Panorama Hospitalar 25ª edição Março de 2015

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PANORAMA HOSPITALAR: NOVO PROJETO Gráfico e editorial

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Panorama hospitalar A revista + completa do setor da saúde

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25 ISSN 2359-0521

Ano 2 • No 25 • Março/2015

Presidente da ABIMO, Franco Pallamolla: “A saúde no Brasil precisa ser repensada”


FUNDAMENTOS PARA MELHORIA DA QUALIDADE E SEGURANÇA O Consórcio Brasileiro de Acreditação lança o seu mais novo produto o Fundamentals For Care que tem por objetivo possibilitar que instituições de saúde hospitalares e ambulatoriais conheçam e possam implantar um conjunto de Fundamentos e Critérios voltados a viabilizar a melhoria da qualidade e segurança da assistência prestada aos pacientes.

INFORMAÇÕES: Assessoria de Relações Institucionais - (21) 3299-8228 adm.ris@cbacred.org.br

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Panorama hospitalar A revista + completa do setor da saúde

Edição: Ano 2 • N° 25 • Março de 2015 Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Redação Editora e Coordenadora Editorial Carla Nogueira carla.nogueira@vpgroup.com.br Colaboradores Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Carlos Eduardo Costa carlos.costa@vpgroup.com.br Giovana Dalmas giovana.dalmas@vpgroup.com.br Web Design Robson Moulin robson.moulin@vpgroup.com.br Comercial Diretor Comercial Christian Visval christian.visval@vpgroup.com.br Gerentes de Contas Viviane Romão viviane.romão@vpgroup.com.br Ismael Pagani ismael.pagani@vpgroup.com.br Marketing Gerente de Marketing Tomás Oliveira tomas.oliveira@vpgroup.com.br Analista Thiago Guedes thiago.guedes@vpgroup.com.br Assistente Michelle Visval michelle.visval@vpgroup.com.br Sistemas Fernanda Perdigão fernanda.perdigao@vpgroup.com.br Wander Martins wander.martins@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online www.revistapanoramahospitalar.com.br Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: Duograf

Do DNA da Saúde à inovação da revista Panorama Hospitalar

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urante os meus 16 anos, quando fui uma das ganhadoras do concurso de redação sobre a Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos (SP) - minha cidade natal -, certamente, não estava ciente que naquele momento o DNA da minha trajetória profissional seria a área de saúde. Ainda nesta época, a única certeza: queria ser jornalista. A decisão ocorreu poracreditar que as palavras têm em si o dom transformador; ou seja, de renovar o velho; de provocar sentimentos, muitas vezes, escondidos dentro da nossa concha, como o choro e o riso. E, quando escritas, estas mesmas palavras eternizam laços, desfazem os nós e assumem a sua divindade para cada um. Trata-se de um espetáculo! Minha carreira foi construindo-se e desenhando-se. A primeira parte aconteceu ainda na terra que nasci. A segunda em Presidente Prudente, pois a vivência do jornalismo diário e impresso pautaram-me. Em 2006, o reencontro com a saúde se fez presente. Graças ao médico Roberto Lofti, então diretor de Comunicação da APM (Associação Paulista de Medicina).Com esta experiência, o reencontro com este setor dinâmico pontuou o meu entusiasmo. Na APM escrevi livros, prestei assessoria na área da saúde e estive na coordenação de comunicação da HOSPITALAR Feira + Fórum e da Reabilitação Feira + Fórum, áreas onde vivenciei o setor em seu dinamismo mais amplo. Fui uma célula do maior palco da saúde da América Latina, que movimenta a indústria mundial, reúne os players da saúde global, faz interlocução com todo o segmento, pois em cada uma de suas edições – HOSPITALAR e REABILITAÇÃO, a saúde é a protagonista para sua evolução. Graças à atuação de liderança da presidente de ambos os eventos, Dra. Waleska Santos, pude aprender, durante a nossa convivência, que o segredo de qualquer sucesso gira na roda do entusiasmo, da simplicidade, da empatia, da sabedoria e da dedicação ao trabalho. Com esta expertise adquirida, agregada ao início da VP Group com a concretização do meu bem maior: compartilhar o meu efeito motivador de cada dia – a saúde – surge a revista Panorama Hospitalar em minha vida. Este entusiasmo pela saúde foi sentido e percebido face à perspicaz da então editora da PH, Keila Marques, o CEO da VP Group, agência de comunicação responsável pela publicação e Victor Hugo Piiroja, que me convidaram para assumir o doce desafio de ser editora da publicação. Desafio aceito! Nesta edição, a revista Panorama Hospitalar reinventa-se e atualiza-se por meio de um novo projeto gráfico e editorial, aproximando-se mais do setor e imprimindo a inovação em todo o seu contexto. Queridos leitores, confiram a revista PH contemporânea! Boa leitura a todos e à equipe um início de uma ótima parceria!

Alameda Madeira, 53, Cj. 92 - 9º andar 06454-010 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br

Carla Nogueira Editora e Coordenadora Editorial Panorama Hospitalar | Março, 2015

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Sumário

índice

+ Eficiência 6

Gestão eficaz da logística hospitalar contribui na promoção do sistema de saúde

Tudo novo 8

Panorama Hospitalar apresenta projeto gráfico e editorial

Nova fase 9

Iside Falzetta assume Núcleo de Comunicação e Marketing da L+M

Coluna 10/11

As novidades do setor da saúde

Medicina 12

Beneficiência Portuguesa investe em Medicina Nuclear

Especial 14/15/16/17 Entrevista com o presidente da ABIMO, Franco Pallamolla

Novas Medidas 18/19

Ministério da Saúde e Anvisa: anunciam novo ajuste de preço de medicamentos

Ampliação 20

Gnatus Group lança portfólio para equipamentos médico-hospitalares

Tendências 22

Tecnologia brasileira produz prótese não convencional

Evolução 24

MV cresce 20% e se consolida no mercado de software de saúde no Brasil

Humanização 26

Incentivo ao parto normal é destaque na saúde suplementar

Diálogo 28

Secretários da Saúde discutem a integralidade do SUS

Assistência 29

HC elege 20 doenças raras como prioritárias em 2015

Em pauta 30

Anuário Brasileiro da Saúde discute a era da cooperação

E-health 32

Estudo aponta a importância da tecnologia na promoção da saúde

Novidade 34

Albert Einstein instala moderna solução para administrar dados de pacientes 4

Panorama Hospitalar | Março, 2015



+ Eficiência

Segurança

Gestão eficaz da logística

hospitalar contribui na promoção e qualidade do sistema de saúde

Executivo, especialista em logística hospitalar e presidente da UniHealth: Domingos Fonseca

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

Fotos: Divulgação

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boa gestão em hospitais e instituições de saúde preconiza a valorização profissional, a humanização no atendimento e a melhoria na qualidade dos serviços. Práticas que devem ser adotadas também nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Às vezes imperceptível, a logística hospitalar também contribui para que médicos e suas equipes multiprofissionais possam oferecer segurança na administração de medicamentos aos pacientes, um reflexo das práticas de humanização e da qualidade dos serviços. “Possibilitar que medicamentos e insumos estejam sempre à disposição do médico e do paciente é uma atribuição da logística hospitalar, que deve ter controle absoluto sobre todo o estoque, atividades e relatórios que envolvem essa dinâmica”, diz o empresário e especialista em logística hospitalar e presidente da UniHealth, Domingos Fonseca. “Não existe boa gestão se essa prática não for cotidiana, se não estivermos atentos ao abastecimento e reabastecimento dos medicamentos e insumos necessários”, completa. No ambiente hospitalar, e em serviços de saúde em geral, não existe recall. Qualquer erro pode ser fatal para o paciente – e em muitos casos também para a imagem da instituição. Há muitos anos, a margem de erro na administração de medicamentos em UTIs é a mesma, ou seja, de aproximadamente 3%. Em boa parte isso acontece até hoje pela manutenção de práticas de gestão idênticas há

Cadastro máster: permite a catalogação de 15 mil itens: garantia para não faltar medicamentos

mais de 14 anos. Práticas como a falta de informação no momento da prescrição, com erros que poderiam ser evitados caso fossem aplicadas soluções modernas, como a rastreabilidade de medicamentos. “Com o apoio de um cadastro máster, onde são catalogados mais de 15 mil itens, é possível garantir que nunca faltem medicamentos. Mas, se por algum motivo isso ocorrer, ainda assim o médico poderá consultar o cadastro, fazer o cruzamento de dados, optar por medicamentos similares e sem riscos para o paciente”, explica Domingos. Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), medicamentos e insumos hospitalares são os produtos mais onerosos de toda a cadeia hospitalar, podendo representar até 40% do total dos recursos. Para ter excelência na qualidade dos serviços de UTI, é preciso também que todo o sistema hospitalar e de saúde reduzam drasticamente gastos desnecessários. Para Domingos Fonseca, essa é uma das maiores contribuições da logística hospitalar. “Não se pode pensar apenas nos aspectos financeiros que, claro, são importantes, mas é possível ter uma boa gestão partindo, por exemplo, para atitudes como a utilização racional de medicamentos. E essa é uma das atividades fins da logística hospitalar”, conclui o executivo. Atuando no setor há cerca de 30 anos, a UniHealth é uma das referências na implementação de soluções em logística hospitalar, realizando a gestão de mais de 100 hospitais e unidades de saúde e, atendendo mais de 10 mil leitos hospitalares. “A organização movimenta 800 milhões de unidades e mais de 5 milhões de requisições por ano com mais de 500 colaboradores. Mantemos também um centro de pesquisa e inovação tecnológica”, finaliza.


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Tudo Novo

Novidades

Revista Panorama Hospitalar

chega ao mercado de saúde com novo projeto gráfico e editorial

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revista Panorama Hospitalar (PH), a partir desta edição, inaugura importante e renovada fase. A publicação, um dos braços de atuação da VP Group, agência de comunicação integrada com forte atuação no mercado nacional e internacional está mais estratégica e com foco em todo o setor da saúde. A inovação, segundo o CEO da VP Group Victor Hugo Piiroja marca o momento da organização em fortalecer a marca Panorama Hospitalar em toda a cadeia da saúde, bem como, reforçar o posicionamento da empresa como uma das mais importantes deste setor. “A VP Group tem em seu DNA a importância da inovação em sua teoria e prática. Renovar a Panorama Hospitalar marca este momento como um dos mais promissores para a empresa e também para todo o setor da saúde, que receberá um conteúdo mais ampliado e completo. Também com este novo projeto estamos consolidando uma interlocução mais direta com as lideranças, dirigentes e principais players da saúde”. Mudanças – O conteúdo editorial será voltado para todo o setor da saúde, o que proporcionará assuntos mais abrangentes e atualizados. “A saúde é pauta todos os dias. Vamos trazer matérias especiais e entrevistas com estes players que movimentam, lideram e permeiam este segmento. Também reportagens específicas de assuntos que estão em debates e que pedem uma reflexão mais ampla”, comenta a editora e coordenadora editorial, Carla Nogueira. Para o designer Flávio Bissolotti, que assina a nova logomarca e o projeto gráfico da Panorama Hospitalar, a revista está com “layout mais contemporâneo, utilizando das tendências de ícones, fontes e infográficos proporcionando uma leitura mais agradável para o público deste segmento”. E complementa, “é um setor exigente e atualizado. Fizemos um estudo criterioso para entender o perfil deste leitor para chegarmos a este resultado”. Panorama Hospitalar em eventos – Piiroja também adiantou que ações estratégicas como parcerias com entidades e presenças em grandes eventos de saúde serão mais presentes na agenda da Panorama Hospitalar. “Já iniciamos algumas alianças com importantes instituições e empresas, o que permitirá mais visibilidade para a Panorama Hospitalar. Também estaremos na HOSPITALAR Feira + Fórum, graças a uma parceria com a mostra, onde vamos potencializar esta nova fase da publicação”, concluiu o CEO.

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

CEO da VP Group, agência de comunicação responsável pela Panorama Hospitalar: “..Renovar a Panorama Hospitalar marca este momento como um dos mais promissores para a empresa e também para todo o setor da saúde, que receberá um conteúdo mais ampliado e completo”

Editora e coordenadora editorial da PH, Carla Nogueira, “Vamos trazer matérias especiais e entrevistas com estes players que movimentam, lideram e permeiam este segmento”

Designer Flávio Bissolotti da PH, “é um setor exigente e atualizado. Fizemos um estudo criterioso para entender o perfil deste leitor para chegarmos a este resultado”.

VP Group – É especializada em oferecer as melhores soluções em comunicação integrada e global aos seus clientes. A agência, através de seu Núcleo de Negócios, cria estratégias de marketing, desenvolve planos de comunicação para impulsionar o crescimento dos negócios de seus parceiros, fomenta a visibilidade da sua empresa na grande imprensa e mídia especializada e realiza eventos inéditos para toda a América Latina.


Nova Fase

Estratégia

Iside Falzetta

assume a direção do Núcleo de Comunicação, Marketing e Relações Institucionais da L+M

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íder na América Latina na gestão de espaços e tecnologias em saúde com expertise em arquitetura, montagem, manutenção e gestão de infraestrutura de hospitais, a L+M inaugura sua fase mais estratégica para todo o mercado. A executiva Iside Falzetta assume a diretoria do núcleo de Comunicação, Markerting e Relações Institucionais da organização. Falzetta será responsável por todo o desenvolvimento e implantação do planejamento estratégico de comunicação, relações públicas, relacionamento e ações específicas para todo o mercado latinoamericano que a L+M atua. A criação do Núcleo reforça a expansão da L+M em todo o mercado e do processo de fortalecimento da marca em toda a América Latina. “Esta nova estruturação vai permitir maior interlocução com toda a cadeia da saúde, o que possibilita abertura de novos canais para parcerias, atuação e possibilidades de negócios para a L+M. Também potencializará ações que a L+M vem desenvolvendo em outros estados brasileiros por exemplo”, ressalta Falzetta.

Fotos: Divulgação

Novos conceitos – Para executar as novas estratégias, Falzetta adianta que a L+M está redesenhando todo seu projeto de comunicação: promocional, institucional e in-

Hospital Contemporâneo: recebe mais de duas mil visitas/ dias durante a HOSPITALAR

Iside Falzetta: “Esta nova estrutura vai permitir maior interlocução com toda a cadeia da saúde”

terna. “É essencial implementar novos conceitos em todos os processos de comunicação da L+M para que o mercado, o setor e até os nossos colaboradores entendam a nova fase que a organização chegou e quais os objetivos que queremos alcançar”, pontua a diretora. Mais presença – Marcar presença em importantes eventos do setor da saúde também é uma das frentes de atuação do Núcleo de Comunicação da L+M. No primeiro semestre, segundo Falzetta, a empresa tem uma agenda completa e bem definida de quais os congressos, encontros, simpósios e feiras a empresa participará como: Encontro Nacional Unimed de Recursos e Serviços Próprios e XXI Sueco – Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantis .“Estas ações imprimem cada vez mais a força institucional e promocional da L+M”, diz Falzetta. Na HOSPITALAR - Um dos pontos altos da L+M é a participação durante a HOSPITALAR 2015, nos dias 19 a 22 de maio, no Expo Center Norte. Este ano, a empresa estará com o tradicional Hospital Contemporâneo (HC), um dos espaços mais visitados da mostra, com o tema, “Hospitais, metrópoles da saúde: planejamento, gestão e mobilidade a serviço do cidadão”. Além do HC, a L+M estará na programação do Fórum Hospitalar com a Manhã de Tecnologia e o II Congresso de Design e Operação com o tema integrado do Hospital Contemporâneo. “Os participantes poderão ver no Hospital Contemporâneo o que nos eventos – Manhã de Tecnologia e Congresso de Design e Operação foram discutidos durante a programação oferecendo o conhecimento e atualização profissional de forma mais ampla”, conclui Falzetta. Panorama Hospitalar | Março, 2015

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Coluna

O setor

Fotos: Divulgação

Hospital Bandeirantes recebe Certificação Internacional

Anahp tem nova equipe de relacionamento com parceiros

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Hospital Bandeirantes recebeu a Certificação Internacional QMentum, metodologia de excelência que envolve toda a instituição na padronização de melhores práticas. O evento contou com a presença cônsul geral do Canadá, Stéphane Larue. “É gratificante nosso hospital ser reconhecido por essa certificação, uma vez que estamos sempre em busca de melhores resultados, buscando a igualdade com as melhores instituições de saúde internacionais”, declara Dr. Mário Lúcio Baptista, diretor clínico do Hospital Bandeirantes.

Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados amplia a sua carteira de produtos e serviços destinados às empresas parceiras e passa a contar com uma equipe de relacionamento dedicada exclusivamente ao Programa Parceiros Anahp. Liderada por Jadson Costa, que possui mais de 20 anos de experiência no segmento da saúde, com passagens pelo Dasa, Centro de Hematologia de São Paulo e Diagnóstika, a equipe de relacionamento da Anahp conta com o reforço de Camila Magalhães, que há dez anos atua nas áreas de marketing e estratégia na indústria farmacêutica, passando por empresas como Gambro,

Biolab e União Química. Para completar o time, Bruna Strifezzi, com oito anos de experiência na área comercial em saúde, passa a dar suporte aos parceiros da entidade. Para o diretor Executivo da Anahp, Carlos Figueiredo, o que a Anahp proporciona aos seus parceiros vai muito além das iniciativas praticadas no mercado. “Procuramos oferecer informações qualificadas e que sejam interessantes para os nossos parceiros. Entendemos que a proximidade da indústria com os prestadores de serviços de saúde é fundamental para o entendimento das reais necessidades do setor”, explica.

Nova diretoria do Conselho de Administração da ABIMED tem executivos da GE Healthcare e Stryker do Brasil

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ABIMED - Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde concluiu o processo eleitoral para escolha de dois novos diretores para o Conselho de Administração da entidade: Luiz Verzegnassi, gerente Brasil da GE Healthcare, e Sandro Dian, diretor geral da Stryker do Brasil. Eles integram o Conselho ao lado do presidente Fabrício Campolina, da Johnson & Johnson; Daniel Mazon, da Philips; Pedro Stern, da Sonova e Kurt Kaninski, da St. Jude. Na GE Healthcare desde 2009, Luiz Verzegnassi foi gerente geral de serviços para a América Latina e vp de serviços globais de cirurgia antes de assumir a gerência Brasil. Sandro Dian está na Stryker há 10 anos, tendo atuado como diretor comercial da companhia. As mudanças na ABIMED incluem ainda a contratação de Aurimar Pinto para assumir a recém-criada diretoria executiva de relações institucionais.

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Panorama Hospitalar | Março, 2015


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Panorama Hospitalar conhece o estilo inovador da TETO

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CEO da VP Group/Panorama Hospitalar, Victor Hugo Piiroja e a editora e coordenadora editorial da publicação, Carla Nogueira conheceram uma das empresas que vem despontando e criando inovações em mobiliários para hospitais, clínicas e demais ambientes de saúde. A TETO, organização 100% brasileira conquistou o mercado por imprimir criatividade, mobilidade e desenvolver projetos altamente eficazes em atender a instituição e o paciente. Em seu portfólio, a TETO assinou projetos no Hospital Albert Einstein, Municipal Mogi das Cruzes, São Camilo (Unidades Pompéia, Santana e Ipiranga), São Luiz (unidades Itaim, Morumbi e Tatuapé), e para laboratórios como Delboni, Fleury e Dr. Consulta. “A TETO está cada vez mais se especializando neste setor. A saúde é um mercado em que o design está se profissionalizando cada vez mais”, disse o diretor e sócio da empresa, Sérgio Fix.

Cresce 2,5% contratação de planos de saúde médico-hospitalares em 2014, indica IESS

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mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares encerrou 2014 com crescimento de 2,5% em relação a 2013, ao registrar 50,84 milhões de beneficiários. Um acréscimo de 1,26 milhão de vínculos em 12 meses. Em dezembro de 2014, o crescimento foi de 0,9% em

comparação a setembro de 2014. Os dados são do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e constarão do boletim Saúde Suplementar em Números. O IESS identificou que a expansão do total de beneficiários foi impulsionada pelos planos coletivos empresariais, que

registraram crescimento de 3,3% em 12 meses, ao atingir 33,70 milhões de vínculos ao término de 2014. O que equivale a um acréscimo de 1,07 milhão de beneficiários. Em dezembro de 2014, em relação a dezembro de 2013, as contratações subiram 1,1%. Panorama Hospitalar | Março, 2015

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Medicina

Futuro

Beneficiência Portuguesa investe R$ 4 milhões em medicina nuclear

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Fotos: Divulgação

medicina nuclear tem ganhado cada vez mais a confiança e respeito dos médicos brasileiros. O que comprova isso são 392.264 procedimentos ambulatoriais de medicina nuclear feitos pelo SUS em apenas um ano (2012). O método, que consiste em utilizar a radiação em pequena porção para a realização de exames e tratamentos, é apontado por especialistas como o futuro da medicina. Para Fabiana Gimenes, coordenadora da medicina nuclear da Beneficência Portuguesa de São Paulo, isso se deve a eficácia do procedimento, aliada aos benefícios que oferece ao paciente. “Hoje, a quantidade de radiação que um individuo recebe em um exame nuclear é menor que a radiação recebida em um Raio-X, por exemplo”, diz a especialista. Acreditando nesse método, que se destaca por apresentar diagnósticos mais rápidos e assertivos de doenças que crescem a cada dia, como câncer, doenças cardiovasculares, endócrinas, entre outras, a Beneficência Portuguesa de São Paulo investiu R$ 4 milhões para formar uma das mais completas áreas de medicina nuclear do Brasil. Atualmente, é composta por uma equipe multidisciplinar

SUS realiza 392.264 procedimentos ambulatoriais de medicina nuclear Nova área conceitua instituição como uma das mais completas do Brasil

Equipe é multidisciplinar formada por médicos nucleares, radiologistas, físicos médicos, biólogos, biomédicos e farmacêutico

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de médicos nucleares, radiologistas, físicos médicos, biólogos, biomédicos e farmacêuticos. Além disso, o setor oferece também tecnologia de ponta para seus pacientes. “Somos pioneiros na aquisição da mais moderna tecnologia da área, o PET CT com Gálio 68”, conta Fabiana. A especialista explica também que esse exame é a evolução do tradicional PET CT, que diferencia lesões benignas das malignas, determina a fase de desenvolvimento do tumor e ainda monitora o resultado dos tratamentos aplicados. O cirurgião geral da Beneficência Portuguesa de São Paulo, André David, também acredita na importância da medicina nuclear, pois aumenta a possibilidade de terapias seguindo a premissa do mínimo efeito colateral. “Os novos métodos são mais precisos. Em caso de tratamentos de radioterapia, por exemplo, as ondas de radiação afetam apenas o tumor”. E finaliza, “A medicina nuclear vai ao encontro da nova medicina, que é celular e molecular e não apenas superficial e anatômica”.



Especial

Franco Pallamolla

Presidente da ABIMO, Franco Pallamolla: “comparando com toda a economia do País, a saúde é a mais promissora” Por Carla Nogueira

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xecutivo e líder no setor da saúde, Franco Pallamolla é presidente da Lifemed, empresa nacional com mais de 30 anos de atividade na área de produção de equipamentos e insumos destinados ao setor médico-hospitalar. Desde 2007, sua vivência e expertise como gestor de negócios na saúde são aplicadas no cotidiano institucional da ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório-, uma das mais importantes entidades que fomenta e fortalece a indústria da saúde brasileira no mercado global. Frente à entidade, Pallamolla junto a sua diretoria executiva e a superintendência de Paulo Fraccaro criam estratégicas e políticas para o desenvolvimento da indústria. Através deste trabalho, a princípio direto com seus associados, hoje a ABIMO é reconhecida no setor como plataforma essencial para o crescimento, interlocução e atuação de todo este mercado. Prestes a comemorar em março mais um mandato na ABIMO, Pallamolla, que pontou sua gestão num perfil mais “comunicativo” com toda a cadeia produtiva da saúde, conversa abertamente com a revista Panorama Hospitalar sobre a atuação e os principais desafios da entidade; dos gargalos e embates do setor; do cenário econômico do País e as perspectivas para o segmento, com reflexos nos resultados de 2014, que mesmo na contramão das expectativas de desempenho dos demais setores, a saúde ainda apresenta um cenário promissor e positivo.

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

PH – A indústria da saúde brasileira em 2014, teve uma participação no PIB setorial cerca de 10% e seu faturamento com aumento de 7%. O setor permanece neste movimento em 2015, mesmo com as incertezas econômicas e digamos até política do País? Pallamolla: “A saúde tem seu desenvolvimento natural. As pessoas não conseguem administrar suas necessidades hospitalares. Mesmo com um ano extremamente difícil para o Brasil em todas as esferas, a expectativa é que o nosso setor tenha um crescimento no PIB setorial superior a 4,6%. Ou seja, comparando toda a economia do País, a saúde é a mais atraente, promissora, apresentando grande potencial de desenvolvimento em 2015. Por outro lado, a indústria deve ficar atenta pois terá problemas na parte dos recebimentos, o que exigirá uma administração que chamamos de “rédeas curtas e vendas sadias”. O Programa Mais Médicos, - que aqui não quero analisá-lo politicamente-, está trazendo para uma zona de consumo de cerca de 30 milhões de brasileiros que começam a utilizar o tratamento básico dos hospitais. Se o governo não iniciar um planejamento estratégico neste sentido, logo teremos mais aumento nas filas dos hospitais, as instituições de saúde ficarão totalmente sem estrutura para cumprir: o atendimento da grande demanda e os pagamentos aos fornecedores por conta do orçamento vindo do governo. O ano vai exigir uma gestão de rédeas curtas e vendas sadias”


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Foto: Divulgação

A saúde apresenta grande potencial de desenvolvimento em 2015


Especial

Franco Pallamolla

PH – Mas o senhor acredita que o governo possa desenvolver algo estratégico para solucionar este “gargalo”? Pallamolla: “O governo tem sempre a saúde como estratégia política. Quando começar a respingar estes problemas, certamente terá um plano de ação a curto prazo. Lógico, não se resolve os problemas da saúde de forma simples. Não temos resposta para todos os cenários. Mas esta questão, certamente terá um posicionamento”. PH – A lei sancionada 13043/2014, que prevê a isenção de PIS e COFINS para o setor de equipamentos para a saúde, quando regulamentada, será um estímulo para a indústria brasileira, o senhor tem uma prospecção desta evolução? Pallamolla: “Primeiro temos que celebrar e muito esta conquista do setor produtivo brasileiro e agora a expectativa é que a lei seja regulamentada. É a ponta de esperança para a indústria que no contexto econômico prevemos um crescimento de 6,5%. Este percentual dentro de uma crise econômica é significativo. Após a lei regulamentada começaremos a batalha para a redução do IPI e ICMS que o importado tem. É importante entendermos o “time” da lei, sua aplicação na indústria e seus reflexos no mercado, o que deverá ocorrer mesmo no segundo semestre de 2016.

Fotos: Divulgação

O ano vai exigir uma gestão de rédeas curtas e vendas sadias

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

A busca pela isonomia tributária era um antigo pleito da ABIMO. Foram meses e meses de reuniões, encontros, compromissos em agências governamentais, na Câmara e Senado em busca de apoio de parlamentares. A ABIMO esteve com grandes nomes da política brasileira, mostrando a difícil realidade vivida pelas indústrias de equipamentos instaladas no País, a exemplo do absurdo fato de terem sua competitividade comprometida ao serem tarifadas de forma diferente dos produtos importados em casos de compras feitas por hospitais públicos e filantrópicos”. PH – O setor hospitalar brasileiro ganhou um incentivo para atrair investimentos através da medida provisória 656/14, o que permitirá a participação direta ou indireta do capital estrangeiro para hospitais, clínica geral e especializada, laboratórios, serviços de atendimento a empresas e atendimento filantrópico. Para a assistência pública na saúde será positivo? Pallamolla: “É positivo para os todos os lados. O setor ganha investimento e para a população, certamente o reflexo e impacto das experiências desta gestão mais moderna e organizada. Este modelo “estrangeiro” mais profissionalizado vai impactar na redução de custo; aumento de atendimento e qualidade na assistência básica da saúde da população. Não é um projeto para curto prazo. A MP ainda tem tópicos que não está muito definido. Este ano será de muito diálogo e entendimento”. PH – A maior prevalência das doenças crônicas, o aumento da complexidade das doenças com tratamentos mais longos e a longevidade são as novas demandas do mercado de saúde. Na sua opinião, a indústria brasileira está preparada para estes “novos modelos de negócios”? Pallamolla: “Precisamos pensar a saúde como todo Percebemos algumas iniciativas do governo de prevenção e promoção da saúde como o projeto Brasil Sorridente; no mercado de ortopedia devido aos números de acidentes e a fabricação de novas drogas para o tratamento do câncer. Este trabalho preventivo é fundamental principalmente para não criarmos uma “crise na saúde” devido a estas novas demandas. A indústria segue este movimento. O que é necessário é o governo se organizar para o futuro. Ter estratégias, campanhas preventivas e ações para evitarmos mais problemas principalmente na assistência pública de saúde”. PH – E por falar em SUS, a implementação das UPAS (Unidade de Pronto Atendimento) e AMES (Assistência Médica Especializada) não são modelos eficazes para “desinchar” as filas de atendimento dos hospitais e desta forma, otimizar o sistema? Pallamolla: “Evidente que sim e indo mais longe, acredito que até o modelo de hospital dia poderia ser implementado junto às UPAS e AMES em todo o Brasil para descentralizar os principais hospitais de determinada região. Com esta expansão, o governo teria condições exatas de gerenciar de forma mais competente os recursos e pessoas do SUS. E por outro lado, repensar a remuneração dos procedimentos como Neurologia, Ortopedia e Cardiologia”. PH – O SUS, sabemos que é o melhor modelo universal de saúde pública na teoria. O que falta para ser na prática?


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INDÚSTRIA BRASILEIRA DA SAÚDE 62,8 mil empregos

7º maior mercado de produtos para a saúde do mundo

Exporta para mais de 180 países

R$ 6 MILHÕES/faturamento anual

US$ 779,6 milhões: exportações

US$ 4,78 bilhões: importações

11,5%: crescimento em 2014

Fonte: ABIMO

O grande problema da saúde pública brasileira é a gestão. Está tudo errado Pallamolla: “O grande problema da saúde pública brasileira é a gestão. Está tudo errado. Um exemplo: Os recursos vão para os hospitais e os mesmos não são convergidos para tais atividades, entre outros processos. A saúde deveria passar por uma nova constituinte, ser repensada. Criar tudo e repensar porque só aí vamos perceber o que gastamos em saúde pública é muito pouco”

Presidente da ABIMO, Franco Pallamolla e o Superintendente da instituição, Paulo Fraccaro

PH – Não é redundante afirmar que o SUS necessita de um novo modelo de gestão? A indústria neste cenário tem algum estímulo? Pallamolla:“É uma redundância, mas é uma realidade. A indústria tem o estímulo com o setor que está em evolução. Antes não tínhamos mecanismos para ajudar neste impasse, atualmente o Brasil tem mais articulações através das entidades setoriais, abertura de novos mercados, por exemplo. Estes fatores fomentam e fortalecem a indústria”. PH – A palavra de ordem na saúde é inovação. Como a indústria brasileira pode aplicá-la? Pallamolla: “(Risos)....Temos que pensar que a inovação passa por três pilares: governo, indústria e academia. Diria que anos atrás, cada pilar estava em um espaço diferente, hoje existe ao menos, uma comunicação, mas falta muito, principalmente um diálogo entre os três pilares de maneira uniforme de que todos os pares atuam em prol do projeto/ produto. O Brasil ainda está aprendendo com a inovação”. PH – A ABIMO em toda sua história vem se destacando como interlocutora de grandes ações para o desenvolvimento da indústria da saúde. De uns tempos pra cá, percebe-se este movimento de outras entidades setoriais, o que é extremamente positivo para o setor. Seria um novo modelo de atuação das entidades? Pallamolla: “A ABIMO em cada gestão reforça o diálogo da indústria com toda a cadeia produtiva da saúde, mas principalmente, com as lideranças políticas onde nossa atuação é deixar claro sua importância em todo o contexto econômico e no complexo industrial do País. Podemos dizer que a saúde até uns 3, 4 anos não fazia parte das grandes discussões em plenárias governamentais. Hoje temos esta interlocução. Um dos exemplos foi a PPP- Parceria Público/Privada, onde o governo teve na pressão que transferir a tecnologia do sistema privado para o público, resultando no amadurecimento do sistema. As entidades setoriais hoje estão par a passo em grandes movimentos e colaborando para as causas de suas categorias. Não seria exatamente um novo modelo de atuação das entidades, mas sim, as instituições ganhando cada vez mais sua importância política e estratégica para o bem comum, crescimento e desenvolvimento do País. É uma grande conquista para todos nós”. Panorama Hospitalar | Março, 2015

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Medida

Indústria farmacêutica

Ministério da Saúde e Anvisa

anunciam novo cálculo para ajuste de preço dos medicamentos

O

cálculo feito para reajustar os preços de medicamento em todo o País passará por mudanças. O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram a definição de novos critérios para melhor adequar o índice à realidade do mercado farmacêutico, favorecendo a concorrência. A expectativa é que o percentual médio de reajuste fique abaixo da inflação, que o índice seja menor em relação ao que seria calculado com a regra anterior e que mais medicamentos tenham o menor reajuste de preço. Além disso, cada um dos fatores terá uma data fixa para ser divulgado, dando maior transparência ao processo, segurança e previsibilidade ao setor. Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a nova metodologia, ao reduzir o percentual de ajuste do preço, trará um impacto expressivo nos gastos com medicamentos no país. “A expectativa é ter uma redução na ordem de R$ 100 milhões, em um ano, para o mercado geral de medicamentos do País, para as famílias, governos e prestadores de serviços que compram medicamento”, afirma. Entre os avanços da medida está o maior acompanhamento deste setor. “Como é um mercado muito dinâmico, a nova regulação permite fazer um monitoramento melhor. A partir de agora, a atualização de dados por parte da indústria será semestral, o que vai facilitar o monitoramento de mudanças e tendências no mercado”, destacou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. O percentual de reajuste será divulgado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos no dia 31 de março, após a publicação oficial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como prevê a regra. As mudanças incluíram sugestões da consulta públi-

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

ca realizada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) em 2014, com a participação de entidades que representam mais de 150 indústrias farmacêuticas, e cuja resolução será publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (2). São considerados para o cálculo de ajuste anual, a inflação do período (de março de 2014 até fevereiro de 2015), produtividade da indústria, variação de custos dos insumos e concorrência dentro do próprio setor. Impacto - Um dos principais impactos da mudança é a redução do rol de medicamentos sujeitos ao maior reajuste de preço, diminuindo o peso no bolso do consumidor. Do total, 21,57% dos medicamentos regulados terão o maior reajuste. Esse grupo, composto por medicamentos de maior concorrência e que, por isso, tendem a manutenção de preços mais baixos, representa 21,57% dos medicamentos regulados e também os de menor preço e custo tecnológico. A maioria dos medicamentos (51,73%) vai aplicar o menor índice de reajuste. São produtos de maior custo, de baixa concorrência e alta tecnologia, que compõem grupo classificado como mercado altamente concentrado. Os de mercados moderadamente concentrados respondem por

Metodologia torna o reajuste anual mais preciso à realidade do mercado, dando transparência ao processo e previsibilidade ao setor


ph

Foto: Divulgação

Chioro: “A expectativa é ter uma redução na ordem de R$ 100 milhões, em um ano, para o mercado geral de medicamentos do País, para as famílias, governos e prestadores de serviços que compram medicamento”

26,70% do total. Os três níveis de reajuste de preço são definidos conforme a concorrência dos grupos de mercados, classificados como não concentrados, moderadamente concentrados e altamente concentrados. A ampliação do grupo autorizado a fazer o menor reajuste de preço ocorre porque o novo cálculo adotará modelo internacional para a medição do poder de mercado individual de empresas ou grupos econômicos, o Índice Herfindahl-Hirschman (IHH). A partir de agora, também será considerado o mercado como um todo, não somente o varejista, tanto que pela primeira vez serão incluídas as vendas hospitalares e compras públicas. As novas medidas dão maior transparência ao processo, com a publicação da resolução, e previsibilidade ao setor. Cada um dos fatores que compõem a fórmula, como produtividade (x), os ajustes de preços relativos entre setores (y) e intrassetor (Z), terá uma data para serem publicados pela CMED. O fator X deve ser divulgado em setembro, o Y 30 dias antes do ajuste e o Z até 60 dias após as empresas entregarem seus relatórios de comercialização com informações sobre faturamento e quantidade de produtos vendidos.

Mercado – Juntamente com as mudanças nos critérios de ajuste de preços da CMED, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresenta também novidades relacionadas ao Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (Sammed), que passam a vigorar para o setor farmacêutico a partir de setembro de 2015. Agora, as informações que compõem esse banco de dados deverão ser enviadas pelas empresas semestralmente ao invés de uma vez ao ano, permitindo melhor acompanhamento do mercado farmacêutico. Outra novidade é que a Sammed trará informações de comercialização das empresas produtoras de medicamentos por tipo de comprador. Será possível identificar se o comprador do medicamento é o governo, distribuidor, estabelecimento privado ou público de saúde, rede de farmácias e drogarias privadas ou pessoa física. Essa medida também vai permitir estimar melhor os preços adotados no mercado privado e público, dando mais precisão na elaboração de políticas públicas para o setor farmacêutico. Será possível, por exemplo, mensurar o impacto e acompanhar com mais rapidez as tendências e o comportamento do mercado farmacêutico e os efeitos da nova medida. A CMED é um órgão interministerial que têm entre as suas principais atribuições regular o mercado de medicamentos, destaca-se o de fixar o índice de ajuste do preço de fábrica anualmente, com base em critérios técnicos definidos na Lei Federal 10.742 de 2003.


Ampliação

Novos negócios

Gnatus Group

lança portfólio dedicado a equipamentos médico-hospitalares

I

Nova linha médico hospitalar – Alta tecnologia define os equipamentos da linha médico-hospitalar da Gnatus. Disponível no mercado desde dezembro de 2014, a empresa conta com soluções de ultrassom marca FIGLABS (portáteis e fixos) atendendo aplicações para ginecologia, cardiologia, vascular, urologia, entre outras especialidades. Também lançou as macas elétricas que garantem qualidade e conforto, adequadas à acessibilidade de pacientes e ergonomia de profissionais. “Contamos também com uma linha completa de biossegurança com autoclaves, destiladoras, seladoras de embalagens cirúrgicas e lavadoras ultrassônicas. Estes produtos já são consagrados na área odontológica, agora disponíveis no mercado médico- hospitalar”, ressalta Roca. A Gnatus imprime sua confiabilidade nos novos produtos, além já sua expertise no setor da saúde mas também na qualidade do pós venda e assistência técnica. Segundo Roca, a

Ultrassom portátil e fixos: atende aplicações de várias especialidades

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

Diretor de Novos Mercados da Gnatus, Fernando Roca

Fotos: Divulgação

naugurando uma nova fase de expansão e inovação, a Gnatus Group, organização genuinamente brasileira e referência como uma das maiores fabricantes de equipamentos odontológicos do mundo, anuncia sua ampliação no setor da saúde. A empresa formaliza seu portfólio dedicado aos equipamentos médico-hospitalares. A novidade, segundo o diretor de Novos Mercados da Gnatus, Fernando Roca, “reforça o potencial do mercado brasileiro de saúde aonde as esferas – empresários e governos estão no mesmo diálogo para ampliar a atuação da indústria da saúde”. E complementa, “os estudos de mercado apontaram um cenário favorável para todo o setor com forte crescimento para o País nos próximos anos, o que colocará entre um dos maiores mercados do mundo”. Outro ponto para Roca positivo para a indústria brasileira da saúde é a lei que entre outros benefícios, prevê a isenção de PIS e COFINS para o setor de equipamentos para a saúde, “a indústria está motivada e fica claro o compromisso do governo em investir no setor da saúde mais lógico que valorizar a indústria local, que hoje, detém tecnologia de referência mundial à disposição do mercado brasileiro”.

marca possui mais de 240 pontos de assistência técnica credenciadas pelo Grupo em todo o Brasil, “nossa meta é implementar o maior número possível destes pontos à disposição da classe médica hospitalar de todo o País”. Para fortalecer a ampliação da atuação da Gnatus, a empresa está investindo em ações específicas e estratégicas de marketing, “estamos com participações especiais em diversas feiras e congressos no Brasil e no exterior para fortalecer este momento especial da Gnatus e apresentar ao mercado as novas opções que oferecemos com qualidade, durabilidade e excelência”, diz Roca.

Macas elétricas: adequadas à acessibilidade de pacientes e ergonomia de profissionais



Têndencias

Inovação

Tecnologia brasileira

na produção de próteses não convencionais é pioneira no País

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

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lém da aplicação de uma quimioterapia correta, que aumenta a sobrevida de pacientes com câncer ósseo de 20% para 70%%, as próteses não convencionais de titânio para joelho, quadril e ombro, fabricadas pela Baumer, empresa brasileira, vem melhorando a qualidade de vida dos pacientes com tumores ósseos, pois evitam a amputação, reduzindo-as a 25% dos casos, por serem mais leves e com menos propensão à rejeições. “A Baumer tem em seu DNA a inovação, realizando parcerias nacionais e internacionais, o que permite apresentar produtos que impactam na melhoria da população”, complementa o CEO da Baumer, Ruy Baumer. Esse tipo de evolução das próteses aconteceu graças a estudos realizados pelo Dr. Reynaldo Jesus-Garcia, chefe do Setor de Tumores Musculoesqueléticos da Escola Paulista de Medicina (EPM), que foi para Houston na metade da década de 1980 com o intuito de aprender a fazer cirurgias com as próteses que vinham sendo desenvolvidas no mercado americano. Nessa época, os tumores de osso (sarcomas) eram tratados apenas com amputação, além de permitirem um

CEO da Baumer, Ruy Baumer, “a empresa tem parcerias nacionais e internacionais”


ph

Produto nasceu graças a estudos realizados na metade da década de 1980

índice de sobrevida baixo dos pacientes, que chegava a apenas 20%, já que a quimioterapia era muito intensa as próteses produzidas na época para o ramo ortopédico eram superficiais. Após dois anos de estudo, Garcia retornou ao Brasil e procurou a Baumer para a produção de próteses nacionais. “O que fizemos foi desenvolver as próteses metálicas, substituindo as de polietileno ou acrílico, que não tinham estrutura, resistência. Apenas preenchiam o espaço”, esclarece. “Nós colocamos o conhecimento ortopédico da metalurgia da época em uma prótese que funcionasse”, explica. Com isso, a Baumer foi a primeira do Brasil a desenvolver esse tipo de aparelho para cirurgias oncológicas ligadas à ortopedia. Outro tipo de prótese desenvolvida pelo Dr. Reynaldo, em parceria com os engenheiros da Baumer, foi a prótese expansível. Sistema de rosqueamento utilizado em sua fabricação permitem que ela “cresça”. Assim, ela pode ser aplicada em crianças e adolescentes sem precisar fazer qualquer tipo de substituição. As endopróteses especiais também foram outra criação

Próteses da Baumer: melhoria na qualidade de vida dos pacientes com tumores ósseos

da empresa brasileira. Esse tipo de prótese encaixa-se no quesito das “não convencionais” e são fabricadas em titânio, com a finalidade de reconstruir membros superiores. Hoje elas já se encontram na terceira geração e são desenhadas em programas de computador, sob demanda; O titânio para este tipo de próteses é usado quase que exclusivamente no Brasil, já que a grande maioria das empresas do exterior utiliza o aço inox, pelo custo, ou o Cromo Cobalto, muito mais pesado, pelo processo mais rápido, como produto de manufatura. Para o desenvolvimento correto de seus produtos, os responsáveis pelo procedimento da Baumer reúnem-se periodicamente com ortopedistas para discutirem as demandas para melhoria e inovação visando a qualdiade de vida do paciente. Após o desenvolvimento, é preciso de uma autorização para que ela possa ser comercializada. Porém, o processo da demanda até a prótese feita demora até 3 anos no Brasil, pois precisam ser legalizadas e oficializadas pela Anvisa. Vários modelos inovadores estão disponíveis somente no exterior, explica Dr. Reynaldo. Panorama Hospitalar | Março, 2015

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Evolução

Índice positivo

MV cresce 20%

e se consolida como principal player de software de saúde no Brasil

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Fotos: Divulgação

V, terceira maior empresa de software do Brasil, fechou 2014 com resultados positivos. Como consequência de estratégias bem definidas, o balanço anual registrou R$ 161 milhões em receita líquida, o que representa crescimento de 20% e margem Ebitda de 27% em um período que para muitos empreendedores foi de pouco investimento e baixo desenvolvimento devido às incertezas econômicas do País. Representando para a empresa um ano de inovação e expansão, 2014 contou, por exemplo, com fortes investimentos em P&D e isso levou a MV a se antecipar às tendências do mercado e, mais uma vez, reforçar sua postura pioneira. Trazendo um novo cenário em cuidados de saúde e bem-estar para pacientes, médicos e hospitais, o Global Health – plataforma em cloud lançada durante a Hospitalar 2014– promove uma gestão de saúde mais inteligente. Através de soluções web e aplicativos mobile, a plataforma armazena dados e informações como prontuários, prescrições médicas, exames e histórico familiar; permite realização de buscas por médicos de acordo com especialidades; possibilita o agendamento de consultas; e envia avisos por e-mail e SMS. Além disso, com o Minha Agenda, solução disponível no Global Health, médicos conseguem visualizar agenda, registrar chegada ou ausência de paciente e ter maior controle dos atendimentos diários. Em 2014, a MV conquistou mais de 70 novos clientes, entre hospitais, unidades de pronto atendimento, secretarias de saúde e operadoras de planos de saúde, como o Hospital Santa Izabel (BA), a Santa Casa de São Carlos (SP), a Prefeitura Municipal de Itu (SP) e a Secretaria de Saúde do Piauí. A empresa também ampliou sua atuação no mercado externo. O Centro de Medicina Avançada e Diagnóstico e Conferências e Telemedicina (CEDIMAT), localizado na República Dominicana e considerado de altíssima especialidade, adquiriu o sistema de gestão hospitalar

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

Presidente da MV, Paulo Magnus, “os desafios passam por manter um crescimento de 20% com a continuidade dos investimentos em inovações...”

MV: mais de 70 clientes em todo o setor da saúde

Organização fechou 2014 com R$ 161 milhões em receita líquida SOUL MV para garantir a conquista da certificação Joint Commission International (JCI). Já como parte da estratégia de reforçar a atuação no mercado e consolidar seu posicionamento como principal player no fornecimento de software especializado para a área de saúde no Brasil, a MV adquiriu no ano passado a Racers, desenvolvedora de sistemas para Unimeds, e a Consulfarma, que tem foco em saúde pública e se destaca por ser a única do segmento com expertise para realizar o monitoramento estatístico periódico das informações de saúde dos municípios. Novos clientes e novas aquisições permitiram, inclusive, que a MV ampliasse sua presença nacional e internacional com novas unidades em Cascavel (PR), Ribeirão Preto (SP), Teresina (PI) e Santiago, no Chile. Para 2015, segundo o presidente da organização, Paulo Magnus, “os desafios passam por manter um crescimento de 20% com a continuidade dos investimentos em inovações; M&A; a consolidação do mercado de saúde pública; a ampliação da atuação no segmento de operadoras de planos de saúde; o fortalecimento das soluções RIS/PACS, tornando-as referência em Medicina Diagnóstica; e, também, o aperfeiçoamento da capacidade produtiva e tecnológica através de investimentos direcionados aos mais de 1000 profissionais do time MV”.


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Em Debate

HUMANIZAÇão

Incentivo ao parto normal na saúde suplementar é discutido entre os players

Partos cesáreos na saúde suplementar chegam a 84%

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Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reuniu representantes de hospitais e de operadoras de planos de saúde de todo o País para apresentar o projeto que visa incentivar a redução de cesáreas desnecessárias na saúde suplementar. A iniciativa é uma parceria entre a ANS, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI). Mais de 130 representantes de entidades de diversos estados estiveram no encontro e discutiram detalhes do projeto. Também foram apresentados resultados de ex-

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

periências desenvolvidas por hospitais que já realizam iniciativas similares. “Não há razões clínicas que justifiquem taxas tão altas de cesáreas no país. Por isso estamos estudando as razões e buscando alternativas que ajudem a mudar esse cenário”, explicou a diretora-presidente substituta da ANS, Martha Oliveira. “A ideia é construirmos uma proposta conjunta. Queremos que esse projeto seja o início de uma verdadeira mudança no modelo de atenção ao parto e nascimento”, ressaltou a diretora.


Atualmente, no Brasil, o percentual de partos cesáreos chega a 84% na saúde suplementar. A cesariana, quando não tem indicação médica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recémnascido e triplica o risco de morte da mãe. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados à prematuridade. O projeto-piloto será desenvolvido por 20 hospitais que tiverem interesse em aderir à iniciativa. Serão trabalhados três modelos distintos de atendimento à parturiente: o parto realizado por uma equipe de plantonistas, por enfermeiras obstetras e por uma equipe de médicos que se reveza no atendimento à grávida durante o pré-natal. O hospital que participar poderá escolher, entre esses modelos, aquele que melhor se adapta à sua realidade e também propor outras estratégias a serem testadas. No escopo do projeto também devem ser discutidas questões como o treinamento dos profissionais e formas de financiamento do procedimento. O diretor-executivo e coordenador regional do IHI na América Latina e Europa, Pedro Delgado, destacou o pioneirismo da iniciativa brasileira. “Estamos muito contentes em estar participando desse projeto, que é pioneiro no mundo. Temos certeza que será bem sucedido, assim como outras experiências das quais fomos parceiros e que

Fotos: Divulgação

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“Não há razões clínicas que justifiquem taxas tão altas de cesáreas no País, explicou a diretora-presidente substituta da ANS, Martha Oliveira

Mais de 130 representantes de entidades de diversos estados estiveram no evento hoje estão salvando vidas”, disse Delgado. “A iniciativa, ao mesmo tempo que é um grande desafio, é uma excelente oportunidade de oferecermos melhor saúde para a população, melhor experiência para mulheres e recémnascidos e a custos menores”, completou. O diretor do Hospital Israelita Albert Einstein, Miguel Cendoroglo Neto, ressaltou que uma das principais contribuições da instituição será o treinamento e a capacitação dos profissionais envolvidos. “Nós esperamos que com esse projeto haja uma redução das cesáreas no Brasil, mas de uma forma que seja progressiva, respeitando as questões culturais e as limitações que temos hoje em relação a treinamento, inclusive dos médicos. O Einstein também pode ajudar no treinamento das áreas de qualidade e administrativas que vão montar essa base dentro dos hospitais e maternidades”, explicou o diretor. A grande participação de hospitais e operadoras de planos de saúde no encontro foi avaliada como positiva pela ANS. “Foi um encontro muito produtivo, com a presença de hospitais e operadoras relevantes de várias partes do país - Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Pará, Mato Grosso, Ceará, entre outros. A demonstração de interesse e a grande participação dos presentes só reforça a certeza que temos de que esse é um tema urgente a ser discutido e enfrentado”, constatou Jacqueline Torres,

Diretor do Hospital Israelita Albert Einstein, Miguel Cendoroglo Neto, “uma das principais contribuições da instituição será o treinamento e a capacitação dos profissionais envolvidos”

gerente executiva de Aprimoramento do Relacionamento entre Operadoras e Prestadores da ANS. Ela explicou que os hospitais e operadoras têm um prazo para manifestar interesse em aderir ao projeto. A ANS divulgará os candidatos que farão parte da inciativa e, sem seguida, será dado início ao desenvolvimento do trabalho. Panorama Hospitalar | Março, 2015

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Diálogo

Sistema

Reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde discute o SUS e sua integralidade Por Agência Brasil

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Foto: Divulgação

a primeira reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) no ano, ocorrida em Brasília, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que o financiamento da saúde deve ser amplamente debatido. “A sociedade brasileira precisa discutir qual o padrão de integralidade. Queremos um sistema integral, tudo pra todos? Tem um custo, não cabe hipocrisia. Vamos taxar as grandes fortunas, como parte do movimento do Conselho Nacional de Saúde coloca? Renúncia fiscal?“, questionou. O movimento ao qual Chioro se referiu é o Saúde+10, orquestrado por entidades da área e pelo Conselho Nacional de Saúde, que elaborou um projeto de lei de iniciativa popular, destinando 10% da receita corrente bruta do país

Encontrou reuniu cerca de 23 secretários da saúde

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

ao Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro criticou o projeto, dizendo que a proposta não aponta de onde sairá a verba para a implementação. Sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo, que estipula aumento gradativo de investimento mínimo na saúde, até chegar a 15% da receita corrente líquida em 2018, Chioro disse que o impacto para o próximo ano está sendo estudado pelo governo. “A PEC que aprova o percentual de 13,2% e vai chegar a 15% da receita corrente líquida pode, a médio prazo, significar um volume de recursos que atenda a nossas necessidades, a curto prazo temos que discutir.” A reunião contou com a participação de 26 secretários de Saúde, dos quais 23 começaram a gestão em 2015. O ministro alertou aos gestores que eles podem usar parte dos recursos das emendas parlamentares para custeio da saúde, mas a destinação da verba deve ser bem estudada, já que quando usada para investimento gera custos. “Lembrem que recurso de investimento gera custeio no dia seguinte à inauguração. Lembrem-se disso quando aceitarem recursos não só para rede própria dos estados, mas para os municípios, que tenham o day after. Fazer o planejamento no médio e longo prazos é decisivo”, alertou. Chioro também aconselhou aos gestores que querem investimentos a tentar articulação com os parlamentares, já que, segundo ele, o ministério não vai ter verba para investimento em programas. “A maneira como foi construído o Orçamento, com a entrada das emendas parlamentares agora impositivas, como gastos com ações e serviços de saúde, que não eram contadas anteriormente, significa que aqueles que pretendem priorizar os investimentos nos estados, devem fortemente articular as bancadas de deputados e senadores no sentido de valorização da saúde.”


Assistência

Prevenção

Instituto do Hospital das Clínicas elege 20 doenças raras como prioritárias em 2015

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Fotos: Divulgação

ão considerados raros os distúrbios que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, o que representa 1,3 casos para cada duas mil pessoas. “Considerando uma amostragem de 200 milhões, podemos estimar que no Brasil tem entre oito e 10 milhões de pessoas com doença rara, a maior parte, certamente, ainda não diagnosticada”, afirma a imunoalergologista pediátrica, presidente do Conselho Diretor do Instituto da Criança e proponente do Projeto de Assistência aos Portadores de Doenças Raras (DORA) do Estado de São Paulo, desde 2011, Professora Doutora Magda Carneiro Sampaio. O Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, como um dos centros de referência na investigação e tratamento de algumas dessas patologias para crianças e adolescentes encaminhados pelas unidades da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado de São Paulo, priorizou 20 doenças raras, entre elas, “as Imunodeficiências Primárias, como por exemplo, a síndrome de DiGeorge, as Anomalias da Diferenciação Sexual como a síndrome de Turner, além da síndrome de Williams”, informa Magda. Segundo a especialista, a maioria dessas patologias tem origem genética e cerca de 80% delas decorrem da alteração de um único gene, sendo assim chamadas de monogênicas. Muitas, inclusive, se apresentam logo na infância. “É muito importante, portanto, que o pediatra esteja particularmente atento ao seu paciente e promova um diagnóstico precoce. Perguntas sobre consanguinidade entre os pais e doenças semelhantes na família representam pontos essenciais da anamnese da criança”, ressalta.

Imunoalergologista e presidente do Conselho do Instituto da Criança do HC: Dra. Magda Carneiro Sampaio

Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP: um dos centros de referência na investigação e tratamento das doenças raras

Novas perspectivas para a pediatria no estado – As doenças raras quase sempre são crônicas, progressivas, degenerativas, comprometem a qualidade de vida e implicam em grande sofrimento para o paciente e sua família. Várias delas trazem riscos imediatos à vida, tais como as imunodeficiências combinadas graves, que são 100% letais se não forem tratadas com transplante de células hematopoiéticas de medula óssea ou de cordão umbilical. Diante da melhora da qualidade de vida e da assistência à saúde, as doenças infecciosas tais como diarreia, sarampo, tuberculose e tétano, felizmente estão deixando de figurar como causas importantes de mortalidade infantil no Brasil. Atualmente, os problemas neonatais, as anomalias genéticas e as malformações congênitas, representam as principais causas de mortalidade infantil no Estado de São Paulo. “É preciso salientar que nossas taxas de mortalidade infantil - um indicador crítico para o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - ainda são altas: 15 por mil nascidos em 2014, no Brasil como um todo. Enquanto isso, no Chile, este índice está em 7% e em Portugal e Espanha, em apenas 3%”, destaca a especialista. Panorama Hospitalar | Março, 2015

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Em Pauta

Lançamento

Anuário Brasileiro da Saúde vai discutir a era da cooperação

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Fotos: Divulgação

edição de 2015 do Anuário Brasileiro da Saúde, tradicional publicação do SINDHOSP - Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo e da FEHOESP - Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, em parceria com a Public Projetos Editoriais será lançada oficialmente durante a Hospitalar Feira + Fórum, no dia 19 de maio, em São Paulo, trazendo como tema central, “Saúde no século XXI: A era da cooperação”. O conteúdo contará com reportagens sobre a segurança do paciente e os impactos das novas exigências da Anvisa, as mudanças climáticas que impactam a oferta de água no mundo e suas consequências para a saúde da população, além de entrevistas sobre políticas, análises setoriais, entre outros. O presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Júnior, afirma que a publicação leva ao debate e à reflexão: “Queremos problematizar e debater a questão da saúde, de forma abrangente, clara, objetiva e densa”. A obra, com 15 mil exemplares impressos, é distribuída a hospitais privados do País, às maiores clínicas e laboratórios do estado de São Paulo, além de operadoras de planos de saúde, autoridades e imprensa. Entidades importantes do setor saúde apoiam a publicação, como a Confederação Nacional de Saúde (CNS), a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), o Comitê de Saúde da Fiesp (ComSaúde), a HOSPITALAR Feira e Fórum, a Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia (Abimed),

Presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Júnior: “Queremos problematizar e debater a questão da saúde, de forma abrangente, clara, objetiva e densa”

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

2013/2014

Anuário será distribuído para os hospitais privados, clínicas, laboratórios e principais players

a Associação Brasileira da Indústria Médico-Hospitalar (Abimo) e a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), entre outras. O Anuário foi eleito, em 2011, pelo Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo como uma das cinco melhores publicações de jornalismo corporativo do País. A publicação 2013/2014 pioneira na área da saúde a ser totalmente sustentável, obtendo o selo Neutro de Carbono, concedido pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN). Na área da saúde, a obra foi a primeira a ter lançada sua versão digital para tablets e smartphones. A versão digital do Anuário Brasileiro da Saúde deve ser lançada junto à edição impressa. Outras ações – Outras ações das entidades estão agendadas durante a HOSPITALAR, como os Congressos Brasileiros de Gestão em Saúde, voltados a laboratórios e clínicas. Ambos serão realizados no dia 20 de maio, simultaneamente, na tradicional área do Fórum Hospitalar. No mesmo espaço, nos dias subsequentes, o IEPAS - (Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde) se reunirá com a Empreender Saúde (organização voltada para o fomento e a inovação do setor no Brasil) e leva, pela primeira vez para dentro da feira, o evento “Startups da Área da Saúde”, realizado anualmente e que em 2015 terá sua 3ª edição. Gratuito, o encontro reunirá startups pré-selecionadas para apresentação de seus projetos e subsequentes rodadas de negócios.



E - Health

Estudo GE

Pesquisa identifica a importância

dos avanços tecnológicos na assistência e promoção da saúde

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medicina tem progredido a passos largos nos últimos anos, mas a saúde ainda enfrenta muitos desafios, como orçamentos reduzidos, envelhecimento da população e aumento da incidência de doenças crônicas. A conexão entre as tecnologias e entre tecnologias e pessoas, também conhecida como “internet industrial”, está cada vez mais sendo utilizada na área da saúde para melhorar o atendimento a pacientes em todo o mundo. Segundo Paulo Banevicius, diretor de Healthcare IT da GE Healthcare para América Latina, a internet industrial na área da saúde não se resume somente a criar equipamentos inteligentes. “É conectar os profissionais de saúde com sistemas que disponibilizem informações mais acuradas e rápidas, de maneira simples, permitindo que eles dediquem mais tempo cuidando dos pacientes, já que ficarão menos tempo gerenciando essas tecnologias”, explica. Para saber a opinião das pessoas sobre como a tecnologia da informação poderia ajudar a melhorar o sistema de saúde, a GE Healthcare realizou uma série de pesquisas intituladas “Valor do Saber”. Na última edição, que aconteceu entre junho e setembro de 2014, com foco em tecnologia, foram entrevistadas cerca de 10 mil pessoas em

dez países, incluindo o Brasil, China, Índia, Estados Unidos e Reino Unido. Avaliando os resultados, foi possível perceber que a infraestrutura de saúde de cada lugar é reflexo de suas características sociais, econômicas e políticas. Por exemplo, dos entrevistados do Brasil, 81% disseram que uma grande preocupação é diminuir o tempo de espera para serem atendidos, o que sugere que a saúde no Brasil é estratificada – ou seja, há uma lacuna entre padrões de atendimento público e privado que resulta em uma distribuição desigual de médicos e recursos no território nacional¹. O País com o menor número de entrevistados preocupados com o tempo de espera foi a Austrália, com 62% dos respondentes. Esse dado pode ser interpretado como um reflexo da homogeneidade do sistema de saúde australiano quando comparado a desigualdade do sistema de outros países, como o Brasil. No que diz respeito ao uso de soluções computação em nuvem, 87% de todos os entrevistados e 95% dos brasileiros acreditam que o uso dessa tecnologia para monitorar a saúde à distância será a mais importante inovação médica nos próximos anos.

Diretor da Healthcare IT da GE Healthcare, Paulo Banevicius: “Conectar os profissionais de saúde com sistemas que disponibilizem informações mais acuradas e rápidas..”

Fotos: Divulgação

Internet industrial na saúde brasileira

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Panorama Hospitalar | Março, 2015

Fato importante é que os benefícios da internet industrial já são realidade para o sistema de saúde brasileiro. Um exemplo, foi a recente aprovação da Anvisa para que a GE Healthcare começasse a comercializar o Centricity Anesthesia, software que coleta todos os sinais vitais do paciente durante a cirurgia em tempo real, liberando o médico anestesiologista deste controle, para que possa focar sua atenção somente no paciente. Além disso, a solução disponibiliza protocolos de segurança para que todos os procedimentos cirúrgico sejam feitos de acordo com as normas padrão de saúde e do hospital. O Centricity Anesthesia é construido baseado na plataforma Predix, desenvolvido pela GE para suportar as suas soluções de Internet Industrial, otimizando as operações do sistema.


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95% dos brasileiros acreditam que o uso da tecnologia para monitorar a saúde à distância será a mais importante inovação médica.

47% dos entrevistados brasileiros acreditam que o tempo de duração das consultas médicas é adequado. Já 44% acham que esse tempo não é suficiente. Dentre as tecnologias que os brasileiros acreditam que serão importantes para o futuro dos cuidados com a saúde estão: • Tecnologias para monitoramento de saúde fora do hospital: 95% • Equipamentos portáteis: 94% • Softwares de análise para reduzir o número de cancelamentos e atrasos nos atendimentos : 94% • Gravação e armazenamento digital dos dados dos pacientes: 93% Dentre as tecnologias que os entrevistados acreditam que mudarão o atendimento de saúde estão: • Equipamentos de diagnósticos mais rápidos: 83% • Tecnologias que reduzam o tempo de espera em pronto socorros : 81% • Acesso instantâneo dos médicos aos dados de saúde dos pacientes : 74% • Acesso instantâneo do próprio paciente aos dados médicos : 67% • Acesso a um médico online : 64% • 95% dos brasileiros acreditam que seria muito importante se os médicos avisassem do risco de cada paciente desenvolver uma doença, antes mesmo da doença aparecer.

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Novidade

Segurança na informação

Hospital Albert Einstein implementa moderna solução tecnológica para administração de dados de pacientes

Solução Cerner Millennium será a primeira ser transferida para a língua portuguesa 34

Panorama Hospitalar | Março, 2015

Foto: Divulgação

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Hospital Israelita Albert Einstein inicia a implantação de uma nova solução tecnológica para administrar todos os dados de seus pacientes hospitalares e ambulatoriais e das suas múltiplas áreas de atuação. A solução Cerner Millennium será a primeira a ser implementada em língua portuguesa pela Cerner, empresa norte-americana que provê sistemas que integram informação e otimizam processos que eliminam erros e desperdícios, e é especializada em hospitais e sistemas de saúde. “O Albert Einstein é um hospital extremamente inovador em termos de qualidade e avanço tecnológico, e nós procuramos fornecedores com as mesmas características.”, comenta o presidente da Instituição, Dr. Claudio Lottenberg. “Nossa prática clínica é centrada no paciente. A implantação da tecnologia integrada da Cerner vai agregar mais eficiência à nossa prática e incrementar a segurança do paciente.”, conclui. “A implementação do Cerner Millenium não é apenas uma mudança tecnológica, mas também uma oportunidade para a revisão da prática clínica, de forma que profissionais de saúde e tecnologia trabalhem de forma sinérgica.”, diz Marcos García, vice-presidente e diretor geral da Cerner para Espanha e América Latina. O Cerner Millenium oferece aos profissionais de saúde informações de forma ágil e segura, melhora a comunicação entre os profissionais, ajuda a reduzir a incidência de erros e reduz o tempo gasto com tarefas administrativas. Do ponto de vista médico, o Cerner Millenium facilita o acesso às informações necessárias para a tomada de decisão clínica e definição da linha de cuidado. O novo sistema proporciona que todo o histórico clínico da pessoa esteja corretamente armazenado e disponível à equipe médica e assistencial. Quando há comprometimento da saúde e é necessária a atuação de um grande número de profissionais, a atenção deve ser centrada no paciente. Além disso, o histórico está registrado eletronicamente, liberando a pessoa de se recordar de cada episódio relacionado à sua doença, pois tudo está sendo gerido pelosoftware e disponível para a equipe de atendimento.

Presidente do Hospital Albert Einstein, Dr. Cláudio Lottenberg, “O Albert Einstein é um hospital extremamente inovador em termos de qualidade e avanço tecnológico, e nós procuramos fornecedores com as mesmas característica”

O sistema Cerner Millenium permite que diversos itens sejam gerenciados simultaneamente, desde a entrada até a alta do paciente, como o controle dos protocolos clínicos e registros de administração de medicamentos; a gestão dos recursos disponíveis, por exemplo, quartos de internação, quantidade de especialistas por área em cada plantão, entre outros. A primeira fase do projeto consiste na tradução da ferramenta, o treinamento dos usuários na nova tecnologia e a implementação dos fluxos de trabalho de cada uma das áreas do Einstein, como documentação clínica, prontuário eletrônico, farmácia, gerenciamento de leitos, faturamento, emergência, UTI, Oncologia, Cardiologia, Medicina Diagnóstica, Centro Cirúrgico entre outras áreas. A previsão de término da primeira fase da implantação do sistema é no final 2015 e a conclusão total será no final de 2016.


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