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63 ISSN 2236-0336
Ano 6 - Edição 63 - Maio/2016
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Editorial
HDR, as três letrinhas da moda
Ano 6 N° 63 Maio de 2016 Redação
3D, IP, UHD e desta vez HDR: Adoramos traduzir a mais alta tecnologia em duas, três, quatro e até cinco letras. A tecnologia High Dynamic Range, conhecida pelo acrônimo HDR, estava presente em quase todos os corredores e salas dos congressos CES e NAB 2016 e pode ser considerada a sigla do ano. Seu apelo é levar ao espectador uma experiência visual mais próxima do mundo real, reproduzindo com maior realismo imagens superbrilhantes ou profundamente escuras e seus níveis intermediários. Com o HDR, os diretores podem transitar entre os extremos da fotografia, certos de que as suas viagens luminosas serão exibidas em qualquer tela. Assim, uma cena pode atingir os 1000 nits (equivalente a mil candelas por metro quadrado) e seguir para um ambiente quase sem luz, com sombras de várias intensidades, que não se confundem em um borrão escuro. Esta tecnologia amplia o volume de informações recolhidas na captação e cria um novo caminho para transportar a imagem desde a cabeça da câmera até a exibição. É uma forma nova de produzir e distribuir mídia, com muitas iniciativas de padronização, mas distante da maturidade. Se por um lado a sua aplicação tem potencial para atingir todas as plataformas de distribuição, por outro, muitos desafios precisam ser ultrapassados. Por exemplo, como nem todos os monitores serão HDR, deverá haver uma solução para transmissão simultânea de conteúdos SDR e HDR que não exija investimentos significativos em novas infraestruturas. Também vale dizer que o padrão existente – SDR, incluindo a publicidade, deverá ser suportado pelo novo fluxo de trabalho, também chamado de HDR-TV. Como parte das iniciativas de padronização e mirando no início das transmissões abertas em 4K/8K no Japão, pesquisadores apresentaram na NAB 2016 as especificações para sistemas de câmeras 8K. Esta televisão do futuro deverá trabalhar com resolução de 7680x4320, frequência mínima de frames de 120 Hz, paleta de cores expandida e o uso intensivo do HDR. A especificação enquadrou o HDR no padrão Hybrid Log-Gamma STD-B67, homologado pela associação japonesa ARIB (Association of Radio Industries and Businesses), organizando os parâmetros de range dinâmico no âmbito da colometria, formato/transporte de sinais e visualização das imagens. Tudo desenvolvido com o objetivo final de garantir ao 8K ou Ultra-High Definition Television (UHDTV – outra sigla para decorar!) um status extremamente superior de imagem, sem abrir espaço para comparações com padrões inferiores. As bases da televisão de ultra-alta definição estão assentadas nas normas e recomendações Rec. ITU-R BT. 2020, SMPTE ST 2036-1 e ARIB STD-B56, e o anúncio feito na NAB 2016 avançou no detalhamento de itens como a cabeça de câmera 8K, que deve ser constituída por três sensores de imagem de 33 Megapixels, com frequência de 120Hz e cores RGB. Já a separação prismática de cores deve ser desenhada para atender às recomendações Rec. BT. 2020, ampliando a variedade de cores que podem ser capturadas, processadas e exibidas. Os sensores devem ser compostos por pixels com uma distância entre os pontos centrais de 3,2 micrômetros (3,2 x 10-6 metros) e um conversor A/D de 14-bit, apto a capturar vídeos HDR. O anúncio sobre as especificações para sistemas de câmeras 8K incluiu ainda o transporte de sinais 8K/120Hz HDR, que deverá acontecer através de interfaces U-SDI, com taxa de transferência de 144 Gbit/s em um único cabo. Vale a pena lembrar que o HDR não está vinculado ao 4K ou 8K, e poderia estar presente nas telas HD 1080p, mas os fabricantes prefiram reservá-lo para resoluções superiores, como vantagem adicional que justifique o investimento em novas telas.
Editor e Jornalista Responsável
Fernando Gaio (MTb: 32.960) fernando.gaio@vpgroup.com.br Reportagem
Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Editor Internacional
Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Coordenador Editorial
Fávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br
Diretoria Presidência e CEO
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Fernando Gaio (MTb: 32.960) Editor
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Sumário
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50 Making Of na Selva Os bastidores do trabalho da Grifa Filmes documentando a expedição “Novas Espécies” na Amazônia Brasileira
Nesta Edição 16 AJA Video Systems
30 Arri entra em novos segmentos
Empresa apresenta diversas novidades durante a NAB 2016.
Marca alemã compra a linha de estabilizadores Artemis.
18 Blackmagic surpreende na NAB 2016
36 Revolução Lawo V_Matrix
Um viewfinder para a Ursa Studio, atualização da Ursa Mini, um sistema de video assist foram destaque.
Novo ecossistema permite transformar o hardware para tomar diferentes funções.
20 For-A World of Possibilities
37 EVS apresenta o Xeebra
Diversas novidades para fluxo de trabalho 4K são as apostas da empresa para 2016.
O novo sistema de replay da marca vai auxiliar árbitros a tomar decisões mais precisas.
26 Novo MediaGrid 4000
40 Grass Valley anuncia o GV Korona
Harmonic foca em armazenamento para 4K.
O novo produto é pensado para aplicações móveis e onde espaço ou orçamento podem ser um problema.
50 10Perguntas Michikazu Matsushita
42 Reportagem Semana ABC 2016
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Notícias
Eurocopa 2016 terá distribuição de vídeo IP e 4G em todos os estádios Sistema permitirá a distribuição dos sinais para as telas espalhadas por quatro estádios-sede da edição deste ano na França
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Exterity instalará suas soluções de vídeo IP em quatro estádios-sede da próxima Eurocopa UEFA 2016 na França. O campeonato europeu espera atrair 2,5 milhões de visitantes em dez cidades francesas. Três dos estádios que instalarão as soluções serão reformados e utilizaram um sistema de vídeo atualizado para proporcionar uma melhora qualidade no estádio. O quarto estádio, o Stade Pierre-Mauroy, é recém-construído, o que exigiu um sistema completamente novo que permitirá rivalizar com as maiores instalações da indústria esportiva. A Exterity é a única provedora de soluções de vídeo IP que foi escolhida para mais de um estádio na UEFA Euro 2016. “A UEFA Euro 2016 é o maior campeonato da história da competição, com 24 países participantes na competição internacional mais importante do futebol europeu. Isso mostra a popularidade do campeonato de verão e faz com que os fãs tenham grandes expectativas em relação às visitas aos estádios”, aponta Colin Farquhar, CEO da Exterity. “Estamos orgulhosos que nossa solução de vídeo IP tenha sido selecionada para transformar a vivência do dia da partida para mais de 1 milhão de fãs e de ter um papel tão importante nesta nova era de esportes ao vivo”, ressalta. Os sistemas da Exterity foram escolhidos para serem utilizados em mais de 20 partidas durante o campeonato, facilitando a distribuição
de conteúdo de alta qualidade para as telas espalhadas pelo estádio. Além do material gravado ao vivo durante as partidas, o sistema Exterity dispõe de propriedades de proteção de conteúdo integrado para permitir que as sedes ofereçam conteúdo criptografo para diferentes canais de televisão. Já a Ericsson anunciou que fornecerá soluções de 4G multipadrão para os dez estádios-sede da Eurocopa 2016. As partidas acontecerão entre 10 de junho e 10 de julho de 2016, na França, em estádios com capacidades de 33 mil a 81 mil espectadores. As soluções da Ericsson suportarão experiências de banda larga móvel de alta qualidade para os fãs. Foram instalados centenas de estações de rádio multipadrão nos estádios, o que tornará mais rápido e fácil o compartilhamento de fotos, vídeos curtos e conteúdos para redes sociais. “As capacidades de rede móvel 4G melhoraram muito nos estádios, assim como a sua cobertura”, disse Franck Bouétard, diretor da Ericsson França. “Com essa instalação, a França toma a dianteira em conectividade móvel em locais esportivos, que é uma grande notícia para os fãs”, ressalta. Em 2014, a Copa do Mundo do Brasil gerou nada menos do que 26,7 terabytes de tráfego de dados, o que equivale a 48,5 milhões de fotos e 4,5 milhões de chamadas feitas. PA
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Os Simpsons inova com animação a o vivo através de ferramenta da Adobe O Adobe Character Animator permitiu que o dublador Dan Castellaneta interagisse ao vivo com o público dos EUA
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dia 15 deste mês de maio certamente foi um marco histórico para a conhecida série animada Os Simpsons. Pela primeira vez na história, o episódio contou com a participação ao vivo de um dos personagens, Homer Simpson. Durante os três minutos finais, o personagem – através do seu dublador Dan Castellaneta – comentou os principais eventos do dia e respondeu algumas perguntas feitas pelos telespectadores por telefone e por meio da #HomerLive no Twitter. Isso só foi possível através da recém-anunciada ferramenta Adobe Character Animator, um novo recurso para o After Effects CC que foi apresentada durante o último NAB Show e que, segundo consta no comunicado do blog da empresa, estará disponível em breve. A equipe da Fox e d’Os Simpsons tiverem um acesso antecipado à uma versão do Character Animator. “Os Simpsons sempre tomaram as rédeas no que diz respeito as novidades e no que é possível em entretenimento”, disse Van Bedient, gerente de desenvolvimento estratégico sênior da Adobe. “Eles não tem medo de assumir riscos. Quando surgiu a ideia de inserir o ao
vivo em seu programa extremamente popular, nós não podíamos imaginar uma oportunidade maior para mostrar o que há de novo em termos de tecnologia”, explica. O Adobe Character Animator permite que os profissionais dê-em “vida” aos personagens 2D. Um animador ou designer profissional pode criar um personagem em camadas usando ferramentas como Photoshop CC ou o Illustrator CC, levá-los para a cena do Character Animator, e depois podem “atuar” como o movimento do personagem em frente à uma webcam. Até mesmo expressões faciais podem ser mostradas instantaneamente, garante a Adobe, com diálogos gravados e outras ações disparadas com o toque de algumas poucas teclas. “As pessoas geralmente não associação a animação com velocidade e simplicidade”, disse Bill Roberts, diretor sênior da divisão de gestão de produtos da Adobe. “As animações tradicionais levam muito tempo para serem feitas. Não é fácil passar a emoção e a ação, e se você desenha muito rápido, você corre o risco de perder todos esses momentos ‘entre’ a ação. O Character Animator é uma verdadeira inovação”, destaca. PA
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Notícias
Filmes brasileiros voltam premiados do Festival de Cannes Longa “Cinema novo” é eleito o melhor documentário do festival. Curta “A moça que dançou com o diabo” ganha menção especial do júri
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cinema brasileiro tem muito a comemorar o resultado da 69ª edição do Festival de Cannes. Na Competição Oficial de CurtasMetragens, “A moça que dançou com o diabo”, de João Paulo Miranda Maria, ganhou menção especial do júri oficial. O prêmio foi anunciado na cerimônia de premiação na noite de domingo. Na véspera, o longa “Cinema novo”, de Eryk Rocha, exibido na mostra Cannes Classics, recebeu o prêmio L’Oeil D’Or (Olho de ouro), honraria entregue ao melhor documentário entre as obras exibidas em todas as seções do festival. Rodado no município de Rio Claro (SP) e produzido ao custo de R$ 500, “A moça que dançou com o diabo” é uma releitura contemporânea de uma lenda centenária do interior paulista. Na adaptação, uma menina vive o conflito entre a religião e suas descobertas da adolescência. O diretor João Paulo Miranda Maria já havia exibido o curta “Command Action” na Semana da Crítica do Festival de Cannes em 2015. A Palma de Outo de melhor curta-metragem ficou com o espanhol “Timecode”, de Juanjo Gimenez. Vencedor do prêmio Olho de ouro, o documentário “Cinema novo”, de Eryk Rocha, é um ensaio poético com cenas e depoimentos de grandes nomes do movimento cinematográfico brasileiro que dá nome ao filme, como Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Ruy Guerra, Joaquim Pedro de Andrade, e Glauber Rocha, pai do diretor. “Cinema novo” recebeu investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual em sua produção.
O diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, parabenizou o diretor Eryk Rocha e sua equipe: “No filme vemos eclodir a poesia, a contundência e a lucidez do Cinema Novo em seu tempo. São planos e sequências dos filmes do cinema novo de muita força, delicadamente articulados às falas dos jovens realizadores, tudo marcado pela ânsia do futuro e do Brasil. Filme que fala ao Brasil de hoje”, apontou ele, que representou a ANCINE no festival, ao lado do assessor internacional da Agência, Eduardo Valente. PA
SP Film Commission facilita gravações audiovisuais na capital paulista Formulário único diminui o tempo de resposta para pedidos de filmagens para até dois dias úteis
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esde a última segunda (16/5), filmar em São Paulo ficou mais fácil. É que já está valendo o decreto que cria a São Paulo Film Commission (56.905), cuja assinatura aconteceu em 30 de março. O documento previa um prazo de 45 dias para a Spcine se adequar às regras. O ponto alto do decreto é que ele centraliza e desburocratiza as solicitações de filmagem na capital paulista. Atualmente, produtores audiovisuais chegam a percorrer dez guichês diferentes, dependendo do tamanho da produção, para conseguir rodar um filme, série ou anúncio de TV. Com as mudanças, o
produtor preenche apenas um formulário, disponível no sitewww. spcinesis.com.br/login.php, cujo tempo limite para resposta fica entre dois dias úteis (no caso de peças publicitárias) e sete dias úteis (para as demais obras audiovisuais). No Cadastro Único de Filmagens e Gravações, produtoras informam as necessidades da produção e dados da empresa solicitante. A partir daí, a São Paulo Film Commission, departamento da Spcine, assume a negociação com os órgãos envolvidos na liberação de ruas, parques e outros espaços para filmagem. Algumas locações, como
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Notícias
prédios públicos que possuem o Selo Spcine de “São Paulo é cenário”, terão liberações imediatas. “O documento vai nos ajudar a organizar de forma sistemática o atendimento ao produtor. Vamos poder compilar os dados sociais sobre quanto a atividade audiovisual é rentável economicamente para a cidade, quanto ela gera de emprego e, no futuro, oferecer essas informações para a Prefeitura de São Paulo e para a sociedade civil. Com um procedimento de autorização mais fácil, o fluxo de filmagens na cidade tende a aumentar, e esse é o maior ganho”, acredita Tammy Weiss, coordenadora da São Paulo Film Commission. A produção de um longa-metragem internacional chega a movimentar 250 mil dólares por dia; a de um comercial de TV, cerca de R$ 1 milhão por semana, segundo estimativa da Association of Film Commissioners International (AFCI). Na cidade de Nova Iorque (EUA), dona da principal film commission do mundo, o impacto das produções gira em torno de 8,7 bilhões de dólares anualmente, com mais de 100 mil pessoas empregadas. “São Paulo perdeu dezenas, centenas de filmagens na última década por ser uma cidade quase impossível de filmar. Uma espécie de cidade proibida para o cinema, para o carnaval e para os artistas de rua, para a produção cultural no espaço público. Com este decreto vamos destravar a cidade para as filmagens, criando serviços eficientes e rápidos para o produtor”, reforça Alfredo Manevy, diretor-presidente da Spcine. Em fase pré-operacional, o departamento atendeu a 58 produções de agosto de 2015 a fevereiro deste ano, entre séries, programas de TV, videoclipes, publicidade, longas e curtas-metragens.
Selo Spcine A São Paulo Film Commission começa a construir uma base de dados com os serviços e profissionais do audiovisual disponíveis na cidade, como forma de incentivar arranjos produtivos locais e forta-
lecer a mão de obra do território. Por meio do Selo Spcine, diferentes prestadores de serviços poderão se identificar como parceiros da empresa, oferecendo benefícios para produtores audiovisuais. Serão três categorias: EU SOU CENÁRIO, para espaços que disponibilizem sua locação para filmagem; AMIGO DO CINEMA, o serviço ou comércio oferece desconto nos preços para produções audiovisuais; SÃO PAULO É CENÁRIO, prédios públicos que têm disponibilidade automática para filmagem. Os dados estarão disponíveis no app da São Paulo Film Commission. O aplicativo, que também terá uma versão web, oferece ao produtor audiovisual um manual de como deve proceder para filmar em São Paulo, como também o cadastro único para obtenção de autorizações e o banco de dados de serviços, mão de obra especializada e um cadastro em permanente atualização das locações ofertadas pela cidade.
Comissão Será constituído ainda um Conselho de Filmagens e Gravações do Município de São Paulo, formado por órgãos da administração municipal direta e indireta. O colegiado, que deverá se reunir anualmente, fará a análise e sugestão dos preços cobrados pelo poder público para a prestação de serviços e locação de espaços da Prefeitura de São Paulo. Participam representantes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), SPTuris e das secretarias municipais de Governo, Cultura, Verde e Meio Ambiente, Transportes, Finanças e Coordenação das Subprefeituras. A CET também terá um funcionário para atuar como ponto focal junto à São Paulo Film Commission para os pedidos de filmagens e gravações que envolvam vias públicas. PA
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Especial
AJA Video Systems apresenta diversas novidades durante a NAB 2016 Conversores, placas de captura e um novo firmware para sua câmera estiveram entre as novidades
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AJA aproveitou a NAB 2016 para apresentar uma extensa lista de novidades em praticamente toda a sua linha. Dentre os principais destaques, estão os novos Mini-Conversores, um novo firmware para a câmera Cion e uma linha de placas de captura USB 3.0. Como principal novidade, a linha de mini-conversores da marca ganhou novas adições com o Hi5-4K-Plus, um conversor 4K/ UltraHD 3G-SDI para HDMI 2.0 e o HDP3, um conversor 3G-SDI para DVI-D com suporte para 1080p. O Hi5-4K-Plus traz grande fidaelidade de imagem com suporte para HFR até 60p convertende 4K/UltraHD SDI para HDMI 2.0. Ele provê um conexão de monitoramento simples para dispositivos 4K usando saídas Quad 3G-SDI, Quad 1.5G-SDI ou Dual 3G-SDI para novas telas com HDMI 2.0 para monitoramento de excelente custo benefício em fluxos de trabalho broadcast. Entre as principais funcionalidades do sistema estão suporte total ao HDMI 2.0 com data rate de 18 Gbps, suporte para 4K/UltraHD 4:2:2/4:4:4 com 50/59.94/60p sobre Quad 3G-SDI, Quad 1.5G-SDI ou Dual 3G-SDI, suporte para fidelidade de cor quadrant e 2SI e saídas de controle extra com Mini-Config v2.15.0. Já o HDP3 é um conversor miniatura 3G-SID para DVI-D para conversão e escala HD, incluind 1080p para uso comum em telas DVI ou HDMI e dispositivos de projeção. Ele oferece formato de saída com desinterla-
çamento automatico adaptativo e ajuste de escala, filtros, conversão de vídeo para frame rate VESA e mapeamento de pixel 1 para 1. Outra grande novidade do evento foram as novas placas de captura U-TAP HDMI e U-TAP SDI que oferecem captura HD/SD de alta qualidade por uma porta USB 3.0. A linha U-TAP oferece uma forma simples, acessível e portátil para captura plug-and-play compatível com OS X, Windows e Linux e uma grande gama de aplicações em software. O sistema é pensado para videoconferência, streaming, pós produção tradicional entre outras. Dentre as principais funcionalidades estão a captura HDMI (U-TAP HDMI) de fontes como cameras, switchers ou entradas não-HDCP, ou SDI (U-TAP SDI) em até 1080p de sinais 3G-SDI, a capacidade de ampla funcionalidade, uma vez que usam drivers incluídos no sistema operacional e conexão USB 3.0 com alimentação phantom. Outra grande vantagem é o tamanho reduzido, tornado-o facilmente transportável. Por fim, a AJA anunciou uma atualização de firmware para suas câmeras CION. A atualização para a versão 1.3 foi concebida levando em conta o feedback de seus usuários e traz melhorias de Gamma em highlights e detalhe de pretos além da renomeação dos parâmetros de gamma aproximando-se mais do padrão da indústria. PA
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Especial
Blackmagic surpreende como novas propostas na NAB 2016 Com um viewfinder para a Ursa Studio, atualização da Ursa Mini, um sistema completo de video assist e um duplicador para 25 cartões SD são as principais novidades da empresa.
Blackmagic, mais uma vez, trouxe um pouco de ação para a NAB 2016 com uma porção de novidades para sua linha de produção. Entre os principais lançamentos está o novo Blackmagic Duplicator 4K, atualizações importantes de sistema operacional para a Ursa Mini, o lançamento de seu primeiro monitor de Video Assist de tela grande e também um viewfinder para a Ursa Studio.
ergonomia foi desenhada para ofercer a máxima comodidade, a qual é essencial para trabalhar durante gravações extensas. A fabricante australiana tomou o máximo cuidado com a montagem articulada, colocando pinos de tensão regulável que permitem ajustar a resistência de acordo com a necessidade do usuário. Desta forma, é possível mover o visor para obter diferentes ângulos. Isso é fundamental quando se coloca a câmera em uma certa altura e é necessário enfocar o que há abaixo. Por outro lado, o acessório apresenta um desenho moderno com uma luz piloto grande que permite identificar com clareza a câmera que está no ar. Por sua vez, pode-se colocar placas numeradas na parte frontal para facilitar o reconhecimento. Cabe mencionar também que o visor se desmonta facilmente se necessário para remover a câmera do tripé com rapidez.
Blackmagic Duplicator 4K
Atualização Ursa Mini
Apresentado como uma ferramenta para comercializar conteúdos em UHD em mídia física para o consumidor, o Duplicator 4K é uma ferramenta de gravação em cartões SD que aceita conexões SDI 12G para entrada de vídeo e 25 portas para cartões SD. A ideia é que, conforme um evento vai acontecendo, as imagens enviadas de um switcher, por exemplo, podem ser gravadas nos cartões em tempo real em 4K para venda logo após o evento. O sistema funciona com codec H.265 para garantir muitas horas de gravação em Cartões SD convencionais, e possui saídas para ligação em cascata, permitindo expandir em série com outros Duplicator 4K para ampliar as capacidades de cópia. Há ainda a possibilidade de emendar diversas gravações no mesmo arquivo para evitar o excesso de arquivos no disco. Dentre as aplicações possíveis, estão shows ao vivo, cultos em igrejas e outros eventos voltas à grandes públicos.
A atualização para o modelo Ursa Mini, permite convertê-la em uma câmera de estúdio com todas as funções próprias para esta aplicação. Estas incluem ferramentas de controle de lents, sistema de intercom e luzes piloto, além da possibilidade de modificar ajustes mediante conexão SDI externa. A atualização também permite transmitir imagens no formato HD 1080i através da saída SDI e aplicar tabelas de conversão (LUT) de modo que é possível utilizar a câmera com qualquer switcher profissional. Por outro lado, a conexão à fones de ouvido permite estabelecer comunicação direto com o diretor. O indicador de gravação no dispositivo também se acende para mostrar quando a câmera está no ar. Dado que a Ursa Mini é uma versão cinematográfica digital com um sensor Super 35mm, o material registrado fica com uma nitidez excepcional. Além disso é possível usar lentes tipo PL ou B4 de acordo com as mounts correspondentes. Se o controle não for uma preocupação crucial, a Ursa Mini EF também funciona no mesmo formato. A atualização incluí uma nova colorimetria para ambos os modelos Ursa Mini, de forma que o conteúdo obtido durante a versão com o sensor 4K é similar ao captado com sensor 4.6K. Isso permite a possibilidade de conseguir uma maior consistência para empregar os dois modelos em uma mesma produção ao vivo. PA
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Viewfinder para Ursa Studio Desde que a Blackmagic Studio foi apresentada ao mercado, os usuários tem demandado uma montagem adicional para lentes B4 e conector para poder controle. Como resposta a isso, o novo Blackmagic Studio Viewfinder é capaz de transformar a Ursa em uma câmera de estúdio profissional. Conectável na frente da câmera, sua
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Especial
For-A World of Possibilities: celebrando os 45 anos com muitas novidades Estande da empresa foi dividido em várias áreas de exibição, cada uma focada em uma área de atuação, desde produção esportiva, ao vivo e 4K até soluções para estúdios virtuais e arquivamento.
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a edição deste ano do NAB, a For-A mostra seu portfólio de soluções com tecnologia 4K e de integração de produção para todas as etapas dos fluxos de trabalho de produção de vídeo. Para os switchers, inclusive, a fabricante trouxe novidades, com a apresentação pela primeira vez no NAB da versão de 3 M/E do HVS-2000, as placas de expansão 4K 3D DVE e uma opção de software 2SI que, segundo a For-A, permite o trabalho com um delay menor que os sistemas SQD. Oferecendo capacidades de um sistema 7 M/E, o HVS-2000 é ideal para uma grande variedade de ambientes de produção, podendo trabalhar em 4K. O switcher também incorpora recursos únicos como o MELite, que permite que um bus AUX tradicional se transforme em um Mix Effects funcional, com possibilidade de cote, mixagem, transições, keys e DVE. Outra funcionalidade destaque do sistema é o FLEXaKEY, que permite que os operadores adicionem, movam e multipliquem camadas key e DVE para os tradicionais M/E ou para os recursos MELite. O HVS2000 oferece 48 entradas e 18 saídas, com a possibilidade de trabalhar 3D DVEs em modo 4K com a placa de expansão. Além disso, foi apresentada a possibilidade do switcher de video portátil HVS-100/110 trabalhar com placas de expansão HVS-100TB2. Oferecendo duas entradas e saídas Thunderbolt 2., a placa permite que os usuários transfiram vídeo e conectem outros dispositivos, como geradores de caracteres e estúdios virtuais, através de um único cabo, possibilitando trabalhar inclusive em 4K/UHD.
Soluções em multi-viewer Na área de exposição focada em produção 4K, os visitantes puderam conferir outras novidades além dos switchers. Em especial, o novo multiviewer 4K MV-1200 e a opção de placa de multiviewer MFR-16MV para o switcher de roteamento MFR-3000, além de novos recursos para sua já conhecida solução MV-4200.
Sendo apresentado no NAB, o novo multiviewer compacto MV-1200 é uma solução de até 16 canais de entradas e 6 canais de saída em configuração de 1 RU para ambientes de fontes múltiplas e disponível em dois modelos: 4 entradas e 1 saídas HDMI como padrão em sua unidade MV-1200 ou 4 entradas e 1 saídas 3G/HD/SD-SDI como padrão na sua versão MV-1210. Com a opção de adicionar até 16 entradas em ambos os modelos utilizando placas de expansão, o MV1200 permite que os usuários construam um ambiente de edição 4K versátil e flexível. Alguns dos recursos incluídos nesse novo modelo são o Layout Manager, para a customização do usuário, exibição de nível de áudio para até 16 canais, saída para monitoração de áudio, tela de log de erro e a opção de fazer o stream de vídeo diretamente da unidade através de Ethernet. Marcando presença pela primeira vez no NAB também estava o MFR -16MV, uma opção de multiviewer para o switcher de roteamento MFR-3000. O sistema permite uma utilização de espaço mais eficiente com cabeamento facilitado para permitir splits de telas de até 4 x 16. Também permite a designação livre de fontes e telas de destino. Em relação às novidades para o MV-4200, a For-A traz o suporte para saída HDMI 2.0b voltado para o uso em ambientes de monitoração que serão exibidos em TVs 4K/UHD. Com esse suporte, um único cabo HDMI permite a transmissão de conteúdo 4K. Os usuários também podem personalizar de forma independente as configurações de layout e saída 4K/HD para saídas SDI e HDMI, permitindo a utilização de um sistema híbrid. O multi-viewer de 2 RU também passa a oferecer um Layout Manager melhorado para ainda mais facilidade de uso, saídas 2K/4K mixadas e redimensionamento de HD para 4K. O MV-4200 agora vem, por padrão, com mais opções de exibição, incluindo a exibição de logo em áreas de título, textos inseridos com um browser web para serem mostrados como títulos e suporte para exibições em idiomas que não sejam o inglês. A unidade compatível com 4K permite até 68 entradas em um sistema híbrido 3G/HD/SD-SDI, componen, HDMI, entradas DVI ou RGBHV com placas opcionais e oferece 8 saídas de monitoração independente. PA
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Especial
Chyron anuncia fluxo de trabalho ponta-a-ponta baseado em software Com a adição de quatro novas ferramentas para o Universo Camio, a empresa coloca todo o poder nas mãos dos criadores de conteúdo.
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uscando oferecer à seus clientes cada vez mais um fluxo de trabalho focado na criação de conteúdo, a ChyronHego anunciou uma série de novas ferramentas dentro do ecossitema Camio durante a NAB Show 2016. Dentre as novidades estão quatro novos membros da família para facilitar a produção de conteúdos de Meteorologia, Gráficos Virtuais, Automação de edição ao vivo e Playout. “Estamos vivendo hoje um momento de transformação que já aconteceu em outros segmentos, que é a transformação dos fluxos de trabalho para algo focado em quem de fato conta a história”, afirmou Jesper Gawel, CMO da empresa. De acordo com o executivo, segmentos como o mercado editorial e rádio passaram por transformações que colocaram os responsáveis pelo conteúdo no controle das etapas técnicas. “Hoje, para fazer uma revista, basta ter uma boa história para contar e um computador. Queremos levar isso para o segmento broadcast”, completou. Para tanto, a Chyron anunciou quatro novas ferramentas para o Universo Camio: o Metacast, um sistema de criação de gráficos para informação de meteorologia; o Hybrid Vitual and Augmented GFX, pensado para permitir criar gráficos e cenários virtuais para jornalismo; o VidiGo Live Compositor, uma espécie de sistema de switcher automatizado para criação de cortes de câmera, voice overs e outras funções; e o Live Assist Playout, que como o nome diz, automatiza o processo de colocar o conteúdo no ar. Todas as ferramentas são baseadas em templates. Isso significa que qualquer pessoa trabalhando na Redação de um programa jornalísti-
co pode acessar a estes padrões dentro do ecossistema Camio e atualizar, customizar ou utilizar qualquer uma das ferramentas. “Queremos deixar este uso o mais aberto possível de forma que a edição dos templates é bastante aberta à qualquer biblioteca de gráficos, imagens e etc que o usuário tenha acesso”, afirmou Gawel. Além destas novas ferramentas, a ChyronHego anunciou o LyricX com uma nova superfície de controle que mostra todas as funções da plataforma em um LCD programável para ser configurado para qualquer caso de uso. A nova versão da solução de criação de grafismos e playout da Chyron oferece uma arquitetura de 64-bit para uma alta performance de sistema, com uma interface de usuário revitalizada, permitindo a configuração de telas para programas específicos, como noticiários, por exemplo. Assim, o usuário pode mudar de forma fácil entre estes ambientes de produção para atender às suas necessidades específicas. “Nós tomamos cuidado em criar uma solução baseada em workflows otimizados – sem sobrecarregar os usuários com funcionalidades que eles não precisam”, aponta Sören Kjellin, CTO da ChyronHego. “Os usuários do Lyric irão encontrar uma variedade de pequenas e grandes melhorias em seus trabalhos do dia a dia, refletindo em tudo desde o toque dos usuários nos botões até as maneiras que eles trabalham na aplicação. O novo recurso de recall instantâneo é um grande exemplo disso, diminuindo o tempo de configuração do sistemas para todos os tipos de conteúdo, além da nova superfície de controle que traz muita eficiência para qualquer fluxo de trabalho”, finaliza. PA
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Especial
“Morte” do roteamento tradicional à la massacre da serra elétrica A proposta da Riedel passa por um sistema decentralizado que distribua a carga de sinal, aproveite seu posicionamento flexível de nodos e elimine ponto de falha.
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om o evento de imprensa mais excêntrico da NAB 2016, a Riedel deu anúncio à sua nova estratégia de produto para o futuro do broadcast. A excentricidade ficou por conta da figura de Thomas Riedel, CEO da empresa, que usou uma motosserra para destruir um roteador de modelo tradicional no que chamou de “cerimônia de morte do roteador tradicional” . Já em termos de produto em si, a Riedel está promovendo o novo MicroN, sistema de 1RU compatível com MediorNet e MetroN, que oferece alta densidade de I/Os como interface de múltiplos sinais de áudio, vídeo e dados que fazem do novo sistema uma ferramenta potente e flexível em qualquer ambiente de produção independente do tamanho e complexidade. O MicroN está disponível em duas versões que permite ao equipamento tanto formar parte de uma rede de equipamentos Mediornet como trabalhar em modo autonômo com apenas dois equipamentos em uma mesma rede para conexão ponto-a-ponto, ambas com um
Novo ESP-2324 expansion smartpanel, em combinação com o RSP-2318 oferece um máximo de 19 telas e 114 teclas para o controle com aplicativo
preço muito competitivo. O equipamento conta com 12 entradas/saídas SDI, duas portas ópticas MADI, 1 porta Ethernet, 1 porta de configuração e uma porta sync in/out, suportando tanto vídeo em alta velocidade em 10G, como sinais 3G, audio MADI e Gigabit Ethernet. O sistema oferece também roteamento de vídeo, áudio e dados, black burst, tri-level e world clock que gera sinal de sincronia. As capacidades de processamento intrínsecos do sistema incluem, para falar somente de algumas, a detecção automática de formato, sincronismo e armazenamento de frames em todas a entradas de vídeo, embed/desembed de 14 canais de áudio e gerador de sinais.
ESP-2324 Expansion Smartpanel Outra novidade apresentada durante o evento é o novo ESP-2324 Expansion Smartpanel para o RSP-2318, uma potente interface de usuário multifuncional com as funções e capacidades que devem transformar a forma como emissoras e profissionais de audiovisual se comunicam. Quando conectado a um RSP-2318, o novo painel de controle proporciona 24 novas teclas e quatro telas touch coloridas de alta resolução e fácil leitura. “Nossa interface de usuário do Smartpanel foi projetada para permitir um novo nível de flexibilidade na construção de soluções de comunicação que as operações de broadcast e produção profissional precisam, e o novo ESP-2324 é muito simples, oferecendo ainda mais versatilidade e escalabilidade do sistema”, disse Jake Dodson, diretor de gerenciamento de produtos da Riedel. A combinação de um RSP-2318 com um único ESP-2324 já dá aos usuários um total de 42 teclas e sete telas em apenas 2 RU que, segundo a fabricante, é a maior densidade do mercado de intercom. O app de intercom do RSP-2318 permite que até quatro ESP-2324 sejam conectados, oferecendo um máximo de 19 telas e 114 teclas. PA
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Especial
Harmonic foca em armazenamento para 4K com o novo MediaGrid 4000 Em um chassis de 4 RU, sistema promete oferecer desempenho de servidor SAN com a simplicidade NAS
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Durante conferência de imprensa realizada no NAB Show 2016, a Harmonic apresentou pela primeira vez sua nova plataforma de armazenamento, o MediaGrid 4000. Em um chassi de 4 RU oferece o desempenho de uma rede de área de armazenamento (Storage Area Network - SAN) com fibra óptica com a simplicidade e escalabilidade de um servidor NAS (Network Attached Storage). Esta proposta garante uma maior eficiência na produtividade ao consolidar o processo de armazenamento, inclusive em ambientes de alta exigências em resoluções UHD/4K. Essa nova plataforma de armazenamento pode ser expandida a 48, 96 ou 148 TB incorporando nódulos MediaGrid ContentSotre 4240, equipados com discos removíveis de 4 ou 6 TB. Os nódulos ContentStore 5840 também podem ser incorporados aos sistemas MediaGrid 4000 para oferecer a maior densidade de armazenamento da indústria, segundo a Harmonic, de até 504 TB em 5 RU. “Com o melhor desempenho do Harmonic MediaGrid 4000 e sua maior densidade, uma única estação pode ser a plataforma de arma-
Com o melhor desempenho do Harmonic MediaGrid 4000 e sua maior densidade, uma única estação pode ser a plataforma de armazenamento para todo o fluxo de trabalho de produção”, aponta Bart Spriester.
zenamento para todo o fluxo de trabalho de produção”, aponta Bart Spriester, vice-presidente sênior de produtos de vídeo da Harmonic. “Especificamente desenvolvida para suportar aplicações em meios de comunicação, reduzir os custos relacionados ao armazenamento e otimizar a produção de vídeo, o MediaGrid 4000 pode gerenciar qualquer aspecto relacionado a isso, desde fluxos de trabalho comprimidos à bibliotecas digitais ou vídeo não-comprimido”, ressalta.
Outras soluções A Harmonic também aproveitou o NAB para revelar novos recursos para outras soluções que auxiliam nos fluxos de trabalho da indústria broadcast, permitindo o lançamento de serviços OTT, o trabalho com UHD e HDR, além de falar sobre o ATSC 3.0, padrão de transmissão de TV Digital adotado nos EUA, e como suas soluções podem ser utilizadas para atender essa nova demanda. Um dos destaques fica por conta de duas novas ofertas da plataforma de processamento de mídia VOS: O VOS Cloud, que foi pensada para permitir que os provedores de serviço e conteúdo gerenciem a produção e entrega de fluxos de trabalho para a transmissão linear e OTT através de hardwares padrões da indústria de TI, através de infraestrutura na nuvem públicas ou privadas; e o VOS 360, uma solução software-as-a-service (SaaS) armazenado na nuvem pública e mantido e monitorado pela Harmonic para permitir que os clientes lancem os serviços OTT sem se preocupar com a garantia de funcionamento e operação da plataforma. Como resultado da recente aquisição da Thomson Video Networks, a Harmonic também apresentou a nova versão do codificador ViBE 4K UHD, oferecendo suporte para tecnologia HDR10 e Hybrid LogGamma (HlG), com baixa latência e codificação HEVC 4:2:2 de 10-bit para aplicações de fluxos de trabalho colaborativos 4K. O ViBE 4K também suporta a codificação HEVC de resolução 1080p/59.94, dando aos clientes uma única solução para aplicações UHD e HD. Outro sistema demonstrado no evento foi o transcodificador ViBE XT1000 Xtream, permitindo a transcodificação de qualquer formato, tornando-a uma boa solução para transmissões lineares ou entrega multi-telas. PA
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Especial
Soluções para estúdio virtual com realidade aumentada Brainstorm também levou a NAB 2016 sua solução para eleições, o Aston Elections
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Brainstorm Multimedia, fabricante de soluções de estúdio virtual e grafismos 3D em tempo real, leva ao NAB 2016 uma nova experiência aos visitantes do estande. Com uma tela de 24 pés (aprox. 7 m) de largura e um sistema de realidade aumentada, a empresa levou os interessados em um verdadeiro tour por uma apresentação falando sobre a evolução da tecnologia virtual chamado “From Leonardo to Ricardo” para mostrar as capacidades dos seus sistemas de estúdio virtual, podendo trabalhar inclusive em 4K. A empresa demonstra os novos recursos da sua premiada aplicação de set virtual, Infinity Set, juntamente com a tecnologia patenteada TrackFree. Com essa tecnologia, os apresentadores podem disparar animações e grafismos com o simples movimentos das suas mãos, sem a necessidade de nenhum hardware externo. Com essa tecnologia, a Brainstorm desenvolveu diversas funcionalidades, como o TeleTransporter, uma função de “viagem virtual” que já chamou a atenção no NAB do ano passado. Também há o 3D Pre-
senter que gera uma representação 3D verdadeira de um apresentador ao vivo. Esse recurso permite que o apresentador gere sombras virtuais e reflexos nos objetos, sejam 3D ou reais, dentro do ambiente virtual, melhorando significantemente o realismo do conteúdo. Outra grande destaque do estande da fabricante é o Aston Elections, sua solução de grafismos para eleiçõs de baixo custo. Graças aos mais de 20 anos em projetos de eleições, a Brainstorm criou uma aplicação que oferece uma solução de grafismos para eleições confiável e atrativas por uma fração do custo usual de outros sistemas e que não necessita de nenhum treinamento ou experiência anterior para ser operado, segundo a empresa. Os usuários do Aston Elections podem ter um projeto gráfico de eleições totalmente funcional pronto para ir ao ar em apenas um dia de preparação. A Brainstorm ainda realizou demonstrações do eStudio V14, sua mais nova versão do algoritmo de renderização, e o Aston 3D, uma solução a criação de grafismos 3D, GC e playout em tempo real PA
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Especial
Novos segmentos e atualizações importantes marcam presença da ARRI no NAB 2016 Marca alemã comprou a linha de estabilizadores Artemis e transforma o SkyPanel em um sistema de iluminação profissional poderoso
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erecendo destaque como um dos mais concorridos eventos da NAB Show 2016, a conferência de imprensa da Arri, realizada no segundo dia de evento, trouxe diversas novidades para as linhas de luminárias, câmeras e acessórios. Como principal destaque, esteve o anuncio oficial da linha de estabilizadores Artemis, pertencentes anteriormente à Sachtler da Vitec Group, além de dois novos modelos de lentes anamórficas e atualizações de firmware importantes para a Alexa SXT e para o SkyPanel, tornando-o um sistema completo para iluminação profissional. Também foi possível conferir acessórios compatíveis com câmeras das fabricantes Sony, Panasonic e Red Gear.
Estabilizador Trinity Sobre a nova linha de estabelizadores, Franz Kraus, diretor executivo da Arri, aponta que “trata-se de um segmento que não atuávamos, mas que vai de encontro com nossa estratégia. Agora somos capazes de oferecer steadycams que funcionam perfeitamente com nossa linha de produtos e, claro, também outros fabricantes”. De acordo com o executivo, não tratou-se exatamente de uma aquisição de planta, mas de tecnologia e pessoal, com o time de engenharia Artemis agora integrando a equipe da fabricante alemã para construir os estabilizadores dentro da fábrica da Arri em Munique. Para embalar ainda mais o anúncio, a fabricante mostrou o primeiro produto, o Trinity. O sistema traz as facilidades de um colete com
a mobilidade de Gimble manual. Outra vantagem é o view finder localizado no braço do Gimble, permitindo melhor visualização em movimentos extremos, e com capacidades touch para controlar os parâmetros da câmera, além do joystick para o controle dos movimentos da câmera. Segundo a fabricante, o sistema funciona especialmente bem em configurações compactas com a ALEXA Mini, mas o seu suporte para até 30 kg e possibilidade de ajuste de peso e altura permitem que câmeras maiores e lentes mais pesadas também sejam suportados, como as ARRIFLEX 236 e 416. Estabilização adicional no eixo de rolagem permitem o uso de lentes
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Especial
teleobjetivas e o movimento de tilt totalmente estabilizado e controlado por joystick permitem o uso de ângulo baixos ou acima dos ombros, assim como transições suaves entre os modos baixo e alto.
Master Anamorphic Outra novidade apresentada no evento foi duas novas lentes anamórficas feitas em parceria com a Carl Zeiss. Parte da linha Master Anamorphic, os novos equipamentos expandem as opções de lentes teleobjetivas e grande angulares com modelos de 28 mm (MA28) e 180mm (MA180). Segundo a ARRI, essa linha oferece uma grande qualidade de imagem com uma correção de aberrações ópticas perfeita com capacidades de oferecer o feito bokeh com grande contraste e bom fall-off de foco. O modelo MA28 compartilha da mesma velocidade de abertura T1.9 de todos as sete lentes master Anamorphics precedentes, tornando-a ideal para o trabalho em baixa luminosidade e para oferecer profundidade de campo. Já o modelo MA180 oferece T2.8 e um design compacto, com um diâmetro frontal de apenas 95 mm. Além disso, o modelo é otimizado para ser usado juntamente com o LDS Extender 1.4x, expandindo a distância focal para 250mm; e com o LDS Extender 2.0x, para alcançar uma distância focal de 360 mm.
Atualização SkyPanel Entre as diversas atualizações de firmware que a ARRI anunciou durante o evento, o grande destaque, sem dúvidas, fica para a linha SkyPanel. A versão 2.0 traz, ao todo, 10 novos recursos e uma série de melhorias de funcionamento. Já podendo criar uma variedade de cores, os SkyPanel podem agora emular uma quantidade ainda maior de gels de iluminação conhecidos. Segundo a fabricante, o sistema de iluminação calibrado do SkyPanel reproduz os filtros de cor com mais precisão que um console de iluminação e permite que os usuários selecionem gels familiares em segundos através de controles on-board ou através de um novo protocolo DMX. A linha passa agora a incorporar categorias de filtros da Rosco e Lee., que incluem opções para correção de cor, cores de festa, Rosco CalColor, Storaro Selection, entre outros. Com a atualização, o sistema também passa a oferecer um modo de baixa saída de iluminação. O Low End Mode permite gerar CCTs precisos com rendição de cor elevada e dimerização suavve em níveis de baixa iluminação, já que os sensores das câmeras mais novas já consegue produzir imagens de alta qualidade em condições de baixa luminosidade. Outro recursos é o Tungsten Mode, simulando
uma lâmpada de tungstênio padrão com controles de dimerização e efeito de ligar/desligar. Para lidar com ambientes controlados onde qualquer tipo de ruído pode ser prejudicial para a produção, a atualização traz possibilidades de controle dos ventiladores do SkyPanel através de DMX. Agora, os usuários podem configurar diferentes modos do funcionamento da refrigeração ou até mesmo desligar o sistema por pequenos períodos de tempo, diretamente através de DMX. O SkyPanel também se protegerá automaticamente de danos ligando os ventiladores nos níveis mais baixos quando o LED esquentar demais. O sistema também teve suas curvas de dimerização expandidas, passando de uma para quatro, permitindo diferentes comportamentos de dimerização para aplicações específica, além de implementar o gerenciamento de dispositivo remoto (RDM, da sigla em inglês), com comunicação de duas vias entre a iluminação e o console, e o uso do Art-Net que oferece funcionalidade RDM e DMX-512A através de protocolos de rede Ethernet. Por fim, a atualização permite a gravação e carregamento de configurações, presets e relatórios de erros através de conexão USB diretamente no SkyPanel, eliminando a necessidade de conectá-lo a um computador.
Atualização Alexa SXT A linha de câmeras Alexa SXT possui uma proposta de serem sistemas que oferecem o balanço perfeito entre tamanho de pixels e resolução, com capacidades de trabalhar em HD , 2K e 4K com HDR e em até 120 fps, com fluxos de trabalhos eficientes. A atualização dos equipamentos adiciona novos formatos de gravação, totalizando 14 formatos. O modo ProRes 2K e 4K Cine Anamorphic permite o trabalho com lentes anamórficas sem a necessidade de pós-produção. O modo Open Gate ProRes 3.4K oferece uma menor taxa de dados combinando a vantagens do Open Gate com o formato ProRes. Por fim, há o modo ARRIRAW 3.2K, para lentes de bocal PL Super 35 da ARRI, alcançando até 120 fps. Outras novidades incluem quatro saídas de monitoraçãi independentes, permitindo atender as necessidades de diferents pessoas no set de filmagem, com cada saída tendo configurações completamente independentes. Também permite configurações de Rec 709 ou Rec 2020 independentes para cada MON OUT. Agora, as câmeras Alexa SXT também possuem componentes da conhecida Alexa 65, assim como o sistema de redução de ruído e gerenciamento de cor da Amira. Uma nova baia de mídia suporta drives de captura SXR maiores e mais rápidos, continuando compatível com as mídias existentes. Por fim, melhorias de interface oferecem agora um modo de única velocidade que torna as mudanças de taxas de frame mais rápidas e um web remote melhorada. PA
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Especial
Lawo lança a plataforma baseada em Software V_Matrix Novo ecossistema permite transformar o hardware para tomar diferentes funções de acordo com a necessidade via software.
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om um dos principais anúncios do segundo dia de NAB Show em mãos, a fabricante alemã Lawo realizou sua conferência de imprensa para mostrar ao mundo o novo V_Matrix. O produto, focado para emissoras e provedores de serviço de radiodifusão, é uma plataforma de roteamento e processamento baseado em lâminas genéricas que pode tomar diferentes funções com uma atualização de software de acordo com a necessidade do usuário. O V_Matrix é montado em chasis escalonáveis de 1U, 2U ou 3U que abriga as diversas lâminas de processamento genéricas conectadas a um swtich COTS de alta capacidade com conexões 10GE e 40GE redundantes para formar uma matrix de processamento e roteamento baseado em IP. O sistema também tem conexões SDI como um opcional e tem como camada de controle os softwares VSM Broadcast Control e Monitoring. Desta forma, o sistema permite roteamento e swtiching de sinais tanto em domínio IP como SDI e incluí o SDN da Lawo para roteamento de vídeo extremamente preciso (nível de frame). O sistema é uma plataforma totalmente baseada em IP e pode ser usada para praticamente qualquer aplicação, desde uma Unidade Móvel, um estúdio de TV ou um centro de operação broadcast para criar uma infraestrutura virtualizada para produção ao vivo. Partindo do princípio que as capacidades do sistema e funcionalidades de cadeia de sinal não são definidas por conectividade física de módulos de hardware, rotear e processar pode ser ao mesmo tempo descentralizado e espalhado por mais de uma instalação ou centralizado em um único espaço ou veículo. O núcleo do V_Matrix permite ao operador construir fluxos de trabalho complexos simplismente carregando e rodando os módulos virtuais apropriados, que podem ser mudados durante a operação conforme a produção demanda. Ao encadar múltiplos módulos virtuais juntos, o V_Matrix pode ser escalado linearmente até milhares entradas/saídas SDI ou funcionalidades de processamento de áudio/vídeo para felixibidade sem paralelo. “Imagine que você tenha um único Hardware que pode ser um ro-
teador, uma matrix de switch ou qualquer outra função de processamento e distribuição de vídeo bastando um clique de software. É isso que nós fizemos aqui”, afirmou Philipp Lawo, CEO da marca. De acordo com o executivo, o sistema ainda pode ser colocado em uma ambiente de Cloud híbrido para realizar todo o trabalho remotamente, reduzindo custos de planta, abrindo até um novo modelo de negócio de locação de processamento para emissoras de TV. “O V_Matrix entregua realmente uma infraestrutura à prova de futuro baseado em padrões abertos com muito menos espaço em rack, menos consumo de energia e poucas restrições para a operação broadcast. Nós estamos muito contentes de sermos capazes de oferecer a habilidade de transformar qualquer instalação broadcast em uma instalação flexível baseada em IP”, conclui Lawo. O V_Matrix é totalmente baseado em padrões abertos em acordo com o grupo AIMS. PA
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EVS apresenta o Xeebra O novo sistema de replay da marca vai auxiliar árbitros a tomar decisões mais precisas em diversas modalidades esportivas.
O Xeebra em ação no estande da EVS
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EVS apresentou durante o NAB 2016 um produto que deve mudar o fluxo de trabalho para transmissão esportiva. Trata-se do Xeebra, um sistema de replay instantâneo pensado para os oficiais de arbitragem reverem lances polêmicos antes de tomarem qualquer decisão, mas principalmente, permitir replay multi-câmera instantâneo para comentaristas táticos ou de arbitragem embasarem seus comentários em tempo real. Durante a conferência de imprensa realizada no evento, o especialista Mike Carey, comentarista de arbitragem da CBS esteve presente para comentar a estreia do sistema, operado por ele, durante o SuperBowl 50. Segundo Carey, com este sistema ele “pode ir frame por frame com a câmera lenta, seja para frente ou para trás, tendo todas as possibilidades que eu poderia necessitar”. Entusiasmado com as possibilidades tecnológicas, Carey ainda afirmou que “não sei como eu consegui fazer meu trabalho antes do Xeebra”. Uma tela tátil intuitiva permite múltiplas visões do conteúdo vindo de até 16 câmeras de alta definição. Os usuários podem configurar a tela para exibir 16, 4, 2 ou uma única câmera. Com um controlador dedicado oferece operações estendidas para acessar diretamente as ações, controle tátil e capacidade de gerenciar marcas e comentários a qualquer momento. O Xeebra também oferece flexibilidade para o usuário. Sua arquitetura de servidores distribuídos e uma conexão GigE permite sua
instalação em qualquer ponto de um estádio enquanto que o servidor fica em outro ponto, fora de vista. O Xeebra suporta câmera SuperMotion para obter os melhores pontos de vista sobre as decisões críticas com capacidade para revisar o material com facilidade a partir de uma tela tátil. PA
Mike Carey, durante a coletiva de imprensa da EVS
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Especial
Pebble Beach apresenta produto voltado para América Latina O Marina traz um pacote de automação com preços especiais para a região.
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pesar de a Pebble Beach estar apostando alto em seu novo sistema Orca, a empresa aproveitou a NAB 2016 para apresentar uma solução pensada exclusivamente para a América Latina. Batizado de Marina Xpress, o produto é um novo sistema compacto de automação broadcast para instalações de menor escala. Disponível na região exclusivamente por meio da rede de distribuidores da fabricante, o Marina Xpress oferece aos clientes uma opção acessível que conta com as funcionalidades mais gerais e com uma rota de migração fácil para as versões Marina Lite e Marina Enterprise a medida que aumenta-se a quantidade de dispositivos e canais. Baseada na emblemática plataforma de automação Marina, que controla atualmente mais de 600 canais dos principais broadcasters do mundo, o Marina Xpress é uma solução robusta e flexível pensada para controlar tanto protuso e plataformas tradicionais, com os melhores servidores de cídeo do mercado. O sistema é escalonável de 1 a 3 canais e de 1 a 4 clientes, e cada configuração está disponível com opções de redundância. “O Marina Xpress oferece uma solução acessível para nossos clients na América Latina que estão buscando um sistema de controle de listas de reprodução robusto, sólido e sofisticado, que possa crescer junto com suas necessidades operacionais”, explica Paulo Andrés Martinez, vicepresidente de vendas para América Latina da Pebble Beach. A arqitetura cliente-sevidor permite o controle de múltiplos canais
desde uma única posição de operador, com uma clara visiblidade das operações e dos canais para uma gestão eficiente. Graças à aparência e estilo personalizável do sistema, cada usuário pode especificar um design de tela individual que será representado de forma automática ao iniciar a sessão. A tecnologia de lsitas de reprodução “SmartList” do Marina Xpress permite o controle de canais altamente ativos e com frequêntes trocas de programação de última hora, e pode gerenciar múltiplos tipos de eventos (ao vivo, clipes, GC, legendas, etc), múltiplas classificações (comerciais, promoções, ao vivo, notícias, etc), diferentes tipos de início e final de eventos (programado, manual, sequencial), assim como eventos com duração diferente da prevista. É possível realizar trocas na lista pouco antes da saída ao ar e é um sistema intuitívo e fácil de usar graças à funcionalidade “drag and drop” (clicar e arrastar). PA
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A mais alta tecnologia em controle de estúdio e automação em um único sistema. A Vizrt criou um sistema de controle avançado de estúdio de produção chamado Viz Opus, que representa o futuro da automação. Extremamente compacto, ele integra e gerencia a automação para playout, mixer de áudio, jornalismo e gráficos em tempo real e, perfeitamente em sincronia. E tudo a partir de uma única interface! Quer mais? O Viz Opus é instalado por profissionais altamente qualificados e muito fácil de ser operado. O Viz Opus já está sendo implantado na maior programadora do Brasil e diversas emissoras em todo o mundo.
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Grass Valley anuncia o GV Korona, seu novo Switcher de pequeno porte O novo produto é pensado para aplicações móveis e onde espaço ou orçamento podem ser um problema.
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om o objetivo de complementar sua linha de switchers de produção no segmento de compactos, a Grass Valley anunciou durante a NAB Show 2016 o novo Korona, ‘irmão menor’ do Kayenne e do Karrera pensado para aplicações onde espaço e/ou budget podem ser um problema. A tela sensível ao toque permite aos operadores à trabalhar rapidamente para agilizar as situações de produção de conteúdo. Ela também traz um menu integrado ao painel, e usa o mesmo OLED e tecnologia de cor que os painéis grandes da Grass Valley. O sistema está disponível em painéis de 1 ou 2 M/E, é gerido pela engine de processamento K-Frame S-Series e é compatível com os produtos maiores da linha. O GV Korona suporta múltiplos formatos HD e pode ser facilmente atualizável par 3G/4K com uma aquisição de licença de software. O painel de controle suporta até 20 botões designáveis em cada M/E bem como uma tela touch na área de transição. O Korona traz grande capacidade de Matrix (80x48) com I/O em IP opcional em SMPTE ST 2022-6 I/O.
LDX 86 Outra novidade apresentada durante o evento é a nova camera da família LDX, a LDX 86 Series. Trata-se de uma câmera com sensor de 2/3” com resolução 4K nativa em aspecto 16:9 com lentes full sensor. Cada câmera usa três CMOS 4K Xensium com 3820x2160 pixels. A nova LDX funciona no mesmo formato das anteriores, com padrões de aquisição de licença, com as opções HiSpeed com HFR 1x/3x em HD; Xtreme Spped com 1x/3x/6x em HD e 1x/3x em 3G; WorldCam com conteúdo 3G/HD em 1080i/720p/1080PsF/1080p; 4K com as funcionalidades da WorldCam mas também com 3820x2160 UHD; e Universe que oferece suporte universal e selecionável 1x/3x/6x HD, 1x/3x 3G e 1x 4K.
Cyber Segurança Visando oferecer um aporte maior neste sentido, a Grass Valley anunciou uma parceria com a fornecedora de soluções de Cyber-Segurança Tripwire para ofercer uma fortificação para seus sistemas de playout baseado em nuvem. Com o anúncio, a fabricante tornou-se a primeira empresa da industria de produção e entrega de conteúdo audiovisual a de fato colocar dentro de seu portifólio uma solução de proteção de dados para além da criptografia. “Termos tanto uma líder no setor broadcast e no segmento de segurança de dados sob o mesmo guarda-chuva nos permite atingir diretamente as necessidades de nossos clientes hoje”, afirmou Mike Cronk, vice-presidente de marketing da Grass Valley referindo-se à Belden, proprietária tanto da fabricante como daTripwire. “Conforme a indústria migra para o IP, a segurança se tornou um pilar fundamental da transição, garantindo proteção sobre os valiosos ativos digitais”, concluiu. PA
GV Korona Funcionalidades • Sistema de menu multitouch totalmente integrado; • Mesma interface de usuário familiar do Karrera, mas com formato menor; • Compatibilidade com toda a série K-Frame – pode ser usado como painel secundário em grandes eventos; • Capacidade de carregar arquivos de show do Kayenne ou Karrera; • Interoperabilidade de toda a linha Grass Valley, minimizando custos de treinamento.
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Reportagem
Cinematografia em pauta A 15ª Semana ABC reuniu de 11 a 14 de maio renomados profissionais para discutir os rumos da cinematografia brasileira e apresentar ao mercado às principais novidades tecnológicas para o setor Por Gustavo Zuccherato
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omo um dos principais eventos brasileiros voltado exclusivamente ao mercado de cinematografia, a 15ª da Semana ABC, promovida pela Associação Brasileira de Cinematografia, trouxe renomados profissionais à Cinemateca Brasileira para discutir assuntos relacionados ao setor e colocar em evidências as novidades tecnológicas e desafios enfrentados. Entre os debates deste ano, a Semana ABC contou com mesas sobre “Realidade Virtual”, “Séries de TV”, “Cinematografia Subaquática”, “Animação”, além das tradicionais mesas sobre educação, som, direção de arte e montagem. Este ano, o evento ainda contou com um convidado internacional, Salvador Parra, que trabalhou na segunda temporada de Narcos. “Acho que a importância da Semana – e a existência dela – é pela paixão que nós temos por cinema”, diz o atual presidente da associação e diretor de fotografia, Adrian Teijido. “Somos um grupo de pessoas que quer dar longevidade e desenvolver mecanismos para que possamos continuar trabalhando, aprendendo, ensinando e desenvolvendo qualquer atividade que seja relacionada a cinematografia no Brasil e na América Latina”, ressalta. Começando com a mesa sobre Realidade Virtual, o evento trouxe discussões desde o trabalho técnico com a tecnologia até a narrativa com a presença dos profissionais da O2 Filmes, responsáveis pelo primeiro videoclipe em 360º da cantora Ivete Sangalo, do especialista em áudio imersivo Daniel Sasso e do conhecido diretor Tadeu Jungle, que lançou o documentário “Rio de Lama” sobre a tragédia ambiental provocado pelo vazamento da barragem de resíduos de mineração da Sa-
marco, em Minas Gerais, utilizando gravações em 360º na narrativa. “Pela primeira vez depois da criação do cinema nós estamos diante de uma nova narrativa audiovisual”, aponta Jungle. “Na essência, o que fica é a nossa capacidade de contar histórias”, explica. Outro destaque do evento foi a mesa sobre Cinematografia Subaquática, iniciando o segundo dia do ciclo de palestras. Conduzida
Semana ABC traz discussões sobre as novas tecnologias do mercado, como realidade virtual e cinematografia subaquática
Reportagem <<
pelo especialista Lucas Gaspar Pupo, com participação do diretor David Schurmann e diretor de fotografia Roberto Faissal, além do técnico de efeitos especiais Vagner Martão, a sessão contou com a participação do público em mais de 2h30min de discussões sobre os desafios e as necessidades especificas dessa produção. Durante os três dias as fabricantes Sony e Canon apresentaram palestras técnicas dos produtos que foram lançados durante o NAB 2016 e foram discutidos os aspectos essenciais de uma produção audiovisual como som, edição e educação. A programação da Semana se encerrou com uma mesa recebendo um convidado internacional, o mexicano Salvador Parra. Com mais de 25 anos de experiência, o produtor é um dos responsáveis pela segunda temporada da série original da Netflix, Narcos, e trabalhou em vários filmes como o ganhador da Palma de Ouro de Cannes, Volver (2006), dirigido por Pedro Almodóvar; Antes do Anoitecer (2000), dirigido por Julian Schnabel, Flight of the Buterflies (2012), de Mike Slee, Cruzada Católica (2012), de Dean Wright, e No Eres Tu, Soy Yo (2011), de Alejandro Springall. “Me agrada muito essa fusão entre todos os profissionais envolvidos em cinematografia que a Semana ABC promove”, diz Parra. “Poder falar sobre as minhas experiências para uma grande quantidade de jovens é realmente motivador por-
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“Pela primeira vez depois da criação do cinema nós estamos diante de uma nova narrativa audiovisual” Tadeu Jungle sobre realidade virtual
que essa é semente da formação dos próximos diretores da indústria cinematográfica”, ressalta. A mesa ainda contou com a presença de Teijido e do diretor de arte Marcos Cavalheiro que discutiram o papel de um desenhista de produção e as obras que o mexicano participou. “Além de ser um evento único no Brasil, atraindo pessoas de todo o país, o evento é importante porque as discussões feitas nos três dias de evento são gravadas e disponibilizadas em nosso site de forma gratuita”, destaca o coordenador do evento Carlos Pacheco. Todas as palestras já podem ser conferidas diretamente no site www.abcine.org.br.
Prêmio ABC Como já é tradição, a ABC encerrou as atividades com a cerimônia de premiação que reconhece os profissionais que mais se destacaram na cinematografia brasileira em 2015. Apresentada por Marisa Orth, o filme “Chatô – O Rei do Brasil”, de Guilherme Fontes, foi o grande vencedor, levando todos os prêmios nas categorias de lon-
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Reportagem
Gualter Pupo, vencedor do prêmio de Melhor Direção de Arte em Longa-Metragem por “Chatô - O Rei do Brasil”
Mesas foram gravadas e já estão disponíveis gratuitamente no site da Associação Brasileira de Cinematografia
ga-metragem: melhor direção de fotografia, melhor direção de arte, melhor som e melhor montagem. Os outros premiados foram: “Chico, Artista Brasileiro” como melhor direção de fotografia de documentário; “Sinaleiro” com melhor direção de fotografia de curta-metragem; o episódio 12 da série “Magnífica 70” com melhor direção de fotografia de série de TV; o “Skol Ultra – A Cerveja Oficial dos Atletas não Oficiais” com melhor direção de fotografia de filme publicitário; e “Terra Roxa” com melhor direção de fotografia de filme estudantil.
Cada uma das quais levando suas principais novidades apresentadas internacionalmente para este setor. AARRI aproveitou seu próprio estande para exibir a conhecida AMIRA, além da linha de iluminação Skypanel com a versão 2.0 de firmware trazendo 10 novos recursos e uma série de melhorias de funcionamento. A Blackmagic, por sua vez, estava presente no estande da White Gorilla levando suas câmeras de cinema e a compacta Micro Cinema Camera. A White Gorilla, inclusive, aproveitou o evento para lançar o GorillaTap, uma solução que une um video assist à um switcher. “Nós sempre procuramos ver o que já existe no mercado, o que há de problema e o que pode ser melhorado para facilitar os workflows nos sets de filmagens e, assim, criamos algum produto que possa atender essa demanda”, explica Patrícia Atina, diretora executiva da companhia. “E é justamente por isso que a feira é importante: mais do que a venda, do que expor o equipamento, aqui a gente encontra os profissionais que atuam no mercado e escutamos as suas necessidades, podendo desenvolver todo ano alguma novidade para trazer à feira”, ressalta.
Exposição A Semana ABC 2016 ainda contou com uma área de exposição de equipamentos e serviços com as seis principais fabricantes de câmeras para produção cinematográfica - ARRI, Blackmagic, Canon, Panasonic, RED e Sony - além de associações, como a ABELE (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Equipamentos e Serviços Audiovisuais) e outras fabricantes e fornecedoras de soluções para o mercado de cinematografia, como a Electrica, a Fuji, a Lumatek, a Monstercam e a White Gorilla.
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A Panasonic trouxe ao Brasil a Varicam LT, modelo mais leve e compacto da Varicam 35 4K que foi destaque no NAB 2016. “Aqui nós trazemos praticamente tudo que nós mostramos lá em Las Vegas para um público extremamente apaixonado pelo cinema e conhecedor profundo das tecnologias, para que eles tenham mais tempo para conhecer nossos produtos e ver quais são os nossos grandes diferenciais”, aponta Adilson Moreira, diretor comercial da Panasonic. No estande da empresa ainda era possível con-
Salvador Parra, um dos responsáveis pela segunda temporada da série Narcos
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Reportagem
ferir a camcorder 4K, DVX200, e o modelo mais clássico da Varicam. A Canon, além da sua apresentação durante as palestras, contava com um estande trazendo a linha completa de câmeras de cinema, EOS C, e lentes. A Sony também contava com estande trazendo as câmeras FS5 e FS7, além da Alpha7 II, uma das primeiras DSLR com sensor Full Frame Mirrorless de 35 mm. Outras empresas, como a Lumatek, aproveitam o evento para dar visibilidade as marcas que distribuem frente às outras já amplamente conhecidas. “A ARRI, nossa concorrente direta, o mercado já conhece há 20 anos, e a Semana ABC é uma forma de trazer as novidades das marcas que representamos, sobretudo Mole Richardson, Dexel e The Light”, aponta José Garcia, coordenador de vendas da companhia. “É um público que reúne muitos estudantes, que são os futuros profissionais do mercado, é uma forma de mostrar a marca à eles para que eles conheçam outras opções de mercado”, finaliza. PA
Novo revendedor RED Cultuada entre cinematógrafos de todo o mundo, as câmeras RED parecem finalmente entrar com força no mercado brasileiro em 2016. A fabricante anunciou recentemente que o grupo argentino Nacho Mazzini Family (Nacho MF) se tornou sua representante da vendas para toda a América Latina e, agora, durante a Semana ABC e após a abertura de um escritório regional, a NMF Brasil, a RED apresenta ao mercado seus parceiros comerciais. A Bureau Cinema e Vídeo será a nova revenda para o Brasil, enquanto que a Quanta Brasil e a Dcine atuarão auxiliando, respectivamente, nas vendas de soluções complementares, como iluminação, por exemplo, e de prestação de serviços em SETs de filmagem. No estande da empresa na Semana ABC, os visitantes puderam conferir algumas novidades, como a Raven e a já conhecida câmera Dragon. A Raven é uma câmera 4.5K com CMOS de 9.9 Megapixel e 16.5 Stops de latitude. A Nova Raven tem o mesmo sensor e processamento da RED Weapon, uma das câmeras preferidas de Hollywood e que em 2015 filmou filmes e series como House of Cards, A Garota Dinamarquesa, Jurassic Park, Piratas do Caribe, Capitão América 3: Guerra Civil, Hobbit, entre outros Raphael Varandas, diretor técnico da DCine, ainda adianta que a fabricante trará mais novidades ao mercado brasileiro, “Estamos com uma parceiria no YouTube Space para implementar o REDucation, um curso da RED para formar os
operadores das câmeras da fabricante”, diz. “Na verdade você está criando uma nova cultura e você precisa ensinar como mexer nas câmeras e a RED está chegando muito forte no Brasil com essa proposta”, finaliza.
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10 Perguntas
10P Michikazu Matsushita Presidente da Panasonic do Brasil fala sobre os jogos Rio 2016
Por Gustavo Zuccherato
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altando poucas semanas para o Rio de Janeiro receber o maior evento esportivo da sua história. Com a iminência dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, as empresas envolvidas já começam a apresentar o que poderemos esperar de novidades durante a celebração. E essa edição promete ser uma verdadeira quebra de recordes na área de áudio e vídeo, trazendo milhares de profissionais renomados e equipamentos para a capital fluminense. Como a Patrocinadora Oficial Olímpica Mundial para Áudio e Vídeo, a Panasonic é, sem dúvidas, a principal empresa a ser observada para o mercado broadcast. Patrocinadora dos jogos desde 1988, este ano ela conquistou também o patrocínio das Cerimônias de Abertura e Encerramento dos Jogos, além de expandir o fornecimento das soluções para os Jogos Paralímpicos. Os anúncios foram feitos em uma coletiva de imprensa realizada no dia 18 de
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A Panasonic do Brasil espera crescer três vezes as vendas no segmento B2B neste ano que é o mercado que inclui os produtos que fornecemos aos Jogos
”
Serão usados 110 projetores, modelo DZ21K2 de 20.000 lumens, durante as Cerimônias de Abertura e Encerramento
maio, promovido na Sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016 Michikazu Matsushita, presidente da Panasonic Brasil, nos cedeu uma entrevista exclusiva sobre a importância dos jogos para os negócios da empresa, a atuação da fabricante nesta edição, além do que esperar em relação às novas tecnologias.
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Panorama Audiovisual: A Panasonic já é patrocinador oficial dos Jogos Olímpicos desde 1988. Qual o impacto que esse patrocínio tem sobre os negócios da empresa? Michikazu Matsushita: Os Jogos são uma oportunidade para nós no mercado local. Com as Olimpíadas e Paralimpíadas, construiremos nosso maior case de sucesso no Brasil. Acreditamos que os Jogos possam dar suporte para nossos negócios e ajudem a aumentar nossas vendas no país, não apenas no mercado B2C como TVs, mini system, refrigeradores, mas também no B2B, categoria na qual se enquadram os produtos que fornecemos aos Jogos, como câmeras de broadcast, projetores, switchers, dentre outros.
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PAV: O que muda com a conquista do patrocínio oficial também das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos? Matsushita: Ao patrocinar as cerimônias de abertura e encerramento este ano, ganhamos o título de Parceira Oficial das Cerimônias. E providenciaremos 4 vezes a quantidade de equipamentos de Londres 2012 [serão fornecidos um total de 110 projetores para as Cerimônias de Aberutra e Encerramento dos Jogos]. Nossos projetores, modelo DZ21K2 de 20.000 lumens, darão vida ao Maracanã. As cerimônias serão um dos maiores, senão o maior, shows de projeção já feitos no país e seremos parte disso.
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PAV: Quais as expectativas de crescimento de negócios após os Jogos Olímpicos Rio 2016? Vocês já sentiram aumento nas vendas? Matsushita: A Panasonic do Brasil espera crescer 3 vezes as vendas no segmento B2B neste ano que, como falei, é o segmento que inclui os produtos que fornecemos aos Jogos. As Olimpíadas e Paralimpíadas serão cruciais para alcançar esta meta. Graças a estes eventos, podemos construir novos relacionamentos, parcerias e fornecer equipamentos para novos empreendimentos no Rio de Janeiro que surgiram justamente por conta dos jogos. Então, sim, já sentimos diferenças.
Gravação e transmissões serão feitas em qualidade Full HD com codec AVC Ultra utilizando equipamentos top de linha da fabricante
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PAV: Como foi esse processo para se tornar patrocinador oficial da cerimônia? Foi uma proposta do Comitê Olímpico do Brasil ou a Panasonic que tomou a dianteira nessas negociações? Esse processo começou quando? Matsushita: A Panasonic entrou em contato para fornecer [os equipamentos] para as Cerimônias como faz todo ano. E então, ano passado, uma oportunidade de patrocina-las surgiu. Concordamos pois seria muito proveitoso para ambos lados e, então, surgiu o projeto de mais de 100 projetores.
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PAV: O que podemos esperar de novidade para essa edição dos jogos em relação às tecnologias empregadas? Matsushita: [Em relação às câmeras, utilizaremos] tecnologia full HD para câmeras de broadcast, formato P2HD, família AVC Ultra de codecs. O destaque vai para o modelo AJ-PX5000G, nosso modelo top de linha. Dentro das arenas, teremos mais de 40 câmeras, como o modelo AJ-PX800G. As imagens geradas serão controladas por nossos switchers, com destaque para o modelo AV-HS6000, também nossa top de linha. E todas as imagens captadas na arenas serão transmitidas por nossos telões de LED [serão 72 telões nas 35 arenas].
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PAV: Fornecer todos os equipamentos de áudio e vídeo da cobertura das Cerimônias de Abertura e Encerramento e dos Jogos Olímpicos demanda uma grande quantidade de equipamentos. A Panasonic tem capacidade de atender toda a demanda com o estoque próprio de equipamentos ou se valerá de parceiros
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(como distribuidores, por exemplo) para atender essa demanda? Matsushita: Temos esta capacidade, mas a maneira mais sustentável de prover estes equipamentos aos Jogos é usando locadores de equipamentos parceiros. Não compensa para o comitê comprar produtos, já que as tecnologias se renovam ano a ano, e eles ficariam parados esperando a próxima edição. Então, a melhor maneira de negócio é através de locadoras. PAV: Haverá alguma estratégia especial de equipe de suporte técnico durante os jogos? Matsushita: Todo o pessoal técnico da Panasonic relacionado aos Jogos estarão no Rio e darão suporte completo, sejam brasileiros ou japoneses. Temos um time especial dedicado para garantir que tudo corra nos conformes.
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PAV: Temos visto três vertentes tecnológicas desenvolvendo-se simultaneamente no mercado: HDR, 4K e IP. Para a Panasonic qual das três é a prioridade de consolidação? Matsushita: 4K é uma realidade. O HDR está sendo trabalhado no mercado B2B e B2C e pode virar uma tecnologia presente em produtos no fim deste ano. E tecnologia IP pode tomar um pouco mais de tempo, talvez na próxima NAB, com os protocolos TICO e AIMS.
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PAV: Hoje no Brasil qual o principal mercado para Panasonic? Broadcast, Cinema, Publicidade, etc? Matsushita: Para Panasonic, são produtoras audiovisuais e emissoras.
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PAV: Vimos o lançamento da Varicam LT, que é uma câmera compacta de alta capacidade de baixo custo. Este tipo de equipamento deve continuar tendência no segmento? Matsushita: Sim. É um produto mais alinhado com produções de pequeno e médio porte, portanto, mais acessível a uma gama maior de clientes. PA
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Foto: Marcos Amend
No local, acessível apenas através de helicópteros, foram instalados dois acampamentos, um para a equipe de cientistas, com seus laboratórios, e um para a equipe de filmagem.
Pererequinha do brejo | Foto: Haroldo Palo Jr.
Dançador de crista | Foto: Haroldo Palo Jr. Foto: Haroldo Palo Jr.
alo Jr.
alo Jr.
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Foto: Marcos Amend
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Descobrindo novas espécies
A Grifa Filmes prepara o lançamento de um documentário trazendo o tudo sobre uma das maiores expedições científicas já feitas em solo nacional Por Flávio Bonanome e Gustavo Zuccherato
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oram 25 dias bem no meio de uma região inexplorada da Amazônia, quase na divisa de Roraima com a Venezuela com um único objetivo: encontrar o máximo de novas espécies possível. E os resultados tem de tudo para serem um dos melhores de toda a história das expedições científicas. São mais de 40 possíveis novas espécies encontradas por um grupo de quase 70 pessoas, sendo 50 cientistas. Tudo isso documentado pela equipe da Grifa Filmes, dos irmãos e sócios Fernando e Maurício Dias. Com um grande histórico em coproduções nacionais e internacionais, a produtora surgiu em 1996, já com a proposta de se focar em documentários e grandes produções para o mercado internacional e já acumula duas indicações ao Emmy Awards e diversos outros prêmios em festivais pelo mundo todo. Este novo projeto, chamado de “Novas Espécies: Expedição a Serra da Mocidade”, não poderia ser diferente. Viabilizada graças à parceria com a Globonews, Globofilmes, Filmland, a produtora Gebrueder BEETZ e o canal ZDF/ARTE da Alemanha, e com o apoio do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia), do Exército Brasileiro, por meio do CMA (Comando Militar da Amazônia), do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e do Parque Nacional Serra da Mocidade, o projeto era um desejo de mais de 10 anos do cientista Dr. Mário Cohn-Haft, do INPA, mas só começou a tomar forma após conversas com a Grifa e o Exército Brasileiro. “Essa não era uma exploração simples. Foi uma expedição multidisciplinar, ou seja, envolviam cientistas e pesquisadores de diversas áreas. Normalmente as atividades deste tipo acontecem com grupos menores de cientistas e em uma especialidade específica, como por exemplo o pessoal que estuda peixes, que estuda anfíbios, pássaros, mamíferos, e assim por diante”, contam os irmãos. Para este projeto, oito grupos de cientistas de diferentes áreas destacaram-se aproveitando a logística e o planejamento necessário,
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desde geologia à herpetofauna (estudo de répteis e anfíbios), passando também pelo estudo da flora local, insetos, peixes, aves e mamíferos. Foram quase dois anos de planejamento para viabilizar a expedição, que aconteceu nos meses de janeiro e fevereiro de 2016. No local, acessível apenas através de helicópteros, foram instalados dois acampamentos, um para a equipe de cientistas, com seus laboratórios, e um para a equipe de filmagem. A Serra da Mocidade é um lugar montanhoso desconhecido extremamente isolado. As montanhas, com mais de 1000 metros de altitude, ficam como se fossem uma ilha, no meio da Amazônia, o que cria um ambiente único dentro da selva, propenso a ter milhares de novas espécies. A comparação das espécies encontradas na serra com outras parecidas, de diferentes lugares, revelará pistas sobre o processo de evolução e a geração de espécies ao longo da história da Terra. “Da mesma forma que as ilhas do Galápagos colaboraram para os estudos de Darwin, as serras isoladas amazônicas ajudam a contar uma história que a ciência se desespera para entender: como surgem formas de vida novas?”, afirma Mario Cohn-Haft, o chefe da equipe de cientistas. “Esta expedição é como se tivéssemos descoberto um arquipélago novo de ilhas no meio do oceano. A Serra da Mocidade é um arquipélago de montanhas no meio de um mar de floresta amazônica”. O documentário explora desde a concepção e a viabilização do projeto, nas reuniões com os envolvidos, até a eventual comprovação por parte dos órgãos competentes e revistas científicas de que as espécies encontradas são realmente novas espécies. Para a equipe de filmagem, 11 pessoas atuaram em campo, com 40 pessoas no suporte à equipe. Quanto aos equipamentos, a equipe contou com cinco câmeras masters, sendo quatro Canon EOS C300 e uma Panasonic AJ-HPX3700, com lentes Zeiss e tripés Sachtler, além de uma série de Câmeras GoPro e câmeras compactas com infravermelho da Panasonic e painéis de LED para iluminação básica. De novidade, a produção incorporou dois drones, um Inspire
Maria Leque | Foto: Haroldo Palo Jr.
Filhote de caranguejo de água doce | Foto: Haroldo Palo Jr.
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Cientista Dr. Mário Cohn-Haft, do INPA e idealizador da expedição, e Maurício Dias, diretor do documentário.
One e uma Phantom, da DJI. A maioria destes equipamentos, principalmente as câmeras, foram da própria produtora, com algumas poucas locações. “O que eu levei em conta na hora de escolher os equipamentos foi o look cinematográfico e a luminosidade, porque, mesmo durante um dia ensolarado, é muito escuro dentro da floresta”, aponta Maurício, o diretor do documentário. Outro fator importante, foi a questão logística de levar e manter esses equipamentos no meio da floresta. Além da preocupação de levar os equipamentos audiovisuais para a expedição com o helicóptero, a equipe precisou levar em consideração outros aspectos, como alimentação e roupas utilizadas. “Foi uma expedição totalmente correta no ponto de vista ecológico, desde o tratamento do lixo, que tipo de comida que a gente podia comer, qual era a área aberta para acampamento, cuidado com a água, e uma série de cuidados da expedição que a equipe da produção do filme se envolveu muito. Na realidade a gente produziu uma expedição e uma filmagem ao mesmo tempo”, ressalta. Pensando nisso e na qualidade do som das filmagens, os geradores escolhidos foram todos blimpados, para evitar ruído, e com regulagem de voltagem muito precisa para evitar a queima de equipamentos. “Toda essa preparação da expedição teve que ser muito bem pensada porque o local que a gente ficou estava há mais de seis horas de vôo de Manaus. Não havia a possibilidade de recorrer a alguém caso esquecêssemos alguma coisa”. Para a captação do som, então, foram utilizados quatro microfones direcionais da Sennheiser. “Uma das vantagens da floresta é que o ruído dela não interfere tanto com a nossa voz - ela está longe de ser um universo totalmente silencioso mas não incomoda o som dos bichos”, explica Maurício. “Nós tínhamos os técnicos de som que também iam, com uma preocupação de fazer a captação dos sons da floresta”. Um trabalho de foley e montagem sonora será realizado pela Input Arte Sonora. “Acho que um dos maiores desafios técnicos que enfrentamos na
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Equipe Mauricio Dias - Diretor Fernando Dias - Produtor Leonardo Branco - Diretor de Produção Evandro Marcel Fontana - Diretor de Fotografia Haroldo Palo Junior - Diretor de Fotografia especializado em Natureza Henrique Mourão - Diretor de Fotografia Tiago Silvacam - Diretor de Fotografia Miqueias Andrade da Motta - Técnico de Som Ioram Finguerman - Fotógrafo still e operador de drone Bruna Curcio - assistente de câmera Rafael Rocha dos Santos - assistente de câmera Malcon Carvalho Botteon - médico André Finotti - Montador Selma Perez - Roteirista Julia Bottai- Roteirista
PHASE ENGENHARIA. Soluções de primeira linha para Broadcasting e Telecomunicações.
produção - fora a parte elétrica - foi a limpeza dos equipamentos, porque mesmo que nós tivéssemos uma barraca fechada com mesa, nós estávamos no meio do mato, com um ambiente muito seco, com muito pó. Além da questão do terreno extremamente acidentado. Tiveram tombos, câmeras que quebraram, fora os drones que inevitavelmente bateram e caíram, e algumas outras baixas”, brincou o diretor. Segundo ele, a equipe de filmagem era dividida em dois principais grupos, uma voltada à captação do dia a dia do acampamento e as equipes que acompanhavam as pequenas expedições realizadas diariamente pelos grupos de cientistas. “Nossa metodologia de trabalho funcionava assim: todos os dias tínhamos uma reunião dos cientistas-chefes, líderes dos grupos, comigo e com o Mário e anotávamos em uma lousa tudo que aconteceu no dia e que poderia acontecer no outro dia. A partir daí, em função das expectativas e das probabilidades, as equipes seguiam uma equipe ou outra dos cientistas”. “Por exemplo, o grupo dos mamíferos ia numa cachoeira que era muito longe, que nunca ninguém tinha ido e sabia que pelo menos seria espetacular a cachoeira, então neste dia uma equipe acompanhava esse cara. O pessoal dos anfíbios amanhã vai pegar um jacaré, então vamos mandar alguém com ele. O pessoal das plantas amanhã vai subir em árvore, e árvore a gente pode fazer em outros dias. As decisões eram muito di-
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Foto: Marcos Amend
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nâmicas. É um verdadeiro registro da expedição”. Feitas as gravações nas expedições, o material era todo compilado na base de filmagem, onde um logger ficava responsável por fazer o ingest com metadados e o backup, gerando mais de 200 horas de material bruto. Agora na etapa de edição, o documentário segue por uma fase de montagem em um trabalho conjunto do diretor, das roteiristas Selma Perez e Julia Bottai, e
do montador, André Finotti, que já trabalhou nas duas últimas séries de Maurício. Como é comum em documentários, a estrutura básica do filme já estava em mente, mas agora, segue uma fase de edição fina de quais trechos irão entrar ou não no documentário, que terá 90 minutos de duração, com a possibilidade de gerar uma série posteriormente, adianta Maurício. O documentário será apresentado no segundo semestre de 2016 primeiro em salas de cinema e, posteriormente, nos canais de televisão Globonews no Brasil e ARTE/ZDF na Alemanha. PA
Coprodução: divulgando o audiovisual brasileiro pelo mundo Durante a entrevista, Maurício e Fernando ressaltaram constantemente a importância e o papel das coproduções para o fomento e a distribuição de produções audiovisuais internacionalmente. Com um grande histórico nesta área, os diretores contam que as coprodutoras internacionais geralmente acabam bancando pelo menos 50% dos custos de produção e que, contando com esse apoio de outro país, as possibilidades de alcance são muito mais amplas. “Quando você tem um projeto desse com uma televisão muito forte, seja brasileira ou internacional, como a ZDF/ARTE da Alemanha, posteriormente você consegue ter uma performance muito boa de distribuição mundial do produto por vários fatores: primeiro porque ele se torna um produto europeu também, cumprindo também a cota de telas que existe lá, tanto do país que está coproduzindo como da comunidade européia. E quando você tem um canal muito forte dando aporte ao projeto, muitos outros canais compram aquele projeto praticamente sem assistir, porque o canal já deu o selo de qualidade para o projeto. Assim, o produto tem uma performance melhor de venda. É algo que funciona muito bem lá fora”. “É importante entender que lá fora não existe uma produção, sem ter coprodução. É impensável isso. É raríssimo um canal fazer um full comission, ou seja, eles pagarem 100% do projeto. O mercado brasileiro está um pouco fora das regras de mercado globalizada. Lá fora, os franceses, os alemães, os
ingleses, os americanos, todos coproduzem”. Maurício também vê com entusiasmo as recém-lançadas linhas de financiamento para coprodução internacional anunciadas como parte do Programa Brasil de Todas as Telas. “Este é um início que tem tudo para incentivar as coproduções, principalmente na América Latina, que ainda é algo incipiente. Achamos que isso é algo muito importante como forma de potencializar e dividir custos de produção˜. O executivo ainda reconhece a importância da lei do SeAC para criar mais uma janela de exibição. “Com essa lei, é criado uma possibilidade de trabalhar com muitos canais que não tinham o mínimo hábito nem a intenção de trabalhar com produto brasileiro. Isso é muito positivo. Os números que a gente vê e que a gente acompanha mostram que isso foi bom pra todo mundo, os canais cresceram, o número de assinantes cresceu, tudo cresceu”. Algumas das produções que levam o nome da produtora e do Brasil por mais de 100 países pelo globo terrestre são “No caminho da Expedição Langsdorff” (2000), o documentário “Doutores da Alegria” (2004/2005), a série “Europa Paulistana” (2006), o produto com maior audiência da história do canal France 5 “Extinções” (2011) e sua quase-sequência “Salvos da Extinção”, a série “Receita de Viagem – com Bel Coelho” (2014) e o documentário “500 Almas” (2005), com mais de 50 prêmios em todo o mundo, só para citar alguns.
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Agenda Acompanhe aqui o roteiro com as melhores sugestões de congressos, festivais, exposições, mostras, cursos, treinamentos e eventos do mercado audiovisual.
17 a 19 de Maio
AES BRASIL – 14º Congresso de Engenharia de Áudio www.aesbrasilexpo.com.br
fraestruturas baseadas em IP; Digital Signage Aplicada; Projetos de sucesso; Automação de Processos e Eventos; Desafios da Iluminação. www.churchtechexpo.com.br
24 a 26 de Maio de 2016
Bit! International Audio-Visual Technology Trade Show
Esta será a 17ª edição do evento que reúne o mercado audiovisual espanhol e a sua indústria de broadcast. O evento é realizado pela IFEMA e parceria com a revista Panorama Audiovisual. www.ifema.es/broadcast_06
31 de Maio a 02 de Junho de 2016 Church Tech Expo
A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e transmissão. Em 2015, o evento reuniu 90 expositores, representando mais de 200 companhias, e mais de 7 mil visitantes. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo e iluminação em templos e igrejas. O Congresso Church Tech Expo 2015 teve 100 de programação e recebeu 80 palestrantes em 65 sessão. Os temas centrais são: Integrando Áudio, Vídeo e Luz; Acústica e Inteligibilidade; Sistemas de PA e Sonorização; Produção de Apresentações Musicais; Mixagem e gravação; Seleção e configuração de microfones; Produção HD Ao Vivo; Implantação e Vantagens do Live Stream; Integração com Switcher e Robótica; Projeção e Processamento de Vídeo; Integração com Mídias Sociais; In-
31 de Maio a 02 de Junho de 2016 PANORAMA SHOW
O mais importante latino-americano dedicado às tecnologias de Produção Audiovisual e Broadcast será realizado no São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes), em São Paulo. Serão três dias de exposição e congresso dedicados ao aperfeiçoamento profissional, debate sobre tecnologias e promoção de negócios. Os temas-chave do congresso são soluções para produção e distribuição de áudio e vídeo em TV, cinema, novas mídias, publicidade, animação e games. Em 2015 o evento reuniu 7000 visitantes, incluindo mais de 1000 congressistas, que participaram de 65 sessões de debate e workshops. www.panoramaaudiovisualshow.com.br
4 a 7 de Junho
AES 140th Convention Paris (França) www.aes.org
10 a 14 de agosto Siggraph
Vancouver (Canadá) http://s2014.siggraph.org/
25 a 28 de agosto BIRTV
Beijing (China) http://www.birtv.com
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