Exposição
Igbá Eléye Cabaça do Poder Feminino Por Mírian Tesserolli
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Branquinho, Vone Petson Pereira Ygabá Eléye: Cabaça do poder feminino por Míria Tesserolli/ Vone Petson - Palmas: s.n, 2016. Catálogo da exposição Ygabá Eléye: Cabaça do poder feminino por Míria Tesserolli realizada na Quadra Contemporânea Galeria, Palmas, TO, 03 a 30 de agosto de 2016. Textos: Vone Petson
1. Arte – instalação. 2. Orixás – simbologia. 3. Exposição. I. Título. CDD 711.6
Curadoria Vone Petson 03 a 30 de agosto de 2016 Galeria Quadra Contemporânea
Produzida com diferentes materiais, as obras da exposição "Igbá Eléye - Cabaça do Poder Feminino", de Mírian Tesserolli, abordam a divindade africana: as Iyamis. Muitas divindades femininas mais conhecidas, a exemplo de Nanan ou Oxum, são identificadas com elas. As Iamis são pouco conhecidas no Brasil, pois várias das divindades que os africanos cultuavam na África se perderam na travessia do Atlântico. As poucas que chegaram em suas memórias foram re-apresentadas; algumas tiveram suas funções adaptadas e poucas continuaram nas suas funções originais. Outras foram quase esquecidas, que é o caso das Iyamis. A exposição traz em si uma carga antropológica que auxilia na compreensão da formação sociocultural do Brasil. Ela reflete o legado das etnias africanas aqui estabelecidas por meio do tráfico de escravos e que possibilitou a formação cultural do povo brasileiro se concretizando nas danças, nas músicas, na culinária, nas histórias míticas, na s artes visuais , no falar e na forma de ser de cada um. Todos trazemos uma parte da África conosco seja de forma consciente ou inconsciente. Nega esse legado é negar a sua essência. Todo esse conhecimento cheio de simbolismos é desconhecido ou negligenciado pela maioria da população de uma forma geral, até mesmo nos meios acadêmicos. A exposição é uma provocação visual onde o conjunto de obras aqui expostas reflete um pouco sobre quem somos e de onde viemos. Vone Petson - curador
Professora no curso de História, Campus de Porto Nacional, Universidade Federal do Tocantins, Artista Visual, Historiadora e Antropóloga. Possuindo como área de pesquisa a afroreligião, religiosidades e festas populares, sendo que essas são as fontes de inspiração para a criação de suas obras de arte. Seu trabalho artístico reflete o simbolismo presente na diversidade das afroreligiões e das manifestações culturais tocantinenses. Procura novas formas de trabalho através das pesquisas com materiais diferenciados, a exemplo de areia, gesso, madeira, tecidos, fitas, palha, contas, búzios, entre outros formando dessa forma uma assemblagem.