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82 ISSN 2236-0336
Ano 6 - Edição 82 - Dezembro/2017
FOX SPORTS
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Editorial
Balanços e tendências Inter BEE é realizada anualmente em Chiba, no Japão, combinando um balanço das tecnologias apresentadas nos últimos meses com novos produtos e tendências para produção audiovisual e televisão. Desta vez, a proximidade dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 certamente influenciou os lançamentos, pois o evento deverá relegar o HDTV a um segundo plano, abrindo espaço para o fluxo 4K/8K. Um exemplo é o anúncio para o segundo semestre de 2018 do switcher Sony XVS-9000, com até 80 entradas e 40 saídas de sinais 4K, equivalentes a 160 entradas e 80 saídas em HD. Ele pode ser conectado a interfaces IP ou 12G-SDI e é compatível com painéis de controle existentes. A capacidade é tão alta que podem ser realizados programas simultâneos de grande porte dividindo a capacidade do núcleo entre dois painéis. A Panasonic por sua vez apresentou um switcher 4K funcional com características básicas muito próximas ao anunciado pela Sony. O AV-HS8300 é compatível com 12G-SDI e incluindo 5 canais M/E em 4K e 2 canais de DVE. No evento ficou clara a visão da Sony sobre o fluxo IP da câmera ao switcher através do seu protocolo proprietário NMI. Mas nem todos pensam assim e é por isso que o SDI continua presente em qualquer solução para instalações críticas. Embora o IP pareça um caminho sem volta, os lançamentos deste Inter BEE confirmaram que esta nova ‘cultura’ ainda não pegou nas emissoras e produtoras. Num estágio acima, o 8K também reinou no Makuhari Messe. A Sharp surpreendeu com a câmera 8C-B60A usando um sensor CMOS de 33 milhões de pixels, equivalente ao Super 35mm. Sua memória SSD de 2 Terabytes grava até 40 minutos de imagens contínuas em 8K/60p. A mesma empresa anunciou em agosto um televisor 8K de 70 polegadas por menos de US$ 9 mil. No último IBC a Sony já havia revelado a sua câmera UHC-8300 8K para estúdios de TV, bem como Hitachi, Astro Design e Ikegami já haviam feito e como a Panavision e a RED fizeram no âmbito do cinema. Em todos os casos há um movimento para viabilizar a preparação de conteúdos para quando o 8K entrar em fase comercial. Mesmo no caso dos materiais finalizados em 4K e até exibidos em HD, os originais são mantidos para futuras versões em 8K. Quem pode está se antecipando. Durante a Inter BEE a Panasonic também deu sua contribuição num ponto que preocupa a todos: Gravação e armazenamento. É natural que altas resoluções exijam mais espaço em disco e a empresa apresentou um modelo baseado em memórias P2 e desenvolvido em colaboração com a emissora pública japonesa NHK. O AJ-ZS0580 grava arquivos 8K Super Hi-Vision em 60p no formato AVC-Intra (4: 2: 2). Para breve a Panasonic também promete sua tão esperada câmera 8K. Outra vertente explorada foi a inteligência artificial aplicada à produção audiovisual e distribuição de mídia. Nas demonstrações da plataforma Microsoft Azure, legendas e traduções eram realizadas em tempo real durante a transmissão de qualquer material. Também é possível analisar o material exibido para saber quem e quando apareceu em um vídeo, indexar palavras e ideias e muito mais. A precisão avança à medida que o sistema “aprende” sobre os conteúdos de um determinado canal, podendo ainda classificar objetos e paisagens. É cedo para entender todos os impactos provocados pela inteligência artificial no mercado de Mídia e Entretenimento, mas o pouco que foi mostrado já facilita imensamente o trabalho de quem produz e precisa localizar imagens e sons, de quem transmite e deseja acrescentar serviços agregados, e de quem consume e busca uma programação alinhada ao seu perfil. HDR, HFR, VR, 5G, Big Data, som tridimensional e projeção a laser também estiveram em destaque no último grande evento deste setor em 2017 e estarão no centro das nossas atenções em 2018. Boas Festas e Feliz Ano Novo!
Ano 6 • N° 82 • Dezembro de 2017
Redação Editor e Jornalista Responsável
Fernando Gaio (MTb: 32.960) fernando.gaio@vpgroup.com.br Reportagem
Renan Araújo redacao@vpgroup.com.br Editor Internacional
Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Coordenador Editorial
Flávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Comercial Gerentes de Contas
Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br Colaboradores Gustavo Zuccherato, Fernanda Beatriz
Presidente & CEO Presidência e CEO
Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br
Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Gráfica57 Fernando Gaio (MTb: 32.960) Editor Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV
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Sumário
24 Ingeligência Artificial Como a FOX Sports Brasil está usando IA para otimizar seu sistema de MAM
Nesta Edição 12 10 Anos do Fórum SBTVD
22 98 Live
A história e o futuro da entidade que moveu a digitalização da TV Aberta no país
Como a Rádio Mineira 98 FM conseguiu emitir audiovisual para TV Aberta, Fechada e Internet de forma acessível
16 Cinema e Tecnologia
24 Inteligência Artificial no Broadcast
A visão da Canon para o mercado brasileiro de produção audiovisual em 2018
A solução de tecnologia que deu à Fox Sports todo o poder sobre seu sistema de meta-dados
20 Artigo: Pirataria de Sinal
28 10 Perguntas: Tom Cotney
Por que o Kodi é a maior ameaça em pirataria de 2017
A visão de mercado do novo CEO da Imagine Communications
28 10 Perguntas:
12 Tom Cotney
Reportagem 10 Anos do Fórum SBTVD
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Notícias
FCC derruba a neutralidade de rede nos Estados Unidos; entenda os impactos da decisão para o mercado audiovisual A decisão poderá permitir que os provedores de internet possam controlar o tráfego de rede, velocidade e exibição de dados de acordo com o seu interesse, especialmente em relação ao conteúdo OTT
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Comissão Federal das Comunicações dos Estados Unidos (FCC) votou para que a banda larga não seja mais considerada um serviço de utilidade pública no país. Dessa maneira, é determinado com o fim da neutralidade na rede, um princípio que garantia que o conteúdo online fosse transmitido da mesma forma no país. A regra havia entrado em viro durante a gestão do ex-presidente Barack Obama. Dessa maneira, os provedores de internet estão livres para limitar a largura de banda, priorizar taxas de transferência de dados em troca de pagamento e bloquear e controlar dados que circulam na internet. A internet de banda larga voltará a ser enquadrada como “serviço de informação” e a internet móvel, como “serviço de interconexão”, o que possibilita que elas saem do âmbito do FCC e sejam reguladas pelas práticas de mercado. Segundo a FCC, a transparência ainda será necessária ao se informar ao público a forma de gerenciamento da rede, sua performance e os termos comerciais do serviço. A votação foi de 3 x 2 durante a Comissão, com três votos de deputados republicanos favoráveis ao fim da neutralidade e dois votos de deputados democratas contrários. Dessa maneira, qualquer lei estadual que ofereça um parecer contrário também deixa de ter qualquer validade. A decisão deverá fazer parte do Registro Federal em algumas semanas e a norma passa a valer 60 dias após sua publicação. Porém, a decisão ainda precisará ser aprovada no Congresso americano. A decisão provoca grande polêmica e foi motivo de grande discussão nas últimas semanas no país. Enquanto provedores de internet se mostraram favoráveis, diversas empresas que usam a internet para entregar conteúdos, acadêmicos e ativistas se mostraram contrários. Estavam entre eles empresas do porte de Google, Facebook, Apple e Twitter. Essas empresas ainda devem realizar um grande lobby buscando reverter a decisão no Congresso americano. “Nossos provedores de banda larga dirão a você que nunca farão esse tipo de coisa, mas eles têm a habilidade técnica e o incentivo financeiro para discriminar e manipular nosso tráfego de internet. E agora essa agência dá a eles a luz verde para ir em frente. Isso não é bom para consumidores, negócios nem para qualquer um que se conecta e cria online. Nem para as forças democráticas que depende de abertura para operar”, disse a conselheira Jessica Rosenworcel, contra o fim da neutralidade. “O investimento em redes de alta velocidade diminuiu em bilhões de dólares. Notavelmente, essa foi a primeira vez que esse tipo de investimento recuou na era da internet e fora de uma época de recessão”, afirmou. “Isso significa que menos redes da próxima geração são construídas, menos acesso e menos competição, menos empregos para americanos que constroem redes e que mais americanos estão encalhados do lado errado do fosso digital”, afirmou Ajit Pai, presidente da FCC e favorável à proposta. Análise: quais os impactos para o mercado audiovisual? Para quem não é familiarizado com o tema, o princípio da neutralidade
da rede previa que as operadoras de serviço de acesso deveriam tratar todo tipo de tráfego de dados da mesma forma, sem que haja benefício para determinados tipos de empresas e/ou usuários. Em outras palavras, as operadoras não poderiam cobrar preços diferentes de acordo com o conteúdo acessado pelo usuário, ou fornecido por uma empresa na internet. Essa movimentação tem a possibilidade de causar grande impacto na indústria Audiovisual. O principal ponto a ser levantado é em relação à forma de distribuição de conteúdo OTT vigente hoje. Dado que algumas das maioresTelCos do mundo são americanas e tem apostado na compra e/ou criação de companhias de produção e distribuição de conteúdo, como a recente compra daTime Warner pela AT&T, só para citar um exemplo, podemos ver o descortinar de um processo de concorrência desleal. Com a queda da neutralidade de rede, as companhias poderão, ao seu bel prazer, estabelecer velocidades de navegação e políticas de preço específicas para cada perfil de público, site ou aplicativo que utilize internet, inclusive colocando preços mais altos para aqueles que optarem por disponibilizar seus conteúdos em plataformas que não sejam deles. Trocando em miúdos, para exemplificação, a AT&T poderá estabelecer preços mais baixos e aumentar a disponibilidade de rede para aqueles que optarem por consumirem conteúdo exclusivamente nas plataformas de streaming das marcas da Time Warner, ao mesmo tempo em que diminui as velocidades (ou até mesmo bloqueia o acesso) e aumenta os preços para os que optarem por outras plataformas, como Netflix e/ou YouTube. Além disso, vale ressaltar que as empresas poderão bloquear completamente o acesso a aplicativos que oferecem serviços de telecomunicações over-the-top, como o WhatsApp ou Skype, para obrigar os usuários a utilizarem seus serviços de SMS ou chamada. De fato, essa mudança causará grandes impactos no futuro da distribuição da conteúdo. O Congresso americano tem 60 dias para, em sessão plenária, aprovar ou renegar a decisão do FCC. PA
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Notícias
Ministério da Cultura apresenta decreto para cota de conteúdos audiovisuais nos cinemas Proposta definida em conjunto com várias entidades do setor repetirá os termos do decreto de 2017
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Ministério da Cultura (MinC) apresenta, nesta segunda-feira (18), ao presidente Michel Temer, a proposta de reeditar para 2018 o decreto que trata da cota para conteúdo brasileiro nos cinemas. A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira (15), no Rio de Janeiro, durante reunião conduzida pelo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, com representantes de várias associações do setor. Renovado anualmente, o decreto define o número mínimo de dias por ano que um complexo de cinema deve manter em exibição filmes brasileiros, assim como a quantidade mínima de filmes. Os números variam de acordo com a quantidade de salas do complexo. Na avaliação do ministro, a reunião da sexta-feira representou um avanço, especialmente no que se refere à diretriz do MinC de elaborar políticas culturais somente após diálogo com o setor. “Estou muito contente que a reunião tenha servido para a construção de um pacto envolvendo produtores, distribuidores e exibidores. Estaremos sempre ouvindo o mercado, buscando o entendimento possível”, destacou. Sá Leitão ressaltou a excelência do trabalho técnico realizado pela Ancine, entidade vinculada ao MinC, que elaborou o estudo técnico que balizou a criação de um novo decreto para regulação da cotas de tela em 2018. No entanto, por decisão do próprio mercado, ouvido tanto pela Ancine quanto pelo MinC, ficou definido que haverá a reedição do decreto de 2017 e que a Ancine deverá revisar a Instrução Normativa
(IN) 88, que regulamenta o mecanismo, além de criar uma Câmara Técnica para avaliar o impacto da medida e estudar novas possibilidades. O decreto define que complexos de uma sala devem exibir filmes brasileiros por, pelo menos, 28 dias no ano. O número mínimo de títulos brasileiros diferentes também aumenta progressivamente até chegar aos 24, para complexos com 16 ou mais salas. “A ideia é que a IN preveja o cumprimento da cota de tela também por meio da exibição de filmes em uma sessão, conforme a realidade do mercado na era da projeção digital. Além disso, deverão ser incluídas regras de salvaguarda, de acordo com o que o setor propôs. Com o trabalho da Câmara Técnica e possíveis alterações na IN 88, abriremos espaço para que a concretização de mudanças mais profundas possa ocorrer em 2019”, afirmou o ministro. A reunião contou com a participação de Luiz Carlos Barreto, dono da produtora LC Barreto, Luiz Severiano, presidente da rede de cinemas Kinoplex, Paulo Celso Lui, sócio-proprietário da Lui Cinematográfica, Marcelo Bertini, presidente da Cinemark Brasil, Adhemar de Oliveira, proprietário da Espaço de Cinema, Léo Edde, Sócio fundador da Urca Filmes, João Daniel Tikhomiroff, fundador e sócio-diretor da produtora Mixer, e presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual de São Paulo (Siaesp), Bruno Wainer, da Downtown Filmes, Sandro Rodrigues, Diretor-geral da distribuidora H2O Films e diretor da rede exibidora Cinemagic, Jorge Peregrino, vice-presidente da Academia
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Brasileira de Cinema e Luana Rufino, superintendente de Análise de Mercado, responsável pelas Cotas de Tela na Agência Nacional do Cinema (Ancine). Os representantes de produtores, distribuidores e exibidores estão ligados a diversas entidades do setor que também apoiam as cotas de tela e seu cumprimento parcial. Entre as entidades representadas estavam a Associação das Distribuidoras Brasileiras (Adibra) – que reúne distribuidoras como a Downtown, de Bruno Wainer, a Imagem
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Filmes, a Califórnia Filmes, a Paris Filmes, a PlayArte, a Vinny Filmes, a Espaço Filmes, a Filmes do Estação, a Imovision e a RioFilme -, Associação Paulista de Cineastas (Apaci), a Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), Brasil Audiovisual Independente (Bravi), Sindicato da Indústria Audiovisual de São Paulo (Siaesp), Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex) e Sindicato da Indústria Audiovisual (Sicav). PA
Disney anuncia compra dos principais produtos de entretenimento da FOX Foram adquiridos o estúdio, 21th Century FOX, os canais Sky, Star, FX, National Geographic e a plataforma Hulu por mais de US$52,4 bilhões
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Disney anunciou a compra de parte dos produtos da FOX pelo valor de US$52,4 bilhões em ações. Ao todo, foram adquiridos o estúdio 21th Century FOX, os canais Sky, Star, FX, National Geographic, o controle majoritário da plataforma online Hulu e mais de US$13 bilhões em débitos, além de estúdios e filmes que fazem parte de franquias de grande sucesso como X-Men, Deadpool, Avatar, Alien e The Simpsons. Estão inclusos ainda serviços de televisão a cabo como serviço por assinatura Star, da Índia, e 39% das ações da Sky na Europa. Ficam de fora os canais FOX News, FOX Sports e algumas redes locais.
Com a transação, os acionistas da Disney se tornarão acionistas da FOX. Cada ação da FOX dará direito à 0,2745 de participação na Disney. Segundo a Variety, o próprio CEO da Disney, Bob Iger, vai adiar a aposentadoria para 2021 para supervisionar o processo de aquisição das empresas da FOX. A Disney havia manifestado interesse em adquirir parte da FOX, mas as negociações foram paralisadas no começo do mês passado. No entanto, as empresas voltaram a negociar no início de dezembro e foram finalizadas nessa semana. PA
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Reportagem
Com 10 anos, Fórum SBTVD contribuiu para a elaboração das normas para a implantação da TV Digital no país Há dez anos, o Brasil realizava a primeira transmissão com sinal digital em São Paulo; previsão é que o sinal analógico seja totalmente desligado até o ano que vem Por Renan Araújo
O Fórum possui representantes de emissoras de TV, fabricantes de equipamentos de recepção e transmissão, indústrias de softwares, entidades de ensino e pesquisa e do Governo Federal
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Brasil iniciou os estudos para a implantação da TV digital em 1994 quando a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) se reuniram para definir os primeiros processos da migração da TV analógica para a Digital. Mas, a partir de 2006, quando um dos principais órgãos responsáveis por esse processo, o Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD), foi finalmente implementado que a migração começou a ser colocada em prática. Seu funcionamento se deu a partir do decreto 5.820/06, que estabeleceu as diretrizes necessárias, e da elaboração do Módulo Técnico do SBTVD, responsável pela elaboração das normas que norteariam esse processo. “O Fórum SBTVD tinha o grande desafio de escrever as normas da TV digital de uma forma que fosse um consenso, a partir de uma grande negociação com os principais agentes do mercado de TV digital. E nós tínhamos um prazo curto para criar essas normas. Foi acordado que deveria ter a norma brasileira, não simplesmente im-
portada de outros países, mas adaptadas para a nossa realidade”, disse o coordenador do módulo técnico do SBTVD de 2006, Paulo Henrique Castro. No dia 30 de novembro de 2007 foram publicadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) as normas do trabalho da Comissão de Estudo Especial de Televisão Digital (ABNT/CEE-085) para a implantação do sinal digital. O conjunto de nove normas técnicas acabaram sendo atualizadas ao longo do tempo e hoje somam um total de 25 documentos. Elas oficializavam decisões sobre a codificação do áudio, vídeo e multiplexação, multiplexação e serviços de informação, receptores e codificação de dados e especificações de transmissão para radiodifusão digital. No dia 2 de dezembro daquele ano, em São Paulo, em cerimônia que contou com a presença do ex-presidente Lula, empresários do setor e representantes de emissoras, foi realizada a primeira transmissão oficial com o sinal digital no país.
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“Foram milhares de páginas de especificações e normas produzidas em tempo recorde, as quais resultaram na produção de inúmeros produtos de transmissão, recepção e software, os quais abasteceram adequadamente ao mercado”, destacou Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD em 2007 e que permaneceu no cargo até abril desse ano. “O conjunto de normas e especificações que permitiu às emissoras de TV brasileiras iniciarem suas transmissões com muita brevidade e também sem encontrar problemas. Resumindo, um processo de implantação do digital e desligamento do analógico sem “step-backs”, sem tumultos, considerado por observadores externos como o mais bem-sucedido até hoje”, disse ele. Nesse período, também foi regulamentada a escolha do sistema de transmissão ISDB-TB, baseado no sistema de TV digital japonês. A escolha se deu após a realização de testes em relação aos outros dois padrões vigentes, o ATSC (americano) e DVB-T (europeu), e a verificação de que o sistema apresentaria maior robustez do sinal, acessibilidade, recepção móvel e interatividade. Outro diferencial era a utilização da codificação de vídeo H.264, que possuía grande compressão e era uma aposta já pensada para o futuro. “Avaliamos os diversos sistemas mundiais e nossa metodologia é consagrada. Tanto que diversos países seguiram nosso padrão, contrariando muitas forças, como o modelo Europeu ou o Norte Americano, que disputavam esse espaço. Dessa forma, mostramos tecni-
O Fórum acompanhou a instalação dos primeiros transmissores digitais e o desligamento dos transmissores analógicos, como esse da TV Gazeta
camente a qualidade do trabalho que foi feito no Módulo Técnico do Fórum SBTVD”, argumentou o coordenador técnico. Hoje, o sistema brasileiro é utilizado em 18 países do exterior, como Argentina, Peru, Chile, Equador, Uruguai, Filipinas, Nicarágua, entre outros, além de ser um dos líderes em Fóruns e eventos internacionais de TV Digital. O Peru foi o primeiro a implantar o sistema brasileiro em 2009 e, no mesmo ano, a União Internacional de Telecomunicações determinou que as normas brasileiras fossem consideradas referências mundiais. Além disso, o Brasil realiza um trabalho de cooperação e parceria com o Japão para a contínua evolução do sistema. “Nossa norma foi escrita em português para a ABNT e, simultaneamente, em inglês, japonês e espanhol. Ou seja, ela já “saiu do forno” internacional. Isso facilitou a adoção do ISDB-T em outros países da América Latina. Na época, tivemos um papel muito forte de divulgação com nossos vizinhos no Cone Sul e também na África, onde compartilhamos nossos conhecimentos técnicos e experiência”, ressaltou Castro.
Trajetória do Fórum SBTVD
Em 2007, foram iniciadas as primeiras transmissões com sinal digital. Na foto, ela aconteceu em Porto Alegre
O Fórum SBTVD é uma entidade formada emissoras de TV, fabricantes de equipamentos de recepção e transmissão, indústrias de softwares, entidades de ensino e pesquisa, além de representantes do Governo Federal. Por conta dessa união entre as diferentes entidades, o Fórum pode propor ao governo normas, especificações e boas práticas para a implantação, além de procurar resolver as demandas vinda por parte da população.
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Reportagem
“O Fórum constitui uma prova de que é possível que o Governo, sem abrir mão de suas atribuições e soberania, regule em conjunto com a sociedade um setor estratégico como é o da Radiodifusão (Serviço de Comunicação Social). Mais do que possível, recomendável, como demonstram os resultados alcançados nestes 10 anos”, ressalta Roberto Franco. Ao longo desses dez anos, a entidade foi um dos principais agentes responsáveis por realizar testes, avançar em questões técnicas, mercadológicas e promocionais e implementar ações para a difusão do sinal digital por todo o país, além de promover o sistema brasileiro pelo país e pelo exterior. Ao longo dos anos, o Fórum acompanhou e participou da implantação do sinal digital em cidades por todo o país, incluindo a instalação dos primeiros transmissores digitais e primeiras transmissões com os equipamentos pelas cidades Brasil afora, além da preocupação com a bom funcionamento dos receptores instalados. Um dos processos realizados foi o estabelecimento, em 2011, de um Processo Produtivo Básico (PPB) para a produção de televisores de tela plana com conversor digital embutido. Dessa maneira, a partir de 2012, todos os televisores desse tipo já estariam preparados para o sinal digital, sem a necessidade de um conversor. A entidade também trabalhou para colocar em prática requisitos do sistemas ISDB-TB, como a interatividade, por meio do middleware Ginga, que previa a exibição de curiosidades, fotos e informações complementares, além de aplicativos de jogos e redes sociais na própria televisão. O sistema acabou tendo pouca adesão por parte do mercado, especialmente com a popularização da internet e das redes sociais. Outra previsão do sistema, a recepção móvel acabou sendo pouco utilizada, especialmente por conta dos interesses por parte das empresas de telefonia celular que pouco investiram em receptores de televisão para smartphones. Além disso, o Fórum participou de readequações no processo do desligamento do sinal analógico, com a alteração do cronograma de for-
Transmissor da Linear desenvolvido para a chegada da TV Digital ao Brasil
ma escalonada. Optou-se por um processo gradual pelas diferentes regiões do país até 2018, ao invés da meta estabelecida pelo decreto de 2006 que previa o desligamento total em todo o Brasil em 2016. O desligamento do sinal analógico, que começou na cidade de Rio Verde, em Goiás, em março de 2016, já chegou a 191 municípios e atingiu 62 milhões de pessoas, deve ser totalmente concluído até o final de 2018 em todo o país. Segundo a entidade, o trabalho do Fórum está destinado agora a um papel de coordenação, educação e solução dos problemas que passam a surgir no novo cenário. Uma das novidades, por exemplo, é a implantação de recursos de acessibilidade como closed captions, Libras e autodescrição. A entidade também acompanha os primeiros testes para a implantação do sistema EWBS, especializado em alertas de emergências para moradores de uma determinada região por meio da TV Digital. Ainda assim, o futuro da entidade após o desligamento é indefinido e dependerá dos passos que serão tomados ao final do desligamento do sinal analógico. A entidade, porém, afirma que as tecnologias estão em constante evolução e que o Fórum possui o papel de atender a sociedade na resolução de futuros problemas, especialmente por meio do diálogo entre o governo, iniciativa privada e a sociedade. PA
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Desligamento e futuro Por Fernando Gaio
Depois da Grande São Paulo, a digitalização das transmissões avançou pelo país e já beneficia 80 milhões de habitantes. Já o desligamento dos transmissores analógicos começou em 2016 e segue um cronograma previsto para o final de 2018. Apesar desta agenda, cidades distantes dos grandes centros urbanos e com pouco interesse comercial devem continuar recebendo transmissões analógicas mesmo após 2020 ou 2021. A explicação está na falta de recursos para bancar a compra de antenas e transmissores novos. Sem o apoio de prefeituras e igrejas, comuns no passado e proibidos hoje, muitas emissoras pode simplesmente deixar de operar nestas localidades. Em outra frente, o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre prepara-se para o cenário pós-migração, com uma nova geração tecnológica capaz de manter a televisão aberta competitiva frente aos concorrentes do mundo on-line. Quem explica este desafio é José Marcelo do Amaral, presidente do Fórum SBTVD e diretor de tecnologia da Record TV. “Nós nascemos essencialmente para cuidar da televisão digital aberta e somos o único órgão a discutir exclusivamente este assunto, entretanto alguns aspectos do mercado indicam que devemos buscar alternativas”, explica José Marcelo. Esta revisão de conceitos tem duas origens: a própria concorrência de novas mídias e consequente interesse dos grupos de comunicação nelas, além da necessidade de levar a programação das emissoras abertas a regiões que jamais receberão o sinal digital. “O Fórum acompanha a evolução dos padrões internacionais e tem a missão de manter o nosso padrão no topo. Neste momento não podemos fazer grandes mudanças em modulação e codificação, por exemplo, mas podemos estudar a implantação do HDR (High Dynamic Range ou ampla faixa dinâmica, em português). É algo que chama mais a atenção que o 3D ou a realidade aumentada”, revela Segundo o presidente do Fórum SBTVD, a evolução do HDTV para UHD/4K ainda não pode acontecer exatamente pela impossibilidade de alterações na modulação e codificação. Hoje estas mudanças poderiam gerar incompatibilidade nos conversores e televisores compatíveis com o ISDB-Tb. “Outro estudo prevê a evolução do middleware (software do receptor digital) para suporte à banda larga, sem requerer mudanças drásticas em termos de transmissão”, conta José Marcelo. Este incremento tira partido de equipamentos conectados à internet, como as Smart TVs, e depende basicamente de uma atualização de software. Mais do que oferecer conteúdos complementares à programação linear, a
integração com a internet permite às emissoras saberem onde estão os seus telespectadores e exibir publicidade baseada em aspectos demográficos. “Os receptores distribuídos para beneficiários do Bolsa Família têm a versão mais atual do middleware e podem ser mapeados para receber conteúdos específicos pela internet”, esclarecendo que esta possibilidade ainda está em projeto e depende de regulamentação, além de uma revisão na estratégia de comercialização das emissoras. Além da publicidade, esta integração entre Broadcast e Broadband abre as portas para a distribuição de conteúdos em resolução superior. Uma hipótese é disponibilizar em 4K pela banda larga um filme exibido em Full HD pela TV aberta, mesmo que a opção implique em pagamento. Uma terceira estratégia do Fórum para ampliar os atrativos da TV digital aberta é desvincular a programação principal de cada canal da transmissão para receptores móveis, chamada de 1-Seg por usar apenas um segmento do espectro. É um tema que também depende de regulamentação, mas que sendo autorizado permitiria adequações aos interesses de quem assiste TV fora de casa.
O 4K/UHD só deverá estar presente na próxima geração da televisão digital terrestre. Até lá o acesso poderá ser feito por banda larga ou satélite
A meta original do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre está em vias de ser concluída e ao longo do processo surgiram concorrentes capazes de desafiar e questionar a existência televisão. José Marcelo do Amaral chegou à presidência da entidade exatamente no momento de definir novos objetivos dentro de um novo ciclo tecnológico, mas num cenário pouco favorável. “Não existe mais o dinheiro para realizar o movimento que houve no passado. A televisão era uma política pública prioritária do governo e muito dinheiro foi liberado para pesquisa e desenvolvimento”, pontua. “O desafio é trazer investimentos para retomar as pesquisas de um padrão ‘ISDB-T 2.0’, considerando as inovações como HDR, 4K, middleware para integração Broadcast-Broadband, além de codificação e modulação mais eficientes que envolvem substituições de equipamentos do transmissor ao receptor”. Não há prazo estabelecido para definir este novo ciclo e muito menos quando iniciá-lo, mas José Marcelo demonstra que o tempo joga contra. Ao concluir o seu mandato, no início de 2019, ele espera deixar definidas as missões para os próximos anos, garantindo o trabalho do Fórum da evolução da televisão aberta.
José Marcelo do Amaral, presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre, aponta incrementos ao ISDB-Tb como etapa intermediária antes da criação de uma versão 2.0. A adoção do HDR e a integração entre televisão com a banda larga estão na pauta
Reinvenção
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Canon apostou na flexibilidade de aplicações para crescer no mercado em 2017 Lançamentos da empresa ao longo do ano foram focados em produtos destinados a diferentes tipos de produções, como filmes, documentários, notícias e eventos
A Canon XF-405 é uma das camcorders da marca destinadas à realização de reportagens, curtas e documentários
O
ano de 2017 foi agitado para uma das fabricantes mais importantes do mercado audiovisual: a Canon. A empresa apostou em lançamentos diversos como as novas camcorders compactas, como a Vixia HF G21, a XF400 e XF4005 e a XA15 e XA11, câmeras mirrorless, as câmeras de cinema EOS C200, as câmeras DSLR Rebel T7i, EOS 77D, EOS M6 e EOS 6D Mark II, além de lentes das linhas CN-E e Compact-SERVO, entre outros produtos. Mas o que esses lançamentos possuem em comum é a grande flexibilidade de aplicações, passando pelas áreas de cinema, videomaker, vídeo profissional e broadcast. Uma câmera como a Canon EOS C200, por exemplo, pode ser utilizada para a gravação de longas-metragens, séries de TV, comerciais, notícias documentários e grandes eventos em formato 4K RAW. Já as camcorders compactas como os modelos XA11 e XA15 possuem fácil manuseio e permitem a realização de reportagens, curtas e documentários em 4K e WDR. Dessa maneira, o que a marca busca é se adaptar e atender a diferentes tipos de segmentos. Segundo o gerente geral do departamento de vídeo profissional da Canon no Brasil, Ryan Kamata, a tendência à diversificação do mercado vem ocorrendo desde 2016, o que levou a empresa a expandir ainda mais o seu portfólio. Para ele, embora o mercado esteja dividido em múltiplos segmentos de acordo com o orçamento de aplicação ou produção a empresa considera que não há “paredes” que dividam o mercado em qualquer segmento. “O mercado é bastante desatado e sobreposto e, portanto, consideramos que é importante estarmos preparados para cobrir todas as
possíveis necessidades, não importa o que e onde os criadores estão gravando”, afirmou ele. “É por isso que a Canon oferece um portfólio completo de produtos, desde câmeras acessíveis e câmeras e lentes DSLR até equipamentos de cinema e transmissão de alta qualidade. De um amador que grava sua família a um DP que grava um longa-metragem, eles são todos clientes importantes para nós e, portanto, todo o mercado é e será nosso foco principal”, destaca. Essa flexibilidade acaba criando uma particularidade própria para o mercado brasileiro. Por conta do preço, muitos produtos acessíveis
A EOS 6D Mark II foi uma das câmeras DSLR lançadas pela Canon em 2017
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A câmera EOS C200 é destinada ao cinema e foi um dos produtos mais esperados ao longo desse ano
As lentes também foram um atrativo da Canon neste ano e seguiram a proposta de serem utilizadas para aplicações flexíveis
desenvolvidos para aplicações menos profissionais como para filmmakers, acabam sendo utilizados em conjuntos de produções por conta de alguns recursos diferenciados. Como exemplo, Kamata cita a câmera multi-purpose ME20F-SH, que pode capturar imagens nítidas e de grande definição mesmo em ambientes muito escuros e que possui aplicações que vão de longas-metragens e documentários de natureza até o videomonitoramento. Ele também cita o exemplo da lente CINE-SERVO 50-1000mm que captura objetos distantes com uma sensação de proximidade logo em frente a eles. “Sendo um fabricante, é nosso objetivo continuar aprimorando e inovando nossos produtos. É natural que os produtos acessíveis se tornem sofisticados o suficiente para serem usados em produções maiores”, ressalta o executivo. “No entanto, o mesmo se aplica aos nossos modelos de ponta superior. Essa tecnologia tem o poder de mudar os limites do que os equipamentos convencionais podem fazer”, afirmou. Kamata também aponta como outro diferencial do ano de 2017 a implantação do departamento do Professional Imaging Solutions, que possibilitou à empresa englobar todas as funcionalidades de seus negócios com os setores de Serviço Técnico, Suporte ao Cliente, Marketing e Vendas. Com isso, ele relata estar otimista para o ano de 2018.
A câmera multi-purpose ME20F-S H, que pode capturar imagens nítidas e de grande definição mesmo em ambientes muito escuros
Ryan Kamata afirma que é natural que produtos acessíveis se tornem sofisticados o suficiente para serem utilizados em grandes produções
Questões técnicas A Canon também tem apostado muito em câmeras que gravam na resolução 4K, como os lançamentos EOS C200, a C300 Mark II e as camcorders XF400 e XF405, que estejam preparadas para atender especialmente às exigências do cinema. A empresa afirma que esse crescimento se dá por conta da exigência desse formato por parte de alguns canais de distribuição e para que os departamentos de pós-produção possuam uma flexibilidade adicional em relação a cortes e estabilização de imagem. Porém, ressalta que a gravação com 4K ainda é limitada para outros tipos de produção. “É verdade que, dependendo da aplicação, o 4K pode, às vezes, gerar custos adicionais de produção e tempo. Portanto, para aqueles que se preocupam com o retorno mais rápido, parecem não se preocupar muito com 4K no momento”, explica Kamata. Outra forte tendência do mercado audiovisual, o uso de HDR, também tem sido seguido de perto pela Canon. Segundo a empresa, o recurso poderá capturar com mais nitidez e mais detalhes o objeto de disparo sem que isso afete o tamanho do arquivo geral. Kamata ressalta que a empresa está começando a oferecer a capacidade HDR para suas câmeras, lentes e displays de referência para que o resultado final se torne o melhor possível para o usuário. PA
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Por que o Kodi é a maior ameaça em pirataria de 2017 Por Lucila Kominsky Product Marketing Manager da NAGRA
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ma epidemia de pirataria por streaming atingiu a indústria cinematográfica, e a última ameaça é especialmente perigosa, pois vem disfarçada sob a manta da legitimidade. Um player chamado Kodi está sendo usado junto com add-ons nos conversores, que dão ao usuário acesso livre à TV paga. O diretor geral da FACT, Federation Against Copyright Theft (Federação Contra o Roubo de Propriedade Intelectual) declarou que o uso ilegal do Kodi era uma “epidemia” e agora proprietários de copyright em todo o mundo estão se aliando contra esta ameaça crescente. Desde seu lançamento em 2003, mais de 500 desenvolvedores de software já colaboraram na construção do Kodi. Apesar de o Kodi ser desenhado para rodar mídia adquirida legalmente, existe um mercado negro de caixas Kodi com acesso livre a um baú do tesouro de conteúdo. Quando combinado com a interface amigável do Kodi, estes add-ons ilegítimos introduzem toda uma nova audiência à pirataria. Caixas de streaming agora representam um risco significativo à experiência da TV paga. Seu uso vem crescendo constantemente nos últimos anos e o interesse dos consumidores pelo Kodi, em especial, cresceu verticalmente desde 2015. No relatório anual recente publicado pelo Escritório de Propriedade Intelectual do Reino Unido, A FACT apontou que cerca de metade das investigações em curso no momento dizem respeito a estes dispositivos. Em 2016 os conversores e dispositivos de streaming entraram pela primeira vez na lista dos principais produtos investigados pela Trading Standards (organização britânica dedicada à proteção de consumidores). Uma parte importante nesta batalha é a criação de padrões legais que ofereçam sustentação aos proprietários nas demandas por direitos autorais. A luta começou com a recente prisão de cinco pessoas no Reino Unido que foram pegas vendendo conversores Kodi modificados. Em dezembro de 2016, Terry O’Reilly foi condenado por conspiração para fraude e sentenciado a quatro anos de prisão pela venda de mais de mil conversores Kodi com acesso ilimitado ao conteúdo protegido. O caso serviu para enviar a mensagem que a venda destes dispositivos é ilegal, mas as leis nem sempre são claras. Casos de fraude geralmente levam muito tempo para provar, e exigem muita evidência. A luta contra o os conversores Kodi modificados seria mais fácil se os promotores conseguissem mais condenações nas ações de proteção à propriedade intelectual. Estas últimas prisões foram pensadas para assegurar a condenação sob a lei de direitos autorais. Apesar de a lei ser clara à respeito da ilegalidade no compartilhamento de arquivos, existe uma certa ambiguidade no streaming, onde não há cópia física. Uma coisa certa é que as autoridades dedicadas à proteção de direitos autorais ao redor do mundo vão monitorar estes casos com interesse. Apesar de os provedores de conteúdo e dos proprietários dos direitos, perseguirem primariamente os vendedores de dispositivos Kodi ilegais, os compradores também estão no radar das autoridades. Além da ameaça de prisão, foram encontrados usuários com dispositivos contendo códigos maliciosos, que convertiam seus apa-
relhos em um DDOS botnet, que realizava requisições repetidas para dois sites alvo específicos. Ao baixar conteúdo ilegal, ou fazer uso de serviços de streaming piratas, os usuários ficam vulneráveis a malwares, vírus e fraudes. É importante que a indústria de entretenimento se una na luta contra esta crescente forma de pirataria. O prejuízo passa de 70 bilhões de libras por ano em receita. Proprietários e operadores precisam trabalhar juntos para identificar piratas e tomar ações que protejam tanto seus investimentos como a reputação de suas marcas. Trabalhando com especialistas como a Nagra, transmissores e operadores podem tomar vantagem das ferramentas como marcas d’água forense que identificam a fonte do conteúdo vazado e analistas experientes que sabem reagir à pirataria com todo o procedimento técnico e legal necessário. Existem sinais positivos que a maré esta virando contra a pirataria. Ferramentas de busca como o Google e o Bing assinaram um código de práticas se comprometendo a remover sites com pirataria de seus resultados de busca. Além disso, os casos legais em andamento prometem aos proprietários de conteúdo mais certeza na luta contra a ameaça do Kodi, mas a luta continua. Independentemente do resultado, operadores devem manter a pressão para tornar mais difícil para usuários de internet encontrar filmes pirateados e conteúdo transmitido ilegalmente. Apesar de as ações das agências de proteção à propriedade intelectual serem um recurso valioso, proprietários precisam sempre lembrar de manter uma posição de defesa ativa na luta contra a pirataria online. PA
SOBRE O AUTOR *Lucila Kominsky é Product Marketing Manager da NAGRA
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Reportagem
98 Live: Emissão audiovisual disruptiva Como a 98 FM de Belo Horizonte passou a produzir conteúdo para Internet, TV Aberta e Fechada com um custo de instalação inferior a 20 mil dólares. Por Flávio Bonanome
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e você pedir para qualquer pessoa comentar suas referências de Minas Gerais, com certeza ouvirá sobre as guloseimas mineiras, sobre a indústria de laticínios ou as cachaças da região de Salinas. Os mais cultos, lembrarão que o estado carrega a alcunha de “Berço da República” devido à inconfidência mineira de 1789. Agora, para os profissionais e aficcionados pela história do broadcast ainda há a possibilidade de citarem a 98 FM, famosa emissora da capital mineira conhecida por ter sido a primeira a transmitir em estéreo na América Latina.
Durante nossa visita ao estúdio da 98 FM as decorações de Halloween ainda faziam parte do cenário
Fundada em 1979 ainda com o nome de Del Rey FM, propriedade do Grupo Bel, a rádio ainda transmitia somente músicas de MPB e internacionais entre as sete da manhã e meio-dia. A rádio ganhou grande reputação e conquistou crescimento nas audiências de Belo Horizonte até que em 1995 a emissora foi vendida para a Fundação L’Hermitage que a administrou até 2010, quando novamente voltou para as mãos do Grupo Bel e ganhou uma missão de se modernizar em todos os sentidos. A próxima grande virada veio em 2015, quando a 98 FM sentiu a necessidade de adaptar-se à nova tendência que as rádios dentro e fora do Brasil estavam seguindo: Transmitir vídeo ao vivo para a internet direto dos estúdios. “O diretor Rodrigo Carneiro veio até nós com a ideia de criar esta plataforma que fizesse a convergência entre Web, TV e FM, e foi assim que fomos atrás de criar a plataforma 98 Live”, explica Daniel Moura, coordenador de produção da emissora. Havia porém uma grande diferença no projeto da emissora. Além de estar presente na internet, havia a ideia de estar na TV Aberta e Fechada com canais próprios. “A ideia era conseguir um nível de produção que permitisse esta entrega multiplataforma. Então hoje estamos com esta mesma estrutura ao vivo na nossa plataforma, a 98Live.com.br, além do Facebook, YouTube e Periscope, um canal de TV Aberta, que é o 29 UHF e em dois canais dentro da NET, um em HD e outro em SD”, explica Moura. Junto com a renovação técnica, houve também uma transformação de conteúdo, trazendo a roupagem já padrão de programas humorísticos e “talks” jovens, com uma pegada Rock. Somando-se isso à nova abrangência de entrega, a 98 FM atinge hoje 4 milhões de pessoas por mês somente pelo streaming, inclusive audiências fora
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de Belo Horizonte e do Brasil, sendo Estados Unidos, Canadá e Inglaterra os três países mais relevantes em visualizações.
Infraestrutura O principal desafio da 98 FM era conseguir uma qualidade mínima para atingir as metas propostas pela diretoria, mas com um budget bastante enxuto, obrigando Daniel Moura a buscar parceiros e soluções criativas e fora da caixa. Foi ai que entrou a engenhosidade da DV Pro Engenharia. “Quando o Grupo Bel nos chamou para conversar e contou o que queriam, percebemos que precisaríamos oferecer algo disruptivos. Além da questão da qualidade, custo, abrangência, ainda precisaríamos implantar um sistema de fácil uso para que a equipe atual de operadores de rádio conseguissem operar sem grandes problemas”, explica Laurindo Almeida, CEO da DV Pro. O primeiro grande desafio foi encontrar um sistema de entrega que fosse capaz de conciliar todas estas necessidades. “Precisávamos integrar com redes sociais, com a plataforma própria da 98 FM, e que oferecesse um custo de armazenamento e de visualização simultânea muito baixo para não inviabilizar o projeto”, explica Almeida. A solução encontrada foi a plataforma da LiveStream. Comercializada por assinatura com preço fixo independente da quantidade de conteúdo e de visitantes, a solução permitiu a integração desejada e a entrega em alta-definição buscada pela diretoria. Além disso, a plataforma conta seu próprio software de produção, o LiveStream Studio, que nada mais é do que um Switcher Virtual capaz de gerir até 25 entradas de câmera, 2 Plauers de Mídia, 3 Pistas para Gráficos além de entregar em multi-plataforma e fazer a gravação in-loco do PGM. “Hoje o LiveStream Studio é o coração de nosso sistema. Estamos rodando ele dentro de um Servidor-PC construído pela própria DV Pro com as entradas de vídeo em SDI que é dedicado para esta tarefa”, explica Daniel Moura.
O Coordenador de Produção da 98 FM Daniel Moura
No coração do sistema está o software LiveStream Studio
Para a captação foram escolhidas as uma câmera fixa e três PTZ da NeoID, sistemas de baixo custo com sensor Sony
Com a solução instalada, veio a questão da captação de vídeo. “Preparamos o estúdio com a iluminação adequada e até algum controle de luz, e decidimos que queríamos usar três câmeras PTZ e uma Fixa aberta em plano geral”, afirma Moura. Para solucionar este ponto a DV Pro encontrou os produtos da NeoID. “São câmeras de baixo custo e alta qualidade, construídas com sensores Sony e que compartilham o mesmo controle remoto. Desta forma, temos hoje quatro câmeras dentro do estúdio, tudo controlado pelo mesmo operador que faz o corte e coordena o streaming do LiveStream Studio”, conta Laurindo Almeida. Uma das soluções mais criativas encontradas pelo time da 98 FM foi a possibilidade de fazer entradas ao vivo remotas dentro do streaming usando um mix de soluções extremamente simples. “Nós já tínhamos o repórter de campo entrando ao vivo no rádio usando transmissão TieLine, como é padrão em qualquer rádio. O que estava faltando era fazer chegar o vídeo”, explica Moura. A solução encontrada foi usar o smartphone do repórter como câmera. Graças a capacidade do LiveStream Studio de trabalhar com câmeras remotas via Internet Pública em protocolo RTMP, bastou encontrar um aplicativo que fosse robusto o bastante para enviar a imagem captada pela câmera do aparelho direto para dentro do switcher. “Desta forma o áudio chega por uma fonte e o vídeo por outra e fazemos a sincronização direto no LiveStream Studio. Conseguimos uma entrada ao vivo, usando rede 4G, de qualquer lugar da cidade, com uma latência inferior a 1,5 segundos”, orgulha-se Moura. Por fim, para a entrega, a 98 FM usa o próprio Live Stream para todas as plataformas web e também enviam uma saída de vídeo para um encoder que vai transcodificar o vídeo para o padrão de transmissão e seguem com o sinal para a emissão em radiodifusão para UHF e para a NET no caso da TV Fechada. “Hoje em dia não há mais espaço para uma infraestrutura broadcast caríssima. É preciso conseguir levar o conteúdo à audiência da forma mais eficiente possível e foi o que conseguimos aqui. Toda esta estrutura que foi instalada, da captação à transmissão, custou à 98 FM menos de 60 mil reais”, conta Laurindo Almeida. PA
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FOX Sports implanta inteligência artificial para aperfeiçoar gerenciamento de mídias Em uma integração entre soluções da Veritone, Vizrt e Quantum, será possível transcrever de maneira ágil todos os conteúdos disponíveis e que ainda serão produzidos pela emissora Por Renan Araújo
A
inteligência artificial vem se tornando cada vez mais essencial para a sociedade. Muitos países e empresas já percebem sua importância e vêm realizando cada vez mais investimentos na área, visando automatizar processos que tragam benefícios diversos, como melhorar a qualidade de vida e a saúde das pessoas, trazer economias e mais eficiência para as empresas, desenvolver o potencial de profissionais, oferecer novas opções de entretenimento, entre muitos outros. E isso não poderia ser diferente no segmento audiovisual. Diversas fabricantes oferecem soluções com inteligência artificial para o armazenamento em nuvem, para a criação e dublagem de animações, geração de closed captions e transcrição de conteúdos, reconhecimento de pessoas em um vídeo, criação de recursos gráficos e de recursos para realidade virtual e aumentada, desenvolvimento de novas plataformas de streaming e de entrega de conteúdo, entre outras. Outra aplicação importante especialmente para emissoras é a coleta de dados e informações relevantes sobre sua audiência e sobre seus próprios conteúdos. Essas são apenas algumas possibilidades, mas ainda há muito a ser explorado nesse segmento. Algumas emissoras estão buscando novas possibilidades com o uso de soluções integradas que utilizem
inteligência artificial em um ambiente compartilhado a fim de melhorar as suas operações, inovar e oferecer conteúdos diferenciados ao seu público. Com este objetivo, a FOX Sports Brasil está implementando um recurso de inteligência artificial que oferecerá um sistema de busca mais otimizado e ágil a partir materiais antigos e futuros da emissora. A intenção é utilizar o recurso de inteligência artificial para que todos os materiais já produzidos pela emissora sejam transcritos para texto.
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“A gente percebeu que precisava trazer para dentro da Fox uma solução que pudesse ter esse material disponível e transcrito para texto para que a gente possa, por meio de palavras-chave, realizar buscas avançadas e resgatar esse material para ser utilizado no dia a dia”, afirmou Luis Santos vice-presidente de engenharia e operações da FOX Sports Brasil. Dessa maneira, os jornalistas e produtores terão à disposição um recurso de pesquisa, consulta e recuperação de conteúdos presentes nos sistemas de arquivamento da emissora para utilização em programas, reportagens e conteúdos especiais. Em quase seis anos de presença no Brasil a Fox possui cerca de 40 mil horas de materiais já produzidos, uma média de 7 mil horas por ano. “Apenas com a transcrição já há metadados com qualidade significativa para uma procura e reutilização de um material. Com a narração de um jogo, por exemplo, é possível identificar esses pontos e extrair o momento que te interessa dentro daquele clipe”, ressalta Danillo Garcia, diretor de vendas da Seal Broadcast & Content, empresa responsável pela integração da tecnologia na Fox. A emissora quer transcrever todos os seus arquivos para o sistema até o mês de fevereiro, quando se iniciam as transmissões da Copa Libertadores, um de seus principais produtos ao longo do ano. A partir desse momento, as mais de 12 horas de transmissão diárias também passam a ser transcritas e registradas no sistema para consulta a qualquer momento.
“Para que tenha sucesso e funcione para ser usada pela produção eu não posso ter ele em partes, tenho que ter uma velocidade muito rápida para a solução que transcreva o material do passado e siga transcrevendo o meu presente”, afirmou o executivo da Fox. Ele destaca que a velocidade do sistema também é um grande diferencial: a solução pode transcrever uma hora de transmissão em cerca de três minutos, possibilitando que todo o material produzido diariamente já esteja transcrito e registrado no sistema ao final do dia, uma velocidade cerca de 20 vezes maior do que uma transcrição usual. Além de uma pesquisa otimizada, o novo recurso também poderá ser utilizado para buscas que ofereçam dados e informações relevantes e que levantem tendências e padrões sobre os conteúdos produzidos pela emissora. A implantação desse recurso, que foi iniciada em outubro, é apenas a primeira parte do projeto. Após a Copa do Mundo da Rússia em 2018, a empresa quer começar a implantação do recurso de reconhecimento facial, que incluirá um trabalho com mídias sociais, e posteriormente de reconhecimento de gráficos, incluindo objetos e logos. A utilização desses recursos também poderá trazer aplicações comerciais para a empresa, como o auxílio para a divulgação de suas marcas e ações de marketing a partir das informações coletadas. Essas etapas devem ser finalizadas por completo até 2019. A FOX realizou um acordo para a utilização da tecnologia por pelo menos três anos após a sua implantação total.
Tecnologia A FOX utilizará o aiWARE, da Veritone, solução de inteligência artificial on-premise com enriquecimento de metadados que permite transformar e analisar os dados desestruturados de áudio e vídeo em informações produtivas para a emissora. As engines de inteligência artificial da Veritone também podem ser aplicadas para mercados diversos além do audiovisual, como governamental, política, educação, advocacia e ciências. No segmento de mídia estão entre alguns dos clientes da Veritone o grupo controlador de um conglomerado de estações de rádio americanas, o iHeartMidia e a agência de notícias sobre o mercado financeiro CNBC. A empresa agora também possui uma sede no Brasil que representará a América Latina. “Nosso sistema permite que dados de áudio e vídeo não-estruturados possam ser processados, transformados, correlacionados e analisados de maneira simples e automatizada para gerar dados inteligentes para os negócios”, destaca Manuel Monroy, vice-presidente regional para a América Latina da Veritone. “Começamos com quatro ou cinco engines e hoje já reunimos mais de 100 motores de processamento cognitivos, que incluem transcrição de áudio, tradução para outras línguas, reconhecimento facial, de logos, de objetos e de sentimentos, e geolocalização”, disse. A solução, composta por servidores e por uma ferramenta de transcrição, será integrada à ferramenta de storage StorNext 6, da Quantum. A própria ferramenta de storage já é composta por um sistema
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saster recovery, em que pelo menos uma delas tenha o seu material armazenado em nuvem. O sistema também possui integração com um MAM da empresa Vizrt para gestão de arquivos. Segundo Luis Santos, antes da implementação da solução da Veritone, foi necessário realizar um trabalho conjunto com a Vizrt para a integração total do sistema. Isso também incluiu uma atualização do MAM da emissora. “Estamos no meio do processo de atualização da versão do nosso MAM que está acontecendo em paralelo, porque o MAM está hoje em funcionamento. A gente teve que instalar uma máquina paralela, e está realizando os testes, certificações e conexões dos materiais atuais nas novas versões do MAM. Após essa fase, acontecerá a transcrição por parte da Veritone. Estamos falando em quatro meses para a implantação desse sistema”, afirmou o executivo da Fox Sports. Segundo Danillo Garcia, da Seal Broadcast & Content, empresa responsável por integrar as soluções, o grande diferencial dessa integração é que ela oferece maior ganho produtivo e mais agilidade para a produção. “Você consegue fazer a instalação em cima de um appliance da Quantum para fazer a análise efetiva de conteúdos do cliente dentro do próprio sistema e não precisa fazer o upload do material para fazer a análise depois e pegar os metadados. É a grande diferença da solução que nós conseguimos trazer e incluir na Fox”, afirma ele. A Seal Broadcast & Content é a integradora responsável por conectar as tecnologias e realizar o treinamento para os funcionários especializados e o suporte técnico das soluções de storage e tape library da emissora. PA híbrido das engines da Veritone, oferecendo um ambiente seguro e ágil e adaptado para infraestruturas críticas. “Nós oferecemos vários appliances, dimensionado de acordo com as necessidades de cada cliente, considerando a capacidade do sistema e a quantidade de horas de conteúdo que serão processadas”, explica Marcelo Gasull, gerente de vendas para a América Latina da Quantum. Para realizar a adaptação ao sistema, a Fox precisou atualizar o StorNext que hoje conta com 4,5 petabytes para armazenamento – capacidade de produção que foi duplicada após as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. A emissora possui um sistema de storage nearline com os gols da temporada que podem ser encontrados sempre que houver necessidade e um sistema de deep archive para arquivos que são consultados com pouca frequência. A emissora utiliza o sistema LTO 7, com cinco drives, sendo três de restore e dois de arquivamento, trabalhando em uma library tape escalonável. A gravação a partir do sistema LTO gera duas fitas e a intenção é que após a Copa do Mundo seja feito um trabalho de di-
FOX Sports Brasil utilizou recursos de realidade aumentada nas finais da Libertadores e da Copa Sul-Americana A FOX Sports utilizou durante a transmissão das finais da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana e durante o sorteio dos grupos para a Copa do Mundo de 2018 um novo recurso de realidade aumentada. . A emissora utilizará tecnologias integradas para a exibição de tabelas, resultados, perfis de jogadores, escudos e outros elementos de personalizados com a intenção de oferecer informações, dados e estatísticas complementares sobre os jogos de uma maneira visualmente atrativa para o telespectador. A intenção é ampliar a utilização desses recursos gráficos ao longo da programação no ano que vem e intensificar o uso para a Copa do Mundo na Rússia em 2018. A empresa também está realizou testes para a implantação da realidade virtual. Os jogos da final da Libertadores, entre Lanús e Grêmio, foram transmitidos com a utilização desse recurso, em conjunto com a narração e recursos visuais, mas apenas para funcionários internos da emissora. A FOX ainda realizará novos testes antes de oferecer a novidade ao público. Confira abaixo um QR Code com um vídeo completo sobre o novo recurso de realidade aumentada da emissora.
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10 Perguntas
10P Tom Cotney Conversamos com o novo CEO da Imagine Communications para entender sua visão do mercado broadcast e TI caminhando juntos. Por Flávio Bonanome
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pós quatro anos sob a liderança de Charlie Vogt, a Imagine Communications anunciou no final de 2017 o afastamento do executivo e trouxe Tom Cotney para as fileiras da companhia como novo CEO. Pertencente ao grupo de investimentos Gores Group, que hoje comanda mais de 2 bilhões de dólares em ativos, a troca na empresa aconteceu em um momento em que inúmeros rumores davam que haveria um movimento de mercado para a venda da marca, assunto tão insistentemente abordado, que Vogt chegou a dedicar toda sua coletiva de imprensa durante o IBC 2017 para desmentir o tema. A entrada de Cotney, a Imagine parece tentar dar uma resposta de que seu objetivo está mais alinhado com o de ser uma provedora do mercado broadcast do que um simples ativo na mão de um grupo de investimentos. Com um forte histórico dentro do mercado de tecnologia da informação, Cotney começou sua carreira dentro da Apple ainda em 1988, onde ficou durante cinco anos como Diretor de Contas Nacionais. Após isso, trabalhou sete anos na IBM, chegando ao cargo de Gerente de Processos e Serviços para todo o território americano. Já como CEO, atuou em empresas como Encover, Air2Web e Mblox.
À frente da Imagine Communications Cotney deixa bem claro que tem duas missões. A primeira é ampliar o portfólio de soluções da empresa através da aquisição de outras companhias do setor. O segundo é preparar-se para os desafios vindouros do mercado, focando as energias da companhia no desenvolvimento de soluções pensadas na otimização de receitas e modelos de negócios de seus próprios clientes. A Panorama Audiovisual conversou com Cotney por telefone apenas uma semana e meia após a sua nomeação e, a despeito do pouco tempo, o executivo já parecia bastante preparado e conhecedor da empresa. Revelou sem falso orgulho que ainda tem muito a aprender sobre o mercado broadcast, mas pretende trazer a experiência que teve no mundo TI, que já passou por grande parte das transformações que nosso setor passa no momento, para ajudar clientes e empresa a gerar negócios. Cotney possui um discurso bastante informal e acessível, e respondeu cada uma de nossas perguntas sem ressalvas ou receios, pelo menos até o que os 30 minutos que nos disponibilizou permitiu. Abaixo você confere o resultado desta conversa.
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10 Perguntas
Panorama Audiovisual: O que representa para a Imagine Communications esta mudança de liderança? Tom Cotney: Esta mudança são dois lados de uma mesma moeda. Fui contratado pelo conselho de investidores baseado no meu histórico profissional. Acredito que a grande diferença entre Charlie Vogt (ex-CEO) e eu é que vejo uma importância muito grande em dominar o mercado. Não quero as soluções da Imagine como uma das opções de mercado, eu quero que escolher nossos produtos seja uma decisão muito fácil para nossos clientes, e esta é uma das mudanças que vão acontecer. Não quero que nossos clientes tenham qualquer incerteza sobre como seus provedores de serviços estão.
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PAV: Você fala de crescimento, e como pretende alcançar este objetivo? Cotney: Uma das formas de crescer é com aquisições de empresas que ampliem nosso portfólio de soluções, deixando-nos mais bem posicionados. Charlie Vogt já estava fazendo isso, mas o nível de diligencia para esta atividade é grande o bastante para ser necessário dedicação em tempo integral. Vogt tem uma grande experiência no segmento de broadcast, que é algo que não tenho, então ele continua a ajudar-nos com isso como parte do Gores Group, e minha parte será entender nossos parceiros, clientes e gerir o dia-a-dia. Estou muito impressionado com a tecnologia dos produtos IP. Eu venho de um histórico de trabalhar em empresas de TI, vendendo soluções em SAS (Software as a Service), que é algo parecido porém diferente. O mundo boradcast tem um nível de expectativa sem precedentes, mas eu sei fazer estas engrenagens girarem. Parte de ser uma escolha simples para os clientes tem a ver com prover não só uma migração técnica, mas também uma migração financeira. Este é o tipo de coisa com a qual estou familiarizado e é nisso que estamos trabalhando.
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PAV: Nos últimos 12 meses surgiram diversos rumores de que a Imagine seria vendida pelo Gores Group, e agora você entra falando sobre adquirir empresas. Como lidar com estes rumores?
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Cotney: Não sou eu quem plantou os rumores, então não tenho como dizer quando eles vão acabar. Mas posso dizer que os proprietários desta empresa acreditam que se trabalharmos duro, vamos crescer. Temos apoio do Gores Group para continuar nossa trajetória e somos uma empresa saudável. Todos os colaboradores da empresa estão fazendo seu melhor para completar a parte deste grande plano, e os rumores são perturbadores exatamente para eles. Eu diria que esta preocupação não deve ser um problema porque estamos em um momento que nem todo mundo tem dinheiro para investir, e nós temos, e isto envolve compra e venda. Caso fosse o contrário, eu não estaria aqui nesta posição. PAV: Tenho visto que a Imagine está baseando suas soluções cada vez mais em aplicações em nuvem. O fato de você, que veio do mundo TI, estar à frente da empresa agora significa que este é o caminho que a empresa deve seguir? Cotney: Veja, em meu histórico eu também trabalhei bastante com soluções em Hardware, como ATMs, Mainframes, etc. Claro que é seguro dizer que vamos nos mover cada vez mais para software, pois é na parte do mundo TI que as coisas vão acontecer, e lá a ideia de software em nuvem vendido como serviço já é um paradigma, além de ser o tipo de produto que é fácil de comprar. Se você puder adquirir uma solução que basta fazer uma assinatura e em seguira você faz login de qualquer máquina direto para a plataforma desta solução, sem se preocupar com toda a infraestrutura instalada para que ela exista, é um argumento muito bom.
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PAV: Em sua visão, existe um futuro para as emissoras de TV sem a existência de hardware dedicado? Cotney: Não. Estas operações sempre vão precisar de roteadores e algum tipo de hardware muito especializado e isso sempre será parte da solução. O que estou antecipando é que algumas pessoas vão preferir ter menos hardware e outros vão topar trabalhar 100% na nuvem, e eu quero esta preparado para isso. Eu vi esta migração acontecer no mundo TI, ouvi as pessoas dizendo que era algo que não ia acontecer, que não era seguro e com o passar do tempo este dogma sumiu porque as pessoas viram que o investimento valia a pena e que os problemas de segurança foram resolvidos. Sabemos que nossos clientes tem mais desafios do que nunca tiveram, há muita informação pública sobre grupos de mídia sendo fundidos ou comprados, muita pressão sobre as receitas destas empresas e algumas das empresas do setor que sempre cresceram monstruosamente, agora estão encolhendo. Estas mudanças forçam algumas opiniões sobre soluções a mudarem e estou aqui para antecipar as necessidades deste mercado em transformação. Eles vão demandar mais software, flexibilidade para configurar salas de controle, etc.
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Eu quero que escolher nossos produtos seja uma decisão muito fácil para nossos clientes, e esta é uma das mudanças que vão acontecer
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O broadcast vai sempre precisar de algum tipo de hardware especializado. O que estou antecipando é que algumas empresas vão querer trabalhar 100% na nuvem e eu preciso esta pronto para isso
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Organização
13 A 15 DE JUNHO
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10 Perguntas
Durante o IBC 2017, Charles Vogt, agora ex-CEO fez questão de lembrar que a Imagine não estava à venda
PAV: Como fica a gestão e a importância dos mercados da América Latina e Brasil agora na sua gestão? Cotney: Historicamente esta região é a casa dos talentos mais criativos do mercado. Temos criado grandes oportunidades de negócios com eles, mas hoje temos nossa receita mais concentrada na América do Norte. Vejo que América Latina e Ásia são dois mercados que precisamos penetrar. Uma das razões por vermos a região como algo tão atrativo é exatamente pelo fato de não termos grande base instalada na região. Isso significa que posso competir de forma muito mais agressiva pois não estou mexendo com minha entrada principal de receita. Preciso mais do que um time presente na região, preciso de uma equipe agressiva e capaz de fazer crescer o mercado.
tes para ter certeza de que estão tendo o melhor retorno sobre o investimento que fazem conosco. Oferecer ferramentas que aumentem isso, como foco demográfico e geográfico, ampliando as possibilidades de receita.
PAV: Quais as principais verticais que devem fazer parte da estratégia da Imagine para 2018 em diante? Cotney: Acredito que vamos focar cada vez mais nos modelos de receitas de nossos clientes. Parte de nosso negócio são as plataformas de Advertisement e nós vamos olhar para expandir nossos esforços nesta área. Ter produtos capazes de entregar anúncios em múltiplas plataformas, como smartphones, por exemplo. Queremos trabalhar novamente com nossos clientes existen-
PAV: Tenho sentido que há uma espécie de “espírito” do fim da TV Aberta pairando sobre o mercado agora. Como você vê isso? Cotney: Eu não acredito que isso vá acontecer. O mercado de provedores de conteúdo e outras plataformas OTT é muito criativo, mas não está fazendo muito dinheiro. Claro, você pode dizer que a Netflix é bastante lucrativa, mas ainda é uma startup. As empresas de broadcast estão sim sob pressão, mas ainda recebem a grande maioria da receita, mesmo neste momento de mercado. Existe uma possibilidade de que o mercado cresça ao mesmo tempo para ambos de formas diferentes. No mundo das OTTs, muitas empresas estão tentando se consolidar, e grandes mudanças devem acontecer nos próximos anos. Eu acho que há espaço para elas sem necessariamente canibalizar a receita da mídia tradicional.
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O mercado de provedores de conteúdo e outras plataformas OTT é muito criativo, mas não está fazendo muito dinheiro. Claro, você pode dizer que a Netflix é bastante lucrativa, mas ainda é uma startup
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PAV: Vejo já há algum tempo esta preocupação da Imagine com a monetização de seus clientes. Como você vê o futuro do modelo de negócio da televisão? Cotney: Serei bastante honesto nesta: Eu ainda não me sinto qualificado para fazer uma predição deste nível para você. O melhor que posso fazer é que existem alguns desafios muito óbvios que precisam ser superados. É importante entender estes desafios e ajudar nossa base a evoluir o modelo de negócio para com seus clientes.
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PAV: Levando isso em conta, quanto da receita da Imagine hoje vem de clientes que estão fora do broadcast tradicional? Cotney: No começo de 2016 era algo como 20% e agora estamos em 25%, principalmente por conta de nossas plataformas de monetização. PA
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