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69 ISSN 2236-0336
Ano 6 - Edição 69 - Novembro/2016
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Editorial
Natal on demand O Brasil se revelou um dos mercados mais ávidos do mundo por serviços de televisão paga via Internet, na medida em que a proporção de brasileiros que assinam o serviço de TV OTT (Over-the-Top) saltou de 29% para 53% nos últimos 12 meses, conforme revela uma nova pesquisa da Paywizard, empresa especializada em assinaturas, faturamento e CRMs. O estudo mostrou também que se espera um crescimento ainda maior neste Natal, quando 50% dos consumidores brasileiros pretendem adquirir uma assinatura pela primeira vez ou incluir um serviço adicional. O setor brasileiro de serviço pago de TV OTT é atualmente o segundo maior de um grupo pesquisado de seis mercados de liderança internacional em consumo de TV no que diz respeito ao percentual de consumidores que assinam um serviço pago de TV OTT, vindo logo após os Estados Unidos, onde 55% são assinantes de um serviço OTT. A pesquisa, patrocinada pela Paywizard e realizada pela Research Now, ouviu mais de 6.200 consumidores em todo o mundo – incluindo 1.052 brasileiros – pelo segundo ano consecutivo, para examinar as tendências nos hábitos de consumo de conteúdo televisivo durante o período de Natal. O mercado brasileiro manteve sua posição de destaque em assinaturas online. O percentual de 50% de todos os consumidores brasileiros (incluindo aqueles que pretendem adquirir a primeira assinatura e os que desejam adicionar um segundo serviço) que têm a intenção de adquirir pelo menos uma assinatura OTT antes do período de festas de 2016 é proporcional ao do ano passado e mostra um alto contraste com o percentual global de 30%. A pesquisa mostra que 58% dos consumidores brasileiros pensa em assistir a mais TV do que o habitual neste Natal, o que se equipara à tendência global, porém um percentual surpreendente de 16% acha que irá assistir menos à TV durante o período de festas – embora as altas temperaturas do verão brasileiro em dezembro possam contribuir para isso. Alavancado pelo serviço pago de TV OTT, 85% dos brasileiros agora paga por alguma forma de serviço de TV, incluindo TV a cabo e via satélite. Mesmo com o crescente mercado de TV OTT e serviços por assinatura custando relativamente mais do que custariam em qualquer outro país, quando é levado em conta o poder de compra, os brasileiros estão muito mais propensos a manterem suas assinaturas. Somente 30% dos brasileiros que pretendem assinar um serviço de TV OTT pela primeira vez têm a intenção de cancelar o serviço no período de 6 meses, comparado aos 50% globalmente, conforme revelam os resultados da pesquisa. Embora os brasileiros pareçam ser mais fiéis do que os consumidores de outros mercados, os provedores ainda precisam ter a certeza de estar agradando seus assinantes. A experiência do consumidor tem um peso muito maior no Brasil do que em outros mercados, onde o preço é visto pela maioria dos consumidores como o maior motivo para cancelar uma assinatura – porém 57% dos já assinantes brasileiros afirmam que uma “má experiência do cliente” os fariam cancelar a assinatura (um percentual quase tão alto quanto os 60% que listaram “preço alto demais” como principal fator). Com o mercado de TV OTT em rápida expansão, os brasileiros têm uma grande variedade de escolhas de provedores de serviço, mas é o Netflix que domina o mercado, embora as marcas locais concorrentes estejam crescendo rapidamente: 26% das assinaturas de serviços de TV vêm de operadoras fora do escopo das quatro principais do Brasil. Além disso, quando se trata de assinar um serviço OTT pela primeira vez, 12% de todos os consumidores brasileiros pretendem assinar o Esporte Interativo Plus e 8% pensam em assinar o Clarovideo. Enquanto a audiência da TV online por assinatura no Brasil promete crescer neste Natal, o número de espectadores via dispositivo móvel deve cair ligeiramente: a porcentagem de consumidores que pretendem usar smartphone, tablet ou laptop para assistir à TV durante as festas caiu de 51% em 2015 para 47% em 2016, sugerindo um maior uso de Smart TVs com recurso integrado de TV OTT paga, juntamente com dispositivos de streaming dedicados, como Roku e Google Chromecast. Apesar disso, os brasileiros ainda têm maior probabilidade de usar um smartphone para assistir à TV no Natal do que qualquer outro mercado pesquisado, com 35% pensando em fazer isso.
Ano 6 N° 69 Novembro de 2016 Redação Editor e Jornalista Responsável
Fernando Gaio (MTb: 32.960) fernando.gaio@vpgroup.com.br Reportagem
Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Editor Internacional
Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Coordenador Editorial
Flávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Comercial Diretor Comercial
Christian Visval christian.visval@vpgroup.com.br Gerentes de Contas
Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br
Presidente & CEO Presidência e CEO
Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Marketing Michelle Visval michelle.visval@vpgroup.com.br
Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo Fernando Gaio (MTb: 32.960) Editor Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV
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Sumário
28 Afinal Filmes Produtora realiza trabalho de restauração de clássicos do cinema nacional em 4K
Nesta Edição 08 Novo CEO da Focusrite
14 Projeção Imersiva
Fabricante traz ex-VP da Avid sinalizando entrada forte no segmento de broadcast.
Santuário Nacional de Aparecida do Norte inaugura sala com projeção imersiva.
08 Jeff Rossica é novo presidente da Avid
34 The Beatles Experience
Executivo assume presidência da empresa no lugar de Louis Hernandes Jr. que continua como CEO.
Produção audiovisual em VR permite reviver show clássico dos Beatles de 1965.
12 Real x Barça em 4K HDR e Replay 360
43 Especial: Locação
Clássico espanhol contou ao todo com 8 UMs, 6 DSNGs e mais 400 profissionais envolvidos na produção.
Entrevistamos a presidente da ABELE Vera Scatena para abordar o segmento de locação para 2017.
20 Reportagem
38 O futuro do mercado satelital
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Notícias
Vice-presidente da Avid será novo CEO da Focusrite Tim Carroll irá substituir Dave Froker a partir de 2017
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Focusrite Group, dona das marcas de áudio Focusrite e Novation, anunciaram a nomeação de Tim Carroll como o seu novo CEO. Ele irá substituir Dave Froker, que sairá do cargo até o fim deste ano. Carroll entra para a companhia vindo da Avid, onde trabalhou como vice-presidente para produtos de áudio. Ele também possui um histórico como músico profissional, passando pelo Conservatório de Música de New England, e já gravou e realizou shows por aproximadamente vinte anos como tecladista. “O Tim chega até nós com uma experiência de 18 anos na indústria
de áudio e é uma figura altamente respeitada neste segmento”, comentou Phil Dudderidge, presidente executivo do grupo. “Seu mix de conhecimento da indústria e a experiência em gerenciamento e vendas tornam ele o candidato perfeito e estamos muito contentes que ele topou este desafio. Acreditamos que sua liderança irá ser crucial para nosso plano de crescimento estratégico”. Em setembro deste ano, o grupo marcou presença no IBC, o maior evento europeu voltado ao mercado de mídia e entretenimento, indicando uma possível aposta neste segmento. Vale ressaltar que embora a Avid seja responsável pelo Pro Tools e por alguns consoles de áudio, grande parte do seu portfólio é voltada justamente para o público de emissoras de televisão e produtoras audiovisuais, e Carroll pode contribuir para que vejamos soluções da Focusrite com este foco em um futuro próximo. PA
Avid anuncia mudanças significativas na equipe de gestão Jeff Rosica assume como presidente, Brian E. Agle como diretor financeiro, Tom Cordiner como VP de vendas globais e Peter Ennis como VP de entrega de serviços globais e suporte ao cliente
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Avid anunciou na semana passada uma série de mudanças na sua equipe de gestão visando acelerar o processo de transformação da companhia para um foco maior no cliente até a metade de 2017 e para começar a fomentar o crescimento estratégico ainda no ano que vem. A principal nomeação fica por conta de Jeff Rosica como o novo presidente da companhia, reportando diretamente ao CEO e chefe do conselho administrativo Louis Hernandez. Rosica será responsável pela gestão global de todas as áreas da companhia, desde vendas, passando por marketing, serviços profissionais, entrega e até suporte ao cliente. Desde 2013, após uma passagem pela Grass Valley, o executivo atuava como vice-presidente sênior de vendas e marke-
ting na própria Avid. Outra nomeação importante foi a de Brian E. Agle como vice-presidente sênior e diretor financeiro, começando efetivamente a partir de hoje (12). Ele será responsável pelas operações financeiras global e relação com investidores. Agle é um executivo experiente nos setores de tecnologia e software e, em sua última posição, atuou como Conselheiro de Operações na Francisco Partners, um grupo focado em tecnologia com mais de 30 empresas em seu portfólio. Outras empresas pelas quais ele já atuou em posições de liderança no setor financeiro incluem a Rocket Software, a Activant Solutions e a Novell Inc. Illan Sidi, que estava atuando como diretor financeiro interino, irá
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Notícias
dar suporte à transição de Agle nas próximas semanas e irá retornar à sua função de vice-presidente de recursos humanos da companhia. Por fim, a Avid também promoveu dois outros profissionais: Tom Cordiner como vice-presidente sênior de vendas globais e Peter Ennis vice -presidente sênior de entrega de serviços globais e suporte ao cliente. Cordiner, que entrou na Avid em 2012 vindo da Technicolor, será responsável todas as atividades comerciais da companhia, incluindo a gestão das equipes de vendas e pré-vendas em todo o mundo. Antes de assumir essa nova posição, ele foi responsável pelas vendas no mercado EMEA, que inclui Europa, Oriente Médio e África. Ennis, por sua vez, atuará na gestão das atividades de serviços profissionais, entrega, serviço de atendimento ao consumidor e treinamentos globalmente. Antes disso, ele atuava como vice-presidente de vendas para região da Ásia-Pacífico. PA
3ª Church Tech Expo tem inscrições abertas e expectativa de 16 mil visitantes Maior evento de tecnologia para templos e igrejas da América Latina acontecerá de 6 a 8 de junho de 2017, no São Paulo Expo. Inscrições para a exposição são gratuitas e podem ser feitas pelo site
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3ª Church Tech Expo - Feira Internacional de Tecnologia, Inovação, Infraestrutura e Soluções para Templos e Igrejas, a ser realizada entre os dias 6 e 8 de junho de 2017 no São Paulo Expo já está com inscrições abertas. Com áreas de exposição e congresso ampliadas, neste ano, a feira espera receber 16 mil visitantes e 200 empresas. “Registramos a presença majoritária de líderes e profissionais com poder de decisão em 9 mil visitantes e congressistas em 2016, reafirmando a importância de um evento especializado em tecnologia audiovisual e infraestrutura para estúdios, emissoras de televisão, templos e igrejas”, afirma Victor Piiroja, presidente da VP Group, promotora do evento. Única na América Latina, a CHURCH TECH EXPO é um ambiente exclusivo, onde líderes religiosos e suas equipes encontram em primeira mão os lançamentos para captação de imagens e streaming, telas e projeção, acústica, sonorização, mixagem, produção musical, iluminação, automação, segurança eletrônica e soluções de infraestrutura típicas deste segmento.
“Graças a sua abrangência, a Church Tech Expo revolucionou a maneira como fabricantes, integradores, distribuidoras e consultores se relacionam com templos, igrejas e locais de adoração, tornandose referência internacional”, destaca Alexandre Oliveira, Gerente de Vendas do evento. “A reserva de espaços para 2017 tem apresentado interesse recorde e a área de exposição será ampliada novamente”. Por conta desta exclusividade, membros de centenas de denominações também participam todos os anos das mais de 60 sessões do Congresso, em busca de aprimoramento profissional e de novos caminhos para comunicar suas mensagens com qualidade, dentro e fora dos templos e igrejas. PA
Serviço: Church Tech Expo 2016 Data: de 6 a 8 de junho End.: São Paulo Expo - Rod. dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo (SP) Tel.: 11 4197.7500 e (11) 9.7563-2030 E-mail: contato@vpgroup.com.br
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Notícias
Real Madrid X Barcelona, pela primeira vez, em 4K HDR e com replay em 360º Clássico espanhol contou ao todo com 8 UMs, 6 DSNGs e mais 400 profissionais envolvidos na produção. Replay em 360º foi possibilitado através de parceria com a Intel.
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difícil encontrar alguém que acompanhe futebol que não se entusiasme com as partidas entre dois dos maiores clubes do mundo, o Real Madrid e o Barcelona. No último sábado (3), uma audiência estimada de 650 milhões de espectadores em 185 países puderam acompanhar de suas televisões o empate entre as equipes pela La Liga, primeira divisão do campeonato espanhol. Já há alguns anos, a responsabilidade pela produção do sinal de cobertura fica por conta do grupo espanhol Mediapro e, nesta ocasião, a empresa pôde implementar algumas novidades que irão mudar a forma com que acompanhamos as partidas destes clubes. Pela primeira vez na história, os espectadores puderam conferir uma visão em 360º dos principais destaques da partida. Isso se deve à uma parceria com a Replay Video Technologies, empresa israelense comprada pela Intel, que instalou 38 câmeras 5K suspensas no Camp Nou para permitir realizar voos panorâmicos em 360º em lances importantes. A tecnologia já é utilizada em partidas de basquete, futebol americano e beisebol nos Estados Unidos e permite alinhar e processar as imagens em 360º em menos de 2 minutos para que sejam transmitidos à um servidor EVS e exibidos logo em seguida, durante algum momento mais tranqüilo da partida. Segundo a empresa, basta que o operador escolha em qual câmera deseja iniciar e em qual desejar terminar o voo, além de parâmetros de zoom digital, para acompanhar de diversos ângulos o momento de destaque. A Intel e a La Liga fecharam um acordo de colaboração por três temporadas, no qual a multinacional colocará à disposição a tecnologia enquanto a La Liga incluirá o logo da Intel nos replays 360º.
Além disso, a Mediapro contou com uma câmera aérea de um helicóptero, duas câmeras super slow para acompanhar especificamente Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, um travelling de alta velocidade atrás da linha esquerda, duas teleobjetivas para seguir os técnicos Zidane e Luis Enrique e duas câmeras “Beauty”, uma do interior e outra do exterior do estádio, em gruas com mais de 40 metros de altura. Ao todo, foram 8 unidades móveis, 6 DSNGs e mais de 400 profissionais envolvidos na produção, entre responsáveis, técnicos e produtores da própria Mediapro e de outras detentoras de direitos de transmissão. O sinal principal da partida foi feito a partir de duas UMs, uma HD com 28 câmeras e outra 4K com oito Panasonic AK-UC3000. Mais uma vez, o responsável pela UM principal foi Oscar Lago, enquanto Daniel Lozano ficou responsável pela UM UHD. Graças à uma atualização disponibilizada em setembro pela Panasonic, esta também foi a primeira partida onde os produtores puderam aproveitar as capacidades do High Dynamic Range (HDR). “Nesta temporada elevamos consideravelmente o padrão nas transmissões da La Liga. Neste momento, estamos empregando mais câmeras que qualquer outra liga européia ou que a própria Champions League na fase de grupos. Estamos em um nível similar à Champions nas semifinais, por exemplo, e conseguimos oferecer isso em todas as partidas da La Liga de Real Madrid ou do Barça”, explica Oscar Lago. “Toda semana, conseguimos cobrir as partidas de Madrid e Barcelona com 20 câmeras, outras quatro com 14 câmeras e mais outras quatro com 11 câmeras”, finaliza. Para o áudio, a Mediapro instalou um total de 17 microfones no campo e cinco voltadas para a torcida, visando uma produção em Dolby 5.1. PA
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Reportagem
Santuário Nacional de Aparecida do Norte inaugura sala com projeção imersiva Cine Padroeira combina telas e projeção mapeada para narrar a história de milagres da padroeira do Brasil através de uma narrativa com múltiplos ângulos simultâneos. Por Fernando Gaio
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“Cine Padroeira” é uma sala de cinema inovadora, que reúne conceitos até então desconhecidos nas salas de projeção. O espaço é uma das atrações do Memorial da Devoção – Nossa Senhora Aparecida, localizado dentro do Santuário Nacional em Aparecida, no interior de São Paulo. Com capacidade para 150 pessoas, a sala foi projetada exclusivamente para exibir o filme “A História de Nossa Senhora Aparecida”, uma obra multimídia, que conta a trajetória de fé e devoção à Padroeira do Brasil, desde o encontro da imagem nas águas do Rio Paraíba, até os dias atuais, com a construção do Santuário Nacional. O Cine Padroeira conta com dez projetores laser de alta definição, que exibem imagens simultâneas em cinco telas especiais. O sistema cria efeitos holográficos em 3D, sem a necessidade do uso dos óculos conversores, retratando os personagens históricos e os milagres atribuídos a Nossa Senhora. A tecnologia, que leva os expectadores para dentro da história, é semelhante à utilizada na festa de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Com 15 minutos de duração e gravado em 4K, o filme foi feito para interagir com a sala, que é ambientada como parte do cenário. Um sistema de som 7.1 completa a experiência.
O Cine Padroeira compõe o complexo turístico Memorial da Devoção, em Aparecida
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Reportagem
As imagens foram gravadas com uma câmera Sony F55 em 4K, mas apenas 1/3 do quadro era aproveitado por conta do enquadramento escolhido
Direção A obra foi dirigida pelo experiente Del Rangel, um veterano da teledramaturgia brasileira e responsável por clássicos como: “Cambalacho”, “Bebê a Bordo” e “Os Maias”. Com mais de 20 produções no currículo, o diretor já trabalhou em novelas, especiais, séries e minisséries, para emissoras como Globo, SBT, Record e Bandeirantes.
A produção ainda conta com a direção de arte de Daniela Androvandi, fotografia de Rodrigo Carvalho, trilha sonora com a clássica canção “Romaria”, do compositor Renato Teixeira, e direção técnica de Alfonso Aurin, da Aurin Produções.
Desafio
Del Rangel e Alfonso Aurin trabalharam juntos por um ano para concluir este audacioso projeto de contar a história de Nossa Senhora Aparecida e do Santuário Nacional
“Eu sempre quis fazer um filme sobre os milagres de Nossa Senhora Aparecida e nunca deu certo. Até que o Alfonso Aurin me procurou para enfrentar o desafio de filmar e exibir em várias telas ao mesmo tempo”, conta Del Rangel. Uma das questões mais complexas a resolver foi a montagem da narrativa, afinal até três tomadas de uma mesma cena são exibidas simultaneamente, ao invés de serem montadas com um corte intercalado. “Usamos uma tela fora de qualquer padrão e a exibição deste filme só pode ser feita aqui”, explica Rangel, referindo-se à caixa trapezoidal, formada por uma tela de fundo, duas telas laterais em diagonal, piso e um tecido quase transparente - conhecido como tule, que está à frente e faz as vezes de tela graças a um efeito de luz. “Isso nunca foi feito no mundo”. Esta solução integração deu ao diretor a possibilidade de mostrar todos os atores em cena em ângulos diferentes, gerando a sensação de espacialidade. Mas não foi fácil. “Gravar as cenas individualmente e fazer com os atores aparecessem um olhando para o outro na edição final deu um trabalho enorme”. Além da exibição em vários ângulos, a relação de aspecto incomum das telas implicou em muitos testes para uma “área segura” de filmagem, pois boa parte do que passava pelas lentes não seria aprovei-
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Reportagem
tado. “Nós filmávamos usando as medidas da tela central como referência e marcando-as no monitor”. O diretor optou por lentes mais abertas, uma vez que as lentes para close resultavam em um superclose indesejado e foram deixadas de lado. Todas as tomadas foram feitas com uma única câmera e complementadas com efeitos visuais.
O sistema de automação Dataton WATCHOUT sincroniza numa linha do tempo os servidores com as dez trilhas de vídeo e oito trilhas de áudio, além dos doze canais DMX da iluminação.
Respaldo técnico As gravações de “A História de Nossa Senhora Aparecida” reuniram 40 pessoas durante 20 dias em Cotia, na grande São Paulo. As imagens foram feitas com uma câmera Sony F55 com kit lentes Cooke e pós-produzidas por três meses, incluindo a recriação e retoque de paisagens, além do mapeamento em 3D da Basílica de Aparecida. Com o filme finalizado, chegou a hora de posicionar os projetores e ajustá-los com níveis de cor e luminosidade que se mantivessem, sem gerar discrepâncias entre as telas. “Um dos pontos chave do projeto é a projeção a laser com os equipamentos da Panasonic, que têm durabilidade dez vezes maior (que os modelos com lâmpadas), muita estabilidade e quase não produzem ruído”, explica Alfonso Aurin. “Seria muito difícil balancear as cores de dez projetores com lâmpadas. As lâmpadas não envelhecem da mesma forma e em pouco tempo seriam necessários novos ajustes”. Os projetores
Raio-X Área: 315 m² Capacidade: 150 pessoas Duração do filme: 15 minutos Telas: 5 Projetores: 10 unidades Panasonic Trilhas de áudio: 8 Sistema de Som: 7.1 Servidores de mídia: 04 Iluminação LED: 12 canais DMX Software de automação: Dataton WATCHOUT Captação de imagens: Sony F55 (4K RAW) A projeção no piso utiliza três projetores, a tela central usa dois projetores, cada tela lateral utiliza um projetor e o tule utiliza mais três projetores, enquanto os arquivos de mídia rodam a partir de quatro servidores
escolhidos foram quase iguais aos utilizados na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que tinham 20 mil ANSI Lumens, contra 6,5 mil ANSI Lumens em Aparecida. Outro item fundamental é a ambientação da plateia, cujo cenário simula uma mata com árvores e plantas e é apoiado por refletores LED que trabalham em conjunto com a projeção. A sincronia entre as imagens que seguem para cada um dos dez projetores, as oito trilhas de áudio e iluminação é feita através do software Dataton WATCHOUT. PA
Serviço Os dez projetores atuam em 5 áreas de projeção, compondo cenas de grande impacto, como quando a chuva que parece cair no piso da sala ou imagens aparecem em dois planos
O Cine Padroeira faz parte do complexo turístico Memorial da Devoção, que também abriga o Museu de Cera e o Cantinho dos Devotos Mirins. O empreendimento fica no pátio da Basílica, ao lado do Centro de Apoio aos Romeiros, e é uma iniciativa do Santuário Nacional em parceria com Grupo Dreams.
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Reportagem
Presente e futuro da comunicação satelital Com cada vez menos espaço no espectro e o surgimento de novas demandas com a implantação 5G, operadoras de satélite buscam renovar negócios e oferecer novas tecnologias.
Por Flávio Bonanome
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alar sobre tecnologia para o segmento broadcast é ter o privilégio de tratar com um dos temas mais dinâmicos que há. Todos os anos surgem novas soluções com resoluções maiores, novos tipos de sensores, definições, taxas de amostragem, tecnologia de compressão… Mas uma coisa não muda: o uso do espectro para a distribuição de sinal. Apesar de as recentes experiências mostrarem uma clara tendência da transmissão de dados em detrimento à radiodifusão tradicional, este modelo também não escapa dos desafios em emitir sinal, neste caso de dados, usando faixas de frequência do espectro eletromagnético. Alias, é exatamente o crescimento desenfreado das tecnologias de telecomunicações que tem pressionado os meios tradicionais cada vez mais na busca por soluções complementares para dar conta de sua demanda e ainda abrir espaço para novos serviços. E desta vez é a comunicação satelital que está no caminho. A contenda iniciou-se no WRC de 2007 da ITU, quando ficou claro que não são só as faixas de frequências da televisão aberta eram pretendidas pelas TelCos, mas também as frequências do segmento conhecido como Banda-C que compreende as frequências entre 3.7 GHz até 6.4 GHz. “A convenção de 2007 foi um primeiro round de um problema que estamos enfrentando até hoje. Na ocasião as TelCos pedi-
ram por uma ‘Identificação Global’ para a parte baixa da Banda-C (Banda-C Estendida)”, explica David Hartshorn, secretário geral da GVF. De acordo com a requisição, a Identificação Global se daria por meio de uma normativa do ITU que recomendaria a transferência deste segmento da frequência para os serviços de dados móveis em nível mundial. Preocupados com os resultados que a transferência da faixa pudesse causar nos serviços satelitais já ativos, diversos apoiadores como o Departamento de Defesa dos EUA, a ONU e Emissoras de TV, os operadores de satélite conseguiram firmar um compromisso na ITU impedindo a Identificação Global. “Apesar disso, ficou aberto que os países que desejassem ter a opção de vender esta faixa de frequência por conta e risco poderiam fazê-los. Ao todo foram mais de 60 países, incluindo o Brasil, que ficaram conhecidos com Opt/In”, afirma Heartshorn. Com o leilão destas faixas tendo inevitavelmente acontecido nos últimos sete anos, vieram então as consequências, ou melhor dizendo, as interferências. “Em alguns lugares a interferência entre os serviços satelitais e a banda larga móvel é tão forte, que estão colapsando coberturas de países inteiros, afetando setores como o de Defesa e Aviação Civil, que são extremamente importante para manter a integridade da vida das pessoas”, afirma o secretário geral da GVF. Em alguns países
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Reportagem <<
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Cúpula da Anatel e MiniCom em debate sobre espectro vs. 5G na Futurecom 2016
a interferência foi tão violenta, que foi necessário voltar atrás e retirar as frequências das mãos dasTelCos, como é o caso da Indonésia, Tanzânia e Malásia. Tendo este panorama em mente, os usuários e operadores de satélite preparam-se agora para a segunda rodada das negociações sobre cessão de banda durante o WRC da ITU em Novembro de 2015. “Então estamos mostrando na ITU e nos governos que os serviços alocados na Banda-C são essenciais e que se colocarmos serviços móveis, mesmo que em banda adjacente à C, corremos um risco muito grande dos sistemas de recepção receberem interferência e saturação” afirma Ricardo Pellicciari, diretor de desenvolvimento para as Américas da operadora francesa Eutelsat. Para Pellicciari, trata-se de um trabalho de conscientização, que começa nas próprias Teles. “Sabemos que o serviço móvel terrestre é o que mais cresce, mas as Teles precisam entender que tem outros serviços vitais nesta cadeia também, que são importantes inclusive para elas. Se grande parte das operadoras de telefo-
nia vão comercializar pacotes em Triple Play (TV, Internet e Telefone), elas farão uso de serviços de DTH, que precisam da Banda-Ku para transmissão, mas também usam a Banda-C para contribuição, além da Banda-Ka para a banda larga fixa”, afirma.
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Reportagem
5G e Internet das Coisas Conforme novas tendências em tecnologia para telecomunicação de consumo vão avançando, novas ameaças para o atual modelo de negócio também surgem. Desta vez, porém, em uma situação bastante delicada, já que o planejamento da conectividade 5G e, principalmente, o ambiente de internet das coisas depende bastante dos operadores da satélite para acontecer. “A tecnologia de satélite é essencial para o efetivo futuro da Internet das Coisas, essencialmente para a interconectividade de todos os sistemas como máquinas, utensílios, aparelhos domésticos, equipamentos de controle, entre outros”, explica Gustavo Silbert, Presidente da Embratel Star One. De acordo com o executivo, a necessidade de conectar todo tipo de dispositivo em qualquer ponto geográfico, confere à tecnologia satelital uma vantagem como serviço. “Uma das características da IoT é a ubiquidade, ou seja, dispositivos localizados em diversos lugares e em grande número. Muitas das aplicações também não trazem requisitos essenciais de vazão de dados e de latência. Podemos e devemos concluir com tranquilidade que a tecnologia de satélites é fundamental para a IoT”, afirma. Outro ponto importante é exatamente durante o processo de implementação da nova tecnologia em si. “Neste tipo de implementação, você começa por onde tem maior demanda, ou seja os centros urbanos. Depois é preciso chegar com esta tecnologia nos lugares que são remotos, onde a conectividade chega primeiro, ou permanentemente por satélite”, explica Sérgio dos Santos Chaves, da Hispamar. O mesmo aconteceu com a tecnologia 4G, que em localidades longe do eixo Rio-SP, precisou passar por um período de adaptação com conectividade oferecida por Trunking. “Manaus, por exemplo, era uma cidade que começou com o 4G sendo atendida totalmente por Trunking. Os usuários já foram adquirindo os serviços enquanto a infraestrutura de fibra óptica ia sendo construída. Este tipo de aplicação é bastante barateada quando pensamos em serviços de banda Ka, por exemplo, que faz reuso de frequências”, afirma Chaves. Apesar das oportunidades, a breve chegada da nova tecnologia não é exatamente um mar de rosas para os operadores de satélite. Da mesma forma que a tecnologia LTE puxou faixas de frequência tanto dentro da radiodifusão televisiva como na banda satelital, o 5G deve fazer exatamente a mesma coisa, postura defendida pela Anatel durante a Futurecom 2016.“O tráfego cresce cerca de 50%
Gustavo Silbert, presidente da Embratel Star One
ao ano no Brasil, então é preciso conseguir ampliar a o número de ERBs e de faixas de frequência sempre para garantir que os serviços não entrem em colapso”, explicou Agostinho Linares de Souza Filho, da Anatel. Outro detalhe defendido pelo representante da agência é o da natureza dos contratos de uso no Brasil. De acordo com Souza FIlho, as faixas de frequências vendidas no país não acarretam obrigatoriedade de uso para serviços específicos, cabendo às operadoras decidirem o que farão com seus pedaços do espectro. “Esta natureza permite que aconteçam refarms, que são rearranjo, dos serviços. Por exemplo, hoje ainda é muito usada a tecnologia GSM na faixa dos 1.8 GHz, mas em 2020 esta tecnologia não fará mais sentido, então a própria operadora poderá realocar o serviço que necessite nesta faixa, por exemplo”. Sobre abrir mais faixas para a implementação dos 5G no Brasil, Souza Filho comenta os planos futuros da Agência. “Estamos estudando uma regulamentação para o convívio da tecnologia junto à banda C satelital como complemento de downlink, por exemplo. Hoje há uma proporção de 4 para 1 em cima das ações de uplink, portanto uma banda adicional seria bem vinda. Outra opção é o Refarm dos serviços que hoje operam em 2.3 e 2.4 GHz
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Sérgio dos Santos Chaves, da Hispamar
para a faixa de 3.4 GHz. Acredito que com estas faixas, conseguimos atender de forma satisfatória o serviço móvel pessoal”, concluiu. “De fato, essa busca por mais espectro de frequências foca muitas vezes em modelos já utilizados pela comunicação por satélite, mas, os argumentos contrários a essas investidas têm sido bem-sucedidos. No caso da faixa de 28 GHz, o assunto foi objeto de deliberação pela Anatel, que já decidiu pela atribuição limitada às comunicações via satélite, reconhecendo a importância e a necessidade de tal medida para uma efetiva universalização do acesso à Banda Larga, principalmente em países com as características territoriais do Brasil”, afirma Silbert da Embratel. De acordo com o executivo, à excessão a esta regra fica somente por conta dos Estados Unidos, que já haviam dedicado uma faixa de frequência exclusiva para satélites anteriormente, a Coreia do Sul, que tem características Geopolíticas bastante distintas
do Brasil. “Na última Conferência Mundial promovida pela UIT (WRC15), a faixa de 32 GHz obteve uma boa unanimidade pela comunidade mundial como a melhor faixa candidata às tecnologias terrestres para a tecnologia 5G”, garante.
Embate de lobby Da mesma forma que as TelCos começaram uma verdadeira guerra de lobby com governos, consumidores e setor privado durante o processo de leilão das faixas de frequência legado da TV Analógica, a mesma estratégia para estar sendo usada para abocanhar algumas das faixas satelitais, com uma implicação maior: a do fato de as empresas de telefonia estarem entre os principais clientes das operadoras de satélite. “Um de nossos maiores projetos no Brasil foi com uma operadora de Telecom. Ao todo foi mais de 30 pontos que tínhamos que entregar em redes celular e hoje demandam muito mais do que antes”, explica Sérgio dos Santos Chaves, da Hispamar. “Quando falamos de internet, parece que sempre está faltando banda para o consumidor”, brinca. Já Gustavo Silbert, Presidente da Embratel Star One, classifica o relacionamento da empresa com as TelCos como “tranquilo”. Ainda sim, destaca a existência de algumas controvérsias nas projeções das operadoras quando se trata de solicitar por mais banda. “No mundo, as pressões por mais faixa de frequências vêm primordialmente sendo feitas pela indústria de tecnologia móvel terrestre. Deve-se destacar a existência de controvérsias sobre a necessidade de níveis de espectro adicionais, que vêm sendo defendida pela indústria em face de contínua eficiência de uso de espectro atingida pelas novas tecnologias e as configurações que estão sendo propostas e desenvolvidas”, explica. Esse forte lobby já foi sentido principalmente pelas emissoras de TV tradicionais quando perderam as frequências destinadas à radiodifusão analógica. “Este é um problema político sério. Se alguém não tiver a visão de que este lobby não pode triunfar sobre o interesse das pessoas, a sociedade vai acabar perdendo a TV Aberta”, afirma Fernando Bittencourt, consultor no segmento de transmissão e ex-diretor de engenharia da Rede Globo. “Mas a longo prazo, todas as pessoas estarão conectados e não fará mais sentido usar outros tipos de comunicação para um número diminuto de clientes. A informação pode muito bem ir pela banda larga até as pessoas”, conclui. PA
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Grandes clássicos brasileiros agora também em 4K A Afinal Filmes atualizou recentemente a sua infraestrutura para restaurar filmes em película para atender às exigências de alta resolução de novas plataformas. Por Gustavo Zuccherato
A Foto: Divulgação Blackmagic
ssistir um bom filme clássico brasileiro é um desafio e tanto para cinéfilos de todo o mundo. Embora não seja difícil encontrar filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, “Vidas Secas” ou “Cabra Marcado para Morrer” no YouTube, por exemplo, a resolução e a qualidade destas cópias ilegais estão bem longe da realidade da maioria das nossas telas de exibição. Quem dirá das exigências de cinemas, televisões e outras plataformas de VOD.
Para começar a contornar esse cenário, a pós-produtora carioca Afinal Filmes em parceria com o Museu de Arte Moderna (MOMA) de Nova York estão empreendendo um projeto que restaurará em 4K quatro grandes obras do renomado cineasta Nelson Pereira dos Santos: “Rio, 40 Graus”, “Rio, Zona Norte”, “Vidas Secas” e “Como Era Gostoso o Meu Francês”. Nascida em 2003 da união entre dois profissionais de mercado com ampla experiência em montagem e finalização, Alexandre Rocha e Marcelo Pedrazzi, a Afinal é conhecida por seu trabalho de pós em vários documentários premiados, principalmente relacionados a arquivo. Além de Nelson, o portfólio da empresa inclui colaborações com respeitados diretores como Walter Salles, Eduardo Coutinho, João Salles, Eduardo Escorel, Miguel Faria Jr, Hugo Carvana, Sérgio Rezende e Silvio Da-Rin. Para lidar com a demanda do MOMA, a empresa implementou recentemente um novo fluxo de trabalho totalmente 4K, baseado em um scanner Super 8 da reflecta, um Cintel da Blackmagic Design, usado nas películas de 16 e 35 mm. Estas soluções são complementadas por uma placa de captura e reprodução DeckLink 4K Extreme e os softwares de edição e gradação de cor DaVinci Resolve e de restauração PF Clean, da The Pixel Farm, instalados em Macs Pro.
Scanner Blackmagic Cintel pode trabalhar com películas 16 ou 35 mm
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O processo todo começa logo na recepção do negativo. Geralmente vindo ou da Cinemateca em São Paulo ou do Museu da Arte Moderna ou do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, o material passa por uma avaliação e classificação, feito por Angela Bifaro, profissional com mais de 40 anos de experiência neste segmento. Com os dados e o detalhamento das condições da película em mãos, o trabalho passa para os scanners. “Nós usávamos telecine para digitalizar nossos filmes, mas a qualidade era prejudicada durante a transferência e nós precisávamos de arquivos RAW para poder fazer as correções necessárias com maior qualidade”, conta Pedrazzi. Além disso, a capacidade de trabalhar em tempo real do scanner da Blackmagic foi outro dos diferenciais para a escolha da solução. “Antes do Cintel, o processo podia demorar até três vezes mais, já que nós tínhamos que enviar para telecine, depois converter a filmagem antes mesmo de nós podermos começar a restauração”, explica Pedrazzi.
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Antes do Cintel, o processo podia demorar até três vezes mais, já que nós tínhamos que enviar para telecine, depois converter a filmagem antes mesmo de nós podermos começar a restauração
O controle do Scanner Cintel e a gradação de cor é feita no DaVinci Resolve
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Tanto o controle do dispositivo quanto a subseqüente gradação de cor é feita com o DaVinci Resolve. Depois de digitalizado, o filme passa para um dos coloristas da casa que conversam com o diretor, vêem o filme no formato que ele foi comercializado anteriormente e realizam um processo de ‘equalização’ da cor original do filme.
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Antes e depois da remasterização do filme “Rio, Zona Norte” de Nelson Pereira dos Santos
“As vezes, nós conseguimos resgatar aspectos da ideia original da fotografia que na master de 35mm, pela tecnologia da época, não eram possíveis de se concretizarem direito”, complementa Alexandre. “Hoje em dia, na verdade, você consegue entregar uma master digital mais próxima da idéia original do filme do que a master que foi efetivamente comercializada”. Em um terceiro momento, então, o material vai ao setor de restauração, onde são retirados problemas vindos do negativo, como batimentos, sujeiras brancas, riscos, pelos, entre outros. Para esse trabalho, Rocha explica que o PF Clean é complementado com outros softwares como o Autodesk Smoke e o Adobe After Effects segundo a demanda de cada projeto. “Agora é muito mais fácil utilizar esses softwares, visto que você consegue comprá-los para a utilização apenas por um mês, quando ele é necessário”, ressalta. Para finalizar, o filme volta ao DaVinci Resolve, de onde são feitas todas as saídas, seja uma cópia digital para cinema (DCP), um XDCAM para exibição em canais de televisão ou até mesmo um arquivo para
A pós-produtora também conta com uma sala de cinema para trabalhos com projeção em 4K e som surround 5.1
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Hoje em dia, na verdade, você consegue entregar uma master digital mais próxima da idéia original do filme do que a master que foi efetivamente comercializada
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plataformas de streaming, como o Netflix ou iTunes, por exemplo. Já que a Afinal não possui equipamentos de áudio próprios para realizar trabalhos de mixagem, toda a parte de áudio das demandas da produtora é feito com os mais variados parceiros. “Nós temos uma mentalidade de busca de soluções e áudio é algo que depende muito do perfil de cada produção”, diz Rocha. “Assim, mantemos vários parceiros por perto para direcionar cada projeto para o que melhor atende àquelas necessidades”.
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É importante mencionar também que os filmes do Nelson Pereira do Santos foram anteriormente restaurados opticamente com a supervisão do Marcelo Pedrazzi. “A sequência deste trabalho e a chancela internacional do MOMA é que dão à gente a confirmação do trabalho que estamos executando há algum tempo”, destaca Alexandre. “Temos toda uma geração de cinéfilos e cineastas brasileiros que não conhecem a filmografia brasileira. Até meados da década de 2000, eu diria que 90% dos filmes produzidos no Brasil em película possuíam, no máximo, um telecine para Betacam digital, e esse formato não é aceito em plataformas de vídeo sob demanda, de forma que as pessoas não têm acesso aos filmes simplesmente porque não existe uma master em HD”, defende Rocha. “Pela falta de empresas que realizavam este trabalho no Brasil, isso acabou criando uma demanda reprimida e nós enxergamos esse cenário e a possibilidade de crescermos com isso. Agora, estamos conversando tanto com os próprios produtores quanto com emissoras e agregadoras de VOD para disponibilizar mais conteúdos para cada vez mais pessoas”. Outro viés de atuação dos sócios para incentivar a restauração dos filmes é relacionado às políticas de fomento ao audiovisual. A própria Afinal conseguiu se consolidar no mercado de finalização quando pôde dispor de recursos vindos do Funcine Rio 1, fundo voltado à infraestrutura audiovisual que, segundo Alexandre, estava destinando recursos apenas para a construção e atualização de salas de cinema. “Apresentamos um projeto explicando que a infraestrutura audiovisual era muito mais do que somente salas de cinema e, depois de analisarem nosso estudo de mercado e nossa contabilidade, eles toparam financiar nosso projeto”, conta. “Foi essa visão mais
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Foi essa visão mais abrangente da indústria audiovisual que possibilitou nossa atualização de equipamentos e que é importante que o mercado entenda para que possamos dar o próximo passo neste segmento
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abrangente da indústria audiovisual que possibilitou nossa atualização de equipamentos e que é importante que o mercado entenda para que possamos dar o próximo passo neste segmento”. Com essa experiência, os sócios contam que estão em constante conversa com o Sindicato da Indústria do Audiovisual (Sicav) para tentar liberar, em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e a RioFilme, uma linha de financiamento focado em restauração de filmes históricos que está prevista no Programa para o Desenvolvimento da Economia da Cultura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES Procult. Além disso, a empresa tenta emplacar um festival de filmes remasterizados em parceria com a distribuidora EH! Filmes, para dar visibilidade a esses trabalhos em salas de cinema. Por enquanto, os recursos para a realização dos projetos ainda vem de fundos próprios da Afinal ou dos clientes como o MOMA. PA
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Beatlemania Experience – The Beatles Biography Avaliada em R$ 15 milhões, exposição leva visitantes ao centro do Shea Stadium de Nova York para reviver show histórico de 1965 através da realidade virtual. Por Fernando Gaio
A banda tributo All You Need Is Love gravou o show respeitando rigorosamente o figurino e o gestual originais. Na exposição foram usados 30 óculos integrados a smartphones Samsung Galaxy 6 para reproduzir as imagens
A
pós mais de dois anos de negociação, muitas viagens, patrocínios e parcerias essenciais com o banco de imagens Getty Images, o player Spotify e a pós-produtora brasileira Mistika Post, a produtora de conteúdo Let It Be lançou a Beatlemania Experience – The Beatles Biography, uma exposição onde o visitante pode vivenciar momentos marcantes da banda britânica. O trabalho de produção é avaliado em mais de R$ 15 milhões, reuniu 150 pessoas e tem como ponto alto o uso da realidade virtual em 360 graus, conta Rodrigo Tedesco, que comandou o projeto ao lado de Christian Tedescon e Carlos “Branco” Gualberto, todos da Let It Be. Em cartaz por quase dois meses na cidade de São Paulo, agora a exposição deve seguir para outras cidades do Brasil e exterior.
A Beatlemania Experience nasceu de conversas entre a autoridade de turismo VisitBritain e a banda tributo All You Need Is Love com a finalidade de fomentar o turismo no Reino Unido. “Neste processo notou-se que a banda de Liverpool seria a melhor forma de conexão com o Brasil”, explica Rodrigo Tedesco. “Foi então surgiu a Beatlemania Experience. Diferente de uma exposição tradicional, com objetos pendurados e coisas do gênero, ela daria ao visitante a possibilidade de viver a beatlemania com cenários, imagens, sons e ambientes”. A história foi recontada de forma cronológica, desde o nascimento da banda, com a reconstrução do pátio da igreja onde os Beatles tocaram pela primeira vez, incluindo um caminhão semelhante ao que eles subiram para a apresentação. “Ao entrar no espaço, os visitantes têm a impressão de que o show começará a qualquer momento, tal o nível de precisão”, descreve Rodrigo. Em outro dos dez ambientes que ocupam 2300 metros quadrados, chegava-se ao ponto alto, onde era possível mergulhar no show do Shea Stadium de Nova York, considerado o primeiro realizado em um estádio na história da música. “Os integrantes da banda AllYou Need Is Love foram caracterizados para a gravação em realidade virtual e com isso os espectadores podem usufruir do espetáculo como se estivessem no melhor lugar do estádio”, detalha.
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Fotografia em 360 graus
A tarefa de reconstruir os principais episódios da vida dos Beatles reuniu mais 150 profissionais
Nesta etapa da visita, que dura cerca de três minutos, o visitante veste um óculos para RV e aciona o clipe com uma das músicas daquele dia (veja no Box). “É uma exposição inédita e cada pessoa tem uma experiência única, pois pode virar para os lados e ver uma fã gritando, por exemplo”. A opção dos organizadores por deixar que cada um acione o play do seu dispositivo também pode ser considerada única, uma vez que o padrão do mercado é um streaming simultâneo para todos os presentes. No modelo adotado, a sala não tem tantas filas e há pessoas entrando e saindo o tempo todo. Apesar de não ser uma exposição tradicional, pode-se dizer que ela não existiria sem a Getty Images, que é o maior banco de imagens do mundo e cedeu 98% das imagens utilizadas. Todas vêm de um acervo com mais de 7 mil fotos e vídeos dos Beatles.
Sai o 3D, entra o VR Marcelo Siqueira, diretor da Mistika Post, tomou contato com o projeto no início de 2016, porque os organizadores da exposição pretendiam realizar projeções 3D. “Fui procurado por eles num momento interessante, pois havia acabado de finalizar o projeto em realidade virtual ‘A Travessia’ – sobre a travessia entre as torres do World Trade Center em cima de um cabo de aço. Eles tinham referências minhas sobre a produção em 3D, mas eu os convenci de que o 3D tinha passado e o melhor era investir em realidade virtual”. Após alguns meses foi batido o martelo e começaram as gravações em um local inusitado. Ao invés de um estúdio convencional, foi escolhida a casa de espetáculos Tom Brasil. Em dois dias de gravação com uma banda cover dos Beatles e três dezenas de figurantes foi recriado o ambiente do show.
José Augusto de Blasiis foi encarregado da direção de fotografia da reconstituição do show realizado no Shea Stadium em 1965. O Tom Brasil foi escolhido para a gravação e exigiu muita criatividade para compor as sequências em 360 graus da chegada dos Beatles ao estádio, a pequena corrida pelo gramado, a subida ao palco e a apresentação em si. A intenção era dar ao espectador a sensação de estar nas primeiras fileiras e poder virar a cabeça para os lados, acompanhando a reação de quem estava ao seu redor. Também comporiam a cena toda a estrutura do estádio, os refletores e o céu. Se para complicar, ao invés de um estúdio, foi escolhida uma casa de shows para a gravação, para ajudar, a iluminação com mais 70 refletores PAR light do local favoreceu muito, pois criou um visual próximo ao que era usado no estádio norteamericano. “Houve um trabalho de muita precisão para definir a exposição, porque tudo é feito em um take só. Mesmo sabendo que existem composições posteriores, nesta gravação em realidade virtual temos um único take”, descreve Blasiis. “As referências que eu escolhi são as mesmas da transmissão feita em 1965, avaliando como a luz se desenhava na banda e na plateia. É curioso que ela é mais notada na plateia, que estava mais próxima dos refletores, que do palco”, conta Blasiis o especialista. “Não havia contra luz no palco porque todas as luzes eram laterais e também não havia um desenho de cor”, diz o especialista, que trabalhou em conjunto com Marcelo Siqueira da Mistika Post para atingir um resultado muito próximo ao transmitido pelas emissoras de TV na época.
José Augusto de Blasiis, diretor da Cinemática Audiovisual e responsável pela fotografia da produção, enfrentou o desafio de reproduzir a iluminação da época. Nas laterais havia tapadeiras para chroma-key que depois passariam pelo processo de composição para incluir as arquibancadas, público e demais estruturas
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Segundo Marcelo Siqueira, o 3D morreu entre 2011 e 2012, resistindo apenas em alguns segmentos. “Em 2009 e 2010 as fábricas encheram o mercado com televisores 3D, mas depois abandonaram a tecnologia. Na contramão dos EUA, o cinema 3D ainda tem uma bilheteria expressiva no Brasil, mas é difícil justificar a produção nacional – por conta dos custos”, explica. Entretanto, o especialista ressalta que o caminho trilhado pelos produtores no auge do 3D foi fundamental para o boom de projetos em realidade virtual que tomou o país. “Quando nós passamos do 2D para 3D, usando duas câmeras e tendo dois olhos, foram necessários inúmeros cálculos para criar a estereoscopia. Agora temos o VR em duas vertentes, o VR 360o e o VR Stereo, e estou aplicando todos os fundamentos que aprendi com o 3D. A diferença é que o espectador pode olhar para todos os lados, tudo está valendo, muda a forma de narrar.
O que tocou Shea Stadium em 1965?
O som do espetáculo foi regravado em estúdio para reprodução binaural nos fones dos visitantes
A apresentação dos Beatles no Shea Stadium de Nova York foi um divisor de águas na carreira da banda e no mundo da música pop. Pela primeira vez um estádio era utilizada para uma apresentação musical daquelas dimensões e não havia qualquer aparato especial para receber os cantores. Havia apenas um pequeno palco e o sistema de som padrão do estádio, mas diante do talento e do carisma da banda, o resultado foi inesquecível. Veja a seguir o set list daquele dia:
A gravação em 360 graus foi feita com uma câmera Kodak PIXPRO SP360 4K, complementada por uma RED Epic
Marcelo Siqueira e Rodrigo Tedesco durante as gravações do show no Tom Brasil
Twist and shout; She´s a woman; I Feel Fine; Dizzy Miss Lizzy; Ticket to Ride; Everybody´s Trying To Be My Baby; Can’t Buy Me Love; Baby’s In Black; Act Naturally; A Hard Day´s Night; Help!; I´m down
Câmeras, ação A captação das imagens combinou duas câmeras Kodak PIXPRO SP360 4K que captam 270 graus cada, para através de um software gerar um planisfério com as imagens em 360 graus. As câmeras estão grudadas e gravam lados opostos. O campo de visão é maior que 180 graus para haver uma área de emenda que permita unir as imagens das duas em um arquivo único. Para garantir a qualidade, a área do palco foi recortada na pós-produção e substituída pelas imagens gravadas por uma câmera RED 6K. As únicas estruturas reais no Tom Brasil eram o palco, o gramado sintético, a iluminação e as duas primeiras fileiras de público com 30 figurantes, onde foram instaladas duas câmeras. Em todos os ângulos, nas laterais do palco e da plateia havia placas de 20 metros para chroma-key, que depois passariam pelo processo de composição para incluir as arquibancadas, público e demais estruturas. Marcelo Siqueira conta que a pós-produção empregou 10 pessoas na rotoscopia para corrigir de 3 a 4 mil frames e compor as imagens de fundo com o estádio modelado em 3D e com as imagens dos figurantes, que foram transformadas em partículas e multiplicadas no software Autodesk Maya. Já a plataforma de desenvolvimento de games Unity gerou a programação com os menus e comandos para navegação nos 30 óculos integrados a smartphones Samsung Galaxy 6. Finalmente, o som binaural foi produzido em estúdio, mixando a interpretação da banda All You Need Is Love com a ambientação e os gritos das fãs. PA
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10P Um futuro para o Polorio Nova diretoria do maior complexo de estúdios da América Latina quer ampliar espaços de locação visando produções de menor orçamento. Por Flávio Bonanome
Claudio Petraglia
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ontando com sete estúdios, área superior a 107 mil metros quadrados e mais de 60 empresas associadas, o Polorio de Cine & Vídeo é hoje o maior complexo para a produção audiovisual da América Latina. Lançado em 1986, pelo então prefeito do Rio de Janeiro Saturnino Braga e idealizado pelo roteirista e produtor Claudio Petraglia, o espaço aproxima-se de seus 30 anos como um exemplo de cooperação entre indústria e produtores que transformou o segmento no Rio de Janeiro. A ideia original dos idealizadores era conseguir o desenvolvimento de atividades sócio-econômicas na área de Jacarepaguá, Zona Oeste da capital fluminense, mas ao mesmo tempo evitar atividade industrial poluidora. Foi então que, atendendo a demanda de um grupo de produtores e diretores independentes que buscavam conceber um complexo de produção audiovisual, que governo e empresas do setor firmaram uma parceria para a construção do Polorio de Cine & Vídeo. Além do espaço de 25 mil metros quadrados dedicados à estúdios, o Polorio contaria ainda com uma Área para Associados e Atividades Complementares, criando um verdadeiro ecossistema de empresas e prestadores de serviço no entorno do complexo, e também uma área destinada a construção de um Hotel. Apesar do desinteresse das gestões municipais que se seguiram, o projeto continuou crescendo, contando hoje com sete estúdios e mais de 60 empresas instaladas.
Marcos Bolais Graças à grande capacidade e infraestrutura dos estúdios e a presença das principais empresas do segmento de produção e tecnologia audiovisual, o Polorio de Cine & Vídeo tomou um papel central na produção nacional. Ao todo, foram mais de 700 produções entre curtas, médias e longas metragens, seriados para TV, publicidade, shows, video-clipes, programas televisivos e muito mais. Visando continuar com o crescimento e a manutenção da importância do espaço, o presidente da associação Polorio Marcos Bolais e o Presidente de Honra e Fundador Claudio Petraglia apresentaram um projeto para o futuro das instalações. Prevendo a construção de novos estúdios, ampliação da grade de cursos e sistemas de segurança, os presidentes buscam trazer o Polorio para uma realidade mais próxima do atual panorama da produção audiovisual brasileira. Para entender melhor o projeto e qual a visão de Bolais e Petraglia para o espaço no futuro da cinematografia brasileira, a Panorama Audiovisual conversou com os profissionais e debateu o novo projeto. Confira. Panorama Audiovisual: Uma das principais frente de trabalho da nova diretoria do Polorio é a criação de novos estúdios. Como será feito este investimento e para qual demanda ele é destinado? Marcos Bolais: O projeto de expansão consiste na criação de no-
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vos estúdios e espaços diversos, para apoio às produções, que serão construídos no lado oposto aos atuais estúdios. O Pólo possui hoje os maiores estúdios da América do Sul e atende às grandes produções nacionais e internacionais. Porém existe uma demanda crescente de produções de menor investimento que não exigem espaços tão grandes. Esta nova necessidade se deve à evolução da tecnologia, que tornou possível produzir-se em estúdios menores e a crescente produção voltada para internet. Claudio Petraglia: Antigamente os estúdios que fazíamos eram todos de 12 metros de altura, pois havia esta necessidade toda de espaço. Neste novo projeto, estamos querendo construir estúdios com quatro metros exatamente por conta desta evolução tecnológica vivida pelo audiovisual nos últimos anos. PAV: Há também um grande esforço por parte do Polorio na área educacional, sobretudo no que diz respeito a realização de cursos. Como se dão hoje estes cursos e como devem crescer? Bolais: O Pólo é uma associação sem fins lucrativos e comprometida socialmente. Nossa nova gestão reservou uma área, internamente chamada de Polo social, cujo objetivo é promover atividades que colaborem para o crescimento do mercado e a formação de novos profissionais. Neste sentido estabelecemos parcerias com algumas entidades de apoio à população carente como é o caso do “Paróquia solidária” , que contribui com a seleção de pessoas dentro das comunidades em que atuam para participar dos diversos cursos oferecidos. Estes cursos são ministrados por professores oriundos das universidades parceiras do Polorio.
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O Pólo é uma associação sem fins lucrativos e comprometida socialmente. Nossa nova gestão reservou uma área, internamente chamada de Polo social, cujo objetivo é promover atividades que colaborem para o crescimento do mercado e a formação de novos profissionais, afirma Marcos Bolais
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PAV: Quais áreas do conhecimento serão contempladas? Petraglia: A ideia é que não sejam cursos profissionalizantes longos, mas sim oferecer um ensino de base sobre o audiovisual. Assuntos como operação de câmera, maquiagem cenográfica, iluminação, pois a comunidade em volta da produção audiovisual no Brasil é muito precária, e esta é a função social que queremos dar. Queremos juntar nosso papel no mercado da produção audiovisual com a responsabilidade social. Bolais: Buscamos oferecer cursos voltados às áreas que podemos oferecer estágios. A idéia é que os alunos façam estágio nas produções que utilizam nossos estúdios.
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PAV: Percebi no novo projeto do Polorio uma grande preocupação com a segurança. De onde nasceu esta demanda? Petraglia: Antigamente, até pelo seu isolamento geográfico, a região onde fica o Polorio era bastante tranquila. Nos últimos anos, porém, como grande crescimento da região, um pouco da violência urbana, que é um problema crônico da cidade, está chegando. Como não estamos mais sozinhos ali, havendo hotéis e shopping na região, percebemos que era a oportunidade juntar esforços para criarmos uma situação mais segura para todos.
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PAV: Como será implementado este projeto? Bolais: Nosso projeto está dividido em duas partes: Área dos estúdios, que é uma responsabilidade exclusiva do Pólo. Para esta área nosso projeto contempla a instalação de um novo parque de câmeras analíticas e reforço na equipe de segurança. Para a antiga área dos associados estamos criando um condomínio incluindo além dos usuários da área, empresas e shoppings do entorno. O projeto para esta área, externa aos estúdios, é ambicioso e contempla um moderno circuito de câmeras também analíticas, segurança motorizada e conexão com as centrais de segurança da polícia.
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PAV: Há também dois prêmios previstos no projeto. Como funcionará o prêmio “Primeiro Curta”? Petraglia: Como o próprio nome diz, a ideia é criar uma ação para jovens entusiastas não profissionais que queriam trabalhar com produção audiovisual. Vamos criar uma banca que vai receber roteiros dos interessados. Estes roteiros serão selecionados e os contemplados poderão produzir suas ideias dentro do Polorio com apoio em forma de estúdios e equipamentos, tudo em parceria com empresas do setor. Este conteúdo final será negociado para ser exibido em festivais, cinema, tv ou via VOD e internet.
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Depois que a tecnologia de produção de áudio e vídeo migrou para o digital, houve uma mudança técnica que realmente é inacreditável. Nasceu a era de produzir muito mais com muito menos recursos. O que estamos querendo fazer nesta nova gestão é exatamente isso: adequar o Polorio, explica Claudio Petraglia
PAV: Como o Polorio se encaixa no novo panorama da produção e distribuição audiovisual? Petraglia: Há e sempre haverá uma grande necessidade entre os jovens de criar e consumir produtos de comunicação e eu vejo que hoje há uma grande carência de apoio para a produção dentro do paradigma digital. Depois que a tecnologia de produção de áudio e vídeo migrou para o digital, houve uma mudança técnica que realmente é inacreditável. Nasceu a era de produzir muito mais com muito menos recursos. O que estamos querendo fazer nesta nova gestão é exatamente isso: adequar o Polorio para que ele possa resgatar sua credibilidade e implantar um modelo que permita a estes produtores de conteúdo ter o que precisam.
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PAV: E o prêmio “Cidade Maravilhosa”? Petraglia: Este é um prêmio para profissionais. Queremos contemplar produções que tenham o Rio de Janeiro como ponto alto. Filmes e documentários que se passem na cidade ou que sejam sobre ela. A ideia é reforçar a marca “Rio”, a vocação da cidade para a produção de cinematográfica, alavancar a “ressaca” das olimpíadas para colocar novamente a cidade em foco.
PAV: Qual o desafio para estar mais presente neste cenário? Bolais: O Pólo possui um belo e extenso line up de grandiosas produções realizadas. Porém as dificuldades encontradas em gestões municipais anteriores nos impediram de realizar um projeto grandioso como o que estamos desenvolvendo agora. O segmento do audiovisual é o que mais empregos oferece no mundo, embora alguns gestores públicos parecem desconhecer esta informação. Finalmente esperamos que com a nova administração municipal este entendimento seja valorizado, pois somente assim poderemos realizar o grande investimento necessário para tornar o Pólo verdadeiramente merecedor do título de “ Hollywood brasileira”.
Os estúdios atuais do Polorio são de grandes dimensões, com pé direito de 12m. A ideia é que os novos estúdios sejam menores, com quatro metros de pé direito para atender produções mais simples
PAV: Existe dificuldade para conseguir parceiros apoiadores deste projeto? Petraglia: O problema é que muita gente acha que nós estamos ganhando rios de dinheiro alugando estúdios. A verdade é que todo recurso que conseguimos com as locações são investidos no próprio Polorio. É preciso lembrar que quando começamos o projeto, ainda nos anos 1970, não havia nada lá. Até a avenida que liga a região fomos nós que fizemos, então sim, os estúdios dão dinheiro e graças a isso o Polo continua crescendo e evoluindo. Agora o que precisamos é de parcerias. Por exemplo, hoje gastamos quase meio milhão de reais em energia elétrica todos os meses. Se conseguíssemos uma parceria com a operadora de energia para diminuir este custo em troca de colocá-la como apoiadora em todos os produtos feitos no Polorio, eu poderia repassar isso diretamente a quem aluga nosso espaço, diminuindo o custo da locação. Afinal de contas, o Polo não visa lucro. Agora estas parcerias só podem ser reais se eu tiver alguma segurança jurídica de compromisso com o poder municipal e estadual. Preciso de uma garantia do governo, um contrato longo para eu me comprometer a construir mais estúdios e atrair estes parceiros. PA
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Especial:
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Especial: Locação
ENTREVISTA
Orçamentos enxutos e crise econômica dificultam atuação das locadoras Conversamos com Vera Ligia Scatena, presidente da associação representativa do setor, sobre o mercado e quais ações estão sendo tomadas para tentar contornar esse cenário Por Gustavo Zuccherato
Vera Lígia Scatena, presidente da ABELE
Produzir conteúdo audiovisual em qualquer lugar do mundo depende essencialmente de dois fatores básicos: o produtor e o equipamento - sejam eles quais forem. Dentro desta relação, no entanto, há muitas variantes a serem consideradas, mas no Brasil, o cenário da crise econômica teve um impacto direto na produção profissional. Com orçamentos cada vez mais enxutos e o dólar cada vez mais alto, a dificuldade de adquirir as mais recentes soluções e equipamentos do mercado fica evidente. Ainda assim, muitas produções necessitam da alta qualidade das ferramentas modernas para não ficarem defasadas e a alternativa buscada sempre são as locadoras. A Panorama Audiovisual entrevistou Vera Ligia Scatena, presidente da Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Equipamentos e Serviços Audiovisuais, sobre o cenário atual deste segmento no mercado. Panorama Audiovisual: Qual a relação entre o mercado de locação e o mercado de compras de equipamentos?
Vera Ligia Scatena: A sobrevivência das locadoras depende, entre outros fatores, da compra de equipamento. Estamos sempre atentos a certas novidades pontuais e precisamos pesquisar e adquirir produtos, para isso participamos das feiras específicas do setor onde os fabricantes exibem os lançamentos. PAV: Como as tecnologias mais recentes influenciam na atuação das empresas locadoras? Scatena: Nos últimos anos, as tecnologias relacionadas aos equipamentos mudaram muito. As câmeras se tornaram totalmente digitais e inteligentes com alta resolução em um tamanho muito menor. A luz, por sua vez, seguiu para o caminho do LED, que é uma luz fria totalmente diferente da luz que estávamos acostumados a usar, como o tungstênio e a daylight. Surgiram também os drones, que com uma câmera compacta podem de fazer trabalhos que, anteriormente, exigiam uma grande grua, por exemplo. Essas são evoluções que vieram para ficar. As locadoras estão sempre abertas às novidades, sendo uma vitrine para a produção e para os técnicos. Eles querem trabalhar com equipamento mais leves, novos, de tecnologia de ponta, de forma que a locadora tem que ter isso sempre como prioridade.
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Especial: Locação
ENTREVISTA
Desde sempre as locadoras investiram nisso e atualmente a realidade é a do 4K e do IP. PAV: Os agentes audiovisuais já estão demandando equipamentos mais modernos em 4K ou ainda há produções com equipamentos em Full HD, por exemplo? Scatena: Há diversos tipos de produções. Existem aquelas que vão exigir uma tecnologia vultosa, cara e sofisticada relacionado aos equipamentos, mas também há as que têm uma flexibilidade maior para aceitar equipamentos mais em conta, como nos conteúdos para internet, por exemplo. O que manda é o orçamento. Se você tem um filme com pouco dinheiro e uma equipe que sabe desta realidade e que não é tão exigente, e têm a consciência que terão que usar equipamentos não tão modernos para caber dentro do orçamento. Essa é uma lógica normal e comum ao mercado. PAV: Qual o principal tipo de produção que tem procurado as locadoras? Scatena: Até pouco tempo atrás a publicidade 70% da produção audiovisual no país. Muito foi produzido nas últimas três ou quatro décadas. De 2000 para cá, começou-se a haver certa mudança, mas muito sensível, onde os orçamentos diminuíram um pouco e caíram em uma realidade mais ‘pé no chão’. Em algum momento, as mídias começaram a variar, com a televisão e o cinema sendo complementados pelas produções para internet, para celular, para pontos de venda e até para transporte público, como ônibus, metrô e aviões. Neste momento, começamos a ter produções de conteúdo para TV, com um equipamento e produção mais sofisticada, e os mais baratos para estas outras mídias. Agora, no entanto, a publicidade já não representa a maioria do budget de produção – reflexo da crise econômica e da indústria em si, com muita gente sendo mandada embora e o budget muito menor. O empresário ainda precisa anunciar os seus produtos, mas está com menos verba, de forma que a produção fica esmagada. A partir de 2011, com a promulgação da Lei da TV Paga (nº 12.485/2011), o conteúdo sofreu uma explosão. Hoje, nós estamos com uma produção de conteúdo fantástica, mas ainda falta equilibrar melhor os orçamentos. PAV: De que forma a crise econômica afetou vocês? Scatena: Temos que considerar que hoje estamos com um orçamento encolhido e que o valor-agregado de locação sempre foi algo muito complicado. Fazemos investimento em equipamento todo ano, com compras no exterior feita em dólar com custos de transporte e importação altíssimos, de forma que nosso equipamento disponível precisa ter tudo isso agregado a ele, para poder dar um retorno para a locadora. Diante disso, nós acabamos tendo que esticar os prazos de pagamento para algumas produtoras, oferecendo a elas uma margem de tempo muito longa
para receber o valor referente a trabalhos já realizados. Isso diminui a oxigenação das locadoras. PAV: E como a ABELE têm atuado para tentar contornar essa situação? Scatena: Nós temos feito muitas reuniões com os membros da Associação e o mote que temos discutido é sempre o mesmo: com orçamentos baixos e prazos de pagamentos altos, está cada vez mais difícil manter o equilíbrio. A questão é que não há uma ação específica que podemos tomar. Não temos controle de tudo para chegar aos nossos clientes e impor que eles paguem um valor que está fora da realidade deles. Esse é um mercado muito pequeno, onde todo mundo se conhece, e nós temos que tentar nos ajudar da melhor maneira possível. Hoje, nosso objetivo enquanto associação representativa é tentar segurar um prazo de pagamento que seja saudável para as locadoras, conversando com elas para não deixar que o prazo se dilua a um ponto em que o cash flow seja prejudicado irreversivelmente. PAV: Que outras vantagens a ABELE oferece aos associados? Scatena: Há algumas ações que já implementamos há alguns anos para tentar melhorar o setor como um todo. Formatamos um curso de eletricistas para cinema que disponibiliza ao mercado por ano uma média de 15 alunos. Esse curso de formação de mão de obra existe há mais de 10 anos, graças a uma parceria com o SENAI e o Sindicato Patronal. O curso é maravilhoso, tem quase 400 horas e não há nada no Brasil igual a ele. Tanto que o pessoal do Rio de Janeiro já veio aqui conhecer o curso para levá-lo para ser implantado lá. A ABELE junto à ASTIM (Associação dos Técnicos em Iluminação e Maquinária) também tem realizado alguns workshops para incentivar e melhorar a qualidade de uso de alguns equipamentos específicos. Outra conquista da ABELE foi em parceria com a DSV de São Paulo, onde conseguimos uma licença especial para que veículos credenciados do mercado de cinema circulem dentro da zona de rodízio. Implantamos também um seguro coletivo que cobre todos os equipamentos que vão da locadora para o cliente trazendo uma garantia quando estão em filmagens. Mais recentemente, estamos analisando a possibilidade de oferecer um seguro opcional e pontual aos clientes, já cobrados na locação. No Film Commission de São Paulo, a ABELE mantêm um representante que participa das reuniões e mantemos contato constante também com a APRO (Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais), visando fortalecer o setor.
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Especial: Locação
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MulticamHD e FlyHD: adaptabilidade para qualquer tipo de produção Empresas oferecem desde a locação de equipamentos até a operação in loco de câmeras, tripés, lentes, switchers, encoders, drones e outros equipamentos Derivadas da produtora AVDesign.tv, a MulticamHD e a FlyHD oferecem tudo que for necessário para as produções audiovisuais de qualquer porte e em qualquer lugar do mundo. Ambas as empresas refletem os quase 15 anos de experiência de Nelson Oliveira como diretor de vídeo na turnê mundial de Julio Iglesias desde 2003 e diversas outras produções de nível internacional. Com foco em consultoria e prestação de serviços, o diretor traz uma estrutura totalmente escalonável e adaptável às necessidades do cliente, seja para shows, esporte, eventos corporativos ou imagens aéreas para televisões, cinema, publicidade ou internet. A MulticamHD oferece tudo desde a locação de câmeras, lentes, tripés, switchers e encoders até a operação dos equipamentos in loco. A marca já atendeu grandes festivais de música, como Lollapalooza, Carrefour Music e Vivo Musica, até outros tipos de produção como o lançamento do Samsung Galaxy Note 7 durante a Olimpíada Rio 2016, por exemplo. A FlyHD, por sua vez, oferece os melhores drones “heavy lift” profissionais do mercado das marcas DJI e Align para carregar as principais câmeras do mercado, como a Panasonic GH4, Canon 5D, Blackmagic Pocket Cinema Camera, Sony a7RII, além de câmeras especiais como a Sony FS700, as da Red e as ARRI Alexa.
Sendo uma das pioneiras na operação de drones deste porte no Brasil, a FlyHD já foi escolhida por grandes TVs estrangeiras para seus projetos. Foi o caso da ESPN USA que confiou na expertise de Nelson para captar todas as imagens aéreas durante a Copa do Mundo de 2014, e do canal japonês NHK que escolheu a empresa para a gravação de um documentário/expedição nos Lençóis Maranhenses logo após a realização da Olimpíada no Brasil.
Equipamentos
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MulticamHD Câmeras: Sony FS700, FS7, EX3, EX1; Canon 5D; Panasonic AF100, GH-4, GH-3; Blackmagic Pocket Cinema Lentes: Canon, Sigma e Nikon Tripés: Sachtler FSB6 e DV6 Switchers: ATEM e Panasonic HS400 Gravador: HD-SDI Nanoflash Intercom: Clearcom FlyHD Drones Align: 690L DJI: S900 com gimbal Z15, Inspire One Pro X3 e X5, Matrice 600 com gimbal Ronin-MX
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Agenda Acompanhe aqui o roteiro com as melhores sugestões de congressos, festivais, exposições, mostras, cursos, treinamentos e eventos do mercado audiovisual.
16 de Janeiro à 13 de Fevereiro Programa Especial de Treinamento em Vídeo da IATEC Conjunto de cursos que visam dar um pouco mais de consistência para o operador de câmera. Apresenta o mais amplo conhecimento possível do processo de construção de imagens em Operação de Câmera, tanto no estúdio como em filmagens externas, proporcionando de forma prática a produção de imagens destinadas à realização de produtos jornalísticos, comerciais, clipes, documentários e vídeos institucionais. Além disso, este Programa Especial de Treinamento capacita o aluno com noções de conserto, iluminação, fotografia, áudio, e 3D, fundamental para quem quer entrar no mercado de trabalho. Inclui os cursos de Técnicas de Operação de Câmera I e II e Edição Digital em Final Cut. iatec.com.br
17 a 20 de Janeiro Séries de TV: Criação e Projeto A partir de análise de séries existentes e da apresentação de técnicas específicas para construção do universo ficcional de uma série (drama ou comédia), o curso se propõe preparar os participantes para criar seus próprios projetos, com foco na realidade do mercado audiovisual brasileiro. Com carga horário de 14 horas dividido por 4 encontros, o curso analisa os elementos de uma série, processos colaborativos, como deve ser elaborado um projeto de série e como está o mercado. Professor: David França Mendes barco.art.br
14 de Janeiro à 04 de Fevereiro
Workshops de Operação de Câmera, Iluminação, Sistemas de Estabilização e Drones Ministrados pelo diretor Gastão Coimbra aos sábados, os workshops são oferecidos individualmente. Começando pelo de sistemas de estabilização, o aluno aprenderá a operar, montar e fazer o set-up de steadicams profissionais, gimbal eletrônico e DJI Osmo. No outro sábado, quem se interessar pelo workshop poderá praticar técnicas de iluminação para diversos objetivos de cena, incluindo Chroma -key fazendo uso de fresneis, LED, butterflys, entre outros. Para finalizar o mês, há o workshop de operação de câmera, onde os alunos aprenderão e treinarão com uma câmera Blackmagic Production 4K técnicas de enquadramento, shutter angle, ajuste de temperatura, montagem, movimentação, posicionamento e set-ups para cinema e TV. Na primeira semana de fevereiro, o curso será focado em drones, no qual o aluno aprenderá técnicas e pilotagem básica com um Phantom 3 Professional 4K. institutodecinema.com.br
6 a 8 de Junho de 2017 Church Tech Expo A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e transmissão. Em 2015, o evento reuniu 90 expositores, representando mais de 200 companhias, e mais de 7 mil visitantes. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo e iluminação em templos e igrejas. O Congresso Church Tech Expo 2015 teve 100 de programação e recebeu 80 palestrantes em 65 sessão. Os temas centrais são: Integrando Áudio, Vídeo e Luz; Acústica e Inteligibilidade; Sistemas de PA e Sonorização; Produção de Apresentações Musicais; Mixagem e gravação; Seleção e configuração de microfones; Produção HD Ao Vivo; Implantação e Vantagens do Live Stream; Integração com Switcher e Robótica; Projeção e Processamento de Vídeo; Integração com Mídias Sociais; Infraestruturas baseadas em IP; Digital Signage Aplicada; Projetos de sucesso; Automação de Processos e Eventos; Desafios da Iluminação. www.churchtechexpo.com.br
6 a 8 de Junho de 2017 PANORAMA SHOW O mais importante latino-americano dedicado às tecnologias de Produção Audiovisual e Broadcast será realizado no São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes), em São Paulo. Serão três dias de exposição e congresso dedicados ao aperfeiçoamento profissional, debate sobre tecnologias e promoção de negócios. Os temas-chave do congresso são soluções para produção e distribuição de áudio e vídeo em TV, cinema, novas mídias, publicidade, animação e games. Em 2015 o evento reuniu 7000 visitantes, incluindo mais de 1000 congressistas, que participaram de 65 sessões de debate e workshops. www.panoramaaudiovisualshow.com.br
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