Suplemento de Esportes Maio/2014

Page 1

Ano 3 Edição 9 2014

Especial

Esportes



Especial Esportes

De olho na copa do mundo A empresa de soluções de grafismo e análise esportiva está promovendo produtos com foco específico para aplicações da Copa do Mundo FIFA.

É

claro que todas as empresas do segmento broadcast estão de olho nas oportunidades de negócios que a Copa do Mundo FIFA geram, mas poucas estão tão empenhadas nisso quanto a Vizrt. Prova disso foram os produtos anunciados pela companhia durante a NAB 2014: todos focados em aplicações para aprimorar transmissões futebolísticas. A primeira grande novidade foi uma atualização do Viz Libero, o sistema análise esportiva da marca que permite desconstruir a ação em diferentes ângulos. A novidade fica por conta de uma versão mais portátil e leve, sendo capaz de rodar em um laptop comum, o que permite ao produtor ou analista produzir clipes de análise em qualquer lugar. Outra novidade do Viz Libero é o lançamento de uma versão “Copa do Mundo”, que acompanha uma interface plug-in que permite integrar o software diretamente com serviços de estatística, como Deltatre ou STATS. Desta forma, é possível integrar análise, rastreio e dados estatísticos em tempo real. Já em destaque como grande lançamento da marca para 2014 está o Viz Arena. Tratase de um sistema de inserção de gráficos virtuais no sinal de vídeo ao vivo, incluindo telestration, logos e placares. O grande diferencial do produto é a total independência de sensores de câmera. O Viz Arena trabalha com um sistema de análise de imagem para determinar a posição e orientação da câmera.

Destra forma, de acordo com a Vizrt, alcança-se o mesmo grau de precisão sem a necessidade de se trabalhar com câmeras específicas. Outra vantagem é que com o Arena, não há a necessidade de calibragem entre a câmera e o sistema gráfico. Em pouco mais de 10 minutos o sistema está configurado e pronto para rodar. Por fim, a empresa também está promovendo o Harvester, um sistema que permite coletar e processar todo conteúdo desejado remotamente. Trata-se de uma caixa-rack montada na parte exterior da UM esportiva e conectada ao servidor de replay que pode ser programada para enviar múltiplos clipes de um evento específico pré-programado como gatilho. Por exemplo, ao acontecer um Gol, automaticamente o Harvester passa a enviar o conteúdo da cena para o estúdio, direto do caminhão. Com este fluxo de trabalho, a emissora otimiza a capacidade de banda disponível e elimina a necessidade de ter um operador no caminhão para selecionar e fazer este envio. O sistema funciona com uma interface simples, como por exemplo um dispositivo touch como um tablete, e permite um envio rápido para ser re-editado ou trabalhado com a inserção de conteúdo extra direto no estúdio. De fato a Vizrt está promovendo uma transformação na forma de trabalho em arenas. “Produtores esportivos precisam mudar sua forma de trabalho para que alcancem mais valor em sua cobertura, prover conteúdo para diferentes audiências e criar fluxos de trabalho mais eficientes”, conclui Peter OleJakobsen, CTO da empresa. “Estamos ouvindo as opiniões deles para desenvolver esta série de produtos que entrega todos estes requerimentos”. PA

Expediente Alameda Madeira, 53, cj. 92, Alphaville 06454-070 – Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500

www.vpgroup.com.br Diretoria Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Assistente Administrativo Michelle Visval michelle.visval@vpgroup.com.br Marketing Gerente de Marketing Tomás Oliveira tomas.oliveira@vpgroup.com.br Ironete Soares ironete.soares@vpgroup.com.br

Arte Cristina Yumi cristina.yumi@vpgroup.com.br Felipe Barros felipe.barros@vpgroup.com.br Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br João Corityac joao.corityac@vpgroup.com.br Web Design Robson Moulin robson.moulin@vpgroup.com.br Sistemas Fernanda Perdigão fernanda.perdigao@vpgroup.com.br Wander Martins wander.martins@vpgroup.com.br

Redação Editor e Jornalista Responsável Fernando Gaio (MTb: 32.960) fernando.gaio@vpgroup.com.br Editor Assistente Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br Repórter Carolina Spillari carolina.spillari@vpgroup.com.br Editor Internacional Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Colaboradores Cláudio Franco Mauro Justto

Comercial Diretor Comercial Christian Visval christian.visval@vpgroup.com.br Gerente de Contas Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br

Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br

Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: HR Gráfica


Especial Esportes

4K é para agora O UHD não é só para o futuro. Com o Sony Stitching devemos ver câmeras 4K em nossos estádios muito antes do que se imagina.

Q

uando a Sony realizou os testes de produção esportiva 4K durante a Copa das Confederações, pudemos observar os primeiros ensaios de como se daria o fluxo de trabalho ao vivo em Ultra HD. Mesmo a iniciativa tendo sido um sucesso, ainda deve-se demorar algum tempo até que possamos ter o trabalho para valer, principalmente por questões de transmissão e codificação dos padrões de 4K. Apesar deste percalço, nem tudo que se fala de UHD no mundo esportivo é futurologia. Há uma série de possíveis aplicações que já podem estar presentes no mundial da FIFA ou nos próximos Jogos Olímpicos, como é o caso do sistema 4K Stitching da Sony, que traz um novo conceito em recuperação de imagens. A aplicação de Stitching tira partido das câmeras 4K em um ambiente HD

O software Telestrator trabalha junto com o Stitching para enriquecer o conteúdo do zoom recuperado

A teoria é bastante simples. Uma imagem UHD possui uma resolução aproximada de 3.840×2.160 pixels (no caso da televisão), o que significa dizer que 8.3 Megapixels, ou seja, aproximadamente quatro vezes mais do que o Full HD (1080p 2.1 Megapixels) e 16 vezes mais do que o HD (720p 0,92 Megapixel). Desta forma, pode-se dizer, de maneira figurada, que dentro de uma imagem UHD cabem 4xFull HD, ou que poderia se ampliar 4 vezes ainda obter-se-ia uma resolução Full HD. Com isso em mente, a Sony desenvolveu o software Dual 4K Stitching . A operação baseia-se em duas câmeras 4K (F65) montadas paralelas no estádio, cada uma capturando em zoom aberto metade do campo. Unindo os dois sinais obtemos uma imagem 8Kx2K (aproximadamente) de todo o campo. O que o software faz, então, é permitir que o operador na unidade móvel possa realizar um zoom digital desta imagem para recuperar um momento do jogo qualquer, em qualquer ponto do campo, mesmo que não fosse o foco da jogada. Graças à resolução da imagem, esta recuperação pode ser de 4X em 1080i ou 16X em 720p, deixando situações de tira-teima ou de busca de acontecimentos paralelos ao foco das jogadas (e das câmeras principais) possível de ser transmitido. 4 \

Enriquecendo ainda mais a experiência, a Sony criou o Telestrator, um software para trabalhar junto com o Stitching e que permite enriquecer o conteúdo do zoom recuperado. O sistema funciona basicamente adicionando grafismos na imagem, como por exemplo, nome dos jogadores, placar, informação de rastreamento, e outros. Mas, o que há de novo? Apesar de ter sido um das grandes inovações empregadas pela Sony durante a Copa das Confederações, o Stitching já havia recebido bastante atenção em demonstrações no final de 2013. A grande novidade é que agora a solução já está disponível para o mercado, sendo vendido em um kit completo pela empresa: Duas câmeras F65 (sem lentes), servidores, processadores, controle e a workstation, ou seja, todo o hardware. O software será licenciado separadamente por períodos compatíveis com o tipo de produção necessária. Além disso, a empresa anunciou no NAB 2014 um protótipo de monitores para as aplicações 4K. São sistemas de 30” montados em OLED, e capacidade de até 300 nits. Ainda não foi anunciado as datas para os monitores saírem da prancheta, mas, de acordo com a empresa, deve acontecer ainda em 2014. PA



Especial Esportes

Estrutura e fôlego renovados Multvideo amplia espaço investe em espaço físico e prepara-se para ampliar serviços e produtos para o mercado de produção ao vivo, cinema e esportes.

D

esde sua fundação, em 1997, a empresa de locação de equipamentos, serviços e produção Multvideo passou por diferentes momentos de mercado. No início de 2014 começou uma nova fase, com a mudança para uma nova sede, ampliação de espaço físico e a estruturação para novos serviços. “Compramos um terreno na Zona Sul de São Paulo e construímos tudo do zero. São dois mil metros quadrados de construção feitos para ser uma produtora completa, nada é adaptado”, afirma Sérgio Mattoso, diretor da empresa. Neste novo espaço, a Multvideo agora conta com uma infraestrutura aprimorada, incluindo um estúdio de 300 m², Teleporto para receber sinal de satélite e fibra óptica conectada à Nova York e Londres, de forma que seja possível executar playout de material para qualquer lugar do mundo. Com o novo estúdio, Mattoso espera ter mais demanda de locação e produção dentro da Multvideo. “Podemos receber produção, cinema, programa de auditório e aplicação ao vivo”, explica. Segundo o diretor, o espaço deve comportar tranquilamente uma produção com 6 câmeras e uma plateia de 150 pessoas como auditório. Em termos de estrutura, o estúdio conta com tratamento acústico e hidráulico, infraestrutura elétrica para até 200 KVA em um quadro de reversão automática, o que garante redundância de gerador em caso de queda de energia. Além disso, a produtora tem equipamentos de iluminação básica para uma produção dentro do estúdio. Fora o estúdio, a Multvideo também preparou seu novo espaço para prestar outros serviços. “Estamos aqui com um espaço de redação para 32 pessoas e mais sete pessoas em salas individuais”, explica Luís Roberto Mattoso. A produtora conta ainda com quatro ilhas de edição montada com Final Cut Pro, Autodesk Smoke e Da Vinci, uma

6 \

sala de finalização de áudio com Pro Tools, cabine de locução e toda a parte de arquivo digital, fita e estrutura TI. Locação de UMs Apesar do investimento nos novos serviços, a Multvideo continua firme na locação de suas unidades móveis. Ao são cinco caminhões, com 16, 12, 8, 6 e 4 câmeras, todas da fabricante Ikegami. “Trabalhamos com a Ikegami desde 2009 e estamos bastante satisfeitos com os produtos”, explica Sérgio Mattoso. Os demais equipamentos também são padronizados dentro das UMs. Os switchers, bastidores e multiviewers são da FOR-A, as matrizes de comunicação são RTS Telex e os servidores de Slow Motion são da EVS e da Orad. Outro serviço que a produtora está realizando e que tem ganhado bastante destaque é a da operação técnica do canal Sport Plus, antigo Sky Sports, da operadora SKY. “O canal fica dentro do prédio da Sky, mas o equipamento é todo nosso, a equipe, cerca de 50 pessoas, também é nossa. Temos US$ 5 milhões investidos neste projeto”, explica Guilherme Santa Rita coordenador de operações. No espaço há montado duas cabines Off-tube e dois switchers controle mestre.“Apesar de ser tudo off-tube, realizamos corte, GC e melhores momentos. Recebemos 90% do sinal ‘sujo’, e realizamos um trabalho de pós-produção para incluir a identidade da Sport Plus, GC dos locutores e comentaristas, etc”, conta Santa Rita. Hoje o canal executa 16 horas de programação ao vivo, transmitindo Futebol Europeu, NBA, ATPs e o campeonato australiano de Rugby. PA



Especial Esportes

Receita em todos os mercados Com uma expansão em sua família de servidores de replay, a Newtek abre seus negócios para novos mercados e grande oportunidades.

O 3Play 425 é a mais recente evolução da empresa no segmento de replay, slow motion e highlights em SD e HD

O modelo 440, com suas quatro entradas e duas saídas em 2U, veio para atingir o mercado de unidades de produção móveis de menor porte e estações de TV regionais

Q

uando a Newtek anunciou a primeira geração do seu 3Play 4800, na NAB 2013, a empresa deixou a promessa de revolucionar a indústria com uma solução de replay de baixo custo e fácil operação. No evento deste ano, a fabricante apresentou uma atualização para o 4800 e dois novos produtos, o 3play 440 e 425, que são o próximo passo rumo à realização deste conceito. “Nosso objetivo é construir um sistema integrado capaz de lidar com tarefas que normalmente precisam de equipamentos caros e dezenas de pessoas”, explica Andrew Cross, chefe de tecnologia da empresa. Com este mantra em mente, a atualização do sistema foi pautada em dar mais capacidades e facilidade de operação para o 4800, colocando o3Play em um patamar mais profissional e integrado. O lançamento do 440, com suas quatro entradas e duas saídas em 2U, veio para alcançar o mercado de unidades de produção móveis de menor porte e estações de televisão regionais em contrapartida às oito entradas e duas saídas em 4U do 4800. Em termos de funcionalidades, os dois sistemas trazem as mesmas características técnicas e de operação, incluindo o preview de diferentes ângulos de uma gravação simultaneamente e a capacidade de “publicar” o conteúdo simultaneamente para plataformas de internet, como Facebook, Youtube ou um FTP dedicado. Outras novidades incluem capacidades internas de overlay, para grafismo e transições, ferramentas automatizadas de pareamento de cor para diferentes câmeras, biblioteca de macros para disparar comandos em tempo real, possibilidade de gravação e acesso a qualquer conteúdo interno ou remoto. Por último, o sistema passa a contar com integração com outras plataformas graças à adição do protocolo AMD (Advanced Media Protocol) 8 \

Ainda mais acessível Apesar do update e o novo produto chamarem atenção do mercado durante o NAB 2014, nada teve mais destaque no estande da Newtek do que o 3Play 425. Este novo servidor da empresa representa de fato um novo degrau na promessa de revolução, com suas capacidades Replay, Slow Motion e Highlights em SD e HD com quatro entradas e duas saídas em 2U com um custo inferior a dez mil dólares (FOB). “Com este novo produto, as possibilidades de receita para a Newtek estão em todos os lugares, desde as grandes emissoras de TV, até faculdades e centro de mídias comunitárias”, afirmou Ralph Messana, diretor de vendas para a América Latina. Claro que falar de um servidor de replay para uma universidade faz bastante mais sentido no mercado Norte Americano, que possui uma liga universitária extremamente dinâmica, mas para o Brasil, eventos esportivos com transmissão unicamente on-line, ou de pequeno porte em regiões remotas podem tirar partido do 3Play 425. De acordo com a fabricante, o 425 já está disponível para a compra com entrega imediata. Os outros dois modelos devem estar prontos para a venda em Maio. Por fim, o update do sistema 3Play 4800 será gratuito para aqueles que já possuem o sistema, ou que por ventura realizarem a compra neste meio tempo entre o NAB 2014 e a disponibilização do modelo já atualizado de fábrica para venda. PA www.pinnaclebroadcast.com.br www.newtek.com



Especial Esportes

Monitorando o áudio no mundo HD

Sérgio Bourguignon: A soluções da TSL estão sendo utilizadas pela TV Globo e GloboSat, e nos campeonatos da Espanha, Inglaterra, Liga dos Campeões da Europa, UEFA, tornando-se um padrão de qualidade mundial

Antes da digitalização, o trabalho do áudio para televisão era algo bastante simples. Tratava-se de gerar um mix normalmente mono, olhar os medidores de VU do console e pronto. Com a evolução do HD e o surgimento do padrão ISDB-T, a tarefa ficou um pouco mais complexa, envolvendo produção digital em multicanal surround, sistemas de compensação de delay e claro, a preocupação em ficar de ouvido no Loudness.

N

a AES Brasil 2014, foi abordando estes desafios que Sergio Bourguignon, Business Director da TSL, apresentou a palestra “Monitoração de Áudio no ambiente Digital HD”. A ideia era apresentar todos estes desafios e trazer uma visão um pouco mais global da importância que a monitoração ganhou dentro do fluxo de trabalho broadcast. “A primeira grande mudança que veio com o HD, foram as múltiplas formas de transmissão: Analógico, AES, Óptico, MADI, SDI, etc”, começou o palestrante. Segundo Bourguignon, é preciso ter equipamentos e pessoal preparado para operar com todo este tipo de diferentes protocolos para gerar um mesmo produto final. Outra questão lembrada foi o surgimento do novo protocolo AVB de áudio e vídeo sobre IP. De acordo com o palestrante, o grande desafio do profissional de áudio para broadcast é a quantidade de parâmetros que surgiram para monitoração. “Hoje você recebe o áudio sem uma ordem SMPTE definida e precisa entregá-lo com canais discretos e ainda manter os ouvidos atentos para versões em todos os Codecs Dolby, Downmix, Loudness, multi-idioma, e ainda se preocupar com o Delay Áudio-Video gerado pela grande quantidade de processamento que exige o vídeo em HD”, afirmou Bourguignon. Por fim, o palestrante apresentou uma série de soluções que a fabricante TSL possui para realizar esta monitoração de forma efetiva. “Levamos em conta um trabalho com agilidade, intuição, com parceria Dolby e que seja à prova de futuro”, concluiu. Conferência Panorama Audiovisual Já na apresentação feita para os leitores da Panorama Audiovisual, Sergio Bourguignon destacou a captação do som 5.1 estéreo em eventos esportivos, que pode ser solucionada pelo microfone Sound Field da TSL. Somado a outros equipamentos, a solução pode captar o surrond sound, de modo a colocar o espectador dentro do evento. Esse microfone é constituído de quatro cápsulas de ouro configuradas em array, que 10 \

captam o som em três dimensões. Com ele é possível captar o som Ambiente, Formato A, proprietário da Sound Field, empresa adquirida pela TSL, para criar o Surround Sound 5.1. A partir do Format A, o Controlador cria o Format B, que são as componentes vetorias do som ambiente. O Fomato B pode ser processado de forma a criar o som ambiente que retrata a atmosfera do evento. A partir do processamento dos vetores componentes do Audio 3D, pode-se mudar as características de captação, adaptando a forma de captação vetorial as características do ambiente, com características cardióide, supercardióide, hipercardióide e bidirecional, captando toda ambiencia da forma mais adequada com recursos antes inimagináveis, diz Sérgio Bourguignon, Business Director da TSL. O sistema está sendo utilizado pela TV Globo, GloboSat, nos campeonatos da Espanha, Inglaterra, Liga dos Campeões da Europa, UEFA, tornando-se um padrão de qualidade mundial. De modo mais amplo, o sistema é composto por microfone, controlador e processador. “A Globosat está usando o equipamento nos principais jogos”, afirma Bourguignon. Em uso, o microfone multidirecional deve estar posicionado em local estratégico. A partir daí transmite sinal ao controlador em até 250 metros, e daí do controlador até o caminhão na distância de até 3 quilômetros. Além disso, a TSL tem um software que permite criar presets conforme cada tipo de evento. Há uma versão portátil para fazer ENG. A partir dos quatro componentes cria o formato B e em uma ilha de edição edita 5.1, 6.1 e 7.1. Assim, é possível criar a ambiencia adequada na ilha de edição com um plug-in que pode ser instalado em todos os sistemas de edição, incluindo o Protools. A versão portátil tem sido usadas em diversas produções cinematográficas como Sherlok Homes, 007, Harry Potter, Autralia, Antartica, dentre outros. Também foram mostradas as soluções de UpMix para Produção ao vivo e para Controle Mestre, para manter toda a cadeia de transmissão em 5.1. PA



Especial Esportes

Um Mediornet mais robusto O sistema de rede de vídeo, áudio, dados e comunicação em tempo real da Riedel cresceu em capacidades e possibilidades em 2014.

E

m 2009, quando a fabricante alemã Riedel lançou o MediorNet, ela estava colocando no mercado a primeira rede de tráfego de mídia baseada em fibra óptica. Já naquela época, falava-se das imensas capacidades que o sistema possuía, sobretudo em termos de expansividade. De fato, com o passar dos anos, o MediorNet evoluiu até se transformar em uma rede capaz de transportar áudio, vídeo, dados e intercom dentro da mesma infraestrutura em tempo real. Com toda esta evolução em tecnologia, não é de se espantar que o nome da Riedel esteja cada vez mais presentes em aplicações esportivas críticas, como Fórmula 1, ou até mesmo na agora extinta corrida de aviões monomotores da Redbull. Este ano, porém, foi o momento de trazer uma atualização geral para o sistema, que agora passa a ser chamado de MediorNet 2.0 bem como apresentar uma série de novas unidades para compor a rede. O desenvolvimento se deu em termos de velocidade, usabilidade e capacidade de processamento/roteamento exigido pelas novas demandas de grande fluxo de banda. A atualização 2.0 é um update de firmware que traz uma capacidade de roteamento de vídeo robusta com um delay de swtiching inferior à 40 milissegundos e uma capacidade de rerouting de até mil conexões em menos de um segundo. Para tanto, o usuário precisa somente fazer ações simples de drag-and-drop de várias conexões simultaneamente tanto para switching como para delete. Outras novidades são a possibilidade de configuração de todos os parâmetros do MediorNet, incluindo configurações de I/O e todas as funções de roteamento. Além disso, o MediorNet 2.0 traz um monitor de Timecode que pode ser customizado em

12 \

A capacidade de transportar áudio, vídeo, dados e intercom dentro da mesma infraestrutura em tempo real colocaram a Riedel numa posição de destaque

tamanho e posição, uma entrada LTC e conversão de taxa de amostragem para ambas as portas ópticas MADI do sistema. Largura de Banda Buscando maior capacidade de roteamento e processamento de sinal, a Riedel anunciou um novo produto para a família de sistemas MediorNet. Trata-se do MetroN Core Router, um roteador com infraestrutura fibra óptica com capacidade de roteamento de até 640 Gbyte(64 portas 10G) em 2RU. “Com o MedrioNetMetroN, damos ao usuário a capacidade de configurar redes extremamente robustas e redundantes para uma variedade de demandas sem a necessidade de se preocupar com limitações de banda”, explica Christian Bockskopf, chefe de marketing da empresa. De fato, o produto é o primeiro da família que trabalha com links de 10G, o que significa que cada conexão pode transmitir até 6 sinais HD-SDI. Outra novidade é um MediorNet com capacidades WAN (widearea network), o que permite conectar sistemas MediorNet remotos de uma forma bastante simples. “A adição das capacidades WAN de transmissão, permite aos usuários um grau ainda maior de versatilidade em termos de transmissão A/V”, conta Bockskopf. Com este sistema, os usuários podem não só configurar uma interface WAN, mas também gerenciar a conexão WAN como um link móvel e um Split em várias sub-redes. O produto trabalha com enconding e decoding JPEG2000 para SDI e DVI I/O, bem como H.264 para SDI. PA



Especial Esportes

Slow-Motion e Monitores 4K são novidades da Panasonic Com uma nova câmera de 240 fps e dois modelos de monitores 4K, a fabricante se prepara para atender as mais exigentes aplicações.

A

Panasonic trouxe ao mercado, durante a NAB 2014, diversos produtos que renovam suas linhas profissionais. Dentre as novidades, a nova VariCam HS e os monitores Ultra HD LQ70, devem começar a aparecer nas UMs esportivas nos próximos meses. Começando pela VariCam, trata-se de uma câmera 12-bit 4:4:4 AVC-Ultra, ou 10-bit 4:2:2 mais recomendado para aplicações esportivas, com capacidades de captura de 240 quadros por segundo em 1080p (Full-HD). Além dos codecs AVC-ULTRA, a câmera ainda consegue trabalhar com Apple ProRes 4444 e ProRes 422 HQ. Em termos de sensor, a VariCam HS possui três sensores MOS 1920x1080p de 2/3” com capacidade de 14 stops de latitude de exposição. Possui um sistema de primsa RGB que garante resolução e processamento de cor balanceado para aplicações críticas. Em termos de codecs, a câmera opera em AVC-IntraClass 100 (gravando em 1080/24p, 30p ou 60p com VRF de até 240p), AVC-IntraClass 200 (até 30p/60i) e AVC-Intra Classe 4:4:4 (até 30p). Dentre as principais características de operação está a capacidade de gravar 240fps

em 1080p incluindo a capacidade de fazer rampa durante a gravação. Traz controles criativos como matrix, detalhe, gamas e Log Recording. A VariCam HS adiciona o “V-Log” às ferramentas de contraste FilmRec e DRS e também terá o premiado CAC (ChromaticAberrationCompensation) que minimiza aberrações cromáticas de movimento lateral. Por fim, a câmera traz quatro slots de cartão de memória, dois para expressP2 (cartão dedicado para gravação em alta velocidade que grava até 32 minutos de 1080p a 240 fps) e dois microP2. Em termos de interface, inclui RGB4:4:4, uma porta 3G-HD-SDI que suporta 1080/60p. uma HD-SDI para monitoração. Tem ainda duas entradas XLR para gravar quatro canais de áudio a 24 bit 48 KHz. Sobre lentes, a VariCam HS trabalha com 2/3” B4 mount. Monitoração Crescendo sua vasta gama de displays e monitores, a Panasonic adicionou dois novos produtos que também podem ser usado como monitores profissionais. São os monitores TH-98LQ70, de 98” e o TH-84LQ70, de 84”, focados em sistemas de produção 4K e capazes de equipar aplicações variadas, de B2B à UMs esportivas. Os displays trazem uma resolução de 3.840 X 2.160 e trazem uma funcionalidade de conteúdos HD (não 4K) para esta resolução por meio de um algoritmo proprietário. Os sistemas possuem chassis de alumínio, podem ser usados tanto verticalmente como horizontalmente e são construídos na arquitetura SLOT3.0 para permitir customização de interfaces e assim facilitar uso em diferentes aplicações. PA

Estatísticas cada vez mais robustas

F

amosa por suas soluções para produção esportiva, a ChyronHego deve ter um ano bastante agitado, o que significa várias novidades para quem atua no segmento. A começar pela própria estrutura da empresa. Durante sua tradicional coletiva de imprensa, no NAB 2014, a fabricante anunciou a compra de duas companhias, a WeatherOne, focada em soluções de grafismo para previsão do tempo, e a ZXY Sport Tracking. A ZXY é uma empresa norueguesa especializada em estatística esportiva, sobretudo futebol e hóquei. Empregando uma união de sistemas de software, por meio de análise

14 \

de imagem de câmeras fixas no estádio, e hardware, com cintas-sensores nos atletas ligadas a datacenters wireless, a companhia consegue entregar informações em diferentes plataformas com uma precisão de 40 amostras por segundo. Hoje, grande parte dos clientes da ZXY estão no mundo esportivo profissional, mas com a aquisição pela ChyronHego, pretende-se haver uma integração com as soluções broadcast. “Além de aprimorar nosso Tracab, a tecnologia da ZXY vai expandir nossa oferta de análise esportiva tanto para o mundo broadcast como para o de esportes profissionais”, afirmou Johan Apel, presidente da empresa. PA


Especial Locação e Assistência Técnica

Solução Triax PAL-NTSC para a Copa do Mundo 2014

A

lgumas das principais emissoras do Brasil procuraram a Nemal do Brasil para que ela desenvolvesse uma solução de interconexão Triax entre o padrão europeu PAL e o NTSC brasileiro. O time de engenheiros da empresa liderados por Danny Ritts em Miami e Máximo Medina em São Paulo trabalharam com a engenharia das emissoras para desenvolver uma solução que oferecesse desempenho e durabilidade. O adaptador Triax padrão PAL-NTSC Nemal apresenta carcaça em alumínio contendo a interface PAL com um pigtail de 2 ou 3 metros triax de meia polegada terminado com um conector triax NTSC. O adaptador está disponível em duas versões: - Macho padrão europeu PAL para fêmea NTSC brasileiro

an_phase_institucional_230x150mm.pdf

1

07/08/13

16:58

- Fêmea padrão europeu PAL para macho NTSC brasileiro Na última NAB, a empresa também apresentou soluções da consagrada linha de cabos de câmera de fibra óptica SMTPE FOCC24 e de cabos de fibra óptica táticos e militares TAC4. Disponíveis em versões flexíveis, próprias para aplicações em estúdio, mais rígidas para instalações fixas e com capas mais robustas (geralmente utilizando polietileno) para uso em campo e em condições mais inóspitas, a série FOCC24 e a série TAC4 estão disponíveis nas mais diversas configuração, padrões e na metragem que a sua empresa precisa. A empresa também fornece cabo sem terminação em bobinas de 305 metros. www.nemal.com.br

/ 15


Especial Locação e Assistência Técnica

IMPORTA Ç Ã O E VEN D A S D E EQ U I PA MEN TO DE A LTA TEC N O L O G I A

Servidor de slowmotion, live ingest e produção, com tecnologia instant tapeless

Solução de grafismo para broadcast, gráficos virtuais e realidade aumentada

Câmeras portáteis e de estúdio, tecnologia P2, monitores de plasma e mesa de controle

Monitores LCD de vídeo e monitoramento de áudio

Transmissores de vídeo e dados por fibra-óptica

Lentes para aplicação em Broadcast e Cinema

Produtos de Data Storage altamente escaláveis

Codificadores de vídeo, receptores IRD, equipamentos para rede HFC e solução TI

Equipamentos para sincronização de tempo e frequência no sistema de transmissão

Experiência de Segunda Tela dentro do estádio

EVS e Cisco unem suas soluções para entregar conteúdo enriquecido de dentro da unidade móvel direto para os dispositivos dos torcedores. Sistemamóveis de monitoração de Broadcast Super câmera lenta

Conversores, distribuidores e Up-Down Converters HD/SD

A integração entre a EVS e a Cisco promete revolucionar a experiência dos torcedores nos estádios

Switcher de produção multi-funcional

E

Câmeras IP e softwares inteligentes para monitoramento

Estação de edição Media Composer, Cental Storage e gerenciamento 16 \

Sistema de automação tapeless

Downconverters e transceptores para MMDS, equipamentos Wimax e GPS

xistem claras vantagens em se acompanhar um evento esportivo por meio da televisão. Apesar da atmosfera de euforia de se estar em um estádio, alguns recursos como tira-teima, comentários, estatísticas e, principalmente, replay, fazem com que até mesmo os mais fanáticos do esporte optem pelo conforto do lar em detrimento das arquibancadas cheias. Isto se torna ainda mais verdade em um momento onde dezenas de novas tecnologias em termos de segunda-tela e interatividade fazem da experiência de assistir televisão cadaMesa vez mais o usuário. Soluções de redes e distribuição deinteressante controlepara mestre e Focando-se exatamente nesta “deficiência”, as arenas esportivas têm investido cada vez para TV Digital terrestre roteadores de vídeo e áudio mais em enriquecer a experiência do visitante por meio da tecnologia, criando um novo e interessante mercado para as empresas de integração, como a Cisco, que em 2013 lançou um produto exclusivo para o segmento. Batizado de StadiumVision, o sistema é capaz de controlar a distribuição e interatividade de conteúdo audiovisual para inúmeros terminais receptores dentro de uma área específica através de uma rede IP WiFi. A grande vantagem do conceito é sua versatilidade. Utilizando sistemas de redes WiFi robustas, o StadiumVision consegue entregar conteúdo Full HD (1080p) à até 3 mil receptores batizados de DMP (Digital Media Player), que são uma espécie de Set-topSoftware gerenciadorboxes de armazenamento Roteador multiformato com que recebem o sinal por IP e fazem uma interface para saída digital (HDMI). As e arquivo decaixas conteúdos entrada/saida de modulos SFP são ligadas então em televisores de alta definição distribuídos pela arena, trazendo informações e também publicidade local para áreas de descanso, bares e camarotes. >>


INTEGRAN DO S O L U Ç Õ ES SERVIÇOS TURN-KEY: C O N S U LTO R IA TÉC N IC A , P R O JETO S, I N TEGRAÇÃO, INSTALAÇÃ O E S U PO RTE TÉC N IC O O P ER A C IO N A L

L OC AÇ ÃO DE EQU IPA ME N TO S EVS, C H YR O N H EG O E I - MOVI X , C OM S ER VIÇ O S D E C R I A Ç Ã O G R Á FI C A

CONSULTE A VIDEO SYSTEMS: TEL.: +55 11 3835.9777

WWW.VIDEOSYSTEMS.COM.BR

vendas@videosystems.com.br


Especial Esportes

Imagens recuperadas dos servidores da EVS e organizadas pela sua plataforma C-Cast levarão aos torcedores múltiplos ângulos de câmera. A solução também pode ser usada fora dos estádios, para complementar as transmissões das emissoras e manter o vínculo com o telespectador na segunda tela

Na outra ponta do sistema da Cisco, o fornecimento do conteúdo, existe a possibilidade de receber sinal de feeds internos, radiodifusão, cabo ou satélite. Todos os sinais são enviados para a nuvem, onde são processados, convertidos, gerenciados e então distribuídos para os DMPs. EVS entra em cena Na onda das empresas que buscam formas de aprimorar o fluxo de trabalho de transmissões ao vivo para criar uma melhor experiência de usuário, a EVS lançou em 2013 o C-cast. A ideia era integrar o produto nos equipamentos EVS, como o IPDirector ou servidores XT/XS, de forma a converter e enviar para um servidor cloud conteúdo e metadados não usados pela transmissão. O conteúdo então é acessado por um editor em um ambiente browser, onde se pode aprovado e endereçado para contribuição ou distribuição em qualquer dispositivo conectado. A ideia por trás do conceito era bastante simples: ter materiais extras (novos ângulos, replays, destaques) disponíveis para aplicações de segunda tela quase que simultaneamente, já que o tempo do fluxo todo não leva mais do que 45 segundos. Outra vantagem destacada pela EVS é que o processo de aprovação e endereçamento, seja para contribuição seja para distribuição, não precisa ser feito de dentro da UM. Uma vez que a aplicação de gerenciamento roda em browser com processamento em cloud, o editor poderia estar em qualquer lugar com acesso à rede, como dentro da emissora, por exemplo. Onde vamos chegar Durante a NAB 2014 as duas soluções foram integradas para fornecer uma experiência única 18 \

para o fã de esporte, estando ele em casa ou no estádio. Cisco Sports &Entertainment e EVS uniram StadumVision e C-Cast em um fluxo de trabalho capaz de fornecer conteúdo aprimorado de maneira simples e para qualquer plataforma em qualquer lugar. Mais uma vez tratou-se de uma ideia simples, e até mesmo uma evolução lógica, integrando os dois produtos. Utilizando o StadiumVision, o sistema é capaz de entregar os conteúdos gerados pelo C-Cast não só para o sistema de TVs conectadas aos DMPs, mas também para qualquer dispositivo móvel (tablets e celulares) que esteja rodando um APP nativo. “Tivemos esta interessante ideia de distribuição de clipes”, afirmou Bryan Bedford, gerente da Cisco Sports&Entertainment. “Nós usamos o C-Cast para publicar clipes selecionados para o Gerador de Streaming do StadiumVision de onde podemos pegalos e executá-los em nosso canal de dados”. Desta maneira, é possível controlar e enviar conteúdo AV direto do caminhão para as telas integradas da arena e para os dispositivos móveis dos presentes. “Mais do que a experiência do usuário, o que estamos trazendo aqui é adicionando valor agregado ao investimento que os broadcasters estão fazendo ao adquirir os produtos EVS para seus caminhões”, concluiu Bedford. Além disso, este tipo de aplicação pode ser usada para venda de patrocínios locais, trazendo mais geração de receitas para trabalho. O que não ficou claro durante a demonstração foi a forma de acesso dos dispositivos móveis ao conteúdo em termos de banda. Dificilmente arenas possuem uma estrutura 3G/4G que atenda a uma demanda de streaming para um publico potencial de 30 mil pessoas, mas soluções wifi extremamente robustas podem ser implantadas para dar conta do tipo de acesso. PA www.evs.com www.videosystems.com.br


A dvanced Products



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.