Panorama Audiovisual 72

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72 ISSN 2236-0336

Ano 6 - Edição 72 - Fevereiro/2017

TV Cultura

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Editorial

Panorama Show e os desafios da comunicação O fim das transmissões analógicas na Grande São Paulo marca o encerramento de um ciclo iniciado em 1950, com a inauguração da TV Tupi. Agora a tecnologia digital levará a televisão aberta a milhões de residências com muito mais qualidade. Mas ela não está sozinha e disputará a atenção dos espectadores com os canais pagos e com as redes LTE e, no futuro, 5G, capazes de distribuir áudio e vídeo em altíssima velocidade para qualquer dispositivo, em qualquer lugar e a qualquer hora. Este novo momento da televisão será um dos destaques no Congresso Panorama Show, que acontece de 6 a 8 de junho no São Paulo Expo. Além das palestras, debates e treinamentos com os melhores profissionais de audiovisual, este ano, o evento promete manter-se referência internacional apresentando o que há de melhor em tecnologia para produção e distribuição de áudio e vídeo e novidades com estandes de grandes marcas já confirmadas. Durante o debate “TV Digital, LTE e 5G: A fronteira entre o Broadcast e o Broadband” serão avaliados os prós e contras das plataformas de distribuição de mídia existentes e em desenvolvimento; a melhor forma de tirar partido delas e os investimentos necessários. É um assunto de grande impacto, pois enquanto investem em antenas e transmissores digitais, as emissoras também precisam estar atentas à estratégia de distribuição pela internet, aberta ou por assinatura. Hoje as redes de dados de alta velocidade e os novos hábitos dos telespectadores criaram uma lógica de distribuição de programas fragmentada e assíncrona, exigindo muita análise antes de investir. Estarão presentes na mesa de debates especialistas de universidades, emissoras de televisão e fornecedores de tecnologia. Com mais de 100 horas de programação, 80 especialistas e 65 palestras, debates e treinamentos, o Congresso Panorama Show é dedicado à atualização profissional, difusão do conhecimento e análise de tecnologias e soluções disponíveis. Ele reúne profissionais de todos os segmentos da comunicação, especialmente os envolvidos com a produção de conteúdos para televisão, internet e cinema. Dos refletores às câmeras de UHD 4K, passando pelos softwares de edição e as mais recentes soluções para streaming de áudio e vídeo pela internet, o melhor da indústria estará reunido em um só lugar. O Congresso Panorama Show será realizado simultaneamente à 3º Church Tech Expo - Feira Internacional de Tecnologia, Inovação, Infraestrutura e Soluções para Templos e Igrejas espera receber 16 mil visitantes e 200 empresas. Única na América Latina, a Church Tech Expo apresenta o que há de melhor em tecnologia para produção e distribuição de áudio e vídeo, além de novidades para o segmento de segurança eletrônica. Realizado pela VP Group Comunicação Integrada, o evento traz o que há de melhor para captação de imagens e streaming, telas e projeção, acústica, sonorização, mixagem, produção musical, iluminação, automação, segurança eletrônica e soluções de infraestrutura típicas deste segmento. Graças a sua abrangência, a Church Tech Expo revolucionou a maneira como fabricantes, integradores, distribuidoras e consultores se relacionam com templos, igrejas e locais de adoração, tornando-se referência internacional. Prova disso é que em 2016 foram contabilizados mais de R$ 41 milhões em negócios fechados na exposição. A Church Tech Expo e o Congresso Panorama Show são frutos de iniciativas lançadas em 2011, quando a Panorama Audiovisual ampliou a sua atuação para além das páginas das revistas e do seu portal, criando eventos temáticos. Sempre norteada pelo compromisso de apresentar e promover o debate sobre novas tecnologias de comunicação, ela chega ao sexto ano de vida com mais de 30 eventos realizados e mais de 20 mil profissionais envolvidos em fóruns, debates, seminários, workshops, treinamentos, feiras e congresso. No próximo mês de junho não será diferente e estaremos todos reunidos no Congresso Panorama Show e na Church Tech Expo.

Ano 6 • N° 72 • Fevereiro de 2017

Redação Editor e Jornalista Responsável

Fernando Gaio (MTb: 32.960) fernando.gaio@vpgroup.com.br Reportagem

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Editor Internacional

Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Comercial Gerentes de Contas

Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Marketing Michelle Visval michelle.visval@vpgroup.com.br

Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo Fernando Gaio (MTb: 32.960) Editor Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV

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Sumário

32 TV Cultura A atualização de sisetma para levar seus estúdios e rádios para o mundo IP.

Nesta Edição

08 ChyronHego lança PRIME 2.0

22 Artigo

Atualização inclui o Clips PRIME, um novo player de vídeos para broadcasters que integra grafismos avançados.

A implementação do áudio espacial no Facebook e o novo fluxo de trabalho Ambisonics.

10 Globo.com oferecerá conteúdo 4K sob demanda

32 TV Cultura

Infraestrutura de processamento de imagem da Elemental permitirá a entrega do conteúdo com compressão HEVC.

A atualização de sisetma para levar seus estúdios e rádios para o mundo IP.

10 NBC acerta a compra de 25% da rede Euronews

40 Especial

Rede de TV americana passa a ser a segunda maior acionista da rede pública de TV europeia

A cobertura completa do Rio ContentMarket 2017, tendências e políticas para o audiovisual brasileiro.

22 Artigo

40 A implementação do áudio espacial no Facebook

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Notícias

TVU Networks apresenta o codificador Mlink TE4500 com tecnologia HEVC Produto que será exibido na NAB 2017 possui a tecnologia de vídeo IP Stat Max Plus e traz a capacidade de gerenciamento de conteúdo com economia de dados

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Mlink TE4500 entrega a mesma qualidade de imagens já presentes nos transmissores de vídeo com tecnologia IP para celulares da TVU. O grande diferencial é a compressão dos dados.A TVU Networks revelou um dos produtos que serão exibidos na NAB Show 2017, que acontece em Las Vegas, em abril: o codificador de montagem em rack Mlink TE4500, que utiliza HEVC (High Efficience Video Coding) e a tecnologia de vídeo IP Stat Mux Plus. O produto, que pode ser utilizado em unidades móveis, possui capacidades de transmissão 3G e 4G por satélites e micro-ondas. O lançamento e os transmissores da TVU operam em uma plataforma ligada em nuvem, o que permite um gerenciamento centra-

lizadodo conteúdo de vídeo e o controle do suporte aos serviços e soluções da empresa. Sua tecnologia permite que os conteúdos possam ser distribuídos para diversos locais do mundo por meio de um transmissor. “Esse novo produto mantém a tradição dos transmissores TVU de entregar ao espectador a melhor qualidade de imagem HD mesmo com os cenários mais desafiantes e com dificuldades de transmissão. Além disso, o codificador reduz a necessidade das emissoras de confiar em diverentes peças de equipamentos, possibilitando o gerenciamento do conteúdo de vídeo por meio de uma interface web”, explica o CEO da TVU Networks, Paul Shen. PA

ChyronHego lança PRIME 2.0 Atualização inclui o Clips PRIME, um novo player de vídeos para broadcasters que integra grafismos avançados de última geração

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ChyronHego anuncia o lançamento do PRIME 2.0, uma atualização massiva para o renomado sistema de branding de canal da empresa. Nesta versão, a solução traz um mecanismo de renderização 64-bit baseado em software que fortalece o ecossistema PRIME, a plataforma de grafismos projetada para atender qualquer demanda de emissoras em qualquer lugar do mundo. “Hoje, os broadcasters estão lidando com uma indústria em transformação. Eles precisam atualizar suas instalações para suportar uma variedade de resoluções, incluindo HD e UHD com infraestruturas SDI e IP operando lado a lado, e eles também precisam se preparar para a transição de soluções de vídeo personalizadas para uma infraestrutura de TI padronizada e virtualizada. Esses fatores demandam os fluxos de trabalho mais eficientes possíveis, com uma facilidade de uso sem precedentes e uma máxima flexibilidade nas instalações”, diz Sören Kjellin, diretor de tecnologia da ChyronHego. “O PRIME já entregava uma potência sem paralelo e um retorno de investimento incomparável para instalações em todo o mundo. Agora, o PRIME 2.0 dá aos nossos clientes uma capacidade de renderiza-


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Notícias

ção ainda maior com capacidades de gestão de clipes em uma base à prova do futuro para criar atraentes”. O PRIME 2.0 é uma solução baseada em software agnóstico a resoluções que utiliza tecnologias de CPU (núcleo de processamento) e GPU (placa gráfica) para maximizara capacidade da renderização de grafismos e efeitos. Com a possibilidade de dar saída à grafismos e clipes através de um único sistema – o que geralmente exigia múltiplas soluções - os usuários ganham mais funcionalidades e recursos por um preço menor. Esta nova versão também inclui o PRIME Designer, uma ferramenta de design que permite a criação de grafismos de maneira mais eficiente e rápida. Com fluxos de trabalho “drag-and-drop” versáteis e rápidos para a construção de cenas e ligação de dados, a ferramenta também oferece recursos para criação de transições personalizadas, incluindo a tecnologia Warp Effects da Chyron, assim como auto-acompanhamento, mascaramento, renderização para textura, entre

outros. Por fim, o PRIME oferece uma integração simplificada com o NewsTicker, o sistema de gestão de conteúdo e dados para branding de canal da Chyron. A ChyronHego entrega através do ecossistema PRIME uma série de pacotes que podem operar simultaneamente através de um único servidor PRIME 2.0 ou como soluções autônomas. O Branding Package, por exemplo, entrega todas as experiências da linha de produtos Channel Box enquanto atende as necessidades específicas de branding para as transmissões audiovisuais. O PRIME 2.0 também introduz o Clips PRIME, um player de clipes altamente flexível com a capacidade de suportar até seis canais independentes em um único servidor. Há uma ampla variedade de transições e pré-enlatadas incluindo a tecnologia Warp Effects e a capacidade de efeitos especiais integrando softwares de modelagem e renderização de terceiros como o Adobe After Effects e o 3ds Max da Autodesk. PA

Globo.com oferecerá conteúdo 4K sob demanda Infraestrutura de processamento de imagem da Elemental permitirá a entrega do conteúdo com compressão HEVC

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Rede Globo está apostando com tudo na distribuição de conteúdos sob demanda em UHD/4K. Com diversas produções nesta qualidade já disponíveis no Globo Play, o grupo agora levará a ultra alta definição de imagem também para o Globo.com, seu portal agregador de conteúdo das mais de 100 afiliadas da emissora no Brasil, do Globo Filmes, assim como das produções da ca-

beça de rede, graças à infraestrutura de processamento de imagens oferecido pela Elemental Technologies. A Globo já utiliza os serviços da Elemental há mais de cinco anos para a transmissão dos seus conteúdos e, agora, passará a contar com compressão H.265/HEVC para oferecer os conteúdos em alta resolução sem perda de qualidade considerável. “Nossas pesquisas mostraram que o 4K só ganharia mercado se fosse oferecido com um novo nível de qualidade, não obtido em nenhum outro lugar”, disse Igor Macaubas, diretor de produto da plataforma de vídeo online na Globo.com. “A Elemental demonstrou que poderia expandir o nível de qualidade dos fluxos de trabalho 4K, atendendo as exigências da Globo.com por performance, interoperabilidade e confiabilidade de maneira rápida e fácil a medida que incorpora o poderoso codec HEVC”, ressalta. A nova implementação adiciona novos transcodificadores Elemental Server para a solução já existente, composta dos produtos Elemental Live, Server e Conductor, com o API da empresa simplificando a integração com outros sistemas. A abordagem definida por software da Elemental permite que a codificação HEVC seja implementada com appliances dedicados, virtualizados em um data center ou armazenados em nuvem, dando suporte tanto para o streaming em tempo real como a conversão de arquivos com processamento em lotes. PA

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Notícias

NBC acerta a compra de 25% das ações da rede Euronews Rede de TV americana passa a ser a segunda maior acionista da rede pública de TV europeia com uma negociação que pode envolver US$30 milhões

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rede americana NBC acertou a negociação de 25% das ações da cadeia de notícias europeia Euronews. Quando a operação de venda for concluída, ao final de março, a empresa passará a se chamar Euronews NBC. Com a operação concretizada, a NBC atingirá cerca de 277 milhões de lares pela Europa em 13 línguas na Europa, África e Oriente Médio. A estimativa é que a negociação envolva o valor de US$30 milhões. A compra colocará a NBC como a segunda maior acionista do canal europeu, atrás do magnata egípcio Naguib Sawiris, que possui 53% do total de ações através da Global Media Networks. Os 27% restantes estão divididos entre 20 redes de comunicação públicas europeias. A operação ainda deverá ser aprovada pelo conselho de acionistas da Euronews em assembleia que deve acontecer até o final do mês. A transação está sendo liderada por Deborah Turness, presidente da NBC News nos Estados Unidos. A Euronews tem sede em Lyon na França e possui mais de 500 funcionários. O grupo veicula notícias em 11 línguas diferentes durante 24 horas por dia. PA

Steinberg exibirá preview do Nuendo 8 na GDC Nova versão do software apresenta função Game Audio Connect 2 com transferência de composições para o Wwise Audiokinetic

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nova versão traz ênfase no design de som, dando aos usuários a possibilidade de criar e manipular áudios. O plug-in Sound Randomizer cria diferentes variações de som instantaneamente, ajustando o tom, timbre, impacto e timing. Já a Sounder Track é uma ferramenta que permite aos usuários arrastar e largar o áudio do MediaBay até a faixa e tocar e manipular o sample.O produto também apresenta processamento direto offline com capacidade de renderização em tempo real (Live!Rendering), tornando possível a aplicação de processos frequentemente utilizados em cadeias de pulg-ins que funcionam offline.Também se destaca a função Auto ReNamer, que nomeia automaticamente todos os eventos, algo comum nos fluxos de trabalho de áudio para jogos.Nessa nova versão, a Steinberg exibe a função Game Audio Connect 2, que proporciona um fluxo de trabalho interativo e transfere composições musicais inteiras do Nuendo para o Wwise, incluindo áudios e faixas MIDI e marcadores de cycle e de cue. O Nuendo também pode ser usado como editor MIDI para a Wwise.


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O Nuendo foi apresentado como uma solução para entregar tecnologias com qualidade de áudio e ferramentas para ajudar os profissionais da indústria de áudio. Na versão anterior do produto (Nuendo 7), a empresa apresentou o Game Audio Connect, que oferecia um conjunto de ferramentas para integração com o middleware de áudio Wwise Audiokinetic e projetos de controles de versões da Perforce.A Steinberg anunciou que vai exibir o primeiro preview do Nuendo 8 durante a Game Developers Conference que acontecerá na próxima semana em São Francisco.

Também estão inclusos o sintetizador Retrologue 2 e a ferramenta HALion Sonic SE 3 com mais de 80 processadores de efeitos, incluindo o equalizador paramétrico de oito bandas Frequency EQ e uma variedade do Pro Sound Effects. “Vamos lançar o novo produto em Junho, mas para a gente é muito importante mostrar a nova versão do Nuendo ao mercado na GDC, evento de grande importância para nós. Haverá outros eventos em que o produto também será apresentado até lá”, afirma o gerente de marketing senior, Timo Wildenhain. PA

Nova linha de lentes de cinema da Fujinon As MK Series chegam para trazer alta performance com um design compacto e bom custo-benefício

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Fujinon anunciou hoje o lançamento da nova família de lentes MK, inicialmente com dois modelos de alta performance com design compacto. Com data prevista para março, a primeira a chegar ao mercado é a lente zoom FUJINON MK18-55mm T2.9 seguida pela MK50-135mm T2.9 que deve chegar no segundo trimestre. Inicialmente, os dois modelos devem sair de fábrica com montagem padrão E, mas até o final de 2017 devem surgir as versões com montagem padrão X. O principal objetivo da empresa com essa linha é o de fabricar lentes com bom custo-benefício e facilidade de transporte para a produção de vídeos corporativos e comerciais para a internet e em outros meios. A nova série MK pode ser utilizada em câmeras digitais e de cinema “trazendo a mesma qualidade de lentes de cinema de alta resolução e capacidade avançada de reprodução fiel de imagens”, conforme afirma o comunicado da empresa. Com isso, o usuário não precisa se preocupar com a perda de foco e do eixo óptico ao utilizar

o zoom ou mudar de ângulo (comuns em lentes intercambiáveis). e se beneficia da praticidade ao transportar um produto mais compacto. Uma das vantagens da série MK oferece T-Stop 2.9 durante todo o nível de zoom, que promete oferecer uma baixa profundidade de campo e efeito bokeh. As lentes são compatíveis com câmeras com bocais do tipo E com sensor Super 35mm/APS-C e o X Mount usado na Série X das câmeras digitais da Fuijifilm. As novidades possuem três anéis para possibilitar o ajuste manual e independente de foco, zoom e diafragma com distância de anel de engrenagem de 0,8 M (módulo). O anel focal pode ser rotacionado em até 200º para facilitar a precisão. As lentes Fujinon podem ser utilizadas tanto para produções de TV quanto de cinema. Com tecnologia de montagem e processamento óptico de alta precisão, a empresa incorporará a série MK às lentes HK/ZK/XK já comercializadas para atender a diversas necessidades de diferentes produções. PA


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Novo recurso de organização para editores de vídeo da Grass Valley O Mync pode ser utilizado de maneira independente e possui funcionalidades básicas e avançadas para cada tipo de usuário

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Grass Valley apresentou um novo recurso de gerenciamento de conteúdo para edição de vídeo, o Mync. Essa solução funcionará de maneira independente da ferramenta GV Browser, um reprodutor e organizador de mídias, inclusa no programa Edius versão 8, lançada em 2015. O recurso será apresentado nos estandes da Canon e da Panasonic na CP+ Camera and Photo Imaging Show 2017, que acontece nesse mês em Yokohama, no Japão. O Mync será dividido em dois tipos de pacotes escalonáveis de acordo com as necessidades dos produtores de conteúdo. Em ambos os casos, o Mync funciona como um reprodutor de mídia universal e organizador de conteúdos. A Edius Mync Basic foi criada para proporcionar um suporte eficaz para organização de conteúdo e reprodução de mídia. O usuário pode realizar o download grátis dessa aplicação por tempo limitado no site (http://myncworld.com/) a partir de 1º de março. Já a versão avançada Edius Mync Standard apresenta novas funções como storyboard para edição de vídeo e uma organização de conteúdo mais avançada pensada para fotógrafos digitais, criadores de conteúdo web e editores de vídeo iniciantes. O serviço será pago. “Nossos clientes sempre nos perguntam sobre a possibilidade de adquirir o GV Browser como um produto independente e agora com o Mync eles podem. Com tantos formatos de vídeo no mercado, fer-

ramentas como o Mync são necessárias para gerenciar novas mídias”, afirma o vice-presidente sênior de estratégias de marketing da Grass Valley, Neerav Shah. “Todos, desde quem edita por hobby até os profissionais, serão capazes de gerenciar o conteúdo e acelerar o processo de produção do vídeo com ou sem o uso da plataforma do EDIUS”, explica. Para os interessados em adquirir o EDIUS, o Mync Standard será integrado com o EDIUS Pro e o EDIUS Workgroup. PA

ARRI Alexa ganha um Oscar Científico e de Engenharia Premiação reconhece as melhores soluções e produtos desenvolvidos para a indústria cinematográfica e audiovisual

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o último sábado dia 11 aconteceu em Los Angeles a 89ª do Scientific and Technical Awards da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o Oscar Técnico e Científico que reconhece o desenvolvimento de produtos e soluções para cinematografia e audiovisual.

Neste ano, mais uma vez, a conhecida fabricante alemã de câmeras ARRI foi reconhecida com um prêmio pelo seu sistema ALEXA Super 35. Este é o 19º prêmio Científico e Técnico recebido pela ARRI em seus 100 anos de história. A ALEXA foi apresentada ao mercado em 2010 e rapidamente se tornou um dos sistemas de câmera digital mais utilizados para produções profissionais cinematográficas e para televisão em todo o mundo. Com uma arquitetura facilmente atualizável, a ALEXA recebeu diversas melhorias através de atualizações tanto de software como de hardware para atender as constantes mudanças nas necessidades da indústria. Nos últimos cinco anos, todos os filmes que ganharam o Oscar Técnico de “Melhor Fotografia” utilizaram a ALEXA. “Com um design intuitivo e uma reprodução de imagem sem comparação, alcançada através de uma colaboração muito próxima com os cineastas, as câmera ALEXA está entre as primeiras câmeras digitais amplamente


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Notícias

adotadas por cineastas”, pontuou a Associação. Membros da equipe do projeto viajaram até Los Angeles para participar da celebração e receber o prêmio, que tem o formato de uma placa da Academia. Junto à esta delegação estava Franz Kraus, membro do conselho executivo da ARRI responsável pela tecnologia. “Nós agradecemos à Academia por essa honra em nosso aniversário de 100 anos”, diz Kraus. “Nós vemos esse reconhecimento como um incentivo para levar o nosso setor de pesquisa e desenvolvimento para níveis ainda maiores. Nós queremos responder as demandas dos clientes com soluções inovadoras e focadas no futuro, desenvolvendo sistemas e tecnologias de câmeras que suportam os reali-

zadores de filmes e programas para realizarem os seus sonhos mais criativos”. Ray Feeney, chefe do comitê do Scientific and Technical Awards, por sua vez, diz que “este anos nós estamos particularmente contentes em poder honrar não só uma ampla variedade de novas tecnologias, mas também as câmeras digitais de cinema pioneiras que ajudaram a facilitar uma conversão ampla para a captura de imagem eletrônica para a produção de imagens em movimento. Com seu excelente trabalho inovador, esses tecnólogos, engenheiros e inventores expandiram significativamente as possibilidades de escolhas criativas que cineastas podem fazer para contar suas histórias”. PA

A abordagem do Facebook para áudio em 360 Engenheiros da empresa explicam novas tecnologias por trás da ferramenta de produção.

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ançado em outubro do ano passado, a Spatial Workstation é uma suite de software gratuita criada pelo Facebook 360 para produzir áudio para vídeos 360 e VR (Realidade Virtual). Como parte de um painel na conferência Video@Scale realizada ontem - e um posterior post no blog Facebook Code - os desenvolvedores Hans Fugal e Varun Nair discutiram publicamente pela primeira vez os detalhes técnicos por traz das ferramentas. Desenvolvida pela equipe de áudio do Facebook 360, a tecnologia permite que editores e sound desingers garantam que a qualidade de seu áudio será mantida independente do formato de entrega. O áudio 360 e a tecnologia de renderização permitem que você crie a mesma experiência no ouvinte esteja ele usando um óculos de realidade virtual, um navegador web ou um dispositivo móvel. O software de encoding e renderização pode ser baixado e usado como plug-in dentro do Pro Tools, Nuendo e Reaper e amplia o suporte para um sistema Ambisonics de alta-ordem híbrido. Para os “não iniciados”, um Ambisonics de alta-ordem é a versão mais complexa do sistema, o similar ao usado por microfones Soundfield, mas usa oito canais ao invés dos típicos quatro. Graças a alguma otimização de algoritmos, a variedade híbrida permite você se beneficiar destes quatro canais extras. Isto garante melhor qualidade sonora, aprimora a localização de fontes de som e consome menos banda. Talvez o mais intrigante seja que o sistema suporta simultaneamente audio espacial baseado em “head-locked” (a fonte do som vem de uma direção específica independente do movimento do usuário) e “head-tracking” (a fonte do som se movimenta conforme o movi-

mento do usuário). Esta tecnologia significa que sound designers podem criar tanto narração estática quanto música enquanto empregam cenários sonoros dinâmicos baseados em cenas que sigam o movimento dos usuários. É a primeira vez que vemos uma renderização com Ambisonics de alta-ordem e áudio “head-locked” simultaneamente. Em seu post no blog Facebook Code, Fugal e Nair clamam que seu sistema de renderização de áudio espacial trabalha com latência em tempo real inferior a um milissegundo. Com esta latência tão baixa, há uma minimização da possibilidade do usuário sentir-se desconectado à experiência 360, o que é ótimo para o formato. PA



A Câmera 2 ao longo dos últimos anos realizou mais de 2000 eventos com suas unidades híbridas (SNG com câmeras) para as mais conceituadas emissoras de televisão do Brasil. Com uma equipe técnica especializada e experiente, estamos presentes nos mais importantes eventos esportivos, musicais, jornalísticos e de entretenimento. Nossas unidades de transmissão são configuradas para atender com 01, 02, 03 ou até 10 câmeras. Estamos preparados para realização de eventos com qualquer grau de complexidade. Equipamentos de última geração e uma equipe altamente qualificada tem sido o nosso diferencial. Entre em contato conosco.

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Artigo

Audio Espacial - Trazendo realidade ao som de vídeos 360 Por por Hans Fugal e Vanos Nair - Desenvolvimento de Áudio do Facebook

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xperiências de vídeo 360 no Facebook são incríveis e imersivas. Porém, para poder desfrutar da experiência completa, é preciso ter o áudio também em 360, desta forma o áudio soa como se ele estivesse vindo de uma certa direção no espaço, como seria na vida real. Um helicóptero voando acima da câmera deve soar como se estivesse acima de você, e o ator por trás da câmera deve soar como se ele ou ela estivesse atrás de você. Enquanto você olha ao redor do vídeo, os sons precisam reagir e reposicionar-se para onde os objetos estão na tela. Toda vez que você olha ao redor em um vídeo 360, se você está assistindo em um telefone, navegador ou fone de ouvido VR, o áudio precisa ser recalculado e reposicionado para um som crível.

Pontos chave desta nova tecnologia - A nova tecnologia de codificação e renderização de áudio 360 torna a manutenção de áudio espacial de alta qualidade em todo o fluxo de trabalho - do editor ao usuário - possível para o consumo em larga escala pela primeira vez. - A qualidade do som permanece elevada porque apoiamos o que

descrevemos como “ambisonics híbridos de ordem superior”, um sistema de 8 canais com otimizações de renderização para incorporar a qualidade de ambisonics de maior ordem com menos canais, economizando em última análise a largura de banda. - Nosso sistema de áudio suporta áudio espacial e áudio “head-locked” simultaneamente. No áudio espacializado o sistema reage a maneira que a cabeça de uma pessoa gira na experiência 360 quando ouve sons provenientes da cena. Com head-locked audio, elementos como narração e música permanecem estáticas. É a primeira vez na indústria que se atinge renderização com ambisonics híbrido de alta ordem e head-locked audio simultaneamente. - O renderizador de áudio espacial suporta experiências em tempo real com menos de meio milissegundo de latência. - A ferramenta Encoder FB360 exporta para várias plataformas. O SDK de Rendering está integrado no Facebook e no Oculus Video, o que garante uma experiência unificada desde a produção até à publicação. Isso economiza tempo e garante que o que você ouve na produção é o que você publica.


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Artigo

Em seus termos mais simples, para fazer esse trabalho, tivemos que desenvolver um sistema que poderia ir além da imersão que você sente em um cinema e fazê-lo sem o benefício de uma sala gigante para colocar alto-falantes. No problema que estávamos tentando resolver, tivemos que criar uma paisagem sonora que reflete um ambiente real, nos fones de ouvido, com uma resolução muito maior e, em seguida, manter o controle de qual caminho você está procurando. O áudio estéreo regular que você ouve sobre fones de ouvido pode ajudá-lo a entender se um som está sendo reproduzido na orelha esquerda ou na orelha direita, mas isso não ajuda a perceber a profundidade ou a altura ou a entender se um som está tocando na frente ou atrás de você . Criar tais experiências espaciais de áudio e reproduzi-las na escala requer novas tecnologias. Enquanto a pesquisa sobre áudio espacial está sendo conduzida em arenas acadêmicas, até agora não houve nenhum fluxo de trabalho de confiança, de ponta a ponta, para trazer essa tecnologia em escala para uma audiência. Recentemente lançamos novas ferramentas de usuário e métodos de renderização que, pela primeira vez, tornam possível o áudio espacial de alta qualidade para consumo em larga escala. Essas técnicas de renderização foram aplicadas a um novo conjunto de ferramentas robusto, chamado Spatial Workstation, que dá aos criadores a capacidade de colocar o som em um vídeo 360. A renderização também foi aplicada aos aplicativos do Facebook, de modo que as pessoas ouvem o mesmo áudio que os criadores carregam. Ambos os avanços permitirão aos produtores de vídeo recriar a realidade em uma ampla gama de dispositivos e plataformas. Neste artigo, vamos explorar os detalhes técnicos por trás do que nós construímos - mas primeiro, um pouco de história em áudio espacial.

Um guia rápido sobre áudio espacial Ouvir áudio espacial através de fones de ouvido é possível devido a funções de transferência relacionadas à cabeça (HRTFs). HRTFs ajudam a construir filtros de áudio que podem ser aplicados a um fluxo de áudio para fazê-lo soar como se ele estivesse posicionado em

Antes que as pessoas possam ouvir o áudio, um criador tem que colocar o som na posição correta. Para colocá-lo de outra forma, eles têm de projetar e, em seguida, transmitir o áudio espacial. Há uma variedade de métodos que existem para fazer isso

um local específico - acima de você, atrás de você, ao lado de você, e assim por diante. HRTFs são geralmente capturados em câmaras anecóicas com um sujeito humano ou um modelo da cabeça humana e torso, mas existem outros métodos para gerá-los também. Antes que as pessoas possam ouvir o áudio, um criador tem que colocar o som na posição correta. Para colocá-lo de outra forma, eles têm de projetar e, em seguida, transmitir o áudio espacial. Há uma variedade de métodos que existem para fazer isso. Uma abordagem é o áudio espacial baseado em objetos, um método no qual os sons individuais para cada objeto na cena (por exemplo, um helicóptero ou um ator) são salvos como fluxos discretos com metadados posicionais. A maioria dos jogos usa um sistema baseado em objetos, pois as posições de cada fluxo de áudio podem mudar dependendo de onde o jogador se move. Ambisonics é outro método em áudio espacial que descreve um campo sonoro inteiro. Você pode pensar nisso como uma fotografia 360 para áudio. Um fluxo de áudio multicanal pode ser usado para representar facilmente todo o campo de som, o que torna mais fácil transcodificar e transmitir do que o áudio baseado em objetos. Um fluxo ambisonic pode ser representado através de uma variedade de

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esquemas. O maior diferencial é a ordem do campo sonoro ambisonic. Um campo de som de primeira ordem resulta em quatro canais de dados de áudio, enquanto um campo de som de terceira ordem resulta em 16 canais de dados de áudio. Geralmente, uma ordem mais alta resulta em melhor qualidade de som e posicionamento mais preciso. Você pode pensar em um campo sonoro ambisonic de baixa ordem como uma fotografia embaçada de 360 graus.

Fluxo de trabalho e ferramentas Spatial Workstation é um conjunto de ferramentas que desenvolvemos para ajudar os sound designers profissionais projetar áudio espacial para vídeo 360 e experiências de VR lineares. A Workstation estende a funcionalidade de estações de trabalho de áudio existentes para posicionar sons em espaço 3D com um vídeo 360 e, simultaneamente, para visualizar a saída em um fone de ouvido VR. Isso cria um fluxo de trabalho de ponta a ponta de alta qualidade, desde a criação de conteúdo até a publicação. O áudio estéreo tradicional inclui dois canais. O sistema que desenvolvemos com a estação de trabalho espacial produz oito canais. Chamamos isso de um sistema híbrido de ordem superior ambisonic com o campo sonoro modificado para beneficiar experiências VR e 360. Ele é ajustado ao nosso renderizador de áudio espacial para maximizar a qualidade do som e precisão de posicionamento, mantendo os requisitos de desempenho e latência a um mínimo. Além disso, a estação de trabalho espacial também pode emitir dois canais de áudio head-locked, ou seja, que não se movem mesmo que o usuário movimente o dispositivo. Este é um fluxo estéreo que não responde à cabeça de

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rastreamento e rotação e sempre fica “bloqueado” para a cabeça. A maioria das experiências de 360 usam uma mistura de audio espacial e head-locked, enquanto o áudio espacializado pode ser usado para ações acontecendo dentro da cena 360 e o áudio head-locked pode ser usado para narração ou música de fundo.

Renderização Nosso renderizador de áudio espacial inclui um conjunto de tecnologias que desenvolvemos ao longo de muitos anos, o que facilita a escala para uma variedade de tipos de dispositivos e configurações, enquanto ainda mantém a qualidade ideal. O processador usa HRTFs que são parametrizados e representados de uma maneira que vários componentes do HRTFs podem ser escalados para melhorar o desempenho ou a qualidade, ou ajudar a encontrar um bom meio termo. A latência de áudio do nosso renderizador é inferior a meio milissegundo, o que é uma ordem de magnitude menor do que a maioria dos renderizadores, tornando-o mais do que ideal para experiências em tempo real, como vídeos com rastreamento principal. Essa flexibilidade é útil ao segmentar uma variedade de computadores de mesa, dispositivos móveis e navegadores. O processador é sintonizado para o mesmo som e executar bem em cada um desses sistemas de destino. Esta consistência importa ao criar experiências de áudio espacial. Seria prejudicial para o ecossistema se o áudio fosse renderizado para soar diferente em cada plataforma ou dispositivo devido a requisitos de desempenho. Queremos garantir qualidade consistente em uma enorme variedade de dispositivos e ecossistemas na escala do Facebook.

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Múltiplas plataformas O renderizador é a parte do motor do áudio Audio 360, que pode espacializar fluxos ambisonic híbrido de ordem superior e head-locked. O mecanismo de áudio é escrito em C++ com instruções vetoriais otimizadas para cada plataforma. É leve e gerencia a fila, a espacialização e a mistura através de um sistema multithreaded e lock-free. Ele também se comunica diretamente com os sistemas de áudio em cada plataforma (openSL no Android, CoreAudio no iOS / macOS, WASAPI no Windows) para minimizar a latência de saída e maximizar o desempenho. O design leve não só mantém as coisas rápidas, mas também reduz o bloat do aplicativo, mantendo o tamanho binário pequeno. O binário do mecanismo de áudio é compilado para cerca de 100 kilobytes. Para a web, o mecanismo de áudio é compilado para asm.js usando Emscripten. Isso nos ajuda a manter, otimizar e usar a mesma base de código em todas as plataformas. O código exigia pouca modificação para funcionar bem no navegador. A flexibilidade e a velocidade do renderizador nos permite usar a mesma tecnologia no navegador e manter a qualidade. O mecanismo de áudio neste caso é usado como um nó de processador personalizado no WebAudio, onde o fluxo de áudio está enfileirado no mecanismo de áudio do player de vídeo do Facebook e o áudio espacializado do mecanismo de áudio é passado para o WebAudio para reprodução através do navegador. Comparado com a implementação nativa do C ++, a versão JS é executada apenas entre 2x e 4x mais lento, o que é ainda mais do que adequado para o processamento em tempo real. A flexibilidade e a natureza multiplataforma do processador e do motor de áudio nos permite melhorar continuamente a qualidade à medida que os dispositivos e os navegadores se aceleram com cada ano que passa.

Da codificação à entrega do cliente O mundo da codificação e formatos de arquivos para áudio espacial está evoluindo rapidamente e em um estado de fluxo. Queríamos torná-lo o mais fácil possível para codificar e fazer upload de conteúdo feito com a Spatial Workstation para o Facebook, para visualização e escuta em todos os dispositivos que as pessoas usam. O Codificador da Spatial Workstation preparará o áudio espacial de

Nosso renderizador de áudio espacial inclui um conjunto de tecnologias que desenvolvemos ao longo de muitos anos, o que facilita a escala para uma variedade de tipos de dispositivos e configurações, enquanto ainda mantém a qualidade ideal. O processador usa HRTFs que são parametrizados e representados de uma maneira que vários componentes do HRTFs podem ser escalados para melhorar o desempenho ou a qualidade, ou ajudar a encontrar um bom meio termo

O microfone Soundfield é um exemplo de um equipamento feito para captar áudio preparado para Ambisonics

oito canais e o áudio head-locked estéreo, junto com um vídeo 360, em um arquivo pronto para carregar no Facebook.

Codificação Houveram alguns desafios em encontrar um formato de arquivo que funcionaria. Nós tivemos várias restrições, algumas das quais podemos afrouxar com o tempo, mas que precisávamos trabalhar em torno de entregar um codificador mais cedo ou mais tarde. A principal restrição era que, para minimizar a perda de qualidade na transcodificação, precisávamos manter o formato de vídeo nativo do Facebook: MP4 com vídeo H.264 e áudio AAC. Isto implica as seguintes limitações práticas: - AAC em MP4 suporta oito canais, mas não 10 canais. - Os codificadores AAC entendem o áudio de oito canais para estar no formato surround 7.1, que aplica um filtro passa-baixa agressivo e outras técnicas para comprimir o canal LFE. Isso é incompatível com a reprodução fiel de áudio espacial. - Metadados MP4, que são extensíveis, porém pesados para trabalhar com o uso de ferramentas como ffmpeg ou MP4Box. Optamos por usar uma configuração de canal com três faixas de áudio no arquivo MP4. Os dois primeiros são faixas de quatro canais sem LFE, para um total de oito canais não LFE juntos. A terceira faixa é o áudio head-locked estereofónico. Codificamos em uma taxa de bits alta para minimizar a perda de qualidade ao converter de WAV


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para AAC, porque ele será transcodificado novamente no servidor para se preparar para a entrega do cliente. No Facebook, temos um valor central em nossa engenharia que é mover-se rápido. Esperamos que ainda não tenhamos pensado em todas as informações que precisamos transmitir à medida que nossas ferramentas e capacidades evoluem. Por esse motivo, queríamos um esquema de metadados que fosse extensível para o futuro e fácil de trabalhar. Definindo nossos próprios tipos de caixa MP4 senti frágil e lento, então em vez disso, decidimos colocar nossos metadados em uma caixa xml dentro de uma caixa de meta. Esse XML poderia seguir um esquema que pode evoluir tão rapidamente como precisamos. A ferramenta MP4Box pode ser usada para ler e gravar esses metadados a partir do arquivo MP4. Armazenamos metadados para cada faixa de áudio (na caixa de trak), definindo o layout do canal para essa faixa. Então nós também escrevemos metadados globais no nível do arquivo (sob a caixa moov). O codificador da Spatial Workstation também leva o vídeo como entrada. Este vídeo é mxiado para o arquivo resultante sem transcodificação, e os metadados espaciais de vídeo apropriados são gravados no arquivo para que ele seja processado como um vídeo 360 quando carregado para o Facebook. O YouTube atualmente tem suporte para ambisonics de primeira ordem, que requer quatro canais. Também apoiamos vídeos preparados neste formato.

Transcodificação Uma vez que o arquivo com vídeo 360 e áudio 360 é carregado, ele é preparado para entrega aos vários dispositivos cliente. O áudio é similarmente processado em vários formatos. Nós extraímos os metadados de áudio (seja formato o YouTube ambiX ou Facebook 360) para determinar o mapeamento de trilha e canal, e então nós o transcodificamos em vários formatos. Como com todos os nossos vídeos, às vezes transcodificamos com várias configurações de codificador para que possamos fazer comparações para chegar à melhor experiência de ouvinte possível. Também preparamos uma renderização binaural estéreo que é compatível com todos os clientes legados e também serve como uma alternativa se algo der errado. O áudio é preparado separadamente do vídeo e combinado para ser entregue aos clientes através do uso de protocolos adaptativos de streaming.

Entrega ao cliente Clientes diferentes têm capacidades diferentes e suportam diferentes formatos de contêiner / codec de vídeo. Não há ainda um único formato compatível com todos os nossos dispositivos, por isso preparamos um formato diferente para iOS, Android e Navegador Web. Nós controlamos o player de áudiovisual em todos esses dispositivos, então somos capazes de implementar um comportamento especial conforme necessá-

Para obter um exemplo do novo áudio espacial feito na estação de trabalho espacial do Facebook 360, confira este vídeo 360 da página JauntVR.


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A nova ferramenta do Facebook permitirá um fluxo de trabalho ponta-a-ponta para a produção de vídeo e também áudio em 360

rio, mas preferimos um código existente que é bem testado e não requer tempo extra para implementar. Por essa razão, no iOS preferimos MP4 como o recipiente, e no Android e navegadores web preferimos WebM. Tanto no iOS quanto no Android, a decodificação de 10 canais de áudio AAC não é suportada nativamente ou acelerado no hardware, ao contrário das faixas monoaural ou estéreo. Isto, juntamente com os problemas acima mencionados com AAC e oito ou 10 canais de áudio, levou-nos a olhar para codecs diferentes. O Opus está sendo usado por terceiros para áudio espacial, e há um trabalho contínuo para tornar a compressão melhor usando o codec Opus. É um codec moderno e aberto, e decodifica mais rápido em software do que AAC. Isso fez do Opus uma escolha natural, especialmente para o contêiner WebM. Opus não é suportado no MP4 pela maioria dos codificadores ou decodificadores. No entanto, existe um projeto de proposta para o Opus no MP4 e um trabalho em curso para o apoiar no ffmpeg. Tivemos alguns desafios transcodificando o formato de áudio de

Um dos problemas que viemos era que os codificadores AAC entendem o áudio de oito canais para estar no formato surround 7.1, que aplica um filtro passabaixa agressivo e outras técnicas para comprimir o canal LFE. Isso é incompatível com a reprodução fiel de áudio espacial

três faixas no arquivo enviado (“4 + 4 + 2”) em um único canal Opus de 10 canais. Tal como com AAC, os mapeamentos de canal permitidos e o canal LFE foram um problema. No entanto, o Opus permite uma família de mapeamento de canal indefinida (família 255), o que significa que os canais não estão em um layout conhecido. Isso funciona bem o suficiente porque controlamos tanto a codificação quanto a decodificação e podemos garantir que o layout seja entendido da mesma maneira em ambas as extremidades. Transmitimos informações de layout de canal no manifesto de fluxo contínuo. No futuro, à medida que o áudio espacial dentro do Opus amadurece, pode haver mapeamentos de canal específicos e técnicas de codificação aprimoradas para reduzir o tamanho do arquivo e / ou aumentar a qualidade. Nossos clientes serão capazes de decodificá-los com mínima ou nenhuma mudança.

Futuro Estamos em um campo em expansão e em desenvolvimento com áudio espacial - os formatos que tomamos para concedidos para vídeo e áudio não-espaciais estão agora mudando e melhorando. O trabalho que fizemos é um grande começo para trazer essas experiências à vida, mas ainda há mais a fazer. Componentes para cima e para baixo da pilha - da estação de trabalho para o formato de arquivo de vídeo - precisam ser alterados. Atualmente, estamos trabalhando para oferecer suporte a um formato de arquivo de upload que pode armazenar todo o áudio em uma faixa e, potencialmente, usar uma codificação sem perda. Mas também estamos interessados no trabalho para melhorar a compactação de áudio espacial no Opus. Estamos interessados em explorar a taxa de bits adaptável e, talvez, o layout de canal adaptável para melhorar a experiência de pessoas com largura de banda limitada ou largura de banda suficiente para receber uma qualidade ainda maior. É um momento emocionante para viver, e estamos ansiosos para contribuir mais para este ecossistema. PA



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TV Cultura avança em várias frentes Nos últimos meses a emissora implementou uma rede dados robusta para integrar todos os prédios, atualizou os sistemas de armazenamento e exibição, comprou novas câmeras e iniciou um trabalho que promete levar as suas rádios ao topo da tecnologia IP. Por Fernando Gaio

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Rádio e Televisão Cultura de São Paulo está passando por atualizações essenciais para elevar a qualidade da programação e se desvencilhar de instalações analógicas ainda presentes. Uma das novidades mais emblemáticas acontecerá nas Rádios Cultura FM e Cultura Brasil (AM), afetando desde a técnica até a rede de dados que integra toda Fundação Padre Anchieta, administradora das emissoras. As emissoras exibem essencialmente programação musical, noticiários e especiais com interpretes e compositores, e agora passarão a utilizar uma rede de dados IP para acessar os programas já produzidos e prontos para exibição, além da biblioteca musical. Também serão instalados duas consoles de áudio da marca alemã DHD, substituindo os modelos analógicos da fabricante Scala. “As rádios ficaram estacionadas no analógico por muitos anos, por isso teremos uma mudança enorme”, conta Gilvani Moleta, Diretor Técnico da TV Cultura. O projeto prevê uma rede de áudio sobre IP com o protocolo Dante. Hoje a Cultura tem quatro estúdios de produção e dois estúdios para transmissão ao vivo na rádio, além da central técnica. “Todo sinais serão encaminhados para uma matriz e convertidos para trafegarem na rede Dante”, detalha Alcides Rodrigues Cunha Júnior, Supervisor Técnico de Áudio. “Para o roteamento vamos usar

Gilvani Moleta, Diretor Técnico da TV Cultura, testa as câmeras recém adquiridas da Panasonic para ampliar os recursos das equipes de jornalismo e produção externa


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A nova console on-air da alemã DHD audio GmbH tem um núcleo com entradas e saídas analógicas e digitais para ser integrada à rede Dante

o hardware da Yamaha RSio64-D I/O, que tem duas unidades de rack com até quatro slots de 16 canais.” Com a migração, os sinais dos microfones e outras fontes dos estúdios ao vivo seguirão para o núcleo do sistema provido pela DHD audio GmbH e de lá para uma console ultracompacto com 12 faders, master e uma tela de controle. “A primeira unidade já chegou à emissora e, atendendo a um pedido nosso, inclui uma porta de dados Dante com 64 saídas e 64 entradas”, conta Alcides. As salas de técnica e produção também terão as suas consoles substituídas. Neste caso de modelos Roland para Yamaha Serie TF, que operam com softwares e em rede. “Com isso deixaremos para trás uma situação onde todas as mídias são digitais, mas a produção é analógica”. A rádio Cultura Brasil foi uma das primeiras a solicitar sua migração do AM para FM, seguindo determinação do governo federal, e logo que autorizada começará suas transmissões na banda FM Extendida (abaixo de 88,1 MHz). Outra mudança importante estará no armazenamento das mídias, que deixará de ser local para ocupar um pequeno espaço na estrutura de gerenciamento de mídia (MAM) da TV Cultura. Esta é considerada uma alteração simples, mas que trará resultados muito positivos. Para começar, todos arquivos estarão centralizados e acessíveis de qualquer ponto da Fundação Padre Anchieta. Haverá um controle maior do que produzido, do status de cada material e do gerenciamento de exibição, que continuará sendo executado pelo software de exibição Pulsar. Como bônus, deixarão de existir conversões de digital para analógico quando um material já produzido entra na console do estúdio ao vivo. “Os arquivos da rádio seguirão o mesmo fluxo da televisão, com gravação em fitas LTO para armazenamento e catalogação”, descreve Gilvani Moleta. “É um fluxo desenvolvido internamente e que funciona. Nós estamos há mais de 30 meses sem perder nenhuma mídia”.

A central técnica da rádio também será atualizada com um hardware Yamaha RSio64-D I/O, que tem duas unidades de rack com quatro slots de 16 canais e será a matriz da rede Dante

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Reportagem

Os modelos ultracompactos DHD substituirão as consoles Scala analógicas

Gerenciamento de arquivos A TV Cultura utiliza o ambiente de trabalho Grass Valley Stratus em conjunto com a biblioteca de mídia da Quantum para gerenciar e arquivar todos os programas, além de alimenta o sistema de exibição dos canais abertos TV Cultura (HD), Univesp (SD) e Multicultura (SD), transmitidos pelo canal digital 6 (6.1, 6.2 e 6.3), além da TV Rá-Tim-Bum (HD), disponível por assinatura. Na automação da exibição estão o software da britânica Pebble Beach, os servidores Grass Valley K2 e o software DPTV, criado pela emissora para organizar o roteiro de exibição, detalham Damázio Ferreira Junior, Coordenador Técnico de Sistemas Digitais, e Renato

Machado, Coordenador de Infraestrutura. Estas tecnologias quase zeraram os erros na hora de colocar a programação no ar. O controle preciso das mídias e o cuidado em não ‘lotar’ o espaço de armazenamento foram viabilizados com a padronização dos processos. Todos os programas são identificados com um código que os acompanha desde o início com informações como duração e roteiro. No ambiente de produção, 300 usuários têm à disposição 26 estações de edição com 180 Terabytes on-line para desenvolverem seu trabalho. Apenas depois da aprovação técnica e artística um programa é liberado para arquivamento no sistema robótico Quantum, que dispõe de 400 fitas LTO e 1 Petabyte. Já na exibição estão alocados seis servidores K2, sendo três como back-up, que armazenam três dias de programação dos 4 canais. Quando um programa entra na grade de exibição, o DPTV envia um arquivo XML para a automação da Pebble Beach, que determina verifica ser o programa já está disponível nos servidores Grass Valley K2 ou precisa ser copiado das fitas LTO. Tudo é automático. Após a exibição, novas informações podem ser acrescentadas aos metadados dos programas pela equipe do Centro de Documentação. Além disso, vale ressaltar que tudo que vai ao ar é preservados em duas ou mais cópias mantidas em prédios diferentes, garantindo a manutenção da memória da emissora e prevenindo perdas por incêndios e outros desastres. No arquivamento de mídia, o calcanhar de Aquiles está na fitas de

“Os arquivos da rádio seguirão o mesmo fluxo da televisão, com gravação em fitas LTO para armazenamento e catalogação”, descreve Gilvani Moleta. “É um fluxo desenvolvido internamente e que funciona. Nós estamos há mais de 30 meses sem perder nenhuma mídia”.


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A Panorama Audiovisual foi recebida pela equipe composta por Renato Machado, Coordenador de Infraestrutura, Gilvani Moleta, Diretor Técnico, Damázio Ferreira Junior, Coordenador Técnico de Sistemas Digitais, Alcides Rodrigues Cunha Júnior, Supervisor Técnico de Áudio, e Carlos Alberto da Silva Araújo, Gerente de TI

dados LTO, que já estão na sétima geração e exigem investimentos recorrentes. “Nós começamos com a LTO 3 e estamos indo para a LTO 6”, descreve Damázio Ferreira Junior, Coordenador Técnico de Sistemas Digitais da emissora. “Para o futuro, estamos em conversas com o Google e a Amazon, para estudar o armazenamento de dados na nuvem, que tem valores muito competitivos”,

complementa Gilvani Moleta. Hoje a Cultura tem por padrão gravar os arquivos em formato DVC Pro HD em 100 Mbit/s e DV 50 MBit/s para Standard Definition, gerando quase 3 TB de mídia por dia e promete estressar o sistema de armazenamento implantado até onde for possível antes de definir uma nova plataforma de armazenamento.


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Reportagem

Central que abriga os servidores K2, coordenados pelo sistema de automação Pebble Beach e responsáveis por armazenar programas prontos para exibição e que são

Rede IP Outro salto tecnológico recente foi a implantação de uma rede de dados IP, denominado Projeto de Rede Corporativa. Segundo Carlos Alberto da Silva Araújo, Gerente de TI, O projeto atendeu oito premissas: Segmentação; Velocidade; QoS; Padronização; Gerenciamento; Interligação entre seis prédios; Wi-Fi; e Telefonia IP. Para tanto foram criados dois Data Centers, um para as operações TV e outro corporativo, cujos dados circulam por uma rede física de fibra óptica de 10 Gbit/s. O principal parceiro da TV Cultura neste projeto foi a Cisco. A rede física é composta de dez camadas lógicas divididas entre perfis e demandas de usuários, com prioridades e restrições de acesso. “Essa evolução vem atender a necessidades fundamentais como tráfego de vídeo e wi-fi”, explica Araújo. “Também temos mais segu-

rança. Hoje um problema em qualquer um dos prédios da emissora não afeta os demais”. A tecnologia IP também está presente nos estúdios para trafegar o áudio que chega às consoles digitais Yamaha QL5 por uma rede Dante, o que simplificou muito o trabalho dos operadores. O próximo passo é também controlar a luz por uma rede IP.

Produção Para captação de imagens, o investimento mais recente da Cultura foi em câmeras Panasonic, expandindo o parque de soluções da fabricante na emissora. Desta vez foram escolhidas cinco câmeras AK-HC5000 para a unidade móvel de produção que atende gravações como de programas como SR. Brasil, Clássicos, Manos e Minas, e Prelúdio. Também foram incluídas cinco câmeras portáteis AJ-PX380 P2 HD AVC-ULTRA e duas AG-HPX250 para produção de reportagens e jornalismo. “Estas câmeras estão alinhadas ao nosso fluxo de produção, que utiliza 18 câmeras Panasonic AG-HPX2000, AG-HPX500 e AG-HPX370, além das que chegaram agora”. PA

Central robótica Quantum, onde há 1 Petabyte de armazenamento em fitas LTO e ficam o programas aprovados e aguardando agendamento para exibição.



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Reportagem

Um trabalho de grande importância realizado na TV Cultura é a copiagem das fitas de duas polegadas (Quadruplex), utilizadas nos anos 60, 70 e 80, para o sistema da MAM. Trata-se de um trabalho de extrema especialização, que é realizado há mais de uma década. Já foram catalogados mais de 7000 itens, como entrevistas e musicais raríssimos.

Atualizações recentes Nos últimos dois anos a TV Cultura investiu nos seus estúdios com a compra de seis câmeras Grass Valley LDX Flex, com estações de base XCU, que entraram no ar para prover qualidade de imagem e flexibilidade para o futuro. “Estas novas câmeras cabem perfeitamente em nosso sistema GV STRATUS para prover uma solução de estúdio de notícias robusta, que suporte a nossa qualidade de produção”, diz Gilvani Moleta, Diretor Técnico da TV Cultura. “Saber que nós podemos atualizar as câmeras com uma simples licença de software nos dá tranquilidade. Este é um investimento de longo prazo.” A câmera Flex LDX, para aquisição nox formatos 1080i ou 720p, oferece funções otimizadas de estúdio para muitas aplicações para estúdio e é facilmente atualizável como uma necessidade de mudança do usuário. As estações de base XCU (eXchangeable Control Unit) podem ser pré-montadas e pré-equipadas no rack, fazendo

uma conexão mecânica e elétrica que assegura aos usuários movimentação sem necessidade de retirá-las. Cada XCU vem com um suporte, e novos suportes adicionais podem ser usados para estender o seu uso em diferentes locais, como vans de unidades móveis, estúdios ou qualquer lugar. Em 2014 a emissora selecionou o sistema Grass Valley Stratus para o seu fluxo de produção workflow. O sistema que acaba de ser atualizado inclui ferramentas de produção de mídia não lineares e ajuda a TV Cultura colocar notícias no ar mais rapidamente e melhorar seu gerenciamento de operações. A Cultura tem um dos maiores sistemas de produção K2 e K2-SAN no Brasil. “Com o GV Stratus, temos muito mais do que uma atualização para nosso sistema de produção”, disse Gilvani Moletta, “Além da conectividade, ele é uma aplicação que ajuda a reduzir custos operacionais e a criar um fluxo de produção mais ágil.”


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10 a 12 maio cinemateca brasileira abcine.org.br

realização

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Especial Rio ContentMarket 2017

Emissoras regionais buscando conteúdo local

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iversas emissoras regionais participaram das Rodadas de Negócios do RioContentMarket 2017, nos dias 8, 9 e 10 de março. A presença das afiliadas mostrou o objetivo de ampliar o relacionamento com a produção independente e buscar conteúdos originais para suas grades de programação. De forma geral, os executivos estavam interessados em conhecer novas propostas e pensar junto com os produtores em modelos de negócio para viabilizar projetos. Entre as emissoras regionais presentes estiveram a TV Aparecida, a Nordeste TV, afiliada da Band no Ceará, e as afiliadas do SBT VTV (Campinas e litoral de São Paulo), TV Aratu (Bahia) e Rede Massa (Paraná). Priscilla Mansur, coordenadora de produção da VTV, afiliada do SBT na região de Campinas e litoral de São Paulo, cuja programação chega a 63 cidades, foi pela segunda vez ao evento, mas esta foi a sua primeira vez nas Rodadas de Negócios. Segundo a executiva, a emissora tem se aproximado da produção independente e a audiência tem respondido bem às iniciativas. Um dos programas exibidos pelo canal, o ‘Salve Meu Pet’, que se passa em um hospital veterinário, é totalmente desenvolvido por uma produtora de Santos. “Eu gostaria de conhecer várias propostas, de programas para crianças a atrações para mulheres acima de 50 anos”, diz. Conteúdo regional é uma das demandas. “A gente espera encontrar conteúdos regionais. Temos interesse em não-ficção e também em animações para o nosso programa infantil semanal. Queremos formatos curtos, que possam ser inseridos em programas que a gente já tem”, explica Pablo Reis, gerente de conteúdo da TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia. “Não fazemos restrição às produtoras regionais, mas precisa trabalhar com a nossa linguagem peculiar”.

Potyra Lavor, gerente de desenvolvimento de novos negócios, explica que uma das ideias das afiliadas do SBT no Nordeste é formar um pool de emissoras para compartilhar conteúdos. O programa ‘Nordeste Mais’, teve a edição atual produzida pela produtora baiana TêmDendê Produções. Ele é exibido nas afiliadas do SBT em toda a região. “A gente percebeu que é um caminho”, destaca Potyra. Além de Reis e Potyra, Matheus Carvalho, gerente de conteúdo da TV Aratu também participará do RioContentMarket. Beth Caminha, gerente de programação do Sistema Jangadeiro, afiliada do SBT no Ceará, e Nordeste TV, afiliada da Band no mesmo estado, irá às Rodadas de Negócios em busca de programas de esporte, jornalísticos, atrações voltadas para o público jovem, além de querer conhecer novos modelos de negócio. “A ideia é receber a proposta e ver o que dá para fazer”, observa. Segundo a executiva, ambas as emissoras já têm trabalhado bastante com produtoras locais. Além de Beth, Isabela Martin, diretora de jornalismo, e Cyro Thomaz, diretor executivo, representarão o Sistema Jangadeiro e a Nordeste TV. Mauro Lissoni, diretor artístico da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, foi pela primeira vez ao evento. Segundo o executivo, o objetivo é buscar algumas parcerias para coprodução. Atualmente a grade é quase toda de jornalismo, mas há espaço para o entretenimento. “Seria interessante um programa de culinária em formato local, por exemplo”, destaca Lissoni, lembrando que o orçamento de produção local é diferente da nacional. Atualmente, a Rede Massa tem um programa independente produzido por uma produtora de Foz do Iguaçu. O foco é turismo. Além de Lissoni, Joezer Xavier, gerente de criação visual do canal, participará das Rodadas de Negócio. PA


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BNDS traça panorama econômico e reforça atuação no setor

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rodução brasileira independente atravessa com fôlego economia turbulenta, e excede tempo mínimo de conteúdo na TV paga, estipulada pela Lei 12.485. Durante o Rio Content Market 2017 o BNDS aproveitou o evento para apresentar novas linhas de crédito para produtoras. Apesar das atuais turbulências, para o economista Cláudio Leal, superintendente da Área de Indústria e Serviços do banco, o balanço é positivo. “É um setor que vem passando por uma transformação radical, especialmente no modelo de negócios. Percebemos, inclusive, que o realizado pelas empresas do setor ficou bem acima das 3 horas e 30 minutos semanais de conteúdo nacional determinadas pela a Lei 12.485, o que mostra a boa aceitação e reação positiva do mercado”, explica. Além disso, a produção independente brasileira já é reconhecida internacionalmente, e isso é visível nos resultados de exportação de conteúdos e premiações internacionais. Para Claudio, algumas medidas também explicam esse bom desempenho, a exemplo do funding para financiar o setor, tanto o FSA (Fundo Setorial do Audiovisual, mantido pela Ancine e Ministério da Cultura), quanto as linhas de crédito disponibilizadas pelo próprio BNDES. A apresentação, que aconteceu no dia 8, às 15h30, na Sala 1, contou com a presença de Luciane Gorgulho, chefe do Departamento de Economia da Cultura do BNDES, com moderação de Adriano Civita, sócio da produtora Pródigo Films e conselheiro federal da BRAVI, entidade realizadora do RioContentMarket. Na primeira parte do painel, a ideia foi traçar uma fotografia do atual momento econômico brasileiro. “Há ainda um cenário bastante desafiador, com baixo índice de confiança por parte das empresas, taxas de desemprego elevadas e capacidade ociosa da indústria. Mas, embora a economia brasileira ainda inspire cuidados, há alguns sinais positivos que podem ser notados, como queda de juros e projeções de queda de inflação”, explica Leal.

A equipe do BNDES também abordou a atuação do banco nesse setor, falando mais especificamente das linhas de financiamento disponíveis, com uma visão prospectiva de negócios e quais são os desafios que ainda precisam ser enfrentados. A apresentação incluiu também as orientações da nova gestão do BNDES. “Queremos reforçar a mensagem de que o apoio do banco passa por dotar as empresas de ferramentas de gestão eficientes, para o que o banco vem dedicando bastante energia nesse momento”. No mesmo dia, o banco de fomento apresentou também o painel ‘Gestão e Governança’, com Gabriel Lourenço, chefe do Departamento de Fundos de Investimentos do BNDES. Ele fala às 10h15 na Sala 2, junto de Cássio Schmitt, diretor de Produtos de Crédito do Banco Santander, e Mayra Lucas, CEO da Glaz Entretenimento, com moderação de Fernanda Farah, gerente do Departamento de Economia da Cultura do BNDES. PA

SPCINE deve lançar serviço de VOD ainda este ano

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m painel nesta quarta-feira (8), primeiro dia do RioContentMarket 2017, o novo diretor presidente da Spcine, Mauricio Ramos, falou sobre os principais objetivos da agência para 2017. Ele anunciou que a empresa deve lançar no segundo semestre o SPVOD, serviço de vídeo on-demand destinado principalmente à distribuição de longas brasileiros na internet, em especial os paulistanos e fomentados pela agência. A versão beta do SPVOD, consórcio público privado entre a Spcine, a O2 Play e

o Hacklab, está em desenvolvimento e terá 10 títulos. A Spcine também apresentou números do Circuito Spcine, que leva salas de cinema às periferias de São Paulo. “Em 2016, tivemos 300 mil espectadores, e esperamos mais de 700 mil este ano. Além disso, pretendemos abrir mais cinco salas”. Mauricio citou ainda o Sampa Cine Tec, programa de bolsas de estudos para qualificação profissional de jovens entre 18 e 29 anos. Segundo ele, de 5 a 6% desses jovens conseguem um emprego depois de participar dos cursos. PA


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Especial Rio ContentMarket 2017

Sony Pictures

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arie Jacobson, vice-presidente executiva de Produção e Programação da Sony Pictures Television Networks, abriu o primeiro dia de atividades no RioContentMarket 2017 analisando diversos assuntos referentes principalmente à produção original e às plataformas de streaming. “Hoje em dia é comum ouvirmos: ‘No mercado tem menos dinheiro e é preciso produzir mais coisas que antes’. Mas nós da Sony pensamos que essa é a parte divertida: encontrar e desenvolver os novos modelos nesse novo contexto”. Como exemplo, Jacobsen mencionou um pitching de roteiristas realizado na Universidade UCLA, nos Estados Unidos, com o objetivo de procurar novos olhares para as produções. Assim surgiu o nome de Oden Ruskin, diretor da nova série ‘Absentia’, que estreará na plataforma de streaming da Sony, Crackle, em seis meses. “ ‘Absentia’ é um novo modelo que nunca tínhamos visto, porque faltam seis meses para a estreia e a série já está sendo comercializada através de trailers caseiros, posts criativos de usuários e muita exposição nas redes sociais. Nesse produto não gastamos o orçamento habitual de estúdio, mas estamos fazendo porque realmente acreditamos em talentos emergentes com novos olhares”, disse a executiva. No Brasil, uma das produções de “alto impacto” da Sony é ‘Nego-

ciando com tubarões’, produzido pela Floresta Produções e surgido do formato do reality japonês ‘Dragon’s Den’. Outro caso de sucesso mencionado pela executiva foi ‘Skeleton Crew’, série co-produzida nos Estados Unidos e adaptada na Polônia. “A Polônia não tem nada parecido a uma sala de roteiristas. Mas nós sentamos com um grupo de escritores polacos para escrever nove novos episódios orientados ao público dos Estados Unidos”. A explicação é que a companhia realmente precisa de parceiros para impulsionar a criatividade, distribuir melhor os riscos e aumentar as possibilidades de encontrar o próximo grande sucesso. A Crackle, propriedade da Sony, foi uma das primeiras plataformas de streaming na América Latina, inicialmente pensada como serviço de catch up TV. Porém, após alguns anos de atividades pouco expressivas, o site está se tornando a nova aposta do estúdio para a região. “Estamos apenas começando, mas isso mostra o compromisso da Sony com a inovação, pois estamos pensando a Crackle como uma plataforma personalizada para o Brasil e para a América Latina, que funcione como uma solução para os nossos sócios de TV paga”. Nesse sentido, a executiva afirmou que o Brasil está entre os cinco mercados mais importantes no setor over-the-top (OTT) do mundo, com um crescimento de 25% nesse nicho apenas em 2015. PA



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Especial Rio ContentMarket 2017

Cerca de 30% dos espectadores usam celular ou computador enquanto assistem TV

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evantamento apresentado no Espaço Sistema FIRJAN, durante o RioContentMarket, informa que o uso de uma segunda tela já é realidade em um terço dos lares brasileiros. A pesquisa ‘Novos hábitos de consumo em novas mídias’, elaborada pela empresa DataScript, aponta que 30% dos brasileiros que assistem TV ficam de olho também numa segunda tela – no celular ou no computador. Mais ainda: para 60% dos usuários de redes sociais, o YouTube é hoje uma TV. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (9/3) pelo pesquisador e publicitário Guto Graça a um grupo de produtores ligados ao Sindicato da Indústria Audiovisual (Sicav) no Espaço Sistema FIRJAN, dentro do RioContentMarket. Para Guto Graça, não existe influenciador digital e, sim, apenas influenciador. “A internet promoveu uma revolução e uma democratização dos meios de produção de conteúdo e de informação. Hoje, todos têm voz. Só mudou o meio de divulgação, tornando mais acessível para todos. Há muitos blogueiros e alguns vão continuar falando apenas para seus públicos e outros vão fazer um transmídia, usando as novas tecnologias que surgirem”, aponta o pesquisador. Para o levantamento atual, o painel DataScript Telespectador Consumidor ouviu dois mil entrevistados, mapeou seis mil perfis heavy users de rede sociais, promoveu oito grupos de discussão no Rio e em São Paulo, além de 50 entrevistas de profundidade. Conforme o estudo, 70% dos telespectadores aprovam a programação de TV produzida no país e 60% gostariam de ver mais conteúdo nacional.

“Há uma grande oportunidade pela frente para os produtores nacionais. A questão é saber como o consumidor quer assistir a essas produções. Hoje, 15% têm o hábito de assistir à TV programada. Ou seja, eles assistem quando querem e no meio que preferem”, alerta Guto Graça. Com a nova forma de ver TV, destaca o publicitário, o consumidor adquiriu novos hábitos. Segundo Guto Graça, se um programa está morno, 30% dos telespectadores recorrem às redes sociais. “A internet também é utilizada por 15% das pessoas durante o intervalo de um programa de televisão”, afirma o pesquisador. PA

Segundo Facebook, mais de 60% do conteúdo online é de vídeos curtos

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ompartilhamento imediato e o crescimento do consumo de vídeos na internet foram os destaques do painel apresentado por Eduardo Villalba, Regional Product Marketing Manager

Latin America do Facebook, nesta quinta-feira (9) durante o RioContentMarket. De acordo com o executivo, 68% das pessoas compartilham os vídeos que assistem, e metade de todo o conteúdo consumido online é assistido em smartphones e tablets. Até 2020, esse número deve chegar a 75%. Entre os vídeos assistidos na web, cerca de 66% têm menos de 10 minutos de duração. “As pessoas assistem a vídeos em momentos de pausa durante o seu dia, e muitas vezes não têm muito tempo. Por isso, um bom conteúdo traz a mensagem-chave nos primeiros segundos”, diz. Ele explica que, quando conseguimos capturar a atenção do espectador logo no início, a chance dele assistir até o fim é muito maior. Villalba falou também sobre o sucesso dos vídeos no estilo de histórias do dia a dia, como o ‘Instagram stories’, do Facebook. “Cada vez mais pessoas querem viver experiências e mostrar isso aos amigos. O compartilhamento imediato, que caracteriza uma interação importante com as pessoas mais próximas, só cresce”, afirma. PA


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Fomento à francesa

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rédérique Bredin, presidente do CNC – Centre National du cinéma et de l’Image animée falou aos participantes do RioContentMarket antes da assinatura do protocolo entre o órgão francês e a Ancine. “O CNC é a instituição-irmã da Ancine na França. Os dois países agirão em nome de certos valores que compartilham, e a dimensão do acordo é muito simbólica”. Após os anos 80, com a chegada da televisão privada na França, o CNC criou fundos de apoio à produção nacional e, de acordo com as mudanças tecnológicas, passou a criar políticas fiscais para outras plataformas como internet, aplicativos móveis e mercados como a publicidade. “O CNC não tem medo da globalização e das revoluções tecnológicas”. Ela explica que cada mercado de atuação deve contribuir com impostos para sustentar criações futuras. Um dos principais mecanismos de captação para a produção audiovisual francesa é um auxílio financeiro ao produtor, montante que se torna atrelado à sua próxima criação. Na França, a regulamentação exige que ao menos 60% da programação seja composta de produtos franceses ou europeus. Mas, apesar de existirem diversos acordos para cinema entre Brasil e França,

a produção audiovisual carece de incentivos. “Não há acordos e os sistemas são pouco compatíveis. Por isso, há três anos Ancine e CNC efetuaram um pedido para que os ministérios de Relações Exteriores revisassem as regras. PA


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Especial Rio ContentMarket 2017

Manoel Rangel, 15 anos à frente da Ancine

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diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, esteve no RioContentMarket na quarta-feira, 8, para um balanço sobre os 15 anos da agência e desafios para os próximos anos. Rangel tem um pouco mais de dois de meses de mandato e fez uma avaliação positiva dos acontecimentos enquanto esteve à frente da Ancine, destacando a necessidade de dar continuidade ao trabalho consistente porque ainda há muito a conquistar. E usou uma metáfora: “Fazer política audiovisual é como andar de bicicleta, se parar, cai; se não for flexível, cai”. Uma das maiores conquistas e desafio ao mesmo tempo, é o mercado de licenças. Segundo o diretor-presidente da agência, é preciso buscar mais equilíbrio nas parcerias entre TV e produção. A Lei 12.485 trouxe grandes benefícios para a relação entre produtores e executivos de televisão Em 2016, foram veiculadas 87.902 horas de conteúdo independente brasileiro em canais de TV por assinatura, o que representou 10,9% de toda a programação de canais de espaço qualificado. São 104 canais que cumprem cotas de conteúdo nacional atualmente. Estimular a produção regional também deve estar na pauta da agência para os próximos anos. Uma iniciativa nesse sentido foi a criação do PRODAV TV Pública. O primeiro edital rendeu 249 horas de programação para 199 TVs públicas envolvidas nas chamadas. Os produtores já estão negociando uma segunda janela para as produções com a TV paga. Uma segunda edição do edital está em andamento e Rangel disse que a uma terceira está prevista. Entre os pontos a serem desenvolvidos, Rangel mencionou ainda a necessidade de um marco regulatório para os serviços de VOD. Um levantamento feito pela agência em 2016 mostrou que há 16 serviços de vídeo on demand em atuação no Brasil. “Os agentes econômicos atuantes nesses serviços são dos mais diversos setores. É um desafio dar uma atenção especial ao marco regulatório e acompanhar a tecnologia e a relação dos consumidores com o serviço”.

O fortalecimento das distribuidoras brasileiras deve seguir como prioridade na pauta. “É imprescindível fortalecer as distribuidoras brasileiras e ampliar alternativas de distribuição. As distribuidoras brasileiras são responsáveis por mais de 80% dos títulos em cartaz”, destacou Rangel. A produção de filmes brasileiros tem crescido nos últimos anos e a expectativa é que em 2017 seja superada a marca dos 143 filmes nacionais lançados em salas de cinema em 2017. Se a distribuição precisa ser fortalecida, a exibição também merece atenção especial. Segundo Rangel, é preciso estimular e dar suporte aos pequenos exibidores. Atualmente, o país conta com uma sala de cinema para cada 65 mil habitantes. “A situação ainda é ruim, mas já é uma melhora”, diz. PA

Big Data e Algoritmos em pról do audiovisual

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m disputado painel do RioContentMarket 2017, a diretora do Lab245, Maria Luiza Reis, abordou o tema ‘Algoritmos & Consumo’, durante o primeiro dia do maior mercado audiovisual na América Latina. De que forma produtoras, canais e distribuidoras podem utilizar tecnologias como big data para conhecer melhor seus consumidores e oferecer o conteúdo certo para cada tipo de público? No segundo dia de evento, o painel “Algoritimização & Consumo” discutiu o tema, com apresentação de Maria Luiza Reis, diretora da Lab245, e participação de Tiago Mello, diretor da Boutique Filmes e produtor executivo da série ‘3%’, a primeira produção brasileira para o Netflix. Engenheira de formação, a especialista em análise de big data tem trajetória em campos que já utilizavam algoritmos para prever falhas em motores, anulação de ruídos em ambientes internos e exames de tomografia. Mas atualmente, canais de TV, plataformas de streaming e redes sociais têm usado essa tecnologia de maneira ostensiva. Ela explica: “algoritmos oferecem uma previsão periférica do que está

acontecendo do lado de dentro. Sempre existiram pessoas que, pelo feeling e experiência, apostavam em um ou outro produto, conheciam os nichos. A diferença é que agora o consumidor está deixando cada vez mais rastros ao pesquisar no Google, comentar no Facebook ou, por exemplo, assistir até o final uma série no Netflix em um determinado horário. É como se o aumento de informações tornasse a previsão cada vez mais exata”. Maria Luiza sintetiza o avanço dessa tecnologia explicando que a estatística, no passado, apresentava uma tendência média. Com o big data, conjunto de tecnologias do qual fazem parte os algoritmos, é possível apontar o que cada usuário pensa.Algoritmos permitem que um portal ou uma plataforma digital, por exemplo, compare o comportamento de um usuário com os hábitos de pessoas com perfil semelhante. “A tecnologia de big data cruza mais dados do que imaginamos. Cada vez que fazemos uma consulta na internet, algumas ferramentas capturam essa informação e, a partir dela, sugerem novas consultas antes mesmo de você pesquisar”, ilustra a especialista. PA


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07 de Fevereiro a 02 de Março Curso de Assistência de Direção O Assistente de Direção é o profissional que tem técnica e liderança na produção de um filme. Além de ter um segundo olhar do diretor, este profissional tem como funções definir a ordem do dia, plano de filmagem, análise técnica, entre outras atribuições do cargo em set. Professor: José Peroza institutodecinema.com.br

07 de Fevereiro a 04 de Abril Curso Som no Cinema O curso pretende apresentar conceitos, reflexões e diferentes práticas de como fazer o som de um filme. A partir de uma breve história do som no cinema, sua relação íntima com a música e com os modos de escuta entre compositor e sound designer, o objetivo é avaliar a influência do som como elemento estético, narrativo e dramático dentro de um filme. Assim, os alunos irão exercitar as etapas da produção sonora desde o roteiro, passando pelas variadas formas de captação do som direto até a construção do desenho de som, debatendo assim a valorização, postura e aptidão do profissional de som dentro do mercado cinematográfico atual. Professor: Léo Bortolin institutodecinema.com.br

13 a 15 de Fevereiro A Direção de Fotografia Cinematográfica Serão apresentados os elementos da cinematografia e sua utilização nos diferentes gêneros cinematográficos. Tom, contraste, valores de cor, intensidades luminosas, claridade e escuridão, espaço e movimento, e sua utilização como elementos narrativos. Os encontros se apoiarão na projeção de filmes fotografados por Lauro Escorel e de filmes emblemáticos da história da cinematografia internacional. Professor: Lauro Escorel barco.art.br

13 a 17 de Fevereiro Criação e direção de formatos televisivos de não ficção A proposta é aproximar os alunos das dinâmicas profissionais de realização de formatos televisivos de não ficção (unscripted TV formats), desde as primeiras etapas até a finalização do projeto. O foco estará na criação de conteúdos, com a clareza da necessidade de fazer as ideias saírem do papel. O objetivo é dar ferramentas para criar e desenvolver solidamente as ideias a partir de um trabalho consciente dos desafios e oportunidades dos processos de produção. Aceitando as particularidades de cada plataforma, os conceitos dados se aplicam as dinâmicas de trabalho em televisão aberta, televisão por assinatura, por internet, documentários e vídeos institucionais. Professor: Sebastián Gadea barco.art.br

6 a 8 de Junho de 2017 Church Tech Expo

A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e transmissão. Em 2015, o evento reuniu 90 expositores, representando mais de 200 companhias, e mais de 7 mil visitantes. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo e iluminação em templos e igrejas. O Congresso Church Tech Expo 2015 teve 100 de programação e recebeu 80 palestrantes em 65 sessão. Os temas centrais são: Integrando Áudio, Vídeo e Luz; Acústica e Inteligibilidade; Sistemas de PA e Sonorização; Produção de Apresentações Musicais; Mixagem e gravação; Seleção e configuração de microfones; Produção HD Ao Vivo; Implantação e Vantagens do Live Stream; Integração com Switcher e Robótica; Projeção e Processamento de Vídeo; Integração com Mídias Sociais; Infraestruturas baseadas em IP; Digital Signage Aplicada; Projetos de sucesso; Automação de Processos e Eventos; Desafios da Iluminação. www.churchtechexpo.com.br

6 a 8 de Junho de 2017 PANORAMA SHOW O mais importante latino-americano dedicado às tecnologias de Produção Audiovisual e Broadcast será realizado no São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes), em São Paulo. Serão três dias de exposição e congresso dedicados ao aperfeiçoamento profissional, debate sobre tecnologias e promoção de negócios. Os temas-chave do congresso são soluções para produção e distribuição de áudio e vídeo em TV, cinema, novas mídias, publicidade, animação e games. Em 2015 o evento reuniu 7000 visitantes, incluindo mais de 1000 congressistas, que participaram de 65 sessões de debate e workshops. www.panoramaaudiovisualshow.com.br


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