Panorama Audiovisual Ed. 56 - Outubro de 2015

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56 ISSN 2236-0336

Ano 4 - Edição 56 - Outubro/2015

Jorge e Mateus em 4K

UHD chega aos grandes shows Quantel e Snell agora são SAM - uma nova empresa que tem a visão e a tecnologia para entregar soluções que mudam a forma de fazer negócios. Nós entendemos que não se trata somente sobre o futuro; para chegar lá, as necessidades de hoje também são preponderantes. É por isso que nós entregamos hoje sistemas preparados para o futuro que vão permitir que seu negócio seja bem sucedido na era voltada ao consumidor.

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Editorial

Pesquisa com 5G abrem um novo caminho para os serviços online e o streaming

Ano 4 N° 56 Outubro de 2015 Diretoria Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Redação Editor e Jornalista Responsável

Fernando Gaio (MTb: 32.960)

A Ericsson lançou na Europa a Fase 1 do projeto 5G Exchange (5GEx), que tem o objetivo de criar uma infraestrutura unificada entre múltiplos operadores e tecnologias. O projeto centra-se na harmonização dos serviços entre diferentes regiões, envolvendo varias empresas. Esta harmonização deve ser compatível com os conceitos NFV (Virtualização das Funções de Rede) e tecnologias de rede definidas por software. Os elementos da rede e serviços end-to-end poderão ser combinados em ambientes de vários fornecedores, assim como tecnologias e recursos heterogêneos. Para os operadores e provedores de conteúdo, isso se traduz em um serviço de atendimento automático, reduzindo o tempo necessário para começar a distribuir um conteúdo audiovisual, por exemplo. Os serviços poderão ser lançados de modo programado graças à filosofia de um centro único de controle. Ao mesmo tempo, os usuários de empresas e indústrias ganham flexibilidade para definir, implantar e controlar arquiteturas de serviço sob demanda. As empresas poderão atingir novos níveis de eficiências na migração de serviços de rede, com firewalls e roteadores para uma única plataforma virtual e manter apenas redes físicas. O projeto 5GEx acontece entre outubro de 2015 e março 2018, e a Ericsson controlará o projeto em colaboração com vários parceiros, incluindo a Telefônica, Atos, Universidade de Economia e Negócios de Atenas, Instituto de Redes Definidas por Software de Berlin, Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste, Deutsche Telekom, European Center for Information and Communication Technologies, Hewlett-Packard Enterprise, Huawei, Orange, RedZinc, Royal Institute of Technology, Telecom Italia, Telenor e University College de Londres. O projeto prevê uma plataforma aberta, que permite a harmonização dos serviços em vários domínios, com um pacote de ferramentas de software de código aberto e extensões que podem ser utilizadas mesmo onde não há o 5GEx. Ele também tem o objetivo de desenvolver uma rede que permite a experimentação e validação de arquiteturas, mecanismos e modelos de negócios. Ao mesmo tempo, o 5GEx vai lançar uma plataforma de testes preparada para várias aplicações do 5G em cenários realistas, demonstrando a harmonização da infraestrutura como serviço ponta-a-ponta para vários operadores. No Brasil, a Ericsson e a América Móvil realizarão o primeiro teste de 5G em 2016. Elas também irão implementar um sistema de testes para a Internet das Coisas (IoT), possibilitando que as indústrias brasileiras e o setor público se preparem para a transformação das TICs. As pesquisas ainda envolvem a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A Ericsson fez uma parceria com a Universal Music para criar o Streamr, uma ferramenta 5G que tem por objetivo melhorar a experiência do compartilhamento em tempo real de vídeos ao vivo. Neste ano a Ericsson e Universal Music lançaram a Streamr, uma ferramenta 5G para stream ao vivo que pretende melhorar a experiência na transmissão de eventos. O aplicativo em conjunto com a infraestrutura de rede 5G permite que os usuários realizem streaming de vídeo ao vivo a partir de seus telefones durante um evento. Assim, outros usuários com dispositivos portáteis podem ser receptores da transmissão dentro de arenas e casas de espetáculos, bem como usuários de internet que podem acessar o conteúdo através de um portal web baseado em nuvem. Apesar do 5G ainda estar longe de se tornar realidade, esta sequencia de iniciativas terá grande impacto na maneira como a mídia é distribuída, colocando em segundo plano a transmissão tradicional – o broadcast.

fernando.gaio@vpgroup.com.br Editor Assistente

Fávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Repórter

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Editor Internacional

Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Colaborador

Eduardo Boni Arte Giovana Dalmas giovana.dalmas@vpgroup.com.br Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Web Design Bruno Macedo bruno.macedo@vpgroup.com.br Robson Moulin robson.moulin@vpgroup.com.br Marketing Assistente

Michelle Visval michelle.visval@vpgroup.com.br Sistemas Wander Martins wander.martins@vpgroup.com.br Comercial Diretor Comercial

Christian Visval christian.visval@vpgroup.com.br Gerentes de Contas

Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Golçalves de Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Silvamarts

Fernando Gaio (MTb: 32.960) Editor Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV

PanoramaAVBR



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Sumário

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YouTube lança serviço de assinatura

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Padrão para áudio sobre IP é revisado AES67 permite interoperabilidade na transmissão de áudio em diferentes redes.

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O ‘Cara’ do Som Com mais de 32 anos de experiênci no áudio para televisão, Dennis Baxter é a autoidade máxima para falar de produção de som para eventos esportivos. Em preparação para os jogos do Rio, o profissional fala um pouco do passado e futuro da tecnologia de captação.

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RockinRio Os batidores do espetáculo

42 42

Padrão Merlin de Qualidade Conheça a trajetória de 30 anos de uma das maiores empresas brasileiras provedora de soluções para o mercado de produção audiovisual

48 48

Cinemática Audiovisual abre as portas para a pós-produção

Com estrutura compacta e serviço especializado, produtora tem plano de crescimento cauteloso e baseado em parcerias.

52 52

Globo coloca radiodifusão em xeque

Globo Play valoriza streaming com versões gratuita e paga, VoD e 4K.

68 68

72 72

Sertanejo em 4K Ultra HD

Show da dupla Jorge & Mateus foi gravado com a nova tecnologia e o apoio da unidade móvel da produtora RGB. Distribuição em 4K será feita pela internet.

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Notícias

YouTube lança serviço de assinatura Empresa promete oferecer conteúdo exclusivo, reprodução offline e modo background

Entre as novidades anunciadas pelo Youtube está a transmissão da Copa do Rei ao vivo

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YouTube acaba de anunciar o lançamento de um serviço de assinatura, o YouTube Red. O serviço, que estará disponível nos EUA a partir do próximo dia 28, permitirá aos usuários acessar os vídeos da plataforma sem a interferência de publicidade. Com uma assinatura mensal de US$9,99 (US$12,99 para usuários de iOS), os usuários do serviço poderão salvar o conteúdo para assistir posteriormente de maneira offline, tocar os conteúdos em modo background, além de ter acesso a conteúdo exclusivo e original, produzido pelo próprio YouTube e pelos principais YouTubers do mundo. Os conteúdos originais, com previsão de estarem disponíveis a partir de 2016, incluem produções como: a série “Scare PewDiePie” que colocará o YouTuber PewDiePie (com quase 40 milhões de inscritos) em situações aterrorizantes inspiradas em seus jogos favoritos, produzida pelo criador e produtor executivo da sérieThe Walking Dead; o filme “ATrip to Unicorn Island”, que colocará a YouTuber Lilly Singh, do canal IISuperwomanII (quase 7 milhões de inscritos), em um tour de 26 cidades pelo mundo onde ela terá praticar o que ela prega: a felicidade é a única coisa que vale a pena lutar; entre muitos outros.

YouTube Music Outra novidade anunciada é o aplicativo YouTube Music, que funcionará de maneira semelhante a outras plataformas de streaming de música, como o Spotify e o Deezer. Os usuários poderão acessar a plataforma e ter acesso a todo o conteúdo musical disponível noYouTube. O aplicativo é semelhante a outras plataformas já em funcionamento, como o YouTube Gaming e o YouTube Kids, voltados para conteúdo de jogos e para o público infantil, respectivamente. Segundo a empresa, o YouTube Music “estará disponível em breve”. Com a funcionalidade de tocar os conteúdos em modo background, os usuários não precisarão deixar o aplicativo aberto para ouvir as músicas, o que coloca a plataforma em patamar de igualdade com os competidores. O YouTube Red também trabalha com o Google Play Music, então quem assinar um, terá acesso ao outro automaticamente.

A empresa ainda destaca que a versão gratuita, com anúncios, “não irá a lugar nenhum” e continuará funcionando normalmente.

Copa do Rei Dias após o anúncio de seu novo serviço de OTT por assinatura, o Youtube Red, a mais popular plataforma de vídeos pela internet anunciou que passará a transmitir partidas de futebol da Copa do Rei (Espanha) ao vivo a partir de hoje (28). O serviço será possível graças a um acordo de transmissão entre a LFP (Liga de Futebol Profissional da Espanha), a detentora dos direitos de transmissão MediaPro e o Google. Apesar de não ser a primeira vez que oYoutube realizar uma transmissão esportiva ao vivo (o mundial de Surfe de 2014 já teve o privilégio), esta será a primeira ação com a possibilidade de capilarização em massa que o esporte mais popular do mundo oferece. O sinal será disponibilizado para 17 países simultaneamente, incluindo Brasil. O anúncio levanta diversas questões do ponto de vista tecnológico e de mercado, sendo o mais óbvio é a disponibilidade de banda. A popularidade do futebol sempre é citado com um grande problema de enxergar o OTT como um meio de distribuição de massas para o futuro. Simplesmente não há banda para atingir milhões de espectadores simultaneamente em uma aplicação crítica onde atrasos de transmissão não são tolerados. Outro problema diz respeito à exclusividades de direitos explorar financeiramente a transmissão destes eventos, normalmente em mãos das grandes emissoras de TV Aberta e de Assinatura. A solução do Youtube para ambos os problemas é bem simples: A Espanha não está na lista dos países contemplados pela transmissão. Em outras palavras, não há nem conflito de interesse nem grande fluxo de espectadores interessados em acompanhar as partidas. Ainda sim, a LFP espera atingir uma audiência de até 200 milhões de espectadores potenciais espalhados pelo mundo. Os interessados em acompanhar a partida precisam pagar um valor de 4,99 Euros por partida ou 19,99 Euros para todo o campeonato. A transmissão será toda feita em HD. PA



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Notícias

Felipe Andrade assume Snell Advanced Media no Brasil Gerenciamento de canais e desenvolvimento de mercados estão entre as novas funções

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Snell Advanced Media (SAM) – nova denominação da junção entre as fabricantes Snell e Quantel – anunciou durante o IBC 2015 que Felipe Andrade será o diretor regional da companhia para o Brasil. Andrade é o quarto contratado para a região da América Latina e chega à companhia após na Direção de Desenvolvimento de Negócios da AVID Technologies. Antes disso, ele esteve por 15 anos na Grass Valley e 5 anos na Sony. A base de operações no Brasil será em São Paulo e envolverá o contato direto com os clientes chave, gerenciamento dos canais de distribuição e integradores de sistemas, e o desenvolvimento de novos mercados. “Estamos muito felizes com a entrada do Felipe na nossa equipe da América Latina, trazendo grande experiência técnica e comercial para lidar com os nossos parceiros”, afirmou Rafael Castillo, Vice-Presidente da SAM na região. “Felipe tem um profundo relacionamento com os clientes mais importantes dentro e fora do país, o que nos permitirá elevar o volume de negócios”. PA

André Figueiredo assume ministério das Comunicações Prioridades, segundo orientação da Presidente Dilma, deverão ser no processo de migração AM-FM e no desligamento do sinal analógico de TV

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novo ministro das Comunicações, André Figueiredo, afirmou nesta terça-feira (6) que suas prioridades à frente da pasta são os processos de migração das rádios AM para o FM e a mudança do sinal analógico de TV para o digital. Figueiredo substitui Ricardo Berzoini, nomeado para a Secretaria de Governo. O Ministério das Comunicações vai priorizar o diálogo para encontrar um preço justo a ser pago pelos radiodifusores que adquirirem as outorgas de FM. Mais de 1.300 rádios AM pediram ao ministério a mudança de sinal. O método de cálculo para definir os preços está em discussão pelo MiniCom e passa por um levantamento junto ao setor de radiodifusão. O posicionamento a respeito da TV Digital foi reforçado pela própria presidente Dilma Rousseff em seu discurso no 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, também na terça-feira. Dilma destacou que o principal desafio do governo no setor de radiodifusão é a transição da TV analógica para a digital: “Vamos buscar uma forma que seja a mais adequada à situação política, econômica e social do País”, disse. O objetivo é garantir que pelo menos 93% dos domicílios estejam aptos a receber o sinal digital e instalar o novo sistema de transmissão de TV em todas as 11 mil geradoras e retransmissoras em todo o país. Além disso, também haverá um foco em encontrar soluções para que os brasileiros não fiquem sem o serviço de televisão no processo

de desligamento do sinal analógico, que acontece progressivamente entre 2016 e 2018, com um teste-piloto este ano. “Há um desligamento piloto previsto para Rio Verde, em Goiás. Existe uma demanda para que seja postergado, já que há uma determinação de que 93% dos domicílios tenham acesso ao sinal digital, então vamos dialogar a respeito”, disse Figueiredo. Durante sua posse, o novo ministro das Comunicações também falou sobre as iniciativas de inclusão digital. PA


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Notícias

Padrão para áudio sobre IP é revisado AES67 permite interoperabilidade na transmissão de áudio em diferentes redes.

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Media Networking Alliance acaba de publicar uma revisão para o padrão AES67, incluindo referências atualizadas a RFC 7273. Este padrão permite a interoperabilidade para a transmissão de alto desempenho de áudio sobre IP. A nova norma AES67-2015, além das referências a RFC 7273, introduz melhoras no funcionamento do padrão baseado na aplicação geral e na experiência “Plugfest”. Os testes envolveram as empresas ALC NetworX GmbH, Archwave AG, Axia Audio, Digigram SA, DirectOut GmbH, Georg Neumann GmbH, Lawo AG, Merging Technologies S.A., SOUND4 e Telos Systems Inc., além das IRT (Alemanha), Swedish Radio e da BBC. “O alcance destas revisões demonstra a natureza robusta e estável do AES67, que foi publicado e implementado com êxito por vários fabricantes de produtos para áudio”, aponta Kevin Gross, presidente técnico da Media Networking Alliance. “Como foram demonstradas nas provas ‘Plugfest’, a compatibilidade funcional do AES67 comporta-se como descrita. Além disso, essas revisões complementam sua funcionalidade”, completa. PA

DPA lança microfone de lapela Slim O Slim possui montagem que permite que ele seja colocado em buracos de botões

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DPA Microphones acaba de anunciar o novo Slim Microphone da linha d:screet na convenção da AES 2015 em Nova York. Desenvolvido como resposta a crescente necessidade da indústria cinematográfica por um microfone de corpo quase invisível, o d:screet Sim oferece a cápsula omnidirecional da DPA em um cabeça achatada, um cabo fino e um novo acessório para montagem em buracos de botões. Atualmente em estágio de testes beta com alguns dos mais proeminentes engenheiros de som da indústria, essa solução, segundo a empresa, já está ganhando um bom retorno. O novo acessório para montagem em buracos de botões, que vem como um acessório fechado, oferece um ângulo de entrada de som de 90º, permitindo que o cabo fique plano sob uma superfície. Ele também é desenho para caber em espaço de até 2 milímetros. A combinação do tamanho e dos acessórios disponíveis aumentam as possibilidades de montagem. “Depois de conversarmos com nossos usuários e colegas da indústria, nós conseguimos uma visão mais próximo de como os microfones foram sendo escondidos e desenvolvemos uma maneira completamente nova e único de lidar com essa lacuna”, disse Mikkel Nymand, gerente de produto da DPA Microphones. “O resultado é um microfone que é mais facilmente escondido embaixo de roupas, o que é muito necessário na televisão e na produção de filmes”, explica. As cápsulas d:screet 4060 com alta sensibilidade e 4061 com baixa sensibilidade usadas no Slim oferecem qualidade de áudio

excepcional com baixo ruído próprio. O microfone está disponível em quatro opções de cor – bege, branco, preto e marrom. “O Slim dará aos profissionais de som uma infinidade de possibilidades”, acrescenta Nymand. “Nós estamos especialmente felizes em chegar a esses profissionais de áudio que queriam a qualidade de som dos microfones DPA, mas que precisavam de uma solução ainda mais discreta”, completa. PA



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Notícias

Ericsson fará primeiros testes de 5G no Brasil já em 2016 A presidente Dilma e o novo ministro das comunicações visitaram a sede da empresa ontem (20) na Suécia

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ministro das Comunicações, André Figueiredo, acompanhou a presidente Dilma ontem (20) em visita a empresa Ericsson, na Suécia. Figueiredo aproveitou para conhecer os projetos e buscar apoio para ampliar a implementação da política brasileira de investimento em tecnologias digitais. O presidente da companhia, Hans Vestberg, anunciou que o primeiro teste de telefonia móvel de quinta geração (5G) deve ser realizado no Brasil já em 2016, por meio de parceria com uma operadora que atua no país. “Para o 5G, o nosso foco é entender como os sistemas serão utilizados pela sociedade pelas e indústrias”, apontou Vestberg. “O primeiro sistema de teste 5G no Brasil é uma maneira de demonstrar a vantagem competitiva, ao mesmo tempo em que conseguimos realizar testes fora dos laboratórios”, completo.

Ele anunciou novos projetos de pesquisa em 5G em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal do Ceará (UFC). PA

GLOOKAST lança INGESTER LT para ISIS 1000 Além disso, empresa abriu um novo escritório nos EUA

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GLOOKAST anunciou o lançamento de uma nova versão da sua solução de ingest baseada em arquivos, Gloobox INGESTER. A nova versão oferece uma solução fácil que, inicialmente, foi desenvolvida para trabalhar em conjunto com o sistema de armazenamento ISIS 1000 da Avid e outras soluções de nível de entrada. O INGESTER LT foi desenvolvido para dar aos usuários facilidade de automação e eficiência no ingest de arquivos XDCAMHD ou AVC-Intra no ISIS 1000 ou outros sistemas de armazenamento compartilhado de entrada. A solução pode criar arquivos que são compatíveis tanto com Avid Media Composer assim como Adobe Premiere Pro CC. A integração com Interplay | Production, a plataforma de gerenciamento de conteúdo da Avid, pode ser adicionada como uma opção ao Ingester LT. Para instalações que querem gerenciar mídia através da integração com softwares de gerenciamento de ativos de terceiros, arquivos criados pelo Ingester LT e seus metadados associados são compatíveis com Cantemo Portal. Segundo Edel Garcia, vice-presidente executivo de operações da Glookast, o objetivo é oferecer uma solução de ingest de arquivos para instalações de pós-produção menores e emissoras. “Nosso objetivo é

oferecer uma solução por menos de US$10 mil e o Ingster LT consegue isso”, explica.

Novo escritório e diretor de vendas A GLOOKAST também anunciou a abertura de um novo escritório em Los Angeles, Califórnia (EUA), para atender a costa oeste da América e o oeste do Canadá, com o nomeamento de Craig Risebury como diretor de vendas sênior. Risebury traz uma base forte dos segmentos de mídia e entretenimento e tem mais de 25 anos de experiência em fabricação de pós-produção, gerenciamento de produto, vendas e desenvolvimento de negócios. Ele vem da AIT (Alliance Integrated Technology), onde foi diretor de vendas responsável por aumentar a relevância e as vendas da empresa. Além disso, ele também foi presidente e chefe de vendas da FilmLight. “Nós estamos muito felizes em integrar o Craig na nossa equipe, conforme abrimos novos escritórios na costa oeste”, disse Guilherme Silva, co-fundador e CEO da GLOOKAST. “Sua experiência inigualável traz uma rique de conhecimento do mundo reais e contatos inestimáveis para sua nova posição e o prepara para ajudar os clientes a enfrentarem seus desafios e metas”, completa. PA


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Notícias

Operadoras de satélite assinam acordo com ONU Objetivo é oferecer banda para comunicações em desastres

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Associação de Operadoras de Satélite para países da Europa, Oriente Médio e África (ESOA, da sigla em inglês) e o Global VSAT Forum (GVF) anunciaram a assinatura de acordo para prover comunicação em situações de crise com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e com o Emergency Telecommunications Cluster (ETC). A Associação é composta pelas empresas Eutelsat, Hispasat, Inmarsat, Intelsat, SES, Thuraya e Yahsat. Esse acordo formaliza termos e protocolos para acelerar a resposta em situações de emergência para acessar comunicação baseada em satélite quando as redes locais forem afetadas, destruídas ou sobrecarregadas após um desastre. Os princípios do acordo também incluem uma coordenação melhorada para priorizar o acesso a banda para fins humanitários durante operações em desastres, equipamento de satélite préposicionados e capacidade de transmissão em 20 países de altorisco da Europa, Oriente Médio, África e Ásia. “A comunidade humanitária confia nas comunicações por satélite já que ela é a única tecnologia que está imune aos desastres naturais e podem ser imediatamente disponibilizadas,

não importando os desafios da geografia”, apontou Stephen O’Brien, sub-secretário geral para assuntos humanitários e coordenador de ajuda de emergência da ONU. “Esse é um passo significante para a comunidade e uma mudança na maneira que nós trabalhávamos com as operadoras de satélite no passado”, explica. Ao assinar em nome da GVF, o secretário geral David Hartshorn diz que “nós esperamos que os governos e as administrações de todo o mundo reconheçam a importância vital das operadoras de satélite na infraestrutura de telecomunicações global e sua capacidade de oferecer uma resposta imediata, robusta e resiliente para desastres”. O acordo garante que cada operadora designe um Ponto de Contato responsável pela coordenação caso aconteça um desastre para que elas ofereçam as capacidades de comunicação em, no máximo, vinte horas depois de um desastre. Depois de chegada a solução, o ponto de contato coordenará internamente as ações necessárias para restaurar as comunicações. Além disso, as operadoras oferecerão o treinamento para os primeiros coordenadores, para que eles possam aplicar as soluções de comunicação. PA


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Entrevista

O Cara do Som Com mais de 32 anos de experiênci no áudio para televisão, Dennis Baxter é a autoidade máxima para falar de produção de som para eventos esportivos. Em preparação para os jogos do Rio, o profissional fala um pouco do passado e futuro da tecnologia de captação. Por Flávio Bonanome

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e o futuro do broadcast está nos eventos ao vivo, sobretudo na transmissão esportiva, então compreender toda a estrutura técnica que envolve as mais complexas aplicações é essencial para a continuidade do trabalho. No topo do pódio dos desafios deste tipo de evento, os Jogos Olímpicos representam exatamente o tipo de case que precisa ser entendido e estudado pelos olhos de quem melhor os conhece. E quando se fala do áudio esportivo, talvez ninguém seja melhor qualificado do que Dennis Baxter. Atuando na produção de áudio para transmissão esportiva há mais de 33 anos, e no áudio me geral praticamente a vida toda, o “Sound Man” (Cara do Som), como se refere a ele mesmo, atua como Engenheiro de Áudio para as Olimpíadas desde os jogos de Atlanta, em 1996. Desde então, Baxter vem aprimorando sua técnica e conhecimento tanto em questões práticas como na enorme carga gerencial e logística que envolve um evento destas proporções. Hoje, com 61 anos, Baxter atua como uma espécie de “Embaixador do Áudio para Televisão”. Possui vários livros sobre o assunto publicado e faz interface entre diferentes equipes de produção ao redor do mundo e marcas como a fabricante de microfones Audio-

Technica, de quem é consultor de tecnologia. Com os jogos do Rio de Janeiro se aproximando, não é de se espantar que Baxter tem passado grande parte de seu tempo entre sua terra natal e a futura sede das Olimpíadas para os ajustes finais para a competição. Em uma pequena pausa que o profissional fez em São Paulo, a Revista Panorama Audiovisual aproveitou para entrevistar Baxter para entender melhor sua visão sobre o passado e presente da tecnologia do áudio para televisão. Panorama Audiovisual: Como você entrou no segmento do áudio profissional? Dennis Baxter: Creio que estou nessa a vida toda. Meu pai era engenheiro eletrico, então eu cresci envolto em eletrônicos e meu pai era o tipo de pessoa que construía tudo, tipo, nosso sistema de som em casa foi ele que fez. Na nossa vizinhança, toda vez que algo quebrava, as pessoas traziam os equipamentos para ele consertar. Então creio que minha facinação com eletrônicos veio por meio da inflência dele. A outra parte veio com música. Eu tenho 61 anos de idade, e pode soar um pouco clichê, mas eu lembro de ver os Beatles na televisão


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Entrevista

Dennis Baxter é um cara de campo, executando a função de Sound Design, seu trabalho é buscar as melhores formas de construir a imagem sonora da transmissão

e ficar totalmente maluco com a música. Então a primeira coisa que me fisgou foi a guitarra e meu pai, sendo um engenheiro, não queria um músico hippie na família. Mas claro que acabei o convencendo e ele me comprou um violão no natal. Depois disso veio a fase de fazer parte de bandas. Nesta época sempre tinha alguém que precisava arrumar o sistema de PA, construir e tomar conta dele, e isso era sempre minha responsabilidade. Eu tinha 13-14 anos na época e percebi que naquele “circo” todo de fazer shows, o único cara ganhando dinheiro era o dono do PA. Então eu pensei que queria ganhar dinheiro também. Depois da música eu fui para alemanha depois que servi o exército e passei a trabalhar em estúdios de gravação, que foi minha introdução ao processo de gravação e alto padrão e aprendi muita coisa sobre gravação musical. Mas a música me levou para a direção errada. Os músicos sempre tem este sonho de que se ele pudesse ter seu próprio estúdio ele teria espaço para ser criativo, mas o problema é que, na época, se você não tinha dinheiro, você acabava devendo tudo para o banco. Então eu voltei para os EUA em 1978 e fui para a faculdade e me formei em economia e aprendi a lidar com dinheiro e fiquei bom nisso. Então, de repente eu tinha meu próprio estúdio, mas dai eu tinha outro problema: eu odiava trabalhar com músicos. Então se você tem um estúdio mas detesta trabalhar com outros músicos, você tem um sério problema, logo não deu muito certo. PAV: Porque você não gostava de gravar outros músicos? Baxter: Porque quando eu estava na Alemanha, o músico vinha ao

Para fazer coisas como Surround é preciso de uma capacidade 5 ou 6 vezes maior do que mono e estéreo, então não poderia ser feito hoje em um formato analógico.

estúdio ensaiado e gravava. Gravávamos o disco inteiro em um dia. Quando voltei aos Estados Unidos, já havia a primeira geração de gravador multi-pista, então o musico vinha e fazia um take, parava e depois fazia outro take, depois outro take e este processo me incomodava muito. E foi isso que me fez querer ir para a televisão. PAV: Como foi esta transisção? Baxter: Em 1982 eu recebi uma ligação da ESPN, que estava no ar há um ano, me convidando para fazer meu primeiro show de televisão. Era ao vivo, então não havia esta de take depois de take. O ao vivo foi como uma droga, era algo que me atraia era o que eu queria. Fui um assistente de áudio fazendo a montagem. Nesta época nos Estados Unidos havia três redes deTV privadas, ABC, NBC e CBS e todas são muito corporativistas e sindicalizadas, então entrar nelas era muito difícil. Agora a ESPN era nova e não-sindicalizada e precisavam muito de técnicos, então em poucos meses eu estava mixando, eles precisavam de pessoas. Foi tudo muito rápido para mim. Nos 10 anos seguintes mixei em 14 diferentes emissoras, incluindo ESPN, na maioria das vezes corridas de carros, que é algo bem grande nos Estados Unidos, com grande exposição, e me trouxe inclusive para o Brasil pela primeira vez em 1985, na época de ouro do Emerson Fittipaldi. Corrida de carros é legal porque é muito intenso. São 4-5 horas de barulho, batidas e cansaço. Gosto muito. Depois disso, em 1996 recebi uma proposta para trabalhar nos jogos olímpicos de Atlanta e desde então, tudo mudou. PAV: Como foi trabalhar nestes jogos olímpicos? Baxter: Foi um grande desafio, não tanto pela tecnologia, mas uma grande mudança em entender qual era exatamente meu trabalho. Quando você trabalha para uma grande organização esportiva, como FIFA, eu não sou mais o técnico de mixagem, eu sou o Gerente de Áudio, e meu trabalho é garantir que todos tenham todas as ferramentas para fazer o melhor trabalho possível. Isso é um ajuste. Outra coisa é que eu era muito ingênuo em termos da politicagem, e foi um grande aprendizado para mim, lidar com gandes equipes, gente de todos os lugares do mundo. PAV: Nesta época ainda não havia a OBS (Olympic Broadcaster Services).... Baxter: De certa forma existia, mas ainda estava incipiente. Não se chamava OBS era somente Atlanta Olympic Broadcasters. O conceito de um



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Entrevista

Host Broadcasters tinha começado nos jogos de Barcelona (1992) com o Manolo Romero e veio evoluindo até que OBS se torna algo de fato. Durante os trabalhos com os jogos, pude acompanhar a evolução do Mono-Stereo e depois Stereo-Surround e espero que em 2020 podemos fazer em novo nível de som imerssivo. PAV: E a transição da tencologia analógica para digital, como foi este processo? Baxter: A grande diferença é que na tecnologia digital não havia som surround, e isso porque com console analógico você tinha que usar muita coisa para atingir este número de canais. Mesmo em estéreo, cheguei a ter três consoles simultaneos para um único evento ao vivo. Para fazer coisas como Surround é preciso de uma capacidade 5 ou 6 vezes maior do que mono e estéreo, então não poderia ser feito hoje em um formato analógico. Do Analógico para o Digital foi uma grande transição, mas ela trouxe nos mais capacidade e melhor nível de qualidade. Podemos transportar sinais de áudio mais eficientemente, com mais qualidade, deixando meus prés em campo, sem precisar de toneladas de cabos. Em corridas de carros, estas distâncias de cabeamento são enormes, milhares de metros. Isso ajudou a melhorar muito a qualidade em um único pedaço de fibra. PAV: E no que diz respeito à transmissão digital? Baxter: Sobre o lado da transmissão, ainda há muitos problemas para o áudio. Claro que melhorou muito nossa vida porque passamos a poder incorporar o áudio no vídeo com 16 canais ou mais. Então neste aspecto, pudemos nos livrar do Dolby-E, que não era algo tão agradável de se trabalhar, tinha problemas de timming, monitoração. O tamanho do equipamento também ficou menor. Eu acho que só está melhorando e ajudando a avançar para o áudio imerssivo. Estamos começando a ver isso no mundo esportivo com a NHK liderando o caminho. Na Alemanha há também o Fraunhofer Institute com quem também trabalho, para chegar a este nível de sinal sem nenhuma distorção. Eu sou grato a isso. PAV: Quando falamos com profissionais de áudio do segmento musical, sempre há uma preferência por equipamento analógico, mas não vemos isso no áudio para broadcast. Porque? Baxter: Na televisão o fluxo de trabalho é muito diferente. Não me impressiona que o pessoal de estúdios adore seus equipamentos analógicos, mas no final das contas eles ainda gravam em um computador. Este lance de usar equipamentos analógicos é uma eterna busca pelo ruído. Quando vemos vídeo 4K e 8K, por exemplo, eles parecem até mesmo reais demais. Nosso cérebro está acostumado ao “ruído musical” para entender aquilo como música. Mas acho que você consegue estes ruídos de forma muito mais fácil com um App. Se você está gravando a 96K-32 bit, como pode ser inferior ao analógico? Claro, muitos criticam o áudio digital por conta dos Cds, que não foram uma boa ideia. Hoje, o áudio digital já tem altíssima qualidade sem ser tão comprimido. O fato de a música ser digital, mudou totalmente o modelo de negócio da distribuição musical. A indústria da música está um desastre agora e tenho medo de que alguns aspectos da TV digital está indo para o mesmo caminho. As grandes empresas de mídia hoje não são mais as emissoras, são Netflix, Hulu, é todo um novo modelo de negócio e a TV precisa abraçar a tecnologia do formato de distribuição senão será deixada para trás. O conceito de programação linear está acabado. PAV: Hoje a tecnologia de produção de vídeo está cada vez mais

Muitas vezes para transportar o espectador para dentro da ação, é preciso posicionar os microfones nos pontos menos óbvios, como atrás do aro de uma cesta de basquete para captar o som da bola pontuando

abraçando o 4K. O que isso muda para a produção do áudio? Baxter: Veja bem, o problema da indústria broadcast é que ela é puxada pelos fabricantes de TV como Sony, Samsung e Panasonic. A produção em 3-D é um exemplo disso e foi um desastre. Os fabricantes querem vender TV, mas a aceitação da produção 4K vai ser devagar por vários motivos. Quando o 3-D saiu, as emissoras queriam fazer a produção mas não queriam pagar pelos novos equipamentos, então a Sony foi lá e deu câmeras para todo mundo. Quando precisaram cobrar pelos equipamentos 3-D, ninguém mais quis continuar. O problema dos óculos para o 3-D até podem ser resolvidos, mas fico revoltado com o fato das pessoas acharem que o 5.1 é suficinete para acompanhar a produção 3-D. Se você tem uma imagem com tanta profundidade, então o áudio precisa ter também. Precisamos repensar a forma de fazer áudio. Todos entendemos o conceito de “centro fantasma”, que é a somatória de volumes do L+R dando a ilusão de um falante central. O que preicsamos agora é descobrir como fazer um “miolo fantasma”, em que se crie um som no centro geométrico da sala. Um dos maiores problemas do áudio para televisão, é que nós seguimos o formato de cinema. Nós não sabemos outra forma, o filme é 5.1, e não conhecemos outro formato, porque não temos como posicionar algo diferente disso também em nossas casas. Eu culpo abertamente os fabricantes de alto-falantes pelos problemas do Surround Sound. As pessoas não querem encher a sala de altofalantes são feios. Os fabricantes precisam fabricar equipamentos mais bonitos, que se pareçam com peças de mobília. Não se engane, eu amo meus Genelec, mas eles parecem caixas de falantes, minha esposa não gosta deles. Então vamos lá, façam caixas mais sexys e bonitas. Façam elas wireless e com DSP, que se calibrem sozinhos para o ambiente imperfeito da casa. Não é complicado. PAV: Há uma máxima na televisão de que o áudio acaba sempre seguindo a evolução do vídeo. Você concorda? Baxter: Sim, ele segue o vídeo. Algumas vezes até demais. É uma pena que as pessoas do vídeo tenham tão pouco interesse no áudio. Meus colegas costumam dizer que o áudio é 10% do show e 90% dos problemas. Realmente as vezes é este problema todo, mas


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Entrevista

é preciso respeitar o pessoal do áudio. O áudio não tem evoluído nada a não ser pela AES (Organização Intrernacional de Engenharia de Áudio), mas o problema da AES é que ela é centrada em Música ao Vivo, tem pouca evolução no mercado de televisão e broadcast. Ainda há um longo caminho para seguir. Os grupos que tem trabalhado mais focados nas tecnologias do áudio para vídeo é o instituto Fraunhofer e o grupo ATSC 3.0 o que é fascinante. O que gosto do Fraunhofer é que eles se importam com broadcast e broadband, então eles tem desenvolvido sua tecnologia para isso. PAV: Uma das posturas defendidas pelo Fraunhofer é a do áudio interativo, isto é, dar ao espectador algum controle sobre níveis do áudio de determinados objetos da programação. O que acha disso? Baxter: Acho que o futuro do áudio para televisão precisa ser o áudio interativo. O problema hoje é cultural. Os técnicos não querem ninguém interferindo na mix, mas é preciso abrir mão do controle para o usuário. Se o usuário quer ouvir os jogadores do time dele mais alto, é preciso que ele tenha esta opção. Você não pode produzir tendo você mesmo como alvo. É preciso que o alvo seja fazer o garoto de 12 anos se interessar pelo programa, se não ele desliga a TV e vai jogar videogame. Nunca podemos esquecer quem é o consumidor e como ele consome. Este futuro interativo pode ser, inclusive, muito lucrativo se soubermos usar direto. Pense em esporte. Se você quer assistir o jogo e ouvir o técnico do seu time durante todo ele, ok, vá lá e pague alguns dólares extras e pronto, você tem o áudio do técnico na sua casa. Acho que pode ser um modelo de negócio viável. PAV: Isso conflita diretamente com a prática do menor esforço ado-

Grande parte do trabalho de Baxter é encontrar novas formas de trazer a vida o áudio dentro das transmissões esportivas, seja com novos posicionamentos de microfones, ou até com bibliotecas de samples

Se você está trabalhando neste mercado profissionalmente e não entende sobre microfones, bom, você precisa buscar outro emprego.

tado em muitas emissoras... Baxter: São estas práticas que precisam ser modificadas. Me impressiona a quantidade de pessoas que não sabem como um microfone funciona, desde o operador até o engenheiro de osm. Canso de ver por ai shotguns posicionado em cima das lentes das câmeras. Não funciona assim. Se você está trabalhando neste mercado profissionalmente e não entende sobre microfones, bom, você precisa buscar outro emprego. PAV: Principalmente levando em conta que microfone é o equipamento que menos mudou com o passar dos anos.... Baxter: Exatamente, existe algumas empresas que dizem que fazem um microfone digital. O que eles fazem na verdade é ter um transdutor analógico e dai eles convertem logo de cara. Isso não é microfone digital. Quando alguém conseguir um Transdutor Digital, este será o Santo Graal. Há possibilidades, mas, continua sendo um transdutor analógico com os mesmos princípios, então se você é um técnico de áudio, então precisa entender microfones antes de mais nada. A maioria das pessoas acham que os estudos acabam na escola, e na verdade está só começando. Há tanta informação na internet hoje. Eu aprendo todos os dias. PAV: Já existe tecnologia para operacionalizar o áudio interativo? Baxter: Sim, já existe, foi apresentado pelo Fraunhofer na NAB de 2015. Trata-se de um Joystick Panner 3-D o qual eu já tive a oportunidade de usar. Fizemos com o Snowboard num Half Pipe, eu movia este joystick em cima e para baixo para conseguir seguir o atleta. Com a tecnologias que temos hoje podemos transmitir 24 canais de banda completa ou 120 de banda comprimida, no mesmo bitstream, então tudo isso já é possível. A AES deve construir um padrão e meu trabalho agora é trabalhar com os técnicos de produção em testes e ideias. O que conseguimos entender que se o som de atmosfera estiver posicionada acima, podemos mover os objetos à direita e à esquerda. Nos próximos anos devo escrever um guia sobre produção imersiva, com ideias vindas de todo o mundo. Há muita pesquisa acontecendo para a tecnologia, psico-acústica, mas para produizr TV e som imersivo é preciso dar ajuda aos engenheiros de som. O que quero é partilhar experiências. O conceitod o Fraunhofer funciona mais ou menos assim, eu envio 9 microfones para um bus mono. E do bus mono, eu vou para o Panner, e saida do panner é 9.1. Então eu puxo para cima, para esquerda, direita. O que tenho feito no Fraunhofer é para ser usado em qualquer mixing console. Quando comecei no broadcast, o budget do áudio de uma obvan estava em 3%. Hoje já temos algo como 17-18%. Está melhorando, mas ainda é negócios.


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Entrevista

PAV: Sabemos que a NHK prometeu transmitir os jogos olímpicos de Tokyo, 2020, usando áudio 22.2. Alguém vai assistir a estes jogos em 22.2? Baxter: Eu perguntei isso à NHK e ninguém tem uma boa resposta. Eu tive uma reunião com a Audio-Technica e a NHK em março e na época foi discutido a parte prática da microfonação. Entendemos que eles queriam uma reprodução binaural, então as únicas pessoas no Japão que vão assistir 4K em 22.2 serão as pessoas usando Fones de Ouvido. Os fabricantes de alto-falantes estão longe disso ainda. Com todo respeito que tenho à NHK, acredito que passando os jogos de 2020, voltaremos a ter a transmissão para algo como 11.1. Até porque o tamanho da diferença de qualidade diminui muito. A evolução de mono para estéro foi enorme. Do estéreo para o 5.1, já nem tanto. Do 5.1 para o 9.1 é menos impactante ainda. Do 11.1 para 22.1 é quase imperceptível. PAV: E no Brasil, acha que teremos este tipo de tecnologia no ar? Baxter: Quando conheci o pessoal da Rede Globo 20 anos atrás, fiquei impressionado com o desejo e a vontade da turma. A Globo é uma empresa extremamente progressista, não é dificil entender porque é a quarta ou quinta maior emissora do mundo. Em 2014 eu estava no Brasil e tive oportunidade de assistir no quarto do hotel alguns jogos da copa do mundo. Semanas depois voei para a Alemanha e novamente fui ver os jogos no hotel e percebi como a transmissão brasileira era melhor. Eu vejo a Globo muito mais consciente do futuro, estão buscando novidade e tem uma grande audiência. Tenho uma reunião com o pessoal da Globo para discutirmos futuro nos próximos dias. E é isso que tenho tentado fazer, preciso criar uma grande rede colaborativa de ideais para abrir as coisas. Muitos de meus colegas europeus tem a mente muito fechada. Qualquer tecnologia não caseira é vista com desconfiança. É por isso que é meu trabalho conversar com estes caras. As pessoas não deveriam ter medo de partilhar suas ideias.

“O primeiro desafio de trabalhar com as olimpíadas era entender qual seria meu trabalho, que tem muito mais a ver com garantir que todos tenham condições de realizar seu trabalho do que por a mão na massa”, explica Baxter.

PAV: Quando você assiste televisão, consegue se desligar do trabalho? Baxter: Não. Eu tento não ser crítico, mas áudio bom chama minha atenção. Então, com esportes, eu não consigo me desligar. Agora, quando estou assistindo notícias ou algo musical é diferente. Eu não quero soar crítico demais, mas não consigo me livrar daquilo que gosto ou não gosto. Eu vou sempre tomando notas do que gosto ou não. Na verdade eu muitas vezes ligo para meus amigos que sei que estão trabalhando nos eventos que estou assistindo para dizer que o programa não está soando bem. Normalmente sou surpreendido com um “mas aqui tudo está lindo” e eu sempre retruco “Não importa. O espectador não está recebendo um som bom, isso é o importante”. Talvez estas salas de controle deveriam ser mais próximas da realidade. Monitorar em uma Obvan é sempre um grande problema. E quando falamos de som imersivo, como é que vamos fazer isso? Então eles desenvolveram excelentes salas de controle, mas talvez estejamos ouvindo muito bem. Talvez devemos ter opções de diferentes altofalantes de qualidades diferentes para termos melhor entendimento da realidade da sala de TV em casa. A melhor coisa que os profissionais de áudio para broadcaste podem fazer é gravar os programas que trabalharam em casa, e depois chegar e assistir para entender como soava. PAV: A produção remota pode ser uma solução para este desafio? Baxter: Eu acho que a teoria e o conceito é válido pelo simples fato que ObVan são caras de montar e transportar. As OBS faz tudo em containers, o que é ótimo. Mas acho que o máximo que der para fazer em seu lugar de origem melhor, e hoje isso pode ser feito assim com fibras ópticas levando toda a informação. Claro que tem latência, mas desde que você redefina o tempo a um novo “Zero”, você resolve este problema. Isso baixa muito o custo de produção, o que é bom porque o direito de transmissão é muito caro. Um dos países que está mais avançado com isso é a Finlândia. Meus amigos de lá já nem vem mais para os eventos, estão fazendo todo o corte de Helsink. Os canadenses também fazem bastante isso. Outro exemplo clássico é aplicações de música. Não dá para mixar música em uma ObVan, então eles passaram a construir caminhões só para áudio, mas são poucos, então a produção remota é o futuro. PAV: Como é seu relacionamento com a Audio-Technica? Baxter: Tudo começou nos Jogos Olímpicos de 1996 onde eram parceiros da Panasonic. Eles queriam ser uma empresa profissional, já eram bons em Prosumer e Consumer, mas ainda tinham um grande caminho pela frente em busca de um perfil mais profissional. Então, em 1997 nós trabalhamos nos Commom Wealth Games e em todos os jogos olímpicos depois disso. O que gosto deles é que tenho acesso aos engenheiros, trocamos ideias, eles são bem responsívos do que falo com eles. É o caso dos microfones estéreo que sou defensor. Tenho usado cada vez menos microfones mono. Coloque um shotgun estéreo no escanteio de um jogo de futebol e você vê como tudo soa melhor. Se você tem muita informação Mono para montar um Surround, tudo fica soando muito no centro. Se você pega este escanteio em estéreo, ele soa aberto. Outro exemplo é o Shotgun de Diafragma Largo que estou desenvolvendo com eles que tem como foco dos 400 Hz aos 12kHz, que é o ponto do Chute na bola, do Corte do voley e do Tapa na bola de basquete. Todos os mics que estão ai hoje são incríveis, mas não tem foco nestes sons. No Rio ano que vem vou usar estes novos mics e você perceberá claramente a diferença na clareaza destes sons. PA



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Estrutura monumental Celebrando os trinta anos do festival, a edição 2015 do Rock in Rio contou com unidade de produção remota em Dolby Atmos e transmissão Surround 5.1 Por Flávio Bonanome e Eduardo Boni

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rinta anos de música e de histórias para contar. E em três décadas, o Rock in Rio, que foi um marco em festivais de música no País, se transformou em um dos maiores negócios do show business mundial – um case de sucesso, literalmente. Os números são superlativos, como tudo o que envolve um festival com essa estrutura. Ao todo são cinco palcos: Mundo, Sunset, Street Dance, Eletrônica e Rock Street, cada um deles com uma infraestrutura própria grandiosa (ver box). Por eles passaram grandes nomes da música mundial: do Rock ao Pop, passando pela MPB e música eletronica. Além disso, um parque de diversões, com uma roda gigante, tirolesa e montanha russa, entre outras atrações foi montado na Cidade do Rock que sedia o Rock in Rio 2015. O local tem um perímetro de 2, 5 quilômetros e

, por conta desse enorme infraestrutura, o festival mobilizou 500 pessoas apenas na montagem de toda a estrutura, que consumiu ainda um volume energético de 20 mil KVAs, garantidos por 60 grupos de geradores da Aggreko. Para montar toda essa infraestrutura, a Cidade do Rock recebeu mais de 90 toneladas de equipamentos de som e luz, 10 torres de delay, que são usados na frente do Palco Mundo e um total de 6 mil toneladas de estrutura metálica e aproximadamente 60 quilômetros de cabos em todo o entorno para fazer o sistema funcionar corretamente. Além disso, 40 mil metros quadrados de grama sintética foram instaladas na Cidade do Rock para receber um público estimado em 80 mil pessoas a cada noite do festival. Mas engana-se quem pensa que a grandiosidade do festival está somente nos números do festival in loco. Com transmissão ao

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vivo pela Web e também pelo canal Multishow, da Globosat, o evento atingiu mais de 20,5 milhões de pessoas em suas residências, fazendo do canal pago líder de audiência nos dois finais de semana do festival e representando um aumento de 99% no número de vizualizações pela internet. Levando em conta a massa crítica e o destaque que um festival de música confere para o áudio, a Globosat aproveitou a oportunidade para montar uma operação-teste de produção remota. Durante o Rock in Rio 2015 a operadora montou a primeira experiência mixagem remota e distribuição em sistemas Dolby Atmos 9.1 embarcada em vídeo de alta resolução do mundo.

Globosat Tech Fest A ideia de experimentar a nova tecnologia durante o festival surgiu na apresentação da mesma durante a NAB Show 2015. “Foi durante a feira que surgiu a ideia da equipe da Diretoria de Tecnologia da Globosat de realizar um teste de produção remota e mixagem em 3D, tudo durante o maior festival de música do mundo, o Rock in Rio”, conta Gabriel Thomazini, coordenador de áudio da empresa. Para cumprir com o desafio, a equipe da empresa convidou a fabricante de consoles Lawo e a líder em soluções de áudio imersivo Dolby. A ideia, era enviar os canais separados (multitrack), diretamente do Rock in Rio até a sede da Globosat, localizada a cerca de 9 Km de distância. Lá seria preparada uma sala especial para a mixagem do áudio imersivo, assim como os equipamentos necessários para a codificação e decodificação.

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“Após definidos os nossos objetivos, iniciamos um trabalho de pre-produção, levantando quais seriam os equipamentos necessários e como os integraríamos. A equipe da Dolby, juntamente com nossos engenheiros, realizaram diversos testes para verificarem questões de compatibilidade da nossa cadeia de transmissão e o sinal Dolby Digital Plus. Esse sinal, é capaz de carregar as informações necessárias para o formato ATMOS”, explica Thomazini. Através do áudio imersivo ATMOS, uma nova camada de som é adicionada as configurações 5.1/7.1, onde as caixas são posicionadas acima (no teto), ou através de caixas especificamente preparadas para o sistema que possuem um altofalante apontado para cima, aproveitando assim as reflexões do teto. Com esta somatória o sinal passa a contar com mais 4 canais, formando o 5.4.1 ou mais comumente conhecido 9.1. “Com o sistema da Lawo, fomos capazes de integrar um terceiro console de áudio dedicado ao teste, juntando aos dois mc²_56 MKII já utilizados no projeto, um na unidade móvel de áudio do Epah Estúdios e outro na Unidade Móvel 1- 4K da Globosat”, explica o técnico. O Áudio dos splits, uma via extra de cada input do palco foi captado pelo Epah Estúdios (fornecedor escolhido para a captação e mixagem dos shows para a transmissão regular) e convertido para o protocolo Audio Over IP Ravenna. Enquanto a mixagem 5.1 e estéreo era realizada localmente pela UM 4 EPAH, um link Ravenna em fibra óptica transportou os mesmos 128 canais de entrada disponíveis no palco Mundo para a UM1

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O Coordenador de Áudio da Globosat Gabriel Thomazini à postos para a mixagem 5.4.1

Globosat. De lá, esses canais foram roteados para duas portas MADI, cada uma com 64 canais. Esses sinais MADI foram enviados para o LAWO V_link4 (localizado em uma Central Técnica montada no TV compound), um dispositivo com capacidades de transporte, codificação, roteamento e DSP, onde foi possível criar novamente os streams Ravenna e juntar com um sinal de vídeo sem compressão (2022-6), e enviar 15kM através de fibra óptica até a central Globosat. “De lá, a partir de um segundo V_link4, abrimos os 128 canais de áudio e roteamos para os DSP’s da terceira Lawo mc²_56 MKII, montada em nosso estúdio B, onde controlamos o sistema de PAN 3D através de um aplicativo criado pela fabricante. Também contamos com um sistema Genelec na configuração 5.1.4, montado especificamente para esse teste. Nesse sistema, adicionamos os 4 speakers 8040 responsáveis pela informação ‘top’ ao 5.1 comum, utilizando uma armação de box truss. Assim, teríamos o Ltf/ Rtf (left/ right top front) e Ltr/ Rtr (left/ right top rear)”, explica Thomazini. Com os sinais de vídeo e áudio à disposição, a equipe trabalhou na montagem de uma mixagem independente onde seria possível testar os conceitos de áudio imersivo. “Ficamos impressionados com a presença do público e efeitos ocasionados pelo campo sonoro 3D. O som da tirolesa do Rock in Rio, quando utilizados nas caixas de cima, trazia um interessante efeito, arrancando alguns sorrisos dos nossos engenheiros de mixagem”, comenta. Esta captação de ambiência também contou com um reforço especial. Além dos já comuns microfones voltados ao público montados em palcos de shows, a equipe posicionou um sistema SoundField DSF-B que une um microfone de cápsulas múltiplas mais um rack de processamento surround montados sobre a house mix exatamente para a captura da ambiência. Seguindo para a entrega do sinal, a saída 9.1 do console Lawo era enviada para os encoders da Dolby, onde o sinal ATMOS era criado e codificado em um fluxo Dolby Digital Plus. Em seguida este sinal foi enviado via satélite para a NET que

devolveu nos mesmos formatos que uma aplicação doméstica teria para uma sala controlada dentro da Globosat. “Utilizamos um home theater comercial, compatível com o Dolby ATMOS, para decodificar a mixagem em 9.1 em um ambiente doméstico”, conta. Para garantir que o sistema seria totalmente funcional, a equipe contou com um Set-Top-Box comercializada em redes de varejo e totalmetne compatível com o Dolby Digital Plus. “Mais uma vez, ficamos surpresos com as possibilidades e as reações causadas em todos os convidados, mostrando que a tecnologia do áudio imersivo pode ser uma boa companhia para o cada vez mais presente vídeo em 4K”, afirma Thomazini. A equipe também realizou a transmissão do sinal de vídeo em 4K ao vivo, via streaming, para TV’s com o App Globosat Play 4K.

Para a mixagem remota, foi montado em estúdio com o console Lawo MC² 56 MK II e um sistema de monitoração Genelec



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A experiência serviu para superar vários mitos da produção remota. O primeiro deles a necessidade de banda de transmissão. Para o teste, a Globosat contou com duas fibras com banda de 10 Gigabits/Segundo, o que foi bem mais do que suficiente. “Testamos o link só com 1 Gigabit portando 128 canais de áudio e um sinal de vídeo J2K, que é mais comprimido, e subimos

também um com todos os 128 de áudio mais um sinal de vídeo equivalente ao SDI mais um J2K e tudo ficou mais ou menos 2 Gigabits, então é bastante tranquilo”, conta o Coordenador. Outro mito quebrado foi o da confiabilidade. De acordo com Thomazini o sistema funcionou em 99% do tempo. “Fizemos mais de 20 shows e somente em alguns poucos momentos houve um ruído estranho que ainda estamos investigando para descobrir o que foi”, explica. De resto, o sistema foi só vantagens, desde não haver a necessidade de deslocamento de unidades móveis, até a ergonomia de se poder fazer o trabalho no ambiente isolado de um estúdio. “Este foi o primeiro teste do gênero no mundo, de um sinal ao vivo 4K com Dolby Atmos. Mais um exemplo de que a engenharia de televisão do Brasil não deve nada aos pares em países mais avançados. Temos todo o interesse em continuar esta parceria com a Globosat”, afirmou Carlos Watanabe, diretor regional da Dolby Laboratories América Latina. Com o sucesso da experiência, um novo cronograma começa a se desenhar, e até mesmo os Jogos Olímpicos podem estar nos planos, vencidas algumas burocracias. “No final, pudemos testar importantes conceitos de produção remota, pois mixamos ao vivo várias bandas, a 9 Km de distância! O protocolo Ravenna, e sua grande capacidade de customização foi essencial. Também o áudio imersivo, aliado com o som dos impressionantes preamplificadores da Lawo, nos proporcionou uma experiência incrível, com uma grande naturalidade no ambiente e uma espacialidade impressionante. Com o ATMOS, podemos ter a possibilidade de um formato de mixagem único, onde dependendo do sistema disponível, teremos mais ou menos detalhamento no posicionamento dos “objetos”, simplificando a necessidade de diferentes mixagens para formatos surround”, conclui Thomazini.

Resolvendo um problema antigo

O sistema I/O da Lawo, trafegando 128 canais por Ravenna

Não foi a primeira vez que a Globsat apostou suas forças na transmissão ao vivo de um festival de música. As duas edições antereiores do Rock in Rio (2011 e 2013) e também todas as edições do extinto SWU e do alternativo Lollapalooza já figuraram na grade de programação do Multishow, sempre atingindo números expressivos de audiência. Outro ponto que sempre chamou atenção neste tipo de transmissão era em relação à qualidade do áudio. Com um público exigente de fãs de música, e uma aplicação bastante diferente do convencional “Séries, entrevistas e documentários” transmitidos pela Globosat, o som recebido em casa sempre foi alvo das típicas críticas “poderia ser melhor”. Buscando uma performance mais consistente, a Globosat usou esta edição do festival como um marco para a evolução do trabalho com áudio, contando com os serviços de uma unidade móvel exclusiva para áudio da Epah Estúdios. Construída no primeiro semestre de 2015 em parceria com a Integradora Line Up, a Unidade Móvel da Epah Estúdios foi pensada quase que exclusivamente para realizar o Rock in Rio. Com um design extremanente funcional, mas ainda sim elegante, o caminhão revela-se uma espécie de sonho de consumo para os profissionais de mixagem e gravação. A UM foi preparada para gravar e mixar até 128 canais proveniente de Stage Boxes localizadas no palco de festivais e eventos de música. Para atender esta demanda, foi escolhido um console Lawo MC² 56 markII com 48 Faders. Além de entregar uma capacidade de processamento monstruoso, a superfície empilha seus faders em até 6 bancos com 2 camadas cada, ou



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O rack com todos os equipamentos Core Lawo e encoders Dolby Atmos

Os profissionais Globosat por trás da bem sucedida experiência de áudio imersivo ao vivo

O console Lawo mc² 56 MK II é o coração da unidade móvel que garantiu o áudio para a transmissão do Rock in Rio

seja, fazendo a multiplicação, estamos falando de controle sobre 576 canais de entrada, saída, efeitos, buses, etc. Na ponta de entrada do sinal, estão as Stage Boxes da Lawo. Ao todo são duas unidades que somadas oferecem 128 Mic/ Line ins. Do palco, o sinal é transportando de forma totalmente redundante por cabos de rede trafegando em protocolo Ravenna, o sistema proprietário da fabricante que se enquadra na norma de áudio sobre IP AES 67. No caminhão foi montado um Frame para receber os canais de entrada e enviá-los para a console, mas também que realiza toda a matrix de sinal para aplicações de Loops de Efeito (SendReturn) e distribuição de sinal de monitoração. Falando nisso, a UM possui uma sala de controle preparada para monitoração 5.1 e também monitores de PFL (Pré Fader Listening), desta forma o

caminhão consegue entregar dois masters, um Estéreo e outro Surround 5.1 para as aplicações de transmissão. Além da mixagem, a UM também está preparada para gravação. Conectada a uma interface MADI, a console Lawo envia todos os 128 canais para gravação dentro de uma DAW Reaper. Apesar de ser considerado um software mais simples, como a aplicação é somente de regristro para mixagem posterior, a DAW se destaca por questões de confiabilidade, leveza e, claro, de ser gratuíto. Por fim, o destaque da unidade está em uma funcionalidade que é o chamariz da própria Lawo: a possibilidade de monitoração de loudness por canal. Tendo sido pensada exclusivamente para aplicações de broadcast, a unidade móvel da Epah Estúdios precisa estar 100% em dia com as normas brasileiras de nível percebido. PA

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Sobre a Globosat

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Globosat (www.globosat.com.br) é líder do mercado brasileiro de programação para TV por assinatura, oferecendo informação, jornalismo, cultura, educação, entretenimento, esportes e o melhor da produção cinematográfica e audiovisual brasileira e mundial. Os canais da programadora atingem todo o território nacional, cerca de 54 milhões de telespectadores distribuídos por mais de 17 milhões de domicílios-assinantes¹. Mais de 17 milhões de pessoas assistem diariamente aos canais Globosat². O portfólio inclui 33 canais, sendo: 22 com transmissão também em HD (high definition), 09 em

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PPV (pay per view), 1 internacional para os aficionados em futebol que moram no exterior, além de 8 serviços de conteúdo sob demanda para seus assinantes assistirem a seus programas favoritos em computadores, tablets e smartphones. A empresa também oferece o Globosat Play (www. globosatplay.com.br), um serviço exclusivo de TV Everywhere que leva aos assinantes os melhores canais da TV para serem assistidos em qualquer lugar. São milhares de séries, filmes, shows e programas variados, disponíveis 24h por dia, através de computadores, tablets, smartphones, videogames e smartvs. PA

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Infraestrutura

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Palco Mundo O Palco Mundo é o lugar reservado a grandes apresentações no Rock in Rio. Por isso, sua imensa estrutura é erguida no centro de todos os eventos paralelos que acontecem nos sete dias do festival, na Cidade do Rock. Para comportar as composições dos shows do seu cobiçado e diversificado line-up, foi construída uma imensa estrutura metálica, com 25 metros de altura e 86 metros de frente, com enormes 24 metros de boca de cena. Novidade na última edição, o grande telão central, instalado no fundo do palco mais uma vez marcou presença. Com impontes 20 metros por 16 metros, ele projetava uma cortina de imagens quando associado a toda iluminação especial que estava a sua volta. Para isso, cem lâmpadas de LED moving lights foram usadas para causar um efeito de movimento na estrutura metálica da cenografia. Outros dois telões foram utilizados nas laterais – cada um de 8.32 metros por 4.32 metros. O público que chegava cedo e ficava à beira do palco, conseguia assistir ao seu artista preferido a apenas oito metros de distância. No entanto, quem estava mais ao fundo, não precisava se preocupar, pois, graças a estrutura montada, com 20 toneladas de equipamentos, o som se propagava em um raio de 600 metros. Além das produções de algumas bandas que passaram pelo palco, com seus efeitos pirotécnicos nas apresentações, o próprio Palco Mundo tinha, diariamente, seu momento de fogos. Esse efeito éera a chave para marcar a abertura das atividades do palco para os shows de cada um dos sete dias, sempre às 18h30. Esses mesmos efeitos também marcam o encerramento do palco principal, em todos os dias do festival, sempre antes da apresentação da última atração. O clássico efeito de luzes apareceu no momento único da abertura dos portões na Cidade do Rock, que nesta edição de 30 anos de Rock in Rio aconteceu no dia 18 de setembro. Durante os sete dias de evento, passaram pelo palco principal do Rock in Rio 28 apresentações, com a participação de 41 atrações.

Palco Sunset Um palco destinado aos encontros, com alguns deles sendo bem inusitados, entre grandes nomes da música nacional e internacional e novos artistas. Assim é o Palco Sunset que, pela terceira edição consecutiva no Brasil, foi montado na Cidade do Rock durante o festivall. Entre os destaques do line-up que

se apresentaram nesse espaço estavam Lenine, John Legend, Korn, Ira!, Al Jarreau e Erasmo Carlos, entre outros. Foi nesse palco que aconteceu o show de encerramento do primeiro dia do festival, com uma homenagem à Cassia Eller, concebido a partir de uma parceria entre o filho e a esposa da cantora, Chicão e Eugênia, e o diretor artístico do palco, Zé Ricardo. Nesta edição, o Sunset conta com o copatrocínio das marcas Leader e Olla. A cada ano, o retorno do público sobre o Palco Sunset supera as expectativas da organização do Rock in Rio. “O Sunset é um sucesso no Brasil desde 2011, com seus encontros únicos, onde podemos ver grandes artistas se apresentando fora do seu contexto usual, interagindo com outros talentos, trazendo para o público uma mistura do consagrado com o novo e o inusitado. É um espaço marcado pela diversidade de estilos, de talentos e pelo mix de artistas do mundo todo”, afirma Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio. De acordo com Roberto Sampaio, diretor comercial da Leader, “é um privilégio ser uma das marcas de moda que apoia esse evento. Pois, além da conexão do festival com a política de patrocínio da empresa para eventos musicais; o Rio de Janeiro é considerada a ‘nossa casa’, praça onde a Leader tem maior número de unidades (64 ao todo) e que abriga a sua sede. Estar no Rock in Rio já é inesquecível, queremos fazer parte desta memória”, garante. Nesta edição, serão, ao todo, 24 artistas internacionais e 19 nomes nacionais, que se apresentaram em 28 encontros, ao longo dos sete dias do festival. Convidados especiais como Korn, John Legend, Magic! E Deftones se apresentaram individualmente., em shows que começavam a partir das 15h15. O palco, que foi criado em 2008, foi concebido para oferecer um espaço onde os artistas têm total liberdade para criar: não existe um formato pré-estabelecido para os encontros. Alguns artistas dividem o palco durante todo o show. Outros recebem seus convidados em um momento determinado. No Sunset, os artistas podem interpretar o repertório uns dos outros, convidar mais nomes para subir ao palco e soltar a criatividade em shows especialmente preparados para o festival. Por esse motivo, cada apresentação começou a ser montada meses antes do Rock in Rio, em um trabalho artesanal que conta não apenas com os envolvidos no encontro, mas também com a colaboração do diretor artístico do palco, o músico Zé Ricardo Com uma estrutura que pesa 150 toneladas, o Palco Sunset fica a apenas três metros do público e carrega sobre si uma estrutura de som com 5 toneladas, além de uma cenografia composta por 15 pirâmides. A montagem diferenciada possibilita um formato especial de cenografiae um total de 28 apresentações aconteceram nesse local, reunido 24 artistas internacionais e 44 nomes nacionais.

Rock Street Com 150 metros de extensão e uma cenografia que mostrava 20 casas com tema inspirado no Brasil, esse palco tinha uma estrutura mais simples, mas nem por isso pode ser considerado menor. Com 15 metros de largura e 8 metros de altura, o palco baixo e intimista promovia grande integração entre os artistas e o público. O local contou com 21 atrações e a participação de vários artistas de rua. PA



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Padrão Merlin de Qualidade Conheça a trajetória de 30 anos de uma das maiores empresas brasileiras provedora de soluções para o mercado de produção audiovisual Por Gustavo Zuccherato

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uem está no mercado de produção audiovisual há mais de 30 anos vai conseguir lembrar das dificuldades em comprar e confiar na aquisição de equipamentos e soluções neste mercado. A grande maioria das fabricantes está fora do país e, naquela época, quase nenhuma tinha revenda oficial no país. A compra do material era feita de forma não-oficial e isso implicava em diversas questões, como falta de assistência técnica ou custos maiores de importação, por exemplo. É neste contexto que, em 1985 nascia o Grupo Merlin. “A Merlin está no mercado há 30 anos e, nos primórdios, assim como todas as empresas, nós trabalhavamos vendendo equipamentos de uma maneira não-formal ou sem ser através do fabricante, mesmo porque o fabricante não estava no mercado local”, aponta Valdinei Isaias Marcelino, atual responsável pelo departamento de distribuição da Merlin. Segundo Marcelino, foi a partir dos anos 2000 que a empresa tornou-se revenda oficial das fábricas e começou uma busca incessante para ter mercado local. “Hoje temos mais de 2.000 empresas cadastradas, aproxidamente 70 ou 80 revendas que tem contato mensalmente conosco e temos em torno de 10 revendas associadas que estão 100% com a gente, que compram de todas as fábricas que a gente distribui e constam nos nossos anúncios de marketing, divulgações e em nosso site”, aponta

A construção dessa trajetória se deu em um trabalho constante e integrado de todas as divisões (veja no box Divisões), focado em atendimento aos clientes, como aponta Eduardo Rogério de Lima, do departamento de logística, que já está na empresa desde os anos 2000. “Temos o cuidado com a tecnologia, com os lançamentos de produtos, mas nosso objetivo principal é o atendimento diferenciado, onde podemos prometer e cumprir o compromisso com o cliente”, explica.

A expansão e o surgimento de novos departamentos “Eu costumo dizer que a Merlin sempre esteve onde tinha uma necessidade do mercado”. É na afirmação de Neto Carvalho, responsável pelos departamentos de revenda, locação e cursos, que reside a essência da expansão da Merlin. Como uma revenda não-oficial e assistência técnica no começo, a expansão da empresa começou a partir do momento que observaram a necessidade de fortalecer o mercado local e possibilitar a venda oficial e legal de equipamentos audiovisuais no país. “A nossa ideia sempre foi essa, trabalhar com os revendedores e com as fábricas para oferecer as melhores condições dos produtos oficializados e nacionalizados aqui através das fábricas”, explica Marcelino. Com um trabalho de negociação com diversas fabricantes, a empresa consegue, hoje, oferecer às revendas a possibilidade de


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Muito além dos equipamentos, a história da Merlin é composta pelas pessoas que dedicam suas vidas a prover o melhor atendimento

trabalhar com o estoque da própria fábrica, cortando esse custo das revendas. “Além disso, negociamos junto ao fabricante diferenciais competitivos, como garantia diferenciada, logos para a identificação do equipamento como equipamento nacional, suporte da fábrica e assistência técnica diferenciada”, destaca o responsável pelo departamento de distribuição.

Profissionalização e diversificação Neto Carvalho explica que no trabalho do dia a dia de negociação da venda de produtos, a Merlin sentiu que o mercado necessitava de profissionais treinados para que seus clientes pudessem expandir os seus negócios e foi daí que surgiu a divisão da Merlin Cursos. “Nós precisavamos ajudar o nosso cliente, formar esses profissionais para que eles pudessem expandir, eles tinham essa ambição, viam que o mercado era grande e próspero”, explica. Primeiramente oferecendo cursos nas áreas operacionais, com conceitos básicos, a divisão oferta hoje cursos online e presenciais nas mais variadas modalidades de produção de conteúdo, sejam em vídeo ou em fotografia, além de cursos voltados para liderança. A estratégia para o futuro é diversificar e especializar os cursos. “O cliente não quer mais ficar no geral, ele quer pegar aquele nicho em

específico e trabalhar”, ressalta o executivo. Neste mesmo sentido, continua, “O cliente chegou e falou: ‘Poxa, legal, agora eu posso fazer três eventos no mesmo dia, mas eu não tenho mais equipamento. Como que eu faço? Eu vou comprar tudo? Eu não tenho condição de comprar equipamento para três equipes’ e aí entrou essa demanda” e surgiu a Merlin Locação. Com uma diversificada linha de produtos para produção audiovisual, desde lentes e câmeras até unidades móveis e estúdios, Neto explica que muitos clientes utilizam esse serviço como uma forma de teste em campo para equipamentos. “O cliente não tem uma grua, um slider ou uma GoPro, por exemplo, ele pode locar, fazer os testes, usar e, eventualmente, alguma compra acaba acontecendo. Outros optam por continuar locando”, explica.

Informação e personalização de serviço Há 20 anos na empresa, Luis Fernando Tasseli, hoje, gerente de marketing, destaca que durante todos esses anos a Merlin sempre se preocupou em alimentar o mercado com informação. Quando o executivo começou a trabalhar focado na área de marketing da empresa (antes ele já havia trabalhado na área comercial e técnica) há 15 anos, as informações voltadas para o público profissional



Divisões

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Grupo hoje é composto por seis divisões, cada qual voltada para um nicho de mercado. A Merlin Vídeo, a mais antiga de todas as divisões, é focada na venda de produtos audiovisuais, seja através da loja física ou do site. A Merlin Cursos oferece cursos, certificações e workshops de foto e vídeo, presenciais ou não, para profissionais e entusiastas do setor. Entre a oferta de cursos, há cursos básicos, voltados para aspectos operacionais, até cursos mais específicos, como um curso de videoclipe musical, por exemplo. A Merlin Locação, segundo Neto Carvalho, responsável pelos departamentos de revenda, locação e cursos, explora um nicho de mercado que não tem condições de comprar equipamentos para um final de semana com vários eventos simultâneos ou que deseja testar algum novo equipamento antes de comprá-lo efetivamente. Já a Merlin Projetos é um setor que oferece consultoria profissional para projetos de instalações audiovisuais, desde igrejas à emissoras de pequeno e grande porte, unidades móveis e sistemas para ensino à distância. A Merlin Distribuidora é a divisão que cuida do atendimento às revendas das fábricas que a empresa representa no Brasil. Por fim, a empresa lançou mais recentemente a Merlin Criativa, uma agência de publicidade para cuidar da comunicação direcionada ao mercado de tecnologia de produção audiovisual, seja através de assessoria às fábricas ou através da produção de estudos e material voltado ao mercado brasileiro. A empresa ainda promove roadshows pelo Brasil para apresentar suas novidades e promover encontros entre profissionais do setor, além de oferecer cursos durante a realização destes roadshows. PA

eram escassas e, por isso, a empresa começou a desenvolver um informativo mensal impresso, com as informações de seus lançamentos. “Acho que esse foi o primeiro canal de comunicação do segmento profissional neste mercado”, aponta. “Hoje, o departamento de Marketing atende as contas de todo o grupo para a assessoria de comunicação. Tudo que envolve comunicação, evento, material impresso, site, assessoria às marcas e fábricas, tudo isso é canalizado pelo marketing da Merlin aonde nós reestruturamos a comunicação ou criamos uma nova e adaptamos isso para o mercado brasileiro”, explica. Pensando oficializar esse trabalho de assessoria à marcas e de produção de material segmentado ao público profissional, mais recentemente, o departamento de marketing criou o Merlin Criativa, uma agência de publicidade com o foco neste mercado. A partir de 2012, o grupo criou um departamento específico para atender seus clientes que precisam de um serviço mais completo. A Merlin Projetos é um setor especializado no desenvolvimento e na implantação de projetos personalizados de diversos portes. “Do brainstorm ao último cabo ligado”, brinca Danilo Fuzeto, responsável pelo departamento, ao explicar que o setor verifica o que o cliente quer fazer, desenvolve todo o projeto, instala e realiza os treinamentos necessários para que o cliente possa operar o sistema, além de oferecer todo o atendimento pós-venda, com serviços de manutenção preventiva e corretiva. Neste último ano, segundo o executivo, a empresa tem atendido muitas igrejas, pequenas emissoras, retransmissoras e unidades móveis, mas tem capacidade de desenvolver qualquer tipo de projeto. A Merlin ainda conta com um departamento financeiro para personalizar o atendimento do grupo. “O cliente quando quer comprar uma câmera ou qualquer outro produto, as vezes tem

condição, as vezes não tem, então tentamos viabilizar essa venda de várias formas”, aponta Adriana dos Santos Pastorino. Para isso, a empresa possui uma carta de crédito própria, que oferece aos clientes mais antigos quando o financiamento através de outros meios, como bancos ou instituições de financiamento, são inviáveis. Para isso, exige diversos tipos de documentação para realizar a análise de crédito e viabilizar este negócio.

Compromisso com eficiência e com o cliente Para atender toda a demanda, tanto de clientes, quanto revendoras e eventos, a Merlin possui uma distribuidora própria, com mais de 20 transportadoras de confiança em todas as regiões do país, para atingir “o desafio de que o produto esteja disponível para o cliente em um prazo máximo de 24, 48 horas, no máximo”, como aponta Eduardo Rogério de Lima, responsável pelo departamento de logística. Todas as vendas saem, atualmente, da sede da empresa em Campinas, mas, no futuro, é possível que haja um centro de distribuição em algum ponto estratégico do país, com estoque maior, para atingir essa meta. “Nosso posicionamento não é de uma empresa simplesmente comercial, mas sim de um centro de tecnologia aonde a pessoa pode adquirir um equipamento, pode fazer um projeto, pode estudar e fazer um treinamento. Não é uma loja, onde a pessoa vem e só adquire um produto. A gente quer envolver o cliente, não só na parte comercial, mas na produção dele também”, destaca Tasseli. Esse posicionamento é reforçado por Lima: “Você tem que entrar de corpo e alma no negócio do cliente. Você tem que visualizar o que está acontecendo lá. Nós temos esse cuidado e essa sensibilidade. 30 anos de Merlin é uma vida e esse é o objetivo que o Edson e seu Fernando deixaram sempre deixaram muito bem alinhado com todos os departamentos”. PA



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Cinemática Audiovisual abre as portas para a pós-produção Com estrutura compacta e serviço especializado, produtora tem plano de crescimento cauteloso e baseado em parcerias.

Criada por José Augusto De Blasiis, Eric Ribeiro Christani e Caetano Cotrim De Blasiis, a Cinemática nasceu voltada para o áudio, mas já caminha firme também no mercado de vídeo

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ecém-lançada, a Cinemática Audiovisual surgiu dos ideais de José Augusto De Blasiis, Eric Ribeiro Christani e Caetano Cotrim De Blasiis, em criar uma produtora especializada em edição, restauro, captação, mixagem e pós-produção de som para cinema, internet, publicidade, games e TV. “Estava na hora de termos o nosso próprio negócio e o som era uma escolha natural por dois motivos: O Eric e o Caetano sempre se dedicaram ao som e o investimento era mais leve”, relembra Blasiis. A Cinemática ainda faz consultoria e supervisão de pósprodução sonora. Blasiis ressalta que todos os profissionais da Cinemática fazem parte de um círculo de relacionamento construído ao longo de muitos anos em produtoras e nas universidades onde lecionou. “Essa união entre pessoas de confiança para formar núcleos de produção em torno de um projeto comum é a tendência para os próximos anos”, explica. Outro ponto fundamental na empresa é o relacionamento com empresas que atuam no mesmo segmento. Longe de olhá-las apenas como concorrentes, a Cinemática tem todo o interesse desenvolver projetos conjuntos, conforme a necessidade do cliente. “Contamos com uma boa estrutura de pós-produção para áudio e vídeo, profissionais de alto nível e temos a liberdade de estabelecer parcerias com outras produtoras

sempre que necessário”. Apesar de todo o otimismo, José Augusto De Blasiis reconhece que este é um momento delicado para iniciar um novo negócio. “Foi difícil começar o trabalho com o país nesta situação, com os preços (das produções) em decadência”.

In House “Eu sabia que cedo ou tarde nós chegaríamos à imagem e isso aconteceu antes do que esperávamos”, comemora Blasiis. Por questões de concorrência e de solicitações dos clientes, rapidamente a produtora começou a trabalhar com vídeo. “Já estamos prontos para fazer uma pós que vai de conformação, correção, pequenos efeitos e créditos. Se o projeto vai além disso, eu envolvo os meus parceiros”. Sobre o declínio na cultura das casas de produção que resolviam todos os problemas do cliente em um único lugar, Eric Ribeiro lembra que eram necessários investimentos astronômicos para mantê-las funcionando. “Esta cultura se mostrou ineficaz nos últimos anos. Não era forma correta de administrar uma produtora. A nossa opção por estabelecer parcerias torna o mercado mais dinâmico. Nós envolvemos mais pessoas e tornamos a empresa mais forte. Há mais gente trabalhando



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A Cinemática é o único centro de treinamento oficial da Assimilate no Brasil e também deve abrir curso de áudio em breve

O segmento de áudio é um dos mais atraentes para a empresa, dado o volume de produções realizadas anualmente no país

para o negócio dar certo”, explica. Segundo Eric, a Cinemática abriu mão de intermediários comerciais sem comprometer a especialização trazida por cada um. “Hoje nós corremos mais, mas vemos o resultado”. A integração entre os mundos de cinema, televisão, games e internet, somado ao barateamento das plataformas de produção influenciou algumas das escolhas feitas pela Cinemática, uma vez que pode investir em profissionais com grande especialização, ao mesmo tempo em que não está presa a um único mercado, como era frequente no passado.

Documentários

Quem faz a Cinemática

Neste momento, o segmento de documentários é um dos que mais atraem a empresa por ter um crescimento acentuado nos últimos anos. A popularização da produção digital abriu as portas para mais de 300 documentários por ano que precisam de pós-produção de áudio e imagem. “Os documentários exigem um trabalho minucioso de restauro e mescla de materiais novos antigos. É um nicho muito

importante”, afirma Blasiis.

ATC Os treinamentos também serão explorados pela produtora, que é o único centro oficial da Assimilate no Brasil. Os cursos estão sendo formatados e em breve estarão disponíveis para o mercado. Essa preferência pela Assimilate e pelo seu software Scratch tem a ver com a história dela no país. Blasiis estava presente na instalação do primeiro software e desde então havia a intenção de criar um local dedicado à formação de novos profissionais. A fundação da Cinemática foi sinal verde para realizar este sonho. Depois da pós-produção devem chegar os cursos sobre áudio, que está na origem da empresa e também servirá para formar mão de obra da empresa. “Nós sempre tivemos uma ligados à educação, são mais de 30 anos lecionando”. www.cinematica.com.br PA

José Augusto De Blasiis Profissional com trinta e três anos de experiência no mercado e pós-produção. Foi diretor de operações do Laboratório Megacolor onde implantou o projeto técnico da empresa, tanto na área de revelação quanto no parque técnico de pós-produção óptica. Foi diretor geral de operações dos Estúdios Mega onde atuou no desenvolvimento do parque técnico de pós-produção em HDTV. Foi coordenador de operações do CasablancaLab, laboratório de cinema do grupo Casablanca/Teleimage. Atuou na área de pós-produção da Teleimage por dez anos, coordenando o laboratório CasablancaLab e como atendimento comercial nos últimos três anos de sua carreira na empresa. É mestre em comunicação social e ministra aulas na Universidade Metodista e na Faculdade Cásper Líbero em cursos de RTV. Coordenou um curso de Cinema Digital na Universidade Metodista até 2012.

Eric Ribeiro Christani Bacharel em Imagem e Som pela Universidade de São Carlos, atuou durante 2 anos como técnico de gravações, ensaios e mixagens musicais no estúdio AD ROAD, em São Paulo. Posteriormente ingressou como foley artist na equipe Casablanca Sound, atuando em diversos curtas, longas e programas de televisão. Em um segundo momento, passou a atuar como editor de ambientes, editor de efeitos sonoros e técnico de gravações e dublagens para televisão, cinema e publicidade.

Caetano Cotrim De Blasiis Formado em Cinema Digital pela Universidade Metodista de São Paulo e pela IAV (Instituto de Áudio e Video), é mixador e editor especializado em TV e CINEMA. Trabalhou por onze anos na empresa Vox Mundi Audiovisual, onde editou, mixou e criou efeitos e banda internacional (M&E) para uma grande quantidade de séries, filmes e musicais. Trabalhou em projetos dos principais canais de TV fechada em operação no Brasil. PA



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Christie apresenta painéis LCD fabricados no Brasil Um dos pontos altos do evento foi a apresentação de dois novos painéis LCD, fabricados no Brasil – o FHD461-XB e o FHD551-XB.

A apresentação do novo escritório foi feita por Jack Kline, presidente da companhia, e contou com a presença de integradores e usuários

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Christie realizou um evento destinado aos seus clientes, revendedores e distribuidores para apresentar novos produtos para o mercado das salas de comandos, bem como Digital Signage, locação de projetores, salas de reuniões e cinema. Entres diretores seniores da empresa estavam presentes Jack Kline, Presidente, Jeff Klaas, vice-presidente para as Américas, e Juan Carlos Chávez, diretor para a América Latina. Situadas em Vila Olímpia e ocupando mais de 300 metros quadrados, as instalações da Christie em São Paulo foram renovadas recentemente com um novo centro de formação especializada e as áreas para exposições abriram aos clientes e parceiros. Um dos pontos altos do evento foi a apresentação de dois novos painéis LCD, fabricados no Brasil – o FHD461-XB e o FHD551-XB. Esses painéis com iluminação nas extremidades, destinados para aplicações de controle e monitoração no setor empresarial, garantem excelente desempenho e experiência com mosaicos e com elementos essenciais, tais como funcionamento contínuo, 5,7 mm entre telas e opção vertical ou horizontal. Fabricados no Brasil, esses painéis estão equipados com apoio e serviço ao nível local. Pela primeira vez no Brasil também foi mostrada a super-silenciosa série Captiva de projetores 1DLP de fósforo laser com distância curtíssima de 0.38:1, os quais oferecem 20.000 horas de funcionamento de alto desempenho sem lâmpada, com capacidade para alcançar luminosidade completa em alguns segundos e mudar instantaneamente para o modo standby sem período de arrefecimento. O projetor de alta definição Captiva DHD400S oferece uma relação natural entre a altura e a largura de 16:9, combinando com os sinais mais comuns usados atualmente. Já o projetor Captiva DUW350S

de distância curtíssima permite criar uma tela em espaços apertados, oferecendo um espaço de trabalho único para as atividades cotidianas.

Ferramentas de áudio e colaboração Os convidados do evento tiveram conheceram ainda o grupo Christie Brio de soluções de colaboração e apresentação para reuniões, que permitem aos usuários conectar-se, obter e compartilhar conteúdo através de uma unidade individual, superando distâncias geográficas e eliminando os desafios das reuniões de trabalho em um único local ou em vários locais. A última novidade foi a solução Christie Vive Audio, o único sistema de alto-falantes verticais fabricados especialmente para a indústria cinematográfica, que já tem 200 instalações no mundo. A solução consiste de alto-falantes de canais, subwoofers, alto-falantes com som envolvente e amplificadores da classe D criados especificamente para as exigências em matéria de conteúdo DCI. Desenhados para apoiarem todos os principais formatos áudio para o cinema, incluindo Dolby Atmos, com som envolvente 7.1 e 5.1, e Auro 11.1, a solução Christie Vive Audio pode ser configurada para oferecer a solução áudio ideal para qualquer espaço, quer sejam estúdios de pósprodução, salas de projeção, auditórios tradicionais ou cinemas com formatos amplos especiais. “Durante o evento foram apresentamos novas oportunidades para compartilhar ideias e reforçar nossos laços com os clientes, revendedores e distribuidores de todo país em um ambiente relaxante e compartilhando a hospitalidade com eles”, disse Clayton Brito, Diretor Geral da Christie no Brasil. “A procura das soluções da Christie no Brasil está aumentando visivelmente, com a realização de grandes projetos neste momento, os quais irão aju PA



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Reportagem

Anunciados os vencedores do 5º Prêmio Panorama Audiovisual Categoria especial homenageia Fernando Bittencourt

O “Grande Prêmio Panorama Audiovisual de Reconhecimento Profissional” deste ano foi dedicado ao engenheiro Fernando Bittencourt, que trabalhou por 45 anos na TV Globo e ocupou o cargo de diretor de engenharia da emissora

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resultado final da quinta edição do Prêmio Panorama Audiovisual foi conhecido neste final de semana. Durante a votação promovida entre os leitores da revista, foram selecionados os melhores em cada uma das 36 categorias. Assim em 2014, a premiação também contou com o “Grande Prêmio Panorama Audiovisual de Reconhecimento Profissional”, uma categoria especial, destinada a homenagear profissionais e instituições com notória dedicação ao mercado audiovisual e broadcast. O homenageado deste ano é o engenheiro Fernando Bittencourt, que trabalhou por 45 anos na TV Globo e chegou ao cargo de diretor de engenharia da TV Globo. Bittencourt participou de momentos históricos da emissora, como a criação do Projac e o lançamento da TV Digital. Mais de quatro mil leitores da revista Panorama Audiovisual votaram nas empresas, tecnologias e produtos que mais se destacaram no último ano. “O Prêmio Panorama Audiovisual é um reconhecimento a todos que movem a indústria de produção e broadcast. Os seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento são essenciais para os nossos leitores”, afirma Victor Hugo Visval Piiroja, CEO e presidente da VP Group, empresa promotora da premiação e que edita a revista Panorama Audiovisual. “Estamos honrados em homenagear representantes das empresas vencedoras, bem como os seus distribuidores no país”, finaliza. Veja a seguir os vencedores em cada categoria: Câmera de ação / POV: Go Pro Hero 4 Camcorder de ombro: Sony PXW-X320 XDCAM Handycam: Sony PXW-X70 Câmera para broadcast: Panasonic AK-UC3000 4K Câmera para produção: Arri Alexa Mini Lentes e conjuntos ópticos: Canon Cine-Servo 50-1000mm Zoom Baterias e alimentação de câmera: Anton/Bauer Gravação de mídia: Atomos Shogun

Solução para iluminação: Arri Skypanel Suporte e movimento de câmera: DJI Phantom 3 Monitor de vídeo: Sony BVMX300 Switcher compacto: Ross Carbonite Switcher de produção: Grass Valley Karrera K-Frame S-series Projeção: Christie Boxer Projector Solução para gráficos e cenário virtual: ChyronHego Metacast Automação de produção: Grass Valley Ignite Automated Production System Automação de exibição e controle mestre: Harmonic Spectrum X Advance Media Server Interface: AJA io 4K Roteamento e distribuição de sinais: Grass Valley Solução para medição e teste:Tektronix WFM/WVR8000 Cabos e conectores: Belden Sistema para edição de vídeo: Adobe Premiere Pro CC Sistema de pós-produção: Avid Media Composer Solução para streaming: Livestream Studio HD 550 Gerenciamento de mídia e armazenamento: Avid Interpaly MAM Codificação e multiplexação para distribuição de mídia: Harmonic Electra X Solução para distribuição de mídia na nuvem: Elemental Unified Linear TV Delivery Solução para ISDB-T: Rohde & SchwarzTHU9 Sistema de intercomunicação: Clear-Com FreeSpeak II Sistema de captação de áudio: Shure BRH50M Monitoração de áudio: TSLTM1 MK2 Solução para mixagem de áudio broadcast: Lawo MC2 56 Sistema de edição de áudio digital: Avid ProTools 12 Unidade móvel de externas: Casablanca Online Locadora de equipamentos: Cinevideo Assistência técnica e manutenção: Line Up PA



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Reportagem

Globo coloca radiodifusão em xeque Globo Play valoriza streaming com versões gratuita e paga, VoD e 4K.

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o final de outubro, às vésperas do maior evento de telecomunicações do país – a Futurecom – executivos da TV Globo fizeram a apresentação formal da “nova plataforma digital de vídeos” Globo Play, que consolida iniciativas lançadas nos últimos cinco anos para distribuição de conteúdo pela internet. O serviço estará disponível a partir de 3 de novembro, permitindo assistir quase toda a programação ao vivo (apenas São Paulo e Rio de Janeiro), além de oferecer acesso gratuito a trechos de programas para todo o país. Ele também trará a opção de assinatura mensal (R$ 12,90) para quem deseja assistir programas sob demanda (VoD, na sigla em inglês), como capítulos de novelas e programas que já saíram do ar. Produções em 4K como “Dupla identidade” também poderão ser acessadas. As transmissões ao vivo ou sob demanda não incluem filmes estrangeiros e outros programas sobre os quais a Globo não tenha os direitos para internet.

O que há de novo? O anúncio em si não traz tantas novidades, uma vez que a emissora já tem um serviço pago sob demanda desde 2012 (globo.tv+) e respectivos aplicativos para Android/iOS/Windows Phone, sem falar nos aplicativos Globosat Play (lançado em 2014 para todas as plataformas) e Globosat Play 4K para TVs conectadas da Samsung e Sony (2015). Também já foram feitas transmissões experimentais de telejornais ao vivo. A novidade está no posicionamento: A TV Globo está demarcando território e deixando claro que a internet pode ser um canal de distribuição tão ou mais importante que a televisão aberta tradicional. Ela assumiu a importância do streaming e dos serviços prestados pelas empresas de telecomunicações para fazer as suas produções chegarem aos espectadores independente da tela escolhida e das restrições da grade de programação. Mobilidade O Globo Play unifica e incrementa soluções já testadas para fazer frente a uma infinidade de concorrentes que surgiram com a internet - como YouTube, iTunes e NetFlix - e ajudam a fracionar a audiência da emissora. Mais, ele aproveita a disponibilidade de

Por R$ 12,90 por mês, será possível rever a programação da emissora em qualquer lugar do país e em qualquer dispositivo conectado

Wi-Fi, o crescimento das redes 4G e a aproximação do 5G para garantir presença em celulares e smartphones. Este é um assunto paradoxal, porque a televisão digital terrestre trouxe como bônus a transmissão OneSeg ou 1Seg, um versão em resolução reduzida do que vai para o ar para os televisores convencionais. Sua aplicação seria levar o sinal da TV às pequenas telas fora de casa, no ônibus, no trabalho ou no estádio. Acontece que a maioria dos fabricantes de celular ignora solenemente tal funcionalidade, porque ela aumenta os custos de produção e não é valorizada pelo usuário. Essa transmissão também não traz lucro algum para as Telcos, pois não gera tráfego de dados, logo as operadoras não têm interesse em vender estes aparelhos. E, para jogar uma pá de cal, a chegada das redes 4G deve gerar uma interferência impossível de ser filtrada, que inviabilizará de vez o OneSeg ou 1Seg. Assim, parte da tecnologia oferecida pelo padrão ISDB-T, usado pelaTV digital no Brasil, foi atropelada pelasTelcos. A radiodifusão perdeu espaço e emissoras como a Globo precisarão se curvar ao streaming.

TV Conectada Outro ponto de ataque na estratégia do Globo Play é assumir que o televisor está se transformando numa porta aberta para qualquer distribuidor de conteúdos. A conectividade quebrou a relação direta entre Emissora de TV e Receptor de TV, e agora os fabricantes podem fazer acordos com os provedores de conteúdo e colocar os ícones para novas programações e canais que nem existem na TV aberta. Pior, podem dividir lucros com a venda de assinaturas. Instantaneamente apareceu mais um concorrente para dividir as


receitas e de novo as emissoras precisarão se curvar aos fatos. Em breve o app Globo Play também estará em alguns televisores - os acordos são individualmente com as fábricas - e permitirá ver programas sob demanda, produções em 4K e TV ao vivo (!). Sim! É possível que numa navegação pela tela de aplicativos da sua Smart TV surja o ícone da TV Globo e ao clicar você veja a programação ao vivo. Se isso acontecer, você estará pagando pelo uso do aplicativo e pela banda larga para ver algo que sempre foi gratuito. Mas quanta gente não faz isso ao comprar pacotes de TV por assinatura? Brincadeiras à parte, mais uma vez surgem questionamentos sobre o futuro da radiodifusão. Não é exagerado imaginar que as melhorias na qualidade de serviço das operadoras, a evolução das técnicas de compressão e transmissão vídeo OTT (através de redes de dados) e, principalmente, os novos hábitos dos telespectadores, abram espaço para a navegação por aplicativos como modo prioritário para escolher o assistir na TV.

É O QUE ESTÁ POR TRÁS QUE NOS MANTÉM À FRENTE

4K Há cerca de cinco anos, a TV Globo começou a estudar o uso do 4K e nos últimos três anos avançou para um processo de migração que envolve infraestruturas de estúdio, unidades móveis e centrais técnicas. É um investimento muito justificado para quem exporta novelas para dezenas de países, porque uma resolução superior aumenta a qualidade percebida pelos espectadores, mesmo em HD, e amplia a vida útil do produto. Em meio a esta evolução, surgiu no mercado a pergunta: Se o padrão de TV Digital ainda está sendo implantado no Brasil e não contempla o 4K, quando poderemos ver estas imagens? Novamente a resposta vem das Telcos: Usem as nossas redes, elas estão sendo preparadas para suportar o 4K e muito mais! É um interesse de duas mãos, fornecedores de redes querem ampliar o volume de dados transportados, enquanto as emissoras veem nestas redes uma solução imediata para distribuir as suas produções em 4K. Enquanto o Japão estima que a televisão em 8K começará a ser transmitida pelo ar entre 2020 e 2022 (eles não passarão pela etapa do 4K), no Brasil é provável que o 4K e o que vier pela frente tenha apenas a internet como forma de distribuição. Com os gastos e o tempo despendido em uma nova transição, além da pressão exercida pelas empresas de telecom, apenas

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Reportagem

Quase oito anos após o lançamento da TV digital no Brasil, o acesso sinal através de celulares não faz grande sucesso, especialmente por conta do bloqueio das empresas de telecomunicações e fabricantes. Com a chegada do 4G e, em poucos anos, do 5G, o streaming dominará o acesso de vídeo em dispositivos móveis

as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo têm potencial para receber transmissões com resolução além do HD nos próximos 10 ou 15 anos.

TV Paga Como mencionado acima, o serviço pago do Globo Play traz uma questão interessante em relação às empresas de TV por assinatura. Está claro que a cobrança existe para compensar a publicidade reduzida no VoD, mas por ser relativamente barata (R$ 12,90), pode gerar uma onda de cancelamentos nas operadoras. Vale lembrar que a TV Globo sempre ajudou as operadoras a fecharem os seus pacotes por assinatura, porque os telespectadores poderiam assistir a líder de audiência sem os chuviscos e fantasmas da TV analógica. O cliente pagava para ver com melhor qualidade algo que era gratuito. Sabendo que agora é possível ver a programação ao vivo no computador, smartphone, tablet e TV conectada de graça e pagar menos de R$ 15 para rever programas já exibidos, pouca gente se guiará pelo antigo argumento. Não será uma tragédia econômica, mas reafirma a tendência de que nos próximos anos as operadoras terão mais relevância ao prover redes de dados, do que ao prestar serviços de TV por assinatura.

Publicidade A TV Globo restringe a programação de suas afiliadas aos telespectadores que estão na mesma região ou estado, incluindo os comerciais. Este cuidado inclui as transmissões por satélite e visa preservar o investimento dos anunciantes regionais. Segundo as informações divulgadas hoje, o conceito deverá ser preservado no streaming ao vivo, uma vez que os moradores de São Paulo não poderão assistir aos telejornais locais do Rio de Janeiro, por exemplo. Esta definição inicial, entretanto, não impede o surgimento de

Amos Genish, CEO da Vivo, foi questionado pela Panorama Audiovisual sobre os impactos do novo serviço da TV Globo no tráfegos de dados da Vivo e na estratégia de TV por assinatura. Para Genish, trata-se de uma clara resposta à NetFlix e é cedo para avaliar qualquer impacto relevante na rede. Ele também minimizou a influência na venda de serviços de TV paga, “É irrelevante. Temos muito para crescer em todo o país”, disse

novas formas de comercialização, com pacotes específicos para as transmissões online. No caso de conteúdos sob demanda, o aplicativo que está no ar desde 2012 ignora os comerciais que foram exibidos ao vivo e obriga o usuário a ver apenas uma ou outra propaganda antes de exibir uma novela, telejornal ou humorístico. Este abraço que a TV Globo dá no streaming é mais do que um mero avanço tecnológico, é uma decisão estratégica que envolve o futuro da TV no país. Se este futuro for o streaming, e há muitos motivos para acreditar que sim, tudo o que se disputa e discute em relação à TV estará com os dias contados. PA



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Reportagem

Kahuna ganha conexões IP A linha de switchers de produção agora tem opção de conexões IP, além de lidar com múltiplos formatos.

Os modelos Kahuna 4800, 6400 e 9600 são dimensionados para uso em aplicações como unidades móveis e produção remota até grandes instalações de broadcast, além de suportar resoluções de SD a 4K

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SAM – nome que unificou a Snell e a Quantel – lançou em outubro a linha de switchers de produção Kahuna IP, que herda as capacidades de processamento multiformato desta plataforma e incorpora um conjunto completo de entradas e saídas IP. A atualização ainda prevê a possibilidade de substituir portas SDI de sistemas Kahuna já existentes por portas IP, conforme a necessidade e o orçamento do cliente. O Kahuna IP está disponível nos modelos 4800 IP, 6400 IP e 9600 IP, dimensionados para uso em aplicações como unidades móveis e produção remota até grandes instalações de broadcast, além de suportar resoluções de SD a 4K. Isso é possível por conta da tecnologia FormatFusionTM3, que processa os sinais independente da sua resolução de origem e destino. Outra novidade é a tecnologia Make M/E, criada pela SAM para que o usuário possa desenvolver M/Es específicos para cada aplicação. Tal aplicação se tornou possível com ‘excesso’ de processamento disponível e de interfaces mais amigáveis. Inicialmente o switcher traz conexões IP 10 GigE e tem como padrão nativo o SMPTE 2022-6, bem como o e outros formatos. O Kahuna IP pode ser complementado com tranquilidade pelo painel de controle Kahuna Maverik, que também apresenta enorme modularidade e pode ser configurado de acordo com o tipo de produção.

“Toda empresa tem necessidades diferentes quando se trata de implementar a tecnologia IP - a nova gama Kahuna IP de switchers é voltada para aqueles que desejam ir totalmente para IP agora”, disse John Carter, gerente de produto sênior da SAM. “Ele é um produto sem limitações, que garante o poder de produção Kahuna tradicional, mas com entradas e saídas IP. Para aqueles que desejam fazer a transição para IP ao longo do tempo, nós também temos a resposta. Nossos switchers de produção Kahuna 4800, 6400 e 9600 podem ser progressivamente convertidos para IP, simplesmente trocando os componentes de entrada e saída.”

Sirius Outra novidade recente da SAM é o multiviewer integrado Sirius, que pode ser integrado ao famoso roteador Sirius sem ocupar as suas portas de saída de sinal e atende desde operações ao vivo até centrais de exibição. Ele gera até 12 telas 4K a partir de 48 fontes de sinal e monitora o status de áudio, vídeo e metadados, que podem ser executadas a partir de um desktop. Um diferencial da solução é a função Media Biometrics, que faz análises e alertas sobre todo o áudio e vídeo exibidos, com base em um processo de inteligência artificial. Segundo a empresa, este processo se aproxima da análise feita por humanos. PA



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Reportagem

Codificação 4K mais rápida que em tempo real? Cinemartin sela parceria com a NVIDIA para entregar plataforma de codificação H.265 baseada em software, enquanto a Extron Electronics aumenta a oferta de soluções para distribuir 4K por HDMI.

Os fabricantes de hardware estão correndo para disponibilizar o maior volume possível de soluções compatíveis para distribuição e visualização de vídeo em 4K

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Cinemartin anunciou uma joint-venture com a NVIDIA para oferecer o que eles prometem ser a plataforma de codificação H.265 baseada em software mais rápida do mundo para GPUs da Nvidia. Os usuários de placas QUADRO e Gforce poderão converter vídeos usando o codec HEVC H.265 com as velocidades mais rápidas do mundo: é possível converter um vídeo FullHD de 7 minutos com o HEVC em apenas 1 minuto, ou converter 1 minuto de 4K para H.265 em 30 segundos. Os testes para chegar a este resultado foram realizados em uma solução baseada em um computador com Windows e placa NVIDIA Maxwell de segunda geração, além dos softwares da Cinemartin (Cinemartin Cinec + Cinemartin P-Module 1.0) O P-Module, desenvolvido pela Cinemartin, oferece codificação 4K em velocidades até 2x mais rápida que a codificação em tempo-real e até 7x em resolução Full HD 1080P (1920x1080). Segundo a empresa, isso significa uma velocidade de codificação 100 vezes mais rápida que soluções baseadas em CPU. A solução da joint-venture será ofertada como uma solução de licença de software, com o único requisito de possuir um dos últimos modelos de placa NVIDIA Maxwell de segunda geração: 960, 970, 980, 980TI, Titan X e QUADRO M4000, M5000 e M6000. A Cinemartin promete divulgar mais informações, vídeos e demos

do aplicativo/módulo no último trimestre de 2015. O P-Module estará disponível como opção de compra para os atuais clientes Cinec 4.X. Na data do lançamento desta solução, o Cinec 4.5 também será lançado, oferecendo novas melhorias e funcionalidades.

Como levar o 4K HDMI mais longe? Telões, monitores e gravadores nem sempre estão perto o suficiente das fontes que geram imagens 4K. Por isso a Extron Electronics anunciou a disponibilidade dos transmissores DTP T HD2 4K 230 e DTP T HD2 4K 330, capazes de fazer comunicação de sinais como HDMI com áudio embutido, RS-232 bidirecional e infravermelho através de cabo blindado CATx até um equipamento da família Extron DTP. O DTP T HD2 4K 230 estende o sinal por 70 metros de distância, enquanto o DTP T HD2 4K 330 estende por 100 metros. Ambos têm uma entrada HDMI com loop para uma segunda porta utilizada para monitoração de vídeo local e uma saída DTP. Através das portas RS-232 e IR, estas caixas podem ser controladas à distância e em rede com outros equipamentos. Esta ponte é capaz de transportar vídeos nas resoluções 2560x1600/60Hz, 4K 4096x2160/30 Hz, UHD 3840x2160/30 Hz, e 4K/UHD a 60 Hz com amostragem cromática 4:2:0. PA



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Reportagem

Blackmagic nas produções de Hollywood Suas câmeras foram usadas em “Mad Max: Estrada da Fúria” e “Velozes e Furiosos 7”, entre outros sucessos de 2015.

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Blackmagic divulgou que dois dos filmes mais rentáveis do ano, “Mad Max: Estrada da Fúria” e “Velozes e Furiosos 7”, utilizaram suas câmeras em cenas de ação. Ambos tinham Michelle Pizanis trabalhando neles. Michelle começou sua carreira no cinema, depois de 11 anos como fotógrafa de sucesso. Em “Mad Max: Estrada da Fúria”, Michelle foi a coordenadora de câmera, trabalhando com vencedor do Oscar John Seale. Enquanto filmava algumas cenas em Sydney, Austrália, Michelle e John usaram câmera das Blackmagic Cinema EF para cenas do filme, incluindo uma cena de fuga e uma grande sequência de ação, envolvendo explosões de caminhões e caos cinematográfico. As cenas foram filmadas em RAW, o que permitiu que a equipe capturasse o máximo de detalhes possível dentro de cada cena, dando aos artistas de efeitos especiais uma enorme quantidade de dados para trabalhar. Para as cenas de fuga e perseguição, as câmeras Cinema, da Blackmagic Design, foram anexadas no próprio corpo do ator Tom Hardy, que interpreta Max Rockatansky, e em plataformas MOVI, para capturar de perto ação e tiros de Max criando uma fuga dramática, em que o ator corre através de túneis escuros. Para uma das maiores cenas de ação do filme, que envolveu a destruição de um grande número de caminhões e outros veículos, as câmeras foram colocadas ao longo de um canyon, bem como em alguns dos veículos. Essas câmeras utilizavam lentes Tokina de 8-15mm e lentes Canon de 16-35mm e 11-16mm. Uma vez que a cena estava sendo criado com efeitos práticos, precisou ser capturada na primeira tomada para evitar altos custos com refilmagens. “Com a cena, três grandes plataformas de guerra explodiram, todas de uma vez, de forma dramática. Instalamos câmeras da Blackmagic Design nas paredes, nos caminhões e embaixo deles, e não apenas fizeram toda a filmagem como também sobreviveram aos acidentes e explosões, conseguimos imagens incríveis. Essas câmeras estavam

por toda parte naquela cena, e todo mundo ficou muito feliz com o material capturado”, disse Michelle. Segundo a coordenadora de câmera, a equipe começou as filmagens na Namíbia, África, utilizando câmeras Canon 5D com lentes Canon de 16-35mm e Olympus OM5D com lentes Olympus de 9-18mm, para as câmeras de colisão. Um ano depois, quando a equipe se reagrupou para as refilmagens em Sydney, na Austrália, novas tecnologias já haviam surgido, como a Câmera Cinema 2.5K, da Blackmagic e, depois de vários testes realizados por John Seale, optaram pelas câmeras das empresas. Além disso, “com a ajuda de Panavision Sydney e Bevan da Hire Fotos em Brookvale, Austrália, fomos capazes de fazer cabos para baterias externas, temos um cage de forma que o nossa equipe de apoio poderia seguramente colocar as câmeras em posição travada, e várias docks para transferência depois, fomos capazes de utilizar câmeras em algumas cenas incrivelmente difíceis de filmar”, explica Michelle. Em “Velozes e Furiosos 7”, Michelle trabalhou com os diretores Marc Spicer e Steve Windon e utilizou a Production Camera 4K e várias Cinema Pocket também da Blackmagic Design. As câmeras foram utilizadas para capturar cenas de ação com dublês, bem como para a maioria das tomadas no interior dos veículos. “Marc era um dos operadores de câmera em “Estrada da Fúria” nas refilmagens em Sydney, ele presenciou como utilizamos no produto final e decidiu utilizar um set similar em “Velozes e Furiosos 7”. “Onde uma câmera de produção não caberia, utilizamos as câmeras da Blackmagic Design para algumas das cenas do painel e cenas no interior dos carros “, conclui Michelle. As câmeras Cinema Camera 2.5K, Production Camera 4K e a Cinema Pocket já estão disponíveis no mercado brasileiro através da Pinnacle Broadcast, o canal oficial de distribuição da marca no Brasil. PA


Reportagem <<

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Um switcher para iOS? Solução permite cortar imagens 1080p de até 4 dispositivos com efeitos e gráficos.

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SilverSunn desenvolveu o Switcher Studio, um aplicativo capaz de converter qualquer dispositivo iOS em um switcher multicâmera para sinais até 1080p, com efeitos de transição e grafismo, além de saída direta para qualquer plataforma RTMP. Uma vez que o usuário tenha se registrado (existem diferentes modalidades de contratação), basta escolher um iPad ou iPhone para configurá-lo como um switcher de até quatro câmeras, através de conexão Wi-Fi. O Switcher Studio permite realizar cortes secos ou com as transições mais comuns (dissolução, cubo, persiana, etc) e até incluir imagens do próprio dispositivo. Além disso, permite efeitos picture in picture de imagens armazenadas no aparelho. O aplicativo pode ser configurado para armazenar a produção em um dispositivo, lançar diretamente em qualquer plataforma RTMP de streaming ao vivo (como o YouTube Live ou Ustream) ou, inclusive, gravar o sinal da câmera em cada dispositivo para exporta-los de forma sincronizada posteriormente em um editor não-linear. Para aplicações mais avançadas, o Switcher Studio permite o uso do sistema robótico Galileo da Motrr. Este dispositivo permite que o usuário controle remotamente o iPhone conectado para fazer panorâmicas manuais ou programadas. A partir deste mês de outubro, o Switcher Studio lança o modo “Diretor”. Esta atualização permite aos usuários definir frequências

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de quadro fixas, gravar vídeo com qualidade de transmissão até HD 1080p de múltiplos ângulos utilizando os dispositivos móveis, além de poder exportar as composições para Final Cut Pro X. Também é possível trabalhar com microfones através do minijack do dispositivo iOS ou também conectá-los através de Bluetooth. Com este novo modo, os usuários podem desativas a câmera integrada no dispositivo principal e sincronizar até 4 iPhones ou iPads adicionais através de um único roteador ou ponto de acesso. Outra novidade é a possibilidade de transmitir em uma qualidade menor para uma plataforma RTMP se a largura de banda disponível é limitada, sem deixar de gravar vídeo HD ou 1080p para fazer o upload posterior. PA

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Reportagem

Sertanejo em 4K Ultra HD Show da dupla Jorge & Mateus foi gravado com a nova tecnologia e o apoio da unidade móvel da produtora RGB. Distribuição em 4K será feita pela internet. Por Fernando Gaio

Mais de 90% do cenário de Jorge & Mateus era composto por LEDs. Foram 600 metros de painéis posicionados em diagonal e mais 350 Moving Lights

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úsicas inéditas, tecnologia e muita emoção marcaram a gravação do DVD da dupla Jorge & Mateus, que aconteceu no dia 30 de setembro, no Espaço das Américas, em São Paulo. Essencialmente românticos, mantendo o estilo de composições que têm os consagrado durante os dez anos de carreira, os cantores apostaram em um repertório inédito. Nos bastidores do espetáculo estava a equipe da produtora RGB com a primeira com unidade móvel 4K disponível para locação no país. A gravação do show foi o quinto trabalho da nova unidade, que foi montada com um switcher ATEM preparado para 16 câmeras, monitores SmartView 4K e 18 gravadores HyperDeck SSD 4K (Apple Pro Res 4K), além de um sistema para slow motion EVS XT3. Carlos Braz, diretor da RGB, conta que houve uma mescla entre

sete lentes Canon de bocal B4 com adaptador e sete lentes PL Angenieux. Durante o show, as imagens das 14 câmeras Sony F-55 seguiam por fibra óptica – SMPTE – para gravação na unidade móvel, enquanto uma cópia de segurança era feita em cartões de memória interna. A estrutura provida pela RGB foi dimensionada para suportar até 4 horas de gravação em Apple Pro Res 4K, considerando também o sinal PGM. A mesma capacidade estava disponível na gravação feita nas câmeras (Sony XAVC). Carlos explica a gravação em dois formatos - Apple Pro Res 4K e Sony XAVC – atende às necessidades de diferentes produtores, que têm as suas preferências na hora de editar. Na unidade móvel também estavam disponíveis todos os controle CCU para configuração de íris, colorimetria e pedestal, entre outros,


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A visão do diretor

Anselmo Troncoso, diretor da gravação, destaca que entre os desafios da produção em 4K estão o posicionamento de câmeras com lentes PL e o equilíbrio entre as luzes do espetáculo e a sensibilidade dos sensores

A grande inovação do show foi a gravação com em 4K com câmeras Sony F-55 . Metade delas foi equipada com lentes B4 e a outra metade com modelos PL

Os sinais seguiam por fibra óptica para a Unidade Móvel da RGB, que dispunha de todos os controles para ajuste das câmeras

Instantes antes de o show começar, a Panorama Audiovisual conversou com Anselmo Troncoso na unidade móvel da RGB para conhecer o conceito artístico que orienta as gravações da dupla. Anselmo tem 18 de mercado e dirigiu todos os DVDs de Jorge & Mateus, incluindo o realizado em Londres em 2012 (“Live In London - At The Royal Albert Hall”), que contou com uma equipe mista de brasileiros e ingleses. “Os nossos DVDs sempre trazem alguma inovação. Quando gravamos em Jurerê em 2013 (“A Hora é Agora - Ao Vivo em Jurerê”), nós selecionamos as câmeras Sony F3 e usamos lentes de cinema para obter a resolução 2K”, relembra. Neste ano, a gravação foi marcada para o Espaço das Américas, em São Paulo e a missão inicial era apresentar um palco que fugisse do convencional, daí surgiu a distribuição de painéis de LED nas laterais, no alto e à frente do piso, projetando-se para a plateia. Isso resultou em formas geométricas com profundidade, que abriam grandes possibilidades para enquadramentos criativos e pouco monótonos. Em seguida veio a discussão sobre o uso de câmeras 4K, que já estavam disponíveis, mas sempre numa configuração de “câmera solteira”, sem integração. “Não era 100% 4K e havia pontos pendentes”, explica Anselmo. O diretor deu início conversações com Carlos Braz, da produtora RGB, sobre os seus projetos e a necessidade de uma unidade móvel pronta para operar em 4K em todas as etapas do processo, incluindo monitoração, lentes, câmeras, gravação e transmissão por fibra, por exemplo. “Tudo aconteceu como esperávamos. Teremos um produto 100% 4K, da captação à edição, com distribuição para web, além das negociações que temos com as gravadoras para aquela que deve ser a primeira distribuição com esta qualidade no mercado sertanejo”, planeja Anselmo. O diretor também estava bastante otimista com o desempenho das câmeras Sony F-55 e as lentes cinematográficas escolhidas para este show, que foram posicionadas na área mais próxima do palco. “Queremos transmitir com a maior fidelidade a essência de Jorge e Mateus e do seu repertorio”. Para chegar a este resultado, ele relembra o primeiro contato com lentes desenvolvidas para uso no cinema, durante a gravação do DVD “A Hora é Agora - Ao Vivo em Jurerê”, “foi um desafio enorme, porque quando você começa a trabalhar com estas lentes, a imagem obtida é bem diferente do broadcast e muda inclusive o posicionamento das câmeras”. Anselmo precisou de dois dias para definir a distribuição das câmeras em Jurerê, por exemplo, porque estava usando lentes 24290mm e 25-250mm. “O grande resultado aparece na plástica do trabalho. O artista aparece em destaque e o restante da cena fica em desfoque.” Nesta gravação em São Paulo, havia cinco câmeras designadas para trabalhar com a focagem e desfocagem de um cantor para o outro. “Estas lentes nos dão muito mais opção de escolha e recursos no momento da edição”. O uso do 4K também aumentou a preocupação com o cenário e a iluminação, por conta da sensibilidade e da resolução envolvidas. Os critérios de configuração da luz não são os mesmos de uma gravação HD e no cenário tudo salta aos olhos. “Tivemos um trabalho muito grande com o diretor de fotografia Ivan Moura para lidar com a relação entre a luminosidade e a sensibilidade das câmeras”, detalha. O palco trouxe uma cenografia onde mais de 90% do cenário era composto por LEDs de 4mm e de 7mm. Eram 600 metros de painéis dispostos em ângulos que aumentaram ainda mais o desafio de ajustar as câmeras. “Nós fizemos muitos testes para garantir a qualidade da imagem do fundo do palco, com luz mais intensa, e da frente, um pouco mais fraca, garantindo o contraste”, finaliza. PA


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Reportagem

Na ponta dos dedos

José Augusto de Blasiis esteve na linha de frente do show, apoiando o diretor de fotografia Ivan Moura e controlando os parâmetros das câmeras para garantir o equilíbrio entre cores e luminosidade

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ma figura de extrema importância na noite de gravação foi Claudio Abuchaim, que tem 27 anos de mercado e ganhou um Grammy Latino em 2011 com o disco “João Bosco & Vinícius”, em parceria com Dudu Borges. Há seis anos ele participa de todos os trabalhos da dupla Jorge e Mateus, e tem a missão de acompanhar a gravação do show, fazer a mixagem e a masterização. Abuchaim contou à reportagem que acompanha o processo de produção para conhecer a sonoridade que o produtor musical e os artistas desejam no produto final. “Jorge e Mateus passaram por uma evolução musical e chegaram a um nível altamente sofisticado, com muitos instrumentos e efeitos, tudo bastante elaborado. Este trabalho volta às raízes, atendendo a um pedido do público, mas sem tirar a identidade da dupla”, explica. Após a gravação, ele gasta cerca de um mês avaliando todos os elementos do show, editando alguns pontos e reavaliando o que precisa ser regravado. Abuchaim começou a trabalhar com publicidade no final dos anos 80 em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e passou por várias gerações tecnológicas. Sua primeira gravação de sucesso foi com a banda de rock cristão Resgate e seguida vieram os discos da série Renascer Praise e de outras bandas cenário gospel. A partir de 2005, as oportunidades no mercado sertanejo aumentaram muito e Abuchaim mudou de ares. Na nova fase, além de Jorge e Mateus, ele foi responsável pela mixagem de grandes sucessos de Michel Teló e Luan Santana. Neste show, foram usados 56 canais de gravação no Avid Pro Tools HDX e respectivas interfaces, com backup no Steinberg Nuendo, que usou as interfaces da SSL. Por utilizarem hardwares diferentes, os materiais gravados são ligeiramente distintos e segundo Abuchaim o normal é optar pela gravação feita com as interfaces do Pro Tools, que têm maior resolução. Eventualmente são usados elementos da gravação via SSL, que tem um som “mais macio”. De qualquer maneira, o diretor procura aplicar o mínimo de processamento durante a gravação – flat, preferindo alterar a afinação ou o instrumento quando algo não soa bem.

A unidade móvel de produção 4K da RGB é a primeira do país disponível para locação

Para microfonar a banda foram usados os modelos AKG D112 e 91, Shure SM 57 e Sennheiser MD 441 na bateria. Jorge cantou com um modelo Shure KSM9 – condensador – e Mateus com um Shure Beta 58 com fio, porque fica todo o show parado com a guitarra. Ambos usam retorno in-ear. Questionado sobre os impactos da gravação digital em show deste porte, o diretor avalia que o resultado é superior. “A resolução dos processadores, o poder das máquinas e a capacidade de edição são muito importantes”, detalha. E para aqueles que criticam a interferência exagerada trazida pelo mundo digital e a sua influência na originalidade da música, Abuchaim manda um recado: “A minha experiência diz o contrário. Eu acredito que é possível chegar a um resultado mais verdadeiro e musical, quando se tem a possibilidade de editar uma pequena falha, mantendo o registro com a emoção do músico. É bem melhor do que refazer uma gravação no estúdio, com outro clima, sem a energia do show”. A versão final do show contará com uma mixagem 2.0 e outra 5.1. PA

Vencedor de um Grammy Latino, Claudio Abuchaim garante a sonoridade da banda desde a gravação até a mixagem e masterização


Direto de Santa Catarina

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Isaias Rosa, ao centro, com a equipe da R3 Estúdio Móvel instantes antes do início do show

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gravação de um show em 4K exige cuidado redobrado com a gravação do som e para tanto foi contratada a luxuosa unidade móvel da R3 Estúdio Móvel, que está baseada em Florianópolis. A unidade está montada sobre uma carreta de 12 x 2,6 metros, com área de expansão lateral de 6 x 2 metros. No interior extremamente espaçoso existem sofás, cortinas e luminárias que conferem um ambiente aconchegante e propício para gravação. Depois da recepção com um pequeno bar, chega-se à seção central do veículo, onde está a mesa SSL AXIOM MT PLUS 96 In Line Channels, com 96 entradas pré-amplificadas, incluindo conversores AD, 48 faders, 8 grupos e 48 saídas. A console ainda tem capacidade para mixar e monitorar em 2.0 e 5.1. A monitoração é feita com caixas Blue Sky SAT 12, SUB Blue Sky 15 e Yamaha HS50M. Numa terceira sala, estão as interfaces e demais hardwares. A gravação principal é feita em um sistema de gravação multicanal Avid Pro Tools HDX de 96 I/O e também há uma segunda plataforma de gravação Nuendo Live de 96 I/O que usa as interfaces da SSL. As duas plataformas utilizam hardware Mac Pro de 8 núcleos. Isaias Rosa, diretor da empresa, conta que haviam três estrutura separadas de mixagem para monitor (Yamaha PM5D), PA (Avid VENUE | D-Show) e gravação (SSL). Dos 96 canais disponíveis na mesa SSL, 68 foram usados para o show. PA

Central técnica com as interfaces SSL e Avid Pro Tools

A unidade conta uma console SSL AXIOM MT PLUS de 96 canais e gravação simultânea nos sistemas Avid Pro Tools HDX e Nuendo Live


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Artigo

Broadcast e unicast: a melhor combinação no momento

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o analisar o potencial para as operadoras de TV por assinatura da América Latina oferecerem broadcast e OTT conjuntamente como pacotes básicos a seus assinantes, percebese algo um pouco desanimador. Pois esses pacotes são oferecidos mais comumente apenas em alguns países, como Brasil, México, Chile e Argentina, nos quais as operadoras buscam se destacar da concorrência com recursos extras, premium e exclusivos. Infraestrutura para esta oferta já está parcial ou até completamente disponível em muitos lugares e mesmo que o mundo esteja passando por uma crise financeira com diferentes impactos em cada país, a importância da combinação broadcast+unicast é inegável. Talvez ao lembrar alguns fatos sobre como se deu este processo de junção e o valor agregado que trouxe pode ser possível destacar a necessidade de continuar e otimizar o trabalho realizado até agora. Considerando as particularidades do broadcast, como a cobertura instantânea de continentes inteiros atendendo a dezenas de milhões de pessoas de uma única vez, e a maneira como o unicast funciona de forma personalizada para cada usuário, foi apenas natural que as operadoras buscassem unir, de alguma forma, as duas tecnologias. Muitas delas pensaram em plugar os cabos dos dois sistemas em um único decodificador para tentar juntar o melhor dos dois mundos. Por mais que tenha sido um passo real para que isso acontecesse, as primeiras tentativas foram baseadas mais em esperança de que desse certo do que em fatos previamente comprovados. Pois os assinantes não deveriam notar nada de anormal no serviço, mas as complexidades de um cenário onde o broadcast se combina com o unicast de forma a oferecer o que se vê hoje em dia – casa conectada, Internet das Coisas e a ideia geral de hiperconectividade dentro e

fora de casa – iam bem além de conexão de cabos. Então para que a convergência das tecnologias ocorresse de uma forma aceitável, anos de pesquisa e desenvolvimento, além de dezenas de milhões de dólares foram necessários para criar as ferramentas que hoje soam tão familiar: os middlewares. Hoje largamente disponíveis às operadoras, eram uma palavra nova à época. Quando a combinação certa de middlewares conseguia entender os

Os sinais encriptados de broadcast com rastreamento e proteção antipirataria em todo o seu percurso estão presentes neste novo cenário para o consumo de toda a família, particularmente no que diz respeito a transmissão ao vivo, por meio dos decodificadores com CAS implementado.


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Mas como conectar todos esses dispositivos que ficam em diferentes ambientes sem utilizar quilômetros de cabos? Wi-fi! A internet sem fio foi a maneira mais eficiente encontrada para criar este mundo conectado devido a sua linguagem universal que pode ser entendida pela maioria dos dispositivos modernos e também devido ao pequeno e prático hardware necessário para suportar toda essa “conversa multidispositivo” invisível e constante.

dois sistemas e criar a ilusão de uma única linguagem ao assinante, seja do ponto de vista da experiência ou da interface, era finalmente implementada em um set-top box. Uma vez que todas as diferenças pareciam e se comportavam para o usuário como igualdades, os pacotes de broadcast com OTT que conhecemos hoje, inclusive que funcionam em todos os tipos e tamanhos de tela, foram entregues com sucesso pela primeira vez. Foi uma pequena revolução, por assim dizer. Conseguir que as características televisivas do broadcast se comunicassem efetiva e discretamente com as características de internet do unicast foi de fato uma conquista. Especialmente ao se considerar que a linguagem da internet é hoje o caminho utilizado para conectar a tela grande da TV da sala de estar com a tela média do computador pessoal do escritório e com a tela pequena do notebook ou tablet em qualquer lugar da casa e também com a tela ainda menor do smartphone dentro ou fora de casa. Para que isso fosse possível, foi necessário projetar cada middleware individualmente, combiná-los e testar os resultados à exaustão, em diferentes cenários. Ou, mais recentemente, criar um connectware, palavra ainda nova que a Nagra propôs para descrever sua mais recente solução OpenTV 5 que junta em um único pacote tudo que é necessário para essa convergência. Mas como conectar todos esses dispositivos que ficam em diferentes ambientes sem utilizar quilômetros de cabos? Wi-fi! A internet sem fio foi a maneira mais eficiente encontrada para criar este mundo conectado devido a sua linguagem universal que pode ser entendida pela maioria dos dispositivos modernos e também devido ao pequeno e prático hardware necessário para suportar toda essa “conversa multidispositivo” invisível e constante. Dessa forma, o assinante eventualmente passou a ter como assistir canais de TV por assinatura no smartphone, mandar imprimir um frame ou tela de aplicativo de TV na impressora do escritório por

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meio do computador pessoal ou assistir programação OTT na TV. Tudo isso enquanto o decodificador grava até dois programas de canais que não estão sendo assistidos no momento e o que mais a imaginação permitir ser projetado e entregue na forma de middlewares ou um pacote connectware. Os sinais encriptados de broadcast com rastreamento e proteção antipirataria em todo o seu percurso estão presentes neste novo cenário para o consumo de toda a família, particularmente no que diz respeito a transmissão ao vivo, por meio dos decodificadores com CAS implementado. Assim como os serviços avançados de internet personalizada, interativa e multilíngue com conteúdo virtualmente ilimitado de unicast protegido por login e senha para que cada pessoa experimente de acordo com seus próprios gostos e necessidades. Quase tudo pode ser visto e implementado no unicast com alta interatividade, incluindo multiscreen, social TV, VOD, Download to Go, Electronics Sell-Through, entre outros, e seus vários sinais são protegidos de forma muito similar a uma sessão na internet. Já que é uma proteção transacional, é muitas vezes mais complexo manter todas as informações seguras do alcance de terceiros, mas é possível fazê-lo com as ferramentas corretas e atualizadas. Dito isso, as ferramentas relacionadas à cybersecurity deverão ser a frente de defesa número um do sistema de TV por assinatura com base no broadcast+unicast nos próximos anos. Certamente a qualidade do som e imagem do broadcast é superior ao do unicast e todas as complexidades envolvidas neste último tiram o controle de qualidade das operadoras em várias situações – algo que ainda necessita de trabalho contínuo para ser resolvido. De qualquer forma, após este breve lembrete da trajetória deste mercado que possibilitou substancial aumento do ARPU e redução do churn nas operadoras de TV por assinatura que implementaram essas tecnologias ao redor do mundo – América do Sul, inclusive –, é importante reforçar em nossas mentes e ações todo o trabalho necessário para viabilizar a melhor combinação de tecnologias disponíveis no momento e tudo que ainda precisa ser feito para esse mercado avançar na América Latina, beneficiando operadoras e assinantes.

Multicast Também é possível contemplar um terceiro aspecto neste pacote de TV por assinatura broadcast+unicast que deve levar o mercado a crescer. Uma nova combinação, talvez, que inclua multicast. Ainda é muito cedo para saber exatamente como essa tecnologia que permite que um único sinal alcance um número predeterminado de usuários de uma única vez será incorporado no mercado e quais benefícios irá trazer aos assinantes. O multicast é um personagem ainda misterioso quanto ao futuro que terá no mercado de TV paga. Será preciso esperar para ver, mas deve ser visto em breve. Cada vez que o multicast envia um sinal se cria uma bagunça, é necessário haver clara identificação de quem está autorizado a recebê -lo e o processo do envio em si diminui a performance da rede, mas de qualquer maneira seu potencial é imenso e deve trazer melhorias para as redes IP. O IPv6 é apenas o primeiro exemplo. PA

Sobre a autor Thierry Martin é Vice-Presidente da Nagra para o Sul da América Latina.


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