Panorama Gestão - Tecnologia - Mercado
Ano 1 • No 06 • Julho/2013
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Tratamento humanizado e multidisciplinar de câncer
Instituto de Oncologia Santa Paula DE PEITO ABERTO
Portal de Inteligência
Encontro dos principais cardiologistas do País discute a importância da Telemedicina
Sistema em nuvem transforma dados gerenciais de instituições de saúde em gráficos
N
Rastreabilidade
Acesso
Eficiência Energética
Soluções para Hospitais
Automação
Vigilância
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RFID
- Eficiência Energética: Medição de energia, Otimização, Economia, Iluminação, HVAC, Energias Renováveis, Automação. - Soluções em rastreabilidade utilizando RFID como: Enxovais e rouparia, RN (recém-nascidos), pacientes, staff, equipamentos de alto valor agregado como próteses, medicamentos controlados, ativos fixos, equipamentos de informática, inventário instantâneo (vigilância de ativos), rastreamento de documetos, controlar saídas de funcionários com determinados equipamentos e controle de produtos consignados em outros locais. - Rastreabilidade integrada ao Controle de Acesso e Vigilância: Permite a rastreabilidade dos equipamentos e ativo fixo em geral nos seguintes âmbitos: Inventário em curto espaço de tempo dos itens, identificação do último local por onde passou o item, quais pessoas estavam ao redor do item quando ele foi lido pela última vez, integração da imagem digital da última ocorrência do item, identificação de ativo fixo ou equipamento em área não permitida, desativação do acesso em áreas por motivo de emergência, habilitação de imagens gravadas pelas câmeras de CFTV no momento das ocorrências, e disponibilização online.
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Editorial
Panorama Edição: Ano 1 • N° 06 • Julho de 2013 Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7501 Gerência Geral Marcela Petty e. marcela.petty@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7502 Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7761 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7765 Marketing Ironete Soares e. ironete.soares@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500 Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7521 Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7763 Analista de Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7707 Sistemas Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br t. +55 (11) 4197.7762 Editora Viviam Santos e. viviam.santos@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7766 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7760 Publicidade - Gerente de Contas Victorio Rosa e. victorio.rosa@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7769 Publicidade - Gerente de Contas Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7768 A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta ao administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online s. www.revistapanoramahospitalar.com.br Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: HR Gráfica
comunicação integrada
A tecnologia e a
humanização em saúde
N
esta edição veremos como a tecnologia e a humanização estão cada vez mais presentes no setor de saúde no Brasil. A cada matéria o leitor poderá comprovar essa tendência, que une o útil ao agradável. Não é por menos: as tecnologias estão aí para facilitar a organização da gestão e da instituição como um todo, mas também toca o público-final; os pacientes. São eles que sentem as melhorias e o cuidado que a instituição de saúde tem ao organizar os processos através das novas facilidades. Assim, forma-se um ciclo benéfico – o que melhora a gestão, melhora o atendimento. E o que permite os funcionários e colaboradores serem mais produtivos e, com isso, felizes em suas funções, reflete nos pacientes. Um bom exemplo da união da tecnologia e da humanização é a matéria do Case Study do mês, sobre o novo Instituto de Oncologia Santa Paula, localizado em São Paulo, capital. Nele, o Hospital Santa Paula preocupou-se em informatizar e automatizar todos os processos do Instituto, além de disponibilizar diversos equipamentos modernos para o tratamento do câncer. Ao mesmo tempo, dedicou um andar do prédio à humanização no atendimento do paciente com câncer – dentre outras coisas, nele há uma sala para orientações às pacientes de como usarem perucas, lenços e acessórios, para valorizarem suas belezas em um momento delicado do tratamento contra a doença. Na seção Mundo Hospitalar, uma das matérias é sobre a implementação de um novo sistema de gestão da Santa Casa de Misericórdia de Bragança Paulista, o qual digitaliza e disponibiliza em rede informações de processos internos, em tempo real. A Santa Casa substituiu um sistema antigo que não tinha as mesmas funções do atual, o que auxiliará tanto na agilidade do atendimento, quanto na segurança do paciente – uma vez que tudo será controlado e registrado digitalmente. E assim, mais uma vez, a preocupação com o paciente está presente através da aquisição de novas tecnologias. Já na entrevista com Djalma Luiz Rodrigues, diretor executivo da Fanem, tradicional fabricante de produtos para a saúde – principalmente ao setor de neonatal -, aborda como a empresa expandiu-se nos últimos 89 anos, desde sua fundação. Um dos destaques da empresa abordado na entrevista é a parceria com o Egito, após ganhar concorrência para entregar diversos equipamentos ao hospital militar Al Galaa. Além disso, o diretor executivo revela um produto que foi feito em parceria com Marlene Schmidt, sua esposa e ex-diretora executiva da Fanem, falecida em 2012. Ainda esperando ser registrado pela Anvisa, ele garante que o produto poderá inovar o mercado de incubadoras, uma vez que une em si a função de incubadora e de Terapia Intensiva aos recém-nascidos. Se a cada notícia constata-se de alguma forma uma nova tecnologia empregada, o gestor deve considerar investir nisso – seja em tecnologia de gestão, controle clínico ou de equipamentos médicos. Com a agilidade e qualidade que as inovações oferecem no atendimento, consequentemente geram retornos positivos à própria gestão. Porém, é preciso saber escolher. Há tantas tecnologias à disposição, que a pesquisa sobre elas e a noção da realidade da instituição, inclusive financeira, tornam-se pontos obrigatórios a serem pensados e praticados para a escolha correta. Após tais análises, o gestor poderá descobrir que há sempre alguma opção tecnológica ao dispor de sua instituição. Viviam Santos
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Panorama Hospitalar – Julho, 2013
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Sumário
NESTA EDIÇÃO
36 CASE STUDY
Hospital Santa Paula inaugurou em junho prédio exclusivo para tratamento humanizado e multidisciplinar de câncer.
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NOTÍCIAS UNIMED DO RJ
e parceria com a OKI AMB LANÇA PESQUISA PARA CONHECER
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ENTREVISTA
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Djalma Luiz Rodrigues, diretor executivo da Fanem.
perfil dos médicos no Brasil HOSPITAL SAMARITANO REALIZA PRIMEIRO
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transplante de fígado em novo núcleo ALTA EXCELÊNCIA DIAGNÓSTICA
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SINOBRASILEIRO REALIZA
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disponibiliza equipamento de PET-CT
PRODUTOS E SERVIÇOS
cirurgia cardíaca híbrida de Osasco GRUPO DE RH RANDSTAD ANUNCIA
atuação na área de saúde no Brasil
VEINVIEWER VISION
HOSPITAL SANTA PAULA É PREMIADO
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PESQUISA SOBRE CÂNCER DE MAMA DO IBCC
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pela Academia Brasileira de Marketing
MEIAS CHANTAL
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CÓDIGOS DE BARRAS
FICHA TÉCNICA
tem reconhecimento internacional
MEC/S 140L
Mecsul
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MUNDO HOSPITALAR DE PEITO ABERTO
Philips promove encontro de cardiologistas para discutir importância da Telemedicina ao sistema de saúde.
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PONTO DE VISTA
28 MUNDO HOSPITALAR SANTA CASA TELEMEDICINA
ANDRÉ CARNEIRO Planeje o marketing em seu hospital FABRIZIO ROSSO Gestão inteligente de pessoas em saúde
UPDATE
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Notícias
Unimed do RJ e parceria
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OKI, empresa de soluções de impressão, está em parceria com a unidade da Unimed Resende (RJ) para fornecer serviços de outsourcing de impressão para as áreas operacionais e de impressão de exames diagnósticos por imagens do hospital. A solução envolve a administração de todo o parque de impressão, incluindo a gestão de suprimentos e dos serviços de manutenção. Foram instaladas cerca de 30 impressoras, sendo quatro multifuncionais, que atendem os setores administrativos e o atendimento ao cliente, para impressão de receituários, laudos, exames, entre outros. O projeto foi desenvolvido em três etapas: a primeira respondia à demanda primordial de RFP (Request for Proposal) quanto aos equipamentos, demanda de documentos no escritório como, cópia, impressão, fax e digitalização de documentos e, principalmente, impressão de Diagnósticos por Imagem. Já a segunda etapa, foi marcada pela implementação de software para monitoramento e gestão, que proporcionou uma ferramenta remota de acompa-
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com a
OKI
nhamento da demanda e do funcionamento dos equipamentos, que permitiu o controle do consumo de suprimentos e um planejamento avançado e pró-ativo de abastecimento dos mesmos. Finalmente foi arquitetada, também, uma solução de contabilização e bilhetagem. Os equipamentos permitem capacidade mensal para produção de 80 mil páginas, podendo, sem novos investimentos, crescer e atender por volta de 300 mil páginas monocromáticas e 10 mil páginas coloridas. O projeto proporciona, ainda, uma capacidade de impressão de diagnósticos por imagem de 5 mil exames por mês. A Unimed Resende utiliza atualmente os seguintes equipamentos da OKI: • B431dn: impressora monocromática; • B6500dn: impressora monocromática; • MB491dn: multifuncional monocromático; • MC860 2T: multifuncional colorido; • C711n: impressora colorida para impressão de exames diagnósticos.
Notícias
AMB lança pesquisa para conhecer perfil dos médicos no Brasil Com o objetivo de conhecer detalhadamente a realidade da classe médica do País e buscando o direcionamento para o desenvolvimento de novas políticas de saúde, a Associação Médica Brasileira (AMB), com consultoria da Ernst & Young, está lançando o Censo Médico AMB 2013. Os dados serão levantados por meio de pesquisa online, que poderá ser acessada pelo site www.amb.org.br/ censoamb2013 - disponível até o dia 31 de agosto deste ano. Ao final do fechamento da pesquisa, o médico receberá um relatório completo sobre a carreira médica e uma análise de sua área de atuação com informações privilegiadas. Essas informações não serão compartilhadas de forma nominal, o que garante o anonimato dos entrevistados nos relatórios divulgados.
Hospital Samaritano realiza primeiro transplante de fígado em novo núcleo
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equipe do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo realizou em junho o primeiro transplante de fígado desde a sua formação. O procedimento foi feito em um paciente de 46 anos, que sofria de cirrose por vírus da Hepatite C, e teve uma boa evolução. Esta também foi a primeira cirurgia depois da reestruturação e implantação de um novo protocolo para transplante de fígado que prioriza um modelo individualizado. O cirurgião do aparelho digestivo do Núcleo de Gastroenterologia, André Ibrahim David, explica que o protocolo adotado é mais simples, sem a utilização de exames e medicações desnecessárias, trazendo benefícios aos pacientes e custos menores ao sistema.
“Individualizando o tratamento e procedimento adotados, é possível minimizar o uso de suporte, remédios e materiais, podendo reduzir os custos de uma cirurgia pela metade. Esta já é uma prática que vem sendo adotada pelos grandes centros”, nota o cirurgião. Outro destaque do transplante realizado, segundo o Dr. André, foi a logística para captação e envio do órgão, que veio de Brasília: “A sinergia entre as equipes foi fundamental para o sucesso do procedimento. A agilidade para a captação e envio do órgão facilitou o transplante. Foi um curto período de tempo em que o fígado ficou no gelo. Para uma situação ideal de transplante, o tempo máximo no gelo é de 12 horas. No nosso caso, todo o processo levou sete horas”.
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Notícias
Alta Excelência Diagnóstica
O
disponibiliza equipamento de PET-CT
Alta Excelência Diagnóstica, laboratório voltado para o segmento de alta classe com duas unidades em São Paulo (SP), disponibiliza um dos equipamentos de PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons) mais rápidos do mercado, com capacidade para realizar estudos do corpo inteiro em até cinco minutos - o Discovery 690 da GE. Ele faz parte da nova geração de equipamentos desenvolvidos pela empresa para a modalidade de Molecular Imaging. O exame é um dos métodos mais eficientes para a identificação e acompanhamento de alguns tipos de câncer, doenças do coração e neuropsiquiátricas. O aparelho permite realizar exames em um curto espaço de tempo, sem perda de qualidade nos
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resultados, e permite ao corpo clínico adquirir imagens em 3D e 4D, corrigindo falhas produzidas pelos movimentos respiratórios ou por pequenos movimentos do corpo. O Alta também apostou no conceito de humanização. Exemplo disto é o painel ilustrativo existente dentro da sala de realização do exame de PET-CT, na unidade Parque Ibirapuera, que reproduz a vista do local. O detalhe na decoração, acompanhado dos itens de rouparia compostos por peças de algodão egípcio com 600 fios, tem o intuito de proporcionar um clima de acolhimento aos usuários. O prédio do laboratório também tem estacionamento de ambulância em frente à sala do exame, permitindo que a entrada do paciente seja exclusiva e privativa.
Notícias
SinoBrasileiro realiza cirurgia cardíaca híbrida de Osasco O SinoBrasileiro Hospital e Maternidade comemora mais uma conquista: a realização da primeira cirurgia cardíaca híbrida da cidade de Osasco (SP). A operação híbrida para correção de aneurisma da aorta torácica foi realizada pelo médico Élcio Pires Junior, coordenador dos Serviços de Cirurgia Cardiovascular, Cardiologia e Terapia Intensiva e equipe do SinoBrasileiro Hospital e Maternidade. A cirurgia foi realizada pela primeira vez em 25 de maio deste ano, na qual consistiu na correção de um aneurisma. Foi utilizada uma técnica de correção híbrida, que mescla a cirurgia convencional - abertura do tórax e revascularização das artérias que irrigam a cabeça e membros superiores - com a endovascular, menos invasiva e que usa uma prótese inserida pela perna para ocluir a entrada do aneurisma sacular, evitando a entrada de sangue nesta região e corrigindo a ruptura. A cirurgia foi um sucesso, com a correção completa do aneurisma e ruptura.
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Notícias
Grupo de RH Randstad anuncia atuação na área de saúde no Brasil
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Randstad, companhia multinacional de recursos humanos, está lançando em sua operação brasileira a Randstad Saúde, ampliando sua atuação no mercado brasileiro com uma nova área especializada no segmento da saúde. O novo segmento atenderá fundamentalmente as empresas e instituições do setor de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios e ambulatórios, na busca por profissionais especializados para a criação de suas equipes de trabalho.
Na primeira fase da implantação da Randstad Saúde, a empresa pretende oferecer os serviços de recrutamento e seleção, trabalho temporário, administração de mão de obra e terceirização de profissionais da área, com o objetivo de atender a demanda crescente deste mercado por pessoas especializadas. Com a criação da Randstad Saúde, o grupo visa implementar no País uma receita bem sucedida na Europa, Estados Unidos e Ásia - onde a companhia é considerada uma das maiores especialistas do setor.
Hospital Santa Paula é premiado pela Academia Brasileira de Marketing O Hospital Santa Paula (HSP), localizado na zona sul de São Paulo, recebeu em 22 de julho a homenagem da Academia Brasileira de Marketing (ABM) pelos projetos de prevenção e qualidade de vida “Outubro Rosa”; “Cuide-se, Viva a Vida Melhor”; “Bosque Sustentável Santa Paula” e água na embalagem longa vida. As iniciativas fazem parte da estratégia do HSP de promover a saúde e o bem estar de seus pacientes e da comunidade na qual está inserido. A premiação “Melhores dos Melhores” é realizada pela Editora Referência e MadiaMundoMarketing, em parceria com a Academia Brasileira de Marketing (ABM, cujo objetivo é reconhecer projetos relevantes para o mercado nos últimos 25 anos. Dentre as mais de 200 empresas premiadas e 600 cases vencedores, a ABM escolheu as 36 melhores, entre elas o Hospital Santa Paula, para serem homenageadas durante a cerimônia de premiação. O projeto “Outubro Rosa”, campanha mundial de prevenção do câncer de mama, tem o apoio do HSC com o objetivo de chamar atenção para a realidade deste tipo de câncer e a importância do diagnóstico precoce. Desde 2008, o HSP mantém uma página no Facebook para o programa “Cuide-se, Viva a Vida Melhor”, dedicado à promoção da qualidade de vida, com dicas saudáveis e sugestões para a prática de novos hábitos. O “Bosque Sustentável Santa Paula” faz a compensação de emissão de gases de efeito estufa emitidos durante o último ano de atividades da instituição de saúde - o HSP é o primeiro hospital privado brasileiro a manter uma iniciativa deste tipo. Além desta iniciativa sustentável, o HSP adotou o uso de embalagem longa vida para a água consumida no hospital.
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Notícias
Pesquisa sobre câncer de mama do IBCC tem reconhecimento internacional
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Allan Blair Cancer Center, referência em oncologia no Canadá, e o Guy Hospital, um dos mais importantes centros de tratamento de câncer na Inglaterra, acabam de reconhecer a pesquisa do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) sobre linfonodo sentinela em pacientes com câncer de mama, como um dos 10 principais trabalhos publicados no mundo envolvendo este assunto. O estudo, realizado pelo Departamento de Mastologia do IBCC, analisou o tipo de comprometimento metastático do linfonodo sentinela e correlacionou com fatores prognósticos que poderiam predizer o comprometimento metástico dos demais linfonodos axilares. O linfonodo sentinela é o primeiro linfonodo ou agrupamento de linfonodos que recebem as células metastáticas provenientes do tumor. A pesquisa detectou que a ausência de células neoplásicas (tumorais), assim como a presença de células tumorais isoladas e micrometástases detectadas no
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linfonodo sentinela não eram indicadores da necessidade de cirurgia complementar dos outros linfonodos axilares (linfonodectomia axilar), como classicamente se acreditava, evitando-se a morbidade causada por este procedimento, sem interferir na sobrevida global das pacientes. O estudo foi desenvolvido durante 10 anos por médicos do Departamento de Mastologia do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) sob a orientação do coordenador do Departamento, doutor Edison Mantovani Barbosa, e foi reconhecido mundialmente como um dos cinco estudos com maior número de casos, envolvendo linfonodo sentinela e câncer de mama. O Departamento de Mastologia do IBCC possui uma banco de dados com mais de 1.200 biópsias de linfonodo sentinela realizadas em pacientes tratadas de câncer de mama. “Poucos centros de referência detém um número tão abrangente como este em todo o mundo, por isso a importância científica deste estudo mundialmente”, declara Mantovani.
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Novas meias antiembolismo da Chantal A Chantal lançou a meia antiembolismo Thrombexin, indicada para trombose profilática pré, intra e pós-operatório em pacientes de moderado a alto risco. O uso da meia antiembolismo com profilaxia na TVP é geralmente acrescido por medidas farmacológicas e adicionais medidas físicas. As meias antiembolismo Thrombexin evitam a trombose venosa (coágulos do sangue) em pacientes imobilizados e em repouso para proteção contra possíveis embolias. A compressão constante decresce do tornozelo (aproximadamente 18 mmHg de pressão) até a coxa (aproximadamente 6 mmHg), garante a aceleração do fluxo de retorno venoso. Sendo 82% Poliamida, 18 % Elastano, as versões 3/4 e 7/8 do modelo têm sustentação em silicone, são laváveis, permeáveis ao ar, sem costura, sem látex e, segundo a Chantal, sem contraindicação.
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VeinViewer Vision em distribuição pela Hemocat A importadora e distribuidora Hemocat agora comercializa o VeinViewer Vision, fabricado pela Christie, que mostra em tempo real as veias e pequenos vasos através de um quadrado de visualização na superfície da pele. Desta forma, a chance de erros no acesso às veias para medicação ou coleta de sangue, pelos profissionais de saúde, diminui drasticamente. Além de reduzir a dor e o estresse dos pacientes com furos de agulha. Com tecnologia de luz infravermelha (NIR) e da patenteada “Active Vascular Imaging Navigation” (Avin), para navegação na imagem da atividade vascular, o equipamento tem uma precisão de 97% da largura de veias em comparação ao ultrassom. O VeinViewer é o único dispositivo de projeção de imagem vascular direta clinicamente comprovado para melhorar o acesso vascular periférico. A Hemocat é importadora e distribuidora exclusiva do VeinViewer Vision, fabricado pela Christie, para São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e distribuidora autorizada para Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Góias, Tocantins, Piauí, Maranhão, Pará, Rondônia, Espírito Santo, Amazonas, Amapá, Rondônia e Acre.
Intermec lança leitores de códigos de barras A Intermec, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de transmissão de dados, lança os leitores de código de barras SF61B e SR31T, soluções que garantem menor tempo de leitura para código de barras 2D e alto desempenho. Para o mercado de saúde, o SF61HC – versão do SF61B para área médica - oferece uma carcaça resistente a produtos químicos utilizados na assepsia dos equipamentos, e suporte para os processos no ponto de atendimento, na admissão de pacientes, na aplicação de medicamentos, nos serviços de alimentação, entre outros. O SR31T tem um tubo de luz de LED maior para fornecer retorno de leitura de 360º, em qualquer condição de iluminação. Semelhante ao SF61B, o SR31T disponibiliza versão para a área de saúde, permitindo resistência aos efeitos nocivos de agentes de limpeza.permeáveis ao ar, sem costura, sem látex e, segundo a Chantal, sem contraindicação.
Ficha Técnica Ficha Técnica
MEC/S 140L A Mecsul acaba de lançar a mesa eletrônica de alta performance MEC/S 140L. Resistente e robusta, o novo modelo proporciona grande tranquilidade ao paciente e ao profissional na hora de realizar um procedimento. O produto é registrado na Anvisa (nº 80028960009) e atestado IEC (nº 60601-1). A MEC/S 140L tem movimentos controlados eletronicamente, com maior capacidade de peso, facilidade de operação e versatilidade, ideal para cirurgias de pequena, média e alta complexidade. A elevação é feita por sistema elétrico, hidráulico ou pneumático. A mesa permite as seguintes posições: trendelemburg, reverso do trendelemburg ou proclive, horizontal, lateral direita lateral esquerda, semiflexão de perna e coxa, flexão abdominal, semissentado, sentado, litotomica, operação de tireoide, extrema lordose, longitudinal e altura dos acessórios.
Ficha Técnica Fabricante: Mecsul Lançamento: 2013 Tipo de aparelho: Mesa eletrônica Principais diferenciais: • Movimentos eletronicamente controlados, diversas posições, grande capacidade de peso.
Panorama Hospitalar – Fevereiro, Hospitalar 2013 – Julho, 2013 16 Panorama
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Entrevista
DJALMA RODRIGUES
História e atualidade da Fanem Por Viviam Santos
Empresa brasileira de equipamentos médicos revela atuações em outros países e um lançamento que está por vir: uma incubadora híbrida que se transforma em UTI Djalma Luiz Rodrigues, diretor executivo da Fanem.
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ecentemente a Fanem se destacou nas notícias do Brasil e do Egito por ter vencido uma concorrência para suprir com cerca de 70 equipamentos o hospital militar Al Galaa, localizado no Cairo. Dentre eles está a linha de fototerapia Bilitron, produtos que empregam tecnologia 100% brasileira e de Super LED para o tratamento da icterícia neonatal. Para falar sobre a história da empresa - fundada em 1924 por Arthur Schmidt -, dos últimos acontecimentos, da presença internacional e das novidades que estão por vir, a Panorama Hospitalar conversa o diretor executivo Djalma Luiz Rodrigues. O executivo, que está há mais de 51 anos na Fanem, assumiu o atual cargo em 2012 – após o falecimento de Marlene Schmidt, sua esposa, que é lembrada por ele na entrevista. Panorama Hospitalar - A empresa já é bastante tradicional no mercado brasileiro. Desde sua fundação, em 1924, quais foram as mudanças mais
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Panorama Hospitalar – Julho, 2013
importantes na empresa – desde seus produtos até a própria estrutura organizacional? Djalma: Temos três rotas em tecnologia. A neonatologia, da qual detemos 98,6% de presença em São Paulo, 85% no Brasil e 90% de exportação comparada às outras empresas brasileiras. Em laboratório temos presença significativa, pois nossos equipamentos estão em muitos laboratórios do governo, universidades e em pesquisa no geral. E no ramo da biotecnologia temos alguns produtos diferenciais que fazem a biossegurança em saúde, como autoclave, câmera de frio onde conversamos drogas em temperaturas mais críticas, etc. Se formos falar da história da Fanem, é muito longa e rica. Estou na empresa há 51 anos e, quando entrei, ela já fazia sucesso. Ela sempre foi muito pioneira nas coisas que fez. Começou com diversos equipamentos ligados à eletromedicina e foi se ajustando às necessidades do mercado, chegando a passar pela área de hidroterapia, termoterapia, fisioterapia, etc,
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2º Workshop para Profissionais do Setor de Saúde As necessidades e tendências do setor público e privado abordadas em diversos temas como: • Turismo de Saúde • Gestão Hospitalar • Administração• Recursos Humanos • Auditoria e Faturamento • Operadoras de Plano de Saúde • Enfermagem
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Entrevista
DJALMA RODRIGUES
A incubadora híbrida se chama Duetto também por ser uma homenagem que eu quis prestar à minha esposa, Marlene Schmidt, que faleceu em 2012. Este foi o último projeto que fiz em parceria com ela.”
mas não ficamos nestes nichos. Direcionamos-nos ao nicho atual. O que mais foi evidenciado na história da Fanem foi o sucesso que ela fazia com as novidades que acabavam virando protocolos de trabalho em diversas áreas, como na laboratório e neonatal. No campo da neonatologia, tivemos inúmeras patentes que foram fazendo mudanças de protocolos na área de neonatal. Nós produzimos diversos dispositivos na termotecnia de bebês, que hoje temos feito parte do registro dos últimos quatro recordes de baixo peso. O último deles foi uma menina chamada Ana Carolina, nascida em Minas Gerais, pesando 360 gramas, que utilizou tecnologias da Fanem. Isso demonstra que o Brasil é capaz de usar seus próprios equipamentos para salvar vidas em situações críticas, associado às competências médicas e de enfermagem. O Brasil é exemplo de redução da mortalidade infantil. Outro ponto que deu muita caracterização à Fanem foram os estudos de fototerapia, pois conseguimos explorar a patente do equipamento Bilispot, que 20
Panorama Hospitalar – Julho, 2013
hoje é o Bilitron em sua sucessão tecnológica, pois usa a tecnologia de Super LED. Temos a patente no Brasil e nos Estados Unidos. O Bilispot foi responsável pela redução quase que total do procedimento muito traumático, a transfusão de sangue em bebês, que é muito invasivo e perigoso quando não realizado adequadamente, podendo ocorrer a morte do bebê. A redução dos níveis séricos da bilirrubina no sangue foi graças a essa tecnologia de LED, que a Fanem teve a honra de explorar. Os médicos responsáveis pelo equipamento foram Manoel de Carvalho e José Maria de Andrade Lopes, ambos do Rio de Janeiro. A Fanem produziu o equipamento até há pouco tempo, ficando 20 anos em nossa linha. Agora a outra patente revolucionária é o Bilitron, que está se tornando um novo ponto de diferenciação em nossa linha de tratamento de bebês com bilirrubinemia. Outra novidade é que estamos fazendo uma incubadora híbrida e, com isso, o Brasil é o terceiro país no mundo a produzir este equipamento – os outros
Produtos da linha de fototerapia Bilitron, da Fanem, com tecnologia de Super LED, foram alguns dos produtos adquiridos pelo hospital militar Al Galaa, do Egito.
a produzirem são Estados Unidos e Japão. Ele é uma incubadora que se transforma em um aparelho de Terapia Intensiva. Acabamos de certificá-lo e ele está em análise pela Anvisa, esperamos que seja aprovado pela Agência este ano ainda. Panorama Hospitalar - Fale mais sobre a incubadora híbrida: como ela se chamará e como surgiu? Djalma: A incubadora híbrida nós chamamos de Duetto, justamente por cumprir essas duas funções de incubadora e de UTI. Ela abre sua cúpula e se transforma em UTI de circuito aberto. E se chama Duetto também por ser uma homenagem que eu quis prestar à minha esposa, Marlene Schmidt, que faleceu em abril de 2012. Este foi o último projeto que fiz em parceria com ela. A Marlene era diretora executiva e terceira geração da Fanem. Ela deixou um legado, além dos famosos equipamentos onde ela colocou o dedo, quanto aos designs e funções. E ela me ajudou a conceber esta incubadora que é diferenciada em relação aos nossos competidores internacionais. O planejamento desse produto virá com o entusiasmo que a Marlene imbuía nos equipamentos da Fanem. A Duetto foi apresentada ano passado numa preview e, neste ano, o segundo preview na Hospitalar 2013. Ela terá um custo maior do que uma incubadora, já que é dois equipamentos em um. Mas há acessórios periféricos opcionais, que o gestor pode ir agregando conforme o tempo a necessidade. Panorama Hospitalar - Há quanto tempo a incubadora híbrida é comercializada no exterior e o
que a Fanem espera da Anvisa quanto à aprovação do equipamento? Djalma: Os Estados Unidos e o Japão já comercializam a incubadora híbrida há mais ou menos quatro anos. Contando com o projeto e produção, posso dizer que, quando eles começaram a comercializar lá fora, nós já estávamos produzindo aqui também. Por um lado, é importante que essa certificação da Anvisa leve um tempo, mas não pode ser tão demorada para que o mercado brasileiro não seja privado por tanto tempo de uma tecnologia desse porte. Panorama Hospitalar - Atualmente os produtos Fanem são comercializados em quais países exatamente? Djalma: A Fanem está presente mais de 110 países e tem também fábrica na Índia, além de escritório na Jordânia. Na Índia a presença ainda é pouca, pois ela produz apenas seis produtos de um portfólio que temos atualmente de 110 produtos. Panorama Hospitalar - Comente sobre a concorrência internacional para fornecer aparelhos para o Al Galaa Military Hospital, no Cairo (Egito). Djalma: Ganhamos a concorrência e assinamos o contrato em Berlim. Já entregamos os aparelhos, cerca de 70, ao Al Galaa. Entre outros produtos, o Al Galaa adquiriu fototerapias da família Bilitron. Aliás, com surpresa, o Ministério da Saúde do Egito abriu uma nova concorrência, muito maior, logo após fornecermos os equipamentos ao Egito. Essa outra concorrência tem a restrição que só podem ser concorrentes os Estados
Entrevista
DJALMA RODRIGUES
A indústria de equipamentos médicos sempre teve seus altos e baixos. A história sempre foi pela falta de investimento em saúde, e não pelo excesso. Inclusive, os protestos do povo quanto à falta de investimentos na saúde é real.”
Unidos, Japão e países da comunidade europeia. A Fanem fez um reclame porque a aproximação do presidente do Egito no Brasil era para que fossemos parceiros em pacto comercial colaborativo, e com tristeza vimos que fomos excluídos juntamente com os outros países dessa nova concorrência. Temos toda a competência de podermos suprir, por isso agora estamos aguardando a resposta a este reclame. Então estamos aguardando para ver se esse pleito será modificado e se permitirá que o Brasil participe. Panorama Hospitalar - Há outras novidades deste ano para o mercado brasileiro? Djalma: Além da Duetto, uma centrífuga com design inovador e o alguns outros que deixarei em suspense. Somos participantes do programa Inova Saúde, do governo brasileiro, onde nós apresentamos nossos futuros lançamentos e acabamos de ser aprovados, para recebermos os benefícios de financiamento. Panorama Hospitalar - Quais são as parcerias estrangeiras mais recentes com a Fanem? Djalma: Os países da África são os mais recentes a receberem nossos produtos, como o Quênia, Etiópia, África do Sul, etc. Inclusive, alguns representantes da Nigéria foram convidados para assistir à Copa das Confederações no Brasil e eu os recebi na Fanem. Panorama Hospitalar - O foco na Fanem no Brasil é igual em outros países? E como é nos Estados Unidos? Djalma: Sim. É a mesma tecnologia, são as mesmas políticas da empresa e as mesmas estratégias. Nos Estados Unidos estamos presentes de duas maneiras: mais intensamente para reexportação que ele faz de nossos produtos a outros países vizinhos e, no caso do Bilitron, é exportação ao país, já que temos aprovação do FDA [Food and Drug Administration] e todas as certificações necessárias para o produto entrar no mercado norte-americano. 22
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Panorama Hospitalar - Qual é a estrutura interna atual da Fanem? Djalma: Com o falecimento da Marlene Schmidt acabei me tornando o sucessor das frações dela na empresa, então atualmente sou o diretor executivo, tendo como sócia a empresa Dräger, da Alemanha. A família Schmidt está presente na área gerencial e colaborativa e, agora, está se formando a holding familiar para fazer parte do conselho da Fanem. Panorama Hospitalar - O mercado brasileiro em neonatal, laboratorial e biossegurança está aquecido atualmente? Djalma: Não. A indústria de equipamentos médicos sempre teve seus altos e baixos, mas sempre foi muito carente. A história sempre foi pela falta de investimento em saúde, e não pelo excesso. Inclusive, os protestos do povo quanto à falta de investimentos na saúde é real. Quando falamos em saúde temos que diferenciar “custeio” de “investimento”, e a impressão que tenho é que o governo está mais preocupado com o custeio do que com o investimento, que é o que faz com que o custo diminua. A prática de medicina é feita muitas vezes com equipamentos tão velhos, que os médicos recém-graduados vão trabalhar com equipamentos defasados. Creio que após os protestos atuais o governo esteja atento a isso e apresente novas soluções. Panorama Hospitalar - Quais são os objetivos da Fanem no Brasil e em outros países daqui em diante? Djalma: É continuar aplicando a nossa lei maior, que é produzir o equipamento adequado, dentro do padrão de qualidade e da realidade quanto ao custo-benefício. O padrão “A” da Fanem e o padrão “B”, mais econômico, têm a mesma qualidade técnica e ambos são utilizados por hospitais públicos e privados. Isso é uma resposta que nos adequamos aos dois públicos indistintamente.
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Espaço Gestor
BRASANITAS
Software de
gerenciamento de leitos
Por Viviam Santos
A
empresa Brasanitas Hospitalar, do Grupo Brasanitas, recentemente lançou o Software de Gestão Hospitalar (SGH) para gerenciamento de leitos, que está em fase final do projeto piloto implementado em dois hospitais de São Paulo. Por meio de um tablet conectado à internet, o usuário acessa o sistema com login e senha, e obtém um panorama sobre as atividades executadas – inclusive com possibilidade de emitir relatórios gerenciais. Todo o trabalho pode ser acompanhado em tempo real pelo cliente. Segundo a Brasanitas Hospitalar, a tecnologia é capaz de otimizar o tempo e ganho de produtividade no processo do gerenciamento de leitos em mais de 15%, além de suprir as necessidades operacionais nestes procedimentos. O software desempenha melhorias na liberação dos leitos, após checagens via sistema da higienização hospitalar, rouparia, manutenção, controle de pragas e checagem de supervisão. Se algum serviço atrasa o sistema também avisa, assim como a informa o horário em que o leito será liberado, quais atividades estão em execução e quem são os profissionais envolvidos. De acordo com a gerente técnica da Brasanitas
Ferramenta da Brasanitas Hospitalar promete agilidade em mais de 15% dos processos da gestão hospitalar. Hospitalar, Eleuza Amaral, a solução serve para todos os tipos de hospitais. “A implantação do software melhora a interface dos serviços, além de alinhar os principais processos e reduzir custos”, assegura. “O software trabalha em plataforma livre, podendo ser integrado ao sistema do hospital, alimentando as informações para software de gerenciamento de leitos. São utilizados tablets, com sistema Android, o que agiliza as informações fornecidas”, explica. Ela também revela que o “software pode ser customizado para realidades diversas”. Com o software, toda a cadeia de serviços operacionais de um hospital pode se “comunicar”, ou seja, há uma sinergia nos diversos departamentos que geram suprimentos para a internação. Além disso, o sistema destaca os problemas e permite ao gestor enxergar oportunidades de melhoria.
Benefícios do gerenciamento de leitos Resultados da utilização de software para gerenciamento de leitos, de acordo com a gerente técnica da Brasanitas Hospitalar, Eleuza Amaral: • Agiliza a liberação dos leitos; • Aumenta a receita da instituição; • Acrescenta inteligência de gestão; • Serviços integrados para liberação do leito;
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• Acompanha os tempos de cada etapa do processo até a entrega do quarto pronto para internação; • Sinaliza transferências de pacientes após 15 dias no mesmo leito; • Sinaliza revisão de limpezas para quartos não utilizados após dois ou três dias; • Geração de indicadores.
BRASANITAS
Espaço Gestor
Portal de Inteligência de
Negócios em Saúde
Sistema em nuvem capta dados gerenciais de sistemas de instituições de saúde e transforma-os em gráficos, para comparação e visualização das informações.
A
Benner Solution, desenvolvedora da plataforma de gestão em saúde Benner Saúde, lançou o Portal de Inteligência de Negócios em Saúde (Pins), um módulo que integra dados de gestão em saúde, no qual há a coleta de dados tanto dos sistemas da Benner quanto de sistemas externos. Desta forma, o Pins pode mostrar informações sobre entradas e saídas de pacientes na instituição de saúde, informações financeiras, pesquisas de mercado, entre outras, para serem utilizadas em análises gerenciais e darem apoio às tomadas de decisões dos gestores. Para a visualização e análise dos dados, utiliza-se no Pins uma ferramenta baseada em processamento analítico online (“On-line Analytical Processing”), que permite ao Em uma das telas administrativas do Pins é possível visualizar as quantidades usuário visualizar as informações por várias de adesões e cancelamentos por gênero, faixa etária e tipo de dependente. perspectivas, promovendo uma melhor análise das informações por meio de visões das informações através de gráficos. o modelo na nuvem, diminuindo os investimentos em A plataforma Benner Saúde existe há mais de 12 máquinas pela instituição de saúde. Reduz muito o anos e, segundo o diretor de inovação da Benner, Celcusto, principalmente em Santas Casas, por ser filanso Lara de Souza, “surgiu orientada para operadoras de trópicas, pois conseguem investir só nisso e não em planos de saúde, mas há dois anos também abrange hosinfraestrutura interna”, acrescenta. pitais e clínicas”. Atualmente, cerca de 40 instituições de Para ele, com a avaliação frequente da Agência saúde no Brasil utilizam o sistema. Agora, o novo porNacional de Saúde Suplementar (ANS), as operadotal coleta os dados de um sistema de saúde como este ras se viram em uma situação de melhorar esses indie transforma-os em conjunto de informações gerenciais. cadores, desde o atendimento até a gestão. “Para o O módulo pode ser adaptado conforme as negestor saber o que é preciso fazer antes de melhorar cessidades da instituição de saúde. “A grande sacada o atendimento, surgiu essa solução de um portal de é o painel com os números, em uma única tela, de inteligência de negócios em saúde, reunindo informaqual a quantidade de pacientes no mês, de quantos ções do sistema da operação, como dados demográsaíram e os motivos, como estão os gastos totais, enficos, carteira dos beneficiados, dos prestadores de tre outras informações, para saber quanto restou de serviço, etc”, afirma Souza. receita para pagamentos. Outra sacada é a simulação No caso das operadoras de planos de saúde, de cenários, onde o gestor pode calcular os aumentos com o sistema em suas instituições, as informações em porcentagens e números”, explica ele. disponibilizadas no portal são georreferenciadas, O Pins pode ser um módulo com armazenamenmostrando aonde está a população e os prestadoto de dados em nuvem, para serem acessados por res de serviços, para então serem avaliado o nível de dispositivos móveis, como tablets e smartphones com atendimento. Depois, o sistema mostra as informaacesso à internet, ou ser hospedado no servidor da ções financeiras, como quanto está se gastando em instituição. Além disso, por ser um módulo baseado cada hospital, os valores de diárias, etc. “Dá para a em web, mesmo se a instituição não tem o sistema operadora avaliar como estão os hospitais da mesma da Benner Saúde, tem acesso ao portal. “Os dados categoria em locais diferentes, para saber como gerar podem ficar nos servidores do próprio cliente ou tem melhor atendimento aos beneficiários”, explica. Panorama Hospitalar – Julho, 2013
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Espaço Gestor
LIVRO
Liderança generosa
e gestão para alto rendimento e satisfação
Por Viviam Santos
Livro mostra a generosidade na liderança como principal ferramenta para a formação de equipes de alto rendimento.
O
gestor ou líder deve saber lidar de forma mais generosa, prestando atenção às ideias e à relação que tem com os profissionais de sua instituição, para fazer com que a equipe de trabalho tenha mais rendimento. Quem garante é o autor do livro “Liderança Generosa – Gestão para Alto Rendimento e Satisfação”, Marcelo Jabur. Lançado em junho deste ano pela Saint Paul Editora, a obra aborda como a boa relação – que funciona na vida pessoal -, também se ajusta no trabalho, sustentada por uma política organizacional afinada com esta virtude.
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O autor, palestrante e coach executivo, afirma que ficaria bem mais fácil e produtivo atuar num ambiente profissional em que a generosidade seja um valor presente em todas as equipes. Para ele, o clima proporcionado quando os atos generosos impulsionam as relações, trazem a evolução constante do rendimento entre os elementos envolvidos na construção de uma empresa melhor. “A liderança pelo exemplo é o que de fato modifica o comportamento entre as relações de trabalho”, afirma. O novo livro também sinaliza que a produtividade nas empresas está atrelada ao conceito da “visão sistêmica”.
LIVRO
“A generosidade é ferramenta usada por pessoas que exercitam sua empatia. Somente a condição de olhar com os olhos do outro pode permitir com que sejamos verdadeiramente generosos com as pessoas que nos cercam. Essa conduta exige com que a pessoa procure conhecer a outra através do seu histórico, valores, necessidades e expectativas, para que saiba de que forma sua ajuda pode interferir positivamente na vida desse indivíduo. É, a princípio, um ato essencialmente de doação”, acrescenta o autor. A relação positiva no ambiente da organização é tão compensadora que, para o autor, “extrapola os limites da empresa, pois passa a ser também padrão de comportamento para lidar com clientes, fornecedores e com a sociedade como um todo”. Ou seja, a sinergia se estende para o ambiente externo à organização e os resultados são ainda mais surpreendentes. O livro é destinado aos líderes em geral, mas no caso das organizações da saúde, quem sente ao final a energia positiva são os pacientes - além dos médicos, enfermeiros, entre outros profissionais do ambiente. “Normalmente a administração de hospitais e clínicas apresentam diferentes áreas de atuação e diferentes níveis hierárquicos, então a liderança generosa é essencial. É fundamental que líderes de diferentes departamentos do hospital entendam que a prestação de serviços buscando a excelência passa por um nível aumentado de satisfação de seus liderados”, afirma. Para o autor, uma equipe de trabalho mais eficiente depende, dentre outras coisas, do entendimento de que seu trabalho é dignificante, valorizado
Espaço Gestor
e reconhecido: “Reconhecimento e valorização não precisam necessariamente ocorrer através de aumento salarial e de benefícios. O respeito no relacionamento, como política da gestão hospitalar e das clínicas, tende a ser um belíssimo diferencial”. Jabur complementa que, quando as pessoas são ouvidas, se sentem identificadas com o trabalho realizado. “O líder deve entender que esse ato de doação e generosidade, de ouvir os liderados, faz com que os colaboradores percebam que suas opiniões e pareceres também constroem a gestão da empresa”, explica. O autor ainda lembra que um trabalho constante da liderança no sentido de desenvolver as capacidades técnicas e comportamentais dos liderados é fundamental. “Os profissionais também se sentem amparados e fortalecidos à medida que percebem que a gestão do hospital e das clínicas se esforça para preparar a todos para o constante aprimoramento da prática. É um processo que, invariavelmente, resulta em ganho para todos que compõem a empresa e, como consequência, melhores resultados e satisfação de todos que se utilizam dos serviços prestados”, conclui. Ficha técnica: Autor: Marcelo Jabur Número de páginas: 136 Ano: 2013 Formato: 15,5 x 21 cm ISBN: 978-85-8004-081-4 Valor de capa: R$ 59,00 Mais informações: www.saintpaul.com.br/editora
O respeito no relacionamento, como política da gestão hospitalar e das clínicas, tende a ser um belíssimo diferencial.”
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Mundo Hospitalar
SANTA CASA
Santa Casa de Bragança Paulista adquire sistema de gestão da
Agfa HealthCare
Por Viviam Santos
Instituição é a primeira cliente conquistada pela Agfa HealthCare após a aquisição de empresa de softwares HIS/CIS.
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SANTA CASA
Mundo Hospitalar
Painel de prescrição de medicamentos durante estadia de um paciente.
O
Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Bragança Paulista, que tem 138 anos de existência, cresceu e está se adaptando às necessidades da instituição, ao digitalizar e disponibilizar em rede informações de processos internos. A Agfa HealthCare, fornecedora de diagnóstico por imagem e soluções de TI para a área da saúde, foi a escolhida para implementar um novo sistema para gerenciamento clínico e hospitalar. Este é o primeiro projeto de HIS (Hospital Information System) e CIS (Clinical Information System) da Agfa Healthcare, após a aquisição da brasileira WPD – desenvolvedora de software para Gestão Hospitalar e Clínica (HIS/CIS) e serviços de TI na área da saúde. O nome WPD deixou de existir, passando a ser um setor da Agfa Healthcare. O projeto está substituindo o sistema antigo da Santa Casa para suportar o crescimento da instituição, principalmente no plano de saúde Santa Casa Saúde, que conta com atendimento no próprio hospital e em sua rede credenciada. Atualmente o projeto está em fase de implantação total, mas será usado juntamente com o sistema antigo, inicialmente. “Começamos a implementar o sistema em novembro de 2012 e a entrada dele em produção está marcada para 1º de agosto. O treinamento que oferecemos do sistema já terminou, mas por precaução a Santa Casa quis fazer por um mês um ‘processo em paralelo’ para os funcionários utilizarem os dois sistemas até se sentirem seguros com o novo, para depois desativar o anterior”, revela o gerente de vendas da Agfa Healthcare, Robson Miguel. O projeto tem duas fases de implantação. A primeira é esta onde todos os funcionários e colaboradores do hospital podem utilizar o novo sistema através de computadores conectados à rede interna da Santa Casa. A segunda etapa abrangerá outras redes e meios de acesso. “O sistema, em um segundo momento, poderá ser acessado pelo público externo, como os consultórios e médicos, através de dispositivos móveis”, conta Robson. O gerente de vendas explica que o sistema já estava pronto na Agfa, mas passou por adaptações, seja por novas tecnologias, diferentes normas, etc. Assim como é com os outros clientes em saúde. “O sistema
todo é um pacote de módulos e soluções, usados por clientes no geral da Agfa. Ele é flexível e se molda às necessidades de todas as instituições, seja o cliente público, privado, de pequeno, médio e grande porte. A única mudança é que, dependendo do perfil, moldamos o sistema para se ajustar a características específicas”, diz. Para a Santa Casa, que neste caso atende de modo público e privado, Robson comenta que foi “uma característica peculiar, pois nem todas têm plano de saúde como ela, por isso o sistema teve que ser adequado a isso”. A Agfa disponibiliza atualizações do sistema a cada 15 dias, sendo elas pequenas correções ou melhorias, e a cada ano libera uma nova versão aos clientes, sem custo adicional. Assim como será para a Santa Casa de Bragança Paulista. “Todos os clientes que têm contrato conosco não têm custo para receber essas novas versões anuais”, garante. Quanto ao modelo de negócio entre a empresa e a instituição de saúde, ele afirma que varia: “No caso da Santa Casa, fizemos uma negociação em longo prazo, de cinco anos de trabalho, onde por um valor mensal de investimento rateado, para ser amortizado, inclui tudo – hardware, software, banco de dados, licenças, serviços, contrato de manutenção, reposição de peças, etc. É um pacote completo que foi provido pela própria Agfa”. O gerente de vendas também esclarece que a empresa fornece servidores. “Os da Santa Casa, por exemplo, eram antigos e não suportavam as novas tecnologias. Nessa atualização uma das variáveis é podermos incorporar o hardware. Temos uma parceria global com fabricantes de servidores e trouxemos essa facilidade ao Brasil, para oferecer esse tipo de produto em nosso pacote, para que o cliente não precise se preocupar com isso”, acrescenta. Com este novo sistema, além de todos os processos do hospital ser registrados no sistema e acessados pelos funcionários, os pacientes do hospital da Santa Casa de Misericórdia de Bragança Paulista contarão com maior agilidade no atendimento, segurança no tratamento, e passarão a usufruir de um Prontuário Eletrônico - onde suas vidas clínicas estarão armazenadas em formato digital. Panorama Hospitalar – Julho, 2013
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Mundo Hospitalar
TELEMEDICINA
“De Peito Aberto”
defende a telemedicina para o futuro da saúde pública no País Por Viviam Santos
Promovido pela Philips do Brasil, encontro dos principais cardiologistas do país discute a importância da Telemedicina para o sistema de saúde e o seu papel na humanização do atendimento médico.
A
Philips Healthcare reuniu em junho os principais cardiologistas do país em mais uma etapa do programa “De Peito Aberto”, que debateu as melhorias do tratamento cardiológico e o papel da telemedicina no sistema público de saúde. Em sua terceira edição, o evento contou com a presença dos 50 maiores cardiologistas do Brasil e recebeu a visita do cardiologista Dr. James G. Jollis, Coodernador Regional Cuidado de Cardiologia Aguda, que abordou sobre o tratamento para cardíacos agudos, e do indiano Dr. Devi Prassad Shetty, que falou sobre como melhorar o atendimento de pacientes cardíacos nos países em desenvolvimento - com base na sua bem sucedida experiência de atendimento simultâneo na Índia. Tendência mundial para acelerar o atendimen-
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to e otimizar recursos, a telemedicina já é uma realidade em alguns hospitais brasileiros, pois consiste em uma comunicação simples e no emprego de uma tecnologia de baixo custo. “A telemedicina tem um papel social inestimável, que permite a comunicação à distância entre equipes médicas que podem discutir procedimentos, avaliar exames, indicar medicação, cirurgias e até definir um diagnóstico. É uma solução para médicos emergencistas e especialistas que, muitas vezes, estão em atendimento nas periferias dos grandes centros ou no interior do País, a quilômetros de distância”, argumenta Dr. Múcio de Oliveira, diretor do setor de Emergência do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e líder do Comitê Executivo do programa “De Peito Aberto”.
Mundo Hospitalar
TELEMEDICINA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença isquêmica do coração, ou ataque do coração, é a principal causa de mortes no mundo. Somente no Brasil, cerca de 300 mil pessoas morrem por ano em decorrência de doenças cardiovasculares, geralmente relacionadas aos maus hábitos e o ritmo estressante dos centros urbanos, além do aumento da longevidade da população. “No próximo encontro do ‘De Peito Aberto’, discutiremos sobre como é possível transformar a realidade do atendimento aos pacientes cardíacos, por meio do uso da telemedicina. Nos anos anteriores, focamos no outro pilar do projeto, que consiste na capacitação de profissionais
[médicos, enfermeiros e farmacologistas] para o correto atendimento aos pacientes com os primeiros sintomas de infarto. Este ano a Philips avança um passo e aborda também, o tema da telemedicina, uma ferramenta possível e que deve ser considerada no cenário do sistema da saúde, pois encurta distâncias, economiza tempo e recursos, aumentando a chance de salvar vidas”, explica o vice-presidente da área de Saúde da Philips para América Latina, Vitor Rocha. O programa “De Peito Aberto” acontece há três anos e já passou por São Paulo, Paraná, Recife e Minas Gerais, chegando a importantes conclusões. Dentre elas, que a tecnologia é apenas uma das respostas
Médicos do InCor atendem chamados de outras instituições para dar segunda opinião através da telemedicina. Foto: Fabio Martins
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TELEMEDICINA
Mundo Hospitalar
Falar com o outro médico por telefone não é a mesma coisa que conversar olhando pra ele.”
e que outros pontos, como educação profissional e a organização de parcerias, também devem ser considerados no desenvolvimento de soluções, principalmente em grandes centros urbanos. O apoio da Philips para a telemedicina em cardiologia se deve ao apoio que a empresa quer dar à transformação do setor de saúde, no geral. “Nossa intenção é melhorar os diversos setores de saúde. Por exemplo, damos incentivo ao Outubro Rosa, para conscientização do câncer de mama e, com isso, temos parcerias com hospitais para disponibilizarmos mamografias às mulheres. Com todas as iniciativas, temos uma meta de tocar três bilhões de pessoas no mundo, seja através de nossas tecnologias em saúde quanto até de iluminação de ambientes. Em 2012 conseguimos contabilizar 1,7 bilhões de pessoas que tiveram de alguma forma uma melhoria fornecida pela Philips”, conta o gerente de marketing da Philips, Aldo Landaeta.
Projeto Infarto
Entre as iniciativas que compõem o programa “De Peito Aberto” está o “Projeto Infarto”, realizado em parceria com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e a Secretaria de Saúde do Município de São Paulo. Por meio desta ação a Philips capacitou 350 profissionais em 2011, 2.500 em 2012,
e pretende treinar mais 2.500 este ano. O objetivo é reduzir a taxa de mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) durante os primeiros atendimentos nos setores de emergência. O foco deste projeto é o sistema público de saúde. Os hospitais que participaram do evento tiveram uma redução de quase 30% de mortalidade após o treinamento e, contatou-se ainda, uma redução de 28,8% na taxa de mortalidade por problemas cardíacos.
Telemedicina do InCor
O Incor é um exemplo de pioneirismo em Telemedicina, que foi o tema desta edição do programa “De Peito Aberto”. O serviço de emissão de laudos de eletrocardiograma do hospital, criado há mais de 20 anos, foi o primeiro do Brasil. Agora, o Instituto se prepara para dar outro salto inovador: o Serviço de Tele-emergência e Tele-UTI do Incor. Estes serviços têm como objetivo prestar consultoria técnica, online e em tempo real, a unidades de emergência e de UTI do SUS, no atendimento de infartos e de casos cardiológicos complexos. Com o uso de ferramenta inédita no País para discussão de casos clínicos pela web, o serviço, que entrará em fase de implantação ainda em 2013, servirá de plataforma para que, nos próximos anos, a expertise do Instituto do Coração chegue aonde a populaPanorama Hospitalar – Julho, 2013
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Mundo Hospitalar
TELEMEDICINA
Foto: Fabio Martins
Instituições podem contatar InCor através de computador ligado à rede, para a segunda opinião em telemedicina.
ção necessita, até mesmo nos lugares mais remotos do País. Quando totalmente implantado, o serviço terá capacidade para atender 200 dessas unidades de saúde, afirma o Presidente do Conselho Diretor do Incor, Dr. Fábio Jatene. Segundo o Dr. Roberto Kalil, diretor da Divisão de Cardiologia Clínica do Incor, o Serviço de Tele-emergência e Tele-UTI do Instituto do Coração “é uma maneira efetiva de democratizar o acesso dos brasileiros aos avanços da ciência no tratamento das doenças do coração”. De acordo com o Dr. Múcio Tavares, um dos coordenadores do Serviço de Tele-emergência e Tele-UTI do Instituto do Coração, as tecnologias em telemedicina na saúde resolvem alguns desafios importantes. Dentre eles, o fato de uma segunda opinião médica por telefone ser muito restrita. “Falar com o outro médico por telefone não é a mesma coisa que conversar olhando pra ele. Se o médico do outro lado diz que tem um exame que não consegue fazer o diagnóstico, a gente pede para ele apontar a câmera para exame, de maneira que possamos avaliá-lo, informando com maior segurança o quadro clínico do paciente”, explica. 34
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A telemedicina é a melhor ferramenta para a orientação médica á distância, num país como o Brasil, também por outro motivo: a transmissão de sinal ainda é precária no País, o que pode levar ao atraso na imagem ou falhas na transmissão. “A dificuldade em transmitir sinal vital do paciente para a segunda opinião, em tempo real, é devido à qualidade de streaming, que realiza a transmissão em tempo real. Mas na telemedicina resolvemos isso com a câmera”, acrescenta. O diretor da Emergência do Incor afirma que a responsabilidade sobre o diagnóstico do paciente, caso a instituição ofereça sua opinião através da telemedicina, é tanto dela quanto do hospital que pediu o auxílio. “Se o médico nos pede uma opinião e emitimos, dizendo que não há perigo e, depois, o paciente vai a óbito, a morte é de nossa responsabilidade também”, afirma o Dr. Múcio. Ainda segundo ele, a Telemedicina é muito bem vinda na Cardiologia. “Primeiro porque os pacientes falecem rapidamente em casos graves e, segundo, porque as diretrizes dessa área da medicina estão muito bem estabelecidas, dando maior segurança nos procedimentos de segunda opinião médica”.
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SANTA PAULA
São Paulo ganha
instituto
dedicado à Oncologia Por Viviam Santos
Hospital Santa Paula inaugurou em junho prédio exclusivo para tratamento humanizado e multidisciplinar de câncer.
O
Hospital Santa Paula, em parceria com o Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, inaugurou em junho o Instituto de Oncologia Santa Paula (IOSP), na zona sul da capital de São Paulo. O objetivo do Instituto, que faz parte do complexo hospitalar Santa Paula, é oferecer atendimento multidisciplinar por meio de tratamentos modernos aos pacientes acometidos pelo câncer. O HSP atua na área da oncologia há 12 anos e passa a contar com um edifício exclusivo para esta especialidade, que recebeu investimento de R$ 26 milhões. O IOSP tem capacidade para atender até 800 pacientes por mês. Para este público e seus acompanhantes, o novo prédio de quatro mil metros quadrados também conta com auditório e área de convivência. De acordo com o presidente do Hospital Santa Paula, Dr. George Schahin, o projeto foi iniciado no início de 2011 e as obras em setembro de 2011, finalizando no fim de 2012. Antes do projeto do novo instituto ele comenta que visitou diversos centros de Oncologia nos Estados Unidos. “Viajamos ao exterior e visitamos cerca de 10 centros de Oncologia nos Estados Unidos, para vermos as tendências do setor. Encontramos situações importantes em humanização no atendimento aos pacientes e familiares. Além de todas as necessidades de fluxos, conforto térmico, acústico, etc, e o que mais fosse necessário”, conta. O presidente do HSP diz que o instituto se diferencia por fazer um trabalho integrado: no mesmo ambiente estão oncologistas clínicos, onco-hematologistas, radioterapeutas, especialistas em saúde bucal e cirurgiões oncológicos – todos dedicados ao planejamento de tratamento aos diversos tipos de câncer. “É diferente de um clínico, pois no prédio há acompanhamento multi-
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Viajamos ao exterior e visitamos cerca de 10 centros de Oncologia nos Estados Unidos, para vermos as tendências.”
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disciplinar, feito em conjunto com todos os profissionais necessários”, acrescenta Dr. Schahin. Em atendimento desde o mês de sua inauguração, o IOSP já tem retorno positivo: “Soubemos que a sensação dos médicos e outros profissionais, além dos próprios pacientes, é que a condição de conforto, térmico e acústico, incluindo as cores dos ambientes, entre outras coisas, estão muito mais agradáveis. A expectativa de atendidos é que realizemos no novo prédio o mesmo que atendíamos antes, no Hospital, com cerca de 220 infusões por mês”.
Parceria com o Sírio-Libanês
Quando o Hospital definiu o planejamento estratégico em 2010, quis crescer no setor de Oncologia com novo prédio e recursos. “Foi então que vimos a necessidade de definirmos a equipe para isso. Pensamos em trazer profissionais de fora ou do mercado, mas corríamos muitos riscos com novas contratações, além de ser um investimento muito grande. Analisamos as instituições para uma parceria sólida, com um estudo sobre as possibilidades, e chegamos à conclusão que o melhor hospital para trabalhar conosco se-
Box individual de infusão de medicamentos tem vista para a cidade através de amplas janelas. Os vidros têm filtro contra raios infravermelhos.
ria o Sírio-Libanês”, conta o presidente do HSP. Dr. Schahin afirma que foi feito um contrato de 10 anos com o Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, sendo renovável pra mais 10 anos. “Os médicos são contratados deles e o treinamento da enfermagem e radioterapeutas também é feito pelo Sírio-Libanês. O Hospital Santa Paula acompanha avaliando mensalmente os resultados, as vagas, o treinamento e a qualidade do atendimento”, diz.
Estrutura
O Instituto de Oncologia Santa Paula conta com dois andares de consultórios, destinados à oncologia 38
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clínica, cirurgia oncológica, radioterapia e onco-hematologia. O prédio também dispõe de dois andares para quimioterapia com boxes individuais e farmácia para manipulação de quimioterápicos. No quarto subsolo está instalada a Radioterapia com Acelerador Linear de Intensidade Modulada (IMRT), uma evolução no combate ao câncer - uma vez que o equipamento permite modular a dosagem de radiação necessária para cada tumor, contribuindo assim com a preservação dos tecidos próximos à área tratada. “Temos dois bunkers para instalação de acelerador linear e já instalamos o primeiro para radioterapia em 3D. O Acelerador Linear de Intensidade Modulada é uma
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tecnologia muito avançada, inclusive está em consulta pública da Agência Nacional da Saúde [ANS] como proposta para entrar no rol de procedimentos de cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde”, nota. Além do atendimento multidisciplinar para tratamento da doença, os pacientes e seus familiares podem tirar proveito de um andar com shopping, cyber
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café, biblioteca, psicoterapia, nutrição, sala para estética – para ensinar usar lenços e perucas – e, dentre outros detalhes, um conceito de humanização adotado no IOSP: um sino. A ideia surgiu no M.D. Anderson Cancer Center, de Houston (EUA), considerado um dos melhores centros de Oncologia das Américas. “Lá um paciente doou um sino para ser tocado quan-
Posto de Enfermagem conta com vários computadores para consulta e controle eletrônico de diversas funções.
do um paciente terminava uma fase do tratamento. Quando era tocado três vezes seguidas, eles sabiam que um paciente havia concluído o tratamento. Achamos isso muito motivador ao paciente e trouxemos a ideia ao nosso Instituto”, conta o presidente do HSP. Os pacientes contam com o auxílio de enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e esteticistas durante todo o período de tratamento. O Instituto promoverá ainda palestras com orientações úteis sobre a terapia. Área de convivência com cyber café acomoda pacientes e seus familiares, com acesso à internet, biblioteca, entre outros benefícios. Outro conceito de humanização no tratamento aos pacientes com câncer é uma área de convivência
dedicada ao bem-estar do paciente e seus familiares. A sala de estética conta com profissionais aptos a darem dicas e consultoria de como usar perucas, lenços e turbantes. Além disso, as pacientes também terão à disposição, um maquiador profissional para orientações sobre os cuidados com a pele e uso de maquiagem. É neste espaço também que fica o sino. “É importante ao paciente, pra autoestima dele, e consequentemente é bom para o tratamento. Uma mulher que passa pela quimioterapia perde o cabelo, essa já é uma situação constrangedora, então temos profissionais especializados nessas áreas de beleza e estética”, explica. “Outra coisa interessante é que na entrada do prédio há um jardim com fonte de água, terra e fogo, Panorama Hospitalar – Julho, 2013
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que faz referência à vida – representando os quatro elementos da vida, incluindo o ar. É decorativo e funciona para os pacientes se sentirem bem ali. Também teremos a partir de agosto, no lobby do instituto, um piano que será tocado por um músico, todos os dias, durante mais ou menos uma hora e meia, de manhã e à tarde”, acrescenta o Dr. Schahin.
Sustentabilidade
O presidente do Hospital Santa Paula afirma que parte da água utilizada no Instituto de Oncologia é proveniente de reuso. “Além disso, os vidros estão preparados para que diminuam a passagem de raios infravermelhos, para não esquentar muito o ambiente e diminuir o consumo de ar-condicionado. E pos-
Jardim na entrada do IOSP tem os quatro elementos para representar a vida.
suímos certificação do Processo Aqua de construção saudável, da qual já passamos pela primeira avaliação, que é feita todo ano”, diz o Dr. Schahin. A iluminação também foi pensada nos ambientes, com luminotécnica da arquiteta Neide Senzi. O grupo New Space fez a arquitetura, sob o comando de Solange Medina. Já a impressão em papéis é reduzida, uma vez que o IOSP tem rede interna e sistema para Prontuário Eletrônico.
Tecnologias
O gerente de TI do Hospital Santa Paula, Alexandre Dias Freitas de Jesus, explica que toda a rede do instituto foi montada com cabeamento estruturado a 380 pontos de rede, pra atender todas as demandas dos hospitais, além do total de 33 computadores, 46 câmeras de monitoramento com tecnologia IP (CFTV-IP), dois projetos full HD e enlace de fibra óptica de 80 Gigabit Ethernet com o HSP - distribuídos em uma rede de dados interna com velocidade de um Gigabit Ethernet. “Conseguimos disponibilizar sistema de gestão, agendamento, faturamento, prontuário eletrônico, de gerenciamento e estoque de medica40
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mentos, etc. Esse sistema do hospital atende essas demanda, enfermaria, farmácia, clinica e também a administração dá suporte ao IOSP”, afirma. Com isso, o instituto é totalmente informatizado desde o agendamento do paciente para consulta, até o processo de prescrição quimioterápica, dispensação de itens, manipulação, preparação, infusão, entre outros processos que são facilitados. “Todos os computadores nos consultórios, posto de enfermagem e áreas administrativas utilizam o sistema de rede sem fio [wireless] de 50MB, também para uso dos pacientes e acompanhantes, e há telefonia com tecnologia VOIP”, acrescenta Alexandre. O sistema de gestão hospitalar utilizado no Instituto de Oncologia Santa Paula é o Philips TASY, que efetua o gerenciamento de todos os processos clínicos - Prontuário Eletrônico do Paciente, Prescrição Eletrônica do Paciente, Gestão de Administração de Quimioterapia, Evolução Médica/Enfermagem, Farmácia Clínica, etc -, e administrativos - Agendamento, Faturamento, Controle de Estoque, entre outros recursos. O sistema é integrado em tempo real com o Hospital Santa Paula e todos os seus serviços.
Ponto de Vista
MARKETING
Planeje a mudança em seu hospital
H
á uma corrente teórica no estudo da administração e das organizações, chamada de Ecologia Populacional, que defende que as organizações não podem se adaptar ao ambiente, ou seja, o ambiente é quem as seleciona. Essa teoria é análoga à abordagem evolucionista de Darwin. Segundo essa visão, as organizações não se adaptam ao ambiente, ao contrário, tendem a ser inertes e conservar suas formas organizacionais originais. É o am-
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biente que as seleciona. Dessa forma, organizações que melhor preservam suas rotinas e formas de procedimentos originais são selecionadas pelo ambiente, dado seu alto grau de confiabilidade e estabilidade na prestação de serviços e fornecimento de produtos. Eu sou contrário a essa corrente, pois deixa a organização num papel muito passivo. Prefiro a corrente contingencial, que é uma abordagem que combina duas variáveis: ambiente e estrutura organizacional. Segundo os estudos dessa abordagem, as organiza-
MARKETING
ções tendem a se estruturar de acordo com o ambiente, se adaptando ao mesmo. Partindo do princípio de que o ambiente é uma variável não controlável pela organização e a mesma, para se manter e crescer, precisa se adaptar constantemente, produz um fenômeno que os teóricos da abordagem sistêmica chamaram de Entropia Negativa, que em outras palavras, é a capacidade que os sistemas têm de se renovar às novas condições. Ora, é para isso que serve o planejamento estratégico, ele é uma ferramenta que a organização possui para diagnosticar e prescrever soluções para seus problemas, ou até melhor, buscar prevenir possíveis situações. Um médico não prescreve nenhum tratamento sem um diagnóstico do paciente. Um administrador não pode prescrever nenhuma estratégia organizacional sem a mensuração do mercado (seja através de variáveis micro ou macro econômicas), sob pena de errar sua “terapêutica”. Nesse contexto, por exemplo, entram os estudos epidemiológicos, pois o fragmento mais importante do mercado e a razão de ser de todas as organizações são os seus clientes, e no caso dos hospitais, são os pacientes. É a partir deles que todas as estratégias deverão ser formuladas, pois um hospital só existe porque há necessidades de saúde de uma comunidade de clientes. E são as necessidades destes que devem orientar os esforços da organização – afinal elas só existem para isso. Quando um hospital opta pela estrutura matricial, por exemplo, o mesmo provavelmente está pensando justamente nisso: unir funções a processos. Porém, na prática, nem sempre estão trabalhando dessa forma. Mas há uma questão aqui que é essencial: A cultura organizacional do hospital está realmente preparada para trabalhar com planejamento estratégico? Aí trago para a discussão o cerne da questão: a mudança. Essa temática é de fundamental importância para as organizações, pois não existe desenvolvimento sem mudanças e não existe mudança sem passar pela adaptação da cultura organizacional, ainda mais quando se trata de organizações extre-
Ponto de Vista
André Carneiro é doutor em Administração com ênfase em Marketing no Setor de Saúde. Professor, Pesquisador e Prático da Administração, ele possui vasta experiência no Mercado de Saúde.
mamente antigas e tradicionais como os hospitais, cheias de atributos, artefatos, mitos, histórias, modelos conflitantes com o perfil que se quer empregar. Planejamento, qualidade, o “atender bem ao cliente”, passam mais pela cultura organizacional, pelo aprendizado ao longo dos anos, do que meramente pela aplicação de ferramentas momentâneas. Portanto, se você investe em treinamentos, consultorias, estrutura, tecnologia, etc, em seu hospital e não percebe mudanças, agora você entende o motivo. Organizações só se desenvolvem se houver algo muito maior e essa mudança depende mais de fatores intangíveis do que tangíveis. Seu hospital precisa verdadeiramente de uma missão, de uma visão e de princípios, mas não apenas de maneira figurativa no planejamento, mas sim introduzidos no dia a dia do hospital, senão vira papel morto e não filosofia viva.
Não existe desenvolvimento sem mudanças e não existe mudança sem passar pela adaptação da cultura organizacional.”
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Ponto de Vista
GESTÃO DE PESSOAS
Gestão inteligente
de pessoas em saúde
Fabrizio Rosso é professor, administrador hospitalar, mestre em Recursos Humanos e sócio e diretorexecutivo da Fator RH.
Q Q
uando falamos em gestão estratégica de pessoas, costumo sempre lembrar aquele velho título de livro: “Quem não faz poeira, come poeira”. Essa é uma verdade organizacional. Outra verdade, é que para diretores e equipe de Recursos Humanos inteligentes, 2014 não se iniciará daqui a cinco meses. O próximo ano já começou ontem. E muitas vezes encontro diretorias ou gestores de pessoas querendo fortemente capacitar a base da equipe para ajudá-los a serem mais resolutivos, quando o cerne do problema, via de regra, não está na base, mas sim no recheio do sanduíche - a “liderança”. Ainda hoje 80% dos nossos problemas decorrem de má comunicação dentro das instituições de saúde. Entro e saio de reuniões em muitos hospitais, clínicas, empresas de home care, e o discurso não para de se repetir: “As pessoas aqui não conseguem se comunicar direito!”. Leia-se (depois de meia hora de conversa) “chefes” no lugar da palavra “pessoas”, na frase anterior. A ciência da liderança pressupõe outras artes, como a diplomacia, por exemplo. E gestores que falam o que vem na cabeça geralmente são péssimos na hora de liderar as emoções das equipes de trabalho. Pois, sem avaliar o impacto de suas palavras na mente e no coração da sua equipe, causam efeitos colaterais sérios no entusiasmo e no comprometimento dos seus colegas e colaboradores.
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A comunicação, aliás, é a mãe de todas as competências da liderança e pode ser uma grande aliada ou uma terrível inimiga na sua gestão do tempo na área da saúde. Vejamos, por exemplo, algumas dicas gerenciais para a diretoria de Recursos Humanos, para pensar: Como líder, você tem ferramentas de planejamento das suas atividades? A base da organização do tempo dentro de uma equipe hospitalar, por exemplo, passa inevitavelmente por uma ferramenta chamada planejamento. Ter claro quais são os objetivos estratégicos, seus planos de ação e fatiá-los em tarefas a serem executadas diariamente, semanalmente e mensalmente (e mesmo anualmente) é o primeiro passo. Você já tem o mapa de 2014 nas mãos? Dica: Cronogramas são ferramentas muito úteis. Se você não tem, comece a fazer. Se não consegue se organizar, peça ajuda, mas transforme seus rascunhos em algo profissional. Como líder, você centraliza tudo ou já entendeu o significado da palavra delegação? Um líder que não delega, também não está liderando. Na realidade está fazendo o trabalho dos seus colaboradores e funcionários. É claro, a equipe não vai achar ruim, pelo contrário, vai ficar mais ociosa para fazer outras coisas - inclusive, aquilo que não é a prioridade do trabalho. Delegar significa que você, como líder, irá capacitar pessoas para
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GESTÃO DE PESSOAS
Delegar significa que você, como líder, irá capacitar pessoas.”
serem competentes em desenvolver os trabalhos que até então você faz. Quanto mais você dedicar tempo ao processo de formação de sua equipe, mais poderá contar com ela, mais poderá delegar para ela e, no médio e longo prazo, terá mais tempo disponível para tratar das coisas mais importantes. Ser líder é ser educador, e delegação é uma estratégia muito importante para se atingir este objetivo. Dica: Como é que você se comunica no processo de delegação? Simplesmente, mandando os outros fazerem as coisas? Ou você coloca no seu planejamento pessoal 20 minutos para orientar o colaborador? Sentar lado a lado e começar dizendo que você vai ajudá-lo a aprender uma tarefa nova, para que ele seja ainda mais competente do que já é.
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Com tantas mudanças no cenário de saúde (fusões, incorporações, ampliações de redes hospitalares, de laboratórios e home care), uma empresa sem foco na capacitação das suas lideranças, corre o sério risco de perder competitividade. Perder isso num momento em que os grandes estão devorando os pequenos é decretar sua própria execução no médio e longo prazo. Para quem não tem planejamento, não tem um modelo de gestão por competências implantado no RH e não está, portanto, desenvolvendo suas lideranças por competências para o futuro, daqui a alguns anos sobrará poucas opções. E as opções gerenciais que restam, geralmente, são a “guilhotina” ou o “paredão de fuzilamento”, afinal, como diz o técnico de vôlei Bernardinho: “Nada na vida substitui o preparo”. Pense nisso e bom ano, caro RH!
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esenvolver competências e técnicas gerenciais contemporâneas que permitam aos profissionais identificar e apresentar soluções para os problemas fundamentais que afligem a área da saúde – este é o principal objetivo do MBA Executivo em Saúde oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Management, no Rio de Janeiro (RJ). Além de incentivar as técnicas modernas, o curso oferece referências que possibilitam pensar e agir estrategicamente frente aos desafios da gestão de organizações hospitalares e sistemas de saúde. O MBA Executivo em Saúde está direcionado a empresários, diretores, gerentes e profissionais que possuam curso de nível superior e que desejam atua-
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lizar-se nas modernas técnicas de gestão empresarial aplicadas à saúde. Dentre os 20 temas abordados no MBA, estão: Aspectos Jurídicos em Saúde, Gestão de Custos em Saúde, Gestão de Pessoas em Sapude, Gestão dos Serviços em Saúde, Logística Aplicada à Saude, Marketing de Organizações em Saúde, entre outros. Com início em 20 de setembro na unidade FGV Centro, o MBA é quinzenal, às segundas-feiras das 8h30 às 18h10, com a carga horária total de 432 horas – divididas em 18 meses. Para obter mais informações sobre o MBA acesse: http://mgm-rio.fgv.br/cursos-detalhes/mba-executivo-em-saude-2.
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Agenda
FIQUE POR DENTRO
AGOSTO ÌÌ CONGRESSOS BRASILEIRO E PAN-AMERICANO DE OFTALMOLOGIA DE 2013 Os eventos, organizados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em parceria com o Departamento de Oftalmologia da Associação Médica Brasileira e a Associação Pan-Americana de Oftalmologia (PAAO), serão realizados de forma compartilhada e única no Rio de Janeiro. A programação científica se distribui em 18 salas com simpósios, painéis e eventos coordenados por profissionais dos três idiomas (português, espanhol e inglês). 7 a 10 de agosto Local: Riocentro Rio de Janeiro, RJ http://www.congressocbo.com.br/cbo2013
ÌÌ 1º SIMPÓSIO DE ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA PEDIÁTRICA O Hospital Infantil Sabará realiza em São Paulo (SP) o Simpósio de Oncologia e Hematologia Pediátrica, que reúne pediatras e oncologistas de diversas instituições brasileiras para discutir as novidades, tratamentos e diagnósticos sobre o câncer e hematologia infantil. 10 de agosto Local: HMC - Higienópolis Medical Center São Paulo, SP http://www.sabara50anos.com.br/cursos/eventos_detalhes. asp?cod=17
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ÌÌ 1º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE REGULAMENTAÇÃO DE RADIOFÁRMACOS Participam do simpósio representantes de todos os produtores de radiofármacos que atuam ou pretendem atuar no Brasil: institutos da CNEN, universidades, produtores privados nacionais e indústria internacional. O tema principal, de interesse comum a todos os presentes, será o registro de radiofármacos no país. 14 de agosto Local: Sede da Anvisa Brasília, DF http://www.sbmn.org.br/site
ÌÌ 18º CONGRESSO ABRAMGE E 9º CONGRESSO SINOG A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) e o Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog) promovem anualmente seus congressos, que em sua 18ª e 9ª edições, terão como tema principal “Mercado da Saúde Suplementar”. Contarão com a participação especial da Associação Latino-Americana de Sistemas Privados de Saúde (Alami), que proverá seu congresso itinerante em conjunto com seus filiados brasileiros. 22 e 23 de agosto Local: Hotel Maksoud Plaza São Paulo, SP http://www.abramge.com.br/18congresso.aspx
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