Informativo da Associação de Plantadores de Cana da PB Ano XV - nº 96 - Abril - Maio e Junho - 2020
Asplan e AFCP firmam convênio pioneiro em nível nacional
Reunião na sede da Asplan, em João Pessoa, selou a formalização do convênio
O caminho da sustentabilidade no setor primário passa, necessariamente, pela adoção de boas práticas na área socioambiental. E foi partindo deste princípio que a Asplan e a AFCP firmaram, no dia 06 de maio, um convênio pioneiro em nível nacional, que vai instituir uma certificação para a matéria-prima produzida pelos associados das duas entidades, nos dois estados. Denominada de SELO ProAr, a certificação tem o objetivo de agregar valor a cana-de-açúcar produzida, através de mecanismos de controle de qualidade de produção, desde a plantação até a entrega da matéria-prima às indústrias. A assinatura do convénio foi formalizada pelos presidentes da Asplan, José Inácio de Morais, e da AFCP, Alexandre Lima, durante reunião com representantes da Associação Centro Interdisciplinar de Pesquisa em Educação e Direito CIPED, entidade que ficará responsável por executar o SELO ProAr e conduzir os trabalhos de certificação. O encontro para formalização do convênio contou ainda com a presença dos diretores da entidade paraibana, Carlos Heim e Pedro Neto. “A proposta é realizar a
certificação da matéria-prima seguindo os padrões internacionais de indicadores de produtividade, utilizado um banco de dados antifraude chamado Blockchain”, explica o diretor executivo do Programa ProAr, Clynson Oliveira. Segundo ele, o rastreamento da cadeia produtiva, desde a plantação até a entrega do produto na usina, vai agregar valor ao produtor, na medida em que o associado da Asplan e da AFCP terá sua cana monitorada e certificada com a adoção de boas práticas. “O mercado de crédito de carbono está em franca expansão e movimentou, somente em 2017, US$ 897 bilhões no mundo. Isso é uma cifra que não podemos desprezar e que demonstra o potencial de agregação de valor ao setor sucroenergético”, afirma Oliveira. O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, acredita que essa iniciativa vai valorizar ainda mais a produção canavieira e fortalecer o produtor que terá uma matéria-prima ainda mais valorizada no mercado. No entendimento do presidente da AFCP, Alexandre Lima, o passo pioneiro que as associações de Pernambuco e da Paraíba estão dando será um marco para o setor não apenas no Nordeste, mas para o país.
Cana da Paraíba e Pernambuco terá certificação
Os presidentes da Asplan, José Inácio, e da AFCP, Alexandre Lima na reunião
2 Boas notícias sobre cooperativismo A Usina Estreliana voltará a moer na safra pernambucana, a partir de setembro, agora sob gestão cooperativista. O contrato de arrendamento foi assinado no último dia 23 de junho entre a família proprietária (Maranhão) e a Cooperativa Agroindustrial de Fornecedores de Cana (Cooafsul), que já estabeleceu meta de investimentos de R$ 7 milhões no parque industrial. A repaginação do empreendimento contou com a inspiração bem sucedida da Coaf, a cooperativa da Zona da Mata Norte que administra a antiga Cruangi, e com apoio e orientação da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), além da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). Pelos planos da Cooafsul, a previsão é moer 500 mil toneladas na primeira leva e produzir só etanol na unidade de Ribeirão, Zona da Mata Sul de PE. A expectativa é gerar 300 empregos diretos e mais de 2 mil indiretos em toda a região. A Usina Cooafsul, como será rebatizada, será a terceira indústria cooperativista em Pernambuco. Além da Cruangi/Coaf, está em operação a da Agrocan, que administra a antiga Pumaty desde a safra de 2014. Esses exemplos de sucesso citados acima ilustram bem o quão faz a diferença a união de forças dos produtores, principalmente, num sistema cooperativado. Além de assegurar ganhos para toda a cadeia produtiva, essa forma de atuação ainda pode gerar ganhos extras para quem participa como agora está acontecendo com a Coaf. Formada por 1,7 mil canavieiros, a cooperativa vai dividir R$ 7,8 milhões de sobras do faturamento da unidade na última safra e mais R$ 200 mil de sobras da unidade matriz no Recife. Os cooperados da usina (filial) e da unidade de insumos (matriz) da Coaf aprovaram durante assembleia a distribuição das sobras financeiras do exercício 2019. Por unanimidade, decidiram repartir entre os cooperados a maior parte do recurso proporcional ao montante de cana fornecida à usina na última safra. Cada cooperado ganhará R$ 9,10 por ton. de cana. O valor se soma aos R$ 30 médios de bonificação já pagos ao fornecedor na safra. Ao todo, serão quase R$ 40 de bônus, além do pagamento de uma das melhores ATR. Que boas notícias em meio a tantos aperreios advindos desta pandemia. José Inácio de Morais Presidente da Asplan
Deputado paraibano propõe inclusão de CBios para produtores de cana e outras culturas O líder dos Democratas na Câmara Federal, deputado paraibano Efraim Filho, apresentou importante Projeto de Lei (PL 3149/2020) que tem o objetivo de corrigir uma injustiça contra os produtores independentes de cana na lei do RenovaBio. A atual legislação deixa de fora do recebimento dos créditos descarbonização (CBios) os fornecedores de cana, restringindo o acesso aos ganhos apenas aos industriais. A iniciativa do deputado Efraim Filho encontra respaldo na reivindicação da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), que se manifestaram desde o início dos debates sobre o Renovabio favoráveis a inclusão dos produtores canavieiros independentes nos ganhos com o CBIOs. “Os produtores são um elo importante na cadeia sucroenergética, no entanto, ficaram de fora dos ganhos dos créditos de descarbonização (CBios), de forma que somente um Projeto de Lei pode mudar essa realidade e reverter essa injustiça com essa categoria”, destaca o presidente da Asplan, José Inácio. O dirigente canavieiro lembra que o setor produtivo é responsável por 30% da matéria-prima do etanol e açúcar produzidos nas usinas do país, mas, mesmo com essa representatividade, o Renovabio não incluiu os canavieiros nem produtores de milho e de soja no direito ao recebimento de créditos (CBios), a serem pagos pela produção do biocombustível. “Esse PL busca corrigir está questão ao incluir o produtor independente de matéria-
Deputado Efraim Filho é o autor do Projeto que inclui os produtores no CBIOs
prima destinada à produção de biocombustíveis, dando a ele efetiva participação no RenovaBio e no justo recebimento de CBios”, destaca Efraim Filho. O projeto também cria regulamentações para garantir aos agricultores a coparticipação e recebimento proporcional dos créditos correspondentes à produção de etanol da unidade onde a matéria-prima foi fornecida. “O produtor rural desempenha importante papel na cadeia produtiva de biocombustíveis e precisa participar ativamente do RenovaBio, principalmente, no que se refere aos créditos de descarbonização (CBios)”, finaliza o parlamentar paraibano.
Abastecimento de frota oficial apenas com Etanol
O abastecimento só com álcool já é uma realidade em várias cidades
Maior produtor de etanol do mundo, a partir da cana-de-açúcar, o Brasil tem um enorme potencial instalado de produção, mas, infelizmente, faltam políticas públicas de incentivo ao consumo deste produto nobre, renovável e ecologicamente correto. Por isso, iniciativas como a do vereador da cidade paraibana de Capim, Josenildo Ferreira da Silva, nos enche de esperança de que, num futuro bem próximo, essa consciência da importância do abastecimento com Etanol consiga ser amplificada para outros municípios, estados e para o país todo. O parlamentar é o autor do Projeto de Lei (001/2020) que sugere que os veículos oficiais
do município com motor flex sejam abastecidos, exclusivamente, com Etanol. Na justificativa da propositura, o vereador lembra que o setor sucroenergético gera empregos, renda, além de progresso e desenvolvimento, destaca que a pandemia reduziu o consumo de Etanol colocando as indústrias locais em situação complicada. “Com essa iniciativa, estaríamos não só contribuindo com o meio ambiente, já que o Etanol não é poluente, mas, com essas indústrias nacionais e, consequentemente, com a manutenção dos empregos que elas geram”, argumenta o parlamentar. Somente na Paraíba, o setor gera cerca de 40 mil empregos diretos em épocas de safra. O PL que foi apresentado no último dia 08 de junho sugere o abastecimento não apenas da frota própria do município, mas, também dos veículos flex locados pela Prefeitura e demais órgãos da administração pública local. Na justificativa, o vereador lembra ainda que as usinas, nesta época de pandemia, estão doando álcool 70% aos municípios e que o abastecimento com Etanol além de todas as vantagens que ele oferece, seria também uma forma das prefeituras retribuírem esse gesto das indústrias. A iniciativa não é inédita em nível nacional e várias prefeituras no país já optam, prioritariamente ou exclusivamente, pelo abastecimento com Etanol.
www.asplanpb.com.br
3
Representantes de um dos principais sustentáculos econômicos da região Nordeste, empregadores de mais de 100 mil trabalhadores no campo, em especial, nos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba, os 20 mil produtores de cana-deaçúcar da região vivem, nesta pandemia, uma situação de calamidade e para superar esse momento é preciso que o Governo Federal olhe com especial atenção o setor e acene com medidas para salvaguardar uma atividade econômica e social que é um dos principais alicerces da estabilidade da região Nordeste. Nesta entrevista, o presidente da Asplan José Inácio de Morais, fala sobre o atual cenário vivido pelo setor, das expectativas em relação ao aporte do Governo Federal na atual conjuntura, aponta caminhos e reforça a necessidade de se manter vivo e pujante um setor vital para o Nordeste e também para o país. José Inácio de Morais
1. Como anda a atual situação dos produtores canavieiros do Nordeste? Tínhamos acabado de enfrentar cinco anos de uma das piores secas que já tivemos. O preço da tonelada de cana, mal cobre os custos de produção. O pagamento da subvenção, que equilibra os custos de produção entre o Sudeste e nossa região, não saiu e o acesso ao crédito ainda é muito difícil para o pequeno produtor, que representa mais de 80% dos produtores de cana da região. Já estávamos vivendo um período desfavorável, mas, esperançosos de que 2020 seria o começo de um novo tempo, mas, aconteceu o contrário. Essa pandemia veio para desestabilizar o setor e até inviabilizá-lo caso medidas emergenciais não sejam tomadas pelo Governo Federal num curto prazo. 2. Na sua opinião, quais são hoje os principais gargalos do setor? O principal gargalo para o produtor sempre é o preço da cana que vem se mantendo baixo. É preciso esclarecer que essa remuneração não depende de uma ingerência local, ela diz respeito a uma conjuntura nacional e internacional que está atrelada diretamente aos valores do mercado de açúcar e álcool, além da política nacional de combustíveis. Os preços dos insumos que sempre estão altos porque não há subsídio e são todos atrelados ao dólar. E agora, essa pandemia que pegou todos nós, indistintamente. 3- Esse é o pior momento do setor canavieiro? Bancando ou sofrendo revoluções, a Cana-de-açúcar do Nordeste, sempre enfrentou momentos de crise e enfrenta, mais uma vez, um delicado momento, que submete a atividade multissecular ao risco de solução de continuidade, pela conjunção de fatores adversos que se observa nessa emblemática entressafra de 2020, pois com o preço dos produtos finais açúcar e etanol deprimidos nos mercados interno e externo, e a elevação do câmbio incidido sobre o fertilizante importado, e ainda de quebra o convívio e a ameaça decorrente da pandemia que estamos enfrentando sem data para terminar, a situação é de dramática gravidade, especialmente, para o Nordeste, o que eleva exponencialmente as tensões sociais no campo e nas cidades abrangidas, comprometendo o cinturão protetor das áreas metropolitanas. Não sei se é o pior momento, mas, com certeza é um dos piores e será, seguramente, o pior se o Governo Federal não tiver um olhar mais atento a essa questão. 4- E qual seria a pauta de reivindicações do setor ao Governo Federal agora? Queremos chamar atenção do Presidente da República para o quadro de verdadeira calamidade que se prenuncia, elen-
cando assim medidas de proteção ao emprego e até mesmo a possibilidade de expansão da atividade regional, com inúmeros benefícios à comunidade direta e indiretamente vinculada. Na pauta das reivindicações destacam-se a adoção de projetos de parceria público privada, câmbio diferenciado para a importação do fertilizante de custeio e renovação, a elevação do percentual de etanol na mistura da gasolina, a retomada da subvenção de equalização de preços, garantidora da competividade da atividade canavieira do Nordeste em relação ao Sudeste, que tem menor custo de produção, a opção da venda direta do etanol aos postos de abastecimento, a redução temporária dos tributos incidentes sobre os produtos do setor, o reconhecimento de créditos decorrentes da Lei 4870/65, em regime de eficácia contida, tendo como beneficiários unidades produtoras e fornecedores de cana, para serem utilizados como moeda de compensação nas dívidas fiscais junto a Fazenda Nacional, ou como moeda para pagamento de tributos federais de qualquer espécie incidentes sobre a atividade. 5- Na sua opinião, o Brasil tem uma política pública voltada para o setor? Nos debates da categoria, essa é a principal questão. A uma ausência de políticas públicas para os produtores independentes de cana que participam com 33% da cana produzida no Nordeste e que operam ao sabor das adversidades climáticas e da sazonalidade de preço, sem os mecanismos que lhes deem segurança para os investimentos, isso sem entrar no mérito desta pandemia do Covid-19 que ninguém sabe ao certo onde iremos parar. Vale salientar ainda que a cultura da cana é uma das únicas atividades agrícolas que não está beneficiada no Programa de Garantia de Preços Mínimos – PGPM. Desde a extinção do Proálcool que o setor não tem regulamentação. É preciso repensar isso. 6- Quais seriam então suas considerações finais? Apenas reiterar que a cultura canavieira está presente e contribui para o progresso e desenvolvimento do Brasil, especialmente, do Nordeste, desde a época do descobrimento, se fortalecendo cada vez mais, superando crises, enfrentando adversidades, mas sempre se destacando como a principal atividade agrícola no campo, a que mais gera emprego e renda. Mas, para que a atividade continue e sobreviva a essa pandemia, cujas consequências ainda são incertas, é preciso que o Governo Federal haja rápido. Todos precisam entender que a cana-de-açúcar nunca foi, nem nunca será um problema, ela sempre foi e precisa continuar sendo a solução, mas, para tanto, precisa da ajuda urgente do Governo. Não estamos pedindo recursos, mas, apoio. Não estamos pedindo complacência do governo, mas, uma forma de contribuição que nos faça sobreviver a essa pandemia e, com isso, salvaguardar os milhares de empregos no campo, o equilíbrio de um setor vital para a economia local e regional e uma atividade econômica de vital importância para o Nordeste.
4 Resolução autoriza produtores rurais a prorrogar pagamento de parcelas das operações de crédito rural de custeio e de investimento Em tempos de dificuldades ocasionados pelas medidas de distanciamento social, que afetaram várias atividades, inclusive, o setor agrícola, a Resolução 4.801, traz um alento para produtores que contraíram operações de crédito rural de custeio e de investimento. Isto porque, ela permite que a instituições financeiras prorroguem, até 15 de agosto deste ano, o vencimento das parcelas vencidas ou a vencer no período de 1º de janeiro de 2020 a 14 de agosto de 2020. “Essa medida traz um alento para os produtores, no sentido de dar um prazo maior para que seja quitada as parcelas das operações. Em tempos atípicos como esse, qualquer prorrogação de pagamento é sempre bem-vinda”, destaca o presidente da Asplan, José Inácio de Morais. A Resolução também autoriza a concessão de crédito especial de custeio aos agricultores do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e aos produtores rurais do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), cuja venda da produção tenha sido prejudicada pela redução da demanda. O volume de recursos por
produtor será de até R$ 20 mil, com taxa de juros de 4,6%, para o Pronaf; e R$ 40 mil, com taxa de juros de 6%, para o Pronamp. O prazo de reembolso será de até três anos. De acordo com o consultor financeiro da Asplan, Cristiano Prorrogação de pagamento anima produtores Aguiar, é bom que os produtores solicitem essa prorrogação das parcelas das operações de crédito de custeio e de investimento. “Isso é importante porque se houver a adoção de uma nova resolução ampliando essa prorrogação inicial de 90 dias, quem estiver incluso já terá direito ao novo prazo”, afirma ele. Para solicitar a prorrogação, o produtor precisa estar em dia com suas parcelas, pelo menos, até o dia 1º de janeiro deste ano. Essa Resolução não inclui as operações financiadas pelo BNDES.
INOVAÇÃO E SAÚDE
Unimed JP utiliza Robô para ajudar a tratar pacientes com covid
www.unimedjp.com.br Rua Marechal Deodoro, 420 - Torre - João Pessoa - PB - CEP: 58040-910 - Fone: (083) 2106-0216 Fonte: Departamento de Comunicação e Marketing
A Unimed João Pessoa é pioneira na Paraíba na utilização de um robô para auxiliar no tratamento de clientes infectados com o novo coronavírus. A tecnologia usada na plataforma robótica possibilita mais interação entre a equipe multiprofissional e o paciente durante o seu tratamento no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, referência em alta complexidade e preferencial para a covid-19. O robô permitirá ainda uma melhor troca de informações, em tempo real, entre a equipe do Hospital Alberto Urquiza e especialistas em todo o mundo. Além disso, poderá ser usado em outras áreas do hospital como a recepção. O uso dessa tecnologia vai possibilitar que haja reuniões multidisciplinares, com todos os profissionais envolvidos no tratamento. Os profissionais das diversas áreas
vão poder discutir em tempo real e de forma mais rápida os cuidados a serem tomados com os pacientes. INTERAÇÃO Outra vantagem será a forma de interação da equipe com o paciente. Por meio do robô, a pessoa internada poderá ver o rosto do profissional que está cuidando dela. Além de ser muito útil para a segurança dos profissionais de saúde, evitando o risco de contágio, o robô também vai ajudar na redução do uso de EPIs e, também, na otimização do tempo, fazendo com que mais pacientes sejam atendidos. Haverá, ainda, a interação da família com o paciente através do robô e comunicação institucional A telemedicina também será facilitada, pois o robô poderá ir até o leito, vê todos os parâmetros ventilatórios e as medicações que estão sendo utilizadas.
www.asplanpb.com.br
5
Produtores rurais da Paraíba já têm uma cooperativa Comprar insumos e produtos agrícolas com valores mais acessíveis que os praticados no mercado e dispor de uma central de compras de peças e equipamentos e quem for cooperado ainda pode comprar com prazo. Essas são algumas das vantagens que os produtores rurais paraibanos, ligados ou não a Asplan começaram a ter com o início das ativdades da Cooperativa dos Associados da Asplan (Coasplan). A sede da Coasplan fica na avenida Francisco Marques da Fonseca, 294, no bairro Brasília, em Bayeux. Entre os diferenciais ofertados pela Coasplan está a possibilidade do cliente comprar com prazo. “Mas, essa modalidade de aquisição de produtos e insumos só estará disponível para associados da Asplan, mediante o aval das usinas”, explica o presidente da Cooperativa, Fernando Rabelo Filho. Ele lembra, no entanto, que os preços mais competitivos e acessíveis da Coasplan é que é o grande diferencial da Cooperativa, que projeta responder pela movimentação de cerca de R$ 4 milhões/ano somente com a venda de herbicidas, estimulantes e cupinicidas. “Esse cálculo corresponde a 50% das vendas feitas a fornecedores, atualmente, levando-se em consideração uma área de 10 mil hectares”, explica Fernando, lembrando que somente os fornecedores de cana da Paraíba respondem por uma área de 20 mil hectares. Com outros produtos, a Coasplan projeta uma movimentação de mais R$ 1,5 milhão. O presidente da Coasplan reitera que o grande objetivo da Cooperativa é baratear custos para os associados, cooperados e para o mercado em geral, permitindo que os investimentos necessários na produção sejam realizados com mais facilidade. “Como vamos comprar os produtos de forma cooperativada, teremos melhores condições de ter preços menores e mais atrativos”, ressalta o presidente da entidade que tem como vice-presidente, Pedro Neto. A Central de Compras, que tem um funcionário à disposição dos clientes para fazer a cotação de peças e equipamentos, incluindo EPI's, é outro diferencial da Coasplan. Basta para tanto, que o interessado diga qual é a necessidade de compra que a Cooperativa se encarrega de fazer as cotações e adquirir o produto sem custo adicional algum. “Esse é outro grande diferencial da Cooperativa que vai dar um importante suporte ao produtor na hora de comprar peças de reposição e outros itens ligados ao seu negócio”, destaca Fernando. Para ter acesso a compra via Coasplan, o produtor não precisa ser
Sede da Coasplan fica em Bayeux
associado da Asplan, mas para se tornar um cooperado, é preciso ser associado da entidade. “O interessado então precisa comprar uma cota parte, equivalente a R$ 100,00. A Cooperativa vai começar a atuar com 50 cotistas fundadores. Cada um deles comprou 10 cotas parte, o equivalente a R$ 1.000,00”, explica Fernando, reiterando que para ter acesso as compras via Cooperativa não é necessário ser cotista. “Agora, para ter direito a entrar na divisão de lucros da Coasplan, se houver dividendos, essa condição de cotista é imprescindível”, afirma ele. “Esse é um sonho antigo da Asplan que conseguimos concretizar. A Coasplan é, na realidade, um braço da Associação que atua em paralelo a entidade com a função de atender não apenas os nossos associados, mas, todo o segmento que atua no setor primário da Paraíba com alguns diferenciais”, afirma o presidente da Asplan José Inácio de Morais, lembrando que a Coasplan não tem fins lucrativos e pode ser o projeto embrionário da formação de uma unidade industrial. “O foco é fortalecer o produtor, ajudá-lo a adquirir insumos e produtos de forma mais competitiva e para tanto precisamos do apoio da classe”, finaliza José Inácio.
Primeira compra de insumos O primeiro pedido de Herbicidas, Inseticidas e Fungicidas foi feito no dia 05 de junho e chegou uma semana após. Os produtos estão no depósito da Coasplan, e estão disponíveis para aquisição dos cooperados e não cooperados. Nessa primeira compra a Cooperativa investiu R$ 132 mil. Segundo o gerente da Coasplan e engenheiro agrônomo Luís Augusto, esse primeiro pedido de insumos não se restringiu a produtos direcionados apenas a cana-de-açúcar, mas, também a outras culturas, a exemplo, de abacaxi, inhame, coco e mamão. “A cooperativa vai trabalhar, prioritariamente, com foco no produtor canavieiro, mas, vamos atuar para atender os demais produtores rurais da Paraíba, com preços competitivos e acessíveis e com excelentes produtos”, destaca ele. Luís Augusto é o gerente da Coasplan
6 A crise do setor é passageira e os produtores merecem ter acesso aos ganhos do CBIOs foram algumas das constatações da live do IFAG A crise é passageira, tem uma luz no fim do túnel, o consumo de etanol está voltando, o produtor precisa renovar seu canavial, o governo federal tem que ajudar o setor a superar essa crise, é urgente melhorar a visibilidade e o entendimento da importância do setor na sociedade e isso se dá através de ações de comunicação, o produtor terá acesso aos créditos de descarbonização, o CBIOs dará ainda mais credibilidade ao setor sucroenergético e o setor industrial precisa ser ainda mais parceiro do produtor. Essas foram algumas das constatações de uma live, realizada no dia 05 de junho, que reuniu representantes de várias entidades ligadas ao setor sucroenergético nacional. A live debateu os cenários atual e futuro do setor e foi promovida pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), SENAR, Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG) e Sindicato Rural de Goiás. A mediação do evento foi feita pelo Coordenador Técnico do IFAG, Alexandro Santos. O presidente da CNA, Ênio Fernandes, da Orplana, Gustavo Rattes, da Feplana, Alexandre Andrade e da Unida e da Asplan, José Inácio de Morais foram os debatedores da live. Para José Inácio esse debate sobre a atual conjuntura do setor canavieiro foi oportuno e importante. “Vivemos um cenário adverso, sob o qual ninguém sabe ao certo quais serão as repercussões e precisamos, mais que nunca, estar unidos e coesos para juntos conseguirmos fortalecer o setor”, disse José Inácio, lembrando que
Live contou com a participação de gente que entende de cana-de-açúcar
essa pandemia não é a maior crise que o setor enfrenta no Nordeste. Segundo ele, os sete anos de seca na região, os 16 anos dos governos do PT e a crise de 1986 foi ainda mais cruel. “Naquela época enfrentamos uma inflação de 80% e uma cana com baixo preço. Hoje, já atingimos R$ 100, oscilamos em R$ 80 e já caminhamos para R$ 95”, destacou José Inácio, lembrando que o produtor não deve deixar de renovar seu canavial em 10%,12% ou nos ideais 16%.
Não podemos deixar de plantar e renovar os canaviais
A renovação dos canaviais é uma necessidade
A cultura canavieira no Nordeste que, nos últimos sete anos enfrentou momentos difíceis, principalmente, em relação a remuneração paga pela matéria-prima e que tinha boas perspectivas de soerguimento na atual safra, se deparou com as implicações da pandemia, o que ampliou a crise já vivenciada pelo
setor nos últimos anos. Mas, mesmo em meio a esse cenário, o produtor canavieiro não pode abrir mão de plantar e renovar seu canavial. Essa ressalva foi reforçada no dia 1º de junho, pelo presidente da Asplan, José Inácio de Morais, em live promovida pela FMC Agrícola com representantes do segmento canavieiro de várias regiões do país. No início de sua participação na live, José Inácio lembrou que a média de produtividade do produtor nordestino em relação ao do Sudeste sempre foi menor. “A média histórica, por hectare, aqui na região é de 50 toneladas por hectare, enquanto que no Sudeste essa média histórica fica entre 85 e 90 toneladas. Mas, temos conseguindo aumentar essa produtividade para 70 toneladas e temos experiências exitosas com irrigação na região, a exemplo da Japungu, que chega a 110 toneladas”, destacou José Inácio. Ele também reiterou que o produtor nordestino não está tendo uma remuneração a altura de seu investimento e que estava com uma grande perspectiva de começar a reverter esse quadro negativo na atual safra, mas que a pandemia frustrou essa expectativa. Contudo, ele reforçou a necessidade do produtor não deixar de fazer a renovação de seu canavial. “O ideal é renovar 16.66% da área a cada ano e mesmo em meio a essa crise, não devemos deixar de fazer isso sob pena de no ano que vem o canavial está ainda mais comprometido e necessitar de um investimento ainda maior”, disse ele, lembrando que o produtor precisa diminuir custos, rever processos, eliminar as deficiências, mas não deixar, em nenhuma hipótese, de plantar. Além de José Inácio, participaram da live promovida pela FMC, Haroldo Torres, da Pecege, Caio Carbonari, da FCA/Unesp e Evandro Piedade, da Associação de Piracicaba.
Campanha para estimular consumo do Etanol A campanha 'Etanol é só beleza. Abasteça com etanol' capitaneada pelo Sindalcool, com apoio de diversas entidades, entre elas a Asplan, chega num momento muito oportuno, no qual o setor precisa de apoio, inclusive, com o estímulo da população por usar um combustível limpo e renovável. A ação de comunicação do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba tem como estratégia estimular o uso do produto e atenuar a crise no setor que se agravou com a pandemia do Covid-19. O presidente da Asplan, José Inácio lembra que a safra 2019/2020 de cana-de-açúcar na Paraíba foi encerrada em abril e justamente quando os estoques de álcool deveriam ser comercializados, a pandemia provocou uma queda nas vendas de 70% do etanol nos postos de combustíveis. De acordo com divulgação do Sindalcool, o aumento no estoque do produto, provocado pela queda nas vendas, causa preocupação das usinas que hoje armazenam 36 milhões de litros do produto, e a partir de agosto, com o início da próxima safra, corre o risco de não ter espaço para guardar a nova produção. A campanha tem um jingle, que está disponível no site do Sindalcool, o www.sindalcool.com.br e, mais recentemente, lançou um adesivo de carro que O adesivo da campanha de estimulo ao uso do etanol está sendo reforça a importância do abastecimento com Etanol. colocado nos carros dos associados da Asplan
www.asplanpb.com.br
7
www.asplanpb.com.br
8
Paraíba ganha dois campos de melhoramento genético da Ridesa O Departamento Técnico (Detec) da Asplan, através de um convênio com o Programa de Melhoramento Genético, da Rede Interuniversitária para Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa) montará dois campos de multiplicação de clones promissores de cana-de-açúcar. Os clones que serão produzidos na Paraíba já são variedades destaques de vários experimentos anteriores realizados nos campos de usinas de Pernambuco, Rio Grande do Norte e na própria PB. Ao todo, serão 17 variedades RB's, que serão comparados com duas variedades já amplamente cultivadas no Estado que são a RB 92579 e RB 867515. Os campos serão montados em duas regiões distintas da Paraíba, explica o engenheiro agrônomo da Asplan, Luís Augusto. “Um campo será montado no litoral Sul, no município de Santa Rita, outro no litoral Norte, no município de Mamanguape”, afirma Luis. Segundo ele, esse é um projeto a médio e longo prazo, tendo em vista que nos próximos anos, serão montados outros espaços a partir desse campo de multiplicação. “Estamos começando esse trabalho e faremos as devidas avaliações, como também programaremos alguns dias de campo, para que junto com os produtores possamos avaliar e conhecer o potencial desses novos materiais. Para se ter uma ideia da importância dessa iniciativa, basta lembra que 66% dos canaviais do Brasil são cultivados com variedades RBs, o que corresponde a uma área de 5,6 milhões de hectares”, destaca Luís. O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, reitera que o trabalho de melhoramento genético é continuo e feito a longo prazo. Para se ter uma ideia, para ocorrer a liberação de uma nova variedade de cana leva algo em torno de 10 anos, desde o cruzamento a liberação do clone como variedade comercial”, afirma o dirigente canavieiro, destacando que o melhoramento genético é uma ferramenta importantíssima no aumento da produtividade. “O melhoramento genético permite desenvolver variedades mais adaptadas às condições de clima e solo adversos, bem como mais produtivas em relação as suas variedades padrões. A escolha de uma variedade correta está diretamente ligada ao sucesso na atividade, como uma escolha errada repercute diretamente nos resultados e produtividade da plantação”, finaliza José Inácio.
Luís Augusto em um dos campos de melhoramento
Programa de Controle Biológico é iniciado na COAF/CRUANGI Expediente ASPLAN | Rua Rodrigues de Aquino, 267 Centro João Pessoa/PB - CEP 58013-030 Fone: (83) 3241.6424 E-mail: asplan@asplanpb.com.br
Profissionais da Asplan foram mostrar as técnicas ao pessoal da Coaf
A broca comum (Diatraea saccharalis) causa grandes perdas tanto no campo, quanto na indústria. Segundo a literatura técnica, para cada 1% de Intensidade de Infestação, ocorre uma redução de 1,14% na produção de colmos, 0,42 % de açúcar e 0,21% na produção de etanol. Ciente da importância de controlar a infestação de sua plantação, o Engenheiro Agrônomo Geraldo Barros, responsável pela equipe técnica do Condomínio dos Produtores de Cana da Mata Norte COAF/CRUANGI, solicitou apoio da equipe da Asplan para iniciar o Programa de Controle Biológico da Broca Comum. O engenheiro agrônomo Luis Augusto e o Biólogo Roberto Balbino da Asplan visitaram, no último dia 25 de junho, os canaviais do Condomínio localizados em Pernambuco. Na ocasião, acompanhados pelo técnico agrícola Josafá Régis, os profissionais estiveram no campo, escolheram alguns talhões, fizeram e mostraram como fazer o levantamento do índice de infestação, abordaram assuntos relacionados a biologia da praga e do seu controlador, tiraram dúvidas relacionadas e fizeram recomendações. “Para ter sucesso
no programa de controle biológico é necessário conhecer bem a biologia da praga/alvo, no caso a Diatraea, bem como a biologia do seu controlador biológico a vespinha. La, no Condomínio fizemos primeiro o levantamento populacional da praga, verificando o estágio que ela se encontra, e agora vamos programar a liberação da Cotesia”, explica Luis. A Asplan, através da Estação Experimental do Camaratuba, produz há quase 30 anos, dois controladores biológicos para as duas principais pragas da cana-deaçúcar. Trata-se da vespa (Cotesia flavipes) para a broca e do fungo (Metarhizium anisopliae) para a cigarrinha da folha. O diretor do Departamento Técnico da Asplan (Detec), Neto Siqueira, reforça que a Associação está disponível para realização de visitas técnicas como essa feita na COAF/CRUANGI e lembra que os produtores canavieiros associados a Asplan recebem os insumos biológicos produzidos na estação de Camaratuba sem nem custo. Maiores informações podem ser obtidas através do telefone 3241-6424.
Preço da Cana-de-Açúcar Valor Bruto
R$
Valor Líquido*
Meses
R$/Kg ATR
Preço Cana
Abril
R$ 0,8167
R$ 97,1924
R$ 0,8053
R$ 95,8358
R$ 2,34160
R$ 83,17
Maio
R$ 0,8030 0,7032 R$ 0,8487
R$ R$ 95,5621 83,6852 R$ 101,0006
R$ 0,7918
R$ R$ 94,2292 82,4357 R$ 99,5866
R$ R$ 1,71700 2,05000 R$ 2,08850
R$ R$83,76 65,00 R$ 85,20
Junho
R$/Kg ATR
R$ 0,8368
Preço Cana
*A diferença entre valores brutos e líquidos são fruto do desconto do INSS, no valor de 1,4% **Preços brutos (Descontar 9,25% de PIS/COFINS e 7% de ICMS
Alc. Anidro
Açúcar**
José Inácio de Morais Andrade - Presidente Fernando Eduardo Rabelo D. Filho - 1º Vice Presidente Rômulo Araújo Montenegro - 2º VicePresidente Raimundo Nonato Siqueira - Diretor Secretário Frederico Bezerra Madruga - 1º.Vice-Diretor Secretário Pedro Jorge Coutinho Guerra - 2º.Vice-Diretor Secretário Oscar Gouveia Cunha Barreto Neto - 1º.ViceDiretor Administrativo Financeiro Carlos Augusto Heim Macedo - 2º.ViceDiretor Administrativo Financeiro Francisco Siqueira de Lima Neto - Diretor Técnico Pedro Tavares Campos Neto - Vice-Diretor Técnico Coordenação Editorial: José Inácio de Morais, Oscar Gouveia, Neto Siqueira e Kiony Vieira Tiragem: 2000 exemplares Distribuição Gratuita Impressão: Gráfica JB Jornalista Responsável: Eliane Sobral - DRT-PE 1993 Textos: Eliane Sobral Produção: NEWS Comunicação Fones:(83) 3221-8829 e-mail: esnews@terra.com.br news@newscomunicacao.com.br Fotos: Washington Luiz, News Comunicação e Walmar Pessoa