Panorama Hospitalar Ed. 13 Mar/2014

Page 1

Panorama Gestão - Tecnologia - Mercado

Ano 2 • No 13 • Março/2014

w w w. r evis tapan o ramah o s pita la r.com.br

Tecnologia e inovação

HCor investe R$ 145 milhões em núcleos de Oncologia e Neurologia ESPAÇO GESTOR

ENTREVISTA

Einstein adota sistema de gestão inédito no Brasil

Dr. Gonzalo Vecina Neto, do Sírio Libanês: “o diálogo entre o gestor e o corpo clínico é fundamental”



Editorial

Panorama Edição: Ano 1 • N° 13 • Março de 2014 Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7732 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500 Publicidade - Gerente de Contas Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7724 Editora Keila Marques e. keila.marques@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7739 Editora Web Viviam Santos e. viviam.santos@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7727 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7728 Publicidade - Gerente de Contas Rosana Alves e. rosana.alves@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7723 Marketing Tomás Oliveira e. tomas.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7762 Ironete Soares e. ironete.soares@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500 Graphic Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Felipe Barros e. felipe.barros@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7762 Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7726 Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br t. +55 (11) 4197.7762 A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online s. www.revistapanoramahospitalar.com.br

Expectativas renovadas

N

o início de fevereiro recebemos a notícia de que Arthur Chioro (PT), ex-secretário da Saúde de São Bernardo (SP), assumiu o cargo de Ministro da Saúde. O anúncio, que já era esperado, gerou polêmica. Antes de aceitar o convite da presidente Dilma, Chioro estava sendo investigado pelo Ministério Público (MP) de São Paulo por improbidade administrativa: a empresa de consultoria Consaúde, da qual ele era sócio-majoritário, presta serviços para clientes governamentais, principalmente municípios do Estado de São Paulo. Apesar de negar irregularidades, Chioro se desligou da empresa e transferiu suas cotas para a esposa. Comenta-se nos bastidores que a escolha de Chioro é parte da estratégia da campanha de Alexandre Padilha (PT), agora ex-ministro da Saúde, para a campanha ao governo de São Paulo. Na cerimônia de posse, o novo ministro seguiu o protocolo. Disse que a presidente Dilma o encarregou da missão de implantar uma nova política nacional de atenção hospitalar, que já vem sendo concebida pela equipe do Ministério da Saúde, que necessita da adoção de medidas estratégicas para sintonizar o hospital e a rede SUS - além de dar continuidade ao programa Mais Médicos. E essa é a “nova-velha” proposta de gestão de Chioro para este primeiro ano de mandato. Enquanto isso, medidas que, se adotadas, causariam mudanças reais na estrutura da saúde pública do Brasil ficam em segundo plano. Entre as incumbências do Ministério da Saúde está a de oferecer condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde da população. Segundo o superintendente do Hospital Sírio Libanês, Dr. Gonzalo Vecina Neto o maior desafio para oferecer essas condições está no modelo assistencial do sistema de saúde do País. Entre outros temas igualmente relevantes levantados por ele, em entrevista à Panorama Hospitalar, está uma reflexão, no mínimo, curiosa: hoje os recursos - físicos tecnológicos e humanos - estão voltados para o atendimento de doenças infectocontagiosas, enquanto o foco deveria estar no tratamento de doenças crônicas e degenerativas. As doenças cardiovasculares e cerebrovasculares estão no topo do ranking de causa de mortes no mundo – sendo estas últimas, mais frequentes no Brasil. Sabedores de que o envelhecimento da população acarreta, também, no aumento dessa causa de morte e, consequentemente, da demanda por tratamentos mais complexos, dirigentes de hospitais privados têm se antecipado a essa problemática. Proporcionar um envelhecimento ativo e saudável é um dos objetivos do hospital HCor, que inaugurou em janeiro uma nova unidade voltada para os núcleos de Oncologia e Neurologia, especialidades importantes, principalmente, para os próximos anos. Pensando assim, em longo prazo, a expectativa é que essas mudanças contribuam para a criação, sobre bases sólidas, do futuro que queremos viver. Boa leitura!

Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: HR Gráfica

Keila Marques comunicação integrada

Editora

Alameda Madeira, 53, Cj. 92 - 9º andar 06454-010 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br comunicação integrada

Março, 2014

3


Sumário

NESTA EDIÇÃO

SUMÁRIO 10

NOVO MODELO DE NEGÓCIOS

Novo superintendente do Hospital São José, Ricardo Hutter, vai liderar as estratégias de expansão da Beneficência Portuguesa 12

GOVERNO

Novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, dará continuidade ao programa Mais Médico 18

ENTREVISTA

Superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês Dr. Gonzalo Vecina Neto enfatiza a importância da comunicação horizontal entre o gestor e o corpo clínico 24

39ª ARAB HEALTH

Maior feira de saúde do Oriente Médio promove primeira demonstração de produtos com a participação de especialistas do setor 26

REPORTAGEM DE CAPA MUNDO HOSPITALAR

Núcleos de Oncologia e Neurologia foram contemplados na nova unidade do HCor Adib Jatene, inaugurada em janeiro, com expectativa de aumento de 30% da capacidade de atendimento 32

INFORMAÇÕES INTEGRADAS

Einstein adota sistema de gestão inédito no Brasil que integra dados clínicos e administrativos dos pacientes 34

HOTELARIA DE LUXO

Diretor executivo do Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, Dr. Marcus Vinicius Santos, revela os planos da instituição para oferecer mais conforto ao paciente 38

DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA

Hospital Moinhos de Vento recebe visita técnica de especialistas do Johns Hopkins Medicine, núcleo de medicina localizado em Baltimore (Estados Unidos) 40

FOCO NO FUNCIONÁRIO

Hospital Barra D’Or, do Rio de Janeiro, colhe os frutos do investimento em gestão do conhecimento ENTREVISTA

4

Panorama Hospitalar


Monitores para Diagnóstico Sony A Qualidade e Tecnologia que você Conhece Aplicada para Radiologia

LMD-DM50

5MP P&B, ideal para Mamografia Independent Sub-pixel Drive** até 15MP

LMD-DM30

3MP P&B, ideal para CT, MRI, US, DR e CR. Independent Sub-pixel Drive** até 9MP

LMD-DM20

2MP P&B, ideal para CT, MRI, US, DR e CR

Em conformidade com os padrões e normas médicas nacionais e internacionais:

FDA, MDD e ANVISA. A Série LMD-DM de monitores foi projetada para ser utilizada na exibição e visualização de imagens para diagnósticos por médicos e profissionais da saúde em conformidade DICOM. São monitores para diagnósticos de alta qualidade e performance, com a confiabilidade e a durabilidade Sony.

LMD-DM30C

3MP Color, ideal para PET/CT, MRI, NM, Cardiologia e US

LMD-DM20C

2MP Color, ideal para MRI, CT, US, NM e Cardiologia

Revendedores Autorizados Sony Brasil:

©2013 Sony Corporation. Todos os direitos reservados. As características e especificações estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. “SONY” é uma marca comercial da Sony Corporation. Todas as outras marcas comerciais são de propriedade de seus respectivos criadores. Imagens meramente ilustrativas. *Garantia de 5 anos para peças e serviços e de 1 ano para painel de LCD, válida para série LMD-DM através da compra via revendedores autorizados Sony Brasil. **Tecnologia Independent Sub-pixel Drive: Aumenta em três vezes a resolução original, aplicável apenas aos modelos LMD-DM50 e LMD-DM30. Para utilizar a função Independent Sub-pixel Drive, é necessário um software especial de visualização. Para mais detalhes, por favor, entre em contato com revendedor autorizado Sony Brasil.


Notícias

Hospital Santa Catarina investe

em equipamento para mamografia

N

o mês em que é comemorado o Dia Nacional da Mamografia (5 de fevereiro), o Hospital Santa Catarina (HSC) anuncia o investimento de R$ 1 milhão em um mamógrafo digital com tomossíntese, um equipamento que capta imagens 3D. “Esta aquisição faz parte da estratégia da instituição em oferecer o que há de mais moderno em diagnóstico de câncer de mama, e ocorre no mesmo momento em que estamos modernizando nosso parque tecnológico e expandindo os serviços de oncologia”, explica o diretor técnico do hospital, Dr. Julio Massonetto. O MAMMOMAT Inspiration, da Siemens, é capaz de rastrear tumores na mama mesmo em estágios iniciais. Outro importante avanço é a possibilidade de captar imagens em diferentes angulações da mama e fazer cortes de até um milímetro de espessura, o que reduz a necessidade de repetir os exames e diminui a necessidade de biopsias. A aquisição do equipamento faz parte dos investimentos do hospital em atendimento de alta complexidade. Hoje, o HSC tem 327 leitos, 20 salas de cirurgia, cinco Unidades de Tratamento Inten-

sivo (UTIs Neurológica, Cardiológica, Pediátrica, Neonatal e Geral) e Pronto-Atendimento 24 horas (Adulto, Infantil e Obstétrico).

Fenam divulga novo piso

salarial para médicos

O

novo piso salarial dos profissionais médicos passa a ser de R$ 10.991,19 para 20 horas semanais de trabalho – aumento de R$ 579,19 em relação ao ano passado. O valor é calculado anualmente pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que reúne 53 sindicatos médicos pelo país, e serve para orientar as negociações coletivas da categoria. Para calcular o reajuste é utilizado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acumulado, em 2013, foi de 5,5%. O presidente da Fenam, Geraldo Ferreira, defende o pagamento do piso a todos os médicos,

6

Panorama Hospitalar

seja do serviço público ou privado, e explica que a entidade também trabalha para a criação de uma carreira de Estado, a exemplo do que ocorre no judiciário, como medida para fixação dos profissionais no interior e diminuição das distorções. “Nós entendemos que carreira médica deveria contemplar concurso público, piso salarial, mobilidade, ascensão funcional e estímulo à qualificação. Isso permitira ao médico a dedicação exclusiva, a fixação de profissionais em áreas de escassez, o aperfeiçoamento continuado”, defendeu. O piso Fenam também é importante para nortear o valor da remuneração por plantão que é praticado em contratos nos setores público e privado.


Notícias

Samaritano de SP e Harvard Medical School fecham parceria O Departamento de Educação Continuada da Harvard Medical School - Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard (EUA) firmou uma parceria com o Hospital Samaritano de São Paulo para oferecer o curso Princípios e Práticas da Pesquisa Clínica - PPCR 2014. O curso é dividido em quatro módulos: pesquisa clínica básica; estatística; aspectos práticos da pesquisa clínica e desenho do estudo, em um programa de ensino à distância, com aulas em tempo real, por meio de videoconferência realizada no Hospital Samaritano, e interação online entre os participantes. Destinado aos profissionais e pesquisadores da área da saúde, o programa conta com 24 aulas ministradas por professores de diferentes departamentos da Harvard Medical School e da Harvard School of Public Health. O curso começou neste mês de fevereiro e deve terminar em novembro deste ano. Informações e inscrições: www.ppcr.hms.harvard.edu/registration

Hospital Nossa Senhora dos Navegantes investe em atendimento a casos de traumatologia e de emergência

E

ntre as principais melhorias está a compra de modernos de Raio-X e Tomografia para reforçar a capacidade de atendimento a casos de traumatologia. Já setor de Emergência foi inteiramente reformado para oferecer mais conforto aos visitantes, com grades de segurança, sistema de ar condicionado, aparelhos de TV na sala de espera, banheiros, bebedouros. Inclusive o número de profissionais aumentou, especialmente para atendimento na

emergência 24 horas, para diferentes especialidades, como obstetrícia, clínico-geral, traumatologia, pediatria e neurologia. As consultas ocorrem no sistema de pronto-atendimento e urgências após classificação de risco dos pacientes. Para 2014 estão previstas a ampliação da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que passará de cinco para dez leitos, além das reformas do bloco cirúrgico, do Centro Obstétrico e do Centro de Materiais e Esterilização.

Março, 2014

7


Notícias

Fanem fornece camas de parto PPP para Santa Casa de Campo Grande

A

Fanem, multinacional brasileira que fabrica produtos nas áreas de neonatologia e de laboratórios, forneceu para a Santa Casa de Campo Grande (MS), por meio de uma licitação, camas de parto humanizado PPP (Pré-parto, Parto

e Pós-parto). Os equipamentos foram adquiridos como parte dos recursos recebidos pela instituição de saúde via o Projeto da Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. A maternidade da Santa Casa realiza em média 200 a 300 nascimentos por mês. Três meses após a chegada das novas camas, 277 partos normais foram realizados na instituição. A Cama Parto Humanizado MP-7097 foi criada para a utilização em parto normal ou natural e, também, para facilitar todos os procedimentos de pré e pós-parto. Com a cama, não é necessário, por exemplo, transferir a parturiente do quarto para o centro cirúrgico. Recursos como acionamentos elétricos para ajustes de altura, dorsal, sistema Trendelenburg e proclive, proporcionam o movimento total da cama e facilitam o trabalho de parto tanto para a parturiente quanto para os profissionais assistentes. Conta ainda com apoio diferenciado para os pés (articulado em até oito posições), com inclinação e abertura ajustável à anatomia de diferentes pacientes. Uma característica muito importante é que ela possui um sistema CPR para ressuscitação cardiopulmonar, que permite atuar rapidamente com manobras cardíacas em situações de emergência.

Hospital São Paulo inaugura centro Obstétrico humanizado

O

Hospital São Paulo - Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo (HU-Unifesp) inaugurou o Centro Cirúrgico Obstétrico com conceito do Parto Humanizado, onde os procedimentos terão a base PPP (pré-parto, parto e pós-parto) no mesmo ambiente, no início de fevereiro. A nova estrutura permitirá o ensino da assistência e estímulo ao parto normal como um centro de inovações no amparo a gestante. A expectativa é expandir o atendimento em 30% a 40% ao mês A unidade, localizada no 8º andar, conta com uma área de 259 metros quadrados divididos em quatro salas. Um dos diferenciais é a sala interativa de assistência ao parto (SIAP) que, além da tecnologia nos procedimentos operacionais, oferece ambientação e conforto à gestante, com a orientação de alunos e residentes. “Atualmente, são realizados 100 atendimentos por mês, que atenderá gestantes de alto e baixo risco, e uma maior gama

8

Panorama Hospitalar

de procedimentos cirúrgicos em medicina fetal”, afirma Antonio Fernandes Moron, responsável pelo Centro Obstétrico do HU-Unifesp.

A perspectiva é expandir o atendimento em 30% a 40% ao mês. Na foto, a sala interativa de assistência ao parto (SIAP).


Notícias

Orçamento do Ministério da Saúde será de R$ 106 bilhões em 2014 De acordo com o texto publicado no Diário Oficial da União, o orçamento do Ministério da Saúde para o ano de 2014 será de R$ 106 bilhões, segundo informações do próprio Ministério. O valor estipulado representa um aumento de 31% em relação a 2011, quando o orçamento foi de R$ 80,9 bilhões. Em 11 anos, os recursos destinados ao setor mais que triplicaram. Em 2003, o valor disponível para as ações da pasta era de R$ 31,2 bilhões. Este crescimento permitiu aos estados e municípios, responsáveis pela execução das ações em saúde, ampliar programas estratégicos como UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), expandir a Atenção Básica no país, além de incorporar novas tecnologias para o tratamento de câncer e ofertar medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma por meio do Saúde Não Tem Preço. Todos os repasses financeiros realizados pelo Ministério da Saúde são feitos por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e levam em consideração fatores como a adesão aos programas federais e critérios populacionais e epidemiológicos, considerando as características de doenças transmissíveis ou crônicas existentes em cada região. Além de atender às despesas do Ministério da Saúde e de seus órgãos e entidades da administração indireta, os recursos geridos pelo FNS são transferidos mensalmente para o custeio e investimento na área da saúde.

www.sonosite.la

SonoSite, Inc. Matriz Mundial 21919 30th Drive SE, Bothell, WA 98021-3904 Tel: +1 (425) 951-1200 ou +1 (877) 657-8050 Fax: +1 (425) 951-6800 E-mail: sonohq@sonosite.com

SonoSite do Brasil (NOVO ENDEREÇO) Rua Estado de Israel, No. 233, Vila Mariana, São Paulo, SP 04022-000, Brasil Tel: +55 11 99657 0164


Notícias

Beneficência Portuguesa implanta novo modelo de negócios Novo superintendente do Hospital São José, Ricardo Hutter, vai liderar as estratégias de expansão da Beneficência Portuguesa, que está investindo R$ 97 milhões para a construção de um novo prédio voltado exclusivamente ao tratamento de câncer

A

Beneficência Portuguesa de São Paulo implantou um novo modelo de negócios que vai envolver a aplicação de R$ 97 milhões na construção de um novo prédio anexo ao Hospital São José, subdivisão da instituição que atende os núcleos de oncologia, cardiologia, ortopedia e neurologia. Quem vai liderar as estratégias de expansão da instituição, é Ricardo Hutter, novo superintendente do hospital. Com 23 anos de experiência, o executivo atuou por duas décadas como executivo do Hospital São Luiz, onde comandou a implementação da Unidade Anália Franco e, após a compra pela Rede D’Or, exerceu o cargo de diretor corporativo de operações. Com formação em administração e MBA Executivo em Administração de Empresas com ênfase em Gestão, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Hutter foi também diretor Nacional de Desenvolvimento de Negócios da Bionexo do Brasil.“Ingressar na Instituição é uma oportunidade de contribuir com os planos de expansão e aprimorar ainda mais o atendimento do Hospital São José, que é referência em oncologia no Brasil”, enfatiza Hutter. Segundo ele, neste ano o objetivo é promover o desenvolvimento sustentável e contínuo do hospital, alinhado com o planejamento estratégico da Beneficência Portuguesa, para promover a eficiência operacional e a excelência na prestação de serviços hospitalares. O plano orçamentário e o planejamento estratégico elaborados no ano passado resultaram em um modelo com metas de curto, médio e longo prazo. Para 2014, os principais drivers serão a otimização de recursos e eficiência operacional. O novo prédio terá quase nove mil metros quadrados de área construída distribuída em 14 andares, consultórios, leitos de internação, ambulatórios para quimioterapia e todos os serviços de SADT, prontos-socorros, entre outros. O atendimento é exclusivamente voltado ao tratamento de câncer “e todos os pavimentos serão equipados com tecnologia de última geração”, segundo Hutter. Com isso, a expectativa é que haja incremento de quase 100% no número de atendimentos, dobrando o volume de negócios. Mais do que expandir o hospital, a ideia é reforçar a excelência dos serviços prestados pelo hospital, prestado por profissionais internacionalmente reconhecidos, com tecnologia de ponta. A conclusão da obra está prevista para este ano. Os destaques da expansão, em relação às novas tecnologias adquiridas, são o acelerador radioterápico, que permite irradiar um tumor sem afetar áreas saudáveis e um tomógrafo computadorizado - tecnologia para diagnóstico.

10

Panorama Hospitalar

Ricardo Hutter, novo superintendente do hospital: “Ingressar na Instituição é uma oportunidade de aprimorar ainda mais o atendimento do Hospital São José.

O Hospital São José foi projetado para ser uma referência no setor hospitalar e oferecer tratamentos clínico e cirúrgico de alta complexidade em oncologia, cardiologia, ortopedia e neurologia. “Todas as ações implantadas visam o bem estar e a segurança do paciente, por meio de um acolhimento multiprofissional eficiente e humanizado. Esses serão os pilares que nos balizarão para os próximos desafios”, explica Hutter. “A acreditação da JCI [Joint Commission International] que acabamos de ganhar serviu para nos mostrar que estamos no caminho certo.”

Oncologia

Já a novidade em atendimento está no pronto socorro oncológico, que contará com centro cirúrgico, leitos de quimioterapia ambulatorial, quartos de internação, consultórios e centro de diagnósticos. O projeto de oncologia do Hospital do São José é liderado pelo médico Antonio Buzaid, com a parceria dos oncologistas Fernando Maluf e Riad Younes, que trabalharam no Sírio-Libanês por cerca de dez anos. O grupo Beneficência Portuguesa é formado por três hospitais: São Joaquim (mais conhecido por Beneficência Portuguesa), São José e Santo Antônio (somente SUS). Em 2013, a Instituição criou o Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes para ser um dos maiores e mais completos núcleos de tratamento de câncer no país. PH


O MELHOR DA TECNOLOGIA E GESTテグ HOSPITALAR, na plataforma que vocテェ escolher:

Revista digital

|

Portal web

|

Redes sociais

siga-nos em: facebook.com/panoramahospitalar

twitter.com/PanoramaHosp

www.revistapanoramahospitalar.com.br


Notícias

Nova gestão no Ministério da Saúde

O ministro lembrou outras medidas que integram o Mais Médicos, como a ampliação e qualificação de infraestrutura da rede de saúde, a abertura de novas faculdades de medicina em municípios que tenham condições seguras e adequadas e a garantia de vagas de residência para todos os médicos em especialidades que atendem as necessidades do SUS. Segundo o ministro, a gestão do SUS requer uma maior aproximação com os estados e elencou temas a serem discutidos com as secretarias estaduais de saúde, como a divisão de responsabilidades em assistência farmacêutica o estabelecimento de plano de carreiras e a revisão do papel dos estados. Ao longo dos 25 anos do SUS, os estados são a esfera de governo que mais vêm enfrentando dificuldade em assumir seu papel. Há aqueles que ainda estão absolutamente consumidos pela administração de serviços hospitalares e ambulatoriais de média complexidade, com prejuízos para a gestão dos sistemas estaduais e das regiões de saúde”, avaliou.

Investigação Arthur Chioro, novo Ministro da Saúde: “O desafio é dar continuidade às ações do Ministério da Saúde com aprimoramento e inovação”

Arthur Chioro assume o cargo de Alexandre Padilha e se compromete a dar continuidade ao programa Mais Médico

O

novo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, reafirmou o compromisso de dar continuidade e qualificar ainda mais o Programa Mais Médicos, iniciativa que prevê mais investimentos na infraestrutura das unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde faltam profissionais, durante o discurso de posse, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, no início de fevereiro, em Brasília. O ministro destacou que recebeu da presidenta Dilma Rousseff a missão de implantar uma nova política nacional de atenção hospitalar que, no entanto, já vem sendo concebida e pactuada pela equipe do Ministério da Saúde, mas que necessita da adoção de medidas estratégicas para que o hospital funcione em sintonia com a rede SUS e para uma oferta de assistência de qualidade, eficiente e humanizada à população brasileira. “Precisamos rever com urgência o papel de milhares de hospitais de pequeno porte (públicos e filantrópicos) existentes no país, dando-lhes novas funções assistenciais e sustentabilidade, definidas a partir da realidade de cada gestão de saúde”, avaliou Chioro. Segundo ele, a recomendação da presidenta Dilma Rousseff é avançar ainda mais o SUS. Entre os programas com continuidade assegurada está o Mais Médicos, criado em 2013. “Vou dar continuidade e qualificarei ainda mais o Programa Mais Médicos para o Brasil. Destaco que a criação deste programa foi a medida mais correta, ousada e corajosa já tomada por um chefe de Estado na história da saúde pública em nosso país”, reforçou Chioro, elogiando o ex-Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

12

Panorama Hospitalar

Antes de assumir o mandato, no dia 23 de janeiro, Chioro concedeu entrevista coletiva em seu gabinete na Secretaria de Saúde de São Bernardo e se posicionou em relação à investigação do Ministério Público (MP) de São Paulo por sua suposta improbidade administrativa. A investigação do MP se deve ao fato de Chioro fazer parte, até então, da sociedade na empresa de consultoria Consaúde, que existe há 17 anos e presta serviços a governos e empresas privadas. “No entendimento da prefeitura de São Bernardo do Campo, não há nenhuma irregularidade eu ser sócio de uma empresa na área de consultoria em saúde. Ela presta consultoria de planejamento e serviços na área de gestão em saúde para clientes públicos e privados. Por ter caráter técnico, não tem nenhuma veiculação de ordem partidária”, garantiu o ministro. Apesar de negar irregularidades, Chioro declarou ter enviado à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) o documento em que se desliga da empresa, da qual é sócio majoritário. “O meu vínculo na empresa nunca foi omitido, mesmo antes de tomar posse em São Bernardo do Campo constava a minha vinculação na empresa no meu currículo. Entretanto, desde janeiro de 2009 eu não desenvolvo nenhuma atividade de consultoria, esclarece ele. O controle da empresa foi repassado para a mulher.

Perfil

Arthur Chioro é médico sanitarista e doutor em Saúde Coletiva pela Unifesp (SP), professor universitário, pesquisador nas áreas de gestão e planejamento em saúde na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) pela terceira vez, o qual reúne gestores de 645 cidades paulistanas. Foi secretário municipal de saúde de São Vicente (SP) de 1993 a 1996 e participou da gestão do Ministério da Saúde entre 2003 e 2005, como diretor do departamento de atenção especializada. Em 2009 assumiu a Secretaria de Saúde do Município de São Bernardo do Campo (SP) e, neste ano, deixou o cargo para assumir o Ministério da Saúde. PH


METALÚRGICA FAVA Qualidade e confiança para doutores e pacientes

COMADRE

CUBA RIM

TAMBOR

TAMBOR

CUBA RED.

PAPAGAIO

• 40 x 30 cm • Tipo Pa • 2.000 ml

• 26 x 12 cm • 740 ml

• 10 x 10 cm • 780 ml

• 16 x 14 cm • 2.800 ml

• 14 x 5 cm • P/ assepsia • 530 ml

• 26 x 15 cm • 1.000 ml

ESTOJO PERFURADO

ESTOJO

ESTOJO

ESTOJO PERFURADO

• 42 x 28 x 12 cm • Autoclavável

• 36 x 22 x 9 cm

• 42 x 18 x 9 cm

• 42 x 16 x 6 cm • Autoclavável

METALÚRGICA FAVA — Consulte nossos distribuidores autorizados. www.fava.com.br


Produtos e Serviços

Dados clínicos em qualquer dispositivo móvel A InterSystems, fabricante de software para saúde, e a WelVU, especializada em tecnologia de engajamento com pacientes, integraram suas plataformas InterSystems HealthShare e WelVU para fornecerem à equipe de saúde o acesso a imagens de referência do diagnóstico do paciente, dados e relatórios clínicos, através de qualquer dispositivo móvel ou via web. Enquanto a plataforma de saúde da InterSystems viabiliza o acesso do paciente e da equipe médica a dados clínicos e vídeos em qualquer dispositivo móvel, a da WelVU combina a informação multimídia com dados individuais do paciente cadastrados em um registro eletrônico de saúde (EHR, na sigla em inglês). O HealthShare proporciona a interoperabilidade para o WelVU, com o EHR, e amplia os elementos visuais disponíveis ao profissional de saúde. Assim, é possível inserir imagens do último ecocardiograma do peito do paciente para explicar potenciais problemas, em vez de usar somente uma ilustração anatômica de um coração. O aplicativo WelVU também permite a criação de vídeos personalizados no momento em que a conversa educacional está acontecendo entre o profissional e ainda armazena os arquivo para que o paciente possa consultá-los posteriormente.

LifeCode: informações do paciente no pulso Criado na Itália e fabricado com matérias da mais alta qualidade o bracelete LifeCode possibilita o armazenamento de informações completas sobre o histórico médico do usuário, além de contatos médicos e de emergência (com tradução instantânea para português, inglês, espanhol, alemão, italiano e francês). Atualmente, o produto é vendido na Holanda, Luxemburgo, Bélgica, França, Rússia, Espanha, Alemanha, Itália e Nova Caledônia, além do Brasil. Pesando somente 10 gramas, o LifeCode é extremamente leve, à prova d’água e resistente à impactos. Em caso de acidente ou uma emergência, o bracelete é facilmente identificável por conta do símbolo mundial da saúde. Os dados inseridos no bracelete são facilmente visualizados em qualquer terminal com entrada USB, sem a necessidade de conexão com a internet ou download de arquivos. Dessa forma, o LifeCode é indicado para pacientes que passam por longos tratamentos ou possuem doenças crônicas. “O LifeCode armazena todas as informações de tratamento além de exames e remédios”, explica Zaidan. “Isso facilita o acompanhamento e a troca de informações entre os médicos, garantindo assim um melhor poder de análise e consequentemente um tratamento mais preciso com custos menores”. Inicialmente, as vendas serão feitas por meio do site www.mylifecode.com.br.

GE lança sistema para imagem intervencionista e de diagnóstico Um sistema de imagem totalmente integrada, com extenso processamento em tempo real, gestão de dose inovadora, facilidade de posicionamento, fluxo de trabalho e gerenciamento melhorados. O Innova IGS 540 é uma nova edição do Innova 4100 QI. O novo sistema incorporou o exclusivo detector digital de estado sólido da GE para fornecer excelente desempenho de imagem para uma gama completa de procedimentos intervencionistas de raios- X vascular e cardiovascular (angiografias, a colocação de dispositivo e não-vascular). As principais características são: melhor qualidade de imagem para uma ampla gama de aplicações, integração de ferramentas clínicas com controles internos para otimizar o fluxo de trabalho do laboratório de cateterismo e design de sistema robusto, com conectividade remota, capacidade de análise de log do sistema pró-ativo e backup de fonte de alimentação ininterrupta fluoroscópico.

14

Panorama Hospitalar


N

Rastreabilidade

Acesso

Eficiência Energética

Soluções para Hospitais

Automação

Vigilância

N

RFID

- Eficiência Energética: Medição de energia, Otimização, Economia, Iluminação, HVAC, Energias Renováveis, Automação. - Soluções em rastreabilidade utilizando RFID como: Enxovais e rouparia, RN (recém-nascidos), pacientes, staff, equipamentos de alto valor agregado como próteses, medicamentos controlados, ativos fixos, equipamentos de informática, inventário instantâneo (vigilância de ativos), rastreamento de documetos, controlar saídas de funcionários com determinados equipamentos e controle de produtos consignados em outros locais. - Rastreabilidade integrada ao Controle de Acesso e Vigilância: Permite a rastreabilidade dos equipamentos e ativo fixo em geral nos seguintes âmbitos: Inventário em curto espaço de tempo dos itens, identificação do último local por onde passou o item, quais pessoas estavam ao redor do item quando ele foi lido pela última vez, integração da imagem digital da última ocorrência do item, identificação de ativo fixo ou equipamento em área não permitida, desativação do acesso em áreas por motivo de emergência, habilitação de imagens gravadas pelas câmeras de CFTV no momento das ocorrências, e disponibilização online.

Newello Tecnologia. Soluções completas do tamanho de sua necessidade.

N

Rua Osvaldo Cruz, 2080 São Caetano do Sul - SP Cep: 09540-280 Fone: 55-11-4232-3170 www.newello.com.br comercial@newello.com.br


Ficha Técnica

Versa HD Para aplicações de tratamentos estereotáxicos avançados Reconhecendo o surgimento de terapias cada vez mais avançadas, combinadas com exigências sem precedentes para maximizar recursos, a Elekta lançou o Versa HD. Ao fornecer mais flexibilidade para aplicar, de forma segura e eficiente, todo o espectro de técnicas convencionais de radioterapia, o Versa HD moderniza os tratamentos avançados para câncer com versatilidade em aplicações de tratamentos estereotáxicos avançados e baseados em acelerados lineares. Entre os recursos do sistema estão a combinação de entrega de alta taxa de dose e velocidades rápidas de MLC, pacotes clínicos para otimizar o set-up do paciente e padronizar o processo de tratamento e avançado sistema de ergonomia. Tudo isso dentro de um único sistema de aplicação.

Ficha Técnica Fabricante: Elekta Lançamento: março de 2013 Principais diferenciais: • detector de imagens de radiação de silício amorfo (a-Si) • Sistema Retrátil: desvio de até 25 cm • Dimensões do painel: 410 de comprimento por 410 mm de largura • Campo de Visualização: tamanho da referida imagem até o isocentro: 26 cm x 26 cm (com cabeçote em 0º) • Resolução da Imagem: 1024 x 1024; escala de cinza de 16 bits; tamanho do pixel no isocentro: 0,25 mm; tamanho do pixel no detector: 0,4 mm; frequência de aquisição de imagens; três frames por segundo

16

Panorama Hospitalar


multiline Versátil. Projetado para a sua necessidade.

Carro de procedimentos especiais, desenvolvido para você. Mudando os acessórios, você tem o mesmo carro com diferentes funções: Carro de Anestesia | Carro de Isolamento | Carro de Curativo | Carro de Medicamentos | Carro de Emergência | Carro de Terapia | Carro para Artroscopia | Carro para Beira de Leito | Carro para Áreas Críticas | Carro para Materiais

c arus

peagade

Detalhes fazem toda a diferença, tornando o ambiente bonito, moderno e humano. Quando você precisar saiba com quem contar.

Indispensável para o profissional nos momentos de emergência.

Fácil de manobrar, com um corpo em polímero de alta resistência e estrutura em tubos de aço. Possibilita o acesso simultâneo de várias pessoas ao mesmo tempo. Possui um corpo leve e resistente e uma estrutura forte que suporta cargas elevadas.

Projetos desenvolvidos especialmente para auxiliar na recuperação do paciente. Com designer arrojado, é um carro leve e fácil de movimentar, projetado para maximizar o espaço e a produtividade. Na linha pediátrica, com cores e figuras lúdicas, acompanha a decoração e torna o ambiente mais agradável, trazendo maior facilidade ao profissional nos cuidados com a criança. Um carro que auxiliará na humanização do tratamento.

Fone: 55 (11) 36452226 | Fax: 55 (11) 38319741 w w w.healthmoveis.com.br

Fabricado no Brasil


Entrevista

DR. GONZALO.

“O relacionamento entre o gestor e o corpo clínico faz toda a diferença”

Enfático, o médico e superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Gonzalo Vecina Neto, aponta a comunicação como o problema gerencial mais importante em uma organização complexa como o hospital. 18

Panorama Hospitalar


DR. GONZALO.

E

m entrevista exclusiva à Panorama Hospitalar, Dr. Gonzalo Vecina Neto explica por que é preciso haver diálogo contínuo entre médicos e profissionais de gestão, revela os investimentos do hospital Sírio Libanês para este ano e destaca ainda os maiores desafios enfrentados hoje pelo setor da saúde e melhor maneira de o governo federal estimular os hospitais privados. Panorama Hospitalar - Cada vez mais os hospitais investem em sistemas que integram informações e aperfeiçoam processos. Qual é a importância da comunicação no ambiente hospitalar? Dr. Gonzalo: Gonzalo: A comunicação é o problema gerencial mais importante de uma organização

PH - Como o diálogo entre gestores e médicos é estimulado no hospital? Dr. Gonzalo: É fundamental que exista diálogo contínuo e canais adequados para que haja diálogo entre os médicos e os profissionais de gestão do hospital. Estimulamos muito essa comunicação através da constituição de comissões, como o comitê de ética, de avaliação de prontuário, de avaliação de óbito, de controle de infecção hospitalar, de assessoramento do conselho de administração, etc. São quase vinte comissões para que essa comunicação tenha canais mais adequados. Também estimulamos a comunicação entre qualquer nível de gestão e os profissionais que prestam serviço ao hospital. A minha porta está continuamente aberta, para

Entrevista

cesso de assistência e o paciente, à construção da própria segurança. PH - Como o hospital Sírio Libanês se destaca entre a rede de hospitais brasileiros? O principal fator, sem sombra de dúvida, é o corpo clínico - que além de ser de altíssima qualidade, tem com o hospital uma relação de parceria, não de clientela. O modelo de relacionamento do hospital com o corpo clínico faz toda a diferença. O segundo diferencial é a relação do hospital com os colaboradores, que é baseada em construção conjunta de conhecimento. Contamos com os esforços dos colaboradores e eles com os do hospital, principalmente por meio do instituto de ensino e pesquisa. Já o terceiro diferencial é que nós nos preocupamos em man-

O ‘ok’ e o ‘como’, e a avaliação e a mensuração de resultados, devem continuamente ser esclarecidos por meio de canais de comunicação nos quais todos participam” complexa como o hospital. Inclusive, acho que não existe problema mais importante que este, porque, como as pessoas que trabalham na organização ficam sabendo o seu ‘ok’ e o seu ‘como’? O ‘ok’ e o ‘como’ não são sempre definidos no nível da realização das tarefas, são definidos mais acima, com ou sem participação de todos os funcionários. O ‘ok’ e o ‘como’, e a avaliação e a mensuração de resultados, devem continuamente ser esclarecidos por meio de canais de comunicação nos quais todos participam. É mais importante ainda que o médico, dada sua centralidade no processo de atenção à saúde, tenha essa condição de comunicação com as esferas gerenciais. O Sírio Libanês tem 30 núcleos de especialidades e quase todos têm reuniões semanais. Dividimos-nos para participarmos das reuniões dos grupos e ouvir os médicos falarem sobre casos, técnicas, dificuldades e soluções.

que eles tragam suas necessidades e propostas de melhoria do funcionamento da instituição. PH - Como se dá a abordagem ao paciente? Dr. Gonzalo: A abordagem ao paciente é uma questão importante e nós tratamos com solidariedade. É preciso expor a vontade de ser solidário, e nós traduzimos isso como calor humano, que é algo que você transmite por convicção. O colaborador precisa ter proximidade do paciente para garantir que ele receba a dose de compreensão e apoio necessária para que, no momento de fragilidade, tenha mais condições de enfrentar dificuldades. Tudo isso faz parte do nosso processo de capacitação. Nesse sentido, a incorporação das certificações foi muito positiva para o Brasil. Essa mudança mostra que, hoje, é mais importante garantir a segurança do paciente. A segurança foi incorporada ao pro-

ter o pioneirismo e a atualização tecnológica, para poder oferecer a tecnologia adequada e necessária aos quadros clínicos dos pacientes. PH - Como se dá a abordagem ao paciente? Dr. Gonzalo: A abordagem ao paciente é uma questão importante e nós tratamos com solidariedade. É preciso expor a vontade de ser solidário, e nós traduzimos isso como calor humano, que é algo que você transmite por convicção. O colaborador precisa ter proximidade do paciente para garantir que ele receba a dose de compreensão e apoio necessária para que, no momento de fragilidade, tenha mais condições de enfrentar dificuldades. Tudo isso faz parte do nosso processo de capacitação. Nesse sentido, a incorporação das certificações foi muito positiva para o Brasil. Essa mudança mostra que, hoje, é mais importante garantir a segurança do paciente. Março, 2014

19


Entrevista

DR. GONZALO.

A segurança foi incorporada ao processo de assistência e o paciente, à construção da própria segurança. PH - Como você define o padrão de excelência do Sírio Libanês? Dr. Gonzalo: As inovações do ponto de vista diagnóstico, do ponto de vista terapêutico, dentro do processo de gestão e de cuidar, que envolvem também a segurança do paciente e a qualidade do atendimento, compõe a rede voltada para um padrão de excelência. E esse padrão tem sido perseguido por uma parte dos hospitais do Brasil e transformado um pouco a nossa realidade a partir de centros referenciados. PH - Quais foram os principais avanços tecnológicos do hospital nos últimos 10 anos? Dr. Gonzalo: Tivemos avanços importantes na área de diagnóstico, a evolução e o estabelecimento do LCT e a abertura do governo para a produção de isótopos em grandes cidades brasileiras. Outros avanços importantes estão na cirurgia robótica, na qualidade do ultrassom, na computação em nuvem, em redes de monitoração sem fio. Tivemos também muitos avanços na área de incorporação de tecnologia no processo de assistência, como a radioterapia, que hoje permite irradiar áreas milimétricas com uma precisão muito grande em tratamentos de câncer. Além de avanços em gestão, com novas metodologias, a incorporação do método Toyota de processos, o Liance e o Balanced Scorecard. PH - Quais são os investimentos previstos no hospital neste ano? Dr. Gonzalo: Atualmente estamos em um ciclo de investimentos de aproximadamente R$ 1,4 bilhão. É um projeto de expansão e modernização que vai duplicar a área física e o número de leitos do hospital até 2016. A obra deve terminar em outubro deste ano e até lá vamos ocupar o hospital lentamente. Estamos dando o primeiro passo nos investimentos hoje [3 de fevereiro], com a inauguração de 31 leitos, e daqui a 90 dias vamos abrir mais 31 leitos. O projeto também inclui a construção de novas torres na Rua Dona Adma Jafet [localizada no bairro Bela Vista, 20

Panorama Hospitalar

em São Paulo]. Essa área nova tem uma condição muito diferente, tecnologicamente. É um prédio que foi construído no estado da arte, com sistemas de geração de energia elétrica, de emergência, com muitas proteções e sofisticações, do ponto de vista de automação. Acho que o novo edifício vai ficar muito bom. PH - O que será contemplado na segunda etapa de investimentos no hospital? Dr. Gonzalo: Até outubro, quando acaba a primeira etapa, deve começar a segunda etapa que é a construção de um edifício para atividades ambulatoriais em frente à sede do hospital na Rua Dona Adma Jafet. Estamos aguardando aprovação da prefeitura para dar inícios às obras. O novo edifício vai funcionar como apoio, com consultórios médicos, centro cirúrgico ambulatorial e centro de diagnóstico, mas não vai ter internação. Em uma fase posterior, daremos início ao projeto

de construção de um hospital para atendimento de doenças crônicas, com 60 leitos. O terreno tem quatro mil metros quadrados e também vai abrigar um estacionamento de 1.200 vagas. Certamente, o hospital vai continuar investindo pesadamente na incorporação de tecnologia, tanto em novos equipamentos quanto na chamada tecnologia soft, que é focada em gestão, incorporando novas práticas de gestão para oferecer processos mais eficientes aos nossos profissionais e aos nossos pacientes. PH - CO que motivou a decisão de construir uma nova unidade para atendimento de pacientes com doenças crônicas? Dr. Gonzalo: O atendimento à pacientes crônicos certamente vai se tornar um problema cada vez mais importante para Brasil por causa do envelhecimento da população. Existe o paciente crônico que você não consegue devolver para o convívio


DR. GONZALO.

do lar, embora ele não necessite internação, e que também não tem o perfil daquele que vai para o asilo, ou seja, é um paciente intermediário. Ele precisa sair de um ambiente hospitalar de alto custo e ir para um ambiente intermediário de custo médio ou baixo. A ideia é fazer 60 leitos para esse tipo de paciente e também para pacientes que caminham para a morte e que precisam de cuidados com a alimentação, com a estabilidade clínica, com o controle da dor. Essa etapa da ampliação do hospital deverá ficar pronta em cinco anos. PH - Investimento em pesquisas também está nos planos do hospital? Dr. Gonzalo: Sim, há a expansão do Instituto de Ensino e Pesquisa.O Instituto está se tornando cada vez mais importante para a vida do hospital e está pequeno. Uma parte das coisas que vão acontecer no prédio que será construído a partir de abril estará voltada para o apoio ao Instituto. Os médicos e profissionais de saúde de uma maneira geral são muito atraídos por ensino e pesquisa, então ter residência médica e multiprofissional na instituição, atrai profissionais diferenciados. Também queremos oferecer possibilidade de desenvolvimento de pesquisas, via CNPQ, Fapesp, Finep ou mesmo com financiamento interno da Instituição. Hoje temos um curso de mestrado e de doutorado e essa é uma atividade que deve crescer bastante por causa da pós-graduação stricto sensu funcionando aqui. Outra coisa que devemos ampliar é a área de laboratório. Hoje nós temos

laboratório cirúrgico, de microcirurgia, de genética manipular e sequenciamento de DNA, cromotografia gasosa, aspecto fotometria de absorção atômica, etc. PH - Quais são os maiores desafios enfrentados hoje pelo setor de saúde? Dr. Gonzalo: O maior desafio hoje é repensar o projeto assistencial que estamos utilizando. Temos um projeto assistencial voltado para o atendimento de doenças infectocontagiosas, que têm perspectiva de atendimento vertical, e, no entanto, a realidade mostra que o foco deveria estar em doenças crônicas e degenerativas. Porque não só o padrão demográfico da população brasileira e a ascensão social mudaram, como o padrão epidemiológico também. Hoje, 35% da população morrem de doenças cardiovasculares, 20% de câncer e 15% de causas externas. Essa mortalidade não está sendo adequadamente enfrentada pelo modelo assistencial que temos no País, nem a mudança epidemiológica encontra uma organização adequada para fazer frente a um novo processo de atendimento contínuo e horizontal. Esse é o problema mais importante que a medicina brasileira enfrenta hoje, tanto no setor público quanto no privado. Fica-se discutindo se falta dinheiro, mas, olha, é muito diferente atender pacientes com doenças crônicas degenerativas, que não têm alta, como hipertensão, diabetes, e muitos tipos de câncer, e atender pneumonia, malária ou tuberculose.

“O novo edifício vai funcionar como apoio, com consultórios médicos, centro cirúrgico ambulatorial e centro de diagnóstico”

Entrevista

PH - A mudança epidemiológica vai forçar os hospitais a investirem mais em núcleos de cardiologia e oncologia? Dr. Gonzalo: Não só vai forçar os hospitais a investirem em núcleos de cardiologia e oncologia, como vai forçá-los a criar um modelo de relacionamento com uma rede de serviços não hospitalares. O hospital não pode entender-se como um único órgão de assistência à saúde. Deverá existir uma rede na qual o SUS, o setor privado e as operadoras criarão sistemas mais econômicos para fazer toda a parte inicial de diagnóstico e a parte posterior ao tratamento. Além disso, como as pessoas têm alcançado uma longevidade maior, criaremos modelos para proporcionar mais qualidade de vida para a população, principalmente por meio de unidades ambulatoriais ou de internações para pacientes com doenças crônicas. Também pensaremos em unidades voltadas para cuidados paliativos, para pacientes fora de possibilidade terapêutica. O grande desafio da assistência à saúde no Brasil é a reversão do modelo como fazemos frente à realidade epidemiológica do País. PH - Qual é o impacto da demanda por tecnologia em hospitais? Dr. Gonzalo: É que sempre que aparecer uma nova tecnologia, o acesso a essa tecnologia será construído. Quando o PET CT foi oferecido no País, a iniciativa privada não podia fabricar isótopos, então só São Paulo e Rio de Janeiro tinham o equipamento. A alteração na constituição que aconteceu em 2008 permitiu à iniciativa privada produzir isótopos e, consequentemente, aos aparelhos de produção de isótopos estarem hoje em boa parte das grandes cidades brasileiras. Permitiu também que esse exame fosse incorporado, pelo menos dentro do setor privado, e hoje as operadoras são obrigadas a pagar exames de PET CET. Ou seja, não interessa se a tecnologia é muito cara,

Março, 2014

21


Entrevista

DR. GONZALO.

porque se for absolutamente resolutiva, será adotada. Ou por meio da compreensão firmada via evidência médica ou pela obrigação de juízes. PH - A determinação de um juiz para que uma nova tecnologia seja incorporada é boa ou ruim? Dr. Gonzalo: É que sempre que aparecer uma nova tecnologia, o acesso a essa tecnologia será construído. Quando o PET CT foi oferecido no País, a iniciativa privada não podia fabricar isótopos, então só São Paulo e Rio de Janeiro tinham o equipamento. A alteração na constituição que aconteceu em 2008 permitiu à iniciativa privada produzir isótopos e, consequentemente, aos aparelhos de produção de isótopos estarem hoje em boa parte das grandes cidades brasileiras. Permitiu também que esse exame fosse incorporado,

Leitos de internação

PH - O que o governo deveria fazer para estimular os hospitais privados? A melhor maneira de o governo estimular os hospitais privados é fazer uma boa regulação do processo de atenção à saúde, por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar [ANS]. No caso dos hospitais privados que atendem o SUS, sendo Santa Casa ou de modelo lucrativo, o governo deveria fazer uma remuneração mais adequada à realidade do custo que os hos-

pitais têm com o processo de atenção à saúde. Hoje o SUS remunera 30% a 40% do custo de um procedimento. PH - Você espera mudanças neste ano de eleições? Dr. Gonzalo: Temos pouco tempo até lá, mas que vamos ter muitas promessas, eu não tenho a menor dúvida. Agora se elas serão cumpridas ou não, são outros quinhentos. Temos grandes desafios, como a questão do financiamento, do gerenciamento, da mudança do modelo assistencial e a adequação ao atendimento a doenças crônicas degenerativas, da integração entre público e privado e as formas de cooperação e parceria, de incentivo ao processo de produção industrial de produtos e insumos para tornar a balança comercial da saúde menos desequilibrada. Realmente, existem muitas necessidades. PH

Estrutura atual

Expansão Novas Torres

Total

372 instalados, incluindo:

355 novos leitos

727 leitos

• UTI • Adulto: 30 • Cardiológica: 10 • Pediátrica: 05

UTI • Adulto: 24 • Cardiológica: 22

UTI • Adulto: 54 • Cardiológica: 32 • Pediátrica: 05

Unidades Críticas: • Semi-Intensiva: 48 • Geral: 24 • Coronariana: 24 • Unidades Não-Críticas: • Internação geral: 225 • Pediatria: 06

Unidades Críticas: • Geral: 45 • Coronariana: 45 • Unidades Não-Críticas: • Internação geral: 219

Unidades Críticas: • Semi-Intensiva: 48 • Geral: 69 • Coronariana: 69 • Unidades Não-Críticas: • Internação geral: 444 • Pediatria: 06

Área construída

99.989,90 m²

85.257,00 m²

185.246,90 m²

Centro cirúrgico

19 salas cirúrgicas

14 salas cirúrgicas

33 salas cirúrgicas

Cirurgias (2012)

20.442 (média/ mês:1.703)

30 mil/ano

18.677 (média/mês:1.556)

40 mil/ano

521.645 pacientes, sendo: • 9.025 internações • 420.949 externos • 81.671 pronto atendimento

Aproximadamente 800 mil por ano

Internações (2012)

Atendimentos (2012)

22

pelo menos dentro do setor privado, e hoje as operadoras são obrigadas a pagar exames de PET CET. Ou seja, não interessa se a tecnologia é muito cara, porque se for absolutamente resolutiva, será adotada. Ou por meio da compreensão firmada via evidência médica ou pela obrigação de juízes.

Panorama Hospitalar


GARANTA SUA PRESENÇA no maior e mais importante evento global da Saúde

PEÇA SUA CREDENCIAL Acesse: www.hospitalar.com

Empreendimento

Gestão e Realização

(11) 3897-6158 visitantes@hospitalar.com.br

www.hospitalar.com

/hospitalar @hospitalarfeira


Mundo Hospitalar

ARAB HEALTH

Tecnologia em saúde no Oriente Médio A um ano de completar 40 anos, a Arab Health atrai mais empresas expositoras e promove, pela primeira vez, uma demonstração de produtos realizada por profissionais de empresas, como Philips, Siemens e Samsung

C

onsiderada a maior feira de saúde do Oriente Médio, a Arab Health reuniu mais de 3.900 companhias expositoras, de 63 países, entre 27 e 30 janeiro no espaço Dubai International Convention & Exhibition Centre, em Dubai (Emirados Árabes). Em paralelo à feira, o Arab Health Congress 2014 promoveu 19 conferências, com a participação de nove mil delegações, e o Training Village contou com a participação de especialistas na área da saúde, que trabalham para empresas como Philips, Siemens e Samsung, em sessões de demonstração de novos dispositivos e tecnologias. A 39 ª edição da feira recebeu cerca de 80 mil visitantes, em uma área de mais de 65 mil metros quadrados. Fundada há 39 anos, a Arab Health é um ponto de encontro entre os principais fabricantes, atacadistas e distribuidores da área da saúde e a comunidade médica e científica no Oriente Médio. Segundo os organizadores, o aumento de 10 % no número de empresas expositoras em relação a 2013 mostra como o setor privado continua contribuindo para a demanda por serviços de saúde na região. Para Simon Page, diretor da Informa Life Sciences, empresa que organiza a feira, “a Arab Health está no centro de saúde da região. Com a expansão do mercado de saúde dos Emirados Árabes Unidos e os recentes relatórios sugerindo que o país está no caminho para se tornar uma indústria de AED 4 bilhões [1 bilhão de dólares americanos] em 2018, não há lugar melhor para sediar um dos eventos de saúde mais importante do mundo”. A data da próxima edição já foi anunciada: 26 a 29 de janeiro de 2015, ano em

24

Panorama Hospitalar

que a Arab Health completará 40 anos. O Training Village, novidade dessa edição, promoveu uma demonstração de dispositivos e tecnologias com a participação de especialistas na área da saúde, que trabalham em empresas como Philips, Siemens, Samsung, Johnson & Johnson e no Hospital Infantil de Boston, na Hill-Rom e na Associação G-MEA. A Philips, por exemplo, apresentou o tema “aprendizagem significativa para a melhora do atendimento ao paciente (abordagens com imagens para TAVI, fundamentos da ventilação não invasiva e insights sobre mamografia)”. Já a Samsung apresentou “Ultrassom em Obstetrícia e Ginecologia” e a Siemens, “A otimização do uso do ultrassom em mamografias, CT e MR/PET em rotina clínica”. A feira também promove o prêmio Arab Health Innovation & Achievement Awards, que já está em sua sétima edição. Neste ano, dos nove prêmios entregues para destacar o crescimento e as conquistas da região na área da saúde, a Arábia Saudita e o Qatar levaram sete para casa.

Participação internacional

O evento conta com pavilhões internacionais já estabelecidos, como o dos Estados Unidos e o da China – os maiores em número de expositores. Só a área chinesa contou com 510 expositores, sendo 90 empresas a mais em relação ao último ano. Já o espaço norte-americano reuniu mais de 215 empresas, (12% a mais do que em 2013), sendo o maior grupo americano a integrar a Arab Health ao longo de 20 anos consecutivos de participações na feira.


ARAB HEALTH

A participação brasileira também foi mais relevante neste ano, representada por 38 indústrias brasileiras associadas à Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), e que fazem parte do Projeto Brazilian Health Devices, executado pela entidade em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). De acordo com a Abimo, durante os quatro dias de evento, foram realizadas mais de 2.900 reuniões com potenciais clientes de mais de 80 países, consolidando cerca de US$ 1.200 milhão em negócios com Egito, Jordânia, Yemen, Emirados Árabes, Irã, Turquia, Sudão, Marrocos, Canadá, Qatar, Omã, Índia, Armênia, Tunísia e Arábia Saudita.

Lançamentos para o Oriente Médio

Pela primeira vez no Oriente Médio, a GE Healthcare apresentou suas mais recentes inovações em tecnologias médicas, serviços e soluções. De acordo com Maher Abouzeid , presidente e CEO da GE Healthcare para o Oriente Médio e Paquistão, “o produto mais importantes que está sendo introduzido na região pela primeira vez, através do no evento, é o scanner Revolução CT, 510 (k), um sistema de tomografia computadorizada que combina ampla cobertura de alta resolução espacial e tecnologia de alta resolução temporal em um único sistema de CT”. A sueca Getinge mostrou uma solução personalizada de limpeza e desinfecção para os instrumentos EndoWrist, usados no sistema de cirurgia robótica da Vinci. “Nossa solução pode processar até oito instrumentos EndoWrist por ciclo, e como o conjunto de operações consiste em três instrumentos, é possível aumentar o número de operações por dia, sem aumentar o número de instrumentos”, diz a gerente de produto da Getinge, Hanna Lindblom. A japonesa Olympus apresentou, entre seus lançamentos na feira, o VIS Lucera Elite, equipamento de endoscopia com processador de vídeo que converte sinais elétricos em sinais de vídeo e os apresenta na tela do monitor. A novidade da Philips foi o novo sistema de ultrassom EPIQ, com uma nova tecnologia de imagens chamada Nsight que, quando combinada com a tecnologia de Inteligência anatômica da Philips, permite uma modelagem avançada do órgão e a imagem de corte, oferecendo uma ultrassonografia mais nítida e rápida. A Siemens também apresentou seus últimos lançamentos, como o Cios Alpha, um novo C-arm móvel equipado com uma tela plana de área operacional 25% maior do que os modelos atuais deste sistema. Outro produto de destaque foi o MAMMOMAT Inspiration, (leia mais na seção de produtos e serviços dessa edição), que faz diagnósticos por meio de uma imagem 3D da mama. São 25 projeções reconstruídas em slides de apenas um milímetro. Mais tecnologias foram apresentadas pela Roche Diagnostics, com o Cobas u 601, uma solução totalmente automatizada para processamentos laboratoriais com capacidade para 100 a 1000 amostras de urina por dia. O sucessor do sistema de análise de urina URISYS 240 é destinado para a determinação qualitativa ou semi-quantitativa in vitro das tiras de testes de urina. Enquanto a Dräger apresentou o Evita

Mundo Hospitalar

V300, um ventilador de cuidados intensivos que permite ao usuário escolher entre uma ampla gama de opções de ventilação, aplicações ou telas de exibição de acordo com necessidades clínicas individuais. A tecnologia de etiqueta de pulso LaserBand foi o destaque da inglesa Zebra Technologies. Toda informação sobre o paciente pode ser codificada por meio de um código de barras que, quando é decodificado por um scanner, instrui o computador a atualizar o registro correspondente ao paciente. A empresa apresentou ainda uma amostra de novas impressoras móveis para a impressão de identificação de pacientes e leitos. Além de expor seus produtos, a Agfa HealthCare anunciou o contrato para a modernização dos sistemas RIS / PACS existentes em sete hospitais do Ministério da Saúde da Arábia Saudita, que, juntos, realizam cerca de meio milhão de exames radiológicos por ano. PH ** Com informações do Arab Health Daily Dose – o jornal diário oficial da Arab Health

A divulgação da HOSPITALAR 2014 junto ao mercado internacional de saúde começou com a participação especial na Arab Health – Exhibition & Congress. O intuito dos dirigentes da feira era fazer novos contatos e estreitar parcerias com industriais, distribuidores de produtos para saúde e compradores dos grandes centros médicos da região. Além de consolidar junto aos visitantes e expositores da Arab Health a posição da HOSPITALAR como maior feira e fórum de saúde no Brasil e na América Latina. Com estande institucional localizado junto ao pavilhão de empresas brasileiras coordenado pela Abimo, a HOSPITALAR apresentou as novidades de sua 21ª edição, marcada para 20 a 23 de maio próximo, em São Paulo (SP). A presidente da feira brasileira, Dra. Waleska Santos, destaca que a HOSPITALAR acompanha o setor em seus grandes encontros mundiais, atenta aos movimentos do mercado e aos avanços da saúde. “A mostra de Dubai, que é referência para a região árabe, é uma oportunidade estratégica para divulgarmos a HOSPITALAR neste importante mercado e canalizar para o nosso evento novas oportunidades de negócios .e alianças. Março, 2014

25


Mundo Hospitalar

CONAHP HCOR

HCor aumenta 30% da capacidade de atendimento Com investimento de R$ 145 milhões, os destaques do novo prédio são as salas híbridas, uma para tratamentos cardiovasculares e outra para a neurocirurgia, e o Gamma Knife

26

Panorama Hospitalar


4K

Mundo Hospitalar

Ideal para

APLICADOR DE SAPATILHA DESCARTÁVEL AUTOMÁTICO

Clínicas Fábricas Hospitais Escritórios Residências Laboratórios Ind. Eletrônicas Ind. Alimentícias

Higiene e conveniência 1. Fácil de usar 2. Seguro e rápido 3. Higiênico e prático 4. Dispensa eletricidade 5. Conforto na aplicação 6. Dispensa o uso das mãos

O Propé Mágico foi desenvolvido com o objetivo de facilitar a aplicação de sapatilhas descartáveis de forma prática e higiênica.

Veja vídeo demonstrativo em nosso site: www.raskalo.com.br

Modelo sem suporte

Modelo maleta sem suporte

Modelo com suporte

Você coloca o pé na máquina e o Propé é aplicado automaticamente.

p rodutos que embelezam

Caxias do Sul | RS | Brasil Fone|Fax: 54 3222.7778 www.raskalo.com.br Janeiro, 2014 27 vendasprope@raskalo.com.br


Mundo Hospitalar

HCOR

O

hospital HCor inaugurou uma nova unidade em janeiro nomeada Dr. Adib Jatene, em homenagem ao atual diretor-geral do hospital, com equipamentos de alta tecnologia para tratamentos até agora pouco realizados no País, segundo o próprio Dr. Jatene. Sob investimentos de R$ 145 milhões, o novo prédio vai abrigar o HCor Onco e o HCor Neuro, com duas salas híbridas

tratamento não invasivo de tumores cerebrais. As salas híbridas unem centro cirúrgico e equipamentos de imagem de alta definição em um espaço projetado para que os exames sejam usados antes, durante e depois das operações. São duas salas com capacidade para a realização de 1.360 procedimentos cirúrgicos por ano. O novo edifício, de 13 andares e cinco subsolos,

que permitirão ao médico mais agilidade em momentos críticos e precisão em procedimentos de alta complexidade. Outro destaque está no Gamma Knife, um dos equipamentos mais avançados em

conta ainda com 38 apartamentos para internação, andar exclusivo para quimioterapia, centro de convenções para 210 pessoas e vagas para 142 veículos. Com isso, a expectativa é que a capacidade de atendimento do hospital aumente em 30%. Outro diferencial é que o edifício está em processo de certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema de avaliação dos edifícios sustentáveis desenvolvido pelo US Green Building Coouncil (USGBC), e já faz uso racional de água e aproveitamento de luz natural. Soluções integradas Uma das salas, chamada de Brain Suite, é coordenada pela equipe do neurocirurgião Dr. Antonio De Salles, para oferecer procedimentos neurológicos, ortopédicos e de outras especialidades médicas. O grande diferencial é oferecer no mesmo espaço todo o suporte para ressonância magnética e tomografia. Assim, qualquer dificuldade durante a cirurgia pode ser resolvida ali mesmo, sem a necessidade de transportar o paciente para a radiologia. A disponibilidade do equipamento de ressonância magnética acoplada ao Brain Suite permitirá atuar com extrema agilidade em momentos críticos. A remoção de tumores também pode ser feita de forma mais completa e precisa. “É possível que um tumor não seja completamente visualizado na cirurgia e uma

28

Panorama Hospitalar


HCOR

Mundo Hospitalar

parte dele pode ser deixada. Dentro da sala híbrida, temos mais controle da situação. Quando o procedimento termina, o paciente é analisado com uma nova imagem de ressonância magnética para garantir que a remoção foi completa”, explica Dr. De Salles. Já a outra sala híbrida é destinada a tratamentos cardiovasculares. O paciente recebe suporte do cirurgião

precisão toda, temos mais segurança para tratar lesões em regiões extremamente delicadas do cérebro, como lesões vasculares, malformações arteriovenosas, tumores da pituitária, neurinomas do acústico, lesões do tronco cerebral, metástases e tumores cerebrais em geral”, esclarece o Dr. De Salles. Por ano, o equipamento deve realizar cerca de 400 procedimentos.

cardíaco e do intervencionista, que atuam juntos em casos complexos. Um exemplo está no Raio X, que fornece imagens tridimensionais e tem funcionamento análogo a uma tomografia. Assim, as imagens podem ser sobrepostas e comparadas no sistema computadorizado da sala, garantindo precisão aos casos mais delicados e complexos. Essa integração de imagens também pode ser usada como guia de navegação em cirurgias. Com o auxílio do software Econavigator, o ecocardiografista faz marcações para garantir precisão milimétrica ao intervencionista. “Isso possibilita uma recuperação mais rápida do paciente, pois a tecnologia aplicada ao procedimento o torna menos invasivo”, explica o Dr. Carlos Pedra, cardiologista intervencionista do HCor. “Ainda podemos descobrir muitas novidades nas salas híbridas. Conforme utilizamos o espaço, encontramos a possibilidade de novas aplicações como, por exemplo, a broncoscopia (exame que visualiza o sistema respiratório) por meio do cateterismo. É um aprendizado constante”, revela o Dr. Pedra.

O foco do núcleo especializado em neurologia, neurociência e neurocirurgia é proporcionar ao paciente um envelhecimento ativo e saudável. No entanto, terapias de estimulação elétrica profunda do cérebro estão sendo estudadas contra obesidade mórbida e depressão profunda – que estão entre os principais problemas de saúde do país. A equipe do HCor Neuro é especializada nesse tipo de terapia, sendo a mais conhecida o uso de marca-passo cerebral. Há tempos esse aparelho é conhecido por acertar o ritmo do coração e agora, modernizado com novos

Radioterapia com mais precisão O Gamma Knife é “o gold standard para radiocirurgia”, segundo o neurocirurgião De Salles. Este equipamento tem um arco, que, no momento do tratamento de radioterapia, é colocado sob o rosto do paciente e fixado à mesa do Gamma Knife para imobilizá-lo. “Com essa Março, 2014

29


Mundo Hospitalar

HCOR

recursos, está sendo usado contra doenças geriátricas e cerebrais, como mal de Parkinson, tremores, distonias, epilepsias e transtornos obsessivos. Oncologia O 12º andar é inteiramente dedicado aos pacientes da oncologia e está equipado com nove boxes para tratamento com medicamentos quimioterápicos, além de dois consultórios. Cerca de 6.500 sessões de quimioterapia devem ser realizadas por ano. O atendimento conta com especialistas nas áreas de oncologia clínica, cirurgia oncológica, hematologia, hemoterapia, infectologia, enfermagem, psicologia, fisioterapia, nutrição e odontologia. Conta ainda com especialistas em oncogeriatria, para oferecer um atendimento personalizado e seguro, e uma equipe focada no combate à dor e cuidados paliativos, que contempla os preceitos básicos de um atendimento humanizado nas diferentes fases do tratamento. A equipe de oncologia atua segundo o conceito de clínicas integradas, no qual o paciente é atendido por três médicos especializados: o cirurgião, o radioterapeuta e o oncologista clínico, todos na mesma consulta. De acordo com o caso, radiologistas, pneumologistas e hepatologis tas também podem participar do atendimento. O conceito de integração está sendo incorporado pelo HCor não só em sistemas de comunicação, mas também ao atendimento, para oferecer no mesmo espaço todo o suporte que o médico precisa para atuar com agilidade em momentos críticos e realizar diagnósticos mais precisos.

Cerca de 6.500 sessões de quimioterapia devem ser realizadas por ano na nova unidade, que conta com um andar inteiramente dedicado aos pacientes da oncologia e está equipado com nove boxes para tratamento com medicamentos quimioterápicos

O diretor-geral do hospital HCor Dr. Adib Jatene, cujo nome foi atribuído ao novo prédio, afirmou em entrevista à Panorama Hospitalar que “a maior contribuição da nova unidade do HCor para o setor de saúde, é a introdução de equipamentos de alta tecnologia para tratamentos até agora pouco realizados no País”. PH Confira a entrevista:

PH - Qual é sua expectativa em relação à nova unidade? Dr. Adib Jatene - Essas tecnologias serão compartilhadas com outras especialidades dentro da cardiologia, como já fizemos no passado com a ortopedia. Agora estamos avançando no caminho para tornar o HCor um hospital de alta complexidade em cada especialidade de atendimento. Nossos pacientes terão acessão aos equipamentos mais avançados do mundo. Mas a maior contribuição dessa nova unidade para o setor de Saúde é a introdução de equipamentos de alta tecnologia para tratamentos até agora pouco realizados no País. PH - O foco do HCor Neuro é proporcionar um envelhecimento ativo e saudável. Por quê? Dr. Adib Jatene - A população idosa está crescendo muito e as doenças mais comuns em idosos são as do coração, do sistema nervoso e os cânceres, e temos que nos preparar para isso. Essas especialidades são importantes, principalmente em longo prazo. PH - O novo edifício também vai proporcionar a realização de novas pesquisas e eventos? Dr. Adib Jatene - Nós atualizamos toda a parte do instituto de ensino e pesquisa para inserirmos o hospital em uma nova fronteira do conhecimento. Temos três auditórios, sendo que o maior deles tem 200 assentos, e todos têm sistemas de comunicação que permitem a realização de videoconferências. PH - Há uma programação de eventos a serem realizados neste ano? Dr. Adib Jatene – Sim, em três meses iremos finalizar a organização de um seminário sobre as mais modernas técnicas de tratamentos de tumores cerebrais. O HCor conseguiu repatriar brasileiros que estavam há muitos anos no exterior e que têm muito prestígio na área, como o professor e neurocirurgião Antônio De Salles, que trabalhava para a Universidade da Califórnia, é conhecido no mundo inteiro, e aceitou o convite para retornar ao Brasil e trabalhar no HCor após a implantação dos novos núcleos HCor Onco e HCor Neuro. Nós estamos trazendo mais pessoas que assumiram posição de destaque no exterior para o nosso corpo clínico. 30

Panorama Hospitalar


Faça seu aplicativo conosco e otimize seu negócio A VP Group é especialista em desenvolver aplicativos inteligentes para mercados corporativos e segmentados, nas versões tablets e smartphones.

www.vpgroup.com.br contato@vpgroup.com.br Solicite uma visita: (11) 4197-7500 Janeiro, 2014

31


Espaço Gestor

GESTÃO EINSTEIN

Einstein adota sistema de

gestão inédito no Brasil

O software aprimora a segurança no diagnóstico e o tratamento dos pacientes

O investimento do hospital na implantação do sistema Cerner Millenium é de aproximadamente R$ 180 milhões. A previsão de término da primeira fase da implantação do sistema é final de 2015 e a conclusão total será no final de 2016.

O

Hospital Israelita Albert Einstein iniciou a implantação de uma nova solução para administrar todos os dados de seus pacientes hospitalares e ambulatoriais e das suas múltiplas áreas de atuação, em fevereiro. O software de gestão Cerner Millennium será o primeiro a ser implementado em língua portuguesa pela Cerner, empresa norte-americana fabricante de sistemas que integram informação e otimizam processos, especializada em hospitais e sistemas de saúde. O Cerner Millenium oferece aos profissionais de saúde informações de forma ágil e segura, melhora a comunicação entre os

32

Panorama Hospitalar

profissionais, ajuda a reduzir a incidência de erros e reduz o tempo gasto com tarefas administrativas. Do ponto de vista médico, o Cerner Millenium facilita o acesso às informações necessárias para a tomada de decisão clínica e definição da linha de cuidado. As soluções desenvolvidas pela Cerner são baseadas no princípio de que a assistência à saúde não deve ser baseada em um episódio clínico, mas informações específicas de cada paciente e sobre o seu estado de saúde. O novo sistema proporciona que todo o histórico clínico da pessoa esteja corretamente armazenado e disponível à equipe médica e assistencial. Além disso, o histórico está registrado eletronicamente, liberando a pessoa de se recordar de cada episódio relacionado à sua doença, pois tudo está sendo gerido pelo software e disponível para a equipe de atendimento. O sistema Cerner Millenium permite que diversos itens sejam gerenciados simultaneamente, desde a entrada até a alta do paciente, como o controle dos protocolos clínicos e registros de administração de medicamentos; a gestão dos recursos disponíveis, por exemplo, quartos de internação, quantidade de especialistas por área em cada plantão, entre outros. Ou seja, qualquer evento clínico ou administrativo está diretamente relacionado ao paciente. A previsão de término da primeira fase da implantação do sistema é final de 2015 e a conclusão total será no final de 2016. A primeira fase consiste na tradução da ferramenta, o treinamento dos usuários na nova tecnologia e a instalação dos fluxos de trabalho de cada uma das áreas do Einstein, como documentação clínica, prontuário eletrônico, farmácia, gerenciamento de leitos, faturamento, emergência, UTI, Oncologia, Cardiologia, Medicina Diagnóstica, Centro Cirúrgico entre outras áreas. A Cerner

trabalha diretamente com os clientes no processo de instalação e configuração do sistema.

Suporte ao serviço médico e assistencial

De acordo com o presidente do Albert Einstein, Dr. Claudio Lottenberg, no início de 2012 foi decidido que uma nova solução TI seria implementada para dar suporte ao serviço médico e assistencial, com os mais elevados padrões de segurança e qualidade. “Analisamos as soluções utilizadas pelas principais organizações de saúde e chegamos à conclusão que o produto Cerner Millennium é o mais adequado para atender nossas necessidades atuais e futuras”, conta Lottenberg. A Cerner já implementou suas soluções de TI em prestigiados hospitais dos Estados Unidos, como a Clínica Mayo e o Hospital Infantil de Boston, em dois dos três principais hospitais de ensino do Reino Unido, Oxford e Barts, além de 170 hospitais australianos e todo o sistema de saúde do Qatar. As funções que permitem melhorar a segurança do paciente

Dr. Claudio Lottenberg, presidente do hospital Albert Einstein: “Nossa prática clínica é centrada no paciente e a implantação da tecnologia integrada da Cerner vai agregar mais eficiência à nossa prática e incrementar a segurança do paciente”


GESTÃO EINSTEIN

são apontadas pelo presidente do hospital como as mais importantes. Ele se refere ao processo de prescrição e dispensação automática de medicamentos, a integração de todos os dados dos pacientes em um único banco de dados, a integração com a solução de laboratório, o suporte à tomada de decisão e o atendimento as especialidades que requerem funcionalidades distintas, como oncologia, maternidade cardiologia, etc. Já os principais recursos voltados à administração são aqueles específicos para organizações de saúde de grande porte, que oferecem a gestão de leitos, do centro cirúrgico, da força de trabalho, do faturamento, etc. “Nossa prática clínica é centrada no paciente e a implantação da tecnologia integrada da Cerner vai agregar mais eficiência à nossa prática e incrementar a segurança do paciente.”, afirma Dr. Claudio Lottenberg, presidente do hospital Albert Einstein. Outras funções facilitadoras são a gestão da lista de espera, das admissões, dos traslados e das altas de pacientes, dos registros e a codificação clínica e os informes administrativos. Hoje os funcionários do hospital utilizam uma solução genérica de prontuário eletrônico, que está integrada com outras aplicações algumas delas desenvolvidas pelas próprias áreas usuárias. Não há um banco de dados unificado, com todas as informações dos pacientes, e nem funcionalidades específicas para cada especialidade. De acordo com o Dr. Lottenberg, o dia a dia dos funcionários do hospital vai mudar completamente. Muitas atividades que hoje são realizadas no papel passarão a ser executadas diretamente no sistema e diversos protocolos de atendimento poderão ser programados para que o sistema acompanhe automaticamente se o protocolo está sendo seguido. Alertas ou lembretes também poderão ser programados para os profissionais que prestam atendimento. “Isto tudo resulta em serviços de melhor qualidade e menor risco para o paciente”, afirma. O fato de ter todas as informações em um único banco de dados também permite acompanhar os resultados clínicos junto aos pacientes, extrair informações relevantes para a pesquisa clínica e, futuramente,

vai colaborar para a faculdade de medicina que o Einstein planeja inaugurar. Quanto ao investimento do hospital na implantação do sistema, o Dr. Lottenberg conta que o acordo firmado com a Cerner é de longo prazo, válido por 15 anos, e o custo total, considerando a Cerner, os recursos do Einstein, de terceiros, a infraestrutura e a manutenção do sistema, é de aproximadamente R$ 180 milhões. “Acreditamos muito na visão da Cerner em relação ao sistema integrado de saúde. Sobretudo por estar muito alinhada com a nossa estratégia”, enfatiza. Segundo ele, a aquisição do Cerner Millenium faz parte de um plano de investimentos do hospital que prevê ainda expansões de unidades, uma faculdade de medicina, outros projetos maiores de TI e novas ações de filantropia.

Tomada de decisão

A implementação do Cerner Millenium não é apenas um avanço tecnológico, mas também uma oportunidade de propor mudanças à prática clínica. Nesse sentido, a tecnologia contribui ao permitir a partilha de conhecimentos e informações entre todos os profissionais médicos responsáveis pelo tratamento de um paciente, evitando, por exemplo, que o próprio paciente tenha que intermediar a comunicação entre o médico de cuidados primários e os especialistas. Assim, o sistema pode, inclusive, reduzir a variabilidade entre os centros de saúde. O sistema combina informações clínicas, financeiras e de gestão. O vice-presidente e diretor geral da Cerner para Espanha e América Latina, Marcos García, conta que o sistema permite que diferentes hospitais operarem de forma independente, enquanto compartilham o mesmo sistema e contribuem para formar um histórico completo e unificado dos pacientes. “Além disso, nossas soluções de TI ajudam a enfrentar os desafios atuais, como contenção de custos na área da saúde, o envelhecimento da população, a gestão de pacientes crônicos”, conclui García, que também coordena a estratégia de desenvolvimento global da Cerner em novos mercados.

Espaço Gestor

Marcos García, vice-presidente e diretor geral da Cerner para Espanha e América Latina: “O sistema combina informações clínicas, financeiras e de gestão e ajuda a enfrentar desafios atuais da saúde, como a contenção de custos na área da saúde, o envelhecimento da população e a gestão de pacientes crônicos”

A Cerner é uma empresa especializada em tecnologia da informação dedicada exclusivamente à saúde. O foco está no oferecimento de segurança, eficácia e eficiência por meio de soluções unificadas, que podem ser utilizadas por toda a organização. Os clientes da Cerner vão desde médicos individuais que têm seus próprios consultórios até governos interessados em otimizar o processo de atendimento. Cerca de US$ 400 milhões são investidos por ano no desenvolvimento de novas soluções e funcionalidades. Uma vez que o cliente obtenha a licença das soluções, os novos recursos estarão disponíveis como parte do serviço de apoio contínuo, sem encargos adicionais, e os próprios usuários avançados e selecionados pelo hospital podem introduzir as mudanças necessárias. PH Principais vantagens • Histórico clínico do paciente corretamente armazenado e disponível à equipe médica e assistencial em tempo real • Diversos itens gerenciados simultaneamente, sejam de âmbito clínico ou administrativo, e diretamente relacionados ao paciente • Todas as informações, clínicas, financeiras e de gestão, em um único banco de dados

Março, 2014

33


Entrevista

MARCUS VINÍCIUS

Samaritano do RJ: Tecnologia faz toda a diferença” Há um ano no cargo de diretor executivo do hospital, Dr. Marcus Vinicius Santos fala sobre as atuais estratégias da instituição, que envolvem novas tecnologias e o investimento em hotelaria de luxo

Dr. Marcus Vinicius Santos, diretor executivo do Hospital Samaritano do Rio de Janeiro: “. CRÉDITO: Alessandro Mendes

O

Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, localizado em Botafogo, é considerado um dos mais modernos do Estado e do Brasil em diagnóstico e tratamento. Exemplo disso é a implemen-

34

Panorama Hospitalar

tação de sistemas computadorizados em salas cirúrgicas inteligentes, que obedecem aos comandos de voz e gestos do cirurgião e desempenham diversas atividades, e a cirurgia robótica. Recentemente, a instituição reformou o Centro de Terapia Intensiva, destinou mais recursos para a hotelaria hospitalar e deu início à construção de um novo hospital no Rio de Janeiro. Investimentos estes realizados durante a gestão do Dr. Marcus Vinicius Santos, atual diretor executivo do hospital. Médico de formação, ele assumiu o primeiro cargo na área de gestão em 2007, como diretor médico, sendo nomeado diretor executivo um ano depois. Como gestor já esteve à frente dos hospitais Casa de Saúde Santa Lúcia, Total Cor e Pró-Cardíaco – todos localizados no Rio de Janeiro. Neste ano, o Dr. Marcus completa um ano no hospital Samaritano RJ e em entrevista exclusiva à Panorama Hospitalar, comenta

mudanças e diretrizes realizadas sob a sua liderança. PH -Como a sua experiência como gestor contribui hoje para o hospital Samaritano? Dr. Marcus : A passagem pelo Pró-Cardíaco foi essencial para que eu tivesse uma visão ampla de mercado. Agora, no Samaritano, alguns caminhos estão, com certeza, mais claros. O fundamento de maior expressão foi referente à questão do atendimento e relacionamento, escutar para ser escutado. Outro ponto importante foi pautar as decisões não apenas em indicadores de performance, utilizando sempre indicadores assistenciais na estratégia de crescimento, investimento e gerenciamento do dia a dia. PH - Quais foram as principais mudanças no hospital desde o início de sua gestão? Dr. Marcus : Manter a qualidade e o posicionamento do Hospital, perpetuar sua cultura e implementar gestão são os principais desafios. Para isso,


O

GRAACC é uma instituição que trabalha no limite do conhecimento científico, perseguindo de forma determinada a cura de crianças e adolecentes com câncer. Para isso, administra e mantém um hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC/ Unifesp), preparado para realizar um tratamento eficaz e humano, que o coloca em igualdade com os maiores centros de oncologia pediátrica do mundo. A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização de cirurgias complexas, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares. Trabalhando em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o GRAACC opera em regime de hospital-dia, beneficiando seus pacientes com os resultados das atividades realizadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de formar novos mestres e doutores que levam o conhecimento avançado e o tratamento de qualidade em oncologia pediátrica para todas as regiões do país. E, tudo isso, para oferecer à criança e ao adolescente com câncer todas as chances de cura, com qualidade de vida. Saiba mais em: www.graacc.org.br

Dr. Sérgio Petrilli Responsável Técnico: CRM 16.434

Atuando no limite do conhecimento, para alcançar as melhores taxas de cura do câncer infantojuvenil Brinquedoteca

Cirurgia

Quimioteca

UTI

Transplante de Medula Óssea

Ressonância

Pesquisa

• Centro de Transplante de Medula Óssea • Centro de Diagnóstico por Imagem • Quimioterapia • Brinquedoteca Terapêutica • Consultórios • UTI Pediátrica • Centro Cirúrgico • Unidades de Internação • Laboratório de Transplante de Medula Óssea • Laboratório de Genética • Laboratório de Hematologia

Rua Botucatu, 743, Vila Clementino São Paulo/SP, Cep: 04023-062 (+55 11) 5080-8400


Entrevista

MARCUS VINÍCIUS

resgatar o orgulho dos colaboradores em trabalhar no Samaritano tem sido um ponto-chave. A equipe é excelente, mas a hotelaria encontra-se em reforma. Boa parte, mais do que 50%, já está totalmente remodelada. Podemos sim, adequar e transformar, buscando melhorias. O atendimento em serviços é o nosso foco e diferencial. Já foram criadas novas áreas de Terapia Intensiva e Coronária, um centro de Cirurgia Robótica, uma ala vip na unidade coronariana, uma nova recepção e unidade de emergência. PH - O que precisa ser priorizado por um gestor, tanto de hospitais quanto de clínicas? Dr. Marcus : O gestor tem que priorizar as pessoas e os processos. Liderar por bons exemplos, utilizando sempre time de trabalho, dividindo responsabilidades e benefícios. Hoje, nortear suas decisões por dados é um fator crucial na gestão, mas mais cru-

36

Panorama Hospitalar

cial ainda é saber quais dados são importantes e como utilizá-los de maneira há promover melhorias e processos. O que sugiro aos gestores do setor de saúde, é que acreditem em suas equipes e invistam nelas, pois seus profissionais são seus maiores e melhores parceiros. PH - Quais são os planos de investimentos para este ano? Dr. Marcus: telaria faz parte do plano diretor da instituição e já está em andamento. O Hospital sempre foi referência para um grupo diferenciado de clientes, tanto médicos quanto pacientes, que demandam atendimento personalizado. Foram os desejos e as necessidades apontados por eles que nos guiaram em busca de uma estrutura voltada para o atendimento e a hotelaria de luxo. PH - Qual é a proposta da hotelaria de luxo do hospital? Dr. Marcus: A estratégia é ofere-

cer a experiência mais próxima à estada em um hotel, tirando a referência fria de hospital. Queremos que o paciente esqueça que está sobre tratamento e sinta-se cuidado. O mesmo referencial levamos aos familiares e acompanhantes: humanização, atenção e cuidado. Atualmente, temos 100 leitos e 88% de ocupação. Os investimentos em novos leitos e expansão ainda estão sendo estudados. PH - As salas de cirurgia do Samaritano recebem atenção especial? Dr. Marcus: Apostamos em salas cirúrgicas integradas ou “inteligentes”. Neste conceito, que vem crescendo nos últimos cinco anos, os equipamentos dentro da sala como monitores, estativas, mesa, vídeo e outros equipamentos estão integrados. Isso facilita o funcionamento da sala, auxilia os cirurgiões na execução de seus procedimentos,


MARCUS VINÍCIUS

Entrevista

Um dos diferenciais tecnológicos do Samaritano é a cirurgia robótica; em um ano, 210 casos foram atendidos, entre prostatectomias, gastroplastias e outras cirugias de abdome

acelera o processo de preparo e amplia o espectro de segurança no ato cirúrgico. PH - Quais outras tecnologias e integrações foram implementadas pelo hospital? Dr. Marcus: A cirurgia robótica é um dos diferenciais tecnológicos do Samaritano. Também possuímos um centro de hemodinâmica totalmente novo, onde são realizados alguns procedimentos diferenciados em cirurgias endovasculares, cardíacas e neurológicas. No entanto, acredito que nenhuma tecnologia substitui a atenção humana. Por isso, também investimentos muito em treinamento, em capacitação de lideranças natas. PH - O Samaritano foi o primeiro hospital privado do Rio de Janeiro a adquirir o Robô da Vinci, um dos mais modernos sistemas robóticos para intervenções cirúrgicas delicadas.

Como o robô vem auxiliando em cirurgias? Dr. Marcus: A cirurgia robótica é um dos grandes diferenciais tecnológicos do Samaritano. O Hospital possui um programa de treinamento com um ano de evolução, com 210 casos, distribuídos entre prostatectomias, gastroplastias e outras cirurgias de abdome. Os próximos passos serão ginecologia e cirurgias de cabeça e pescoço, atualmente as demandas que mais crescem mundialmente. A técnica é menos invasiva e o Samaritano acredita que os resultados dependam da experiência clínica. Ou seja, a peça mais importante não é o robô, e sim um cirurgião bem capacitado. PH - Como se deu o processo de incorporação da cirurgia robótica? Dr. Marcus: Durante o processo de incorporação da tecnologia, iniciado no final de 2012, cada profissional teve que realizar cerca de 30 cirurgias robóticas acompanhado por

uma equipe de 12 médicos reno mados e especializados do Samari tano, para garantir a segurança do paciente. Essa medida foi importante para reduzir a variabilidade de resultados e computar dados que contribuam para a disseminação correta da inovação. PH - Como a equipe de médicos do hospital foi treinada para utilizar o robô da Vinci? Dr. Marcus: A equipe esteve no Florida Hospital Celebration Health (EUA), referência mundial em cirurgia robótica, durante uma semana, compartilhando da experiência de americanos especializados neste tipo de procedimento, minimamente invasivo e com resultados extremamente eficazes. Após a chegada do robô no Samaritano, médicos do Celebration acompanharam as primeiras operações. Pretendemos seguir a visão de tecnologia que minimiza risco e tempo de recuperação do paciente. PH Março, 2014

37


Case Study

MOINHOS DE VENTO

Especialistas em atendimento de emergência do Johns Hopkins Medicine fazem visita técnica ao Hospital Moinhos de Vento Consultoria é fruto de acordo de afiliação entre o hospital e a instituição norte-americana para a troca de experiências e o aprimoramento da assistência clínica e segurança do paciente

Localizado em Porto Alegre (RS), o Hospital Moinhos de Vento já foi acreditado pela JCI quatro vezes

O

Hospital Moinhos de Vento realizou o fórum “A Ciência do Fluxo de pacientes na emergência”, em janeiro, com a participação de dois especialistas da Johns Hopkins Medicine International, de

38

Panorama Hospitalar

Baltimore (Estados Unidos), Jim Scheulen, superintendente administrativo do Departamento de Emergência, e Sarah Stewart de Ramirez, diretora Adjunta de Serviços Globais de Emergência do Departamento de


R

R R

242o24so4oss anaann

Inovando Inovando Inovando com com Tecnologia com Tecnologia Tecnologia (Desde (Desde (Desde 1989) 1989) 1989)

Acondicionamento Acondicionamento Acondicionamento Térmico Térmico Térmico parapara Alimentos para Alimentos Alimentos

AA ALBAN, AALBAN, ALBAN, fundada fundada fundada háhá 24 há24 anos, 24anos, anos, sempre sempre sempre buscando buscando buscando novas novas novas tecnologias tecnologias tecnologias para para para melhorar melhorar melhorar o oo processo processo processo dentro dentro dentro dos dos dos hospitais hospitais hospitais e preocupada e epreocupada preocupada com com com o bem-estar o obem-estar bem-estar e satisfação e esatisfação satisfação dos dos dos pacientes, pacientes, pacientes, oferece oferece oferece osos melhores os melhores melhores produtos produtos produtos emem acondicionamento em acondicionamento acondicionamento térmico térmico térmico individual individual individual para para para alimentos. alimentos. alimentos. Prato Prato Prato Térmico Térmico Térmico Infantil Infantil Infantil

Bandeja Bandeja Bandeja Térmica Térmica Térmica Gourmet Gourmet Gourmet

Linha Linha Linha dede produtos deprodutos produtos Bandejas Bandejas Bandejas de café de de café dacafé manhã da da manhã manhã Bandejas Bandejas Bandejas lisaslisas lisas Bandejas Bandejas Bandejas térmicas térmicas térmicas Bules Bules térmicos Bules térmicos térmicos Canecas Canecas Canecas térmicas térmicas térmicas comcom e com sem e sem etampa sem tampa tampa Carros Carros Carros de aço de de aço para aço para transporte para transporte transporte fechados fechados fechados e abertos e abertos e abertos

Talheres Talheres Talheres descartáveis descartáveis descartáveis Carro Carro Carro de Transporte dede Transporte Transporte Aberto Aberto AbertoCarros Carros Carros de aço de de aço térmicos aço térmicos térmicos refrigerados refrigerados refrigerados A GRANEL A GRANEL A GRANEL E KITS E KITS E KITS Clorin Clorin Clorin - Higienização - Higienização - Higienização de água de de água eágua e e alimentos alimentos alimentos

BuleBule Térmico Bule Térmico Térmico

Descartáveis Descartáveis Descartáveis parapara as para bandejas as as bandejas bandejas Embalagens Embalagens Embalagens MultiMulti Uso Multi Uso Uso Garrafas Garrafas Garrafas térmicas térmicas térmicas Identificadores Identificadores Identificadores de dietas de de dietas dietas KitsKits deKits talheres de de talheres talheres e copos e copos e copos descartáveis descartáveis descartáveis Máquinas Máquinas Máquinas de lavar de de lavar louças lavar louças louças e bandejas e bandejas e bandejas Pratos Pratos Pratos térmicos térmicos térmicos

Carro Carro Carro de Aço dede Aço Térmico Aço Térmico Térmico Refrigerado Refrigerado Refrigerado para para Transporte para Transporte Transporte de Bandejas dede Bandejas Bandejas

Suporte Suporte Suporte BD BD 14 BD para 14 14 para paraRodas Rodas Rodas Maciço Maciço Maciço Macia Macia Macia carro carro térmico carro térmico térmico

Suporte Suporte Suporte parapara bule para bule e bule garrafas e garrafas e garrafas térmicas térmicas térmicas Suporte Suporte Suporte parapara copos para copos copos e potes e potes e de potes de de sobremesa sobremesa sobremesa Suportes Suportes Suportes parapara refeição para refeição refeição na cama na na cama cama Xícaras Xícaras Xícaras térmicas térmicas térmicas

2020-4500 2020-4500 2020-4500

Tel.: Tel.: Tel.: (11) (11) (11) E-mail: E-mail: E-mail: Vendas@alban.com.br Vendas@alban.com.br Vendas@alban.com.br Visite Visite Visite nosso nosso nosso site site site

www.alban.com.br www.alban.com.br www.alban.com.br Stand Stand Stand ALBAN ALBAN ALBAN 2012 2012 2012

Venha Venha Venha nos nos nos visitar visitar visitar nana na FEIRA FEIRA FEIRA HOSPITALAR HOSPITALAR HOSPITALAR 2013 2013 2013 2121 21 aa 24 a24 24 dede de Maio Maio Maio - Das - -Das Das 12h 12h 12h àsàs 21h às21h 21h Expo Expo Expo Center Center Center Norte Norte Norte - Pavilhão - -Pavilhão Pavilhão Azul Azul Azul - Rua - -Rua Rua D/C D/C D/C Deus Deus Deus é Fiel! é Fiel! é Fiel!


Case Study

MOINHOS DE VENTO

Emergência da Universidade Johns Hopkins. O evento foi realizado no anfiteatro do próprio hospital e promoveu o debate sobre problemas e possíveis soluções para evitar a superlotação em emergências. Entretanto, os palestrantes vieram ao Brasil para fazer uma visita técnica ao hospital, como parte do acordo de afiliação firmado em agosto de 2013 entre as instituições, para promover a troca de experiências com foco no aprimoramento da assistência clínica e da segurança do paciente. Desde que a afiliação foi formalizada, várias ações de troca de experiências foram realizadas. Equipes brasileiras foram aos Estados Unidos e equipes americanas já vieram ao Brasil, com foco no projeto de qualificação da equipe de enfermagem. Nessa oportunidade, além da equipe que visita a Emergência, outra equipe da Hopkins está trabalhando com o Instituto de Educação e Pesquisa (IEP) do Hospital Moinhos de Vento na elaboração de um plano estratégico de pesquisa para o próximo triênio. Segundo informações do hospital, o objetivo das instituições é criar um Centro de Pesquisa para apoiar especialistas brasileiros no desenvolvimento de estudos e pesquisas e facilitar o intercâmbio de informações entre os dois países. O Departamento de Emergência do Moinhos de Vento foi criado em 1998, não só para atender uma necessidade da comunidade, mas do corpo clínico e do próprio hospital. A emergência 24 horas atua com um modelo assistencial adaptado do sistema americano conhecido como ESI-V4 (Emergency Severity Index – Versão 4), cujo objetivo é prestar o primeiro atendimento de acordo com a gravidade inicial do paciente, em detrimento do cadastro por ordem de chegada.

Palavra de especialista

Jim Scheulen trabalha no setor de emergência da Johns Hopkins Medicine há 22 anos e é responsável pela operação de cinco departamentos, que englobam mais de 250 mil atendimentos por ano. Já Sarah James Scheulen James Scheulen é diretor administrativo do Departamento de Medicina de Emergência e presidente da Johns Hopkins de Emergência Serviços Médicos da Johns Hopkins Medicine. Ele é responsável pela coordenação geral e as operações dos Departamentos de Emergência, que juntos administram mais de 250 mil visitas de emergência. Ele esteve envolvido na criação do relatório do Escritório de Contabilidade do Governo Federal sobre superlotação de departamentos de emergência e do relatório de superlotação da Associação de Hospitais da América. 40

Panorama Hospitalar

Steward de Ramirez presta consultoria em todo o mundo para a melhoria da assistência pré-hospitalar e de serviços de emergência. Segundo Scheulen, departamentos de emergência do mundo todo tendem a ser muito lotados, em parte, porque há uma grande necessidade por atendimento de urgência. No entanto, em muitos lugares, a razão principal da lotação é a completa ocupação das camas por pacientes que aguardam pela internação. Se as camas do departamento de emergência são ocupadas por pacientes que estão só esperando pela internação, os demais são obrigados a esperar para ocupar essas camas. Resolver o problema da superlotação do hospital requer tempo e muita cooperação dos líderes dos hospitais e dos médicos. Só muito recentemente é que os gestores se tornaram conscientes da necessidade de gerenciar ativamente o fluxo de pacientes em todo o hospital.


MOINHOS DE VENTO

“Compartilhamos com líderes de hospitais as lições que aprendemos enquanto trabalhamos para melhorar nossas operações na Universidade Johns Hopkins”, explica Scheulen. “Além disso, podemos compartilhar com eles as ‘melhores práticas’ aplicadas em outros hospitais ao redor do mundo. Não há uma solução única. Cada hospital deve criar sua própria solução com base em suas operações.” Scheulen explica que a qualidade do atendimento de emergência depende muito do ponto de vista de cada um. Se perguntar ao paciente o que é mais importante, ele vai focar em tempo. A maior parte dos pacientes gostaria de ser vista por um médico rapidamente e ter seu problema resolvido em aproximadamente quatro horas ou menos. Pacientes também valorizam boa comunicação com doutores e enfermeiras, principalmente por que gostam de ser informados sobre seu progresso, sua condição, e sobre os planos para a sua avaliação em curso. Já se a pergunta sobre qualidade do atendimento for feita aos médicos, eles vão focar em resultados clínicos. “Eles querem ter certeza de que atingiram o diagnóstico mais preciso e que entregaram o atendimento certo em tempo hábil”, explica Scheulen. Em ano de Copa do Mundo, o sistema público de atendimento de emergência será estruturado para atender demandas de grandes proporções. Scheulen ressalta que gestão e preparação para um evento de “encontro de massas” é uma especialidade. Para o departamento de emergência, isso significa compreender que o aumento temporário da população resulta, também, no aumento de visitas aos pacientes. Os hospitais também devem estar bem preparados para gerenciar um grande número de pacientes doentes ou feridos – levando em consideração que acidentes acontecem em eventos de grandes proporções. “A solução para evitar a superlotação, é claro, depende da causa da superlotação, mas para a maioria dos hospitais, significa ser muito eficiente com forma como você movimenta os pacientes através da internação hospitalar - reduzindo a duração da internação, por exemplo”, explica Scheulen. “Também é possível resolver a superlotação ao fazer um bom planejamento e construir um departamento de emergência grande o suficiente para gerenciar a demanda de paciente.” Enfim, não há uma solução única. Cada hospital tem suas próprias questões e soluções. O departamento de emergência do Johns Hopkins Medicine atende aproximadamente 55 mil pacientes por ano. A medicina de emergência desempenha papel fundamental no sistema de atendimento de saúde, na educação e no desenvolvimento de pesquisas do núcleo. O programa de residência de medicina de emergência do hospital é um dos mais antigos dos Estados Unidos, chamado de Treinamento Especializado Avançado Focado (FAST) e tem duração de quatro anos. O corpo docente atua em organizações médicas locais e nacionais,

Case Study

como editores e escritores de livros e revistas, como conselheiros de organizações, como o Instituto de Medicina, os Centros de Controle de Doenças e o Departamento de Segurança Interna. PH

Johns Hopkins Medicine Considerado um dos melhores núcleos de sistemas de saúde integrados do mundo, o Johns Hopkins Medicine é formado pelo Hospital Johns Hopkins, fundado em 1889, e a Johns Hopkins School of Medicine, criada em 1893. Atualmente, tem seis hospitais, quatro comunidades de atendimento de saúde e centros de cirurgia, mais de 35 práticas de atendimentos especiais e primários, de assistência gerenciada e serviços de assistência domiciliar. Além disso, também desenvolve colaborações estratégicas e acordos de gestão e de afiliação no exterior, além de projetos de consultoria de curto prazo.

Março, 2014

41


Case Study

SURVEY MONKEY

Funcionário é a bola da vez Com questionário online e pesquisa de comunicação, Hospital Barra D’Or reúne dados para fomentar a gestão do conhecimento

A plataforma Survey Monkey foi escolhida pelo hospital Barra D’Or para a aplicação de questionários online, o que possibilitou uma visão completa sobre o papel de cada membro da equipe, a eficácia dos processos e a identificação de eventuais deficiências da empresa

C

om questionário online e pesquisa de comunicação, Hospital Barra D’Or reúne dados para a implantação de projetos voltados para a gestão do conhecimento Inaugurado em 1998 na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o hospital Barra D’Or foi o primeiro hospital a integrar a Rede D’Or São Luiz, que hoje é composta por 24 hospitais distribuídos no Rio de janeiro, no Recife, em São Paulo e em Brasília. O capital intelectual sempre foi avaliado pelos dirigentes do hospital como um grande diferencial para o sucesso da instituição. No entanto, ainda não havia um método de mensuração do nível de conhecimento dos funcionários a respeito

42

Panorama Hospitalar

do hospital e de suas funções, e o quanto esse conhecimento efetivamente colaborava para o crescimento do hospital, nem sobre as práticas de comunicação interna mais acessadas. A atual diretora executiva do hospital, Dra. Martha Savedra, que começou sua carreira no hospital no ano 2000 como diretora médica, estava ciente do que precisava ser aprimorado. Para ela, a excelência assistencial só é efetivamente implantada quando cultura institucional está estabelecida, por meio do capital humano, e, para isso, o desenvolvimento de práticas baseadas na gestão do conhecimento é imprescindível. “A gestão do conhe-


SURVEY MONKEY

cimento envolve criação, organização, disseminação, proteção e inovação do conhecimento dentro das organizações”, explica Dra. Martha, que, pensando em tudo isso, decidiu implantar um projeto de gestão do conhecimento, no início de 2013. A Survey Monkey foi a plataforma de pesquisa escolhida para o projeto. Na primeira fase, os conhecimentos mais críticos sobre o hospital foram avaliados, por meio de um questionário online enviado aos funcionários. As perguntas foram elaboradas de acordo com as demandas de cada função. A plataforma oferece diversificados modelos de questionários, com 15 tipos de perguntas criadas pelo usuário, incluindo escalas de classificação e múltipla escolha, ou perguntas disponibilizadas no banco de dados, que é uma biblioteca de modelos de perguntas - disponível em inglês, português e holandês, atualmente. O questionário online possibilita uma visão completa sobre o papel de cada membro da equipe, a eficácia dos processos e a identificação de eventuais deficiências da empresa. “A Suvery Mokey se mostrou uma ferramenta eficaz, de fácil acesso e extremamente amigável, para que pudéssemos iniciar a gestão do conhecimento em nosso hospital”, afirma Dra. Martha. Por ser 100% na nuvem, a plataforma não precisa ser instalada, facilitando ainda mais a utilização. Além da avaliação dos conhecimentos críticos do hospital, por meio da plataforma Survey Monkey, também foi aplicado um questionário de verificação de conhecimento. A cada protocolo institucionalizado, um questionário referente ao tema é apresentado, com o objetivo de consolidar o conhecimento e verificar qual assunto precisa ser tratado novamente e, se possível, com uma abordagem diferente. A avaliação contribuiu ainda para a consolidação do conhecimento de novas rotinas e protocolos a serem institucionalizados, além de basear a adequação do programa de educação continuada do hospital, frente às lacunas de conhecimento observadas. Outra parte da pesquisa avaliou a comunicação institucional e mostrou quais canais de comunicação são mais utilizados pelos funcionários no ambiente de trabalho. Foi possível observar que as pessoas que têm car-

Case Study

gos funcionais se comunicam prioritariamente por email enquanto outras têm como preferência a comunicação falada ou escrita. O conhecimento dessas práticas de comunicação se tornou fundamental para a organização. Ao observar a nítida preferência por utilização de meios eletrônicos, como e-mail, mensagem instantânea e SMS, de funcionários de determinadas categorias funcionais, a direção do hospital entendeu que o mais adequado seria formalizar tais práticas, apesar de já terem sido adotadas na organização. Um exemplo prático revelado pela pesquisa foi de um grupo de médicos que formou uma comunidade para a troca de mensagens instantâneas sobre casos que propiciavam dúvida diagnóstica. Como as opiniões são enviadas em curto espaço de tempo, os casos são resolvidos com mais rapidez. “As discussões e colaborações diagnósticas são riquíssimas em termos de cultura médica, inclusive com a opinião de especialistas nos casos apresentados”, conta a Dr. Martha. “Primeiramente, é preciso se adequar às práticas já utilizadas para garantir a comunicação plena e, posteriormente, implantar uma política unificada de comunicação.” O exemplo motivou a diretoria do hospital a formatar uma ferramenta muito utilizada em gestão do conhecimento, chamada de páginas amarelas, para permitir a um especialista opinar à distância, compartilhando conhecimento e aumentando a colaboração entre os membros da equipe. Os planos agora são de utilizar a plataforma Survey Monkey para conhecer as demandas dos clientes externos. “Os questionários online foram muito bem aceitos e a pesquisa de comunicação foi um marco para a tomada de decisão de importantes projetos voltados para a gestão do conhecimento em nossa organização”, conclui Dr. Martha. Atualmente, o Barra D’Or tem 167 leitos, sendo 47 leitos de terapia intensiva, emergência com especialidades clínica, cirúrgica e ortopédica, com média de 7.500 atendimentos por mês, oito salas cirúrgicas, centro de radiologia intervencionista e amplo parque tecnológico para suporte diagnóstico. Atualmente, o hospital Barra D’Or é acreditado nacional (ONA 3) e internacionalmente (Accreditation Canada). PH

A pesquisa revelou que um grupo de médicos do hospital formou uma comunidade para a troca de mensagens instantâneas sobre diagnósticos, e motivou a diretoria do hospital a formatar uma ferramenta para permitir que especialistas opinem à distância, compartilhando conhecimento e aumentando a colaboração entre os membros da equipe

Março, 2014

43


Ponto de Vista

ESTRATÉGIA

O Big Data como recurso para a gestão de saúde Libânia de Alvarenga Paes Coordenadora do Curso de Especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP)

A

o contrário de muitas outras áreas de negócios, nas quais o “achismo” prevalece, profissionais que atuam na assistência a pacientes raramente tomam decisões sem se basearem em dados e fatos – ou, pelo menos, assim esperamos que aconteça. A Saúde é uma área naturalmente baseada em Informação. Assim, como muitos termos na área de TI, o Big Data aparece como uma grande promessa para resolver problemas e melhorar o processo de tomada de decisão das empresas. É um conjunto de ferramentas matemáticas e de tecnologia que permite extrair conhecimento por meio da análise e da correlação de uma grande quantidade de dados. Grandes empresas como IBM e Google já anunciaram que conseguem prever mudanças no mercado imobiliário, financeiro e de moda. O gigante Wal Mart usa informações para alcançar sua missão global de buscar o menor preço para os clientes. Tudo isso usando “apenas” dados já existentes, tecnologia e estatística. Na área de Saúde, prevê-se o uso destas ferramentas para analisar o enorme conjunto de dados disponíveis e – por que não? – reduzir as incertezas do dia a dia e tentar prever o futuro dos pacientes e de suas patologias. Nunca tivemos tantos dados coletados como hoje. Além dos retirados dos monitores de sinais vitais ou preenchidos nos prontuários eletrônicos, temos imagens de câmeras de segurança, etiquetas de rádio frequência que identificam equipamentos e pacientes e equipamentos cada vez mais portáteis – e digitais. Já estão em uso, principalmente nos Estados Unidos, relógios que coletam sinais vitais dos pacientes. Para os smartphones, existe uma enorme gama de opções de aplicativos para pacientes, desde lembretes de medicamentos até monitores de ruídos durante o sono. E todos eles, claro, podem enviar dados para médicos e demais profissionais da saúde que acompanham pacientes.

44

Panorama Hospitalar

A questão é: se a Google usa nossas informações de busca para prever mudanças no mercado, por que não usamos todos esses dados para melhorar a oferta de serviços e o cuidado ao paciente? Uma das respostas pode ser: estratégia. Para a Google, a informação é mais que um diferencial competitivo, é o próprio negócio. Sem isso, a companhia não existe. Empresas como a Google alcançam suas missões por meio da informação. Já na área da saúde, a informação sempre foi mais importante sob o ponto de vista operacional, na beira do leito e dentro dos consultórios. Os dados são utilizados no curto prazo, apenas durante o período que servem para o atendimento ao paciente. Depois, são enterrados nos SAME [Serviço de atendimento médico e Estatística] ou em algum banco de dados. Há muitos anos as empresas do setor de saúde deixaram a estatística de lado e passaram a se preocupar apenas com o armazenamento e a organização de documentos. Os prontuários em papel, realmente, são muitos. Além disso, extrair dados para análise estatística dos formulários, muitas vezes preenchidos às pressas, não é um trabalho muito agradável – ou eficaz. Mas isso deveria ter sido solucionado com o crescimento dos prontuários eletrônicos. Entretanto, nestes sistemas, os relatórios são normalmente utilizados para decisões administrativas, enquanto que a compilação e análise estatística de dados clínicos são raras. Quando existem, são usadas para pesquisas acadêmicas. Para implantar o Big Data em uma organização, profissionais de gestão precisam entender quais são as ferramentas e as possibilidades do processo. Depois, avaliar qual é a relevância estratégica dessas análises. Se não houver a real necessidade percebida pela organização, para que investir? PH


Precisamos de um

ventilador

versátil do qual realmente podemos

depender. Dr. S. Goga, Departamento de Anestesia de KwaZulu Natal, África do Sul

Novo Savina 300 - Feito para atender às suas necessidades Em todo o mundo, os ventiladores Savina têm fornecido mais de 400 milhões de horas de ventilação com qualidade. O Savina 300 possui ventilação de turbinas que lhe dá independência de infraestrutura real e proporciona ventilação avançada e confiável mesmo em condições desafiadoras.

Para iNFormaçõeS aDiCioNaiS: www.Draeger.Com e TeL.: + 55 11 4689-4900

Dräger. Tecnologia para a Vida.


Ponto de Vista

PARE DE COMPLICAR

A Navalha de Occan: Líderes complexos, decisões complicadas Fabrizio Rosso Professor, administrador hospitalar, mestre em Recursos Humanos e sócio e diretorexecutivo da Fator RH.

M

inistrando um curso de MBA em Brasília (DF), ouvi de um gestor hospitalar a frase que me fez ter o insight para escrever esse artigo: “Para que simplificar tudo? Se você simplifica demais, torna-se desnecessário!”. Nessas horas, além de fé, que nunca pode faltar, e uma dose extra de paciência, porque tolerância zero não ensina, pelo contrário, desqualifica, é importante dar 10 passos para trás e ajudar de forma positiva o gestor a caminhar, pelo menos, um ou dois passos para frente. A experiência adquirida ao longo de 20 anos como administrador hospitalar e consultor de gestão de pessoas, além da vivência em hospitais, me levaram a estabelecer uma pequena conexão interpessoal, primeiramente, e, na sequência, a fazer uma breve divagação sobre o frade franciscano William de Ockham (que viveu no século XIV). Este frade revolucionário criou um conceito muito interessante denominado “A navalha de Occan”, o qual afirma que, para qualquer explicação de uma situação, é necessário usar somente aquilo que realmente importa para a decisão, evitando multiplicar o número de suposições. O princípio da navalha de Occan recomenda, portanto, que se escolha a teoria explicativa que tenha o menor número de premissas assumidas, pois defende que a natureza é, por si mesma, econômica, e opta invariavelmente pelo caminho mais simples. Um gestor que insiste em aumentar o número de variáveis, dificulta a tomada de decisão e gera confusão. Resumindo e traduzindo, a partir da minha própria leitura gerencial, “se não for simples e útil, passe a navalha de Occan!”. Pare de complicar. Infelizmente, ainda hoje o que falta é visão de liderança e ferramentas estratégicas de pessoas e

46

Panorama Hospitalar

equipes dentro do hospital – como, por exemplo, a Gestão por Competências, o melhor modelo no mercado para gerenciar pessoas e resultados de alta performance. E se as palavras parecem mera retórica, posso contar mais um caso, o de um hospital filantrópico no Estado de São Paulo que resolveu fazer a avaliação de desempenho por competências de mais de mil funcionários. Como o hospital é filantrópico, o diretor mandou fazer toda a avaliação em papel, afinal, “ter um sistema ou uma ferramenta de gestão custa caro”. Ledo engano. O Gerente de Recursos Humanos, que também não tinha tanta visão de negociação, acatou a ordem passivamente. Resultado: em agosto de 2013 eles fizeram a avaliação de todos os colaboradores e quando fui dar um curso de liderança na instituição, em outubro, perguntei sobre os resultados gerenciais e ouvi do gerente de RH que “desde agosto estamos em uma força tarefa para digitalizar as avaliações em planilhas de Excel et, se Deus ajudar, antes do Natal já teremos uma ‘prévia’ dos resultados”. Nesse ponto, a frase do executivo do MBA e da diretoria dessa insituição convergem. As duas, no entanto, precisariam urgentemente de uma bela Navalha de Occan. No fundo, ou eles complicam, ou usam o discurso de que nunca têm dinheiro, assim confundem e mantém toda a equipe cega – porque com apenas um olho eles continuam reis! E se você conhece alguém assim, a dica é: pergunte se ele(a) conhece um frade inglês chamado Ockham e a sua Navalha. Como a resposta será muito provavelmente “não”, então faça um discurso sobre o artigo que você acaba de ler e ofereça a ele(a) uma cópia de presente. Não custa tentar. PH


Entre no mundo digital com a Agfa HealthCare Perfeita solução para instituições de pequeno e médio porte que desejam migrar para o mundo digital.

CR 30-Xm

• Ideal para diferentes aplicações: Mamografia, Radiografia Geral, Ortopedia, Perna e Coluna Completa e Odontologia. • Alta qualidade de imagem para mamografia digital • Digitalizador de mesa, versátil para ambientes descentralizados • Alta eficiência no fluxo de trabalho • Fácil instalação e manutenção

Produto registrado no MS/ANVISA sob no. 80497200010

CR 10-X

• Ideal para aplicações de Radiografia Geral, Ortopedia, Perna e Coluna Completa e Veterinário. • Digitalizador compacto de mesa para ambientes descentralizados de Radiologia • Permite a instalação em unidades móveis • Digitalizador robusto de fácil instalação e manutenção

Saiba mais sobre Agfa HealthCare:

www.agfahealthcare.com


Update

TECNOLOGIA 3D

Tecnologia 3D é tema de livro Publicação mostra como a impressão em terceira dimensão pode ser aplicada em áreas da ciência e apresenta pesquisas e projetos brasileiros baseados no uso dessa tecnologia

R

enomados pesquisadores de diferentes áreas científicas se reuniram para lançar o livro “Tecnologias 3D: desvendando o passado, modelando o futuro”. A obra pretende apresentar ao público como a técnica de impressão em terceira dimensão pode ser aplicada em diversas situações, desde o acompanhamento do pré-natal, passando pelo estudo de espécies de plantas ou animais, até uma grande descoberta arqueológica. Pesquisas e projetos brasileiros baseados no uso da tecnologia 3D, desenvolvidos recentemente, também fazem parte do estudo. Publicado pela Editora Lexikon, em dezembro de 2013, o livro tem autoria assinada por Jorge Lopes, designer industrial da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio); Antônio Brancaglion, arqueólogo; Sérgio Alex Azevedo, pesquisador do Museu Nacional; e Heron Werner, ginecologista e obstetra especialista em medicina fetal do Alta Excelência Diagnóstica. A diversidade dos temas e a linguagem simples formam uma leitura descontraída e repleta de curiosidades sobre as áreas de arqueologia, paleontologia, medicina, biologia e design, entre outros assuntos, divididos em 247 páginas e 10 capítulos ilustrados. “A cada capítulo, os leitores são remetidos a uma viagem no tempo e no espaço. Nela poderão conhecer mais sobre a era dos dinossauros, aldeias pré-históricas, tumbas de faraós e

48

Panorama Hospitalar

outros locais e períodos fascinantes da história”, enfatiza Heron Werner. Segundo o médico, o objetivo do livro é compartilhar a aplicabilidade da técnica de impressão 3D em áreas multidisciplinares, mostrando a amplitude e a capacidade de adaptação ao cotidiano da população. “A tecnologia 3D representa o futuro da ciência, pois permite uma análise profunda a partir da reconstrução e reprodução virtual e material, tanto de objetos como de seres vivos”, afirma. O conteúdo é resultado de pesquisas conduzidas em diferentes laboratórios do Rio de Janeiro, dentre eles a Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), que disponibilizou equipamento de ressonância magnética para a obtenção das imagens tridimensionais, que também foram obtidas por meio de software de modelagem e por scanners 3D. O livro, que conta com a participação de outros pesquisadores espalhados pelo mundo, será distribuído em universidades brasileiras e internacionais como leitura paradidática de diversos cursos superiores. Ficha Técnica: “Tecnologias 3D: desvendando o passado, modelando o futuro” – livro ilustrado e bilíngue. Autores: Jorge Lopes, Antônio Brancaglion, Sérgio Alex Azevedo e Heron Werner. Editora: Lexikon. PH


Sistemas ERP integrando todo o seu negócio Desenvolvemos sistemas integrando todos os processos operacionais, administrativos e gerenciais da empresa, aperfeiçoando o fluxo dos processos de trabalho, controlando e garantindo confiabilidade nas informações de forma rápida.

www.vpgroup.com.br contato@vpgroup.com.br Solicite uma visita: (11) 4197-7500 comunicação integrada


Agenda

FIQUE POR DENTRO

PRÓXIMOS EVENTOS ÌÌ VIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA 1º a 22 de março Local: Serrano Gramado Hotel - Avenida das Hortênsias, 1480, Centro, Gramado (RS) Realização: Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Contato: fernanda@ccmew.com / (51)3086-9100

ÌÌ XXII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE HEMOTERAPIA E TERAPIA CELULAR 21 e 22 de março Local: Hospital Israelita Albert Einstein - Av. Albert Einstein, 627 - Morumbi, São Paulo (SP) Realização: Hospital Israelita Albert Einstein Contato: (11) 2151-1001

ÌÌ CONGRESSO DE ATUALIZAÇÃO DE ANESTESIOLOGIA USP 2014 21 a 23 de março Onde: Centro de Convenções Rebouças - Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 23; São Paulo (SP) Realização: Disciplinas de Anestesiologia das Faculdades de Medicina da USP de São Paulo e de Ribeirão Preto Contato: daniela@ccmew.com/ (11) 3061 1495

ÌÌ CONGRESSO INTERNACIONAL DE HUMANIDADES E HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE 31 de março a 1º de abril Onde: Centro de Convenções Rebouças - Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 23; São Paulo (SP) Realização: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Hospital das Clínicas da FMUSP Contato: (11) 3284-6680 /humanizacao@hybrida.com.br

50

Panorama Hospitalar

ÌÌ MBA EXECUTIVO EM GESTÃO DE SAÚDE EINSTEIN – INSPER 21 de julho de 2014, com duração de 24 meses, as segundas e quartas-feiras Onde: Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Rua Quatá, 300, Vila Olímpia - São Paulo (SP) Realização: Hospital Albert Einstein e Insper Contato: pos@einstein.br / (11) 2151-1001

ÌÌ CURSO DE QUALIFICAÇÃO PARA COMPRADORES DA ÁREA DA SAÚDE 14 a 15 de março Onde: São Paulo (SP) Realização: Conduta Saúde Contato: condutasaude.com.br /(11) 2501-8606 2o. Curso de Administração de Clínicas e Consultórios Quando: 15 de março a 10 de maio (aos sábados) Onde: Avenida Paulista, 1159 – 16º andar Realização: Interact – Gestão de negócios Contato: www.interact-consult.com.br/ (11) 5686-5577

ÌÌ 2O CURSO DE EXTENSÃO EM DIREITO MÉDICO E DA SAÚDE Início em 17 de março, duração de 1 semestre letivo, às segundas-feiras, ou online Onde: Rua Santa Rita Durão, 1.143, 5º andar; Belo Horizonte (MG) Realização: Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais Contato: (31) 3223-4133

ÌÌ EFEMÉRIDES 10 - Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo 21 – Dia Nacional da Síndrome de Down 24 – Dia Mundial de Combate a Tuberculose 31 – Dia Nacional da Nutrição


O MELHOR DA TECNOLOGIA E GESTテグ HOSPITALAR, na plataforma que vocテェ escolher:

Revista digital

|

Portal web

|

Redes sociais

siga-nos em: facebook.com/panoramahospitalar

twitter.com/PanoramaHosp

www.revistapanoramahospitalar.com.br


Update

EDUCAÇÃO

Soluções para Medicina

Soluções Sony. Alta tecnologia, qualidade e performance para Medicina. Telemedicina

Monitores OLED Monitores e equipamentos 3D

Monitores para radiologia Câmeras

Impressoras Gravadores Para mais informações, acesse:

www.sonypro.com.br 52

Panorama Hospitalar

FilmStations

©2013 Sony Corporation. Todos os direitos reservados. As características e especificações estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. “SONY” é uma marca comercial da Sony Corporation. Imagens meramente ilustrativas.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.