Panorama Gestão - Tecnologia - Mercado
Ano 2• No 17 • Julho/2014
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Complexo Hospitalar de Niterói inicia projeto de expansão
entrevista: Renato Sargo, do Hospital Augusto de Oliveira Camargo, vence o 10ª Prêmio FBAH de Administradores Hospitalares na categoria Hospital Filantrópico
Alta tecnologia aliada à melhor relação custo benefício.
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Editorial
Panorama Edição: Ano 2 • N° 17 • Julho de 2014
Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7732 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500 Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7724
E o que vem depois?
Fernando Melhado e. fernando.melhado@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7723 Luciano Itamar Souza e. Luciano.itamar@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7721 Editora Keila Marques e. keila.marques@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7739 Repórter Carolina Spillari e. carolina.spillari@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7741 Conselho Técnico Dr. Gonzalo Vecina Neto, Dr. Eustácio Vieira e Dra. Pina Pellegrini Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.77 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7728 Marketing Tomás Oliveira e. tomas.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7762 Graphic Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Flávio Bissolotti e. flavio.bissolotti@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7762 Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7726
A
Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 registrou 17.042 atendimentos dentro e fora dos estádios. Destes, 7.055 atendimentos ocorreram nas arenas, com apenas 192 remoções para unidades de saúde. Somente 0,2% dos 3,4 milhões de torcedores necessitaram de algum tipo de atendimento de saúde durante os 64 jogos realizados. O percentual é menor do que o esperado em comparação com o histórico registrado nas Copas do Mundo realizadas em outros países. Os dados são do Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde Nacional (CIOCS), do Ministério da Saúde (MS), e foram apresentados por Arthur Chioro durante balanço sobre o Mundial no Brasil. Para o Ministro da Saúde, o grande legado é a capacidade cada vez mais qualificada de uma ação integrada entre ANS, operadoras de planos de saúde, Anvisa, secretarias municipais e estaduais de saúde, sob a coordenação do MS, para atuar em eventos de massa com qualidade e segurança”, disse. O legado do Mundial para a Saúde, segundo o Ministro, é a capacidade de integração entre Associações, empresas do setor e o poder público em prol de um objetivo comum. Esse comprometimento é exatamente o que esperamos do resultado das próximas eleições. Que o comprometimento com a melhoria da prestação de serviços de saúde seja uma constante em nosso País. Aproveite a leitura!
Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br t. +55 (11) 4197.7762 A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online s. www.revistapanoramahospitalar.com.br Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: Duograf
comunicação integrada
Keila Marques Editora
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Julho, 2014
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Sumário
nesta edição
NotÍcias wizefloor/panasonic
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Piso interativo ajuda crianças em hospitais Santa Catarina
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inaugura centro de endometriose ans
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Definido o limite de reajuste dos planos de saúde individuais
Mundo hospitalar
Siemens
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Museu de tecnologia médica é inaugurado na Alemanha
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Konica Minolta
CHN
Um relato sobre o atual processo de inovação e crescimento da instituição
Foco na liderança abimo
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e o cenário atual da indústria de Saúde
Produtos e Serviços ibaby monitor
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Orion Digital planisa H. Strattner
Tecnologias que beneficiam pacientes
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12 ENTREVISTA
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Renato Sargo
é superintendente do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) e foi vencedor do 10º Prêmio FBAH de Administradores Hospitalares na categoria Hospital Filantrópico
Case Study santos dumont
Administração sustentável de energia elétrica
amil
Aposta na prevenção de doenças
Ponto de vista
28 Éber Feltrim PANORAMA HOSPITALAR...sob a ótica do paciente! 30 Carlos Alberto P. Goulart Os efeitos das políticas industriais no setor 32 Fernando L. Motta dos Santos
Por que projetos fracassam? Parte 2
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Panorama Hospitalar
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livro
AGENDA
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Versatilidade Wireless. Melhor atendimento ao paciente. Agora você consegue reduzir a dose, obter a melhor qualidade de imagem e melhorar o atendimento ao paciente em todas as aplicações de radiografia geral, tudo isso com os novos recursos do Flat Panel Wireless Aero DR. Projetado e fabricado 100% pela Konica Minolta, e apoiado pela nossa aclamada indústria de serviços, a versatilidade do Aero DR significa que você pode rápida e facilmente converter equipamentos analógicos existentes, salas fixas ou equipamentos portáteis, em soluções totalmente digitais. Venha conhecer e se encantar pelo nosso Aero DR.
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Notícias
Crédito: WizeFloor
Piso interativo ajuda crianças em hospitais
WizeFloor e projetores da Panasonic ajudam crianças a se recuperarem mais rapidamente em escolas, hospitais e creches dinamarquesas. É o caso do hospital universitário Hans Christian Andersen Children, que foi a primeira instituição na Dinamarca a instalar o sistema. “Desde que o ‘tapete interativo’ foi instalado, os pequenos se motivaram a sair de suas camas”, comenta Arne Host, do Christian Andersen Children. “Além disso, sabemos que crianças felizes e estimuladas se recuperam mais rapidamente”. O WizeFloor é uma solução desenvolvida pela empresa Danish Solutors em cooperação com Alexandra Institute que transforma um solo comum em uma experiência interativa e estimulante, ao movimento, à criatividade e a comunicação através de jogos. Combinada com os projetores Panasonic PT-VX500 e PT-DX610, a plataforma pode ser instalada no solo, sob um cristal ou suspensa no teto, permitindo a visualização de diferentes aplicações. Assim, as crianças utilizam suas mãos e pés para interagir com as imagens mostradas no solo. A solução é administrada com um pacote de software interativo que permite ao usuário criar seus próprios jogos de aprendizagem, no qual é possível incluir áudio, texto e imagens. PH
Hospital Santa Catarina inaugura centro de endometriose
O
Hospital Santa Catarina inaugurou no último mês de Junho um Centro de Endometriose. Localizada na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), a unidade conta com equipe multidisciplinar composta por psicólogas, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de imagem, além da coordenação-geral do ginecologista Alexander Kopelman, formado pela Escola Paulista de Medicina. O centro oferece infraestrutura completa para o diagnóstico e tratamento da doença. A endometriose é caracterizada pela presença do endométrio (tecido que reveste o útero internamente) fora da cavidade uterina, causando uma reação inflamatória crônica. Casos mais graves podem exigir intervenção cirúrgica, como a cirurgia laparoscópica. “A união de diversos profissionais especializados no tratamento da doença ajuda na obtenção de resultados mais efetivos”, ressalta o Dr. Kopelman. O Hospital Santa Catarina é uma instituição filantrópica e faz parte da Associação Congregação de Santa Catarina. PH
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Panorama Hospitalar
Crédito: Tomás Rosolino
Notícias
Definido o limite de reajuste dos planos de saúde individuais
A
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) limitou em 9,65% o índice máximo de reajuste a ser aplicado aos planos de saúde médico-hospitalares individuais ou familiares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. O percentual é válido para o período de maio de 2014 a abril de 2015 e incide sobre os contratos de 8,8 milhões de consumidores, o que representa 17,4% dos consumidores de planos de saúde no Brasil. O índice de reajuste autorizado pela ANS pode ser aplicado somente a partir da data de aniversário
de cada contrato. É permitida a cobrança de valor retroativo caso a defasagem entre a aplicação e a data de aniversário seja, no máximo, de quatro meses. Deverão constar claramente no boleto de pagamento o índice de reajuste autorizado pela ANS, o número do ofício de autorização da ANS, nome, código e número de registro do plano, bem como o mês previsto para aplicação do próximo reajuste anual. A relação dos reajustes autorizados encontra-se disponível na página da ANS na internet www.ans.gov.br.
Museu da Siemens é inaugurado na Alemanha
Crédito: Siemens
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museu de tecnologia médica da Siemens foi inaugurado em junho, na Alemanha, para apresentar o desenvolvimento de tecnologias na área da Saúde, setor no qual a multinacional desempenha papel fundamental há mais de 160 anos. Inovações importantes e seus inventores são apresentados em formato multimídia, a fim de contar a história da tecnologia médica, desde os meados do século XIX até os dias de hoje. O espaço histórico expõe peças selecionadas, como os primeiros sistemas Siemens de raios-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética, ao mesmo tempo em que fornece informações
explicativas sobre a origem e funcionalidade das tecnologias. O Siemens MedMuseum apresenta ainda o desenvolvimento das várias tecnologias, como diagnósticos por imagens e laboratoriais, destacando figuras pioneiras neste processo. “São as pessoas que, com espírito inventivo e dinamismo ao longo de 160 anos, fizeram da nossa empresa o que ela é hoje”, diz Michael Sen, Executivo-Chefe de Finanças da Siemens Healthcare. Muitas estações dispõem de tablets que oferecem informações e imagens adicionais aos visitantes, como um mapa-múndi digital que ilustra como a Siemens Healthcare se desenvolveu globalmente. PH Julho, 2014
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Notícias
Foco na liderança
David Widmann, presidente da Konica Minolta Medical Imaging: “Vamos atender necessidades específicas de nossos clientes brasileiros”
A meta da Konica Minolta é liderar a transição da radiografia analógica (CR) para a radiografia digital (DR) no Brasil
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unto de seus distribuidores e revendedores no Brasil, a Konica Minolta tem como objetivo se tornar a principal fornecedora de DR no País. A meta da companhia é liderar a transição da radiografia computadorizada (CR) para a radiografia digital (DR). De acordo com David Widmann, presidente da Konica Minolta Medical Imaging, a participação da companhia no mercado brasileiro aumentou quatro vezes em 2013. Ele espera que até o final do ano de 2014, o Brasil represente mais da metade dos negócios da empresa na América Latina. “O Brasil é o mercado mais importante da América Latina para a Konica Minolta Medical Imaging, por isso nos esforçamos para atender as necessidades dos clientes brasileiros”, diz Widmann. “Nosso portfólio tem soluções tanto para médicos que usam métodos baseados em filmes tradicionais quanto para aqueles que mudaram para sistemas de radiografia digital.”
Prêmio de melhor distribuidor A Konica Minolta Medical Imaging apresentou suas soluções de imagem primária para o mercado brasileiro, incluindo o sistema AeroDR de radiografia digital sem fio, na 44ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR), realizada no início de maio, em São Paulo (SP). Aproveitando a passagem pelo Brasil, a companhia reuniu seus três distribuidores no País, Film Service, RP Medical e Office Total. Cerca de 90 pessoas participaram do evento, incluindo a equipe da Film Service que recebeu o prêmio de melhor distribuidor. 8
Panorama Hospitalar
O Diretor Executivo da Film Service, Ali Davidson Gusmão, falou sobre a parceria com a fabricante. “A Konica Minolta está preparada para ajudar o mercado brasileiro na transição de imagens médicas para o ambiente digital. A empresa nos fornece a melhor solução técnica e comercial, superando todas as nossas expectativas. Para a Film Service é uma honra receber o prêmio de melhor distribuidor da Konica Minolta Medical Imaging no Brasil.” Para Renan Perantoni, diretor executivo da RP Medical, “a Konica Minolta, com seus parceiros de revenda, está fornecendo uma grande contribuição para o mercado de imagem primária”. E para aumentar a sinergia com os parceiros da companhia no País, um showroom em Santos, cidade do litoral paulista, foi aberto e vai reforçar ainda mais a relação com os utilizadores finais das soluções para a área clínica.
Lançamentos Os visitantes do estande da Konica Minolta na JPR tiveram a oportunidade de ver o AeroDR, que pesa apenas 6,3 quilos, e incorpora um design desenvolvido com a tecnologia Lithium Ion Capacitor que aumenta o ciclo de vida, e do carregamento, do painel. Por ser sem fio, o equipamento recebe e envia informações via wireless. Com um detector que se encaixa em suportes existentes e bandejas de bucky sem exigir modificações, o AeroDR fornece alto valor econômico ao ajudar a maximizar o investimento em equipamentos de raios-X já existentes. PH
Notícias
“Falta isonomia tributária para o crescimento da indústria” Em entrevista à Panorama Hospitalar, Paulo Fraccaro, presidente da Abimo - Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios, fala sobre o cenário atual da indústria de Saúde, oportunidades para as empresas do setor e inovação. Confira! “Sem um crescimento significativo, aliado a falta de isonomia, torna-se muito difícil visualizar um futuro promissor para o setor de Saúde”
Como você avalia o atual cenário da indústria de equipamentos médicos-hospitalares? Considerando o período entre 2009 e2013, os segmentos representados pela Abimo têm tido desempenho mais positivo que a média da indústria de transformação. Essa observação é válida para todos os principais indicadores econômicos abordados nos estudos de mercado da Associação, como: geração de emprego, crescimento da produtividade, faturamento e PIB. Esse bom desempenho esteve ancorado no aumento da produtividade do setor, elemento essencial para garantir a continuidade da expansão em um contexto de penetração crescente das importações. Porém, houve uma pequena retração no faturamento, registrada em 2013. Quais são os principais entraves para o crescimento dessa indústria? Com toda a certeza é a falta de isonomia tributária com os equipamentos importados, o que agrava o déficit da nossa balança comercial. A indústria brasileira tem enfrentado crescente pressão competitiva por conta do aumento da participação dos produtos importados no mercado nacional. No comércio exterior, nossos dados mostram que se manteve a tendência de agravamento do déficit na balança setorial. Em 2013, as importações voltaram a crescer, enquanto as exportações recuaram pelo segundo ano consecutivo, a despeito da desvalorização do real. O desequilíbrio no comércio exterior dos segmentos representados pela Abimo voltou a aumentar no último ano. O déficit comercial do setor passou de US$ 3,7 bilhões em 2012 para US$ 4,1 bilhões em 2013. Sem um crescimento significativo, aliado a
falta de isonomia, torna-se muito difícil visualizar um futuro promissor para o segmento. Por outro lado, onde estão as oportunidades das empresas desse setor? As oportunidades estão e estarão concentradas em setores como o de tratamento de Câncer, Ortopedia, Cardiologia e Geriatria, pois o envelhecimento da população é inquestionável e, portanto, devemos estar preparados para esta situação. Como as empresas estão se tornando mais competitivas no mercado brasileiro? Com certeza, investindo em inovação. Nos últimos anos, as empresas estão vendo a inovação como um diferencial para seu crescimento, garantindo assim, novos mercados e a sobrevivência no setor. Esse diferencial competitivo, a Abimo busca promover, através do Prêmio Inova Saúde. A inovação tecnológica é objetivo estratégico das principais economias do sistema mundial moderno, demandando alto grau de articulação entre empresas, associações e Estados. Qual é o melhor caminho para o fomento da inovação no País? O Brasil, apesar do atraso e da timidez dos investimentos, entra na agenda da inovação tecnológica e, com isso, concentra esforços para a criação de ambiente institucional propício à inovação, por meio de políticas industriais e arranjos legais que visam fornecer o máximo de segurança aos atores da inovação. A Abimo acredita que incentivar a indústria nacional, independentemente do porte ou da área de atuação, favorece o país. Entretanto, as fontes de financiamento para atender a inovação ainda não são suficientes. PH Julho, 2014
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Produtos e Serviços
Videomonitoramento via IP O iBaby Monitor M3 - I0150.00 da Incoterm combina uma câmera de vídeo e um servidor de web para o envio de vídeos através de uma rede local ou via wireless. O diferencial é que não só o computador de mesa recebe as imagens instantaneamente, mas também dispositivos móveis como iPhone, iPod touch e iPad. É possível criar uma rede de monitoramento com até quatro dispositivos móveis e quatro controles de usuários. A câmera captura imagens em um ângulo de 350° na horizontal e 70º na vertical. Possui alerta para movimento ou choro do bebê e LED infravermelho para visão noturna. Tem 111milímetros de altura e 110 milímetros de largura e pesa 358 gramas. Um CD de instalação para PC e um App gratuito disponível na App Store também acompanham o iBaby Monitor.
Administração de clínicas na nuvem
Crédito: Divulgação Incoterm
O ClinicCloud é o novo lançamento da Orion Digital, especializada em soluções de tecnologia da informação para a área de Saúde. Desenvolvido com o conceito de computação em nuvem, ou Cloud Computing, o foco da solução está na administração de clínicas e consultórios médicos. Ele engloba funcionalidades desde o atendimento ao paciente até o faturamento. Para isso, a solução oferece ferramentas para gerenciamento e agendamento de consultas, criação de listas de espera e consulta ao histórico de pacientes. Também fornece uma visão global de metas e desempenho dos atendimentos realizados, permitindo o controle de todo o fluxo de faturamentos conforme o padrão TISS. É possível acessar o ClinicCloud de qualquer máquina com acesso à internet e monitorar o acesso de cada usuário da solução.
Gestão Estratégica de Custos A Planisa lançou uma nova solução para Gestão Estratégica de Custos, a HeCos (Health Costs Manager). O foco da solução está em grupos de hospitais de pequeno e médio portes, clínicas e serviços de diagnósticos. A plataforma é 100% web, tem alta escalabilidade na nuvem e pode ser acessada em qualquer lugar. O HeCos foi concebido para viabilizar a gestão de custos, capacitação e benchmarking a um universo de hospitais e clínicas que até o momento não tinham acesso a essas facilidades. Segundo o presidente da Planisa, Afonso de Matos, a empresa disponibiliza informações padronizadas para grupos de no mínimo 20 hospitais por região ou estado, fóruns de capacitação a cada três anos e comparação e análise dos indicadores de custos do grupo. Com essa solução, os hospitais podem trocar informações utilizando ferramentas de apoio.
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Panorama Hospitalar
Entrevista
renato sargo
Destaque na
Gestão Filantrópica
Por Keila Marques
Renato Sargo é superintendente do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) e foi vencedor do 10º Prêmio FBAH de Administradores Hospitalares na categoria Hospital Filantrópico
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encedor do 10º Prêmio de Administração Hospitalar, na categoria Hospital Filantrópico, realizado pela Federação Brasileira de Administradores Hospitalares neste ano, Renato Sargo, atribui este reconhecimento ao desempenho do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC), do qual é superintendente, e da Fundação Leonor de Barros Camargo, mantenedora da instituição - ambas localizadas em Indaiatuba (SP). Renato é descendente de italiano e português e nasceu na cidade de São Paulo, em 28 de maio de 1948. Formou-se em Administração de Empresas e entrou no setor de Saúde em 1977, ao construir junto com um amigo formado em Medicina, o Pronto Socorro Jardim Paulista (PS), na capital paulista. Hoje ele ainda ocupa o cargo de diretor superintendente no PS. É membro do Comitê de Estudos e Pesquisas com Seres Humanos, junto do Hospital Santa Paula, e da mesa curadora da Fundação Leonor de Barros Camargo. Ele conta nessa entrevista um pouco de sua história e, também, das mudanças e melhorias ocorridas no HAOC nos últimos 17 anos, período no qual ele tem atuado como gestor. PH - Você é formado em Administração de Empresas. Como se deu o início da sua carreira no setor de Saúde? Renato - Formei-me em Administração de Empresas pelo Mackenzie em 1969. Fui convidado para trabalhar em uma unidade da Frota Nacional de Petróleos, subsidiária da Petrobrás de Manaus, como diretor financeiro. Ocorre que a indústria naval tem o maior volume de acidentes de trabalho e, como o estaleiro ficava distante da cidade, decidi montar um Pronto Socorro na Empresa. Ao voltar para São Paulo encon-
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Panorama Hospitalar
trei-me com um colega de colégio, formado em medicina pela USP, e juntos decidimos montar o Pronto Socorro Jardim Paulista, em 1977. No estabelecimento, que funciona até hoje, ocupo o cargo de diretor superintendente. Sempre lutei por meus objetivos, ainda jovem iniciei minha empreitada na área da Saúde. PH - Como você vem contribuindo para o HAOC desde que assumiu a Diretoria? Renato - Sou superintendente do Hospital Augusto de Oliveira Camargo há 17 anos e membro da Fundação Leonor de Barros Camargo desde 1986. Quando assumi a Diretoria do Hospital passei a contribuir para o desenvolvimento da instituição e posso desctacar melhorias como, o aumento de quatro para 23 leitos na Unidade de Terapia Intensiva; a ampliação da área física do hospital de nove mil metros quadrados para 18 mil metros quadrados; a construção, e a instalação de equipamentos, do novo Pronto Socorro do HAOC, o que permitiu potencializar a capacidade de atendimento de nove mil para 15 mil pacientes por mês. PH - Quais outras melhorias foram realizadas durante a sua gestão? Renato – Criamos o Plano Haoc Saúde, contribuindo para a sustentabilidade do hospital e valorizando o profissional da saúde; criamos a UTI Neonatal, com duas novas alas e 18 apartamentos; reequipamos todo o HAOC com tomografia computadorizada, arco cirúrgico e litotripsia; criamos o departamento de Cardiologia e o laboratório de análises clínicas; montamos uma usina de oxigênio; instalamos um aparelho de vídeolaparoscopia; reformamos todas as alas de atendimento do SUS; ampliamos e reformamos o centro cirúrgico que passou de três para sete salas de
RENATO SARGO.
Entrevista
As contas SUS nunca fecham e as instituições têm que procurar outras fontes de receita; quer desafio maior que este?”
cirurgias. Com isso conseguimos fazer 500 cirurgias por mês. O mesmo centro cirúrgico encontra-se em fase de ampliação, e as obras estão na reta final. PH - De quais conquistas do hospital você se orgulha de ter participado? Renato - De todas as conquistas após esses 17 anos, orgulho-me muito de ter participado da construção do novo Pronto Socorro, que foi ampliado e modernizado para oferecer um atendimento de qualidade à população que utiliza o Sistema Único de Saúde. Também criamos o departamento de Oncologia e agora contamos com um espaço para a Hemodiálise e para a Cardiologia, e temos também a alta complexidade da Neurologia. Podemos dar destaque ainda ao embrião de uma Faculdade de Medicina, após a transformação do HAOC em Hospital Escola, a partir da instituição de Residências Médicas iniciadas neste ano de 2014. PH - O HAOC fechou dois convênios recentemente. Qual é o objetivo dessas parcerias? Renato - Visualizando o crescimento de Indaiatuba firmamos dois convênios que resultarão em repasses para o HAOC, sendo o primeiro com a Funerária Mattioni [localizada em Idaiatuba] para a construção do Cemitério Jardim Memorial em uma área de 62 mil metros quadrados. O segundo foi fechado com a Faculdade Max Planck [também em Idaiatuba] em uma área de 30 mil metros quadrados, com o compromisso de promover cursos na área da Saúde, inclusive o de Medicina. PH - O Estatuto da Fundação Leonor de Barros Camargo não permite que o Hospital seja gerido por pessoas que não pertencem à família Oliveira Camargo. Qual é a sua relação com a família? Renato - Sim, o Estatuto permite que o partícipe da Fundação seja parente direto das famílias Paula Leite e Oliveira Camargo, ou seus agregados. No caso, sou um agregado, casado com Regina de Paula Leite Moraes Sargo, bisneta de Leonor de Barros Camargo. O pai de minha esposa era sobrinho de Leonor por parte de mãe e sobrinho de Augusto de Oliveira Camargo por parte de pai. PH - A origem do Hospital é interessante. Você pode contá-la? Renato - A história do casal que criou o hospital para a população de Indaiatuba é muito interessan-
te. Augusto, filho de Agostinho Rodrigues Camargo e Francisca Amália de Camargo, casal de destaque da antiga sociedade paulistana, passou a administrar a propriedade agrícola da família, localizada em Indaiatuba, após concluir seus estudos. Já Leonor era filha de Francisco de Paula Leite de Barros e Maria de Almeida Prado Sampaio, virtuosa família ituana. O casal, que não teve filhos, sempre buscou realizar obras filantrópicas, sendo o Hospital Augusto de Oliveira Camargo a de maior destaque. O estatuto da Fundação foi feito com tanta visão e consistência que possibilitou não apenas proteger a instituição ao longo dos anos, como também viabilizar seus desdobramentos até hoje. PH - Quais são os principais desafios de um superintendente à frente de um hospital de gestão familiar? Renato - Acredito que, independentemente de ser uma gestão familiar ou não, a gestão deve ser, em primeiro lugar, profissional. Temos muitos desafios, mas o principal deles é manter o atendimento médico hospitalar à população de Indaiatuba e região com dignidade, sempre buscando a qualidade dos serviços, tanto da equipe médica quanto de equipamentos. PH - Você foi premiado na categoria ‘Hospital Filantrópico’ No 10º Prêmio FBAH. A que você atribui este reconhecimento? Renato - Foi com muita felicidade que recebi essa premiação, fiquei muito honrado. Realmente, atribuo esse reconhecimento ao desempenho, não só do Hospital Augusto de Oliveira Camargo, mas também ao desempenho da própria Fundação Leonor de Barros Camargo, que passou, nesses 17 anos em que estou na superintendência, de um patrimônio líquido de R$ 18 milhões para aproximadamente R$ 780 milhões. O número é significativo e só foi possível alcançá-lo com muito trabalho e dedicação de todos os envolvidos. PH - Quais são seus planos para o HAOC? Renato - Que o hospital continue atendendo à população como deve ser atendida e evoluindo as ciências médicas em conformidade com a evolução mundial. PH - Quais são os desafios da administração de um hospital filantrópico? Renato - São vários. Hoje quase 80% dos pacientes que procuram o SUS são atendidos pelas Instituições Filantrópicas e Santas Casas. As contas SUS não feJulho, 2014
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Entrevista
renato sargo
Renato Sargo, superintendente do HAOC: “Foi com muita felicidade que recebi o 10º Prêmio FBAH, e atribuo esse reconhecimento ao desempenho do Hospital e da Fundação”
cham nunca, de modo que essas instituições têm que procurar outras fontes de receita para equilibrar suas contas. Querem um desafio maior que este? Manter um hospital equipado com modernidade, atendendo dignamente sua população sem que suas contas batam já é um grande desafio. PH - A maioria dos hospitais filantrópicos faz mais atendimentos para o SUS do que a legislação exige (60%). Por quê? Renato - Hoje nosso hospital atende de 78% a 82% de pacientes SUS. A União, ou seja, o Governo Federal, diz que para um hospital Filantrópico ter a condição de Filantrópico tem que atender o mínimo de 60% de sua capacidade de pacientes SUS, porque o governo sabe que se não deixar em aberto o atendimento de 40% para outros convênios, dificilmente os hospitais conseguirão ter verba para quitar todas as suas despesas. PH - Como a Tabela de Procedimento do SUS interfere nos processos e resultados do hospital? Renato - No nosso hospital interfere com menos intensidade porque temos outras receitas inseridas nos 24% a 18% de atendimentos realizados para pacientes que não pertencem ao SUS. Mas, de qualquer maneira, um hospital Filantrópico recebe de procedimento do SUS mais ou menos 1/3 do que custa este
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Panorama Hospitalar
procedimento para a instituição. Neste caso é muito importante, principalmente nos municípios cuja gestão de saúde é municipalizada, o gestor do hospital ter um relacionamento muito bom com o poder público naquele município. PH - Quais são as principais reivindicações dos hospitais filantrópicos hoje? Por quê? Renato - A principal reivindicação dos hospitais Filantrópicos e Santas Casas hoje é a atualização das Tabelas SUS. Em razão de a tabela estar defasada em muitos procedimentos, e há muitos anos, nem sempre existe a possibilidade de se oferecer tratamentos mais modernos aos pacientes.
História do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) O HAOC foi fundado em 1933, sendo o primeiro hospital de Indaiatuba, cidade localizada no interior de São Paulo. É mantido pela Instituição Beneficente Augusto de Oliveira Camargo, atual Fundação Leonor de Barros Camargo, criada após a inauguração do hospital. Registrado no Conselho Nacional de Assistência Social, o HAOC presta atendimento à população carente da cidade e região, obedecendo à vontade de seus fundadores, o casal Augusto de Oliveira Camargo e Leonor de Barros Camargo. PH
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Mundo Hospitalar
chn
Como nasce um Complexo de Saúde A nova unidade do Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) representa o início de uma transformação: o HCN passa a se chamar Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) e, nos próximos dois anos, deverá inaugurar mais quatro unidades. A seguir, um relato sobre o atual processo de inovação e crescimento da instituição
Por Keila Marques
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Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) é membro da Rede Ímpar de hospitais no Rio de Janeiro, que inclui o Hospital São Lucas e o Hospital de Clínicas Padre Miguel, e agora passa pela fase de crescimento mais importante em seus 22 anos de história: a transformacão do Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) em um Complexo de Saúde. O projeto prevê a construção de mais cinco unidades - ao final, serão cinco torres. A primeira delas foi inaugurada em maio deste ano e marcou o início da empreitada. O novo prédio, de 10 andares, tem 78 leitos de internação para baixa complexidade, Emergência Obstétrica 24 horas, UTI Neonatal e uma maternidade com capacidade para mais de 500 partos por mês. O foco do novo empreendimento é segurança, por isso foram investidos R$ 35,5 milhões para oferecer às gestantes e aos recém-nascidos da região a estadia mais segura possível. O projeto de ampliação prevê ainda mais dois anos de inaugurações (veja o infográfico na página 18). Segundo as previsões, quando finalizado, 450 leitos estarão disponíveis e o CHN será o maior complexo de saúde do Estado do Rio de Janeiro.
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Projeto grandioso O projeto de ampliação foi baseado em um estudo sobre a evolução da demanda da região metropolitana da capital fluminense, que abrange a cidade de Niterói. Lá está localizado o Complexo, que, por sua vez, está próximo dos principais acessos ao Rio de Janeiro, a Ponte Rio-Niterói e as linhas de barcas, que levam e trazem trabalhadores diariamente à cidade maravilhosa. A contextualização a respeito do embasamento do projeto foi feita pela diretora-geral do Complexo, Ilza Fellows, que me recebeu em seu escritório. Durante a entrevista, Ilza contou que apesar de o número de habitantes da cidade de Niterói ter crescido pouco nos últimos 10 anos, a renda familiar da população está entre as mais altas do País e cerca de 70% dos moradores da cidade têm plano de saúde. “Nos últimos anos, a Saúde Suplementar só cresceu. O projeto de expansão vai acompanhar esse crescimento”, explica. No mapeamento da região foi avaliada a capacidade de atender a demanda futura, a possibilidade de crescimento e a definição do melhor nicho de
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atuação. Com experiência de 15 anos na área administrativa, Ilza explica detalhadamente e, com embasamento, como o projeto será viabilizado. “Niterói comporta um hospital de 450 leitos hoje? Não. Por isso o projeto será modular, e cada unidade terá um profissional responsável [gestor]”. Ela diz acreditar que cada nova unidade construída não pode ser subsidiada pelas demais, pelo contrário, tem de ser um negócio sustentável.
Desafios da Gestão Transformar um hospital em um Complexo de Saúde depende do empenho e da dedicação de muita gente e não acontece da noite para o dia. Pergunto à diretora-geral da instituição qual foi, então, o maior desafio dessa jornada. E ela, de imediato, responde: criar uma visão única. “Quando você sonha sozinho, não realiza”. Para envolver a todos no processo de mudanças, a própria instituição desenvolveu uma campanha de marketing com uma série de ações – que, ao meu ver, tinham como mote ‘a união faz a força’. Os líderes dos diversos departamentos participaram de reuniões, assim como os demais colaboradores, para se informarem e sentirem-se parte do projeto. Abaixo da diretoria-geral estão a diretoria operacional e a diretoria clínica. O Dr. Paulo César Santos Dias é Diretor Médico do CHN e tem contato direto com todas as lideranças técnicas-assistenciais. Seu principal papel, segundo ele mesmo, é ser um facilitador para esse grupo. “O principal desafio é fazê-los trabalharem juntos para oferecer um atendimento in-
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tegral ao paciente internado”, esclarece. Para incentivar o trabalho em equipe, são organizadas sessões clínicas com participação multidisciplinar, que envolvem desde a reunião em sala de aula até a participação na avaliação do prontuário. Também há um plano terapêutico, no qual o médico faz o diagnóstico, mas compartilha com os demais profissionais a estratégia de cuidado ao paciente durante todo o tratamento. Uma ideia interessante foi aproveitar as redes sociais para fortalecer a marca juntamente dos funcionários. Eles foram incentivados a tirar fotos ao lado da sigla do Complexo, construída, literalmente, em letras maiúsculas dentro da instituição. Quem publicou as imagens na página do CHN no Facebook participou de uma votação para ‘a melhor foto’. Para dar mais segurança à gestão do crescimento, o Complexo conta também com a plataforma SOUL MV, que padroniza e gerencia todos os processos, disponibilizando informações de apoio para as tomadas de decisões. As soluções da plataforma utilizadas são o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e a Classificação de Risco. O Prontuário reúne, em um único local, todas as informações clínicas e assistenciais de todos os atendimentos dos pacientes. Já a Classificação de Risco organiza o fluxo de atendimento dos pacientes no Departamento de Emergência através de um Protocolo de Classificação de Risco, priorizando os casos de acordo com o potencial de risco, agravo à saúde ou grau de sofrimento. O SOUL MV também contribui para a gestão da liberação de leitos. Segundo a diretora-geral do Complexo, hoje, a demanda é enorme. Uma área de pré-
Fortalecimento da marca: Os funcionários foram incentivados a tirar fotos ao lado da sigla do Complexo, construída, literalmente, em letras maiúsculas dentro da instituição e publicá-las na página do CHN no Facebook melhor foto Julho, 2014
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Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) O projeto de expansão prevê a construção de cinco torres. Quando finalizado, daqui a dois anos, sete unidades e 450 leitos estarão disponíveis, garantindo ao CHN o título de maior Complexo de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Por Keila Marques Infográfico: Cristina Yumi
Unidade V Retaguarda: Farmácia, Cozinha, Refeitório, Vestiários e Estacionamento.
Unidade VI Entrada principal do Complexo, Diretoria, Área Administrativa, Auditório e Centro de Estudos.
Unidade V Centro de Diagnóstico, Centro de Infusão, Day Clinic e 100 leitos de internação.
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Unidade III: o marco inicial • • • • • • • • •
Maternidade com capacidade de 500 partos por mês Sistema de segurança RFID para recém-nascidos Área construída: 10 andares distribuídos em 4,7 mil m² 50 apartamentos privativos e 4 leitos VIPs 4 salas cirúrgicas no Centro Obstétrico 24 leitos de UTI Neonatal Emergência Obstétrica 24 horas TV Bebê (para transmissão de partos nos leitos) Atividades iniciadas no último mês de Junho
Unidade I Serviços de Alta Complexidade, como Transplantes, UTI pediátrica e adulta, Centro Cirúrgico, Emergência e Unidade Cardiovascular.
Unidade II Emergência Pediátrica e Núcleo Diagnóstico.
Unidade VII Internação e Área VIP. Julho, 2014
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O projeto de ampliação do CHN prevê a construção de 450 leitos, maior Complexo de Saúde do Estado do Rio de Janeiro
-operatório, criada há cerca de sete anos, tem cinco leitos que permitem receber o paciente quando não há outros disponíveis, e prepará-lo para uma cirurgia, evitando ociosidade no centro cirúrgico. “Com a abertura dos 78 leitos, esse problema será reduzido”, relembra Ilza. Outra solução encontrada pelos próprios funcionários do hospital é a alta itinerante. Chamada carinhosamente de ‘Papa Leito’, ela funciona assim: quando o paciente recebe alta, um funcionário do departamento do Atendimento vai até o quarto e fecha a conta da prestação de serviços de saúde no local. O serviço gera valor agregado e mais agilidade ao processo de liberação dos leitos.
Proteção de mãe A nova unidade é o marco do início da transformação do HCN em Complexo Hospitalar de Niterói. Construída para ser referência na especialidade materno-infantil, a infraestrutura física e tecnológica oferecem segurança para a gestante e o bebê. Na maternidade do Complexo a gestante pode ser atendida rapidamente, caso haja ocorrência grave. Seis andares têm ligação direta, através de um corredor, com a unidade onde são atendidos os pacientes de alta complexidade. “Se 20
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acontecer uma intercorrência durante o parto, é só atravessar o corredor”, ressalta Ilza. Segundo o Dr. Leonardo Nese, chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do CHN, o objetivo é oferecer a maternidade mais segura do Rio de Janeiro. Para atingir esse patamar, tecnologia e assistência têm a mesma importância lá dentro.“Além de atender bebês prematuros, podemos atender patologias complexas de um recém-nascido”, afirma Nesse. Outra vantagem está na Emergência Obstétrica 24 horas, com dois obstetras, duas neonatologistas e uma anestesista de plantão. O sistema de segurança da maternidade envolve tecnologias de finalidades diferentes, porém integradas, para controlar a movimentação do bebê e acelerar o acesso das gestantes às enfermeiras. A unidade será a primeira em Niterói a colocar pulseiras com chip de rastreamento em recém-nascidos e gestantes, popularmente conhecidas como RFID (identificação por radiofrequência). Este recurso permite o monitoramento em tempo real do bebê, desde o nascimento até a alta hospitalar. É possível saber a localização exata do recém-nascido e, caso ele ultrapasse a área restrita, automaticamente um alerta é enviado para os profissionais responsáveis indicando o local da ocorrência. Além disso, alertas visuais são espalhados pelo prédio e a porta prin-
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Câmeras por todos os lados: A TV Bebê permite a toda família acompanhar o nascimento do bebê e monitorá-lo na incubadora
cipal da unidade trava na tentativa de retirada. “A identificação é única entre a gestante e o bebê, dessa forma, a mãe não tem acesso à outra criança”, reforça a diretora. A gestante é mimada. Caso queira se embelezar para receber visitas, há serviços de beleza, como cabeleireiro e manicure, disponíveis em todos os quartos. No andar onde está localizada a área VIP, uma recepção especial garante o atendimento diferenciado, até com garçom. Mas o grande diferencial está mesmo na integração da RFID com o Vocera, um ramal móvel (carregado, como um colar, no pescoço) que funciona por meio de comando de voz. Cada enfermeira precisa informar seus dados de acesso para utilizar o rádio, assim todos os conectados à rede sabem quem está no comando de cada aparelho. Elas podem ser localizadas a qualquer momento, em qualquer lugar do hospital. Para o paciente, o atendimento é mais rápido, pois ele fala diretamente com a enfermeira. Outra vantagem, é que, caso um bebê seja levado para uma área não permitida, o Vocera recebe o alerta automaticamente. O Complexo já planeja a instalação de um controle de acesso por identificação facial e da íris. Esse controle evita o re-cadastramento e facilita a entrada e saída de familiares na unidade durante a permanência do paciente.
TV Bebê Acompanhar o nascimento de um bebê, hoje, é um desejo compartilhado por toda a família. E a TV Bebê foi criada justamente para suprir essa demanda cada vez mais crescente. O sistema de TV exclusivo para pacientes é um canal acionado por senha e disponível para as gestantes nos aparelhos smart TVs instalados em todos os quartos privativos. Por meio desse canal, os pais recebem recados pelas redes sociais; os familiares e amigos veem, do quarto, o parto em tempo real (com a autorização da equipe médica) e o recém-nascido é monitorado na incubadora e no berçário. Os quatro centros cirúrgicos da nova unidade têm câmeras instaladas. As imagens também são exibidas aos médicos, durante o parto, para que eles saibam o que está sendo transmitido. É tudo automatizado. Quando a mãe entra na maternidade, recebe a pulseira e seus dados são atrelados ao seu quarto. Assim que ela entra no centro cirúrgico, a transmissão é habilitada. Na UTI neonatal, uma para alta é destinada à alta e média criticidade e outra para a criança em acompanhamento para ganho de peso. Há um sistema de monitoramento central, algo incomum em UTI neonatal, para que os médicos possam verificar o histórico do paciente e dados como, saturação de oxigênio, frequência cardíaca – também mais comuns em UTI adulto. PH Julho, 2014
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Tecnologias que beneficiam pacientes A empresa H. Strattner destaca-se no mercado brasileiro por ser fornecedora do robô Da Vinci em 10 hospitais no País
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esde 1950 no mercado, a H. Strattner reúne diversas marcas em seu portfólio para levar o que há de mais avançado em tecnologia ao paciente. Seu equipamento top de linha é o Da Vinci, um robô que auxilia a equipe médica a fazer cirurgias menos invasivas. No Brasil, a companhia tem sede no Rio de Janeiro (RJ) e já forneceu o Da Vinci, com custo estimado de US$ 3 milhões à unidade, para 10 hospitais, incluindo o Hospital Israelita Albert Einsten, Sírio Libanês, Osvaldo Cruz, AC Camargo, 9 de julho, Icesp, e no interior de São Paulo, o Hospital do câncer de Barretos e o Pio XII. Paulo Matera, gerente da Unidade de Negócios de Robótica da empresa, conta que o Einstein tem dois Da Vinci para uso cirúrgico e o Sírio Libanês tem um para treinamento e outro para uso cirúrgico. No Rio de Janeiro, o robô é utilizado no Hospital Naval Marcílio Dias, Inca e Hospital Samaritano. Já em Porto Alegre há um modelo no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Ao todo, são 13 sistemas instalados entre São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, com projetos promissores para Brasília, Norte e Nordeste do Brasil”, diz. O robô não treme. Assim, procedimentos cirúrgicos na área de urologia, cirurgia geral e cardíaca são beneficiados. Sendo menos invasivo, o método permite a recuperação mais rápida do paciente. As incisões são reduzidas de cerca de três milímetros para
O robô Da Vinci modelo XI é fabricado pela Intuitive Surgical e foi apresentado pela H. Strattner na Hospitalar Feira e Fórum, no último mês de maio, com a vantagem de permitir ao cirurgião fazer os procedimentos cirúrgicos através de uma única incisão na cicatriz umbilical
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1,5 milímetro. Para o médico, a vantagem é operar sentado, o que reduz o desgaste físico do cirurgião e de toda a equipe. Matera reforça que esse sistema tem como principal foco o usuário, que é o cirurgião. O sistema robótico Da Vinci é fabricado na Califórnia (Estados Unidos), no Vale do Silício. Seu fabricante chama-se Intuitive Surgical. “Com quatro braços, o sistema auxilia o cirurgião em procedimentos como cirurgias de cabeça e pescoço, cardiotorácicas todo o aparelho digestivo alto e baixo, ginecologia e urologia. O maior volume de procedimentos se concentra na prostatectomia radical, que é a retirada da próstata para os tumores”, relata Matera. Também são beneficiadas com essa intervenção problemas como incontinência urinária e da potência sexual. Na ginecologia, a cirurgia com robô facilita a retirada dos linfonódulos.
Visão em 3D A geração comercializada hoje é o Da Vinci SI, que cobre todas essas especialidades. O cirurgião fica sentado em uma cadeira com uma visão em terceira dimensão em alta definição, com o cotovelo apoiado em uma base e o polegar e o indicador segurando dois joysticks, um em cada mão. O gerente da Unidade de Negócios Robótica da H. Strattner explica que todos os movimentos que ele faz com os punhos e os dedos são replica-
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dos na ponta de cada instrumental. “Cada movimento que ele faz é replicado como se ele estivesse fazendo o procedimento em cirurgia aberta dentro da cavidade do paciente. Não é preciso utilizar óculos.” Em uma operação usando o Da Vinci, o paciente consegue ir para casa no dia seguinte ao da cirurgia. Já em uma cirurgia tradicional aberta, o nível de sangramento é muito maior e o paciente fica mais de três dias em recuperação no hospital. “No aparelho digestivo, na cirurgia de câncer de colo e de reto a visão em 3D e o acesso das pinças facilitam a retirada do tumor com margens positivas muito baixas e também com a recuperação acelerada do paciente”, afirma. Em outras palavras, as margens positivas indicam a distância entre o tumor e a borda do tecido sadio na cirurgia robótica, que cai à medida que aumenta a experiência do cirurgião. Usando o Da Vinci, nos tumores de orofaringe, por exemplo, não há a necessidade de uma mandibulectomia, que é a abertura da mandíbula, para o cirurgião ter acesso à cavidade. “Isso é feito pela própria cavidade oral do paciente. Então o paciente consegue se recuperar em um ou dois dias indo para a casa”, ressalta Matera. Com tantas vantagens, o desenvolvimento da tecnologia não para por aí. Um novo modelo de Da Vinci, o XI, foi lançado há três meses. Porém, ainda há trâmites de registro na Anvisa que podem adiar a disponibilização do produto no mercado em dois anos ou mais. “Neste modelo existe uma tecnologia de portal de acesso único que, através de apenas uma incisão na cicatriz umbilical, o cirurgião consegue fazer os procedimentos cirúrgicos e o paciente sai sem nenhuma cicatriz. Nesse tipo de cirurgia, chamado de single site robótico, o próprio umbigo serve de acesso”, descreve Paulo Matera. No modelo anterior, o acesso se dá por até seis portais diferentes no aparelho, ou incisões de pelo menos 1,5 cm.
Telemedicina A H. Strattner representa, com exclusividade, diversas empresas no mercado médico hospitalar mundial. Outro equipamento da linha robótica disponível por intermédio da H. Strattner é o robô visitor OR1, da Karl Storz. A principal função do OR1 é prestar o serviço de preceptoria, ou de supervisão. Nesse serviço o médico pode atender à distância e dar informações a médicos menos experientes que estejam em uma localização distante. “Ele vai funcionar como um mentor para a equipe cirúrgica”, diz Rogério Leite, especialista de produtos e em OR1 da Karl Storz, na H. Strattner. Trata-se de uma solução voltada à telemedicina. Sua função vai mais além da videoconferência, já é mais ativa. Importado da Alemanha, o equipamento tem projeto desenvolvido nos Estados Unidos. O OR1 foi lançado na Feira Hospitalar Feira e Fórum deste ano, realizada entre 20 e 23 de maio em São Paulo (SP), e ainda não foi registrado na Anvisa. Com o OR1, pode-se tirar uma foto, e com essa o cirurgião pode marcar qual área será melhor para fazer a incisão e o corte. Clientes da Karl Storz podem acompanhar uma demonstração com especialistas de um centro na Califórnia, na qual um computador controla um robô durante a cirurgia. “A internet permite a cirurgia ser
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Outro equipamento da linha robótica disponível no Brasil por intermédio da H. Strattner é o robô visitor OR1, da Karl Storz; trata-se de uma solução voltada à telemedicina.
acompanhada no mundo inteiro, e com isso os médicos podem pensar em vender serviços à distância”, sugere Rogério Leite. Por streaming, a solução permite escolher a quantidade de monitores que vão ser colocados em uma sala, dado o tamanho do ambiente. Projetos no Hospital Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês, Paulistano e Osvaldo Cruz contam com projetos de integração da sala, e com isso conseguem transmitir a imagem da cirurgia para outros locais, exemplifica Rogério Leite.
Inteligência e força Para facilitar a vida de enfermeiros, cuidadores e outros profissionais que precisam cuidar de um paciente sem mobilidade, a Guldmann, de origem dinamarquesa, criou o GH3, equipamento disponibilizado pela H. Strattner. Se trata de um sistema de trilhos instalado no teto. Por exemplo, a transferência de quarto precisa de trilhos, pois, neles, há uma movimentação de cabos e de uma cadeirinha, onde o paciente é colocado. Há ainda a opção de um equipamento móvel, mais enxuto, que dispensa a estrutura fixa. A capacidade de sustentação de peso é de até 250 quilos. Normalmente, para trocar a roupa de cama, são necessárias de duas a três pessoas. Com o GH3, uma pessoa só é suficiente. Com o equipamento, paciente e cuidador ficam seguros e o processo é otimizado. PH Julho, 2014
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Administração sustentável de energia elétrica Veja como a equipe de Engenharia do Santos Dumont Hospital, de São José dos Campos (SP), conseguiu reduzir o consumo de energia elétrica e aumentar a produtividade ao desenvolver um projeto luminotécnico
O Santos Dumont Hospital (SDH), da Unimed de São José dos Campos (SP), foi projetado com base em um modelo sustentável de consumo e produção de serviços de saúde
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Santos Dumont Hospital (SDH) pertence à Unimed de São José dos Campos (SP) e foi projetado com base em um modelo sustentável de consumo e produção de serviços de saúde. Já na fase dos projetos, entre 2007 e 2009, iniciativas voltadas para a gestão da energia de todo o complexo hospitalar foram implementadas, e medidores de consumo de energia elétrica em tempo real foram instalados nos principais centros de custos do hospital. O SDH faz uso da Administração de Tecnologia em Saúde (ADTS) para alinhar as melhores práticas de engenharia e as necessidades dos prestadores de assistência ao paciente. A demanda de energia elétrica contratada do hospital é de 400 kW e o consumo médio energético mensal, de 150.000 kWh. A capacidade de refrigeração é de aproximadamente 250 TR (tonelada refrigeração), enquanto que a central de ar comprimido medicinal e a central de vácuo clínico têm potências de, respectivamente, 30 CV e 10 CV. Ainda há suprimento de energia elétrica de emergência composto por dois geradores Cummins totalizando 1.000 kVA de potência aparente. Para efeito de esclarecimento, a área construída do hos-
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pital é de 6.5 mil metros quadrados distribuídos em um terreno de 7.2 mil metros quadrados. Os resultados sobre o modelo luminotécnico adotado e a energia elétrica utilizada para iluminação da área externa do hospital são apurados desde março de 2012. O SDH está localizado em uma avenida arborizada e praticamente toda a fachada da instituição é composta por um jardim e um estacionamento com 100 vagas. E ambos precisam ser iluminados. No projeto luminotécnico inicial, as áreas externas utilizaram-se dos seguintes tipos de iluminação: 48 lâmpadas de vapor de sódio na potência de 400 W cada, que requerem para sua operação o uso de um reator, para a iluminação do estacionamento; 32 lâmpadas halógenas na potência de 50 W cada para a iluminação da fachada da edificação no pavimento térreo; 26 lâmpadas de vapor metálico com 150 W cada, que também faz uso de reator para seu funcionamento para a iluminação do jardim e do totem e 16 lâmpadas halógenas com potência de 50 W cada, para a iluminação do jardim.
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Porém, posteriormente, essas lâmpadas foram substituídas por outras, com o objetivo de diminuir o consumo de energia elétrica. São elas: lâmpadas fluorescentes de 55 W cada para a iluminação do estacionamento; lâmpadas LED de 3,5 W cada para a iluminação da fachada da edificação no pavimento térreo; lâmpada LED com 30 W cada pra a iluminação do jardim e do totem e lâmpadas LED com potência de 10 W cada para a iluminação do jardim. Para a finalidade deste artigo, é importante ressaltar que o SDH mantém contrato de energia elétrica na seguinte modalidade: Tarifa A4 – Horosazonal Azul, o que significa que os preços variam ao longo do ano e do dia. Durante as 24 horas do dia, a energia elétrica é mais cara no horário de ponta, que dura três horas consecutivas (17:30 às 20:30), pois neste período, o consumo de energia elétrica é maior. Portanto, fora do período de ponta o valor é menor. Estes valores também mudam de acordo com o período de chuvas, no qual há maior oferta de energia, ou se estamos no período de seca (de maio a novembro), quando a oferta de energia é menor.
Resultados positivos Em termos econômicos, o projeto foi bem sucedido. No período de 28 meses, que corresponde à duração do projeto, a redução da potência instalada foi da ordem de 85% em relação ao projeto anterior, embora tenha sido necessário realizar um investimento que equivale, atualmente, a 1,7 vezes o investimento original. A economia alcançada foi calculada em 7 vezes o valor do investimento, algo em torno de R$ 2,06 mil ao mês e R$ 57 mil no período de 28 meses. Levando em conta as condições de contratações junto à concessionária de energia elétrica.
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da troca de uma lâmpada. A troca de lâmpadas, quando ocorre, é mais rápida, pois não é mais necessário esperar que o conjunto lâmpada, soquete e refletor resfrie. Como os dois tipos de reatores utilizados anteriormente não são mais necessários, o volume e a variedade de materiais no estoque diminuíram. O número de fotocélulas necessárias para ligar e desligar os sistemas de alimentação também reduziu, já que a potência total das instalações também diminuiu. As fotocélulas restantes foram devolvidas para o estoque e poderão ser utilizadas no futuro. A frequência da queima de lâmpadas também diminuiu. Durante um ano, somente uma das lâmpadas fluorescentes foi trocada. No caso das lâmpadas LED do jardim, os refletores são de tamanho menor e estão integrado, o que resulta em mais segurança, tanto pelo baixo aquecimento gerado, quanto pela maior robustez do vidro de proteção do refletor. Isso torna o conjunto de refletores menos sujeito à quebra e proporciona menor risco de acidentes, como, por exemplo, uma queimadura. Por fim, a equipe do Departamento de Engenharia ganhou produtividade. Com mais facilidade para fazer as manutenções, os profissionais passaram a economizar custos e tempo, e equipe se tornou mais produtiva. O planejamento, estudo, a execução e incorporação do projeto culminaram em redução do consumo de energia elétrica. Além disso, a melhoria e eficiência de processos também se concretizou. Em julho de 2013, a equipe do Departamento de Engenharia do SDH apresentou todas as ações realizadas para reduzir o consumo de energia elétrica e, o consumo de água, no Seminário Hospitais Verdes, evento promovido pela Federação das UNIMEDs (FESP). O Departamento de Engenharia da Unimed de São José dos Campos ainda mantém a prática dos princípios da Administração de Tecnologia em Saúde (ADTS), de acordo com objetivos voltados à sustentabilidade.
Raio - X
O gráfico mostra o comparativo entre os investimentos realizados no início de projeto (A) e após a adoção de novas tecnologias (B); a seguir está a diferença entre os dois investimentos, que foi paga pelo hospital nos primeiros dois meses de implantação
O projeto resultou em diversas mudanças positivas. A identificação da queima de lâmpadas e redução das atividades de manutenção corretiva é mais rápida é prática, uma vez que a funcionalidade do reator não precisa mais ser testada quando
O Santos Dumont Hospital conta hoje com 70 leitos de internação; 4 salas cirúrgicas; 10 leitos de UTI geral; 10 leitos de UCO e um Centro de Diagnóstico Integrado com os seguintes equipamentos: Tomógrafo de 16 canais (Emotion 16), Ressonância Nuclear Magnética (Essenza 1,5 tesla), Mamógrafo Digital com Tomosíntese (Mamomat 3000), Raios X, dois arcos cirúrgicos (Serimobil e Arcadis) todos fabricados pela Siemens; Densitometria Óssea da GE; e Ultrassom (HD 11) da Philips. PH **Autores do case: Felix Aidar, Gerente de Engenharia Hospitalar da Unimed, Lucio Flavio de Magalhães Brito, da Engenharia Clínica Ltda, Marco Antonio Aguiar de Carvalho, da Administração da Medicorp Edicorp Tecnológica Ltda. Apoiadores: Ewerton de Paula, Supervisor de Engenharia Hospitalar da UNIMED, Laércio de Freitas Queiroz, Eletricista da UNIMED, José Edson de Souza, Eletricista da UNIMED e Thiago Chaves, da TMedical. Julho, 2014
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Amil aposta na prevenção de doenças Médicos e auxiliares treinados identificam casos propensos ao desenvolvimento de doenças e fazem o gerenciamento, acompanhamento ou até a antecipação do tratamento adequado
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prevenção de doenças deixou de ser vista como um custo para se tornar objeto de interesse. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o País tem hoje 993 operadoras de planos de saúde em atividade e 1.083 programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças. O pico de crescimento foi registrado em um único ano: até 2011 eram 127 programas e 198 mil beneficiários atingidos e, em 2012, o número chegou a 760 programas e 1,2 milhões de beneficiários. Mas o que contribuiu para tamanho interesse na prevenção? Segundo Luciana Silveira, especialista na área de prevenção de doenças e autora do livro “Prevenção de Doenças e Promoção da Saúde - Diferenciais Estratégicos na Conjuntura do Mercado de Saúde Suplementar”, foi fundamental o trabalho conjunto da ANS e das operadoras de planos de saúde pioneiras em ações de prevenção. Desde o início, a Amil apostou na prevenção com ações como o Programa Amil de Qualidade de Vida (PAQV) e o sistema de Gestão de Pacientes de Alto Risco (GPAR). O PAQV foi criado em 2001 para promover a identificação e a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes e determinados tipos de câncer. O foco está em clientes corporativos. Com mais de 270 mil participantes, registrados no período de 2001 a 2014, o programa identificou altos índices
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de sedentarismo (64%) nas empresas, além de 16,6% de hipertensos, 12,7% de fumantes, 11,2% de obesos, 5,3% de dislipidêmicos e 1,6% de diabéticos. Fatores de risco associados, como obesidade, tabagismo e colesterol elevado, também foram mapeados. O PAQV é gerenciado por uma equipe de médicos e auxiliares treinados em prevenção primária que acompanha todas as fases do programa. Os funcionários das empresas-clientes que aderem ao programa participam de um sistema de análise de risco, no qual respondem a um questionário via web, que coleta informações sobre os principais riscos de saúde, incluindo informações sobre a pressão arterial, a glicose e o colesterol. O objetivo é auxiliar na prevenção das principais doenças metabólicas, cardiovasculares e oncológicas, além de identificar fatores que podem comprometer a qualidade de vida. O conjunto de informações resultante dessa análise define o espectro de risco dos participantes. A partir daí, os funcionários são divididos em grupos de baixo, médio ou alto risco, quando há a necessidade de acompanhamento e orientação médica. Os indivíduos com algum risco de desenvolver uma doença são abordados por telefone pela equipe da gestão de Saúde-Amil para agendamento de consulta médica. Além de avaliar o risco cardiovascular dos funcionários, o PAQV passa a acompanhar, sistematicamente,
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os pacientes de médio e alto risco. Mesmo aqueles que não precisam de tratamento continuam sob orientação, em atividades que incentivam a mudança de hábito e um estilo de vida mais saudável. Assim, o programa vem se fortalecendo ao longo do tempo.
Gestão de Pacientes de Alto Risco Outra proposta da Amil para melhorar a qualidade de vida de pacientes de alto risco foi implementada em outubro de 2008, o sistema de Gestão de Pacientes de Alto Risco (GPAR). Na prática, essa ferramenta viabiliza a identificação de casos propensos ao desenvolvimento de determinadas doenças, possibilitando o gerenciamento, o acompanhamento ou até a antecipação do tratamento, prevenindo complicações e o avanço de enfermidades. O sistema funciona por meio do levantamento de determinadas situações médicas no banco de dados da operadora, de acordo com estudos e protocolos nacionais e internacionais, ou quando um profissional de saúde identifica um paciente com propensão ao desenvolvimento ou a presença de alguma doença e insere os dados desse beneficiário no sistema. Na sequência, o beneficiário recebe contato de um profissional da Gestão de Saúde, que verifica se ele aceitaria participar do programa. Após seis anos da adoção do sistema, os resultados são evidentes. Com mais de 290 mil participantes, o número de consultas, exames e internações de quem aderiu ao programa já é quatro vezes menor se comparado ao de pacientes com as mesmas características clínicas que não participam do grupo. Outro resultado satisfatório é a indicação de tratamentos menos invasivos e duradouros. Em um dos grupos, relacionado a casos osteomusculares, mais de 15 mil pessoas estão sendo acompanhadas. O programa que deu origem ao GPAR, nomeado Bem Viver
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– hoje um Programa cadastrado na ANS, dentro da empresa – possui quase 1.500 beneficiários adeptos. Voltado para tratar idosos com doenças comuns a essa faixa etária e com baixa capacidade funcional, o monitoramento dos casos resultou em uma queda no índice de reinternação em relação à taxa observada entre os demais beneficiários. Enquanto no grupo monitorado a taxa de reinternação é de 11%, nos demais grupos o percentual é de 20%. O GPAR oferecerá outros benefícios e resultados, que ainda estão em fase de apuração. Hoje, o sistema é composto por nove fluxos de acompanhamento clínico, voltados para gestantes, pacientes com mais de 60 anos, grupos propensos a desenvolver doenças cardiovasculares e osteomusculares, pacientes com algumas doenças oncológicas, como o câncer de mama, pacientes diabéticos, pacientes com doenças de alta complexidade, pacientes com necessidade de atendimento personalizado, que necessitam de acompanhamento. Todos os fluxos seguem protocolos de avaliação e de tratamento criados pelos principais órgãos reguladores do setor de saúde suplementar, como os Conselhos Federal e Regional de Medicina, as universidades, as sociedades e associações de medicina, o Estudo de Framingham, o American Diabetes Associations (ADA) e o National Committee for Quality Assurance (NCQA), entre outros. O GPAR é dividido por Núcleos de Gestão (nacionais e regionais). Nesses núcleos, trabalham médicos, enfermeiros e profissionais de saúde que acompanham diariamente o agendamento e a realização de consultas e procedimentos médicos realizados pelos clientes e informados pela ferramenta. Com o uso do sistema, esses profissionais conseguem saber se o paciente realizou todos os exames indicados, na quantidade correta, se a periodicidade está dentro dos protocolos, se foi à consulta e se visitou outros médicos, entre outros eventos. PH ** Informações concedidas pela Amil Julho, 2014
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Investir Certo: Por que projetos
fracassam? Parte 2
Fernando L. Motta dos Santos é criador da Solução VIAVEL Saúde – Simulação de Projetos e Análise do Investimento, diretor da SI Consultoria e da DahMotta TI, e possui 37 anos de experiência em viabilidade de investimentos, sendo 11 na área da Saúde
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a última edição da revista apresentei as principais causas de insucesso em projetos e investimentos e expliquei as consequências da ausência, insuficiência ou do desrespeito ao planejamento e da inexistência, inconsistência ou dos equívocos nos dados de mercado. Nesta edição irei aprofundar a temática mercado, apresentando questões mais fundamentais, e, também, iniciar a abordagem do tópico “A orçamentação incompleta dos investimentos”. Um dos erros frequentes em projetos é a realização de investimentos baseados em dados de mercado inconsistentes. O estudo existe, mas os dados são fantasiosos, mal coletados ou mal analisados, resultando em conclusões sem consistência. Um pensamento que pode levar a esse resultado é o de projetar que o futuro será uma extrapolação do passado. Ora, a vida é dinâmica. As estruturas: etária, de renda e de morbidade mudam com o tempo. É essencial que os projetos levem isso em conta! Um fato sobejamente conhecido é a contínua redução da taxa de natalidade da população brasileira. Organizações que realizaram investimentos em maternidades e áreas materno-infantis no ano 2000 consideraram que a taxa média de natalidade entre 1991 e 1999 seria mantida em algo como 2,2% ao ano, e se depararam com uma contínua redução. A média entre os anos 2000 e 2010 foi de aproximadamente 1,8% e, especificamente no ano de 2013, 1,38% (menos da metade dos 2,9% registrados em 1985). Provavelmente, essas maternidades e áreas materno-infantis estejam hoje operando com ociosidade e prejuízo. Outra situação bem comum é investir com base apenas no “feeling” (sentimento) do proprietário, do gestor ou de algum médico conceituado em determinada especialidade. Esse “feeling” é uma ótima razão para a realização de um estudo de mercado e, se este mostrar-se atraente, as subsequentes simulações a partir da avaliação de viabilidade completa. As organizações da área da Saúde penam muito para obter resultado (lucro) ou para conseguir doações ou verbas oficiais para novos investimentos. Logo, as decisões
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sobre quais projetos implementar deveriam sempre ocorrer após estudos aprofundados. Orçamentação incompleta é também consequência de planejamento insuficiente. É altamente perigosa para um investimento ou projeto, tanto por causar falta de recursos, quanto por reduzir (ou anular) o retorno do investimento. E, infelizmente, ocorre muito mais comumente do que seria de se esperar. Projetos na área de Saúde em geral envolvem diversas categorias de investimento. Dentre elas, as mais facilmente identificadas são as obras civis e os aparelhos médicos. Há, porém, uma série de outras categorias que podem ser essenciais ao projeto. Sem ser exaustivo, listarei algumas que, por vezes, são esquecidas: a. Estudos e Projetos; b. Instalações Prediais; c. Montagens/despesas de instalação de equipamentos; d. Móveis; e. Utensílios; f. Despesas de internação de equipamentos importados; g. Softwares; h. Despesas pré-operacionais; i. Treinamento de pessoal; j. Capital de Giro (acréscimo decorrente do projeto) Acredito que esquecimento deriva de conhecimento insuficiente, por isso a importância de esclarecer conceitos e detalhar os componentes de cada uma das categorias de investimento. Na categoria de componentes móveis devem estar orçados todos os tipos, inclusive os fixos, como balcões e armários embutidos. Estão incluídos nesta categoria colchões, prateleiras, sofás, armários, arquivos, bem como todos os tipos de cadeiras, incluídas as de roda. Num grande projeto que participei – que envolveu R$ 245 milhões de investimentos fixos – foi esquecido de orçar todos os móveis fixos. Só nesta rubrica foram desembolsados perto de R$ 8 milhões. Nas próximas edições da PH detalharei as demais categorias de investimento. Até lá! PH
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COACHING
PANORAMA HOSPITALAR... sob a ótica do paciente!
Por Éber Feltrim Professor no curso de pós-graduação em Administração de Empresas da FGV, Professor do curso de pósgraduação em Odontologia da USP, Professor do MBA em Controladoria de Empresas da UNIP e Gestor do Grupo SIS – Consultoria em Estratégias de Negócios www.sisconsultoria.net
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inha agenda está vazia e meus clientes desapareceram!!! Além disso, o lucro da minha clínica diminuiu muito! O principal motivo é que, como o Brasil está em crise, as pessoas estão sem dinheiro. Será que a afirmativa é verdadeira? As pessoas têm mais dinheiro hoje, isso é fato! Entre 2002 e 2012, a média salarial dos brasileiros passou de R$ 747 para R$ 1.728,40. Existem cidades brasileiras, com excelente potencial de crescimento e renda per capita anual acima de R$ 45 mil. O que acontece, a bem da verdade, é que as pessoas não só não priorizam os gastos com a saúde, como não estão motivadas a comprarem o serviço de saúde. No setor de saúde, o preço não é o fator primordial de estímulo da compra. Antes do preço, as pessoas pensam em credibilidade do médico, solução de problemas com excelência no atendimento, conveniência e segurança. Todos os clientes querem satisfação das necessidades, dos desejos e ‘status’ social. E o profissional de saúde necessita buscar essa sintonia com o mercado. A palavra-chave, aqui, é qualidade. A ONA define Acreditação como um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde. Qualidade é estar em “conformidade com as exigências dos clientes”, numa relação em que, quanto mais valor agregado o paciente receber, menor percepção de preço terá. O que tem muito valor embarcado, não ‘parece’ custar caro. Exemplo prático de valor agregado está no atendimento da consulta no horário agendado, considerando que o tempo ‘vale ouro’ para todo mundo hoje. Segundo a American Medical Association, um paciente suporta esperar atendimento por no máximo 20,6 minutos sem se queixar da qualidade do atendimento.
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Na ótica dos pacientes, qualidade não se refere exclusivamente a excelência técnica. Na Universidade de Harvard, uma pesquisa mostrou que os resultados na área de saúde não dependem apenas da qualidade técnica dos profissionais, como muitos pensam. Se o profissional de saúde é o proprietário, 85% do seu sucesso depende de suas habilidades interpessoais e 15% de suas habilidades técnicas. Verifica-se, portanto, conforme mostra a pesquisa, que a interação com as pessoas é um fator absolutamente relevante para o seu sucesso profissional. As pessoas compram muito mais facilmente os serviços daqueles profissionais que são apaixonados pelo que fazem. Seja o primeiro a valorizar a sua profissão, não falando mal dela ou de seus colegas na frente de clientes e amigos. Ao contrário, demonstre sua paixão pelo o que faz. Diversas pesquisas indicam que até mesmo o cliente satisfeito pode procurar outro prestador de serviço. De acordo com a Burke Customer Satisfacion Associates (uma das maiores empresas de pesquisa de mercado dos Estados Unidos), o único cliente cativo é aquele que teve suas expectativas superadas e não apenas correspondidas. O foco está em oferecer ao cliente um atendimento humanizado, apesar de se tratar de um processo amplo, complexo e demorado. Dar vida ao atendimento do cliente e comunicar-se de maneira que o outro entenda o que está sendo falado. Enxergar (e ver!) as carências dos nossos pacientes, entender suas expectativas e oferecer soluções claras. Além disso, apresentar um panorama de amparo e cordialidade pode ser uma excepcional alternativa para conquistar a lealdade dos clientes aos consultórios e clínicas. PH
Campanhas inteligentes precisam de açþes....
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tecnologia Marketing
Os efeitos das políticas industriais
Carlos Alberto P. Goulart é Presidente Executivo da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares.
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Brasil, como uma das maiores economias do mundo, tem experimentado, nos últimos anos, um robusto e importante crescimento de mercado na área de produtos para a saúde, com taxas que têm atingido dois dígitos. Diversos fatores têm impulsionado esta situação, como a ascensão social, mudança do perfil epidemiológico da população, aumento da expectativa de vida, busca por melhor qualidade de vida e também por termos no setor uma demanda reprimida que ainda necessitará de alguns anos para ser atendida. São fatores que também atraem a indústria e fornecedores, criando um ambiente propício para que se sintam estimulados a promover maior agregação de valor local, gerando empregos, aumentando conhecimento e ampliando o domínio tecnológico do país. Atento a este potencial, o Governo, principalmente por intermédio dos Ministérios da Saúde e MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), vem promovendo políticas industriais que têm desencadeado mudanças importantes no setor e estreitado a interação entre o poder público e a iniciativa privada. São três as principais políticas adotadas: PPB - Processo Produtivo Básico, PDP – Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo e Off-set, cada uma com características e aplicações próprias. Os reflexos já podem ser sentidos e medidos, pois são inúmeros os casos de sucesso. Seis PPBs, especificamente para fabricação local de Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Ultrassom, Raio-X, Arco Cirúrgico e PET/CT – já contam com a adesão de grandes empresas. Um total de 15 PDPs foram assinadas para a fabricação de 19 produtos. E, na modalidade off-set, foi firmado contrato para aquisição de 80 aceleradores
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lineares, usados no tratamento do câncer. Neste caso, a contrapartida do acordo é a implantação de uma fábrica no Brasil. Paralelamente às políticas industriais, mecanismos atrativos de financiamento, com disponibilização de verbas pelo BNDES, FINEP e pelo próprio Ministério da Saúde, também têm contribuído para impulsionar e viabilizar as iniciativas. Ao ampliar seu parque industrial na área de produtos para a saúde, o Brasil amplia, simultaneamente, seu potencial de exportação, tanto em âmbito global quanto regional, levando-se em conta que os demais países da América Latina são grandes importadores de produtos para saúde. Outro efeito colateral positivo deste movimento, portanto, é a redução do déficit da balança comercial do setor. Se, por um lado, estas políticas abrem inúmeras perspectivas e possibilidades positivas para o país, por outro, a consolidação de seus resultados dependem da superação de algumas barreiras já conhecidas, que atingem não somente a área da Saúde, como a retomada da competitividade da indústria, melhoria da infraestrutura e logística, modernização de leis trabalhistas e redução da complexidade e tamanho da carga tributária. Adicionalmente, é importante agilizar a aprovação e colocação de novos produtos nos mercados. O entendimento correto deste universo, composto por uma gama de mais de 10 mil produtos para a saúde, somado à avaliação criteriosa do mercado, - desde a demanda em cada um de seus vários segmentos, até o desenvolvimento de fornecedores locais e de uma economia de escala - são os fatores que contribuirão para o sucesso das políticas industriais e para uma inserção mais expressiva do Brasil no mercado global. PH
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Livros
A disciplina para atingir resultados
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livro “Execução – A disciplina para atingir resultados”, dos autores Larry Bossidy e Ram Charan, trata de um tema comumente discutido em organizações: quando os resultados estão abaixo das expectativas, onde está o erro? Geralmente, o problema está na implementação. Se um plano estratégico for bem desenvolvido, mas implementado incorretamente, os resultados previamente projetados não serão atingidos. Os autores utilizam cases de multinacionais para mostrar os caminhos para a execução por meio de uma disciplina que mescla teoria e realidade, ou estratégia e prática. De acordo com a publicação, realizações bem-sucedidas resultam da prática voltada para a execução. Ou seja, criar uma estratégia, unir pessoas e
coordenar as operações. Esses são os três processos-chave de cada negócio. Liderar esses processos é o verdadeiro trabalho da gerência. E não apenas formular o plano e deixar a tarefa de torná-la realidade para outros. Bossidy e Charan revelam a importância do total e profundo envolvimento em uma organização e explicam por que um diálogo consistente sobre pessoas, estratégias e operações gera uma empresa baseada em honestidade e realismo. Editora: CAMPUS Ano: 2004 Edição: 1 Páginas: 264 Encadernação: Brochura Julho, 2014
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Agenda
fique por dentro
Próximos eventos
ÌÌ Curso de Qualificação para Compradores para a Área da Saúde 22 e 23 de Agosto Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 2050 – São Paulo (SP). Realização Conduta Saúde (11) 2501-8606/conduta@condutasaude.com.br
ÌÌ I Congresso Internacional de Diagnóstico por Imagem do HIAE ÌÌ 5ª Conferência Digital Security 29 de Julho Alameda Itú, 1151 - São Paulo Realização: VP Group (11) 4197-7500/contato@vpgroup.com.br
ÌÌ Simpósio Internacional de Câncer de Próstata 29 e 30 de Agosto Rua Coronel Nicolau dos Santos, 69 - Sao Paulo Realização: Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (11) 3155-8800/iep@hsl.org.br
ÌÌIV Encontro Brasileiro de Ultrassonografia– Ebraus
ÌÌ III Simpósio Internacional de Imagem Molecular e Radiofarmácia ÌÌ V Simpósio de Ressonância Magnética 22 a 24 de Agosto Auditório Moise Safra - Av. Albert Einstein, 627 – São Paulo Realização: Hospital Israelita Albert Einstein (11) 2151-1001
julho 02 – Dia do Hospital 10 – Dia da Saúde Ocular
ÌÌXXV Jornada Norte-Nordeste de Radiologia
13 – Dia do Estatuto da Criança e do Adolescente
ÌÌ V Jornada Cearense de Radiologia
13 – Dia do Engenheiro de Saneamento
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22 e 23 de Agosto Hotel Oásis Atlântico, Fortaleza (CE) Realização: Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
14 – Dia do Administrador Hospitalar
(11) 2645-0279/radiologia@cbr.org.br
28 – Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais
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25 – Criação do Ministério da Saúde 27 – Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho
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MADIS está entre as 5 indicadas na categoria Controle de Frequência para o prêmio Top of Mind 2014
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