Panorama Audiovisual 93

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93 ISSN 2236-0336

Ano 8 - Edição 93 - Novembro/2018

5G Broadcast

Produção ao vivo Notícias Entrega de Conteúdo Networking

Como funciona e o que nos reserva a tecnologia que mudará a radiodifusão Número 1 em Tecnología de Mídia e Conteúdo

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Broadband X Broadcast: A guerra acabou Em meados de 2014, no auge da disputa entre as operadoras de telecomunicações e as emissoras de TV pela faixa de 700 MHz parecia que ver os dois setores convergindo para um futuro comum seria impossível. Na época, havia uma quantidade enorme de publicações técnicas, documentos e pesquisas de autoria de um lado mostrando como o outro estava errado sobre suas concepções do uso do espectro e, no final das contas, os esforços do “inimigo” não passavam de uma questão de lobby pela hegemonia da distribuição de conteúdo. Afirmações pesadíssimas eram feitas em entrevistas e paineis em congressos. Acusações de que tratava-se de uma estratégia das operadoras para obrigar o único tipo de transporte de vídeo estar à sua mercê. As associações de operadores de satélites afirmavam que até mesmo acidentes aéreos seriam causados por interferências das redes móveis ao mesmo tempo que as TelCos diziam que precisavam e “espectro como se fosse oxigênio para viver”, pagando leilões bilionários pressionados por um governo federal que precisava pagar as contas. Vislumbrando este passado do ponto presente, fica até difícil acreditar que tudo isso estava acontecendo há menos de cinco anos. Hoje o cenário é bem diferente. Os pessimistas vão dizer que as TelCos venceram e que a possibilidade de o segmento broadcast voltar a ter uma expansão em faixas de frequência é zero. Mas a verdade é que o próprio paradigma do que é telecomunicações está sendo transformado no mundo, e isso impacta diretamente nossa indústria. Na última Futerecom, evento dedicado ao setor de Telecomunicações e ISPs, um dos principais debates que se levantaram foi sobre como alguns conceitos que temos sobre tráfego de dados vão se tornar obsoletos nos próximos anos. Com o advento do 5G, e a implementação da internet das coisas como um novo capítulo da história tecnológica da humanidade, conceitos como o setor de telecomunicações ser algo isolado em si e regulamentado unicamente para seu fim perde completamente o sentido. Em um mundo onde redes de dados estarão sendo usadas para guiar desde carros autônomos até garantir serviços públicos eficientes, não dá para dizer que as redes são responsabilidade somente das operadoras. Mais do que nunca Telecomunicações passa a ser um setor de infraestrutura básica, assim como é água ou energia elétrica. De fato, a ONU já tem esta pauta como fato e começa a criar programas, por meio da ITU, para tratar populações sem acesso à internet como carentes da mesma forma como as que não tem acesso à água potável. E é exatamente esta transformação das telecomunicações de competidor para infraestrutura que ainda precisa ser compreendido por muitos profissionais do broadcast. Da mesma forma que se usa rede elétrica para garantir que os equipamentos funcione corretamente em uma aplicação de produção ao vivo, por exemplo, as redes 5G vão se tornar parte inerente do trabalho broadcast, assim como de qualquer outro, e talvez, em um futuro não muito distante, veremos a radiodifusão como um protocolo de distribuição proprietário em contra-partida ao usado amplamente por meio destas redes móveis. Mas, claro, antes de começarmos a conjecturar estes devaneios futurológicos, é preciso entender como exatamente estas redes vão funcionar e o que elas oferecem para quem trabalha operando transmissão de vídeo pelo ar. Um assunto que nem sempre está em voga nos departamentos de engenharia da maioria das emissoras. Estudar esta nova infraestrutura é vital para garantir que continuaremos a operar em um futuro que, pode parecer ilusório, mas é bem mais real do que se imagina.

Ano 8 • N° 93 • Novembro de 2018

Redação Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Editor Internacional

Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Comercial Gerentes de Contas

Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br Colaboradores Gustavo Zuccherato

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br

Boa leitura. Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Gráfica57

Flávio Bonanome Coordenador Editorial Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV

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Sumário

16 O 8K Chegou Com o lançamento oficial da resolução, o InterBEE 2018 foi um verdadeiro banquete de tecnologia.

Nesta Edição 06 HEVC Crescendo

16 Um futuro 8K

O relatório anual ‘State of Live’ a adoção do HEVC e mostra aumento de 55% nas horas de transmissão ao vivo.

Com o InterBEE 2018 como o lançamento oficial da programação 8K no Japão, como ficou o cenário no país.

07 NEP Group adquire a BSI

20 Estudo de Caso

O objetivo do NEP Group é se tornar líder mundial em serviços de transmissão.

Fornecendo notícias e entretenimento de alta qualidade para os espectadores do México e do sudoeste dos EUA

10 Rohde & Schwarz adquire a Pixel Power

22 O quanto você sabe sobre 5G Broadcast?

A Pixel Power é especialista em tecnologia para marcas de televisão, gráficos, automação, controle mestre e playout.

Para entender o futuro é preciso saber as limitações técnicas e possibilidades que as telecomunicações nos reservam.

12 EPTV otimiza sua produção de notícias

28 10 Perguntas

Emissora aposta nos sistemas da Grass Valley para ampliar seu fluxo de trabalho de jornalismo.

Glodina Lostanlen, Vice-Presidente Senior da Imagine Communications fala sobre tecnologia e o futuro da empresa.

22 Artigo: 5G Broadcast

28 10 Perguntas: Glodina Connan-Lostanlen


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Notícias

HEVC já representa 25% do tráfego mundial dos sistemas LiveU

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O relatório anual ‘State of Live’ da LiveU destaca o crescimento na adoção do HEVC e mostra aumento de 55% nas horas de transmissão ao vivo

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Relatório Anual State of Live da LiveU confirmou a crescente adoção do protocolo HEVC como o padrão da indústria, com 25% do tráfego gerado pelo LiveU agora codificado em HEVC. Esses números refletem a crescente demanda por vídeo de qualidade profissional, uma tendência que se tornou mais evidente na Copa do Mundo na Rússia. As horas de transmissão ao vivo aumentaram durante o ano passado, com mais de 2,2 milhões de horas de vídeo ao vivo entregues em 2018, representando um aumento de 55% em horas em relação a 2017. Esses resultados, compilados pelo segundo ano consecutivo, são baseados em dados coletados da base de clientes globais da LiveU, com mais de 3.000 usuários. A adoção da resolução HD continua a aumentar à medida que os clientes reduzem o uso de SD. A resolução UHD/4K está emergindo com os esportes na liderança, especialmente nos Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental. Em termos de cobertura geográfica, a tecnologia celular da LiveU é usada em dois terços do mundo, com clientes em 132 países. Samuel Wasserman, CEO e co-fundador da LiveU, ressalta que “a tecnologia HEVC sem dúvida transformou o mercado este ano, permitindo produções esportivas dinâmicas nos lugares mais desafiadores, bem como cobertura contínua de notícias globais. Olhando para 2019, acreditamos que o uso de esportes ao vivo continuará

a crescer em vários segmentos, uma vez que a HEVC oferece qualidade e confiabilidade de satélite e outros métodos tradicionais de transmissão por uma fração do custo. Os serviços da estação baseados na distribuição de conteúdo IP também estão desempenhando um papel fundamental na indústria, substituindo os serviços tradicionais de fibra e satélite, e isso provavelmente continuará no próximo ano.”. PA

Sony introduz novo sistema de extensão para câmera Venice em evento na Espanha Novo sistema de extensão CBK-3610XS para a Venice permite separar o corpo da câmera da unidade do sensor em até 5.5m sem comprometer a qualidade de imagem

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ais um ano, a Sony participará no MicroSalón AEC nos próximos dias 14 e 15 de dezembro na ECAM (Escola de Cinema da Comunidade de Madrid). Entre outros eventos, o diretor de fotografia Alfonso Parra, AEC ADFC apresentará os testes da Sony VENICE que ele fez em Cartagena das Índias e que levou ao CineGear.

Esta iniciativa tem como modelo o evento organizado pela AFC (Associação Francesa de Diretores da Fotografia Cinématográfica), que se posicionou como um encontro essencial para o setor na França. A Venice, última câmera Sony CineAlta, é uma projetada para expandir a liberdade criativa de diretores de fotografia, cineastas e

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Notícias

Monitor 4K outros profissionais do setor de produção. E possui um impresPor outro lado, no estande da Sony Professional será possível tessionante sensor full frame, capaz de capturar imagens em pratitar o novo monitor de referência 4K HDR BVM-HX310, apresentado camente qualquer formato, incluindo o full frame de 24 x 26 mm, Developed for bymonitor filmmakers. no último IBC emfilmmakers, Amesterdam. Este foi criado em resposta Super35 e anamórfico. ao desejo do setor de superar o desafio da avaliação imprecisa da Especialmente notável é a apresentação do novo sistema de extenUnprecedented shootingespecialmente flexibility with em the termos additionde ofreprodução extension system imagem, do preto. Oferece são CBK-3610XS para a Venice, que permite separar o corpo da câand Version 3.0efirmware. Don'tde miss shot. reprodução precisa de cores desempenho altoacontraste para os mera da unidade do sensor de imagem em até 5.5m sem compromecriadores de conteúdo, com alta qualidade de imagem. ter a alta qualidade de imagem. Este sistema, além de ser altamente Além disso, será possível trocar impressões com vários represenleve (1,9 kg com montagem PL ou 1,4 kg com montagem E), melhora tantes da Sony, como Fabien Pisano (Diretor da Região Sul), em 14 a funcionalidade ao gravar com cardans, estabilizadores manuais, de dezembro; ou Sebastian Leske (Gerente de Marketing Europeu de caixas submersas, plataformas 3D e de realidade virtual, bem como Produtos), disponível em 14 e 15 de dezembro. PA em veículos e espaços fechados.

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NEP Group adquire a Broadcast Sports International O objetivo do NEP Group é se tornar líder mundial em serviços de transmissão

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Grupo NEP adquiriu a BSI (Broadcast Sports International), designer e fabricante de redes sem fio e sistemas A/V sem fio de alta tecnologia. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados. A BSI fornece soluções audiovisuais sem fio com qualidade de transmissão, bem como um serviço de campo para as principais redes de televisão, ligas esportivas e outros clientes de renome em todo o mundo. Oferece sistemas de câmeras sem fio, sistemas de áudio sem fio, sistemas de comunicação sem fio e tecnologia digital para receber, decodificar e distribuir imagens e sons. “Trabalhamos com a equipe do BSI há anos e compartilhamos muito respeito por seu trabalho e tecnologia de alta qualidade”, afirma Mike Werteen, presidente global da NEP Broadcast Services. “A BSI e a NEP compartilham culturas orientadas a serviços semelhantes,

centradas no fornecimento de resultados excepcionais para nossos clientes, portanto, isso é um ótimo ajuste para todos os lados.” De acordo com a NEP, a aquisição é consistente com sua estratégia de se tornar líder mundial em serviços de transmissão. A BSI adiciona recursos sem fio à linha de serviços especializados de captura da NEP, que inclui sistemas de engenharia especializados e soluções de produção da Bexel, bem como soluções de câmeras especiais da Fletcher. PA

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Rohde & Schwarz adquire a Pixel Power e fortalece seus negócios de Broadcast e Mídia A Pixel Power é especialista em tecnologia para marcas de televisão, gráficos, automação, controle mestre e playout

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Rohde & Schwarz adquiriu a Pixel Power, especialista em tecnologia para marcas de televisão, gráficos, automação, controle mestre e playout. Com essa aquisição, a Rohde & Schwarz expande ainda mais a transmissão ao vivo enquanto se apropria de uma empresa com significativa liderança tecnológica. A subsidiária será renomeada como “Pixel Power Ltd. – A Rohde & Schwarz Company”. A Pixel Power oferece gráficos inovadores, controle mestre e sistemas de playout integrados para emissoras e instalações de playout. Esses sistemas permitem que o conteúdo dinâmico seja entregue com mais eficiência para TV linear, móvel, on-line e OTT/VOD. A Pixel Power desenvolveu consistentemente seu portfólio de soluções IP baseadas em software que são virtualizáveis para a nuvem pública ou privada, oferecendo novos modelos de negócios OPEX como parte da transformação da tecnologia de transmissão. A empresa está sediada em Cambridge, no Reino Unido, e desenvolve e implementa soluções de transmissão há 31 anos. Com essa aquisição, a Rohde & Schwarz expande ainda mais seu portfólio para complementar as linhas de produtos existentes. Cornelius Heinemann, Chefe de Sistemas de Transmissores e Amplificadores, File Based Media Solutions, explica: “Com a aquisição da Pixel Power, estamos ampliando significativamente nosso portfólio

de Broadcast & Media com soluções novas e empolgantes. Juntos podemos combinar tecnologias definidas por software e ambientes virtualizados para oferecer aos clientes os benefícios reais que eles proporcionam aos mercados de transmissão e VOD.” James Gilbert, co-fundador e CEO da Pixel Power, acrescenta: “Nossa tecnologia de reprodução integrada virtualizada está contribuindo muito para a Rohde & Schwarz atingir suas metas ambiciosas de soluções baseadas em nuvem. Nosso modelo moderno de licença e pagamento também contribui para isso. Em troca, o tamanho, a estabilidade, as estruturas e as competências da Rohde & Schwarz oferecem ótimas oportunidades para o desenvolvimento de nossos produtos e a expansão de nossas vendas em todo o mundo. Acreditamos que essa combinação beneficiará enormemente nossos clientes”. Para os clientes da Pixel Power, a aquisição representa um investimento de um grupo de tecnologia estabelecido e altamente estável – em um mercado tão dinâmico, uma base crucial para parcerias de longo prazo com um foco adicional na segurança dos investimentos dos clientes. O suporte contínuo de clientes e parceiros comerciais existentes é um pré-requisito importante para ambas as empresas. O CEO James Gilbert e o CTO Nick Wright permanecerão com a empresa em suas posições atuais e continuarão desenvolvendo o Pixel Power. PA

AWS lança o AWS Elemental MediaConnect para criar fluxos de trabalho de vídeo ao vivo na nuvem Arqiva, Discovery e ITV já estão enviando conteúdo em redes IP com a nova solução para oferecer serviços de vídeo ao vivo de maneira mais econômica

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AWS (Amazon Web Services) começou a comercializar seu novo serviço AWS Elemental MediaConnect, uma solução flexível para o ingest, a transmissão e replicação de fontes de vídeo ao vivo. A solução permitirá que os transmissores e proprietários de conteúdo enviem de maneira econômica o conteúdo ao vivo de alto valor para a nuvem, transmitindo com segurança aos parceiros de distribuição ou replicando uma origem para vários destinos. Com o AWS Elemental MediaConnect, os clientes podem criar fluxos de trabalho de transporte de vídeo ao vivo de missão crítica em uma fração do

tempo e do custo do satélite ou da fibra e obter gerenciamento e monitoramento de qualidade de transmissão. À medida que o número de espectadores de vídeo em tempo real cresce e o conteúdo ao vivo cria novas oportunidades de geração de receita, a produção, o processamento e gerenciamento de vídeo ao vivo continuam mudando de infraestruturas terrestres rígidas para serviços flexíveis baseados em nuvem. O AWS Elemental MediaConnect surge como uma alternativa às redes de satélite ou às conexões de fibra de telecomunicações ao enviar conteúdo de alto valor para a nuvem ou transmiti-lo para dis-


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tribuição. Essas abordagens são caras de arrendar e administrar, exigem que os clientes se comprometam com contratos de longo prazo e geralmente levam meses para se estabelecer. Eles também não têm flexibilidade para se adaptar às necessidades em mudança ou a novas oportunidades de negócios. O AWS Elemental MediaConnect é um serviço da Amazon totalmente gerenciado que combina a confiabilidade, segurança e visibilidade operacional de satélite e fibra com a flexibilidade, agilidade e economia das redes baseadas em IP. Na AWS, os clientes podem usar o AWS Elemental MediaConnect para ingerir vídeo ao vivo de um local remoto, como um estádio; compartilhar vídeos com um parceiro, como um distribuidor de televisão a cabo; ou replicar um fluxo de vídeo ao vivo para processamento, como um serviço de vídeo over-the-top. Fluxos de trabalho de transporte criados com o AWS Elemental MediaConnect podem ser reconfigurados sob demanda e facilmente integrados a outros serviços da AWS para monitoramento e distribuição. Alex Dunlap, CEO da Amazon Web Services, observa que “as emissoras e outros provedores de conteúdo nos disseram que queriam uma maneira de ingerir e transmitir seus fluxos de vídeo ao vivo que fossem confiáveis, seguros, flexíveis e rápidos de implementar”. Com o AWS Elemental MediaConnect, os clientes podem criar de maneira rápida e fácil soluções de transporte de vídeo que permitem processar e preparar conteúdo de alto valor, compartilhar eventos ao vivo em todo o mundo, criar e proteger fluxos de receita e aproveitar a agilidade, confiabilidade e rentabilidade da nuvem da AWS”. O operador de infraestrutura de comunicações no Reino Unido, Arqiva, é um dos primeiros clientes que está usando a AWS para aprimorar seu recém-lançado OTT virtualizado e seus serviços de gerenciamento de mídia sob demanda. Alex Pannell, diretor geral de Satellite & Media da Arqiva, enfatiza que “a AWS deu à Arqiva a capacidade de realizar rapidamente testes, pagar apenas pelo que foi usado e produzir serviços gerenciados confiáveis, de alta qualidade e seguros para nossos clientes em questão de semanas. O novo serviço AWS Elemental MediaConnect nos permitirá ser muito mais ágeis

na aquisição e distribuição de canais de vídeo ao vivo e linear, com flexibilidade significativamente maior, enquanto expandimos nosso alcance global usando a escala de nuvem da AWS”. Outro dos clientes da AWS que está usando o serviço é o Discovery. Em 2017, realizou a transição de suas 13 redes norte-americanas de uma infraestrutura de transmissão linear para a nuvem com o AWS Cloud. Este ano, mais de uma centena de redes europeias da Discovery se uniram a essa transição, validando a escalabilidade do design. Brinton Miller, EVP Technology Strategy for Discovery, destaca que “com mais de 300 canais na nuvem, somos a primeira estação a fazer uma transição na nuvem nessa escala. Ele nos permite adicionar, personalizar e distribuir ativos de maneira eficiente em todas as nossas plataformas, incluindo a televisão linear, para alcançar os espectadores em todas as telas. As cadeias de suprimentos físicas e discretas são muito complicadas e não nos permitem avançar com rapidez suficiente. A nuvem nos ajuda a reduzir os gastos com infraestrutura física e estamos muito satisfeitos em usar os recursos do AWS Elemental MediaConnect para fornecer de maneira confiável conteúdo com qualidade de transmissão à nuvem da AWS. Abre a porta de forma mais completa para aproveitar a distribuição nativa da nuvem para parceiros e afiliados, enquanto levamos nosso conteúdo ao redor do mundo em todas as plataformas”. Por outro lado, o ITV britânico também se beneficia dos serviços em nuvem da Amazon. Tom Griffiths, Diretor de Tecnologia de Difusão e Distribuição da ITV, comenta que “a ITV adota as melhores tecnologias para inovar e oferecer a programação mais atraente para o nosso público. No ano passado, fizemos uma parceria com a AWS para modernizar nossos recursos de streaming de vídeo. Agora, com o novo serviço de transporte de vídeo do AWS Elemental MediaConnect, vemos o potencial de contribuir de forma segura com transmissões ao vivo para o AWS Cloud, replicar e distribuí-los facilmente. O AWS Elemental MediaConnect reduzirá significativamente o tempo que os membros a bordo levarão, ampliará o alcance de nosso conteúdo globalmente e reduzirá o número de formatos que distribuímos usando seu recurso de direitos granulares.” PA

EPTV otimiza sua produção de notícias com soluções da Grass Valley

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Companhia Paulista de Televisão (EPTV), uma das principais subsidiárias da TV Globo no Brasil, implementou as soluções ponta-a-ponta de redação de notícias da Grass Valley em seus estúdios de televisão em Campinas (SP). A capacidade da EPTV de contar histórias de uma perspectiva local é um diferencial importante no mercado, pois os consumidores exigem mais notícias, mais rapidamente e em mais plataformas. A EPTV é usuária de longa data do software de edição não linear Edius da Grass Valley e escolheu o sistema de gerenciamento e conteúdo de vídeo GV Stratus 6.0 da Grass Valley para dar suporte a sua ampla gama de programas. O GV Stratus gerencia com eficiência todo o processo de criação e entrega de conteúdo em múltiplas plataformas de mídia digital, oferecendo a capacidade de lidar com o

volume crescente de conteúdo gerado pelo usuário (UGC) e integrá-lo às plataformas de redes sociais mais populares. O investimento da EPTV também inclui servidores de mídia do K2 Summit com um total de 12 canais, 13 licenças de software do Edius Workgroup 9 e três estações de trabalho remotas da Edius. Além disso, a estação implementou pacotes de escrita GV Stratus Express, GV Stratus Flex, GV Stratus Pro e GV Stratus Elite em todas as suas instalações. A Avicom, distribuidora local da Grass Valley, forneceu suporte à equipe durante essa implantação.

Trabalho intuitivo José Francisco Valencia, diretor de engenharia e tecnologia da EPTV, comenta que “devido ao nosso compromisso de contar histórias



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mais ricas e fornecer uma cobertura mais profunda ao nosso público, estamos sempre buscando maneiras melhores e mais intuitivas de trabalhar. O GV Stratus levará o nosso serviço para o próximo nível assumindo tudo, desde gerenciamento de conteúdo, mídia e ativos até o controle, ingestão, edição e reprodução da redação.” Agora, a EPTV pode maximizar o valor de seus ativos e localizar facilmente o conteúdo das diferentes regiões atendidas. As equipes de notícias do EPTV podem pesquisar arquivos e realizar uma edição completa no campo usando o Edius Workgroup para mixar e enviar conteúdo, independentemente da resolução. Além disso, graças ao novo fluxo de trabalho, os usuários podem incorporar o conteúdo capturado por “repórteres-cidadãos”, o que permite que a EPTV compartilhe histórias à medida que elas ocorrem em campo. Nahuel Villegas, vice-presidente para o Caribe e América Latina da Grass Valley, enfatiza que “no mundo exigente da transmissão de notícias, é essencial levar mais histórias profundas ao ar mais rapidamente”. O trabalho colaborativo e o acesso aos arquivos a qualquer momento e em qualquer lugar permitem que os repórteres e a equipe de produção criem conteúdo envolvente de uma variedade de fontes, que juntas contam histórias mais sólidas. A EPTV é um cliente valioso e de longa data, e nosso relacionamento com eles é um excelente exemplo de como trabalhamos de perto com as emissoras e organizações de mídia para oferecer soluções que atendam aos desafios do mundo real”. PA

ANCINE dá partida em projeto de capacitação do mercado audiovisual “Encontros com a ANCINE” acontecem em Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Florianópolis, mas programa deverá rodar o país a partir de 2019 de forma permanente

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ANCINE começa nesta quinta-feira, 22, em Fortaleza, dois dias de reuniões e debates com empresas do mercado audiovisual no projeto batizado de “Encontros com a ANCINE”. A ideia é atender à demanda do próprio mercado por conhecer melhor as várias etapas de produção audiovisual e seu acompanhamento pela Agência, especialmente a partir das mudanças já implementadas nos últimos editais e a nova forma de acompanhamento dos projetos que acontecerá a partir de 2019 através de parceria com o Banco do Brasil. Foi detectado certo desconhecimento de alguns agentes do mercado sobre a trajetória do projeto audiovisual dentro da agência, mesmo entre antigos players. Para entender melhor como a ANCINE pode reduzir ruídos, agilizar processos, aumentar a transparência e minimizar problemas nos mecanismos de fomento e de formatação de projetos, percebeu-se a necessidade de se criar um programa permanente de capacitação de mercado com a cooperação das associações e sindicatos de produtores, distribuidores e programadores de TV. O projeto se dará em dois dias de seminários com discussões a respeito das principais etapas de concepção, tramitação dos projetos

na agência, incluindo a prestação de contas final. Os seminários serão organizados e apresentados por técnicos da ANCINE com larga experiência nos seus setores, incluindo coordenadores das próprias áreas de tramitação. Inicialmente, o projeto “Encontros com a ANCINE” ocorrerá em quatro cidades, em datas que vão da segunda quinzena de novembro à primeira quinzena de dezembro, totalizando quatro semanas. As cidades serão: Rio de janeiro, São Paulo, Fortaleza e Florianópolis, estas últimas cidades escolhidas pelos dirigentes de CONNE e FAMES, respectivamente. Em 2019, o programa deverá se repetir em outras cidades do país. Um terceiro dia pode ser incorporado, dependendo da necessidade dos agentes locais, para o esclarecimento de problemas e dúvidas mais específicas de projetos já em tramitação na agência. Os servidores diretamente envolvidos nos “Encontros” são Maurício Bortoloti, que fala sobre “Prestação de contas e a nova execução financeira dos projetos audiovisuais”, Alexandre Gianni, Daniel Mattos, Laís Santoyo, Thais Coelho (“FSA e pontuação automática para fomento”), Flávio Lyra e Carolina Romão (“Análise de Direitos”), Marcos Delfino e Denise Lezo (“Acompanhamento de projetos audiovisuais”). PA


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Reportagem - INTERBEE 2018

InterBee 2018: A realidade 8K chegou O lançamento da tecnologia durante a feira japonesa e o impacto para o negócio global do broadcast.

Da Redação

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InterBee, principal evento de tecnologia para broadacast e produção audiovisual do Japão não é exatamente o tipo de evento que ganha tanto destaque internacional. Isso porque, historicamente, trata-se de uma apresentação de tecnologias focadas quase que exclusivamente para as necessidades das emissoras japonesas e que, muitas vezes, pouco tem a ver com a realidade da produção ao vivo em outros pontos do mundo. Com a aproximação dos Jogos Olímpicos Tokyo 2020, porém, a importância global da feira cresce. Isso porque desde 2013 a NHK, emissora estatal do país, está comprometida a realizar a transmissão ao vivo dos jogos via broadcast em 8K, fazendo do Interbee 2018 o primeiro ponto para esta revolução tecnológica de fato. Começando pelas notícias mais importantes, durante o evento foi lançado o serviço oficial de broadcast 8K (e também 4K via satélite). O sinal 8K, chamado de BS8K, requer uma banda de 100 Mbps para ser entregue e as transmissões estão disponíveis 12 horas por dia. Nestas 12 horas há tanto material captado originalmente em UHD como também vídeo que passou por processo de upconversion, tudo com áudio em 22.2 surround sound. Os principais pontos altos, por enquanto, foram a transmissão de 2001 uma odisséia no espaço bem como uma transmissão ao vivo direto do Vaticano. A NHK também continua a entregar unidades de produção em 8K que podem

ser usadas ao redor do Japão, e objetivo é ter 5 UMs operacionais antes do início dos Jogos Olímpicos de Tokyo 2020. A Eutelsat, um dos parceiros-chave nos esforços de entrega, e a NHK estão usando modulação DVB-S2X em 16APSK e codificação HEVC para a transmissão ao vivo do Vaticano. As imagens foram gravadas em 60 frames por segundo no espaço de cor BT2020 com 10-bit de profundidade e HDR HLG combinados com áudio 22.2 canais. O lançamento trouxe uma série de sentimentos mistos, e pode ser que leve um tempo até atingir uma audiência expressiva. A indústria de eletrônica de consumo deve lançar uma enormidade de produtos 8K na próxima CES (principal evento deste setor) em Janeiro. Atualmente a Sharp vende um aparelho de 70 polegadas por cerca de US$ 12 mil, e o receiver 8K custa mais US$ 2 mil extras. Claro que os preços são um pouco chocantes, mas vale lembrar que quando o 4K foi lançado, poucos anos atrás, os preços desta tecnologia também estava neste patamar enquanto que hoje já está bastante acessível. No que diz a produção, o formato também vem se tornando cada vez mais acessível. Em 2012, nos primeiros testes nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, para conseguir capturar os replays eram necessários 36 decks P2 da Panasonic, algo que hoje é espantoso de se pensar. Claro que as câmeras ainda entregam um sinal com 48 Gbps, mas a tecnologia por trás das operações de replay, slow


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Reportagem - INTERBEE 2018

e mesmo funcionalidades das câmeras têm se tornado mais poderosas e simples. A NKH ainda é a única emissora do planeta a se comprometer com o 8K, e quando questionados o porque ter abraçado esta mudança antes mesmo de o 4K se tornar uma realidade, a resposta é simples. Há uma crença de que a real diferença em termos de qualidade de imagem entre o 1080p e o 4K não é tão perceptível para fazer o consumidor adquirir um novo televisor. Já o 8K abre possibilidades como transmissão ao vivo para telas de cinema, ou entregar material para telas com mais de 120 polegadas. O comprometimento da NHK, no entanto, é o suficiente para fazer uma série de fabricantes aparecer na Inter BEE 2018 com sistemas de produção 8K. Sony, Ikegami, For.A e outros lançaram vários sistemas com capacidades 8K. E, vale lembrar, que já existe aplicações 8K para a realidade de hoje, com o uso de captura de tomada completa de uma arena esportiva para fazer diversos cortes (crops) em 1080p e ter diferentes feeds ao vivo para serem transmitido, mesmo cenas fora da ação da partida. E claro, com o 4K se tornando uma realidade, câmeras 8K podem ser empregadas mesmo em estúdio para geração de zoom virtual da mesma forma que câmeras 4K são empregadas hoje no fluxo Full HD. Outro ponto forte dentro do Inter BEE foi o suporte ao transporte 12-G SDI, tornando-se quase onipresente dentro dos estandes das fabricantes, mostrando que no Japão a familiaridade com o SDI continua a fazer mais sentido do que a migração para uma infraestrutura em IP.

Tecnologias Um dos destaques dentro do estande da Canon este ano foi a apresentação da nova versão dos sistemas de replay 360 grays da empresa. O sistema é capaz de agregar vídeos de várias câmeras diferentes montadas em um estádio, processá-las e permitir um replay de vir-

tualmente qualquer ângulo, bem como a habilidade de fazer zoom e mover o ponto de vista entre jogadores ou objetos. Batizada de Free Viewpoint, o sistema fez grandes evoluções desde o ano anterior. A Canon ofereceu uma tomada de demonstração de uma partida de rugby capturada com 100 câmeras localizadas na parte superior do estádio. A demonstração é realmente impressionante e grande número de câmeras traz muita informação de imagem para garantir a qualidade da visualização. O grande desafio, porém, é que ainda é preciso de um grande tempo de processamento para trabalhar todos os arquivos. No entanto, a Canon espera que seja possível reduzir o tempo de processamento significativamente até os jogos de 2020. Outra tecnologia interessante estava em demonstração pela TBS (Tokyo Broadcast Systems). Batizada de Virtual Grabber, ela foi projetada para trazer o uso de realidade virtual para dentro da direção técnica de eventos. Um operador equipado de um óculos de VR e um VR Pointer é capaz de comandar os cortes de uma transmissão acompanhando tudo por um arranjo de monitores virtuais e simplesmente apontando para qual monitor que cortar. Após alguns minutos, no entanto, fica claro que a atividade de dirigir uma produção acaba sendo muito mais física em termos de movimentação (o que não necessariamente é algo ruim). Seja como for, o InterBee mostra mais uma vez a força da indústria japonesa quando o tema é produção ao vivo. Claro que devemos ver as tendências, principalmente o 8K, extremamente presente no ano de 2019 em outros grandes eventos globais, como NAB e IBC, sobretudo para integrar estes fluxos de trabalhos auxiliares ao 4K. Vale lembrar também, que por conta da natureza do ISDB-Tb, padrão Nipo-brasileiro de TV Digital, todas as inovações construídas pela NHK que possibilitam a transmissão 8K pelo ar podem acabar sendo implementadas, em algum nível e futuro, dentro de nosso país, a depender da profundidade do intercâmbio tecnológico. PA


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Reportagem - Grupo Multimedios

Estudo de Caso: Grupo Multimedios Fornecendo notícias e entretenimento de alta qualidade para os espectadores do México e do sudoeste dos EUA

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Grupo Multimedios gerencia dezenas de estações de televisão em todo o México e no sudoeste dos Estados Unidos, e planeja expandir sua produção para ainda mais canais e locais no ano que vem. A rede de estações mexicanas, sediada em Monterrey, precisava de uma solução de produção que a ajudasse a criar conteúdo de alta qualidade para seus canais atuais e futuros. À medida que a empresa se expande para novos canais e novas cidades, ela precisa de um provedor com soluções líderes do setor e uma forte presença local. Eles escolheram a Grass Valley, a Belden Brand, por suas câmeras, servidores e switchers que fornecem uma solução completa de produção e gestão de conteúdo. “Nossa primeira prioridade é sempre criar conteúdo de alta qualidade para nossos espectadores”, disse Guillermo Franco, Diretor Geral do Grupo Multimedios e do canal de notícias a cabo 24 horas Milenio TV. “Para isso, é fundamental ter soluções adequadas e suporte eficiente para essas soluções.” Já usuário do sistema de produção de vídeo e gestão de conteúdo GV STRATUS, switchers Kayenne, câmeras da série LDK, roteamento NVISION, controle mestre e gráficos Vertigo da Grass Valley, Franco escolheu novamente a Grass Valley principalmente para suas duas instalações mais importantes: Monterrey (com sete estúdios e cinco caminhões) e Cidade do México (com três estúdios e dois caminhões). À procura de novas câmeras HD com a mais alta sensibilidade, Franco escolheu 29 câmeras LDX 82 Flex (adicionadas às oito adquiridas

em 2017) com gama de cores ampliada e capacidades HDR com estações base XCU Elite, para substituir suas câmeras LDK e adicionar câmeras para um novo estúdio. Graças a isso, o Grupo Multimedios obteve os recursos e a flexibilidade necessários para continuar criando uma ampla variedade de programas premium em espanhol. Além disso, o sistema de produção de notícias atualizado do Grupo Multimedios adicionou 12 câmeras Focus 75 Live para seus novos caminhões e estações locais em cidades menores e outros estados no México. A câmera HD de formato duplo 720p/1080i é projetada e construída com sensores de imagem Xensium FT CMOS totalmente digitais, o que significa que não produz nenhum dos artefatos do rolling shutter vistos com outras câmeras baseadas em CMOS. Para o Grupo Multimedios, o formato de escolha é 1080i. A atualização para o GV STRATUS 6.0 incluiu um novo cliente web e suporte para o dispositivo de E/S do STRATUS, permitindo que a aplicação funcione perfeitamente em um ambiente virtualizado. “O GV STRATUS foi a única solução que nos permitiu ter um sistema virtualizado usando hardware COTS”, disse Franco. “Isso nos ajudou a lidar com questões como expandir o armazenamento e fazer o backup dos principais servidores do sistema de notícias, e agora estamos na vanguarda usando essas tecnologias.” Enquanto o Grupo Multimedios cria conteúdo em uma variedade de ambientes, os usuários do GV STRATUS podem personalizar sua interface de usuário com uma gama completa de ferramentas de

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Reportagem - Grupo Multimedios <<

produção baseadas na função, para aumentar a eficiência durante a produção de programas de notícias ao vivo. Uma vez completada a instalação, o Grupo Multimedios terá 198 usuários (editores e clientes) do GV STRATUS em suas instalações na Cidade do México e Monterrey. “Uma das melhores coisas na nova versão do GV STRATUS é sua integração nas redes sociais”, disse Franco. “Isso torna muito mais fácil ter um trabalho coordenado entre nossa programação e como interagimos com nossa audiência.” Os centros de produção de notícias do Grupo Multimedios agora também contam com 10 clientes de produção K2 Summit 3G, cinco switchers Karrera K-Frame S-series com 3 M/Es cada (um na Cidade do México e quatro em Monterrey) e seis switchers GV Korona K-Frame V-series (dois de 2 M/Es com 2 VPEs em locais secundários e quatro de 3 M/Es com 2 VPEs substituindo os switchers Kayak da Grass Valley em Monterrey), todos trabalhando em conjunto para oferecer uma solução integrada de produção de notícias e gestão de conteúdo. E quando chegar a hora, será fácil atualizar os switchers para 1080p e 4K UHD. O valor desta solução completa é evidente imediatamente pela facilidade de uso e qualidade do vídeo, mas também resistirá ao teste do tempo, com agilidade e escalabilidade, à medida que o Grupo Multimedios continua crescendo e se expandindo. As soluções da Grass Valley e a sua forte parceria e apoio permitem ao Grupo Multimedios estar na vanguarda com esta plataforma de produção eficiente e inovadora. “Estamos entusiasmados por trabalhar com a Grass Valley e sua equipe

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regional de especialistas”, disse Franco. “Estamos aproveitando não apenas seu conhecimento avançado da indústria, mas também suas tecnologias mais recentes que nos proporcionam fácil integração com o hardware COTS.” Atualmente, no roteiro do Grupo Multimedios, há uma instalação virtualizada GV STRATUS para o canal de notícias a cabo 24 horas Milenio TV, e uma solução de playout virtualizado e vídeo IP para todo o grupo. PA

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Broadcast 5G para TV móvel Por Time de Desenvolvimento Rohde&Schwarz

A rápida adoção de 4K/UHD está trazendo uma grande mudança na indústria de mídia e entretenimento. Este artigo analisa as oportunidades e desafios para criadores de conteúdo e provedores de serviço em como gerenciar a fabricação de mídia moderna.

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stamos vivendo em tempos de transformações muito dinâmicas dentro das indústria da eletrônica e broadcast. Se acreditarmos em tudo que lemos por ai, vamos acabar caindo na falácia de que a tecnologia de radiodifusão estão sendo jogadas fora e substituídas por soluções baseadas em IP. No entanto, acredito que é preciso olhar para além das manchetes para julgar a verdadeira substância deste debate. Prefiro tirar este tempo para considerar as opções e decidir com cuidado quais caminhos vão levar para o novo horizonte tecnológico. Às vezes as novas tecnologias complementam as já estabelecidas: você não precisa necessariamente canibalizar um modelo de negócio para criar outro. Um destes casos é o de transmissão digital terrestre (TDT) - que ainda é a tecnologia mais popular para transmissão de massa, que parece estar condenada a ser substituída por sistemas baseados em IP. Este artigo explica porque as mais novas tecnologias de telecomunicações móveis são o parceiro perfeito da TDT e como eles podem ser colocados em um novo caminho de crescimento.

O que você sabe sobre padrões de comunicação móvel? Atualmente, um dos tópicos mais quentes da indústria broadcast é a convergência entre as tecnologias de transmissão tradicional e as

novas tecnologias de telecomunicações. De particular interesse é o 5G Broadcast e potencial considerável que ele oferece para emissoras que estão pensando para frente. No entanto, poucos executivos do setor são especialistas em comunicação móvel - muito poucos sabem exatamente o que os padrões 4G e 3G são e como eles são definidos, muito menos o novo padrão 5G. Nos primórdios da telecomunicação móvel, havia um número diferente de corpos nacionais que usavam seu tempo desenvolvendo seus próprios padrões para suas regiões e países. Isso levou a uma situação onde telefones europeus não funcionariam na América ou na Ásia e telefones multi-banda, caríssimos, eram necessários para viagem internacional. A solução surgiu há muitos anos com um número de organizações de padronização e operadores de telecomunicações juntando-se para a criação do 3G Partnership Project (3GPP) para desenvolver as futuras gerações dos sistemas de telefonia com um acordo geral no uso do mesmo padrão mundo afora. O 3G foi o primeiro destes novos esforços colaborativos a ser lançado. Os smartphones 3G podem operar mais ou menos sem percalços em qualquer lugar do mundo, não somente como um sistema de voz, mas como distribuição de dados e ponto de acesso à internet.


A Sony apresenta uma solução ideal para produção ao vivo em 4K / HD, oferecendo operação eficiente e expandindo as aplicações no mercado Broadcast, além da criação de conteúdo para produção. A nova câmera portátil HD HXC-FB80 é equipada com três sensores CMOS ExmorTM Full-HD de 2/3 de polegada para fornecer excelente sensibilidade (F13 @ 50 Hz e F12 @ 59,94 Hz no modo 1080) com uma relação sinal/ruído típica de -60 dB. Esse sensor de imagem permite que a câmera seja configurada com flexibilidade, conforme necessidade, e você pode usar uma ampla gama de formatos de saída. A recém desenvolvida plataforma 3G aprimora as capacidades da HXC-FB80 no processamento de sinais de 1080/50P e 59,94 59,94P, ao mesmo tempo em que mantém baixo consumo de energia. Além disso, em combinação com a unidade de controle de câmera 4K / HD HXCU-FB80, a HXC-FB80 oferece capacidade de expansão útil, incluindo upscale de 4K e Suporte HD-HDR (no padrão HLG - Hybrid Log-Gamma)* para uma solução preparada para o futuro. O software opcional de Controle Remoto HZC-RCP5 (baseado em PC) também está disponível para composição de sistema de aplicação mais simples. * Suportado com a HXC-FB80 e o HXCU-FB80. O suporte HD-HDR requer atualização de firmwar ONDE COMPRAR: REVENDAS AUTORIZADAS SONY BRASIL


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Artigo

Long Term Evolution - LTE Erguidos sobre este sucesso, o padrão móvel 3G foi aprimorado como parte da iniciativa Long Term Evolution (LTE). O LTE provê taxa de transferência significativamente maior e melhor capacidade de recepção se comparada ao 3G original. No entanto, não existe uma especificação LTE unificada ou um lançamento 4G, pois o trabalho do grupo 3GPP foi dividido em diversos pacotes de trabalho que permitem que partes individuais sejam aprimoradas independentemente. Todos os pacotes de trabalho estão disponíveis ao público no website do 3GPP. Há um grande número de especificações que são agrupado em um número diferente de módulos de trabalho ou sub-especificações. Alguns destes padrões são mais ou menos fixos, alguns passam por grandes revisões e outros se tornaram obsoletos. Periodicamente, um lançamento formal pode ser feito para gerar uma nova linha base com as novas funcionalidades uma vez que elas passaram por revisão e testes de compatibilidade. O núcleo da performance LTE suporta até 300 Mbit/s de downlik e 75 Mbit/s de uplink junto com muitas outras opções de largura de banda à custos menores e/ou confiabilidade/cobertura reduzida. Na prática, poucos implementaram sistemas de suporte próximos às velocidades máximas e os consumidores tem somente uma fração desta largura de banda, já que esta é compartilhada entre múltiplos usuários.

eMBMS O eMBMS, também conhecido como “LTE Broadcast” só opera através de um link de rádio LTE e adiciona a capacidade ao provedor de serviço de reservar parte da largura de banda do downlink para ser difundida e recebida por todos os aparelhos em uma célula. A taxa de transferência do eMBMS é limitada a 4 Mbit/s, o que permite que apenas alguns canais sejam enviados, e ainda sim não é possível que um dispositivo, por exemplo, na rede da VIVO receba uma transmissão da Claro. Em outras palavras, cada provedor de serviço precisa reservar sua própria largura de banda e mesmo quando o conteúdo broadcast é o mesmo. Uma variação do formato MPEG-DASH usado para serviços OTT foi usado, já que o vídeo não viaja por streaming, mas sim por arquivos individuais (chunks) de aproximadamente 10 segundos cada. Diferente de um serviço OTT de fato, o 3GPP-DASH tem um steam de bit-rate fixo e resolução fixa na banda já alocada.

Houve uma porção de testes de eMBMS, muitos feitos em eventos esportivos em estádios que permitiam aos espectadores ter acesso à replays privados e pontos de vista. Não houve nenhuma outra implementação comercial além destes eventos. O eMBMS usando células SFN foi apresentado no Release 13 para ampliar a cobertura permitida para além dos 7 km tipicamente alcançado pro nodos de telecomunicações, mas, mais uma vez, raramente foi implementada para além de áreas extremamente pequenas. Uma das razões para ter somente áreas pequenas funcionando é que na prática a taxa de dados recebida por um App/Dispositivo cai rapidamente para além de uma certa distância de uma estação rádio-base. Isso raramente é um problema quando se trata de voz ou mensagens de texto, mas uma grande limitação para usos de multi-mídia ou broadcast.

5G - A nova geração do sistema de comunicação móvel Os requerimentos comerciais para links de rádio 5G foram desenvolvidos para cobrir uma grande área de aplicações de usuários, larguras de banda e espectro. Outras aplicações potenciais variam desde Internet das Coisas com taxa inferior a 10 bit/s e 10 anos de vida de bateria até 10 Gbit/s com latência inferior a 1 ms para headsets VR ou câmeras de estúdio. Usos possíveis incluem conexões de banda larga, carros autônomos, trânsito inteligente e aplicações de monitoração. Estes usos possuem requerimentos diferentes e podem usar tecnologias de rádio diferentes e faixas de frequência diferentes, incluindo partilhar banda com Wi-Fi, por exemplo. Partilhar espectro não licenciado permite um link de rádio licenciados usar outros espectros bem como sua própria largura de banda. Usando uma conexão Wi-Fi local com uma conexão de banda larga por cabo pode ampliar significantemente a taxa de dados recebida por um dispositivo bem como descarregar a banda do link de rádio para a banda larga fixa.

Nano-células O 5G também permite o uso de múltiplos tamanhos de células bem como Wi-Fi e outros links de dados. Desta forma, uma estação base principal pode cobrar uma grande área para acesso geral por, por exemplo, um carro. Conforme o carro se aproxima de um ponto cego, como em uma área urbana, é possível trocar a conexão de



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uma célula grande para uma nano-célula dentro de um prédio. Quando o motorista sai do carro e entra em casa ou no escritório, o link pode então ser trocado para uma conexão Wi-Fi. Esta flexibilidade aumenta significativamente a largura de banda geral e o número de conexões em todo o ecossistema 5G ao desafogar as conexões de dados sempre que possível. O 5G também suporta formação de feixe direto/switching com arranjos MIMO para prover sinais altamente focados em áreas específicas ou mesmo rastrear um carro em movimento em uma área altamente congestionada. Isso ajuda a garantir uma conectividade contínua para veículos autônomos mesmo em áreas de alta densidade de uso de rádio, já que as mesmas frequências podem ser reaproveitadas em grande proximidade uma à outra.

O grande avanço - Release 14 Em meados de 2017, o Release 14 foi o primeiro lançamento definido de 5G, mas não cobria todas as funcionalidades planejadas, com muitas novidades esperadas para os próximos anos. Isso incluía um modo aprimorado de broadcast, muitas vezes referido como “Futher Evolved MBMS (FeMBMS)”. O FeMBMS atenta para vários problemas do eMBMS convecional, como: - Um modo broadcast verdadeiro que permite que todos os dispositivos acessem o serviço na rede de qualquer provedor de serviço, eliminando a necessidade de duplicação de conteúdo; - A capacidade de assistir um serviço broadcast sem a necessidade de um SIM Card ou Assinatura; - Resoluções e formatos em congruência com formatos broadcast convencionais; - A capacidade de transmitir conteúdo broadcast existente em IP via FeMBMS. Em outras palavras, o transporte de stream atualmente conectado à transmissores RF convencionais agora podem ser conectados à sistemas móveis sem precisar de nenhuma modificação; Anteriormente, o eMBMS com 3GPP-DASH era essencialmente construído sobre protocolos 3G/4G existentes, o que requeria interfaces complexas para os fabricantes de dispositivos e os provedores de serviços. O FeMBMS pode facilmente ser implementado via a abordagem “Tower Overlay” e aprimorando o uso de downlink suplementar (SDL). O sistema de Tower Overlay é usado para garantir o des-

congestionamento de serviços populares de redes celulares, desta forma diminuindo o custo operacional destas redes. Isso pode ser conseguido ao usar transmissores High-Power High-Tower (HPHT) cujo sinais agem como uma camada superior às redes celulares. Estes transmissores provêm uma migração de compatibilidade reversa da TV convencional para a Tower Overlay bem como um uso de espectro cooperativo e o reuso de transmissores já instalados. O conceito por trás disto é um local High-Power, High-Tower para o conteúdo de TV broadcast através de grandes áreas (> 50 km) junto com as células 5G comuns para prover um unicast junto com outros serviços em células muito menores (< 7 km) na mesma área.

A posição do EBU sobre 5G Broadcast A EBU ofereceu três diferentes cenários: 1 - O caso mais simples é onde os serviços 5G vão ser simplesmente um sistema de entrega adicional junto com outros sistemas existentes com aplicações de nicho como distribuição de conteúdo para headsets de realidade virtual privados. No entanto, o cronograma para a implementação comercial de serviços de vídeo públicos 5G não está claro por conta do custo e complexidade da infraestrutura necessária. 2 - Um segundo cenário prevê uma infraestrutura de distribuição baseada somente sobre as diferentes capacidades do 5G, oferecendo potencialmente uma migração sem problemas com futuras infraestruturas de estúdio 5G. A entrega para o usuário final pode continuar sendo baseada em broadcast tradicional ou banda larga, movendo-se para a distribuição 5G conforme a infraestrutura se expande. 3 - Em terceiro, a EBU vislumbra que em algum ponto no futuro o 5G pode substituir a infraestrutura de distribuição completamente para todos os tipos de dispositivos e telas.

Conclusão As oportunidades para os broadcasters crescem com o FeMBMS por conta do direto acesso à TV e outros conteúdos ricos de mídia por um amplo espectro de dispositivos móveis. Além disso, a rede de operadores broadcast tem a oportunidade de tornar-se parte do sistema geral de telecomunicações no futuro. O 5G é esperado para se tornar uma tecnologia fundamental em muitas indústrias similares ao que o IP é hoje. PA



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10 Perguntas

10P Glodina Connan-Lostanlen Conversamos com a primeira premiada pelo reconhecimento “Mulheres Incríveis do Broadcast” sobre sua visão de tecnologia e a estratégia da Imagine Communications. Por Flávio Bonanome

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nfelizmente, não é comum vermos mulheres ocupando cargos de liderança dentro da indústria broadcast. Exatamente por isso que a IABM criou em 2018 uma premiação para exaltar a presença e liderança das mulheres dentro deste segmento de tecnologia, reconhecimento que teve sua primeira entrega dedicada à Dra. Glodina Connan-Lostanlen. O interesse de Glodina na indústria broadcast começou na universidade de Rennes, na França, onde se formo em engenharia elétrica, cursou mestrado em micro-ondas e opto-eletrônicas e concluiu seu Ph.D. em processamento de sinal e telecomunicações. Sua primeira atuação foi atuando com processamento de sinal digital para o segmento de internet por satélite, até que em 2001 uniu-se à então Harris Broadcast. Sua primeira função foi como evangelista global para a revolução emergente do rádio e televisão digital. Sua liderança permitiu que a

Harris se tornasse uma das líderes neste tipo de solução e garantiu a ela uma rápida ascensão corporativa, levando-a da França para o Canadá em 2009. Como diretora de marketing de produtos, ela foi responsável por garantir um grande crescimento nas receitas da empresa. Quando a Harris Corporation se desfez de seu portfólio broadcast, Glodina passou nove meses suportando este processo. Com o surgimento da Imagine Communications, Glodina passou a focar sua atenção à nova geração de tecnologia baseada em IP, definida por software e suportada por nuvem. Hoje ela ocupa o cargo de Vice-Presidente Senior e Gerente Geral para as Américas para o negócio de Playout e Networking da Imagine Communications além de chefiar as atividades globais de marketing da companhia. A Panorama Audiovisual conversou com Glodina para entender um pouco mais de sua visão de tecnologia e saber quais os próximos passos para este processo de transformação da indústria.



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10 Perguntas

Panorama Audiovisual: Temos visto a Imagine Communications apostar em soluções baseadas em IP, Nuvem e Redes já há alguns anos e me parece que só agora as emissoras estão de fato embarcando nesta transformação. Você acha que acabaram apostando nestas tecnologias cedo demais? Glodina Lostanlen: Eu não acho que a aposta foi cedo demais, na verdade tivemos a visão antes de todo mundo, e era algo que tínhamos que ter. Trata-se de um processo natural se você quiser estar à frente da inovação. Para isso, é preciso fazer duas coisas: cuidar do próprio desenvolvimento e ajudar o mercado a amadurecer para que eles vejam sua solução como algo funcional. É importante também perceber que na realidade, nem todo mundo consegue se mover rumo ao futuro na mesma velocidade, e isso não é exatamente um problema. É por isso que nos focamos em continuar dando suporte aos produtos que já temos hoje e trabalhar com os clientes para criar uma estratégia de migração que ajude-os a realizar-se como negócio dentro do cronograma que já possuem.

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PAV: Podemos dizer então que houve um equilíbrio entre esta visão de futuro e manter o presente? Glodina: Este foi o grande entendimento que tivemos nos últimos anos, focando em finalizar a nova geração que desenvolvemos e que já tínhamos começado a trabalhar, ao mesmo tempo em que suportávamos os produtos mais populares e trabalhávamos com os clientes nestas estratégias de migração realmente práticas.

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PAV: Por ter tido esta visão mais cedo que os demais, você acha que hoje a Imagine Communications tem algum tipo de vantagem competitiva? Glodina: Sim, nós temos esta vantagem. Esqueça o ambiente de nuvem por um tempo. Nossa solução de playout é de fato um sistema baseado em software IP e não importa se você vai usar na nuvem, ou instalado in-loco, ou em um data center privado, ela funcionará muito bem. E nós começamos a trabalhar nela quatro anos atrás com uma arquitetura baseada em micro-serviços. Graças à isto temos uma flexibilidade que para o ambiente de hoje se faz necessário. então nos traz a flexibildiade que é necessária para agora. Então temos uma boa vantagem com relação à concorrência porque alguns fabricantes estão entendendo as vantagens da arquitetura baseada em micro-serviços só agora como uma plataforma que pode ser aplicada em qualquer ambiente, incluindo cloud.

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PAV: Mas e em termos de realidade, para além da visão da empresa? Glodina: Nós temos toda esta experiência, e não só isso, já implementamos estes produtos, a maioria deles não na nuvem, mas não precisa ser. Nos últimos meses lançamos mais de 100 canais em Versio, que é uma plataforma baseada em micro-serviços. Temos sim uma vantagem neste ponto mas não só. Vejo nossa interface de usuário como outro diferencial em nossas soluções.

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Tivemos a visão antes de todo mundo, e era algo que tínhamos que ter. Trata-se de um processo natural se você quiser estar à frente da inovação

Temos uma boa vantagem com relação à concorrência porque alguns fabricantes estão entendendo as vantagens da arquitetura baseada em micro-serviços só agora

Muitos de nossos usuários tradicionais pediam para que pudéssemos ter uma interface de usuário que fosse mais amigável, e nós trabalhamos nisso e investimos nisso. PAV: Tenho a impressão de quando vocês começaram a divulgar esta visão de vocês, quatro anos atrás, a maioria dos profissionais das emissoras não fazia ideia do que vocês estavam falando... Glodina: É verdade (risos). PAV: Você acha que já há mais conforto entre estes profissionais com relação à este universo TI? Glodina: Sim, e sabe por que? Por que nos últimos anos fizemos dezenas de provas de conceito fizemos ao redor do mundo. E fizemos isso para validar a tecnologia, ajudar os técnicos dos clientes a ficar confortáveis e a entender o tipo de desafios que eles tinham para aprender a solução, sobretudo sob o ponto de vista do TI. Fazê-los pensar em sua operação de uma forma diferente. A ideia era sobre modificar a forma como se fala de playout e forçar os clientes a pensar em seus fluxos de trabalho. Veja, hoje já não é necessário aquele monte de tape-decks no fluxo de trabalho uma vez que praticamente tudo é baseado em arquivos, ou seja, a forma de fazer mudou e com isso os requerimentos dos operadores também. Mas claro que tudo tem a ver com os nossos clientes olhando para as próprias operações e pensando o que podem fazer diferente. Então isso é o que temos olhado nos últimos quatro anos. Uma vez que você remove o medo do desconhecido, e cria oportunidades para as pessoas repensarem seu trabalho, você consegue ter todo mundo engajado e as equipes de TI e de Broadcast trabalhando juntas... para falar a verdade temos visto essa integração entre estas duas funções...

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PAV: Como os engenheiros de broadcast e as equipes de TI tornando-se as mesmas pessoas? Glodina: Sim, ainda não estamos lá, mas a próxima geração de profissionais deve estar. E tem o lado do negócios que olha para nós e pensa que faz mais sentido financeiramente o nosso tipo de solução, então estamos alinhando tudo que é preciso para termos sucesso.

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PAV: Uma das principais tendências do futuro para o segmento são as iniciativas de Hybridcast. Vimos as primeiras experiências disto com o ATSC 3.0 na Coreia e também com o novo Framework do ISDB-Tb no Brasil. Como vocês estão se preparando para esta transformação? Glodina: É exatamente sobre isso que estamos falando desde a NAB 2018.. Temos trabalhado reconhecendo que todos os broadcasters que quiserem continuar relevantes vão precisar trabalhar o lado digital ao mesmo tempo que trabalham o linear. E não se trata de somente planejar, é preciso executar esses planos de uma maneira financeiramente saudável. Então a possibilidade de manter a transmissão pelo ar e ter um ponto de entrega digital ao mesmo tempo é essencial, e nós queremos

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10 Perguntas

ter uma parte grande em dar isso aos broadcasters. Com nossa divisão de Ad-Tech, temos parte da empresa pensando unicamente em formas de como simplificar o gerenciamento das campanhas de uma vez por todas, claro que dependendo da plataforma. A ideia é ter uma solução integrada de gerenciamento de campanhas, ainda há trabalho para fazer, mas é para onde estamos indo. PAV: Então vocês tem um roadmap já pensado para atuar neste aspecto da tecnologia? Glodina: Sim, temos todo um portfólio sendo construído em volta desta nova geração, pensado de uma forma modular, já concebido em cima dos módulos que já temos; Então um a um vamos criar a nova geração de plataformas com novos módulos. Nosso negócio de Ad-Tech não é uma coisa fácil, que você simplesmente monta e está lá. É preciso prover um caminho de migração extremamente gradual para os clientes já existentes. E os clientes novos, mesmo que eles usem soluções de concorrentes, como estamos falando de um produto modular, podemos prover a parte da solução que precisam, como uma otimização de inventário, por exemplo, integrado em seu fluxo de trabalho atual. O que estamos tentando fazer é oferecer uma forma aberta e gradual de tomar os benefícios da nova geração.

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PAV: Vamos falar de rumores. Na NAB a Imagine dividu-se em duas áreas, com Playout e Ad-Tech, e muitos começaram a dizer que vocês manteriam a Ad-Tech e venderiam o restante. Isso vai acontecer? Glodina: Eu acho que o Tom (Cotney, CEO) deixou claro que não. Queremos parar os rumores, mas não podemos fazer nada para que isso aconteça. Mas sabe, no final das contas, são os resultados que vão falar por si. Nossos investidores, o Gore´s Group, acabaram de injetar muito dinheiro neste negócio, como Imagine

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A ideia era sobre modificar a forma como se fala de playout e forçar os clientes a pensar em seus fluxos de trabalho

Já faz três anos que este é um dos rumores mais comentados da indústria e olhe para nós, continuamos os mesmos, seguindo nosso caminho, com suporte de nossos investidores, e estamos aqui para ficar como uma companhia

Communications e isso porque eles acreditam em nossa estratégia de focar no negócio do Ad-Tech, reinvestir os lucros positivos na nova geração de tecnologia, focar no playout, porque temos uma vantagem competitiva, e preparar-se para o futuro lançando novos serviços. Sabemos que o que era o grosso das vendas tradicionalmente está caindo, não só para nós, mas para a indústria. Então estamos procurando formas de ajudar nossos clientes de forma diferente. E isso é uma questão estratégica. PAV: Você vê a aposta da Gore´s Group mais como uma cessão de credibilidade no negócio do que uma injeção de agregação de valor para venda então? Glodina: Fomos capazes de convencer nossos investidores que queremos tentar e eles foram super positivos. Claro que isso é uma questão de agora, não consigo saber sobre o futuro, mas este sempre vai ser o caso. Mas veja, já faz três anos que este é um dos rumores mais comentados da indústria e olhe para nós, continuamos os mesmos, seguindo nosso caminho, com suporte de nossos investidores, e estamos aqui para ficar como uma companhia. O motivo de termos nos dividido em duas divisões de negócios é para permitir que pudéssemos nos enxergar de forma diferente e ter todas as métricas financeiras bem definidas de forma a saber onde precisamos mexer nas coisas para deixá-las melhores PA

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Programe-se!

Agenda Acompanhe aqui o roteiro com as melhores sugestões de congressos, festivais, exposições, mostras, cursos, treinamentos e eventos do mercado audiovisual.

24 a 26 de Outubro CAPER

A CAPER SHOW é um evento reconhecido internacionalmente e convoca, a cada ano, mais de 6 mil diretores, profissionais, técnicos, docentes estudantes relacionados com a indústria audiovisual da Argentina e América Latina. Durante o evento se realizam apresentações técnicas, acadêmicas e os que participam como palestrantes são referência na indústria audiovisual. Local: Buenos Aires -AR www.caper.org.ar

06 a 11 de Abril NAB SHOW 2019

Feira e congresso promovidos pela Associação Norte Americana de Radiodifusores em Las Vegas. O NAB SHOW é considerado o maior evento do setor e é reconhecido pela capacidade de reunir os principais fabricantes e apontar as tendências dos setores audiovisual e broadcast. www.nabshow.com

27 a 29 de Junho de 2019 Church Tech Expo A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e trans-

missão. Em 2018, o evento reuniu 90 expositores, representando mais de 200 companhias, e mais de 7 mil visitantes. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo e iluminação em templos e igrejas. O Congresso Church Tech Expo 2018 teve 100 de programação e recebeu 80 palestrantes em 65 sessão. Os temas centrais são: Integrando Áudio, Vídeo e Luz; Acústica e Inteligibilidade; Sistemas de PA e Sonorização; Produção de Apresentações Musicais; Mixagem e gravação; Seleção e configuração de microfones; Produção HD Ao Vivo; Implantação e Vantagens do Live Stream; Integração com Switcher e Robótica; Projeção e Processamento de Vídeo; Integração com Mídias Sociais; Infraestruturas baseadas em IP; Digital Signage Aplicada; Projetos de sucesso; Automação de Processos e Eventos; Desafios da Iluminação. www.churchtechexpo.com.br

14 a 18 de Setembro IBC 2018 Considerado uma versão europeia da NAB Show, o IBC reúne em Amsterdam os líderes da indústria de radiodifusão, broadband e produção audiovisual. Mais de 1000 estandes apresentam um panorama completo do mercado. www.ibc.org


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XT-VIA is the latest addition to EVS’ iconic range of XT servers, delivering the fastest and most reliable live replays in the market. With up to six channels of UHD-4K and 12+ channels of Full HD 1080p or HD, all in flexible I/O combinations, you are given the choice to execute productions in any resolution from the same server. The next-generation server supports High Dynamic Range (HDR) for a richer, more vivid live coverage of the action. XT-VIA also uses SMPTE ST 2110 to power super motion replays in IP workflows and sets the foundations of EVS’ new VIA technology platform, enabling future capabilities for years to come.

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Controle Avançado. Projeto Simples. As atualizações de firmware do SkyPanel estão todas relacionadas com a versatilidade e controle, aproveitando o incrível poder do SkyPanel e colocando esse potencial nas mãos dos diretores de fotografia, gaffers, iluminadores e programadores. O firmware 4 do SkyPanel leva essa capacidade a novos patamares com recursos como: Controle de Cor Estendido, controle DMX do sistema de luz, efeitos de iluminação adicionais, Modo de Palco, novo Portal Web integrado do SkyPanel e muito mais.

Download do firmware 4 do SkyPanel: www.arri.com/skypanelfirmware4 SkyPanel® é uma marca registrada da Arnold & Richter Cine Technik GmbH & Co. Betriebs KG.

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