil deveriam ter um selo de acreditação.” de 2013 a 2016. Definimos, em nossa visão, que o hospital deve ter todo o seu foco de atuação da gestão médica assistencial e na segurança do paciente, pois a meta é que o Moinhos de Vento seja reconhecido internacionalmente pela prática médica assistencial. A partir dessa definição estratégica passamos a revisar a estrutura organizacional e a buscar referências internacionais, para que pudéssemos capacitar nossa equipe, buscar benchmarking, e conhecer modelos de outros países. Nos Estados Unidos já há bastante tempo o Johns Hopkins Hospital é considerado o melhor hospital americano, e vimos que eles possuem possui um braço, o Johns Hopkins Medicine International, que trabalha com hospitais de todo o mundo em regime de afiliação, criando uma grande comunidade internacional para poder difundir os padrões de excelência que ele possui. A partir de então, após contato com o Jonhs Hopkins, fechamos o acordo de afiliação que tem duração de 10 anos e o nosso objetivo é obter a capacitação da Johns Hopkins para a nossa equipe e em projetos específicos como o de segurança do paciente, projetos de qualificação médica e de enfermagem. A partir de agora nós estamos com eles montando todo o plano de trabalho que vai originar e vai desenvolver essa parceria. Normalmente as grandes afiliações internacionais começam em São Paulo, mas o interessante é que pela primeira vez começou pelo Sul do País. Para se ter uma ideia de ações, em outubro tivemos duas enfermeiras da Johns Hopkins com a nossa equipe de enfermagem, porque existe um modelo de certificação internacional só da enfermagem. Os hospitais hoje são acreditados por inteiro, mas existem modelos de acreditação específicos, como o de enfermagem. Estamos de acordo com a metodologia da Associação Americana de Enfermagem (“American Nurses Association”) e com as enfermeiras aqui podemos trabalhar esses critérios e conceitos para qualificar nosso trabalho em assistência do paciente. PH - Como o Johns Hopkins e o Hospital Moinhos de Vento irão contribuir na parceria? Fernando: Há o processo de associação de marca, ou seja, a marca do Hospital Moinhos de Vento tem junto ao nome “afiliado a Johns Hopkins Medicine International”; passamos a ser referência deles no Rio Grande do Sul, teremos projetos de parceria tanto em enfermagem quanto na área médica, em segurança do paciente e em algumas áreas como em oncologia, radiologia, cardiologia, neurologia, e vamos desenvolver trabalhos em conjunto. Além disso, poderemos
fazer referenciamento de um paciente do Moinhos de Vento que queira complementar um tratamento ou ter segunda opinião no Johns Hopkins Hospital; teremos um programa interno, institucional, com orientação e encaminhamento desses pacientes. PH - Acredita que essa parceria irá melhorar quais fatores do hospital em médio e longo prazo? Fernando: Eu entendo que o Brasil hoje tem uma grande distorção, porque nós não temos uma avaliação dos hospitais, não temos indicadores. Como, por exemplo, o Johns Hopkins foi considerado o melhor hospital dos Estados Unidos? Por um ranking de patologias e desfechos, ou seja, os resultados de tratamentos. O nosso objetivo é poder trabalhar no Brasil e no Rio Grande do Sul com os melhores referenciais de qualidade médica a determinadas áreas e patologias. Então saberemos qual o percentual de cura de um paciente que tem um atendimento neurológico, a taxa média de infecção de um paciente cirúrgico, etc. Ou seja, ter referências médicas de alto padrão que queremos trabalhar no Brasil, e trabalhar focado no paciente e nas patologias prevalentes que necessitam de atendimento. Tudo isso vai fazer com que o Hospital Moinhos de Vento cada vez mais se comparar aos padrões internacionais e trabalhar junto com a Hopkins para obtermos qualificações. Três superintendentes nossos já passaram uma semana no Johns Hopkins Hospital, acompanhando como eles fazem para monitorar indicadores de qualidade médica assistencial, como trabalham protocolos assistenciais, entre outras coisas. Portanto, eu diria que em médio e longo prazo nós efetivamente vamos ter um ganho na maneira de fazer a gestão de um hospital focado em gestão médica e de assistência. PH - Há ações atuais relacionadas a pesquisas? Fernando: Sim. Estamos inclusive com um projeto para criar a Faculdade Moinhos de Vento, porque hoje nós formamos um número importante dos nossos técnicos de enfermagem. Temos o curso de técnico de enfermagem e 22 cursos de pós-graduação. Além da faculdade, queremos fomentar a nossa pesquisa. Não há nada pior que um hospital privado que não tem tradição em pesquisa e que não pode ser comparado aos melhores centros universitários do Brasil. Entendo que um bom hospital hoje, mesmo sendo privado, tem que trabalhar com assistência ao paciente, atividades de educação e de pesquisa. Estamos atualmente em fase de finalização do projeto da faculdade para entregar ao Ministério da Educação Novembro, 2013
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Entrevista
FERNANDO TORELLY
CRÉDITO: Guilherme Dias
Steven J. Thompson, na assinatura do acordo.
(MEC). Se tudo der certo criamos a faculdade já em 2014. A ideia é que comecemos com cursos da enfermagem e depois avaliamos quais outras áreas vamos iniciar. Como a nossa atividade em pós-graduação já é muito forte, vamos começar com a graduação em Enfermagem juntamente com os 22 cursos de pós. Temos uma parceria com um colégio ao lado do Hospital onde funcionam nossos cursos atualmente. PH - O Hospital Moinhos de Vento foi o primeiro na América Latina a realizar o implante de marca-passo diafragmático para esclerose lateral amiotrófica. Como foi essa cirurgia para o Hospital e o que ela representa para a instituição, para o Sul e mesmo para o Brasil? Fernando: O ponto principal é o Moinhos de Vento se tornar um hospital que traz inovações em saúde. Recentemente fomos o primeiro hospital privado de Porto Alegre a fazer o procedimento de Radioterapia Guiada por Imagens (IGRT), estamos também pioneiros em procedimento com válvulas na área de enfisema pulmonar. A ideia é que cada vez mais a gente estimule nossos médicos para que o hospital seja um hospital do Sul com reconhecimento nacional, além da referência internacional. PH - O Hospital Moinhos de Vento é referência, sendo considerado um Hospital de Excelência pelo Ministério da Saúde e acreditado pela JCI. Quais são os fatores que fizeram o hospital chegar neste patamar? 20
Panorama Hospitalar
Fernando: O Hospital Moinhos de Vento completou este ano 86 anos, e foi fundado por imigrantes da Alemanha com o propósito de ter no Sul do Brasil um hospital com os mesmos padrões que, na época, tinha na Europa. Esse é o DNA da criação do hospital. Isso sempre trouxe às pessoas que trabalham aqui, aos gestores e médicos, a ideia de que o Moinhos tem que estar sempre à frente dos processos de medicina e gestão assistencial. Quando começou o movimento de acreditação no Brasil, o Moinhos de Vento foi um dos pioneiros neste processo. Quando o Ministério da Saúde criou a figura de hospitais de excelência de apoio ao SUS, o Moinhos de Vento foi também um dos primeiros hospitais, juntamente com cinco hospitais de São Paulo, e hoje é parceiro do Ministério da Saúde no desenvolvimento de projetos institucionais. Então isso tudo está dentro do escopo do modelo de gestão do Hospital Moinhos de Vento, de trabalhar com a ponta do conhecimento, com projetos de gestão bem estruturados, e temos trabalhado há 9 anos com um planejamento estratégico utilizando a metodologia “Balanced Scorecard”, dos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton. O hospital foi um dos primeiros a aderir aos programas de qualidade total, depois de processos de profissionalização da gestão. A consequência disso é o reconhecimento do padrão da JCI, com a qual já tivemos três reacreditações. A ideia é ter um hospital sustentado no processo de sustentabilidade econômica na gestão, mas que seja reconhecido como um hospital onde o paciente quer ir para ser atendido para ter um padrão internacional de medicina e assistência.
FERNANDO TORELLY
PH - E quanto às inovações e novas tecnologias, como hospital investe nisso? Fernando: Temos um plano de investimento do hospital em obras e equipamentos que, no períodos de cinco anos, atinge 320 milhões de reais. O Moinhos hoje tem 354 leitos e até o final de 2014 nós chegaremos a 510 leitos. Estamos investindo na ampliação de três prédios do hospital e adquirindo equipamentos de última geração como PET-CT, ressonância magnética, entre outros. A cada ano o hospital tem crescido muito, a taxa de crescimento a cada ano tem superado os 20%, e hoje a nossa dificuldade é conseguir atender todas as pessoas que nos procuram. Nós temos um hospital privado que está totalmente lotado praticamente todos os dias, com uma lista de espera de pacientes. Juntamente com isso estamos finalizando a obra de um hospital de 120 leitos, que é o Hospital Restinga e Extremo Sul, que faz parte do projeto de filantropia do Hospital Moinhos de Vento, e vai atender 100% SUS. Nós construímos o hospital e estamos terminando o projeto médico-assistencial, após isso vamos ser responsáveis também pela operação do hospital. Esse projeto do bairro da Restinga é parte da parceria com o Ministério da Saúde de hospitais de excelência e com a Prefeitura de Porto Alegre, para a criação de um sistema regional de saúde. Nesse hospital teremos o postos de estratégia de saúde da família, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) hospitalar e uma escola de formação. Já formamos mais de 100 técnicos de enfermagem no bairro para serem trabalhadores do hospital. PH - Quais são os próximos passos do Hospital em inovação e diferenciais? Fernando: O que nós queremos é que o Moinhos seja reconhecido cada vez mais como a principal opção hospitalar aos pacientes de maior complexidade. Estamos investindo muito na reorganização da estrutura médica e assistencial. Ou seja, ter alta qualidade de atendimento, que atenda de forma personalizada, mas que tenha a melhor opção médica e assistencial em termos de complexidade. PH - Qual é a posição do Hospital Moinhos de Vento em relação ao envelhecimento populacional, que vem sendo muito discutido no setor? Fernando: Temos a convicção que vão ter que surgir modelos novos. O modelo atual da estrutura hospitalar não é necessariamente o melhor modelo para atender o paciente crônico da terceira idade, que sempre acaba reinternando e ficando muito tempo dentro do hospital. Estamos estudando alternativas de áreas assistenciais ou unidades de internação focadas nesses pacientes de doenças crônicas ou de maior idade, o que está se fortalecendo no Moinhos de Vento, pensando em qual estrutura teremos que investir para atender de forma mais adequada, utilizando os recursos necessários, os pacientes da terceira idade. Ou seja, deixar no hospital a complexidade, mas deixar alternativas à sociedade. Muitos reclamam que o hospital está lotado com pacientes crônicos, mas eles não têm pra onde ir. Não há ainda um lugar intermediário de assistência médica hospitalar, de cuida-
Entrevista
dos mínimos ou de promoção e prevenção. Mas principalmente, e inclusive isso foi muito discutido no Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), do qual participei, esse fato obriga os hospitais a incluir programas de prevenção e promoção à saúde. Porque todos ficaremos idosos, mas se nos cuidarmos seremos idosos com saúde. Isso a gente viu muito forte nos hospitais norte-americanos, incluindo o Johns Hopkins Hospital: a questão da educação ao paciente. No Brasil poderíamos ter um incidência de doenças muito menor, mas não temos por falta de campanhas de prevenção e educação. É mais que eventos e palestras, é inserir nos processos de cuidados. Quando o paciente é internado ele deve receber orientações e educação da enfermeira, do farmacêutico e do médico. Existem grandes causas mundiais, como o Outubro Rosa, então o hospital deve assumir essas causas. O marketing do hospital não pode ser apenas “venha para o hospital para fazer exame” ou para “conhecer uma área nova”, e sim a defesa das causas importantes de prevenção e promoção à saúde. É ter uma postura ativa na sociedade. PH - Você tem sugestões a outras instituições de saúde? Com base em sua experiência no Moinhos de Vento. Fernando: Há alguns pontos importantes. O gestor tem que investir fortemente na profissionalização da gestão do hospital; este é o ponto central. Também tem que trabalhar com padrões assistenciais reconhecidos internacionalmente. Eu acredito que todos os hospitais do Brasil deveriam ter um selo de acreditação, nacional ou internacional, para que a sua instituição possa ter referendado os seus métodos de qualidade. A gente vê que no Brasil se fala muito sobre a acreditação, mas o número de hospitais acreditados é muito pequeno, então nós temos que buscar no País cada vez mais indicadores de qualidade. Os hospitais que não forem acreditados vão perder significativamente a referência da comunidade. Outro ponto importante é investir em segurança do paciente, aderindo as metas internacionais de segurança. Hoje no Moinhos de Vento todos os superintendentes e gerentes possuem metas vinculadas à segurança do paciente. Depois é preciso ter por parte das operadoras de saúde tudo isso o reconhecimento que toda essa qualidade custa dinheiro, e que os hospitais e os médicos devem ser remunerados de modo compatível a essa qualidade. Não adianta investir se não há esse reconhecimento. Essa qualidade é definitivamente melhor ao paciente, mas tem um custo diferente. Não se deve gastar mais do que se deve, mas deve-se gastar o necessário para se ter alta qualidade. Resumindo, minha sugestão aos gestores de saúde é investir em qualidade, em processos de acreditação e em programas de segurança do paciente, mas fundamentar tudo isso dentro de uma estratégia de posicionamento de mercado, para gerar sustentabilidade e para que as pessoas queiram um plano de saúde onde o hospital esteja inserido. E que aceitem, inclusive, a pagar mais por isso para ter uma qualidade diferenciada. Novembro, 2013
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Espaço Gestor
LIVRO
Curso de Direito da Saúde Por Viviam Santos
Publicação da Editora Saraiva expõe 97 temas que envolvem a saúde no Brasil e como o direito abrange o setor.
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eja pela abrangência da tutela da saúde, seja pelos avanços e desafios crescentes, o direito à saúde ganha cada vez mais destaque. Entrelaçando normas pertinentes a vários ramos do Direito, vem assumindo a qualidade de direito heterogêneo, um complexo de vários direitos que, com base em critérios políticos, protegem interesses conflitantes. O Curso de Direito da Saúde, lançamento da Editora Saraiva, nasceu do reconhecimento do aspecto multiprofissional na assistência à saúde, da importância das prerrogativas profissionais, das regulamentações destas, da proteção da sociedade como um todo e da divisão de tarefas e responsabilidades. De um lado, os pacientes; de outro, os prestadores de serviços; de outro, ainda, as indústrias farmacêuticas e de equipamentos médico-hospitalares. Cada um desses interesses possui legitimidade, e conjugá-los dentro da legalidade é o desafio de quem atua na área. A autora apresenta sistematicamente os conceitos, os agentes, as normas e a jurisprudência, relativos ao direito da saúde, dissecando o tema em suas minúcias sem perder a essência do todo.
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Panorama Hospitalar
A obra tem 760 páginas com 97 capítulos abordando temas como conceitos de vários tipos de doenças, sobre leis em saúde, políticas nacionais em diversos aspectos, atendimento e internação domiciliar (home care), medicalização excessiva, sobre o ambiente de trabalho em saúde – abordando assédio, burnout, estresse e depressão -, regimes de contratação, ética e legislação na saúde, direitos dos médicos, entre outros. Karyna Rocha Mendes é advogada, especialista em Direitos Difusos e Coletivos pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo (ESPM), mestre na mesma área pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). Professora no Curso de Gestão Hospitalar, palestrante, membro efetivo das Comissões de Sustentabilidade e Meio Ambiente, Estudos sobre Planos de Saúde e Assistência Médica, Direito Sanitário e Direito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar, todas da OAB/SP. PH
Ficha Técnica:
Autora: Karyna Rocha Mendes Editora Saraiva, 2013 1.ª edição, brochura, 760 páginas ISBN: 978-85-02-20379-2
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GOOGLE GLASS
Prova conceito é criada para Google Glass em cirurgias Por Viviam Santos
Teste da Philips e Accenture conectou visor com o IntelliVue Solutions, para visualização de sinais vitais.
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Royal Philips e a Accenture, empresa de consultoria, tecnologia e outsourcing, anunciaram a criação de uma prova conceito para o visor do Google Glass como forma de pesquisar modelos para melhorar a eficácia de procedimentos cirúrgicos. A demonstração conecta o Google Glass e o Philips IntelliVue Solutions e prova o conceito de transferência contínua de sinais vitais em Google Glass, potencialmente fornecendo aos médicos o acesso à informação clínica crítica. O novo conceito mostra como um médico pode monitorar simultaneamente os sinais vitais de um paciente usando o visor e, ainda, pode reagir a desenvolvimentos processuais cirúrgicos sem a necessidade de afastar-se do paciente ou do procedimento. Um médico também pode monitorar os sinais vitais de um paciente remotamente ou recorrer à assistência de médicos em outras localidades. “Vivemos em um mundo onde ser ágil é fundamental e a indústria de ideias precisa ser convertida
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Panorama Hospitalar
para soluções práticas que as pessoas possam usar”, disse o CEO para a prática de Patient Care and Clinical Informatics da Philips Healthcare, Michael Mancuso. “Esta pesquisa explora a forma como os médicos podem conseguir melhorar o acesso à informação certa, no momento certo, para que eles possam se concentrar no atendimento ao paciente mais eficiente e eficaz. É um primeiro passo na pesquisa que mostram como as tecnologias existentes podem ser aplicadas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”. Pesquisadores da Philips, do recém-criado Digital Accelerator Lab – uma plataforma de inovação intersetorial com laboratórios baseados na Holanda e na Índia –, colaboraram com pesquisadores da Accenture Technology Labs para explorar o potencial de uso do Google Glass em ambientes clínicos. O objetivo era criar a primeira prova de conceito para o Google Glass e Philips IntelliVue Solutions e, em seguida, começar a explorar oportunidades adicionais para integrar o Google Glass perfeitamente com as soluções de saúde da Philips.
GOOGLE GLASS
“O trabalho da Accenture com a Philips apresenta um uso poderoso de dispositivos no setor de saúde, ajudando os médicos a realizar suas tarefas de forma mais eficaz e melhorar o atendimento aos pacientes”, disse o chefe de tecnologia (CTO) da Accenture. “Este emocionante trabalho destaca o potencial das tecnologias digitais para transformar a forma como trabalhamos e vivemos. E estamos satisfeitos por ter colaborado com a Philips para ajudar a trazer essa visão para a vida”.
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Além da possibilidade de operar em um “ambiente de mãos livres”, o Google Glass IntelliVue Solution foi desenvolvido para explorar formas de aumentar a mobilidade de um clínico, permitindo a transferência contínua de informações do paciente mesmo em movimento. Outras pesquisas podem indicar como médicos podem manter seu foco no paciente e ao mesmo tempo obter uma visualização ao vivo de dados de monitoramento de pacientes críticos. PH
Tópicos adicionais para a pesquisa O estudo ainda pode incluir outros testes, como os descritos pela Philips abaixo: • Acesso a uma alimentação quase em tempo real de sinais vitais no Google Glass; • Chamada de imagens e outros dados do paciente pelos médicos de qualquer lugar no hospital;
• Acesso a uma lista de verificação de segurança pré-operatório; • Oferecer aos clínicos a possibilidade de ver o paciente na sala de recuperação pós-operatório; • Conduzir ao vivo, e em primeira pessoa, videoconferências com outros cirurgiões ou médicos; • Gravação de cirurgias para fins de treinamento.
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IBCC
IBCC adquire nova tecnologia da GE para detecção de câncer de mama Por Viviam Santos
Com o modelo Discovery NM 750b, que não comprime os seios, instituto atenderá mais pacientes.
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Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) acaba de receber uma tecnologia avançada de imagem molecular utilizada para exames de mama e que contribui para detecção precoce do câncer. Trata-se do inovador Discovery NM 750b da GE Healthcare, capaz de aumentar o nível de detecção precoce do câncer de mama, em tumores de apenas cinco milímetros. O exame ainda oferece mais conforto às pacientes por não exercer pressão nas mamas. Esse é o segundo equipamento instalado no Brasil e também na América Latina. O IBCC é referência no tratamento oncológico no estado de São Paulo. A nova solução permitirá atender mais de 100 mulheres por mês e os exames com essa nova tecnologia serão cobertos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). “Teremos mais um equipamento para o diagnóstico do câncer de mama. O IBCC está elaborando os protocolos de utilização do equipamento”,
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Panorama Hospitalar
afirma a Dra. Marcia Garrido Modesto Tavares, responsável pela Medicina Nuclear no IBCC. O equipamento de imagem molecular de mama da GE Healthcare oferece qualidade de imagem até três vezes melhor para pacientes com mamas mais densas – que são menos suscetíveis a se beneficiar da mamografia convencional. “O equipamento tem boa sensibilidade para detecção do câncer de mama precoce e o IBCC se interessou por trata-se de uma instituição dedicada ao tratamento dessa patologia”, explica a Dra. Márcia. “O Discovery NM 750b será útil na identificação de lesões em mamas densas, na resposta ao tratamento quimioterápico, na detecção de recidiva tumoral do câncer de mama e na avaliação do controle pós-procedimentos cirúrgicos do câncer de mama”, acrescenta. O equipamento permite imagens em alta resolução das mamas e do tórax e, por isso, consegue
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IBCC
Discovery NM 750b, da GE, é a nova aquisição do IBCC.
detectar micro tumores. “Isso se dá por conta de uma tecnologia que utiliza marcadores de cádmio, zinco e telúrio em estado sólido (CZT). São eles que possibilitam a aquisição de imagens milimétricas, facilitando o exame nesse tipo de seio e também identificando alterações celulares com características cancerígenas, antes mesmo de se apresentarem modificações anatômicas na mama”, explica o diretor de Imagem Molecular da GE Healthcare para a América Latina, Marcos Corona. Ainda de acordo com ele, “aproximadamente 40% das mulheres submetidas à mamografia têm tecido mamário denso, e a imagem mamográfica convencional tem uma sensibilidade de apenas 50% a 85% para as lesões detectadas nessas mulheres. Com isso, esse equipamento promete ajudar a melhorar a precisão do exame”. O primeiro foi instalado no ano passado na clínica IMEB (Imagens Médicas de Brasília), localizada no Distrito Federal, “e já realizou mais de 350 exames até o momento”, diz Corona. 28
Panorama Hospitalar
Estudos
A GE realizou recentemente, nos Estados Unidos, um estudo com mulheres com mamas densas. Essa avaliação comprovou que a sensibilidade para identificação de lesões com essa tecnologia de imagem molecular é de 92%, comparada com 54% da mamografia convencional. “Sabemos que, no Brasil, aproximadamente 40% das mulheres submetidas à mamografia tem tecido mamário denso. Por isso, acreditamos que ao trazer o Discovery NM 750b para o País vamos ajudar a melhorar a precisão do exame de diversas brasileiras, que possuem seios com essa característica. O IBCC será a primeira instituição de saúde no Estado de São Paulo a realizar estudos com esse equipamento”, conta o diretor. Os modelos de estudos ainda não foram definidos, segundo ele, “pois estão em fase de protocolos e serão avaliados pelo comitê de pesquisa clínica e comissão de ética interna do IBCC”. PH
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GRAACC é uma instituição que trabalha no limite do conhecimento científico, perseguindo de forma determinada a cura de crianças e adolecentes com câncer. Para isso, administra e mantém um hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC/ Unifesp), preparado para realizar um tratamento eficaz e humano, que o coloca em igualdade com os maiores centros de oncologia pediátrica do mundo. A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização de cirurgias complexas, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares. Trabalhando em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o GRAACC opera em regime de hospital-dia, beneficiando seus pacientes com os resultados das atividades realizadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de formar novos mestres e doutores que levam o conhecimento avançado e o tratamento de qualidade em oncologia pediátrica para todas as regiões do país. E, tudo isso, para oferecer à criança e ao adolescente com câncer todas as chances de cura, com qualidade de vida. Saiba mais em: www.graacc.org.br
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Mundo Hospitalar
DIABETES CONAHP
Diabetes: congresso e atuais debates Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes revela novas metas da entidade e fala sobre os temas do evento.
Por Viviam Santos
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mês de novembro na área de saúde, além de ter ações voltadas à saúde da próstata, também conscientiza sobre a diabetes – devido ao Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro. Para abordar temas que envolvem as atuais tecnologias em tratamento da doença e demais questões entorno do dia a dia dos diabetologistas, o XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) – Diabetes 2013 –, realizado de 9 a 11 de outubro deste ano em Florianópolis (SC), reuniu cerca de 3,5 mil inscritos e mais de 4 mil pessoas. No evento o que foi muito discutido, segundo o presidente da SBD, Dr. Balduíno Tschiedel, foi a hemoglobina glicada para diabetes tipo 1 e sobre o Sistema de Infusão Contínua de Insulina (Sici ou bomba de insulina). O Dr. Tschiedel revela que, até então, a SBD segue até então as metas de hemoglobina glicada da American Diabetes Association (ADA), mas que está começando a seguir as ideias da International Society for Pediatric and Adolescent Diabetes (Ispad). “A Ispad preconiza, pra diabetes tipo 1, independentemente da idade, uma meta abaixo de 7,5% de hemoglobina glicada. A ADA preconiza metas diferenciadas por faixa etária. Achamos que a idade mais fácil de
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Panorama Hospitalar
conseguir controle da diabetes é na faixa pré-púbere, porque quando a criança entra na puberdade é muito mais difícil de controlar a doença. Quando fica mais difícil de controlar, a ADA estabelece uma meta mais baixa”, diz o presidente da SBD. Além disso, houve discussões sobre a aplicação de insulina e, durante os dias do congresso, foram ministrados workshops pela Roche e Medtronic, empresas fabricantes de bombas de insulina vendidas no Brasil, sobre o uso dos aparelhos pelos pacientes. O sistema contém uma bomba e um cateter, ambos os quais são cirurgicamente implantados sob a pele no abdômen. A bomba é um dispositivo redondo que armazena e libera a insulina. O Sici da Roche é o Accu-Check Combo e o da Medtronic é o MiniMed. “Foi mostrado no congresso que na Alemanha crianças abaixo de 6 anos com diabetes, aproximadamente de 85% já estão utilizando esse sistema. Antes a gente tinha dúvida quanto a crianças pequenas utilizarem esse sistema, agora temos certeza que é o ideal para este público”, conta Tschiedel. A novidade mais recente em bomba de insulina é essa tecnologia de aplicação de bolus, embora o Sici esteja há alguns anos no mercado. “Sempre há
DIABETES
Mundo Hospitalar
Achamos que a idade mais fácil de conseguir controle da diabetes é na faixa pré-púbere.”
Sistemas de Infusão Contínua de Insulina da Medtronic e da Roche são os comercializados no País.
inovações nessa tecnologia, seja no software ou no aparelho”, afirma. A Roche fabrica o Accu-Chek Combo, que tem um software embutido onde o usuário introduz o valor de sua glicemia naquele momento, após o teste, informa quantas gramas de carboidratos está pretendendo ingerir e o software então saberá há quanto tempo a última dose de insulina foi aplicada e ele sugere a partir desse e de outros dados fornecidos, a utilização de um bolus com certa quantidade de insulina. “O sistema ajuda muito o usuário a saber qual é a melhor dosagem. É claro que isso exige um usuário esperto em tecnologia, mas presume-se que todo usuário de bomba tem um nível bom de compreensão desse sistema”, diz. A principal vantagem da bomba, segundo ele, é que não há diversas picadas durante o dia. “Quando o usuário decide comer um pouco mais que previu, ele tem que parar de comer e fazer novamente o processo para saber quantas doses a mais deve aplicar, e fazer mais uma picada. Com isso, os pacientes acabam pulando essa dose extra, resultando no aumento acentuado de glicose. No Sistema de Infusão Contínua de Insulina isso não ocorre, porque o usuário ordena a bomba, através de um controle remoto, a aplicação de mais doses de insulinas em bolus, o que permitirá o metabolismo da quantidade extra de alimento”, lembra ele. Outra vantagem é a bomba utilizar só um tipo de insulina, diferentemente da aplicação manual pelo
usuário. “A mesma insulina será liberada de forma basal ou bolus, conforme o que se programou. Por exemplo, se eu coloco que o meu basal será de 20 unidades por dia, divido o basal em quanto eu quiser e de hora em hora ele pode sofrer uma mudança. Se eu indico fazer 0,8 unidades em determinada hora, a bomba irá ainda subdividir essa quantidade em 1/20 a cada três minutos. Ou seja, terei micro doses de insulina, o que o organismo não-diabético faz naturalmente. Quando eu comer qualquer coisa, vou precisar de um bolus de insulina, que será feito com a mesma insulina”, explica Tschiedel. “Além disso, o diabético não tem a possibilidade de interagir com algo, no caso, com esse software da bomba que aconselha as dosagens”, acrescenta.
Próximos eventos
O próximo congresso da SBD será em Porto Alegre em 2015, no qual o Dr. Balduíno Tschiedel será o presidente do evento. Em abril de 2014, do dia 24 a 26, haverá um congresso para a região da América Latina e América Central, realizado pela International Diabetes Federation, junto com a Associação Latino-Americana de Diabetes e a Sociedade Brasileira de Diabetes, em Foz do Iguaçu (PR). “Serão essas três entidades trabalhando juntas, com um corpo docente de toda a região. Terá um foco bem interessante, na educação sobre a diabetes, políticas de saúde ao diabético no contexto dos diversos países da América Central e do Sul”, adianta o presidente da SBD. PH Novembro, 2013
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Mundo Hospitalar
SOFTWARES
Softwares para hospitais Por Viviam Santos
Algumas das empresas e softwares que fornecem facilidades ao setor de saúde no Brasil.
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anhar mais tempo, consumir menos papel, acessar arquivos importantes em diversos dispositivos e de onde estiver, garantir que os arquivos não se percam, além de organizar prontuários e exames num só lugar – além de funcionalidades que o papel quase nunca garante. Com tantos benefícios que os softwares em saúde oferecem, cada vez mais hospitais e clínicas estão implantando sistemas que conectam os setores e fazem com que o acesso aos documentos seja mais rápido e eficiente. Para esclarecer os focos de algumas das empresas desenvolvedoras de software de saúde presentes no mercado brasileiro, além de tentar ajudar o gestor a optar pelo o qual melhor atenderá suas expectativas, a Panorama Hospitalar mostra quais são algumas das opções.
Benner
A Benner oferece uma única solução para Gestão Hospitalar, Gestão de Prática Clínica e Gestão Administrativa-Financeira. O software pode ser utilizado por Hospitais (Privados/Públicos), Clínicas, Centro de Diagnósticos, Saúde Pública e Operadoras de Saúde. 32
Panorama Hospitalar
“O sistema é um conjunto de aplicativos integrados que objetiva contemplar as necessidades dos profissionais da saúde, que executam as atividades relacionadas ao Atendimento de Pacientes, profissionais da administração que operam, supervisionam e controlam os processos administrativos, de custos, materiais e financeiros, da diretoria e alta administração”, afirma o diretor da vertical de saúde pública e hospitais da Benner, Ernani Amada.
Dedalus
Única empresa atualmente a ser revendedora “premier” da Google Apps no País. A plataforma em nuvem reúne diversas ferramentas como e-mail, chat, videoconferência, colaboração em documentos na nuvem e agenda. “É uma solução ampla, não é uma plataforma para saúde especificamente, mas atende também o setor de saúde. Em 2013 fechamos 12 contratos com hospitais para essa solução”, declara o presidente da Dedalus, Maurício Fernandes. Ele revela que um dos clientes mais antigos a utilizar o serviço é o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. “O HC,
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Mundo Hospitalar
SOFTWARES
A cirurgia robótica se torna cada vez mais conhecida e sua maior eficácia mais comprovada”. – Dr. Paulo Zimmer por exemplo, informa na Agenda os horários que salas de reunião estarão ocupadas. Ou seja, mesmo não sendo um sistema especializado no setor, acaba resolvendo os problemas específicos da instituição”, diz.
eWave
A eWave Medical do Brasil, do Grupo eWave de Israel, possui cinco softwares que podem ser usados pelos hospitais: Plataforma de Telemedicina para medições de sinais vitais e consultas médicas remotas e Prontuário Eletrônico; Sistema de Agendamento de Consultas Médicas; Otimização de Armazenamento e de Compras de Medicamentos; Sistema de Gestão de Materiais e Compras; e Sistema de Gestão Patrimonial. “Todas as atuais versões operam na web e já se utilizam de dispositivos móveis de comunicação como smartphones, tablets e coletores de dados”, explica o engenheiro diretor comercial da eWave Medical do Brasil, Dalton Rosa de Freitas. A plataforma de telemedicina Artec, por exemplo, tem uma proposta diferente das que estão no mercado: permite a tomada de sinais vitais de um paciente remotamente. De um centro hospitalar, um médico credenciado acessa os dados e queixas do paciente em visita ao posto, de forma remota.
Intersystems
A InterSystems atua com dois produtos para a área de saúde: a solução de Prontuário Eletrônico InterSystems TrakCare, e o carro-chefe, o InterSystems HealthShare - um sistema que consolida em uma única fonte de consulta, dados clínicos de diversas origens. “Ele foi desenvolvido com uma tecnologia modular que permite adquirir somente o que você precisa agora e ativar o resto das funcionalidades integradas quando suas exigências e objetivos evoluírem”, explica o diretor para a área de saúde da InterSystems no Brasil, Fernando Vogt. O HealthShare possibilita a integração das informações clínicas dos pacientes em um visualizador único, que traz em detalhes todos os processos que envolvem o atendimento ao paciente e seu histórico clínico - cadastro, exames realizados, medicação, doenças crônicas, alergias, etc.
Totvs
A Totvs oferece produtos para hospitais, médicos, laboratórios e centros de diagnóstico, a operado34
Panorama Hospitalar
ras de planos de saúde e ao governo. A companhia possui um portfólio com mais de 400 soluções que ajudam na gestão de centros clínicos e hospitais, desde a geração de resultados financeiros (backoffice), resultados operacionais de processos (HIS) e resultados clínicos (PEP). “Entre as soluções oferecidas pela Totvs destaco o prontuário eletrônico. O sistema garante a distribuição simultânea dos dados para as equipes, onde e quando precisarem, segurança dos dados e agilidade na tomada de decisões do corpo clínico, o que reduz custos com internações prolongadas, exames desnecessários e tratamentos errados”, salienta o diretor do segmento de Saúde da Totvs, Nelson Pires.
Vector
A Vector possui dois softwares: Gestão Hospitalar (Sigh-Vector) e Gestão da Saúde Municipal (SIG-SM); este último voltado para Secretarias de Saúde. “A utilização do Sigh-Vector tem o objetivo de prover informações operacionais de controle de todos os processos e, principalmente, de informações gerenciais para tomada de decisão e adequação de processos”, diz o sócio e diretor comercial da Vector, Francisco Sato. O Sigh-Vector controla todos os processos clínicos e administrativos de um hospital, desde o agendamento do paciente, pronto atendimento, internação, centro cirúrgico, prontuário do paciente, laboratório, farmácia, imagens, etc. Além disso, controla toda a parte administrativa, como a área financeira, faturamento (SUS, Convênios, Particular), compras, patrimônio, etc.
Wireline
A Wareline possui o sistema de gestão hospitalar Proware. O sistema é certificado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), garantindo critérios de usabilidade e segurança da informação para o setor. “Hoje atendemos mais de 300 hospitais filantrópicos, universitários e particulares, além de redes municipais de saúde”, revela a gerente de marketing da Wireline, Paula Usier. O software abrange todos os processos hospitalares em um único núcleo de informações gerenciais, possui uma arquitetura de desenvolvimento baseada nos fluxos hospitalares, que permite a utilização do sistema em diversas realidades do setor. PH
O MELHOR DA TECNOLOGIA E GESTテグ HOSPITALAR, na plataforma que vocテェ escolher:
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Mundo Hospitalar
SOFTWARES
Os diferenciais expostos Empresa
Benner
Software(s) Aplicações/funções Benner Saúde, solução única para Gestão Hospitalar, Gestão de Prática Clínica e Gestão AdministrativaFinanceira.
Duas aplicações: 1. Gestão hospitalar: Atendimento, Suprimentos, Faturamento, Gestão administrativa;
Forma(s) de contratação
Personalização
Atualização
Suporte
Diferentes modelos comerciais.
Sim, na utilização, em relatórios, processos sistêmicos e específicos.
Sim, a cada 6 meses contendo novas funcionalidades.
Durante a implantação e auxílio na solução de erros e dúvidas.
Contratação anual por usuário.
Sim, visualmente.
Constante, pela Google.
Três pacotes de suporte, em níveis diferentes, fornecidos pela Dedalus.
2. Gestão de Operadora de Saúde: Gestão de planos, Prevenção, Informação. Google Apps.
Para todos os setores que precisem de e-mail, chat, videoconferência, agenda, colaboração em documentos na nuvem.
Cinco produtos:
Na respectiva ordem:
Dedalus
1. Artec; 2. Agendamento de Consultas Médicas;
1. Gerência Médica e de Enfermagem;
3. Otimização de Armazenamento e Compras de Medicamentos;
2. Gerência Médica;
eWave do Brasil
4. Gestão de Materiais e Compras; 5. Gestão Patrimonial.
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Panorama Hospitalar
3. Gerência de planejamento de materiais; 4. Gerência de materiais/ financeira de compras e estoque; 5. Gerência de patrimonial e materiais das instalações.
Diferentes Sim, de módulos modelos de e funcionalidades licenciamento e adicionais, pagamento. geração de consultas e relatórios específicos.
Sim, mas Diferentes depende modelos de do modelo suporte, depende de suporte do produto e das contratado: necessidades novas versões e ajustes.
SOFTWARES 4K
Empresa
Software(s)
Aplicações/ funções
Forma(s) de contratação
Personalização
Atualização
Suporte
Dois produtos: 1. InterSystems TrakCare; 2. InterSystems HealthShare
Na respectiva ordem: 1. Prontuário eletrônico para médicos e enfermeiros; 2. Gestão clínica com diversas informações para hospitais, laboratórios ou clínicas.
Depende do número de leitos e usuários do sistema.
Tecnologia modular que permite adquirir somente o que é necessário.
Sim, quando necessário.
Sim, mesmo após contratação.
Gestão Hospitalar
Diversas soluções para setores de hospitais, consultórios, laboratórios, operadoras de planos de saúde e governo.
Diversas formas, por licenças de uso, serviço e manutenção, e algumas soluções (hardware) por meio de aluguel.
Sim, de acordo com as necessidades.
Atualizado periodicamente, com novas funcionalidades.
Sim, com help desk para suporte.
Dois produtos: 1. Gestão Hospitalar (Sigh-Vector); 2. Gestão Da Saúde Municipal (SigSm).
Na respectiva ordem: 1. Gestão administrativa e clínica; 2. Secretarias de Saúde municipal.
Pagamento de custo inicial para implantação e personalização e pagamento mensal para manutenção, atualização e suporte.
Sim, de acordo com as necessidades.
Atualização Sim, de diversas mensal, formas – por com novas telefone, online funcionalidades. ou presencial.
Proware
Administrativo, com informações hospitalares.
Pagamento de locação do software.
Não.
InterSystems
Totvs
Vector
Wireline
Mundo Hospitalar
Sim, constantemente.
Sim, por telefone, presencial ou pelo site de relacionamento.
Novembro, 2013
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Mundo Hospitalar
NOVEMBRO AZUL
Novembro azul Por Viviam Santos
Em campanha de Novembro Azul, boas notícias saíram em relação a tratamentos de próstata e para pós-cirurgia de câncer de próstata.
E
m novembro a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou que os pacientes terão direito ao esfíncter urinário artificial para incontinência grave masculina, problema que pode ocorrer após a remoção cirúrgica de câncer de próstata. Outra doença que pode ser identificada no exame de próstata é a hiperplasia prostática – o aumento benigno na glândula que acomete cerca de 80% dos homens com mais de 50 anos. Para ela, a cirurgia menos invasiva que ainda é considerada a melhor é a chamada GreenLight, que vem sendo adotada por diversas instituições de saúde.
Pacientes terão acesso a esfíncter urinário artificial
A partir de janeiro de 2014, os planos de saúde terão que cobrir a implantação do esfíncter urinário artificial, considerado padrão ouro na medicina para tratamento de incontinência urinária masculina grave, de acordo com decisão da ANS. A incapacidade de controlar o ato de urinar é consequência, na maioria dos casos, de procedimentos cirúrgicos na próstata - que podem afetar o funcionamento do esfíncter - prejudicando a vida social, profissional e sexual do homem. Estudos mostram que cerca de 5% dos homens com câncer submetidos à remoção cirúrgica da próstata apresentam incontinência urinária um ano após a cirurgia, precisando recorrer a fraldas para controlar o problema. Um homem que, aos 50 anos, por exemplo, ficou incontinente após câncer de próstata, pode passar gran38
Panorama Hospitalar
de parte da vida utilizando fraldas, situação que causa uma série de problemas e, de acordo com estudos, está associada a casos de depressão e estresse crônico. “Esta inclusão é uma grande notícia para os pacientes, que até então não tinham qualquer opção e precisavam recorrer à justiça para garantir seu direito. O esfíncter artificial é o tratamento mais eficaz para a incontinência urinária masculina grave, com taxa de eficácia de 80% a 90% e considerado o padrão ouro da medicina”, explica o urologista e responsável pelo Ambulatório de Disfunções Miccionais do Hospital AC Camargo Cancer Center e da Clínica Uro Care, em São Paulo, Carlos Sacomani. “A busca agora é a inclusão no Sistema Único de Saúde”, afirma. O esfíncter artificial substitui o mecanismo natural de continência por meio de uma prótese totalmente contida no corpo e imperceptível. Um bombinha - que fica dentro do saco escrotal - é acionada pelo homem quando tem vontade de urinar, fechando naturalmente assim que a bexiga se esvazia. No restante do tempo, o esfíncter permanece fechado, tornando possível levar uma vida normal, sem se preocupar com a perda de urina involuntária.
Cirurgia verde para hiperplasia prostática
GreenLight, equipamento da empresa American Medical Systems, permite que a cirurgia de hiperplasia prostática seja menos invasiva. A doença de próstata mais comum que acomete homens com mais de 50 anos é a hiperplasia prostática, que pode – assim como o câncer – ser detectada através do exame de próstata. Uma tecnologia para trata-
NOVEMBRO AZUL
Balão
Como funciona um esfíncter artificial
Bexiga
O sistema é composto de um manguito – espécie de anel preenchido com líquido estéril, balão regulador de pressão e bomba de controle conectados por tubos. 1. O manguito reproduz a função do esfíncter natural, comprimindo levemente a uretra para manter a urina na bexiga; 2. Ao sentir vontade de urinar, o homem pressiona a bomba de controle, que fica no interior do escroto; 3. Acionada, a bomba transfere o líquido do manguito para o balão regulador, abrindo a uretra e permitindo a micção; 4. Após alguns instantes, o líquido retorna automaticamente para o manguito, fechando a uretra.
mento minimamente invasivo têm melhorado a vida de pacientes com hiperplasia prostática (HPB), doença que provoca o crescimento da próstata e atinge 80% dos homens com mais de 50 anos, causando uma série de problemas que afetam negativamente a qualidade de vida. Considerada o tratamento mais inovador e eficaz para a HPB, a cirurgia a laser, chamada GreenLight, é um método não invasivo, mais rápido e que minimiza os riscos para o paciente, reduzindo o tempo de internação e recuperação quando comparado à cirurgia tradicional. Nos Estados Unidos, 80% das cirurgias de Hiperplasia Benigna da Próstata já utilizam esta tecnologia, o que ainda não é realidade no Brasil. “Com a redução considerável do tempo de internação de três para um dia comparado à cirurgia tradicional, os hospitais podem triplicar a capacidade de atendimento com o laser verde. Os custos desta tecnologia também são menores, considerando as possíveis complicações do pós-operatório no método convencional”, afirma o urologista Alcides Mosconi Neto, da Santa Casa de Poços de Caldas, em MG. De acordo com o especialista, a disponibilidade do tratamento com laser verde é ainda um avanço para pacientes com doenças do coração - condição comum nesta faixa etária - que precisam utilizar drogas anticoagulantes e antes não tinham alternativas de cirurgia. No entanto, ainda falta acesso e informação sobre as opções de tratamento, de acordo com o urologista. Não há estimativas no país, mas especialistas indicam que, de seis milhões de pessoas que precisariam receber atenção ao problema, apenas 300 mil estão em tratamento. A hiperplasia benigna da próstata é a doença mais comum da próstata e resulta no crescimento benigno da glândula, o que comprime a bexiga e obstrui a uretra, prejudicando o fluxo normal da urina. Quem tem hiperplasia de próstata urina com maior frequência, especialmente à noite, o que compromete a qualidade do sono. Viajar, dirigir, ir ao cinema ou participar de uma reunião mais longa tornam-se tarefas difíceis para homens com HPB, já que eles precisam ir ao banheiro constantemente.
Mundo Hospitalar
Uretra
Manguito Bomba de desativação Bomba
Casos levem de hiperplasia prostática são tratados com medicamento, mas cerca de 30% dos pacientes precisam fazer uma cirurgia para a redução da próstata. O procedimento pode ser tradicional – de ressecção transuretral (RTU) para retirada do excesso de tecido da próstata pela uretra - ou a laser, que vaporiza a próstata de forma minimamente invasiva, removendo o tecido. Enquanto o método cirúrgico convencional exige internação geralmente de 3 a 4 dias, repouso de mais de 30 dias no pós-operatório e apresenta grande risco de sangramento, o laser verde precisa de internação de 12 a 24 horas, repouso relativo de uma semana e com pequeno risco de sangramento. Em uma semana, o paciente já pode dirigir. PH Novembro, 2013
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Case Study
HUFFIX
Sistemas deslizantes de arquivos do Hospital de Câncer de Barretos Por Viviam Santos
Armários da Huffix foram implantados em três setores do hospital, que ganhou mais espaço e aumentou a capacidade de armazenamento.
Arquivo deslizante utilizado no Hospital de Câncer de Barretos.
E
mbora os hospitais invistam em digitalização de prontuários médicos, há a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) Nº 1.821/07º que obriga os hospitais a terem os prontuários médicos arquivados em papel por 20 anos, caso não tenham sido arquivados eletronicamente – quando se encontra num sistema digital, a guarda deve ser permanente. Para antigos e novos prontuários médicos e lâminas com amostras de sangue e tecido, o Hospital de Câncer de Barretos (HCB) instalou neste segundo semestre do ano quatro armários com sistemas deslizantes, fornecidos pela empresa Huffix. Os armários, que podem economizar até 70% da área física dos setores, facilitaram o dia a dia nos setores de Patologia, no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) e na área de Pesquisa Clínica do hospital. Em média, cerca de 3 mil prontuários são utilizados mensalmente para pesquisas.
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Panorama Hospitalar
No setor de Patologia, um armário especial é utilizado para guarda de lâminas, com funcionalidade de caixilhos que podem ser manuseados facilmente. Os pesquisadores tiram da gaveta os caixilhos de lâminas das gavetas, levam para o local de análise e depois retornam às gavetas. Para se ter uma ideia, em cada caixilho são armazenadas cerca de 350 lâminas, sendo que cada gaveta comporta 30 caixilhos, um total de 10.350 lâminas por gaveta. No Same do Hospital Infantil do HCB foi instalado um armário deslizante, com três metros de profundidade e com 42 faces, para arquivamento de prontuários. No Setor de Pesquisa Clínica foram implantados dois armários deslizantes, um com três metros de profundidade e 15 faces, e outro com dois metros de profundidade e 12 faces, ambos com altura especial e com kit anti-tombamento, para arquivamento de pastas de trabalho para pesquisas.
HUFFIX
Case Study
Funcionária do HCB manuseia lâminas armazenadas nos armários deslizantes no setor de Patologia.
Nos últimos anos, o Same desenvolveu um projeto modelo de digitalização dos prontuários, possibilitando um acesso mais rápido às informações clínicas e minimizando a circulação do prontuário físico pelo hospital. Porém, o arquivamento físico do prontuário médico ainda é necessário no hospital, por isso o departamento realizou a implantação desses sistemas. O HCB escolheu esses sistemas deslizantes, principalmente, pela falta de espaço, segundo o engenheiro civil do hospital, Boian Petrov. “O hospital foi crescendo e geralmente o gestor se preocupa com atendimento e tratamento, e essas áreas ficam cada vez menores. Tínhamos um arquivo grande, mas eram estantes comuns e a capacidade ficou pequena. Então buscamos esse sistema, que foi a melhor maneira. No mesmo espaço triplicamos a capacidade de armazenamento”, relata.
O engenheiro civil conta que o HCB tem atualmente mais de 250 mil prontuários armazenados, que podem chegar a 450 ou 500 mil. “Além disso, temos mais de 300 mil lâminas de exame de sangue e tumores, que devem ficar arquivadas por 20 anos e são objetos de estudo. Às vezes, quando achamos um caso raro, encontramos por exemplo uns 300 casos parecidos nesses arquivos. Ou seja, podem ser estudados e devem ser muito bem arquivados”, lembra. Os arquivos ativos, antes colocados em vários lugares, acabavam dificultando a administração e a distribuição. “A vantagem é, primeiro, armazenar tudo num lugar só, porque facilita a administração do hospital com menos gente trabalhando. Os prontuários médicos são manuseados todos os dias e, como o hospital tem uma atuação forte em pesquisa, temos arquivos de 50 anos. Se está tudo concentrado, fica Novembro, 2013
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Case Study
HUFFIX
No mesmo espaço triplicamos a capacidade de armazenamento.” Boian Petrov
mais fácil para os profissionais localizarem e utilizarem esses materiais. Ficou tudo concentrado num lugar só, com estantes flexíveis”, diz o engenheiro civil. A sala tem 16 por 35 metros e os sistemas deslizantes ocupam cerca de 80% desse espaço, de acordo com Petrov. “Ficam arquivados no Same os prontuários médicos do hospital inteiro, sendo que o HCB tem 56 departamentos”, afirma. O Hospital de Câncer de Barretos, após tal experiência, vai implantar os armários de sistemas deslizantes em suas filiais. “Temos oito filiais e vamos colocar esses sistemas de arquivamento em todas elas. Começamos no hospital infantil, mas vamos partir logo mais para as outras”. Outro benefício é a melhor preservação dos arquivos, uma vez que todo o conjunto dos sistemas deslizantes do HCB pode ser fechado para restringir ou controlar o acesso ao material armazenado, com a vantagem adicional de proteger da exposição à poeira, umidade, luminosidade e demais agentes que possam comprometer a integridade dos materiais armazenados. Quem usa os armários diariamente é a assistente administrativo do Same, do Hospital Infantojuvenil do HCB, Gisele Alves dos Santos, que confirma as vantagens. “Melhorou muito a parte de arquivamento dos prontuários médicos. Comparando com as prateleiras fixas, abertas, o sistema deslizante conserva melhor o prontuário e as lâmi42
Panorama Hospitalar
nas, além de as prateleiras ocuparem um corredor. Fica mais organizado, mais fácil de procurar, cabem mais arquivos e o sistema economiza bastante espaço na sala”, conta. Ela lembra que o fluxo dos funcionários também melhorou na sala de arquivos, além do tempo que ganham diariamente. “A manutenção é mais barata, porque não há gasto com muitas pastas, materiais e com o tempo gasto pelos funcionários na procura dos arquivos”, acresce. De acordo com a Gerente de Marketing da Huffix, Patrícia Rozanelli, o impacto dos sistemas na área de saúde é maior que em outros setores, “uma vez que a área de ocupação de um hospital representa os metros quadrados mais caros, em qualquer cidade em que esteja localizado, tornando a otimização de espaço imprescindível”. Com sede no município de Barueri, a Huffix está presente no mercado de mobiliário corporativo há 12 anos e desenvolve arquivos deslizantes para diversos públicos e segmentos como escritórios, hospitais, bancos, seguradoras, indústrias, comércios e instituições públicas e privadas. Seus arquivos são projetados para proporcionar otimização de espaços, conforto, organização, produtividade e segurança aos usuários. Seus produtos foram aprovados por laudos emitidos por laboratórios acreditados pelo Inmetro, sendo a Huffix a única empresa do setor com Selo Sustentax e Rótulo Ambiental ABNT. PH
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Case Study
Faces com portas de correr facilitam acesso aos materiais.
Outros hospitais que adotaram os sistemas deslizantes A Huffix atendeu diversos centros de saúdes públicos e privados, mas em hospitais privados, destacam-se as instalações mais recentes nos hospitais da cidade de São Paulo listados abaixo. • Hospital Edmundo Vasconcelos – Sistema deslizante utilizado no setor de almoxarifado para estocagem de produtos médicos hospitalares; • Hospital Santa Paula – Sistemas Deslizantes utilizados:
• Setor de rouparia, para guarda de itens de enxoval do hospital e do Centro de Oncologia; • Cozinha hospitalar, para estocagem de produtos alimentícios; • Farmácia, para estocagem de medicamentos. • Hospital do Rim e Hipertensão (Fundação Álvaro Ramos) – Sistema deslizante instalado na farmácia; • Hospital e Maternidade Santa Joana – Sistema instalado na Cozinha Hospitalar para guarda de produtos alimentícios.
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Ponto de Vista
INOVAÇÃO E PESQUISA
Cirurgia robótica
Luiz Vicente Rizzo é Diretor Superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa IIEP – Hospital Israelita Albert Einstein.
À medida que mais e mais centros introduzem esta prática, haverá resultados científicos mais precisos.”
E
m pouco mais de uma década, a cirurgia robótica já penetrou todas as subespecialidades cirúrgicas e, ainda, a otorrinolaringologia e a ginecologia. Enquanto os primeiros resultados científicos mostraram resultados mistos de onde a utilização da técnica robótica aparecia com melhores e piores resultados, no mesmo tipo de procedimento, resultados mais recentes mostram resultados no mínimo comparáveis, com benefícios claros em alguns quesitos. Não há dúvidas que, à medida que mais e mais centros introduzem esta prática, haverá resultados científicos mais precisos. Como consequência, também está se mapeando as limitações dos aparelhos que há hoje e dos novos equipamentos - alguns com nichos específicos, assim como o software apropriado, estão sendo desenvolvidos e apontam para uma segunda revolução robótica na próxima década. Há também desenvolvimentos logísticos e legais que precisam ser resolvidos para que a promessa de telecirurgia se concretize, mas em termos atuais,
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Panorama Hospitalar
ainda estamos anos distantes de eventos como estes serem práticas comuns. Ainda há que se considerar que muitos procedimentos robóticos precisam ser validados em termos de resultados para o paciente, mas também na relação custo-benefício. Entretanto, a grande inovação em cirurgia robótica está também atrás do console do robô. O Hospital Israelita Albert Einstein foi pioneiro na adoção de um sistema de treinamento e credenciamento para permitir que somente cirurgiões apropriadamente treinados e amparados por colegas pudessem realizar cirurgias com o auxílio do robô. Esta discussão, que somente em 2010 tomou proporções mundiais, é interessante, pois pressupõe corretamente que, diferente da adoção de outras ferramentas cirúrgicas, esta exige não só um treinamento inicial como um acompanhamento contínuo de resultados, certificação específica e que deve ser renovável e não permanente. Isto também é um conceito inovador e extremamente benéfico para o principal interessado: o paciente. PH
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Ponto de Vista
GESTÃO DE PESSOAS
Padrão de excelência no atendimento: sua empresa tem isso por escrito?
Fabrizio Rosso é professor, administrador hospitalar, mestre em Recursos Humanos e sócio e diretorexecutivo da Fator RH.
N
os últimos anos percebemos que, quando uma instituição quer resultados na qualidade do atendimento dos seus clientes, não pode mais acreditar que apenas um treinamento isolado de Excelência no Atendimento irá resolver seus problemas, curar suas chagas e milagrosamente encantar os clientes/pacientes. Ainda há gestores que, ao passarem diante da recepção e presenciarem um atendimento pouco acolhedor, dizem: “A qualidade está uma porcaria, manda esse pessoal da recepção fazer um cursinho de atendimento!”. E o pior de tudo: “Tem gente que acredita em milagre de Excelência no Atendimento!”. E então, mandam as coitadas das recepcionistas para um cursinho de 4 ou 8 horas de aula de qualidade na atenção ao cliente. Se o curso é bem formatado, dentro da linguagem da empresa, com exemplos e simulações de atendimento estruturados, é capaz ainda de gerar ou resgatar alguma motivação nos funcionários, que geralmente dura só até o próximo plantão no hospital. Quando eles voltam do curso com vontade e ideias, escutam logo do “chefe” que na “teoria tudo é muito bonito, mas a prática é outra”. Conclusão: tempo e dinheiro jogados no lixo. Qual é a estrada correta para melhorar a tal da “humanização” dentro dos nossos hospitais e transformar radicalmente os resultados no atendimento ao cliente? O caminho, que nessa última década tem dado resultados concretos, é quando a empresa se propõe a fazer “Gestão da Excelência” ao invés de fi-
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Panorama Hospitalar
car mandando a recepcionista para um cursinho. Isso significa estabelecer uma equação estratégica: Padrão + Capacitação + Acompanhamento = Resultados concretos Padrão: com apoio de consultores seniores (preferencialmente administradores hospitalares e psicólogos) é possível mobilizar toda a liderança do hospital para a criação técnica de um Padrão de Excelência. Primeiro passo para se ter credibilidade: Cuidado com a leitura rápida e a interpretação errada; criar um padrão sem apoio externo e especializado, via de regra, é um desastre e não tem nem aderência, nem resultado. Evite caminhos curtos, nessa área, não existe atalho. Capacitação: Com o padrão, o próximo passo é criar um projeto educacional (muito diferente do “cursinho” de 4 horas) para capacitar e oferecer ferramentas de excelência a todos os colaboradores. Acompanhamento: Tem que haver auditoria, no bom sentido. A experiência que tivemos no Hospital Adventista de Manaus nos fez acreditar que esse é o grande segredo do sucesso: acompanhar e cobrar resultados de forma justa e assertiva. Enfim, é melhor repensar o conceito de “excelência”, senão sua instituição continuará perpetuando o grande equívoco de acreditar que qualidade pode ser comprada. Na verdade, qualidade é construída e por profissionais altamente especializados! Pense nisso quando for mandar a recepcionista para outro cursinho. PH
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Update
EDUCAÇÃO
Pós-graduação em Administração no Insper
O
Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) está com inscrições abertas para as turmas de janeiro de 2014 do curso de Pós-graduação lato sensu em Administração. O Certificate in Business Administration (CBA) tem como principal objetivo oferecer o preparo necessário para a gestão de processos organizacionais integrados à estratégia organizacional quer individualmente ou por meio de uma equipe. Voltado àqueles que estão em início de carreira, com até três anos de experiência em diferentes áreas de empresas de médio e grande porte, o programa visa ainda aprimorar capacidades relacionadas à gestão de equipes, análise de processos organizacionais e identificação de soluções para problemas, com visão multifuncional. Com 482 horas/aula, o programa tem duração de aproximadamente 18 meses. O CBA tem três módulos que abrangem diversos temas. Seu último módulo inclui simulações de cenários organizacionais, na qual os alunos utilizam
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Panorama Hospitalar
e integram todas as habilidades e ferramentas estudadas nas suas decisões dentro destes contextos. Ao finalizar os seis trimestres do programa, o profissional pode optar por uma dupla titulação voltada à “Gestão de Projetos de Negócios” – para isso, é necessário cursar um módulo adicional específico. Para os interessados no programa, é possível participar de um “Encontro com a Coordenação”. Marcados para 25/11 e 2/12, os eventos são uma oportunidade para que o candidato conheça melhor o CBA, esclareça suas dúvidas e tenha subsídios para fazer a escolha certa para seu desenvolvimento profissional. Além disso, é possível saber mais sobre a Comunidade Alumni, o Centro de Empreendedorismo e o Núcleo de Carreiras do Insper. Para participar, basta realizar a inscrição por meio do link: http://www.insper.edu.br/pos-graduacao/certificates/encontro-com-coordenacao-certificates/.
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DEZEMBRO
2014
Ì ÌESTRATÉGIAS DE GESTÃO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Seminário que irá propor soluções através das melhores práticas para os problemas mais críticos do pronto socorro, pronto atendimento e áreas críticas hospitalares. Haverá cases dos maiores hospitais nacionais, que apresentarão os temas que permeiam processos, custos e outros desafios enfrentados pelo PS e PA.
ÌÌ SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR DE URO-ONCOLOGIA Com a presença de experts internacionais e nacionais, o evento discutirá temas e atualizações relacionados a câncer de próstata, bexiga, rim e testículos, com abordagem multidisciplinar e ampla discussão de casos, bem como temas controversos dentro da especialidade.
10 de dezembro Local: Golden Tulip Park Plaza São Paulo, SP www.informagroup.com.br/urgencia
ÌÌ CONGRESSO DE ENFERMAGEM NEONATAL 2013 (BRASIL NEO) O evento inédito na cidade de Salvador busca reunir num só espaço a difusão de conhecimentos e experiências para as pessoas que atuam ou visam atuar no mundo da neonatologia. A temática adotada pelo congresso ratifica a importância da enfermagem neonatal em ampliar suas conquistas e vislumbra a correlação de teoria e prática no processo de formação de novas ações e conhecimentos. 12 a 14 de dezembro Local: Unijorge – Campus Paralela Salvador, BA www.brasilneo.com.br
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Panorama Hospitalar
14 e 15 de fevereiro de 2014 Local: Hospital Israelita Albert Einstein - Auditório Moise Safra São Paulo, SP www.einstein.br/Ensino/eventos/Paginas/simposio-internacional-de-tratamento-multidisciplinar-de-uro-oncologia.aspx/
ÌÌ OPERADORAS DE PLANO DE SAÚDE Evento focado em discutir os principais temas que as operadoras lidam, propondo debates, cases e outros pontos que envolvem o cenário atual, gerando assim soluções estratégicas para cada modelo de negócio. 18 e 19 de março de 2014 Local: Pergamon Hotel São Paulo, SP www.informagroup.com.br/operadoras
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